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Bicur Cholim: Visitar e Rezar pelos Doentes

Por Zalman Goldstein

https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/4059892/jewish/Bicur-Cholim-Visitar-e-Rezar-pelos-Doentes.htm

Bikur Cholim, visitar os doentes, é uma grande mitsvá. A Torá relata como D’us, Ele
próprio, visitou nosso antepassado Avraham quando ele estava se recuperando, enviando
três anjos.
Ao visitar os doentes, a pessoa oferece orações para uma rápida recuperação, assistência
material, se possível, e, claro, encorajamento moral.
Em cidades ao redor do mundo, existem muitas entidades judaicas especialmente
dedicadas a essa mitsvá. Voluntários doam seu tempo diariamente ou a cada semana
visitando doentes em hospitais ou que estão convalescendo em casa. Dependendo das
circunstâncias, esses visitantes podem ser os únicos em contato com o paciente.
O caminho da Torá
 A mitsvá de visitar os doentes consiste em três elementos: 1) Verificar as
necessidades materiais do paciente; 2) Rezar por ele ou ela; 3) Passar tempo
com o paciente oferecendo palavras de ânimo e encorajamento, e assim por
diante.
 É melhor fazer a visita acompanhado; mas não se deve perder a chance de visitar
se outros não puderem comparecer.
 Não se deve entrar no quarto do paciente sem antes solicitar a permissão do
mesmo. Deve-se primeiro certificar-se de que o paciente esteja preparado e
disposto a receber visitas, seja primeiro visitando a enfermaria ou batendo na
porta antes de entrar.
 O visitante deve falar com o paciente de maneira positiva, envolvendo o paciente
com conversas amenas e significativas.
 O visitante deve ajudar o paciente a colocar a tsedacá (caridade), pois somos
ensinados que “grande é a caridade, pois ela salva da morte.” O visitante pode
dar ao paciente algumas moedas para que ele possa depositar na caixa de
tsedacá.
 O visitante deve ajudar o paciente a observar certas mitsvot (como colocar tefilin
para os homens, acender as velas de Shabat e Yom Tov para mulheres, ouvir o
toque do shofar em Rosh Hashaná, fazer a bênção do lulav e etrog em Sucot,
ouvir a leitura da Meguilá em Purim, comer matsá em Pêssach, etc.).
 Alguém que é mais próximo do paciente pode encorajá-lo a recitar uma berachá,
bênção, a fazer uma auto-avaliação espiritual e a rezar. O visitante também
deve lembrar ao paciente o grande poder do arrependimento e o benefício de se
dedicar à observância da Torá.
 Deve-se limitar a quantidade de tempo visitando o paciente, levando em
consideração seu estado de saúde, os pedidos dos médicos e outros fatores.
 Não se deve ultrapassar o horário de visita nem o tempo permanecendo com o
paciente a ponto de se tornar um fardo.
 Se o paciente tem compromissos que devem ser cumpridos dentro de um prazo,
como pagamento de contas etc, um familiar ou, no caso de não haver família
disponível, um amigo íntimo ou cuidador, deverá gentilmente lembrar o paciente
para colocar seus assuntos em dia.

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Outras coisas que se pode fazer por um enfermo:
 Nos dias em que a Torá é lida nas sinagogas (segundas, quintas, shabat e feriados
judaicos), pode-se solicitar uma oração especial pelos doentes, conhecida como
“Mi Sheberach”, para ser recitada quando tiram a Torá. Nesta oração, um se
compromete a dar caridade em mérito do doente. Deve-se fornecer o nome em
hebraico do paciente e o de sua mãe para refuá shlema, seu pronto
restabelecimento.
 Algumas pessoas buscam uma bênção de um tsadic (grande sábio da Torá;
pessoa justa) e / ou pedem ao tsadic que rezem por elas. Da mesma forma,
algumas pessoas podem enviar uma nota para o local de descanso (túmulo) de
grandes líderes da Torá, e pedir-lhes que peçam a D'us em nome da pessoa
doente. Os amigos podem certamente viajar para o local de descanso e fazer
uma petição ao líder da Torá em nome do paciente.
 A Cabalá nos ensina que o nome de uma pessoa exerce uma influência ao seu
bem-estar. Portanto, em alguns casos graves, alguns têm o costume de
adicionar um nome judaico ao nome existente da pessoa. Isso é feito apenas por
um rabino competente. Alguns nomes comuns que são adicionados são Chaim,
Baruch ou Refael (para um homem), ou Chaya, Bracha ou Refaela (para uma
mulher). Chaim e Chaya significam "vida" em hebraico; Baruch e Bracha,
significam “bênção”; e Refael e Refaela significam “curar”.

Salmos 20 e 119
Os seguintes Salmos são particularmente eficazes quando recitados em tempos de aflição.
Salmos 20
O salmo 20 é tradicionalmente recitado para si mesmo ou para um ente querido que está
sofrendo ou em perigo

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