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" O trabalho padrão para esta geração de analistas.

" - Forbes

O GUIA Do ~--oR
BEM-SUCEDIDO PARA DETECTAR AS
TENDÊNCIAS DE INvEsTIMENTOS E
PONTOS CRíTICOS
,

~INTA EDIÇÃO

MARTIN J. PRING
Análise
Té cn ica
Ex pli ca da
Copyright© 2014 pela Mc:Graw-Hill Education. Todos os direitos reservados. Impresso nos Estados Unidos da América.
Exceto confom1e pemutido pela Lei de Copyright de 1976 dos Estados Unidos, nenhurn;i parte desta publicação pode ser
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ou de recuperação sem a prévia pemussão por escrito da editora.

1234567890 DOC/DOC 19876543

ISBN 978--0-07-18251 i-7


tvfl-ilD 0-07-182517-7

e-lSBN 978--0-07-182655-6
e-MHlD 0--07-182655-6

Esta publicação destina-se a fornecer informações precisas e fidedignas em relação ao assunto abordado. É vendida com
o en tendimento de que nem o autor nem a editora está envolvido na prestação de serviços juridicos, de contabilidade,
negociação de valores mobiliários ou outros serviços profissionais. Se o aconselhamento jurídico for necessário ou outra
assis tência especializada, os serviços de um profissional competente devem ser procurados.

- Declaração de Princípios conjuntamente adoptada por um Comitê da


American Bar Association e um Comitê de Editores e Associações

Biblioteca do Congresso de Dados Catalogados na Publicação

Pring, Martin J.
Análise Técnica Explicada / por Martin J. Pring. - Quinta Edição

ISBN 978-0--07-18251 7-7 (a lk. papcr) - ISBN 0-07-182517-7 (alk. paper)

1 Anális,..• de Investimentos. 1. Títu lo.

HC 4529.P75 204
332.63'22- dc23 2013024562
Aná lise
Téc nica
Exp lica da
O GUIA DO INVESTIDOR BEM
SUCEDI DO PARA IDENTIFICAR
TENDÊN CIAS DE INVESTIMENTO
E PONTOS DE RETORNO

Qu1NTA Eo1çÃo

. MARTIN J■ PRING
Título em Português
Análise Técnica Explicada/ Martin J. Pring

Copyright desta edição: Mareio Noronha Livraria Virtual Ltda.


Tradução: Lila Lér Rocha e Mareio Noronha
Revisão Técnica: Mareio Noronha

Título original
Technical Analysis Explained

Original English language edition published by


McGraw-Hill Education.
ÍNDICE

Prefácio ix

Parte I: Técnicas que determinam as Tendências

1. Definição e Interação das Tendências 3


2. Mercados Financeiros e o Ciclo de Negócios 17
3. A Teoria de Dow 29
4. Parâmetros Típicos de Tendências Intermediárias 41
5. Como Identificar as Zonas de Suporte e Resistência 55
6. Linhas de Tendência 70
7. Características Básicas de Volume 97
8. Padrões Clássicos de Preço 115
9. Padrões de Preços Menores e Gaps 166
10. Padrões de Preço de Uma e Duas barras 186
11. Médias Móveis 209
12. Envelopes e Bandas de Bollinger 233
13. Momentum 1: Princípios Básicos 246
14. Momentum II: Indicadores Individuais 279
15. Momento III: Indicadores Individuais 311
16. Gráfico de Candlestick 340
17. Gráfico Ponto-Figura 373
18. Diversas Técnicas para Determinar Tendências 383
19. O Conceito de Força Relativa 401
20. Colocando os Indicadores Juntos: O Índice Dow Jones de
Transporte de 1990 a 2001 423
Parte II: Estrutura do Mercado
431
21. Preço: Os Principais índices
455
22. Preço: Rotação do Setor
23. Tempo: Analisando as Tendências Seculares para Ações,
Títulos e Commodities
471
24. Tempo: Ciclos e Padrões Sazonais
499
25. Identificação Prática dos Ciclos 525
26. Volume II: Indicadores de Volume 531
27. Fôlego do Mercado 560

Parte Ili: Outros Aspectos da Análise de Mercado


28. Indicadores e Relações que Medem a Confiabilidade 593
29 . A importância do Sentimento 610
30. Integrando Opinião Contrária e Análise Técnica 635
3 1. Porque os Juros Afetam o Mercado de Ações 653
32. Usando a Análise Técnica para Selecionar Ações Individuais 673
33. Análise Técnica do Mercado de Ações Internacionais 694
34. Sistemas Operacionais Automatizados 713
35 . Pontos de Verificação para Identificar as Ações Primárias
Topos e Fundos do .M ercado 739
Epilogo 753
Anexo: As Ondas de Elliot 755
Glossário 761
Bibliografia 767
PREFÁCIO

Não há nenhum motivo para que alguém não possa fazer uma quantidade substan -
cial de dinheiro nos mercados financeiros, mas existem muitos motivos pelos quais
muitas pessoas não podem. Conforme acontece com a maioria dos empreendi-
mentos na vida, a chave do sucesso é o conhecimento e a ação. Este livro foi escrito
em uma tentativa de lançar alguma luz sobre o funcionamento interno dos mer-
cados e para ajudar a expandir o componente de conhecimento, deixando o em -
preendimento para a paciência, disciplina e objetividade do investidor individual.
A metade dos anos oitenta viu a expansão do investimento e oportunidades
de negociação em escala mundial em termos tanto de dinheiro como dos merca-
dos de futuros. Nos anos noventa, as inovações na indústria das comunicações
permitiram a qualquer um plotar os dados em uma base intradia por um custo
relativamente baixo. Hoje, inúmeros sites de gráficos surgiram na internet, en-
tão agora praticamente qualquer pessoa tem a habilidade para praticar a análise
técnica. Realmente, a tecnologia para ensinar a análise técnica progrediu desde a
primeira edição deste livro, em 1979. Fomos pioneiros no ensino da matéria em
formato de vídeo, em meados dos anos oitenta, mas eu vou me aventurar a supor
que o progresso tecnológico e da aceitação de novos formatos de mídia significa
que as vendas de e-book desta edição vão superar as vendas tradicionais do livro
impresso quando ambos forem comercializados. Já, a palavra escrita está concor-
rendo com apresentações audiovisuais, como o meu recente curso interativo onli-
ne de análise técnica em pring.com; outras apresentações serão feitas com certeza!
Em consequência da revolução tecnológica, os horizontes temporais têm
sido consideravelmente reduzidos. Não estou certo de que esta é uma coisa boa,
porque as tendências de curto prazo passam por ruídos n1ais aleatórios do que as
de longo prazo. Isto significa que os indicadores técnicos, enquanto a ferramenta
mais eficaz, não são geralmente tão bem sucedidos quando aplicados às tendên-
cias de longo prazo. A quinta edição de Análise Técnica Explicada foi ampliada e
totalmente revisada para estar atualizada com essas mudanças, e incluir algumas
inovações técnicas e a evolução de meu próprio pensamento, desde a publicação
x • Prefácio

da quarta edição. Quase todos os capítulos foram completamente reformulados


e ampliados. Visando uma maior eficiência, alguns foram descartados e outros
substituídos.
Uma atenção considerável continua a ser dada ao mercado de ações dos Es-
tados Unidos, mas muitos dos exemplos de mercado apresentam índices inter-
nacionais de ações, moedas, commodities e metais preciosos. Capítulos especiais
também apresentam a análise técnica dos mercados de crédito e ações globais.
Nosso foco também foi ampliado para incluir a análise das tendências seculares,
ou de prazo prolongado, tendências de ações, títulos e commodities. Na maioria
dos casos, os exemplos de mercado foram atualizados, mas alguns mais antigos
de edições anteriores foran1 deixados deliberadamente para dar ao livro alguma
perspectiva histórica. Estes exemplos históricos também ressaltam o ponto de que
nada realmente mudou nos últimos 100 anos. Os mesmos princípios de tentati-
va -e-verdade são tão relevantes hoje, como sempre foram. Não tenho dúvidas de
que isso continuará a ser o mesmo no futuro.
Assim, a análise técnica poderia ser aplicada em Nova York em 1850, em
Tóquio, em 1950, e em Moscou, em 2150. Isto é verdade porque o comportamento
do preço nos mercados financeiros é um reflexo da natureza humana, e a natureza
humana permanece mais ou menos constante. Os princípios técnicos também
podem ser aplicados a qualquer mercado negociado livremente, em qualquer pe-
ríodo de tempo. Um sinal de reversão da tendência em um gráfico de barras de 5
minutos baseia-se nos mesmos indicadores de um gráfico mensal; apenas o signi-
ficado é diferente. Os prazos mais curtos refletem as tendências mais curtas e são,
portanto, menos significativas.
A sequência cronológica de alguns dos capítulos de abertura diferem de edi-
ções anteriores. No livro Price Patterns (McGraw-Hill, 2005) de Martin Pring,
abordei o assunto primeiramente, descrevendo os blocos de construção das for-
mações de preços, análise do topo e do fundo, suporte e resistência, linhas de ten-
dência, e as características de volume. Esta mesma sequência lógica foi aplicada
aqui, então quando alguém prossegue com a explicação de padrões de preço, eles
vão estar em uma posição muito mais forte para compreender como estas forma-
ções são construídas e interpretadas.
Dois novos capítulos foram adicionados nesta edição. Um sobre tendências
seculares foi mencionado. A tendência secular, ou de muito longo prazo, é a avó
de todas as que existem para cada uma das três principais classes de ativos: títulos,
ações e commodities. Quanto mais eu estudo os mercados, mais fico impressio-
nado com o fato de que a direção da tendência secular influencia as características
das tendências que se caem diretamente abaixo dela. Em tendências de alta secu-
lares, as tendência primárias de alta (associadas ao ciclo de negócios) geralmente
têm maior magnitude e duração do que as tendências de baixa e vice-versa. Com-
preender as características de tendências seculares e como a sua reversão pode ser
identificada é, portanto, o principal objetivo do capítulo 23.
Prefácio • xi

Nosso segundo novo capítulo discute indicadores e relações que medem a


confiança no mercado de ações dos EUA. A discussão aponta que as reversões de
mercado são muitas vezes sinalizadas antecipadamente, de uma forma sutil pelas
mudanças nas relações que monitoram a confiança dos investidores. Outros itens
importantes que foram inseridos nos capítulos existentes incluem o meu indica-
dor Special K.
O "momentum" desta série é calculado a partir da ciclicidade resumida de
curto prazo, de prazo intermediário, e do Know Sure Thing (KST) (N.T.: Indica-
dor suavizado de volatilidade de preços) de longo prazo e oferece uma série que na
maioria das vezes os Topos e Fundos, simultaneamente, com a série de preços que
está monitorando. Outra característica da quinta edição é a inclusão de muitos fun-
dos negociados em bolsa (ETFs) com exemplos ilustrativos. Estes produtos inova-
dores permitem agora que os investidores e traders comprem uma cesta de ações ou
títulos que reflitam os índices populares, setores ou países, e isto é apenas o começo.
Realmente, os ETFs ativos, como o Pring Turner Business Cycle ETF (símbolo
DBIZ), permitem aos investidores que participem de várias estratégias, como a
abordagem discutida no Capítulo 2. A introdução e a aceitação generalizada de
ETFs, torna muito mais fácil para os investidores ganharem exposição nos mer-
cados de ações de países individuais, nos instrumentos do mercado de crédito,
na prática na rotação sector, e para adquirir fundos inversos, se acreditam ·que os
preços estão se encaminhando para uma baixa, etc.
Além disso, nos últimos anos foram vistos o lançamento de papéis negocia-
dos em bolsa, que permitem a compra de commodities selecionadas. No entanto,
os investidores precisam ser cautelosos, verificando as implicações fiscais e ter
certeza de que oscilações nos custos de carregamento nos mercados futuros refle-
tem verdadeiramente os altos e baixos das commodities em questão.
Desde 1970, o horizonte temporal de praticamente todos os participantes do
mercado diminuiu consideravelmente. Sendo assim, a análise técnica tornou-se
muito popular para a implementação de estratégias com duração de curto pra-
zo. Assim fazendo, poderá ter uma grande decepção: Na minha experiência, há
pouca correlação entre a confiabilidade dos indicadores técnicos e o intervalo de
tempo a ser monitorado. É por isso que a maior parte da discussão aqui tem sido
orientada para tendências de prazo intermediário ou de longo prazo. Mesmo os
traders de curto prazo com um horizonte temporal de 1 a 3 semanas precisan1 ter
alguma compreensão da direção e duração da tendência principal ou primária.
Isto ocorre, porque geralmente se comete o erro de assumir posições que estão
indo contra a direção da tendência principal. Se uma violinada (sinal falso) vai
se desenvolver, geralmente surgirá de um sinal contra a tendência. Pense nisso, é
como remar contra a correnteza. Isso pode ser feito, mas com grande dificuldade.
É muito melhor que a correnteza esteja atrás de você
Para ser bem sucedido, a análise técnica deve ser considerada como a arte
de avaliar a posição técnica de um determinado título com o atedlio de vários
xii • Prefácio

indicadores pesquisados cientificamente. Muito embora, muitas das técnicas me-


canicistas descritas neste livro ofereçam indicações confiáveis de mudanças nas
condições de mercado, todas sofrem com a característica comum que podem,
e, ocasionalmente ocorre, deixar de funcionar de forma satisfatória. Este atribu-
to não apresenta nenhum problema para o investidor ou trader conscientemente
disciplinado, já que un1 bom conhecimento dos princípios subjacentes dos prin-
cipais movimentos do preço dos mercados financeiros e uma visão equilibrada da
posição técnica global oferecem uma boa estrutura para operar.
Afinal, não há nada que substitua um pensamento independente. O com-
portamento dos indicadores técnicos ilustra as características subjacentes de
qualquer mercado, e cabe ao analista colocar as peças do quebra-cabeça juntas e
desenvolver uma hipótese de trabalho.
De forma nenhuma a tarefa é fácil, pois o sucesso inicial pode levar ao exces-
so de confiança e arrogância. Charles H. Dow, o pai da análise técnica, certa vez,
escreveu que: "ter orgulho de sua própria opinião causou a queda de mais homens
em Wall Street do que todas as outras opiniões juntas': Isso é verdade porque os
mercados são essencial.mente um reflexo do comportamento das pessoas. Nor-
malmente, essa atividade de desenvolve de uma forma razoavelmente previsível.
Porém, visto que as pessoas podem e mudam as suas ideias, a evolução dos preços
no mercado pode se desviar inesperadamente de seu curso previsto. Para evitar
sérios problemas, os investidores e especialmente os traders, devem ajustar suas
atitudes conforme as mudanças técnicas ocorram na posição. Isso não significa
que se deva tornar-se negativo porque os preços estão caindo. Em vez disso, deve-
se adotar uma tática baixista porque a evidência também o fez.
Além de recompensas monetárias, um estudo do mercado pode revelar mui-
to sobre a natureza humana, tanto a partir da observação do comportamento de
outras pessoas e sob o aspecto da autodesenvolvimento. Como os investidores
reagem à luta constante em que são colocados pelo mercado, sem dúvida, vão
também aprender um pouco sobre a sua própria preparação. Washington Irving
poderia multo bem estar se referindo a este desafio dos mercados, quando escre-
ve u: ''As mentes pequenas são controladas pela desventura e submissas a ela, mas
as grandes mentes crescem acima delas".

Martin J. Pring
Outubro 2013
Parte I

TÉCNICAS QUE DETERMIN AM


AS TENDÊNCI AS
1

A DEFI NIÇÃ O
E INTE RAÇ ÃO
DAS TEND ÊNCI AS

Na introdução, a análise técnica foi definida como a arte de identificar mudanças


de tendência numa fase inicial e para manter um investimento ou a postura de ne-
gociação até que o peso da evidência indique que a tendência reverteu. Para iden-
tificar uma reversão de tendência, devemos primeiramente saber o que é tendên-
cia. Este capítulo explica e classifica as principais tendências e conclui com uma
discussão de um dos blocos básicos de construção da análise técnica: a progressão
do topo-e-fundo. Esta técnica é, sem dúvida, a mais simples das técnicas de de -
terminaçã o de tendências, mas no meu livro, certamente uma dos mais eficazes.

Período s de Tempo

Nós já estabelecemos a ligação entre a psicologia e os preços. Também é um fato


que a natureza humana (psicologia) é mais ou menos constante. Isto significa
que os princípios da análise técnica podem ser aplicados em qualquer período
de tempo, do gráfico de barras de um minuto, aos gráficos semanais e mensais. A
interpretação é idêntica. A única diferença é que a batalha entre compradores e
vendedores é muito maior nos gráficos mensais do que nos intradia. Isto significa
que esses sinais de reversão de tendência são muito mais significativos. A medi-
da que avançamos, será evidente que este livro contém uma enorme variedade
de exemplos que caracterizam muitos períodos de tempo diferentes. Para efeitos
de interpretação, o prazo realmente não importa; é a característica do padrão que
importa.
4 • Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Por exemplo, se você é um trader de longo prazo e observa um exemplo


específico mostrado num gráfico de barras de 10 minutos, os princípios de inter-
pretação são os mesmos quando aplicados a um gráfico semanal. Um investidor
de longo prazo nunca iria iniciar um investiment o baseado num gráfico de 1Omi-
nutos, mas pode e deve agir quando esse mesmo tipo de evidência técnica aparece
em um semanal ou mensal, e vice-versa.

Três tendênci as Importan tes


A tendência é um período em que um preço se move em uma direção irregular,
m as persistente. Também pode ser descrita como uma medição da duração da
direção dos níveis de preços abrangendo diferentes períodos de tempo. Há muitas
classificações diferentes das tendências em análise técnica. Seria importante exa-
minar as mais comuns, visto que esse entendimen to vai nos dar perspectiva sobre
o significado de eventos técnicos específicos. As três tendências mais amplament e
seguidas são as primárias, intermediár ias e de curto prazo. Sempre que falamos
de qualquer categoria específica de tendência durando por esse ou aquele período
de tempo, lembre-se que a descrição oferecida é uma orientação resumida que
abrange a maioria, mas não todas, as durações possíveis para esse tipo específico.
Algumas tendências específicas terão uma duração maior, e outras menos.

Primária

A tendência primária geralmente dura entre 9 meses a 2 anos, e é um reflexo das


atitud es dos investidore s frente aos fundamento s básicos sendo revelados no ci-
clo de negócios. O ciclo de negócios se estende estatisticam ente de fundo a fun-
do ap roxim adam ente em 3,6 anos, assim segue-se que as tendências primárias
que so bem e qu e caem (mercados de alta e de baixa) duram de 1 a 2 anos. Visto
q ue a construção para cima demora mais do que a para baixo, os mercados de
alta geralm ente duram mais do que os mercados de baixa. A direção da tendên -
cia secular ou de uma tendência de muito longo prazo irá afetar a magnitude e a
duração d e uma tendência primária. Aquelas que se movimenta m na direção da
tendênci a secular geralmente enfrentarão uma maior magnitude e duração do
qu e aquelas que se movem na direção oposta. As característi cas das tendências
seculares serão discutidas mais adiante neste capítulo e mais completam ente no
Capítulo 23 .
O ciclo de tendência primária é operativo para os títulos, ações e commodi-
ti es. As tendências primárias também se aplicam a moedas, mas desde que elas
refütam as atitudes dos investidores frente a inter-relação de duas economias di-
fe rentes. A análise das relações monetárias não se encaixa perfeitamen te na abor-
dagem do ciclo de negócios discutido no Capítulo 2.
A Definição e Interação das Tendências • 5

FIGURA 1.1 OModelo do ciclo do Mercado

Tendência Intermediária
6 semanas a 9 meses

Tendência de curto prazo


2 semanas a 6 meses

Primarv trend ___,.


Tendência Primária
9 meses a 2 anos

Aproximadamente 4 anos

Nota: Adaptado de um conceito primeiramente trazido á minha atenção pelo falecido lan S. Notley de Yelton Fiscal R1dgefield. Connecticul

A tendência primária está ilustrada na Figura 1.1 pela linha mais grossa. Em
uma situação ideal, a tendência primária de alta (mercado altista) é do mesmo
tamanho que a tendência primária de baixa (Mercado baixista), mas, realmente,
com certeza, suas magnitudes são diferentes. Porque é muito importante posicio-
nar ambas operações (de curto prazo) e investimentos (de longo prazo) na dire-
ção da tendência principal, uma parte significativa deste livro está preocupada
com a identificação de reversões na tendência primária.

Intermediária

Quem já viu os preços em um gráfico vai observar que eles não se movem em
uma linha reta. Um movimento primário de alta é interrompido por diversas
correções ao longo do caminho. Estas tendências anticíclicas dentro dos limi-
tes de uma tendência primária de alta são conhecidas como os movimentos
de preços intermediários. Elas duram de 6 semanas a nove meses, às vezes até
mais, mas raramente menos tempo. As tendências intermediárias anticíclicas
são tipicamente muito enganosas, muitas vezes são baseadas em hipóteses mui-
to confiáveis, porém falsas. Por exemplo, uma intermediária que sobe durante
um mercado baixa nas ações pode muito bem estar baseada em alguns números
econômicos inesperadamente positivos, que fazem parecer que a economia vai
evitar aquela recessão tão temida. Quando os números subsequentes são repor-
tados e considerados como não confiáveis, a tendência de baixa é retomada. As
tendências de prazo intermediário do mercado de ações serão examinadas mais
6 • Parte I: Téwicas que Determinam as Tendências

detalhadamente no capítulo 4 e são mostradas como uma linha sólida fina na


Figura 1.1.
É importante entender a direção e a maturidade da tendência primária, mas
uma análise das tendências intermediárias também é útil para melhorar as taxas
de sucesso na operação, bem como para determinar quando o movimento primá-
rio pode ter chegado ao fim.

Tendências de Curto Prazo

As tendências de curto prazo geralmente duram de 3 a 6 semanas, algumas vezes


são mais curtas e outras vezes mais longas. Elas interrompem o curso do ciclo
intermediário, assim como a tendência de prazo intermediário interrompe os
movimentos primários de preços. As tendências de curto prazo são apresentadas
no modelo do ciclo de mercado (Figura 1.1) como uma linha tracejada. Normal-
mente são influenciadas por novas notícias aleatórias e são muito mais difíceis de
serem identificadas do que suas contrapartes intermediárias ou primárias.

Princípio Técnico Fundamental: Como wna regra geral, quanto mais longo o
intervalo de tempo de uma tendência, mais fácil identificá-la. Quanto mais curto
o intervalo de tempo, mais aleatória é provável que seja.

Modelo do Ciclo do Mercado

Até o momento, é evidente que o nível de preços de qualquer mercado é influen-


ciado simultaneamente por várias tendências diferentes, e é importante entender
qual o tipo está sendo monitorada. Por exemplo, se uma reversão na tendência
de curto prazo acaba de ocorrer, um movimento de preço muito menor pode ser
esperado do que se a tendéncia primária tivesse revertido.
Os investidores de longo prazo estão essencialmente preocupados com adi-
reção da tendência primária, e, portanto, é importante para eles ter alguma pers-
pectiva sobre a maturidade da tendência de alta ou de baixa predominante. No
entanto, os investidores de longo prazo também devem estar atentos à tendência
intermediária e, em menor grau, às tendências de curto prazo. Isso ocorre porque
uma etapa importante na análise é examinar e entender a relação entre as tendên-
cias intermediárias e as de curto prazo e como afetam a tendência primária. Além
disso, se for considerado que a tendência de longo prazo acaba ser revertida para
cima, pode ser mais seguro esperar antes de assumir compromissos financeiros,
A Definição e Interação das Tendências • 7

porque a tendência de curto prazo pode se estender no processo de alta. Ignoran-


do a posição da tendência de curto prazo poderia, portanto, ser dispendioso na
margem.
Os traders de curto prazo estão preocupados principalmente com os movi-
mentos menores no preço, mas eles também precisam saber a direção das tendên-
cias intermediárias e primárias. Isso se deve ao seguinte princípio.

Princípio l'écnico Fundamental: Surpresas ocorrem na direção da tendên-


cia principal, i.é., para cima num mercado de alta e para baixo num mercado
de baixa.

Em outras palavras, as tendências de alta de curto prazo dentro dos limites


de um mercado de alta provavelmente serão muito maiores em magnitude do
que as tendências de baixa de curto prazo, e vice-versa. As perdas geralmente se
desenvolvem porque o trader está em uma posição anticíclica contra a tendência
principal. Na prática, todos os participantes têm de ter algum tipo de conhecimento
de todas as três tendências, embora a ênfase dependa se a sua orientação vem de
um investimento ou de uma perspectiva de negociação de curto prazo.

Prindpio Técnico Fundamental: A direção da tendência primária afetará o


caráter das tendências intermediárias e de curto prazo.

Duas Tendências Adicionais

Intradia

O desenvolvimento da negociação em tempo real após 1990 permitiu que os par-


ticipantes do mercado identificassem até mesmo os movimentos de preço ponto
a ponto (tick a tick). Os princípios da análise técnica aplicados igualmente a es-
ses movimentos de prazo curtíssimos são igualmente válidos. Existem duas dife-
renças principais. Primeiramente, as reversões nos gráficos intradia têm somente
uma implicação de prazo curtíssimo que não é significativa para reversões de pre-
ços de prazos mais longos. Em segundo lugar, os movimentos de preços extrema-
mente curtos são muito mais influenciados pela psicologia e reação instantânea às
notícias do que são aquelas de prazo mais longo. As decisões, portanto, têm uma
tendência de serem reações emocionais, instintivas. O comportamento do preço
8 • Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

intradia também é mais suscetível à manipulação. Consequentemente, os dados


de preços utilizados nos gráficos de prazos curtíssimos são muito mais erráticos e
geralmente menos confiáveis do que aqueles que aparecem nos gráficos de prazos
mais longos.

A Tendência Secular

A tendência primária consiste de vários ciclos intermediários, mas a secular, ou


de prazo muito longo é construída a partir de inúmeras tendências primárias.
Este "super ciclo,,, ou onda longa, se estende por um período substancialmente
maior, geralmente com duração superior a 1O anos, e muitas vezes sendo muito
longa, durando 25 anos, embora a média de duração esteja entre 15 e 20 anos. Ela
é e:x.'tensivamente discutida no Capítulo 23. Um diagrama de inter-relação entre a
secular e uma tendência primária é mostrado na Figura 1.2.
Certamente é muito útil entender a direção da tendência secular. Assim
como a tendência primária influencia a magnitude da tendência de alta de prazo
intermediário em relação à correção anticíclica, por isso, também, é que a ten-
dência secular influencia a magnitude e a duração de uma tendência primária de
alta ou correção. Por exemplo, em uma tendência de alta secular, as tendências

FIGURA 1.2 A Relação Entre as Tendências Seculares e as Primárias

Secular de alta Secular de baixa


10 - 25 anos 10- 25 anos

Mercados de Alta são mais Mercados de Baixa são mais


longos na fase de alta secular longos na fase de baixa secular
A Definição e Interação das Tendências • 9

primárias de alta terão maior magnitude do que as tendências primárias de baixa.


Em uma tendência secular de baixa, as tendências de baixa serão mais poderosas,
e levarão mais tempo para se desdobrar, do que as tendências de alta. Certamente,
é verdadeiro dizer que surpresas de longo prazo vão se desenvolver na direção da
tendência secular.
Títulos e commodities também estão sujeitos às tendências seculares, e se
realimentam entre si, bem como nas ações. Terei muito mais a dizer sobre este
assunto mais tarde.

Progressão de Topo e Fundo

Anteriormente, estabelecemos que a análise técnica seja a arte de identificar uma


tendência de reversão (preço) se baseando no peso da evidência. Como em um
tribunal de justiça, a tendência é baseada na presunção de inocência até que se
prove a culpa! A "prová, é o objetivo da análise técnica. É constituída por uma sé-
rie de indicadores derivados cientificamente ou técnicas que funcionam bem, na
maior parte do tempo, no processo de identificação da tendência. A "arte" consiste
em combinar esses indicadores em uma visão global e reconhecer quando esse
cenário se assemelha a um topo ou fundo de mercado.
A utilização generalizada de computadores levou ao desenvolvimento de
algumas técnicas muito sofisticadas de identificação de tendências. Algumas
delas funcionam razoavelmente bem, mas a maioria não. A busca contínua do
"Santo Graal", ou indicador perfeito, vai, sem dúvida continuar, mas é pouco
provável que essa técnica venha a ser desenvolvida. Mesmo se fosse, a notícia da
sua descoberta, seria divulgada rapidamente e o indicador seria gradualmente
descontado. É bom lembrar que os preços são determinados por oscilações na
psicologia da multidão. As pessoas podem mudar as suas opiniões, e assim fa-
zem os mercados!

:Princípio Técnico Fundamental: Nunca vá atrás da perfeição; busque a


eoJilsistência.

Na busca de técnicas matemáticas sofisticadas, algumas das técnicas mais


simples e básicas da análise técnica são muitas vezes esquecidas. Indiscutivelmen-
te a técnica mais simples de todas, e que tem sido subutilizada, é a progressão do
topo e do fundo. (ver Gráfico 1.1).
Este princípio reflete a observação original de Charles Dow de que um mer-
cado em ascensão se move em uma série de ondas, com cada subida e correção
1O • Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 1.1 de rentabilidade dos títulos de AAA Moody e análise de topo e


fundo. No Gráfico 1.1, a linha sólida acima do rendimento corresponde às ten-
dências primárias de alta e de baixa. A sucessão de topos e fundos ascenden-
tes se extendeu no final da Segunda Guerra Mundial até Setembro de 1981.
Este foi um longo período, mesmo pelos padrões seculares. A confirmação da
tendência de baixa após 1981 foi dada em 1985, quando a sucessão de topos
e fundos ascendentes foi revertida. O sinal simplesmente indicava uma mu-
dança na tendência, mas não deu nenhuma indicação quanto à sua magnitude.

rompimento f 11
Rendimento do Bond AAA da Moody's Primeiro r ,.
nos topos e fundos r ,.

Tendências
Cíclica ou
/ ascendentes no período
pó5-11 uerra.
- 14
1
1
• tl
l ,,
tl

Primária
r"

Tendências Seculares

Fonte Martin Pnng's lntermark.et Rev,ew

sendo maior do que a sua antecessora. Quando a série de topos e fundos ascen-
dentes é interrompida, wna reversão de tendência é sinalizada. Para explicar esta
abordagem, Dow usou wna analogia com o efeito cascata de ondas em uma praia.
Ele assinalou que, assim como era possível alguém na praia identificar a mudança
da maré com a subida e descida das ondas na maré baixa, assim, também, poderia o
mesmo objetivo ser alcançado no mercado, observando a comportamento do preço.
Na Figura 1.3, o preço vem avançando em uma série de ondas, com cada
topo e fundo ficando cada vez mais alto do que seu antecessor. Então, pela pri-
meira vez, uma subida falha para se mover para uma nova alta, e a subsequente
correção a empurra para baixo do fundo anterior. Isso ocorre no ponto X, e dá um
sinal de que a tendência foi revertida.
. A Definição e Interação das Tendências • 11

FIGURA 1.3 Reversão de Topos e Fundos Ascendentes

. - - - Topo abai~o do
Série de topo antenor
topos e fundos
ascendentes
Penetração
sob o fundo
anterior
(X)

FIGURA 1.4 Reversão de Topos e Fundos Descendentes

Série de Topos e
Fundos descendentes

A máxima está acima


~ do topo anterior pela
pnme1ra vez.

Ofundo está mais alto do


Que o fundo anterior

Figura 1.4 mostra uma situação semelhante, mas desta vez, a reversão da
tendência é de uma tendência de baixa para uma tendência de alta.
O conceito de interrupção de uma série de topos e fundos é o arcabouço
básico da construção tanto da teoria de Dow (Capítulo 3) e da análise de padrão
do preço (Capítulo 8).

Princípio Técnico Fundamental: O significado da reversão de wn topo-fundo é


determinado pela direção e magnitude dos impulsos e das reações.
12 • Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Por exemplo, se leva de 2 a 3 semanas para completar cada onda de uma


série de subidas e correções, a reversão da tendência será uma intermediár ia, pois
os movimento s de preços intermediár ios consistem em uma série de flutuações
de curto prazo (2 a 6 semanas) . Da mesma forma, a interrupção de uma série de
topos e fundos intermediár ios descendentes sinaliza uma reversão da tendência
primária de baixa para uma tendência primária de alta.

O Dilema do Topo e do Fundo

Ocasionalm ente, o progresso do topo e do fundo torna-se mais complicado do


que os exemplos mostrados nas Figuras 1.3 e 1.4. Na Figura 1.5, exemplo a, mos-
tra que o mercado vem avançando em uma série de topos e fundos ascendentes,
mas seguindo o topo mais alto, o preço cai no ponto X a um nível que está abaixo
do fundo anterior. Neste ponto, a série de fundos ascendentes quebra, mas não a
série topos ascendentes. Em outras palavras, no ponto X, apenas a metade de um
sinal foi gerado. O sinal completo de uma reversão de ambos os topos e fundos
ascendentes surge no ponto Y, quando há uma queda de preço abaixo do nível
alcançado anteriormente no ponto X.

FIGURA 1.5 Metade do sinal de Reversão


A Definição e Interação das Tendências • 13

No ponto X, há um grande dilema, porque a tendência ainda deveria ser


classificada como positiva, e, ainda, existe o fato de que a série de topos ascenden-
tes foi interrompida, indicando uma fraqueza técnica subjacente. Por um lado,
nos deparamos com a metade de um sinal de baixa, enquanto, por outro lado,
temos a expectativa de que o ponto Y significaria abrir mão de uma quantidade
substancial dos lucros auferidos durante o mercado de alta.
Provavelmente, a melhor forma de abordar o dilema seja voltarmos para a
segunda metade da definição de análise técnica dada no início deste capítulo "e
monitorando essa tendência até que o peso da evidência prove que ela tenha sido
revertida':
Neste caso, se o "peso da evidência" de outros indicadores técnicos, como,
as médias móveis (MMs), volume, momentum e respiração (discutidas em ca-
pítulos posteriores), de forma esmagadora indicam uma reversão de tendência,
provavelmente é seguro antecipar uma mudança de tendência, muito embora, a
progressão do topo e do fundo não confirmem completamente a situação. Ainda
é sensato, porém, considerar este sinal com algum grau de ceticismo até que a
reversão seja confirmada por uma interrupção em ambas as séries de topos ascen -
dentes bem como os fundos.
A Figura 1.5, exemplo b, mostra este tipo de situação de reversão de uma
tendência de baixa para alta. Os mesmos princípios de interpretação se aplicam
ao ponto X, como no exemplo da Figura 1.5. Ocasionalmente, determinar o que
constitui uma alta ou correção torna-se um processo subjetivo. Uma maneira de
contornar este problema é escolher uma medida objetiva, como classificar as altas
maiores do que, digamos, 5 por cento. Isso pode ser um processo tedioso, mas
alguns programas (como MetaStock com sua ferramenta de zigue-zague) permite
que o usuário estabeleça essas referências quase instantaneamente em formato
gráfico.

O que Constitui um Legítimo Topo ou Fundo?

Na maioria das vezes, as várias altas e correções são autoevidentes, por isso, é fácil
determinar se estes pontos de retorno são topos e fundos legítimos. Diz a tradição
técnica que uma correção da tendência predominante deve retrair de um terço a
dois terços do movimento anterior. Assim, na Figura 1.6, a primeira alta da míni-
ma do fundo ao topo subsequente é de 100 por cento. A correção subsequente pa-
rece ser pouco mais da metade, ou uma retração de 50% do movimento anterior.
Ocasionalmente, a retração pode chegar a 100%. A análise técnica está longe de
ser precisa, mas se a retração de um movimento for menor do que um terço, então
o topo e o fundo em análise são considerados suspeitos.
Às vezes, porém, assume a forma de uma linha ou faixa de negociação. A
profundidade da faixa de negociação pode ficar aquém do mínimo requerido,
14 • Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 1.6 Identificando Topos e Fundos (Magnitude)

A Correção deveria ser de um terço a


~~ terços do movimento anterior
100% da subida

"aproximadamente uma retração de um terço" e, em tais casos, a correção clas-


sifica baseada mais na duração do que na magnitude. Uma regra de ouro é que
a correção dure entre um terço e dois terços do tempo necessário para atingir
o avanço ou declínio anterior. Na Figura 1.7, a distância do tempo entre a mí-
nima e a máxima para o movimento representa 100%. A consolidação antes do
rompimento deve constituir cerca de dois terços, ou 66%, do tempo necessário
para atingir o avanço, tempo suficiente para consolidar os ganhos e passar para
uma nova alta.
Estas são apenas diretrizes básicas, e, em última análise, é um pré- jul-
gamento baseado na experiência; bom senso; um pouco de intuição; e talvez o
mais importante de tudo, uma avaliação de outros fatores, como os princípios
de volume, de suporte e resistência, etc. As palavras bom senso estão em itáli-
co porque os gráficos devem ser sempre interpretados com um pouco mais de
estilo poético. Por exemplo, a regra estabelece que uma retração de um terço
é necessária para que ocorra um ponto de retorno legítimo, mas acaba por ser
33 %. Se outros fatores sugerem que o movimento seja considerado como uma
retração válida, na sua interpretação, sempre use o seu bom senso, baseado em
regras rígidas. Por isso, devemos considerar a análise técnica como uma ciência
e un1a arte.
Temos estudado esses conceitos, principalmente, em tendências ascenden-
tes. No entanto, os princípios funcionam exatamente da mesma forma em ten-
dências descendentes, em que as altas devem retraçar de um terço a dois terços do
decl ínio anterior.
A Definição e Interação das Tendências • 15

FIGURA 1.7 Identificando Topos e Fundos (Tempo)

A Retração é
muito menor do
que 1/3 a 2/3 da
alta anterior.
Um terço ou
1
mais do tempo
é utilizado
para formar a
subida

100%

Também é importante classificar qual o tipo de tendência que está sendo


monitorada. Obviamente, uma reversão proveniente de uma série de subidas e
correções, cada uma durando, digamos, de 2 a 3 semanas, seria uma reversão in -
termediária. Isto ocorre porque as oscilações seriam de curto prazo por natureza.
Por outro lado as reversões do topo e do fundo que se desenvolvem em gráficos
intradia provavelmente têm o mesmo significado ao longo de um período muito
mais curto. Quão curto vai depender se as oscilações foram um reflexo de perío-
dos de uma hora ou, digamos um gráfico de barras de 5 minutos.

Sumário
1. Um número de tendências diferentes influencia simultaneamente o nível de
preços de qualquer mercado.
2. As três tendências mais importantes são a primária, intermediária e de curto
prazo.
3. Os princípios da análise técnica se aplicam às tendências intradia, mas como
elas são mais aleatórias por natureza, a análise é geralmente menos confiável
do que nas tendências de longo prazo.
4. Tendências muito longas, ou seculares, influenciam a magnitude das tendên-
cias primárias de alta e de baixa.
5. A progressão do topo e do fundo é a técnica mais básica de identificação de
tendência, e é o alicerce básico de construção da análise técnica.
16 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

6. Como regra geral, para classificar um novo topo ou fundo legítimo, o preço
deve retrair de um terço a dois terços do movimento anterior.
7. As linhas ou consolidações também se classificam como topos e fundos onde
se formam entre um terço a dois terços do tempo necessário para produzir o
avanço ou declínio anterior
2

MERCADOS FINANCEIRO0S
EO CICLO DOS NEGÓCIOS

Introdução
Nosso principal objetivo aqui é explicar os beneficios da abordagem técnica, mas
também éimportante compreender que as tendências primárias de ações, títulos e
commodities são determinados pela atitude dos investidores em relação ao desen-
rolar dos acontecimentos no ciclo de negócios. Cada mercado tem uma tendência
de topo e de fundo em diferentes pontos ao longo do ciclo de uma forma consis-
tente, cronológica. Uma compreensão das inter-relações dos mercados de crédito,
de ações e de commodities fornece uma estrutura útil para identificar as principais
reversões de cada um.

O Mecanismo de Descontos dos Mercados Financeiros


A tendência primária de todos os mercados financeiros é determinada, essencial-
mente pelas expectativas dos investidores de movimentos na economia, o efeito
que provavelmente essas mudanças têm sobre o preço do ativo, no
qual um mer-

cado financeiro especíifico negocia, bem como, a atitude psicológica dos investi-
dores a estes fatores fundamentais. Os participantes do mercado normalmente
pam o futuro da economia e dos desenvolvimentos financeiros e tomam
medidas comprando ou vendendo os ativos apropriados, com o resultado que o
mercado normalmente atinge um importante ponto de retorno bem à frente do
desenvolvimento real.
As expectativas de um nível de expansão da atividade econômica, geralmen-
te são favoráveis para os preços das ações. A antecipação de uma economia fraca
é altista para os preços dos bonds e as perspectivas de restrições de capacidade
18 ParteI: Técnicas que Determinam as Tendèências

FIGURA 2.1 0 Ciclo de Negócios ldeal

Economia está crescendo

Equilibrio

Economia está contraindo

industrial favoráveis para os preços das commodities industriais. Estes três mer
cados, muitas vezes se movem para direções diferentes ao mesmo tempo, porque
eles estão descontando coisas diferentes.
Uma economia raramente é estável; geralmente, está expandindo ou con-
traindo. Consequentemente, os mercados financeiros estão em constante movi-
mento. Uma economia hipotética, como mostrado na Figura 2.1, gira em torno
de um ponto de equilibrio conhecido como equilibrio. Em termos gerais, o equi-
líbrio pode ser visto como um período de crescimento zero, no qual a atividade
do negócio não está nem expandindo e nem contraindo. Na prática, esta situação
raramente, ou nunca é alcançada, uma vez que uma economia como um todo
possui um enorme dinamismo, tanto na fase de expansão como na de contração,
então a virada raramente ocorre em um nível de equilibrio. Em qualquer caso, a
"economia" consiste de uma série de setores individuais, muitos dos quais operam
em direções diferentes ao mesmo tempo. Assim, no início do ciclo de negócios, os
principais indicadores econômicos, como o índice de construção de novas mora-
dias (housing starts), podem estar aumentando, enquanto os indicadores de resul-
tados tais como as despesas de capital, poderiam estar caindo.

Principio Técnico Fundamental: O ciclo dos negócios é nadamenos doque


uma série definida de eventos cronológicos que estão se repetindo continu-
amente.

Os participantes do mercado nos mercados financeiros não estão preocu-


pados com periodos de estabilidade prolongada ou de equilibrio, estes cenários
não produzem oscilações de preços voláteis e oportunidades para fazer lucros
rápidos. As constantes mudanças do ciclo econômico criam enormes oportu-
Mercados Financeiros e o Ciclo dos Negócios 1 9
nidades para os investidores e traders, porque significa que diferentes indús-
trias estão experimentando diferentes condições econômicas simultaneamente.
Como o índice de preços das casas (housing) conduz a economia, as ações do
índice têm um bom desempenho no início da recuperação do setor, quando um
grande investimento em ações do setor de aço tende a um desempenho positi-
vO. Mais tarde, no ciclo, a situação se inverte e o índice housing chega ao topo
em primeiro lugar, geralmente em um sentido absoluto, mas, ocasionalmente,
sendo medido por seu desempenho em relação a um índice de mercado, como
o índice S&P Composite. Os diferentes setores de capital descontando sua área
específica da economia dão origem ao processo de rotação do setor, que será
discutido em detalhes no Capítulo 22.
Uma vez que os mercados financeiros conduzem as economias, assim os
maiores lucros podem ser feitos pouco antes do ponto de distorção máximo da
economia, ou desequilibrio. Uma vez que os investidores percebem que uma
economia está mudando de direção e retornando para o nível de equilibrio,
eles descontam este desenvolvimento através da compra ou venda do ativo
apropriado. Obviamente, quanto mais volátil e deslocada, uma economia se
torna, tanto maior é o seu potencial, não somente para retorno ao nível de
equilíbrio, mas também para uma forte mudança bem para além dela, para
outro extremo. Sob essas condições, as possibilidades de ganhar dinheiro nos
mercados financeiros são imensas porque, também, normalmente se tornaram
sujeitas a maiores flutuações de preços. Duas das mais desenfreadas oscilações
econômicas pós-Segunda Guerra Mundial (1973-1974 e 2007-2008), certa-
mente, forneceu aos traders e investidores uma altissima velocidade de grandes
possibilidades de lucro, pois foram capazes de identificar as duas tendências
baixistas do mercado.

Movimento do Mercado e o Ciclo de Negócios

Os principais movimentos nas taxas de juros, ações e preços das commodities


estão relacionados a mudanças no nível de atividade de negócios. Observe que
o termo os preços das commodities" refere-se ao preço industrial que são sen-
síveis às condições de negócio, ao contrário das commodities agrícolas, como
grãos. Figura 2.2 representa um ciclo de negócios, que normalmente tem uma
duração de 3 e 5 anos entre os fundos. A linha horizontal reflete um nivel de
crescimento zero, acima dela são períodos de expansão e abaixo são períodos
contração. Após o topo, a economia continua a crescer, mas a uma taxa de-
crescente, até que a linha cruze abaixo do nível de equilibrio e a contração da
atividade econômica ocorra. As setas na Figura 2.2 mostram os topos e fundos
idealizados dos mercados financeiros e como se relacionam com o ciclo de
negócios.
Tendências
20 Parte I: Técnicas que Determinam
as

FIGURA 2.2 o Ciclo de Negócios Idealizado e os Pontos de Virada do


do Mera
Merca
do Financeiro (B = Bonds; A = Ações; C = Commodities)

B C

Equilibrium

Os Periodos de expansão geralmente duram mais do que os períodos de


contração porque leva muito mais tempo para construir algo para cima do que
derrubá-lo. Por esta razo, os mercados de alta de ações geralmente duram mais
do que os mercados de baixa o fazem. O mesmo poderia ser dito para as taxas de
juros e commodities, mas em todos os casos, a magnitude e a duração das tendên-
cias primárias dependem da direção da tendência secular, como discutido nos
capítulos l e 23.
A Figura 2.3 mostra as trajetórias hipotéticas de preços dos bonds, commodi-
ties e ações durante o curso de um ciclo típico de negócios.
FIGURA 2.3 Curvas de seno idealizadas para os três mercados financeiros
Bonds

Commodities
Ações
Mercados Financeiros e o Ciclo dos Negócios 21

Voltando à Figura 2.2, podemos ver que o mercado de bond é o primeiro


mercado financeiro a começar uma fase de alta. Isso geralmente ocorre após a taxa
de crescimento da economia desacelerar consideravelmente da sua taxa de pico,
e muitas vezes é atrasada até os estágios iniciais da recessão. De um modo geral,
quanto mais acentuada é a contração econômica, maior será o potencial para uma
Subida nos preços dos bonds (ou seja, uma queda nas taxas de juros). Alternativa-
mente, quanto mais forte for o período de expansão, menor é a inatividade econô-
mica e financeira, e maior o potencial para um declínio nos preços dos bonds (e
uma subida das taxas de juros).
Seguindo o mercado de baixa nos preços dos bonds, a atividade econômica
começa a se contrair de forma mais acentuada. Neste ponto, os participantes do
mercado de ações poderão "examinar" a tendência de deterioração dos lucros das
empresas, que agora estão em declínio acentuado por causa da recessão, e come-
çar a acumular ações. De um modo geral, quanto maior o intervalo entre a queda
dos títulos e as ações, maior será o potencial para o mercado de ações subir. Isso
ocorre porque o tempo de atraso implica numa recessão muito profunda na qual
o arrocho corporativo extremo pode reduzir os níveis de equilíbrio a um patamar
muito baixo. Durante a recuperação, os aumentos de receitas são, portanto, capaz
de se mover rapidamente para a linha de fundo.
Após a recuperação estar em curso há algum tempo, a capacidade começa
a ser limitada, as empresas baseadas em recursos sentem algum retorno do po-
der dos preços, e os preços de commodities reduzem. Ocasionalmente, depois
de um boom de commodities de magnitude incomum, o índice de preços de
commodities reduz durante a recessäo, como resultado da acentuada margem
de liquidação, devido à especulação excessiva durante o boom anterior. No
entanto, esta baixa écom frequência, posteriormente testada, com uma subida
sustentável, que começa somente após a recuperação estar em curso há alguns
meses. Neste ponto, todos os três mercados financeiros estão em uma tendên-
cia ascendente.
Aos poucos, a inatividade econômica e financeira que se desenvolveu como
resultado da recessão é substancialmente absorvida, aumentando a pressão sobre
o preço do crédito, ou seja, as taxas de juros. Como a subida das taxas de juros
significa a queda dos preços dos bonds, o mercado de bonds repica e começa a
sua fase de baixa. Como ainda existe algum excesso de capacidade da planta e
de trabalho, o crescimento da atividade dos negócios leva à melhoria da produ-
tividade e a uma perspectiva positiva contínua. O mercado de ações desconta as
tendências em lucros corporativos, por isso permanece em tendência de alta até
que os investidores percebam que a economia está aquecida demais eo potencial
para uma melhoria nos lucros é muito baixa. Neste ponto, há menos motivos para
manter as ações, e elas, por sua vez, entram em uma fase de baixa. Mais tarde,
o aumento das taxas de juros tem seus efeitos sobre a economia e os preços das
commodities começam a cair.
22 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

Uma vez que este momento decisivo tenha sido alcançado, todos os três
nercados financeiros começam a cair. Eles vão continuar a cair ate que os merca-
dos de crédito atinjamo fundo. Esta fase final, que se desenvolve praticamente no
mesmo momento do início da recessão, é geralmente associada a uma queda livre
dos preços em, pelo menos, um dos mercados financeiros. Se um pånico está para
se desenvolver, este é um dos pontos mais prováveis para que ocorra.

As Seis Fases

Como existem três mercados financeiros e cada um tem dois pontos de retorno,
consequentemente, segue-se que conceitualmente existem seis pontos de retorno
em um ciclo tipico. Eu os considero como seis fases, e elas podem ser usadas como
pontos de referência para a determinação da fase atual do ciclo. As seis fases estão
indicadas na figura 2.4.
Quando identificar uma fase, é importante observar a posição técnica de
longo prazo de todos os três mercados de forma que possam atuar como uma
verihcação cruzada uns sobre os outros. As fases também são úteis, em grupos
especificos da indústria que proporcionam um desempenho superior ao mercado
em determinados momentos e vice-versa. Por exemplo, os líderes defensivos do
ciclo inicial orientados para a liquidez, obtêm bons resultados nas fases Ie II. Por
outro lado, os orientados por lucros ou líderes do ciclo tardio têm bons resultados
nas fases IVe V quando os preços das commodities estão subindo. Estes aspectos
são abordados mais detalhadamente no Capítulo 22 na rotação do setor.

FIGURA2.4 As Seis Fases do Tipico Ciclo de Negócios


Ciclo ldeal dos Negócios para as Seis Fases do Ciclo dos Negócios

Estágio Estágio 2 Estágio 3Estáglo 4 Estágio 5 Estágio 6


Ações
Bonds
Commodities

Recuperação
Recessão

Bonds
t
Ações
Commodities
Mercados Financeiroseo Ciclo dos Negócios. 23

Ciclos mais longos

Algumas expansões abrangem períodos muito mais longos, e


geralmente in-
cluem pelo menos uma diminuição da taxa de crescimento seguida de uma se
gunda rodada de expansão econômica. Isto tem como consequència a divisao
da expansão global em duas ou três partes, cada uma das quais resulta em um
ciclo completo nos mercados financeiros. Chamo isso de um ciclo duplo. UJm
exemplo deste fenômeno está ilustrado na Figura 2.5. Um ciclo duplo desenvol-
vido nos anos oitenta e outro nos noventa. Nos meados dos anos oitenta, por
exemplo, as commodities e parte das indústrias do país foram muito prejudica-
das como consequência do desaparecimento do boom das commodities, que ter-
minou em 1980, mas as costas leste e oeste continuaram com as suas expansões
inabaláveis. As áreas fortes mais do que compensaram as mais fracas, e por isso
o país como um todo evitou uma recessão.

FIGURA 2.5 Topos e Fundos no Mercado Financeiro num Ciclo Duplo

A C
B

B
C

Equilibrioo

B C

B
t
A
24 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendèncias

O Papel da Análise Técnica

A análise técnica entra em jogo, ajudando a determinar quando os vários merca-


dos transformaram-se numa forma primária. Isto é conseguido através da apli-
cação de diversas técnicas descritas nos capítulos subsequentes, cruzamento de
médias móveis, mudanças na direção do momentum de longo prazo, e assim por
diante. Cada mercado pode ser utilizado como uma verificação cruzada contra
os outros dois. Por exemplo, se o peso da evidncia técnica sugere que os bonds
atingiram o fundo, mas que os preços das commodities permanecem num merca-
do de baixa, então, a próxima coisa a fazer seria procurar por sinais técnicos que
apontem para um fundo no mercado de ações e assim por diante.
Esta análise também formou a base do Dow Jones Pring U.S. Business Cycle
Index (simbolo DJPRING), como mostrado no Gráfico 2.1. O indice usa modelos
para identificar as seis etapas e, em seguida, aloca ativos e setores de ações baseado
na sua performance histórica em cada etapa desde de meados de 1950. Está longe
de ser perfeito, mas mostra resultados consistentes de longo prazo. Esta metodo-
logia também é utilizada no Pring Turner Business Cycle ETF (Simbolo DBIZ). O
fundo Exchange-traded (ETF) não procura replicar o índice, mas sim equiparar-se
a ele em uma base ajustada de risco.

GRÁFICO 2.1 0 desempenho do indice Ciclico dos Negócios de Pring versus


Três Classes de Ativos

$25,000 Dow Jones Pring U.S. Business Cycle Index


Performance 1956-2011

| Bonds
Ações
Commodtes

s2,500 Dow Jones Prmg_U.S.Business Cycle Index

$250

Pertomance Retorno Desvio


(1956-2011) Anual Padrão
Bonds 1 3,44% 6,81%
Açoes 6,83% 13,406
Commodities 7,95% 15,10%
Dow Jones
Pring Index 10,059% 9,70%
$25
1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010

Fonte: S&P Dow Jones Indexes


Mercados Financeiros e o Ciclo dos Negócios 25

Experiência de Mercado, 1966-2001


O Gráfico 2.1 mostra como os topos e fundos se desenvolveram para os vários
mercados entre 1966 e 1977.
Observe que as taxas de juros de curto prazo representadas inversamente
foram substituídas pelos preços dos títulos. Há uma ligação muito mais estreita
entre os preços das ações e as taxas de curto prazo do que aquelas com um prazo
mais longo. Isso acontece porque as empresas fazem mais empréstimos nos mer-
cados monetários do que nos mercados de bonds. As taxas de curto prazo são
também mais voláteis do que aquelas no final do espectro de rendimentos. ODs
topos e fundos subiram muito mais queo esperado. Enquanto a sequência crono-

logicaera mais ou menos perfeita, os avanços e os atrasos em cada ciclo variaram


consideravelmente devido às diferentes caracteristicas em cada ciclo.
Em 1966, por exemplo, os bonds e as ações caíram mais ou menos simul
taneamente, ao passo que o atraso para o fundo do mercado de commodities foi
acima de um ano.
Gráfico 2.2 mostra os mesmos mercados, mas desta vez nós estamos olhan
do para os anos oitenta. As duas pequenas setas apontando para cima em 1982
e 1990 refletem as recessões. Tais cenários representam boas oportunidades de

GRAFICO 2.2 Três Mercados Financeiros, 1966-1977

Taxa de Curto Prazo (invertida)

110
100
s& Composite
90-
80

200CRB Spot RM Index

150

100
1966 1967 1968 1969 |1970 1971 1972 19731974 1976 11976 1977
Fonte: From intermarket Rewiew
26 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

compra de bonds, mas terríveis para ter commodities. A série de três fundos que
se desenvolveram entre 1984 e 1986 reflete o crescimento da recessão em meados
dos anos oitenta.
De um modo geral, a sequência cronológica funciona satisfatoriamente até
chegarmos ao final de 1980, no qual o fundo das taxas de 1989 é justaposto com
topo do mercado de ações. Infelizmente, esses eventos fora de sequência são fatos
da vida. Na minha experiència estudando os 200 anos de relações fora de sequên-
cia achei que elas representam a exceção e não a regra.
Gráñco 2.3 mostra os últimos anos do século XX. Este é o período mais
dificil que encontrei devido ao desempenho recorde pelo mercado de ações e as
fortes forças deflacionárias associadas à revolução tecnológica. Isto teve o efeito
de reduzir a flutuação ciclica normal no mercado acionário. Na quarta edição
deste livro, eu disse: "Como o boom do mercado de ações foi sem precedentes,
improvável que as sequências cronológicas tenham sido mais do que temporaria-
mente interrompidas".
OGráfico 2.4 prova que a conclusão é a mais correta, exceto a queda sem
precedentes de commodities no final de 2001.

GRÁFICO 2.3 Três Mercados Financeiros, 1980-1992

Taxa de Curto Prazo (Invertida)

10

400
S&P
300 Composite
200

100

300
CRB Spot RM Index
250

980 1981 1982 1983 1984 1986 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
Fonte: Intermarket Rewiew
Mercados inanceiros eo Ciclo dos Negócios 27

GRÁFICO 2.4 Três Mercados Financeiros, 1989-2001


Taxa de Curto
Prazo (Invertida)

1500
H00 S&P Composite

500

350
300
CRB Spot Indey .
260
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 200
Fonte: Intemarket Rewiew

GRAFICO 2.5 Três Mercados Financeiros, 1999-2013

Taxa de Curto Prazo (Invertida)

s&P Composite

CRB Spot Index

Fonte: Intemmarket Rewiew


28 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Pode-se ainda argumentar, porém, que o mercado de ações defasou porque


ainda estava no processo de reversão da bolha de tecnologia. Lembre-se que o de-
clínio continuou, mesmo após a recessão de 2001 terminar. Observe o ciclo duplo
que se desenvolveu entre 2010 e 2012 no Gráfico 2.5.

Sumário
1. Um ciclo típico de negócios abrange três ciclos individuais para taxas de juros,
ações e commodities. Todos são influenciados pelas mesmas forças econômicas
e financeiras, mas cada um reage de maneira diferente.
2. Estes mercados passam por uma sequência cronológica que se repete na
maioria dos ciclos.
3. Alguns ciclos experimentam uma desaceleraço da taxa de crescimento
e não
uma recessão real. Mesmo assim, a sequência cronológica entre os mercados
ainda surge para operar.
4. Os avanços e de ciclo para ciclo e têm pouco valor de previsão.
atrasos variam
5. A sequncia cronológica dos topos e fundos nos diversos mercados financei-
ros pode ser usada como uma base para identificar a
posição de um mercado
especifico dentro do seu ciclo de alta e de baixa.
3

A TEORIA DE DOW

Introdução
A teoria de Dow é a mais antiga, e até agora o mais divulgado, método de iden-
tificação das principais tendências no mercado de ações. Um relato extenso não
será necessário aqui, pois há muitos livros excelentes sobre o assunto. Uma breve
explicação, no entanto, é viável porque os principios básicos da teoria de Dow são
utilizados em outras áreas da análise técnica.
O objetivo da teoria é determinar as mudanças no movimento primário, ou
principal do mercado. Uma vez que uma tendência tenha sidoestabelecida, pre-
sume-se que ela existirá até que uma reversão seja provada. A Teoria de Dow está
relacionada com a direção de uma tendência e no tem nenhum valor de previsão
da duração ou tamanho final da tendência.
Deve-se reconhecer que a teoria nem sempre acompanha o ritmo dos even-
e de forma nenhuma é in-
tos; ela ocasionalmente deixa o investidor em dúvida,
falível, já que os prejuízos como ocorre com qualquer outra abordagem técnica,
acontecem ocasionalmente. Estes pontos enfatizam que, embora os dispositivos
mecânicos possam ser úteis para prever o mercado de ações, não há substituto
para obter uma análise de suporte adicional, que seja sensata, com um julgamento

equilibrado. Lembre-se que não há certezas na análise técnica, porque estamos

sempre lidando com probabilidades.


A teoria de Dow evoluiu a partir do trabalho de Charles H. Dow, que foi pu-
blicado em uma série de editoriais do Wall Street Journal entre 1900 e 1902. Dow
usou o comportamento do mercado de ações como um barômetro das condições
de negócios não como uma base para a previsão dos preços das ações. Seu su-
e
desenvolveu ainda mais os princípios da Dow e
cessor, William Peter Hamilton,
como a conhecemos hoje. Estes
organizou-os em algo que aproxima a teoria de
principios foram delineados de maneira pouco rigorosa no livro de Hamilton The
30 Parte: Técnicas que Determinam as Tendências

Stock Market Barometer, publicado em 1922. Foi somente quando, Robert Rhea
publicou a Teoria de Dow, em 1932, que um relato mais completoe formalizado
dos princípios finalmente se tornou disponível.
A teoria assume que a maioria das ações segue a tendëncia subjacente ao mer-
cado a maior parte do tempo. A fim de medir "o mercado', Dow construiu dois
indices, que são agora chamados Indice Dow Jones Industrial que originalmente foi
uma combinação de 12 (mas agora inclui 30 ações Bluechips), e o Indice Dow Jones
Ferroviário, compreendendo 12 ações de estrada de ferro. Como o Indice Ferroviá-
rio foi construido como um substituto para as ações de transporte, com a evolução
da aviação e outras formas de transporte foi a necessária a modificaço do antigo
Indice Ferroviário, a fim de incorporar adições a esta indústria. Consequentemen-
te, o nome desse indice foi alterado para Indice de Dow Jones Transporte.

Interpretando a Teoria

Para interpretar a teoria corretamente, é necessário ter um registro dos preços


diários (é importante usar preço de fechamento, desde que as flutuações intra-
dia são mais sujeitas à manipulação) de fechamento dos dois índices e o total de
transaçoes diárias na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Os seis princípios
básicos da teoria são discutidos nas seções a seguir.

1. Os Indices Descontam Tudoo

Mudanças nos preços de fechamento diário refletem o julgamento e as emoções


agregadas de todos os participantes do mercado de ações, tanto corrente como
potencial. E, portanto, assumido que este processo desconta tudo conhecido e
previsivel que possa afetar a relação de oferta/procura das ações. Embora os atos
de Deus sejam imprevisiveis, sua ocorrência é rapidamente avaliada e suas impli
cações são descontadas.

2.0 Mercado Tem Três Movimentos

Existem simultaneamente três movimentos no mercado de ações.

Movimento primário: O mais importante é a tendncia primária ou principal,


mais geralmente conhecida como tendéncia de alta (subida) ou tendência de bai-
xa (queda) do mercado. Tais movimentos duram menos de um ano a vários anos.
Um mercado primário de baixa é um longo declinio interrompido por im-
ntes subidas (repiques) de preço. Ela começa quando a esperança de que as
A Teoria de Dow 31

ações que foram compradas anteriormente estão abandonadas. A segunda fase


Sedesenvolve quando os níveis de atividade de
negócios e dos lucros declinam.
Na terceira fase, a tendência de baixa alcança um clímax quando as ações são
liquidadas, independentemente do seu valor subjacente (devido ao estado de-
pressivo das notícias ou pela liquidação forçada, por exemplo, pelas chamadas
de margem).
Um mercado primário de alta é um grande movimento para cima, normal-
mente com uma média de no mínimo 18 meses, que é interrompido por correções
secundárias. A tendência de alta inicia quando os iíndices descontaram as
piores
noticias possíveis e a confiança sobre o futuro começa a renascer. A segunda fase
do mercado de alta é a resposta das ações para melhorias conhecidas nas condi-
ções de negócios, enquanto a terceira e última fase evolui a partir de excesso de
confiança e especulação quando as ações estão avançando sobre projeções que
geralmente se revelam infundadas.

As Reações Secundárias: A reação secundária ou intermediária é definida como


"um declinio importante na tendência de alta ou como um avanço em uma ten-
dência de baixa, durando geralmente de três semanas a muitos meses. Durante
este intervalo, o movimento geralmente retrai de 33 a 66% por cento da mudança
do preço primário desde o encerramento da última correção secundária anterior"
Essa relação está mostrada na Figura 3.1.
Ocasionalmente, uma correção secundária pode retraçar todo o movimento
primário anterior, mas normalmente, o movimento retrai da metade a dois terços
da área, frequentemente na marca de 50%. Este assunto será discutido mais tarde
em maiores detalhes, a correta diferenciação entre a primeira perna de uma nova
tendência primária e um movimento secundário dentro tendência existente for-
nece aos teóricos de Dow o seu problema mais dificil.

Movimentos Menores: O movimento menor dura de uma a duas semanas, po


dendo chegar a seis semanas. Ele é importante somente porque forma parte dos
movimentos secundários ou primários; não tem valor de previsão para os inves-
tidores de longo prazo. Isto é muito importante, pois, os movimentos de curto
prazo podem ser manipulados em certa medida, ao contrário das tendências se-
cundárias ou primárias.
Tendências
32 Parte I: Técnicas que Determinam as

FIGURA 3.1 Correções Secundárias

300 300
250
250
200 A 200

150
150

150
100
150
100 150
A
50 50

o
S MAM ASONO
(a

3. Linhas indicam Movimento

Robert Rhea definiu uma linha como "um movimento de preço de duas a três
semanas ou mais, onde durante este período, a variação de preços de ambos
os indices se movimentam numa faixa de cerca de 5 por cento (de sua média).
Eu não vejo nenhum motivo para que a regra dos 5 por cento não possa ser
excedida. Afinal, ela realmente representa uma digestão dos ganhos ou perdas
ou uma pausa na tendência. Tal movimento tanto pode indicar acumulação (as
ações indo para mâos fortes e experientes e, portanto, uma tendência de alta) ou
de distribuição (as ações indo para mãos fracas e, portanto, uma tendéncia de
baixa).
Um avanço acima dos limites da linha indica acumulação e prevê preços
mais elevados, e vice versa. Quando uma linha ocorre na metade de um avanço
primário, realmente está realmente formando um movimento secundário hori-
zontal e deve ser tratada com tal.
A minha opinião é que a formação de uma linha legitima, provavelmente deve
levar de duas a três semanas, ou mais. Afinal, uma inha é realmente uma substituta
de uma tendência intermediária de preço e duas a três semanas é o tempo para um
movimento de curto prazo ou movimento menor de preço.

4. A relação Preço/Volume Fornece Informações


A relação normal do volume é se expandir nas altas e contrair nas baixas. Se o
volume diminui num avanço de preço e aumenta num declínio, este é um aviso
de que a tendência predominante em breve
poderá ser revertida. Este principio
A Teoria de Dow 33

deve ser usado apenas como informaç o geral, uma vez que a prova conclusiva de
reversão dessas tendências só pode ser dada pelo preço dos respectivos índices.

5. O comportamento do Preço Determina a Tendência

As indicações de alta são dadas


quando altas sucessivas penetram o topo, enquan-
to o fundo de um declínio intermediário está acima do fundo anterior. Por outro
lado, indicações de baixa vêm de uma série de topos e fundos descendentes.
A Figura 3.2 mostra uma tendência de alta hipotética interrompida por uma
correção secundária. No exemplo a, o índice faz uma série de três topos e fundos,
cada um mais alto do que seu respectivo antecessor. O índice sobe seguindo o
terceiro declinio, mas é incapaz de ultrapassar seu terceiro topo. O próximo decli-
nio leva o indice para abaixo do fundo anterior, confirmando uma tendência de
baixa, como é o caso, no ponto X. No exemplo b, após o terceiro topo na tendência
de alta, uma tendência de baixa é indicada quando o índice cai abaixo do fundo
secundário anterior. Neste caso, a tendência secundária anterior fazia parte de um
mercado de alta, não o primeiro fundo em uma tendência de baixa, como mos-

FIGURA 3.2 Reversões de Tendência Primária

250 250
200 200

100

50
At 50

100

50

FMAM JJAsoND FMAM J A SOND


(a) (b)

250 250

200 200

150 150
100 100

50 50

FMAM J A SO N D FMAM J J A S OND

(c) ()
A Teoria de Dow 35

Informações importantes também podem ser obtidas das características de


de uma da duração da tendência primária As
volume e avaliação predominante.
chances de uma grande reversão são muito maiores se o mercado passou pela sua
terceira fase, caracterizada pela especulação e falsas
esperanças durante a tendencia
de alta primária, ou uma contínua liquidação e um pessimismo generalizado du-
n grande declinio. Uma mudança na tendência primária pode ocorrer sem

uma terceira fase claramente identificada, mas


em geral, tais reversões mostram ser
relativamente de curta duração. Por outro lado, as maiores oscilaçQes primárias ge
ralmente se desenvolvem quando as características de uma terceira fase são espe-
cialmente marcadas durante o movimento primário anterior. Assim, os excessivos
períodos de especulação em 1919, 1929, 1968 e 2000 onde as crises especulativas
no indice NASDAQ foram seguidas por quedas particularmente acentuadas. Movi-
mentos de prazo intermediário são discutidos mais amplamente no Capítulo 4. Fre-
quentemente, uma reversão em uma taxa de variação (ROC) de 18 meses de uma
leitura superior a 200 por cento é o reflexo de tal esgotamento do poder de compra.

6. Os índices devem confirmar

Um dos princípios mais importantes da teoria de Dow é que o movimento do in-


dice Dow Jones Industrial e do Dow Jones Transportes deve ser sempre considerado
em conjunto; isto é, os dois índices devem confirmar um ao outro.
A necessidade de confirmar o movimento pelos dois índices parece funda-
mentalmente lógica, pois se o mercado é realmente um barómetro das condições
futuras de negócios, os investidores deveriam aumentar o valor dos lances, tanto
das empresas que produzem bens como das empresas que os transportam, em
uma economia em expansão. No é possível ter uma economia saudável na qual
os produtos estão sendo fabricados, mas não vendidos (ou seja, enviados para o
mercado). Este principio de conhrmação é mostrado na Figura 3.4.

FIGURA 3.4 ATeoria de Dow requer que ambos os indices se confirmem

Industrial

Industrial

Transporte
Transporte

(a) (6)
34 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

trado no exemplo a. Muitos teóricos da Dow não consideram que a penetração no


ponto X no exemplob seja uma indicação suficiente de uma tendencia de baixa.
Eles preferem adotar uma posição mais conservadora esperando por uma subida
e subsequente penetração daquele fundo anterior marcado como um ponto Y no
exemplo b.
Nesses casos, é prudente abordar a interpretação com mais precaução. Se
uma indicação baixista for dada originada dos padrões de volume e uma fase
claramente identificada como especulativa de que uma tendência de alta já se for-
mou, é provavelmente seguro assumir que a indicação baixista seja válida. Na
ausência dessas características, é mais sensato dar ao mercado de alta o beneficio
da dúvida e adotar uma posição mais conservadora. Lembre-se, a análise técnica
éa arte de identificar a reversão das tendèncias baseada no peso da sua evidência.
A Teoria de Dow é uma peça da evidência, portanto, se quatro ou cinco outros
indicadores estão apontando para uma reversão da tendência, geralmente é uma
boa ideia tratar a "metade" do sinal no ponto X como uma indicação de que a
tendência reverteu. Os exemplos c e d representam casos semelhantes no fundo
de uma tendência de baixa.
Os exemplos na Figura 3.3 mostram como a reversão primária apareceria
se o indice tivesse formado uma linha no seu topo ou fundo. A importância de
ser capaz de distinguir entre uma correção secundária válida e a primeira fase de
uma nova tendência primária é agora evidente. Esta é talvez a parte mais difícil da
teoria para interpretar, e sem dúvida a mais crítica.
Eessencial estabelecer quea correção secundária tenha retraçado pelo me-
nos um terço do terreno do movimento primário anterior, conforme medido pelo
término da tendência secundária anterior. A tendência secundária também deve
se estender por, pelo menos, de três a
quatro semanas.

FIGURA 3.3 Linhas sendo formadas no Topo e no Fundo

300 300

250 250

200 200

150 M 150

100
100

50 50
ww
FMA M A S OND FMA MJAsoND
(a)
(b)
36 Partel: Técnicas que Determinam as Tendências

No exemplo a, o Îndice Industrial é o primeiro a sinalizar uma tendência de


baixa (ponto A), mas a tendência de baixa real não é indicada ate que o Indice de
Transporte confirme no ponto B. O exemplo b mostra o início de um novo mer-
cado de alta. Após uma queda acentuada, o indice Industrial faz um novo fundo.
Uma alta se desenvolve em seguida, mas a próxima correçao permanece acima do
fundo anterior. Quando os preços ultrapassam o topo anterior, um sinal de alta
é dado pelo Indice Industrial no ponto A. Nesse meio tempo, o Indice de Trans-
porte faz uma série de dois fundos sucessivos. A pergunta que surge é se o índice
está representando corretamente a tendéncia predominante? Como foi sempre
assumido que tendência existe até que uma reversão seja provada, se conclui que
neste ponto o Indice de Transporte está indicando o resultado correto.
Apenas quando este indice ultrapassa o topo da tendência secundária ante-
rior no ponto B é que um novo mercado de alta é confirmado pelos dois os índi-
ces, levando a um sinal de compra da Teoria de Dow.
O movimento de um índice sem confirmação pelo outro, pode frequente-
mente levar a uma conclusão falsa e enganosa, que está bem ilustrada na Figura
3.5, que mostra o preço da ação em 1930 no formato de onda.
O mercado de baixa de 1929 a 1932 começou em setembro de 1929 e foi
confirmado pelos dois índices no final de outubro. Em junho de 1930, cada um
fez um novo fundo e, em seguida, subiram e corrigiram em agosto. Após esta
correção, o índice industrial ultrapassou o seu topo anterior. Muitos observadores
acreditaram que isto sinalizou o fim de uma tendência de baixa muito acentuada
e que era apenas uma questão de tempo antes que o Indice de Transporte seguisse
o exemplo. Como se viu, o movimento do Industrial foi totalmente enganoso; a
tendência de baixa ainda tinha mais dois anos para continuar o seu percurso.

FIGURA 3.5 0 exemplo de 1930

300

Industrial
200
150

Transporte

FMAM J J A S ON D
1930
A Teoria de Dow . 37

A Teoria em Funcionamento: 1998-2013

O Gráfico 3.1 de 1998 a 2013 compara o Indice Industrial com o de Transporte


entre 1997e 2013. O gráfico começa no final do mercado de alta secular de 1982
a 2000.
O indice de Transporte deu um sinal de venda não confirmado em 1998,
O Industrial também um novo
após um ziguezague para baixo. penetrou para
fundo, mas como o topo anterior em julho estava acima do de abril, a nossa inter-
pretação estrita considerou que era um mercado de baixa não confirmado. Como
o índice de Transporte manteve-se em baixa até 2004, tudo o que era necesario
para um sinal de venda era a ela veio em outubro de
confirmação do Industrial, e
2000, com este índice rompendo uma formação de linha. Fortunas foram rever-
tidas no início de 2003, na medida em que o Industrial continuavaaltista, mas o
minima
Transporte foi incapaz de seguir o caminho, fazendo uma
mesmo
nova
no início de 2003 (C), ao contrário de sua contraparte Industrial, que foi capaz
de dar um sinal alta não confirmada em (D). Consequentemente, foi somente
quando o fndice de Transportes rompeu uma formação da linha (E) que uma
nova tendência altista foi sinalizada. O próximo evento se desenvolveu em (F)

quando o Indice Industrial abaixo do seu fundo intermediário anterior.


rompeu
O fndice de Transportes, eventualmente, confirmou em novembro de 2008 em

GRAFICO 3.1 Os sinais da Teoria de Dow: 1997-2012

Dow Industrials

Compra ou venda confirmada

Compra ou venda näo confirmada


Dow Transports

202 N 211 2012

Fonte: Marin Pring's Intermarket Review


38 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

(G). O mercado de alta subsequente foi sinalizado pelo Indice dos Transportes
com
o rompimento de uma linha no de 2009 (H) posteriormente, confirmado
e
pelo Indice Industrial em junho em (1). Este sinal de compra é indiscutivelmente
controverso, pois a correção intermediária durou somente 4 semanas, aceitável,
mas pouco para um fundo. Além disso, a correço retraçou apenas 30% do avanço
anterior, de 33'/ para 66/P sendo os limites normais aceitáveis.

Considerações Adicionais
A Teoria de Dow não especifica um periodo de tempo além do qual uma con-
firmação de um indice pelo outro se torna inválido. Geralmente, quanto mais
próxima for a confirmação, mais forte provavelmente será o movimento seguinte.
Observei que este principio pode ser aplicado a outras técnicas utilizadas na análi-
se técnica, especialmente em conjunto com as considerações de momentum/preço
(ver Capítulo 13). Por exemplo, a confirmação do mercado de baixa em 1929-
1932 foi dada pelo Índice dos Transportes, apenas um dia após o Indice Industrial.
O acentuado rompimento de 1962 foi confirmado no mesmo dia.
Uma das principais críticas da Teoria de Dow é que muitos dos seus sinais
provaram ser tardios, muitas vezes de 20 a 25 por cento após um topo ou fundo ter
ocorrido nos índices. Uma regra de ouro que permitiu aos teóricos de Dow ante-
cipar prováveis reversões com antecedência é observar o rendimento dos dividen-
dos sobre o Indice Industrial. Quando o rendimento sobre o Índice Industrial caiu
para 3 por cento ou abaixo, historicamente tornou-se um indicador confiável de
topos dos mercados. Certamente isto foi verdadeiro antes dos meados de noventa
e desde então tem sido mais questionável. Da mesma forma, um rendimento de
6 por cento tem sido um indicador confiável nos fundos do mercado. Os teóri-
cos da Dow não necessariamente usam esses níveis como pontos reais de compra
ou venda, mas, provavelmente, consideram alterar o percentual de exposição de
suas ações, se uma não conhrmação significativa se desenvolveu entre o Indice
Industrial e o Indice dos Transportes quando o rendimento do Dow atingiu esses
extremos. Esta estratégia ajudará a melhorar o retorno do investimento da teoria
Dow, mas nem sempre resulta em um desempenho superior. No topo de 1976,
por exemplo, o rendimento sobre o Dow nunca chegou ao mágico nível de 3 por
cento, e os preços cairam 20 por cento antes que um sinal mecânico fosse confir-
mado por ambos os indices. Além disso, o topo de 3 por cento não foi alcançado
por cerca de 5 anos no final de 1990.
Ao longo dos anos, muitas críticas foram feitas à teoria baseadas em que de
vez em quando (como em períodos de guerra), o Indice Ferroviário foi excessi-
vamente regulamentado, ou que o novo Indice dos Transportes já não refletia as
expectativas dos investidores sobre o futuro movimento de mercadorias. No en-
tanto, a teoria tem resistido ao teste do tempo como indica a Tabela 3.1.
A Teoria de Dow. 39

TABELA 3.1 Análise da Teoria de Dow


Sinais de Compra Sinais de Venda*

Ganho Percentual
Preço de um sinal de Preço Percentual
do venda quando do de ganho do
Data do Sinal Dow Data do Sinal sinal de compra
vendido Dow
Jul. 1897 4 1899 63 43

Oct 1900 59 Jun. 1903 59 0


u 1904 51 Apr. 1906 92 80
Apr. 1908 70 24 May 1910 85 2
Oct 190 82 Jar 1913 85
Apr. 1915 55 Aug 1917 86 32
May 1918 82 Feb. 1920 99 22
Feb. 1922 84 6 Jun 1923 91
Dec 1923 94 erdas 3 Oc 1929 306 226
May 1933 84 73 Sep. 1937 164
un 1938 127 23 Mar. 1939 136
ul 1939 143 May 1940 138 perdas 7

Feb. 1943 126 ALug 1946 191 52


Apr. 1948 184 Nov. 1948 175 perdas 6

Oc 1950 229 perdas 32 Apr. 1953 280 22


Jan 1954 288 perdas 3 Od 1956 468 65

Apr. 1958 450 Mar. 1960 612


Nov. 1960 602 Apr. 1962 683 15

Nov. 1960 602 Apr. 1962 683 13

Nov. 1962 625 May 1966 900 45


San 1967 823 Jun 1969 900 9

Dec 1970 823 9 Apr. 1973 921 12


Jan 1975 680 26 Oa 1977 80 18

Apt. 1978 780 Jul 1961 960 23


Aug. 1982 840 13 Feb. 1984 1,186 41

Jan 1985 1,261 perdas 6 Od 1989 2510 104

Dec 1990 2,610 perdas Od 2000 o,034 60

Jul 2003 9223 Nov 2007 12829 39


JuL 2009 8,848 58
Média de todos os ciclos 39% 6 Média de todos os ciclos 11%

Ao considerar os resuitados, observe que esses simais são o resultado da minha interpretaço, em akguns casos com a vantagem da
retrospectina. Alg1ns teóricas da Teaia de Dowdiscordariam da minha interpretação, mas nenhum ina contestr o fato de que, em geral, a teoria
funciona.
40 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendêéncias

Realmente, a crítica é perfeitamente saudável, pois se a teoria ganhou ampla


aceitaçãoe seus sinais eram puramente mecanicistas em vez de exigir julgamento
experiente, ele seria imediatamente descontado, o que tornaria inútil a Teoria de
Dow para um investimento rentável.
De qualquer forma, é importante observar que está longe de ser perfeita, e,
em qualquer caso, a Teoria de Dow deve ser considerada como um indicador que
deve ser utilizado com outros do arsenal técnico.

Sumário
1. A Teoria de Dow se preocupa com a determinação da direção da tendência pri-
maria do mercado, não com a sua duraç o ou tamanho. Uma vez confirmada
pelos dois índices, a nova tendéncia é assumida que está em andamento até que
ocorra uma divergência entre os dois índices.
22. Cada mercado de alta ou de baixa principal tem três fases distintas. Tanto a
identificação destas fases e o aparecimento de qualquer divergência na rela-
ção normal de volume/preço oferecem indicações úteis que uma reversão na
tendncia principal está prestes a ocorrer. Essa evidncia adicional é especial-
mente útil quando o comportamento dos indices de preço é inconclusivo.
4

PARAMETROS TÍPICOS
PARA TENDÊNCIAS
INTERMEDIÄRIAS

Algumas Observações Básicas


Nos dois capítulos anteriores foi discutida a tendência principal ou primária, ou
seja, o movimento do preço que corresponde às mudanças na atividade econo
mica ao longo de um ciclo típico de negócios de 3 a 4 anos. Embora, seja muito
importante ter uma ideia da direção e duração da tendência primária, também
é útil ter algum conhecimento do comportamento típico e duraçâão da tendên-
cia intermediária para melhorar a taxa de sucesso na negociação, e também para
ajudar a avaliar quando o movimento primário terminou. Este capítulo aborda as
tendências intermediárias do mercado de ações dos EUA, mas os principios aqui
descritos aplicam-se livremente a qualquer mercado negociado livremente.
A andlise bem sucedida das tendências intermediárias para qualquer merca-
do ou ações oferece as seguintes vantagens:

1. As mudanças nas tendências intermediárias auxiliam na identificação dos


pontos de virada na tendência primária.
2. A negociação de prazo intermediario envolve men0s operações do que as de
negociação de movimentos menores de preços e, portanto, resulta em meno-
res despesas de comissão e de execução.
3. Os pontos de reversäo da tendência intermediária ocorrem várias vezes ao
ano e podem se devidamente interpretados, permitir um retorno relativamen-
te alto e rápido sobre o capital.
42 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Definição dos Ciclos Intermediários


Uma tendncia primária normalmente consiste de cinco tendncias intermedi
árias, três das quais fazem parte da tendência predominante, enquanto as outras
vão contra essa tendência. Em uma tendência de alta, as tendências
contra a tendència são representadas pela redução dos preços; em uma tendência
intermediárias
de baixa, formam altas que separam as três ondas intermediárias para baixo, como
mostrado na Figura 4.1.
E evidente a partir desta discussão que existem basicamente dois tipos de
movimentos de preços intermediários. O primeiro, que segue o sentido da ten-
dencia primária, pode ser chamado de um movimento de preçOs intermediário
primário. O segundo é um importante movimento de preços que dura de 3 se-
manas a 3 meses, ocasionalmente mais longo. Normalmente retraça de 1/3 a 2/3
da tendência intermediária anterior da primária. Este movimento de preços, que
contra tend ncia principal, é chamado de um movimento secundário ou reação.
Uma vez que, um movimento primário intermediário de preço segue a mesmna
direção da tendéncia primária ou da tend ncia principal de mercado, quase sem-
pre sua duração é mais prolongada do que a das suas contrapartes secundárias. A
magnitude do seu preço, normalmente também é muito maior.
Essas contra tendncias, ou reações contra a tendência principal, são noto-
riamente dificeis de prever em termos de comportamento, magnitude e duração.
Portanto, devem ser evitadas do ponto de vista de negociação, uma vez que, quase
säo confundidas violinadas. Pela sua própria
invariavelmente, com natureza,
dem a enganar a maioria e são geralmente extremamente traiçoeiras. É possível
ten-

projetar sistemas mecanizados de sucesso baseados sobre movimentos de preços

FIGURA 4.1 Ciclos Intermediários numa Tendência Primária

Reação Movimento de preço


secindata
intermediário primáio

Reação Raaçao
Secundaia
Secundária

Movimento de preço Reaão


intermediário primáro 12/3 Secundara

--

2/3
Tendencla Pimáia Tendencia Primária
de Ata
de Baa
Mercaxdo de Baiza)
(Mercado de Ata)
Parâmetros Tipicos para Tendências Intermediárias 43

intermediários, porém sinais fracos ou falhos geralmente são provenientes de mo-


vimentos do mercado secundário que ocorrem contra a tendência principal. As
tendências de prazo intermediário que se movem na mesma direção da tendência
primária säo geralmente mais fáceis de dar lucro. Aqueles que não têm paciência
para investir no longo prazo vai achar que a análise bem sucedida dos movimen-
tos intermediários oferece resultados superiores, especialmente porque o dia-a-
dia ou oscilações menores são, em grande parte, de natureza aleatória e, portanto,
ainda mais dificil de aproveitar as oportunidades. Esta tendência foi mais pronun-
ciada nos últimos anos, quando os movimentos com um acentuado aumento de
preço resultaram em reações emocionais automáticas com a divulgação de dados
econômicos inesperados.
Uma reação secundária não tem que ser um declínio num mercado de alta
ou de uma subida num mercado de baixa. Pode também assumir a forma de um
movimento lateral ou consolidação, sob a mesma ideia de formação de linha de
Charles Dow (ver a discussão no Capítulo 3).
Movimentos intermediários de preço podem ir a favor ou contra a tendência
principal, o significa que existe um ciclo intermediário semelhante a um ciclo
que
primário. Um ciclo intermediário consiste de um movimento de preço do ciclo
reação secundária. Estende-se da mínima de uma tendência in-
primário e uma
termediária para a minima da outra, como mostrado na Figura 4.2.
Num mercado de alta, a fase de alta do ciclo deve ser mais longa em dura-

ção e maior em magnitude. fundo da correção secundária deve ser mais alto
do que o seu predecessor. Em um mercado de baixa, as condições inversas são
verdadeiras; ou seja, declínios são mais longose maiores, enquanto os aumen-
tos de preço podem ser mais curtos ou acentuados, mas de menor magnitude.

FIGURA 4.2 Ciclos de Prazo Intermediário

Ciclo de prao- Ciclo de prazo Ciclo de prazo


M Ciclo de prazo
intermediário

intermediàrio intermediario intermediärio


Ciclo de pra20
intermediário
44 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Portanto, os técnicos são alertados primeiramente da possibilidade de uma re-


versão da tendência primária quando um terceiro ciclo intermediário está quase
completo. Também é importante observar se a estrutura técnica global parece
fraca (forte em um mercado de baixa) como o fundo intermediário anterior
(alta) foi abordado e, finalmente, observar se esse nível foi decisivamente rom-
pido para baixo (para cima).
Isso não significa que os movimentos primários nunca podem abranger nem
mais, nenm menos do que três movimentos de preço intermediário do ciclo primá-
rio, pois muitas vezes eles o fazem. Tenha a expectativa de que três seja um evento
normal, mas não seja pego de surpresa se houver menos ou mais.

Causas das Reações Secundárias

Uma vez que a tendência primária de preços das ações é determinada pelas ati-
tudes dos investidores para o fluxo futuro de lucros, que são por sua vez, deter-
minadas em grande parte pelo curso do ciclo de negócios, parece ilógico, a prin-
cipio esperar que movimentos de longo prazo fossem interrompidos por reações
muito desconfortáveis (ou, no caso de um mercado de baixa, com altas muito
enganadoras.
A história mostra que ocorrem reações secundárias devido às distorções
técnicas que surgem no mercado como resultado do excesso de otimismo (ou
excesso de pessimismo) e também porque novos fatores emergem sugerindo que
as condiçöes de negócios não vão ser tão radicais como foi previsto inicialmente,
ou mesmo que vão se materializar na direção oposta. Por exemplo, após a primei-
ra alta de prazo intermediário num mercado de alta para as ações, uma correção
pode se desenvolver porque os investidores, que tinham descontados uma forte
recuperação, agora veem alguns pontos nebulosos que podem até mesmo proje-
tar uma queda real nas condições de negócios. Esses temores, eventualmente são
infundados, mas são suficientes para causar uma reação intermediária anticiclica.
Outra possibilidade poderia ser um receio do aumento de juros, o que poderia
paralisar a recuperação. Uma vez que os preços tinham descontado uma forte
recuperação, essa mudança de percepção faz com que os investidores recuem e
os preços consequentemente caiam. Ao mesmo
tempo, muitos investidores per-
deram o controle durante a fase de alta e se alavancaram. Quando os preços co-
meçam a cair, seus patrimônios encolhem e os obrigam a liquidar, o que contribui
ainda mais para o declinio dos preços.
Uma subida no mercado de baixa das ações geralmente ocorre devido a
uma melhoria das perspectivas para as condições de negócio em
relação ao quue
estava previsto. A alta do mercado de baixa para os bonds se desenvolve sob
um conjunto condições opostas. Todas as correções nos mercados de commo-
dity e de moeda têm suas raízes numa mudança de percepção errônea da ten
Parametros Tipicospara Tendências Intermediárias 45

dencia econômica subjacente (primária). O catalisador para a alta é a corrida


pelos traders e investidores para cobrir as suas posições vendidas a descoberto
(para definição ou explicação de venda a descoberto, consultar o Glossário).
e-Se
acrescentar que a
aparente força motivadora para correção não deve
necessariamente estar ligada diretamente as
perspectivas do negócio ou das
taxas de juros.

Principio Técnico Fundamental: Em qualquer tempo existem quatro influ-


ncias sobre o preço. Elas são de natureza psicológica, técnica, econômicae
monetária.

Qualquer uma destas influências poderia ser uma "desculpa" para um mo-
vimento de preço intermediário contracíclico. Poderia, por exemplo, estar ligado
à decisão antecipada ou agravamento de um problema político ou militar. Es-
sencialmente, a mudança nas condições previstas, combinada como desenrolar
das distorções técnicas da tendência intermediária primária anterior, e seu mo-
vimento de preço acentuado associado, são suficientes para confundir a maio-
ria. Somente quando as mudanças nas condiçQes de negócios são corretamente
esperadas para mudar da recuperação para a recessão (ou vice versa), é provável a
reversão da tendência primária das ações. Observe a ênfase na palavra "provável".
Embora os preços das ações oscilem de acordo com a percepção das condições
econômicas futuras, houve exceções. Por exemplo, a economia saiu da recessão no
final de 2001, mas as ações continuaram caindo até outubro de 2002. Neste caso,
parecia que o desenrolar da bolha de tecnologia era uma influência mais forte do
que a melhora da atividade econômica. Este tipo de dissociação, porém, é muito
mais exceção do que a regra.
Em seu excelente livro Profits in the Stock Market (Lambert Gann Publishing,
1935), H. M. Gartley apontou que nos 40 anos que terminaram em 1935, dois
terços de todas as correções do mercado de Alta das ações nos U.S.A. desenvolve-
ram-se em duas ondas de liquidação separadas por uma alta menor que retraçou
entre um terço e dois terços da primeira queda. A observação de tais correções
desde 1935 também confirma a constatação de que a maioria das correções inter-
mediárias consiste de duas e não de uma ou de três fases de liquidação. Infeliz-
mente, as correções intermediárias, em um mercado em baixa não podem ser tão
facilmente classificadas uma vez que algumas são transações de um movimento
ou consistem de uma alta a partir de uma base pequena, enquanto outras ainda se
desdobram como um movimento lateral muito volatil. Apesar de as observações
de Gartley estarem relacionadas com ações, esta forma de correção se aplica a
todos os mercados financeiros.
46 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Relação Entre Movimentos Intermediários Primários e


Reações Subsequentes
Em Profits in the Stock Market, Gartley publicou uma série de diagramas uti-
lizando a classificação de tendências intermediárias estabelecida por Robert
Rhea. A conclusão de Gartley foi que quanto menor for a magnitude de um
movimento primário de prazo intermediário, maior será a retração, e vice
versa. Observou que isto era tanto válido nas correções de mercados de alta
quanto nos repiques de mercados de baixa. Observando-se o período des-
de 1933, praticamente todos os mercados parecem apoiar esta hipótese. Por
exemplo, a subida de 1962 do mercado de ações foi de apenas 18% comparada
à média de 30% entre 1933 e 1982. Isto representou parte de uma formação
de um fundo duplo e, portanto, a primeira alta intermediária primária. Este
avanço relativamente pequeno foi seguido por uma retração maior de 71%.
No entanto, a alta que se seguiu desde o final de 1962 até meados de 1963 foi
de 32% e foi seguida por uma pequena retraç o de 25% do lucro. Os leitores
interessados podem estar satisfeitos com o que sobe não necessariamente des-
ce e vice-versa.
O mercado de alta do ouro de 1976-1980 foi muito poderoso, mas as cor-
reções intermediárias foram muito rápidas. Por outro lado, as altas entre 1982
e 1990 foram de longe menos fortes, mas seguidas de correções de magnitude
proporcionalmente muito maior.

Usando os Ciclos Intermediários para Identificar


Reversões Primárias

Número de Ciclos Intermediários

Um movimento primário pode ser normalmente esperado para abranger ciclos


intermediários de dois anos e meio (veja a Figura 4.3). Infelizmente, nem todos os
movimentos primários correspondem à regra; um movimento primário ocasional
pode ser constituído por um, dois, três ou mesmo quatro ciclos intermediários.
Além disso, estes ciclos intermediários podem ter um comprimento ou magnitu-
de muito desigual, tornando a sua classificação e identificação possivel somente
após o evento. Mesmo assim, a análise do ciclo intermediário ainda pode ser uti-
lizada como uma base para a identificação da duração da tendència primária na
maioria dos casos.
Sempre que os preços estão bem avançados em uma tendência primária in-
termediária, após a complicação de dois ciclos intermediários, os técnicos devem
ser alertados para o fato de que uma reversão da tendência primária pode estar
Parametros Típicospara Tendências Intermediárias 47

FIGURA 4.3 Tendências Intermediárias e Volume

Topo mercado
de alta

Topo mercado
de alta
85% de
retração
Teste bem 200% de
Fundo sucedido
mercado 140% de retração
de baixa retração

Mercado de baixacom Mercado de alta com


2% ciclos intemediánios 3'h ciclos intemediánios

prestes a acontecer. Novamente, se apenas um ciclo intermediário foi concluido,


as chances dos preços atingirem níveis mais elevados (níveis mais baixos em um
mercado em baixa) são bastante elevadas.

Características do Ciclo Intermediário Final em uma Tendência Primária

Além de contar o número de ciclos intermediários, é possível comparar as carac-


teristicas de um ciclo específico com aquelas de um típico ciclo pivotal ou de re-
versão de uma tendência primária. Estas características são discutidas nas seções
seguintes.

Reversão de Mercado em Alta para Baixa Uma vez que o volume lidera o
preço, a falha do volume de aumentar os níveis acima da fase ascendente do
ciclo intermediário anterior é um sinal de baixa. Alternativamente, se durante
um período de 3 a 4 semanas, o volume se expande na subida intermediária
próxima ao pico anterior em volume, mas falha em mover os preços significati-
vamente, é um sinal de limitação, devendo ser tratado como baixista. A coinci-
dência de qualquer uma destas características com um cruzamento descendente
48 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

de uma média móvel de 40 semanas (ver Capitulo 11) ou uma divergéncia num
Indicador de momentum de prazo intermediário (ver Capítulo 13) seria motivo
adicional para ser cauteloso.
Existem essencialmente duas grandes caracteristicas que sugerem
fase descendente de um ciclo intermediário pode ser a primeira perna de bai-
xa de um mercado de baixa. A primeira é um aumento substancial no volume
durante o primeiro declínio dos preços. A segunda é um cancelamento ou
retrocesso de 80% ou mais da fase ascendente desse mesmo ciclo interme
diário. Quanto maior a retração, maior a probabilidade de que a tendência
básica tenha revertido, especialmente porque uma retração acima de l00%
significa que qualquer série de fundos ascendentes foi quebrada, colocando
desse modo as probabilidades a favor de uma mudança na tendência prinmáaria.
Outros sinais incluema observação de uma grande sobrevenda ou uma extre
ma oscilação (ver Capítulo 13 em momentum para uma explicação completa
destes termos).

Reversão de Mercado de Baixa para Alta A primeira fase intermediária as-


cendente de um mercado em alta é normalmente acompanhada de um aumento
substancial do volume que é significantemente maior do que aqueles das fases
intermediárias ascendentes anteriores. Em outras palavras, a primeira pernada
de alta num mercado de alta atrai visivelmente mais volume do que qualquer
das outras subidas intermediárias nos mercados de baixa anteriores. Outro si-
nal de uma reversão básica ocorre quando os preços retraçam pelo menos em
80% do declinio anterior. Mais uma vez, quanto maior a proporção da retraço,
maiores as probabilidades de uma reversão na tendência básica. Se a retração
for superior a 100%, as probabilidades indicam claramente que uma reversão
na tendéncia de queda tenha ocorrido devido a uma série de topos e fundos
descendentes que vão ser rompidos.
Como o volume aumenta substancialmente quando na fase intermediária
de baixa durante um mercado de baixa atinge o seu fundo, uma redução do
volume durante um declinio intermediário poderia muito bem ser um aviso
de que o mercado de baixa segue seu curso. Isto é especialmente verdade se
o preço nao atingir um novo fundo durante este declínio intermediário, uma
vez que a série descendente de fundos ciclos intermediários diminui, o que é
uma característica do mercado de baixa, que talvez não fique intacto por muito
tempo. Um exemplo disto é mostrado no Gráfico 8.12 onde o pico de volume
total foi visto no declinio de Junho de 1962 em vez de na
liquidação de Agos
to-Outubro.
Um último sinal pode incluir uma grande condição de sobrecomprado ou
uma oscilação extrema; novamente consulte o
Capitulo 13 para uma explicação
sobre estes conceitos
Parâmetros Tipicospara Tendências Intermediárias 49

Tendências Intermediárias no Mercado de Ações dos EUA,


1897 1982

Amplitude e Duração de Intermediárias de Alta de uma Primária

Entre 1897 e 1933, Robert Rhea, autor da Teoria de Dow, classificou 53 avanços
de tendências intermediárias dentro de um mercado primário de alta, que va-
riou em magnitude de 7% a 117%, como mostrado na Tabela 4.1.
Classifiquei 35 movimentos de prazo intermediário entre 1933 e 1982, e a
taxa média atingiu 22% da mínima para a máxima. Os resultados estão demons-
trados na Tabela 4.2.
A média de avanço primário intermediário desde 1897 parece ser em torno
de 20% a 22%. O movimento médio primário intermediário ascendente no perí
odo de 1933 a 1982 não difere daquele no período anterior classificado por Rhea.
No entanto, a duração média parece ter aumentado consideravelmente, de 13 se
manas no período de 1897 a 1933 para 24 semanas no período de 1933 a 1982.

TABELA 4.1 Movimentos intermediários de Alta da Primária 1897-1933

Proporção de Movimentos Intermediários Magnitude Preço

25 7-14

50 15-28

25 28-117
100
Mediana 20

TABELA 4.2 Movimentos intermediários de Alta da Primária 1933-1982

Percentual de Oscilações de baixa para Alta Duração- Semanas

Média Mediana 30 22
Mediana 22 24
Variação 10-105 3-137
50 Parte I: Técnicasque Determninam as Tendéncias

Amplitude e duração dos movimentos intermediários de baixa da primária

Usando a classificação de Rhea, 39 casos de um declínio intermediário primário


desenvolvido entre 1900 e 1932, como resumido na Tabela 4.3.
Minha pesquisa mostra que entre 1932 e 1982 houve 35 declínios interme-
diários primários, com uma mediana de 16% (o declínio foi medido como uma
percentagem da máxima). Os resultados estäo resumidos na Tabela 4.4.
Os resultados no período de 1932 a 1982 não diferiram significativamente
daqueles do periodo de 1897 a 1933. A oscilação média da mediana de Rhea foi
18% comparando com os 16% mais recente, enquanto que a duração mediana no
periodo anterior foi de 13 semanas em comparação com as 14 semanas no perío-
do de 1932 a 1982.

Amplitude, Duração e Retraçäão das Correções Intermediárias


do Mercado de Alta

Correções Secundárias no Mercado de Alta Entre 1898 e 1933 Rhea classi-


ficou 43 casos secundários do mercado de alta. Em termos de retração do mo-
vimento primário intermediário ascendente anterior, eles variaram de 12.4%
a 180%, com uma mediana de 56%. Isto comparado com uma variação no
periodo de 1933 a 1982 de 25% a 148%, com mediana de 51%. A duração da

TABELA 4.3 Movimentos de baixas Intermediário da Primária 1900-1932


Proporção dos Movimentos Intermediärios Magnitude do Preço

25 3-12
50 13-27
25 28-54
Median 18

TABELA 4.4 Movimentos de baixas Intermediário da Primária 1932-1982

Oscilações de Ata Duração (Semanas)


Médua da Mediana 18 17
Mediana 16 14
Vaniação 7-40 3-43
Paràmetros Tipicos para Tendncias Intermediárias 51

mediana no período anterior foi de cinco semanas, em comparação com oito


semanas entre 1933 e 1982. A percentagem mediana de perda em relação ao
topo intermediário primário foi de 12% (a mediana foi de 13%) entre 1933 e
1982.

Subidas no Mercado de Baixa Rhea estimou que a mediana da subida do mer-


cado de baixa retraçou 52% do declínio anterior, o que é comparável a minha
própria mediana estimada de 61% no período de 1932 a1982. As duas variações
foram 30% e 116% e 26% e 99%, respectivamente. As durações das medianas fo-
ram seis semanas de l1898 a 1933e7 semanas de 1932 a1982. As altas médias do
fundo para média e mediana foram respectivamente de 12% e 10% para o período
de 1933 a 1982.

Desde 1982, os Gráficos 4.1 e 4.2 mostramo S&P Composite entre o final de 1982
eo início do século XXI.

As linhas verticais grossas se aproximam dos topos das altas intermediárias


e as mais finas dos fundos intermediários. A parte inferior contém um oscilador
intermediário, o KST (ver Capítulo 15 para uma explicação), que reflete mais ou
nenos os pontos de virada. Esse período abrangeu o mercado secular de alta
que começou em 1982 e terminou na virada do século, bem como o mercado
de baixa secular subsequente. A classificaço das tendências intermediárias foi

GRÁFICO 4.1 S&P Composite 1982 - 1991 e um KST Intermediário

460
400
360 s&P Composite
300
260
200

160-

100 Intermediat KST


00
01
100

1983 1984 1905 1986 1987 1988 1989 19901991


Fonte: pring.com
52 Parte : Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 4.2 S&P Composite 1991-2002 e um KST Intermediário

1500

1000 S&P Composite

600

150

100
Intemediate KST
50

50
100

|1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 19992000 200


Fonte pring com

consideravelmente dificil comparada com os períodos anteriores. Tentei o má-


ximo possivel fazer as tendncias intermediárias se encaixarem nas oscilações
do oscilador. Porque os osciladores têm uma tendência a liderar nos mercados
de alta, os topos reais nas altas intermediárias geralmente ficam para aqueles no
KST. Os dois gráficos mostram que a classificação destas tendências está longe
de ser uma tarefa precisa, e confirma pesquisas anteriores entre 1897 e 1982, que
a variação de tendências intermediárias é muito grande. No período abrangido
pelo Gráfico 4.1, por exemplo, a primeira alta intermediária no mercado de alta
durou mais de um ano, de agosto de 1982 a outubro de 1983. Mesmo que eu
tivesse considerado o topo de julho 1983 como ponto de referência, A alta teria
ainda durado quase um ano. Além disso, todo o ano de 1995 foi consumido por
um avanço intermediário completo.
O Gráfico 4.3 preencheo equilibrio do quadro até 2012. Observe a duração
consideravelmente longa dastendências de 2008 e 2009, a principio para baixoe
depois para cima.
Parâmetros Tipicos para Tendências lntermediárias 53

GRAFICO 4.3 S&P Composite 2001- 2012 e um KST Intermediário

S&P Composite

N p

Intermediate KST

EDLLILD
Fonte: pring.com

Sumárioo
1. A tendência primária tipica pode ser dividida em dois ciclos e meio primários
intermediários, cada um consistindo de um movimento ascendente e um mo-
vimento descendente. Num mercado de alta, cada onda ascendente sucessiva
deve atingir uma nova máxima cíclica, e em um mercado de baixa, cada onda
descendente sucessiva do ciclo intermediário deve chegar a uma nova míni-
ma. Quebrando o padrão de mínimas ascendentes e picos descendentes é um
importante, mas não inequívoco alerta de uma reversão da tendência primá
ria. Para uma prova nmais conclusiva, técnicos devem obter uma conclusão
semelhante de um consenso de indicadores.
2. Um movimento secundário ou reação é a parte de um ciclo intermediário que
vai contra a tendência principal - uma correção descendente em um mercado

em alta ou um repique num mercado de baixa. Movimentos intermediários


secundários geralmente duram de très semanas a três meses e retraçam entre
um terço e dois terços do movimento de preço intermediário primário ante-
rior. Movimento de preços secundário também pode assumir a forma de uma
linha ou padrão de negociação horizontal.
54 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências
3. O comportamento dos ciclos intermediários pode ser usado para ajudar a
identificar reversões de tendências primárias.
4. Como uma regra aproximada, quanto mais forte for a subida intermediária
num mercado de alta, provavelmente menor será a correção.
5

COMO IDENTIFICAR
AS ZONAS DE SUPORTE
E RESISTËNCIA

O Suporte e resistência são dois blocos de construção básicos do arsenal técnico.


Eles têm um papel fundamental na análise de padröes de preço, que iremos abor
dar mais tarde. Muitas pessoas usam o termo suporte quando ele na realidade
significa resistência e usam resistência quando eles realmente significam suporte.
Não é de se espantar que haja tanta confusão. Basicamente, estes são pontos sobre
um gráfico onde as probabilidades favorecem, pelo menos, uma parada temporá-
ria na tendência predominante.

Suporte e Resistencia

Em seu clássico livro Technical Analysis of Stock Trends, Edwards and Magee, de-
finiram suporte como "compra (real ou potencial) com volume suficiente para
interromper uma tendência de baixa nos preços durante um considerável perí-
odo, e resistência como "venda (real ou potencial) com volume suficiente para
satisfazer a todos os lances de compra e, então, parar os preços impedindo-os de
subirem mais, ao menos por um tempo.
A zona de suporte representa uma concentração de procura, enquanto, a
resistência representa uma concentração de oferta. A palavra concentração é en-
fatizada porque a oferta e a procura estão sempre em equilibrio. No entanto, é o
relativo entusiasmo dos compradores em relação aos vendedores, ou vice-versa,
que é importante porque isto é o que determina as tendèncias. Se os compradores
estão mais entusiasmados do que os vendedores, vão aumentar continuamente
os seus lances até que suas expectativas de compra tenham sido satisfeitas. Por
outro lado, se os vendedores estão mais ansiosos, então eles vão estar dispostos a
56 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 5.1 Violação de um Suporte

1. OFundo anterioré um bom nivel para se esperar um suporte

O Suporte foi violado

liquidar a preços mais baixos e o nível geral de preços cairá. Em caso de dúvida,
pense no suporte como um piso temporário de preços e resistência com0 um teto.
No inicio da figura 5.1, o preço está caindo. Encontra um fundo em A e, em
seguida, se move para cima. A próxima vez que cai para em A, sobe novamente,
então A pode agora ser considerada uma área de suporte.
Isto estabelece nosso primeiro principio da análise de suporte/resistência:

Principio Técnico Fundamental: Um topo ou fundo anterior é um nível


potencial de resistência/suporte.

Na terceira vez que o preço cai em A, ele ultrapassa, como dizemos, viola
o suporte. Um dos primeiros principios de identificação de um nível de suporte
potencial, então, é procurar por fundos anteriores. No caso de uma potencial re-
sistência, esta estaria numa área de um topo anterior.
A Figura 5.2 mostra um exemplo mais extenso. Desta vez, o preço encontrou
um suporte temporário em B.
OC também prova que é um ponto de suporte, mas observe que as altas são
revertidas no nível de suporte B. Então, o segundo princípio é:

Principio Técnico Fundamental: Suporte inverte o seu papel no cami-


nho para cima.

Basta pensar nisso desta forma: Um andar de um edifício funciona como


uma zona de suporte, mas quando você cai através dele, o piso torna-se agora a
resistência, chamado de teto. O motivo pelo qual o suporte e resistência invertem
seus papéis pode ser compreendido com uma explicação com um pouco de psico-
logia elementar. Ninguém gosta de perder, e enquanto algumas pessoas superam
Como ldentificar as Zonas de Suportee Resistência 57

FIGURA 5.2 Suporte e Resistência invertem os seus papéis

2. Suporte reverte o seu papel


no caminho da volta.

V
A

Resistência
B

este sentimento reduzindo seus prejuízos em um estágio inicial, outros esperam


ate que o preço da ação volte para o preço comprado originalmente. Nesse ponto,

atingem um nível de equilíbrio e vendem, criando, assim, uma quantidade de


oferta suficiente para interromper temporariamente o avanço.
Finalmente, na Figura 5.3, vemos uma subida através das resistências Be
A (antigos níveis de suporte). O declínio seguinte então encontra suporte em A
novamente. Assim, nosso terceiro princípio é:

papel no cami-
Princípio Técnico Fundamental: Resistência inverte seu

nho para baixo.

FIGURA 5.3 Suporte e Resistência invertem os seus papéis

3. Resistência Inverte o seu papel para


Suporte no caminho para baxo

MA ------f------
Suporte novamente
N
B
58 Parte l: Técnicas que Determinam as Tendências

Regras para determinar os Níveis Potenciais de


Suporte/Resistência
Topos e Fundos Anteriores

Nós já estabelecemos que os topos e fundos anteriores são níveis potenciais de


resistência ou suporte. Topos são importantes porque muitos participantes do
mercado podem ter comprado próximo ou na máxima real para um movimento.
Quando os preços caem, a resposta humana normal é não ter prejuízos, mas espe-
rar. Dessa forma, realmente, a dor de efetivamente realizar prejuízos pode ser evi-
tada. Como resultado, quando o preço retorna para o topo anterior, aqueles que
compraram nesse nivel tem grande motivação para vender e arrumar um empate.
Consequentemente, vendem. Além disso, aqueles que compraram a preços mais
baixos têm uma tendncia a realizar no topo anterior, visto que e um ponto mais
Da mesma forma, preços acima do topo anterior parecem ser
tamiliar. quaisquer
dispendiosos para os compradores potenciais; consequentemente, há menos en-
tusiasmo da sua parte, então começam a se afastar do mercado.
Quando os preços sobem e, em seguida, caem de volta para o fundo anterior,
essa barganha de preços atrai os potenciais compradores. Afinal, eles perderam a
oportunidade na primeira vez em que os preços recuaram para esse nível, e, por-
tanto, estão gratos por terem outra chance. Pelo mesmo motivo, os vendedores
estão relutantes em participar com as suas ações, pois os preços se
aproximam
do fundo anterior, uma vez que viram a recuperação anterior e naturalmente se
perguntam por que o mesmo processo não deveria se repetir.
O Gráfico 5.1 mostra o preço do açúcar ao longo do período de 2002 a 2003.
Observe como os topos e fundos anteriores oferecem bons níveis de
suporte/
resisténcia para a futura negociação. Infelizmente, não há nenhuma maneira de
saber se um determinado nível vai mudar para suporte ou resistência, ou mesmo
se vai ser um ponto de retorno fundamental. E por isso que estes são apenas os
lugares inteligentes para antecipar uma reversão temporária. Por conseguinte, é
necessårio recorrer a outros indicadores, tais como osciladores.

Números Redondos

As zonas de suporte e resistência têm o costume de se formar em números redondos.


Provavelmente, isto ocorre porque os números como 10, 50, ou 100 representam
pontos psicológicos fáceis que os traders e investidores muitas vezes, baseiam suas
decisões. Nos anos setenta, por exemplo, o Indice Dow Jones Industrial teve uma
grande dificuldade para ultrapassar o nivel de 1000. Para o ouro nos anos oitenta e
meados dos anos noventa, o número mágico era de U$400, e assim por diante. Então,
para encontrar os potenciais pontos de virada, procure pelos números redondos.
Como Identificar as Zonas de Suporte e Resistência . 59

GRAFICO 5.1 Acúcar Diário Março 2003

595 Açúcar Diário Março 2003


590
586
680
675
670
565

6
550
645
540
535
630

I19 26 9 16 2330 714 21 28 I 11 18 25 2 9 16 23 132127 3 10 18 24


Soptember October November Decembe 2003 February
Fonte: Martin Pring's InfoMovie Report

As Linhas de Tendencia e as Médias Móveis Representam os


Níveis Dinâmicos de Suporte e Resistência

O capítulo 6 assinala que uma boa linha de tendência deve refletir a tendência sub-
jacente. Uma das regras para avaliara importància de umalinha está relacionada a
quantas vezes ela foi tocada ou se ocorreu uma aproximação. Quanto mais, melhor
neste caso. Se um preço cai para um fundo específico em diversas ocasiões, isso
faz deste determinado nível de preços uma zona de suporte forte. O mesmo é ver-
dadeiro para linhas de tendênciae médias móveis (MMs). Toda vez que um preço
se move de volta para uma linha de tendência ascendente ou uma média móvel
ascendente e se recupera, ele é reforçado como um nível dinâmico de suporte. O
mesmo seria verdadeiro em sentido inverso para uma linha de tend ncia de baixa
ou uma média móvel descendente. Portanto, faz sentido comprar, quando o preço
cai para uma linha de tendência ascendente (ou média móvel ascendente) e vender
quando ele sobe para uma linha de tendncia descendente (ou média móvel des-
Cendente). Um estope de baixo risco, pode, então, ser colocado um pouco além da
linha ou da média móvel, se as zonas de suporte e resistência forem violadas.
O Gráfico 52 mostra um bom exemplo de como uma linha de tendência
descendente se comportou como resistència para a Hewlett-Packard.
Observe também que a interação de uma MA confiável, comoa de 200 dias
apresentada neste gráfico, atua como reforço da zona de resistência. Isso funciona
60 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 5.2 Hewlett-Packard Diário

30
Hewlett-Packard Diário
MM 200 DIAS

25

0-

Interseção de uma boa linha de tendência e de uma MM confiável =


enorme potencial de suportel/resisténcia

Fonte Martin Pring's Weekly Infomovie Report


da mesma forma como se estivéssemos construindo uma casa e duplicássemos a es-
pessura do telhado. O princípio idêntico aplica-se quando uma média móvel e uma
linha de tendência estão nível; elas dobram da resistência
no mesmo a força (ou
suporte, no caso de uma linha de tend ncia ascendente com intersecção da MM).

Os Pontos Emocionais sobre um Gráfico Representam os Níveis


Potenciais de Suporte/Resistência

Este conceito será coberto em capítulos


subsequentes quando consideramos os gaps,
pontos extremos da barra de Pinóquio, reversões de duas barras, reversões-chave,
e assim
por diante. Por enquanto, basta dizer que a maioria dos emocionais
pontos
são aqueles que um determinado preço, seguindo uma tendência persistente, expe-
rimenta uma forte extensão dessa tendência. Durante a formação da barra, ela então
reverte a direção abruptamente. E a mudança
repentina da reversão que é a chave,
pois nos diz, dependendo da direção, que compradores ou vendedores estão
dos. Quando esse ponto no gráfico é novamente revisitado, muitas
esgota-
vezes, ela forma
uma barreira para um novo
progresso em outras palavras,
um nível de suporte ou
resistência.
Os gaps
representam outro exemplo de pontos emocionais. São formados
quando compradores ou vendedores respondem tão emocionalmente à notícia
Como ldentificar as Zonas de Suporte e Resisténcia 61

GRAFICO 5.3 Março 2003 Resistência no Gráfico Diário do


Açucar
596 Março 2003 Açúcar Diário
590
586 A subida encontra resistência na abertura do gap

s80
575
570
5686
560
565
660
545
540
Resistência logo Resisténcia logo
536 abaixo da abaixo da
530 abertura do gap abertura do gap

19 16 23 50
September
ha 124
october
11 18 25
November
16 23| H3 2127Ho h8 2
December 2003 FebruaryY
Fonte: Martin Pring's Weekly InfoMovie Report

que uma lacuna, ou gap, é deixada no gráfico. No Gráfico 5.3, provavelmente por
causa de más notícias inesperadas, o preço do açúcar forma três gaps para baixo.
Mais tarde, quando as emoções se tornam mais estáveis, o preço sobe e ten-
ta fechar" cada um dos gaps. No caso do gapà esquerda, a resistência é encon-
trada na sua abertura. Nos outros dois exemplos, a resistência se forma na parte
inferior do gap. Os gaps são um dos conceitos técnicos mais confáveis do ponto
de vista de projeção de áreas potenciais de suporte ou resistência. Vimos alguns
bons exemplos em 2011 na Market Vectors Coal exchange-traded fund (ETF), o
(Gráfico 5.4), onde os pequenos retàngulos destacam os gaps e as linhas hori-
zontais representam a máxima e a mínima do gap, com suas implicações óbvias
de suporte.
O gráfico 5.5 mostra outro ponto emocional na Boeing. Desta vez, éo fundo
de uma barra muito grande no início de 2002. Observe que esta mínima se desen-
volveu em um número redondo, U$50.
Normalmente, isso teria sido um nível de suporte, da próxima vez que o
preço caísse para US50, mas na queda de outono de 2002, o preço rompeu aquele
valor. Mesmo assim, os U$50 no se mostraram como um ponto de pivot na pró-
xima vez em que o preço da Boeing subiu. Isso mostra que mesmo se uma zona
de suporte/resistência for violada uma vez, ainda pode vir a ser um ponto de pivot
num movimento subsequente do preço.
62 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 5.4 Market Vectors Coal ETF (KOL)

Market Vectors Coal ETF (KOL)

t Areas supenor e inferior


de gaps se tomam
áreas de suporte

Fonte Martin Pring's Weekly InfoMovie Report

Movimentos Proporcionais, Retrações, e eto

A lei do movimento afirma que para cada ação, há uma reação. As tendências de
preços estabelecidas nos mercados financeiros realmente medem a psicologia da
multidão em movimento, e também estão sujeitas a esta lei. Estas oscilações no
sentimento muitas vezes mostram-se em movimentos de preços proporcionais.
Talvez o princípio mais conhecido de proporção é a regra dos 50%. Por exem-
plo, muitos mercados de baixa, que foram medidos no Indice Industrial Dow Jo-
nes (DJIA), retraçaram seus preços pela metade. Como exemplos, as quedas dos
mercados de baixa de 1901-1903, 1907, 1919-1921, 1937-1938. Os mercados de
baixa registraram declinios de 46%, 49%, 47%, e 50%, respectivamente. A primei-
ra perna do mercado de baixa de 1929-1932 terminou em outubro de 1929 em
195, pouco mais de metade da alta de setembro. A marca da metade num avanço,
por vezes, representa o ponto de equilibrio, com frequência dando uma pista para
a extensão final do movimento em questão Ou, alternativamente, indicando um
importante ponto critico para o movimento de retorno. Assim, entre 1970 e 1973,
o Dow avançou de 628 para 1.067. O nivel que representava a metade daquela alta
era 848, ou aproximadamente o mesmo nível no qual a primeira fase do mercado
de baixa de 1973 a 1974 terminou.
Como ldentificar as Zonas de Suporte e Resistência 63

GRAFICO 5.5 Boeing Semanal


7
Boeing Semanal
Ponto emocional

60

Resistência novamente

000 T TT
2002

Fonte: Marin Pring's Weekly IníoMovie Report

Da mesma forma, mercados ascendentes, frequentemente encontram resis-


tência após dobraremo índice a partir de um fundo; a primeira alta de 40 a 81 no
mercado de alta de 1932-1937 foi uma dobrada.
Na prática, a marca de 50% cai na metade da retração de 1/3 a 2/3 descrita n0
Capítulo 2, na discussão sobre progressäo de topo e de fundo. Estas proporções
de 1/3 e 2/3 podem ser amplamente observadas em todos os títulos, e também
servem como zonas de suporte ou resistência.
Os gráficos logarítmicos são úteis na determinação desses pontos, uma vez
que, os movimentos de idêntica proporção podem ser facilmente projetados para
cima e para baixo. Além disso, essas oscilações ocorrem com consistència sufi-
ciente para oferecer possiveis pontos de revers o em ambos topos e fundos. Lem-
bre-se, a análise técnica lida com probabilidades, o que significa que as previsões
não devem ser feitas usando este método de forma isolada.
Além disso, ao fazer uma projeço baseada nas regras de proporção, é sempre
aconselhável verificar se o objetivo do preço corresponde a um ponto anterior de
suporte ou resistência. Se isso acontecer, as chances são muito maiores de que esta
zona irá representar um ponto de reversão, ou pelo menos uma barreira tempo-
rária. Quando o preço de um titulo estiver atingindo uma nova máxima histórica,
outra possibilidade é tentar estender para cima as linhas de tendéncia. O ponto
64 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 5.6 PowerShares Dynamic Insurance ETF (PIC)

PowerShares Dynamic Insurance ETF (PIC) 200


1000A
D
66 T

C
50.0%

B
3.3%

O.0
A

Fonte Martin Pring's Weekly InfoMovie Report

em que a linha cruza a projeção usando as regras de proporção pode representar


muito bem a hora e o local de uma importante reverso. Esta prática irá mostrar
que cada ação tem um comportamento próprio, com algumas se adaptando mais
facilmente a esta abordagem e outras não.
O gráfico 5.6 mostra um exemplo usando 1/3, 2/3, e retrações de 50% para a
PowerShares Dynamic Insurance ETF.
Neste caso, a queda da linha de 100% para a inha de 0% (A) é de 100% do
movimento. Se quisermos estabelecer possíveis pontos de resistência para repi-
ques subsequentes, então, os lugares inteligentes para monitorar são estas retra-
ções de 1/3, 2/3, e 50%. Como você pode ver, a alta que termina em B, C, e D
representa 33%, 50%, e 66% ou uma retração de 2/3, respectivamente. Estes níveis
de pivot permanecem em vigor, uma vez rompidos. Você pode observar isso a
partir do declínio em E, que foi interrompido em 33%. Apesar de não sabermos
com antecedência quando esses movimentos de retração irão parar em um 1/3,
50%, ou nos pontos de pivot em 2/3, certamente podemos obter algumas pistas,
examinando alguns dos outros indicadores técnicos quando o preço se aproxima
desses momentos para ver se as coisas são, de fato, consistentes com uma volta.
Como Identificar as Zonas de Suporte e Resistência 6 5

Muitos técnicos utilizam uma sequência de números descobertos por Leo


nardo Fibonacci, um matemático italiano do século XII. A sequncia tem muitas
propriedades, mas a mais importante éé que os números seguintes são a soma dos
seus dois antecessores da série. Assim, 5 e 8 = 13, 8 e 13 = 21, e assim por diante. A

importância dessa sequência para os nossos propósitos é que ela oferece algumas
diretrizes para movimentos proporcionais. Por exemplo, cada número da sequên-
cia e 61,86 do próximo número, 38,2% do número após este, e assim por alant
A este respeito, os gráficos 5.7 e 5.8 mostram algumas possibilidades do ETF
da prata. Os movimentos de retração são medidos exatamente da mesma maneira
que o gráfico anterior, exceto que os números de ibonacci foram substituidos.
No caso do Gráfico 5.7, a subida inicial foi interrompida no nível de 23,6%,
a próxima em 50%, e o terceiro movimento para cima em um nível pouco abaixo
de 61,8% da queda de março a setembro de 2008. Também podemos ver que um
avanço foi realizado até a marca de 50% em Ee no nível de 61,8% em cada lado
do F. No Gráfico 5.8, vemos como o nível de 38,25 entra em ação várias vezes e o
valor de um gap na abertura, quando duas altas retornaram para Be mais tarde
em D. Observe que este mesmo nível foi reforçado como um ponto de pivot, n o
só por causa de sua importància como um gap de abertura, mas também como

GRAFICO 5.7 ETC de Prata

Silver ETF (SLV)


100.0 2
25

D
61.8%
C E
500%

38 2%

B
236%-
11

00%
A

Fonte: Martn Pring's Weekly InfoMovie Report


66 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 5.8 ETC de Prata

Silver ETF (SLV)


1000%

61%
B

D
38.2%

236%

Fonte Martin Pring's Weekly InfoMovie Report

um nível de retração de 38,2%, como podemos ver em D. Finalmente, os fundos


anteriores como um princípio de geração de suporte romperam seu próprio em C.
O gráfico 5.9 mostra o mesmo princípio aplicado a projeções para cima.
Mais uma vez, AB representa 100% do declínio e as linhas são traçadas nas
sequências de Fibonacci para cima. Neste caso, o próximo número mais alto, di-
vidido pelo número atual é 1,61, em seguida, 2,61, e assim por diante. É evidente
como as proporções de 161,8% e 261,8% tornam-se pontos chaves de pivot n0
futuro comportamento do preço. Mais uma vez, não se pode garantir que estes
níveis vão se tornar pontos de pivot importantes, mas são lugares inteligentes no
gráfico para antecipar essa possibilidade.

Regras que determinam a Provável Importância de uma Zona


Potencial de Suporte e Resistência.

Neste ponto, você provavelmente está se perguntando: "Como eu seio quão im-
portante é provável que seja cada nível de suporte e resistência?" Infelizmente, não
há uma resposta segura e rápida, mas existem algumas regras gerais que podem
atuar como orientações.
Como ldentificar as Zonas de Suporte e Resistência 67

GRAFICO 5.9 Palladium


60 Palladium
600
460 423.6% ********
w
***************************************

350
D
261.8% ******** ******"*a*****a*** YY'*********

300
161.8% **************

260 C
100.0%
200

160
B

Fonte: Martin Pring's Weekly InfoMovie Report

Movimentos Proporcionais, A Quantidade de um ativo que mudou de mãos em


uma área específica - Quanto Maior a Atividade, Mais Importante é a Zona.

Isto é consideravelmente evidente, sempre que você tem um grande número de


pessoas comprando ou vendendo num preço especial, eles têm uma tendncia de
se lembrar de suas próprias experiências. Os compradores, como já definimos,
gostam do ponto de equilíbrio. Os vendedores, por outro lado, podem ter com-
prado com preços mais baixos e lembram que os preços anteriormente estagna-
ram no nível de resistência. Sua motivação de realizar lucros é muito maior.

Quanto maior for a Velocidade e Extensão do Movimento Anterior, é provável que


a Zona do Suporte e Resistência seja mais Importante.

A tentativa de romper o nível de resistência pode ser comparado com os esforços


de uma pessoa que tenta passar através deuma porta. Se ele atacar a porta, diga-
mos, de 3 a 4 metros de distäncia, ele pode se impulsionar com muita força, e
porta provavelmente cederá. Por outro lado, se ele inicia a sua tentativa a 33 me-
tros de distância, ele vai chegar na porta com menos velocidade e provavelmente
a sua tentativa vai falhar. Em ambos os casos, a porta representou exatamente a
68 Parte : Técnicas que Determinamas Tendências

mesma resistência, mas foi a resistência em relaçãoàvelocidade da pessoa que foi


importante.O mesmo princípio pode ser aplicado ao mercado, onde umalonga
subida acelerada do preço ésemelhante aos 33 metros de distância,
eo nivel de
resistência se assemelha a porta. Consequentemente, quanto mais prolongada for
a oscilação anterior do preço, menor a resistência ou suporte que são necessários
para pará-la. Além disso, quanto mais rápido um preço se move para cima, mais
dispostos os traders estarão para realizar lucros rápidos. Por outro lado, um movi-
mento brusco para baixo fará com que o preço pareça muito mais uma barganha
do que se o preço estivesse flutuando lentamente mais para baixo.
O Gráfico 5.10 apresenta o preço do ouro. Observe como ele faz um topo
em janeiro de 1986 e, enm seguida, tem uma queda. A alta subsequente é bastante
inclinada; então o preço perde o seu vigor e cai novamente.
Finalmente, no final de julho, ele fica mais alto e de uma forma bastante
metódica. Desta vez, o mesmo nível de resistência é facilmente rompido porque
Os compradores no estão tão exaustos como estavam em sua tentativa de março.

Examine a Quantidade de Tempo Decorrido

A terceira regra para o estabelecimento da potência de uma zona de suporte ou


de resistência é examinar a quantidade de tempo decorrido entre a formação da

GRÁFICO 5.10 Ouro

380 Gold
376
3T0

360
366
360
345
N
M
340

30 Uma subida gradual


Subida rapida encontrou
rompeu a mesma
326 Resistência no topo
resistência.
320 Anterior
316
February JApril June July Aug
Fonte Martin Pring's Weekly InfoMovie Report
Como ldentificar as Zonas de Suporte e Resistência 69

congestão originale a natureza do desenvolvimento geral do mercado, duran


te esse periodo. Uma oferta criada há 6 meses
tem uma potência maior do que
uma criada hå 10 ou 20 anos antes. Mesmo assim, é quase extraordinario como
os níveis de suporte e resistência permanecem eficazes constantemente, mesmo
quando separados por muitos anos.

Sumário

1. O suporte e a resistência representam uma concentração de procura e


Suñcientes para parar um movimento de preços, pelo menos temporaria-
mente.

2 Não são sinais de compra ou venda, mas lugares inteligentes para antecipar
uma reversão e deve sempre ser utilizados em conjunto com outros indica-
dores.
3. As potenciais zonas de suporte/resistência se desenvolvem em topos e fun-
dos anteriores, números redondos, linhas de tendência e médias móveis,
pontos emocionais em gráficos, e pontos de retração como as razões de
Fibonacci.
O significado de uma zona de suporte ou resistência depende da quantidade
de um ativo que anteriormente mudou de mãos nessa área, a velocidade e a
extensão do movimento de preço anterior, eo período de tempo que decor-
reu desde que a última zona foi encontrada.
6

LINHAS DE TENDENCIAS

Talvez as linhas de tendência sejam as mais simples das ferramentas que utiliza-
mos no arsenal técnicoe, possivelmente, sejam as maiseficientes. Com0 a construção
de quase todos os padrões de preços exige o uso de linhas de tendências, este conceito
é um elemento fundamental de identificação e interpretação de padrões-assunto do
Capitulo 8. Neste capítulo, descrevemos as características das linhas de tendência e
explicaremos como pode ser determinado o significado individual das linhas.
Uma linha de tendência é uma linha reta que conecta uma série de fundos as-
cendentes num mercado em alta ou de topos descendentes num mercado de baixa.
Aquelas que se conectam pelos fundos são chamadas linhas de tendència de alta, e
aquelas que se conectam pelos topos são chamadas como lihas de tendência de baixa.
Também é possível construir linhas de tendência horizontais que ligam uma série de
fundos idênticos ou topos idênticos. Tipicamente, uma linha de tendência de baixa é
construída unindo o topo final com o topo da primeira subida, como na Figura 6.1.
Quando o preço rompe acima da linha de tendência, é dado um sinal de mu-
dança de tendência. O oposto é verdadeiro para uma linha de tendência se alta (veja
a Figura 6.2).

Como traçar linhas de tendência

Para que uma linha seja realmente uma linha de tendência, ela deve ligar dois ou
mais topos ou fundos. Caso contrário, será traçada no espaço e não terá significa-
do. Muitas vezes, você verá as pessoas construindo linhas que tocam apenas um
ponto, como na Figura 6.3, ou mesmo, nenhum ponto, como na Figura 6.4.
Essas linhas não têm qualquer significado e são muito piores do que não traçar
nada. Isto se deve porque sua simples aparição sobre um gráfico fornece ao observa
dor a impressão de que elas realmente têm algum significado. Ela é
Linhas de Tendência . 71

FIGURA 6.1 Linha de Tendência Conectando Topos

Conectando o primeiro topo ao .

. . segundo topo

NN
O ponto de rompimento é o
Primeiro sinal de compra

FIGURA 6.2 Linha de Tendência Conectando Topos

MAAA O ponto de rompimento


é o sinal de venda
segundofundo
Conectando o primeiro fundo ao..

Principio Técnico Fundamental: Uma verdadeira linha de tendência é uma


forma gráfica de representar uma
tendência subjacente.

Consequentemente, se tocar apenas um ponto, não pode ser uma verdadeira


linha de tendência.
72 ParteI: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 6.3 Construção Incorreta de uma Linha de Tendência de Baixa

Apenas um ponto é tocado

Idealmente, uma linha de tendência de alta é construída conectando-se o


fundo final ao primeiro fundo na subida, como a linha AD na Figura 6.5.
Isto é chamado de linha de tendéncia primária. No caso de uma tendência
primária, esta seria o fundo de um mercado de baixa e o primeiro fundo inter-
mediário. O exemplo mostrado aqui oferece um ângulo ascendente bastante raso.
Infelizmente, os preços sobem consideravelmente, o que significa que a violaçao
se desenvolve bem após o topo final. Em tais situações, é melhor retraçar a linha

FIGURA 6.4 Construção Incorreta de uma Linha de Tendência de Baixa

Esta linha não toca


nenhum topo e não
é uma linha válida
73
Linhasde Tendêencia.
FIGURA 6.5 Tendências Primária e Secundária de alta

Tendência Secundária de Alta C

AX D

Tendência Primária de Alta

Ao segundo fundo

A
Conecte o fundofinal.

como conforme o preço sobe. Na Figura 6.5, isto ocorre na linha BC, que é obvia-
mente uma melhor reflexão da tendência subjacente. Ela é denominada linha de
tendência secundária. As linhas de tendência descendentes são construídas usan-
do os mesmos princípios, mas em sentido inverso.
Como as tendências podem ser laterais, conclui-se que linhas de tendên-
cia também podem ser traçadas horizontalmente, que é frequentemente o caso
quando construímos padrões de preço, como a linha de pescoço de um padrão de
ombros e cabeça horizontal (OCO) ou os limites superior e inferior de retàngulos
(descritos em capítulos posteriores). No caso dos padrões de preço, a penetração
destas linhas geralmente alerta para uma mudança de tendncia, como faz a vio-
lação de linhas de tendência ascendentes ou descendentes.
E importante compreender o seguinte princípio neste ponto.

Princípio Técnico Principal: Traçar linhas de tendência é mais uma questão


de bom senso, do que seguir uma série de regras rígidas.

Gráficos de Barra versus Gráficos de Linha ou apenas de


Fechamento
como gráficos de linha. Naturalmente
Alguns gráficos são traçados com barras e outros
deve ser usado para fins de análise da linha de
surge a pergunta sobre qual formato
tendência. Na maioria dos casos, os gráficos de barras oferecem mais sinais oportunos,
seja uma progressão de topo e fundo, uma conclusão de padrão de preço ou violação
74 Partel: Técnicas que Determinam as Tendèncias

de linha de tendéncia. Em análise técnica, a oportunidade está no preço, e neste caso,


o preço é mais volátil. Com gráficos tradicionais, diários ou semanais, o preço de fe-
chamento é muito importante, porque separa os homens, ou seja, aqueles que estäo
dispostos a escolher uma posição para o dia seguinte (overnight) ou uma posição para
a semana seguinte (over weckend), dos meninos, ou seja, aqueles que não estäo dis-
postos. Isto se tornou um fator menos importante para mercados que funcionam 24
horas, de domingo a sexta-feira. No entanto, quando todos os mercados estäo fechados
no fim de semana, o fechamento da sexta-feira continua a manter sua importância.
Mesmo assim, os preços de fechamento são, para a maioria, pontos mais importantes
do gráfico do que as máximas e mínimas. Além disso, como há muita emoção durante
o dia, como noticias que geram rompimentos inesperados, as máximas e as minimas,
muitas vezes, representam pontos aleatórios no gráfico. Por este motivo, costuma ser
uma melhor opção construir linhas de tendência usando dados de fechamento. Não
vou dizer que é sempre o caso, porque algumas linhas de tendência traçadas no gráfico
de barras têm uma importåncia maior do que as do fechamento, baseada em regras de
finidas para o nível de importância descrito mais adiante neste capítulo. Assim, sempre
é fundamental aplicar o bom senso, tanto quanto regras técnicas rigorosas. A pergunta
que deve ser sempre feita é "Qual a linha que melhor reflete a tendência subjacente"?

Rompimentos De Linha De Tendência Podem Ser Seguidos


Por Uma Reversão ou Consolidação
A conclusão de um padrão de preço pode significar também: (1) uma reversão da
tendéncia anterior, neste caso, é conhecida como padrão de reversão, ou (2) uma
retomada da tendência anterior, quando é chamada de padrão de consolidação ou
continuação. Da mesma forma, a penetraço de uma linha de tendência resultará
tanto reversão dessa tendência ou sua continuação. A Figura 6.6 ilustra este ponto
do aspecto de uma tendência de preço ascendente.

FIGURA 6.6 Implicação da Penetração de uma Linha de Tendência

Ruptura de Reversão, porque a


tendência reverte a sua direção
de alta para baixa.
Linhas de Tendência 75

FIGURA 6.7 Implicação da Penetração de uma Linha de Tendëncia

B
C

A linha é muito inclinada

Neste caso, a linha de tendência juntando uma série de fundos é eventu-


almente penetrada para baixo. O quarto topo representou o ponto mais alto na
tendencia de alta, então a violação para baixo da linha de tendência sinaliza que
um movimento de baixa está em curso.
A linha de tendência ascendente de preço e o rompimento da linha de ten-
dência na Figura 6.7 são idênticas na Figura 6.6, masa ação seguindo este sinal de
aviso é totalmente diferente.
Isso ocorre porque a violação de linha de tendência resulta em um avanço contí-
nuo, mas com um ritmo mais lento. Uma terceira alternativa é que o preço se consoli-
de em uma faixa de negociação lateral e então avance (Figura 6.8).

FIGURA 6.8 Implicação da Penetração de uma Linha de Tendência


-

Continuação após Consolidação

A
Consolidação da penetração
porque a tendência muda a
direção de alta para lateral
76 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 6.9 Implicação da Penetração de uma Linha de Tendência após


Consolidação

AM
Consolidação após rompimento
que posteriormente deriva para
uma penetração de reversão

Finalmente, ela pode consolidar e então reverter para baixo. Conforme mos-
trado na Figura 6.9.
Assim, sempre que uma linha de tendência for violada, as probabilidades
estão fortemente a favor de uma mudança na tendência. Essa mudança pode ser
tanto uma reversão real ou uma faixa de negociação (lateral), seguindo uma ten-
déncia de alta ou baixa.
Na maioria dos casos, infelizmente, não há nenhuma maneira de dizer no
momento da violação, qual é a possibilidade que provará ser o resultado. De um
modo geral, porém, a violação das linhas de tendéncia, com um ángulo acentu-
ado ascendente ou descendente é mais provável que ocorra numa consolidação.
Além disso, dicas valiosas podem ser obtidas pela aplicação de outras técnicas
descritas nos capitulos subsequentes e avaliando a força da estrutura técnica geral
do mercado (examinado na Parte 11). Utilizar as técnicas discutidas no capítulo 8
também pode ser útil. Por exemplo, num mercado de alta a penetraço da linha
de tendencia pode ocorrer no momento ou um pouco antes da conclusão bem-
sucedida de um padrão de reversão. Um exemplo é mostrado na Figura 6.10.

FIGURA 6.10 Linhas de Tendência Simultâneas e penetrações de Padrões


de Preços nos Topos

(a) (b) (
Linhasde Tendéncia 77

FIGURA 6.11 Linhas de Tendência Simultâneas e


de Preços nos Fundos penetrações de Padrões

(a) (b)

A Figura 6.11 ilustra o mesmo fenômeno do ponto de vista de uma reverso


do mercado de baixa. Se a violação ocorrer simultaneamente com ou
logo após
a conclusão de um de
padrão reversão, dois rompimentos têm como efeito se
os
reforçar mutuamente.
As vezes, como na Figura 6.12, a violação da linha de tendência ocorre antes
da conclusão do padrão.
Nesses casoS, O rompimento deve ser considerado como um sinal de uma
interrupção do movimento predominante, mais do que de reverso, porqueé
provável que a tendência continue até que o peso da evidéncia indique o contrá-
rio. Alguns exemplos deste fenómeno aparecem no gráfico 6.1 da Invesco Energy
Fund.
Este gráfico indica dois exemplos de onde um rompimento da linha de ten-
dência e a conclusão do padro se desenvolve próximos. No final de 1990, a In-
vesco Energy Fund viola uma boa linha de tendncia ascendente e pouco tempo
depois, conclui um Topo em Forma de Triângulo Descendente de Alargamento.
O fim do declínio ésinalizado com outro rompimento da linha de tendência e a

FIGURA 6.12 Rompimentos Atrasados de Padrão de Preços nos Topos e Fundos

Confirmacão
Alerta
Alerta
Confirmacão

(a) ()
78 Parte l: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 6.1 Invesco Energy Fund de 1987 a 1993

10.0InvescoEnergy Fund

9.5

8.0
7.5 A

7.0
6.5
6.0 C

6.5
1988 1991
Fonte: pring.com

conclusão de padro de uma cabeça e ombros de reversão. Para uma descrição


completa desses padrões, consulte o Capítulo 8.
Dicas adicionais sobre a importância de uma violação específica da linha
de tendência podem ser adquiridas a partir de características de volume, confor-
me descrito no capitulo seguinte. Por exemplo, se uma série de Topos e Fundos
ascendentes for acompanhada de um volume progressivamente menor, é um si-
nal de que o avanço está ficando sem fôlego (já que o volume näão acompanha a
tendência). Neste caso, uma violação da linha de tendência é susceptível de ser
de maior importância do que se o volume tivesse continuado a se expandir com
cada aumento sucessivo. Não é necessário que um rompimento para baixo seja
acompanhado por alto volume, mas uma violação que ocorra à medida que a ati-
vidade se expanda, enfatiza o tom baixista devido à mudança óbvia no equilibrio
de oferta/procura a favor dos vendedores.

Principio Técnico Fundamental: Como uma regra geral, é mais provável


que a penetração das linhas de tendência com um ângulo de inclinação acen-
tuadamente ascendente ou descendente resulte numa consolidação do que
numa reversão.
Linhas de Tendencia 79

Linhas de Tendência estendidas

A maioria das pessoas observa a violação de uma linha de tendência, ento, as-
sume que a tendëncia mudou e esquece a linha. Isto é um erro porque uma linha
estendida pode se tornar tão importante quanto à própria linha violada anterior-
mente. A diferença é que uma linha estendida reverte seu papel. Tal como um
movimento de retorno frequentemente acontece em seguida ao rompimento de
um padrão de preço, um movimento semelhante, conhecido como um retrocesso,
às vezes se desenvolve após um rompimento da linha de tendência. A Figura 6.13
mostra uma linha de tendência invertendo seu papel anterior como um suporte,
enquanto o movimento de reversão a transforma em uma área de resistência. A
Figura 6.14 mostra a mesma situação para um mercado em declinio.
O gráfico 6.2 mostra um rompimento da linha de tendncia ascendente da
China ETF (FXI). O rompimento desta linha levou a linha estendida a se tornar
uma resistência.
Mais tarde, foi rompida novamente, e um declínio subsequente mostrou que
ela seria um nível de suporte. Finalmente, duas linhas de tendência convergiram no
início de março, e como só tinham sido violadas para baixo, se reforçaram mutu
amente como uma zona de resistência que levou o preço a se movimentar rapida-
mente para baixo.

Princípio Técnico Fundamental: Uma linha estendida reverte seu papel de


suporte/resistência.

FIGURA 6.13 Linha de Tendência de Alta Esticada

A Linhaé um bom suporte

resistência
A linha esticada agora se torna
80 Parte : Técnicas que Determinamas Tendências

FIGURA 6.14 Linha de Tendência de Baixa Esticada

Boa resistência sólida


na linha

V
Belo suporte na linha esticada

GRAFICO 6.2 China Fund 2011 2012


10

China Fund (FXI)


Resistência na
linha esticada **************
*****-

Suporte na
linha esticada

obrary

Fonte de prng com


81
Linhasde Tendência

Escala Logarítmica (Razão) versus Escala Aritmética

A escala é uma questão que é frequentemente ignorada na comunidade técnica,


mas como pode ter uma influência importante sobre como as linhas de tendência
podem ser interpretadas, este é um lugar tão bom quanto qualquer outro para
este conceito. Existem dois eixos em
apresentar qualquer gráfico do mercado. O
eixo x, ao longo do fundo, registra a data (exceto nos gráficos de ponto e figura) e
o eixo y registra o preço. Existem dois métodos para traçar o eixo y: aritmético e
logaritmico. Qualquer um que seja escolhido pode ter implicações muito impor-
tantes.
Os gráficos aritméticos alocam uma quantidade especifica de ponto ou valor
em dólar para uma determinada distância vertical. Assim, no Gráfico 6.3, cada
seta tem a mesma distância vertical e reflete aproximadamente 250 pontos. Isto
será qualquer nível de preço.
verdadeiro em
Uma escala logaritmica, por outro lado, aloca um movimento de preço com
determinado percentual para uma distância vertical específica. No Gráfico 6.4,
cada seta representa um movimento de aproximadamente 100%, seja para preços
mais baixos ou preços mais altos. Há muito pouca diferença perceptível entre os

GRAFICO 6.3 S&P Composite em Escala Aritmétrica 1870 -2012


170
S&P
130
Composite 1870-2012
1550
150

1350
Escala
1250
1200 Aritmética
1150
1130 onde
wwww
1059
10
cada
wwww

seta
representa
wwYY

250 pontos Onde está


1929?

Fonte de pring.com
82 ParteI: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 6.4 S&P Composite em Escala Logarítmica 1870 - 2012

S&P Composite 1870-2012

Escala
Estas flutuações agora
Logaritmica estão na proporção
onde cada 1929 esta
seta
de volta!
representa
o dobro

Fonte de pring.com

métodos de escala quando os gráficos forem traçados durante curtos períodos «


tempo, onde as flutuações dos preços são relativamente pequenas. No entanto,
com grandes flutuações de preço, existem diferenças consideráveis.
A escala aritmética elimina as flutuações dos preços em níveis baixos e os
exagera em pontos altos. Assim, o declinio de 85% de 1929 a 1932 quase não
aparece no Gráfico 6.3, mas o declínio de 40% do final de 1990 - início dos
anos 2000 (um bom declínio) é muito
exagerado. O Gráfico 6.4 mostra que
a escala
logarítmica traz lembranças de 1929 e não está tratando com exage-
ro o mercado de baixa da virada de sééculo. Os meios de comunicação adoram
grandes histórias e notícias porque é isso que vende. Você verá que os gráficos
dos mercados financeiros ou números econômicos quase
sempre são traçados
em escala aritmética, porque isso tem o efeito de exagerar as alterações mais
recentes. Outra técnica de promoção utilizada pelos meios de comunicação é
apresentar os dados por um curto período, usando uma escala muito limitada.
O leitor então tem a sensação de um movimento dramático. Isto não seria o
caso, se os dados fossem exibidos durante um período mais longo, usando uma
escala de preço maior.
Como você pode perceber, sou a favor de usar uma escala
logarítmica por-
que mostra as tendèncias dos preços de forma proporcional. A psicologia tende
Linhas de Tendência 83

a se mover proporcionalmente também, então é perfeitamente racional usar uma


escala logarítmica. Digamos, quando as flutuações dos preços forem relativamen-
te pequenas, digamos, durante um período de 3 meses, há pouquíssima diferença

entre os dois métodos de escala. Como purista, no entanto, sempre prefiro a escala
logaritmica.
Há uma vantagem ainda mais importante da escala logarítmica, que iremos
aprender quando o conceito dos objetivos do padrão de preços for discutido mais
de
tarde, mas por enquanto, consideremos
linha de tendência.
as implicações para a interpretação
A escolha da escala é importante para uma utilização oportuna e precisa da
de
análise tendncia, porque final de grande movimento, preços tendem
no um os
a acelerar na direção da tendência predominante; ou seja, sobem mais rapidamen-
te no final de uma tendência ascendente e caem mais acentuadamente no tërmino
de um mercado de baixa. Num mercado de alta, os preços sobem lentamente após
um rompimento inicial e em seguida, avançam em um ångulo cada vez mais in-
clinado na medida em que se aproximam do topo final, parecendo um pouco com
a seção transversal à esquerda de uma montanha. O gráfico 6.5 mostra um rom-
pimento da linha de tendência de alta da Intel baseado numa escala logarítmica.

GRAFICO 6.5 Intel em Escala Logarítmica2001-2002

Intel
Resistência na
35
34 linha esticada

Escala Logaritmica
2

29
28
27
26

24

23
Violação da linha no
21 meio de Dezembro
20
Junção do primeiro com o segundo
1S

MB 8
fundo V
20 27 September
0 24 October 15 2 295 12 19510
November
17 41742
December 2002
4| 1 19
February
Fonte: de pring.com
84 Partel: Tëcnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 6.6 Intel- Escala Aritmética 2001 -2002

Rompimento com Violinada


Intel (falso) na Escala Logaritmica
35
S4

31
Escala Aritmética
30

24 M Violações da linha em meados de Janeiro


25

2
21
20 Junção do fundo final com segundo fundo
19

10 September 1S 2 212
october
19 260
November
17242002
December
31 2228 February
1 19
Fonte de pring com

Observe que o rompimento para baixo se desenvolve em meados de dezembro.


O gráfico 6.6 mostra exatamente o mesmo período, mas desta vez, a escala é aritmé-
tica.
O rompimento da linha de tendência é totalmente diferente, pois inicial-
mente aparece como uma violinada no final de dezembro, seguido por um rom-
pimento válido em meados de janeiro. A seta apontando para baixo, à esquerda
marcou o rompimento logarítmico. Assim, éevidente que as linhas de tendência
ascendentes são violadas mais rapidamente em uma escala logarítmica do que em
uma escala aritmética.
Inversamente, as linhas de tendncia descendentes são violadas mais cedo
na escala aritmética. Isto pode ser visto a partir de uma comparação das tabelas
6.7 e 6.8 da IBM.
De um modo geral, o rompimento de uma linha de tendência traçada loga
ritmicamente é mais preciso na em refletinr as reversões da tendéncia do que é a
penetração de uma linha de tendência traçada aritmeticamente; entretanto, se a
aritmeticamente construída for substancialmente mais significativa com base nos
critérios listados adiante, então será a única a ser seguida.
Linhas de Tendència 85

GRÁFICO 6.7 1BM Escala Aritmética 2001 - 2002


130 BM Junção do topo final com o
125-
primeiro abaixo
120
116
110
105
100

Escala Arimtmética

Linha violada no meio


80
Belo rompimento
70
duplo
10
har Novemhar Do2 Eebar Apr May June July August Septe
omber
Fonte: de pring.com

GRÁFICO 6.8 IBM Escala Logarítmica 2001 - 2002

1301BM
125
Junção do topo final com o
primeiro abaxo
120
115

110

108

100
Escala Logaritmica
Linha violada no
5 final de Agosto a
0 preço mais alto
75

70

2002 Fibruary Apil May June July Auguat Septe


mber November
Fonte: de pring.com
86 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

A Importância das linhas de tendência

Foi estabelecido que uma interrupção na tendência causada pela penetração de uma
linha de tendência resulta em uma reversão da tendência real ou uma desaceleração
no ritmo da tendência. Embora, nem sempre seja possível avaliar quais destas alter-
nativas se desenvolverão, ainda é importante compreender o significado da pene-
tração de uma linha de tendência; as diretrizes a seguir devem ajudar na avaliaço.

Comprimento da Linha

O tamanho ou o comprimento de uma tendência é um fator importante, tal como


acontece com os padrões de preço. Se uma série de fundos ascendentes ocorre ao
longo de um período de 3 a 4 semanas, a linha de tendncia resultante é apenas de
menor importância. Se a tendência se estender por um período de 1 a 3 anos, no en-
tanto, sua violação marca um ponto de junção significativo. Lembre-se apenas: Gran-
des tendéncias resultam em grandes sinais, pequenas tendéncias em pequenos sinais.

Número de vezes em que a Linha de Tendência foi tocada ou ocorreu uma


aproximação

A autoridade de uma linha de tendência também é proveniente do número de ve-


zes que foi tocada ou ocorreu uma aproximação, ou seja, quanto maior o número
de vezes, maior a importância. Isto é verdadeiro porque uma linha de tendência
representa uma área dinâmica de suporte ou resistência. Cada "teste" sucessivo
da linha contribui para a importância deste suporte ou resistência, e, portanto,
a autoridade da linha é um verdadeiro reflexo da tendência subjacente. Lembre-
apenas de que um encontro próximo åà linha (uma aproximação) é quase tão
importante quanto tocá-la realmente porque ainda reflete a importância da linha
como uma área de suporte ou resistência.
Além disso, se uma linha se tornar importante pelo fato de que foi tocada ou
ocorreu uma aproximada, a linha estendida (ou esticada) se tornará igualmente im-
portante, mas do ponto de vista inverso, pois as linhas estendidas revertem suas fun-
ções de suporte/resistência.

Angulo Ascendente ou Descendente


Uma tendência muito inclinada, como na Figura 6.15, é dificil de manter e é sus-
cetível a ser rompida muito facilmente, mesmo por um pequeno movimento la-
teral. Todas as tendências são eventualmente violadas, mas as mais inclinadas são
Linhasde Tendência 87

FIGURA 6.15 Ängulos Ascendentes Inclinados

A linha é muito inclinada

susceptíveis de serem rompidas mais rapidamente. A violação de uma tendência


consideravelmente inclinada não é tão significativa como uma mais gradual. O
rompimento de uma linha inclinada geralmente resulta num curto movimento
corretivo, após o qual, a tendência continua, mas em um ritmo muito lento e mais
sustentável. Geralmente, a penetração de uma linha de tendência inclinada repre-
senta uma continuação mais do que um rompimento reversivo.

Princípio Técnico Fundamental: A importáncia de uma linha de tendência


é uma função do seu comprimento, do número de vezes que ela é tocada, e
do ângulo ascendente ou descendente.

Implicaçoes de Medição

As linhas de tendência têm implicações de medição quando elas são rompidas, assim
como os padrões de preço o fazem. A distância máxima vertical entre o
topo do preço
ea linha de tendencia é medida duranteuma tendência ascendente (veja Pigura 6.16).
Esta distância é então projetada para baixo a partir do ponto em que ocorre
a violação. 0 oposto de uma violação de uma linha de tendência ascendente é
mostrado na Figura 6.17.
O termo objetivo do preço talvez seja enganoso. Os objetivos são
geralmente
alcançados quando uma violação de uma linha de tendência acaba por ser uma
reversão, mas porque são mais frequentemente ultrapassadas (como acontece
88 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendêencias

FIGURA 6.16 Implicação de Medição de Linhas de Tendência Descendentes

Medindo Objetivo

Distância máxima entre


o preço e a linha deB
tendência

com os padrões de preço), o objetivo se torna cada vez mais uma expectativa
minima. Quando os preços se movem significativamente através do objetivo, esta
área muitas vezes se torna uma resistência para a próxima grande alta ou suporte

para uma As
correção subsequente. 6.18 e 6.19 mostram algumas dessas
Figuras
possibilidades mercado de baixa quanto de alta.
tanto no
E outra vez, estas áreas de objetivo de preço são importantes pontos de su-

porte ou resistência. Infelizmente, não há nenhuma maneira de determinar ondde


será o ponto de junção real para qualquer repique ou correço. Este fato enfatiza
uma ideia apresentada anteriormente: que não há nenhuma maneira conhecida
de determinar consistentemente a duração de um movimento de preço. Só é pos-
sivel especular sobre a probabilidade de que uma área especíifica se mostrarà como
um ponto de virada importante.

FIGURA 6.17 Implicação de Medição de Linhas de Tendência Ascendentes

Distância máxima entre o preço


a linha de tendência

Medindo objetivo
Linhas de Tendéncia . 89

FIGURA 6.18 Objetivos da Medição Descendente

FIGURA 6.19 Objetivos da Medição Ascendente

Princípio de correção da Pá do Ventilador


No início de um novo mercado primário de alta, a subida intermediária inicial,
frequentemente, é explosiva e, portanto, o ângulo ascendente é insustentavelmente
inclinado. Isso acontece porque o avanço é frequentemente uma correção técnica
ao prolongado declinio anterior, na medida em que os especuladores que toram
pegos vendidos, de surpresa, correm para cobrir suas posições. Como resultado,
a linha de tendência inclinada construída a partir da primeira correção menor
rapidamente é violada.
Isso é representado pela linha AA na Figura 6.20. Então uma nova linhade
tendência é construída, usando o fundo deste primeiro declínio intermediário (AB).
A nova linha sobe a um ritmo menos rápido do que o inicial. Finalmente,
o processoérepetido, resultando na construço de uma terceira linha, AC. Essas
linhas são conhecidas como linhas da pá do ventilador. Existe um principio estabe
lecido que, quando a terceira linha de tendência for violada, o fim do mercado de
alta é confirmado. Em alguns aspectos, estes três pontos de repique e linhas de ten-
dência podem ser comparados com as três fases de um mercado de alta ou de bai-
xa, conforme descrito no capítulo 3. O principio da pá do ventilador é válido para
tendência descendente e também pode ser usado para determinar os movimentos
intermediários e cíclicos.
90 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 6.20 0 Princípio da Pá de Ventilador

Canais de Tendência
Até agora, foram examinadas apenas as possibilidades de traçar as linhas de ten-
dencia juntando os fundos em mercados de Alta e os Topos em mercados de Bai-
xa. Além disso, é útil traçar linhas que são paralelas às linhas de tendência básicas,
como mostrado na Figura 6.21.
Em um mercado de alta, a linha paralela conhecida como uma linha de ten-
dência de retorno se junta aos topos das altas, e durante os declínios, a linha de
retorno se junta às séries de fundos (veja Figura 6.22). A área entre estas extremi-
dades de tendência é conhecida como canal de tendência.
A linha de retorno é útil sob dois pontos de vista. Primeiro, ela representa
uma área de suporte ou resistência, dependendo da direção da tendência. Segun-
do, e talvez o mais importante, a penetração da linha de tendência de retorno
representa um sinal de que a tendência tanto poderá acelerar ou uma reversão na
tendencia básica está prestes a acontecer, pelo menos temporariamente.

FIGURA 6.21 Canal de Tendência de Alta

Linha de Retorno

. .
-

7
Linhasde Tendência 91

FIGURA 6.22 Canal de Tendência de Baixa

Linha de Retorno

Na Figura 6.23, a violação da linha de retorno significa que o avanço do pre


6.23 representa uma faixa de
ço começou a acelerar. Na verdade, o canal na Figura
negociação ascendente e a violação de linha de tendência é um rompimento desta.

FIGURA 6.23 Penetração de um Canal de Alta

Linha de Tendência de Retomo


92 . Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

Exaustão

Por outro lado, se o ângulo do canal de tendência for muito mais inclinado,
como
nas Figuras 6.24 e 6.25, a violação da linha de retorno representa um movimento

de exaustão.
A falha do preço de se manter acima (ou abaixo) da linha de retorno então
sinaliza uma importante reverso da tendência. Isto ocorre com frequência, se o
volume.
rompimento da linha de retorno for acompanhado por um alto
Considere uma situação em que uma pessoa está serrando um pedaço gros
so de madeira. A princípio, a serragem é mais lenta, mas deliberada, mas gradu
almente, a pessoa percebe que essa tarefa vai levar algum tempo, fica frustrada, e
lentamente, aumenta a velocidade da serragem. Finalmente, a pessoa irrompe em
um esforço frenético e é forçada a desistir da tarefa, pelo menos temporariamente,
por causa da total exaustão. Os mesmos principios se mostram verdadeiros num
mercado em declínio. Neste caso, o volume em expansão no fundo representa um
climax de venda. Como regra geral, quanto mais o canal esteja inclinado, mais
provável que o rompimento passe a ser um movimento de exaustão.
A exaustão também se desenvolve quando um preço sobe temporariamente
acima de uma linha de tendência descendente regular (ou abaixo de uma linha
de tendència ascendente) e então os rompimentos voltam abaixo (ou acima) dela.
No caso de uma linha de tendncia de baixa, a situação é semelhante a alguém
pulando para cima e empurrando temporariamente através do teto. A pessoa é
capaz de empurrar a sua cabeça para o próximo andar por alguns momentos, mas

FIGURA 6.24 Rompimento com Exaustão de um Canal de Baixa

Linha de Retorno

Rompimento com Exaustão


Linhas de Tendência . 93

FIGURA 6.25 Rompimento com Exaustão de um Canal de Alta

Rompimento com Exaustão

em seguida cai bruscamente para o andar de baixo. Neste ponto, ela usou toda
energia extra na tentativa de subir para o próximo andar e fica totalmente exausta.
Antes que ela possa fazer mais uma tentativa, vai precisar de algum tempo para
ganhar nova energia. O mesmo ocorre com o preço, que faz um esforço para subir
acima da linha de tendência, mas é incapaz de manter o rompimento.
Este rompimento temporário geralmente indica que a tendência predo-
minante tem muito mais para subir. Também gera um dilema relativamente à
forma em que deve ser construída uma linha de tendência. Na Figura 6.26, por
exemplo, vemos um rompimento falso acima da linha de tendência AB.

FIGURA 6.26 Rompimento com Exaustão de um Canal de Baixa

Rompimento com Exaustão

B
94 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

A linha AB deve agora ser abandonada ou o topo do rompimento da exaus-


tão deveria ser ligado ao topo da alta para formar uma nova linha de tendência
AC tracejada)? Novamente, é uma questão de bom senso. Por um lado, o topo
do rompimento da violinada é tecnicamente o local correto para traçar a linha,
mas o bom senso sugere que a linha original seja a que melhor reflete a ten-
dência subjacente. Afinal, no momento da violinada, já tinha sido tocada três
vezes. Se então uma nova linha for traçada para refletir o rompimento, essa
linha será tocada apenas duas vezes, quando estiver no início e uma vez no topo
da violinada. De certo modo, a violinada está adicionando mais credibilidade à
linha inicial, porque o preço foi incapaz de se manter acima dela. Se tivéssemos
analisado esta situação após o rompimento da violinada e tentássemos construir
uma linha, teria sido ainda mais óbvio que a linha AB foi muito superior à linha
AC porque foi tocada ou ocorreu uma aproximação em muito mais ocasiðes.
OGrañco 6.9 mostra queuma linha de tendência de resistência juntando o
fundo de 1974 e os topos del978, foi violada temporariamente. Isto mostrou ser
um movimento de exaustão, quando o S&P Composite foi incapaz de se manter
acima da linha. Essa falha foi seguida pelo colapso financeiro de 1987. Nem t
dos os movimentos de exaustão resultam em consequências tão dinâmicas, mas
certamente alertam para problemas potenciais e que nunca devem ser ignorados.

GRAFICO 6.9 S&P Composite 1973 - 1989

350

3003 S&P Composite Exaustão


250

200

Resistência
150

100

73 1974 H975 1976 1977 1976 1979 1980 1981 1982 1983 H984 H985 1986 1987 1988 19
Fonte de pring.com
Linhasde Tendência 95

Os mesmos
princípios são verdadeiros no sentido inverso para uma linha
de tendëncia ascendente.
Quando você pensa sobre isso, uma violinada real-
mente dá credibilidade à linha de
tendência. Isto é devido ao preço ser capaz
de violar a linha, mas esta
linha é tão significativa quanto a área de suporte/
resistència, que o preço é incapaz de manter o rompimento. Se não fosse uma
barreira tão significativa, o rompimento teria sido mantido e a violinada teria
sido evitada.
Consequentemente, quando o preço for capaz de experimentar
um
rompimento válido, o sinal será muito mais forte.
O gráfico 6.10 mostra um exemplo de uma violinada para baixo da Micro-
soft em 1998.

Principio Técnico fundamental: A exaustão se desenvolve quando o pre


ço sobe temporariamente acima de uma tendência descendente (ou abaixo
de uma tendência ascendente), e então rompe novamente abaixo (ou aci-
ma) dela.

GRÁFICO 6.10 Microsoft

86
Microsoft
e0
76

70

65

50

66

Penetração legitima
601 vira um rompimento
de exaustão
45

14 21285 12 1926 9 16 23 0 14 21 28 1119 26


hber October November December 1999
Fonte: de pring.com
96 Parte : Técnicas que Determinam as Tendéncias

Sumário
1. As linhas de tendência são, talvez, a ferramenta técnica mais fácil de entender,
mas a prática e experimentação consideráveis säo necessárias antes que a arte
de interpretá-las possa ser dominada com èxito.
2. As violações da linha de tendência sinalizam uma interrupção temporária ou
uma reversão da tendência predominante. E necessário se referir a outros ele-
mentos de evidência técnica para determinar o que está sendo sinalizado.
3. A importância das linhas de tendência é uma função do seu comprimento,
o número de vezes que elas foram tocadas ou ocorreu uma aproOximação e a
inclinação do ângulo ascendente ou descendente.
4. Uma boa linha de tendência reflete a tendência subjacente e representa uma
importante zona de suporte e resistência.
5. As linhas de tendência esticadas são um conceito importante e não devem ser
ignoradas.
6. Os rompimentos da exaustão, frequentemente, possuem boa capacidade de
previsão.
7

CARACTERÍSTICAS
BASICAS DO VOILUME

Quase tudo o que os técnicos utilizam ao traçar o gráfico de uma ação especifica
envolve tanto o próprio preço ou uma variação estatística dele. O volume pode
oferecer uma nova dinâmica em nossa interpretação da psicologia de massas. Por-
tanto, analisando as tendências de volume, chegamos a uma melhor compreensão
de como funcionam os padrões de preço. Na verdade, o estudo das características
de volume fornece abordagem mais profunda do peso da evidência baseada na
análise da importância das provas descritas anteriormente. O volume náo apenas
mede o entusiasmo dos compradores e vendedores, mas também é uma variável
totalmente independente do preço. Neste capítulo, discutiremos alguns princípios
gerais de interpretação de volume, e no capítulo 26 alguns indicadores individuais
de volume. Estamos começando nossa cobertura do volume neste ponto, por ser o
blocos básico de construção dos padrões de preço, de forma similar aos conceitos
de suportee de resistência, análise de topos e de fundos, e de tendências. No final
deste capitulo todos os blocos básicos de construço de preços terão sido abor
dados, nos deixando preparados para enfrentar o assunto dos padrões de preços

Beneficios do Estudo do Volume

Os estudos sobre volume oferecem très benefícios fundamentais:


1. Quando os padrões de preço e de volume são comparados, é importante
verificar se estão de acordo. Caso estejam, as probabilidades favorecem
uma extensão da tendência.
2. Seo preço e o volume divergem, isso nos diz que a tendência subjacente
não étão forte quanto aparenta.
98 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

3. Ocasionalmente, ocomportamento do preço oferece sinais discretos


de uma iminente reversão da tendência, mas o volume pode mostrar
características próprias que literalmente demonstram esta mensagem.
Em tais casos, um estudo limitado ao comportamento do preço não
seria suficiente para revelar uma informação útil e evidente ou uma

oportunidade.

Principios de Interpretação do Volume


1. O primeiro e mais importante princípio é que o volume normalmente acom-

panha a tendència. E normal atividade se expanda num mercado de


que uma

alta e diminua num mercado de baixa (Ver Figura 7.1). Neste sentido, a inter
pretação do volume é sempre feita em relação ao passado recente.
Comparar mais bilh o de ações na Bolsa de Nova York durante
de um
dias no século XXI com cinco ou seis milhões do início do século XX não
ajuda muito. Tal comparação reflete as mudanças institucionais e não j
cológicas. O volume é maior hoje devido a mais empresas estarem sendo
listadas, ao advento dos derivativos, as comissões mais baixas, e assim por
diante. Por outro lado um dia de negociações de três bilhöes de ações desta
semana comparados com um dia recente de 1,5 bilhões de ações do mês
passado érelevante, porque mostra uma mudança significativa na atividade
ao longo de um periodo em que as principais mudanças institucionais serão
inexistentes.

FIGURA 7.1 O Volume vai com a tendëncia

Queda
de preço e
redução
do volume
é normal

Subida de preço e subida


do volume é normal.
Características Básicas do Volume 9 9

FIGURA 7.2 0 Volume se Movimenta em Tendëncias

Sabemos que quando os preços se movimentam em tend ncias, isto não


ocorre em linha reta. Ao invés disso, os preços sobem e descem em zigueza-
gue. As tendências de volume são semelhantes. No lado esquerdo da Figura
7.2, por exemplo, as setas uniformes e largas indicam uma tendência de volu-
me em expansão e as pontilhadas indicam uma tendência em declínio.
E evidente que o nível de atividade não se expande em todo o período.
Existem períodos tranquilos e ativos, mas a orientação geral é ascendente e
também irregular. Quando falamos sobre aumento de volume ou em declí
referindo à tendência. E normal que essas
sua
nio, normalmente estamos nos
tendências sejam interrompidas por aberrações nos níveis de volume. As ten
dências de volume, assim como as tendências de preços, podem ser intradias,
curtas, intermediárias ou longas, dependendo da natureza do gráfico.
A quantidade de dinheiro aplicado em ações deve ser sempre equivalen-
te à quantidade de dinheiro resgatado. Isso é verdade independente do nível
de volume. Consequentemente, é o grau de entusiasmo dos compradores ou
vendedores que determina a direção dos preços. Se os compradores estão al-
satisfeitas. Se os
tistas, aumentam seus lances até que suas demandas sejam
vendedores reagem às más notícias, podem entrar em pånico derrubando os
momentos, a quantidade de ações sen-
preços bruscamente. Mas, em todos os
do vendida é igual às que estão sendo compradas.
. A combinação do aumento do volume com o aumento do preço é natural. Indi-
ca que os negócios estão no curso normal. Tal situaço não tem uma previsão
de valor, exceto pela implicação que uma provável divergência negativa entre

preço e o volume esteja por vir


3. o l u m e normalmente conduz o preço durante um movimento de alta. A
v
nova alta de preço que não é confirmada pelo volume deve ser considerada
100 Parte l: Técnicasque Determinam as Tendências

FIGURA 7.3 OVolume Lidera o Preço NumaTendência de Alta

C
B

Preços subindo e volume


caindo é baixista.

um sinal de alerta que a tendência predominante pode estar prestes a re-


verter. Na Figura 7.3 os preços registram o topo de preços no ponto C, maso
volume médio atinge o seu máximo em torno do ponto A.
Esse comportamento é normal; os topos com volume em declínio aler-
ara fraqueza técnica subjacente. Infelizmente, não háregras rigidas e rá-
pidas sobre como muitas divergèncias precedem um topo. De um modo geral,
no entanto, quanto maior o número de divergências negativas, mais fraco é
o cenário técnico subjacente. Além disso, quanto menos os topos se distan-
ciam uns aos outros, menos entusiasmo está sendo gerado e mais vulnerável
tornam-se as posições técnicas, uma vez que a compra seca ou o entusiasmo
de venda se intensifica. A nova alta que é acompanhada por praticamente ne-
nhum volume é tão baixista quanto um nova máxima sem praticamente ne-
nhum momentum para cima.
Um exemplo é mostrado no Gráico 7.1 da Aligent
Tecnologia, onde pode
se observar que o agrupamento sequencial do volume gradualmente se tor-
nam menores que as altas de preços. Eventualmente, esta característica técni-
ca negativa é confirmada quando o preço viola a linha de tendência de alta de
2010 a 201l no início de
julho de 2011
4. Preços ascendentes acompanhados por uma tendência de queda de volume
(Figura 7.4) é uma situação anormal. Indica uma alta fraca e suspeita e éuma
característica de um mercado de baixa.
Quando é reconhecido, pode e deve ser utilizado como uma prova
evidencia apontada para um cenário de mercado primário de baixa. O volume
mede o entusiasmo relativo de compradores e vendedores. Quando ele seca
101
Caracteristicas Básicas do Volume

GRÁFICO 7.1 Aligent Technoloy 2010-2011

Aligent Technology

Confirmação de quebra
da tendencia do preço

Volume conduz o preç

cee Movenber Dezember 211 Februy March une y ugat Setember Cctsber

Fonte: ping.com

FIGURA 7.4 Preço Ascendente e Volume Descendente é Baixista


102 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendncias

FIGURA 7.5 Preço Descendente e Volume Ascendente é Baixista

enquanto os preços sobem, o avanço ocorre devido a uma ausência de venda


e não em razão da demanda dos compradores. Mais cedo ou mais tarde, a
tendencia chegará a unm ponto onde os vendedores se tornarão mais moti-
vados. Após isso, os preços começarão a entrar em declínio. Uma dica é for-
necida quando a atividade aumenta visivelmente enquanto o preço começa a
declinar. Isso é mostrado na Figura 7.5, onde pode se observar que o volume
começa a subir à medida que o preço começa a baixar.
Nestas situações, não é necessário que o volume aumente ao longo do
declínio como acontece neste exemplo. Poderia haver uma retomada do vo-
lume em duas ou três barras logo após o topo. Na verdade, esta seria uma
situação mais típica.
A Figura 7.6 mostra como as configurações de volume mudam
mercado de alta e o mercado de baixa.
O gráfico 7.2 mostra a subida final sendo acompanhada por uma ten-
dencia de queda no volume da Coors. Quando a linha de tendència mais bai-
xa é violada, o volume sobe visivelmente. Neste caso, temos uma configuração
de volume baixista que é seguida imediatamente por outra.
O gráfico 7.3 mostra várias altas de um mercado em baixa, onde a ten-
dência de aumento de preço é acompanhada pela queda do volume da Radio
Shack.
5. Algumas vezes, tanto o preço quanto o volume aumentam lentamente, gra-
dualmente indo em direção a um aumento vertiginoso com uma fase final de
expansão. Seguindo este movimento, tanto o volume quanto preço caem igual-
mente acentuadamente. Isto representa um movimento de exaustão, caracte-
ristico de uma reversão da tendência, especialmente quando apoiado por unm
Caracteristicas Básicas do Volume . 103

FIGURA 7.6 Caracteristicas da Mudança de Volume nos Mercados de


Alta e de Baixa

Mercado de Alta Mercado de Baixa

GRÁFICO 7.2 Coors 2000- 2001

s0 Coors
Confirmação
75
70

60
Divergência no volume

OVolume aumenta
2000 para baixo
1500
1000
500
10
October November December 2001 February March April
Fonte: pring.com
104 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 7.3 Radio Shack 2000 -2001

Radio Shack Mercado de baixa


60
60
.
J
40-

30

Volume declina enquanto


1000 o preço sobe
900
800
700
600
500
400
300
200
x 100
ugust September November 2001 February April May
Fonte pring.com

padrão de preço de uma ou duas barras (será discutido nos próximos capítu-
los). A importåncia da reversão dependerá da extensão do avanço anterior e
do grau de aumento do volume. Obviamente, um movimento de exaustão que
leva de 4 a 5 dias para se desenvolver, estará longe de ser tão significativo como
àquele que se desenvolve ao longo de algumas semanas. Este fenômeno é cha-
mado de exaustão em formato parabólico, mostrado na Figura 7.7.
Infelizmente, exaustão, ou rajada, movimentos assim não são fáceis de
definir no sentido de que é possível construir claramente linhas de tendência
ou padrões de preços. Por este motivo, geralmente não é possível definir a
fase final até que um periodo ou após o volume e o preço terem atingido seus
aumentos. Além disso, devido à sua natureza, as exaustões em formato para-
bólico são muito raras.
O gráfico 7.4 utiliza a Newmont Mining para demonstrar um exemplo
clássico
de um aumento vertiginoso tanto no preço como no volume que ter
mina sob a forma de uma reversão abrupta no final de setembro de 1987.
Outro exemplo, no Gráfico 7.5 da Amrep Ordinary.
6. Um climax de venda é o oposto de uma exaustão parabólica. Ocorre
quando
os preços caem por um tempo considerável em um ritmo acelerado, acom-
panhado por um aumento do volume. Os preços normalmente sobem após
um climax de venda. O fundo que é estabelecido no momento do climax é
improvável que seja violado por um tempo considerável. Enfatizei a palavra
Caracteristicas Básicas do Volumne 105

FIGURA 7.7 Exausto Parabólica

GRÁFICO 7.4 Newmont Mining 1986- 1987

Newmont Mining

60

4500
4000
3500 Exaustão parabólica
3000
2600
2000
1600
1000
500
x10
1Jul Aug Sep Oct Nov Dec 1987Mar Apr May Jun JulAug Sep 0ct Nov Dec
Fonte: pring.com
106 Parte I: Técnicas queDeterminam as Tendéncias

GRÁFICO 7.5 Amrep Ordinary 2003- 2009

Amrep Ordinary

Exaustão Parabólica

00

Fonte pring.com

improvável, porque não há garantias, apenas uma forte probabilidade Clara-


mente, um clímax de venda é provável que seja mais do que uma indicação
de um fundo de curto ou médio prazo em um mercado em alta. Um aumento
de preço em um climax de venda é, por definição, acompanhado pela queda
do volume. Este é o único momento em que a que a queda do volume e um
aumento do preço possam ser considerados normais. Mesmo assim, é
impor
tante ter a certeza de que o volume aumenta em altas subsequentes, conforme
indicado na Figura 7.8.
O término de uma tendência de baixa é frequentemente, mas nem sem-
pre, acompanhada de um clímax de venda. Ao contrário das exaustões para-
bólicas, que são bastante raros, o clímax de venda aparece nos gráficos com
muito mais frequência e são fenômenos técnicos bastante
comuns
No Gráfico 7.6, vemos um desenvolvimento do clímax de venda da An-
darko Petroleum em 2010. Este é então seguido por um repique e um teste
subsequente com menor volume. Observe como o volume declina no repique,
uma característica perfeitamente normal após um clímax de venda.
7. Quando os preços avançam na sequência de um longo declínio e então
reagem para um nivel ligeiramente acima ou ligeiramente abaixo do fundo
anterior, isto é um sinal de alta se o volume no fundo for
segundo signifi-
Caracteristicas Básicas do Volume 107

FIGURA 7.8 Exaustão Parabólica

GRAFICO 7.6 Andarco Petroleum Ordinary 2009- 2012

Andarco Petroleum

Climax de Venda

tlayahdhbaithoddtul hihaiuaibdlodeh.abondhuautdiacbadhplbluubahaailtap,jtniatulyi
Fonte:pring.com
108 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 7.9 Procure por Baixos Volumes quando Testando Fundos

Baixo volume no teste


indica mercado esgotado

lulilbailI
cativamente menor do que o volume no primeiro. Há um velho ditado emn
Wall Street "Nunca opere vendido em um mercado fraco. Este ditado se
aplica muito a este tipo de situação, em que um fundo anterior está sendo
testado com um volume muito baixo. Esta situaçäo indica uma completa
falta de pressão de venda (ver Figura 7.9).
8. Um rompimento de baixa a partir de um padrão de preços, linha de ten-
dencia, ou média móvel que ocorre com volume pesado é anormal e um
sinal baixista que confirma a reversão da tendência (Figura 7.10).

FIGURA 7.10 Volume Crescente sobre Penetração para baixo é Baixista


Volume 109
Características Básicas do

Quando os preços caem, geralmente se deve a uma falta de lances,


então o volume contrai. Esta é uma atividade normal e não oferece muita
informação. No entanto, quando o volume para baixo aumenta, é porque
os vendedores estão mais motivados, por isso, o declínio, em igualdade ae

circunstâncias, provavelmente é mais severo.


9. Quando o preço vem subindo por muitos meses, uma alta fraca (Figura
7.11), acompanhada por um alto volume indica uma negociação excessiva
gerando um fator baixista.
Um exemplo que caracteriza a Dresser Industries é mostrado no Grá-
fico 7.7.
10. Seguindo um declínio, volume pesado com pouca mudança nos preços é indi-
cativo de acumulaçãoeé normalmente um fator altista (Figura 7.12).
11. Um volume recorde advindo de uma baixa importante é geralmente um sinal
muito confiável, que um fundo visto. Isto
significativo foi indica que uma
mudança subjacente na psicologia tenha ocorrido. Essas reversões de senti-
mento geralmente são de uma tendência de magnitude primária. Exemplos
do mercado de ações dos EUA desenvolveram-se em março de 1978, Agosto
de 1982 e de 1984 e Outubro de 1998. Um padr o semelhante tambem se
desenvolveu no fundo do ano de 1987nos bonds e eurodólares. Este não é
um indicador infalível, embora, uma vez que o volume recorde foi alcançado
em janeiro de 2001, tanto para NYSE quanto para NASDAQ, ainda não se
revelou como a última mínima de um mercado em baixa, alcançada mais de
um ano depois, em Outubro de 2002.

FIGURA 7.11 Chacoalhada é Baixista

Chacoalhada

ullhudano
110 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendêéncias

GRAFICO 7.7 DresserIndustries Petroleum 2007 -2009

Dresser Industries

N
Chacoalhada:
Ovolume
expande mas
os preços não
se movemn

Febraylarch A
Fonte png com

FIGURA 7.12 Acumulação é Altista

Volume extremamente pesado após


uma queda é um sinal positivo.

ulililanaM
Características Básicas do Volume . 111

12. Quando o volume e os preços aumentam em um ritmo acentuado, mas menos


do que numa exaustão
parabólica, e depois se contrai ligeiramente, isso
ge
ralmente indica uma mudança na tend ncia. As vezes, é uma reversão real e,
em outras, uma consolidação. Este fenômeno é caracterizado na Figura 7.13
e
representa uma exaustão temporária do poder de compra.
Está associada com vários padrões de preço de uma e duas barras, a ser
discutido em capítulos posteriores. O exemplo mostrao
preçoeventualmente
caindo, mas poderia muito bem ter subido. Todos os volumes subindo está
nos dizendo que os compradores estão exaustose devemos esperar por uma
pausa. Quando aquela compra é excepcionalmente elevada, indica um maior
sentimento de alta e é mais provável de ser seguido por um período prolon-
gado de erosão de preços, como mostrado na Figura 7.13.
13. Quandoo preço forma um pequeno topo de arredondado eovolume forma
um fundo arredondado, esta é uma situação
duplamente anormal, ja que
preço está subindo e o volume está caindo, enquanto o topo é alcançado.
Após o topo, o volume aumenta à medida que os preços caem, o que também
é anormal e baixista. Um exemplo é mostrado na Figura 7.14. Um exemplo
que ilustra a Microsoft é mostrado no Gráfico 7.8. Observe como a letra n
caracteriza o comportamento do preço, enquanto a configuração do volume
está mais perto de letra u.
14. Quando a volatilidade dos preços é reduzida a quase nada e o volume faz o
mesmo, isso indica desinteresse total. Quando a situação é finalmente resol-

FIGURA 7.13 Volume Extremamente Ato Após um Rápido Avanço Indica Exaustão

Volume extremamente alto


Indica exaustão.

N Ganhos digeridos sobre


menor fluxo de volume

l
ulil
112 Parte I: Tcnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 7.14 Observe volume nas altas e nas correções

M A

Configuração baixista
do volume

lb.

GRAFICO 7.8 Microsoft 2007 - 2009

Microsoft

6000
5500
5000
4500
4000
3500
3000
2500
2000
15 2 2
March April May
Fonte pring.com
Características Básicas do Volume . 113

FIGURA 7.15 Volume Excepcionalmente Baixo é muito Altista quando


Confirmado pela Expansão do Preço e do Volume

V VN
Volume excepcionalmente baixo

lulll.ll
IIiL.tusli lilalid
vida, esta é frequentemente seguida por um movimento de preço acima da
média. Na Figura 7.15, por exemplo, o preço e o volume caem para o tipo de
níveis onde qualquer movimento em qualquer direção irá sinalizar um movi
mento de preços dramático.

Neste caso, a linha de tendência de baixa é violada para cima e o volume


explode; assim também ocorre com os preços. De um modo geral, quanto mais
branda fora atividade do preço eo volume relativo à precedente tendência de
baixa, mais explosivo deve ser o rali subsequente confirmado. Nesse caso, "confir-
mado" significa algum tipo de uma reversão da tendência de preços acompanhada
pela expansão do volume.
Um equilíbrio muito estreito entre compradores e vendedores é certamen-
te evidente no Gráfico 7.9, que apresenta o ICIC Bank.
Observe a diminuição da volatilidade da atividade de preço e a tendência
que acompanhada de um volume cada vez menor. O equilibrio entre compra-
dores e vendedores é extremamente claro, no início de setembro. Então o preço
rompe para baixo e o volume aumenta. Esse é o sinal para uma queda de preço
acima da média.
Nenhum dos indicadores utilizados no arsenal técnico é garantia de fun-
cionar sempre. Isto écertamente verdadeiro em relação às características de
volume. No entanto, quando o volume é usado em combinação com as caracte-
risticas de preços na interpretação do padrão, nas violações da linha de tendên-
114 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendéncias

GRAFICO 7.9 ICI Bank 2008

ICIC Bank
0

200

Faixa de negociação muito estreita


indica que compradores e
vendedores estão equilibrados. N 50

Ospreços
Volume extremamente decliname 00

F1100
baixo indica um claro o volume se 1000
00
equilibrio técnico
expande 700
300

600
00

Merch une August october


Fonte prng.com

cia e nos cruzamentos da média móvel aumentam muito a probabilidade de que


uma configuração ou formação especifica funcionará. Enquanto discutimos os
exemplos especificos de preços nos próximos capítulos, os principios básicos de
volume descritos aqui serão aprofundados para atender casos individuais.
Voce também será capaz de apreciar neste ponto que a maior parte do
po o volume como indicador não está nos dizendo muito. No entanto, quando
tem
diz algo e é confirmado por outros indicadores, é dada de fato uma mensagem
convincente.

Sumário

1. O Volume é uma variável totalmente independente do preço.


2. E normal para o volume acompanhar a tendência. Quando essas característi-
cas estão presentes, existem poucos valores de previsão.
Quando as tendncias de volume estão se movendo em uma direção oposta
a do preço, isto é anormal e está avisando que uma reversão da tendência é
iminente ou enfatiza a importância de qualquer rompimento.
4. As tendncias de volume passam pelo fenómeno de exaustão. São chamadas
de exaustão parabólica nos topose clímax de venda nos fundos.
8

PADRÓES CLÁSSICos DE
PREÇOS

Nos capitulos anteriores, discutimos os conceitos de progressão do topo e do fun-


do, suporte e resistência, linhas de tendência, e as características fundamentais de
volume. Temos aqui todos os blocos básicos de construção do padrão de preço.
Agora é o momento de usá-los todos juntos para obter uma melhor compreensão
de como podemos reconhecer, interpretar e compreender o nível de importância
das formações especificas. Para uma discussão mais aprofundada dos padrões de
preços, sua psicologia subjacente e significado, consulte Martin Pring on Price Pat-
terns (McGraw-Hill, 2005).
O conceito de padrões de preço é mostrado nas Figuras 8.1 e 8.2. A Figura
8.1 representa um cicdo típico de mercado, no qual existem três tendências: ascen-
dente, lateral, e descendente. A tendência lateral é obrigatoriamente horizontal ou
de transição, que separa os dois grandes movimentos do mercado.
As vezes, um mercado altamente emocional pode mudar sem qualquer aviso
prévio, como na Figura 8.2, mas isso raramente ocorre. Considere um trem se
movimentando fapidamente, que leva muito tempo para desacelerar e ento re-
verter; o mesmo geralmente é verdadeiro nos mercadosfinanceiros.
Para os técnicos do mercado, a fase de transição tem um grande significado
porque marca o ponto de virada entre uma subida e uma queda do mercado. Se
os preços forem avançando, o entusiasmo dos compradores supera o pessimismo
dos vendedores até este momento e os preços sobem conforme o esperado. Du-
rante a fase de transição, o equilibrio torna-se mais ou menos nivelado, até que
finalmente, por um motivo ou outro, ele segue uma nova direção, quandoo peso
relativo das vendas empurra a tendência (de preços) para baixo. Ao término de
um mercado de baixa, ocorre processo inverso.
116 ParteI: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 8.1 Reversões de Topo e Fundo

Lateral

Alta
wh
Baixa
Alta

Lateral

Fonte Martin Pring on Price Patterns

FIGURA 8.2 Reversão Abrupta

Fonte Martin Pring on Price Patterns


Padröes Clássicos de Preços 117

FIGURA 8.3 Reversão numa Faixa de Negociação

Resistência

A -A

B
--E
tt
Suporte

Fonte: Matin Pring on Price Pattems

Principio Técnico Fundamental: As transições entre uma tendência ascen-


dente e descendente são frequentemente sinalizadas por faixas de negocia-
ção visíveis conhecidas como padrQes de preço.

Estas fases de transição são, quase invariavelmente, sinalizadas por padrões


de preço, claramente definidos ou formações cujas conclusões bem sucedidas
alertam ao técnico que ocorreu uma reversão na tendncia.
Este fenômeno é ilustrado na Figura 8.3, que mostra o comportamento dos
preços no final de uma longa tendência ascendente. Assim que, o preço sobe aci-
ma da linha BB, está na área de transição, embora seja visível apenas algum tempo
depois que a figura tenha se desenvolvido.
Uma vez na área, o preço sobe para a linha AA, que é uma área de resistência.
O termo "resistência'" é utilizado porque neste ponto o preço recebe oposição a
uma nova subida. Quando a relação oferta/procura entra em equilibrio em AA, o
mercado rapidamente se torna a favor dos vendedores, pois Os preços reagiram.
Esta reversão temporária pode ocorrer porque os compradores se recusam a pa-
gar mais pelas ações, ou porque o preço mais alto atrai mais vendedores, ou por
uma combinação desses dois motivos. O fato importante é que a relação entre
dois grupos é temporariamente revertida, neste ponto.
118 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 8.4 Guerra de Fronteira

A2- A2

A1-- A1

B B
Exemplo B

A A

B B
Exemplo A

Fonte. Martin Pring on Price Patterms

Na sequência de tentativas mal sucedidas de romper AA, os preços caem


até que a linha BB, conhes ida como um nível de suporte seja alcançada. Assim,
o nível do preço em AA reverteuo equilibrio a favor dos vendedores, então o
nivel de suporte em BB altera o equilibrio novamente. Desta vez, a tendència
se move em uma direção ascendente, enquanto em BB, os preços tornam-se
relativamente atrativos para os compradores que perderam a oportunidade da
subida dos preços, enquanto os vendedores que pressentem que os preços vão
novamente para a área AA, esperam. Por algum tempo, há um impasse entre
compradores e vendedores na área delimitada pelas linhas AAe BB. Finalmente,
o preço cai abaixo da linha BB, e uma novae importante tendência descendente
ésinalizada.
Para ajudar a explicar este conceito, adisputa entre compradorese vendedo-
res é como uma batalha travada por dois exércitos em uma guerra de trincheira.
A Figura 8.4, exemplifica, que o exército em A e B estão se enfrentando. A linha
AA representa o exército de defesa da linha A, e a linha BB éo exército de defesa
da linha B.
As setas indicam as incursões entre as duas linhas e ambos os exércitos com-
batem a seu modo a trincheira adversária, mas são incapazes de penetrar a linha
de defesa. No segundo exemplo, o exército Bfinalmente atravessa a trincheira A.
O exército A é então, forçado a recuar e tomar uma posição na segunda linha de
defesa (linha AA2). Nos mercados, a linha AA representa resistência da venda,
que, uma vez superada, significa uma mudança no equilíbrio entre compradores e
vendedores a favor dos compradores, de modo que os preços vão avançar rapida-
Padröes Clássicos de Preços 119

mente ate que uma nova resistência seja encontrada. A segunda linha de defesa, a
linha AA2, representa a resistência de um novo
avanço.
For outro lado, o exército B pode facilmente romper a linha AA2, mas quan-
to mais ela avança sem tempo de consolidar seus lucros, o mais provável é que se
torne prolongada e
maior é a probabilidade de sofrer um sério revés. Em algum
ponto, portanto, faz mais sentido para que esta força seja bem sucedida esperar e
consolidar seus lucros.
Se os preços se estendem demasiadamente, sem tempo de digerir seus lu-
cros, também são mais propensos a enfrentar uma acentuada reversão, aparente
mente inesperada.

Apresentando o Retângulo
A fase de transição ou horizontal que separa a subida ea queda dos preços, discu-
tida anteriormente, é um padro conhecido como um
retângulo. Isto corresponde
àformação da "linha"' desenvolvida pela Teoria de Dow. O retângulo na Figura 8.5,
marcando o ponto de virada entre as fases altistas e baixistas, é denominado padrão
de reversãão.

FIGURA 8.5 Sinal de Penetração de Baixa

Retângulo de Reversão

A A

Retangulo
B
-B

Sinal de penetração de reversão da tendência

Fonte: Martin Pring on Price Patterns


120 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 8.6 Sinal de Penetração de Alta

Penetração nada mais é do que uma reversão na


mudança de direção na progressão topolfundo

A A

_V..N...
Fonte: Martin Pring on Prce Patterns

Os padrões de reverso nos topos do mercado são conhecidos como áreas


de distribuição ou padrões (onde as ações são "distribuidas" pelos participantes
fortes, e bem informados para os fracos, os desinformados), e aqueles nos fundos
mercado sao chamados de padrão de acumulação (onde as ações passam de
participantes desinformados para os fortes e informados). Na Figura 8.6 vemos
um padräo completado com a vitória dos compradores quando o preço rompeu
a linha AA.
Observe que enquanto o preço rompe a linha AA, a série de topos e fundos
descendentes reverte para uma de topos e fundos ascendentes. Por outro lado, na
Figura 8.7, os preços rompem para cima, reforçando a série de topos e fundos as
cendentes que precedem a formaço do retângulo, reafirmando assim a tendência
subjacente.
Neste caso, a fase corretiva associada com a formação do retângulo iria in-
terromper temporariamente o mercado de alta. Essas formações são citadas como
padrões de consolidação ou de continuação. Um exemplo de retângulo de conti-
nuação baixista é mostrado no Gráfico 8.1 pelo preço do cobre e no Gráfico 8.2
pelo Dow Jones Rail Average.
Durante o período de formação, não há nenhuma forma de saber com ante
cedência em que direção o preço finalmente irá romper: portanto, deve-se sempre
presumir que a tendência predominante esteja em vigor até que sej provado que
ela tenha sido revertida. A figura 8.8 mostra um exemplo de um retângulo de
continuação que se desenvolve numa tendência descendente.
Padrões Clássicos de Preços 121

FIGURA 8.7 Sinal de Cotinuação de um Rompimento para Cima

B - B

Orompimento para cima forma


oRetángulo de Continuação

Fonte: Martin Pring on Price Patterns

GRÁFICO 8.1 Gráfico de Cobre llustrando um Retângulo de Consolidação

95
Copper
90
95

80

70-

0
Retangulo de Consolidação

50-

May
1 TB June
6 28
July
13 027 0 17 2
August September
2 E
122 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

PIOS saJoyS Jo suo!!W


Padroes Clássicos de Preços 123

FIGURA 8.8 Sinal de Penetração de Continuação de Baixa

A penetração para Baixo


----
forma o Retängulo de
continuaçãão
Fonte: Martin Pring on Price Patterns

Tamanhoe Profundidade
Os principios do padrão de construção e interpretação de preços podem ser apli-
cados a qualquer período de tempo, de gráficos de um minuto a gráficos mensais
ou até mesmo se estendendo aos anuais. No entanto, a importância de uma for-
mação de preços é uma função direta de seu tamanho e profundidade.

Principio Técnico Fundamental Quanto mais tempo um padrão levar para


completar e quanto maior as flutuações de preços dentro dele, é provável que
mais substancial seja o próximo movimento.

Assim, um padrão que aparece em um gráfico mensal é provável que seja


muito mais significativo do que o traçado com dados intradia, e assim por diante.
E muito mais importante construir uma base forte, onde os preços podem subir,
assim construindo um alicerce abrangente, significativo, forte, sobre o qual será
construído um arranha-céu. No caso dos preços do mercado financeiro, o alicerce
é um padrão de acumulação que representa uma área de combate indecisa entre
compradores e vendedores. O termo "acumulação" é usado porque os fundos do
mercado sempre ocorrem quando as notícias são ruins. Nos mercados, estas con-
124 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

dições estimulam vendas por parte dos investidores desinformados que não
as
esperavam que o desenvolvimento melhorasse. Durante uma fase de acumulação,
os investidores mais inteligentes e profissionais adquirem uma posição ou acu-
melhoria das
mulação para o ativo em questão, em condições de antecipação ou

ações em questão, de seis a nove meses à frente.


Durante este período, a ação em foco está sendo vendida pelos traders fracos
e desinformados para os investidores fortes e experientes. Nos topos do mercado,
o processo é invertido, na medida em que aqueles que foram acumulando na ou
próximo do fundo as vendem para participantes do mercado menos inteligentes,
que se tornam cada vez mais atraídos quando os preços sobem. Para as ações, isso
pode acontecer, porque as condições de negócios melhoram e as previsões para a
economia estão revisadas em alta. Assim, quanto maior o período de acumulação,
maior a quantidade de ações que se movimentam das mãos fracas para as fortes, e
maior será a base a partir da qual os preços podem subir. O inverso é verdadeiro
nos topos do mercado, onde uma quantidade substancial de distribuição resulta
inevitavelmente em um período prolongado de eros o dos preços ou da constru-

ção da base.

Principio Técnico fundamental: Quanto mais demorar a formação de qual-


de limites externos,
quer padrão e mais vezes falhar no rompimento seus

maior será o significado da última penetração.

O tempo necessário para completar a formação é importante devido à


quantidade de ativos que mudam de mãos e também porque um movimen-
to de preço além dos limites de um padrão significa que o equilibrio entre os

compradores e vendedores foi modificado. Quando opreço da aço está em um


impasse por um longo tempo e os investidores se acostumaram a comprar por
um preço e vender por outro, um movimento além de qualquer limite represen-
ta uma mudança fundamental, que tem um grande significado psicológico. Um
excelente exemplo de um retángulo muito longo é mostrado no Gráfico 8.3 da
CRB Composite.
Havia uma grande probabilidade de que um rompimento deste padrão seria
seguido por um considerável movimento, mas não havia nenhuma indicação de
que os preços subiriam tão acentuadamente em um breve período de tempo.
A profundidade de uma formaço também determina o seu significado.
Considere a analogia da guerra de trincheiras mais uma vez. Se as trincheiras
opostas estão muito próximas, digamos, 91 metros- isto significa que um ataque
vitorioso, será menos significativo do que se os exércitos estivessem separados por
vários quilómetros, pois nesse caso, a batalha teria sido muito mais intensa e a
Padrões Clássicos de Preços 125

GRAFICO 8.3 CRB Composite 1957 1982. Este gráfico apresenta a


penetração
de um retangulo plurianual ocorrida em 1972. Não havia de maneira nenhuma como
predizer o caráter da subida, maso comprimento do retângulo indica que algo gran
de viria pela frente.

350 CRB Composite


300-
.

seguido por um avanço plurianual


250

200

150-

Retangulo plurianual

100

57 59 59 50 61 52 53 64 5 56 57 8 9 70 71 2 73 74 7575778 9 80 81 82
Fonte pring.com

vitória muito maior. O mesmo acontece nos mercados financeiros. O rompimento


de uma faixa de negociação larga tem muito mais significado psicológico do que
de uma faixa estreita.

Implicaçes de Medição

A maioria dos resultados obtida com os procedimentos de análise técnica não


indica a eventual magnitude de uma tendência. Os padrões de preço são uma ex-
ceção, visto que a sua construção oferece algumas possibilidades de previsão limi-
tadas. Praticamente, todos os padrões de preços obtèm a projeção dos objetivos de
sua profundidade. O retângulo não é exceção. A figura 8.9 mostra um retângulo
que se formou e completou uma (distribuição) de topo.
A projeção dessa formação é a distância vertical entre os seus limites, i.é.,a
distância entre as linhas AA e BB projetadas abaixo da linha BB.
126 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 8.9 Projeção de Medida de um Topo de Retángulo

A A

B B

Objetivo minimo -C

Mültiplos do objetivo

Fonte Martin Pring on Price Pattems

Em muitos casos, a tendência de preço se estenderá além do objetivo. Em


movimentos realmente muito fortes, acompanhará os múltiplos do objetivo. Po-
demos levar o processo um passo adiante, afirmando que os vários objetivos
múltiplos podem se tornar potenciais e importantes áreas de suporte e resis-
téncia por direito próprio. Novamente, os objetivos de preço dessas áreas se
revelam como importantes pontos de suporte ou resistência. Infelizmente, näão
há uma forma de determinar onde o ponto real de rompimento ocorrerá em
qualquer alta ou correção. Isso enfatiza o princípio de que na análise técnica não
há nenhuma forma conhecida de determinar a magnitude de um movimento de
preço. Somente é possível especular a probabilidade de que uma área específica
irá se revelar como uma zona de suporte ou resistência. Por conseguinte, embo-
ra esta fórmula de medição ofereça uma orientação resumida, geralmente é uma
expectativa mínima.
Tendo estabelecido o fato de que os padrões de preço oferecem objetivos de
preços, quando completados, também é importante rever as opções das escalas
aritméticas e logarítmicas abordadas anteriormente.
Se você se lembra, a escala aritmética envolve a utilização da mesma distân-
cia vertical, para quantidade de pontos iguais, de modo que, a
diferença do espaço
entre 2 e 4 éé a mesma que entre 20 e 22. Isso se compara à proporção ou escala
logaritmica, onde a mesma distância vertical demarca a mesma proporção de mo-
vimento. Assim, por exemplo, 2,50 centimetros pode representar um movimento
de preço de 20% em qualquer nível que ele ocorra.
Padrões Clássicos de Preços 127

FIGURA 8.10 Projeção de Medida usando Escala Aritmética

Escala Aritmética

200

150

100 ..V.. .
50 Objetivo

Fonte: Martin Pring on Price Patterns

A importância de utilizar as escalas logarítmicas, sempre que possível


é mostrada nas Figuras 8.10 e 8.11. Na Figura 8.10, o preço traçado rompeu
para baixo a partir de retângulo. Projetando a distància vertical entre 200 e
100 para baixo fornece um objetivo de 0, claramente, uma possibilidade muito
improvável.

FIGURA 8.11 Projeção de Medida usando Escala Logarítmica

Escala Logaritmica

200

100

50

25

Fonte: Martin Pring on Price Patterns


Objetivo

N
128 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

E importante lembrar que os preços de mercado são uma função de atitudes


psicológicas em relação a eventos fundamentais. Uma vez que estas atitudes têm
uma tendência para se movimentar proporcionalmente, faz sentido que ela seja
traçada em uma escala que reflita movimentos igualmente proporcionais. Cla-
ramente, esta distinção tem pouco efeito sobre o curtissim0 curto prazo (2 a 6
semanas) ou gráficos intradia, mas desde que você não sabe exatamente quando
ele irá, definitivamente seria uma boa ideia configurar seu software de geração de
gráficos para um razão como padrão.
Se um retangulo surge como um padro de reversão de fundo, as regras de me-
dição permanecem consistentes com o exemplo dado para a formação de distribui-
ção. A única diferença é que nós projetamos o objetivo e os objetivos múltiplos em
uma direção para cima, não para baixo. Exatamente, os mesmos principios também
se aplicam aos retàngulos de continuação. A figura 8.12 mostra um rompimento
cima a partir de um retângulo que se forma durante uma tendència de alta.
Observe neste caso que o preço não alcança imediatamente o seu objetivo
para cima, mas o faz depois de uma pequena alta e correção. E por isso que o ob-
jetivo é descrito pelo termo "final'. A maioria das pessoas compra o rompimento
supondo que ele vai realizar lucros imediatos, quando o preço se movimenta dire-
tamente para o objetivo, mas isso não é necessariamente o caso.

Principio Técnico Fundamental: A projeção de medida é o objetivo míni-


mo final.

FIGURA 8.12 Medição do objetivo de um Retângulo de Continuação para cima

A A

Fonte Martin Pring on Prioe Patterns


Padrões Clássicos de Preços 129

Em muitos casos, o preço se movimentará além do objetivo. Em movimen-


tos muito fortes, se movimentará em múltiplos do objetivo, onde os vários mú
tiplos ou o próprio objetivo se tornam importantes áreas de suporte e resistência.

Confirmação de um Rompimento Válido


Preço
Ate agora, toi assumido que qualquer movimento fora do padr o de preços, ainda
que pequeno, constitui um sinal válido de uma reversão da tendência (ou retoma-
da, se o padrão for de consolidação). Frequentemente, ocorrem movimentos fal-
sos conhecidos como violinadas, então por isso é conveniente estabelecer alguns
critérios para minimizar a possibilidade de erros de interpretação. A sabedoria
popular diz que você deve esperar por uma penetração de 3% além dos limites
antes de concluir que o rompimento seja válido. Isto filtra um número substancial
de movimentos falsos, mesmo que os sinais resultantes sejam menos oportunos.
Esta abordagem foi desenvolvida em meados do século XX, quando perí
odos de manutenção de uma carteira para os participantes do mercado foram
muito mais longos. Hoje, com a popularidade dos gráficos intradia, 3% pode-
riam representar um movimento completo e, em seguida, alguns! Não tenho
nenhuma objeção básica à regra dos 3% para os movimentos de preços de longo
prazo em que as flutuações são muito maiores. No entanto, a melhor abordagem
é o bom senso baseado na experiència e julgamento de cada caso especifico.
Seria muito conveniente ser capaz de dizer que qualquer coisa acima de um va-
lor percentual específico representa um rompimento válido, mas, infelizmente,
tudo depende do período de tempo a ser considerado e a volatilidade da ação
especifica.
Por exemplo, o preço das ações das empresas de energia elétrica é muito
estável comparado com as ações de mineradoras, onde a volatilidade é muito
maior. Aplicar a mesma regra de percentagem para o rompimento de ambas,
obviamente, não faz sentido. O que constitui um rompimento decisivo, onde as
chances de uma violinada são consideravelmente reduzidas, então é muito mais
uma questão de julgamento pessoal baseado na experiència, o acerto e erro. Este
julgamento deve levar em consideração tais fatores como o tipo da tendência que
está sendo monitorada, a volatilidade das ações, e as características de volume e
do momentum.
Outro fator que pode inicialmente ajudar a decidir se um rompimento é vá-
lido é o fato de que um bom rompimento deve se manter por vários períodos.
Por exemplo, você pode observar um rompimento decisivo para cima de um re-

tângulo num diário, mas se ele não conseguir permanecer mais de um


gráfico
é altamente suspeito. Muitas vezes, a
dia, acima do nível de rompimento, o sinal
130 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

posição técnica é pior depois desses rompimentos porque os rompimentos que


não se mantém indicam exaustão e os movimentos de exaustão são frequente-
mente seguidos por tendências de preços fortes na direção oposta à indicada pelo
rompimento falso.
Ao entrar em qualquer operação ou investimento baseado num padrão de
rompimento de preço, é importante decidir com antecedncia qual o tipo de
comportamento de preço faria que você chegasse a conclusão de que esse rom-
pimento era uma violinada. Realmente, isto será abaixo de um nivel de suporte
de um rompimento para cima e acima de uma zona de resistência de um rom-
pimento para baixo. Para isso, você pode se basear nas informações contidas
no Capitulo 5 de suporte e resistència. Um exemplo de um rompimento falso
para cima pode ser um rompimento de uma mínima menor anterior, um declí-
nio abaixo de um nível predeterminado a partir do ponto de rompimento, ouu
o rompimento de uma linha de tendência terciária ascendente. A Figura 8.13.
apresenta algumas possibilidades.
Um estope, então, deve ser colocado abaixo do níivel de suporte. Desta for-
ma, você estará calculando a perda que se dispõe a aceitar e o ponto onde a
premissa original de negociação, ou seja, o rompimento, não é mais eficiente.
Deixar de fazer essa decisão com anteced ncia significa que sua decisão de ven-
der esteja provavelmente, baseada em reações emocionais e intempestivas às
noticias do que a um plano lógico pré-definido.

FIGURA 8.13 ldentificando uma Penetração com uma Violinada

Fundo Terciário anterioré


violado na medida em que o preço falha
e retorna para dentro do padrão

W
M
Fonte Martin Pring on Price Patterns
Padrões Clássicos de Preços 131

Movimentos de Retração: Uma grande parte do tempo, quando o preço rompe a


partir de um padrão, o impulso inicial é seguido por um movimento de correção,

voltando aos níveis mais altos ou mais baixos da formação, dependendo da dire-
ção do rompimento. Isto é conhecido como um movimento de retração, e oferece
um ponto entrada adicional, frequentemente em condições
de
menos emocionais. A retração serve
substancialmente
para duas funçôes. Em primeiro lugar, ajuda
a corrigir a emoção excessiva associada ao rompimento e traz as pessoas de volta
com os pes na terra. A partir daqui, então, é possível que a nova tendència se es-
tenda numa base mais sólida. Segundo, ela atua como um teste do rompimento.
Uma retração para baixo vai encontrar suporte no ponto de rompimento e uma
retração para cima vai encontrar resistência no limite inferior do padrão, visto
que estas duas zonas invertem seus antigos papéis.
As retrações, então, representam o comportamento normal dos preços, e,
embora possam ser frustrantes, não há nada para se preocupar. Realmente, o pró-
prio rompimento é frequentemente um caso ilíquido e volátil, tal como um lado
ou as outras cabeças para a entrada ou saída, de acordo com: sua direção. Como
resultado, as ordens são geralmente executadas com preenchimentos terríveis. A
atividade do preço durante o processo de retração, por outro lado, é
te mais tranquila. Isto significa que a compra ou venda pode ser realizada em
relativamen
um ambiente muito mais controlado. A figura 8.14 mostra que frequentemente é
uma boa ideia esperar por uma retração em uma tend ncia ascendente e comprar
quando o preço sinalizar que a retração acabou.

Cancelamentos: Se o objetivo mínimo se revela como a extensão final da nova


tendência, uma quantidade substancial de acumulação ou de distribuição, o que

FIGURA 8.14 Compra na Penetraço de uma Correção

Compre na fuga de um
movimento de correção

ZZN
Fonte: Martin Pring on Price Pattems
-
132 Parte l: Técnicas que Determinam as Tendèncias

FIGURA 8.15 Cancelamento

B N/W
Fonte Martin Pring on Price Patterns

for apropriado, normalmente tem que ocorrer antes que os preços possam se mo-
vimentar em sua direção anterior. Assim, um retângulo de 2 anos pode ser com-
pletado e o objetivo de preços para baixo alcançado. Mesmo que uma nova erosão
de preço não ocorra, ainda é tecnicamente necessário que antes de uma tendência
ascendente válida ocorrer, uma base (acumulação) aproximadamente do mesmo
tamanho da distribuição anterior (neste caso, 2 anos), seja formada. Um exemplo
é mostrado na Figura 8.15, onde um rompimento para cima é cancelado por um
rompimento para baixo.
A palavra tecnicamente tem sido enfatizada porque nem sempre é o caso, e
há muitos exemplos onde as grandes formações de distribuição foram canceladas
por pequenas e vice-versa. Isso significa que se você pode contaminar um can-
celamento, preste atenção ao sinal e observe outros indicadores para ver se eles
concordam. Se assim for, acompanhe o cancelamento, pois provavelmente esteja
dizendo a verdade.

Considerações de Volume

Até agora, consideramos apenas o preço em nossa análise, mas o voBume é uma
importante variável independente que pode nos ajudar a obter uma imagem mais
precisa da psicologia de massas. Recapitulando rapidamente, o volume normal-
mente acompanha a tendéncia, ou seja, ele aumenta em uma tendência ascen
dente dos preços e diminui em uma tend ncia descendente. Esta é uma relação
normal, e qualquer coisa que diverge dele deve ser considerada um sinal de alerta
de que a tendncia do preço prevalecente pode estar em processo de reversão. O
volume é sempre medido em relação ao passado recente. Assim, um volume pesa-
Padrões Clássicos de Preços 133

do refere-se ao volume de 20 a 30 barras ou mais anteriormente, não ao volume,


digamos, de 10 anos atrás, onde as mudanças institucionais podem ter aumentado
permanentemente o nível de atividade.

Princípio Técnico Fundamental: O volume é sempre medido em relaç0 ao


passado recente.

No caso do retângulo, e maioria dos outros


na
padröes, é normal que a ten-
dência do volume diminua, enquanto a formação se desenvolve. A atividade
pode
continuar a flutuar juntamente como preço, mas com o benefício da retrospectiva
esperaríamos ver os vários topos e fundos do volume diminuírem à medida que
o padrão se desenvolve, ao
longo das linhas da Figura 8.16. Visto que ele se apro-
xima da conclusão, o desinteresse prevalece e o volume
frequentemente esgota.
A qualidade de uma formação de acumulação certamente melhora se o
volume aumenta no
rompimento para cima. As é
vezes, mesmo possivel traçar
uma linha de tendência juntando os topos de volume menores, como mostra a
Figura 8.16.

FIGURA 8.16 A Tendência de Volume diminui a medida que o Retângulo


esteja sendo formado

. mas deve aumentar na fuga

W O volume geralmente diminui


enquantoo padrão se forma

Fonte: Martin Pring on Price Patterns


134 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

FIGURA 8.17 Volume decrescente num rompimento para cima é Baixista

www.v\ Volume geral encolhendo


na fuga é baixista

Fonte Martin Pring on Price Patterms

E este impulso para cima na atividade de negociação que confirma a validade


do rompimento porque sinaliza o entusiasmo dos compradores. Um movimento
semelhante com volume baixo e em declínio seria suspeito e resultaria em uma
falha de se movimentar com a tend ncia. A Figura 8.17. mostra um exemplo.
Neste caso, o volume definitivamente diminui à medida que o preço está
sendo rompido. Esse comportamento tipicamente sinaliza que os preços estão
avançando, mais por falta de vendedores do que de compradores fortes e entu-
siastas. Na medida em que o preço começa a cair, o volume aumenta visivelmente,
sugerindo que isso está acontecendo devido à pressão de venda. E um sinal defini-
tivo que aumenta a possibilidade de que o rompimento seja uma violinada.
Em muitos casos, você vai observar gráfhcos onde rompimentos para cima
bem sucedidos se desenvolvem sem uma mudança evidente da atividade, quer no
sentido ascendente ou descendente.
Infelizmente, isto é realidade. Assim, um considerável aumento de volume é
desejável, mas não necessariamente obrigatório, para uma condição de rompimento
válido. Isso certamente aumenta as chances, mas outros indicadores, tais como
osciladores poderiam também ameaçar o equilibrio. Se o volume diminuir no
falta
rompimento, como na Figura 8.17, isso é mais do que um dado que
na con-

firmação da evidncia, e é realmente, um fator negativo. A figura 8.18 mostra um


características de di-
rompimento para baixo a partir de um retângulo. As mesmas
minuição do volume durante o desenvolvimento do padräo estão presentes para
Padrões Clássicos de Preços 135

FIGURA 8.18 Expansão do Volume numa Penetração para baixo é Baixista

ww
O volume geralmente seca na
formação do padrão

Fonte: Martin Pring on Prioe Paterms

as variedades altistas. No entanto, as características de volume no rompimento


são menos críticas. A sua contração é normal quando os preços caem. Assim, a

diminuição de volume em um rompimento é perfeitamente normal. O que não é


normal, porém, é que aumente em um movimento descendente. Isto sugere qu
os vendedores esto mais motivados e, por conseguinte, adicionam um sabor ne-
gativo ao padrão. Mais frequentemente, do que não, os preços vão reverter e pas-
sar por uma pequena recuperação ou um repique de retração após o rompimento

para baixo (Figura 8.19).


Este avanço é invariavelmente acompanhado de um volume em queda, que
extremidade inferior do retân-
reforça as indicações de baixa. E interrompido na
resistência. A mesma percepção do volume
gulo, que agora se torna uma área de
em queda deve acompanhar um movimento de retraçäo que segue um rompi-
mostra um exemplo onde tanto a volatilidade do
mento para cima. A figura 8.20
diminuem dramaticamente.
preço quanto o volume
Essa combinação indica um equilibrio extremamente parelho entre compra-

dores vendedores que ocorre ao longo de um periodo prolongado. Normalmen-


e
da
objetivo de um preço é determinado pela profundidade formação.
Neste
te, o
caso, porém, a situação da oferta/demanda bem equilibrada égeralmente seguida
movimento muito maior e mais acentuado do que o indicado pelas técni-
por um
um rompimento para baixo acen-
cas medição normais. A figura 8.20 retrata
de
em declinio seguido por uma enorme
tuado, mas o princípio de volume rápido e
forma adequada a um rompimento para cima.
expansão se aplica igualmente de
136 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 8.19 0Volume deveria diminuir sobre o Repique

w
O volume geralmente se retrai
sobre o repique de retração

Fonte Marin Pring on Price Pattens


llulnhilaund
FIGURA 8.20 Retangulo Estreito com Volume inexistente frequentemente
são seguidos por Movimentos Rápidos

Faixa de negociação muito estreita.


Volume quase inexistente

Fonte Martin Pring on Price Patterns


Padrões Clássicos de Preços 137

GRAFICO 8.4 St Jude Medical ilustrando um Retângulo de Consolidação

St Jude Medical Daily


0.70
0.65

0.60
0.55

0.50

0.45-

Volume diminuindo para quase nada


0.40

00
3000
2000
1000-
10
February March April May June Juy
JAugust September October
Fonte: Pring.com

Neste caso, o volume tipicamente explode na medida em que nos movemos de


na qual há nenhum
uma situação não praticamente interesse por qualquer d
partes, onde os compradores não podem obter ações suficientes a qualquer pre-
ço. Estes são os ingredientes para o início de uma alta dramática. Um exemplo é
mostrado no Gráfico 8.4 U.S.-traded St. Jude Medical, onde um retângulo muito
estreito foi desenvolvido por uma queda dramática do volume. Quando a ativida-
de se expande, uma pequena, porém alta acentuada ocorre.
Finalmente, o Gráfico 8.5 apresenta a Moser Baer, uma ação indiana, que
mostra a formação de um topo de retângulo. Ele atende ao requisito mínimo de
toques de linha de tendência, portanto, as áreas de suporte e resistência não são
tão significantes.
Durante a formação do retângulo, o dia impar registrou um aumento de
volume, mas em geral a tendência é de declínio. O fato dos preços terem caído
acentuadamente após o rompimento confirma o fato de que o volume não precisa
necessariamente se estender para baixo. Os preços podem facilmente cair devido
à falta de lances.
Observe também que, enquanto o preço quase alcançou por três vezes o se
objetivo, o nível do objetivo real (A) tornou-se uma área de resistência na sua
subida. Por conseguinte, é sempre recomendável fazer a medição destes objetivos
no início, porque você nunca pode ter certeza de que os preços podem encontrar
pontos de reversão em tempo hábil.
138 ParteI: Técnicas que Determinam as Tendéncias

GRÁFICO 8.5 Conclusão de Retangulos com Objetivos Múltiplos

Moser BAER

Retángulo
250

A
200

150

A tendência do volume diminui


enquanto o padräo está se formando. A00O
3500
3000
2600
2000
1500

Aug
aablLNHMUGAadishilkutitahludgawdp
Sep Oct Noy Dec2007 Feb Mar Apr May Jun ul Aug Sep Oet Hov Doc 2008Feb Mar Apr May
Fonte Martin Pring's Intemarket Rewiew

Muitas vezes, encontramos movimentos de preços que seguem rompimen-


tos de padrões de consolidação muito substanciais, frequentemente, mais do que
os padrões de reversão. Isso ocorre porque os padrões de reversão precisam cons-
truir algum momentum, ao passo que o momentum já estava ocorrendo antes da
formação do padro de consolidação.

Princípio Técnico Fundamental: O volume geralmente lidera o preço.

Cabeça e Ombros

Cabeça e Ombros como Padrão de Reversão

Nos topos, o padrão Cabeça e Ombros (OCO) é provavelmente o mais confiável


de todos os padrões gráficos. Ocorre nos topos e fundos do mercado. A Figura
8.21 mostra um típico padrão de distribuição de cabeça-e-ombros. (Veja também
o Gráfico 8.6.).
Padrões Clássicos de Preços 139

FIGURA 8.21 Topo Clássico de Cabeça e Ombros (0CO)

LP

Consiste de uma subida final (a cabeça) separando duas menores, embora não
necessariamente altas idênticas (os ombros). Se os dois ombros fossem tendências
de duração intermediária, o primeiro ombro seria o
penúltimo avanço num mer
cado de alta, e o segundo o primeiro repique num mercado de baixa. A cabeça,
naturalmente, representaria a subida intermediária final no mercado de alta.
As características do volume têm uma importància fundamental para aferir
a validade desses padrões. A atividade é normalmente mais forte durante a for-
mação do ombro esquerdo e também tende a ser bastante forte, quando os preços
se aproximam do topo. A real informação de que um padrão de cabeça e ombros
(H&S) está se desenvolvendo é fornecida pela formação do ombro direito, que é
invariavelmente acompanhada por um volume distintamente menor. Frequente-
mente, o nível de volume é menor, quando o topo do ombro direito é alcançado. A
linha juntando os fundos dos dois ombros é chamada de Linha de Pescoço.
Se você observar atentamente a Figura 8.21, vai perceber que a violação da
linha de pescoço também representa um sinal de que a série anterior de topos e
fundos ascendentes deu lugar a pelo menos um topo e fundo descendentes. O
ombro direito representa o primeiro topo inferior e o fundo do movimento após
o rompimento, um fundo mais baixo.
A fórmula de medição (projeção) para esta formação de preço é a distância
entre a cabeça e a linha de pescoço projetada para baixo a partir da linha de pes-
coço, como mostrado na Figura 8.21. Por conseguinte, quanto mais profundo
padrão, maior o seu significado baixista uma vez que tenha sido completado. Às
vezes, uma conclusão de cabeça e ombros será seguida por uma tendência des-
cendente muito extensa; em outros momentos, o efeito negativo do padrão será

rapidamente cancelado pela conclusão de uma base.


Frequentemente, os traders observam a formação de um topo de cabeça-e
-ombros e antecipam um rompimento. Esta é uma tatica errada baseada apenas
nesta evidência, porque não sabemos se a tendència dominante vai continuar ou
se um sinal de reversão será dado com um rompimento decisivo abaixo da linha
de pescoço. Ao longo dos anos, tenho visto muitos analistas que deveriam sa-
140 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 8.6 0 indice New York Times, 1928. Este gráfico do Indice New York Times
com 50 ações industriais e ferroviárias mostra a formação de uma Cabeça e Ombros inclinada
para cima durante Março, Abril e Maio de 1928. 0 objetivo minimo de baixa em torno de 182 foi
alcançado rapidamente, mas um periodo de construção de base de três meses comensurável com
o padrão de cabeça e ombros ainda era necessário antes que o efeito da distribuição fosse anu-
lada e os preços fossem capazes de retomar o seu avanço primário.Note o volume pesado sobre
0 ombro esquerdo e a cabeça e o volume relativamente baixo sob o ombro direito. Além disso, a
atividade diminuiu substancialmente durante a formação do triângulo, mas começou a se expan-
dir durante o rompimento de Setembro; uma expansão altista de uma forma muito volátil foi um
forte aviso da fraqueza subjacente. Uma pequena formação de Triangulo de Alargamento parecia
se desenvolver em julho e agosto, mas finalmente isto mostraria como o ombro esquerdo de 2
eses e meio de um padrão de Cabeça e Ombros, cuja conclusão interrompeu o longo mercado
.Os Triängulos e as Formações de Alargamento serão discutidos posteriormente.

210r

205
C
200

195

190

185

60

175

170

165

11 25 20 31 14 27 24 9 303256 29 11
Feb Mor. Apr Moy June July Aug Sept
1928
Fonte pring com
Padröes Clássicos de Preços 141

FIGURA 8.22 Cabeça e Ombros Complexa

ber fazer uma melhor previsão de uma tendência de baixa, se baseando no topo
incompleto de uma cabeça-e-ombros. Lembre-se, na análise técnica, a tendència
predominante é assumida como válida até que o peso da evidência prove o con-
trário. Uma cabeça e ombros incompleta não é a evidência, apenas um cenário
possivel. Além disso, desde que a subida do ombro direito deve ser acompanhada
por uma tendência de volume menor, que se desenvolve no contexto de um forte
volume fornece um indício de que o "topo" falhará.
Os padrões Cabeça e Ombros podem ser formados em 10 a 15 minutos ou
pode levar décadas para se desenvolver. De um modo geral, quanto mais longo o
período, maior a quantidade de distribuição que ocorre, e, portanto, será provável
que maior será a tendência descendente subsequente. As formações maiores de
Cabeça e Ombros são frequentemente muito complexas e compreendem várias
formações menores, como mostrado na Figura 8.22.
Os padrões de Cabeça e Ombros ilustrados nas Figuras 8.21 e 8.22 têm uma
linha de pescoço horizontal, mas existem muitos outros tipos (como mostra a Fi-
gura 8.23), que possuem as mesmas implicações baixistas, quando os vários tipos
de linha de pescoço horizontais tenham sido completados.
O Gráfico 8.6 mostra um padr o clássico de Cabeça e Ombros que se tormou
em meados de 1928.

FIGURA 8.23 Variações de Cabeça e Ombros

C
C

(a) (b) (c)


142 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 8.24 Reversão Clássica de Cabeça e Ombros

V
Nos Fundos A figura 8.24 mostra um padrão de Cabeça e Ombros no fundo
de um Mercado; geralmente, isto é chamado de uma Cabeça e Ombros invertida,
ou uma reversão do Cabeça e Ombros, ou um fundo de Cabeça e Ombros.
Geralmente, o volume é relativamente alto no fundo do Ombro esquerdo e
durante a formação da Cabeça. O principal fator é observar a atividade no Ombro
direito. que deve diminuir no fundo e expandir substancialmente no rompimento
(ver Gráfico 8.7).

GRAFICO 8.7 DJIA 1898. Este padrão invertido de Cabeça e Ombros inclinado para
baixo se desenvolveu na primavera de 1898. Observe que a alta de abril se desen-
volveu com um volume muito baixo. A correção subsequente testou com sucesso o
fundo de março, e a alta do rompimento que se seguiu foi acompanhada por uma
expansao de volume altista.

60

56

52

50

48

42

NYSE oume

Lahalhan alialauuluallitnudhetiaullnaaaatitdinalnata.filhdlattaukailutundautlauntilhlaid
Jan. Feb Mar. Apr. Moy June July Aug.
Fonte Pring com
Padrões Clássicos de Preços 143

FIGURA 8.25 Variações de Reversão de Cabeça e Ombros

C
C
C
(a) (b) (c)

Essa é uma situação ideal, mas é surpreendente como muitos rompimentos


bem sucedidos se desenvolvem em circunstâncias em que o volume não se ex-
pande consideravelmente. Se ele se contrai na alta do rompimento, o que é um
contundente não-não e um forte sinal que provavelmente o rompimento falhe.
Similar aos padrões de distribuição da Cabeça e Ombros pode ter inúmeras
riações na inclinação da linha de tendência, inúmeros Ombros, etc. Geralmente,
va-

quanto mais complexa a formação, maior o seu significado. Isso nos leva à ideia
de que as formações de preços representam as batalhas entre compradores e ven-
dedores; quanto mais batalhas ocorrem, ou seja, quanto maior a complexidade,
maior significado tem a nova tendência, quando a batalha for concluída. Algumas
dessas variações da reversão da Cabeça e Ombros são mostradas na Figura 8.25.
Os padroes de Cabeça e Ombros são formações extremante confiáveis, e sua
conclusão bem sucedida, geralmente fornece uma excelente indicação da reversão
da tendência.

Formações de Cabeça e Ombros como Padrões de Continuação

As formações de Cabeça e Ombros e formações de reversão de Cabeça e Ombros, as


vezes, aparecem nos gráficos como padrões de continuação. As implicações de medi-
ção e as características de volume são as mesmas para o tipo reversão. A túnica dife-
rença é que estes padrões se desenvolvem durante uma tendncia, em vez de no final.
O gráfico 8.8, ilustrando a AEP ndustries, mostra um excelente exemplo de revers o
de uma Cabeça e Ombros de continuação, concluido com unm grande aumento do
volume, pouco antes e logo após o rompimento. As fases de marcação substanciais
como estas não são incomuns seguindo estas formações de continuação.

Falhas do padrão Cabeça e Ombr0s

Nós já estabelecemos que os preços são determinados pela psicologia das massas
Os individuos podem mudar as suas opiniðes; assim também as multidões, e,
144 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 8.8 AEP Industries 2011-2012 Hustrando uma Cabeça e 0mbros


de Reversão

AEPIndustries

Fonte pring com

portanto, os mercados. Como resultado, o que pode parecer um rompimento de


Cabeça e Ombros perfeitamente válido, poderá um dia ser uma violinada. Issoo
geralmente não é o caso, mas qualquer trader ou investidor que não reconheça a
capacidade dos mercados de mudar os sinais de outra forma perfeitamente legíti-
ma está em um estado de iluso (ou alucinação).
O primeiro passo é certificar-se que o padrão que você está seguindo real-
mente é uma formação legitima. Por exemplo, o comportamento do preço pode
apresentar todas as características de um padrão de Cabeça e Ombros de distri-
buição, mas o preço se recusa a romper a linha de pescoço. Nós já estabelecemos
que, até que a formação esteja completada com um rompimento decisivo abaixo
da linha de pescoço, no é um verdadeiro padr o.
Isto acontece porque a linha de pescoço representa uma área de suporte, e
o suporte não foi violado. No caso de uma formação horizontal, a falha do rom-
pimento da linha de pescoço também significa que uma série de topos e fundos
ascendentes ainda está intacta.
O gráfico 8.9 apresenta um padro de Cabeça e Ombros de reversão que não
funcionou na Albertson. O preço subiu até a linha de pescoço (sólida) pela última
vez em meados de 2002, mas não conseguiu romper.
Padröes Clássicos de Preços 145

GRAFICO 8.9 Albertsons 1998 - 2003 ilustrando uma falha numa Cabeça
e Ombros de Reversão

70
65
Albertson's Weekly
55
50
45

40

35

30
25

20

3000
2500
2000
1500
1000

h999 2000 2001 2002 2003


Fonte: Martin Pring on Price Patterns

A linha de tendência tracejada indica que a parte final da Cabeça e a poten-


cial inversão do ombro direito realmente formou um topo de Cabeça e Ombros.
Frequentemente, é possível identificar essas situações técnicas onde copo está
meio cheio ou meio vazio. Neste caso, estava meio vazio, e o preço caiu.
As falhas costumavam ser bastante raras, mas atualmente parecem ser mais
comuns, o que indica a necessidade de esperar um rompimento decisivo para
baixo (ou para cima, no caso de uma Cabeça e Ombros Invertida). Normalmen-
te se desenvolvem quando o padrão sugere um rompimento na direção oposta
à tendència então prevalecente. Obviamente, se isto for o topo ou fundo real, a
tormação será válida.
No entanto, quando o topo de cabeça e ombros se forma num mercado de
alta e não for evidenciado um declínio significativo, isto será um sinal anticíclico.
Realmente, a própria falha do padrão pode ser interpretada como um sinal de
que a tendência predominante (dominante) provavelmente ainda esteja em vigor.
Há vários pontos no gráfico, onde as probabilidades de um sinal válido afun-
dar abaixo de 50% e aqueles com um fracasso total começam a aumentar. As figu-
ras 8.26 e 8.27 tentam abordar esses pontos. O ponto A na Figura 8.26 representa
o fundo após um rompimento abaixo da linha de pescoço.
146 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 8.26 ldentificando uma falha numa Cabeçae Ombros

G
-

B D

A C

FIGURA 8.27 ldentificando uma falha numa Cabeça e Ombros Invertida

E
--- F
Padrões Clássicos de Preços 147

A próxima alta, que termina em B, é um desenvolvimento perfeitamente


normal porque as retrações são um fenômeno normal, e certamente saudaveis.
Em seguida, o preço cai para C e algo inesperado acontece: em vez de seguir cain
do, como era de se esperar de um topo de cabeça e ombros, o preço sobe nova-
mente para a linha de pescoço. Este é o primeiro sinal de que as coisas podem
não funcionar como esperado. Quando o preço sobe mais uma vez para acima da
linha de pescoço (D), as chances de uma falha aumentam. O equilíbrio se inclina
mais o lado altista, quando o preço se movimenta acima da linha de tendência de
baixa, unindo a cabeça com o ombro direito (E). Isto é provavelmente o momento
de cobrir todas as vendas a descoberto, uma vez que o motivo para ficar vendido,
em primeiro lugar, ou seja, o rompimento - não mais existe. A natureza da linha

de tendência dependerá da mudança de probabilidades. Por exemplo, linha se a


é inclinada e for tocada apenas duas vezes, não terá nenhum lugar próximo com
muito signiñcado, como seria, se fosse rasa e tivesse sido tocada várias vezes. Uma
atualização sobre a interpretação da linha de tendência no Capítulo 6 seria uma
boa ideia neste momento.
A próxima linha de defesa é o ombro direito. Se o preço pode subir acima
deste ponto (F), então em alguns casos, agora estará experimentando uma série
de topos e fundos ascendentes. Finalmente, quando o preço se move acima da
cabeça, o padrão é cancelado além de uma dúvida razoável.
Se a ação que estiver do lado comprado for contemplada, deve ser considera-
da quando o preço rompe acima da linha de tendência unindo a cabeça e o ombro
direito (linha E) ou quando rompe acima do ombro direito (F) com volume pe
sado. Geralmente, esses sinais proporcionam lucros substanciais num período de
tempo muito curto e valem a pena serem seguidos. Novamente, algum bom senso
entra em jogo, pois se a linha de tendência juntando a cabeça e o ombro direito
for anormalmente inclinada e for tocada apenas duas vezes, não terá a autoridade
de uma linha de tendência mais rasa que foi tocada ou aproximada em inúmeras
Ocasiões.
Padrões de Cabeça e Ombros invertidos também podem falhar, como vemos
na Figura 8.27.
Novamente, a falha é geralmente seguida por um declínio bastante longo
na medida em que os participantes que compraram em antecipação de um rom-
pimento para cima são descartados, quando os novos fundamentos baixistas se
tornam mais amplamente conhecidos. Observe que a linha juntando a cabeça ao
ombro direito é mais significativa neste exemplo do que na Figura 8.26. Isso ocor
re porque a linha é rasa e foi tocada em mais ocasiöes. O rompimento ligado à
linha de pescoço é também impressionante e iria aumentar consideravelmente as
chances do padro falhar. O movimento abaixo de , obviamente, coloca a questä
para além de qualquer dúvida razoável.
O gráfico 8.10 mostra um topo de Cabeça e Ombros da Andrew Cor
falhou. Foi desenvolvido durante um forte mercado de alta linear.
148 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 8.10 Andrew Corp. 1993 - 1994 lustrando uma falha numa
Cabeça e Ombros de Topo

11.0 Andrew Corp. Daily


105

10.0
95 H
9.0
8.5
8.0

75 S S
7.0

65

60
5.5
Falso rompimento
5000
4000
3000
2000
1000
une July August Septembe November December (1994 February Marc April
Fonte pring com

A primeira indicação de falha


teria sido dada quando o preço retornou acima
da linha de pescoço após a formação de uma
pequena base. O fator decisivo foi quan-
do a linha de tendncia tracejada unindo vários
topos de repique
foi melhorando
para cima. Os padrões que falharam são frequentemente seguidos por movimentos
dinâmicos em direção oposta àquela indicada pelo padräo. A lógica para isso reside
no fato de que os
participantes do mercado que compraram
ou venderam a desco-
berto, dependendo da direção da violinada, são apanhados no lado errado do merca-
do e são forçados a liquidar. Como resultado, os falsos movimentos
devem ser vistos
não com medo, mas como uma
oportunidade de lucros. O grau de oportunidades vai
depender da força do sinal e da proximidade com que um estope realista possa ser
colocado (o risco identificado). Neste caso, a linha de tendència era muito forte, e um
estope poderia ter sido colocado logo abaixo da mínima do dia do rompimento. Vis-
to que, foi
comprado muito perto do ponto de rompimento, o que teria representado
um risco muito baixo,
potencialmente uma operação de alta recompensa.

Principio Técnico Fundamental: Se um sinal técnico vai falhar, frequente-


mente é porque ele está indo para a direção oposta à tendência principal.
Padrões Clássicos de Preços 149

Topos e Fundos Duplos


Um topo duplo consiste de dois topos separados
Sua
por uma correção ou vale nos
preços. principal característica é queo segundo topo é formado com um vo-
lume consideravelmente menor do que o primeiro (veja a Figura 8.28 e o Gráfico
8.11).
Enormal que os dois topos se formem no mesmo nível de preço, mas tam-
bém é possível que o
segundo topo ultrapasse ligeiramente o primeiro ou fhque
apenas um pouco abaixo. Lembre-se, esta não é uma ciência exata, mas uma in-
terpretação usando o bom senso de uma batalha entre compradores e vendedores.
Implicações mínimas da medição (projeção) para topos duplos, contforme
mostrado na Figura 8.28, são similares aos padrões de Cabeça e Ombros.
Um fundo duplo é mostrado na Figura 8.29. Esse tipo de padräo é normal-
mente acompanhado por um alto volume no primeiro fundo, por volume muito
baixo no segundo e um volume muito alto no
rompimento.
Geralmente, o segundo fundo é formado acima do primeiro, mas estas for-
mações são igualmente válidas se atingem ou não a segunda correção (ou mesmo
se ultrapassa ligeiramente) o nível do seu antecessor.
Os padrões "duplos" podem se estender para formar topos ou fundos triplo0s,
ou às vezes, até mesmo formaçõies quádruplas ou complexas. Algumas variações
são mostradas na Figura 8.30.
Em alguns casos, pode ser dificil fazer uma distinção entre uma Cabeça
e Ombros, um retângulo, ou um topo ou fundo triplo. Isso não é importante.
O que éimportante é o fato de que essas formações representam uma batalha
entre compradores e vendedores. Quando um lado ou outro vence com uma
reversão na progressão de topo/fundo ou a violação de umalinha de tendncia,

FIGURA 8.28 Topo Duplo


150 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendéncias
Padrões Clássicos de Preços 151

FIGURA 8.29 Fundo Duplo

inlallialaL
FIGURA 8.30 Topos e Fundos Triplos

AAA: Aan LP
(a) () (c)

isto é que é realmente significativo. Lembre-se, nós damos nomes especificos


a estes padrões para fins de identificação. Se uma formação, digamos, rompe
numa forma baixista, não importa como você a chame - é baixista e prova-
velmente conduzirá para preços mais baixos. Essa é realmente a lição para se
levar para casa.

Principio Técnico Fundamental: Em última análise, não importa como


você denomina um padrão- o que é importante é se ele tem características

de alta ou de baixa.

As implicações de medição (projeção) de todos esses padrões são deriva-


das pelo cálculo da distância entre o topo (fundo) ea extremidade final inferior
(superior) do padrão projetando essa distância a partir da linha do pescoço. o
gráfico 8.12 Mostra um fundo duplo clássico no DJIA em 1974 e 1962.
152 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 8.12 DJIA Este gráfico retrata um duplo fundo clássico no DJIA, que
se formou durante 1962. Observe que o segundo foi acompanhado por um menor
volume do que o primeiro. Enquanto, o volume aumenta durante o rompimento, o
aumento da atividade, certamente nãofoi espetacular

725

675
650

625

600

75

550

525
(a)

NYSE vome
wilnliwat nlionolnnilhuinutne
Fonte pnng com

Formações de Alargamento

As formações de alargamento ocorrem quando uma série de três ou mais flutua-


ções de preço se alargam, assim, os topos e fundos podem ser ligados com duas
linhas de tendência divergentes. Os tipos mais fáceis de formações de alargamento
para detectar são aquelas com um fundo ou topo "plano, como mostrado nos
exemplos a eb na Figura 8.31.
Os padrões da Figura 8.31 são, algumas vezes, mencionados como uma
formação de alarganento do triângulo retângulo. Visto que, todo o conceito das
oscilações do alargamento de preços sugere uma atividade altamente emocio-
nal, os padrões de volume são difíceis de ser identificados, embora nos topos
do mercado, o volume é geralmente forte durante as fases de alta. Os padrões
nos fundos e nos topos são semelhantes aos diversos padrões de cabeça e om-
bros, exceto que a "cabeça" na formaço de alargamento é sempre a última a ser
formada. Um sinal de baixa surge com um rompimento decisivo para baixo. O
volume pode ser forte ou fraco, mas a ênfase negativa adicional surge se a ativi-
dade aumenta neste momento.
Padröes Clássicos de Preços 153

FIGURA 8.31 Formações de Alargamento de Angulo Reto

Lailalallalthllilaui
(a) (b)

Visto que a formação de alargamento com um topo plano é um padrão de


acumulação, o aumento do volume no rompimento é um requisito importante,
como mostrado no exemplo b na Figura 8.31. Os exemplos de formações de alar-
gamento são mostrados no gráfico 8.13 da wW Grainger e no Gráfico 8.14 para
o preço do cobre.

GRAFICO 8.13 W. W. Grainger: Formações de Alargamento de Angulo Reto. Este


gráfico mostra que nem sempre é possível desenhar os limites externos do padrão
conectando exatamente todos os topos e fundos exatamente. A coisa mais importan-
te é estar certo que osfundos divergeme que os topos se formam aproximadamente
no mesmo nivel. 0 conceito é de crescente instabilidade para baixo que "inespera-
damente"reverte para cima.

8.5
8.0
7.5
7.0
6.5-
6.0
6.5

5.0

4.5

4.0

2000
1000
x10
P81 AM As o IND |1982 A M As o ND 1983A MJAS OND
Fonte: Martin Pring's Intemarket Review
154 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 8.14 Cobre 2000-2002. Ilustra Duas Formações de Alargamento

90 Copper
Formação de Alargamento
com um topo plano
80-

2001 Feb Mar Apr May JunJui JAug sep oct Nov Dec 2002Feb Mar Apr May Jun Jul
Fonte pnng com

Observe como a formação baixista ultrapassou o seu objetivo de preço por


trés vezes. O terceiro múltiplo provou ser o fim do declínio, seguido por uma
formação de alargamento de alta. O poder desses padrões também pode ser visto
no Gráfico 8.14, que mostra a formação de um padrão de triângulo retângulo sur-
gindo do fundo de 2009. Estes dois tipos de formações de alargamento também
podem se desenvolver como padrões de consolidação. Uma formação altista está
ilustrada na Figura 8.32.
As formações de Alargamento ocasionalmente não funcionam adequada-
mente. As possibilidades são mostradas na Figura 8.33. Infelizmente, não parece
ser um ponto confiável, a partir do qual é seguro afirmar que o padrão falhou. A
melhor defesa em tais casos é estender as linhas de tendência divergentes, ou seja,
as linhas tracejadas na Figura 8.33, e esperar por um rompimento decisivo do
preço como confirmação.
Quando completadas, as formações de alargamento de ângulo-reto tanto
de reversão como de continuaço, resultam em um movimento dinâmico espe-
cifico. E quase como formações de Cabeça e Ombros fossem abortadas, onde o
movimento é tão poderoso que não há tempo para completar o ombro direito.
Um exemplo de uma formação de alargamento de um triângulo retângulo altista,
onde o objetivo do preço foi alcançado várias vezes, é mostrado no Gráfico 8.15
da Patni Computers.
Padrões Clássicos de Preços 155

FIGURA 8.32 Formação de Alargamento Retangular de Consolidação

A
AN
FIGURA 8.33 Falhas na Formação de Alargamento

(a) (b)

Um dos diversos tipos de formação de alargamento do triângulo retânguloé


o alargamento da cunha. Estes padrões são semelhantes na medida em que con-
sistem de duas linhas de tendência divergentes, mas em vez de um delas ser cons-
truida em um ângulo de 90 graus, se inclina para cima (ou para baixo, no caso de
um padräo de alta), mas em um ângulo ascendente menor (para baixo), conforme
mostrado nas Figuras 8.34 e 8.35.
As implicações de medição e outras características são idênticas aos diversos
tipos de triângulos.
O último tipo de formação de alargamento, conhecido como um alargamen-
to de topo convencional é mostrado na igura 8.36.
Este padrão é constituído por três altas, com cada topo subsequente mais
alto do que o seu antecessor, e cada topo separado por dois fundos, com o segun-
156 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendéncias

GRÁFICO 8.15 Patni Computers 2007 -2008. FormaçãodeAlargamento com


Múltiplos Objetivos dePreços
Patni Computer Systems

Secrber occder Non

Fonte pring com

FIGURA 8.34 Cunha de Alargamento Baixista

M
Padroes Clássicos de Preços 157

FIGURA 8.35 Cunha de Alargamento Altista

FIGURA 8.36 Formação de Alargamento Tradicional

do fundo mais baixo do que o primeiro. As formações de alargamento convencio


nais estão associadas aos topos de mercado, em vez de fundos de mercado.
Esses padrões são extremamente difíceis de detectar até um pouco depois
que o topo final tenha sido formado, uma vez que, não existe um nível de su-
porte claramente definido onde a violação deste poderia servir de referência.
A natureza violenta e emocional das oscilações dos preços e do volume agrava
ainda mais a confusão e aumenta a complexidade de definição dessas situações.
Obviamente, é difícil identificar um rompimento sob essas condições, mas se a
formação for razoavelmente simétrica, um movimento decisivo abaixo da linha
de tendencia descendente juntando os dois fundos, ou mesmo um movimento
158 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

decisivo abaixo do segundo fundo, geralmente serve como um aviso de que um


declínio ainda maior está prestes a acontecer.
As implicações de medição sáo igualmente dificeis de determinar, mas
normalmente, o comportamento volátil de uma formação de alargamento de
de dis-
topo significa que ocorreu a realização de uma quantidade substancial
tribuição. Consequentemente, um declínio de preços de proporções conside-
ráveis normalmente segue a conclusão com êxito desses padrões. O problema
è que são muito raros e não aparecem com muita frequência nos gráficos.

Triângulos
Os triângulos, o mais comum de todos os padrões de preços discutidos neste ca-
pitulo, são, infelizmente, menos confiáveis. Podem ser formações de consolidação
ou de reversão, e são de dois tipos: simétricos e retangulares.

Triângulos Simétricos

Um triangulo simétrico é constituído de uma série de duas ou mais altas e cor-


reções, onde cada topo sucessivo é mais baixo do que o seu antecessor, e o fun-
do de cada uma das correções sucessivas é mais alto que o seu antecessor (ver
Figura 8.37).
Um triângulo é, por conseguinte, o oposto de uma formação de alargamen-
to, uma vez que, as linhas de tendência juntando os topos e fundos convergem,
ao contrário da formação de alargamento (convencional), que divergem.

FIGURA 8.37 Triângulos Simétricos

T
w
159
Padröes Clássicos de Preços
FIGURA 8.38 Penetração Simétrica Clássica

Estes padrões são também conhecidos como espirais, porque a flutua-


ção do preço e volume diminui, à medida que o padrão vai se completando.
Por fim, tanto o preçoe (geralmente) o volume reagem mais acentuadamente,
como se uma mola helicoidal fosse apertada até saltar livre para fora com os
preços rompendo o triângulo. De um modo geral, os triangulos parecem fun-
cionar melhor quando o rompimento ocorre em algum lugar entre metade e
três quartos da distância entre o topo mais largo e o trajeto ao vértice (como
na Figura 8.38).
As regras de volume utilizadas para outros padrões são também adequadas
é de um
para os triângulos. Outro fator que afeta a confiabilidade proveniente
dos princípios de determinação do significado da linha de tendència. Enquanto
um triângulo pode, teoricamente, ser construído juntando quatro pontos de
retorno, dois para cada linha, consequentemente, essas linhas vão ganhar maior
significado se tocadas ou aproximadas em diversas ocasiðes. Consequentemente,
quando eventualmente, são violadas, o seu papel mais importante como uma
zona dinâmica de suporte/resistência, provavelmente vai resultar em um sinal
mais confiável.

Princípio Técnico Fundamental: Quanto mais vezes as linhas que formam


um triangulo forem tocadas ou aproximadas, maior a probabilidade de que

a sua eventual violação seja válida.

Triângulos Retângulos
Os triängulos retângulos são realmente uma forma especial do tipo simétrico,
em que um dos dois limites é formado em um ångulo de 90 graus, isto é, hori-
zontal ao eixo vertical. Um exemplo é ilustrado na Figura 8.39.
160 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 8.39 Triângulos Retângulos

(a) (b)

O triàngulo simétrico não dá uma indicação da provável direção em que


finalmente será rompido, mas o triangulo retângulo dá essa indicação, com seu
nível implicito de suporte ou resistència e flutuações da queda dos preços. Uma
dificuldade na interpretação destas formações é que muitos retângulos começam
como triângulos retângulos. Consequentemente, ao avaliar esses indefiníveis pa-
droes é necessário interpretá-los com muita prudência. Um exemplo é mostrado
na Figura 8.40, onde um triângulo retângulo com inclinação para baixo no exem-
plo a, se desenvolve como um retângulo no Exemplo b.
Tradicionalmente, a medição dos objetivos dos triàngulos é obtida traçando
uma linha paralela na base do triângulo através do topo da primeira alta. Esta
linha (BB na Figura 8.41) representa o objetivo que pode ser esperado, que os
preços alcancem ou ultrapassem.
O procedimento reverso nos topos de mercado é mostrado na Figura 8.41,
exemplos ced. A mesma técnica é utilizada para projetar os preços quando os
triângulos são do tipo de consolidação. No entanto, na minha experiência pessoal,
não considero este método como sendo particularmente útil. Eu prefiro, em vez
disso, tratar o triàngulo como com qualquer outro padrão, calculando a sua pro
fundidade máxima e, em seguida, projetando essa distância no rompimento. Um
exemplo deste método alternativo é mostrado na Figura 8.42.
Um exemplo de um triângulo retângulo seguido por uma formação de alar-
gamento altista é mostrado no Capitulo 8. 16 ilustrando o (DJIA- Dow Jones In-
dustrial Average).

FIGURA 8.40 Falha nos Triângulos

(a) (b)
Padrões ClássicosdePreços 161

FIGURA 8.41 Implicações de Medições dos Triângulos

TB

(a)

(6) )

FIGURA 8.42 Alternativa de Implicações de Medições dos Triângulos

wA
M
/V Measuring
objective

Cup com um Handle


Este padrão foi criado pelo famoso William O'Neil eé descrito em seu livro How
to Make Money in Stocks (McGraw-Hill, 1995). O padrão de desenvolve como al-
tista, geralmente num formato de continuação. A Figura 8.43 mostra que ele toma
a forma de um grande U (cup), seguido por uma alta e uma pequena plataforma
162 Parte1: Técnicas que Determinam as Tendências
Padrões Clássicos de Preços 163

FIGURA 8.43 Formações de Cup e Handle

Penetração

Handle
Cup Volume Pesado

Fonte: Martin Pring on Price Patterms

arredondada (handle). O Cup normalmente é precedido por uma alta muito forte,
então o lado esquerdo reflete uma realização de lucros agressivos.
A parte esquerda do Cup, geralmente marcao ponto culminante de uma for-
te alta que éfrequentemente associada a um forte volume. O fundo do Cup pode
assumir a forma de um fundo arredondado, como na Figura 8.43, ou alguma ação
variando, como na Figura 8.44.
O próximo passo no desenvolvimento deste padrão é uma alta com volu-
me em expansão, seguido por um período de realizaçã de lucros, onde tanto o
volume e o preço estão discretos. Finalmente, o handle é completado e os preços
explodem para cima.
Se ele falhar, o sinal que deve ser procurado é um rompimento abaixo da
parte inferior do handle. Se o preço eventualmente romper acima do nível su-
perior do handle, a situação voltará a ser altista. Quaisquer rompimentos que se
desenvolvam com a queda do volume, porém, devem ser vistos com desconfiança.
O gráfico 8.17 mostra um Cup com uma formação de Handle para a ADC
Telecom. O rompimento, acima do handle não é acompanhado por grande parte
de uma expansão do volume, mas o preço certamente não sofre.
Por sua própria natureza, o cup com um handle é uma formação de con
solidação. Visto que, o rompimento segue um movimento de agitaçâo (a parte
esquerda do cup), é frequentemente seguido por uma alta muito forte.
164 Parte l: Técnicas que Deterninam as Tendências

FIGURA 8.44 Formações Alternativas de Cup e Handle

Rompimento

w Handle

Cup

.
Fonte Martin Pring on Prioe Patterns

GRAFICO 8.17 Formação de Cup e Handle na ADC Telecom 1990 1991

ADC Telecom
090
O85
080
0.76 TT1t+,T+ f+r+1
70

0 65

060

056

1000

600

100
29 12 19 26 10 1926
November December 1991 February
Fonte pring com
Padroes Clássicos de Preços 165

Sumário
1. Os preços nos mercados financeiros se movem em tendências. A reversão é
caracterizada por um período temporário, onde o entusias1mo dos compra-
dores e vendedores está relativamente equilibrado. Este processo de transição
geralmente pode ser identificado por padrões de preços claramente definidos,
que, quando completados, oferecem boas e confiáveis indicações de que umna
reversão na tendência tenha ocorrido.
2. Até que um padrão tenha sido formado e completado, a suposição deve ser
que a tendência que prevalece ainda esteja ativa, isto é que o padrão é de con-
tinuação ou de consolidação. Este princípio é mais importante quando a ten
dência estiver em vigor apenas por apenas um período relativamente curto,
porque quanto mais se desenvolver, maior é a probabilidade de uma reversão
importante.
3. Os padrões de preços podem ser formados em qualquer período de tempo.
Quanto maior o tempo necessário para formar um padrão e maiores as flutu-
ações de preços neles, é provável que mais substancial seja o movimento dos
preços subsequentes.
4. As fórmulas de medição podem ser derivadas para a maioria dos tipos de pa-
droes, mas estes são geralmente objetivos mínimos. Geralmente, os preços se
estendem muito mais.
5. Os objetivos de preços representam a meta mínima final e geralmente não são
alcançados em um movimento. Geralmente, uma série de altas e correções
em um rompimento de alta é necessária, ou correções ou retrações em um
rompimento para baixo, antes que o objetivo seja alcançado.
9

PEQUENOS PADRÕES
DE PREÇoS E GAPS

A maioria dos padrões de preços descritos no Capítulo 8 podem ser observados


nas formações de reversão e continuação. A maioria das formações discutidas
neste capitulo se materializa durante o curso de uma tendència de preço e são, por
conseguinte, de continuação. Uma vez que muitas delas são reflexos de realizaço
de lucros controlada durante uma subida e digesto controlada de perdas durante
um declinio, esses padrões, em sua maior parte, levam um tempo muito menor
para formação do que aqueles já descritos no capítulo anterior. Aparecem mais
comumente nos gráficos diários.

Bandeiras
Uma bandeira, como o nome indica, se parece com uma bandeira no gráfico.
Representa uma interrupção acompanhada por uma tendência de queda do vo
lume, que interrompe uma subida ou declínio contínuo quase vertical. Quando
a bandeira for completada, os preços rompem na mesma direção que estavam se
movendo antes da formação. As bandeiras para os mercados de alta e de baixa são
mostradas na Figura 9.1
Essencialmente, tomam a forma de um paralelogramo no qual os topos das
subidas e os fundos das quedas podem ser conectados por duas linhas paralelas.
As linhas se movimentam em uma direção contracíclica. No caso de um mercado
de alta a bandeira é normalmente formada com uma ligeira inclinação descen-
dente, mas em um mercado de baixa, possui uma ligeira inclinação de alta dos
preços. As bandeiras também podem ser horizontais.
Num mercado de alta, este tipo de padrão geralmente separa em duas partes
uma alta quase vertical. Normalmente, o volume é muito grande imediatamente
Pequenos Padrões de Preços e Gaps 167

FIGURA 9.1 Bandeiras

(a) (b)

antes do ponto em que começa a formação da bandeira. À medida que se


desenvolve, o volume diminui gradualmente para quase nada, apenas para ex
plodir quando o preço irrompe para fora da formação. As bandeiras podem se
formar num período tão curto como 5 dias ou tão longo como de 3 a 5 semanas.
Essencialnmente, representam um período controlado de realização de lucros num
mercado de alta.
O desenvolvimento da bandeira numa tendncia de baixa também é acom-
panhado pela queda do volume. Este tipo de bandeira representa uma formação
com uma inclinaço para cima dos preços, portanto, a implicação do volume é
baixista por natureza, ou seja, aumento de preço com declínio de volume. Quando
o preço rompe para baixo da bandeira, a queda acentuada continua. O volume
tende a subir à medida no momento que o preço escorrega para baixo do limite
inferior da bandeira, mas não precisa ser explosivo. Somente os rompimentos de
preços em mercados de alta possuem esta característica.
E importante verificar se as características dos preços e do volume estão de
acordo. Por exemplo, o preço pode se consolidar após uma subida acentuada,
que parece ser uma formação de bandeira, mas o volume pode falhar, não di-
minuindo consideravelmente. Nesses casos, você deve ser muito cauteloso antes
de chegar a uma conclusão otimista, já que o preço pode reagir igualmente para
baixo. Uma bandeira que leva mais de quatro semanas para se desenvolver tam-
bém deve ser tratada com cautela porque estas formações so, por definição,
interrupções temporárias de uma de uma subida abrupta. Um período de mais
de quatro semanas representa um tempo indevidamente longo para realização
de lucros e, portanto, existe uma menor probabilidade de ser uma bandeira ver-
dadeira.
As formações de bandeiras são geralmente padrões confiáveis do ponto de
vista de previsâo, pois não só indicam a direção do rompimento final, mas tam-
bém o movimento subsequente, geralmente é válido de um ponto de vista opera-
168 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 9.1 Bandeira na Adaptec

8.0
7.5
Adaptec
4 , / l
|
u /

7.0
65

Bandeira
6.0
n
5.0

4.5

1000

500-
x100
28
July August
Fonte pring com

cional. As bandeiras parecem se formar na metade do movimento. Uma vez que o


rompimento tenha ocorrido, um método adequado para estabelecer um objetivo
de preço é estimar o tamanho do movimento de preço no período imediatamente
anterior ao inicio da formação da bandeira e após projetar este movimento na
direção do rompimento. No jargo técnico, nesse sentido, dizem que as bandeiras
voam a meio mastro, ou seja, a meio caminho do movimento. Uma vez que as
bandeiras levam um período relativamente curto para se desenvolver, elas não são
mostradas em gráficos semanais ou mensais.
O Gráfico 9.1, ilustrando a Adaptec, mostra uma bandeira e as implicações
de mediço (projeção), mostrando as duas setas tracejadas.

Flâmulas
Uma flâmula se desenvolve exatamente nas mesmas circunstâncias que uma ban-
deira, e possui caracteristicas semelhantes. A diferença é que o tipo de formação
de é a partir de duas linhas de tendéncia
consolidação construido
como mostrado na Figura 9.2.
convergentes
Pequenos Padrões de Preços e Gaps 169

FIGURA 9.2 Flâmulas

lllli lLllLLulul
De certo modo, a bandeira corresponde a um retângulo, e a flâmula a um
triângulo, porque uma flâmula é, na verdade, um triângulo muito pequen0. A
diferença entre os dois é que o triângulo tem uma faixa de negociação ligada por
duas linhas de tendências convergentes, que apontam em sentidos diferentes. No
caso de uma flåmula, ambas se movimentam na mesma direção.
Se algo mais, o volume tende a diminuir ainda mais durante a formação de
uma flåmula do que durante a formação de uma bandeira. Em todos os outros as-
pectos, no entanto, as flâmulas são idênticas às bandeiras em termos da implicação
de medição, tempo necessário de desenvolvimento, características do volume, etc.
O Gráfico 9.2 ilustra uma flåmula ocorrida na Adobe num mercado de alta.
Observe como o volume diminui durante a formação do padrão, e em seguida
aumenta no rompimento.

Cunhas
Uma cunha é muito semelhante a um triângulo, em que duas linhas convergentes
podem ser construídas a partir de uma série de topos e fundos, como mostrado
na Figura 9.3, mas enquanto um triângulo tem umalinha ascendente e outraé
descendente, ou uma linha horizontal, as linhas convergentes em uma cunha se
movimentam na mesma direçao.
Uma cunha descendente representa uma interrupção temporária de uma
tendência ascendente, e uma cunha ascendente é uma interrupção temporária de
uma tendência descendente.
170 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 9.2 Flâmula na Adobe

9.0
8.5 Adobe
80
7.5

7.0 Flâmula

6.0

5.5
6.0

45

1500
1000
500

12 19

Fonte pring com

FIGURA 9.3 Cunhas

Tuh
LLLlLllutll
Pequenos Padrões de Preços e Gaps 171

FIGURA 9.4 Uma Flâmula versus uma Cunha

Flâmula
N ** ::

Cunha

E normal que o volume diminua durante a formação dos dois tipos de


cunhas. Uma vez que, as cunhas podem levar de 2 a 8 semanas para se formar,
às vezes, ocorrem em gráficos semanais, mas quando o período de formação for
demasiadamente curto, é muito pouco para aparecerem em gráficos mensais.
As cunhas ascendentes são bastante comuns em repiques num mercado de
baixa. Após sua conclusão, os preços geralmente rompem muito bruscamente,
especialmente se o volume aumentar acentuadamente na queda.
A cunha e a flâmula são muito semelhantes, uma vez que ambas consistem
de linhas de tendência convergentes que se movimentam em uma direção con-
trária à tendência. A diferença é que o ponto de rompimento de uma flåmula se
forma muito próximo ou mesmo exatamente no vértice.
As duas linhas projetadas para a cunha, por outro lado, se encontram no
futuro - em muitos casos, literalmente fora dos gráicos. A Figura 9.4 nos coloca
diretamente neste caso, como pode ser visto que as linhas tracejadas projetadas
para a cunha se encontram bem após o ponto de rompimento.

Compare isto à flåmula, que é muito mais parecida com um triângulo. Às


vezes, a diferença entre estas duas formações é dificil de avaliar. Caso haja algu-
ma, as cunhas normalmente parecem levar mais tempo para se tormar do que
as flâmulas. Como mostrado no capítulo anterior, não importa como chamamos
estas formações a questão importante é se suas caracteristicas, configurações e
volume são altistas ou baixistas.
O Gráfico 9.3 mostra uma cunha baixista para a Yahoo! Normalmente, essas
um declínio mais prolongado do que o mostrado
após
formações se desenvolvem
no gráfico.
172 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendencias

GRAFICO 9.3 Yahoo! Cunha

25
24
2
21- Yahoo! Cunha
20

19

18

16

15

so00
x100

20
|August Septem
Source: From pring.com

No entanto, não pode haver nenhuma dúvida sobre o estreitamento da faixa


de negociação durante a sua formação. A diminuição da atividade durante a for-
mação do padrão e o subsequente aumento de volume no rompimento, confirma
a natureza baixista.

Fundos e Topos Arredondados


A Figura 9.5 mostra a formação de um fundo e de um topo arredondados. Um
padrão de fundo arredondado ocorre no fundo do mercado, enquanto de topo
arredondado se forma no topo do mercado.
Um fundo arredondado é construído traçando uma linha circular a abaixo
das mínimas, que toma uma forma aproximada de um fundo arredondado em U.
Na medida em que os preços caminham em direção ao ponto mais baixo do fundo
arredondado e os investidores perdem seu interesse, o momentum descendente
se dissipa. A falta de interesse é também caracterizada pelo nível de volume, que
quase se esgota quando o preço está atingindo seu ponto mais baixo. Gradativa-
mente, tanto preço quanto volume se recuperam até que finalmente explodem em
um padräo quase exponencial.
Pequenos Padröes de Preços e Gaps . 173

FIGURA 9.5 Fundo Arredondado

ww

comportamento do preço no topo arredondado é exatamente oposta


àquela de padrão do fundo arredondado, porém as características de volume são
as mesmas. Como resultado, se o volume é traçado abaixo do preço, é quase pos-
sÍvel traçar um círculo completo, como demonstrado na Figura 9.6.

FIGURA 9.6 Topo Arredondado

M m m

lllull
hililueaanlul
174 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Uma evidência de implicação baixista do topo arredondado éo fato de que


O volume diminui enquanto os preços alcançam seus níveis mais altos e depois o
volume aumenta enquanto os preços caem. Ambas as características são baixistas,
e são discutidas em maiores detalhes no capítulo 7.
Fundos e topos arredondados são bons exemplos de uma mudança gradual
no equilíbrio procura/oferta que lentamente recupera o momentum na direção
oposta àquela da tendncia anterior. Muito claramente, é dificil a obtenção de
pontos de rompimento para estes padrões uma vez que se desenvolvenm lentamen-
te e não oferecem qualquer nível de suporte ou resistência no qual se possa esta-
belecer uma potencial referência. Mesmo assim, vale a pena tentar identificá-los,
uma vez que são geralmente seguidos por movimentos substanciais. As formações
de topo e fundo arredondados também podem ser observadas como fenômenos
de consolidação e de reversão, e podem levar de três semanas até vários anos para
serem completados.

Gaps
Um gap para cima ocorre quando o preço mais baixo de um período específico de
negociação está acima nível mais alto do período anterior de negociação.
Um gap para baixo ocorre quando o preço mais alto de um período específico
de negociação está abaixo do preço mais baixo do período anterior de negociação.
Em um gráfico de barras diário, o período de negociação é considerado
como um dia, enquanto que em um gráfico semanal, é de uma semana, etc. Por
definição, os gaps podem ocorrer somente em gráficos de barras em que os preços
do dia, semana ou ms são traçados. Um gap é representado por um espaço verti-
cal vazio, entre um e outro período de negociação. Os gaps diários são muito mais
comuns do que os semanais já que um gap em um gráfico semanal somente pode
ocorrer entre a faixa de preço da sexta-feira e da segunda-feira, ou seja, tem uma
em cinco chances em relação ao gráfico diário. Os gaps mensais são ainda mais
raros, já que esses "buracos" no gráfico somente podem acontecer entre faixas
de preço mensais. O local mais comum para encontrar os gaps é na abertura dos
gráficos intradia. Terei mais a dizer adiante.
Um gap é fechado ou "preenchido" quando o preço volta e faz uma retração
em toda a extensão do gap. Em gráficos diários, este processo, às vezes, leva alguns
dias, e, em outras vezes, semanas ou meses. Em casos raros, este processo nunca
é completado.

Principio Técnico Fundamental: Existe um velho ditado que diz que o merca-
do detesta um vácuo, ou seja, a maioria dos gaps são eventualmente fechados.
Pequenos Padrões de Preços e Gaps 175

E verdade que quase todos os gaps são finalmente preenchidos, mas não e
sempre assim. Uma vez que pode levar meses ou mesmo anos para preencher
um gap, as estrat gias operacionais não devem ser somente implementadas, na
suposição de que o gap será preenchido em um futuro imediato. Na maioria dos
casos, algum tipo de tentativa é feito para preenchê-lo, mas quase sempre um
preenchimento parcial em um teste subsequente é suficiente antes que o preço
reverta de novo na direção da tendência predominante anteriormente. A razao
pela qual a maioria dos gaps é fechado se deve as suas questões emocionais e re-
fletem traders que pOssuem forte motivação psicológica podemos mesmo dizer
excesso de medo ou ganáncia, depende da direção da linha de tendência. As de-
cisóes
de comprar vender qualquer preço, não são objetivas, que significa
ou a o
que as chances das pessoas têm que ser reconsideradas, quando as probabilidades
de as coisas esfriarem forem muito grandes. As reconsiderações, neste caso, são o
fechamento do gap ou pelo menos unma boa tentativa de fazê-lo.
ser tratados
Os gaps devem com respeito, mas sua importància não deve
subestimada. Aqueles que ocorrem durante a formação de um padrão de preço,
conhecidos como gaps comuns ou gaps de área são geralmente fechados muito
rapidamente e não têm muito significado técnico. Outro tipo de gap que possui
um pequeno significado é aquele que resulta da ação se tornar um ex-dividendo.
Existem três tipos de gaps que valem a pena serem considerados:

Gaps de Ruptura ou Fuga

Um gap de ruptura é criado quando um preço rompe um padrão de preço


(como nas Figuras 9.7 e 9.8). De um modo geral, a presença de um gap enfatiza
a condição de otimismo ou pessimismo do rompimento, dependendo da dire-
ção que ele toma. Mesmo assim, ainda é importante para um rompimento para
cima, vir acompanhado por um nível de volume relativamente alto. Não se deve
concluir que todo rompimento com gap seja válido porque a "certeza" não existe
na análise técnica. Entretanto, um gap associado a uma penetração tem maior
probabilidade de ser válido do que aquele que não esteja. Os rompimentos de
gap que ocorrem para baixo, não necessariamente precisam ser acompanhados
de um alto volume.
Se um gap se revelar como uma violinada, normalmente isto será sinalizado
mais cedo ou mais tarde. Considerando que a maioria dos gaps são preenchidos
e que raramente existe um motivo, porque você tenha que comprar, poderia se
argumentar que é melhor esperar o preço, pelo menos, tentar preencher o gap
antes de comprometer seu dinheiro. No final, se você perder porque o preço não
reverteu, tudo o que você perdeu foi uma oportunidade. Afinal, se você perdeu
porque o preço não sofreu uma retração, tudo que você perdeu é uma oportuni-
dade. Certamente, vocè se sentirá frustrado, mas pelo menos não terá perdido
176 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 9.7 Gap de Rompimento ou de Fuga

Gap de Fuga com


volume pesado

qualquer capital. Nos mercados, existe sempre outra oportunidade. Se tiver paci-
éncia e disciplina para esperar a oportunidade, você estará muito melhor no longo
prazo. O problema, especialmente hoje em dia como encurtamento dos periodos
de tempo, é que a maioria não foi abençoada com a paciência e a disciplina neces-
sárias para o sucesso da negociação e do investimento.

FIGURA 9.8 Regra de três passos para comprar Gaps de Ruptura

1 Declinio Princaipal
3a. Nova alta

3b. Teste

Gap de Ruptura
com volume pesado
177
Pequenos Padröes de Preços e Gaps

O perigo de comprar no gap de ruptura é que você será pego nas emoçóoes
da multidão. Esta mentalidade de "comprar a qualquer preço provavelmente re-
sultará em uma desmotivação, quando inevitavelmente o preço fizer uma retraçao
para baixo à medida que as emoções se acalmem. O conselho não é que voce
nunca deva comprar um gap de ruptura, mas que você seja cauteloso e se prepare
mentalmente para alta probabilidade de que o preço corrigirá, portanto colocan-
do sua posição temporariamente sob a água.
Os gaps de ruptura que se desenvolvem durante as fases iniciais de um mer-
cado primário de alta são mais propensos a serem válidos do que aqueles que se
desenvolvem após um longo avanço de preço. Isso se deve ao fato que os mer
cados de alta jovens têm uma grande quantidade de momentum para cima. Sob
estas circunstâncias, existe menos probabilidade de indecisão refletida nos gráfi
cos na torma de movimentos de retração e faixas de negociação. Por outro lado,
os gaps de ruptura que se desenvolvem no final de um movimento de alta têm
maior probabilidade de indicar uma exaustão emocional, já que os compradores
vendidos literalmente desistiram de qualquer possibilidade de poderem comprar
novamente a preços menores. O mesmo princípio é aplicado no sentido inverso
nas tendencias de baixa.
No livro Technical Analysis of Stock Trends (CRC Press 2012), Edwards e
Magee possuem uma opinião ligeiramente diferente. Seu conselho a respeito de
comprar ou não um gap de ruptura reside na configuração de volume. Afirmanm
que se o volume for alto logo antes do gap e diminui à medida que o preço se
movimenta a partir da parte superior do gap, então existe a chance de 50-50 de
uma retração. Por outro lado, se o volume aumenta na parte superior do gap à
medida que os preços se afastam dela, então as chances de retração ou fecha-
mento do gap são substancialmente menores. Essas características devem ser
levadas em conta.
Isso pode ser levado um pouco mais adiante, estabelecendo uma regra de
três passos para compra de gaps de ruptura. Um exemplo teórico é mostrado na
Figura 9.8. Primeiro, é importante que o gap se desenvolva no início de um mo-
vimento, o que implica que deveria ser precedido pelos menos de um declínio
intermediário. Em outras palavras, se um gap deve representar uma mudança
sustentável na psicologia, deve ter uma psicologia muito pessimista (como com-
provado pelo declínio precedente) para reverter. Segundo, o dia do gap deveria es-
tar acompanhado de um volume excepcionalmente forte. Isso novamente reflete
uma mudança de psicologia porque os compradores estão no controle. Terceiro,
uma tentativa de fechar o gap deveria ser feita dentro de 2 a 4 dias, e o preço deve-
ria alcançar a máxima do dia do gap. Se uma tentativa de fechar o gap falha, tanto
melhor. A ideia do teste é que os participantes do mercado tiveram uma chance de
trocar seus pensamentos (altistas) e não o fizeram. A parte da regra sobre a nova
alta é realmente um modo de determinar se o mercado confirma o gap seguido de
um teste bem sucedido.
178 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendncias

GRÁFICO 9.4 Apple Gap de Ruptura ou de Fuga

19.0
18.5 Apple Nova maxima
18.0
17.5
17.0
16.5
16.0
Tentativa de
15.5
fechamento
16.0
145
14.0

13.5
13.0
Tentativa de fechamento
12.5
120 Rompimento
Com volume
11.5
11.0
pesado

1600
1000

August September October November December 1994 February March


Fonte pring com

O Gráfico 9.4 oferece dois exemplos disso; em Outubro de 1993, e, em me-


nor dimensão, em Fevereiro de 1994.

Gaps de Continuação ou de Medida


Os Gaps de Continuação ocorrem durante um avanço ou declínio linear, quando
as cotações de preço estão se movimentando rapidamente e as emoções estão for-
tes. Tanto podem ser fechados muito rapidamente, ou seja, em um dia ou mais,
ou tendem a permanecer abertos por períodos muito maiores e não são fechados
até que o mercado faça uma oscilação maior ou intermediária na direção oposta
ao movimento do preço que foi responsável pelo gap. Este tipo de gap ocorre
frequentemente na metade do caminho entre o rompimento anterior ea duraç o
final do movimento. Por esta razão, os gaps de continuação são às vezes chamados
de gaps de medida (veja Figura 9.9, exemplos aeb).
O Gráfico 9.5 mostra este conceito em funcionamento enquanto o gap de
medida se desenvolve a meio caminho do avanço no final de agosto/início de
setembro.
179
Pequenos Padrões de Preços e Gaps

FIGURA 9.9 Gaps de Continuação e Exaustão

Gaps de Gaps de
Continuação Continuação

Gap de
Exaustão

(a)

Gaps de Exaustão

As vezes, o movimento do preço tenha mais de um gap de continuaço. Isso indi-


ca que uma tendência muito forte está em curso, mas a presença de um segundo
ou terceiro gap deve também alertar o técnico para o fato de que o movimento

GRÁFICO 9.5 Gap de Continuação - Yahoo!

7.0 Yahoo!
6.5
6.0

6.5
5.0

4.5 Gap de Medida

4.0
'
3.5
Gap de Fuga
3.0

2.5 Volume pesado

2000-
1000-
3 1421 2 1 118 25 2 3 152 29 5 13 20
July August September October
Fonte: pring.com
180 Parte I: Técnicas que Deterninam as Tendências

FIGURA 9.10 lha de Reversão

Gap de
Continuação

Gap de
Continuação

Gap de Gap de Fuga


Exaustão

está prestes a acabar. Desta forma, existe uma possibilidade que o segundo ou ter-
ceiro gap de continuaço seja o último. Um gap de é,
exaustäo portanto, associado
à fase final de um rápido avanço ou declínioeéoútimo de uma série degaps de
continuação (veja Figura 9.9 exemplo be Figura 9.10).
Um indicio de que um gap de exaustão pode estar se formando é o nível de
volume incomumente forte em relação à mudança de preço do dia. Em tal caso,
normalmente o volume se desenvolve aumentando muito acima dos níveis an-
teriores. Às vezes, o preço fechará próximo ao vácuo (ou gap) e bem distante da
leitura de sua extremidade. Se o próximo dia de negociação criar uma ilha onde,
o gap do dia está conmpletamente isolado por um vácuo a partir da negociação do
dia anterior, isso é normalmente um excelente sinal que o dia do gap foi de fato
um ponto de virada. Isso indica somente uma exaustão temporária, mas deve ser
um sinal de alerta que sinaliza para os negociadores altamente alavancados que
eles devem liquidar ou cobrir suas posições.
Se o gap for o primeiro durante um movimento, é mais provável que seja
um tipo de continuação do que um de fuga, especialmente se o objetivo do preço
ainda não tiver sido atingido. Um gap de exaustão não deve ser visto como um si-
nal de uma reversão substancial, mas simplesmente um sinal de que, pelo menos,
alguma forma de consolidaço, deve ser esperada.

A importância dos gaps como pontos emocionais

Os locais onde os gaps começam ou terminam são pontos potenciais importantes


em um gráfico porque representam uma forte emoção. Se você discutir com um
amigo e um de vocès grita em alta voz alta, em determinado momento, vocs dois
lembrar-se-ão deste momento especifico, porque representa um extremo emocio-
181
Pequenos Padrões de Preços e Gaps

nal. O mesmo princípio se aplica à análise técnica, uma vez que os gräficos sao u

reflexo das atitudes psicológicas.

Princípio Técnico Fundamental: Os Gaps tem o potencial de se tornarem


níveis importantes de suporte e resistência que tem o poder reverter tenden-

cias de curto prazo.

Assim como as pessoas têm a tendência de revisitar suas emoções depois de


um debate acalorado, o mesmo ocorre com os preços após um movimento de gap
emocional.

Os Gaps nos Gráficos Intradia

Existem dois tipos de gaps de abertura nos gráficos intraday. O primeiro se desen-
volve à medida que os preços abrem além dos parâmetros de negociação da sessão
anterior, como no Gráfico 9.6. Chamarei estes de "gaps clássicos" já que são os que
também aparecem nos gráficos diários.

GRAFICO 9.6 Bonds Março de 1997 Barras de 15 Minutos

114

113

113

112

112

111

111 Gap Clássico

110

110
W
9971997 E 710 11 12 13 19 1 20 21 26 p6 2 March
Fonte: pring.com
182 Parte I: Técnicas que Determninam as Tendências

GRÁFICO 9.7 Bonds Março de 1997 - Barras de 15 Minutos

1180
Mesmo nivel
1175 nos dois dias
1170
1165
1160 gap intrabarras

1155
1150 Th
1145

1140
1135 Gap Intradia
16 17

Fonte. pring com

O segundo gap mais comum se desenvolve apenas em gráficos intradia


quando o preço de abertura de um novo dia forma um gap bem longe do fecha-
mento da sessão anterior. Chamarei esses gaps de "gaps entre barras" porque eles
somente caem entre duas barras, calculados em um periodo de tempo intradia.
Por exemplo, no Gráfico 9.7, o preço de abertura foi superior e desenvolveu um
gap em A. No entanto, retrospectivamente, verá que a faixa de negociação do dia
anterior (contida no quadro à esquerda) no foi excedida pelo preço de abertura,
portanto, em um gråfico diário não teria havido nenhum gap.
Se você é um trader com um horizonte temporal de 2 a 3 semanas utilizando
gráficos intradia, você deve encontrar gaps de modo diferente do que se tivesse
um horizonte temporal de I ou 2 dias.
A primeira categoria deve tentar evitar iniciar operações no momento que
o gap for criado. Isto porque quase todos os gaps são eventualmente fechados.
Algumas vezes isso acontece em algumas horas, e outras vezes em 2 ou 3 semanas.
Consequentemente, se você comprar sobre um gap de abertura para cima, como
neste gráfico, você corre o risco dele fechar rapidamente. O problema é que você
não sabe se ocorrerá em 2 dias ou em 4 semanas.
Pequenos Padrões de Preços e Gaps 183

Gaps de Abertura Intradia

Os traders Intradia também são aconselhados a se precaver quando o mercado


abre consideravelmente, muito acima ou abaixo. No caso das ações, isto é cau-
sado por um desequilíbrio. Significa que os formadores de mercado säão forçados
a venderem a descoberto
para atender a demanda. Eles naturalmente tentam au-
mentar um pouco o preço na abertura, para que baixem um pouco, permitindo
que cubram todas ou parte das posições vendidas a descoberto. O processo será
revertido no caso de uma abertura mais baixa. A chave, então, é observar o que

acontece com opreço após a faixa de abertura. Normalmente, se os preços sobem


depois um gap para cima da faixa de abertura de negociação, isto estabelece a con-
dição do mercado, para pelos menos, as próximas horas, frequentemente mais.
Por outro lado, se o preço começa a fechar o gap depois de algumas barras,
então a condição do mercado se torna negativa. O gráfico 9.8 ilustra a Merril
Lynch que não está mais listada, onde existe um gap de abertura na quarta-feira.
Depois de um pouco de apoio e preenchimento, o preço gradualmente vai
ficando mais baixo ao longo do dia. O sinal de que a abertura poderia ser uma
aberração se desenvolve após o preço cair abaixo da linha de tendência A. Obser-
ve como a linha de tendência revelou ser uma resistência no restante da sessão. Na
quinta-feira novamente um gap de abertura é observado, mas, desta vez, não está
indo em direção a uma faixa de negociação, pois continua subindo. Novamente,

GRÁFICO 9.8 Merrill Lynch Barras de 15 Minutos


3/9/99 $87.31 MERRILL LYNCH CO INC (mer5 Days Log
88 Gap 3 B 88
86 . - 86

84 Gap1 --hlf.--.84
82 82
80---A-- 80
70 78
76 Gap2 .76
Nolume mar 1038
1038| 03
750 750
Tue Wed Thu Fr Mon Tue
Fonte: Telescan
184 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

a alta distante da barra de abertura, estabelece a condiç o do mercado para o res


tante do dia. Mais tarde, na sexta-feira, outro gap aparece, mas desta vez, a faixa
de negociação de abertura se encaminha para a parte inferior, enquanto o preço

rompe abaixo do nível de $83 assinalado pela linha. Uma vez mais, iss revela
uma resistência para o restante do dia.

Ilha de Reversão
Uma ilha de reversão é uma faixa compacta de negociação criada no final de um
movimento contínuo e isolada do comportamento de preço anterior por um gap
de exaustão e seguido por um gap de fuga. Uma típica ilha de reversão é mostrada
na figura 9.10 e no gráfico 9.9. A ilha não é um padrão que na maioria das vezes
denote uma reversão significativa.
No entanto, as ilhas frequentemente aparecem no final de um movimen-
to intermediário ou mesmo em um movimento primário e forma parte de um
de preço total, tal topo (ou de um e
padrão
ombros (ou um padr o
como o
fundo) padrão de cabeça
de cabeça e ombros invertido). As ilhas ocasionalmente
ocorrem como um fenômeno de 1 dia, também mostradas no gráfico 9.9.

GRAFICO 9.9 Yahoo! Conceitos Diversos

210 Yahoo!
200
190
180 llha de reversão
170
160 Fuga
150
140

130

120
110

100 Pequeno gap lha de Um dia


de exaustão
90

3000
2000
20 2710 17 p4 1 15 2 305 12 19 263 10 17 24 1 7h4 21 28 5 11 19 25
April May June July August September
Fonte pring com
Pequenos Padröes dePreços e Gaps 185

Sumário
. As bandeiras, flåmulas e cunhas são padrões de preço de curto prazo que
normalmente se desenvolvem na metade de um movimento de preço acen-
tuado. Seu desenvolvimento é normalmente completado em 3 semanas. So-
bre um gráfico diário e representa períodos com pouco movimento de preço
e diminuição de volume. Na maioria das vezes, é um padrão de continuação.
1 o p o s e fundos arredondados são geralmente padrões de reversao e upIca
mente seguidos por movimentos substanciais de preços. Em ambas as for-
mações, o volume diminui em direção ao centro e aumenta em ambas as
extremidades.
3. O gap é essencialmente um vácuo ou um buraco no gráfico de barras. Os
gaps de área e ex-dividendos possuem pouco significado. Os gaps de fuga se
desenvolvem no inicio de um movimento, os gaps de continuação na meta-
de de um movimento, e os gaps de exaustão no final.
4 As áreas superiores e inferiores dos gaps representam as áreas de suporte e
resistência potencialmente significantes.
5. As ilhas de reversão são pequenos padrões de preço ou áreas de congestão
isoladas da tendência principal do preço por dois gaps. Frequentemente s
nalizam o término de um movimento intermediário.
10

PADRÕES DE PREÇOS
DE UMA E DUAS BARRAS

Os padrões de preço que consideramos até o momento, levam algum tempo para se
completar, normalmente pelo menos 20 barras. Todos refletem mudanças na relação
entre compradores e vendedores,
que nos diz que houve uma reversão na psicologia.

Principio Técnico Fundamental: Os padrões de uma e duas barras refletem


mudanças na psicologia e têm uma influência de curto prazo sobre os preços.

Historicamente, os padrões descritos neste capítulo foram chamados de pa-


droes de le 2 dias ou de 1 e 2 semanas. Com o advento dos gráficos intradia, os
termos "inside days, "outside days, etc. não são mais termos genéricos. Portanto,
optei em usar o termo "barra" para referência a estes padrões, já que o termo se
aplica a todos os gráficos de barras, desde 1 minuto até mensais. (Para uma dis-
cussão mais profunda sobre estes fascinantes padrões, consultar Martin Pring on
Price Patterns [McGraw-Hill, 2005]).
Já estabelecemos que um fator importante que influencia o significado de
um padrão é o seu tamanho. Uma vez que estes padrões de uma e de duas barras
não levam muito tempo para se formar, por definição, seu significado é de curto
prazo. Por exemplo, um padrão de um dia seria esperado em circunstâncias nor-
mais que afetasse um preço ao longo de um periodo de 5 a 15 dias. Um padrão de
preço de duas barras, criado a partir de barras de 10 minutos, influenciaria a ten-
dência ao longo de um periodo de 50 minutos à uma hora. Mesmo assim, quanto
mais estudo esses padrões mais impressionado me sinto com a sua habilidade de
sinalizar sinais confiáveis de reversão de tendèncias de curto prazo.
Padroes de Preços de Uma e Duas Barras 187

Principio Técnico Fundamental: Padrões de uma e duas barras devem ser


interpretados como nuances de cinza ao invés de preto ou branco porque
alguns padroes oferecem sinais de exaustão mais fortes do que outros.

Portanto, nem todos são formados da mesma forma. O que estamos fazen-
do é procurar por pistas tais como o grau de exaustão sendo assinalado por um
fenômeno de reversão específico. Eu poderia dizer a palavra "ajuda, por exemplo,
mas se eu gritasse bem alto, você receberia a mensagem bem mais claramente de
que preciso de ajuda. O mesmo princípio se aplica ao mercado. Por exemplo, se
a barra externa abrangesse uma faixa de negociação de três ou quatro barras, é
provável, mantendo as demais condições iguais, ter mais significado, do que se
abrangesse apenas uma, e assim por diante.
Existem algumas regras básicas para se ter em mente quando interpretando
estas formações:

1. Geralmente refletem um ponto de exaustão. No caso de uma tendência


ascendente, esses padrões se desenvolvem quando os compradores, tempo-
rariamente, empurraram muito os preços para longe e necessitam de uma
pausa. No caso das tendências de descendentes, existe pouca ou nenhuma
oferta porque os vendedores concluiram sua liquidação. Essas formações
estão quase sempre associadas a uma reversão da tendência prevalecente.
2. Para que estes fenômenos sejam eficazes, necessitam ter algo para rever-
ter. Isto significa que os topos devam ser precedidos por uma alta signi-
ficativa e os fundos por uma forte liquidação.
3. É importante interpretar estes padrões não tanto de uma perspectiva de
preto no branco, mas em nuances de cinza porque nem todos são igual-
mente formados. Alguns mostram todas as características que descre-
verei mais tarde, de uma maneira muito consistente. Outros refletirão
somente algumas características ligeiramente. O que poderíamos chamar
de um padrão cinco estrelas, com todas as características, é mais provável
que resulte em uma grande reversao do que um padrão de preço de duas
barras, que possui características insuficientes. E, portanto, necessário
usar certo grau de bom senso na interpretação destes ao invés de se tirar
uma conclusão imediata de que a presença de um destes padrões garanta
uma reversão de preço rápida e lucrativa.
4. As formações de uma e duas barras podem, às vezes, experimentar um
movimento de retração de modo semelhante aos padrões de preço clás-
sicos. Uma vez que a maioria das extremidades destas formações repre-
sentam áreas emocionais (suporte/resistència) no gráfico, as retrações
oferecem pontos de entrada de menor risco.
188 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Barras Externas

As barras externas so aquelas em que a faixa de negociação engloba totalmente a


faixa da barra anterior. Desenvolvem-se após ambas as tendências, descendentes
e ascendentes, e representam um forte sinal de exaustão. Um exemplo de uma
reversão de topo é mostrado na Figura 10.1, e um de fundo na Figura 10.2. Ob-
serve que o exemplo b mostra como as barras se pareceriam se fossem dispostas
como retângulos, uma menor seguida de uma maior. Várias figuras subsequentes
refletem a mesma ideia.

FIGURA 10.1 Barras Externas Baixistas

Barra Externa

(a)

Abrange a faixa de negociação da


barra anterior e em seguida outras!

(b)
189
Padrões de Preços de Uma e Duas Barras

FIGURA 10.2 Barras Externas Altistas

Barra Externa

(a)

Abrange a faixa de negociação da


barra anterior e em seguida outras!

(b)

Existem várias diretrizes para tomar uma decisão sobre o potencial significa-
do de uma barra externa. São as seguintes:

1. Quanto maior a barra em relação às precedentes, mais forte o sinal.


2. Quanto mais acentuada a alta (correção) que precede a barra exterior,
mais significativa é a barra.
190 Parte l: Técnicas que Determinamas Tendências

FIGURA 10.3 Barras Externas Mostrando Características Diferentes

3 Quanto mais barras


1. Quanto maiora barra em
abranger, melhor.
relação à anterior, melhor.

Forte
Fraco
Forte
2 Quanto mais forle a subida
precedente melhor

Forte
Fraco

3. Quanto mais barras abrangidas, melhor o sinal.


4. Quanto maior o volume acompanhando a barra externa em relação às
barras anteriores, mais forte o sinal.
5. Quanto mais próximo o preço fecha na extremidade da barra longe da
direção da tendència prévia, melhor. Por exemplo, se a tendência ante
rior foi descendente e o preço fecha muito próximo da máxima da barra
externa, é mais favorável do que se fechar próximo da mínima e vice
versa.
Alguns exemplos comparativos de barras externas fortes e fracas são apre
sentados na Figura 10.3.
Quando considerando barras externas, ou qualquer dos outros padrões de
uma ou duas barras, é importante se perguntar "O que o comportamento do pre-
co desta barra está me dizendo sobre a psicologia oculta?" As barras largas, com
subidas precedentes acentuadas ou reações, e o alto volume, todos sugerem uma
mudança no sentimento da tendência anterior.
O Gráfico 10.1 ilustra o comportamento do preço no veräo de 2012 para
Dow Jones Utility ETF. Neste caso, o sinal foi forte porque a barra era extrema-
mente cumprida, abrangendo a faixa de negociação de três sessões anteriores, e
fechando próximo da sua míinima.
Finalmente, o preço subiu acima da linha de tendência de resistência ao lon-
go do dia e fechou bem abaixo da mesma, proporcionando assim um sinal clás-
sico de exaustão. Observe também que os investidores tiveram uma chance de
Padröes de Preços de Uma e Duas Barras 191

GRAFICO 10.1 Barra Externa no Dow Jones Utility

Dow Jones Utility ETF


Barra externa

Fonte: ping.com

revisitar suas emoções durante o movimento de retração de 2 dias que ocorreu no


início de agosto.
O Gráfico 10.2 mostra uma barra externa semanal para o preço do cacau.
Desta vez, é a terceira de uma série de três barras externas. O efeito é que elas se
reforçam e produzem um sinal muito forte.
Além disso, observe que a última barra externa também fecha acima da linha
de tendencia de suporte/resistência, unindo diversos fundos. Isto indicou que o
rompimento para baixo era uma violinada, o que reforçou ainda mais a tendência
de alta.
Finalmente, o Gráfico 10.3 ilustra um gráfico diário da Nasdag 100. A barra
externa do lado esquerdo possui muitos dos ingredientes de um padrão válido.
É precedida por uma boa alta, e a própria barra é larga e engloba várias outras
barras. Também foi aberta na direção da tendência que prevalecia e fechada na
sua mínima.
A pergunta que surge naturalmente é porque falhou. Uma explicação é que
em tendências ascendentes ou descendentes muito fortes, o padrão de reversão de
uma e duas barras representa sinais de contratendência, e frequentemente, resul
tam em violinadas. Observe que nesse caso a barra externa representou a tenta-
tiva do mercado de fechar um gap que tinha sido aberto para cima, alguns dias
192 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 10.2 Cacau 1999 2000 Barras Externas

1250
1200 Cocoa Weekly
1150
1100
1050
1000
950
Bara Pinóquio
Barras Externas

850

Forte terceira barra extema


650-

Fonte pnng.com

GRÁFICO 10.3 Nasdaq 100 - Barras Externas

NASDAQ 100 Daily


1650
1600
150 Falha numa baraexterna
1500
450

1400

1360
1300
Barra externa fecha próximo da
1250 máx1ma após um pequeno dedlinio
1200
1150
i1100
15 22 12 19 25
October November

Fonte pring com


Padrões de Preços de Uma e Duas Barras . 193

antes da negociaçã0. A parte inferior da barra, por conseguinte, encontrou uma


área de suporte.
Além disso, é importante lembrar que análise técnica
na estamos
Iidando
com probabilidades, não certezas. Falhas podem existir e existem. Por isso que e
sempre necessário desconfiar e mentalmente ensaiar onde você sairá casoo cena-
rio de pouca probabilidade de perda se desenvolva. Neste caso, a ordem de estope
seria colocada acima do ponto superior do dia externo.
A segunda barra exterior cancelou uma barra exterior da baixa que havia
se formado 2 dias antes. Normalmente, os cancelamentos são seguidos por um
movimento muito forte, e este exemplo não foi exceção, já que o preço subiu acen-
tuadamente de meados até o final de novembro.

Princípio Técnico Fundamental: Nem todos os padrões de uma e duas bar-


ras são seguidos por uma reversão na tendência. Alguns, por exemplo, po-
dem ser seguidos por uma mudança na tendência.

Barras Internas

As barras internas são o oposto das barras externas, pois se formam totalmente
dentro da faixa de negociaç o da barra precedente. Uma barra externa indica uma
forte reversão no sentimento, mas uma interna reflete um equiliíbrio entre com-

pradores e vendedores após um movimento acentuado para cima ou para baixo,


tarde por uma mudança de tendência. Durante o
que geralmente é resolvido mais
ou vende-
período que antecede a segunda barra desta formação, os compradores
dores têm tudo seguindo seu caminho, dependendo da direção da tendència. Em
se estabelece durante a formação da barra interna,
seguida, um maior equilíbrio
uma tendência no sentido oposto. Exemplos de barras inter-
que então dá lugar a
e 10.5.
nas são mostrados nas Figuras 10.4
As diretrizes para determinar o significado de uma barra interna são:

1. Quanto mais penetrante a tendncia que precede o padrão, melhor.


2. Quanto maior a primeira barra e suas antecessoras imediatas em relação
às barras anteriores, melhor. Isto traz um forte momentumn subjacente da
tendência predominante para uma espécie de clímax.
3. Quanto menor a barra interna em relação a externa, mais dramática a

mudança no equilíbrio comprador/vendedor e, portanto, mais forte o si-


nal.
4. O volume na barra interna deve ser visivelmente menor do que aquele da
barra precedente, uma vez que indica uma situação mais equilibrada.
194 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 10.4 Barra Interna Baixista

- Barra Interna

(a)

Asegunda barra
é envolvida pela
primeira

41t41
(b)

O 10.4 um exemplo de uma barra interna da Rockwell


graico mostra
precedida por uma barra muito cumprida, que culminou na alta de Dezembro
Collins.
de 2011 a Janeiro de 2012.
Geralmente, esperariamos ver essa barra longa experimentando uma di-
ferença maior entre uma abertura relativamente baixa e um fechamento muito
maior, então a pequena diferença entre a abertura e o fechamento alertam para
Padröes de Preços de Uma e Duas Barras. 195

FIGURA 10.5 Barra Interna Baixista

ww A segunda barra
é envolvida pela
primeira

(a)

14141
Asegunda barra
é envolvida pela
primeira

(b)

uma mudança de equilibrio entre compradores e vendedores. Isso foi confir-


mado pela barra interna, ondeo volume ea volatilidade foram muito redu-
zidos. Observe também as duas pequenas barras externas que sinalizaram o
início e o fim de uma pequena alta em Dezembro. O gráfico 10.5 mostra muitos
eventos técnicos, incluindo uma barra interna pouco antes do início de uma
grande alta.
196 Parte l: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 10.4 Rockwell Collins Barra Interna

Rockwell Collins

bara Intema

baras Extemas

Lul
Fonte pring com

GRAFICO 10.5 Dow Jones UBS Commodity ETN - Barra Interna

DowJones UBS Commodity ETN lha


- barra Extema

barra Intema

AB

Ocaber
Fonte pring com
Padrões de Preços de Uma e Duas Barras 197

As vezes, essas características se desenvolvem num momento em que as for-


ças de longo prazo estão preparadas para um grande impulso ascendente, que ro
obviamente este caso, porque não havia nenhuma maneira de afirmar a partir da
própria barra interna, que um avanço tão forte aconteceria. Observe também que
oscilação que precedeu à barra interna foi influenciada por duas barras externas
em A e B. Lembre que era esperado que esses padrões tivessem um eteito de so-
mente 5 a 10 barras, de modo que este disparo de 3 dias de alta, veio um pouco
tarde. Finalmente, a barra externa baixista que se desenvolveu no início de março
de 2012 possuía características muito fortes. Em primeiro lugar, provocou uma
violinada acima da linha de tend ncia, unindo as duas altas anteriores. Em segun
do lugar, abrangeu muitos dias anteriores de negociação, e terceiro, fechou perto
de sua mínima.

Reversão de Duas Barras


Uma reversão de duas barras é a forma clássica dos gráficos sinalizarem uma
exaustão. Estes padrões se desenvolvem após um avanço ou um declinio prolon-
barra da
gado. Os exemplos são mostrados nas Figuras 10.6 até 10.8. A primeira
formação se desenvolve com força na direção da tendência então prevalecente.
Para um sinal de "cinco estrelas" numa tendência de alta, precisamos ver o
fechamento da barra na sua máxima ou muito próximo dela. Na abertura do pró-
ximo período, os compradores estão esperando mais do mesmo.

FIGURA 10.6 Reversão Baixista de Duas Barras

A primeira barra abre perto da


Minima e fecha perto da máxima

A segunda barra abre perto do


fechamento anterior e fecha perto
da abertura anterior
198 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências
FIGURA 10.7 Comparando a faixa de Oscilação da Reversão Baixista de
Duas Barras

As duas barras são aproximadamente


da mesma altura

...egeralmente maiores
do que as
do anterior

Isto significa que o preço deve abrir muito próximo da máxima da barra an-
terior. No entanto, toda a questão da reversão das duas barras é que uma mudan
na psicologia ocorra quando a barra feche um pouco acima ou um pouco abaixo
da minima da barra anterior.
Assim, as altas expectativas dos participantes na abertura da barra so to-
talmente frustradas no final do período indicando uma mudança na tendência.
Para ser eñcaz, esta tem que ser uma experiència climática. Isso significa que a

FIGURA 10.8 Reversão Altista de Duas Barras

A primesra barra abre


perto da máama e fecha
perto da minima
A segunda barra abre
perto da minima e fecha
perto da abertura anterior
Padrões de Preços de Uma e Duas Barras 199

reversão das duas barras deve conter tantos quantos forem possíveis dos seguintes
elementos:

1. Deve ser precedida por uma tendência persistente.


2. Ambas as barras devem ser sinalizadas como tendo faixas excepcional-
mente longas de negociação em relação às barras anteriores.
3. A abertura e o fechamento de ambas as barras devem estar próximos às
suas extremidades.
4. Um aumento de volume em ambas as barras reforça o conceito de uma
mudança de sentimento.
5. Ovolume mais forte na segunda barra, em relação à primeira enfatiza a
preponderância dos traders que atuam na direção da nova tendência.
6. Uma vez que, uma reversão de duas barras, idealmente, deve indicar uma
mudança abrupta no sentimento, o ideal é que não deva ser seguida por
um grande movimento de retração.

O gráfico 10.6 ilustra um gráfico de barras de 5 minutos do S&P Composite,


onde vemos um padrão clássico, com as máximas e mínimas exatamente nos pon-
tos corretos após uma boa alta.

GRÁFICO 10.6 S&P Composite - Reversão de Duas Barras

S&P Composite
5-minute bar O preço abriu
513- próximo do
fechamento
5134 anterior
612
612
Preço fecha perto
da máxima depois
de subir rápido
.
611
611 O preço fecha perto
da minima por pouco
610
ou nenhum ganho liquido
510

509 O preço abre perto


509 da minima
508
508
30 :46 00 16 30 :45 k00 16 3045|
14:00 15:00 15
Fonte: pring.com
200 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 10.7 U.S.Bancorp 2000 - Reversão de Duas Barras

Reversão de Duas Barras


24

21
21
20
trl+
20

1000
500
x100

September october
Fonte pnng com

Observe também que a segunda barra ultrapassa ligeiramente a faixa de ne-


gociação da primeira. Este elemento da barra externa acrescenta um fator de baixa
ao padrão.
O gráfico 10.7 mostra a reversão de duas barras no clímax de uma alta na U.S.
Bancorp em outono de 2000. Observe como o volume aumenta dramaticamente.
Além disso, o volume, no segundo dia, era ligeiramente mais alto do que no
primeiro, proporcionando assim mais um indício de que a maré virou a favor dos
vendedores.
Finalmente, o Gráfico 10.8, ilustrando a FX Energy, mostra como as rever-
soes de duas barras, às vezes, se formam como violinada, onde o fechamento da
barra inicial e a abertura da segunda se movimentam temporariamente através de
um nível de suporte ou de resistência.
No Gráfico 10.8, isto passa a ser resistência, como todas
aquelas que se estern
deram durante a formação da reversâo de duas barras presas abaixo da resistência
da linha de tendència. Este tipo de situação é tipicamente seguido por um declinio
acima da média e vice-versa com uma violinada para baixo.
Esses padrões de preços de uma e de duas barras geralmente têm um eteto
por um período de tempo muito curto. Não são, portanto, adequados para os
investidores de longo prazo. No entanto, para os traders que estão à procura de
uma definição clara dos pontos entrada e de
saída, eles
podem ser de grande
valor.
Padrões de Preços de Uma e Duas Barras 201

GRAFICO 10.8 FX Energy - Reversão de Duas Barras

FX Energy
Reversão de
duas baras

Baras Extemas

S0phrer Oapoer

Fonte: pring.com

Barras Chave de Reversão

Uma barra chave de reversão é aquela que se desenvolve após subida prolongada
ou uma correção. Frequentemente, a tendência estará acelerando no momento
que o preço se transformar numa barra chave de reversão. O padro clássico tem
as seguintes características:

1. O preço abre fortemente na direção da tendência predominante.


2. A faixa de negociação é muito longa em relação às barras anteriores.
3. O preço fecha próximo ou abaixo do fechamento anterior (ou próximo
ou acima do fechamento anterior numa reversão de tendência de baixa).
4. O volume, se disponível, deve ser climático na barra chave de reversão.

Exemplos de barras chave de reversão estão ilustrados nas Figuras 10.9,


10.10, e 10.11. Em muitos casos, um movimento de retração segue uma barra
chave de reversão, especialmente se a reversão inicial na tendência é indevida-
mente acentuada. Normalmente, 0 ponto extremo da barra de reversão não é
excedido.
202 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 10.9 Barra Chave de Reversão Baixista

Abre bem acima do Longa faixa


fechamento anterior de oscilação

Deve ser precedido


Fechamentos perto ou
por um forte avanço
abaixo do fechamento
anterior
'T
Lotes do volume

ulullill|l
O gráfico 10.9 mostra um exemplo clássico na parte esquerda do gráfico,
quando uma alta de curto prazo culmina com uma explosão do volume e uma
grande barra chave de reversão.
Muitas vezes, a chave de reversão é seguida por uma mudança brusca na
tendência e uma retração subsequente. Isso é exatamente o que aconteceu nes-

FIGURA 10.10 Barra Chave de Reversão Baixista Mostrando Retração

Frequentemente seguido
por um brusco movimento
de retraçäo

luilIII
Padrões de Preços de Uma e Duas Barras 203

FIGURA 10.11 Barra Chave de Reversão Altista

Chave de Reversão

te caso quando o preço subiu na quarta e quinta sessões seguintes à chave de


reversão. Observe que o final deste breve avanço foi sinalizado por uma barra
externa.
O segundo exemplo de uma chave de reversão para a direita é também
bom, onde o volume aumenta juntamente com a faixa de negociação. No en-

GRAFICO 10.9 Barrick Gold 1999-2000 Barra Chave de Reversão

26
26
24
23 Barras chave de reversão
22
21
20-
19-P
18
17
16

6000
10l
september October November December2060 Fobruary March
Fonte: pring.com
Tendências
204 ParteI: Técnicas que Determinam as

alta não teria, portanto, ganho tantas estrelas


tanto, não é precedido de uma e

como o primeir0.

Barras de Exaustão
As Barras de Exaustão se desenvolvem após um movimento para cima ou para
baixo consideravelmente acentuado. Elas são uma forma de chave de reversão,
mas diferem o suficiente para justificar a sua própria categoria.
Os requisitos para uma barra de exaustão são os que se seguem:

1. O preço abre com um grande gap na direção da tend ncia ento prevale-
cente.
2. A barra é extremamente grande em relação às barras anteriores.
3. O preço de abertura se desenvolve na metade inferior da barra em uma
tendência de baixa e na metade superior em uma tendncia de alta.
4. O preço de fechamento deve ser tanto acima da abertura e na metade

superior da barra numa tendência de baixa, e na metade inferior e abaixo


da abertura numa tendencia de alta.
5. A barra é completada deixando um gap à sua esquerda em relação à barra
anterior.

Exemplos de barras de exaustão, para topos e fundos são ilustrados nas Fi


guras 10.12 e 10.13.
Eles são diferentes de uma ilha de reversão de uma barra, na qual quando
existe um gap para a esquerda desta, não existe um gap entre a barra de exaustão e

FIGURA 10.12 Barra de Exaustão Altista

Fechamento acima
da metade superior
da barra
Fech mento maior
do que a abertura
Padroes de Preços de Uma e Duas Barras 205

FIGURA 10.13 Barra de Exaustão Baixista

Abertura é mais alta do Fechamento na metade


que o fechamento inferior da barra

sua sucessora. Os exemplos de uma ilha de reversão de uma barra são mostrados
na Figura 10.14.
O que estamos procurando aqui é um movimento extremo no preço que é
precedido por um movimento já forte. A ideia é que uma barra altista seguindo
uma queda acentuada abra com um gap enorme, mas feche acima da abertura e, de

FIGURA 10.14

lha de Uma barra


*

llha de Reversão de Uma barra


206 Parte l: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 10.10 RubyTuesday- Barra de Exaustão

Ruby Tuesday
4

Bara de Exaustão

Volume Enome

lag y
Fonte: pring.com

preferência, acima de mais da metade da faixa de negociação. Isso reflete o conceito


de uma reversão na psicologia. Um grande gap e uma longa faixa de negociação
também apontam um tipo de atividade intensa, associada com uma virada. O con-
junto oposto de condições estaria presente em uma barra de exaustão baixista.
Ográfico 10,10 ilustrando o comportamento do preço da Ruby 1uesday em
2012, mostra uma barra de exaustão clássica com o preço fazendo um gap de
baixa acentuado depois de uma queda brusca. Em seguida, o preço fecha bem
dentro da metade superior da barra, indicando que os vendedores não estão mais
no controle. O volume enorme também contribui para ideia de que uma mudança
no sentimento tinha ocorrido.
Voce descobrirá que os gaps quase sempre se desenvolvem nos gráficos in-
tradia na abertura devido a alguma mudança na psicologia durante a noite. Isto
significa que as barras de exaustão tendem a ser mais predominantes nestes gráfi-
cos de curtíssimo prazo.

Barras de Pinóquio
A exaustão também se mostra em formas diferentes daquelas que considera-
mos até agora. Chamo essas de "barras de Pinóquio', porque temporariamente
nos dão uma falsa sensação do que está realmente acontecendo. São barras
Padröes de Preços de Umna e Duas Barras 207

GRÁFICO 10.11 S&P Composite- Barra Pinóquio Baixista

816
814
813- Amaior parte da bara está fora da recente congestão
812

811

810

e09
808
807
806
e06
804
16h 08:40 09h 10h 11h 12h 13h
12
Fonte: pring.com

em que a maior parte da negociação ocorre além de uma zona de suporte ou


de resistência, mas a aberturaeo fechamento não.
Frequentemente, isso significa que o movimento em falso leva o preço para
além de uma faixa de negociação anterior, dando assim uma falsa impresso de
rompimento. O personagem Pinóquio nos diz quando ele está mentindo, porque
o nariz fica maior. No caso da nossa barra de Pinóquio, é a parte isolada da barra,
acima da abertura e do fechamento (ou abaixo destes para uma barra altista), que é o
grande nariz, que até o final da barra, sinaliza um provável movimento em falso. As
Figuras 10.15 e 10.16 (Estasfiguras estãofaltando no original, maspreferi não alterar
o texto) indicam dois exemplos de falsos rompimentos para cima do Pinóquio. A
Figura 10.16 indica que quando um falso rompimento se desenvolve acima de uma
linha de tendência de baixa, isto indica é indicativo de exaustão uma vez que o preço
não pode se manter acima da forte resistência refletida pela linha de tendência.
Exemplos de mercado de barras de Pinóquio são ilustrados nos gráficos
10.11 e 10.12. O primeiro mostra um rompimento acima da faixa de negociação,
que foi anulada no fechamento da barra.
O segundo mostra um falso rompimento para baixo. Como frequentemente
acontece após uma violinada, o preço se movimenta na direção oposta daquela
indicada pelo rompimento. A barra externa na parte esquerda do Gráfico 10.12
indica outra forma de barra de Pinóquio.
Um fato importante sobre um movimento de exaustão é que a extremidade do
movimento frequentemente, se revela um importante ponto de suporte ou de resis-
tência. Neste sentido, muitas vezes é uma boa ideia colocar uma ordem de estope,
um pouco além da extremidade da barra de Pinóquio, desde que, certamente, ainda
resulte em uma recompensa de risco razoável.
208 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências
GRAFICO 10.12 S&P Composite- Barra PinóquioAltista

786
784
784
783
783
782
782
781
781

780
T79
T79

T78 Rompimento com Violinada


wwww.w****

T78
2050-00 20 46 00 2040 00
11h
0 0 12h 20 13h
5h 20 D9h 10h

Fonte: prng.com

Sumário
1. As reversões de uma e duas barras refletem a exaustão e geralmente são um
sinal de reversão na tendência.
2. Para serem eficazes, estas reversões devem ser precedidas de um movimento
que valha a pena.
3. Seu significado de reversão de tendência é somente de duraço de curto pra-
zo. O que se constitui como "curto prazo" dependerá do período de tempo
da barra ou barras em questo.
4. Os padrões diários ou semanais de reversão serão muito mais significativos
do que os que aparecem no gráfico intradia.
5.
5. As barras de reversão que contèm mais das características exigidas normal-
mente fornecem sinais mais fortes do que aquelas que só têm alguns.
11

MÉDIAS MÓVEIS

E evidente que a tendência de preços para qualquer entidade de negociação livre


pode ser muito volátil, quase aleatória, às vezes. Uma técnica para lidar com esse
fenômenoé a média móvel (MM). Uma MM tenta suavizar as flutuações dos pre-
ços das ações em uma tendência suavizada para que as distorções sejam reduzi-
das ao mínimo. Os très principais tipos de MMs utilizadas na análise técnica são
simples ou aritmética, ponderada e exponencial. Quando o termo "média móvel
ou MMs" é usado neste livro, estamos nos referindo ao tipo simples. As médias
móveis exponenciais (MME) e ponderadas (MMP) serão sempre especificamente
mencionadas. A construção e utilização destas médias são diferentes; portanto,
cada tipo será tratado em sequência. Entretanto, é importante lembrar que as mé
dias móveis, como as linhas de tendência, devem ser consideradas como níveis
dinâmicos de suporte e resistència. São dinâmicas porque, ao contrário de níveis
especificos, que por definição permanecem constantes, elas sempre mudam seus
valores. Se uma MM específica não funcionou adequadamente no passado em
uma ação específica, há poucos motivos para supor que ela funcionará no futuro
e vice-versa.

Principio Técnico Fundamental: As médias móveis devem ser considera-

das como um nível dinâmico de Suporte e Resistência.

Média Móvel Simples


Uma média móvel simples (MM) é de longe a mais utilizada. Ela é construída
com base na soma de um conjunto de dados e dividindo a soma pelo número de
observações. O número resultante é conhecido como a média ou nível médio. A
210 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

TABELA 11.1 Cálculo de Média Móvel Simples

Data indice Total de Média


10 semanas Móvel

Jan. 8 101
15 100
22 103
29 99
Fev. 5 96
12 99
19 95
26 91
Mar. 5 93
12 89 966 96.6
19 90 955 95.5
26 95 950 95.0
Abr. 2 103 950 95.0

fim de fazer que a média "se movimente, um novo item de dadosé adicionado e o
primeiro subtraído. O novo total é então, é dividido pelo número de observações,
eo processo é repetido.
Por exemplo, o cálculo de uma Média Móvel de 10 dias, seguiria o método
mostrado na Tabela 11.1.
Em 12 de março, a soma das 10 semanas terminando naquela data era 966, e
966 dividido por 10 resulta numa média de 96,6. Em 19 de março, o número 90 é
adicionado ea observação de 101 de 8 de janeiro é excluida. O novo total de955 é
então dividido por 10. O cálculo de uma média móvel de 13 semanas exigiria um
total de 13 semanas de dados e dividindo por 13. Este processo é então repetido
média "se movimente'. De modo geral, MM ascendente
para fazer que a um a

indica uma tendência ascendente (mercado forte), e um declínio indica umafra


queza.
Uma comparação do índice de preço com a sua MM de 13 semanas (Gráfi-
co 11.1) mostra que a média muda de direção bem depois do topo ou fundo no
preço e é, portanto, "atrasada' na mudança de direção. Isso ocorre porque a MM
é plotada na décima terceira semana, enquanto o preço médio de 13 semanas de
observações, realmente ocorre na metade do período de tempo da semana, ou

seja, na sétima semana.


Médias Móveis 211

GRAFICO 11.1 NASDAQ 100 2011-2012 Média Móvel Centralizada

NASDAQ 100

MM de 13 semanas

MM de 13 semanas
Centralizada

Sem MM para os
últimos seis meses
Vira mais rápido

Fonte: pring.com

Princípio Técnico Fundamental: As mudanças na tendência de preços são


identificadas pelo preço cruzando a MM, não por uma reversão na direção
da MM.

Se for para refletir a tendência subjacente corretamente, a última MM deve


estar centralizada, ou seja, traçada no sétimo dia da semana, como mostrado no
Gráfico 11.1 do NASDAQ 100.
O gráfico na parte inferior mostra uma MM que foi centralizada. A boa no-
tícia é que vira bem perto do ponto de retorno no preço. A má notícia é que será
necessário esperar 6 semanas antes de ser possível verificar se a média mudou de
direção. Veja como o cenário centralizado da MM termina 6 semanas antes do
final do gráfico.
O tempo de atraso, embora seja iritante, não é muito critico, quando outras
séries temporais são analisadas, tais como dados econômicos. No entanto, devido
ao relativamente rápido movimento dos preços nos mercados financeiros e con-
sequente perda de potencial de lucro, um atraso dessa natureza é totalmente ina-
212 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

ceitável. Os técnicos descobriram que, com a finalidade de identificar a reversão


das tendências, os melhores resultados são alcançados através da representação
gráfica da MM na última semana.
As mudanças na tendência de preços são identificadas, näo pela reversão da
MM, mas pelo preço cruzando sua MM. A mudança de um mercado ascenden
te para um declinante é sinalizada quando o preço se movimenta abaixo da sua
MM. Um sinal de alta é acionado quando o preço sobe acima da média. Assim, a
utilização das MMs define de forma clara os sinais de compra e venda, ajudando
a eliminar a subjetividade associada à construção e interpretação de linhas de
tendência.
Mais frequentemente do que no, vale a pena agir baseado nos cruzamen-
tos da MM, mas somente se você puder olhar para trás e perceber uma relação
bastante consistente entre o preço e a MM. O grau de precisão depende substan-
cialmente da escolha da MM, como será discutido mais tarde. Primeiramente,
precisamos examinar detalhadamente algumas das características das MMs.

Caracteristicas das Médias Móveis

. Uma MM é uma versão suavizada de uma tendência, ea média em si


uma área de suporte e resistência. Num mercado ascendente, as reações
de preçosfrequentemente são revertidas quando encontram o suporte na
área da MM. Se o restante das evidências concordar, não é uma má ideia
esperar que o preço atinja a sua MM antes de fazer uma compra. Afinal,
se a MM representa um suporte, você pode colocar um estope abaixo do
Suporte, ou seja, da MM. Da mesma forma, uma subida num mercado
declinante frequentemente, encontra resistência em uma MMe vira para
baixo. Quanto mais vezes uma MM for tocada, ou seja, atuar como uma
area de suporte ou resistència, maior o significado quando for violada.
2. Uma MM cuidadosamente escolhida deve
refletir a tendncia subjacente;
Sua violação, portanto, adverte que uma mudança na tendéncia pode já ter
ocorrido. Se a MM for plana ou já mudou de direção, sua violação é uma
prova bastante conclusiva de que a tendência anterior foi revertida.
3. Se a violação ocorrer enquanto a MM ainda está seguindo na direção da
tendência predominante, este desenvolvimento deve ser tratado como um
aviso preliminar de que uma reversão de tendência já ocorreu. A conhrma-
ção deve aguardar um achatamento ou uma mudança de direção na pró-
pria MM, ou deve ser procurada a partir de fontes técnicas alternativas.
4. De um modo geral, quanto maior o intervalo de tempo coberto por uma
MM, maior é o significado de um sinal de cruzamento. Por exemplo, a
violação de uma MM de 18 meses é substancialmente mais importante
do que um cruzamento de uma MM de 30 dias.
Médias Móveis 213

5. As reversões na direção de uma MM são geralmente mais confiáveis do


que um cruzamento. Nos casos em que uma mudança de direção Ocorra
perto de um ponto de virada do mercado, um sinal muito forte e confi-
ável é dado. No entanto, na maioria dos casos, uma média reverte bem
após uma nova tendência ter começado e assim somente é útil como uma
confirmação.
Resumindo, pense em uma média como um tipo de "linha de tendência em
movimento', que, sendo uma linha de tendncia real, obtém o seu significado de
sua duração (período de tempo), o número de vezes que foi tocada ou aproxima-
da, e seu ângulo ascendente ou descendente.

O que é um Cruzamento Válido?

Um cruzamento é qualquer rompimento de uma MM. No entanto, a observação


atenta de qualquer gráfico que ilustre uma MM normalmente irá revelar uma sé-
rie de violinadas, ou sinais falsos. Como podemos saber quais serão válidos? Infe-
lizmente, não há nenhuma forma de saber com certeza. De fato, muitas violinadas
não podem ser evitadas e devem ser consideradas como um fato da vida. No en
tanto, é possivel evitar algumas dessas situações usando as técnicas de filtragem.
Otipo de filtro a ser utilizado depende do período de tempo em questão, e é em
grande parte uma questão de experimentação individual. Por exemplo, podemos
decidir tomar medidas em relação aos cruzamentos da MM onde ocorre um rom-
pimento de 3% e ignorar todos os outros. As violações de uma MM 40 semanas
podem resultar em um movimento médio do preço de 15% a 20%. Neste exemplo,
um rompimento de 3% seria um filtro razoável. Por outro lado, uma vez que os 3%
provavelmente abrangeriam todo o movimento sinalizado por um cruzamento de
uma MM de 10 horas, este tipo de filtragem não servirá para nada.
Alguns analistas, reconhecendo que uma violinada de 1 período é muito co-
mum, requerem cruzamento de MM para manter, pelo menos, dois períodos. No
caso de dados diários, essa abordagem significaria esperar pelo segundo ou tercei-
ro dia, antes de concluir que a média teria sido violada. Um método mais sensato
ruma combinação do período e um percentual do rompimento para decidir
se um cruzamento é válido.
Uma boa dica é esperar que um cruzamento da MM ocorra ao mesmo tem-
po em que uma linha de tendência é violada ou um padro de preço é completado.
Esses sinais reforçam consideravelmente a linha de tendncia ouo sinal de preço
do padrão , portanto, precisam de menos filtragem. Dois exemplos são mostra-
dos na tabela 11.2 do iShares MSCI Brazil ETF.
214 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 11.2 iShares Brazil 2011 -2012 Quebras de Linhas de


Tendência/Wiolações de MMs

iShares Brazil

Quebra da MM de 100 dias


da linha de tendéncia

Quebra das duas

Fonte:pring.com

Principio Técnico Fundamental: Se um cruzamento da MM ocorrer ao


mesmo tempo em que uma linha de tendência for violada ou um padrão de
preço for completado, estes sinais se reforçam mutuamente, de forma consi
derável, não precisando de filtragem.

Algumas vezes, é possível ver um cruzamento da MM acompanhado de um


volume excepcionalmente forte. Nessas circunstâncias, você pode diminuir a sua
exigência do que representou uma penetração decisiva já que o aumento do volu-
me enfatizaria o entusiasmo dos compradores ou medo dos vendedores, depen-
dendo da direção do rompimento. Vemos isso no Gráfico 11.3 um rompimento
para baixo da Shares MSCI Emerging Markets ETF no inicio de agosto 2012.
O cruzamento foi acompanhado pelo aumento de volume e um rompimento
da linha de tendência. Dois outros rompimentos também desenvolvidos sobrea
atividade em expansão no gráfico 11.3 da MSCI Emerging Markets ETF de 2010
a 2012 mostra os Cruzamentoos das MM e as características do Volume que foi
Médias Móveis 215

GRAFICO 11.3 MSCI Emerging Markets 2010-2012 Cruzamentos de


MMe Caracteristicas do Volume

Emerging Markets ETF

Quebra da Linha de
Tendênciae acentuada
expansão do volume no
7
cruzamento da MM

Nov
hi

Fonte: pring.com
uma violação para cima, que também foi associada com o rompimento inha
de tendência.
O gráfico 11.4 ilustra o Indice Eurotop em conjunto com uma MM de 40
semanas e duas bandas que foram traçadas 3% acima e abaixo da média.
Os sinais de compra são gerados quando o preço cruza acima da linha
supe-
rior e os sinais de venda quando cruzam abaixo da interior. Isso tem o efeito
filtrar
algumas violinadas, mas não garante em termos de duração.
As MMs são geralmente construídas a partir de dados de fechamento.
Estes
são mais confiáveis do que os preços entre sessoes porque eles refletem as
posições
de que os investidores esto dispostos a carregar durante a noite ou, no
caso de
gráficos semanais, no final de semana. Além disso, os ruídos aleatórios. É cer-
tamente verdade, que os gráficos de barras são rompidos no intradia, portanto,
oferecem sinais mais oportunos. No entanto, há também um número muito
maior
de violinadas ou falsos sinais.
Isso éporque a operação intradia pode ser objeto de manipulação ou distor-
ção por reações emocionais intempestivas ås noticias. Por esta razão, geralmen-
te é melhor esperar pelo fechamento do preço penetrar a média antes de concluir
que ocorreu um cruzamento.
216 Parte1: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 11.4 Eurotop 1993 -2001 MM 40 semanas e Banda de 3%

400
Comprar
360
300

250 Vender

200

Vender
150 Comprar * -

100
Vender
1994 1995 1996 1E98 1999 2000 200
Fonte: pring.com

Uma exceção para usar apenas gráficos de fechamento seria se a MM for


tocada ou aproximada pelas máximas e mínimas das barras em inúmeras ocasi-
ões. Neste caso, isso significaria que a MM representou um nível de resistncia ou
suporte excepcionalmente forte. Consequentemente, o seu rompimento teria um

maior significado.
Durante uma faixa de negociação, os cruzamentos da MM têm uma forte
tendência a ser contraproducentes. Dois exemplos são mostrados no Gráfico 11,5
pela Asian Paint, uma ação indiana. Nessas situações, geralmente é melhor
usar as
extremidades externas da faixa de negociação para o sinal ao invés da MM.
Obviamente, ninguém toca um sino para dizer que o preço entrou em uma
faixa de negociação, mas depois de duas violinadas, o sinal se torna visivel. Esse é
o momento em que uma linha de tendência bem construída deve ser substituída

por um cruzamento da MM.

Escolhendo o Período de Tempo

As MMs podem ser construídas em qualquer período de tempo, seja alguns dias,
semanas, muitos meses, ou mesmo anos. A seleção ideal de duração é muito im
tenha
portante. Por exemplo, se presume que um ciclo de alta e de baixa completo
a duração de 4 anos, uma MM construída ao longo de um período
mais longo de
Médias Móveis 217

GRAFICO 11.5 Asian Paints 2002-2005 Cruzamentos eFaixas de Negociação

Asian Paints
00

Violinadas em sinais de MMs

i
250

MM 100 dias

LMJA M UVASOND 2000 AMOAs 0 ND 2001 C OAS O ND 2005 MA MUOAS


Fonte: pring.com

48 meses, não irá refletir de forma alguma o ciclo. Isso porque ela suaviza todas as

flutuações que ocorrem durante o periodo e se parecerá mais ou menos com uma
linha reta cruzando os dados, a menos que haja uma tendência linear particular-
mente acentuada. Por outro lado, uma MM de 5 dias vai capturar cada movimen-
to menor no ciclo de ações e será inútil para a finalidade de identificar o topo e o
fundo real de todo o ciclo. Mesmo se a média de 48 meses fosse diminuida para
24 meses, utilizando os sinais de cruzamento ainda iria resultar numa média dee
24 meses para se obter uma confirmação dolorosamente lenta de uma mudança
na tendência. A média de 4 semanas seria tão sensível que iria dar continuamente
sinais falsos ou vilinadas. Apenas uma MM que possa capturar o movimento do
ciclo real forneceráoa melhor negociação entre atraso e excessiva sensibilidade,
tal como a MM de 10 meses na Figura 11.1.
A escolha da MM depende do tipo da tendncia do mercado que é para ser
identificado, i.é., curta, intermediária, ou primária. Como diferentes mercados
têm características diferentes e os mesmos mercados passam por diferentes fe-
nômenos cíclicos, näão existe tal coisa como uma MM "perfeita'". Nos últimos anos,
uma pesquisa extensiva em computadores foi feita sobre o período de tempo ideal
218 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

FIGURA 11.1 Uma MM de prazo Curto versus uma MM de prazo longo

MM24 meses
.

.ne* sc*ne ones eno aenso A*


S

W
.
.

MM10 meses

da MM. A conclusão de todas as fontes é que não existe um intervalo de tempo


perfeito.
O que pode funcionar muito bem num mercado durante um período de
tempo especifico é pouco provável que seja repetido no futuro. Quando falamos
sobre a escolha do período de tempo, estamos realmente tentando identificar uma
MM que irá funcionar a maior parte do tempo em um período de tempo especí
fico, ou seja, curto, médio ou longo prazo.

Principio Técnico Fundamental: Busque a consistência, nunca a perfeição.

A perfeição simplesmente não existe nos mercados direcionados pela psi-


cologia. De um modo geral, os períodos de tempo de longo prazo são menos
influenciados pela manipulação e reações intempestivas aleatórias às noticias
inesperadas do que são os de curto prazo. É por isso que longos periodos de tem-
as médias diárias como as
po, geralmente, trazem os melhores resultados; tanto
semanais funcionam melhor em ou acima de um período de tempo de 40. As
pesquisas também mostram que as médias simples geralmente têm um mellhor
desempenho do que as ponderadas e exponenciais. Reconhecendo estas limita-
ções, são sugeridos os períodos de tempo na Tabela 11.2.
Médias Móveis 219

TABELA 11.2 Periodicidades Sugeridas

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

10 dias 30 dias 200 dias/40 semanas/9 meses*

15 dias 10 semanas (50 dias) 45 semanas**

20 dias 13 semanas (65 dias)


25 dias 20 semanas 12 meses***

30 dias 26 semanas 18 meses

200 dias 24 meses


Recomendado por Willaim Gordon, The Stock MarketIndicators,Investors Press, Palisades Park, NJ, 1968.
"Reportado por Robert W. Colby e Thomas A. Meyers na Enciclopédia de Indicadores Técnicos do Mercado, Dow
Jones-Irwin: Homewood, IL, 1988, sendo o melhor indice para o mercado de ações, utilizando dados semanais.
Ibidl. Colby and Meyers. Reportado como o melhor indice para o mercado de ações dos Estados Unidos, utilizando
dados mensais.

E importante lembrar que a MM é uma ferramenta do arsenal técnico, que é


usada com outras técnicas, como parte da arte de identificar reversão de tendên-
cias. Novamente, é importante lembrar que estamos à procura de um intervalo de
tempo que funcione razoavelmente bem na maioria das ações, ou seja, a ideia de
consistência prevalecendo sobre a perfeição. Afinal, é sempre possível encontrar
o periodo de tempo perfeito com verificações a posteriori (back testing) e como
ajuste dos dados de forma adequada. No entanto, estamos interessados no passa-
do, apenas na medida em que ele possa de forma fidedigna apontar a direço certa
futuro e, deliberadamente, determinar os resultados do passado não nos ajuda
nessa tarefa - muito pelo contrário.

Avançando a Média Móvel Simples

Uma técnica que tem um grande potencial, mas não é amplamente utilizada, é
avançar uma MM. No caso de uma MM de 25 dias, por exemplo, o gráico efetivo
não seria feito no vigesimo quinto dia, mas avançou para o vigésimo oitavo ou
trigésimo, e assim por diante. A vantagem dessa abordagem é que ela atrasa o
cruzamento e filtra as violinadas ocasionais ou sinais falsos. Em Profits in the Stock
Market (Lambert Gann Publishing, 1935), H. M. Gartley calculou que durante o
periodo de 1919 - 1933, que cobriu quase todos os tipos de situações do Mercado,

o uso do cruzamento de uma media móvel simples de 25 dias obteve um ganho de


446 ligeiramente melhor do que os 433 pontos da MM de 30 dias e muito melhor
do que os 316 e 216 para as MMs de 40 e 15 dias respectivamente). Entretanto,
quando a média de 25 foi colocada sobre o vigésimo-oitavo dia, os cruzamentos
resultaram num aumento de 231 pontos para 677. A MM de 30 dias quando avan-
220 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

çada 3 dias, também produziu um resultado superior, com um ganho adicional de


204 pontos para um total de 637.
Embora a MM de 25 dias avançada 3 dias poderá não se revelar como a
melhor combinação, a técnica de avanço de uma MM éé claramente uma que pode
ser utilmente incorporada na abordagem técnica. E sempre difícil saber o quanto
avançar uma MM. A experimentação é a resposta. Uma possibilidade é avançar
a média pela raiz quadrada do período de tempo; por exemplo, uma MM de 36
semanas seria avançada por 6 dias (a raiz quadrada de 36 = 6).
Nesse caso, o gráfico 11.6 apresenta o iShares MSCI Hong Kong ETF com
duas MM de 25 dias. Uma normal de 25 dias e a outra a própria avançada 5 dias.
Observe como a MM regular (tracejada) passa por um violinada como in-
dicado pelas setas sólidas, ao passo que a MM (sólida) não passa. As setas trace-
jadas indicam onde ambas as MMs são rompidas baseadas em violinadas. Esta
abordagem parece funcionar muito bem após uma forte tendência, quando, por
exemplo a média regular foi temporariamente rompida por duas pequenas altas
que se desenvolveram em novembro de 2008. Em situações como esta que o efeito
de atraso do avanço da MM evita a violinada. Certamente, há uma negociação

GRAFICO 11.6 iShares Hong Kong 2008-2009 MM Avançada

Shares Hong Kong 15

MM 25 dias

MMAvançada
Violinadas que não romperam
MMs avançadas

Violinada nas duas MMs

Fonte: pring.com
Médias Móveis 221

que vem sob a forma de sinais atrasados, mas na maioria das situações, a perda de
timing compensada por menos sinais talsos.

Convergência de Médias

Um movimento de preço considerável frequentemente é precedido por uma faixa


de negociação que vai se estreitando gradualmente. Assim, diminuição das flutu
acoes de preço reflete um excelente equilibrio entre compradores e vendedores
Quando o equilibrio pende para um lado ou para outro, o preço, então, é livre
para embarcar num grande movimento. Este tipo de situação pode frequente-
mente ser traçando diversas
identificado e observando quando estão todas
MMs
aproximadamente no mesmo ponto. O gráfico 11.7, por exemplo, mostra o preço
diário da Cash Euroyen. Note como as três MMs convergem quase
completamente
pouco antes do preço entrar num declínio acentuado.
A convergêrncia das médias avisa que é provável um grande movimento, mas
o sinal real vem da violação da linha de tendência.

GRÁFICO 11.7 Cash Euroyen 1999 -2000 Múltiplas MMs

Cash Euroyen Convergência das MMs

99.8-

99.8

99.7 MM45 dias


MM 25 dias

99.7-
MM 10 dias

st September (October November December2000 February March April


Fonte: pring.com
Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências
222 .

Múltiplas MMs Simples

técnicas de determinação da tendência envolvem mais de


Os uma MM.
Algumas
sinais são dados por uma média de curto prazo cruzando acima ou abaixo de uma
mais longa. Este procedimento tem a vantagem de suavizar os dados duas vezes, o
possibilidade de entanto, alerta para mudanças da
violinada, no
que reduz a uma

tendência muito rapidamente após terem ocorrido. Neste aspecto, o gráfico 11.8

apresentao iShares MSCI Ttalian ETE. Duas médias que têm sido tradicionalmente
utilizadas para identificar movimentos da tendência primária são 10 e 30 semanas.
Os sinais são dados quando a média de 10 semanas (tracejada) se movimenta
técnicos preterem esperar até que a
para baixo da média de 30 semanas. Alguns
série de 30 semanas esteja se movimentado na direção do cruzamento, então um
cruzamento negativo exigiria um declínio de uma MM de 30 semanas. Os Sinais

negativos de qualquer tipo advertem que a tendência principal é de baixa. Não se

presume que tenha revertido até que a MM de 10 semanas se movimente para


acima da MM de 30 semanas ou o fará quando ambas estejam subindo simulta-
neamente. Por definição, qualquer metodologia resulta em sinais que estão sendo

GRAFICO 11.8 Duas MMs: MSCI talian ETF 2006-2012

MSCI Italian ETF


L

MM 10 semanas

Violinadas

MM 30 semanas

Fonte: pring.com
Médias Móveis 223

acionados após o preço final do topo ou do fundo. Portanto, eles servem como uma
confirmação de uma mudança na tendência, em vez de pontos de rompimentos re-
ais em si mesmos. Se o sinal desenvolve próximo ao ponto da virada final, entäo
podem atuar de uma forma oportuna e prática. Por outro lado, se for acionado a
uma certa distância do topo ou fundo anterior, podem apenas ser utilizados como
confirmaço. Mesmo que a informação possa ser útil, pode estar caminhando na
direção do problema, que normalmente será quando você atuar sobre um sinal de
contratendncia. Uma compreensão mais clara da direção da tendência principal
através desta abordagem da dupla MM vai oferecer menos chances que negociações
contratendência sejam realizadas.
Uma abordagem alternativa é usar duas médias de periodos de tempo seme-
Ihantes ou idènticos e avançar o gráfico de um delas ao longo das linhas discutidas
anteriormente. O gráfico 11.9, que novamente apresenta o ETF italiano, mostra
confhguração para uma MM de 25 semanas e outra com o avanço de 5 sema-
nas da mesma.
A vantagem deste método é que ele parece gerar menos violinadas; a des-
vantagem é que os sinais têm uma tendência de ser menos oportunos. Estas duas
médias móveis múltiplas não são oferecidas como o Santo Graal, porém, mais
como um ponto de partida, porque tenho a certeza de que um leitor mais ta-

GRAFICO 11.9 MSCT Italian ETF 2006-2012 Duas MMs com Uma Avançada

MSCI Italian ETF

MM 25 semanas

Violinada

MM 25 semanas Avançada 5 semanas

Fonte:pring.com
224 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 11.2 Uma Média Móvel numa Faixa de Negociação

lentoso poderia encontrar uma combinação melhor. Apenas lembre-se que nesta
experimentação a consistència sempre é mais preferida em relação à perfeição,
que não existe, certamente.
As MMs devem ser sempre utilizadas em conjunto com outros indicado-
res. Isto é devido aos preços ocasionalmente flutuarem num amplo padrão lateral
por um período de tempo prolongado, resultando numa série de sinais falsos. A
boa noticia é que esse comportamento frustrante na faixa de negociação é fre-
quentemente seguido por uma tendência extremamente forte em que as perdas
provenientes do período sem tendências dos sinais das violinadas foram ampla-
mente compensadas. Isso ocorre porque as violinadas indicam confusão entre os
compradores e vendedores, e isso implica numa grande batalha. Quando um dos
dois vence, o lado vitorioso é ento capaz de impulsionar os preços de uma forma
muito mais forte.
A figura 11.2 mostra um exemplo de uma MM oferecendo inúmeros sinais
de violinadas, quando se movimentam através de uma faixa de negociação.
A principio, não é óbvio que o comportamento preço é uma taixa de nego-
ciação. No entanto, no ponto X, quando o preço cruza abaixo da MM, novamente,
é possivel construir duas linhas de tendência que refletem o comportamento na
faixa. Neste momento faz muito mais sentido, aguardar o veredito, atuando em
um rompimento da linha de tendência, em vez de um cruzamento da MM, visto
que, não há nenhum motivo para suspeitar que o próximo cruzamento depois de
X não vai se revelar como uma violinada.
Médias Móveis 225

MMs Ponderadas
média móvel simples (MMS) pode apenas representar corretamente uma
Uma
tendència a partir de um ponto de vista estatístico se for centralizada, mas ao
centralizar uma média, atrasa o sinal, como discutido anteriormente. Uma téc
nica que busca superar este problema é ponderar os dados a favor das observa-
ções mais recentes. Uma MM construída dessa forma (MMP) pode "mudar" ou
reverter a sua direção muito mais rapidamente do que uma MM simples, que é
calculada pelo tratamento de todos os dados igualmente.
Ha inumeras maneiras pelas quais os dados podem ser ponderados, mas o
método mais amplamente utilizado é uma técnica em que o primeiro período de
dados é multiplicado por 1, o segundo por 2, o terceiro por 3, e assim por diante
até o mais recente. Os cálculos para cada período so então totalizados. O divisor
para uma MM simples é o número de períodos, mas para fazer uma média pon-
derada, o divisor é a soma dos pesos; isto é, 1 +2 + 3 + 4+ 5 +6 21. Para uma
MM ponderada de 10-semanas,a soma dos pesosseria 1 +2+3 +4 +5+6+7+
8+9+ 10 = 55. A tabela 11.3 ilustra como os cálculos são feitos.
Outro método consiste em calcular um MM simples, mas ao fazê-lo, use a
observação mais recente duas vezes, o que duplica o seu peso.
A interpretação de uma média ponderada é diferente de uma média sim-
ples, porque a média ponderada é mais sensível. Um aviso de uma reversão de
tendência é dado por uma mudança de direção da média, em vez de um rom-
pimento.

Médias Móveis Exponenciais


As MMs Ponderadas são úteis para identificar a reversão das tendéncias. No pas-
sado, o tempo consumido pelos cálculos para a sua construção e manutenção era
um processo moroso, que muito prejudicou a sua utilidade. O uso generalizado
de computadores nas últimas décadas superou em grande parte esta desvanta-
gem. Uma média móvel exponencial (MME) é um atalho para a obtenção de uma
forma de MM ponderada. Um cálculo de uma MME ponderada de 20 semanas é
mostrado na Tabela 11.4.
A fim de construir uma MME de 20-semanas, em primeiro lugar é neces-
sário calcular uma MM simples de 20 semanas, isto é, o total de 20 semanas de
observações dividido por 20. Na Tabela 11.4, isto foi feito para as 20 semanas ter-
minando em 1 de Janeiro, e o resultado aparece como 99.00 na coluna 6.
A média de 20 semanas se torna o ponto de partida para a MM
exponencial.
Ela é transferida para a coluna 2 para a semana seguinte. Em seguida, a entrada
para a vigésima primeira semana (08 de janeiro no exemplo anterior) é compa-
rado com a média MM exponencial, e a diferença é adicionada ou subtraída e
226 Parte1: Técnicas que Determinam as Tendéncias

T
Médias Móveis 227

TABELA 11.4 Cálculo da MME


MME para Diferença Col.3 x Col.2+
semana (col. 1 Col.4 Col. 5
Preço anterior Col.2) Expoente t/ MME
Data (1) (2) (3) (4) (5) (6)
Jan 99,0
8 100,00 99,00 1,00 0,1 +0,10 99,,10
15 103,00 99,10 3,90 0,1 +0,39 99,49
22 102,00 99,49 2,51 0,1 +0,25 99,7
29 99,00 99,64 (0,64) 0,1 -0,06 99,6

colocada na coluna 3; isto é, 100 - 99 = 1,00. Esta diferença é então multiplicada


pelo expoente, que para uma MM exponencial de 20 semanas é 0,1. Esta diferença
tratada exponencialmente, 1,00 x 0,1 é então adicionada à MM exponencial da
semana anterior, e o cálculo é repetido a cada semana sucessiva. No exemplo, a
diferença tratada de forma exponencial para 08 de janeiro é 0,1, que é adicionada
à média da semana anterior, 99,00, para obter uma MM exponencial para 08 de
janeiro de 99.10. Esta figura na coluna 6 é então traçada.
Se a diferença entre a nova observação semanal e a MM exponencial da se-
mana anterior for negativa, como na leitura de 99,00 versus 99,64 para 29 de ja-
neiro, a diferença tratada exponencialmente será subtraída da MM exponencial
da semana anterior.
O expoente usado varia de acordo com o período de tempo da MM. Os
são mostrados na Tabela
expoentes corretos para os vários períodos de tempo
11.5, onde os períodos de tempo foram descritos como semanal.
Com efeito, no entanto, o expoente de 0,1 pode ser usado para qualquer me-
dição de 20 dias, semanas, meses, anos, ou um mesmo período ainda mais longo.
Os expoentes para períodos de tempo, exceto aqueles que no figuram na
tabela podem ser facilmente calculados, dividindo 2 pelo período de tempo. Por
mais sensível que
exemplo, uma média de 5 semanas terá que ser duas vezes
uma

TABELA 11.5 Fatores Exponenciais para Diversos Períodos de tempo

Número de5 semanas Expoente


0,4
10 0,2
15 0,13
20 0,1
40 0,05
80 0,25
228 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

média de 10 semanas; assim, 2 divididos por 5 da um expoente de 0,4. Por


Por outro
lado, como uma média de 20 semanas deve ser tão sensível, como duranto
periodo de 10 semanas (0,2), o seu expoente é reduzido para 0,1. um
Se uma MM exponencial se revela demasiado sensivel
para a tendência
está sendo monitorada, uma solução é estender seu periodo de que
tempo, Ou
solução é suavizar a MM exponencial MME por outra MM exponencial. Eo
método utiliza uma MM exponencial, como calculado te
anteriormente, e repet
o
processo utilizando um expoente adicional. Não hå nenhum motivo para ná
tentar terceira ou quarta suavização, mas a MM
uma
exponencial resultante
embora, mais suave, seria muito menos sensível. e,

Principio Técnico Fundamental: Todas as formas de MMs representam um


compromisso entre a periodicidadee a sensibilidade

Por definição,
cruzamentos e reversões da MM exponencial ocorrem
os
si-
multaneamente. Os sinais de Compra e Venda são, portanto,
desencadeados por
cruzamentos, tal como uma média móvel simples.

Comparação dos Tipos de MMs


O gráfico 11.10 mostra três de cálculos
tipos traçados sobre o mesmo
gráfico do
popular índice indiano, o Nifty.
Você podeque praticamente durante todo o tempo a média pondera-
ver
da (MMP) é a mais sensível, uma vez
que engloba os pontos de virada mais de
perto. A simples (MMS) e exponencial (MME) alternam, dependendo da forma
como os dados falham. Minha experiência é que na maioria das
funcione melhor, embora eu tenha que admitir
situações a MMS
que a menos que eu esteja con-
tando com um intervalo de tempo mais
longo prazo, como uma média de 200
dias/9 meses, eu raramente coloco muita ênfase sobre os
cruzamentos, a menos
que outra evidência, como o rompimento de uma linha de tendência, sugira que
a tendência reverteu.

Periodos de Tempo Mais Adequados da MM


Tabela 11.2 já incluiu alguns períodos de tempo sugeridos para as médias móveis
simples. Esta seção vai estender um pouco a discussão através da aplicação de
algumas dessas ideias para os mercados.
Médias Móveis 229

GRAFICO 11.10 Os Três Tipos de Média Móvel no indice Nifty

4900
Nifty

20
4100
-000
----- MMSS
MMP 30 dias
MMP J70
rAN, 3300
MME ---
MMS 30 dias F3400
3300
3200
3100
MME 30 dias 3000

2900
2700

2000
2500

9 16 2 o 13 20 11 16
March Apr June

Fonte: pring.com

Discutimos a importància da tendência primária e a necessidade de identi-


ficar sua direção anteriormente. Isso nos traz ao assunto dos 12 meses da MMS.
Este intervalo de tempo tem sido muito útil para identificar as reversões nessas
tendências, assim como a de 9 meses (200 dias/39 semanas). Realmente, não im-
porta muito qual delas você vai escolher, embora o período de 12 meses é preferí-
vel uma vez que contém todos os meses do ano civil e, portanto, é ajustada sazo-
nalmente.O gráfico 11.l1 mostra a Morgan Stanley Capital International (MSCI)
World Index Stock.
Se você vai monitorar as tendências primárias, uma MM de 12 meses para
esta série de ações globais não é um mau lugar para começar. As setas sólidas
indicam onde a MM de 12 meses tem atuado como uma boa zona de supor-
te/resistência. As tracejadas mostram dois sinais de violinada, que enfatizam o
ponto de que estamos preferindo a consistència e não a perfeição. A maior parte
do período experimentou mercados primários de alta, mas as áreas sombreadas
indicam mercados primários de baixa, conforme definido pela relação entre o
indice e sua MM.
230 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 11.11 MSCI World Stock Series 1987- 2008 MMs 12 Meses

MSCI World Stock Index

MMSMMS 12 meses

Fonte: pring.com

O gráfico 11.12 ilustra uma MMS de 200 dias para o preço do ouro (em dó-
lar). Novamente, recebe sua cota de violinadas, mas de um modo geral funciona
razoavelmente bem.
Ela fundamenta ainda mais o ponto de que os cruzamentos da MM não de
vem ser usados isoladamente, mas em conjunto com outros indicadores para for
mar uma abordagem com o peso da prova.
Finalmente, o Gráfico 11.13 mostra uma MME de 65 semanas cruzando o
dólar canadense/dólar americano. Este intervalo de tempo parece ser muito útil
para a utilização em gráficos de longo prazo. As setas sólidas mostram os lugares
onde a média serviu como uma zona de suporte/resistência efetiva, enquanto as
tracejadas apontam algumas violinadas.
Você não deve esperar que todos os mercados se comportem bem, mas se for
possível olhe para trás muitos anos de dados e veja se a relação foi boa. Então, é
razoável esperar que ele funcione razoavelmente bem no futuro. Se não, diminua
a importância da média em sua análise.
Voce pode estar se perguntando por que não incluimos muitas MMs de cur
to prazo na nossa explicação. O motivo é que quanto menor o período de tempo
Médias Móveis 231

GRÁFICO 11.12 Spot Gold 2003-2008 MM 200

Gold

*
MMS 200 dias

Fonte: pring.com

GRAFICO 11.13 Canadian Dollar 1997 - 2008 MME 65 Semanas

Canadian Dollar 1.10

1.05

096
0.90
****

F085

0.30
075

MME 65 semanas 0.70

-A5
V*

D07 2008

Fonte: pring.com
Determinam as Tendências
232 Parte I: Técnicas que

considerado, maior será o efeito de ruído aleatório e menos confiável será a técni-

ca de cruzamento da MM.

Sumário
1. Um dos pressupostos básicos da análise técnica é que as ações se movem em
tendências. Visto que, as principais tendências compreendem muitas pe-
uma MM e construida para ajudar a suavizar
quenas flutuações nos preços,
os dados para que a tendência subjacente seja mais claramente visível.
2. ldealmente, uma MM simples (MMS) deve ser traçada na metade do perío-
do de tempo que está sendo monitorada (um processo conhecido como cen-
tralização), mas como isso implicaria em um atraso durante o qual os preços
das ações poderiam mudar rapidamente e perder muito do lucro potencial
de um movimento, que é representado no final do período em quest o.

3 Esta falha teria sido consideravelmente ultrapassada pelo uso de cruzamen


tos da MM, que fornecem avisos de uma reversão na tendência, e pelo uso
das MMPs ou MMEs, que são mais sensíveis as alterações na tendncia pre
dominante, uma vez que, elas influenciam os dados a favor dos períodos
mais recentes.
Não existe tal coisa como uma média perfeita. A escolha do período de tem-
4 po representa sempre uma negociaç o entre a periodicidade - capturando
a tendência numa fase inicial - e sensibilidade - capturando um virada da

tendência muito cedo provocando uma quantidade indevida de violinadas.


Para tendências de curto prazo as periodicidades de 30 e 50 dias são sugeri-
das, mas para períodos de tempo de longo prazo, são recomendadas médias
de 40 e 45 semanas. Um intervalo de tempo útil usando dados mensais é de
12 meses.
12

ENVELOPES E
BANDAS DE BOLLINGER

Envelopes
Já ficou estabelecido que as médias móveis (MMs) podem atuar como pontos cha-
ves importantes no seu papel como áreas de suporte e resistência. Desta forma,
quanto mais longo o período de tempo, maior o significado das MMs. Este prin-
cipio de suporte e resistência pode ser levado um passo à frente pela construção
de linhas simétricas paralelas a uma MM de qualquer tipo, chamada de envelopes
(ver Figura 12.1).
Esta técnica se baseia no princípio de que os preços das ações oscilam em
torno de uma determinada tendência nos movimentos cíclicos de proporção ra-
zoavelmente similar. Em outras palavras, assim como a MM serve como um pon-
to chave importante, certas linhas desenhadas, paralelas à MM, também servem.
Olhando desta maneira, a MM realmente está centralizada na tendência, e o enve
lope consiste em pontos de divergència
måxima e minima a partir dela.
Assim como uma coleira faz com que um cachorro recue para o seu dono e
a coleira o faça parar, os
depois permite que ele corra em direção oposta até que
similar. Neste caso, a coleira é relativa aos dois
preços se comportam de maneira
envelopes ou mais se escolhemos traçá-los.
Não há nenhuma regra rígida e imediata sobre a posição exata em que o
base de tentativa e
envelope deva ser traçado. Isso só pode ser descoberto
em uma

erro com respeito à volatilidade do preço sendo monitorado e o período de tempo


da MM. Este processo pode ser ampliado, como na Figura 12.2, para incluir qua-
tro ou mais envelopes (isto é, dois acima e dois abaixo da MM).
Tendéncias
234 Parte I: Técnicas que Determinam as

FIGURA 12.1 Uma MM com um Envelope de +e 10% -

+10%

MM
Envelope
-10%

FIGURA 12.2 Uma MMe Quatro Envelopes

--.
---
* s s oaso* -=--- +10%
+20%

MM
-- *******

--

-10%
-20%
Envelopes e Bandas de Bollinger 235

Cada um está traçado numa distância proporcional idêntica em relação ao seu


antecessor. Neste exemplo, os envelopes foram traçados a intervalos de 109%. Se a
MM está a 100, por exemplo, os envelopes devem ser traçados em 90, 110, etc., uma
vez que os preços são determinados pela psicologia, e a psicologia tende a se mover
na proporç o, com um envelope em 10%. O painel inferior mostra os dados exibi-
dos de um modo diferente, com a MM em zero e os envelopes superiores e inferiores
sendo representados pelas linhas horizontais tracejadas em +10% e -10%. Observe
como os envelopes muitas vezes servem como áreas de suporte e resistència e queeo
preço ocasionalmente oscila de um envelope para o outro, assim como o oscilador
Oscila como um pêndulo da condição sobrecomprada para a sobrevendida.

Princípio Técnico Fundamental: Os envelopes são mais bem calculados


usando uma proporção em vez de pontos ou valores em dólares.

Por exemplo, 10% acima ou abaixo da MM em oposição a 10 pontos etc.


O gráfico 12.1, que ilustra o índice do mercado indiano, o Nifty, mostra que
a técnica do envelope pode ser útil a partir de dois aspectos: (1) desenvolvendo
um "sentimento" para toda a tendência e (2) discernindo quando uma subida ou
correção está prolongada.

GRÁFICO 12.1 ONifty 2004- 2009 e Dois Envelopes de 10%

Envelope de t 10% 7000


Nifty 500

Area de Resistência

-******.
3000

2500

. . ***
Area de Suporte
2000

MM 50 dias

1500

9 A8 Nb 06 AMUASONO2000 AMS0ND07 AMU A30 NDa AMOS ASONDR005 AMuA


Tendências
236 Parte I: Técnicas que Determinam as

A desvantagem é que não existe a certeza de queo envelope se revelará o


eventual ponto de retorno. Este método, tal como todas as técnicas que tentam
utilizado na base de
prever a duraçãode um movimento, deve ser que, se e

índice atingir um envelope específico, existe uma boa probabilidade de que ele
irá reverter o curso naquele ponto-chave, na condiçaão, obviamente, de que o en-
velope tenha tido um registro razoável de atuaçao como um ponto de suporte/
resistência no passado. A decisao real de negociaçao ou investimento deve ser
determinada após a avaliação de uma série de caracteristicas, dentre as quais a
análise do envelope é uma delas. No Gráfico 12.1, pode se observar que a banda
superior atuou sistematicamente como uma zona de boa resistencia durante o
mercado de alta de 2004-2008. No entanto, o avanço em 2009 foi tão intenso.
que mesmo alcançando o envelope superior, não tinha realmente, qualquer sig.
nificado técnico. Quanto à desvantagem, algumas vezes, o preço reverteu no
nível de -10%, mas nunca chegou nele, como no periodo de 2004-2006, ou exce-
deu-o muito, como em 2008. Claramente, se esta técnica é para ser empregada
com qualquer grau de certeza, é muito importante fazer um estudo cuidadoso
da relação entre o preço e um envelope especifico bem antes de determinar a sua
confiabilidade. A este respeito, o Gráfico 12.2 mostrao da iShares Biotech ETF

GRAFICO 12.2 iShares Biotech 2007- 2012 e Dois Envelopes de 10%

Envelope de t 10%
iShares Biotech

Area de Resistência

MM 50 dias

Area de Suporte
Oscilador de Preço 1/50
Envelopes e Bandas de Bollinger 237

GRAFICO 12.3 Bovespa 1995- 2009 e Dois Envelopes de 35%

1000
Bovespa

Area de Resistência
***

**
.. Suporte
.. ..
.....

***. **-. *
Envelope de t35%

Suporte

MM 12 meses

com um envelope de 10%. O painel inferior mostra os dados apresentados de


um modo diferente, com a MM em zero e os envelopes superiores e inferiores
sendo representados por linhas horizontais tracejadas em +10% e -10%. Obser
ve como os envelopes muitas vezes servem como áreas de suporte e resistência
e que o preço ocasionalmente oscila de um envelope a outro, assim como o
oscilador oscila como um pêndulo da condiço de sobrecomprada para a so-
brevendida.
O gráfico 12.3 passa por um exercicio similar para o Indice Brasileiro Boves-
pa, mas desta vez o envelope foi expandido para 35% para se adequar à caracterís-
tica do mercado. Mais uma vez, o toque do envelope sugere a direção da tendên-
cia primária, envelope superior tocado uma caracteristica de mercado de alta e
vice-versa. Isso não significa que tocar a banda externa seja um pré-requisito para
um mercado de alta. Assim como é possível ter um inverno sem neve, também é
possível experimentar uma tendncia primária onde o envelope externo não é to-
cado ou penetrado. As setas tracejadas mostram que o recruzamento do envelope
é geralmente seguido por um declinio importante de algum tipo. O sinal no início
de 2004 foi uma exceção óbvia a esta regra. Minha sugestão éé experimentar com
muitas combinações diferentes de MMs e envelopes porque cada título tem suas
238 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

próprias características pessoais. Algumas vão funcionar muito bem para você,
mas nunca espere pela perfeiço, pois ela não existe.

Bandas de Bollinger

O Conceito

As bandas de Bollinger (Gráfico 12.4) operam de forma similar, exceto que os en-
velopes, ou bandas, são calculados usando desvios padro. Para aqueles que, como
eu, não são orientados matematicamente, uma explicação simples é que as bandas
contraem ou expandem dependendo do nível de volatilidade. Quanto maior a vola-
tilidade, mais afastadas as bandas e vice-versa.

GRÁFICO 12.4 NASDAQ 100 2011 2012 e as Bandas de Bollinger

NASDAQ 100 ETF

Resistência

S40

Suporte
Suavização de 20 com um desvio de 2

0ccber Novenber Dcaber 2212


Envelopes e Bandas de Bollinger 239

GRAFICO 12.5 NASDAQ 100 2011-2012 Comparando Parâmetrosde


Bandas de Bollinger Suavizadas

NASDAQ 100 ETF

Suavização de 10 dias

Suavização de 40 dias

Ray

A primeira exigência para traçar uma Banda de Bollinger é um período de


tempo, assim como uma média móvel. Quanto maior for o período, mais suave,
porém menos sensíveis são as flutuações. O gráfico 12.4, que ilustra o NASDAQ
100 ETF, traça as duas bandas com o período de tempo padrão de 20 periodos e
um desvio de 2.
O gráico 12.5 compara a diferença com diferentes suavizações. O traçado na
janela superior mostra uma de 10 dias e o inferior uma suavização de 40 dias. É
bastante óbvio que o período de tempo da banda de 40 dias é muito mais suave e
é traçado mais distante do desdobramento do preço.
O segundo parâmetro para traçar uma banda de Bollinger é a quantidade
de desvio. A este respeito, as bandas na janela superior do gráfico 12.6, mais uma
vez ilustrando o NASDAQ 100 ETF, são calculadas com um valor de 4. O painel
inferior leva ao outro extremo, com um desvio de 1%. E bastante evidente a partir
desta comparação que quanto menor foro desvio, mais estreita a banda e vice-
versa. A banda estreita no painel inferior é tocada muitas vezes, não é de toda útil.
Alternativamente, um fator de desvio maior costuma retornar antes que a banda,
que raramente é tocada, seja tocada.
240 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências
GRÁFICO 12.6 NASDAQ 100 2011-2012 Comparando Parâmetros de
desvio padrão de Bollinger

NASDAQ 100 ETF

Desvio de4

********** ********

Desvio de1
E
Pense no desvio como um parâmetro que corresponde a um nível sobrecom-
prado/sobrevendido.
John Bollinger, o criador desta técnica, recomenda usar um fator de 20 para
o período de tempo e 2 para o desvio. Esses são os parâmetros utilizados para o
restante dos gráficos neste capítulo.

Regras para Interpretação


Regra 1.Quando as bandas se estreitam, há uma tendência para variações signifi-
cativas de preços a seguir.
Isto, naturalmente, é outra maneira de dizer que quando os preços operam
em uma faixa estreita e perdem a volatilidade, a procura e a oferta estão em
bom estado de equilibrio e sua resolução acionará um movimento de preço
acentuado. Neste contexto, um estreitamento das bandas é sempre relativo ao
passado recente. E ai que as bandas de Bollinger podem ajudar visualmente,
mostrando o processo de estreitamento. Elas também nos daão alguma indi
cação de quando um rompimento pode se materializar porque as bandas co-
Envelopes e Bandas de Bollinger 241

GRAFICO 12.7 Oneok 2000 - 2001 e Bandas de Bollinger

Oneok Inc.
60

45

40

35 Estreitamento das Bandas


Estreitamento das Bandas
30-

25

une July August September


uneJuly November 2o01

meçam a divergir uma vez que o preço começa a subir. Dois exemplos säo
mostrados no gráfico 12.7, onde também é possível traçar algumas linhas de
tendência marcando os pontos de rompimento.

Regra 2. Se o preço exceder uma banda, é de se esperar que a tendência continue.


Esta é realnmente outra maneira de dizer que, se o preço se movimenta acima
da banda, o momentum para cima é forte o suficiente para sustentar os preços
finais mais elevados, e vice-versa. Esta é uma experiência comum no início de
um mercado de alta e vice-versa para uma penetração para baixo. Depois dos
dois rompimentos no gráfico 12.7, vemos o preço se movimentar imediata-
mente para fora da banda. O recruzamento da banda de Bollinger geralmente
indica exaustão de curto prazo, e rapidamente puxa de volta novamente. No
entanto, este é apenas um processo de pausa para respirar até que a tendência
então seja capaz de estender novamente. Até aqui, você deve ter notado que o
preço muitas vezes cruza a banda várias vezes antes que a tendência reverta.
A pergunta óbvia neste momento é: Como você sabe que cruzou pela última
vez? Em outras palavras, como você sabe como identificar o fundo e o topo de
um movimento? A resposta se encontra na próxima regra.
242 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 12.8 Gráfico Intradia da NYSE Composite e as Bandas de Bollinger

487NYSE Composite E
486
Confirmação Final
486
485
485
484
484
4833- B
483 Sem sinal
482
482
481
481
480

13:02 14:01

Regra 3. Quando o preço traça uma formação de reversão após cruzar a banda, é
de se esperar uma reversão da tendència.

No gráfico 12.8, que ilustra a New York Stock Exchange (NYSE) Composite,
vemos uma série de três altas que tocam ou excedem a banda superior (faixa
A). Os dois primeiros não apresentam qualquer sinal de exaustão. No entanto,
após a tentativa final, a linha de tendência ascendente é violada. Então, o pre-
ço cai abaixo do fundo anterior para completar um pequeno topo no ponto F.

Mais tarde, o preço toca a banda externa mais uma vez imediatamente antes
da faixa de negociação em B, mas não há nenhum sinal uma vez que consegue se
manter acima da parte inferior da faixa de negociação. Finalmente, uma boa linha
de tendência ascendente é violada e um sinal de venda é acionado no ponto E,
seguido por uma penetração temporária da banda externa. O que estamos vendo
é uma série de leituras estendidas excessivamente, que significa o que o preço re
almente representa, quando toca a banda. Ele finalmente confirma a leitura sobre-
comprada. Se não houver um sinal, a implicação é que, após uma breve correção,
o preço então irá registrar uma nova máxima ou minima para o movimento, de-
243
Envelopese Bandas de Bollinger.

GRAFICO 12.9 Gráfico Intradia da NYSE Composite e as Bandas de Bollinger

489 NYSE Composite E


Sem sinal (C)
488
B
488 A
Sem sinal Pequeno topo
487
487 G
486 Quebra da
Linha de
486 Tendência
485
ww
485 D
484 Rompimento da F
484 Linha deTendência Rompimento
483 falho
Venda sobre o cruzamento da MM
483
482
29

pendendo de sua direção. Isso nem sempre é o porque náão existe tal situação
caso,

os indicadores técnicos. O gráfico 12.9, por exemplo,


sempre, quando se utiliza
também ilustrando a NYSE Composite, mostra onde o preço cruza abaixo da ban-

da superior (ponto A), noentanto, ainda não representa uma nova máxima até

que um declínio representativo ocorra. Em tais casos, o melhor momento para


liquidar uma posição comprada é quando o preço cruza abaixo da média móvel.
Posteriormente, no ponto B, você pode ver um pequeno topo duplo àme-
dida que o preço tenta pela segunda vez romper acima da banda. Na próxima
tentativa (ponto C), não há nenhum sinal, mas apóso rompimento subsequente,
uma linha de tendência é violada (ponto D). Então, vemos uma série de míni-
mas (faixa E). Mas este suporte não foi rompido, entäo não houve motivo para
venda. Finalmente, o preço tenta romper a partir da faixa de negociação, mas

é detido pela banda superior (ponto F). Um rompimento da linha de tendência


subsequente (ponto G) é o sinal para liquidar. Em retrospecto, o que vemos é um
vez que a série de fundos é
rompimento que falhou, o que só agrava a baixa, uma
rompido para baixo.
Algumas vezes, é possível combinar a análise da banda de Bollinger com
o indicador Know Sure Thing (KST). Este indicador é discutido em detalhe no
244 Partel: Técnicas que Determinam as Tendéncias

GRAFICO 12.10 Vijaya Bank 2006-2007 e as Bandas de Bollinger

Vijaya Bank
A
****

*... ..
B
*

****
As Bandas estreitam
eo preço viola a linha

KST já em modo
KST de venda
150
100

100
160

Auruk September October HoremberI December 2007 Februa March April

Capítulo 15; agora, basta pensar nisso como um indicador de momentum suavi-
Zado, que desencadeia indicaçõesdemomentum de comprae venda quando cruza
acima ou abaixo da sua média móvel. No gráfico 12.10, que ilustra o Vijaya Bank,
uma ação Indiana, as bandas se estreitam no final de outubro quando o preço
experimenta uma correção latera.
A pergunta é: De que forma o preço romperá? Um indício importante pode,
às vezes, ser obtido ao olhar para um oscilador. Neste gráfico, estou usando o
KST, mas poderia facilmente ser a convergência e divergência da média móvel
(MACD), estocástico, indice da força relativa (IFR), e assim por diante. A ideia é
que o KST já está em declinio e, portanto, nos diz que o momentum de curto prazo
está tendendo para baixo. Uma vez que o preço em breve confirma a violação da
linha de tendéncia tracejada, não é de estranhar que o estreitamento das bandas,
ou seja, uma clara situação de equilibrio entre oferta/procura são resolvidas de
uma forma negativa. Mais tarde, no ponto B, vemos uma configuração semelhan-
te com o estreitamento das bandas. Desta vez, o KST cai abaixo de sua MM ao
mesmo tempo em que a linha de tendência é violada.
245
Envelopes e Bandas de Bollinger

Sumário
1. Os envelopes são médias móveis que são traçadas a níveis equidistantes acl-
ma e abaixo de uma média móvel específica.
2. Fornecem bons pontos de suporte/resist ncia que frequentemente inter-
rompem subidas e descidas.
3. Ocasionalmente, é uma boa ideia traçar diversas séries de envelopes em tor-
no da média móvel.
4. As bandas de Bollinger são tipos de envelope que so construídos a partir de
desvios padrão. Estes expandir e estreitar, dependendo da volatilidade de
preços.
5. Quando as bandas de Bollinger se estreitam, o alargamento subsequente das
bandas é normalmente seguido por um movimento de preço acentuado.
6. Quando o preço rompe uma das bandas, isto é um sinal de um forte momen
tum e devemos esperar que tendência permaneça.
7. Quando o preço retorna através da banda, espere por uma pausa na ten-
dência, a menos que este cruzamento esteja associado a um rompimento da
linha de tendência, neste cas0, o cruzamento provavelmente representa uma
exaustão.
13

MOMENTUM I:
PRINCÍPIOS BÁSICOS

Os métodos de determinação de tendência considerados até agora têm se preocu


pado com a análise do movimento do preço em si através de linhas de tendéncia,
padrões de preço, a análise das médias móveis (MM). Estas técnicas são extrema-
mente úteis, mas identificam uma mudança na tendência apenas depois dela ter
ocorrido. A utilizaç o de indicadores de momentum pode avisar de forças latentes
ou fraquezas do indicador ou preço que está sendo monitorado, frequentemente
antes do ponto de virada final.
Este capítulo vai examinar os principios gerais de interpretação do momen
tum que se aplicam em maior ou menor grau à todos os indicadores do tipo oscila-
dor. O percentual de mudança (ROC) será usado como um estudo de caso. Os dois
capítulos subsequentes discutirão outros indicadores de especificos de momentum.

Introdução
O conceito de momentum numa subida é ilustrado no seguinte exemplo. Quando
uma bola é lançada no ar, começa a sua trajetória em um ritmo muito rápido; ou
seja, possui um forte momentum. A velocidade com que a bola sobe, gradualmen-
te diminui, até que finalmente ocorre uma interrupção temporária. A força da
gravidade, em seguida, faz com que a sua direção seja revertida. O processo de
desaceleração, conhecido como perda de momentum na subida, é um fenómeno
que também é sofrido nos mercados financeiros. A trajetória de uma bola pode
ser equiparada a um preço de mercado. A taxa de avanço do preço começa a desa-
celerar consideravelmente antes que o último topo no preço seja alcançado.
Por outro lado, se a bola for lançada dentro de uma sala e bater no teto,
enquanto o seu momentum continua subindo, a bola e o momentum revertem
Momentum 1: Princípios Básicos 247

simultaneamente. Infelizmente, os indicadores de momentum no mercado não


são diferentes. Isso
porque há ocasiðes, em que o momentum e o preço,
ocorre
alcançam o topo simultaneamente, seja porque a força da venda gerou um teto de
resistència ou porque o poder de compra está temporariamente esgotado. Sob tais
condições, o nível do momentum frequentemente é tão útil quanto sua direço na
avaliação da qualidade de uma tendência de preço.

Principio Técnico Fundamental: A utilização dos indicadores de momen-


tum alerta sobre as forças e fraquezas latentes no indicador ou preço que está
sendo monitorado, frequentemente, muito antes do ponto da virada final.

O conceito de momentum descendente pode ser mais bem entendido, quan-


do comparado com um carro que é empurrado através do topo de uma colina. O
carro começa a rolar ladeira abaixo e, na medida em que o declínio vai aumen-
tando, o carro aumenta a sua aceleração; no fundo, ele atinge a sua velocidade
máxima. Apesar de sua velocidade, então começar a diminuir, o carro continua
sua trajetória, mas finalmente começa a parar. Os preços de mercado agem de
forma semelhante: A taxa de declínio (ou perda de momentum), muitas vezes,
desacelera antes da mínima final. Isso nem sempre é o caso, entretanto, uma vez
que o momentum e preço (como nos topos) revertem simultaneamente, quando
os preços encontram um importante nível de suporte (resistència). No entanto
o momentum guia os preços o suhciente para alertar de uma potencial reversão
da tendência no indicador ou no indice do mercado que está sendo monitorado.
Momentum é um termo genérico. Assim, como "fruta' descreve maçãs,
laranjas, uvas, etc., o "momentum' engloba muitos indicadores diferentes. Os
exemplos incluem taxa de mudança (ROC), o índice de força relativa (IFR), con-
vergência divergência das médias móveis (MACD), os osciladores de respiração
do mercado, e os índices de difusão.
Existem basicamente duas grandes formas de analisar o momentum. A pri-
meira utiliza os dados de preços para uma série individual, tal como uma moeda,
commodity, ações, ou índice de mercado, eo manipula de uma forma estatística que
é plotada como um oscilador. Vamos chamar de momentum do preço (embora o vo-
lume possa ser manipulado da mesma forma). A segunda também é plotada como
um oscilador, mas baseia-se na manipulação estatística de inúmeros componentes
do mercado, tal como a percentagem de ações da New York Stock Exchange (NYSE)
acima de uma média móvel de 30 semanas. Esta medição é mencionada como am-
plitude do momentum e é discutida no Capítulo 27. O momentum do preço pode
ser construído por qualquer série de preços, mas a amplitude do momentum pode
ser calculada apenas para uma série que pode ser dividida em vários componentes.
248 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Princípio técnico Fundamental: Os princípios ou características da inter


Pretação do momentum são os mesmos para todos os indicadores, porém,
alguns são especialmente construídos para exibir uma característica espe
cifica.

Este capítulo descreve os oito principios básicos. (Para um estudo mais apro-
fundado consulte o The Definitive Guide to Market Momentum, Martin J. Pring
2009, Traders Press ou o módulo de momentum no curso de análise técnica online
em Pring.com.) Usaremos o oscilador ROC como um exemplo, mas vocè deve se
lembrar de que é apenas um tipo de indicador de momentum de preços. Os ca-
pítulos 14, 15, 26 e 27 vão discutir outros indicadores individuais para o preço e
amplitude do momentum do mercado, respectivamente.
Deve r observado que o tipo de revers o da tendência sinalizada por umn
indicador de momentum depende do período de tempo sobre o qual foi calcula-
do. A prática de utilização de dados diários é aceita para identificar tendências de
curto prazo, dados semanais para tendências intermediárias e dados mensais para
tendências primárias.
E muito importante observar que a utilização de indicadores de momentum
assume que os mercados ou as ações estão experimentando um ritmo cíclico nor-
mal, que se expressa no comportamento do preço nas altas e correções. No entan-
o, em alguns casos, reações contracíclicas são quase inexistentes. O movimento
de preço é então refletido como uma tendência ascendente ou descendente linear.
Este é um
fenómeno
incomum,
mentum não funcionam.
e quando se desenvolve, os indicadores de mo

Principio Técnico Fundamental: E de extrema importância, utilizar a aná


lise do momentum em conjunto com algum tipo de sinal de reversão de ten-
dência na série do próprio preço.

Interpretação do momento

Rate of Change (Taxa de Variação)


A forma mais simples de medir o momentum é calcular a taxa em que um preço de
uma ação varia ao longo de um determinado período de tempo. É conhecido como
um indicador de taxa de variaço (ROC). Se vocè quiser, por exemplo, construir
Momentum I: Princípios Básicos 249

um ROC utilizando um período de tempo 10 semanas, o preço corrente é dividido


pelo preço de 10 semanas. Se o último preço for 100 e de 10 semanas atrás era 105,
o indicador ROC ou momentum terá uma leitura de 95,2, ou seja, 100 dividido por
105. A leitura subsequente no indicador será calculada pela divisão do preço da
próxima semana pelo preço das 9 semanas anteriores (ver Tabela 13.1); o resultado
é uma série que oscila em torno de um ponto de referência central
Esta linha de equilíbrio horizontal representa o nível em que o preço está
inalterado desde a sua leitura há 10 semanas (Figura 13.1). Se os cálculos do ROC
foram feitos por um preço que permaneceu inalterado, seu índice de momentum
seria representado por uma linha reta.
Quando um indicador ROC estiver acima da linha de referência, o preço de
mercado que ele está medindo é mais alto do que o seu nível das 10 semanas atrás.
Se o indicador ROC também está subindo, a diferença entre a leitura corrente do
preço e o seu nível de 10 semanas atrás está crescendo.

TABELA 13.1 Cálculo do ROC de 10 Semanas

ROC de 10 Semanas
DJIA (1) 10 Semanas (col. 1 dividida pela
Data DUIA(1) Ago (2) Col (2) (3)

Jan.1 985
8 980
15 972
22 975
29 965
Feb.5 967
12 972
9 965
26 974
Mar.5 980
12 965 985 98.0
19 960 980 98.0
26 950 972 97.7
Apr. 2 960 975 98.5
9 965 965 100.0
16 970 967 1003
23 974 972 100.2
30 980 965 101.6
May 7 985 974 1011
250 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 13.1 ROC Usando Percentagem da Escala

Preço

103
102 Momentum A
101
100 Equlibrium
99
98
97

Se um indicador ROC está acima da linha central, mas está em declínio, o


preço ainda está acima do seu nível de 10 semanas atrás, mas a diferença entre as
duas leituras está diminuindo. Quando o indicador ROC está abaixo de sua linha
central e diminuindo, o preço está abaixo do nível 10 semanas atrás, e a diferença
entre os dois está aumentando. Se o indicador está abaixo de sua linha central,
mas subindo, o preço é ainda menor do que o seu nível de 10 semanas atrás, mas
a sua taxa de declínio está diminuindo.
Resumindo, um indicador ROC indica um aumento de velocidade, e uma
diminuição, indica uma perda de momentum. A subida do momentum deve ser
interpretada como um fator altista, e um declínio do momentum como um fator
baixista.
Existem dois métodos de escala em um gráfico ROC. Uma vez que a escolha
não afete a tendência ouo nível do índice, o método utilizado não é importante,
mas uma breve explicação é adequada, porque as duas alternativas podem ser
confusas. 0 primeiro método é o que foi descrito anteriormente e mostrado na
Figura 13.1, onde 100 torna-se o ponto de referência central. No exemplo, 100
(observação desta semana) dividido por 99 (a observação de 10 semanas atrás) é
plotado como 101, 100 dividido por 98, como 102, 100 dividido por 102,
98, e assim por diante.
alternativa é pegar a diferença entre o indicador e o nível 100 e marcar
graficamente o resultado como um nùmero positivo ou negativo, utilizando uma
linha de referência de 0. Neste caso, (101 é marcado como +1), (102 como +2), (98
como-2), e assim por diante (veja a Figura 13.2).
Momentum 1: Princípios Básicos 251

FIGURA 13.2 ROC Usando Escala Positiva e Negativa

nwMW Preço

Momentum

Equilibrium

Seleção do Periodo de Tempo

E importante escolher ointervalo de tempo correto. Para tendências de longo


prazo, um momentum de 12 meses ou 52 semanas é geralmente o mais confiável,
embora um período de 24 ou 18 meses também possa ser adequado. Para ten-
dências intermediárias, um momentum de 9 meses, de 26 semanas (6 meses), ou
13 semanas (três meses) funcionam bem. Os movimentos de preço, mesmo com
duração mais curta são frequentemente, refletidos por um intervalo de 10-, 20-,
25-, ou 30 dias. Os movimentos curtos/intermediários mais confiáveis são muitas
vezes refletidos com um período de 45 dias (9 semana).

Principio Técnico Fundamental: A análise de qualquer situação técnica


será aprimorada pelo cálculo de diversos indicadores de momentum, cada
úm baseado em diferentes períodos de tempo.

Desta forma, as linhas de tendências, os padrões de preços, ou as


divergências,
que podem não ser visíveis em um período, são mais aparentes em outro. A descober-
ta de sinais de uma reversão de tendência em vários
indicadores construídos a partir
de diferentes períodos de tempo acrescenta mais combustível ao
peso da evidência.
252 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 13.1 iShares MSCIWorld Stock ETF 2002-2012 Múltiplos


Momentum Confirmam Quebra da Linha de Tendência

ishares MSCI World Stock ETF

Confimações
do preço
ROC (9

ROC (12)

ROC (18)

**** **

Fonte pring.com
Um exemplo disso é ilustrado no gráfico 13.1 para iShares MSCI World Stock ETF
(simbolo ACW) pouco antes do mercado de baixa de 2007 a 2009. Observe que a li-
nha de tendência do preço foi violada mais ou menos simultaneamente com a MM de
12 meses com um sinal muito mais forte do que apenas a própria linha de tendência.

Princípios e Aplicações de Indicadores de Momentum

A seguinte descriç o dos princípios e a utilização dos indicadores de momentum


aplicam-se a todas as formas de osciladores, seja construído a partir de uma série
de preço individual ou a partir de um indice que mede o momentum interno do
mercado, como os descritos no Capítulo 27.
Estes princípios podem ser divididos em duas grandes categorias.
1. Aqueles que lidam com condições sobrecompradas, condições sobreven-
didas, divergências e afins. Vou chamar estas condições de características
de momentum. Se você estudar os indicadores de momentum ou oscila-
dores, vai achar que eles têm certas características que estäo associadas
com os pontos fortes ou fracos abaixo da
superficie na tendência de pre-
Momentum 1: Princípios Básicos 253

ços subjacente. E como olhar sob o capô de um motor. E necessário ter


muito tempo para identificar os problemas mecânicos antes que se torne
evidente. O momentume sentimento estão intimamente ligados, e a rela-
ção entre eles é discutida no Capítulo 29.
2. A identificação da reversão dessas tendências no indicador de momentum.
Vou chamar essas técnicas de momentum de reversão da tendência. Neste
caso, estamos fazendo a suposição de que, quando uma tendncia no mo-
mentum é revertida, os preços mais cedo ou mais tarde vão seguir.

Técnicas de determinação de tendências, tais como violações de linha de


tendência, cruzamentos de médias móveis, etc., quando aplicados ao momentum,
são válidos como quando utilizados com preços. A diferença, e o que e importan-
te, é que uma reversão de tendència no momentum é apenas isso: uma reversão no
momentum. O momentum tipicamente reverte junto com o preço, frequentemen-
te com uma pequena vantagem, mas só porque osciladores mudam de direção,
nem sempre significa que os preços vão mudar a direção também. Normalmente,
uma reversão no momentum da tendência confirma as evidèncias de unm sinal de
reversão da tendência dos preços. Com efeito, este sinal do momentum atua como
uma "testemunha" adicional na nossa abordagem de peso da evidncia. Eu terei
mais a dizer sobre isto um pouco mais tarde, mas por ora, dê uma especial atenção
ao fato de que os sinais de compra e venda reais somente podem surgir de uma
reversão na tendência do preço real, não da série do momentum.

Características do Momentum

1. Os Niveis de sobrecomprado e sobrevendido: Talvez o método mais utiliza-


do de interpretação do momentum é a avaliação dos níveis de sobrecomprado e
sobrevendido. Este conceito pode ser comparado a uma pessoa que leva um cão
indisciplinado para um passeio com uma guia. A guia está continuamente sendo
puxada de um lado da pessoa para outro na media em que o cão se esforça para se
libertar. Apesar de toda a sua atividade, no entanto, o cão não pode se mover para
mais longe do que o comprimento da guia.
O mesmo princípio vale para os indicadores de momentum no mercado, exce-
to que a "guia' do mercado deve ser considerada como feita de borracha, de modo
que seja possível que as tendências de preço consideravelmente fortes ou fracas se
estendam além dos limites normais, conhecidos como níveis sobrecomprado e sobre-
vendido. Estas áreas são traçadas em um gráfico a alguma distância acima e abaixo
do nível de equilíibrio, como mostrado na Figura 13.3. Os limites reais vão depender
da volatilidade do preço a ser monitorado e o periodo de tempo durante o qual o
indicador de momentum foi construido. Por exemplo, um indicador ROC tem uma
tendencia de se mover para extremos mais largos durante um período mais longo do
254 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendéncias

FIGURA 13.3 Zonas Sobrecompradas e Sobrevendidas

Sobrecomprado

AA Sobrevendido
.
Equilibrium

que um mais curto. E altamente improvável que um preço vá se movimentar 10% ao


longo de um período de 10 dias; ainda, ao longo de um mercado de primário de alta
que se estende ao longo de um periodo de l12 meses, um aumento de 25% não seria
incomum. Alguns indicadores, como o IFR e o estocástico, foram
especialmente
construidos para se movimentar dentro dos limites definidos,
predeterminados.
Quando um preço atinge uma extremidade sobrecomprada ou sobrevendi-
da, as probabilidades favorecem, mas, de forma nenhuma garante uma reversáão.
Uma leitura de sobrecomprado é um momento de estar pensando na venda, e
uma sobrevendida adverte que a
posição técnica atual pode justificar uma com-
pra. Em muitos casos, quando um preço alcança uma extremidade sobrecom-
prada, a notícia é boa, os participantes estão otimistas, ea natureza humana nos
diz para comprar. Infortunadamente, o
oposto é mais provável que seja o caso.
Por outro lado, uma leitura sobrevendida é
geralmente
associada a um históricoo
negativo de notícias. A última coisa que queremos fazer é levantar a nossa mão
trêmula, pegar o telefone e ligar para o nosso corretor amigável ou nervosamente
colocá-lo on-line, mas, frequentemente, temos um
tempo razoável para fazê-lo,
desde que, a posição técnica geral seja favorável.
Em vista da variabilidade dos indicadores
ROC, não há nenhuma
como o
regra rígida e rápida sobre o local onde as linhas de sobrecomprado de sobreven-
dido devam ser traçadas. Isto pode
determinado apenas estudando a história
ser
e as características da ação que está sendo monitorada. Devem ser
tal forma que vão
traçadas de
atuar como pontos pivo, que, quando tocados
ultrapassados, são seguidos por uma reversão no oscilador. Quando ocorre um
ou
ligeiramente
movimento de preços consideravelmente acentuado, esses limites se tornarão to-
talmente ineficazes. Infelizmente, esta é uma realidade, mas
geralmente é possível
construir marcas de referència para sobrecomprados ou sobrevendidos que são
sensíveis ao preço. Novamente, a "guia" do mercado é feita de borracha e pode
Momentum I: Princípios Básicos 255

permanecer em uma condição sobrecomprada ou sobrevendida por longos peri-


odos. Por conseguinte, é essencial para obter a confirmação de uma reversão da
tendencia do preço antes de tomar qualquer atitude drástica.

2. Caracteristicas do oscilador em Mercados Primários de Alta e de Baixa.


Mencionei anteriormente que o comportamento de um oscilador é alterado de
acordo como cenário dos preços. Num mercado de alta, os osciladores tendem a
se movimentar muito rapidamente, para uma condição sobrecomprada e perma-
necer lá por um longo tempo. Num mercado de baixa, eles podem permanecer
numa condição sobrevendida por um longo tempo. Com efeito, um oscilador não
é diferente de uma ave migratória no Hemisfério Norte. Dividi o preço da ação na
Figura 13.4 num mercado de baixa, seguido por um de alta, e, finalmente, outro
mercado de baixa. Quando entramos na fase de baixa, a verdadeira faixa do osci-
lador desloca-se para o sul, de uma forma semelhante a um pássaro no Hemisterio
Norte migrando para o sul para escapar do frio inverno setentrional. Então, quan-
do o mercado de alta começa, o padräo de negociação do oscilador migra parao
norte novamente. Assim que um novo mercado de baixa começa, assim como o
pásaro o oscilador finalmente se desloca para o sul novamente.
Esta é uma informação útil, para que seja possível traçar linhas horizontais
paralelas como estas contra um oscilador, ela fornece uma pista valiosa para sa-
bermos se a tendência primária predominante é de alta ou de baixa.

Principio Técnico Fundamental: Os osciladores se comportam de diversas


formas, dependendo da direção da tendência primária.

FIGURA 13.4 Mudanças nas Caracteristicas do Momentum nos Mercados


Alta e de Baixa

Mercados primários de baixa


duramde 1 a2 anos Primário de baixa

W
Mercados primários de
alta duram de1a2anos

eaes*asasesesamaas sn anaee sanse ce so


A A A A A A

****e*

B
Tendências
256 Parte I: Técnicas que Determinam as

O segundo ponto é que se vocè tiver uma ideia da direção da tendncia primá-
você pode antecipar que movimento de preço, poderia seguir através de uma lej.
a específica da condição sobrecomprada ou sobrevendida.Num mercado de alta,
opreço é extremamente sensível a uma condiç o desobrevendido. lsso significa que
quando você tiver sorte o suficiente para ver um, olhe em por alguns sinais confir
mando que o preço está prestes a subir. Um exemplo pode ser a violação de uma
linha de tendência de baixa, etc. O motivo dessa sensibilidade reside no fato de que a
leitura sobrevendida, muito provavelmente reflete um sentimento extremo de curto
prazo. Os participantes do mercado estão focados sobre as últimas más notícias e
usando isso como uma desculpa para vender. Como este e um mercado de alta, eles
seriam mais beneficiados lembrando dos fundamentos positivos de longo prazo que
em breve se revelarãoe usar esta fraqueza como uma oportunidade de compra.
A mesma coisa acontece no sentido inverso durante um mercado de baixa.
Os traders estão focados nas más notícias, que leva o preço para baixo. Então,
algumas boas notícias surgem e os preços sobem. No entanto, quando elas são
totalmente assimiladas, a maioria das pessoas percebe que as coisas realmente
não mudaram nada e o preço cai novamente. Assim, a leitura sobrecomprada,
mais frequentemente do que não, irá corresponder com o topo de uma alta no
mercado de baixa.
Olhando para isso de outra perspectiva, durante um mercado de alta, o pre-
ço será muito menos sensível a uma condição de sobrecomprado. Muitas vezes,
será seguido por um pequeno declínio ou mesmo uma faixa de negociação, como
no ponto A da Figura 13.4. A regra, ento, é não conte com uma condição sobre-
comprada de curto prazo para desencadear uma grande queda porque as proba-
bilidades não são a favor dela.
Finalmente, as pessoas, frequentemente, apontam para uma condição so-
brevendida e usam isso como sua justificativa para uma alta. Seu colunista fi-
nanceiro favorito poderia dizer: "Os analistas apontam que o mercado está pro-
fundamente sobrevendido e uma recuperação dos preços é esperada. Mais uma
vez, isso depende muito do cenário. Num mercado de alta, isso é verdade, mas o
colunista é mais propenso a dizer que "apesar da condição sobrevendida de curto
prazo, os analistas estão esperando preços mais baixos porque .. " e, em seguida,

o colunista vai continuar a enumerar diversos fatores de baixa, justificando a sua


posição. Lembre-se, os meios de comunicação tendem a refletir a multidão, que
normalmente está errada nos pontos de virada e não fazem previsões precisas,
especialmente quando citam "especialistas". Num mercado de baixa, no entanto,
um mercado ou uma ação é muito menos sensível a uma leitura de sobrevendida,
muitas vezes falhando para sinalizar uma subida, ou, possivelmente sendo segui-
do por uma faixa de negociação, como no ponto Bda Figura 13.4.
O prazo de vencimento da tendncia, seja primária ou intermediária, muitas
vezes tem um efeito sobre os limites que um oscilador possa alcançar. Por exem-
plo, quando um mercado de alta está apenas começando, há uma tendência muito
Momentum 1: Princípios Básicos 257

maior para ele se movimentar rapidamente para dentro da área sobrecomprada


e permanecer com leituras muito altas por um período considerável de tempo.
Em tais casos, as leituras da área sobrecomprada tendem a dar alertas prematuros
de declínios. Durante as fases iniciais do ciclo de alta, quando o mercado possui
um forte mnomentum, as correções do nível de excesso de vendas são muito mais
sensiveis às reversões de preços, e tais leituras, portanto, oferecem sinais mais
confiáveis. E apenas quando a tendncia de alta está amadurecendo, ou durante as
Jases de baixa, que os nífveis de sobrecomprado podem ser confiáveis para sinalizar
que uma alta está prestes a ser abortada. O próprio fato de que um indicador não
consegue permanecer em, ou mesmo alcançar, uma leitura na condição de so-
brecomprada por muito tempo é em si, um sinal em que o avanço está perdendo
momentum. O oposto é verdadeiro para uma tendncia de baixa.

3. Recruzamentos sobrecomprado/sobrevendido. Na maioria dos casos, exce


lentes alertas de compras e vendas são gerados quando o indicador de momentum
ultrapassa o seu limite prolongado da condição de sobrecomprado ou sobreven-
dido, e em seguida, recruza novamente o limite a caminho de zero. A figura 13.5
demonstra esta possibilidade. Esta abordagem filtra diversos sinais prematuros de
compra e venda gerados apenas quando o indicador alcança o seu limite prolonga-
do, mas ainda deve esperar por uma reversão de tendência no preço antes de agir.

4. Mega Sobrecomprados e Sobrevendidos. Como discutido no Capítulo 29, há


uma estreita ligação entre os indicadores de sentimento de mercado e ascarac
terísticas dos osciladores. Como o sentimento do mercado varia muito durante

FIGURA 13.5 Descruzamento nas Regiões Sobrecomprado e Sobrevendido

AZA A
258 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendeências

os mercados de alta e de baixa, segue-se que essas variações são ocasionalmente


refletidas na mudança de características dos indicadores de momentum. Eu deno-
minei um desses fenômenos de "mega sobrecompradoe sobrevendido'. O mega
sobrecomprado é o impulso inicial num mercado de alta apos a minima final. É
uma leitura do indicador de momentum que vai bem além da condição normal de
sobrecomprado, presenciada em precedentes mercados de alta ou de baixa. Deve,
por exemplo, representar uma alta de vários anos para o oscilador em questão, tal-
vez mesmo uma leitura sobrecomprada recorde. Essas condições são geralmente
um sinal de um mercado de alta muito jovem e vibrante. O próprio fato de que
um oscilador é capaz de até mesmo aumentar para um nível tal pode ser usado,
intamente com outra evidência de uma tendência de reversão, para sinalizar que
uma novo mercado em alta já começou. Ele representa um sinal de que o equi-
librio entre compradores e vendedores mudou de forma inequívoca a favor de
compradores. E algo como uma pessoa usando toda a sua força para arrombar
uma porta trancada. E preciso uma enorme energia para conseguir, mas uma vez
que, a porta esteja finalmente aberta, não há nada que segure essa pessoa por mais
tempo. Da mesma forma, um mega sobrecomprado elimina as restrições de preço
de um mercado de baixa, deixando-o livre para experimentar um novo mercado
de alta. Um exemplo é mostrado na Figura 13.6
Esta é a única ocasião em que abrir uma posição comprada sobre uma con-
dição sobrecomprada pode ser justificada. Mesmo assim, somente pode ser com-
preendida por alguém com um horizonte de tempo de longo prazo. Isto é devido
ao fato de que sempre que um oscilador experimenta uma mega sobrecompra, os
preços mais altos quase sempre seguem após uma desaceleração de curto prazo ou

FIGURA 13.6 Mega Sobrecomprado

Mercados primários de alta


Mercados primários de baixa
duramde1a2 anos
duramde 1 a2 anos

Mega sobrecomprado

AWAA
Momentum I: Princípios Básicos .259

uma
consolidação ocorreu. Um trader altamente alavancado pode
não suportar
a pressão financeira do movimento de contra tendência, enquantoo investidor
de longo prazo pode. Na maioria dos vai achar que
casos, você provavelmente
a correção seguindo a mega sobrecompra é lateral ao invés de para baixo, mas
há suficientes exceções para levar um trader excessivamente alavancado, a noites
sem dormir. Como uma mega sobrecompra está associada à primeira alta num
mercado de alta, é uma boa ideia verificar e observar se o volume também está
aumentando rapidamente. Se ele se tornar um volume recorde para uma ação
especifica, o sinal é muito mais alto porque o volume recorde surgindo depois de
um grande declínio é normalmente um sinal confiável de um novo mercado de
alta. O aumento do volume é uma condição relativamente necessária, uma vez
que é consistente com a ideia de que os compradores têm agora a vantagem e que
a psicologia foi totalmente revertida
Dito isto, há ocasiões em
mega sobrecompra não é seguida por
que uma

uma reversão, mas


por uma mudança na tendência. Em outras palavras, o pré-
vio mercado de baixa surge dentro uma faixa de negociação multianual, em vez
de um mercado com pleno direito de alta. A questão aqui é que o fundo que
precede a mega sobrecompra normalmente não é decisivamente violado por
muitos anos.
O mesmo conceito também aparece inversamente para uma condição de ex-
trema sobrevenda. Consequentemente, quando um preço cai após uma alta de
um mercado de alta empurra o indicador de momentum para uma nova mínima
extrema, bem além de qualquer coisa evidente quer durante o mercado de alta
anterior ou para muitos anos antes disso, a implicação é que os vendedores agora
detém o poder. O fato de que é possível para o indicador de momentum cair tão
drasticamente e tão profundamente é em si mesmo um sinal de que o compor
tamento do mercado mudou. Quando você vê este tipo de comportamento, você
deve, pelo menos, duvidar deste cenário de mercado de alta. Procure por sinais
reveladores de que um novo mercado de baixa pode estar a caminho. Quais são as
configurações de volume na próxima subida? O volume agora mostra uma ten-
dência de baixa, à medida que o preço sobe comparado com as subidas anteriores
que eram associadas com tendèncias de volume ascendente? E assim por diante.
As mesmas possibilidades de uma mudança, contrária à uma reversão na tendên-
cia, também se aplicam no sentido de que, uma mega sobrevenda é normalmente
o primeiro declínio num mercado de baixa, mas ocasionalmente, também pode
sinalizar uma mudança na tendëncia de um mercado primårio de alta em uma
faixa de negociação de vários anos. Um exemplo de uma mega sobrevenda é mos-
trado na Figura 13.7. As megas condições geralmente são mais bem observadas
em osciladores de curto prazo com um período de tempo variando de 10 a cerca
de 30 dias. Em gráficos semanais, também é possível que o período se estenda até
13 semanas, embora, obviamente, esses sinais sejam menos oportunos do que os
derivados de períodos de tempo de curto prazo. Nunca se desenvolvem a partir
260 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 13.7 Mega Sobrevendido

Mercados primáros de baixa


duramde 1 a2 anos

Mercados primáios de alta


duram de 1 a 2 anos

*************************************************** ***** ************************************************************.

AAA
* * ******
*
*********************************.*nronppoep*****

Mega sobrevendido
***********

de indicadores cuja construção restringe suas flutuações entre 0e 100, como o IFR
eo estocástico.
O gráfico 13.2 ilustra o ETF da Spider Technology (símbolo XLK) em 2009
em um mercado primário de baixa. Veja como a leitura da máxima do ROC de
10 dias excede qualquer coisa vista antes de um sinal clássico de uma mega so-
brecompra. Isso é notável quando você se lembra de que o primeiro sinal de uma
reversao da tendéncia primária foi dado no prazo de 10 dias após a mínima do
mercado de baixa. Isso não é uma evidência suficiente para chamar de uma vi-
rada, mas certamente o suficiente para alertar o analista atento a observar mais
cuidadosamente para confirmar a evidência, tal como um rompimento para aci
ma da linha de tendncia horizontal, sinalizando a conclusão de um fundo duplo.

5. Oscilações extremas. A oscilação extrema é outro fenômeno que sinaliza uma


mudança dramática na psicologia. Reflete o conceito de que algumas reversões de
tendencias primárias são sinalizadas por uma oscilação de exuberância inacreditável
quando o mercado de alta atinge o seu topo, levando a um total desânimo e depres-
são, pois a primeira recuperação do mercado de baixa está a caminho. O oposto
é verdadeiro em uma transição de mercado primário de baixa para um mercado
primário de alta. Para que uma oscilação extrema se desenvolva, é necessário ex-
perimentar uma tendncia de alta ou baixa prolongada. A oscilação extrema então
aparece num indicador de momentum por um movimento especialmente forte na
direção da tendência então prevalecente, conforme mostrado na Figura 13.8. Então,
é seguida por uma leitura extrema na direção oposta. Na Figura 13.8, vemos uma
exaustão do movimento de alta, quando o oscilador atinge uma leitura altamente
Momentum I: Principios Básicos 261

GRAFICO 13.2 Spider Technology ETF 2005- 2009 Mega Sobrecomprado

Spider Technology

ROC 10 dias

ROC 10 dias Mega Sobrecomprado Confimação

Fonte: pring.com

FIGURA 13.8 Oscilação Extremamente Baixista

Mercado de Alta E bom ver uma


confirmação, também!

Umsobrecomprado plurianual
seguindo uma tendência

dealta...

AA ..élogo seguido por um


****
sobrevendido plurianua
262 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

sobrecomprada. Isto é subsequentemente seguido por um declínio de preços que o


empurra para o outro extremo. Esse comportamento indica uma dramática mudan-
ça no sentimento, quando os participantes do mercado mudam seu estado de euforia
para um estado de desânimo na medida em que o mercado reage eventualmente no
sentido oposto ao que inicialmente esperado.
Para ser considerada uma oscilação extrema, a primeira oscilação deve re
presentar omovimento mais forte durante diversos anos, certamente, o mais forte
desde o impulso inicial a partir do fundo do mercado de baixa precedente. É re-
almente um movimento de clímax para o mercado de alta. A segunda oscilação
para baixo deve realmente ser uma mega sobrevenda, embora em alguns casos,
uma sobrevenda extrema será suficiente.
Este fenômeno ocorre porque, sem dúvida, a primeira oscilação encoraja os par-
ticipantes que estiveram certos sobre a tendencia predominante e desencoraja aqueles
que erraram. No caso de um mercado de alta, a alta final também elimina todas as
vendas a descoberto restantes, por isso, quando a tendência reverte, não há pratica-
mente nenhuma atividade de compra de especuladores cobrindo posições vendidas
O avanço acentuado precedente também encorajou os compradores que podiam ver
que havia apenas um caminho que os preços poderiam seguir, e que era para cima.
Como resultado, as decisões do lado da compra são feitas sem cuidado e sem observar
o fato de que os preços poderiam se movimentar para o outro lado. Quando o fazem,
tais individuos saem do mercado amedrontados. Visto que, poucos vendedores a des-
coberto estão em condições de juntar os cacos, o preço cai ferozmente.
As oscilações extremas também se desenvolvem entre uma tendência primária
de baixa e de alta, como mostrado na Figura 13.9. Neste caso, porém, a mudança
de humor é de desânimo total e depressão quando o mercado de baixa afugenta

FIGURA 13.9 Oscilação Extremamente Altista

Mercado primário de baixa

seguido por
um extremamente
sobrecomprado
.- pånico final do dedinio para paraum *** * * * * * ********************** **** ***********************

uDdo de muitos anos do momentum...

******** * * * * *****
*******o*so* **.

**** ********.
Momentum I: Principios Básicos 263

GRAFICO 13.3 iShares FTSE China 25 ETF 2005-2009 0scilação Extrema

iShares FTSE/Xinhua China 25 Index (ETF)

Confirmação

ROC 10 dias Mega Sobrecomprado

Oscilação Extrema

Fonte: pring.com

os últimos comprados para uma descrença na medida que o mercado reverte para
cima. Nos fundos do mercado, so os vendidos a descoberto que ganham confiança
na tendência de baixa acentuada e persistente. Até mesmo os compradores mais
fortes são forçados a desistir, e, eventualmente, não há ninguém para vender. Então,
durante a fase de subida, os vendidos são obrigados a cobrir e uma nova compra
surge devido às melhorias observadas nos fundamentos. Como não há praticamen
te ninguém para vender, os preços sobem e uma mega ou extrema sobrecompra é
registrada.
Desnecessário dizer, as oscilações extremas são bastante incomuns, mas
quando você pode identificá-las, realmente vale seguir a sua liderança, desde que
uma nova tendência ocorra invariavelmente.
O gráfico 13.3 mostra um exemplo de uma oscilação altista extrema para a
China iShare (símbolo FXI), em um mercado primário de baixa de 2007 a 2009.
Observe que, neste caso, a parte altista do padrão também foi uma condição de
mega sobrecomprado. E inadequado, no entanto, muito embora tenha sido uma
sobrecompra plurianual seguindo um mercado de baixa, aquele declínio foi de
apenas alguns meses a mais do que o nosso requerimento mínimo de 9 meses para
um desses fenômenos.
264 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 13.10 Momentum e Divergências

Indice
de preço

Momentum
100 Indice

Principio Técnico Fundamental: Condiçöes megae extremas representam


os sinais preliminares de uma reversão de tendéncia primária. A confirmação
pelo preço geralmente coloca a questão além de qualquer dúvida razoável.

6. Divergências. O exemplo da bola utilizada no inicio do capitulo mostrou que a


velocidade máxima foi obtida razoavelmente perto do ponto em que a bola élan
çada. Da mesma forma, os preços nos mercados financeiros usualmente atingem
o seu nível máximo de momentum antes da alta final dos preços. Na figura 13.10,
isto é mostrado no ponto A.
Se o preço faz uma nova alta, o que é confirmado pelo índice de momentum,
nenhuma indicação de fraqueza técnica se manifesta. Por outro lado, se o momen-
tum não confirmar (ponto B), uma divergência negativa é estabelecida entre as
duas séries, e um alerta é dado de que uma estrutura técnica está enfraquecendo.
Essas discrepâncias normalmente indicam que o preço vai passar por um pro-
cesso de correção. Pode assumir a forma lateral ou de uma faixa de negociação
horizontal, ou (mais provavelmente) descendente. No entanto, o preço vai conti-
nuar a subir, por vezes, para um terceiro topo e ser acompanhado por uma maior
fraqueza no índice de momentum (ponto C). Ocasionalmente, o terceiro topo no
indice de momentum pode ser maior do que o segundo, mas menor do que o pri-
meiro. Em qualquer circunstância é necessário algum grau de cautela, visto que,
esta característica é um aviso distinto de uma reversão acentuada no preço ou um
longo período de correção.
A figura 13.10 também mostra uma divergência positiva. Neste caso, o preço
faz o seu fundo no ponto E, mas foi precedido pelo oscilador, que fez o fundo em D.
Momentum : Princípios Básicos 265

FIGURA 13.11 Divergência de Baixa Extrema

Confirmação
Queda acentuada

Virtualmente nenhum ímpeto


no momentumnotopo final

A
Principio Técnico Fundamental: E extremamente importante observar que
as divergências apenas podem alertar uma condição de fraqueza ou de força
do mercado e não representa um sinal de compra venda real.

Sempre que qualquer divergência entre o momentumneo preço ocorre, é im-


portante esperar por uma confirmação do próprio preço de que a tendência tam-
bém foi revertida. Esta confirmação pode ser alcançada através de: (1) a violação
de uma linha de tendência simples, como mostrada nas Figuras 13.10 e 11: (2)
o cruzamento de uma média móvel (MM); ou (3) a conclusão de um padrão de
preços. Esta forma de seguro vale a pena ser teita, uma vez que não é raro que um
índice tenha uma perda contínua e recupere o momentum sem sofrer um rompi-
mento na tendência durante um longo avanço cíclico. Os exemplos deste fenôme-
no ocorreram durante o mercado de alta de 1962 a 1966 em ações americanas, e
em ações japonesas entre 1982e 1990.

Princípio Técnico Fundamental: Como uma regra geral, quanto maior o


número de divergências negativas, mais fraca a estrutura subjacente.
Tendências
266 Parte I: Técnicas que Determinam as

GRÁFICO 13.4 Nikkei 1995 1990 Divergências Negativas

4000
3600
3000
2600 Nikkei

|2000 MME 65 semanas


|1600
10 2
3
20
ROC 13 semanas
10
oAAAL

10
W
20
30

H986 1987 1988 198 1990


Fonte pring.com
Um bom exemplo pode ser visto no gráfico 13.4, que mostra o Indice Nikkei
violando uma importante linha de tendència primária de 3% anos, após o indica-
dor ROC de 13 semanas divergir negativamente diversas vezes em relação ao índice.
Como resultado, a última alta foi pouco acompanhada de muito pouco mnomentum
no caminho para cima. Teria sido um erro vender em quaisquer das divergèncias an-
teriores, mas um sinal de venda muito oportuno foi criado pela espera de uma con-
firmação na forma de um rompimento de tendência do próprio indice através de
um cruzamento negativo de uma média móvel exponencial (MME) de 65 semanas.

Principio Técnico Fundamental: Uma divergência que se desenvolva pró-


xima à linha de equilibrio, frequentemente, é seguida por um movimento de
preço acentuado, quando confirmado pelo preço.

No ponto Cna Figura 13.11, o preço se movimenta para uma nova alta sig
nificativa, mas o indicador momentum é apenas capaz de permanecer acima da
linha de equilíbrio. Essa situação requer uma cautela máxima quando acompa-
nhada por um rompimento da tendência, pois geralmente é um sinal de extrema
fraqueza técnica, e é frequentemente, embora, certamente nem sempre, seguido
por um declínio muito acentuado. A situação contrária (Figura 13.12) em um

mercado de baixa deve ser vista como uma característica muito positiva, princi
Momentum !: Principios Básicos 267

FIGURA 13.12 Divergência Extremamente Baixista

Seguido por uma


subida acentuada

Virtualmente nenhum momentum Confimação


para baixo no final daqueda

A A
palmente se o rompimento da tendência ascendente no preço for acompanhada
por um alto volume. Quanto maior o volume, mais confiável é provável que seja
o sinal.
De certo modo, é possível equiparar as divergências do momentum e os rom-
pimentos da tendência de preços com nuvens e chuvas. Se você olhar o céu e
observar nuvens escuras, seu bom senso diz que provavelmente vai chover, mas
você não tem certeza, at que provavelmente chova, mas ainda n o tem certeza,
até que você estenda suas mãos e realmente sinta que ela esta caindo. Em outras
palavras, as nuvens (como as divergências) alertam para a deterioração do cli-
ma (condição técnica), mas a mudança é sinalizada apenas pela primeira gota de
chuva (reversão no preço). É possível levar a analogia adiante, concluindo que,
quanto mais escura as nuvens (maioro número de divergências), mais forte será
a tempestade (mais acentuada a queda dos preços).

7. Divergência Discrepante do Preço. Outra indicação de força ou fraqueza stil


é dada quando as séries de momentum se movimentam fortemente em uma dire-
ção, mas o movimento acompanhando o índice de preços é um muito menor. Esse
desenvolvimento sugere que o índice de preços está cansado de se movimentar
na direção da tendência predominante, apesar de um forte impulso de energia
do índice do momentum, os preços são incapazes de responder. Este fenômeno
incomum, mas poderoso é ilustrado para os dois topos e fundos nas Figuras 13.13
e 13.14. Na alta, em meados de 1990, o ROC de 13 semanas da Nikkei no Gráfico
13.4 representa um bom exemplo. Observe também comoo preço recuou algu-
mas vezes na Média Móvel Exponencial (MME) de 65 semanas.
268 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 13.13 Divergência Altista no Preço

Opreço não está täo fraoo

AAA Dedinio signiicante no momentum

FIGURA 13.14 Divergência Baixista no Preço

Opreço não está tão forte

Subida significante no momentum

A
8. Divergências complexas. E amplamente reconhecido que os movimentos de
preços são simultaneamente influenciados por vários fenômenos cíclicos. Como
um único indicador de momentum pode monitorar apenas um desses ciclos, é
sempre adequado comparar vários indicadores diferentes de momentum baseados
em diferentes períodos de tempo.
Uma abordagem é traçar dois indicadores de momentum com diferentes pe-
riodos de tempo para monitorar dois ciclos separados, é aconselhável escolher
dois períodos de tempo bem diferentes. Por exemplo, quase nada poderia se ga-
Momentum I: Princípios Básicos 269

FIGURA 13.15 Divergência Baixista no Preço


Indice
--
MMde longo prazo
1é, 40 semanas)

Confimação
M
Negativa da
Tendencia Confimação
Positiva da
Divergência Negafva Tendência
de ongo prazo
ié, 40 semanas)
A2

ROC-13semanas

ROC-26 semanas
Divengência Posihva

nhar, comparando um ROC de 12 semanas e um de 13 semanas, uma vez que,


iriam se movimentar muito próximos. Por outro lado, uma combinação de umn
ROC de 13 com um de 26 semanas, claramente, iriam refletir ciclos diferentes.
Na maioria das vezes, os dois indicadores estão se movimentando engre-
nados, de modo que, este estudo não nos dá muita informação. Por outro lado,
quando o indicador de longo prazo atinge um novo topo eomais curto está igual
ou próximo à linha de equilibrio, eles estão claramente em desacordo ou fora
da engrenagem (ponto A2, Figura 13.15). Isso normalmente, mas não necessa-
riamente, indica que uma reversão na tend ncia ocorrerá, e, geralmente, é um
passo importante. Mesmo assim, é muito importante se certificar de que qualquer
divergència é confirmada por uma reversão na própria tendência dos preços. Na
Figura 13.15, um rompimento da tendência ocorre, mas na Figura 13.16, nenhu-
ma reversão ocorreu e o preço continuou subindo.
As divergências complexas também ocorrem em uma combinação positiva,
como indicada mais adiante no ponto Bl na Figura 13.15, mas novamente, é im-
prescindível esperar pelo sinal da tendência de reversão no próprio preço.
Um exemplo no Gráfico 13.5 ilustra o ETF da United States Oil. Note que
ele oferece um bom exemplo de uma divergência complexa positiva e negativa,
juntamente com uma confirmação. De um modo geral, quanto maior o período
de tempo divergente, dentro do razoável, o mais provável será detectar essas ca-
racterísticas interessantes.
270 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 13.16 Divergência Complexa não Confirmada

Indice
MM Longo prazo
e., 40 semanas)

Nenhuma
Confimação
de Tendencia

Divergencia Negaha

AAAMwW
- ROC-13 semanas

W - ROC-26 semanas

GRÁFICO 13.5 ETF U.S. OIL Divergências Complexas

United States Oil ETF

w
Confirmacão
Confirmacão
Divergência Complexa Negativa
ROC-14 dias
ROC-45 dias

Divergência Complexa Positiva

Fonte: pring.com
Momentum I: Principios Básicos 271

FIGURA 13.17 Momentum Baixista na Quebra da Tendência

AA

OMomentum pre cisa ser


confirmado pelo preço

A
Técnicas de Momentum na Reversão da Tendência

1. Violações da Linha de Tendência. Ocasionalmente, é possivel construir uma


linha de tendência no indicador de momentum pela conexão de uma série de to-
pos ou fundos.
Um exemplo de reversão de uma tendência ascendente é mostrado na Fi-
gura 13.17. Quando a linha é violada, um sinal de reversão da tendência para o
oscilador é gerado.
A construção e a importância do rompimento deverão ser baseadas nos
princípios descritos no Capítulo 6. Este tipo de fraqueza do momentum deve ser
considerado como um alerta, e a ação deve ser tomada apenas quando confirma-
da por um quebra na própria tendência de preços (indicado no ponto de AA na
Figura 13.17). Com efeito, o rompimento da tendència domomentum é reforçar o
rompimento da tendência de preço, e oferece um dado adicional da evidência de
que a tendência se reverteu.

Um exemplo sinalizando uma nova tendência de alta é ilustrado na Figura


13.18. E possivel que o rompimento do momentum de uma tendência preceda
aquela do preço, por algum tempo, ainda que em geral, não perda a sua potência
por causa disto.

Principio Técnico Fundamental: Como uma regra geral, parece que se ambas
as linhas forem violadas quase simultaneamente, ou se a tendência do preço
for violada primeiramente, a força do sinal é intensificada.
272 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 13.18 Momentum Altista na Quebra da Tendência

OMomentum precisa ser


confirmado pelo preço

Deve também ser observado que os rompimentos da linha de tendência do


momentum podem ser confirmados por qualquer técnica de reversão de tendên-
cia legitima no preço, seja um cruzamento da média móvel, padrão de preço, pro-
gressão de uma reversão de cima para baixo, etc.

2. Momentum dos Padrões de Preço. Os indicadores de momentum também po-


dem desenhar padróes de preços. Devido a prazos mais curtos normalmente ass0-
ciados com reversões do momentum de queda, um rompimento de um padrão de
acumulação, quando acompanhado pela reversão de uma tendência descendente
de preço, è geralmente uma indicação altamente confiável de que um movimento
que vale a pena está apenas começando. Um exemplo é mostrado na Figura 13.19.
E importante usar um pouco de bom senso na interpretação dos padrões de
preços do momentum. A figura 13.20, por exemplo, mostra um rompimento de uma

FIGURA 13.19 Conclusão do Momentum do Padrão de Preço

Indice de Preço

Momentum
wwww. index
Momentum I: Princípios Básicos 273

FIGURA 13.20 Conclusão do Padrão de Momentum Sobrecomprado

Indice de Preco

indice de Momentum Linha Sobecomprada

00AAA A H

Linha Sobrevendda

reversão do padrão cabeça e ombros (C&0) que ocorre a partir de uma condição
de sobrecomprada. Isso não quer dizer que esses sinais nunca sero válidos, mas é
lógico que um rompimento de um nível extremo é pouco provável que resulte em
um movimento de preços sustentável. Lembre que, a análise técnica lida com proba-
bilidades, e as chances de um resultado favorável neste caso são baixas. Se vocè quer
uma dica, este tipo de falha normalmente se desenvolve em uma contra tendência,
quando ocorre um falso rompimento para cima em um mercado primário de baixa
ou um falso movimento para baixo num mercado primário de alta.
Ográfico 13.6 é rico em exemplos de rompimentos da linha de tendência do
momentum e conclusão do padrão de preços. O rompimento da linha de tendn-
cia tracejada ascendente em setembro de 2012 é um exemplo clássico de por que
é importante esperar por alguma confirmação de preço, quando a falha do preço
em fazer isso foi seguida por uma subida realmente boa.

3.Os cruzamentos do equilibrio. Algunstécnicos desenvolveram indicadores que


oferecem sinais de compra e venda quando o indicador momentum cruza acima e
abaixo do seu equilíbrio ou linha zero. Muitos mercados não são suscetíveis a essa
abordagem, já que a sua implementação depende muito de uma base de tentativa
e erro através da experimentaç o. Em qualquer evento, é sempre mais adequado
este método em conjunto com uma reversão no próprio preço. O gráfico 13.7
274 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 13.6 ETF Barclays iPath India Momentum e Padrão de Preço

Barclays iPath India ETF

Não confimação

4 ROC-45 dias

O
C

Fonte:pring.com

GRÁFICO 13.7 Economist Commodity Index 1969 -2000


Cruzamentos da Linha de Equilibrio

100 Economist Commodity Index

60

12-month ROC

60

1970 1980 1990 200


Fonte: pring.com
Momentum I: Princípios Básicos 275

mostra como cruzamentos do zero usados em conjunto com cruzamentos do ROC


de 12 meses têm consistentemente dado sinais de compra confiáveis para o Eco-
nomist All Ttems Commodity Index (N.T. Indice da Revista "The Economist" para
moedas). Os dois conjuntos de elipses indicam dois sinais de violinadas.

4. Momentum e Médias Móveis: Até agora, é evidente que todas as técnicas de


determinação de tendências usadas para o preço também são aplicáveis ao mo-
mentum. A interpretação dos indicadores de momentum, como descrito anterior
mente, depende até certo ponto, do julgamento. Um método para reduzir essa
subjetividade é suavizar o indice ROC usando uma MM. Avisos de uma provável
reversão da tend ncia no preço que está sendo monitorado são oferecidos pelos
cruzamentos da MM do momentum, como indicado na Figura 13.21.
Um dos problemas associados a esta abordagem é que o indicador do momen-
tum é frequentemente muito mais irregular do que o índice de preço que está ten-
tando medir, causando a geração de um número inaceitável de sinais de violinadas.
E possível filtrar algumas destas violinadas, usando uma combinação de duas MMs,
como mostrado na Figura 13.22. Os alertas de compra e venda são dados quando a
MM de curto prazo cruza acima ou abaixo de sua contraparte de longo prazo.
Esta interpretação do momentum é explicada em maiores detalhes no pr-
ximo capítulo, uma vez que o momentum constitui a base do desvio da tendência
e do indicador MACD.

FIGURA 13.21 Cruzamentos de Médias Móveis

Vender
Sinais de Vionadas
Indice de Preço

Comprar
Comprar
Vender
Indice de momentum Sinais de Vioinadas

Comprar
Comprar
276 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 13.22 Cruzamentos de Médias Móveis Suavizadas

Vender Vender

MM de Curto prazo
Vender w Comprar

Vender Buy

MM de Longo prazo

Comprar
Comprar

Indicadores do Momentum Suavizados


Outra forma de incorporar as MMS nos estudos de momentum é suavizar o indi-
cador do momentum através de uma MM de longo prazo. O significado de "longo
prazo', neste caso vai depender do tipo de tendência a ser monitorada. Por exem-
plo, um periodo de tempo de 20 a 30 dias seria adequado para um movimento
de preços de curto prazo, porém, períodos de 6, 9, 12 meses de suavização, ou
mesmo mais longo, e mais apropriado para uma tendência primária. Avisos de
uma provável reversão de tendência no preço seriam fornecidos por uma reversão
no índice do momentum suavizado, como mostrado na Figura 13.23, exemplo a,
ou pela penetração da MM através de um nível sobrecomprado ou sobrevendido
designado, como no exemplo b. O nível da barreira tracejada sobrecomprada e
sobrevendida seria determinado, por tentativa e erro, tendo como referência um
estudo histórico da relação entre o preço e a curva do momentum.
Se a série do momentumé volátil, sempre é
consideradaindevidamente pos
sível suavizar as flutuações calculando uma MM de longo prazo, ou suavizando a
própria MM com um cálculo adicional.
Outra possibilidade é a de construir um oscilador, combinando MMs do
ROC de três ou quatro e fazendo a sua ponderação de acordo como seu período
de tempo. Esta possibilidade é discutida em detalhes no Capitulo 15.
Momentum I: Principios Básicos 277

FIGURA 13.23 Cruzamentos de Médias Móveis Suavizadas

Indce
Preço

100
Indice do Momentum suavizzdo

(a)

Indice
do Preço

110
100
Indice do
Momentum
Suavizado
90

()

O gráfico 13.8 mostra a eficácia da combinação de dois indicadores ROC e a


sua suavização. Neste caso, a suavização é uma média ponderada de 10 meses da taxa
de variação dos preços de fechamento mensal do S&P Composite de 11 e 14 meses.
Esta foi uma abordagem planejada pela E. S. C. Coppock. Desde que este
indicador foi considerado mais adequado para os fundos do mercado do que para
os topos, a curva do momentumé significativa apenas quando cai abaixo da linha
de referência zero e, em seguida, sobe. As setas indicam que os sinais do mercado
de alta entre 1982 e 2012 foram consideravelmente oportunos. Tracei este indica-
dor em 1900 e verifiquei que apenas 3 sinais dos 29 sinais, em 1913, 1941, e 2002,
foram prematuros. Claramente um excelente histórico. Mesmo esses sinais pode
riam ter sido filtrados pela necessidade de um cruzamento positivo de uma MM
de 12 meses. Observe que este indicador pode ser facilmente aplicado a outros
mercados ou relacionamentos. O painel inferior mostra como é possível incorpo-
também as violações de linha de tendência e a conclusão do padräo de preço
usando os dados básicos, ou seja, a soma dos dois ROCs.
Uma alternativa para a construção de um índice de momentum suavizado é
calcular o ROC de uma MM do próprio indice de preço. Este método reverte o
processo descrito antes, por exemplo, da construção de um ROC e então suavi-
zando o índice de momentum resultante, o próprio índice de preço é inicialmente
suavizado com uma MM e um ROC é extraído dessa suavização.
as 1Tendéncias
278 Parte I: Técnicas que Determinam

Indicador Coppock
GRAFICO 13.8 S&P Composite 1980 2012
-

s&P Composite

Indicador Coppock

1 Coppock Raw

AA sHS
Fonte:pring.com

SumáriO
1. Momentum é um termo genérico que engloba muitos tipos diferentes de os-
ciladores.
2. O Momentum mede a taxa em que os preços sobem ou caem. Fornece indi-
cações úteis, das forças latentes ou fraqueza em uma tendência de preço. Isto
se deve ao tato de que os preços geralmente sobem em um ritmo mais rápido
bem à frente de seu topo e, normalmente, caem com maior velocidade antes
de sua mínima final.
3. Visto que, os mercados geralmente gastam mais tempo em uma fase de subida
que em uma fase de queda, a principal caracteriística dos indicadores de
momentum é que normalmente são maiores durante as altas do que durante
nas correções.
4. Os osciladores refletem o sentimento do mercado e têm diferentes comporta-
mentos em mercados primários de alta e de baixa.
5. Existem dois métodos básicos de interpretação do momentum: as característi-
cas do momentumne a reversão das tendëncias do momentum.
6. Os sinais do momentum devem ser sempre utilizados em conjunto com um
sinal de reversão de tendência pelo preço real.
14

MOMENTUM II:
INDICADORES INDIVIDUAIS

E recomendável que você estude todos os indicadores de momentum descritos


neste e no próximo capítulo, posteriormente escolha dois ou três com que você se
sinta intuitivamente confortável. Seguir muitos indicadores provavelmente
var a confusão. Se você quiser encontrar uma explicação mais aprofundada destes
e de muitos outros indicadores de momentum, consulte o meu Definitive Guide to
Momentum Indicators (Marketplace Books, 2009) ou o módulo de momentum no
meu curso online áudio visual em Pring.com.

O IFR

A Fórmula

O índice de força relativa (IFR) foi desenvolvido por Wells Wilder. É um indica-
dor de momentum, ou oscilador, que mede a força interna relativa de uma ação ou
do mercado contra si mesmo, ao invés de comparar um ativo com outro, ou uma
do IFRé a seguinte:
ação com u m mercado. A fórmula
100-
(100)
IFR =

1+FR
onde FR = é a média de x dias que fecharam em alta dividido pela média de x
dias que fecharam em baixa. O modelo do indicador visa superar dois problemas
envolvidos na construção de um indicador de momentum: (1) movimentos errá-
ticos e (2) a necessidade de uma banda de negociação constante para fins de com-
paração. Os movimentos erráticos são causados por alterações acentuadas nos
valores, que são deixadas no cálculo. Por exemplo, no indicador (ROC) de 20 dias,
280 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

um acentuado declínio ou avanço de 20 dias no passado pode levar a mudanca


repentinas na linha de momentum, mesmo que o preço corrente tenha mudada
nças
muito pouco. O IFR tenta suavizar essas distorções.
A fórmula do IFR não só fornece esta caracteristica de suavização, mas tam-
bém resulta num indicador que oscila em uma faixa constante entre 0 e 100, o
período de tempo padrão recomendado por Wilder é de 14 dias, que justificau
baseado em que era a metade do ciclo lunar de 28 dias. Infelizmente, o ciclo lunar
inclui fins de semana e, portanto, tem mais de 14 dias de negociação. Aliás, este
período de tempo padrão funciona muito bem, e isso é o que realmente conta.

O IFR é útil para fazer comparações entre Ações

A natureza do cálculo do IFR permite a comparação precisa das diferentes ações


no mesmo gráfico. No Quadro 14.l existem duas séries: o Dow Jones Utilities e o
Philadelphia Gold and Silver Share Index. O painel superior representa grafica-

GRÁFICO 14.1 Caracteristicas do ROC versus IFR

40 ROC-45 dias DJ Utilities

20
0

20 Phil Gold& Silver


IFR 45 dias

60
50
40

TTTTTTT TTTTTTT TTTITUL


1994 199
Fonte: pring.com
Momentum II: Indicadores Individuais 281

mente um ROC de 45 dias e o inferior um IFR de 45 dias. Com o ROC, não é pos-
sivel comparar facilmente os dois porque os utilitários são muito menos voláteis.
Por outro lado, você pode ver que a divergência na volatilidade é muito menos no
painel inferior ilustrando o IFR.

Construindo as linhas de sobrecomprado/sobrevendido

Devido a isso, é muito mais fácil estabelecer critérios universais para as condi-
ções sobrecomprada e sobrevendida. Usando o padrão de 14 dias, eles são tra-
dicionalmente fixados em 30 para sobrevendido e 70 para sobrecomprado. Em
um artigo intitulado "Como o IFR se comporta', Peter W. Aan argumentou que
o valor médio de um topo e fundo do IFR ocorreram próximos aos níveis 72 e
32, respectivamente. Esta pesquisa indicaria que os níveis 70 e 30 recomendados
por Wilder devem ser movidos mais distantes para melhor refletir o valor médio
sobrecomprado e da sobrevendido.
É importante observar que a magnitude das oscilações do IFR éinversa ao da
maioria das outras séries de momentum. Por exemplo, o indicador ROC está su
jeito a maiores flutuações, quando o período de tempo torna-se mais prolongado.
Ele funciona de forma oposta ao IFR. Para o IFR, o equilibrio é o ponto médio,
tradicional colocar as linhas de
que neste caso é o nível 50. E, por conseguinte,
sobrecomprado e sobrevendido equidistantes a partir deste ponto. Devemos lem-
brar que períodos de tempo mais longos do IFR resultam em oscilações menores e
vice-versa. Por conseguinte, a combinação 70/30 é inadequada quando o período
de tempo varia consideravelmente em qualquer direção a partir do período pa-
drão de 14 dias. O gráfico 14.2, por exemplo, ilustra de um IFR de 9 dias para o ín-
dice Hang Seng em Hong Kong, onde uma combinação de 80/20 dá uma sensação
muito melhor parao nível sobrecomprado/sobrevendido extremo do que o valor
padrão de 70/30. Isto é devido ao fato de que os periodos de tempo mais curtos
resultam em oscilações mais amplas do IFR. O painel inferior apresenta um IFR
de 65 dias, onde as oscilações mais estreitas resultam numa forma mais adequada
de uma combinação de 62,5/37,5. Neste exemplo, nenhum dos valores padrão de
70/30 é alcançado, em qualquer momento.
Os termos "comprado" e "vendido" em relação aos periodos de tempo se
referem ao tipo de dados a ser analisado num sentido relativo. Por exemplo, um
IFR de 60 dias iria representar um longo período para dados diários, mas para os
periodos mensais, o período de 60 dias, isto é, 2 meses, seria muito curto. Portan-
do, alguma atenção deve ser dada a este fator quando escolher um período tempo
especifico para ao IFR. O gráfico 14.3 traça dois IFRs para períodos de tempo
identicos (60 dias ou 2 meses). No entanto, as linhas de sobrecomprado/sobre-
vendido são traçadas em níveis diferentes, pois um cálculo é baseado em dados
diários eo outro em mensais.
282 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 14.2 Hang Seng comparações dos periodos de tempo das


condições de sobrecomprado e sobrevendido do IFR de 1999 a 2010,

Hang Seng

300 Sobrecomprado/Sobrevendido
agora a 80/20
IFR9 dias

IFR65 dias Sobrecomprado/Sobrevendido agora em 62,5e 37,5

Fonte:pring.com

GRAFICO 14.3 Procter& Gamble IFR de 40 dias versus 2 meses


Procter& Gamble (diário) Procter & Gamble (mensal)

IFR2 meses
IFR60 dias

SC/SB a 65/35
SC/SB a 8515

Fonte:pring.com
Momentum I: IndicadoresIndividuais 283

Como os IFRs são baseados em períodos de tempo de curtissimo prazo são


mais voláteis, são mais adequados para identificar condições de sobrecompradoe
sobrevendido. Por outro lado, períodos de tempo de longo prazo são mais estáveis
s suas
trajetórias e,por conseguinte, prestam-se melhor ao propósito de
cons
truir as linhas de tendncia e padrões de preços.

Períodos de tempo

Os IFRs podem ser traçados em qualquer período de tempo. Em seu livro The
New Commodity Trading Systems e Methods (Wiley, 1987), Perry Kaufman ques-
tiona a exclusividade da escolha do período de tempo de 14 dias (padrão). Ele
ressalta que a máxima divergència ocorre quando a média móvel é exatamente
metade do de tempo ciclo Em
afizer periodo do dominante.
outras palavras, se voce
a suposição de que a tendência primária do mercado de ações gira em
torno de um ciclo de negócios de 4 anos, uma média móvel de 24 meses vai lhe
dar uma divergência maior entre os pontos da máxima e da mínima do ciclo.
No caso do ciclo de 28 dias, 14 dias, é a escolha correta, mas é importante com-
preender que existem muitos outros ciclos. Partindo deste princípio, por exem-
plo, significaria que um IFR de 14 horas seria inadequado se o ciclo dominante
fosse algo diferente de 28 horas. O mesmo seria válido para os dados semanais
e mensais.
Na prática, um período de tempo de 14 dias funciona muito bem, mas ape-
nas para períodos mais curtos. Eu também utilizo os períodos de 9-, 25-, 30- e
45-dias. Para dados semanais, os períodos trimestrais funcionam de forma eficaz,
então, os períodos de tempo de 13-, 26-, 39- e 52 semanas são adotados. Quanto
aos gráficos mensais, os mesmos períodos de tempo, ou seja, 9, 12, 18 e 24 me-
ses são recomendados para o ROC. Para os gr hcos de longo prazo, abrangendo
talvez dados semanais de dois anos, um período de tempo de cerca de 8 semanas
oferece informações suficientes para identificar os pontos da virada de prazo in-
termediário.
Um IFR de 26 semanas resulta numa série de momentum que oscila em uma
faixa mais estreita, mas, mesmo assim, geralmente se presta à construção de uma
linha de tendência. Muito gráficos de longo prazo, com mais de 10 a 20 anos,
parecem responder bem a um periodo de tempo de 12 meses. Os cruzamentos
das barreiras de sobrecomprado e sobrevendido de 30% e 70% proporcionam
uma ideia muito boa de pontos de compra e venda de longo prazo. Quando o IFR
rompe esses extremos e, em seguida, cruza o nível 50, muitas vezes está alertando
para uma reversão da tendência primária. Lembre que, esses períodos de tempo
sugeridos tendem a funcionar consistentemente bem, mas nunca perfeitamente
bem. Se vocè está procurando a perteição, a análise técnica não é provavelmente
a melhor escolha analítica!
284 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 14.4 S&P Composite, 1898- 2012 IFR 12 Meses

s&P Composite

IFR 12 meses

Sinal Prematuro
0

Fonte: proing.com

Para destacar os candidatos à compra, é importante lembrar que


principais
as melhores oportunidades estão onde o monentum de longo prazo, tal como
um IFR de 12 meses, está sobrevendido. Neste sentido, o
gráfico 14.4 mostra que
uma reversão no S&P, sobrevendido usando um IFR de 12 meses
que provocou
alguns sinais prematuros nos últimos 100 anos. Como com todos os indicadores,
este não é perfeito, como você pode ver em relação ao sinal
prematuro de compra
no inicio do século XX. É necessário ter muito cuidado ao identificar
topos,pois
as
ações têm uma tendência natural de levar mais tempo para construir do que
destruir. Consequentemente, as reversões sobrecompradas têm o hábito de serer
prematuras, especialmente quando a tendencia secular épositiva.
Voltando às oportunidades de compra, se você também pode identificar
ma condição sobrevendida intermediária e de curto prazo, todas as três tendên-
cias primárias, de prazo intermediário e de curto prazo, entäo, estão então num
clássica posição de proporcionar um sinal de compra de alta probabilidade.

Interpretação do IFR

Alguns dos principais métodos usados para interpretar o IFR são os s


Momentum I: Indicadores Individuais 285

Leituras extremas e oscilações que falham. Quando um IFR se movimenta acima


de sua zona de sobrecomprado ou abaixo de sua zona de sobrevendido, indica que
as ações em questão estão preparadas para uma virada. O significado depende do
período de tempo. Por exemplo, o IFR de 45 horas mostrado no Gráfico 14.7 está
longe de ser tão significativo quanto um IFR construido em um período de tempo
de 12 meses, como no gráico 144. Uma leitura da condição sobrecomprada ou
sobrevendida indica apenas que, em termos de probabilidades, uma contrareação
está avançando ou está atrasada. Ela apresenta uma oportunidade de considerar
uma liquidação ou aquisição, mas não um verdadeiro sinal de compra ou de venda.
Mais frequentemente do que näo, o IFR traça uma divergência, como na
Figura 14.1. Neste caso, o segundo cruzamento do nível extremo nos pontos A
eB geralmente oferecem bons alertas de compra e venda. Estas divergências são
frequentemente chamadas de falhas da oscilação.
Observamos uma falha numa oscilação baixista no final de 2011 no ponto A
no Gráfico 14.5 ilustrando uma versão suavizada de um IFR de 9 dias.

Violações das Linhas de Tendência e Conclusões dos Padrões. O IFR também


pode ser usado em conjunto com violações da linha de tendência. De um modo
geral, quanto maior o periodo de tempo para qualquer período determinado, ou
seja, diariamente, semanalmente ou mensalmente, melhor a oportunidade para a
construção da linha de tendência. Importantes sinais de compra e de venda são
gerados quando as linhas de tendència para ambos, os preços e o IFR, são violados
dentro de um período relativamente curto.

FIGURA 14.1 Falha na Oscilação doIFR

Confimação

A B
IFR 14 Falha na Oscilação
70
Falha na Oscilação

30
286 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

GRÁFICO 14.5 Molex, 2009 -2011 IFR Suavizado

Molex

IFR 9/8

FETTEFETEEHETEEWEETI
Fonte: pring.com

O gráfico 14.6 apresenta um IFR de 14 dias para a Caterpillar. O IFR começa


após um declínio, formando um padrão de reversão de cabeça e ombros, que é
quase simultaneamente confirmado pelo preço. Depois que uma boa subida se
materializa, o IFR viola esta linha de tendncia para cima. Observe como a linha
prolongada se torna resistência na alta final. Também podemos construir uma
linha de tendncia para o preço. Finalmente, o IFR completa uma formação de
alargamento com um fundo plano, e um subsequente rompimento desagradável
para baixo. A subsequente alta ao topo também experimenta um pequeno topo do
IFR, que é confirmado com uma violação da linha de tendência pelo preço.
Um exemplo da capacidade do IFR de formar padrões de preço é mostrado
nos gráficos 14.6 e l4.7.
O gráfico 14.7 mostra um gráico horário para a Intel. Ele tem um IFR de 45
horas no painel inferior, o que corresponde aproximadamente a uma semana de
negociação. Eu tracei as linhas de sobrecomprado/sobrevendido em 62 e 38. Veja
que bela combinação de rompimentos de linhas de tendência conseguimos em
abril de 2011. Vemos outra configuração no final de junho, onde um rompimento
da linha de tendência sobre o IFR é confirmada no preço. Ainda é possível obser-
var um triângulo retângulo. Se você estudar a linha de equilíbrio em 50, é evidente
Momentum II: IndicadoresIndividuais 287

GRAFICO 14.6 Caterpillar, 2009-2010 IFR e Padrões de Preços

Caterpillar

14-day RSI
w Resistência e linha de
Tendência estendida

S
Fonte:pring.com

GRÁFICO 14.7 Intel e um IFR de 45 horas ilustrando Padrões de Preços

26
Intel
22
22
F210

Rompimento
Muito próximo
IFR 45 horas
do equilibrio

Fonte: pring.com
288 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

que o forte rompimento atrasado de junho se desenvolve ligeiramente acimadest


te
ponto crítico de equilíbrio.

Suavização do IFR. É uma técnica perfeitamente legítima para suavizar o IFR


Uma das minhas abordagens preferidas é de suavizar um iFR de 9 dias com
uma
a
média móvel de 8 dias (MM). Devido às flutuações não serem tão
grandes quanto
os dados básicos, as linhas de
sobrecomprado/sobrevendido traçadas em 70 e
são
30, que não é o meu padrão usual de 80/20 para um período de 9 dias.
O gráfico 14.5, ilustrando a Molex, tem um IFR de 9 dias suavizado
com
uma MM de 8 dias. As setas
apontando para baixo sinalizam todas as reversões de
sobrecomprado. As sólidas mostram as reversões confirmadas com diversos graus
de sucesso. As setas
tracejadas indicam reversões de sobrecomprado em que não
foi possível a construção de uma linha de tendència significativa. Desnecessário
será dizer que todas elas eram falhas.

OIFR e a progressäo de Topo e Fundo. O IFR frequentemente traça uma série


de topos e fundos ascendentes ou descendentes,
que, quando revertida, oferece
importantes alertas de compra e venda. O gráfico 14.8 mostra que o IFR de 14
dias para a SunTrust Banks experimentou duas reversões, uma de
topoe outra de
fundo, ambas confirmadas por um rompimento da tendência dos preços. Estes
rompimentos estão indicados pelas setas.

GRAFICO 14.8 Sun Trust Banks, 1997 0 IFR e Análises de Topo e Fundo

SunTrust Banks
50
45 Topo e Fundo e o
70 Sinal de venda do IFR
65
60IFR 14dias
65
V
50 M
45
40 Topoe Fundo e o
35 Sinal de compra do IFR

997 February March April May


Fonte: pring.com
Momentum II: IndicadoresIndividuais 289

Duas Variações sobre o IFR

Oscilador do Momentum de Chande

O Chande Momentum Oscillator (CMO), nomeado em homenagem a seu inven-


tor Dr. Tushar Chande, é uma variação do IFR, contudo, é diferente. Tem três
características:

1. Os cálculos são baseados em dados que não foram suavizados. Isto sig-
nihca que os movimentos extremos de curto prazo não estão ocultos,
então, o indicador atinge os extremos de sobrecomprado/sobrevendido
com mais frequência, mas não o suficiente para resultar em muitos sinais.
2. A escala é limitada em uma faixa de -100 a +100. Isto significa que o nível
zero, torna-se o ponto de equilíbrio. Com o IFR, o nível 50 é o ponto de
equilibrio, e nem sempre éfacilmente identificável. Com o zero comobo
ponto crucial, é mais fácil para ver aqueles períodos quando o momentum
é positivoe aqueles quando é negativo. O equilíbrio zero, portanto, faz
comparações entre diferentes ações com muito mais facilidade também.
3. A fórmula utiliza no cálculo, tanto dias de alta, quanto dias de baixa.

Interpretação. O gráfico 14.9 compara um ITFR de 14 dias com um CMO de 14


dias. A primeira coisa a notar éque o CMO alcança um extremo sobrecomprado/
sobrevendido mais vezes do que o IFR - em fevereiro e junho de 2000 e janeiro

de 2001, por exemplo. As vezes é possível construir oportunas e melhores linhas


de tendência para o CMO, embora ocasionalmente ele funcione de outra forma. OO
rompimento de Março de 2000, por exemplo, veio de uma linha de tendência me-
lhor para o OCM do que para o IFR; assim, também, ocorreu com os rompimen-
tos da linha de tendência AB e CD. As duas linhas de tendência no verão de 2000
foram ligeiramente melhores para o IFR. Observe também que ambas as séries
registraram divergências positivas no fundo de outubro de 2000, mas o do CMO
foi um sinal muito mais forte, visto que o fundo de setembro estava bem acima
daquele de meados de outubro. Nem sempre ele funciona a favor do OCM, mas
é o meu preferido porque as inúmeras leituras de sobrecomprado/sobrevendido
e a escala de mais e menos, torna mais fácil, a identificação das leituras positivas
e negativas.
Uma abordagem que considerei ser útil é traçar um OCM de 20 dias e suavi
zá-lo com uma MM de 10 dias, como o que está traçado no gráfico 14.10. Então,
fiz uma suavização deste indicador - neste caso, uma média móvel simples de

10 dias. Essa é a linha tracejada que abraça o CMO, usando os cruzamentos para
gerar alertas de compra e venda. No entanto, uma vez que há um grande número
de cruzamentos da média móvel, é importante tentar filtrar aqueles que provavel-
mente não funcionem. Isso é feito usando os cruzamentos que se desenvolvem a
290 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 14.9 FTSE, 2000-2001 Comparando oIFR comoCMO

6800FTSE
6700
6600
6500
6400
6300A
6200
6100
6000
M

IFR 14 dias
w A

60
60
C-
CMO 14 dias
60 MNNV

NV
Feb Mar JApr May un urAug Sep"oe Nov Dec 2001 F
Fonte: pring.com

GRÁFICO 14.10 Heng Seng, 1998- 2000 CMO Suavizado

Hang Seng
1500

1000

10
MM de 10 dias de um CMO de 20 dias

50

0-

60
Oct NovDec 1999 Mar Apr/MayJun Jul Aug Sep Oct Nov Dec 2000
Fonte ping.com
Momentum II: Indicadores Individuais 291

um nível extremo mais confiável, uma vez que tendem a ser mais precisos. Em
seguida, certifique-se de que este é confirmado por um rompimento de tendncia
no preço. Alguns exemplos são mostrados no
gráico.

índice Relativo de Momentum

O indice relativo de momentum, ou IRM, é outra variante do IFR. Ao calcular o


TFR, a fórmula padro do IFR é modificada para permitir um fator de momentum.
A förmula atual por Roger Altman foi publicada na edição de fevereiro de 1993,
num artigo na revista Stocks and Commodities.

Esta modificação tem duas consequências. Primeiro, suaviza o indicador, e se-


gundo, acentua o grau de flutuação. O resultado é um oscilador com menos rompi-
mentos, que apresenta mais leituras de sobrecomprado/sobrevendido. O IRM requer
dois parâmetros: o período de tempo e o fator momentum.
Se o IRM tiver um fator de momentum de 1, o indicador é idëntico ao IFR.
Apenas quando o fator de momentum for maior do que 1, as duas séries divergem.
O gráfico 14.11 mostra duas variantes do IFR. O painel do meio ilustra um peri
odo de tempo de 14 dias com um fator de momentumn de 8 dias, eo inferior com
um período tempo de 45 dias com um fator de momentum de 10 dias. Uma vez
que, é um indicador baseado no IFR, os períodos de tempo de longo prazo envol-

GRAFICO 14.11 Heng Seng, 1998-2000 CM0 Suavizado

60 AT&T
n
IRM (14/8)
100-
AW
A
IRM (45/10)

60- M W
T TT1997
2000 "2001
Fonte pring.com
Tendências
292 ParteI: Técnicas que Determinam as
vem menos volatilidade. Observe que as flutuações na série de 45 dias são mut
uito
menos pronunciadas do que as do IRM
de 14 dias.
De um modo geral, o período de tempo de longo prazo oferece movimento
mais lentos e decisivos que se prestam mais facilmente à construção da linha de
tendência. Vários exemplos são apresentados no Gráfico 14.11, mas eu particular
mente gosto do sinal do final de 1998, uma vez que e conirmado por um rompi.
mento simultâneo acima da linha de tendência e da MM de 200 dias. Sempre
que
um preço cruza acima de uma linha de tendência e de uma média móvel confiável
simultaneamente, enfatiza a força do sinal, visto que se reforçam mutuamente
como áreas de resistência dinâmicas.

Conclusão Sobre o IFR

Na maioria das vezes, o IFR e suas duas variações, como todos os osciladores, não
estão dizendo quase nada. Podem ser realmente úteis quando acionam as diver-
gências, padrQes de preços completos, ou violam as linhas de tendência. Quando
essas características também são confirmadas por um sinal de reversão de tendên-
cia no próprio preço, geralmente é uma políitica sensata prestar atenção por que o
IFR tem um bom histórico de confiabilidade.

Desvio de Tendência (Oscilador de Preço)


Um indicador de desvio de tendência é obtido se dividindo ou subtraindo o pre-
ço de uma ação pela medida da tendência, o que geralmente é uma forma de
MM. Também é possível basear um desvio de tendência utilizando técnicas de
regressão linear. No entanto, aqui, vamos nos concentrar sobre a técnica da média
móvel. Esta abordagem também é chamada de "oscilador de preço" em alguns
pacotes gráficos. Das duas abordagens, subtração ou divisäo, a divisão é preterivel
visto que, reflete melhor os movimentos proporcionais. Para discutir este assunto,
consulte os capítulos 6 e 8, que compara as escalas logaritmica e aritmética. O
gráfico 14.12 traça as duas abordagens utilizando um oscilador de preço de 1/10.
O"1"e "10" na legenda no oscilador de preço se referem ao fato de que uma MM
de 1 dia (ou seja, o fechamento) é dividida por uma MM de 10 dias. Observe
como a volatilidade se torna exagerada, à medida que os pontos dos movimentos
no preço do ouro se tornam maior nos últimos anos. O cálculo da divisão retorna
as oscilações muito mais razoáveis no indicador. Para gráficos de curto prazo,
onde os preços não apresentam grandes movimentos percentuais entre a mínima
ea máxima, esta não é uma evid ncia importante. No entanto, quando os preços
estão sendo comparados ao longo de muitos anos e há uma perda líquida ou lucro
substancial nesse período, é mais sensato adotar a abordagem de divisão.
Momentum II: Indicadores Individuais 293

Uma vez que, a média representa a tendência que está sendo monitora-
da, o indicador de momentum mostra quão rápido o preço está avançando ou
declinando em relação a essa tendência. Um oscilador baseado sobre o cálculo
do desvio da tendência é, na verdade, uma representação horizontal da análise
do envelope discutida no Capitulo 12, mas também mostra mudanças sutis nos
pontos fracos e fortes da técnica subjacente. A parte superior do gráfico 14.13
mostra o preço da Brookline Bancorp e sua MM de 50 dias. Duas bandas em
+10 e -10% da MM de 50 dias foram traçadas acima e abaixo dele. A partein
ferior representa os mesmos dados, mas expresso em formato de momentum
(oscilador de preço). Portanto, a MM aparece como a linha de equilibrio em
zero e as duas bandas como os níveis de sobrecomprado e sobrevendido em
+10 e -10%. Desta forma, um cruzamento negativo em zero é o mesmo que um
cruzamento negativo de 50 dias, e assim por diante.
A interpretação de um indicador de desvio de tendência é baseada nos
mesmos princípios descritos no Capítulo 13. Este método pode ser utilizado
paraidentificar divergências e zonas sobrecompradas e sobrevendidas, mas
que parece revelaro seu potencial quando usado em conjunto com a constru
ção da linha de tendência e cruzamentos da MM.

GRAFICO 14.12 Heng Seng, 1998 - 2000 CMO Suavizado

Spot Gold

/u**

Oscilador de Preço 1/10 (Subtração)

Oscilador de Preço 1/10 (Divisão)

Fonte: pring.com
294 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 14.13 Brookline Bancorp, 2010-2011 Interpretação do


Oscilador de Preço

Brookline Bancorp MM 50 dias


+10%

10%

Oscilador de Preço 1/50

www

Fonte:pring.com

Construção da Linha de Tendéncia

O gráfico 14.14 mostra o preço do petróleo bruto em conjunto com um desvio


da tendência calculado de um fechamento dividido por uma MM de 45 dias. Este
indicador é bastante irregular e se adapta às condições de sobrecomprado e so-
brevendido, à linha de tendência e à análise do padrão de preços. Vemos um bom
exemplo de rompimento de um triângulo descendente, juntamente com uma
confirmação de preço em Maio de 2011. Posteriormente, não existe praticamente
nenhum momentum para cima no ponto A, e o preço e o oscilador subsequente-
mente violam as linhas de tendência. Na maioria das vezes não é possível prever
o comportamento de um movimento de preços após um evento técnico. Neste
caso, porém, o momentum positivo muito fraco em A indicou a vulnerabilidade
da situação. Mais tarde, em Junho de 2012, vemos uma reversão de uma cabeça e
ombros não confirmada no oscilador. Eu digo "no confirmada" porque não era
realmente possível construir uma linha de tendência para baixo significativa no
preço. Finalmente, a conclusão do padrão de preço para o oscilador e uma vio-
Momentum I: Indicadores Individuais 295

GRAFICO 14.14 Light Crude, 2011 - 2012 Interpretação de Oscilador


de Preço

Light Crude

Oscilador de Preço 1/45


A

Fobn

Fonte: pring.com

lação da linha de tendência para o preço deixa o gráfico com uma tendència de
baixa de curto prazo confirmada.

Desvio da Tendência e MMs

Uma abordagem alternativa dos indicadores de desvio de tendência é suavizar a


volatilidade indesejada com o auxílio de duas MMs, como mostrado no Gráfico
14.15. A série atual do desvio de tendência é calculada pegando uma MM de 26 se-
manas do preço de fechamento, dividindo por uma MM de 52 semanas. A segunda
série é simplesmente uma MM de 10 semanas da primeira. Os alertas de compra e
venda são, então, acionados, quando o indicador suavizado de desvio de tendên-
cia cruza acima ou abaixo de sua MM de 10 semanas. Em seguida, procure uma
confirmação do próprio preço. Dois exemplos são mostrados no Gráfico 14.15,
um para um topo e a outra para um fundo. Esta é uma abordagem muito mais de
guerrilha porque o alerta de compra indicado pela seta tracejada foi sinalizado
quase no topo da alta. Este exemplo demonstra a importáncia de escolher cuida-
dosamente os sinais, selecionando apenas os que se desenvolvem próximos a um
296 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 14.15 S&PAirlines, 1995-2001 e uma Interpretação do


Indicador de Desvio de Tendência Suavizado

500- s&P Ailines ww

0.1 Desvio de Tendência (26/521

0.1

0.0
O.0
0.0
0.1

H997 I993 ""*1999 2000 200


Fonte:pring.com

ponto de virada. Se esta abordagem de filtragem não for tomada, então existe um
risco considerável de que sero tomadas atitudes
próximas ao fim da tendência.
Um método útil reduz consideravelmente a atividade de violinadas, mas ainda
oferece sinais oportunos como a defasagem de uma MM de 52 semanas 10 se-
por
manas quando o cálculo do desvio da tendncia está sendo feito. Isto significa que o
fechamento de cada semana é dividido pela MM de 52 semanas, como apareceu 10
semanas antes. Este novo cálculo foi traçado no centro da janela do Gráfico 14.16.
Neste exemplo, a violinada no final de 2000 foi filtrada, visto que, o indicador
de desvio de tendência não cruza decisivamente abaixo do sua MM. Não estou
sugerindo que esta é a única combinação legítima para gráficos semanais, mas é a
que parece funcionar muito bem.
Há sempre uma relação inversa quando você tenta fazer sinais menos sensí-
veis, e, neste caso, consideramos que há ocasionalmente um pequeno atraso em
relação a não defasagem da MM de 52 semanas. O mais óbvio neste gráfico de-
senvolvido no início de 1997, em que a série defasada no centro da janela cruza a
sua MM a um preço ligeiramente mais elevado. Na maioria dos casos, porém, este
e um pequeno preço a ser pago, se o custo de uma violinada puder ser evitado.

MACD

O método de negociação de convergência/divergência de médias móveis (MACD)


é uma forma de um indicador de desvio de tendência utilizando duas médias mó-
Momentum II: Indicadores Individuais 297

GRAFICO 14.16 S&P Airlines, 1995 -2001 e duas Suavizações do


Indicador de Desvio de Tendência

s&P Airlines
500-
m

Desvio de Tendência (26/152 Avançado)


Sem Violinada
02-
o.1-
0.0
0.1-
Desvio de Tendência 26/52
Violinada
0.1
0.0
0.0
0.0
0.1

1997 2000 2001


Fonte: pring.com

veis exponenciais, sendo a MM exponencial de curto prazo, subtraída da MM ex-


ponencial de longo prazo. As duas MMs exponenciais são geralmente calculadas
de forma exponencial em que os períodos mais recentes são mais ponderados do
que no caso de uma MM simples. E normal que o MACD, então seja suavizado
por uma terceira média móvel exponencial (MM exponencial), que é representada
separadamente no gráfico. Esta média é conhecida como a "linha de sinal, os cru-
zamentos dela geram sinais de compra e de venda. Seu nome se origina do fato de
que as duas MMs exponenciais estão continuamente convergindo e, em seguida,
divergindo uma da outra. O MACD ganhou grande popularidade ao longo dos
anos, mas na verdade, é realmente apenas outra variação de um indicador de des-
vio de tendência que emprega duas MMs exponenciais, como seu método de des-
vio. Um visual da sua construção, portanto, é muito semelhante ao Gráfico 14.13.
MACDs podem ser usados em infinitos periodos de tempo. Gerald Appel da
Signalert que realizou uma quantidade considerável de pesquisas sobre o assunto,
recomenda que os sinais de compra num gráfico diário seja construído a partir
de uma combinação das MMs exponenciais de 8, 17 e 9, mas ele considera que
os sinais de venda são mais confiáveis quando desencadeados, baseados na com-
binação de 12, 25, e 9. Por outro lado, o popularprograma MetaStock representa
graficamente os valores padrão de 12 e 26 com a linha de sinal em 9.
O gráfico 14.17 mostra Microsoft em 2011 e 2012. As setas tracejadas indi
cam sinais de violinada, e as setas inteiras indicam os sinais que foram confirma
dos com um rompimento da linha de tendência de algum tipo.
298 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendéncias

GRAFICO 14.17 Microsoft, 2010-2011 Interpretação do MACD

Microsoft

MACD

Fonte: pring.com

O Gráfico 14.18 mostra a General Electric com um indicador MACD. Outra


técnica é a construção de linhas de sobrecomprado/sobrevendido, linhas de ten-
dência, e os padrões de preço e procurar por divergências. No Gráfico 14.18, por
exemplo, ambas as séries de padrões de cabeça e ombros são concluídos no final
do ano de 2000. O MACD também apresenta uma divergência negativa. Observe
como a divergência, sinalizada pelo ombro direito, é apenas capaz de subir acima
de zero. O resultado é um declínio acima da média. Observe também que o indi-
cador se manteve abaixo do ponto de equilibrio e tocou o seu nivel de sobrevendi-
do diversas vezes durante o equilibrio do período coberto pelo gráfico. Esse tipo
de comportamento reflete a atividade de um mercado de baixa.
OMACD frequentemente funciona bem com dados mensais. Neste sentido,
olhamos o CRB Spot Raw Industrial Commodity Index no gráfico 14.19, onde as
setas sólidas indicam bons sinais de compra do momentum da tendência primá-
ria. As duas setas tracejadas indicam altas menores, que se enquadram na catego-
ria de falha.
OMACD frequentemente é representado em um formato de histograma ea
linha de sinal contra ele, como no Gráfico 14.20 que ilustra a Homestake Mining
O gráfico mostra um padrão clássico de cabeça e ombros. Observe que o histo-
grama do MACD gradualmente, se tornou mais fraco, quandoo padrão progre-
diu. Este foi apenas um sinal de venda a descoberto, mas o preço finalmente caiu
abaixo do nível do sinal.
Momentum II: Indicadores Individuais 299

GRÁFICO 14.18 General Electric e um Indicador MACD

60 General Electric Mercado de Baxa


66
www
45-

40

2.0 MACD H Divergência


1.5
S
1.0 S Não Sobrecomprado
0.5
0.0
0.6
1.0
15

May Jun Jul AugSep Oct Nov Dec 20o1Feb Mar Apr
Fonte:pring.com

GRÁFICO 14.19 CRB Spor Raw Industrials, 1977- 2012 Sinais de Compra
de Longo Prazo no MACD

CRB Spot Raw Industrials

MACD

Fonte:pring.com
300 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 14.20 Homestake Mining e um MACD em forma de Histograma

24
O
23 O

22

21

20

19

18 f Venda
Histograma do MACD Linha Unica

Buy
Nov. Dec. Jan. Feb. Mar.
Fonte:pring.com

Estocásticos
O indicador estocástico também ganhou uma grande popularidade entre os tra-
ders de futuros, resultando que a fórmula padrão usa periodos de tempo muito
curto. A teoria por trás do indicador, que foi inventada por George Lane, é que os
preços tendem a fechar próximos das máximas das sessões durante uma tendên-
cia ascendente. Quando a tendência amadurece, a tendência de preços fechando
longe da máxima da sessão se torna pronunciada. Num mercado de baixas,
condições de reverso são verdadeiras.
O indicador estocástico, portanto, tenta medir os pontos numa tendência
ascendente em que os preços de fechamento tendem a se agrupar em torno das
mínimas para o período em questão, e vice-versa, uma vez que estas são as condi-
çoes que sinalizam a reversão dessas tendências. E traçada em duas linhas: a linha
% Ke a Linha %D. A linha %Dé aquela que proporciona os sinais principais e é,
portanto, mais importante.
Momentum l1: Indicadores Individuais 301

A fórmula para o cálculo de % K é:


Fh -Mn
%K x100
MAn-MIn
Onde, Fa =
fechamento de hoje
n= número de dias selecionados para o estocástico, escolhido por você
MA, = a maxima atingida num period de tempo selecionado
MIn = a minima atingida num periodo de tempo selecionado

onde F éo fechamento de hoje, Mn é a mínima mais baixa


para os últimos n pe-
ríodos de negociação, MAn é a máxima mais alta, para os mesmos n períodos de
negociação. Lembre que o cálculo dos indicadores estocásticos difere da maioria
dos outros indicadores de momentum na medida em que requer a máxima, a mí-
nima e os dados de fechamento para o cálculo.
A fórmula do estocástico ésemelhante ao do IFR por que também é traçada
sobre uma escala gráfica que varia de 0 a 100, mas neste caso, ele mede o preço de
fechamento em relação à faixa de preço total para um número de períodos sele-
cionados. Uma leitura muito alta superior a 80 iria colocar o preço de fechamento
num nível próximo do topo da faixa, enquanto que uma leitura inferior a 20 iria
colocar o preço próximo do fundo da faixa.
A segunda linha, %D, é uma versão suavizada da linha K%. O valor normal
é de três períodos. A fórmula do %D é como se segue:

%D =(%KI+%K2+%Ks)/3
Onde, o %K1, refere-se a anteontem, %K2 a ontem e %K3, a hoje.

O indicador do momentum que resulta destes três cálculos é duas linhas que
variam entre 0 e 100. A linha %K geralmente é traçada como uma linha sólida, en-
quanto que a linha %D mais lenta é geralmente traçada como uma linha tracejada.
A popularidade do indicador estocástico pode sem dúvida ser explicada pela
forma harmoniosa em que se movimenta a partir de uma condição de sobrecom-
prado para uma de sobrevendido, tranquilizando o trader e o levando para uma
sensação de que a evolução dos preços é muito mais regular do que os indicados a
partir de uma observação de um IFR ou um indicador ROC.
Os períodos de longo prazo, utilizados em gráñcos mensais e semanais, parecem
funcionar muito melhor do que os estocásticos de curto prazo utilizados em gráficos
de futuros diários. Colby e Meyers, em The Encyclopedia of Technical Market Indicators
(McGraw-Hill, 2002), observou que o teste do indicador estocástico se mostrou insa-
tisfatório em relação aos cruzamentos da MM e outros indicadores de momentum.
As bandas de sobrecomprado e sobrevendido do estocástico são geral-
mente traçadas na área de 75% a 859% na parte superior e na área de 15% a 25%
na parte inferior, dependendo do período de tempo em questão. Uma indica-
302 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

ção de sobrecomprado é dada quando a linha %D cruza a banda extrema, mas


um alerta de venda real não é indicado até que a linha% K cruze abaixo dela
Quando as duas linhas se cruzam, se comportam de forma muito semelhante
a um sistema duplo de MM. Se você esperar pelo rompimento, pode evitar a
ficar preso dentro de uma venda a descoberto em um movimento fortemente
altista ou comprado em um extremamente negativo.
O comportamento do indicador dependerá muito dos períodos de tem-
po selecionados. Uma vez que o K% e o %D podem ser considerados como
médias móveis, consequentemente, quanto maior o período de tempo, mais
suavizado é o indicador resultante. O painel superior do Gráfico 14.21 mostra
uma combinação de 5/5 muito volátil, enquanto que a janela inferior contém
uma combinação de 30/100. Observe que o %K é muito menos volátil do que
na janela superior. O mesmo é verdadeiro para o parámetro de 100 utilizado
no %6D. No entanto, é tão plano que é essencialmente inútil do ponto de vista
de refletir os ritmos cíclicos. Na realidade, nunca usaria tal combinação.

Estocástico lento

Também é possível (e desejável) estender o cálculo, a fim de invocar uma versão


lenta do estocástico. Neste exemplo, a linha %K ésubstituída pela linha %D, e
outra MM é calculada para o %D. Muitos técnicos argumentam que esta versão

GRÁFICO 14.21 S&P Composite, 2010-2011: Comparando os periodos


de tempo de dois estocásticos

s&P Composite

Estocático (5/5)

Estocático (30/100)

Fonte:pnng.com
Momentum II: Indicadores Individuais 303

GRAFICO 14,22 S&P Composite, 2010-2011:Comparando um Estocástico


com um Estocástico Lento

s&P Composite N
W

Estocático (5/5)

Estocático (5/5/5)

modificada do estocástico dá sinais mais confiáveis. Ela certamente resulta em


um comportamento mais deliberado. A comparação entre um estocástico regular
e lento éilustrado no gráfico 14.22. O 5/5 na legenda da janela superior se refere a
um período de 5 para %Ke %D, respectivamente. O 5 na metade da janela inferior
se refere ao fator de lentidão.
O Gráfico 14.22 compara um estocástico regular a um lento.

Interpretação geral
Normalmente, nos cruzamentos, a linha% K mais rápida muda de direção antes
da linha %D. Isto significa que o cruzamento irá ocorrer antes que a linha %D
reverta a sua direção, como na Figura 14.2.

Divergências: A figura 14.3 mostra exemplos de onde o %K falha em confirmar


uma nova máxima ou mínima no preço, criando assim uma divergência, que,
quando confirmada, sinaliza uma mudança na tendência.
Falha da divergência: Uma indicação importante de uma possível mudança na ten
déncia surge quando a linha% K cruza a linha %D, e se movimenta para trás para tes-
Tendências
304 Parte I: Técnicas que Determinam as

FIGURA 14.2 Cruzamentos do Estocástico

Cruzamentos Positivo e Negativo

Cruzamento
80 Sobrecomprado

80
%K

20

20 Sobrevendido
N Cruzamento
%D

FIGURA 14.3 Divergências Positiva a Negativa do Estocástico

Divergências Positiva e Negativa

Preço

80
Estocástico
Divergéncia Negativa
V
%D
20 %K
Divergência Positiva
Momentum II: Indicadores Individuais 305

FIGURA 14.4 Falhas na Divergência do Estocástico

Falha na Dvergência

Preço

w 1.%K cruza abaixo do %D

Falha Baixista
Estocástico
80

2. Incapaz para
1.%K cruza
Acima do %D
A
%D cruzar %D
20
2. Permanece acima
%K Do %D sobre o teste
3.FalhaAlbista

tar seu nível extremo, e falha em cruzar a linha %D, como na Figura 14.4. Mais uma
vez, é sempre importante ver alguma confirmação de preços que é fornecida com o
rompimento acima da linha de tendência para baixo no lado direito do diagrama.
O Gráfico 14.23 mostra alguns exemplos de falhas de divergência: duas con-
firmadas como baixistas e uma confirmada como altista.

Divergência da Reversão: Ocasionalmente durante uma tendência ascendente, a


linha %D fará um fundo mais baixo, que está associada com um fundo mais alto
no preço, como mostrado na Figura 14.5.
Este é um presságio de baixa, e a sabedoria convencional sugere que se pro-
cure por uma oportunidade de venda na próxima alta. Esta condição é muitas
mencionada como uma configuração de baixa. Uma divergência positiva da
reversão é ilustrada na Figura 14.6.

Extremos: Ocasionalmente o valor 6K alcança o extremo de 100 ou 0. Isso in-


dica que um movimento muito poderoso está a caminho, uma vez que o preço
está consistentemente fechando próximo à sua máxima ou mínima. Se um teste
bem sucedido deste extremo ocorrer após uma reação, geralmente é um excelente
ponto de entrada.
306 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 14.23 Falhas na Divergência da Microsoft

Microsoft (30 minutos) 26.9


26.0
287
h

Falha da Divergéncia 25.3


26.2
Falha da
Estocástico (7/3/8) Divergência
0

Falha da Divergência

FIGURA 14.5 Divergência Negativa da Reversão do Estocástico

Divergéncia de Reversão Negativa

Subida Final Confimação


Preço

Fundos mais allos


Estocástico Fundos mais altos

w Fundos mais baixos


Momentum l1: dicadores Individuais 307

FIGURA 14.6 Divergência Positiva da Reversão do Estocástico

Divergência de Reversão Positiva

Topos mais Baixos

opo mais Baixo Confimação


Queda Final

VV
Topos mais Atos

Dobradiça: Quando qualquer linha %K ou linha %D apresenta uma desacelera-


ção na velocidade, indicada por uma linha plana, a indicação é geralmente que
uma reversão ocorrerá no próximo período. Os exemplos são mostrados na Figu-
ra 14.7 e no gráfico 14.24 com um gráico de 10 minutos da Pfizer.

Desacelerando para obter melhores sinais

Frequentemente, é uma boa ideia, ajustar os parâmetros para obter um indica-


dor de movimento mais lento onde os cruzamentos entre o %Ke %D podem ser
usados com bons resultados. O gráfico 14.25, do S&P Composite, mostra uma
combinação de 20/20/20 e uma combinação de 20/10/10. Ambas apresentam di-
vergências, mas a série mais suavizada apresenta apenas uma violinada, enquanto
o tipo 20/10/10 apresenta três. A compénsação é que a série mais volátil desenca-
deia cruzamentos muito mais oportunos.
Finalmente, vamos para os gráficos mensais onde a combinação 24/15/10 no
Gráfico 14.26 realmente mostra o seu significado. Esta combinação, na maioria
dos casos, irá refletir oscilações da tendência primária de uma forma razoavel
mente boa. Por exemplo, existe um cruzamento positivo do estocástico no final de
um mercado de baixa de 2000 a 2002 confirmado com uma boa violação da linha
308 ParteI: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 14.7 Dobradiças

Dobradiçaas
Preço

Estocástico Dobradiça altista B


80

20
%K
%D A
Dobradiça baxista

GRAFICO 14.24 Pfizer e Duas Dobradiças


Pfizer (10-minute) 21.3
212
21.1
21.0

20.7
20.6
20.5
204
Estocástico (5/1/4) Dobradiça baixista 20:3
100

Dobradiça altista
23 24 25
Momentum I: Indicadores Individuais 309

GRAFICO 14.25 S&P Composite, 2010 -2011 Divergências Negativas

s&P Composite
V

Estocástico (20/20/20)

Estocástico (20/10/10)

pciobes

GRÁFICO 14,26 Echostar, 1998-2011 Estocástico com Sinais de


Cruzamento de Longo Prazo

Echostar
h u

Estocástico (24/15/10)
310 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

de tendència. Havia outro sinal de compra confirmado em 2006. Finalmente,


sinal de venda no final de 2007 foi basicamente confirmado simultaneamente com
um rompimento da linha de tendência.

Sumário

1. O IFRé delimitado por 0 e 100. As linhas de sobrecomprado e sobrevendido


devem ser mais distantes, quando o período de tempo fica mais curto.
2. A utilização do IFR facilita a comparação do momentum de diferentes ações
do que o ROC.
3. O IFR pode ser usado em conjunto com as linhas de sobrecomprado e sobre-
vendido, divergências, padrões de preços, linhas de tendência, e suavizações.
4. Os indicadores de desvio da tendência são calculados dividindo a MM de
prazo por outra de prazo prolongado.
curto
5. Os indicadores de desvio da tendência podem ser usados com linhas de ten-
dência, padrões de preço, e MMs. Eles também podem analisar as condições
de sobrecomprado e sobrevendidoe análise de divergència.
6.
6. OMACD é uma forma de indicador de desvio de tendncia.
7. Oindicador estocástico pressupõe que ospreços fecham próximos da mínima
no final de uma alta e próximos de sua máxima no final de uma tendência
descendente.
8. O indicador estocástico está confinado entre 0 al00 e consiste de duas linhas,
a K% e a %D.
9. Os indicadores estocásticos identificam cruzamentos, divergências, dobradi-
ças, extremos, e reversões de divergências e são normalmente traçados em sua
versão mais lenta.
15

MOMENTUM II:
INDICADORES INDIVIDUAIS

ROC Resumido: "Know Sure Thing" (KST)

O KST de longo prazo

Vamos começar essa explicação do KST discutindo um indicador adequado para


oscilações de preços associados às tendências primárias ou aqueles que giram em
torno do chamado ciclo de negócios de 4 anos, posteriormente, voltando para a
sua aplicação nas tendências intermediárias e de curto prazo.
No capítulo 13 foi explicado que a taxa de mudança (ROC) mede a velocida-
de de um avanço ou declínio ao longo de um período de tempo especiífico, e é cal
culado dividindo o preço do período atual, pelo preço de N períodos anteriores.
Quanto maior o período de tempo considerado, maior o significado da tendência
que está sendo medida. Os movimentos de ROC del0 dias são muito menos sig-
nificativos do que aqueles calculados ao longo de um intervalo de tempo de 12 ou
24 meses e assim por diante.
A utilização de um indicador ROC ajuda a explicar alguns dos movimentos
cíclicos nos mercados, frequentemente avisando com antecedência uma reversão da
tendência prevalecente, mas um periodo de tempo especifico usado no cálculo de
um ROC reflete apenas um ciclo. Se este ciclo específico não funcionar, for domina-
do por outro, ou for influenciado por uma combinação de ciclos, será de pouco valor

Principio técnico fundamental: A qualquer momento, o preço é determi-


nado pela interação de muitos ciclos diferentes de tempo. Um indicador que

leva isso em consideração é provável que seja mais oportuno, sem perder
muito a sensibilidade.
312 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 15.1 s&P Composite, 1978-1988 TrêsTaxas deVariação

300
200 s&P Composite
200

100
9-ROC

50
12-ROC

0
w
50 24-ROC

1978 979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987
Fonte:pring.com

Este ponto ilustrado no Gráfico 15.1, que mostra três indicadores ROC de
períodos de tempo diferentes: 9 meses, 12 meses e 24 meses.
OROC de 9 mesestende a refletir todos os movimentos intermediários, e a série
de 24 meses estabelece o cenário para as grandes oscilações. As setas sinalizam os pon-
tos de virada importantes neste período. Mostram que, em sua maior parte, todos os
três ROCs estão se movimentando na mesma direção, uma vez que a nova tendência
avança. Ocorreu uma importante exceção no fundo de 1984. Aqui vemos o aumento
de preço, mas imediatamente após, o ROC de 24 meses declina enquanto os outros
continuam subindo. Durante o periodo coberto pela seta A, a velocidade do avanço
é reduzida devido ao conflito entre os três ciclos. Mais tarde, no entanto, todos os três
ROCS voltam a ficar engrenados na parte superior, ea alta que se aproxima da seta
Bé muito mais ingreme. Na prática, os principais pontos da virada ocorrem quando
vários ciclos são compativeis, avanços e quedas rápidos se desenvolvem quando mais
ciclos estão operando na mesma direção. Mesmo esta visão é bastante limitada porque
há muito mais do que très ciclos operando em qualquer momento.
Momentum II: Indicadores Individuais 313

GRÁFICO 15.2 S&P Composite, 1980 -2012 e um ROC de


24 meses SuavizadoD

s&P Composite

ROC de 24 meses Suavizado

Fonte:pring.com

Claramente, o período de tempo de um ROC considerado isoladamente, não


nos dá uma visão completa. Este foi um dos fâtores considerados na fase de desen-
volvimento do KST. Outro requerimento seria um indicador que refletisse de forma
bastante fiel as principais oscilações de preços durante o período de tempo sob aná-
lise, as tendências primárias dos gráficos mensais, as tendências de curto prazo de
gráficos diários, e assim por diante.
O Gráfico 15.2 mostra um S&P durante o período de 1980 a 2012.
O oscilador é um ROC de 24 meses, suavizado por uma MM de 9 meses. Esta
série reflete certamente, todas as oscilações da tendència primária durante este peri-
odo. No entanto, se usarmos as mudanças de direção do indicador como sinais, uma
avaliação cuidadosa mostra que deixa muito a desejar. Por exemplo, o a mínima de
1984 foi sinalizada com um topo no oscilador. Da mesma forma, o fundo de 1989
na série do momentum se desenvolve quase no topo da alta. Além disso, a mínima
de 1998 foi sinalizada com um topo no oscilador, e o topo do momentum de 2005
foi claramente prematuro. O que é necessário, ento, é um indicador que reflita a
tendência primária, e que ainda seja sensível o suficiente para reverter bem próximo
aos pontos de virada no preço. Nunca vamos atingir a perfeição nesta tarefa, mas
uma boa forma de atingirmos esses objetivos é construindo um indicador que inclua
vários ROCs de diferentes periodos de tempo. A função dos períodos de tempo mais
longos é refletir as oscilações primárias, enquanto a inclusão de períodos de tempo
mais curtos ajuda a acelerar os pontos de virada. A fórmula para o KSTé a seguinte
314 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

TABELA 15.1 Fórmula para Periodicidadesusadas no KSTde Longo Prazo


Periodicidade Suavização Peso
9 meses MM 6 X 1

12 meses MM 6 2

18 meses MM 6 x 3

24 meses MM 9 X 3

Visto que, o mais importante é que o indicador reflita as oscilações primá-


rias, a fórmula é ponderada, de forma que os períodos de tempo mais longos e
dominantes tenham uma maior influência.
O gráfico 15.3 comparao desempenho do ROC suavizado de 24 meses com
o KST de longo prazo entre 1974 e 1990. E incontestável que o KST reflita as gran-
des oscilações que estão sendo apresentadas pelo ROC suavizado. No entanto, os

GRAFICO 15.3 S&P Composite, 1974 1991 0 KST Comparado com um


ROC de 24 meses Suavizado

300
200 S&P Composite
100

ROC de 24 meses Suavizado


60

100 KST de Longo Prazo

50

50
1974 93 976 197|193 17 90 1581 1562 1983 1984 1985I961987 1985 9990
Fonte: pring.com
Momentum Il: Indicadores Individuais 315

pontos de virada do KST se desenvolvem antes daqueles do ROC. As setas ver


ticais se movimentam através do ROC, à medida que ele chega ao fundo. O KST
sempre vira na frente da seta, o intervalo de tempo varia em cada ciclo especiicO.
Observe como em 1988 o KST vira bem apóso fundo de 1987, mas apenas no
mento em que o mercado começa a descontar na parte superior. O ROC reverte a
mno
direção muito mais tarde. Há um período quando o KST desempenhou abaixo do
esperado, na elipse de 1986 a 1987 onde o KST deu um sinal falso de fraqueza, ao
contrário do ROC, que continuou em alta.
O intervalo de tempo (a periodicidade) dominante na construção do KST é
um período de 24 meses, que é a metade do chamado ciclo de Negócios de 4 anos.
Isso significa que ele funcionará melhor quando a ação em questão estiver apre-
sentando uma tendência primária ascendente e descendente baseadas no ciclo de
negócios. Por exemplo, o gráfico 15.4 mostra a KST durante os anos de 1960 e 1970,
onde o S&P estava em uma faixa de negócios do tipo ciclo de negociação claramente
definido. Os períodos de acumulação e distribuição ocorrem entre o momento em
que o KST e sua média móvel (MM) mudam de direção. Há realmente très níveis
de sinalização.

GRÄFICO 15.4 KST de longo prazo em um cenário ciclico volátil

120
110 s&P Composite M
100
90
0

70
KST de Longo Prazo

60

50
MM9 meses
19641965196S I67 196319E9 1970 197 97 1973 1974193 197% 9719 97
Fonte:pring.com
316 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

O primeiro ocorre quando o próprio indicador muda de direção, o segundo


quando cruza sua MM de 9 meses, e o terceiro quando a própria MM inverte a
direção. Na maioria dos casos, o cruzamento da MM oferece a melhor combina-
ção de sinais adequados, com um mínimo de violinadas. As mudanças na direção
da MM de 9 meses oferecem os sinais mais confáveis, mas estes geralmentese
desenvolvem bem após o ponto de virada. Os sinais mais rápidos e mais confiá-
veis, portanto, se desenvolvem em situações em que a MM reverte próxima de um
ponto de virada. Se isso não acontecer, este evento deve apenas ser interpretado
como uma confirmação de um movimento que já está em andamento.
Na maioria das vezes, o KST tem sido razoavelmente confiável, mas como
qualquer outra abordagem técnica, não é de forma alguma perfeito. Por exemplo, o
mesmo cálculo é apresentado no Gráico 15.5, mas desta vez, para o Nikkei. Ao longo
dos períodos de uma tendência ascendente secular ou linear (como ocorreu com
as ações japonesas na década de 1970 e 1980), este tipo de abordagem é contrapro-
ducente já que muitos sinais de baixa falsos são disparados. No entanto, na grande

GRAFICO 15.5 Nikkei, 1975-1992 KST operando num cenário de tendência


linear

4000
3000
|2000 Nikkei

1000

x10 KST de Longo Prazo

150
100
50

50

1976 1978 1980 1982 1984 19851987| 1989 1991


Fonte: pring.com
Momentum IIl: IndicadoresIndividuais 317

maioria das situações, os preços não apresentam essas tendências lineares, mas são
sensiveis ao ciclo econômico. E por esta razão que eu chamo esse indicador de o KST.
As letras significam "saber a coisa certa" (know sure thing - KST). Na maioria das
vezes, o indicador é confiável, mas você "sabe" que não é sempre uma "coisa certa'.

Princípio Técnico Fundamental: o KST deve sempre ser utilizado em con-


junto com outros indicadores.

Os principios de interpretação do KST de longo prazo são os mesmos que


qualquer outro oscilador, embora a sua técnica "padrão" seja a de observar os
cruzamentos positivos e negativos da MM. Ocasionalmente, é possível construir
linhas de tendência e até mesmo observar os padröes de preços, bem como con-
duzir a análise de sobrecomprado/sobrevendido.

KSTs de curto e médio prazo

O conceito de KST foi originalmente derivado de tendências de longo prazo, mas


a ideia de quatro ROCs suavizados e somados pode ser facilmente aplicada às
tendências de curto prazo, intermediárias e até mesmo às oscilações de preços
intradia. As fórmulas para as várias periodicidades são apresentadas na Tabela
15.2. Não sendo de modo algum, a última palavra e so sugeridas apenas como

TABELA 15.2 Fórmulas Sugeridas do KST*

ROC MM PESO ROC MM PESO ROC MM PESO ROC MM PESO

Curioprazo 10 10 15 10 2 20 10 3 30 15
Curto prazo 3 31 1 4 41 2 6 6 3 10 8
Prazo intermediáriot 10 10 113 13 2 15 15 3 20 20 4
Prazo intemmediáno* 10 10 113 131 2 15 15 3 20 20
Longo prazo 9 6 112 6 2 18 6 3 24 9 4
Longo prazo 39 26 1 52 26 2 78 26 3 104 39 4
possivel programar todas as fömules do KST no Metastock, Wealth Lab, Trade Station, AmiBroker,
Esignal, e vårios outros pacotes de software.
TBaseado sobre dados diários.
Baseado sobre dados semanais.
SBaseado sobre dados mensais
TMME
318 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 15.6 U.S. Dollar Index, 2006- 2012e um KST Intermediário

U.S. Dollar Index


Mercado de Baixa

KST Intemediário

Fonte: pring.com

bons pontos de partida para uma análise mais aprofundada. Os leitores podem
experimentar diferentes fórmulas para qualquer periodicidade e pode muito bem
chegar a melhores resultados. Ao experimentar, tente obter consistência, não a

perfeição, pois não há tal coisa na análise técnica.


O gráfico 15.6 mostra um KST intermediário para o índice do dólar nor-
te-americano. Os relevos escuros indicam quandoo KST está acima de sua MM
exponencial de 10 semanas, e as partes mais claras quando está abaixo. Dois sinais
de ida e volta foram sinalizados com as setas para serem demonstrados. O princí-
também
pio das tendências contracíclicas serem fracas e o perigo de negociá-las
podem ser vistas neste gráfico. As tres pequenas setas no período de 2007 a 2008
indicam sinais de alta que corriam contra a tendència principal, que era negativa.
Todas as três foram de curta duração e perderam dinheiro.
O gráfico 15.7 ilustra o preço do cobre em Londres. Uma das coisas que
eu gosto sobre o indicador, especialmente em suas variedades de curto prazo e

intermediário, é flexibilidade de interpretação. Quase todas as técnicas de


a sua

interpretação discutidas no Capítulo 13 podem ser aplicadas. No Gráfico 15.7,


cruzamento na posição sobrecomprada no final de 1994.
por exemplo, vemos um
Não representou nada porque não foi possível chegar a quaisquer sinais de
reversão de tendência no preço. Mais tarde, porém, no início de 1995, vemos
Momentum IlI: IndicadoresIndividuais 319

GRAFICO 15.7 Cash Copper London, KST Intermediário

Cash Copper London


3000

2600 w
2000

1500
KST Intermediário
Nenhum sinal de
200 inversão da tendência
150
100
50
0
50
100
150
200
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 200

Fonte pring.com

uma divergência negativa, e no final do ano um cruzamento sobrecomprado, um


cruzamento da MM exponencial de 65-semanas, e uma cabeça e ombros no topo
do preço- coisas clássicas. Havia alguns sinais de compra falsos no caminho para
baixo, mas os topos da alta no KST proporcionaram a construção de uma boa
linha de tendência de baixa. A violação da linha, o cruzamento da sobrevenda,
ea conclusão da base no preço combinados em conjunto, ofereceram um bom
sinal de compra no final de 1996. A próxima vez que o KST cruzou seu nível
sobrevendido, em 1998, não havia nenhum bom lugar para observar um sinal
de tendência de reversäão no preço. Isso não foi verdade no início de 1999, onde
uma divergência positiva, o cruzamento de uma MM exponencial pelo KST, e um
rompimento da linha de tendência do preço proporcionou um oportuno ponto de
entrada. Observe que depois queo preço rompeu acima da linha de tendência de
baixa, posteriormente, encontrou suporte na linha estendida.
O gráfico 15.8 apresenta o ETF Global X FTSE Cohumbia com um KST diá-
rio. Ele demonstra o fato de que esta série tem a capacidade ocasional para traçar
padrões de preços, como o faz no final de 2010. Observe também o mercado de
baixa que começou no final daquele ano e a incapacidade do KST de subir muito
acima do nível de equilíbrio.
320 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 15.8 Global X Columbia ETF, 2009- 2012 e um KST Diário de


Curto Prazo

Global X Columbia ETE

KST Diário de curto prazo

Sinais fracos de pontos de

AAA compra num mercado de baixa

Fonte: ping.com

Principio Técnico Fundamental: Por vezes, um estudo das características


de u cilador pode ser útil para identificar a direção da tendência primá-

ria. cos repiques indicam mercados de baixa, e reações fracas indicam


tendências primárias ascendentes.

Observe também a capacidade do KST de sinalizar divergências, tais como a


discrepância negativa no início de 2012. O gráfico 15.9 mostra a mesma informação
que o seu antecessor, mas desta vez sa as setas sólidas sinalizam os cruzamentos
positivos e negativos de sobrecomprado/sobrevendido que foram confirmados pelo
preço. A falha das setas (tracejadas) mostra a importância de esperar que esses si-
nais sejam confirmados pelo preço.

Princípio Técnico Fundamental: A primeira regra na utilizaço do KST de


curto prazoé tentar obter uma correção na direçãoe maturidade da tendên-
cia primária e nunca negociar contra ela.
Momentum II: Indicadores Individuais 321

GRAFICO 15.9 Global X Columbia ETF, 2009 - 2012 e um KST Diário de


Curto Prazo

Global X Columbia ETF,

KST Diário de curto prazo

Fonte: pring.com

Identificar a direção da tendência principal é mais fácil dizer do que fazer.


No entanto, se você prestar atenção ao preço relativo de sua MM de 65 semanas
ou de 12 meses e do nível e da direço do KST de longo prazo, ou o Especial K (ex-
plicado mais adiante neste capítulo), você terá pelo menos uma medida objetiva
do ambiente tendência primária.
O gráfico 15.10, ilustrando o Indian Hotels, novamente traz à tona o conceito
de construção das linhas sobrecomprado e sobrevendido e observa o que acontece
quando o KST reverte em tais níveis. Neste exercício, não estou me concentrando
em confirmações, mas na fase de qualificação, a distinção entre a geração de sinais
pró e contra a tendência. As setas sólidas indicam sinais de tendência pró, e as
tracejadas indicam sinais contra a tendência.

Utilizando o KST no Modelo de Ciclo do Mercado

Três Tendências Principais. Nos capítulos anteriores foi explicado que existem
várias tendências operando no mercado em qualquer momento especifico. Eles
variam de intradia, tendências horárias até às de muito longo prazo ou tendências
seculares que evoluem ao longo de um período de 19 ou 30 anos. Para fins de
322 ParteI: Técnicasque Determinanm as Tendências

GRÁFICO 15.10 Indian Hotels, 1998-2003 e um KST Semanal de


Curto Prazo
Indian Hotels Setas sólidas mostram sinais
pró-tendência, setas tracejadas
Primary Bear mostram sinais contra-tendência.
P r i m a r yB u l l

KST de curto prazo

AN N 100

100
** ****** ** ****ssr* 0

Fonte: pring.com

investimento, as tendências mais amplamente reconhecidas são as de curto praz0,


de prazo intermediário e de longo prazo. As tendências de curto prazo são nor-
malmente monitoradas com preços diários, as de prazo intermediário com preços
semanais, e as de longo prazo com preços mensais. Uma hipotética curva de sino
incorporando todas as três tendências é mostrada na Figura 1.
Do ponto de vista do investimento, é importante compreender a direção da
tendência principal ou primária. Isto faz com que seja possível obter uma pers
pectiva sobre a posição atual de todo o ciclo. A construção de um KST de longo
prazo é um ponto de partida adequado, a partir do qual, é possível identificar os
principais rompimentos do ciclo de mercado. A introdução das séries de curto
prazo e de prazo intermediário, então, permite que repliquemos o modelo do ci-
clo do mercado.
Os melhores investimentos são feitos quando a tendéncia principal está
numa condição ascendente, e os movimentos de curto prazo e intermediários do
mercado estão indo para fundo. Durante um mercado primário de baixa, as me-
Ihores oportunidades de venda ocorrem quando as tend ncias intermediárias e de
curto prazo estão indo para top0 e a série de longo prazo está em declínio.
De certo modo, todos os investimentos feitos durante as fases iniciaise na
metade de um mercado de alta estão em apuros pelo fato que a tendência primáa-
Momentum Il: Indicadores Individuais 323

GRAFICO 15.11 S&P Europe ETF 350, 2006-2011 e Três KSTs


S&P Europe 350 ETF (IEV)

Mega sobrecomprado
KST de curto prazo

- .

KST de prazo -

intermediário

KST longo prazo

Fonte: pring.com

ria está subindo, considerando que os investidores têm que ser muito mais ágeis
durante um mercado de baixa a fim de capitalizar sobre as oscilações ascendentes
de prazo intermediário.

Combinando as Três Tendências. Seria ideal e muito util rastrear os dados men-
sais, semanais e diários do KST no mesmo gráfico, mas as restrições de plotagem
não permite isso facilmente. E possível, no entanto, simular essas três tendências
usando diferentes períodos de tempo baseados em dados semanais, mostrados no
S&PETF 350 Europeu no gráfico 15.11.
Observe que a fórmula do KST de curto prazo difere de sua contraparte diária
em que os períodos de tempo (ver Tabela 15.2) são mais longosea förmula, como
todos os três incluídos no gräfico, usa as MM exponenciais em vez da média móvel
simples. Este arranjo facilita a identificação tanto da direção quanto do prazo de ma-
turidade da tendència primária (mostrado na parte inferior), bem como a inter-re-
lação entre as tendências de curto prazo e as tendências intermediárias. O traçado
escuro mostra quandoo KST de longoprazo está acima de sua MM exponencial
de 26 semanas e o traçado mais claro, quando está abaixo. As vezes, os sinais de
tendência primária do KST coincidem com o preço, cruzando sua MM exponencial
de 65 semanas, como foi o caso em dezembro de 2007 e agosto de 2009. O gráfico
também mostra as bandas de negociação aproximadas para o KST de curto prazo
324 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

nos mercados de altae de baixa, conforme definido pela abordagem do cruzamento


da MM exponencial do KST de longo prazo. Observe como ele raramente se movi
menta para a zona de sobrevendido, durante um cenário de alta e raramente para a
zona de sobrecomprado quando a tendncia principal for descendente.
As melhores oportunidades de compra parecem ocorrer quando o índice de
longo prazo está na fase terminal de um declínio, ou quando está em uma tendên-
cia de alta, mas ainda não foi além do limite.
Frequentemente, as séries de longo prazo se estabilizam, mas não mudam
a sua direção, deixando assim o observador em dúvida quanto à sua verdadeira
intenção. Os principais indícios, muitas vezes, podem ser conseguidos pelo com-
portamento das séries de curto prazo e intermediárias em conjunto com o próprio
comportamento do preço. Por exemplo, é incomum que uma série intermediária
se mantenha acima ou abaixo do equilíbrio por um período prolongado, por exem-
plo, mais de 9 meses a um ano. Consequentemente, quando cai abaixo de zero, após
um longo período acima dele, preconiza uma resolução baixista, ao invés de uma
série plana de longo prazo e vice-versa. Um sinal de venda desta natureza foi de
sencadeado no início de 2008 após um KST intermediário ter estado acima de zero
por mais de 4 anos, embora você não possa ver tudo isso neste gráfico. Observe
também a mega leitura sobrecomprada na série de curto prazo que se desenvolveu
em 2009. Na verdade, foi a maior leitura desde o início deste ETF no ano de 2000.
O KST pode ser traçado, gratuitamente no www.pring.com neste formato de ciclo
de mercado para qualquer símbolo Yahool, seja norte-americano ou internacional.

O KST e Força Relativa

OKST também pode ser adaptado para as linhas de força relativa e é especialmen-
te adequado para análise de longo prazo (tendência primária), quando aplicado a
grupos industriais ou ações individuais. Isso ocorre porque a rotação do setor se
desenvolve em torno do ciclo de negócios, quando diferentes grupos estão entran-
do e saindo de moda. Como resultado, as tendências lineares de alta e de baixa
são muito menos propensas a se desenvolverem do que com os dados absolutos de
preços. Para uma discussão mais aprofundada sobre estas questões e as aplicações
do KST, consulte os Capítulos 19 e 22.

Existem Substitutos para o KST?

O KST não é a única resposta para nossos problemas de momentum suavizado, des-
de que, também é possível substituir pela média móvel convergência divergência
(MACD) utilizando os parâmetros padräo, ou o estocástico utilizando uma combi-
nação de 24/15/10, no caso em que o seu software de gráicos não carregue o KST
Momentum Il1: IndicadoresIndividuais 325

GRAFICO 15.12 S&PAluminium Index, 1992 -2012 Comparando


Indicadores de Momentum de Longo Prazo

S& P Aluminum Index

KST

Estocástico (24/15/10)

Maior sensibilidade
MACD

Fonte: pring.com

ou não tenha capacidade de replicá-lo. Esses mesmos parâmetros do estocástico


parecem funcionar para todos os três períodos de tempo. O Gráfico 15.12 compara
os três indicadores utilizando dados mensais. Observe que na maioria dos casos, o
KST coincide com ou guia os pontos da virada para o estocástico. A seta tracejada
indica quando o estocástico liderou. Alternativamente, o MACD mais sensível, fre-
das tendências que, ou acabam
quentemente, fornece falsas impressões de reversão
sendo falsas ou são revertidas antes que um cruzamento da linha de sinal ocorra.
Por estes motivos, prefiro o KST para todas as tendèncias, e não apenas para os
de longo prazo. E bem possível conseguir parâmetros de qualidade superior para
ambos os indicadores, e o leitor está certamente encorajado a fazer uma tentativa.

O Especial K

Um método alternativo de traçar o KST ocorre quando todas as trs são combinadas
em um indicador, que eu chamo de "Especial K'. Isso nos dá a verdadeira natureza
cíclica resumida onde as tendências de curto prazo, de prazo intermediário e de longo
uma unica grande tendencia. O calculo realizado adicio-
prazo são combinadas em
nando a fórmula diária do KSTàs séries intermediárias e de longo prazo, se baseando
em dados diários. Assim, por exemplo, o período de tempo de 12 meses utilizado no
326 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

TABELA 15.3 Fórmula do Especial K

ROC MMP TEMPO PESO IGUAL TOTAL


10 10 10
15 10 2 20
20 10 S0
30 15 60
50 50 50
65 65 X 2 130
75 75 225
100 100 4 400
195 130 130
265 130 2 260
390 130 3 390
550 195 780
Spedal K 2485

cálculo do KST de longo prazo é substituído por 265 dias como uma aproximação
aos dias de negociação em um ano civil. A tabela 15.3 contém a fórmula, e a Figura
15.1 apresenta o conceito em formato visual. E realmente uma adaptação prática da
linha tracejada (tendência de curto prazo) na Figura 15.1. Isso também é contrário

FIGURA 15.1 0 Especial Kversus a Tendência de Longo Prazo

Special K M
N

Tendência Primáña
9 meses a 2 anos
Momentum II: IndicadoresIndividuais 327

ao caminho lento, deliberado de longo prazo do KST em relação àtrajetória mais


irregular do EspecialK. Em um mundo ideal, o Especial K deve ir para o topo e para
o fundo quase simultaneamente com o preço na virada dos pontos dos mercados
de alta e de baixa. Na maioria das situações, isto realmente acontece. Quando isso
acontecer, o truque é ser capaz de identificar esses pontos o mais rápido possivel. A
advertência de costume com a virada dos pontos prematuros do momentum, se de-
senvolvendo em tendências ascendentes lineares ou tendências descendentes, ainda
continua a prevalecer.
A principal função do Especial K, então, é identificar a virada dos pontos da
tendência primária. Uma vez que este indicador também inclui dados de curto pra-
zo em seu cálculo, um beneficio subsidiário reside na identificação de tendncias
menores e inserindo isso no contexto da direção e prazo da tendência primária.

Usando o Especial K para identificar Movimentos de preço de Longo Prazo

A seguir estão algumas das características do Especial K:

1. O Especial K é uma curva que reflete o KST dominante de longo prazo,


mas não é tão suave, uma vez que também contém dados que refletem os
movimentos de preços de curto prazoe intermediários.
2. Os topos e fundos da tendência primária no próprio preço, frequente-
mente, coincidem simultaneamente com os do Especial K. Onde as ten-
dências ascendentes lineares ou descendentes estão presentes, o Especial
K (SPK) lidera esses pontos de virada e gera uma divergência. As setas no
Gráfico 15.13 mostram alguns desses pontos da virada no S&P Compo-
site. Observe que, em 1998 o SPK formou um topo prematuramente de
vido à presença de uma tendência ascendente secular em ações norte-a-
ricanas. Há ainda mais exemplos no Gráfico 15.14 da CRB Composite
Dos 12 topos e fundos entre 1983 e 2012, apenas um não se desenvolveu
simultaneamente no SPK.
3. Este indicador serve para a construção da linha de tendência. Geralmente,
quando as linhas superiores a 9 meses de duração são penetradas, existe
uma grande probabilidade de que a tendência primária reverteu. Isso é de-
monstrado no gráfico 15.15 do S&P Composite, onde vemos vários rompi-
mentos da linha de tendência da SPK confirmados por um comportamento
similar do preço. Ocasionalmente, a tendncia é tão inclinada que é impos-
sível de construir uma linha de tendência significativa. Em tais casos, os
cruzamentos conjuntos da média móvel entre o preço eo SPK que se desen-
volve em um curto espaço de tempo, geralmente, serve como sinais opor-
tunos. O cruzamento conjunto de uma MM ocorre em A, acompanhado de
algumas violações da linha de tendência, mas a alta do fundo de 2009 teria
328 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 15.13 S&P Composite versus o Especial K, 1995-2011

s&P Composite

Special K

Fonte: pring.com

GRAFICO 15.14 CRB Composite versus o Especial K, 1983-2012

CRB Composite
Topo prematuro

Special K

Fonte: pring.com
Momentum II: Indicadores Individuais 329

GRAFICO 15.15 S&P Composite versus o Especial K, 1995-2011


Interpretação da linha de tendência

S&P Composite

Special K

T
190 2000 2008 28

Fonte: pring.com

sido sinalizada com uma abordagem de cruzamento de uma MM. A MM


do preço tem um período de tempo de 200 dias, e o do SPK tem um perío-
do de tempo de 100 dias, suavizado por uma MM adicional de 100 dias. O
gráfico 15.16 mostra também alguns rompimentos conjuntos da MM nos
pontos A, B, e C, bem como inúmeras combinações de linhas de tendência.
Observe que ocasionalmente o SPK vai traçar uma pequena faixa de nego-
ciação, e quando tiver sido concluída, os sinais de reversão são acionados.
As mínimas de 2007 e 2010 oferecem dois exemplos desse fenômeno.
4. As reversões de topo e fundo, frequentemente surgem como os pontos
de virada de uma tendência primária. Vemos três exemplos no gráico
15.17 para o Bombay Stock Exchange FMGCIndex nos pontos X, YeZ.
Nem todos os pontos de virada são sinalizados desta forma, assim como
nem sempre é possível construir uma linha de tendncia significativa. No
entanto, se vemos um rompimento da tendência e uma reversão evidente
do topo/fundo, as chances de uma reversão da tendência primária au-
mentam consideravelmente.

Utilizando o Especial K para identificar os Movimentos de preço de curto prazo

Se voce comparar os movimentos no KST diário no gráfico 15.18 com os do Espe-


cial K, voc vai ver que eles estão muito próximos, de fato, o que significa que r
330 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 15.16 CRB Composite versuso Especial K, 1999-2012


Interpretaçaão da linha de tendência

CRB Composite

Sinal
Special K falso

12

Fonte: pring.comn

GRAFICO 15.17 BSE FMG Index, 2001-2009 Interpretação do Especial K


BSE FMGC Index
2800

O00

1500

1000
A B

1300
1200
1100
A ****** Y

Special K
w

2003 2004 2007


Fonte: pring.com
Momentum Il: Indicadores Individuais 331

GRAFICO 15.18 S&P Composite, 2004-2008 0 Especial Kversus o


KST diário de curto prazo

Primária de alta
s&P Composite ETF (SPY)

Special K Sobrecomprado

KST Diário Sobrevendido

Fonte: pring.com

almente obtivemos o resumo do ciclo daquela curva de tendência de curto prazo


tracejada em nosso diagrama do ciclo de mercado original. (Figura 1.1).
Isso significa que podemos usar seus giros para ajudar a identificar s revrer
sões de curto prazo no Especial K. Por exemplo, se o KST estiver sobrecomprado e
revertendo, como em outubro de 2007, é mais provável que resulte em uma rever-
são iminente na trajetória do especial Ke, portanto, no preço. A leitura da sobre-
vendido que o precedeu em agosto de 2007, também funcionou muito bem. No
entanto, em maio de 2007, ocorreu outra reversão de sobrecomprado do KST. O
Especial K também sofre uma reversão, mas não há declínio imediato. O motivo?
E porque este sinal de venda foi um contra a tendência, pois a tendência primária
predominante era de alta.
Gráfico 15.19, ilustrando o CRB Composite, também exibe o KST diário no
fundo a janela.
Vemos um KST sobrecomprado com uma reversão do Especial K em maio de
2000, e esta é seguido por uma correção de 3 meses. No entanto, é evidente que não
é só isso. A maioria das vezes que o KST reverte a direção, o Especial K faz o mes
mo. No entanto, quando o KST reverte para cima, por exemplo, e há muito pouca
ou nenhuma resposta do Especial K, as chances são de que as forças do prazo in-
termediário de baixa e de longo prazo estejam dominando, colocando assim uma
pressão descendente substancial no Especial K. Sob essas circunståncias, o Especial
332 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 15.19 CRB Composite, 2000-2003 Usando o Especial K para


Relacionamento e Interpretação

CRB Composite
w r

Special K

KST Diário, KST sobrecomprado A B

Fonte: pring.com

K muito provavelmente vai se movimentar mais para baixo, uma vez que, a alta do
KST diário acabou, portanto confirmando que a tendência principal permanece
baixista. Vários exemplos desse fenômeno são vistos no gráfico, o mais gritante se
desenvolveu no período de agosto/setembro de 2001, quando o KST apresentou
uma boa alta, mas o Especial K continuou em seu declínio, sem qualquer sinal de
força. Esta fraqueza não era aparente pela observação do comportamento do KST
diário, mas comparando com o comportamento fraco do Especial K, foi possível
observar a pressão para baixo sendo aplicada pelos ciclos intermediários e longo
prazo. Outra pequena discrepância desenvolvida em julho de 2001, onde o Es
pecial K não foi capaz de subir de forma alguma. O periodo de abril/maio 2001
também mostra uma forte alta do KST, mas um avanço muito fraco do Especial K.
As divergências altistas se desenvolvem quando o KST cai, mas os ciclos do-
minantes de longo prazo utilizados no cálculo do Especial K o empurra para cima.
Um bom exemplo desenvolvido em novembro de 2002 e janeiro de 2003, como
indicado pelas duas setas sólidas. A ideia dos topos e fundos ascendentes para o
Especial Ké especialmente importante, pois indica força nos ciclos das tendéncias
primárias e intermediárias dominantes. Por exemplo, observe as duas setas trace-
jadas. A do KST mostra um fundo mais baixo em novembro de 2002e que, a do
Especial K mostra um fundo mais alto, se assim se pode chamar, em B.
Momentum II: Indicadores Individuais 333

Finalmente, há outra forma no qual os movimentos de curto prazo podem


ajudar a decidir se um sinal de específico de compra ou venda de curto prazo
do KST vai funcionar ou não. Observe a linha horizontal tracejada, marcando
a mínima de curto prazo no Especial K em Maio de 2001.Quando o indicador
viola este nível, sinaliza que uma nova mínima no preço é provável. No caso do
exemplo de Maio de 2001, o Especial K saiu do seu fundo apenas 2 semanas antes
do CRB também sair.
A situação inversa se desenvolveu em novembro de 2002, onde o Especial K
se movimentou para uma nova máxima. Neste caso, não havia nenhuma vanta-
gem do indicador de momentum, quando o preço eclodiu, quase simultaneamente
com ele.

Princípio Técnico Fundamental: Se o Especial K registrar uma nova máxi-


ma ou mínima para o movimento, o preço geralmente segue.

Como o Especial K Gera sinais de Comprae Venda de Curto Prazo.

Uma das coisas mais importantes para os traders de curto prazo entender é o
fato que:

Princípio Técnico Fundamental: As operações realizadas na direção da ten-


dência principal são mais prováveis de ser bem sucedidas, do que aquelas

que são geradas de uma forma contra ciclíca.

Um ponto de partida que nos ajuda a alcançar uma forma objetiva de deter-
minação da direção da tendência principaléutilizar o SPK. Obviamente, pode-
mos facilmente contar com o beneficio da retrospectiva de onde os topos e fundos
do atual SPK se formaram, mas em tempo real não temos esse luxo. Uma solução
é determinar a sua posição perante a sua MM de 100 dias, suavizada com uma
MM de 100 dias. As leituras positivas indicariam um mercado primário de alta e
vice-versa.
O gráfico 15.20 mostra um sistema para Dow Jones UBS Commodity Index.
As áreas sombreadas representam mercados de baixa, conforme definido pelas
relações da MM/SPK. Nenhum sinal é gerado durante este tipo de cenário. Os
relevos escuros indicam quando o SPK cruza acima da sua MM de 10 dias e quan-
do o modelo primário de alta/baixa é altista. Esta abordagem está longe de ser
334 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 15.20 Dow Jones UBS Commodity Index, 2009-2012. Gerando


proativos de compra e venda da Tendências de Curto Prazo.
Sinais
Dow Jones UBS Commodity Index M.

AA

Special K

* ee***
****************Bv************

Fonte: pring.com

perfeita, pois existem pontos quando o modelo é altista, mas o preço já reverteu e
assim por diante. Ao invés de utilizar às cegas essa abordagem como um sistema
mecânico, eu acho que é melhor utilizar os sinais proativos de tendências como
um alerta e então utilizar outros indicadores como um filtro em uma abordagem
de peso da evidência.
Os gráficos e modelos autogerados para esses sistemas do SPK estão in
cluídos em um pacote do MetaStock, que está disponível em www.pring.com.

Desvantagens e Beneficios do Especial K


Como todos os indicadores de momentum, o SPK apresenta desvantagens. As
mais evidentes derivam do fato de que a construção do indicador assume que
a série de preços em questão està girando em torno do ciclo tipico de negocios
Consequentemente, eles revertem prematuramente durante as tendências linea-
res e vão se atrasar quando o cicloé consideravelmente breve. Isto é, obviamen-
te, uma desvantagem de qualquer indicador de longo prazo do momentum. No
Momentum Il1: Indicadores Individuais 335

entanto, nos poucos anos que venho trabalhando com ele, tenho ficado cada vez
mais impressionado com a sua capacidade de identificar inúmeros pontos de vi-
rada da tendência primária, onde outros indicadores falharam

O Sistema do Movimento Direcional

O objetivo do sistema do movimento direcional, concebido por Welles Wilder, é


determinar se existe a probabilidade de um mercado apresentar um cenario de
tendência ou de uma faixa de negociação. A distinção é importante porque um
mercado de tendência vai ser mais bem sinalizado pela adoção de indicadores
seguidores de tendências, tais como as médias móveis, ao passo que num cenário
de faixa de negociação é mais adequado para osciladores. Na prática, não estou
do de direcional em alcan-
impressionado com a
capacidade sistema movimento
çar este objetivo, exceto para identificar uma mudança na tendência. Por outro
lado, existem, acredito, várias outras maneiras em que este indicador possa ser
utilmente aplicado.

O Cálculo

O cálculo do sistema do movimento direcional é muito complexo, e o tempo não


permite uma discussão completa. Os leitores podem consultar o livro Wilders
New Concepts in Technical Trading Systems (Trend Research, 1978), pode con-
sultar o meu livro: Definitive Guide to Momentum Indicators e CD-ROM tutorial
(Marketplace Books, 2009), ou o meu curso de análise técnica audiovisual online
emPring.com.
Para simplificar, o indicador de movimento direcional é traçado pelo cálculo
do limite máximo que o preço se movimentou, quer durante o periodo conside-
rado (dia, semana, 10 minutos, etc.) ou dos prévios períodos de fechamento ao
ponto extremo alcançado durante o período. Com efeito, o sistema tenta medir o
movimento direcional. Visto que, existem duas direções em que os preços podem
se movimentar, há dois indicadores de movimentos direcionais. Eles são chama-
dos de +DI e -DI. A série resultante é excessivamente volátil, por isso cada um é
calculado como uma média ao longo de um período de tempo específico e depois
traçados. Normalmente, essas séries são sobrepostas na mesma janela do gráfico,
como mostrado no Gráfico 15.21 para o euro usando o padr o, ou default, de pe-
ríodo de tempo de 14 períodos.
Há outro indicador importante incorporado neste sistema, e que é a média
do movimento direcional (ADX). O ADX é simplesmente uma média das DIs
durante um período específico. De fato, ele subtrai os dias dos movimentos di-
recionais negativos dos positivos. No entanto, quando o -DI for maior do que o
336 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 15.21 Euro, 2011-2012 llustrando o +DI e o -DI

Euro

-DI

+DI

irney

Fonte: pring.com

+DI, o sinal negativo é ignorado. Isto significa que o ADX apenas nos diz se a ação
em questão está apresentando um movimento direcional ou não. Mais uma vez, o
é de 14 dias.
periodo de tempo padro normal
O ADX é calculado de tal maneira que o traçado está sempre contido dentro
de uma escala de 0 a 100. Leituras elevadas indicam que a ação está em um modo
de tendência, ou seja, tem muito movimento direcional, e as leituras inferiores in-
dicam uma falta de movimento direcional e são mais um indicativo de mercados
movendo-se numa faixa de negociação, sem tendência.

Principio Técnico Fundamental: O ADX não nos diz nada sobre a direção
em que um preço se movimenta, apenas características de tendéncia ou sem

tendência.

Os Dois DIs

No Gráfico 15.21, os alertas de compra são sinalizados quando o +DI cruza acima
da-DI (Setas sólidas)
evice-versa (setas tracejadas). Neste
exemplo,
há várias oca
Momentum Ill: Indicadores Individuais 337

GRAFICO 15.22 Gold Trust ETF, 2011-2012 Comparando o "Básico" com


Dls Suavizados

Gold Trust ETF

-+DI (14/10)
RI (14/10)

+DI (14)
um-DI (14)

00.0 w

Sepanbor cberMowebr Drcb 2 Koray k

Fonte: pring.com

siões em que é possível confirmar esses cruzamentos com uma violação da linha
de tendência no preço. Os cruzamentos da MM ou os padrões de preço poderiam
ser substitutos. Estes cruzamentos do DI são bastante precisos e não estão sujeitos
a violinadas.
Infelizmente, as coisas nem sempre funcionam bem, o que você pode ver
a partir dos sinais de violinadas nas cinco elipses no fundo da janela do Gráfico
15.22. Esse é um motivo de por que é importante ter certeza de que esses cruza-
mentos sejam confirmados pelo preço. Outra forma de contornar isso é suavi
zar os dois DIs como tenho feito na metade da janela do Gráfico 15.22 usando
uma MM de 10 dias. Isso certamente elimina muitas violinadas, como você pode
ver pelas elipses, mas há uma compensação em que os sinais são ocasionalmente
atrasados, pois esse método é menos sensível. Neste exemplo, eu coloquei setas
em alguns dos pontos-chave onde as séries suavizadas se cruzam. Novamente, é
importante lembrar que estes são sinais de momentum e devem ser confirmados
pelo preço. Além disso, esta abordagem, como a maioria das outras, deve ser usa-
da onde você decide travar a batalha. Isso significa que se o preço já percorreu um
longo caminho no momento em que o sinal for acionado, provavelmente é melhor
ignorá-la para novas posições.
338 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendêencias

O ADX

Uma leitura elevada do ADX n o nos diz que o mercado esta sobrecomprado e
prestes a cair. Em vez disso, ele mede a intensidade do movimento de um ponto
de vista direcional. Consequentemente, quando ele atinge uma leitura elevada e
começa a reverter, um aviso é dado de que a tendência predominante, provavel
mente, está terminando. Daqui em diante, devemos esperar que ela mude. Isto é
diferente de uma reversão na tendência, uma vez que, uma mudança na tendência
também poderia ser ascendente para lateral ou descendente para lateral. No GSrá.
fico 15.23, um ADX de 14 dias foi traçado contra a Gold Trust EFT, o GLD. Ob.
serve como os sinais de leituras elevadas geraram pontos de reversão em ambos os
topos e fundos. Visto que, as trajetórias ascendentes e descendentes são bastante
deliberadas, os cruzamentos negativos da MM de 10 dias em leituras elevadas do
ADX atuam como uma boa confirmação de que um topo foi visto. Oindicadorno
fundo da janela é simplesmente a diferença entre a MM de 10 dias de um +DI de
14 dias e um -DI, como mostrado no centro da janela do Gráfico 15.22. Ao com-
parar a posição do ADX com a diterença, é bastante obvio, Se uma revers o de alta
na extremidade for proveniente de um nivel de sobrecomprado ou sobrevendido.
Quando o ADX reverte de tal maneira, que é então uma boa ideia obter algum

GRÁFICO 15.23 Gold Trust ETF, 2011-2012 0 ADX versus o Indicador


Diferencial DI

Gold Trust ET

ADX (14)

+DI less-DI(14/10)

S
H S

epenber Octze Nota Drarde *2 Fetn ch mberOdtte


Fonte: pring.com
Momentum II: Indicadores Individuais 339

tipo de confirmação do preço. Dos très casos neste gráfico, somente o primeiro foi
confirmado em setembro de 2011.
As baixas leituras no ADX indicam uma falta de movimento direcional. Es-
tas podem ser úteis também quando está bastante claro que uma nova tendência
ascendente do movimento direcional favorável está em curso. Neste sentido, o in-
dicador diferencial traçou uma cabeça e ombros de reversão no final do verão de
2012 no momento que o ADX estava cruzando acima de sua MM a partir de um
nível moderado. A baixa leitura do ADX mostrou que não havia nenhum movi-
mento direcional e para estar preparado para algum. Além disso, o rompimento a
partir da base no diferencial e na violação da linha de tendência no preço mostrou
que seria para cima.

Sumário

1. O KST pode ser construído em qualquer periodicidade, de intradia a primá


ria.
2. E calculado a partir do ROC suavizado de quatro períodos de tempo, cada
um dos quais é ponderado de acordo com o comprimento do seu intervalo de
tempo.
3. KSTs de longo prazo, de curto prazo, e intermediários podem ser combinados
em um gráfico para refletir o modelo do ciclo de mercado.
4. OKST se presta a inúmeras técnicas interpretativas do momentum.
5. OKST pode ser aplicado com sucesso na análise de força relativa.
6. O Especial K é um somatório de curto prazo, intermediário e de longo prazo
e pode ser útil para identificar reversões das tendências de curto prazo e de
longo prazo.
7. Na maioria das situações, os topos e fundos do Especial K estão bem próxi-
mos dos pontos de virada da tendência primária.
8. As reversões das tendências do Especial K são sinalizadas por violações de
linha de tendência, cruzamentos de média móvel, e de reversões do avanço de
topos/fundos.
9. 0 +DIe -DI medem a direção positiva e negativa de curto prazo. Podem ser
suavizados para eliminar as violinadas e podem ser diferenciados para resul-
tar em um oscilador conveniente.
10. Quando os DIs básicos ou suavizados cruzam, eles acionam os sinais de compra
e venda do momentum.
11. O ADX mede o movimento direcional de uma tendência.
12. Um ADX ascendente indica um aumento no movimento direcional e vice-
versa.

13. Quando o ADX reverte a direção de uma leitura elevada, é provável que ten-
dência predominante mude.
16

GRÁFICO
CANDLESTICK

Gráfico de Candlestick

Os gráficos de candlestick começaram a ganhar popularidade na década de 1990


com olivro de Steve Nison "Japonese Charting Techniques': Este método surgiu no
Japão há vários séculos e oferece basicamente a mesma informação dos gráficos
de barras. A diferença é que os gráficos de candlestick podem,
frequentemente,
tornar mais fácil a identificação de certos fenômenos técnicos não
prontamente
visíveis com uma rápida olhada num gráfico de barras. Os gráficos de barras e c
candlestick são comparados nas Figuras 16.1 e 16,.2. Embora os candlesticks
pos-
sam ser traçados para qualquer periodo, de minuto a mensal, vou usaro termo
diario, como uma referéncia genérica neste capítulo para eliminar a repetição.
Os gráficos de Candlestick somente podem ser traçados nos mercados em
que os preços de abertura, bem como o de fechamento, máxima e mínima, se-
jam conhecidos. Uma desvantagem é que eles ocupam uma grande quantidade
de espaço horizontal, o que limita a quantidade de dados que podem ser exibidos
fisicamente. Felizmente, os sinais de tendência de reversão tendem a ser de cur-
tíssimo prazo, por sua natureza, seus efeitos geralmente durando de alguns dias a
raramente mais de três semanas. Os gráficos de Candlestick oferecem indicações
dos fenómenos de reversão e continuação, assim como, os gráficos de barras. Al
guns exemplos deste capítulo mostram esses fenômenos em formações de velas.
Eles realmente são úteis na identificação de reversões de curtiíssimo prazoe situ-
ações de continuação.
Gráfico Candlestick 341

FIGURA 16.1 Gráfico de Barras versus Candlestick

Alta Alta

Baixa Baixa

Gráfico de Barra Candlestick

FIGURA 16.2 Gráfico de Barras versus Gráfico Candlestick

Abertura Abertura

Fecham
Fechamento

Gráfico de Barra Candlestick

Os Candlesticks certamente não são uma varinha mágica, mas são inques-
tionavelmente uma ferramenta técnica útil para os traders de curto prazo. Consis-

tem emum vertical com duas linhas de pavios para cima e para baixo.
retângulo
O retângulo verticalé conhecido como o corpo real e abrange a atividade de nego-
o de fechamento (Figura 16.3).
ciação entre opreço de abertura e
Por exemplo, se o preço de abertura for mais alto do que preço de fechamen-

registrado topo do corpo real e o fundo.


preço de fechamento no
to, ele será no
A linha vertical acima do corpo real mede a distância entre a máxima do dia e o
ou de fechamento. A inha mais baixa representa a
preço mais alto de abertura
distância entre a mínima do dia eopreço mais baixo da abertura ou fechamento.
Nos dias em que o fechamento for mais alto do que a abertura são representados
transparentes (branco); dias em que a abertura for mais alta
por corpos reais
nos

do que o fechamento, são exibidos por um corpo real sólido (preto), figura 16.4.
Muito embora, os candlesticks possam ser traçados, em qualquer período em que
342 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 16.3 Construção do Candle (Vela)

Máxima
Pavio Superior
Fechamento

Pavios algumas vezes são


Corpo real chamados de "sombras

Abertura
Pavio Inferior
Minima
Candlestick

FIGURA 16.4 Corpos Reais

Abertura Close

Fechamento Abertura

a informação esteja disponível, eu utilizo dias no exemplo porque os gráficos diá-


rios de candlestick são os mais comuns.

Principio Técnico Fundamental: No gráfico de candlestick, maior ênfase é


dada aos preços de abertura e fechamento e à faixa de negociação entre eles.

As linhas verticais finas que se projetam a partir do corpo real refletem a


máxima e a mínima para o dia. São conhecidas como sombras ou pavios su-
periores e inferiores. Uma vez que, os preços de fechamento e abertura podem
Gráfico Candlestick 343

FIGURA 16.5 Formatos de Candle (Vela) Selecionados

fechamento e máxima

TLT abertura

minima

ser idênticos, ou idênticos à máxima ou mínima, inúmeras combinações possí-


veis precisam estar representadas. Algumas delas são mostradas na Figura 16.5.
Os Candlesticks fornecem essencialmente a mesma informação dos gráficos de
barras, mas sua pronunciada representação visual permite que os técnicos iden-
tifiquem as características que são menos óbvias nos gráficos de barras. Certos
fenômenos ilustrados nos gráficos de barras receberam seus próprios nomes,
tais como "dia chave de reversão" ou "dias de ilha de reversão". Da mesma for
ma, os gráficos de candlestick, devido ao grande número de variações possíveis
tanto para cada dia como formações de preços individuais que englobam vários
dias, é uma prática comum dar nomes exóticos para as várias possibilidades.

Padrões de Candlestick para Construção de Blocos Básicos

Os padroes de candlestick na Figura 16.6 estão entre as linhas de candlestick indi-


viduais, as mais essenciais para a construç o de padröes de candlestick. Um doji é
uma sessão de negociação onde o preço de abertura e fechamento é igual ou muito
próximos um do outro. Quando os dojis aparecem em faixas de negociação, refle-
tem um cenário onde compradores e vendedores se encontram temporariamente
em equilibrio e, portanto, tem pouco significado. No entanto, quando se desen-
volvem após um avanço ou declinio, o surgimento de um estado mais equilibrado
entre oferta e procura é um importante indício de que a tendência pode estar
prestes a mudar, uma vez que, este estado de equilibrio implícito é seguido por
um periodo no qual tanto os compradores (subida) ou os vendedores (declínio),
anteriormente estavam sob controle.
Finalmente, existe um spinning stop. Caracterizado por um pequeno corpo
real, onde os pavios podem ser curtos ou longos em forma de pião de dedo. É o
tamanho do corpo real, mais do que o tamanho dos pavios, que é importante na
344 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 16.6 Spinning Tops Peão de Dedo

Corpo pequeno e
Preços iguais Corpo
de abertura e pequenoe
longo pavio inferior
fechamento pavios curtos

t
Doji Spinning top

Linha de
guarda-chuva

identificação do spinning top. Eles não são importantes quando aparecem nas
faixas de negociação, mas são significativos quando se desenvolvem como parte
de um padrão de preços, uma vez que, representam uma batalha entre os com-
prados e os vendidos. Os spinning tops indicam indecisão, onde os participantes
não conseguem concordar se os preços deveriam ficar em alta ou corrigirem.
Quando eles surgem após uma alta prolongada ou correção, é um sinal de que
o momentum para cima ou para baixo está se dissipando. Dito de outro modo,
poderíamos dizer que em sessões anteriores, compradores ou vendedores domi-
navam, mas o spinning top nos diz que a luta ficou mais equilibrada. Assim, outra
pequena mudança no equilibrio entre oferta e procura poderia mudar a direção
da tendência de preços. E por isso que um spinning top é um sinal de que uma
tendencia possa estar no início do processo de reversão. Somente quando isso for
confirmado por outro comportamento do preço, que saberemos mais adiante,
voce deverá tomar providncias.
A Figura 16.6 inclui uma linha de guarda-chuva. O conceito por trás das
linhas de guarda-chuva é que os preços de abertura e fechamento se desenvolvem
próximos à máxima do dia. O corpo real, neste caso, mais se assemelha a um
quadrado do que a um retângulo. As linhas de guarda-chuva tendem a ser altistas
após um declínio e baixista, depois de um avanço. Se elas se desenvolvem dentro
dos limites de uma faixa de negociação, não têm nenhum significado rea

Linhas Belt-Hold (Yorikiri)

A linha de Belt-Hold (N.R. padrão de contenção) de alta (linha longa e branca na


Figura 16.7a) é um padrão de candlestick que consiste de uma longa vela branca
na qual o preço abre na mínima da sessão, depois segue o seu caminho para cimna
Gráfico Candlestick 345

FIGURA 16.7 Belt Holds (Longa Branca/Longa Preta)

Belt Hold Altista Belt Hold Baixista

a b

durante toda a sessão. O preço não tem que fechar na máxima, mas quanto mais
longo o corpo real, mais positivo o candlestick. Além disso, se o beit hold não apa-
receu no gráfico, por um bom período de tempo, é um fenômeno incomum, por
isso, ganha importância quando aparece. Isto é devido ao fato de que os traders
estão mostrando sentimentos muito fortes em relação ao mercado com um belt
hold, comparado com candles menores como era a norma anteriormente. Pen-
se somente em uma multidão murmurando e, em seguida, uma pessoa grita na
multidão. Obviamente, é uma pessoa que quer ser ouvida. O belt hold após um
período de candles menores equivale à mesma coisa: é um padrão de 1 dia que diz
em voz alta, "Ouça, estou Ihe dizendo que a tendência de curto prazo mudou"
Uma linha belt hold baixista (a linha longa e preta na Figura 16.7b) é o
opos-
to. E um candle longo e preto em que a abertura do preço é na máxima e
depois
segue o seu caminho para baixo, à medida que a sessão avança. O belt hold muitas
vezes são dias decisivos, uma vez que a máxima e a mínima, ocasionalmente atu
am como áreas de suporte e resistência no
subsequente comportamento do preço.
A metade do caminho do corpo do belt hold também deve ser monitorada
quanto
a uma possível reversão do preço durante as
oscilações posteriores do preço.
As áreas superiores e interiores dos belt holas sao potenciais niveis futuros de
suporte/resistència. Um exemplo é nmostrado no Gráfico 16.1.
Os padrões de Candlestick basicamente se dividem em duas
grandes catego
rias, reversão e continuaçã0, por isso vamos dividir nossa discussão nessas res-
pectivas partes, começando com os fenomenos de reversão mais interessantes. O
candlestick pode ser aplicado a qualquer período de tempo, muito embora,
quan-
do aparecem em gráficos intradia nãotêm tanta importância como em
diários ou semanais. A sua eficácia, comoo do gráfico de barras, deve gráficos
somente ser
esperado que dure entre 5 e l0 velas. ASsim, seria razoavel esperar que um padräo
de candlestick em um gráfico horário dure de 5 a 10 horas e um
5 a 10 meses, e assim por diante.
gráfico
mensal de
346 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 16.1 Ciena

Ciena Janela (gap)


se torna
resistência

Belt hold de resistência

Hammer
(Martelo)

Fenômenos de Reversão
Hammers e Hanging Man (Martelos e o Homem Enforcado)

Estas formações (Figuras 16.8 e 16.9) provavelmente ganharam mais notoriedade


em relação às outras devido aos seus títulos imponentes. Um "homem enforcado
é uma linha tipo guarda-chuva que se desenvolve após uma alta. A sombra deve
ter pelo menos duas vezes o tamanho do corpo real. Parece mais um corpo de um
homem com as pernas penduradas e, como o próprio nome indica, é um padrão
baixista. Se um hanging man aparecer após um movimento prolongado para cima,
ele deve ser tratado com respeito, principalmente, se ocorrer após um gap. Um
hanging man pode ser identificado pelo fato da sombra ou pavio, ser pelo menos
duas vezes a altura do corpo real. A cor do corpo não é importante.
Um "martelo" é idêntico a um homem enforcado, mas ocorre depois de um
declínio do mercado, quando é um sinal de alta. Ele possui esse nome da ideia
que o preço está "martelando" um fundo. De fato, representa o tipo de dia de ne-
gociação quando ocorre um declínio temporário considerável no preço, pois há
um aumento expressivo dos estopes de vendas atingidos. No entanto, a posição
técnica é suficientemente construtiva para fazer com que os compradores entrem
no mercado e empurrem o preço para cima, ou para acima do nível da abertura.
E sempre bom verificar se há alguma confirmação. No caso de um homem enfor-
Gráfico Candlestick 347

FIGURA 16.8 Hanging Man (Enforcado)


Enforcado
Corpo pequeno
e longo pavio
para baxo

Confirmação
Resistência

FIGURA 16.9 Hammer (Martelo)

Suporte

Corpo pequeno e
um pavo para
Marteo
baixo muito longo

cado, essa confirmação pode assumir a forma de uma vela longa e preta, como
indicado na Figura 16.8. Um exemplo deum marteloé mostrado no Gráfico 16.
para Ciena. Observe como a abertura eo fechamento se desenvovem bem acima
da mínima do dia, indicando, assim, a exaustão do vendedor seguida por uma
acentuada acima do nível de abertura.
aceleração

Dark Cloud Cover (Kabuse) (Cobertura de Nuvem Escura)

Na vida real, as nuvens escuras (Figura 16.10) sugerem a possibilidade de chu-


va, por isso uma formação de candlestick de "nuvem escura" ocasiona preços
mais baixos. Suas conotações baixistas são mais acentuadas durante uma ten-
dência ascendente ou na parte superior de uma zona de congestionamento. É
348 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 16.10 Cobertura de Nuvens

Abertura acima da
máxima da vela branca

Metade de corpo Fechamento abaixo


da Metade de corpo

uma espécie de chave de reversão, uma vez que, o preço fecha em baixa no dia
seguinte após um gap de alta na abertura. Consiste de dois dias de atividade
do preço. O primeiro é um corpo real forte, branco, e o segundo é um
corpo
escuro em que a abertura se desenvolve acima do pavio superior do candlestick
branco e o fechamento metade inferior do corpo real branco
ocorre na
ante
rior. Um exemplo é mostrado no Gráfico 16.2. Normalmente estes padrões se
desenvolvem após uma alta acentuada, onde há inúmeros traders dispostos a

GRAFICO 16.2 S&P ETF

S&P ETF

Cobertura de
nuvem escura

Padrão
engolfamento
de continuação

Ocbr
NOvrber
Gráfico Candlestick . 349

FIGURA 16.11 Linha Piercing Branca

Fechamento acima
Metade do Corpo
da metade

Abertura abaixo da minima


do candlestick preto

realizar lucros. Também são chamados de padrão engulfing que será descrito
posteriormente.

Linha Piercing (Kirikorni)

Seria mais adequado chamar o padräo da (Figura 16.11) de "céu ensolarado", por-
que é exatamente o oposto da nuvem escura e é portanto, altista. E importante
observar se o corpo branco no segundo dia fecha acima da metade do caminho do
corpo anterior, com um preço de abertura negociado abaixo do pavio inferior do
candlestick preto anteríor. O Gráfico 16.3 mostra um exemplo clássico no fundo
de outubro de 2011 no S&PETE, o SPY. Também vemos outro exemplo que pouco
se enquadra à regra que afirma que o candlestick preto deve fechar abaixo do meio
do corpo da vela branca anterior. O Gráfico também 16.4 mostra mais alguns ca-
sos de linhas piercing brancas.

Padrão Engulfing (Engolfamento) (Tsutsumi)

Esta formação (Figuras 16.12 e 16.13) desenvolve significado após um prolongado


movimento de preço. E caracterizada por dois corpos reais consecutivos, relati-
vamente sem sombra, em que o corpo real do segundo dia "engolfa" aquele do
primeiro. É altista em uma tendencia descendente, quando no segundo dia é um
corpo branco, e baixista em uma tendência ascendente, quando aparece como um
corpo preto. Estamos mostrando um padro enguling baixista para o fundo de in-
350 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 16.3 S&P ETF

S&P ETF

Estrela da noite baixista

Ponto do meio
do candlestick
preto

Linhas Piercing brancas

GRAFICO 16.4 Global XSilver Miners ETF. 2011-2012

Global X Silver Mine ETF Padrão de


Engolfamento
baixista
Estrela doji
baixista

Janela (gap)
Estrela Cadente torna-se
altista resistência

Linhas Piercing brancas

3
Gráfico Candlestick 351

FIGURA 16.12 Padrão Engulfing Altista

Vela branca
"engolfa
completamente
a preta

FIGURA 16.13 Padrão Engulfing Baixista

Vela preta
"engolfa"
completamente
a branca

dice EFT da Global X Silver Mine no Gráfico 16.4. Muito embora, fosse um padrão
clássico, não havia nenhuma forma de prever a grandeza do declínio subsequente.
Um padrão engulfing altista aparece no gráfico 16.5.

Stars (Estrelas) (Hoshi)

Stars (Estrelas) são fenômenos comuns nos gráficos candlestick e se apresentam


em quatro formas diferentes de reversão. São combinações de corpos reais largos
e spinning tops. A estrela da manh (Figura 16.14) anuncia um novo dia (movi
mento ascendente) e é altista.
Ela consiste de dois corpos reais longos separados por um spinnning top. A
estrela é representada pelo spinning top, que é construído sobre um gap. O terceiro
corpo deve ser branco e deve resultar num preço de fechamento acima do meio do
corpo do primeiro. A estrela da noite (Figura 16.15) é uma precursora da noite.
Tem características opostas e implicações de uma estrela da manh.
352 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 16.5 Echostar Communications

Echostar Communications
Estrelas
cadentes
baxistas

hiT
Suporte
Linhas piercing brancas
Engolfamento
belt hold

Dcbr ww..e Decmbe

FIGURA 16.14 Estrela da Manh Altista

50% da linha

Gap entre os corpos reais

I
Gráfico Candlestick . 353

FIGURA 16.15 Estrela da Manhã Baixista

Gap entre os corpos


reais

Linha de 50%

Um exemplo aparece no Gráfico 16.3 para no fundo do S&P ETF em se-


tembro de 2012. Idealmente, eu teria gostado de ver um corpo real branco maior
como o primeiro candlestick no padrão, mas, no entanto funcionou. Os padrões
de candlestick, como todos os fenômenos técnicos, podem e falham de vez em
quando, e as estrelas não são exceção. Neste contexto, a Figura 16.16 mostra uma
estrela da noite baixista que falhou, quando a vela branca à direita, leva o preço
para acima do spinning top. O cancelamento de uma estrela da manhä iria se de-
senvolver de maneira exatamente oposta, com o preço do corpo real preto caindo
abaixo do spinning top.
Uma estrela doji noturna baixista (Figura 16.17) ocorre depois de uma longa
alta. Ela consiste de um gap e uma linha doji. Um exemplo aparece no Gráfico
16.4 e uma estrela doji matinal altista na Figura 16.18. Uma faixa de negociação

FIGURA 16.16 Estrela da Noite Cancelada

Cancelamento
altista quando
uma vela branca
faz um gap para
mais ato
354 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 16.17 Estrela Doji Noturna Baixista

O Doji estrela
notuma também
tem um gap
entre os dois
+ corpos reais
Linha de 50%

Volume pesado sobre ldealmente um doji


a vela preta fortalece noturno baxista
a direção baixista. fecha ababxo da
inha de 50%

Volume- | | |

FIGURA 16.18 Estrela Doji Matinal Atista

Aestrela doj
matinal também
tem um gap entre
os dois corpos
reais
+ ldealmente uma estrela
Volume sobre a vela branca doji matinal altista fecha
deve ser pesado acima da linha dos 50%

VolumeI
Gráfico Candlestick 355

FIGURA 16.19 Doji de Perna Longa

Doji de Pernalonga

Confimação Baixista

T
especialmente larga, onde a abertura e fechamento são quase idênticos, é conhe-
cida como um long-legged doji (doji de pernas longas). Um exemplo é mostrado
na Figura 16.19
Onde ele aparece após uma longa vela branca, pode ser bastante ameaçador.
Uma shooting star (estrela cadente) (Figuras 16.20 e 16.21) é como um topo
de curto prazo. O comportamento do preço diário experimenta um pequeno gap,
onde o corpo real aparece no final de um longo pavio ou sombra superior. Nós
vemos dois exemplos de shooting star baixistas no Gráfico 16.5. No final de se-
tembro 2011 foi presenciada uma shooting star clássica, com dois corpos reais
relativamente grandes imprensando um muito menor. O padrão de outubro, por

FIGURA 16.20 Estrela Cadente Baixista (Bearish Shooting Star)

Estrela
cadente
baixista
Confirmação
baixista
356 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

FIGURA 16.21 Estrela Cadente Altista (Inverted Hammer) (Martelo Invertido)

Confimação
altista

Estrela cadente altistalMartelo Invertido

outro lado, presenciou dois corpos reais relativamente pequenos envolvendo um


ainda menor, e representa um pouco de um trecho. As mesmas observaçoes po-
deriam ser aplicadas para a shooting star no Gráfico 16.4. Uma shooting star altista
também está ilustrada no Gráfico 16.6.

GRAFICO 16.6 Oracle Corp.

- . . Topo Tweezer
Oracle Corp

Estrela Cadente Altista

Engolfamento altista/Linha Piercing branca

ce
Gráfico Candlestick 357

FIGURA 16.22 Upside Gap Two Crows (Gap de Alta com Dois Corvos)

Gap de Alta com


dois corvo0s

2.0 segundo corvo


Engolfa o primeiro

1.Gap entre
dois corpos
reais 3.Vela preta
Fecha abaixo do
segundo corvo

Gap de Alta com Dois Corvos (Narabi Kuro)

Esta formação baixista (Figura 16.22) consiste de uma longa vela branca seguida
por duas velas pretas. A primeira vela gera um gap para cima. No terceiro dia,
frequentemente, o gap fecha, mas porque é uma vela preta onde o fechamento está
abaixo da abertura, sua implicação é baixista.

Três Black Crows (Très Corvos Pretos (Sanba Garasu)

O padrão three black crows (Figura 16.23) consiste de três velas pretas declinantes,
que se formam após um avanço e indicam preços mais baixos. Cada vela deve
fechar na ou próximo de sua mínima da sessão. Vocè pode ver que nenhum deles
tem um pavio mais baixo e cada um dos très corpos reais abre dentro da faixa ou
bem próximo do fundo do corpo real da sessão anterior. Um bom exemplo é ilus-
trado no Gráfico 16.7 da Aseer Tourism and Manufacturing, uma ação do Oriente
Médio. O primeiro corvo era uma espécie de estrela cadente, o que em si sugeriu
que os compradores tinham gasto todos os seus recursos de investimento.

Topos e Fundos Tweezer (Kenuki)

Se você segurar uma pinça de cabeça para baixo, vai ver que os dois pontos estão
em níveis idênticos (Figura 16.24). O mesmo è verdade para um tweezer de topo,
358 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 16.23 Three Black Crows (Trës Corvos Pretos)

2. Eles abrem dentro


do corpo real do
candlestick anterior
Gap real entre os corpos

1. Cada "corvo" T
fecha na ou
perto da Mínima
da sessão

GRÁFICO 16.7 Aseer Trading Tourism and Manufacturing

Aseer Trading Tourism and Manufacturing


Três
Corvos
pretos

3
TIL,
F 3A0

Harami altista T32

320
August September
Gráfico Candlestick. 359

FIGURA 16.24 Topoe Fundo Tweezer

Topo Tweezer

Fundo Tweezer

que consiste de duas velas, em que as máximas do dia são iguais. Na verdade, é
possível que um tweezer permaneça por mais de 2 dias como um topo idêntico.
Não se enganem sobre isso, nós estamos falando sobre a máxima, o que pode ser
uma sombra ou corpo real na abertura ou no fechamento. Este padrão é baixista
de curto prazo porque o primeiro dia da máxima atua como resistência, por isso,
quando o segundo dia é incapaz de romper a linha horizontal (que marca a área
do topo), indica uma perda do momento para cima. Neste exemplo, 0 segundo dia
também é um padrão engulfing, que é um ponto importante, uma vez que um Twe
ezer, frequentemente contém um padrão de preços, como parte da sua formação.
Um tweezer de fundo ocore quando, após um declínio, duas ou mais velas
fazem mínimas idênticas. Novamente, isso indica uma perda do momentum pan
baixo, pois o preço encontra suporte na área da mínima. Nesta figura, vemos twe-
ezer literalmente martelado porque a segunda minima para tocar a linha horizon-
tal é uma parte de um martelo (hammer candlestick).
Um fator que aumentará o signihcado de um tweezer é a natureza do padrão
sendo formado. Por exemplo, se o segundo dia de um tweezer de topo for um
homem enforcado (hanging man), teríamos dois elementos de evidência de que a
tendência pode estar prestes a reverter: o tweezer e o homem enforcado. Se o topo
de um tweezer rompeu temporariamente a resistência, tal como em uma linha de
tendência significativa, isto enfatizaria o significado, uma vez que indicaria exaus-
tão. O mesmo se aplicaria a uma violação temporária de uma linha de tendência
de suporte. Você pode ver um exemplo de um tweezer de topo no Gráfico 16.6.
Observe como a resistência do tweezer mais tarde, mostrou ser uma barreira para
360 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

um avanço posterior. O mesmo gráfico também mostra um exemplo de uma linha


piercing branca, ou é um padrão de engolfamento de alta? Realmente no importa
o que podemos chamá-lo, porque esta é uma formação altista, e isso é tudo que
importa!

Contra-atacar ou Linhas de Contra-ataque. (Deai Sen / Gyakushu Sen)

Uma linha de contra-ataque altista (Figura 16.25) se desenvolve quando, após um


declínio, uma vela preta é seguida por uma vela branca e ambos estão próximos ou
se encontram no mesmo nível. E por isso que este padr o de dois dias é frequen-
temente, mencionado como uma linha de encontro. O primeiro dia geralmente é
uma longa vela preta. O segundo dia abre em forte baixa, levando a maioria dos
traders a acreditar que 0s preços vão continuar a cair. No entanto, até o final do
dia, o preço recuperou tudo que foi perdido (um contra-ataque dos compradores)
e fecha inalterado. A linha de encontro, portanto, indica que o momentum para
baixo provavelmente se dissipou e é provável uma reversão na tendência.
Um contra-ataque baixista ou uma linha de encontro (Figura 16.26), é for-
mada quando, depois de um avanço, uma vela branca é seguida por uma vela pre
ta e ambos fecham no mesmo nível. A psicologia por trás desse aspecto é bastante
evidente. A abertura consideravelmente mais alta no segundo dia faz com que os
compradores fiquem eufóricos, visto que, estes novos ganhos estão no topo de

FIGURA 16.25 Linha de Contra-ataque Altista (Meeting Line)

Vela branca
Linha de contra-ataque
Gráfico Candlestick 361

FIGURA 16.26 Linha de Contra-ataque Baixista (Meeting Line)

Vela preta

Linha de contra-ataque

uma subida já acentuada. No entanto, a euforia se torna uma decepção, quando o


preço retorna inesperadamente para o nível inalterado.

As regras mais especificas para identificar estes padrões são as seguintes:

1. O primeiro dia é colorido na direção da tendência predominante, e o


segundo dia se forma na cor oposta (branco/preto para topos e preto/
branco para fundos).
2. Ambos os corpos reais estendem a tendência predominante e são longos.
3. Os fechamentos säo idênticos.

Estes padrões não aparecem com frequência nos gráficos, mas quando o fa-
zem, o contraste acentuado de cores diferentes entre os dois corpos reais longos que
tocam mutuamente, após uma prolongada tendència, não deve ser subestimada.

Fundos forma de Torre


Topos e em

O topo de torre consiste de uma alta acumulada com uma longa vela branca. En-
tão é seguida por uma faixa de negociação na qual o preço gradualmente segue o
seu caminho para mais alto e então para mais baixo numa espécie de reversão de
um fundo arredondado, como na Figura 16.27.
O padrão é completado com um longo dia negro que abre quase onde o lon-
go dia branco fechou (os dois pilares da "torre"). A torre de fundo é exatamente o
362 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 16.27 Topo de Torre

2. Faixa de oscilação terminando a subida com um declinio gradual

1.Subida

As torres

oposto, como mostrado na Figura 16.28. Idealmente, os dois pilares das torres se
formam no mesmo nível, embora este não seja um pré-requisito.

Linha Harami (Yose)

O Capítulo 6 ilustra a ideia que as violações da linha de tendência são seguidas


por uma reversão ou consolidação temporária. O harami é semelhante ao rom-
pimento de uma linha de tendncia de consolidação, na medida em que indica
uma perda de momentum. A principal diferença é que os harami são de duração
muito mais curta e consistem de 2 dias de atividade do preço. O harami forma um
corpo real que é suficientemente pequeno para que seja engolfado pelo corpo real
longo do dia anterior. Se também for um doji, recebe o nome de "harami cross"
Esses padrões, frequentemente, alertam para uma iminente mudança de tendèn-
cia, especialmente se eles seguem uma série de fortes velas brancas ou pretas. Se
imaginarmos uma alta de curto prazo onde os compradores estão no controle, o
harami indica um ponto de equilibrio entre os dois lados, como também no pode
empurrar os preços sobre uma base de fechamento ou abertura para além dos li
mites da vela anterior. As vezes, isso resulta em uma reversão real de preços, e ou-
tras vezes em um harami seguido por uma consolidação. As Figuras 16.29 e 16.30
mostram exemplos de um harami onde ocorreu um padr o de reversão. Se, após
Gráfico Candlestick 363

FIGURA 16.28 Fundo de Torre

As torres

1. Declinio

2. Faixa de negociação com subida gradual

FIGURA 16.29 Harami Baixista

Harami Baxista
1. Forte Avanço

3.Corpo pequeno
engolfado por uma
vela antenor

2. Vela
Branca onga
364 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

FIGURA 16.30 Harami Altista

Harami altista
1.Declinio persistente
2. Pequeno corpo
Engolfado pela
Vela anterior
2. Longa
vela preta

um declinio, a segunda vela se forma em torno da área mais baixa da primeira,


espera-se que uma consolidação, ao invés de uma reversão se seguirá e vice-versa
para um harami que se desenvolve após uma subida. A cor da segunda vela é irre-
levante para o resultado; ao invés, é a ideia de um equilibrio entre compradores e
vendedores que tem precedência. O gráico 16.7 oferece um bom exemplo de um
harami altista, onde vemos um declinio acentuado culminando num longo corpo
preto. Finalmente, em contraste há um corpo real muito pequeno. As figuras 16.29
e 16.30 mostram exemplos de haramis onde é um padrão de reversão.

Formações de Continuação

O Método de Três Velas subindo ou Descendo Rising and Falling Three Me-
thods

Estas formações são muito similares ao conceito de uma bandeira nos gráficos de
barras, exceto que levam apenas alguns dias, não semanas, para se desenvolver. Op
método ascendente (Figura 16.31) é um padrão altista e consiste de uma podero-
sa linha branca seguida por uma série de três ou quatro pequenas linhas (velas)
pretas em declínio.
Essas velas descendentes devem ser acompanhadas por uma contração
significativa no volume, o que indica que está se desenvolvendo um equilíbrio
Gráfico Candlestick 365

FIGURA 16.31 Rising Three Methods

2. Fechamento acima do fechamento


da vela branca anterior

3.A subida acima da


vela branca anterior é
3.Três corpos pretos confirmaçã0, especialmente
declinantes se o volume se expande
nas duas velas brancas.
contidos pela forte vela
branca

muito tênue entre compradores e vendedores. A parte final do padrão é uma


linha branca muito forte, que leva o preço para um novo fechamento na máxi-
ma. Se os dados de volume estiverem disponíveis, este último dia deve registrar
um aumento significativo na atividade. O falling three methods baixista (Figura
16.32) é exatamente o contrário, exceto que as características de volume não
têm qualquer significado no último dia.

Janelas (Ku)
Os grafistas japoneses se referem aos gaps como "janelas" (Figuras 16.33 e 16.34).
Muito embora, se diga que o gaps serão preenchidos" nos gráficos de barras tra-
dicionais, as janelas estão "fechadas"' nos grähcos de candlestick. As janelas, por-
tanto, têm as mesmas implicações técnicas que os gaps. O gráfico 16.4 mostra
exemplos de onde os níveis de abertura e de fechamento de janelas agiu como
suporte e resistência para o subsequente movimento do preço.

Gaps de Alta e de Baixa (Tasuki)

Um gap tasuki (Figura 16.34) ocorre após um avanço. E necessário ter um gap de alta
de vela branca (janela), seguido por uma vela preta que não o fecha.
366 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendncias

FIGURA 16.32 Falling Three Methods

1. Trêscorpos brancos
ascendentes
delimitados pela forte
vela preta anterior.

2. Fechamento abaixo
do fechamento abaxo da
longa vela preta anterior.

FIGURA 16.33 Janelas

Potencial
suporte
no extremo
inferior da
janela

Janelas Potencial suporte


no extremo superior
da janela
Gráfico Candlestick. 367

FIGURA 16.34 Upside Gap Tasuki (Gap Tasuki de Alta)

2.Vela preta
abre no corpo
da sua antecessora
e fecha abaixo dela.

1.Vela
pequena 4.e a
abre com tendência de alta
um gap Continua.
3.A vela preta
não fecha ogap
totalmente

Esse tipo de padrão, geralmente, é seguido por preços mais altos. No entanto,
se o gap for preenchido, a formação se deteriora num gap de alta com
e, por conseguinte, perde a sua perspectiva altista. O gap de baixa é exatamente o
oposto e está ilustrado na Figura 16.35.

FIGURA 16.35 Downside Gap Tasuki (Gap Tasuki de Baixa)

2. Vela branca nãofecha o gap completamente..

2. White candlestick opens in


the previous real body and
closes above the first one.

1. Pequena vela preta


dexa um gap para bax0
de outra vela preta. 4. ea
tendência de baxa
continua
368 Parte I: Tëcnicas que Determinam as Tendências

Gráficos de Candlestick e Técnicas Ocidentais


Há uma tendencia entre muitos técnicos de olhar para os candles (velas) isolada-
mente. A minha preferència, lembrando da abordagem peso-da-evidncia discuti.
da anteriormente, é combinar um certo número de técnicas de gráficos Ocidentais
com os candlestiks. Isto envolve, entre outras coisas, a inclusão de padrões de pre-
ços, linhas de tendência, e osciladores na análise.
O gráfico 16.8, por exemplo, mostra um topo de cabeça-e-ombros da Micro-
soft que foi concluído em Novembro de 2000. Observe que a liquidação durante
o ombro direito foi um padrão de très corvos idênticos. Mais tarde, vemos um
fundo duplo. A alta a partir do segundo fundo consistiu de um belt hold de alta, o
que em si indicou que os preços estavam subindo. Este fundo também estava asso-
ciado com uma cabeça e ombros de reversão no indicador de força relativa (IFR).
Finalmente, o topo de cabeça-e-ombros no IFR foi confirmado com um harami.
Uma questão importante diz respeito de onde traçar linhas de tendência.
Eles devem tocar os pavios, os corpos, ou uma combinação de ambos? A resposta
está na nossa abordagem de bom senso habitual. Uma vez que os preços de aber-
tura e fechamento são geralmente mais importantes do que as linhas da máxima e

GRAFICO 16.8 Microsoft, 2000-2001

Microsoft H OCOe 3 corvos pretos


70 idênticos
65- Harami
Fundo Duplo
60
55
Rising 3 methods
50
Belt hold
45

16

0
60
50
40
30
20
16 23 305 13_20 / 4 11 26 23O 16Z
22 2
29 5
5 12 20
12 20
per November December 2001 February
Gráfico Candlestick 369

da minima que exclusivamente tocam, os


corpos geralmente são mais significati-
vos do os
que que apenas tocam os pavios. No entanto, uma linha mais
tenha sido tocada em mais ocasiões,
longa que
que somente toca os pavios
terá mais significado do que uma linha que é relativamente curta eprovavelmente
somente toca
dois corpos.

Gráficos de Volume do Candlestick

Os gráficos de volume do Candlestick sâão os mesmos gráficos normais de Can-


dlestick com uma diferença importante. A largura dos corpos varia com o nivel
de volume durante uma sessão específica. Quanto maior o volume, maior será a
largura do corpo e vice-versa. Isto ilustrado na Figura 16.36.
Pode ser uma forma muito útil de apresentar os dados, porque os sinais pro-
venientes dos candlesticks regulares são preservados, no entanto, a largura dos
corpos reais oferece uma visão rápida e simples do padrão de volume. Os exem-
plos de como os padrões de volume de alta e baixa aparecem nos gráficos de volu-
me do candlestick säo mostrados nas Figuras 16.37 e 16.38.
O gráfico 16.9 mostra um gráfico de volume do candlestick para o Walmart,
maior varejista do mundo.
Observe como a janela no início de novembro seguindo o padrão de engol-
famento de alta foi fechada logo depois. No entanto, as velas muito estreitas que
estavam envolvidas no movimento de retração indicaram uma falta de volume,
que é precisamente o tipo de coisa que é necessário numa queda dessa natureza.
O forte volume em tal situação poderia indicar pressão de venda, ao contrário
da situação aqui, onde os preços foram claramente caindo por causa da falta de
interesse de compra.

FIGURA 16.36 Configurações do Volume do Candle

Normal Pesado Leve Extremamente leve


370 Parte: Técnicas que Determinam as Tendéncias

FIGURA 16.37 Características Normal do Volume

Ovolume encolhe
nos declinios

Ovolume
aumenta
nas subidas

FIGURA 16.38 Caracteristicas Baixista do Volume

Ovolume se expande
no declinio

Ovolume
encolhe na
subida

A subida anterior experimentou série de velas muito estreitas, o que


uma
indica que os preços estavam subindo com pequen volume. Isto é o oposto ao
da norma, onde o aumento dos preços e de volume é saudável. Portanto, as velas
muito estreitas advertiram que os dias de alta estavam contados.
Gráfico Candlestick 371

GRAFICO 16.9 Walmart, 2000-2001 Volume do Candle

59 Walmart (Candlestick volume) Vela branca com grande


58 Volume Volume sem continuação
67
pequenooe
56
55 Corp0 pequeno
64
63
62
51

49
48
Correção com
46
45 volume cando,
44 janela fechada
43-
2
16
Janela
30 13 20 11 18 2832 B16 2 295 2 2 26 5
November December 2001 February March

A alta do final de novembro e início de dezembro foi associada aos candles


mais largos, o que foi um bom sinal. No entanto, quando chegamos à quarta se-
mana, os candles se movimentaram lateralmente, mas são muito estreitos. Isto
indicou que o equilíbrio entre os compradores e vendedores estava mais nivelado
do que nunca. O doji no dia da máxima também reflete esse mesmo equilíbrio.
Este tipo de característica é geralmente seguido por uma reversão da tendência,

especialmente se o volume aumenta na baixa. Isso precisamente que aconteceu


é o

aqui, quando a linha de tendência para cima é violada e os candles alargam.


A linha branca e longa que se desenvolveu no final de dezembro parecia boa
no momento, visto que, era um candlestick bastante grande, indicando um forte
volume. No entanto, não houve continuidade para cima, o que indica que a linha
branca e longa, era um clímax de compra. Isto foi confirmado pela primeira vez
com o estabelecimento de um harami no dia seguinte e por uma vela preta e lon-
linha branca e longa.
ga, que retraçou todo o terreno conquistado pela
da Broadvision no
16.10 mostra um padrão engulfing para topo
o
OGráfico
início de março de 2011. Enquanto não havia um grande "engofamento" acon-

tecendo, a largura da segunda barra


indicava uma enorme motivação dos ven-

dedores para sair. Mais tarde, vemos outra grande barra, que conseguiu violar o
372 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 16.10 Broadvision

Broadvision
Volume
pesado
para baixo

Padrão de Engolfamento

suporte, como evidenciada pela penetração da linha de tendência horizontal. A


tendência de baixa foi retomada no final de abril por outro corpo grande, longo
e preto.

Sumário
1. Os gráficos de candlestick só podem ser construídos para ativos que incluem
preços de abertura, e, por conseguinte, a técnica não pode ser aplicada a todos
os mercados.
2. Os gráicos de candlestick proporcionam um efeito visual único que enfatiza
certas características do mercado que não säo facilmente identificáveis a par-
tir dos gráficos de barra ou de fechamentos.
3. O candlestick forma padrões de reversãoe continuação.
4. O candlestick pode ser utilizado em conjunto com técnicas ocidentais em uma
abordagem de peso-da-evid ncia.
5. Adicionando volume na fórmula muitas vezes traz características técnicas
confiáveis que nem sempre são aparentes quando o volume e preço são tra-
çados separadamente.
17

GRÁFICO PONTO
E FIGURA

Gráfico Ponto e Figura versus Gráico de Barras


Os gráficos de ponto e figura diferem dos gráficos de barras de duas ma-
neiras importantes. Primeira, os gráficos de barras são traçados em intervalos de
tempo específicos independentemente de ter ocorrido alguma alteração no preço.
Uma nova marca num gráfico de ponto e figura, por outro lado, é feito apenas
quando os preços mudam um determinado valor. Os gráficos de ponto e figura
consideram apenas o preço de medição, enquanto que os gråficos de barras me-
dem tanto o preço (no eixo vertical) como o tempo (eixo horizontal).
A segunda diferença relevante é que os gráhcos de barras registram todas
as alterações no preço no período que estão medindo, mas os gráficos de ponto
e figura ignoram todos os movimentos de preços que sejam menores do que um
valor especificado. Por exemplo, se um Box (N.T. um quadrado num papel qua-
driculado) éfixado para movimentos de preços a cada 5 pontos para o Dow Jones
Industrial Average (DJIA), apenas as variações de preços superiores a 5 pontos
serão gravadas, e as flutuações menores não aparecem.

Construção dos Gráficos de Ponto Figura


e

construidos usando combinações de Xs e Os, co-


Os gráficos ponto e figura são
mostra que os preços estão subindo, e o
nhecidos como caixas (boxes). O "X°
Uma vez
Oque estão se movimentando para baixo. existem duas que, a quantidade de dados
decisões importantes a
históricos a serem traçados foi estabelecida,
ser construído.
Serem feitas antes que um gráfico possa
de cada box tem que ser determinado. Para
Em primeiro lugar, o tamanho
o uso de uma unidade de 1 ponto ou box para
ações individuais, é prática conmum
374 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

as ações negociadas acima de $20e uma unidade de % ponto para as ações de me-
nor preço. No entanto, para gráficos de prazo prolongado ou para índices consti-
tuídos por números muito mais elevados, é mais conveniente usar caixas de 5, 10,
ou ainda de 20 pontos ou boxes. A medida que o tamanho da caixa é diminuído,
o detalhe do movimento de preços apresentados graficamente é aumentado, e vi-
ce-versa. Ao monitorar o comportamento do preço de uma ação durante muitos
anos é mais conveniente utilizar um box relativamente grande, visto que, os boxes
pequenos farão que o gráfico seja indevidamente grande e impossível de gerir.
Muitas vezes, é mais adequado manter duas ou três versões diferentes de gráficos
de barras para ser traçados, tal como diário, semanal e mensal.
A segunda decisão é se usará uma förmula convencional de ponto e figura ou
utilizará um gráfico de reversão (que não deve ser confundido com um padrão de re-
versão). Ográfico de ponto e figura reto é traçado, assim que o dado é registrado. Se o
preço se movimentar de 64 para 65, cinco Xs serão traçados em boxes de 20¢ de pon-
to, como na Fig. 17.1 (a). Se o preço inverter de 67 para 66, cinco Os serão traçados.
Os gráficos de reversão, por outro lado, seguem uma regra previamente determinada:

FIGURA 17.1a Gráfico de Box de 20 centavos

70

68

66

65

68
63

(a)
Gráfico Ponto e Figura 375

FIGURA 17.1b Preços de Fechamento (Gráfico de Linha)

7O
A
59

55

Dias de negócios em Setembroo


b

Uma nova série de Xs ou de Os não pode começar até que os preços se movimen-
tem por um montante especificado na direção oposta à tendência predominante.
O uso da técnica de reversão, portanto, ajuda a reduzir os sinais falsos ou violina-
das e comprime consideravelmenteo tamanho do gráfico, de modo que, mais da-
dos podem ser representados graficamente. A figura 17.1 (b) Mostra os mesmos
dados traçados em um gráfico de linha.
A construção de gráficos de % ponto, 5 pontos, ou de 10 pontos, ou gráficos
construídos por qualquer outra medida, é idéntica ao método anterior, exceto
que, um novo boxpode ser colocado apenas quando o preço passou pelo graues-
pecificado, isto é, por meio ponto, 5 pontos, ou 10 pontos, respectivamente. Uma
vez que apenas o preço é registrado, poderia levar vários dias ou mesmo semanas
antes de um novo box ser preenchido.
Assim, uma prática comum é registrar datas, quer no pé da tabela ou nos bo-
xes nos pontos apropriados. Uma combinação de ambos os locais de data é usado
para gráficos de prazo prolongado. Por exemplo, o ano é gravado na parte inferior
da tabela na coluna onde a primeira postagem daquele ano foi feita, e no início de
cada mês éregistrado num box usando o nümero do ms, I para janeiro, 2
para
Fevereiro, e assim por diante.
A decisão sobre o tamanho da unidade (e, portanto, o grau de mudança do
preço necessário para acionar uma nova coluna de Os ou de Xs) se baseia essen-
cialmente no julgamento pessoal. E determinado pela faixa de preço e grau de
volatilidade do indicador, ações, ou mercado em questão. A redução do tamanho
376 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

das unidades (figuras) aumenta o detalhe do movimento de preço retratado. Au-


mentando o tamanho da unidade, expande a base de dados, que pode ser incluída.
mas isto limita o número de oscilações que podem ser ilustradas (Veja o gráfico
17.1). Seguindo um mercado com gráficos de barras ou de linhas numa periodi-
cidade diária, semanal ou mensal consiste em manter vários gráficos de pontoe
figura usando vários tamanhos de unidade.
Os gráficos de ponto e figura são traçados em escala aritmética. Se desenha-
do no papel, teriam sido tradicionalmente construídos com 8, 10 ou 12 ao qua-
drado por polegada. Ocasionalmente, os gráficos de ponto e figura são traçados
em uma escala semilogarítmica ou razão, embora esta não seja a regra, porque os
objetivos dos preços sâão calculados de uma maneira diferente do que aquelas nos
gráficos regulares com uma escala de tempo.
Os dados publicados na imprensa financeira que abrangem a máxima e a
mínima e o fechamento de ações específicas não são adequados para gráficos de
ponto e figura precisos. Por exemplo, se uma ação de $15 tem uma oscilaçãoin
tradia de $1%, é impossível saber para fins de ponto e figura o curso real da ação
de 14% para 16. Poderia ter subido de 14% para 16 em um movimento, que para
um gráfico de ponto teria sido representado portrês Xs ascendentes. Alternati-
vamente, poderia ter se movimentado de 14% para 15 %, e voltando para 14%,e
depois para 16, o que teria resultado em dois Xs, dois Os, em seguida, uma coluna
de três Xs. O comportamento da alta tem uma influência muito importante no
aspecto visual de um gráfico de ponto e figura.
Ao lidar com os dados publicados desta forma, é melhor utilizar unidades
maiores para que as flutuações intradia não distorçam o gráfico indevidamente. Se
maiores detalhes forem necessários, os dados devem ser comprados de uma fonte
que publica os movimentos de preços intradia. Os pacotes gráficos que ilustram os
dados intradia que têm opções de ponto e figura não são afetados por esse problema.
As regras aceitas para traçar os dados de ponto e figura em que os preços
reais na fita (monitor) não são conhecidos são as seguintes:
Se o preço de abertura está mais próximo da máxima do que da mínima,
assuma que a direção dos preços é abertura, máxima, mínima, e fecha-
mento.
Se o preço de abertura está mais próximo da mínima, assuma abertura,
mínima, máxima e fechamento.
Se o preço de abertura é também a máxima, assuma abertura, máxima,
mínima, e fechamento.
Se o preço de abertura também é a mínima, assuma abertura, mínima,
máxima e fechamento.
Se o preço de abertura é a minima eo preço de fechamento é a máxima,
assuma abertura, mínima, fechamento e máxima.
Se o preço de abertura é a máxima do dia e o fechamento é o preço mais
baixo, assuma abertura, máxima, fechamento e mínima.
Gráfico Ponto eFigura 377

GRAFICO 17.1 0 Gráfico 17.1 Reversões do Box do preço do Ouro a $5 e $2.


Estes dois gráficos mostram as reversões do preço do ouro plotado boxes de sb
e $2. As linhas de tendência são autoexplicativas.Observe que o gráfico de $5
captura 10 anos de história de forma muito concisa. Por outro lado, o gráfico de 2
pontos, que cobre de março a novembro 1982 oferece detalhes muito melhores.

Gold
(a.m..m.close) (5$)

Gold
-la.m.s D.m. close ) (2$)

Fonte: Chart Analysis London


378 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

Interpretação Geral dos Gráficos de Ponto e Figura


Geral

Visto que os gráficos ponto e figura não incluem o volume, médias móveis (MMS).
tempo, o comportamento do preço é o único elemento a ser analisado. A este
respeito, os princípios básicos de análise de gráficos de barras são aplicados. Há
certas desvantagens de usar gráficos de ponto e figura; por exemplo, os dias cha-
de reversão, ilhas, gaps, e outras formaçoes nao aparecem. Por outro lado, se
corretamente construído, estes gráicos representam todas as oscilações de preços
importantes, mesmo no intradia. Eles efetivamente enfatizam åreas importantes
suporte e resistência. Por exemplo, em um gráfico de barras semanal, uma úni.
ca barra representando o comportamento do preço durante a semana, pode ter
apenas uma linha para cima. No entanto, se houver uma volatilidade considerável
durante a semana em que cada suporte e resistència foram testados três ou quatro
vezes cada, isto seria mais provável de aparecer em um gráfico de ponto e figura
como uma área de congestionamento. Como resultado, a importância destes ní-
veis chamaria a atenção do técnico, que estaria, então, em uma boa posição para
interpretaro significado de qualquer rompimento que possa se desenvolver. Os
padroes do ponto e figura são de natureza semelhante às de padrôes de preço
e pode ser do tipo de continuação ou reversão. Os mais comuns são mostrados
na Figura 17.2. A Cabeça-e-ombros (OCO) e os padrões invertidos do cabeça e
ombros, topos e fundos duplos, e topos e fundos de arredondados podem ser fa-
cilmente reconhecidos visto que, o ponto e figura equivalente do gráfico de barras
regular ou apenas formações de preços de fechamento, discutido anteriormente. A
maioria dos padrões de preços mostrado na Figura 17.2 é explicado no Capítulo 5.

O Método de Contagem

O capítulo 5 salientou que a projeção mínima para baixo de uma OCO de topo
é derivado da projeção da distância vertical entre o topo da cabeça em relação a
linha do pescoço para baixo, no ponto de rompimento. Nos gráficos de ponto e
figura, a largura do padro é utilizada para determinar o objetivo da medição, que
é novamente projetado a partir do ponto de rompimento. Ninguém, que eu saiba,
até agora, de forma satisfatória explicou por que esse princípio parece funcionar.
Parece ser baseado na ideia de que os movimentos laterais e verticais são propor-
cionais entre si em um gráfico de ponto e figura. Em outras palavras, quanto mais
vezes um preço tenha sofrido oscilações nos dois níveis referidos (como ditadas
pelo padrão de preços), maior, é provável que seja, o movimento final, uma vez o
rompimento tenha ocorrido. Em um gráfico de ponto e figura, as dimensões do
padrão de consolidaço ou reversâo podem ser facilmente identificadas pela soma
379
Gráfico Ponto eFigura

FIGURA 17.2 Padrões de Preço do P&F (0 estudo ajuda nas Técnicas do P&F

Fundos Topos

FucuT

Fucum metdo

Fucn Composi

Fucum Composo mied0

Fina Adado

Fina Adad

Cabeça e Cnbros iirertda

Cabeça e Cmbrus

Ease em V

Base em V menda

Vesienddo

V metdo esenddo

Dapter Ha1Zonta

Dupler Homzorntal

Fundo Aredondado
Topo Amedandado
380 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendéncias

do número de boxes e projetandoo número para baixo ou para cima, dependendo


do lado que os preços romperam.
O problema com o método de contagem é que as formações com contor.
nos irregulares podem gerar confusão sobre onde a contagem deve começar. A
melhor abordagem é selecionar uma importante linha horizontal na formação,
medir através dela, e adicionar (ou subtrair) o número de boxes na linha para o
nível da linha.
As projeções de preços para formações de ponto e figura não são de forma
alguma totamente exatas em todas as situações. Em geral, as projeções para cima
são susceptíveis de ser excedidas em mercados de alta, e as projeções para baixo
são ultrapassadas em mercados de baixa. As projeções que são feitas contra a ten-
dência predominante tem uma tendência de não serem alcançadas, tal como uma
projecão para baixo num mercado de alta. O gráfico 17.2 mostra alguns exemplos
do método de contagem em ação.

GRAFICO 17.2 Honeywell (50 x 1).0 gráfico 17. Honeywell (50 x 1). Este grá-
fico ilustra uma série de formações de preços de Honeywell usando uma com-
binação de 50 x 1. Observe que o objetivo de medição da base do lado esquerdo
foi quase alcançado em dólar. 0 topo do H & S que se seguiu ofereceu um bom
sinal de venda, quando a linha do pescoço foi rompida. 0 objetivo nesse caso
previu que o preço voltaria para o seu fundo anterior. Como foi observado, este foi
ultrapassado. Observe como a alta subsequente encontrou resistëncia aproxima-
damente na mesma área que o objetivo. Finalmente, vemos um bom rompimento
da linha de tendência no lado direito do gráfico.

60
Objetivo
55
Venda
50

45

40 Objetivo
Medida

0o 19 F08 M13 A12 MO9J14 J12 A 08 S12 N13 D13


Fonte: pring.com
Gráfico Ponto Figura
e 381

Linhas de Tendências em Gráficos de Ponto e Figura


E possivel construir linhas de tendência em gráficos ponto e figura juntando uma
série de topos descendentes. As linhas de tendência para cima são traçadas jun-
uma série de fundos ascendentes, e as linhas de tendência horizontais são
tando
criadas juntando níveis de suporte ou resistência idênticos. Os mesmos princípios
de interpretação discutidos no Capítulo 8 aplicam-se a linhas de tendèência traça-
das em gráficos de ponto e figura. A linha de tendència tem o seu significado a
partir de uma combinação de comprimento, ângulo descendente ou ascendente,
e o número de vezes que foi tocada. Sinais falsos ou violinadas ocorrem ocasio-
nalmente. No entanto, se um número de reversões cuidadosamente escolhido é
usado como um filtro para a construção do gráfico, essas violinadas podem s
reduzidas para um mínimo. Outra possibilidade seria a de traçar uma linha pa-
ralela um box acima (ou abaixo) da linha de tendência real como um filtro e usar
isso como um sinal de compra (ou venda). Embora algumas oportunidades sejam
claramente perdidas com este tipo de abordagem, ela oferece alguma proteção
contra os movimentos de preços enganosos.

Principio Técnico Fundamental: A principal diferença entre as projeçõóes


de preço baseadas em gráficos de ponto e figura e aquelas baseadas em grá
ficos de barras ou apenas em gráficos de fechamento é a fórmula de medição
dos gráficos de pontoe figura derivada de uma contagem horizontal mais do

que de uma contagem vertical.

Também é possível construir osciladorese traçá-los abaixo dos gráficos de


ponto e Visto que o tempo é ignorado nos gráficos de ponto e figura, os
figura.
osciladores vão ser mostrados de forma diterente do que nos gráficos normais,
onde a escala de tempo é traçada para cada unidade (hora, dia, semana, e assim
utilizando um índice de força relativa (IFR) de 14 dias é
por diante). O exemplo
mostrado no Gráfico 17.3.
382 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 17.3 Boeing (1 x 1) e o IFR. Este gráfico de Boeing mostra que é


possivel combinar um oscilador com um gráfico de pontoe figura. 0 rompi.
mento conjunto do preço e do IFR ofereceu um sinal de compra oportuno em
16 de Junho.

60
66
60

40-1

36
A130
80
70
601
AA
401
30
00 11 20 F10 A13 M05 115 J07 16 H7 A16 1S08 19
Fonte: pring.com

Sumário

O s gráicos de ponto e figura medem apenas uma dimensão: o preço.


Os gráficos de ponto e figura são construídos a partir de colunas de Xs e de Os,
como as figuras, que representam um específico, movimento predeterminado
de preço.
Os gráficos de ponto e figura muitas vezes assinalam zonas de suporte/resis-
tencia, sendo melhores do que os gráficos de barras, porque enfatizam o nú-
mero de oscilações de preços que ocorrem dentro de uma determinada área
de congestão.
Os gráficos de ponto e figura são interpretados de forma semelhante aos grá-
pelo
ficos de barras, a principal exceção é a fórmula de medição, que é obtida
princípio da contagem.
18

TÉCNICAS DIVERSAS
PARA DETERMINAR
AS TENDËNCIAS

Vamos começar com o conceito de proporção, que se preocupa com a oferta a


algumas ideias sobre a possível magnitude de um movimento de preço. Eu delibe
radamente enfatizei a palavra possível porque não há nenhuma técnica conhecida
que possa consistentemente prever magnitude ou duração. Estas técnicas deverão
ser usadas apenas como uma indicaço da provável extensão do movimento, e
não como a base de uma previsão real. Talvez a maneira mais simples de explicar
o princípio da proporção é dizer que a psicologia da multidão, que está refletida
nos preços de mercado, tem uma tendència a se mover em quantidades propor
cionais específicas que têm o hábito de se repetir, mas infelizmente não em um
padrão previsível. Assim, poderíamos dizer que os preços das ações têm o hábito
de dobrar e que pode ter acontecido très vezes nos iültimos 20 anos. No entanto,
não há garantia de que irá fazè-lo no ciclo atual. Tudo o que podemos fazer é ob-
servar quando isso acontecer e dizer que este é um bom lugar para antecipar uma
reversão. Nossa decisão, porém, deve ser baseada num consenso de indicadores,
no qual o principio da proporção é um. Neste caso, a duplicação seria um alerta
para olhar mais de perto o equilibrio das provas.

Proporção
A lei do movimento afirma que para cada ação, há uma reação. A evolução dos
preços nos mercados financeiros é realmente um reflexo das mudanças na psico-
logia de massas. As implicações de mediço de padrões de preço, linhas de ten-
dência, médias móveis (MMS) e envelopes, que foram discutidas anteriormente,
são exemplos de proporção na prática.
384 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Os níveis de suportee resistência podem ajudar a oferecer algumas ideias de


apenas onde a tendência dos preços pode ser temporariamente interrompida ou
revertida. Os princípios da prôporção podem fazera mesma coisa, mas vão muito
mais longe.
Por exemplo, quando um preço de uma ação está buscando uma nova má-
xima histórica, não há nenhuma indicação de onde possa Ocorrer um nível de
resistëncia, porque nenhuma transação foi realizada la. Em tais casos, o conceito
de proporção oferece uma pista para potenciais de pontos de rompimento.
Talvez o princípio de proporção mais conhecido é o da regra de 50%. Por
exemplo, muitos mercados em baixa, conforme medido pelo índice Dow Jones
Industrial Average (DJIA), reduziram os preços pela metade. Por exemplo,
mercados de baixa de 1901-1903, 1907, 1919-1921, e 1937-1938 registraram de-
clínios de 46, 49, 47, e 50%, respectivamente. A primeira perna do Mercado de
baixa de 1929-1932 terminou em outubro de 1929 a 195, pouco acima da metade
da alta de setembro. As vezes a marca da metade de um avanço representa o ponto
de equilibrio, frequentemente, dando uma pista sobre a extensão do movimento
em questäo ou, em alternativa, indicando um importante ponto de rompimento
para o retorno do movimento. Assim, entre 1970 e 1973, o mercado avançou de
628 para 1.067. O ponto da metade do caminho naquela alta foi de 848, ou apro-
ximadamente o mesmo nível em que a primeira fase do mercado de baixa de 1973
a 1974 terminou.
Da mesma forma, mercados de alta muitas vezes encontram resistência de-
pois de dobrar a partir de um fundo; a primeira subida de 40 a 81 no mercado de
alta de 1932-1937 foi uma dobrada.
A marca de 50% cai no meio caminho entre uma retração de um terço e
dois terços descritos na discussão da teoria Dow. Estas proporções de um ter-
ço e dois terços podem ser amplamente observadas em todos os mercados fi-
nanceiros, e também servem como zonas de suporte ou resistncia. Gráficos
de escala proporcional são úteis na determinação desses pontos, uma vez
que
movimentos de proporção idêntica podem ser facilmente projetados para cima
e para baixo.
O gráfico 18.1 mostra o mercado de baixa de 2000 a 2002. Observe como a
alta de março de 2001 retraçou 50% da primeira perna de queda do mercado de
baixa. Opróximo avançoretraçou um pouco mais de 33% da queda da tendência
primária até esse ponto. Finalmente, você pode ver como a área de fundo de 11/9
provou ser de resistência para o avanço de julho e agosto de 2002.
Não é possivel projetar que proporção vai resultar de um movimento
pecifico. No entanto, essas oscilações ocorrem com consistência suficiente para
es
oferecer possíveis pontos de reversão em ambos topos e fundos. Se as condições
gerais do Mercado e uma análise técnica adicional do preço forem consistentes,
há uma boa chance de que as projeções baseadas nessa
abordagem possam
precisas.
Técnicas Diversas para Determinar as Tendências 385

GRAFICO 18.1 S&P Composite, 1999-2003 Movimentos de Retração

s&P Composite

50%

33%

Fonte: pring.com

Lembre-se, análise técnica lida com probabilidades, significando que as


previsões exclusivamente baseadas neste método nunca devem ser realizadas. Se
você estiver fazendo uma projeção com base nas regras de proporção, é sempre
aconselhavel observar se a projeção corresponde a um ponto de resistência ou
supporte anterior. Se assim for, as probabilidades serão muito maiores de que essa
zona represente um ponto de reversao, ou, pelo menoOs, uma barreira temporária.
Quando o mercado está atingindo uma nova máxima, outra possibilidade étentar
estender as linhas de tendência ascendentes. O ponto em que a linha cruza com a
projeção usando as regras de proporção podem representar bem a hora e o local
de uma importante reversão. A experiëncia irá mostrar que cada mercado, ação,
ou commodity tem um comportamento próprio, alguns se prestam mais facilmen-
te a esta abordagem, outros não.
O gráfico 18.2, ilustrando a Amazon, mostra alguns movimentos de retração
e faz cerca de 50% de projeções dentro do território de nova alta. A queda total
entre 1999 e 2002, sinalizada pela seta comprida ostenta um 0%, porque nesse
momento não há retração. A marca de 50% interrompe a alta inicial e forma um
suporte em 2008. O nível de 150% se torna um ponto fundamental, não comno
uma resistência, mas como um suporte para declínios subsequentes
386 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

GRAFICO 18.2 Amazon, 1998-2012 Movimentos de Retração

Amazonn 200.0%
Resistência

150.0%
Resistência
00.0%
"ht T Suporte

Suporte

2002

Fonte: pring.com

Principio Técnico Fundamental: Sempre utilize projeções usando os prin-


cipios de proporção em conjunto com outros indicadores.

Linhas de Velocidade da Resistência

Este conceito incorpora proporções de um terço e dois terços, mas em vez de


incorporá-las como uma base para um provável objetivo de preços, estas são usa-
das em conjunto com a velocidade de um avanço ou um declinio. Este conceito
foi desenvolvido pelo falecido, fantástico Edson Gould, uma das mentes técnicas
mais brilhantes de todos os tempos.
Durante uma correção descendente, é esperado que um preço encontre su-
porte quando alcança uma linha que está avançando em dois terços ou um terço
da taxa de avanço do fundo anterior para o topo anterior. Isto é ilustrado na Fi-
gura 18.1.
Tëcnicas Diversas para Determinar as Tendências 387

FIGURA 18.1 Linha de Resistência de Velocidade (Retração de Alta)

300

250 100 dias


2/3 Resistencia de ve ocidade
200
points
150 L 18Resisténcia de ve ocidade
100
A 100 dias
50

20 40 60 80 100 120 140 160 180


Dias
(a)

400

200
23 Resisténcia de vebcidade

1/3 Resistencia de vebcidade

100
30 20 10

L
20 40 60 80 100 120 140 160
Dias
()

Fonte:pring.com

Nos exemplos a e b, A marca o fundo e B o topo. O avanço de A para B é de


100 pontos e leva 100 dias, de modo que a velocidade do avanço é de I ponto por
dia. A velocidade de uma linha de resistência de um terço irá avançar a um terço

por dia), e uma linha de dois terços irá


daquela taxa (isto é, um terço de um ponto
dia.
dois terços de um ponto por
se movera
Uma alta ou declínio é medido a partir da alta ou baixa extrema do intradia
e não do preço de fechamento. A fim de construir uma linha de resistência de
velocidade de um terço do exemplo a, é necessário adicionar 33 pontos (ou seia,
um terço do avanço de 100 pontos) ao preço em Ae traçar este ponto diretamente
abaixo de B.
388 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Nesse caso, A é 100 pontos, e assim um traçado é feito em 133 abaixo de B.


Esses pontos, então, se juntam a Aea linha estendida no lado direito do gráfico.
Da mesma forma, a linha de dois terços Ae se junta ao nível 166 na mesma data
como B. Se o gráfico fosse traçado numa escala de razão, a tarefa seria muito mais
fácil. Tudoo que seria necessário seria uma linha que junte A e B (isto é mostrado
no exemplo b). O ângulo ascendente, neste caso, 30 graus- seria ento registra-
do. Duas linhas de um terço (10 graus) e dois terços (20 graus), deste ângulo são
então traçadas. A figura 18.2 ilustra o mesmo processo para um mercado em de-
clínio. Uma vez construídas, as linhas atuam como importantes áreas de suporte
e resistência.

FIGURA 18.2 Linha de Resistência de Velocidade (Retração de Baixa)

300

250

200
1/3 Resisterncia
150 de velbcidade
100 pontos
283 Resistência
100 dias de velocidade

20 60 o0 120 140 160 180


100 dias

(a)

400
30 20 10

200 1/3 Resistência de velocidade

2/3 Resistência de elocidade

20 80 100 120 140 160


Dias

Fonte:pring.com
Técnicas Diversas para Determinar as Tendências 389

Mais especificamente, a aplicação destas linhas está baseada nas seguintes


regras:

1. Uma reação após uma alta vai encontrar suporte na linha de resistência
de velocidade de dois terços. Se o preço cair abaixo da sua linha de um
terço, as probabilidades indicam que o movimento ascendente tenha ter-
minado e que irá declinar para um novo fundo, possivelmente abaixo
daquele em que as linhas de resistência de velocidade estão baseadas.
2. Se o preço se mantém na linha de um terço, a resistência para um novo
avanço pode ser esperada na linha de dois terços. Se ele se move acima da
linha de dois terços, é provável que uma nova alta seja registrada.
3. Se o preço viola a sua linha de um terço e então sobe novamente, encon-
trará resistência para esta alta na linha de um terço.
4. A regras de 1 até 3 aplicam-se em sentido inverso para um mercado em
declínio. O gráfico 18.3 mostra a aplicação destas regras no mercado.

O gráfico 18.3 mostra a aplicação destas regras no mercado, onde AeB mar-
cam os pontos nos quais as linhas estão ancoradas, visto que representam os pri-

GRÁFICO 18.3 NASDAQ 100, 2007-2012, Linhas de Resistência de Velocidade

NASDAQ 100 ETF


1/3

B
Ancora

2/3

Ancora
A

2/3
1/3
Fonte: pring.com
390 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendncias

meiros pontos de virada intermediários em seus respectivos mercados de baixa


e de alta. Obviamente, com o beneficio da retrospectiva, é fácil de detectar esses
pontos de retorno, mas na realidade, é provável que seja várias semanas antes que
pudessem ser identificados. Só então será possível usar as linhas como os níveis
potenciais de suporte/resistência. Estes são sinalizadas com as pequenas setas. Te-
ria sido possível chegar a exemplos onde as linhas serviram mais frequentemente
como pontos pivô, mas a situação no gráfico 18.3, infelizmente, é mais uma regra

do que uma exceçã0.

Ventiladores de Fibonacci
As linhas de ventilador de Fibonacci são exibidas, primeiramente, traçando uma
linha entre dois pontos extremos: uma máxima e uma mínima (vice versa em
mercado em declínio). Uma linha vertical invisível é traçada através do segun-
do ponto extremo. Três linhas são então construídas a partir do primeiro ponto
extremo (a mínima) que passa através da linha vertical invisível com as suas va-
riações nos níveis de Fibonacci, geralmente 38,2%, 50,0%, e 61,8%. Essas linhas
indicam áreas potenciais de suporte e resistência. No Gráfico 18.4, a seta larga

GRÁFICO 18.4 S&P Cmposite, 2009-2012 Linhas de Ventilador de Fibonacci

s&P Composite

38.2
50
61.8

100

Fonte:pring.com
Técnicas Diversas para Determinar as Tendências 391

se junta à baixa de 2009, no S&P Composite a sua primeira alta intermediária. As

linhas de ventilador de Fibonacci em 38,2, 50 61,89% sinalizam trs níveis de


e os
retração, como na linha vertical. Mais uma vezé muito importante enfatizar que
esses pontos pivó não aparecem sempre de forma conveniente no gráfico. Isso
enfatiza o conselho já apresentado, que estas técnicas sempre devem utilizadas em
conjunto com outros indicadores. Nunca devem ser usadas sozinhas para fazer
uma previsão devido a sua de falta de confiabilidade.

Ventiladores de Gann
As Linhas de Gann são nomeadas no início pelo trader de commodities W. D.
1, no início do século XX. São apresentadas em très formas: linhas de Gann,
ventiladores e grades. A mais prática parece ser a abordagem de ventilador. O
conceito e aplicação são muito semelhantes à velocidade das linhas de resistência,
discutidas anteriormente. A idéia de Gann era que os padrões geométricos e ân-
gulos especificos tinham características únicas para a previsão de pontos de virada
do preço. O fundamental para esta abordagem era um equilíbrio entre o tempo e
preço. Assim, um ângulo de 45 graus ofereceu um equilíbrio perfeito entre preço
e timing. Isso só poderia ser alcançado se a distància no gráfico fosse a mesma do
preço e do tempo, requerendo, assim, uma escala aritmética no eixo do preço. Um
exemplo é mostrado no gráfico 18.5, em que Gann recomendou que nove àngulos
fossem traçados.

GRAFICO 18.5 Advanced Micro Circuit, 2000 Linhas de Ventilador de Gann

90-
825 /7125
75/ 63.75 45
80
75

70 26.25
65
60- 18.75
65
60 A 7.5
40

36

February March JApril May June July


Fonte:pring.com
392 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

A tabela a seguir reflete a subida (aumento de preços) em relação ao percur-


so (diferença de tempo). Como forma de explicação o aumento de 12 x1 significa
que o aumento de preços é duas vezes mais rápido em comparação ao tempo ne-
cessário para uma diferença de tempo de 1, e assim por diante diante.

1x8 82,5 graus


1x4 75 graus
1x3 71,25 graus
1x2 63,75 graus
1x1 45 graus
2x1 26,25 graus
3x1 18,75 graus
4x1 15 graus
8x1 7,5 graus
Fonte: Steve Achelis, Technycal Analisys A
to Z, Peobus, 1995, p.148

O gráfico 18.6 mostra os ventiladores de Gann. Neste exemplo, a linha cen-


tral conectao topo com o fundo de Dezembro e as proporções de alta/diferença
de tempo sâão as mesmas; a linha central reflete um 1 x 1, a linha superior reflete
a 8 x 1, e assim por diante.

GRAFICO 18.6 Advanced Micro Circuit, 2000-2001 Linhas de


Ventilador de Gann

115
110
105
100
95
90 8x1
80
75
T0
65
3x1

2x
x4
10
186
1x81x3 1x2 1x1
JuAugsepoetNovboe2001Eob
Aug Mar Apr
Fonte pring.com
Técnicas Diversaspara Determinar as Tendências 393

No entanto, devido a distância entre o tempo e o preço não ser a mesma, as


linhas estão em ângulos diferentes. O princípio de interpretação é semelhante, na
medida em que se supõe que quando uma linha é rompida, o preço vai encontrar
resistência na próxima que estiver subindo, ou
suporte, no caso de uma queda.
Assim, as linhas estão revertendo continuamente as suas de
funções suporte/re-
sistència. Veja como a subida inicial encontra resistência na linha de 2 x 1. Esta
linha é posteriormente rompida no caminho para cima, mas atua como
suporte
para as próximas duas correções. Mais uma vez, há muito mais exceções do que
aqueles pontos de reversão que compõem as regras. Isto significa, evidentemente,
que os ventiladores de Gann devem ser utilizados como um local para prever uma
reversão, dependendo do que outros indicadores estejam dizendo.

Gráficos da Nuvem de Ichinmoku

Os Componentes

A introdução relativamente recente ao arsenal técnico japonês é a nuvem de lchi-


moku, também conhecido como lchimoku Kinko Hyo. Traduzido literalmente,
significa olhar equilibrado sobre um gráfico de barra" A nuvem e seus indicado-
res auxiliares fornecem sinais de operacionais através da capacidade de identificar
a direção tendència, bem como áreas potenciais de suporte e resistência. Goichi
Hosoda, o criador dessa abordagem, argumenta que os traders ao adotá-lo podem
identificar imediatamente a tendncia e isolar potenciais sinais dentro dela. A pri
meira vista, a abordagem em nuvem parece complicada, quase intimidante, mas
quando explicada, a sua interpretação é relativamente simples.
A primeira coisa para entender é que a relaço entre o preço e a nuvem identi-
fica tendências ascendentes e descendentes básicas, e a relação entre dois outros in-
dicadores no sistema gera sinais de compra e venda de curto prazo sob esse contexto.
Ao todo, existem cinco partes móveis no sistema. Estão ilustrados no Gráfico 18.7.
Para simplificar a explicação, começamos no gráfico 18.8, focando dois indi-
cadores: a linha de conversão (também chamada de linha de retorno) ea linha de
base (também chamada de linha padrão). A linha de conversão é calculada como
o ponto médio da faixa de variação entre a máxima eaminima de 9 dias. A conf
guração padrão é de nove períodos, ea fórmula seria (a máxima dos 9 dias menos
a mínima dos nove dias)/2. A linha base utiliza a mesma abordagem, mas, desta
vez, a máxima ao longo de 26 periodos ê adicionada à minima ao longo do mesmo
período. O total é novamente dividido por dois. O termo japonês para a linha de
conversão é Tenkan-sene para a linha base, é Kijun-sen. A relação entre estes dois
indicadores constitui a base para sinais de compra e venda de curto prazo, bem
como são mais rápido dos dois limites da nuvem. Vamos considerar a nuvem em
primeiro lugar e, em seguida, falar sobre os sinais.
394 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 18.7 Microsoft 2012 Nuvem de lchimoku

S&P Composite ETTF

Linha avançada A

Linha
avançadaB

Linha Base (Kijun)


Linha de atraso
(Chiku)
Linha de Conversão (Tekan)
o Noer br Paller

Fonte: pring.com

GRÁFICO 18.8 s&P Composite ETF, 2011-2012 Conversão de lchimoku e


linha base com atraso

s&P Composite ETF

Linha atrasada

Linha Base

Linha de Conversão

Dceber Pver ece vere

Fonte: pring.com
lecnicas Diversas para Determinar as Tendèncias 395

GRAFICO 18.9 S&P Composite ETF, 2011-2012 Linhas Avançadas lchimoku

S&P Composite
26 days 26 days 26 days

Ponto médio

f
Linha Linha
avançada AA avançada B

Fonte:pring.com

O limite derivado da relação da linha de conversão e da linha de base é a


nuvem (avançada) A ou 1 (Linha Senkou A). Este indicador é calculado pela soma
do valor da linha de conversão com o da linha base e dividindo por dois. Eu uso a
palavra leading (avançada) nessa descrição, porque o resultado é traçado 26 perí-

odos no futuro, como mostrado no Gráfico 18.9.


A segunda fronteira da nuvem, a segunda linha de liderança da nuvem (Le
ading span B ou Senkou Span B) é calculada pela soma da máxima de um periodo
de 52 dias com a mínima de 52 dias e dividido por dois. O resultado também é

traçado com 26 períodos de antecedência. No Gráfico 18.9, o período de 52 da


máxima/mínima é calculado no ponto Xeo resultado é traçado no ponto Y. Uma
vez que o cálculo da máxima/mínima retornou para um número menor em X, a
segunda linha de avanço da nuvem (Leading Span B) foi traçada a uma grande
distáncia abaixo do preço predominante em Y no final de março de 2012, pois o
muito maior. A quinta parte do movimento é a linha de atraso,
preço real era na

qual o preço de fechamento recuou 26 dias. Na grande maioria das situações, esta
série cruza a nuvem depois do preço e representa um sinal de confirmação de que
a tendência mudou.
396 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Os parâmetros descritos anteriormente são o padro recomendado, mas não


há nenhuma razo para que os outros não possam ser adotados. Além disso, os
gráficos neste capítulo apresentam dados diários, mas esta abordagem pode ser
aplicada a qualquer período de tempo.
Visto que a primeira linha avançada da nuvem, a linha mais grossa, é derivada
de uma conversão de curto prazo e de linhas padrão, elas se movem mais rápido do
que a segunda linha avançada B, que depende de sua construção a partir de uma
relação da mácima/mínima de um período mais longo em média um período 52.

Períodos de Tempo

Tal como qualquer forma da metodologia técnica, com frequência, é aconselhável


tentar obter alguma compreensåo da direção de longo prazo e a tendência mais
dominante do que daquela sendo traçada. Neste capitulo, nos concentramos em
gráficos diários, de curto prazo e de prazos intermediários. No entanto, também
taz sentido explorar as nuvens se formando nos gráficos semanais e mensais mais
dominantes. Os Traders com um horizonte de prazo mais curto são encorajados a
examinar os periodos de tempo do intradia.

Interpretação
A Tendência Principal: Uma vez que a nuvem é construída a partir do compor-
tamento do preço e este comportamento é projetado para 26 dias no futuro, ele
indica futuras zonas de suporte/resistência. Um exemplo é mostrado no gráfico
18.10. Também mostra que quando o preço está acima da nuvem, a nuvem atua
como uma área natural de suporte e vice-versa. E também uma característica que
os preços interagem com os limites internos e externos da nuvem.
A tendência é ascendente quando o preço está acima da nuveme descendente
quando está abaixo dela. E considerado neutro quando o preço está dentro da nu-
vem. No entanto, alguns analistas acreditam que a direção de onde o preço entrou na
nuvem determina a direção da tendência. Isso significaria que, se, por exemplo, num
mercado de alta, o preço entra na nuvem, a tendência prevalecente é considerada
como ainda estar em vigor. Só quando o preço cai completamente através da nuvem
a tendéncia é considerada baixista. A abordagem de compromisso diria que
quando o preço entra na nuvem a partir de cima, reduz a força da tendência ascen-
dente. Naquele momento, o consenso de outros indicadores é então utilizado para
chegar a uma concluso significativa quanto ao verdadeiro estado da tendência.
A qualidade da tendência ascendente é reforçada quando a primeira linha de
avanço A for ascendente (fronteira larga da nuvem) está acima da segunda linha
de acanço B (fronteira estreita da nuvem). Esta situação resulta em uma nuvem de
Técnicas Diversas para Determinar as Tendéncias 397

GRAFICO 18.10 Microsoft 2012 Pontos de Resistência da Nuvem de lchimoku

MSFT MaOsot Corp Nasdaq 6S oSroclC harticom


10-Ro-2012 Open 20.67 Higph 2670 Low 20.34 Close2052 Volume 04.1M Chg .14(0529)
MSFT (Daily)
Futura resistência/suporte 31.0

30 5

300

28.5

275
Resistência
27.0

52
25 Jul 9 18 23 Augs 19 0 2 Sep 10 17 24 Oct s 15 2 Nov 12 19 2 Dec 10 17 4N

Fonte: Stock Charts.com

cor clara (normalmente verde, quando as cores estão disponíveis) no gráfico. Por
outro lado, uma tendência descendente, quando o preço está abaixo da nuvem,
linha verde)
reforçada quando a primeira linha de avanço A, (geralmente
éestá
uma

abaixo da segunda linha de avanço B, (geralmente, a linha da nuvem é verme-

Iha). O gráfico 18.11l apenas ilustra a nuvem.

Os períodos altistas e baixistas são indicados com as setas, e no ponto A a

primeira linha de avanço da nuvem cruza acima de B para um sinal de tendência


mais forte. No ponto Bl e B2, o preço tem um escorrega para dentro da nuveme
a tendência é então definida como sendo plana. Apenas após o ponto B1, move-se
de volta acima da nuvem novamente e é altista.
O gráfico 18.12 também sinaliza sinais altistas e baixistas. Entrando no grá-
Em A, cai dentro da
fico, a tendência é altista embora o preço esteja em declínio.
nuvem, gerando umn sinal neutro. A medida que sobe através da primeira linha
de avanço larga A, uma tendência altista é novamente sinalizada. Infelizmente,o
processo de construção de fundo resulta em outra violinada em C. Isto é rapida-
mente solucionado com um sinal altista em D. A tendência permanece positiva
em todo o caminho até G. No entanto, a fronteira (limite) da primeira linha de
avanço A da nuvem cruza abaixo da segunda linha de avanço B em E. Isso nos diz
que o momento para cima está se dissipando e leva a tendência positiva para um
pouco abaixo. Observe em E como as mudanças da nuvem temporariamente de
398 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendncias

GRÁFICO 18.11 Amazon, Sinais Altista e Baixista da Nuvem de lchimoku

Amazon Tendência Altista

M B2

B1

Tendência Baixista

GRAFICO 18.12 S&P Composite ETF

s&P Composite ETF

Fonte: pring.com
Técnicas Diversaspara Determinar as Tendéncias 399

uma luz (geralmente verde) para uma escura (geralmente vermelha) se destaca.
Rapidamente identificamos uma recuperação do momentum em E quando as li-
nhas revertem para o seu status anterior. Após um falso rompimento para baixo
em G e uma subsequente pequena alta, uma tendèência descendente é sinalizada
em H, quando o preço cai abaixo do limite inferior da nuvem.
Ográfico 18.10 mostra como a nuvem serviu como um nível de resistência para
o preço da Microsoft em 2012. Quando a nuvem é estendida, como neste gráfico, é
útil na medida em que indica futuros níveis potenciais de suporte ou resistência.

Sinais de Curto Prazo

A relação entre o preço e as linhas de conversãoea linha base pode ser utillizada
para identificar os sinais mais rapidamente e com mais frequência. Em conjunto
com a ideia de que os sinais a favor da tendência geralmente são mais fortes do
que os sinais contra a tendência, os cruzamentos positivos da conversão/linha de
base são reforçados quando os preços estão acima da nuvem e têm uma sombra
clara (verde). Os sinais de baixistas são reforçados quando os preços estão abaixo
da nuvem e a nuvem tem uma cor escura (vermelho). Recíprocamente, os sinais
considerados mais fracos.
que são contra tendência existente são

GRAFICO 18.13 iShares Germany ETF, 2011-2012 Sinais de Compra e Venda


de Curto Prazo da Nuvem de lchimoku

iShares Gemany ETF

Tendência de baixa

Tendência
C de alta

17

Fonte:pring.com
400 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências
O Gráfico 18.13 ilustra o iShares Germany ETF, o EWG com as nuvense
linhas, mas escluindo a linha de atraso para reduzir a desordem. O período mar-
cado pelas setas à esquerda indica que o preço está abaixo da nuvem e, portanto,
identifica quando a tendência é baixista. A linha de conversão larga cruza abaixo
da linha de base tracejada no ponto A, e o sistema de curto prazo permanece
baixista até cruzar de volta acima do B. O período entre B e C experimentou o
comportamento da faixa, uma característica de negociação não adequada para
análise em nuvem. Em seguida, em C vemos outro sinal de compra, mas quando
foi gerado, o preço estava um pouco abaixo da nuvem, assim, sinalizando uma
tendência de baixa. Teria sido possível entrar na operação, quando o preço cruzou
acima da nuvem, porque ele no tinha se movimentado muito atë este ponto e não
estaria sobrecomprado. Neste caso, um bom lucro teria sido realizado no momen-
to em que o sinal de venda foi acionado em D.

Sumário
1. O preço frequentemente se movimenta em proporções, o mais comum são
um e meio, um terço, e dois terços.
2.
2.
As linhas de velocidade da resistência, o ventilador de Fibonacci e os ventila-
dores de Gann oferecem pontos pivôt de potenciais suporte/resistência.
3. Os gráficos da nuvem de Ichimoku oferecem sinais de tendências de longo
prazo e de curto prazo.
4. O futuro comportamento da nuvem indica potenciais áreas de suporte/ resis-
tência.
5. Os gráficos de nuvem podem ser traçados em qualquer período de tempo, de
intradia a mensal.

N.T. Para melhor esclarecimento do assunto recomento a leitura de textos es-


critos pelo analista Eduardo Matsura que podem ser encontrados no Google.
19

O CONCEITO DE
FORÇA RELATIVA

O conceito

A força relativa (FR) é um conceito técnico que mede a relação entre duas açõdes.
É importante observar que a força relativa, que utilizaremos aqui não tem nada a
ver com o indicador de força relativa de Welles Wilder (1FR), que é discutido no
Capítulo 14.
O conceito explicado aqui é a força relativa comparativa, onde o preço de
uma ação é dividido pelo de outra. O resultado é, em seguida, representado gra-
ficamente como uma linha contínua, cuja tendência é então analisada. Existem
várias formas de utilizar a força relativa:

1. Para comparar uma classe de ativos com outro a fim de decidir qual comprar,
ou para compreender melhor uma relação intermercado. Por exemplo, pode-
ríamos comparar o ouro com os bonds para ver qual estava em uma tendência
ascendente. Se o relacionamento foi numa tend ncia de alta, isso indicaria que
em uma base de preço, o ouro superou os títulos e que era, portanto, o ativo
preferido. Também nos diz que o mercado estava antecipando um cenário
inflacionário, visto que, que o ouro é largamente adquirido como uma prote-
ção contra a inflação, ao passo que os valiosos titulos de crédito normalmente
performam melhor em tempos de deflação.
Outra possibilidade pode surgir quando uma revisão da posição técnica
indica que tanto
os mercados de ações dos Estados Unidos e dos japoneses
estão em uma tendência de alta. Analisando a tendência da relação entre eles
indica que é provável que o mercado tenha um bom desempenho.
402 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendencias

2. Na negociação de commodities, um spread é uma forma de força relativa.


Um spread envolve a relação entre uma commodity e outra, tal como mi-
Iho e toucinho. Alternativamente, um spread captura a relação entre um
contrato distante e um próximo. Neste caso, os traders estão tentando des-
cobrir as relações que divergiram da norma e dependem do spread até quue
OS dois contratos voltem a ficar alinhados. Além diso, as mudanças nessas
relações também alertam para as condições emergente de excesso ou falta
que ajudam na análise da oferta/procura em relação às condições atuais e
futuras.
3. A moeda é realmente uma relação relativa. Por exemplo, não existe tal coisa
como o dólar dos EUA num sentido externo, porque consiste de uma série
de taxas cruzadas: iene-dólar, dólar-euro, dólar-dólar canadense, e assim por
diante. Cada moeda éapenas uma relação entre si e outras moedas.
44. Por vezes, o comportamento relativo entre as duas entidades reflete a confhan-
ça e pode ser utilizado com a finalidade de analisar o próprio mercado. Por
exemplo, podemos considerar que a relação entre os setores de tecnologia e
bens de primeira necessidade está em queda. A Tecnologia retlete dinheiro
quente que flui quando a confança é alta, e bens de consumo básicos são
questões defensivas que os investidores compram quando estão apreensivos.
A tendência de queda nessa relaço seria, portanto, refletir o declínio da con-
fiança e representa um fator baixista. Este é um tipo diferente de relação rela-
tiva, que será discutido com mais pormenores no capítulo 28.
5. O uso mais comum e importante da força relativa é comparar o preço de um
título com um índice que corresponda ao seu universo. O exemplo mais co-
mum seria uma ação comparada à média do mercado. Por exemplo, podemos
comparar o desempenho do Facebook com o do S&P Composite. Se a linha
FR resultante estiver subindo, isso significaria que o Facebook estava com um
desempenho superior ao mercado e vice-versa.
É este conceito de comparar um título individual com a média do mercado
que estaremos focalizando neste capítulo. Observe que, a menos que seja indicado
o contrário, todas as comparações de força relativa são calculadas contra o S&P
Composite.

Princípio Técnico Fundamental: A força relativa é um poderoso conceito

que facilita a seleção de ações individuais.


O Conceito de Força Relativa 403

Construção de uma Linha de Força Relativa


Uma linha de Força Relativa (FR) é obtida pela divisão do preço de um item por
outro. O numerador geralmente é uma ação e o denominador uma medida do

mercado, por exemplo, o NASDAQ Ou o S&P 500. Fora dos Estados Unidos seria
o preço da ação comparado ao índice de um determinado país, como Dax na
Alemanha, o Nifty na Îndia e assim por diante. Nos próximos capítulos vamos
também analisar a relação entre os setores e os grupos da indústria contra o mer-
cado, pois isso representa um atalho para seleção de ações. Por exemplo, é mais
rápido estudar as linhas FR para 12 setores e, então, estudar os componentes da
área selecionada do que a avaliar de 3000 a 5000 ações individuais.
O conceito de força relativa também pode ser expandido para a área de com-
modity. Isto é conseguido comparando do preço de uma commodity individual,
como o milho, em relação a um índice de commodities, como o da Reuters Commo-
dity Research Board Thompson (CRB) ou o indice Dow Jones UBS Commodity. Nos-
sos exemplos vão se concentrar em ações individuais relativas ao mercado, mas este
e outros conceitos são igualmente aceitáveis. Neste contexto, a Figura 19.l mostra o
preço de fechamento da ação no painel superior e seu FR no painel inferior.
Quando a linha é ascendente, isso significa que a ação está desempenhando
melhor do que o mercado. Neste caso, o denominador é o S&P Composite, então,
na Figura 19.1 o FR e o preço de uma linha ascendente significa que a ação está
desempenhando melhor do que o S&P Mais tarde, ela continua a subir, mas ali-

FIGURA 19.1 FRe Preço

O preço da ação continua a subir, mas

praço da ação

... Um FR declinante significa que a ação


Está performando piordoque o mercado..

Força relativa

.. Um FR ascendente significa que a


ação está superando o mercado
404 Parte I: Técnicasque Determinam as Tendéncias

nha FR repica para fora. Isto significa que a ação agora tem um baixo desempenho
em relação ao mercado. Outra possibilidade pode envolver a comparação de uma
ação individual de um país ou um índice em relação a um indicador global, como
o Morgan Stanley World Stock Index. Desde que, sejam feitas correções adequadas
na moeda, os conceitos são os mesmos.
A interpretação das tendências relativas está sujeita exatamente aos mesmos
princípios do próprio preço. É importante observar que um indicador FR é exa-
tamente o que o nome indica: relativa. Uma linha ascendente não significa esse
item, tal como uma ação, está avançando no preço- meramente que esta pertor
mando melhor do que mercado, ou subindo em relação à média do mercado. Por
exemplo, o mercado quando medido pelo S&P Composite pode ter caído 20% e a
ação 10%. Ambos perderam valor, mas a linha FR estaria subindo porque a ação
recuou menos do que o mercado.

Principio Técnico Fundamental: A força relativa se movimenta em tendên-


cias, tal como o preço absoluto.

Interpretação do FR

Porque a linha FR se movimenta em tendências, ela se presta paratécnicas de re-


versão de tendência tais como padrôes de preço, linhas de tendéncia, e cruzamen-
tos da média móvel (MM). Os indicadores de momentum também podem ser
calculados a partir de relações relativas.
As tendências relativas podem ser interpretadas de formas semelhantes às
tendências nos preços absolutos. No entanto, a aplicaço da análise relativa na
equação apresenta uma dinâmica adicional. Isto surge a partir de uma compara-
ção entre as duas séries que frequentemente lança diferenças sutis semelhantes em
muito da mesma maneira como uma comparação entre o preço e um oscilador
Visto que, as tendências do FR tendem a experimentar mais ruídos aleatórios
do que as tendências de preços absolutos, nós geralmente achamos que os gráficos
baseados em dados semanais e mensais tendem a ser mais confiáveis do que aque-
les construidos a partir de dados diários do FR. Este mesmo principio é verdadeiro
para o preço absoluto, mas mesmo assim, eu acredito que, para ações relativas.

Divergências Positivas e Negativas do FR


Quando tanto o preço quanto os FRs estão subindo, diz-se que estão "engrenados'
Tendências importantes geralmente começam com ambas as séries atuando em
conjunto, mas, eventualmente, a linha FR falha para confirmar novas máximas
OConceito de Força Relativa . 405

FIGURA 19.2 FR e uma Divergência Negativa

C
Preço estásubindo
O

Preço da ação

Confimaçã

FR está deteriorando
Força Relativa

sendo definidas pelo próprio preço. Este tipo de situação indica que as chances
favorecema ação que está iniciando um período de fraco desempenho em relação
ao mercado. No entanto, a fraqueza no FR não é um sinal de venda absoluto, isto
é, uma indicação que o próprio preço vai cair; é apenas um sinal relativo, isto é,
uma implicação de mudança de uma ação que já começou a desagradar para uma
que está ficando a favor.
Muitas vezes, porém, uma divergência ou uma série de divergências entre
o preço eo FR representa um sinal de alerta antecipado de problemas, que serão
confirmados, posteriormente, por um sinal de reversão de tendência no próprio
preço. Na Figura 19.2 inicialmente, os dois estão engrenados, porém, mais tarde,
a linha FR diverge de forma negativa com o preço em três ocasiões. Finalmente, o
próprio preço completa um topo e cai.
O conjunto de circunståncias oposto é verdadeiro num mercado em decli-
nio, em que uma melhoria no FR antes do preço é considerada como um sinal po-
sitivo. Um exemplo é mostrado na Figura 19.3. Desta vez, a confirmação vem de
um rompimento da linha de tendência no
preço.

Técnicas de Reversão de Tendências

1. Cruzamentos de Média Móvel: As vezes é uma boa ideia introduzir uma média
móvel no preço usando os cruzamentos como sinais legítimos de uma mudança na
406 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendéncias

FIGURA 19.3 FRe uma Divergência Positiva

Preço da ação

Confimação

Força Relativa Preço está declinandoD

A FR está melhorando

tendência. Também é possivel fazer o mesmo com uma linha de força relativa, mas
devido a linha FR ser muito mais volátil, esta técnica frequentemente se torna inútil
por causa das inúmeras violinadas que são geradas. Isto é realmente uma verdade
para as tendências de curto prazo, mas, mesmo as médias móveis de longo prazo,
tais como uma MM simples de 40 semanas ou uma MM exponencial de 65 semanas,
muitas vezes, resultam em mais sinais de violinadas do que gostaríamos. A figura 19.4

FIGURA 19.4 FRe MMAs

Preço da ação

M
MMA curto prazo MMA longo prazo

Força Relativa
O Conceito de Força Relativa 407

GRAFICO 19.1 General Motors, 1993-2001 e Cruzamentos FR/MMA

90
80-
70 General Motors
60
60
40-
.... . MME 65 semanas (as duas séries)
s&P Composite RS

0.10

0.05

993 1994 1996 11996 1997 |1998 1999 2000


Fonte: pring.com

mostra uma alternativa. Trata-se de traçar duas médias móveis, uma média de curto
prazo e a outra de prazo mais longo, usando os cruzamentos para sinalizar a reversão
dessas tendências. Esta abordagem elimina definitivamente as violinadas, mas em
compensação vários sinais são menos oportunos.
Um exemplo é mostrado no Gráfico 19.1 da General Motors. Observe as nu-
merosas violinadas na média móvel exponencial de 65 semanas sendo sinalizado
pela elipse.
O gráfico 19.2 mostra uma alternativa em que uma MM exponencial de 65
semanas é usada em conjunto com a sua MM exponencial de 10 semanas como
um método de sinalização de mudanças de tendência. Observe que quase todas
as
violinadas de 1996 1998 foram eliminadas. Nós
a ainda
ficamos
com algumas,
mas a adrenalina de 1996 a 1998 é totalmente evitada, quando a linha vermelha de
65 semanas permanece abaixo da linha azul sólida durante todo o período.
Considero uma boa ideia estabelecer em um período de tempo que faça
sentido historicamente para ter certeza de que funcionou de forma consistente
no passado. Isso deve incluir o máximo possível de dados históricos para que o
seu desempenho durante diversas condições de mercado possa ser avaliado. Por
exemplo, um gráfico traçado com dados semanais deve, idealmente, cobrir, pelo
menos, 8 anos (dois ciclos completos) de dados.

2. Violações da Linha de Tendência: Em minha opinião, a melhor alternativa para


a abordagem da média móvel éa
construção de linhas de tendência comparando
com a linha da força relativa. O conceito é a construção de uma linha de tendência
para a linha de FR e quando for violada, observar se existe algum sinal legítimo de
408 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 19.2 General Motors, 1995-2000, e Cruzamentosdos FRe MM

0.10
0.09
0.09 MME 65 semanas

0.08 MMA de 10 semanas da MME


0.08
0.07
o.07
0.06
0.06
0.05
0.05
0.04

1996 1997 1998 1999 2000


Fonte:pning.com

reversão de tendência no próprio preço. Dessa forma, podemos ver que o preço
está respondendo à força relativa ou à fraqueza. A Figura 19.5 ilustra um exemplo
de uma reversão da tendência ascendente para a tendência descendente.
A Figura 19.6 mostra que isto é também uma forma útil de identificar candi
tados para "comprar". A primeira coisa a fazer é esperar pela violação da linha FR.

FIGURA 19.5 FR e Linhas de Tendëncia de Alta

Preço da ação N Confirmação

Força Relativa
A
O Conceito de Força Relativa 409

FIGURA 19.6 FR e Linhas de Tendëncia de Baixa

Preço da ação

Confirmação A

Força Relativa
Divergência Positiva

VV
Então, quando o preço também confirma com um sinal de reversão de ten-
dência, você pode tomar algumas atitudes. Estas violações conjuntas não ocorrem
com muita frequência, mas quando o fazem, geralmente é um sinal de uma rever-
são importante. Neste caso, a força do sinal foi aumentada porque foi precedida
por uma divergência positiva. A divergência não representa um sinal para com-
prar, mas estabeleceu cenário para algo positivo mais tarde, indicando que a posi-
ção técnica está melhorando. Incidentalmente, a confirmação por parte do preço
absoluto não tem que ser um rompimento da linha de tendência poderia s
uma conclusão do padrão de preço, um cruzamento confiável da média móvel, (e
eu enfatizo a palavra "confiável"), ou mesmo uma reversão de uma série de topos e
fundos ascendentes. Lembre-se sempre que o tamanho da nova tendência depen-
derá principalmente do período de tempo traçado eo comprimento das linhas.
Rompimentos intradia, por exemplo, refletem pequenas tendências e nem de per-
to terá o significado de violações de linha de tendência nos gráficos mensais.

3. Padröes de preços: Os Padrões de preços também podem ser empregados para


analisar as tendências na força relativa. Na Figura 19.7 a linha FR conpletou um

topo de cabeça ombros.


e
Isso certamente indica que a tendência da FR reverteu e fornece provas su-
ficientes para justificar uma mudança desta ação em favor de uma outra onde a
tendência da FR estava emergindo de uma forma positiva. No entanto, ela não
sinalizou que o próprio preço iria cair, embora muitas vezes, provará ser o caso.
410 Parte1: Técnicas que Determinam as Tendéncias

FIGURA 19.7 FR e Padrões de Preço

Preço da ação
M
Confirmação

Força Relativa

Neste exemplo em particular, a reversão absoluta da tendência é sinalizada quan-


do o fundo de curto prazo sinalizado pela pequena linha de tendência horizontal
é violado, confirmando que a série de topos e fundos ascendentes agora reverteu.
Observe que, embora o preço subsequentemente tenha recuado através da linha,
isso não influenciou em nada na reverso para cima do avanço do topo/fundo,
então a tendência ainda é considerada como negativa.
A Figura 19.8 ilustra uma reversão de uma tendncia descendente para uma
tendência ascendente. Primeiro, a linha FR diverge de forma positiva do preço.
Esta é a nossa primeira indicação de que as duas tendèncias podem estar prestes
a reverter. Em seguida, a linha FR traça um retângulo e rompe para cima, mais
tarde para ser seguido pelo preço completando uma formação de alargamento
com um topo plano.

Divergências e Sinais de Tendência: Por vezes, um estudo da relação entre a li-


nha de preço e a FR pode ser bastante revelador. O gráico 19.3, por exemplo, ilus-
trando o Stanley Works, mostra o preço atingindo uma nova máxima em Abril de
2006, mas a linha FR não confirma. Isso proporcionou algum avanço advertindo
que a estrutura técnica não foi to positiva sem visibidade. Quando, mais tarde

ambas as linhas de tendênciaforam violadasisto confirmou a fraquezae preços


mais baixos se seguiu. Mais tarde, o preço começou subir e tudo estava engrenado
até junho de 2007. Este foi o aviso de que, quando ambas as linhas de tendência
fossem penetradas, a fraqueza do preço continuaria.
O Conceito de Força Relativa 411

FIGURA 19.8 FRe Padrões de Preço

Preço da ação

Força Relativa

VZwwWV
NAN. Confirmação

GRÁFICO 19.3 Stanley Works, 2005-2007 FR, Divergências e Confirmação


de Preço

Stanley Works

w
Linha FR (S&P) Engrenado

Fonte: pring.com
412 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 19.4 Akbank, 2004-2005 FR, Divergências e Confirmação


de Preço

Akbank

w
Relativo ao Ulusal100-(NT. Indice lstambul)

Nover Destr
Fonte: pring.com

O gráfico 19.4 mostra outro exemplo de FR. Desta vez, foi o Turkish Akbank
versus o Índice turco. No início de 2005, a divergência entre a FRe preço absoluto
foi bastante grave, quando a linha FR estava caindo rapidamente. Ele violou sua
linha de tendência no início, mas quando o preço aumenta, um declínio muito
grave ocorre. Frequentemente, quando vemos uma discrepância tão grande como
esta, o enfraquecimento da linha FR está oferecendo um forte alerta de que apesar
do que vemos superficialmente (o aumento dos preços absolutos), que o cenário
técnico é realmente muito fraco. O preço está sendo arrastado pelo mercado e
quando ele finalmente vira, a deterioração da força relativa faz com que as gali-
nhas voltem para o poleiro. Mais tarde, vemos uma divergência positiva da FR,
quando a linha da FR faz o seu fundo no início de março, mas o subsequente fun-
do mais alto no final de Março não foi confirmado pelo preço. Mais tarde, ambas
as séries violaram as linhas de tendência para baixo e uma alta foi confirmada.

Força Relativa de Longo Prazo


O Gráfico 19.5 apresenta um fechamento mensal da linha de força relativa do S&P
Domestic Oil. Este é um gráfico de prazo muito longo, que abrange a maior parte
O Conceito de Força Relativa 413

GRAFICO 19.5 S&P Domestick Oil Index, 1960-2012 Análise da Tendencia


da FR de Longo Prazo

S&P Domestic Oil

Opreço sobe mas


com perfomance
muito fraca

Força Relativa do S&P Domestic Oil (S&P)

O
C Base

Fonte: ping.com

do Século XX. Isso é útil na medida em que demonstra que a linha FR se presta
melhor à estrutura de preços e de construção da linha de tendência. Estas for-
mações não são concluídas com muita frequência, mas são seguidas, geralmente,
por um movimento de preços relativos que dura por muitos anos. E importante
ter isso em mente porque a maioria dos padrões parecem pequenos no gráfico,
mas na verdade se estendem ao longo de periodos de tempo consideráveis. A sua
conclusão, por conseguinte, indica uma mudança no cenário que normalmente
dura por muitos anos, até mesmo décadas. Por exemplo, ele traça uma reversão
de 12 anos de uma cabeça e ombros de topo na década de 1970. Um rompimento
desta magnitude sinaliza uma mudança de sentimento por um longo periodo de
tempo. De fato, uma enorme alta levou a linha FR para o seu pico secular em 1980.
Observe o fato de que o próprio Indice de Petróleo experimentou uma alta
substancial entre 1980eo final do século. Será queisso significa que o petróleo
teria sido um bom lugar para investir neste período de 20 anos? Dificilmente,
porque o persistente declínio na linha FR indicou um desempenho insatisfatório
consistente. Somente na década seguinte, fez com que o comportamento relativo
se revelaria, quando rompeu a base de um triängulo, resultando em uma alta para
as duas séries. Em 2008, esta forte recuperação relativa foi interrompida, quando
a linha de tendéncia de alta de 2003 a 2008 foi violada.
414 Parte 1: Técnicas que Determinam as Tendências

Obviamente, não faria sentido estudar habitualmente esses gráficos de longo


prazo semanalmente, mas digamos, uma vez por trimestre, faz sentido rever um
cenário maior, para observar se alguma tendência primária pode estar surgindo.

Princípio Técnico Fundamental: São as tendências de longo prazo que do-


minam as características dos seus irmãos de prazo mais curto.

De forma mais sistemática, observaríamos os gráficos mensais cobrindo pe


ríodos mais curtos de tempo, mais tarde movendo-se para os semanais e diários.

Ações individuais e Análise da Força Relativa

O gráfico 19.6 ilustra um gráico diário da Hewlett-Packard. Começa no iníciopde


2005 coma conclusäo simultânea de dois padrões de cabeça e ombro invertidos.

GRAFICO 19.6 Hewlett-Packard, 2003-2012 Análise da Tendência de Longo


Prazo da FR.

Hewlett-Packard S

C
B
A
FR (S&P Composite)
D

Fonte:pring.com
O Conceito de Força Relativa 415

Em 2007 e alguns de 2008, o preço absoluto traça um topo de cabeça e

ombros, eo ponto de rompimento em A, a linha FR está próximo à uma maxi


ma. Os preços reais começam a cair completamente, mas a linha FR continua a
sua marcha ascendente. Isto mostra que a Hewlett-Packard era um lugar relati-
vamente seguro para se estar. A sua recuperação em 2010 continuou a indicar
que o preço tinha resistido à tempestade e foi provavelmente direcionado para
cima. No entanto, ambas as séries violaram as linhas de tendência em B. A linha
de tendencia da FR foi muito mais significativa porque era muito mais longa
- 6 anos, - e tinha sido tocada ou aproximada em oito ocasiões. De fato, foi
um forte rompimento, e quem tinha confiança na ação, pois ela tinha resistido
ao mercado de baixa anterior, deveria ter prestado atenção a este forte rompi-
mento. Nos três anos seguintes, o fundo caiu literalmente do mercado. Mesmo
durante as duas pequenas altas em Ce D, o desempenho relativo continuou:
deteriorar-se.

Principio Técnico Fundamental: E sempre melhor evitar uma ação quando


ele tenta subir durante uma tendência descendente, mas a linha da FR não.
Por outro lado, uma linha da FR melhorada é frequentemente um indício
inicial que uma virada pode estar disponível. Em tais casos, o argumento
decisivo éa eventual confirmação do preço.

Força Relativa e Momentum

Tendencias de longo prazo

Visto que, as técnicas de determinação de tendências clássicas podem ser apli-


cadas às linhas da FR, é um pequenopasso para expandir a andlisepara incluir
os indicadores de momentum derivados de linhas da força relativa. Embora seja
certamente prático para aplicar osciladores para momentum de curto prazo deri-
vados das linhas da FR, que até agora, é a melhor utilização do momentum no fun-
cionamento relativo, creio eu, é a utilização de osciladores baseados em periodos
de tempo de longo prazo, especialmente se eles foram cuidadosamente suavizados
para limitar as flutuações indesejadas.
O gráfico 19.7 ilustra a linha da força relativa do Dow Jones Oil e Gas Sector
ETF juntamente com um Know
Sure Thing (KST) de longo
prazo da força relativa.
As ondas contra a linha da FR refletem as do KST. Os topos no K$T correspondem
aproximadamente aos seus topos e fundos. Como veremos em um capítulo poste-
em rotação de grupo (Consulte o Capitulo 22), as linhas da FR são muito mais
416 Parte I: Técnicas que Determinam as TendënciAs

GRAFICO 19.7 FR do Dow Jones Oile Gas, 2005-2012 e o Momentum de


Longo Prazo da FR

Dow Jones Oil & Gas RS

FRde longo prazo do KST

Fonte pring.com

cíclicas em seus padrões do que os preços absolutos. Isso faz com que a utilização
de osciladores de longo prazo suavizados, tais como o KST, seja muito mais pre-
cisa na sua análise da tendência primária. Lembre-se, os preços absolutos podem
estar sujeitos a fortes tendências lineares, o que significa que até mesmo o melhor
indicador de momentum de longo prazo suavizado concebido irá oferecer sinais
prematuros de compra e venda. Não podemos dizer que isso nunca vai acontecer
com um indicador de momentum de longo prazo construído a partir de uma ação
relativa, mas é certamente muito menos provável.
O principal objetivo é identificar uma aço quando o seu KST de longo prazo
está abaixo de zero e começando a subir acima e sua média móvel de 26 semanas.
Aliás, a média traçada em relação à própria linha de FR é uma MM exponencial
de 65 semanas. Observe que, mesmo com um período de tempo significativo,
como este, havia ainda inúmeras violinadas, principalmente depois do fundo no
final de 2008. Este é um dos motivos pelos quais eu prefiro usar as violações de
linha de tendência da linha da FR em conjunto com as reversões do KST de longo
prazo da FR. Certamente n o são perfeitos, mas tendem a ser relativamente mais
confiáveis, como demonstrado por trës deles neste gráfico. Este exemplo utilizou
um KST, mas é possivel substituir por qualquer indicador de qualquer indicador
de momentum de longo prazo suavizado. O KST é a minha preferência. As al-
O Conceito de Força Relativa 417

ternativas poderiam ser um estocástico, uma convergência divergência da média


móvel (MACD), ou outro indicador de desvio de tendência. A idéia básica é usar
uma que se assemelhe às ondas primárias para cima e para baixo e que estejam
razoavelmente próximas dos pontos de virada. Ao
experimentar, tente sempre
manter a consistência sobre várias ações em diferentes períodos de tempo; nunca

almeje a perfeição, porque simplesmente não existe.


Uma vez que a direção e maturidade da tendência de longo prazo do FR
tenham sido estabelecidas, então é hora de passar para os gráficos de curto prazo.

Tendências de Curto Prazo

O gráfico 19.8 ilustra a ação relativa do ETF da Spider Metal and Mining (símbolo
XME), juntamente com duas taxas de mudança (ROCs). A série de 10 dias regis
trou uma pós-alta em 1989 (limitado ao meu banco de dados). Um ROC de 45
dias também traçou uma oscilação extrema e rompeu a partir de uma pequena
base um pouco mais tarde. O preço finalmente confirmou com a conclus o de uma

GRAFICO 19.8 FR da Spider Metal and Minig ETF, 2004-2010 e a


Interpretação do Momentum

Spider Metal Mine ETF RS


CAS

Mega
Sobrecomprado Confirmação
FRde10 diasdoROC

Oscilação extrema
FRde 45 dias do ROC

Base

Fonte:pring.com
418 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRÁFICO 19.9 Momento de curto prazo da FR da Abbott Labs, 1998 a 2001

0.04 Abbott Labe6-RS line nn Baixa Alta


0.03
0.03
0.02
IFR 14 dias

70
60-
60
30-
20 Falha em ficar sobrecomprado
0.0 MACD
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
A MpASOND[1909 AM ASOND2000 AMJJASsO ND
Fonte: pring.com

confirmação da pequena plataforma, formação de fundo duplo. Em sentido estrito,


esta não foi uma mega sobrecompra, porque o preço caiu por apenas 6 meses e nãoo
alcançou o meu valor de referência mínimo de 9 meses. No entanto, a velocidade
do declínio e o fato de que era uma pós-condição sobrecomprada em 1989 que foi
confirmada pelo preço, o qualifica como um dos meus livros de poesia.
O gráfico 19.10 ilustra a ação relativa da Abbott Labs RS, no painel superior,
seguido por um IFR de 14 dias da linha da FR, e no painel inferior uma MACD
da linha da FR.
E evidente ao observar o gráfico que existam dois cenários principais: um
mercado de baixa entre o final de 1999 e o início de 2000. Este é seguido por
um movimento de alta. Agora, déê uma olhada no MACD. Durante o mercado de
baixa, ele não consegue alcançar uma condição de sobrecomprado, e as leituras
de sobrevendido não sinalizam as altas. O oposto é verdadeiro durante a fase de
alta. Isso éé típico de osciladores, uma vez que mudam as suas características em
mercados primários de alta. Assim como as aves do Hemisfério Norte, migram
para o sul durante o inverno (ou o mercado de baixa) e para o norte no verão (ou
o mercado de alta). Sempre que você puder reconhecer uma situação em que um
Oscilador sobrevendido falha desencadear uma alta, isto representa um indicio
de que a tendência predominante pode ser baixista. Isso não acontece sempre,
é claro, mas na maioria dos casos, esta regra vai dar certo. Neste caso, a falha da
condição sobrevendida do MACD em janeiro de 1999 de gerar uma altae seu
419
O Conceito de Força Relativa .

GRAFICO 19.10 Momento de curto prazo da FR da Abbott Labs, 1998 a 2001

0.04
0.03
Abbott
t
0.03 Labs RS Line

0.02
IFR 14 dias
70
60
50
40-
30

0.0 MACD
0.0 -*~----.
0.0
0.0
0.0
0.0

A MU ASOND 1999 AMU As OND 2000 AMUASOND


Fonte: prina.com

fracasso para registrar uma leitura sobrecomprada um pouco mais tarde apontouu

para um baixa.
cenário de mercado de
Um sinal de que um mercado de alta estava começando não surgiu quando
o MACD atingiu uma leitura sobrecomprada, o que, afinal, ainda é possível num
mercado de baixa. Em vez disso, surgiu quando o declínio de Maio no oscila-
dor não voltou para uma leitura sobrevendida, mas permaneceu apenas acima de
zero. Tal ação indicou que o comportamento subjacente do MACD provavelmen-
te tinha mudado para melhor. Gráfico 19.10 mostra uma análise da ação relativa
em maior detalhe começando com o topo de Outubro. Os sinais de fraqueza co-

aparecer, quando tanto o IFRe oMACD da força relativa violaram


a as
meçaram
linhas de tendência ascendentes. Este foi então confirmado pela própria linha de
FR violando a sua própria linha. Esta ação em conjunto não era importante o su-
ficiente para sinalizar um mercado de baixa, mas definitivamente indicaram que a
tendência de alta provavelmente seria interrompida por vários meses. Com efeito,
a Abbott Labs provavelmente teve um baixo desempenho no mercado durante
esse período. Se você observar com cuidado, pode ver que a linha de tendência da
FR era, de fato, a linha de pescoço de uma cabeça e ombros de topo.
A medida que prosseguimos, o comportamento do preço torna-se progres-
sivamente decepcionante. A condição sobrevendida de janeiro, apenas veio de-
sencadear uma faixa de negociação lateral depois que a tendência descendente
relativa for retomada. Além disso, observe os rompimentos das três linhas tra-
cejadas da tendência de baixa. Elas deveriam ter sido seguidas por uma boa alta,
mas não foram - este tipo de comportamento éfrequentemente indicativo de um
mercado de baixa.
420 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendèncias

GRAFICO 19.11 FR da Abbott Labs, 1998 a 1999 e Momento de Curto Prazo


da FR

Preço absoluto da
Abott Labs

Divergência
Linhada FR da Abotts Labs
O.04
O.03-

IFR 14 dias

50
0.0 MACD
0.0
0.0
0.0
Mar Apr [May Jun Jui Aug isep |oct |Nov Dec |i999 Mar Apr May
Fonte: pring.com

Gráfico 19.11 mostra o mesmo período, mas também inclui o preço real.
A linha de tendência de alta tracejada marca o ponto aproximado onde o sinal
de venda relativo foi acionado, mas observe que o preço absoluto continuou a
estender a sua alta. Em seguida, divergiu negativamente com a linha da FR, indi-
No entanto, acima de sua linha
cando fraqueza técnica subjacente.
a manteve-se
de tendência sólida até janeiro de 1999. Se os sinais de venda na linha FR tivesse
se desenvolvido anteriormente não seriam provas suficientes para justificar a li
quidação, a violação desta linha de tendência no preço absoluto certamente era.
O gráfico 19.12 mostra um fechamento para cima do periodo altista ilustra-
do no Gráfico 19.9. Lembre-se, que surgindo neste período a linha da FR tinha
estado num forte mercado de baixa onde os indicadores de momentum desenca-
dearam sinais falsos. No entanto, em Março de 2000, algum comportamento po-
sitivo de anmbas as séries de momentum começa a se desenvolver, visto que quase
não caíram abaixo do nivel de equilibrio no momento em que a linha FR estava
alcançando o seu segundo fundo no painel superior. Além disso, o MACD se
movimenta para acima de seu topo anterior, indicando uma provável mudança de
caráter mais adequado para uma alta do que um mercado de baixa.
Finalmente, a linha da FR confirmada pelo rompimento acima da linha hori-
zontal, marcando o topo de uma formação de um fundo duplo. Ao mesmo tempo,
confirmou que uma série de topos e fundos ascendentes estava em andamento.
Durante todo o mercado de baixa, cada topo de alta foi menor do que seu ante-
cessor; assim como com os fundos.
O Conceito de Força Relativa . 421

GRAFICO 19.12 FR da Abbott Labs, 1999 a 2000 e Momento de Curto Prazo


da FR

Linha da FR da Abbott Labs Novos sinais de topos


0.03
e fundos ascendentes
0.03
0.02

IFR 14 dias
70
60
50
40
30-
20
0.0
0.0 Nova alta
0.0 MACD
0.0
0.0
0.0 ....
T
Jui Aug Sep Oct Nov Dec 2000 Mar Apr May Jun JulAug SepOct
Fonte pring.com

Spreads
A FR é amplamente utilizada no mercado de futuros, sob o título "operaçoe
spread', em que os participantes do mercado tentam tirar proveito de distorções
do mercado. Estas discrepåncias surgem devido a desenvolvimentos fundamen-
tais incomuns que afetam temporariamente as relações normais. Os Spreads são

frequentemente calculados subtraindo-se o numerador do denominador, em vez

de dividir. Eu prefiro o método de divisão, pois apresenta a ideia da proporciona-


lidade. No entanto, se um spread for calculado ao longo de um periodo relativa-
mente curto (por exemplo, menos de 6 meses), não é importante se a subtração
ou a divisão é usada.
A relação do spread surge devido a seis principais fatores:

Relações de produtos, tais como a soja versus óleo de soja ou, petróleo
versus gasolina ou óleo diesel.
Uso, tais como porcos versus gado, ou frangos de corte versus milho.
.Substitutos tais como trigo versus milho ou gado versus porcos.
Fatores geográficos, tal como cobre em Londres versus em Nova York ou
açúcar no Canadá versus açúcar em Nova York
O custo de transporte, tal como quando uma entrega mensal específica
não está alinhada com o restante.
422 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

Spreads de qualidade, tais como T-bills versus eurodólares ou S&P versus


Value Line.

Algumas dessas relações relativas, como o cobre de Londres versus o de


Nova York, realmente representam a atividade de arbitragem e não são adequadas
para o investidor individual ou trader.
Por outro lado, o chamado TED spread, que mede a relação entre T-bills de
alta qualidade e eurodólares de menor qualidade, é um veiculo de negociação
popular.
Em alguns casos, o spread se movimenta para o que anteriormente era um
extremo e prossegue para uma distorção ainda maior. Por este motivo, é sempre
importante esperar por algum tipo de sinal de reversão de tendência antes de as-
sumir uma posição. Enquanto o risco associado a essas operaçðes não é de forma
alguma eliminado, certamente vai ser reduzido.
Outras relações entre várias categorias de ativos serão analisadas com mais
detalhes nos próximos capítulos. Estas relações podem ser utilizadas para fins
diferentes, mas todas estão sujeitas a reversões de tendência que podenm ser iden-
tificadas por técnicas já descritas.

Sumário

1. A força relativa comparativa compara uma ação com outra. O resultado é re-
presentado por uma linha contínua.
2 A aplicação mais comum é comparar uma ação ou setor com um índice do
mercado. Quando a linha for ascendente, isso significa que a ação em questão
tem um desempenho melhor do que o mercado e vice-versa.
3. As divergências entre o preço absoluto e a força relativa alertam sobre os
pontos fortes e fracos latentes e pode ajudar na identificação de potenciais
reversões dessas tend ncias.
4. A Força Relativa se movimenta em tendéências. Qualquer técnica de determi-
nação de uma tendência legitima pode ser aplicada a uma linha relativa.
5. Os rompimentos da linha de tendncia conjuntos, tanto no preço absoluto e na
linha FR geralmente resultam em sinais de reversão de tendência confiáveis.
6. Uma das técnicas mais üteis para a análise de tendência primária é a ação re-
lativa e a utilização de osciladores suavizados de longo prazo, especialmente
o KST.
20

COLOCANDO Os
INDICADORES JUNTOS:
O DJ TRANSPORTES
1990-2001

Agora é o momento de combinar os indicadores que foram abordados até agora


em uma análise de um cenário de longo prazo. Para este proposito escolhi o ín-
dice Dow Jones de Transportes entre 1990 e 2001. O Gráfico 20.1 mostra o índice
juntamente com a sua MM de 9 meses. Este foi um dos melhores testes de índices
derivados pela sua otimização de 1931 até o ano 2000.
As setas para cima e para baixo indicam os principais pontos de virada neste
período. O fundo de 1990 não foi fácil de ser reconhecido, pois o índice estava
praticamente não reverteu quase nada. O gráfico 20.2 mostra que a taxa de mu-
dança (ROC) de 18 meses violou uma linha de tendência de baixa muito inclinada
pouco antes do preço.
A linha de força relativa (FR), no centro da janela 20.3 realmente rompeu a
sua linha de tendência de mercado de baixa antes do preço absoluto. Isto indicou
que era provável que o índice DJ de Transportes performaria melhor do que o
mercado durante as primeiras fases do novo mercado de alta.
A linha vertical no gráfico 20.4 mostra que esta foi um das poucas ocasiões
em que todos os três osciladores estavam sobrecomprados simultaneamente. Este
gráfico também ofereceu um sinal de compra mais forte porque a linha de tendên-
cia de baixa do preço foi violada aproximadamente ao mesmo tempo que a média
móvel exponencial de 65 semanas. Além disso, o CMO de 39 semanas completou
uma base. Portanto, em fevereiro de 1991, vários sinais positivos tinham se de-
senvolvido, todos indicando que o momentum de baixa provavelmente havia se
dissipado o suficiente para permitir que o know sure things (KSTs) de longo prazo
revertesse para cimna.
424 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendências

GRAFICO 20.1 Dow Jones Transports, 1989-2001- Pontos de Virada

400-
350
300

250
200

150

100

10
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 11999 2000 2001
Fonte: pring.com

GRAFICO 20.2 Dow Jones Transports, 1989-2001 Momentum de Longo Prazo

400
300-

200 Dow Jones Transports

100
Sem sinal de compra
x10
500 KST de Longo Prazo

ROC 18 meses
50

1990 1991 1992 1993 1994 1995 19961997 1998 1999 2000 2001
Fonte:pring.com
425
Colocando os Indicadores Juntos: O DJ Transportes 1990-2001

GRAFICO 20.3 Dow Jones Transports, 1989-2001 - Força Relativa

300
Dow Jones Transports
200

500 KST Longo Praz20

T Linha do KST

2 FRdo KST

989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 200
Fonte: pring.com

GRÁFICO 20.4 Dow Jones Transports, 1989-2001 CMOs de Três Semanas

200 Dow Jones Transports


150
100
Fonte: pring.com
** ******** ****.

50

50.
******

CMO-39semanas

Lw..Yt
CMO-52 semanas

* * s e n n . : . . . . * * * * ****

TTTTTT
T 991 TTTTTTT
TTT 990 1992TTTTTTTM993 TTTITT 1994TTTT 1995
Fonte: pring.com
426 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendncias

O próximo evento importante foi o topo intermediário em 1992. O índice


cruzou brevemente abaixo das suas MMM exponencial de 12 meses (Gráfico 20.2)
e de 65 semanas (Gráfico 20.3), e o KST de longo prazo também desencadeou um
sinal negativo de uma violinada. Estes eventos certamente poderiam ter justifi-
a conclusão que o índice dos Transportes havia começado um mercado de
cado
baixa. No entanto, visto que o fndice eo KST de médio e de longo prazo (gráfi-
co 20.2) haviam cruzado acima de suas respectivas médias móveis (MMs), havia
pouco motivo para manter uma posição baixista.
Infelizmente, este tipo de atividade de violinada se desenvolve ocasional-
mente a partir de uma correção intermediária. Sob tais circunstâncias, é impor-
tante manter uma mente aberta sobre os indicadores. Neste caso, o Gráfico 20.4
Ostra que o oscilador de momentum Chande de 20 semanas (CMO) rompeu a

partir de uma base e várias linhas de tendência de baixa foram rompidas, por iso
havia muitas evidências de que a maré tinha virado.
O topo do mercado de alta se desenvolveu 2 anos mais tarde no início
de 1994. Os sinais de um topo importante foram bastante generalizados. No
Gráfico 20.2 o índice dos Transportes violou simultaneamente uma linha de
tendência de alta de 4 anos e a MM de 12 meses. O KST deu um sinal de venda
decisivo, e o ROC de 18 meses completou uma cabeça e ombros de topo. Em
todos os 1l anos abrangidos pelo gráfico, havia apenas dois padrões gráficos
concluídos para este indicador, então, o rompimento no início de 1994 foi muito
significativo.
O gráfico 20.4 foi igualmente significativo na direção baixista. Os CMOs de
39 e de 52 semanas divergiram negativamente com o preço, e ambos completaram
um topo ou experimentaram uma importante violação da linha de tendncia. No
próprio topo, o CMO de 20 semanas estava realmente sobrecomprado. O gráfico
mostra que, com exceção das tendências ascendentese descendentes mais fortes,
as condições de sobrecomprado e sobrevendido foram associadas frequentemente
às reversoes do tipo intermediárias. No final do ano algo mais assustador come-
çou a acontecer, e isso foi um rompimento da linha de tendência na linha de FR.
Pela primeira vez desde que o mercado de alta na FR começou na FR de longo
prazo, o KST (mostrado no Gráfico 20.3) desencadeou um sinal de venda decisi-
vo. Embora não tenha sido evidente naquele momento, o índice dos transportes
iniciou um longo período de fraco desempenho.
Devido ao mercado de baixa subsequente ter sido relativamente fraco, o
fundo no início de 1995 só foi sinalizado nos gráficos semanais. Mais uma vez,
o gráfico 20.4 mantem a chave, tal como a linha de tendência para baixo no
CMO de 52 semanas ter sido violada e uma base na série 20 semanas conclu-
ida. O próprio índice dos Transportes rompeu quase simultaneamente acima
da sua linha de tendência do mercado de baixa, e sua MME de 65 semanas. o
KST de longo prazo no gráfico 20.3, também se tornou positiva em torno do
mesmo período.
Colocando os Indicadores Juntos: O DJ Transportes 1990-2001 427

O índice manteve-se acima de sua MME de 65 semanas nos próximos 4 anos


e a série de topos e fundos ascendentes continuou. Então, alguns rompimentos
de tendència extremamente significativos se desenvolveram. Primeiro, o próprio
índice cruzou abaixo da sua MM de 12 mesese violou sua linha de tendência do
mercado de alta (gráfico 20.2). O KST também desencadeou um sinal de venda e
o ROC de 18 meses completou um topo.
O gráfico 20.5 mostra que índice dos transportes também completou
o e

rompeu para baixo a partir de uma cabeça e ombros de topo inclinada para cima e
cruzou abaixo da sua MME de 65 semanas quase simultaneamente. Observe como
os CMOs de 39 e 52 semanas estavam realmente abaixo de zero no momento em
que o fndice estava formando o ombro direito. Esta clara falta de momentum foi
um sinal consideravelmente baixista. Sem surpresas, o índice dos Transportes ex-
perimentou um declínio consideravelmente acentuado no outono de 1998.
O dano técnico mais importante de todos é observado no gráfico 20.3 na for
ma de um grande rompimento na linha de FR abaixo uma linha de tendència de
suporte de 6 anos. Isso aconteceu quando o preço absoluto estava cruzando abai-
xo do MME exponencial de 65 semanas. O principal problema da FR havia sido
sinalizado muito antes disso, porque falhou total e completamente na confirma-
ção do mercado de alta no preço absoluto. Na época do topo de 1998 no próprio
indice dos Transportes, a linha FR tinha experimentado uma grande divergência
negativa. Quando a linha FR moveu-se para um novo fundo após o fundo de
1993 no final de 1996, isto deveria ter sido uma advertência suficiente para que
houvesse lugares muito melhores para a exposição do que as ações de transporte.

GRÁFICO 20.5 Dow Jones Transports, 1995-2001 -CMOs de Três Semanas

S A w
300 CMO 30 semanas

200
19 20-week CMO
50t ...

*********

CMO 39 semanas
50 ********

-**********

CMO 52 semanas
50

996 1997 1998 1999 2000 2001


Fonte: pring.com
428 Parte I: Técnicas que Determinam as Tendencias

O topo de 1998, como o de 1990, foi um pouco dificil, devido a virada ter
sido tão acentuada. Todos os três CMOs no Gráfico 20.5 violaram as linhas de
ele su-
tendència, mas o próprio índice não cruzou acima de sua média até que
biu um longo caminho a partir do fundo. Nenhuma linha de tendência de bai-
xa poderia ser traçada em relação ao preço, por isso não foi realmente possível
construir um caso altista oportuno e convincente. Nos casos onde a evidência de
uma reversão de tendência esteja incompleta, é sempre melhor evitar a ação em
questão. Em qualquer evento, o fator primordial deveria ter sido o rompimento
da linha FR no início de 1998, e isto estabeleceu o cenário para os próximos an0s

de negociação da ação.
Na verdade, como se viu, o avanço de 1998 a 1999 foi realmente um reflexo
da alta acima do índice, visto que, tudo o que os preços foram capazes de fazer
toi recuar para a resistência em forma de uma alta de 1998 ea linha de tendência
estendida do mercado de alta. Durante todo este período o KST falhou em dar um
sinal de compra e a linha FR no Gráfico 20.3 nunca cruzou de volta acima de sua
MM exponencial de 65 semanas.
Finalmente, o índice violou sua linha de tendência de alta de 1990 a 2000 no
início do novo século. Esta não foi uma linha de tendência extraordinária, já que,
embora fosse muito longa, somente foi tocada em duas ocasiðes e, portanto, não
espelhou de forma significativa a tendncia subjacente. No entanto, resultou em
uma faixa de negociação lateral que perdurou ao longo dos 2 anos seguintes. O
ponto crítico após isso seria a linha de tendència juntando uma série de fundos
entre 1996 e 2001. Um rompimento abaixo dela, e não obstante outra evidência,
seria um golpe técnico grave.

Sumário
Isto foi um breve relato sobre a posição técnica do índice dos Transportes en-
tre 1990 e 2000. Embora não tenha sido possível incluir muitos indicadores, nos
permitiu descrever como os indicadores de tendência do preço, momentume FR
podem ser combinados para ajudar a identihcar os principais pontos de virada.
Parte II

ESTRUTURA DO MERCADO
21

PREÇO: OS PRINCIPAIS
ÍNDICESS

Nas ediçôes anteriores, o nosso tema central focou sobre os princípios técnicos,
com o objetivo principal de analisar o mercado de ações dos EUA. No início de
1980, quando os Estados Unidos era muito mais dominante no cenário financeiro
global, essa abordagem teve algum mérito. Na segunda década do século XXI e,
além disso, a atenço de técnicos se tornou muito mais diversificada, tendo am-
pliado para os mercados de ações internacionais, títulos, commodities e moedas.
Enquanto nossa cobertura será ampliada neste, não é possível cobrir todos os iín-
dices do mercado e os índices foram desenvolvidos para essas várias entidades em
um pequeno capítulo.
Outro desenvolvimento importante do mercado financeiro no século XXI
foi a rápida expansão e crescente popularidade dos exchange-traded funds (ETFS)
(Fundos de Indices) e, em menor grau, os exchange-traded notes (ETNs). Anterior
mente, a compra de um indice envolvia a aquisição dos seus componentes indivi-
duais, mas com ETFs, agora era possível comprar o índice apenas como uma ação.
Isso porque o ETF é uma cesta de ações, cuja gestão tem por objetivo replicar um
indice estipulado. Para lhe dar uma ideia de seu crescimento, mencionei no meu
livroInvestors Guide to Active Asset Allocation (McGraw-Hill, 2006), que havia en-
tão 160 ETFs listados. Em meados de 2013, esse número estava mais próximo de
1500 e continua crescendo. Uma apresentação pessoalmente importante foi o Pring
Turner Business Cycle ETF (simbolo DBIZ). O fundo adota uma abordagem ativa
baseada no ciclo de negócios e estratégias técnicas descritas neste livro.
Neste capítulo vamos examinar alguns dos principais índices norte-america-
nos e expandir a discussão para abordar alguns dos ETFs que refletem as maiores
ações, títulos e índices de commodities globais.
432 Parte I: Estrutura do Mercado

Ações Norte-Americanas
Não existe um índice ideal que represente o movimento do "mercado'. E verdade
que a maioria das ações se move simulataneamente na mesma direção do mer-
cado na maior parte do tempo, mas raramente existe um período em que ações
ou vários grupos da indústria não estejam se
especificas movendo ao contrario da
direção geral da tendência. O nível geral de preços das ações é medido basicamente
por duas formas principais. A primeira, denominado índice não ponderado, calcula
um índice dos preços de inúmeras ações; a segunda também calcula um índice dos
preços de uma série de ações, mas, neste caso, são ponderadas pela capitalizaç o
de cada empresa (ou seja, o número de ações em circulação multiplicado pelo seu
preço). O primeiro método monitora o movimento da grande maioria das ações
listadas, mas visto que, o segundo dá um peso maior para as grandes empresas,
os movimentos em um índice de mercado construído desta forma, representam
mais adequadamente as mudanças no valor das carteiras dos investidores. Por esse
motivo, os índices ponderados são geralmente utilizados como o melhor indicador
para o "mercado. Estes índices são compilados pelas ações que representem a par-
ticipação do público, liderança de mercado, e a relevância da indústria.
Vários indices de preços foram desenvolvidos que medem varios
segmentos
do mercado. Sua interrelação oferece dicas úteis sobre a condição técnica global
do mercado. No capítulo 3 foi discutida em detalhes a relação entre o índice in-
dustrial Dow Jones (DJIA) e o indice Dow Jones dos Transportes, mas há muitos
outros índices úteis, tais como o índice Dow Jones de Utilidades, os indices não
ponderados, e alguns grupos de ações que indicam a tendência. Elas são analisa-
das neste capitulo no âmbito de sua contribuição à estrutura técnica global dos
mercados norte-americanos.

Indices Compostos do mercado

O DJIA é o índice do mercado de ações mais amplamente seguido no mundo. E


uma média ponderada do preço e é construido com base na soma das cotações de
30 ações e dividindo o total por um divisor. O divisor, que é publicado regular-
mente no The Wall Stret e Barrori's, é alterado periodicamente por causa de desdo-
bramentos das ações, dividendos em ações e mudanças na composição do índice.
Nas últimas décadas, a sua composição se expandiua partir da sua base industrial
para incluir bens de consumo financeiros e outros setores. No entanto, a rigor, não
é um índice "composto', uma vez que não inclui setores como transporte ou utili-
tários. No entanto, a capitalização do DJIA ainda é equivalente a uma percentagem
substancial da capitalização de ações em circulação na New York Stock Exchange
(NYSE), e tem normalmente provado ser um indicador confiável dos movimentos
gerais do mercado. O motivo original para a inclusão de um número relativamente
Preço: Os Principais Indices 433

pequeno de ações num índice foi conveniente. Há alguns anos, os índices eram
arduarmente calculadas manualmente. Com o advento docomputador, a inclusao
de uma amostra mais abrangente tornou-se muito mais fácil.
Um dos inconvenientes do método utilizado na construção do DJIA é que se
o preço de uma ação aumenta no preço e não sofre um split (bonificação), a sua
intluência sobre o índice será substancialmente maior, especialmente se muitas
das outras ações de Dow estão subindo e bonificando ao mesmo tempo. Apesar
dessa, e de outras desvantagens, no entanto, o Dow tem, ao longo dos anos, atua-
do de forma bastante consistente com muitos dos mais largamente capitalizados
índices do mercado. O ETF que representa o DJLA é o SPDR Dow Jones Industrial
Average ETF (símbolo DIA).
O Standard & Poors (S&P) Composite, que compreende 500 ações que repre-
sentam mais de 90 por cento do valor de mercado da NYSE, é outro índice lider
amplamente seguido. Seu ETF é o SPDR S&P500 (símbolo SPY). O índice é calcu-
lado multiplicando-se o preço de cada ação pelo número de ações em circulação,
totalizando o valor da empresa, e reduzindo a resposta para um número do índice.
Ao longo dos anos, o S&«P 5O0 se tornou um benchmark (parâmetro) contra
o qual os gestores de dinheiro profissionais são julgados. Também éo contrato de
futuros de ações mais amplamente negociado.
Na maioria das vezes, o DJIA e o S&xP 500 se movimentam na mesma dire-
ção, mas há momentos em que uma nova máxima ou mínima é alcançada num
índice, mas não no outro. De um modo geral, quanto maior for a divergência,
maior, é provável que seja, o movimento seguinte na direção oposta. O gráfico
21.1 mostra que, no final de 1968, o S&P 500 atingiu uma nova máxima histórica,

GRÁFICO 21.1 Principais Indices do Mercado, 1964-1978

Dow Jones Industrial Averoge


1000
900
800
700
600 s8P 500 Stock Average

100
90
80
70 NYSE Common Stock Index
60

50
46
42

QD KIKEIK FO'70 I71 | "72T71 7 [2CI77 7 O


Fonte: Securities Research
434 Parte II: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 21.2 0 DJIA versus o S&P Composite, 1998-2001 e Divergências

|1500
1400
1300 S&P Composite
1200
1100
1000 W Divergência
900-

1150
1100
1050 DJIA wy
1000
960
900
850
750
$10
1998 JAMUU ASONO1999 JAMAs0ND 2000 AMU DAS oND 2001 A
Fonte: pring.com

ao contrário do DJIA, que não foi capaz de ultrapassar o seu topo de 1966. Este
desenvolvimento ajudou a sinalizar um mercado de baixa que eliminou quase
40% do valor de ambos os índices. Por outro lado, o mercado de baixa de 1973 a
1974 foi concluído com um fundo duplo. No caso do DJIA, o segundo fundo em
dezembro de 1974 foi inferior ao de outubro, mas o S&%P 500 falhou, não confir-
mando o novo fundo no DJIA. Nos dois anos seguintes, o DJIA subiu cerca de
80%. Isso também é mostrado no gráfico 21.1.
Gráfico 21.2 compara o DJIA ao S&P Composite na virada do século. Durante
a maior parte da década de 1990, ambas as séries estavam engrenadas. No entanto, o
DJIA fez o seu pico em janeiro de 2000, e o S&P atingiu o pico em março e setembro
desse ano. Isto indicou que os dois indices estavam fora de sintonia com o outro. A
confirmação de uma tendência descendente ocorreu no final do ano, quando am-
bos os índices violaram linhas de tendência de alta importantes. Não fique com a
impressão de que a ausência de uma divergência significa um mercado saudável,
porque não havia nenhuma discrepäncia no próximo topo do mercado em alta em
2007, e este foi seguido por um dos piores mercados de baixa na história.
O Nasdaq Composite é um indice de capitalização ponderado consistindo
de todas as ações listadas na NASDAQ. Uma vez que, contém a maioria dos pesos
pesados da tecnologia, é um índice mais direcionado para a tecnologia. No entan-
to, quando se trata de ETFs, o Nasdaq 100 (símbolo QQQ) é o veículo preferido.
Este indice/ETF é construído a partir das 100 ações da NASDAQ com a maior
capitalização.
435
Preço: Os Principais Indices

ANYSE compila um índice abrangente chamado NYSE Composite. Em certo


sentido, representa o índice ideal, uma vez que seu valor é baseado na capitalizagao
de todas as ações na bolsa. Seus movimentos são muito semelhantes aos do DJIA e

aos do S&P 500. No entanto, as divergências entre as tendências desses três índices
oferecem a confirmação adicional de mudanças na estrutura técnica global.
O indicador mais abrangente de todos é o Wilshire 5000 Equity Index, que
representa o total ponderado pelo valor, em bilhões de dólares, de todas as ações
ordinárias efetivamente negociadas nos Estados Unidos. Conceitualmente, este ë
o indicador que deve ser usado para monitorar as tendências do mercado com
pletamente, mas por causa da letargia da comunidade de investimentos e o óbvio
forte interesse dos patrocinadores dos outros índices populares, não tem recebido
o amplo reconhecimento de que justamente merece.
A Value Line (empresa de pesquisa) publicou o Value Line Arithmetic, um
índice de preços também ponderado que reflete o mercado em geral. Desde a sua
construção enfatiza as ações menores, ocasionalmente, sua trajetória é diferente
com, digamos, o Wilshire 5000 de uma forma significativa. O gráfico 21.3 compa-
ra os dois.

GRAFICO 21.3 Wilshire 5,000 versus a Value Line Arithmetic 1998-2012 e


Divergências

Wilshire 5000

Value Line Arithmetic

tt
Fonte:pring.com
436 Parte lI: Estrutura do Mercado

Observe como não havia uma grande discrepância entre eles, logo após o
pico do mercado de ações de 2000. Isso ocorreu, sem dúvida, devido ao desapare-
cimento da bolha tecnológica, visto que as ações de tecnologia se defenderam das
enormes ponderações nos índices ponderados pela capitalização. De um modo
tipo de discrepância, qualquer que seja o é um
geral, qualquer indiceque lidere,
sinal de fraqueza na tendência predominante que, quando confirmada pelo preço,
geralmente resulta em uma reversão valiosa. Você pode ver uma pequena diver-
gência no pico de 2007, que foi confirmado por dois rompimentos da linha de
tendência.

Os Indices do mercado e as Médias Móveis


Ao analisar uma média móvel (MM) do ponto de vista da determinação da ten-
dência, em primeiro lugar é necessário avaliar o tipo de ciclo a ser considerado.
O ciclo do mercado de ações de 4 anos correspondeu ao ciclo de negócios nos
Estados Unidos por muitas décadas. Uma vez que, o mercado de ações é muito in
fluenciado pela evolução do ciclo econômico, este ciclo de 4 anos (ou, exatamente,
41 meses) é de grande importância na determinação de tendência. Por conseguin-
te, a escolha de uma MM para detectar essas oscilações é limitada no mínimo ao
período completo, ou seja, 41 meses, uma vez que uma MA abrangendo todo este
período de tempo iria suavizar o todo o ciclo e, teoricamente, se tornar uma linha
reta. Na prática, a MM varia, uma vez que o ciclo é raramente limitadoexatamen
te à sua média de 41 meses e a mudança do preço varia em magnitude. Através
de pesquisa no computador, na investigaçãol foi verificado que uma MM de 12
meses para o S&P Composite foia mais confiável entre 1910 e início de 1990. Entre
essa época e 2012, ocorreram apenas quatro sinais de violinadas.

Princípio Técnico Fundamental: Ao escolher um período de tempo para


uma média móvel, procure pela consistência sobre uma quantidade de ações,
em vez da busca pela perfeição.

Em seu livro The Stock Market Indicators (Investors Press, 1968), William
Gordon calculou que o cruzamento da média de 40 semanas proporcionou 29
sinais de compra e venda parao DJiA entre 1897 e 1967. O ganho médio para
todos os sinais de alta (ou seja, entre os sinais de compra e venda) foi de 27%, ea
variação média dos sinais de venda foi de 4%. Para os investidores que utilizaram
os sinais de compra para comprar ações, nove resultaram em perdas, embora,
nenhuma maior do que 7%, enquanto os ganhos foram significativamente maio-
437
Preço: Os Principais ndices

res. Esta abordagem tem funcionado razoavelmente bem desde


1967, embora seja
importante observar que os cruzamentos da MM 40 semanas do S&P Composite
resultaram em muitas violinadas no final de 1970. Como tantas vezes acontece
depois de uma série de violinadas, o sinal de compra de 1982 foi excelente. Ele
capturou a maior parte do avanço inicial do mercado de alta de 1982 a 1987, en-
quanto o segundo, no final de 1984, teria mantido os investidores no mercado ate
sexta-feira antes do colapso do mercado acionário de 1987.
As setas no gráfico 21.4 mostram as violinadas nos gruzamentos da MM de
40 semanas para o S&P Composite entre 1996 e 2012. Podem parecer abundantes
no gráfico, mas se desenvolveram, em média, cerca de uma vez a cada 18 meses
ou mais.

GRAFICO 21.4 S&P Composite, 1996-2012 versus um Oscilador de Preço a 1/40

S&P Composite

Oscilador de preço (1/40)

Fonte:pring.com
438 Parte II: Estrutura do Mercado

Houve também diversas ocasiões quando a média atuou como uma área de
combina-
suporte ou resistência mandando de volta avanços e declínios. Quando
do com os sinais de cruzamento válidos, pode-se argumentar que a MMA de 40
semanas atua como uma referência bastante confiável, mas como sempre, mante-

nha o princípio a seguir em mente.

Princípio Técnico Fundamental: As médias móveis devem ser sempre uti-


lizadas em conjunto com outros indicadores para se obter uma abordagem
do peso da evidência.

Para oscilações intermediárias, os cruzamentos de médias móveis de 13 e 10


semanas (50 dias) provaram ser indicadores úteis, mas, naturalmente, uma MAM
cobrindo período de tempo tão curto pode resultar em muitas violinadas enga-
nosas e, portanto, é menos confiável do que a média móvel de 40 semanas. Para
as oscilações ainda mais curtas, uma MM de 30 dias (6 semanas) funciona bem,
embora alguns técnicos prefiram uma média de 25 dias.

Os principais índices e os ROCs

Existem muitas maneiras pelas quais as técnicas descritas nos capítulos anteriores

podem ser adaptadas para os principais índices. Nos Gráficos 21.5 21.6, por exem-
e

plo, o S&P Composite é ilustrado com uma taxa de mudança (ROc) de 9 meses.
Parece que um excelente sinal do fundo de uma tendência intermediária
desenvolve quando o ROC recruza acima de sua
para uma tendência primária se
linha sobrevendida a -20% ou toca o nível de -20% e então reverte. Alternativa-
mente, um recruzamento do nível de +20% parece ser um topo intermédio ra-
zoavelmente confiável ou o sinal de um mercado de baixa. Obviamente, isto não
é um indicador perfeito, mas na sua maioria, funciona com um elevado grau de
confiabilidade estatística. Alguns dos erros mais gritantes são sinalizados pelas
elipses. O primeiro, em 1929 e 1930, que foi obviamente prematuro, e o segundo
no final de 1990, onde vários sinais de fraqueza falharam completamente. O grá-
fico 21.7 mostra o mesmo exercício para períodos mais recentes, mas, neste caso,
o S&P foi corrigido pelo índice de Preços ao Consumidor (IPC). Observe que,
num mercado de alta secular há uma ligeira tendência para os sinais de venda
falharem, enquanto que o oposto é verdadeiro na alta secular entre 2000 e 2012.
Outra técnica para a construção de uma linha de tendência de alta é juntar
a mínima do mercado de baixa com o primeiro fundo intermediário. Então, é
combinada com um ROC de 12 meses onde uma linha de tendência semelhante é
439
Preço: Os Principais Indices

GRAFICO 21.5 S&P Composite, 1900-1950 versus um ROC de 9 Meses

30
20 s&P Composite

10 M
Sinais Falsos

ROC de 9 meses
50

50

190o 1910 1920 1930 1940 195


Fonte ping.com

GRAFICO 21.6 S&P Composite, 1950-2001 versus um ROC de 9 Meses

1000
s&P Composite

Muitos sinais falsos


60 ROC de 9 meses
40
30
20
10

10
-20
30
TT TTTTT1980 T 1 9 9 0T
1960 1970
Fonte:pring.com
440 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 21.7 CPI Ajusted S&P Composite, 1979-2012 versus um ROCde


9 Meses

Baixa Secular
CPIAdjusted S&P Composite

Alta Secular

Muitos sinais
ROC 9 meses falsos

Fonte: pring.com

construída ou um padrão de preços é sinalizado, se disponível. Essa é a ideia por


trás da maioria das linhas de tendência traçadas nos gráficos 21.8e 21.9. As vezes
não é possível construir essas linhas e ficamos com a alternativa de uma linha de
tendência secundária. Quando ambas são violadas,isso geralmente é um bom si-
nal de que o movimento de alta terminou. Na maioria das vezes, os sinais podem
ficar bem próximos do topo de um mercado alta.

Principio Técnico Fundamental: Em casos onde é óbvio que as linhas de


tendéncia vão ser violadas bem após o ponto de virada, geralmente, é melhor

ignorá-las e confiar em outras evidências.

O gráfico 21.10 mostra a técnica de rompimento da linha de tendência com


um ROC de 65 semanas do Dow Industrials. Com um período de tempo desta du-
ração, os sinais tendem a ser em número reduzido. As vezes, o ROC oferece um
Preço: Os Principais Indices 44

GRAFICO 21.8 S&P Composite, 1966-1983 e Linhas de Tendëncia

500
400
300 DJA
2

100

ROC 53 semanas
100

60

33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 46 46 47 48 49 50 51 52 153 54 56 3
Fonte: pring.com

GRAFICO 21.9 S&P Composite, 1989-2012 e Linhas de Tendëncia

S&P Composite

Falso rompimento

ROC 12 meses

Fonte: pring.com
442 Parte Il: Estrutura do Mercado
GRÁFICO 21.10 DJIA, 2000-2012 e Linhas de Tendëncia

DJIA

ROC 65 semanas
A B

A
14

Fonte:pring.com

rompimento útil da linha de tendència, como em A e B, mas a tendência de preço


é tão acentuada que não é possível construir uma linha de tendência significativa.
Isso, infelizmente, é um fato bem conhecido e é melhor ignorar do que forçar, ou
seja, traçando uma linha de tendéncia acentuada apenas para fazer o ajuste de dados.
Uma simples técnica para identificar as tendências intermediárias é a uti-
lização de Reversões na tendência de um ROC de 13 semanas de um índice de
mercado, como o S&P Composite, em conjunto com uma reversão da tendência
no nível do próprio índice. A técnica utilizada no gráfico 21.ll inclui o traçado de
linhas de tendência, tanto para a cotação de fechamento semanal do DJIA e para
seu momentum de 13 semanas. Quando um rompimento em um índice é confir
mado por outro, geralmente, ocorre uma reversão da tendència predominante.
Esses sinais são ilustrados no gráfico pelas setas. Este tipo de análise deveria ser
combinado onde apropriado com a análise de padrôes de preço do S&R e com
outras técnicas que utilizem os princípios de momentum descritos no Capítulo
13. Este método nem sempre fornece um sinal, mas sempre que houver violações
claramente definíveis de linhas de tendência que foram tocadas três ou mais vezes,
as conclusões são geralmente extremamente confiáveis.
No Gráfico 21.12 as letras A-E indicam onde os cruzamentos sobrecompra-
dos/sobrevendidos não são confirmados pelo preço. Nos casos Be D, estes foram
Preço: Os Principais Indices 443

GRAFICO 21.11 DJIA, 1970-1975 e um ROC de 13 Semanas

1050 Dow Jones Industriol Averoge


1000 weekly close
950
900 -
M
850 w
800
750M

700
650
600

30
20
10

1o
20 Momentumde 13 semanas
-30
MJS DM J S DM J S D M s OM J S 0 M J SD
1970 1971 1972 1973 1974 1975

Fonte:pring.com

GRAFICO 21.12 DJIA, 2001-2011 e um ROC de 13 Semanas

DJIA

A
B
ROC de 13 semanas
D

A
E

Fonte:pring.com
444 Parte I1: Estrutura do Mercado

sinais preliminares, onde um subsequente declínio sobrevendido foi finalmente


confirmado. A, C, e E nunca foram confirmados.

O Índice Dow Jones dos Transportes


Na última parte do século XIX e início do século XX, o transporte ferroviário era a
forma dominante de transporte e, portanto, um índice composto exclusivamente
de ferrovias representou um bom substituto para as ações de transporte. Em 1970,
um indice de ferrovia foi expandido para abraçar outros segmentos de transporte,
eo índice foi renomeado como Indice Dow Jones dos Transportes.
O Indice dos Transportes é basicamente afetado por dois fatores: Volume
de negócios e mudanças nas taxas de juros. Em primeiro lugar, quando uma re-
cuperação do negócio inicia, os estoques estão baixos e as matérias-primas são
necessárias para iniciar a produção. O volume de transporte aumenta, e os inves-
tidores, antecipando essa tendência, aumentam o preço das ações de transporte.
Nos picos do ciclo de negócios, as empresas normalmente aumentam seus es-
toques excessivamente; o resultado é que, quando as vendas começam a cair, as
suas necessidades de matérias-primas são reduzidas. O volume de transporte, em
seguida, cai bruscamente, e as ações reagem da mesma forma. Em segundo lugar,
as empresas de transporte tendem a ser mais fortemente financiadas com dívidas
do que as indústriais. Por causa do efeito alavancagem dessa forte estrutura de
dívidas, seus ganhos também são mais sensíveis às mudanças nas taxas de juros e
às condições de negócios do que as da maioria das industriais. Como resultado,o
Indice dosTransportes muitas vezes leva o Indice Industrial a importantes pontos
de rompimento. De fato, recentemente os dados conduzidos por uma pesquisa
desde os meados dos anos 1950, confirmou que o setor de Transporte teve um
desempenho superior ao mercado durante o início da fase primária de alta e teve
um desempenho inferior durante as últimas fases do ciclo. (Nota: Veja o meu livro
The Investor's Guide to Active Asset Allocation).
A importância da regra da teoria de Dow solicitando confirmação, tanto dos
índices Industriais e dos de Transportes, agora deve ser mais óbvia, já que um
movimento pelos estoques dos produtores (o índice Industrial) realmente tem
que estar associada com um aumento do volume de transporte, que deve ser re-
fletido por um movimento semellhante nas ações de transporte. De igual modo, o
aumento de negócios nas ações de transporte é provável que seja de importância
temporária se as companhias industriais não conseguirem acompanhar, através
de um aumento nas vendas e nos niveis de produção. Os ciclos de longo prazo do
Indice dos Transportes e do Indice Industrial são quase os mesmos, como resul-
tado de sua estreita associação às condições de negócios. As técnicas e escolha de
períodos de tempo para as MMs, ROC, etc, são, por conseguinte, semelhantes aos
descritos anteriormente para o Indice Industrial.
Preço: Os Principais lIndices 4 4 5

GRÁFICO 21.13 DJ Transports, 1996-1998 e Trës Indicadores

DJIA

5000 Nova máxima

3500
3000 DJ Transports
2600
2000
IFRDJTransportes (DJIA)
o40 s
0.36
ROC 26 semanas do IFR

101.
-20
30
V
996 AMJA SoN D1997 AIMUA So ND1998 AM J ASO N
Fonte: pring.com

Um princípio que não é normalmente utilizado para o índice Industrial,


mas que pode ser aplicado para o índice dos Transportes é o de força relativa

(FR). Esta técnica é particularmente útil durante os períodos de não


confirma-
FR pode oferecer uma dica útil de como a
ção entre os dois índices, quando o
discrepância será solucionada. Um exemplo ocorreu no verão de 1998, quando
o DJIA fez um novo topo marginal. O gráfico 21.13 mostra que o índice dos
manteve-se acima da sua MM de 40 semanas, mas o índice já tinha
Transportes
violado uma tendência de alta Secundária, indicando, assim, uma fraqueza po-
tencial. Como foi comprovado, quando o indice Industrial atingiu a sua nova
alta, o índice dos Transportes recuou para a linha de tendência estendida que ti-
nha sido violada anteriormente. No entanto, o verdadeiro alerta era que o índice
dos Transportes provavelmente não confirmaria o índice Industrial, devido ao
fato de que a linha FR tinha cruzado abaixo de sua MM e da linha de tendência
secundária para cima em Abril de 1998. O ROC de 26 semanas da força relati
va também violou uma linha de tendência para cima. Assim, no momento em
que o índice Industrial estava fazendo uma nova alta em julho, a linha FR dos
Transportes estava em declínio e bem abaixo da sua MM. Finalmente, o ROC
não foi capaz de subir acima de zero, o que representou um sinal adicional de
vulnerabilidade.
446 Parte I1: Estrutura do Mercado

O fndice Dow Jones de Utilidade


O fndice Dow Jones de Utilidade compreende 15 ações de utilidade extraídas de
concessionárias de energia elétrica, gasodutos, empresas de telefonia, etc. Este in-
dice tem provado historicamente ser um dos barometros mais confiáveis do In-
dustrial. Isto é devido ao fato de que as ações de utilidades são extremamente sen-
síveis a mudanças nas taxas de juros e estas geralmente guiam o mercado de ações
global. As Mudanças nas taxas de juros são Importantés para as açðes de servi-
ço publico por dois motivos. Primeiro, as empresas de serviços publicos exigem
quantidades substanciais de capital, porque geralmente são altamente financiadas
com dívidas em relação ao capital próprio. Quando as taxas de juros sobem, o
custo de renovar a dívida existente e levantar dinheiro adicional coloca pressão
sobre os lucros. Quando as taxas de juros caem, estas condições são invertidas e
os lucros aumentam. Em segundo lugar, as empresas de serviços públicos geral-
mente pagam os seus lucros sob a forma de dividendos de modo que estas ações
são normalmente compradas tanto pelo seu rendimento como pelo seu lucro po-
tencial sobre o ganho de capital. Quando as taxas de juros sobem, os títulos, que
também são comprados pelo seu rendimento, tem queda no preço e, portanto,
tornam-se relativamente mais atraentes do que as utilidades. Como resultado, os
investidores ficam tentados a vender ações de serviços públicos e comprar títulos
Quando as taxas de juros caem, o dinheiro retorna mais uma vez para ações de
serviço público, que então sobem de preço.

Principio Técnico Fundamental: Visto que, as mudanças na tendência das


taxas de juros normalmente ocorrem antes das reversões no mercado de
ações, o Indice de Utilidades, frequentemente lidera o DJIA em ambos os
topos e fundos do mercado.

De um modo geral, quando o Indice de Utilidade se torna plano depois de


um avanço ou se movimenta para baixo, enquanto o Industrial continua a avan-
çar, é geralmente um sinal de uma iminente mudança na tendência do Industrial.
Assim, o Índice de Utilidades guiou o Industrial nos anos 1937, 1946, 1953, 1966,
1968, 1973, e nos topos do mercado em alta de 1987. Por outro lado, nos anos de
1942, 1949, 1953, 1962, 1966, 1974, e no fundo de 1982, o Índice de Utilitidades
fez seus fundos no mercado de baixa antes do Industrial. Na maioria dos
princi-
pais pontos de rompimento, o Utilitidades coincidiu com o Industrial, e, ocasio-
nalmente, como no fundo de 1970 e no topo de 1976, o Utilidade ficou atrasado.
O gráfico 21.14 mostra que a maior parte desde os anos 1970 eles lideraram, mas
se atrasaram nos picos de 2000 e muito ligeiramente no topo de 2007.
Preço: Os PrincipaisIndices 447

GRAFICO 21.14 DJIA versus DJ Utilities, 1980-2013

Atraso do Utilidade
DJ Utilities

DJIA

Fonte:pring.com

A relação entre o Indice de Utilidades e o Industrial é frequentemente negli-


genciada porque eles costumam dar a sua mensagem mais clara quando outra ativi-
dade do mercado está em sua fase mais emocionante. E um comportamento normal
nos topos do mercado para o indice de Utilidades cair calmamente, enquanto os
investidores, analistas e a mídia estão animados com o forte avanço do preço, ainda
a ser visto. O gráfico 21.14 mostra um exemplo clássico em 1987. Em agosto, o In-
dustrial estava uma alta, mas o Utilidade já estava num bem estabelecido mercado
de baixa. No fundo do mercado, o medo, a depressäo e, por vezeso pånico reinavam
enquanto o Indice de Utilidade estava muito calmo no processo da virada para cima.

Os Indices Não ponderados


Um indice não ponderado é calculado somando os preços de inúmeras ações e di-
vidindo o total por esse número. A média resultante é então ponderada pelo preço
e não pela capitalização. O mais amplamente seguido é a Linha Aritmética de Valor.
Os índices não ponderados são úteis porque eles de perto representam o pre
ço da "média" das ações frequentemente encontrado em carteiras individuais, ao
contrário das blue chips, nas quais o investimento institucional é mais orientado.
448 Parte II: Estrutura do Mercado

Os índices não ponderados também são úteis para ganhar uma compreensão da
estrutura técnica do mercado, uma vez que têm uma tendência a liderar o merca-
do (ou seja, o DJIA) nos topos do mercado. Quando uma divergência persistente
desta natureza entre o DJIA e a Value Line se desenvolve, quase sempre resulta no
Dow sendo arrastado para baixo também. Uma vez que uma divergència comece,
uma abordagem cautelosa deve ser mantida até que ambos, o DJIA e o Value Line
rompam os padrões de preços ou as linhas de tendência decendentes, etc.
Uma demonstração de boa FR pelos índices não ponderados em um mo-
mento de fraqueza sustentada nos principais índices, frequentemente, indica que
uma alta significativa seguirá quando o declíno acabar. Isso ocorreu em 1978,
quando o Value Line Composite Index fez o seu fundo no final de 1977, vários
meses antes do D]IA.
O gráfico 21.15 mostra a comparação da Value Line Arithmeticcontra o S&P
Composite entre 1984 e 1990. No final de 1985, a Value Line fez um fundo mais
baixo do que fez no início do ano, mas o S&P fez um fundo mais alto. Esta situ-
ação desengrenada era um sinal negativo, mas nunca foi confirmada pelo S&P
violando sua MM exponencial de 40 semanas. Vemos um tipo de situação seme-
lhante em 1986, mas novamente, essa discrepåncia potencialmente negativa não
foi confirmada por um cruzamento negativo da MM do S&P
A situação em 1990 era diferente porque o S&P não somente penetrou a sua
MM, mas também violou uma importante linha de tendência de alta. Isso reafirma
o importante princípio da confirmação. Existem inúmeras situações onde podemnos

GRAFICO 21.15 Linha de Valor Aritmética versus S&P Composite, 1984-1990

300 Linha de Valor Aritmética

250-
Divergência
200 Negativa

350
300
250 s&P Composite
Confimaçã0
200-

1985 |1986 j1987 1988 1989 1990


Fonte:pring.com
Preço: Os Principais Indices . 449

comparar dois indicadores ou índices e observarmos as divergências. No entanto,


assim como as divergências em osciladores devem ser confirmadas pelo preço, de
modo que essas divergências, sejam positivas ou negativas em sua essência, devem ser
confirmadas antes de podermos chegar a uma conclusão de que a tendência reverteu.

A NASDAQ
O boom da tecnologia da década de 1990 trouxe a Nasdaq Composite para uma
espécie de relevância que ela nunca tinha experimentado antes. Este índice pon
derado pela capitalização é dominado por grandes empresas de tecnologia e tor-
nou-se um índice parao setor de tecnologia. A NASDAQ não tem caracteristicas
consistentes de liderança, como o Utilities, provavelmente porque vários setores
de tecnologia, tais como semicondutores, têm tendências mais atrasadas. No en-
tanto, pode ser usado com a análise da força relativa. O gráfico 21.16 apresenta
a NASDAQ juntamente com a sua linha FR comparada com o S&P Composite.
Observe como um rompimento conjunto da linha de tendência em 1991 sinali-
zou uma importante alta. Mais tarde, outro rompimento da linha de tendência de

GRÁFICO 21.16 NASDAQ Composite. 1983-2000 versus FR NASDAQ

NASDAQ Composite

NASDAQ RS (S&P)

Fonte: pring.com
450 Parte l: Estrutura
do Mercado
baixa na linha FR foi confirmado. Desta vez, foi um rompimento sölido acima da
resistência de uma linha de tendência, a violação que resultou numa aceleração na
velocidade do mercado de alta.
Por outro lado, também se destaca o fato de que a linha FR divergiu posi-
tivamente com a NASDAQ Composite Index no fundo de 2009. Isto foi bastante
diferente do mercado de baixa anterior onde o NASDAQ Composite superou a
desvantagen. Embora tenha havido um bom rompimento acima de uma linha
de tendéncia na linha FR, não havia essa possibilidade para o próprio preço, q
literalmente revertida em um centavo.

Os Indices Russel
A Organização Frank Russell, entre outras coisas, publica três índices importan-
tes: O Russell 3000, 2000e 1000. O Russell 1000 é uma série baseada em capitaliza-
çao composta, contendo as 1.000 maiores ações do país. O Russell 2000 representa
as próximas 2.000 ações baseadas na capitalização. Finalmente, o Russell 3000 é
um índice composto dos outros dois. Ele representa mais de 95% do mercado de
ações dos EOA com oportunidade de investimentos. Esses indices säo representa-
dos no gráfico 21.17. Normalmente, eles se movimentam engrenados um com o

GRÁFICO 21.17 Os Tres indices Russel 1999-2000

860
800 Russell 3000
760
700
660 M
600
Russell 1000
800
750 w M
TO0
660
600i Lider anterior
no confirma
W
600
550
Russell 2000
s00
460 M
400
I A S o ND 2000 MA M y A s OND2001 MA
Fonte:pring.com
451
Preço: Os Principais Indices

outro. E quando discordam que as discrepåncias às vezes podem ser muito reve-
ladoras. Em outubro de 1999, os três conseguiram violar linhas de tendéncia para
baixo importantes, e o rompimento conjunto indicou que uma alta estava por vir.
Por outro lado, o Russell 2000, que éfrequentemente utilizado como um indicador
para o setor de ações de baixa capitalização experimentou uma forte alta chegan-
do a Fevereiro de 2000. Todos os três índices, em seguida, retrocederam, mas o
Russell 2000 foi incapaz de subir para uma nova máxima, ao contrário dos outros
dois. ASsim, temos que o que foi anteriormente o líder, não estava mais liderando.
Essas falhas de liderança são muitas vezes um sinal de que a tendência predomi-
nante está se esgotando e levanta uma bandeira vermelha definitiva.

Principio Técnico Fundamental: Quando várias ações estreitamente rela-


cionadas estão sendo lideradas por uma do grupo e que o lHder falha em
sinalizar uma nova alta (ou baixa no caso de uma tendência descendente),
isso geralmente é um sinal de exaustão e é seguido por uma reversão da

tendência.

Neste caso, a alta de abril provou ser o topo do mercado de alta. Finalmente,
vemos que o Russell 1000 conseguiu recuperar a sua alta na primavera de setem-
bro 2000, mas o Russell 2000 foi incapaz de confirmar. Quando todos os três vio-
laram as suas linhas de tendência ascendentes (tracejadas) um pouco mais tarde,
as divergências foram confirmadas e um grande declínio se seguiu.
A relação entre o RuSsell 2000 (baixa capitalização) e Russell 1000 (blue chip
alta capitalização) também pode ser útil porque pode tornecer um indício de qual
21.18 mostra que o relaciona-
categoria os investidores devem favorecer. O gráfico
mento pode ser bastante cíclico por natureza. Isto pode ser visto a partir do Know
Sure Thing (KST) de longo prazo. As vezes, é possível aumentar cruzamentos da
MM do KST com rompimentos da linha de tendência em relação a si mesma.
Este foi o caso em 1991 e 1995, mas a queda foi muito inclinada no final de
1990 para construir uma linha. O próximo rompimento, sinalizado pela seta tra-
cejada, se desenvolveu com uma subida acentuada em 2000, que acabou por ser
uma violinada. O motivo foi a dramática alta no primeiro trimestre no setor de
tecnologia, que temporariamente dominou o Russell 2000. Mais tarde, se alguém
estivesse preparado para ignorar esse falso movimento, foi possível observar umn
final de 2000.
rompimento subsequente a partir da base estendida no
OKST atingiu o pico em 2002, no máximo, très anos antes do início de 2005,
que foi confirmado com a violação de uma linha de tendência de alta tracejada.
Apesar disso, seguiu-se um segundo pico mais baixo do KST. Seguida por um
pequeno declínio, a próxima perna para cima no mercado de alta secular dessa
452 Parte I1: Estrutura do Mercado

GRAFICO 21.18 Razão 2000/1000 do Russel, 1987-2012 e o Momentum de


Longo Prazo

Razão 200/1000 do Russell

Razão do KST de Longo-prazo

Fonte: pring.com

relação foi sinalizada pelo preço, violando a sólida linha de tendencia de baixa
em 2008. O KST com uma defasagem, o que é incomum, e a razão continuaram a
subir no início de 2011.

Índices Globais de Ações


O MSCI, Dow Jones, e o FTSE são os principais fornecedores de índices para os
índices internacionais de ações, mas visto que a grande maioria dos ETFs interna-
cional amplamente negociado estão incluídos na bandeira
Morgan Stanley Capital
International (MSCI), vamos nos concentrar em duas das suas ofertas. O MSCI
World Index Stock está disponível desde meados de 1960 e inclui mais de 6.000
ações de países desenvolvidos. Um índice relacionado, o MSCI All Country World
Index, incorpora ambos os países desenvolvidos e emergentes. E o índice de ras-
treamento para um ETF (simbolo ACW), e é usado
aqui como um indicador para
ações globais.
Há também muitos índices regionais e de
países individuais que são dema-
siado numerosos para mencionar. No entanto, o MSCI
Europe Australasia Far
Preço: Os Principais Indices 453

Bast Index merece menção, uma vez que para todos os efeitos, ele representa 22
paises desenvolvidos, excluindo o seu maior componente, os Estados Unidos. O
Canadá também está excluído. De fato, ele reflete o restante do mundo não ameri-
ETF carrega o símbolo EFA e é útil
cano.
Este quando calculado como uma razão
entre o SPY e ele próprio. A razo ascendente da indica que os Estados Unidos
estão superando o restante do mundo e vice-versa.

Indices Globais de Bonds

O título ETF mais abrangente dos Estados Unidos é o da Barclay Aggregate Bond
(símbolo AGG). A AGG detém títulos em todos os domínios: Obrigações do Te-
souro, Obrigações de Empresas, Serviços Públicos, Agências Norte-americanas,
e mais. Cerca de 40% de suas particpações no final de 2012, foram investidos em
Bonds com vencimento superior a 5 anos. Ele atua como um indicador do merca-
do de crédito global dos EUA. Um bom indicador de títulos do governo dos EUA
de longo prazo é o do ETF de 20 anos de obrigações do Tesouro (símbolo TLT)
da Barclay.
Internacionalmente, a Barclay's Capital Global Treasury Ex-U.S. Capped In-
dex é um ponto de referéncia internacional útil para o mundo, com exceção dos
Estados Unidos. Inclui titulos públicos emitidos por países com grau de inves-
timento fora dos Estados Unidos, em moedas locais, que têm uma maturidade
residual de um ano ou mais. Como o índice de rastreamento para este fundo in-
clui um grande grupo de países, pode ser adversamente afetado pela questionável
dívida soberana. O símbolo para este ETF é BWX.

Índices de Commodities

Você vai ver que o índice de commodities muito utilizado neste livro é o CRB
Spot Raw Industrials publicado no CRBtrader.com. Esta série é construida a par-
tir de 18 commodities de matérias primas industriais, nenhuma delas, com ex-
ceção do algodão são negociadas nas principais bolsas de valores. Esta série é
muito útil para a análise do intermercado e dos interativos, uma vez que, não
é impulsionado pelo clima, mas pelo desenvolvimento econômico. Por conse-
guinte, reflete melhor as verdadeiras condições intlacionárias que possam surgir
nos mercados de commodities, afetando deste modo os rendimentos de bonds e
preços de ações.
Existem dois principais fundos de commodities baseados em índices de ras-
treamento. O primeiro é o DB Commodity Fund, que acompanha o DB Commo
dity Index. No final de 2012, este indice abrangia pouco mais de 50% do setor de
22% grãos e o restante em metais. As ponderações são determi-
energia com em
454 Parte II: Estrutura do Mercado

nadas pela liquidez dos vários contratos e não por sua importància económica. o
segundo éo Dow Jones UBS Commodity ETN, o DJP, que acompanha o DowJones
UBS Commodity Index. A taxa bruta do setor de commodities em dezembro de
2012 foi de 30% de energia, agricultura 32%, metais preciosos industriais 32%, e
um pequeno 6% em gado. Dos dois fundos, o DBC foi o que teve mais liquidez.

Sumário

1. Não existe um iíndice ou média perfeita que consistentemente e realmente


represente "o mercado.
2. Existem dois principais métodos de cálculo de índices do mercado: aqueles
que usam capitalização e aqueles que incorporam uma fórmula não ponde
rada.
3. Os indicadores técnicos descritos em outra parte deste livro podem ser aplica-
dos aos índices do mercado.
4. Na maioria das vezes, os índices de mercado se movimentam engrenados um
com o outro. E quando as discrepåncias se desenvolvem e são confirmadas
que as reversões na tendência são sinalizadas.
22

PREÇO: ROTAÇÃO DO
SETOR

No capítulo 2 foi discutida a relação entre as três classes de ativos chaves: dívida,
e commodities e o ciclo de negócios. Foi estabelecido que existem certos
ações -

as suas ten-
que eles se m o v e m em conjunto, mas mais frequente,
é
períodos em
dências divergirem. A combinação depende da maturidade do ciclo de negócios.
O ponto mais importante a ser lembrado é que as forças deflacionárias predo-
minam durante as fases iniciais do ciclo, enquanto que as pressões inflacionárias
vêm à tona quando a recuperação amadurece. Nenhum ciclo econômico é repe-
tido exatamente, e as antecipações e atrasos entre os topos e fundos dos diversos
mercados financeiros são difrentes de ciclo para ciclo. Apesar dessa desvantagem,
o conceito de desenvolvimento cronológico da dívida, ações, e ciclos de commodi
ties funciona muito bem na prática.
Este capítulo apresenta uma descrição deste processo um passo adiante res-
saltando que grupos específicos da indústria são sensíveis a diferentes tipos de
sensibilidade
condições econômicas, de fato classificando-os de acordo
com a sua

às forças deflacionárias ou inflacionárias, ou seja, as características de antecipação


ou de atraso. Visto que o próprio ciclo está se movendo continuamente a partir
das condições deflacionárias e inflacionárias e vice-versa, verifica-se portando,

que os vários grupos industriais também passam por uma rotação. Infelizmente,
essa classicação está longe de ser um processo exato. Em primeiro lugar, muitas
indústrias inconvenientemente caem na categoria inflacionária ou deflacionária.
Em segundo lugar, as ações sobem e caem em resposta às perspectivas de lucros
e,também, o que é mais importante, em resposta à atitude dos investidores a es-
ses lucros. Devido às taxas de juros serem importantes, mas não necessariamente
dominantes, infuenciam os lucros das ações mais sensíveis, consequentemente,o
desempenho do preço de certas ações mais sensiveis podem, ao longo do tempo,
456 Parte I1: Estrutura do Mercado

se tornar não confiáveis, a partir de ou independente dos movimentos de preços


nos mercados de crédito. Por exemplo, a poupança e ações de empr stimos dimi-
nuiram em 1989, devido a uma crise financeira na indústria. Geralmente, seria de
se esperar aumentar porque as taxas de juros caíram durante a maior parte do ano.

Apesar dessas desvantagens, a teoria da rotação do setor serve a duas fun-


ções úteis. Primeiro, pode fornecer uma estrutura para avaliar a maturidade de
uma tendência primária. Por exemplo, se há evidência técnica de que o mercado
acionário está profundamente sobrevendido quando a tendência primária sina-
liza uma reversão de baixista para altista, seria muito útil saber que alguns dos
grupos que geralmente lideram as viradas dos mercados falharam para contfirmar
novas mínimas feitas pelos índices de mercado ou ter estabelecido uma tendência
de alta na força relativa. Por outro lado, em uma situação em que o cenário téc
nico é que está indicando a possibilidade de um topo de mercado, seria útil saber
que grupos líderes da indústria fizeram as suas altas algumas semanas ou meses
anteriores, e aqueles com um desempenho relativo mais forte foi concentrado em
grupos industriais que normalmente atrasam o ciclo de mercado de ações.
Em segundo lugar, a teoria de rotação do setor é útil na determinação de
portanto, quais ações devem ser compradas ou reduzidas. Este
quais grupos, e,
aspecto será discutido em maiores detalhes no Capítulo 32.
Os comentários neste capítulo se referem ao mercado de ações norte-ame-
ricano, mas a conceito de rotação do setor pode ser estendido, em princípio, para
outros mercados de ações. Todos os países passam por ciclos económicos, e não
há nenhum motivo para que os utilitários italianos ou japoneses não devam reagir
às mudanças nas taxas de juros, assim como ações norte-americanas o fazem. De
fato, é possível levar esse conceito um pouco mais longe ao dizer que os mercados
fortemente ponderados em relação às áreas de recursos, como Canadá, Austrália
e África do Sul, devem ter um melhor desempenho no final do ciclo econômico
global, e na maioria dos casos, eles o fazem.

Princípio técnico Fundamental: Um mercado de alta é um longo período,


geralmente com duração entre 9 meses e 2 anos, no qual a maioria das ações
se movimentam para cima, na maior parte do tempo. Um mercado de baixa
é um longo período entre 9 meses e 2 anos no qual a maioria das ações caem
a maior parte do tempo.

O Conceito de Rotação do Setor


No Capitulo 2, estabelecemos o fato de queo mercado de ações, na forma do S&P
Composite desconta a economia e altos e baixos com o caminho do crescimento
457
Preço: Rotação do Setor

GRAFICO 22.1 S&P versus o Indicador Master Economic, 1966-2010

S&P Composite

TT if
Indicador Master Economic

Fonte: ping.com

econômico. Essa éa teoria, mas a realidade está mais próxima do que o previsto
no gráfico 22.1. O painel inferior ilustra o meu Master Economic Indicator, que é
construído a partir do momentum de vários indicadores econômicos prospecti-
vos. As mínimas do mercado de ações são consistentemente identificadas com a
trajetória de crescimento da economia fazendo o seu fundo. A maioria dos topos
também é assim, mas aqueles de 2000 e 2007 foram precedidos por uma série de
topos em declínio na trajetória de crescimento da economia. No entanto, a men-
sagem do gráfico é que existe uma relação definitiva entre os preços das ações e
atividades de negócios na maioria dos ciclos.
Visto que a economia pode ser dividida em setores quue passam por uma
sequência cronológica, à medida que, o ciclo se desdobra, consequentemente,
aqueles setores de ações devem, com0 o S&P descontar seus setores da economia
de uma forma rotacional. O gráfico 22.2, por exemplo, compara o índice S&P Ho-
mebuilders aos com os dados nacionais do national housing starts data.
Não há muito que possa ser obtido a partir de uma comparação tão básica.
Contudo, o gráfico 22.3 mostra o Know Sure Thing (KST) em ambas as séries. A
linha tracejada reflete o índice homebuilderse a sólida as do índice housing starts.
Não há dúvida de que a linha tracejada do índice homebuilders lidera a linha de
momentum do housing start. A relação não é exata e, éé claro, a magnitude eos
458 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 22.2 Homebuilders versus Housing Starts, 1966-2012

s&P Homebuilders

Housing Starts

Fonte: pring.com

GRAFICO 22.3 Homebuilders momentum versus Housing Starts


Momentum, 1989-2012

s&P Homebuilders
Housing Starts

Fonte: pring.com
Preço: Rotação do Setor 459

prazos podem variar de ciclo para ciclo. No entanto, pode ser incontestável o fato
que as ações do índice homebuildings lideram a sua indústria. O mesmo princí-
pio pode ser aplicado para ações de outros grupos e indústrias, e o resultado é a
rotação do setor. Na situação atual, o S&%P Composite ou alguma outra medida de
mercado agregada representa um indicador coincidente do mercado acionário
como um todo, assim como o produto interno bruto está para a economia. Se
S8xP é um indicador coincidente, segue-se que existem setores que normalmente
ocupam os últimos lugares.
Por exemplo, o gráico 22.4 mostra uma relação chave do intermercado-
entre corretores e o mercado de ações. Baseado na ideia de que os lucros dessas
empresas aumentam, à medida que o mercado sobe. Isso acontece porque o au-
mento dos preços significa mais lucros para o cliente e quando os clientes estão
fazendo dinheiro, negociam mais, gerando assim maiores comissões. Os preços
mais altos também atraem as empresas que estão planejando negociar suas ações
na Bolsa de Valores, de modo que os números de lançamentos sobem junto com
as comissões que elas geram e assim por diante. Visto que, a corretagem de ações
antecipa os lucros do corretor e, normalmente, sobeme descem com os preços do
mercado, consequentemente as ações de corretoras têm uma tendência de liderar
o mercado em geral.

GRAFICO 22.4 S&P Composite versus Amex Brokers Index, 1978-2012

s&P Composite

Areas sombreadas mostram tempo de espera

Amex Brokers Index

Fonte:pring.com
460 Parte II: Estrutura do Mercado

O ponto-chave que eu estou conduzindo é simples, se a economia passar por


um processo de rotação começando com habitação e terminando com os gastos de
capital, a mesma coisa deve ser verdade para as várias ações dos setores, cada uma
descontando a sua própria porção "da" economia, portanto, o processo de rotação
do setor. Ao examinarmos os vários setores, duas coisas se tornarão evidentes. A
primeira é que existe uma ordem definida da forma como as coisas podem ser
esperadas na medida que o ciclo progride. Em segundo lugar, enquanto isso éver-
dade na maioria das vezes, há exceções suficientes para nos manter atentos. Estas
exceções se desenvolvem com mais frequência devido a circunstâncias especiais
que as industrias especificas podem estar passando que mudam a maneira de como
esse setor de ações específico se encaixa na progressão normal do ciclo de negócios.
Visto que, a maioria das ações está subindo na maior parte do tempo durante
um mercado de alta, consequentemente, a maioria registra as mínimas num mer-
cado de baixa, no mesmo período que os índices. Quando os serviços de utilidade
publica são descritos aqui como um grupo líder e os aços como um grupo de retar-
damento, a implicação não é necessariamente que os serviços de utilidade pública
alcançem suas mínimas antes da mínima no S&P Composite, embora o façam na
maioria dos casos. O que é mais provável que aconteça é que os serviços de utilida-
de pública, sendo sensíveis às taxas de juros, vão apresentar o seu melhor desem-
penho em relação ao mercado, em torno do início do ciclo. Da mesma forma, as
siderúrgicas podem avançar com os índices durante as fases iniciais do mercado de
alta, mas seu melhor desempenho relativo tem uma tendência de ocorrer durante
as fases posteriores de um mercado em alta ou nas fases iniciais de um mercado de
baixa. Observe que enfatizei a palavra "tendência, porque isso é o que realmente
estamos discutindo-tendências e probabilidades, nunca certezas.
O mercado global consiste de setores, que é um reflexo das empresas que
compõem os diversos segmentos da economia. A economia, como definido por
uma medida agregada, tal como o produto interno bruto (PIB), esteja subindo ou
caindo em um determinado momento. No entanto, existem muito poucos perío-
dos em que todos os segmentos avançam ou caem simultaneamente. Isto é porque
a economia não é uma unidade homogêènea, mas um conjunto de inúmeras partes
diferentes. Algumas indústrias respondem melhor às condições deflacionárias e
as fases iniciais do ciclo produtivo; outras são mais prósperas em condições infla-
cionárias, que predominam no fim do ciclo de negócios.

Princípio técnico Fundamental: O mercado de ações desconta a economia,


mas setores de ações descontam seu setor da economia. Visto que, a econo-

mia passa por uma série de eventos econômicos, assim, também, fazem os

setores de ações. O processo é chamado de rotação do setor.


Preço: Rotação do Setor 461

As recuperações econômicas são geralmente conduzidas por gastos do con-


sumidor, que é liderada pelo setor de habitaç o. Como as taxas de juros caem du
rante uma recessão, a procura por as ações de habitação gradualmente aumenta.
Assim, a construção de casas e algumas ações de construção e habitação podem
ser consideradas grupos principais. Da mesma forma, o preço da madeira com-
pensada, um ingrediente essencial da habitação, teve um consistente (embora não
perfeito) recorde de preços das principais commodities industriais em geral.
Porque eles prevèem uma melhoria nos gastos do consumidor, lojas de vare-
jo, restaurantes, cosméticos, tabaco, e assim por diante também mostram tendèn-
cias de liderança, assim também o fazem certas áreas sensíveis à taxa de juros, tais
como os serviços de utilidade pública, seguros, poupança e empréstimos, e em-
presas de financiamento ao consumidor. A medida que a recuperação continua,
estoques, que foram cortados drasticamente durante recessão, se esgotam. Os
a

grupos da indústria de Produção, que possam ser classificadas como coincidentes,


então, reagem através da melhoria do preço ou da força relativa (FR). Finalmente,
como a capacidade produtiva de fabricação é usada durante os últimos estágios da

recuperação, essas empresas procuram expandir, investindo e m novas fábricas e


equipamentos. Consequentemente, os grupos de ações associados áás despesas de
capital, tais como aços, algumas substâncias químicas e minas, têm uma tendência
de então emergir como líderes de mercado.
A confiança é outra influência sobre o ciclo de rotação do grupo. Durante a
fase inicial de um mercado de alta, a ênfase é colocada na prudência porque os
investidores perderam uma quantidade considerável de dinheiro e as notícias são
normalmente muito ruins. As ações com bons balanços patrimoniais e rendimen-
tos elevados iniciam um período de FR superior. A medida que o ciclo progride,
os preços das ações sobem e as notícias e a confiança melhoram. Eventualmente,
a rotação se volta para ações mais especulativas de pouco valor intrínseco. Muito
embora o topo em ações especulativas, geralmente lidera importantes índices, seu
período mais rápido e volátil de avanço normalmente ocorre na fase final ou na
terceira perna de um mercado em alta.
Alguns grupos não são prontamente classificados em termos de um proces-
so produtivo. O transporte aéreo, que passa por oscilações cíclicas acentuadas, é
um caso em questão. O índice dessa indústria coincide ou atrasa nos fundos do
mercado de baixa, mas é quase sempre um dos primeiros grupos a virar para bai-
xo antes de um topo. Isto poderia ocorrer porque essas empresas são sensíveis às
taxas de juros e preços de energia, sendo que ambos têm uma tendência a subir no
final do ciclo de negócios. As ações de medicamentos como um grupo, por outro
lado, têm uma tendência distinta para apresentar seu melhor desempenho relati
vo no final do mercado de alta e, neste contexto, deve ser considerado como um

grupo de atraso. E também provável que se atrasem em termos de FR nos fundos


do mercado, embora esta tendência seja muito menos pronunciada do que a sua
tendência de atrasar nos topos do mercado. E também interessante observar que
462 Parte I: Estrutura do Mercado

o processo de rotação do setor tem uma tendência de funcionar durante as altas e


correções de prazo intermediário, bem como, nas primárias.

Quais são os setores e grupos da indústria?

Quando falamos de setores, estamos nos referindo a grandes categorias de açõöes


que contêm uma série de grupos industriais individuais. Cada setor é, por sua vez,
dividido em grupos industriais. Há 10 ou 11 setores geralmente aceitos, dependen-
do do seu ponto de vista, e os 80 grupos mais importantes da industria. A seguinte
lista dos setores é aproximadamente organizada em relação ao seu desempenho no
ciclo de negócios, começando com os serviços públicos, um dos primeiros líderes,
através da energia. A palavra "aproximadamente" está em itálico porque o ciclo
raramente, ou nunca, se desdobra em exatamente da maneira esperada.

Setores
Utilities Serviços de Utilidade Pública
Financials - Instituições Financeiras

Transportation Transportes
Telecommunications - Serviços de Telecomunicações
Consumer Staples (nondurables) - Bens de Consumo (não duráveis)
Consumer Discretionary (durables) - Bens de Luxo (duráveis)
Health Care Saúde
Technology - Tecnologia de Informação

Industrials Indústria Transformadora


Materials - Matérias Primas

Energy- Energia

Esta lista de setores baseia-se na metodologia de Dow Jones. S&P, um forne-


cedor alternativo classifica os transportes, como um setor industrial importante,
sob a bandeira de (retardamento).
Se levarmos em conta o setor de Utilidade Pública, os exemplos de grupos
industriais individuais incluiriam energia, gás, água e serviços públicos. A tecno-
logia engloba, entre outras coisas, os fabricantes de semicondutores, empresas
software, empresas de Internet, instrumentos eletrônicos, e assim por diante.

Rotação de Setor e Mercados Acionários Globais

Neste livro, estamos preocupados principalmente com os Estados Unidos. No en-


tanto, é útil saber que enquanto o mundo se torna um lugar menor, com maior
Preço: Rotação do Setor 463

GRAFICO 22.5 Momento Relativo do S&P Metals versus BSE Metals, 2006-2008

K S T for S&P Materials RS (S&P Composite)

KST for BSE Metals RS (CNX Nifty)


150

Fonte: ping.com

integração corporativa, a interação entre as empresas envolvidas na mesma indús-


tria em diferentes partes do globo, também estão se tornando mais próximas. As-
sim, quando a indústria química tem um bom desempenho nos Estados Unidos,
geralmente também está prosperando na Europa. O único motivo pelo qual estes
dois sectores regionais atuariam de forma diferente seria devido a mudanças de
moeda e discrepåncias nas leis locais, custos ou condições econômicas.
Neste contexto, o Gráfico 22.5 compara o momento da força relativa do setor
de metais dos Estados Unidos e India. Não é certamente uma correlação perfeita
do movimento do preço, mas é consideravelmente evidente que quando os metais
têm um bom ou mau desempenho em comparaç o ao mercado indiano (The Nif-
ty), os metais nos Estados Unidos, em sua maior parte, estão se movendo de uma
forma semelhante.
Há uma crescente base do setor internacional de fundos (ETFs) listados por
esses patrocinadores como a Global Xe Guggenheim que contribuem para a mul-
tiplicidade de problemas já estabelecidos usando os índices Dow Jones e S&P para
rastreamento. O S&Ptambém tem uma familia de ETFs do setor global que adi-
ciona alguma diversificação, embora a maioria deles tenha um peso predominan-
te em empresas norte-americanas.
464 Parte II: Estrutura do Mercado

Dividindoo Ciclo em Partes inflacionárias e deflacionárias

Colocando a teoria do grupo de rotação em prática não é uma questão fácil,


pois, a natureza de cada ciclo é diferente. Basicamente, o ciclo de negócios pode
ser dividido em uma parte deflacionária e uma inflacionária. Um ponto de par-
tida adequado é obter um indicador de inflação/deflação, a fim de determinar
que uma tendência descendente neste indicador é deflacionária e ascendente
numa inflacionária.
Uma forma seria comparar o preço de uma ação especifica sensível à de-
flação, tal como o serviço de utilidade pública, com uma sensível à inflação,
como uma empresa de mineração. O problema com esta abordagem é que uma
delas pode ser afetada pelas condições internas totalmente alheias ao ciclo de
negócios. O mesmo problema pode ser verdade em relação a uma comparação
de dois grupos da indústria, tais como os serviços de utilidade pública versus
o ouro. Por exemplo, o grupo de serviços de utilidade pública poderia estar so-
frendo de regulamentação governamental agressiva, enquanto o grupo de ouro
pode ser indevidamente estimulado por causa de uma greve de mineração na
Africa do Sul. Quaisquer desses
eventos estariam associados ao ciclo de
i
cios, mas ambos influenciariam consideravelmente a tendência e o nível de uma
relação inflação/deflação.
Uma solução melhor é obtida através da construção de um indicador in-
flacionário de vários grupos sensíveis à inflação e um indicador deflacionário
de indices da indústria sensiveis à deflação. Assim, se uma indústria especifica é
infuenciada pelas forças não cíclicas, não irá distorcer indevidamente oresulta
do total. Uma comparação de um índice sensível à inflação e deflação de
grupos
do S&P não nos diz muito. No entanto, quando uma relação é construída entre
eles, um indicador da inflação/deflação muito útil retorna.
índice do Grupo de Inflação é construído a partir de uma média simples
do Ouro S&P, Óleo Doméstico, Miscelania de Metais e Alumínio, e o grupo do
Indice de deflação de Serviços de Energia Elétrica, Bancos, Bens e Companhias
de Seguro.
O gráfico 22.6 mostra a razão e sua KST, Bbem como o KST do último indi-
cador de inflação/deflação: o commodity (CRB spot Raw Industrials) bond (Bar-
clays 20 Government Bond ETF, simbolo 1LT). O mais importante a observar
é a proximidade de suas trajetórias, embora sejam construídos a partir de com-
ponentes totalmente diferentes. Rapidamente, você pode compreender o modo
comoas questões internas do mercado de ações refletem as forças inflacionárias
e deflacionárias, quando se desdobram em um ciclo de negócios típico. Infeliz-
mente, não temos um lider estabelecido consistente, visto que ambos os KSTS
alternamo seu papel.
Preço: Rotação do Setor 465

GRAFICO 22.6 Razo Inflação/Deflação versus Duas Séries de


Momentunm, 1959-2012

Razão Inflação/Deflação

..Razäão Inflação/Deflação -Razão Commodity/bond


120

aaAAAAA A
Fonte: pring.com

O gráfico 22.7 leva isso um pouco mais adiante, comparando tendências na


razão inflação/detlação para aqueles preços das commodities industriais. Estas
séries não se movimentam sempre, exatamente na mesma direção, mas há uma
correlação definida entre elas. As setas indicam aqueles períodos quando a razão
de mudança (ROC) de 18 meses da razão move-se acima do nível de +50% e ou
cruzamentos abaixo de sua média móvel (MM) ou da zona sobrecomprada, o
que ocorrer primeiro. Como você pode ver, eles geralmente oferecem excelentes
sinais de venda para o índice de commodities, mas aqueles ainda mais oportunos
para a própria razão. A relação é tão consistente que quando um sinal de vendaé
acionado, as chances de uma nova tendência cíclica favorecendo as ações sensíveis
à deflação são extremamente altas.
Antes de deixar o relacionamento inflaço/deflação, é importante ressaltar
que existe uma maneira mais simples de atingir a razão de Inflação/deflação, e
que é para dividir o Goldman Sachs Natural Resource pelo Spider Consumer Sta-
ples ETF, ou o IGE pelo XLP. O TGE é o nosso indicador para áreas sensíveis àà
inflação, e o XLP defensivo é o nosso indicador para líderes de ciclos precoces. O
gráfico 22.8 mostra que as trajetórias das duas séries são razoavelmente similares.
466 Parte I1: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 22.7 Razão Inflação/Deflação versus CRB Spot Raw Industrial,


1971-2012

Razão /DD

CRB Spot Raw Industrials

Razão ROC (18)

Fonte: pring.com

GRÁFICO 22.8 Razão IGE/XLP versus a razão Inflação/Deflação, 2002-2012

IGE/XLP ratio

Séries Suavizadas

Razão Inflação/Deflação

Os Ritmos são similares


KSTs Intemediários

IGE/XLPP
eos 2co6
467
Preço: Rotação do Setor

A desvantagem é que a história de sua relação só vai voltar na virada do século, em


comparação com várias décadas para a relação inflação/deflação inicial.

Caminhos Relativos de Liderar e Retardar


Geralmente os grupos divergem
O gráfico 22.9 mostra a relação entre finanças, um setor líder, e computadores,
um atrasado. Alguns observadores acreditam que a tecnologia é um setor lider
No entanto, este gráfico e pesquisa apresentada em The Investor's Guide to Asset
Allocation (McGraw-Hill, 2006) mostra que ele tem uma tendência a se atrasar
Esse ponto pode ser visto no gráfico porque ambas as séries divergem em suas
diferentes momentos. Você pode ver
trajetórias, oferecendo oportunidades em
como, durante os últimos dois anos de mercado de alta secular de 1982 a 2000,
o setor de finanças teve um desempenho inferior substancial em função da lide-
rança da tecnologia. Durante o primeiro ano do mercado de baixa que se seguiu,
esses papéis foram invertidos.

GRAFICO 22.9 Computador versus Momentum Relativo do Setor


Financeiro, 1986-2012

Computer RS 1000

Financial RS

Financeiro muito
fracg durante o boom
de tecnologia.
468 Parte I1: Estrutura do Mercado

GRAFICO 22.10 S&P Composite versus Momentum Relativo do Setor


Financeiro, 1981-2012

S&P Composite

FR Financeiro

150-

O setor Financeiro está


forte e o mercado fraco.

As áreas sombreadas mostram quandoo Momentum


da FR do setor Financeiro está subindo
1941182 (t983 1304 1995 1995 N987 13 1 0 191 1992 19) 1964 19% 197 1909 196 200 2201 20c2 203 2004 205 2006 2907 20A 2009 201 2911 212 2
Fonte: pring.com

O gráfico 22.10 apresenta o KST de longo prazo relativo para o setor de


nanças a fim de demonstrar que, quando tem um desempenho superior ao do
S&P, o mercado geralmente está subindo. Esses períodos foram sinalizados pelas
áreas sombreadas. Observe a única exceção desenvolvida durante
alguns períodos
do mercado de baixa de 2000 a 2002.

Grupos Líderes, Médios e Atrasados

Finalmente, você pode ter a impressão de que todos os setores - ou sensíveis à


inflação ou deflação se movimentam em conjunto, mas este não é o caso. Neste
contexto, o gráfico 22.1l ilustra o KST relativo de longo prazo em relação aos
setores atrasados de ouro, metais, mineração e energia. Algumas vezes eles se mo-
vimentam em há um grande número de situações em
conjunto, mas
que alguns
deles não se movimentam em conjunto. A questão aqui é que, quando outros
indicadores estão mostrando que o ciclo alcançou uma fase inflacionária, é im-
portante verificar os setores individuais ou grupos da indústria para ter certeza de
que eles estão atuando em simpatia com o meio ambiente macro.
Preço: Rotação do Setor 469

GRAFICO 22.11 Momento Relativo de um Grupo de Atraso Específico,


1995-2012

Energy RS (XLE) FR Momentum


Metal &Mining (XME) FRMomentum
Gold Mining (GDX) FR Momentum

2300 208 2 211 22

Fonte:pring.com

Tendo isso em mente, a tabela a seguir oferece uma estimativa não detalhada
de onde um grupo determinado da indústria se enquadra no ciclo. E importante ter
em mente que nem todos os grupos se encaixam perfeitamente nestas categorias e
nem todos aqueles classificados irão necessariamente "funcionar" em cada ciclo.

Liderando (Direcionado pela Liquidez)


Utilities Serviços de Utildade Pública REIT's
Eletricidade Construtores
Telefone Containers e Embalagens
Gás Natural Consumo Não Durável
Financials - Instituições Financeiras Bebidas
Corretoras Utensilios domésticos e eletrôonicos
Bancos Fumo
Companhia de Seguros Cuidados Pessoais
S&Ls Alimentos
470 Parte II: Estrutura do Mercado

Restaurantes Linhas Aéreas


Calçados Caminhoneiros
Indústria Tèxtil Ferrovias
Transportes Frete Aéreo

Médio Líderes do Ciclo Atrasado


(Direcionados por Lucros)
Revendedores Energia
Fabricantes Petróleo
Saúde Carvão
Consumo Durável Perfuradores de Exploração
Automóveis e peças Mineração
Móveis e Elertodomésticos Indústria Básica
Material de Construção Indústria de Papéis
Containers de chapas metálicas e Vidro Indústria Química
Lazer e Entretenimento Indústria do Aço
Hotéis Maquinário Pesado
Gestão de Resíduos Tecnologia de ponta
Fabricantes de Computadores
Eletrônicos
Semicondutores

Sumário
1. O ciclo de mercado de ações enfrenta um padrão distinto de rotaço do setor
devido à natureza cronológica do ciclo de negócios. Grupos sensíveis às taxas
de juros têm uma tendência de liderar nos topos e fundos.
Empresas, cujos
lucros são reforçados pelos aumentos nos gastos de capital ou a inflação dos
preços das commodities, em geral, ficam atrasadas no mercado global.
2 As vezes, mudanças significativas nos fundamentos de uma indústria fará
com que um grup0 seja atipicamente forte ou fraco durante um ciclo especí
fico. Portanto, é melhor monitorar um leque de grupos em vez de apenas um
grupo específico como um indicador para o processo de rotação.
3. Uma compreensão do ciclo de rotação do grupo da indústria é útil tanto na
avaliação da maturidade de uma tendência primária como para efeitos seleção
da ação.
4. Em um sentido amplo, é possivel dividir os setores o mercado de
bene- ações
ficiados pela inflação e deflação.
5. A rotação do setor não está limitada aos Estados Unidos, mas é um conceito
global.
23
TEMPO: ANALISANDO
A TENDÊNCIA SECULAR
DE AÇOES, TÍTULOS,
E COMMODITIES

Nossa discussão sobre as tendências de longo prazo começará com uma revisão
rápida da longa onda de Kondratieff, mais a frente vamos considerar o que cons-
titui as tendências seculares e como elas acontecem. Finalmente, será adequado
observar algumas maneiras pelas quais podemos identificar as reversões neste
movimento de preços muito importante.

Princípio Técnico Fundamental: Existem tendências seculares em títulos,


ações e commodities em média de 15 a 20 anos, às vezes mais, mas raramen-
te mais curtas.

A Longa Onda (Kondratieff)


Na década de 1970, uma escola de pensamento (este autor incluido) racionalizou
as tendências de longo prazo nos preços das ações através de uma explicação das
ondas de Kondratieff. Nikolai Kondratieft, um economista russo, observou que
a economia dos EUA já havia sofrido três ondas completas entre a sua criação e
o momento que fez o seu estudo na década de 1920. Curiosamente, E. H. Phelps
Brown e Sheila Hopkins da London School of Economics escreveram sobre a recor-
rência de um ciclo regular de 50 a 52 anos dos preços do trigo entre 1271 e 1954
no Reino Unido.
472 Parte II: Estrutura do Mercado

Kondratieff utilizou os preços no atacado como uma parte essencial de sua teo-
ria, mas visto que, os movimentos nos preços das commodities e as taxas de juros são
geralmente tão estreitamente interligados, poderiam facilmente ter sido utilizados.
Utilizando os dados econômicos dos EUA entre os anos 1780 e os de 1920,
Kondratieff observou que a economia passou por três ciclos estruturais de prazo
mais longo, com a duração de cerca de 50 a 54 anos. Ele consiste de três partes: uma
onda de crescimento, que é inflacionária; uma onda de recessão, que e
deflacionaria;
eumperiodo de transição que separa as duas. As ondas de crescimento e de reces-
são têm uma variação temporal, mas normalmente levam entre 15 e 25 anos
para
terminar. A transição, ou um período de estabilidade, gira em cerca de 7 a 10 anos.
Figura 23.1 utiliza a tendencia dos preços no atacado (commodities) para
refletir o ciclo. A onda de crescimento está associada ao aumento dos juros e aos
preços de commodities. A transição, ou período de estabilidade, é acompanhado
por taxase preços estáveis, e a onda de recessão por taxas e preços em declinio.
O ciclo se inicia com a onda de crescimento,
começa quandoa
sobrecarga
estrutural do ciclo anterior foi substancialmente reduzida. A fase de
sobrecarga
compreende uma acumulação de dividas excessivas, portanto balanços patrimo-
niais menos alavancados indicam que um novo ciclo está começando. Kondratieff
também observou que cada um dos principais pontos de virada foi associado a
uma guerra. Aqueles que se desenvolveram em torno ou na extremidade da onda
de recessão ele denominou de guerras de fundo. Eles atuaram como um catalisa-
dor para usar a capacidade e ter o processo inflacionário em curso novamente. Em
algum momento durante a primeira fase da onda de crescimento, a nova tecnolo-
gia é adotada, e cresce a partir das sementes que foram plantadas no ciclo anterior.
A medida que a onda progride, as recessões se tornam cada vez menos graves e
os
empreendedores se tornam mais encorajados.
O aumento da confiança resulta
em que inúmeras decisões descuidadas sejam feitas. Ao longo desse período, a
inflação dos preços está aunmentando intensamente, culminando em um conflito
ao atingir o ponto máximo que absorve toda a capacidade excedente com uma
consequente explosão dos preços das commodities.
A onda de alta então culmina em uma recessão acentuada quando a estrutu-
ra de preços retoma o
equilibrio e a natureza sobrecarregada por muitas decisões
de negócios resulta em inúmeras falências substanciais, quando a economia se
contrai bruscamente.
Assim começa a fase de transição, o chamado período de
estabilidade, por-
que os preços das commodities passam por fases estáveis ou de oscilação abaixo do
pico da onda de crescimento. Os Investidores amam a previsibilidade desse
odo de estabilidade. Consequentemente, o período de estabilidade está associado
perí-
com Fortes ações de um mercado em alta, tal como a prosperidade econômica da
década de 1920. Durante o período de estabilidade, os excessos do boom anterior
nunca acabaram e tipicamente novos se desenvolveram. E realmente o olho do fu-
racão de Kondratieff. Como um exemplo a Figura 23.1 mostra os excessos oriun-
Commodities 473
Tempo: Analisando a Tendência Secular de Ações, Títulos, e
474 Parte II: Estrutura
do Mercado
dos da estabilidade das ondas de Kondratieff de 1789
2000, 1929 viu a indústria
a
automobilistica americana com capacidade para produzir 6,4 milhões de carros,
no entanto, as melhores vendas do ano anterior foram de 4,5 milhões.
A próxima fase é a onda de recessão em que as forças deflacionárias domi-
nam e o sistema corrige
dolorosamente seus excessos. Muito embora, este pro-
cesso de catarse tenha chegado ao fim, é possível que um novo ciclo esteja em
andamento.
Não há dúvida de que as tendências estruturais e psicológicas de prazo mais
longo observadas por Kondratieff continuem a funcionar hoje. No entanto, como
uma ferramenta rígida de previsão, deixa muito a desejar. Por exemplo, o ciclo
idealizado mostrado na Figura 23.1 tem uma mínima no fundo em torno do ano
2000, no entanto, sabemos que com o beneficio da retrospectiva se tornou pico
secular, do ponto de vista dos preços das ações. O rendimento dos títulos, em vez
de estabelecer um fundo, continuou a cair nos 12 anos seguintes. Os preços das
commodities, exatamente como esperado, cairam na virada do século. A idéia de
guerra dos topos e fundos surgindo repentinamente em dois pontos chave de vi-
rada à primeira vista parece ser irracional, pois são uma parte pré-determinada da
onda. No entanto, quando se considera que estas guerras se desenvolvem em mno-
mentos em que o ciclo está em suas fases mais estruturalmente desequilibradas,
não é difícil ver como a instabilidade econômica nacional pode se transformar em
um conflito militar.
O que não é discutível é o fato de que os preços das commodities, o preço real
das ações, e os bonds continuam a experimentar as tendências seculares ou de prazo
mais longo e que as tendências seculares entre as inflacionáriase as forças deflacio-
nárias não existem. São estas tendências que vamos abordar, uma vez que elas esta-
belecemo cenário para muitos temas de investimento de longo prazo e
prevalecem
as características de tendências associadas ao ciclo de tendências ou de
negócios.

Princípio Técnico Fundamental: A melhor abordagem para analisar os mo-


vimentos das tendéncias seculares é assumir que se formam durante um pe-
ríodo longo, mas indeterminado, contrário a um período pré-determinado,
e estão sujeitas às mesmas técnicas de determinação de tendência utilizada
na identificação de reversão em qualquer outra tendência.

Tendência Secular no mercado acionário

Em capítulos anteriores, discutimos o conceito de tendência secular, nos movi-


mentos de preços estendidos que abrange muitos ciclos de negócios diferentes e
em média entre 15 e 20 anos. Neste capitulo, o prazo mais longo ou a tendência
Tempo: Analisando a Tendência Secularde Ações, Titulos, e Commodities 475

secular será examinada em maiores detalhes porque dominam tudo, sejam quais
forem os ativos da classe de títulos, ações, ou de commodities. O ano civil paSsa
por quatro estações-primavera, vero, outono e inverno-e vários fenômenos
estão associados a cada temporada, sendo o inverno o mais trio. No entanto, as

estações não são as mesmas em todas as partes do mundo. Isso é porque o tempo
em última análise é dominado pelo clima. Em Dakotas, o inverno é extremamente
frio e longo e o verão é curto, mas na Flórida, mal tem inverno e o verão é quente
e longo. Ambas as áreas do país têm as mesmas estações, mas seu clima dita na
natureza dessas estações. O mesmo é verdadeiro para o ciclo de negócios, visto
que, cada um sofre a mesma sequência cronológica de acontecimentos, seja qual
for a direção da tendència secular. No entanto, as características de cada ciclo in-
dividual diferem, dependendo da direção e maturidade da tendència secular. A

figura 23.2 sobrepõe a tendência secular ciclicamente.


O gráfico 23.1 mostra que, desde 1900, o mercado de ações dos EUA tem
alternado entre as tendências secularesdealta e baixa, que tëèm em média 14 e 18,5
anos, respectivamente.
Vamos nos concentrar aqui nas ações de baixa secular devido a sua natureza
desafiadora, sendo a secular de alta um cenário de comprar e segurar. Vocè pode
estar dizendo para si mesmo que os períodos de 1900 a 1920 e 1966 a 1982 foram
realmente faixas de negociação e, portanto, não foram mercados de baixa.

FIGURA 23.2 Tendências Secular versus Primária

Tendência Primána
9 meses a 2 anos

Tendência Secular ou muito Longo prazo


12 a 25 anos
476 Parte I1: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 23.1 U.S. Stock Prices, 1900-2012 Mostrando Tendências Seculares

4
Preços das Ações U.SA

2
1

Fonte:pring.com

No entanto, estamos apenas observando uma parte do cenário. Por exemplo, é


possível comprar uma ação a $10 e vend-la por $20. Isso implicaria na duplicação
do investimento original, mas a verdadeira pergunta deveria ser: qual é o poder de
compra do dinheiro apurado quando a ação é vendida em comparação ao valor
comprado. Se o custo de vida tivesse dobrado, não haveria nenhum ganho. O gráfi-
co 23.2 coloca isso em perspectiva, porque mostra o S&P deflacionado pelo Îndice
de Preços ao Consumidor (CP). Agora as faixas de negociação refletem a sua verda-
deira a condição do mercado de baixa. Duas perguntas que podem virà mente neste
momento são: Quais são as causas dessas tendências de baixa seculares? e Comoo
surgimento de um novo mercado de alta secular pode ser identificado?

Causas do Mercado de baixa secular acionário

Há três motivos principais pelos quais os mercados de baixa secular acontecem, e


eles têm suas raízes na psicologia, problemas econômicos estruturais e à volatili-
dade incomum dos preços das comnmodities. O terceiro fator é, em certa medida,
um desdobramento do segundo. Vamos examiná-los sucessivamente.
Tempo: Analisando a Tendéncia Secular de Ações, Titulos, e Commodities 477

GRAFICO 23.2 Ações Ajustadas pela Inflação e o P/L da Shiller, 1899-2012

Ações Ajustadas pela Inflação

Destaques de S

Luz Indicam
P/L Shiller
Recessöes

1950

Fonte:pring.com

Causas psicológicas: Se vocè consultar o gráfico 23.2 novamente, vai ver a Ra-
zão Preço Lucro da Shiller na parte inferior do painel. Esta série utiliza uma
média dos lucros ajustada pela inflação de 10 anos, a fim de compensar as flu-
tuações ciclicas. Você pode estar se perguntando por que estamos apresentando
o que é essencialmente um indicador fundamentalista em um livro técnico. A
resposta é que a relação preço/lucro (PIL) é tratada aqui como uma medição do
sentimento. Por exemplo, por que os investidores estavam dispostos a pagar um
P/L muito alto nas ações em 1929? A resposta é que eles estavam projetando
anos anteriores de várias revisões de alta. Esse nivel de sobrevalorização indica
claramente que os investidores foram incomumente otimistas. O P/L diminuiu
durante sucessivos mercados de baixa secular para uma leitura da mínima em
torno de 7 a 8. Por quê? Porque os investidores tinham visto as
ações corrigidas
pela inflação diminuir durante algumas decadas, e esperavam mais do que isso,
e queriam ser muito bem pagos pelo risco excessivo que geralmente era visto.
De fato, o sentimento tipicamente inverte, de otimismo excepcional refletido
por um alto P/L para pânico e desespero na mínima secular. O gráfico mostra
que o pêndulo psicológico está continuamente balançando de um extremo
para
478 Parte II: Estrutura do Mercado

o outro. Também mostra que um pré-requisito para uma nova alta secular sus-
tentável é um estado de espírito de desânimo e desespero. Observe que, embora
a minima atual tenha se desenvolvido em 1932, não foi at 1949 que a razão P/L
foi capaz se subir para longe de sua zona de sobrevendido numa base sustentá
vel. Esse é o principal motivo pelo qual aquele secular de baixa especifico está
datado de tal maneira. Estas oscilações psicológicas associadas a altos lucros nos
ciclos de contração e expansão não estão limitadas apenas à razo P/L. Também
se estendem a outros métodos de avaliação, tais como oscilações no rendimento
de dividendos no S&<P Composite, de 2 a 3% em topos, a uma média de 6 a 7 por
cento nos fundos seculares. O Valor de reposição de todo o mercado de ações,
medido pela Razão de Tobin Q muda de $1,00 para $1,15 em topos, em média
um desconto de 30 centavos de dólar em fundos seculares. Os mesmos princí-
pios são verdadeiros. Valuations elevados, independentemente do método utili-
zado, refletem otimismo e decisões descuidadas, e nas mínimas refletem medo e
pessimismo extremo, onde os investidores exigem que sejam muito bem pagos
e a multidão considera que é um cenário muito arriscado.
Ironicamente, o nível real de rendimentos corrigidos pela inflação, quando
calculado como uma média móvel de 10 anos, na verdade, aumentou durante
cada um dos mercados de baixa secular do século XX. Consequentemente, a
influência mais importante sobre os preços das ações ao longo de grandes perí-
odos de tempo é a atitude dos investidores àqueles lucros, ao invés dos próprios
lucros.

Principio Técnico Fundamental: Éa atitude dos investidores em relação aos


lucros que infuenciam mais os preços das ações do que os próprios lucros.

Para compreender a natureza dos movimentos de preços seculares nas ações,


é necessário levar em consideração o fato de que quanto mais tempo uma ten-
dência ou condição específica existir, mais arraigado se torna mentalmente. Os
investidores são cautelosos no início de um mercado de alta secular porque estão
cientes do mercado de baixa anterior. Eventualmente, ganham confiança, já que
cada sucessiva tendência primária de alta os recompensa. Este processo se esten-
de, quando os investidores gradualmente baixam a guarda, cedo ou tarde, se tor-
nando vítimas de decisões imprudentes, sendo engolidos por seu próprio sucesso
e encorajados por uma multidão cada vez mais otimista em torno deles. Além
disso, devido ao decorrer do tempo, novos participantes do mercado mais jovens
entram em cena, investidores que não tinham experiência do secular anterior e,
portanto, sem medo de outro. Um mantra comum-"desta vez será diferente-
tipicamente v e m à tona.
Tempo: Analisando a Tendència Secular de Ações, Titulos, e Commodities 479

Causas estruturais: A segunda causa de mercados de baixa secular é de natureza


estrutural. O pico secular é precedido por uma década ou mais, em que os lucros
de uma indústria específica ou de um setor econômico ganha popularidade. Isso
resulta em uma má alocação do capital, como todo mundo quer uma parte da
ação, levando a um excesso da capacidade substancial. No início do século XIX,0
culpado era os canais; na década de 1870, as ferrovias. Recentemente, vimoso dot-
com e mais tarde as bolhas imobiliárias. Tais excessos costumam ter pelo menOS
alguns ciclos de negócios para atenuar, mas a dor que envolve recebe a atenção
dos governos cujas soluções agravam o problema, levando a secular de baixaa
durar mais tempo. Por exemplo, a resposta natural à desaceleração de 1930 foi
impor impostos para proteger o excesso de oferta da indústria de fabricação dos
EUA. Outros governos em todo o mundo seguiram o mesmo exemplo de retalia-
ção. Foi pior do que um jogo de soma zero, porque o comércio internacional se
tornou uma espiral descendente, de modo que todos perderam. No século XXI, os
problemas são agravados pelas tendências demográficas, visto que, menos traba-
Ihadores conseguem suportar a carga fiscal de um maior número de contratados
mais velhos. A resposta do governo a esta realidade foi a de produzir enormes
déficits, matematicamente insustentáveis, que, compreensivelmente, vai se tornar
um fardo para o crescimento futuro.
Se a evidência de deficiências estruturais durante tendências seculares de
baixa for necessária, não procure além da Tabela 23.1, que define suas característi-
cas. A terceira coluna catalogao número de recessões vividas em seculares de bai-
xa anteriores. Os números entre quatro e seis, comparam as duas seculares de alta
entre 1949e uma no período 1982 a 2000. Uma economia que está experimentan-
do continuamente períodos de crescimento negativo é claramente amaldiçoada
com desafios estruturais. Além disso, a experiência repetida de comportamento
recessivo contribui para o clima de desespero psicológico no fundo do mercado
de baixa secular.

TABELA 23.2 Comparando as Caracteristicas da Secular de Baixa


Poderá levar de dois ou mais ciclos de negócios para que as valorizações alcancem fundos
históricos da secular No. de PIL PIL
Prazo Duração Recessões Começando Terminando Declinio
1 1901-1920 19 anos e 6 m 25,2 5,1 269%
2 1929 1949 19 anos e 9 m 32,6 9,1 267%
3 1966-1982 16 anos e 6m 24,1 6,6 262%

Average 18 anos e 7m 4,7 27,3 6,9 266%


4 2000-Dez. 2011 11 anos e 4m 2 44,2 20,8 237%

Fonte: http://www.econ.yale.edu/- Shiller/data.htm;Pring Tuner capital Group


480 Parte II: Estrutura do Mercado

Tendências Instáveis da Commodity: Poderia-se alegar que os preços instáveis


das commodities são um sintoma de problemas estruturais, mais do que a raiz
da causa da baixa secular das ações. No entanto, não pode haver dúvida de que
esse cenário secular seja caracterizado por preços instáveis, para cima, das com-
modities, bem como declínios acentuados, ocasionais, mas telizmente breves. O
declínio entre 1929 e 1932 foi um excelente exemplo, embora os declinios mais
breves de 1920 a 1921, 1974 a1975, 1980, 2008 e nos lembra de que as ações não
gostam dos preços instáveis das commodities, seja em qualquer direção que eles
se desenvolvam.
O gráfico 23.3 compara a inflação corrigida do S&P Composite (emenda no
Cowles Commission Index antes de 1926) para o CRB spot Raw Industrials (emen-
da dos preços no atacado dos EUA antes de 1948). O gráfico sinaliza os mercados
de baixa seculares com as setas tracejadas. É bastante evidente que todos eles, com
exceção do breve período de deflação, descritos anteriormente, têm sido associa-
dos a um histórico de aumento de preços das commodities. A relação não é uma
correlação exata tick-by-tick, mas o gráfico mostra claramente que uma tendência
sustentada de aumento dos preços das commodities, mais cedo ou mais tarde re
sultará no desaparecimento das ações.

GRAFICO 23.3 Ações corrigidas pela Inflação e Preços de Commodities,


1850-2012

Preços das Ações Ajustados pela Inflação

Os Fundos de 1864 e
1932 se desenvolveram
sob deflação
Preços da Commodity

1199 190 19:0 20 93 40 359T"eT

Fonte: pring.com
Tempo: Analisando a Tendência Secular de Ações, Títulos, e Commodities 481

As setas sólidas e largas mostram que uma tendência sustentada ou os preços


em queda ou estáveis das commodities é positivo para as ações, visto que, toda se-
cular de alta se desenvolveu sob esse cenário. Este ponto também é ressaltado pela
abertura da década do século passado. Éclassificada como uma secular de baixa,
mas os preços reais das ações, inicialmente eram bastante estáveis, quando foram
capazes de minimizar a importância do fraco aumento nas commodities. Somente
quando os preços das commodities aceleraram para cima, alguns anos mais tarde,
é que os preços das ações corrigidas pela inflação caíram acentuadamente.
Uma abordagem útil para identificar um pico secular nos preços das com-
modities, geralmente, um fundo secular nas ações, é fazer o cálculo pelo oscilador
de preço ou a medição de um desvio da tendência. Neste caso, os parâmetros
utilizados no gráfico 23.4 são de uma média móvel simples de 60 meses (5 anos)
dividido por uma média de 360 meses (30 anos).
As setas apontando para baixo indicando reversões de uma posição além do
limite ofereceram quatro sinais de compra confiáveis para as ações nos últimos
150 anos ou mais. Se nada mais, o gráfico mostra que dissipar pressões inflacioná-
rias de longo prazo é muito positivo para as ações.

GRAFICO 23.4 Ações corrigidas pela Inflação versus Momento das


Commodities de Longo Prazo de 1829-2012

Preços das Ações Ajustadas pela Inflação

Momentum da Commodity

0 0

Fonte:pring.com
482 Parte Il: Estrutura do Mercado

Tendência Secular do Preço das Commodities


Na seção anterior, estabelecemos o fato de que a tendência secular se desenvolve
nos preços das commodities e que sua direção influencia consideravelmente as
tendências de longo prazo nas ações. É dificil identificar uma causa específica de
um mercado de alta secular em commodities, visto que, parecem surgir de uma
combinação de desequilibrios estruturais, guerras e liquidez proporcionadas pe
los bancos centrais para compensar estes problemas. As tendências ascendentes
de longo prazo nos preços das commodities também encorajam os produtores a
expandir a capacidade, levando a um excesso de oferta no, ou logo após picos se-
culares. Os mercados de baixa secular, então, se desenvolvem, quando este exces-
so de oferta é gradualmente aumentado. A psicologia também desempenha um
papel em que a velocidade monetária afeta consideravelmente a capacidade infla-
cionária de qualquer liquidez do dólar no sistema. Basta dizer que esses tatores se
integram de tal forma que é possível observar tendências seculares evidentes nos
preços das commodities. O gráfico 23.5 mostra uma perspectiva histórica no início
do século XIX. Você pode ver que, com exceção da tendência ascendente que co-
meçou em 2001, a média secular do mercado de alta durou 19 anos e a média de

GRÁFICO 23.5 Preços de Commodities Norte Americanas, 1840 a 2012


Destacando a Tendência Secular

11
Preços da Commodity no E.U.A
22
Média da alta = 19 anos
Média da baixa = 21 anos
12
18
22 33
19
,13
23

Fonte. pring.com
Tempo: Analisando a Tendência Secular de Ações, Títulos, e Commodities 483

20 anos. Alguns desses mercados de "baixa" são realmente faixas de negociação,


como as dos anos 1950 e 1960 e as dos períodos de 1980 a 2001 confirmaram a
evidência.

Tendência Secular na rentabilidade de Bonds e Preços


O gráfico 23.6 mostra a história de longo prazo dos rendimentos dos bonds. E
realmente evidente que as suas tendências são muito mais comportadas do que
suas contrapartes de commodities voláteis, o que faz as reversões seculares relati-
vamente mais fáceis de serem identificadas. As setas indicam as cinco tendências

seculares desde 1870. Os dois


mercados de baixa concluídos para os preços dos
bonds (rendimentos dos mercados de alta) foram em média de 30 anos, e os mer-
cados de alta para os preços dos títulos (mercados em baixa em rendimentos) em
média 25 anos, para uma média de 27,5 anos. A rentabilidade dos bonds norte
americanos tem estado numa tendência de baixa secular (mercado de alta para
os preços dos bonds) desde 1981, ou por volta de 31 anos no final de 2012. Esta
tendência favorável dos bonds já teve o seu auge, não vair durar muito mais. O

GRÁFICO 23.6 Rendimentos dos Bonds Norte Americanos, 1865 a 2012


Destacando a Tendência Secular

180

Rendimento dos Bonds do U.SA (20-30 anos) 31 anos


13

Média = 30 anos

Média= 25 anos
40 anos
29 anos
21 anos

21 anos

Fonte: pring.com
484 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 23.7 Rendimentos dos Bonds Americanos versus Preços de


Commodity, 1860-2012

Rendimento dos Bonds

Preços da Commodity

Fonte: pring.com

que faz que seja provável que não vá se estender muito, na segunda década do
século atual.
Talvez o maior propulsor de tendências seculares em rendimentos de bonds
seja a inflação em termos dos preços das commodities industriais. Neste sentido, o
Gráfico 23.7 compara os rendimentos de títulos aos preços das commodities.
A correlação entre eles, relativamente estreita, mas certamente não perfeita,
é evidente. O que é incrível é que os preços das commodities levaram os rendimen-
tos em quatro dos cinco pontos de virada secular, mostrados no gráfico. Em 1920,
as duas reverteram quase simultaneamente. Claramente, os períodos de tempo
variaram e certamente se poderia discutir o ponto em que, em meados dos anos
1990, o pico da commodity foi maior do que o de 1980. No entanto, o registro
mostra que as commodities levaram as taxas de juros a secular, bem como nos
pontos de virada cíclicos. Infelizmente, os períodos de tempo (ou intervalos) para
cada ponto de virada variam, partindo de reversão simultânea em 1920 para um
período de 10 anos, no periodo l1932 a 1946. Mesmo assim, a forte alta secular da
commodity no periodo 2001 a 2011, surgindo após um declínio dos rendimentos
por 31 anos, sugere que uma reversão secular a favor da inflação, provavelmente
ocorrerá no futuro, quando nos aproximamos da metade da década.
Tempo: Analisando a Tendencia Secular de Açoes, Títulos, e Commodities 485

Técnicas que ajudam a determinar a direção da


Tendência Secular
Contexto

Quando estamos tentando identificar as mudanças nas tendências primárias as-


sociadas ao ciclo de negócios, ocasionalmente é possível para identificar sinais de
reversão que ocorrem em questão de um par de meses do ponto da virada final.
A tendência secular se estende ao longo de muitos ciclos de negócios e, portanto,
duram muito mais. Isto significa que pode levar muitos anos, ou mesmo vários
ciclos de negócios, antes que um sinal de reversão possa ser identificado. No en-
tanto, a paciência e a disciplina necessárias para localizar essas mudanças valem a
pena. Em primeiro lugar, esses sinais não se desenvolvem muito frequentemente
e é provável que permaneçam por uma ou mais décadas. Em segundo lugar, a
direção da tendência secular tem uma grande influência sobre o comportamento
da tendência primária. Os mercados de alta em tendências ascendentes duram em
média, muito mais do que os mercados de alta em tendências descendentes e as-
sim por diante. Compreender a direção da tendência secular pode, portanto, nos
colocar à frente no processo de alocação de ativos em relação ao ciclo de negócios
A explicação a seguir não oferece todas as respostas como gostariamos, mas
representa um ponto de partida.
Um dos problemas que enfrentamos é que a história registrada dos merca-
dos financeiros americanos não nos leva muito longe, quando consideramos que
uma secular, frequentemente se estende por 25 anos ou mais. Isto significa que
não há que muitos pontos de virada a considerar. Tudo o que podemos fazer é u
lizar alguns dos princípios seguidores de tendência e ferramentas que podem ser
usadas para identificar a reversão das tendências de curto prazo e ver o quão bem
funcionam. Especificamente, descobri que o momentum oferece os sinais mais
precisos e oportunos quando confirmados por rompimentos da linha de tend n-
cia, enquanto a análise das médias móveis desempenha um papel menos signifi
cativo. Vamos começar a nossa análise pelas ações.

Identificando Reversões da Tendência Seculares nas Ações

O mercado de alta secular nas ações desde 1900, tem durado em média 12 anos,
ao passo que a média dos Mercados de baixa é de 18,5 anos. Se os extremos do
mercado de alta de 1921 a 1929 forem ignorados, a duração média de 17 anos
está mais em linha com a média de uma secular de baixa. Uma vez que, uma nova
tendência secular seja identificada, um ponto de partida é comparar o periodo de
tempo que a média já vem durando, a fim observar quanto tempo se deve esperar
486 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 23.8 Mercados de Baixa Seculares são Assuntos Profundamente


Cíclicos, 1860-2012

Ações dos E.U.A. ajustadas pela Inflação

Light highlights flag recession


2) 61%
2
i475%
1)-48%

3)-53%
2) 43%

42%
2) 5358 2) 270%
3-54%
6)27% 6) 108%
3)-39%

3)-51-

-46 7-42% Oscilações de Preços Superior a 25%


5)-4
7-62%
)-81%

1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010

Fonte: pringtumer.com

para que esta tendência possa se estender no futuro. Outros pontos de referência
são as proporções da Razão P/L de Shiller para ver onde está em relação às suas
vezes para 5 ou 7 vezes a sua referência extrema. O gráfico 23.8 mostra que os
mercados de seculares de baixa anteriores foram submetidos de cinco a sete osci-
lações de preços superiores a 25 por cento. Partimos do pressuposto, de que todos
os mercados seculares de baixa estão sujeitos a uma experiência semelhante, que
também poderiam ser usados como um ponto de referência para identificar a
maturidade de qualquer declínio existente.
Altas seculares são completamente diferente, como mercados de tendência
de baixa primária que se desenvolvem sob seu contexto raramente sofrem declí-
nios maiores do que 25 por cento. Com a correção da inflação de 1920 a1929 e de
1950 a 1966 as altas seculares tiveram em média cerca de 400% e de 1982 a 2000
próximas a 700%.
Os gráficos 23.9 e 23. 10 comparam os preços de ações dos Estados Unidos, a
um oscilador de preço usando uma média móvel de 3 anos (MM) dividido por um
período de 12 anos. Visto que os dados anuais estão sendo utilizados, um período
de tempo preciso näo deve ser esperado, mas os topos e fundos neste indicador, no
entanto, oferecem algumas reterèncias úteis da temperatura do mercado de longo
Tempo: Analisando a Tendência Secular de Ações, Titulos, e Commodities 487

GRAFICO 23.9 Preços das Ações nos EUA e um Indicador de Desvio de


Tendência

Preços das Ações dos EUA

Desvio de Tendência (3/12)

Fonte:pring.com

GRÁFICO 23.10 Preços das Ações nos EUA e um Indicador de Desvio de


Tendência 1800-2012 Mostrando Fundos

Preços das Ações dos EUA

Desvio de Tendência (3/12)

Fonte: pming.com
488 Parte I1: Estrutura do Mercado

prazo. Os pontos de acumulação secular estão indicados no gráfico 23.9, quando


de
o oscilador atingiu o fundo mais baixo no Gráfico 23.8
Mercados baixasecula
res são assuntos profundamente cíclicos, 1900 a 201l ou abaixo do nível de -10%.
Apenas um dos sete sinais desde 1800 provou ser uma violinadae este foi o único
dado no final de 1930. Será interessante ver se o sinal de 2012 vai provar ser válido
ou será mais uma indicação de acumulação como ocorreu nas décadas de 1930 e
1940. Dado que os mercados passam mais tempo subindo do que caindo, o valor
de referéncia negativa da sinalização foi levantada a partir de 10% a 40%. Neste
exercício, os picos são sinalizados quando o oscilador cruza abaixo do nivel de
+40%. Eles foram sinalizados com as setas apontando para baixo. Frequentemente,
o pico atual de mercado é sinalizado quando o oscilador inverte a direço, então
o cruzamento negativo sobrecomprado é uma abordagem mais conservadora. Em
alguns casos, esses picos são seguidos por faixas de negociação multianuais, em vez
de declínios reais, mas na maior parte dos casos, os preços nominais tiveram um
momento dificil avançando por muitos anos, após o sinal ter sido dado.
As linhas de tendência são frequentemente, uma ferramenta muito ütil de
identificação da secular. O gráfico 23.11 mostra como as violações da linha de ten-
dência ou conclusões de padrão de preços sinalizam de forma confiável as princi-
pais reversões dos últimos 100 anos ou mais. O problema, certamente, é que nem

GRÁFICO 23.11 Preço da Ação Ajustado pela Inflação, 1980-2012


Mostrando a Aplicação das Linhas de Tendência

Preçodas Ações dos EUA Ajustados pela Inflação

Fonte:pring.com
Tempo: Analisando a Tendència Secular de Ações, Titulos, e Commodities 489

GRÁFICO 23.12 Preço da Ação Ajustado pela Inflação, 1980-2012


Mostrando os Sinais do Oscilador

Preços das Ações Ajustadas pela Inflação

Oscilador do Preço (60/I360)

137

Fonte:pring.com

sempre é possivel construir linhas contra mercados rápidos, tal como a queda de
1929 a 1932. Alternativamente, as linhas podem ser construidas, mas sua violação
ocorre bem depois do ponto de virada. Isso não acontece com qualquer uma das
linhas traçadas no gráfico 23.11, mas teria acontecido, digamos, se o topo de 1911
a 1915 tivesse sido incluído no gráfico.
Uma alternativa é combinar as violações de linha de tendência com um os-
cilador. Neste caso, um período de tempo secular é util para dividir 60 meses
(5 anos) por uma média móvel de 360 meses (de 30 anos), como mostrado no
Gráfco 23.12. Além do sinal desastroso de 1930 contido na elipse, quando todos
os sinais se desenvolveram divergindo completamente do preço, esta abordagem
funcionou bem no período 1900-2013.

Identificando a Reversão de Tendencia Secular na Commodity

Um método consiste em utilizar uma média móvel de longo prazo através dos
dados. O problema é que precisamos estender o período de tempo para eliminar
violinadas, mas os sinais frequentemente, se desenvolvem bem após a nova ten-
490 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 23.13 Preço das Commodity dos EUA, 1800-1802 e um


Indicador ROC

Violinadas
Preço das Commodity EUA

ROC 240 meses

Fonte: pring.com

dência estar a caminho. O gráfico 23.13 mostra uma MM de 156 meses (13 anos)
para as commodities norte-americanas. Ela funciona razoavelmente bem, e os cru-
zamentos são suficientemente confiáveis para sinalizar uma reversão, mas certa-
mente, não o suficiente para mostrar em qual deve apostar a hipoteca. Observe
que antes de 1860, os preços anuais eram utilizados no indice de commodities.
O gráfico também inclui um indicador de momentum neste caso, um ROC-
taxa de mudança, de 240 meses (20 anos) suavizado por uma média móvel - MM

de 72 meses (6 anos), o que é muito bom para identificar topos parabólicos. A su


avização de reversões frequentemente fornece sinais confiáveis nos fundos. Nesse
sentido, as setas (sólidas) apontando para cima mostram quando a média móvel
da série de momentum reverte para cima.
Frequentemente, esses sinais se desenvolvem algum tempo à frente do ponto
de virada definitivo nos preços das commodities, portanto, algumas das setas incli-
nam para a direita para indicar quando a série de preços confirma um cruzamento
da média móvel. As setas que apontam para baixo (tracejadas) indicam picos
culares. Neste caso, os sinais se desenvolvem quando o ROC cruza abaixo da sua
média móvel de 72 meses, não quando a média inverte a direção.
Tempo: Analisando a Tendncia Secular de Ações, Titulos, e Commodities491

GRAFICO 23.14 Preço das Commodity dos EUA, 1800-1802 e um


Oscilador de Preço

Preço das Commodity EUA

Oscilador de Preço

Fonte pring.com

Isto é porque os fundos tendem a ser arredondados, enquanto que os picos


normalmente têm a forma pontiaguda. Observe os dois sinais de violinadas que se
desenvolveram na faixa de negociação de 1980 a 2001. No final de 2005, a média
móvel do ROC recuou para acima de sua média móvel de 156 meses. Este foi o
de dados.
quinto sinal de compra confirmado em quase 150 anos
Outra técnica útil é adotar a abordagem do oscilador de preço de 60 me-
ses/360 meses usado anteriormente para as ações. Isso é mostrado no Gráfico
23.14, onde os cruzamentos de uma MM de 48 meses do oscilador são usados
Como alertas de momentum de comprar/vender. Observe as duas setas em AeB,
que indicama únicaviolinada em quase 200 anos de história, alguns sinais esta
vam atrasados, mas não é um mau desempenho global.
A análise da linha de tendència também pode ser adotada para os preços de
commodities. Alguns exemplos são mostrados no gráfico 23.15. Observe a linha
de tendência de alta originada na década de 1930. Se alguma vez for violada, es-
peramos ver um forte declínio das commodities ou uma faixa de negociação estará
a caminho.
492 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 23.15 Preço das Commodity dos EUA, 1800-1802 e Aplicação


da Linha de Tendência

Preço das Commodidity dos EUA

1950

Fonte:prng.com

Identificando as Reversões Seculares dos Rendimentos dos


Bonds
Muitas das mesmas técnicas utilizadas na análise de commodities podem ser ado-
tadas para os rendimentos dos bonds. Por exemplo, o gráfico 23.16 mostra que a
combinação do ROC de 240/linha de tendência funciona muito bem. A série em
questão usa o rendimento de 30 anos, desde a sua criação na década de 1990, mas
também é utilizada no rendimento de 20 anos do governo anterior àquela.
O caminho da rentabilidade dos bonds tende a ser mais suave do que o das
ações e commodities, então uma combinação útil é comparar uma MM exponen-
cial de 9 meses com a de uma série de 96 meses. Isso é mostrado no Gráfico 23.17.
As setas pequenas mostram umas poucas violinadas que ocorreram nos últi-
mos 150 anos ou mais. Observe que o rendimento permaneceu abaixo de sua MM
de 96 meses durante o maior período de tempo da baixa secular após 1981. Visto
que, a MM e a linha de tendência estäo próximas e a linha foi tocada ou aproxi-
mada em inúmeras ocasiðes, o seu rompimento em conjunto deve provar ser um
sinal de reversão de uma tendência secular muito confiável, sempre que ocorrer.
Tempo: Analisando a Tendência Secular de Ações, Titulos, e Commodities 493

GRAFICO 23.16 Rendimento dos Bonds dos EUA, 1865-2012 e um ROC

Rendimentos dos Bonds do EUA

ROC de 240 meses

1930 14 0 16 197 19 0 2000

Fonte: pring.com

GRAFICO 23.17 Rendimento dos Bonds dos EUA, 1865-2012 e duas MMA

Rendimentos dos Bonds dos EUA

MME de 96 meses

Uma MME de 9 meses versus uma MME de 96

MME de 9 meses

Fonte: pring.com
494 Parte I1: Estrutura do Mercado

GRAFICO 23.18 Rendimentos dos Bonds dos EUA, 1928-2012 e análises de


Linha de Tendência e dos Topos e Fundos

Rendimentos dos Bonds EUA


Ondas indicam - C
movimentos que
excedem de 12,5%

A MME de 96 meses

A
TT

Fonte: pring.com

O gráfico 23.18 mostra uma história mais recente. Observe como a MM expo
nencial de 96 mesesea linha de tendência
eram indistinguíveis entre 1990
quase
barreira de resistência. Observe
e 2013, reforçando, assim, cada u m a c o m o uma

dos dois
também que o rendimento no reverteu nem um pouco em qualquer um
no gráfico. Em vez disso, experimentou uma
pontos de virada seculares mostrado
faixa de negociação estendida em ambos os casos.

Progressäo de Topos-Fundos

A progressão de topos e fundos é outra técnica que pode ser aplicada ao processo
de identificação de reversões seculares dos rendimentos dos bons. Não é uma

abordagem perfeita, parece funcionar de maneira mais oportuna do que a


mas
maioria. A ideia é que uma tendencia de alta válida se desenvolve quando cada

picosucessivo é mais alto d0 que seu antecessor, bem como cada fundo sucessivo
for mais alto que o anterior. Neste exemplo, um pico é um rali de alta associado
com um ciclo de negócios especiico e um fundo é um declínio associado à contra-
cão ou desaceleração. Quando uma série de topos e fundos ascendentes dá lugar
Tempo: Analisando a Tendência Secularde Ações, Titulos, e Commodities. 495

a uma sucessão de topos e fundos descendentes fundos, um sinal de reversão de


tendência é dado por esta técnica. A magnitude e duração da nova tendência, no
entanto, nao são indicadas. Seria bom saber isso, mas um alerta sobre a direção
não deve ser subutilizado. As reversões de tendéncias de baixa são sinalizadas
de maneira exatamente oposta, com uma série de picos e fundos, substituindo
uma tendncia descendente. Náão se deve presumir que esta técnica va
em as mas é surpreendente como
funcionar
todas situações, pode ser eficaz, especialmente
quando usada em conjunto com cruzamentos da média móvel e as violações das
linhas de tendência, etc.
As formas mais sólidas da onda representam movimentos com excesso de
12,5% e são utilizadas como uma base para medir objetivamente o que constitui
um topo ou fundo legitimo. O primeiro sinal em A é realmente uma confirmação
de uma tendência descendente secular que começou em 1920. A série de topos
fundos descendentes havia sido interrompida no início de 1932 com um fundo
mais alto. Desde 1931l o fundo ficou um pouco abaixo do seu antecessor, os fun-
dos em declínio ainda estavam intactos. O rompimento abaixo dela em A recon-
firmou tendência
a de baixa secular. O Ponto B mostra a reversão desse declínio
no final de 1940. O rendimento, em seguida, continuou a traçar uma série de
topos e de fundos ascendentes até o ponto Cno início de 1980. Como o gráfico
påra em 2012, a progressão descendente de topos e fundos continua.

As tendências Seculares Dominam as Características das Ten-


dências Primárias

Num capítulo anterior, aprendemos que a tendência primária determina as ca-


racterísticas dos movimentos de preços de curto prazo. Durante um mercado
em alta, as tendências de alta de curto prazo têm maior magnitude do que as
tendências de alta de curto prazo que se desenvolvem em um mercado primário
de baixa e vice-versa. O mesmo também é verdadeiro para a relação entre a se-
cular e o ciclo de negócios (primário) associado àtendência. Está bem evidente,
se você observar o gráfico 23.2. Você pode ver que as tendências primárias dos
mercados de baixa que se desenvolveram, por exemplo, no mercado de alta se-
cular de 1949 a 1966 ou de 1982 a 2000 são muito melhores do que aqueles que
se desenvolveram nos períodos de baixa seculares entre 1966 e 1982 ou 2000 e
2012. Uma compreensão da direção da tendência secular, claramente o coloca
em uma posição muito poderosa. Por exemplo, se você concluir corretamente
que as açöes estão num mercado de alta secular, é provável que os preços sejam
muito mais sensiveis a uma leitura sobrevendida. Por outro lado, se a tendência
de muito longo prazo for descendente, as leituras sobrevendidas teriam muito
nenos força. Além disso, é muito provável que a magnitude e duração de uma
alta da tendência primária seja menor num mercado de baixa secular e mais
496 Parte II: Estrutura do Mercado

a encontrar uma resistência, em vez de registrar uma nova máxima


propensa
histórica.
Há um velho ditado dizendo que as surpresas vêm na direço da tendência
a mais dominante, isto
principal. Uma que a tendência secular é realmente
vez
significa que, durante uma tendência de alta secular, é provável que nenhumasur
sobem muito mais
presa surja no lado inflacionário. Os preços das commodities
O seria vá-
råpidos e avançam mais do que a maioria das pessoas espera.
mesmo

lido para Os rendimentos dos bonds. As surpresas do outro lado se desenvolvem


durante uma tendência de deflação secular. Dito isto, estas "surpresas" normal-
mente ocorrem quando a tendência está numa fase mais madura. Quando ela
está começando, os preços das commodities e das taxas de juros, frequentemente
uma faixa de negociação ou período transitório
de cerca de 5 a
experimentam
10 anos. Somente no final da onda para cima, quando as distorções começam a

evoluir, aquelas altas assustadoras e inesperadas nos preços das commodities e os

rendimentos se materializam.
alta de
As tabelas 23.2 a 23.5 mostram os movimentos reais durante a fase de
1946 a 1981 e da fase de queda para os rendimentos da Moodys Corporate AAA

de 1981 a 2012.
Observamos que 2012 foi o fundo da tendência secular, mas no início de
2013, no há provas suficientes para chegar a uma conclusão correta sobre isso,

apesar de que vários indicadores


tivessem sugerindo que esse poderia ser o caso.

Durante a alta secular nos rendimentos, a parte média do ciclo de alta durou
mais
cerca de 30 meses e levou os rendimentos, aproximadamente há um pouco
de 19
alto abaixo da alta de 40%; mercados de baixa nos bonds foram mais curtos,
a onda de baixa entre 1981 e 2012, os
meses, e menores, em média 13%. Durante
mercados de baixa duraram muito mais, 42 meses, e levou os rendimentos para

média de 29%. Os mercados de alta eram mais curtos, em média 15


baixo em uma

TABELA 23.2 Expansão Cíclica dos Rendimentos numa Tendência de Alta Secular

Data Tempo em Meses % de Subida

4/46-12/47 20
1/50-6/53 41 25
4/54-9/57 41 44
5/58-1/60 20 29

2/63-9/66 43 31

2/67-6/70 40 68
12/72-10/74 22 31
9/77-3/80 30 64
6/80-9/81 15 46
Média 30,2 39,3
Tempo: Analisando a Tendência Secular de Ações, Titulos, e Commodities

TABELA 23.3 Declinio Ciclico dos Rendimentos numa Tendência de Alta Secular

Data Tempo em Meses % de Declinio


12/47-1/50 25 10
6/53-4/54 10 16
9/57-5/58 13
1/60-2/63 3
9/66-2/67 5
6/70-12/72 30 16
10/74-9/77 35 15
3/80-6/80 3 18
Média 19,1 13,1

TABELA 23.4 Declínio Cíclico dos Rendimentos numa Tendência de Baixa Secular

Data Tempo em Meses % de Declinio


9/81-5/83 20
6/84-2/87 32 38
9/87-9/93 60 36
11/94-1/99 62 30
5/2000-7/2003 38 33
Média 42,4 29,4

TABELA 23.5 Expansão Ciclica dos Rendimentos numa Tendência de Baixa Secular

Data Tempo em Meses % de Declinio


5/83-6/84 24 18
2/87-9/87 7 23
9/93-11/94 14 31
1/99-5/200 16 29
Média 15,25 25,25
498 Parte II: Estrutura doMercado

meses, mas ainda levou o rendimento para cima até uma alta média de 25%. Nem
todos os mercados de alta que se movimentam num avanço secular são maiores
do que todos os mercados de alta que se movimentam num declínio secular e
vice-versa. No entanto, os valores médios indicam que, se você puder fazer uma
interpretação correta sobre a direção da tendência secular, já percorreu um longo
caminho na batalha de investimento.

Sumário
1. A onda de Kondratieff descreve a interação de longo prazo entre a inflação
e as forças deflacionárias, mas a sua rígida, quase pré-determinada, inter-

fez com que muitos eventos financeiros não se revelassem como o


pretação
esperado.
Desde o século XIX, as ações, commodities e bonds têm se alternado entre os
2.
mercados de alta e de baixa secular, geralmente com duração aproximada de
15 a 20 anos.
3. Os mercados de baixa secular para ações são determinados por oscilações
econômicos es-
psicológicas de longo prazo. São influenciados por problemas
truturaise preços de commodities excepcionalmente voláteis.
4. As Tendências seculares podem ser analisadas com ferramentas técnicas re-
gulares, como momentum, linha de tendência e análise de média móvel
5. As surpresas normalmente vêm na direção da tendência secular, que determi-
na as características das tendências primárias ou ciclo dos negócios associadas
à tendência.
24

TEMPO: CICLOS E
PADRÖES SAZONAIS

Principios Básicos

O tempo é representado no eixo horizontal da maioria dos gráficos técnicos. Ge


ralmente é utilizado em conjunto com o preço, volume e largura, e outras três
dimensões da psicologia envolvidas na determinação das tendências no mercado
de ações. Estes três últimos, no entanto, são medidos no eixo vertical. O tempo
também pode ser avaliado de forma independente através da análise de ciclos.
As discussões sobre a importância do tempo têm, até agora, sido limitada
à ideia de que o significado de uma reversão na tendência depende do período
de tempo necessário para uma distribuição ou acumulação para ser concluido.
Quanto maior o período, a magnitude e a duração de um movimento provavel-
mente o próximo será muito maior. Remover os excessos especulativos de uma
tendência requer um movimento corretivo de grandes proporções, assim como a
disciplina de um longo periodo de acumulação fornece uma base sólida a partir
da qual um avanço substancial e prolongado pode ocorrer. O extenso mercado
de alta (8 anos) entre 1921 e 1929 foi interrompido por reações corretivas, mas
o aumento substancial nos preços das ações durante este período resultou num
umento considerável do excesso de confiança e excessos especulativos, que s
foram eliminados por um considerável e demorado declínio.
Da mesma forma, o topo de 1966 do mercado de ações foi basicamente p
cedido por uma subida de 24 anos dos preços seguido por um longo período de
consolidação envolvendo os preços das açöes altamente oscilantes. Quando corri-
gido pela inflação, os preços das ações atingiram um ponto culminante em 1965,
posteriormente passando por um mercado de baixa secular extremamente severo,
que foi comparável a derrocada de 1929 a 1932.
500 Parte II: Estrutura do Mercado

que começou em
Outro exemplo é o do espetacular mercado de alta no ouro,

1968 a $32 e subiu para $850 em janeiro de 1980. Enquanto o declinio dos preços
não era tão grave como o crash de 1929, os 20 anos seguintes foram passados em
uma faixa de negociação lateral frustrante a preços bem abaixo de metade do seu
de topo. Uma vez que, o processo de catarsefoi concluído, os preços estavamn
valor
livres para mais do que duplicar do seu topo de 1980.

Principio Técnico Fundamental: O tempo está relacionado com ajuste por-


uma tendência leva para completar, maior será a
que quanto mais tempo
aceitação psicológica e maior a necessidade dos preços se movimentarem na
direção oposta e serem corrigidos adequadamente.

Os investidores se tornam acostumados com os preços ascendentes num


mercado de alta com cada correção sendo vista como temporária. Quando a ten-
dência finalmente reverteu e o primeiro declínio do mercado de baixa começou,
a maioria ainda estava convencida que essa, também, era mais uma correção tem-

porária e que a tendência de alta seria retomada. A resposta inicial é sempre a des-
crença, como refletido na atitude "terá que voltar a subir" ou "É uma boa empresa;
estou comprado para longo prazo". Na medida em que os preços continuaram
caindo num mercado de baixa, os ajustes tornaram menos otimista a forma que
a maioria dos investidores abandonaram suas expectativas de um mercado as-
cendente e olharam para ele movendo-se lateralmente por um tempo. O pêndulo
psicológico finalmente oscila completamente para o outro lado (baixista), quando
os investidores observam os preços caindo ainda mais e se tornam excessivamente
pessimistas. Neste ponto, tempo suficiente decorrido e comportamento do preço
para baixo já se passou para concluir o processo de ajuste, e o mercado em questão
está, então, em uma posição de embarcar num novo ciclo de alta.
O tempo foi considerado aqui em um contexto emocional, uma vez que é
necessário que os investidores se adaptem às suas expectativas não realizadas.
Ambos os traders e investidores devem perceber que o tempo está profundamen-
te ligado ao ciclo de negócios. Isto éé devido ao tato de que uma recuperação forte
e longa, como aquelas entre 1921 a 1929 e 1990 a 2000 estimula a confiança entre
os investidores e empresários. Como resultado, eles tendem a se tornar ineficien-
tes, descuidados, e sobrecarregados devido a este longo período de prosperidade.
A contração subsequente nas condiçoes de negocios necessária para acabar com
essas distorções é, portanto, mais severa. Os preços das ações sofrem a dupla in-
fluência de: (1) a perda de seu valor intrínseco, devido ao declínio nas condições
de negócios e (2) sendo reavaliada para baixo devido aos níveis irrealisticamente
altos que prevaleceram durante o periodo de prosperidade. O conjunto de cir-
cunstâncias opostas é relevante após um longo declínio do mercado.
501
Tempo: Ciclos ePadroes Sazonais

Princípio Técnico Fundamental: A ideia de uma reação à altura da ação

anterior é conhecida como o princípio da proporcionalidade.

Medir o tempo como uma variável independente é um processo complica-


do, uma vez que os preços se movem em flutuações periódicas conhecidas como
ciclos. Os ciclos podem operar por períodos que variam de alguns dias a muitas
décadas. A qualquer momento, inúmeros ciclos estão operando simultaneamente,
e, uma vez que estejam exercendo forças diferentes em momentos diferentes, a
interação das suas relações de mudança frequentemente tem o efeito de distorção
do tempo de um ciclo especifico.
O mais dominante e um dos mais longos é o chamado ciclo de 4 anos, em que
há uma duração nominal ou média entre os fundos de 41 meses. Uma
vez
que, va-
rios outros ciclos estão funcionando ao mesmo tempo, mas com diferentes influên-
cias, a duração do tipo 4 anos pode variar de qualquer maneira por 6 meses ou mais.
Os ciclos são mostrados em um gráfico no formato de ondas senoidais (cur-
va de sino) na Figura 24.1. Estas curvas são geralmente baseadas em uma taxa de
variação (ROC) ou no cálculo de desvio da tendència, que é então suavizada para
compensar as flutuações falsas. Visto que, raramente a duração de dois ciclos é
idêntica, o cálculo do periodo é baseado em uma média, ou é nominal. Este perí-
odo de tempo teórico é usado como base para a previsão.

Principio Técnico Fundamental: Visto que, raramente a duração de dois ci-


clos é idéntica, o cálculo do periodo é baseado em uma média ou é nominal.
Este período de tempo teórico é usado como base para a previsão.

FIGURA 24.1 Ciclo Tipico

Area de Distribuição
Topo

Fundo

Area de Acumulação
502 ParteII: Estrutura do Mercado

FIGURA 24.2 Ciclo Típico versus ldealizado

Na Figura 24.2, este ciclo idealizado é representado pela linha tracejada e o


ciclo real por uma linha sólida. As setas indicam os topos e fundos do cicdo idea
lizado: Na verdade, a evolução dos preços raramente reverte exatamente em pon-
tos teóricos, especialmente nos topos, onde muitas vezes há um longo período de
tempo de espera. No entanto, os pontos teóricos proporcionam uma orientação
útil. Outros três princípios importantes estão envolvidos com a análise do ciclo em
adição aqueles de proporcionalidade e nominalidade. O primeiro éé o princípio da
semelhança, que afirma que a ciclicidade da duração semelhante existe no compor-
tamento do preço de todas as ações, índices e mercados. Isto significa que existe
um ciclo de 4 anos não só para os mercados de ações dos EUA, bonds e commo-
dities, mas também para cada aço individuale para os mercados internacionais.

Princípio Técnico Fundamental: Quanto maior o número de mercados,


ações ou commodities num universo que está se movendo na mesma direção,
tendència seja mais forte.
é provável que a

Por exemplo, se duas ações de serviços de alimentação estão fazendo rompi-


mentos, é provável que a tendência das ações de alimentos seja menos significati-
va do que, digamos, 10 ações que estejam enfrentando rompimentos semelhantes.
O velho ditado "força nos números" certamente vem à mente sobre este ponto.

Princípio Técnico Fundamental: O princípio da variaço estabelece que en-


quanto as ações estão em ciclos sinmilares a magnitude do preço e a duração desses
ciclos nominais sero diferentes das considerações fundamentais e psicológicas.

Em outras palavras, todas as ações, índices, e os mercados passam por um


ciclo semelhante, mas o timing de ambos os seus topos e fundos diferem, e as-
Tempo: Ciclos e Padrões Sazonais . 503

FIGURA 24.3 Setores Líderes versus Setores Atrasados

Ações sensiveis aos juros


Ações da indústria
de base

sim ocorre com o tamanho de suas flutuações de preços. Por exemplo, as ações
sensíveis aos juros e ciclicas (indústria de base), passam pelo mesmo ciclo, mas
devido às ações sensíveis aos juros, tais como serviços públicos, lideram os ciclos
do mercado, tais como grupos siderúrgicos, geralmente ficam atrás deles. Isto é
mostrado na Figura 24.3. Da mesma forma, as ações sensíveis aos juros podem
subir por 80% a partir de um fundo para o topo de seu ciclo, enquanto as cíclicas
podem avançar apenas 20%, e vice-versa.
O gráfico 24.1 também ilustra este princípio, e mostra a interação de séries
financeiras durante um ciclo típico de negócios. A parte ascendente geralmente
consiste de três fases, que correspondem às três fases descritas na teoria da Dow.
E normal que os preços alcancem uma nova alta, na medida em que cada fase se
desdobre, mas às vezes isso não acontece. Isso é conhecido como uma falha de

GRAFICO 24.1 Ciclos Tipicos com Séries Financeiras em Percentagem das


suas Médias. Uma Abordagem Mecânica às Condições dos Ciclos dos Negócios

10
100 Atividade
dos negócios
90

120
110
100
LII Emissoes
o
110
100

Agöes
80

100
Bonds
90

110

100 Juros

Fonte: L. Ayres, Cleveland Trust, 1939


504 Parte Il: Estrutura do Mercado

magnitude, e é um sinal distinto de fraqueza. Uma falha da magnitude ocorre de-


vido aos fundamentos subjacentes muito pobres. De fato, o ciclo não supera. As
falhas de magnitude são uma característica de um movimento de preços contra a
tendência tal como uma alta de curto prazo num mercado primário de baixa, um
avanço da tendência primáia que se desenvolve no contexto de um mercado de
baixa secular, e assim por diante.
O oposto também pode ocorrer; fundamentos excepcionalmente fortes (ou
a percepção deles) pode dar origem a uma quarta fase, em que os preços são sub-
metidos a uma perna de alta adicional. Para os mercados de ações, essa onda
ascendente final é muitas vezes associada a um período prolongado de taxas de
juros em declínio. Tais condições subjacentes fortes normalmente se desenvolvem
quando o ciclo de 4 anos ocorre em conjunto com o topo dos ciclos de longo pra-
zo, tal como o associado com tendências seculares.
Nos casos em que os pontos de virada cíclica de inúmeros componentes de
um determinado mercado convergem, a magnitude do movimento seguinte será
muito maior. Por exemplo, os pontos de virada de mercados de ações individuais
podem ocorrer mundialmente em momentos diferentes. No entanto, no verão de
1982, a maioria dos fundos cíclicos coincidiu. A alta que ocorreu, praticamente
em todos os mercados foi explosiva. O terceiro princípio é somatório.

Principio Técnico Fundamental: O princípio somatório ocorre quando di-


versos ciclos são combinados para o cálculo de um indicador específico.

E realmente a combinação de uma série de ciclos em um e é o conceito por


trás do modelo de ciclo de mercado Know Sure Thing (KST) discutido no Capítulo
15. Se o resultado for representado como um ciclo idealizado, seria representado
por uma curva semelhante ao indicador Special K, também discutido no mesmo
capítulo.
Há quatro influéncias que afetam uma tendência de séries temporais a qual-
quer momento: secular, ciclicas, sazonais e aleatórias. A tendência cíclica é o pon-
to de partida com a finalidade de analisar os mercados primários de alta e de bai-
xa. Especificamente, este é o ciclo de 4 anos ou ciclo Kitchin. A influência secular
é um prazo muito longo que engloba vários ciclos de 4 anos. Do ponto de vista de
uma ação, bond ou mercado de commodities, o ciclo secular mais dominante varia
de 30 a 50 anos entre os fundos. Dois outros ciclos importantes de mais de 4 anos
são os ciclos de 9,2a 18 anos.
Figura 24.4, adaptada dos Ciclos de Negócios por Joseph Schumpeter (Mc-
Graw-Hil, 1939), combina o efeito de três ciclos de negócios observáveis dentro
de uma curva. De fato, ele mostra o principio somatório usando três ciclos de lon-
Padrões Sazonais 505
Tempo: Ciclos e

FIGURA 24.4a Modelo de Schumpeter de Ciclos de Negócios do Século Deze-


nove (From Joseph Schumpeter, Business Cycles, McGraw-Hil, New York, 1939)

Kondratieff

Soma das outras curvas

Juglars

Kitchins

(a)

FIGURA 24.4b Ciclos dos Negócios no Século Vinte e os Pontos de Crises


(Caminho Calculado)

Crise e perigo. Crise Aguda


de panico 8periodo de

Crise Aguda pânico


8 periodo de
panico

1960 1970 1980 1984


900 1910 1920 1929 1930 1940 1350

(b)

go prazo: o de 50 a 54 anos (Kondratieff), o de 9,2 anos, e os ciclos de 41 meses (Ki-


tchin). O modelo não se destina a ser uma previsão exata das condições de negó-
cio e os preços das ações, mas antes indica a interação dos ciclos mais curtos com
os mais longos. Mesmo assim, vale a pena observar que a curva de longo prazo
cruzou abaixo da linha zero em 1987. Projetando a onda de baixa daquele ponto
em diante, para esperar um cruzamento positivo de equilibrio 20 a 25 anos mais
tarde, certamente nos trazendo para dentro do estádio para um fundo secular nos
preços das commodities, o que realmente ocorreu em 2001. Uma descriço mais
detalhada da longa onda foi apresentada no Capítulo 23. Por enquanto, vamos nos
concentrar em alguns ciclos de duração relativamente curtos.
506 Parte I: Estrutura do Mercado

O Ciclo de 18 anos

Normalmente, a amplitude de um ciclo é uma função da sua duraçã0; ou seja,


quanto mais longo o ciclo, maior a oscilação.
os 18 anos ou, mais precisamente, o ciclo de 18 anos, ocorreu de uma forma
bastante confiável nos preços do mercado de ações desde o início do século XIX,
mas o seu desempenho recente é questionável. Mesmo assim, este ciclo ganha
credibilidade porque opera em outras áreas, como a atividade imobiliária, em-
préstimos e descontos, e pånicos financeiros.
A linha suavizada no gráfico 24.2 é uma média móvel (MM) centralizada de
3 anos de preços de ações ordinárias de 1835 a 2012. Esta média ajuda a suavizar
a tendência e isolar o cenário de longo prazo mais claramente. O início do ciclo
de 18 anos nos fundos de mercados primários é auto evidente quando as linhas
verticais são mencionadas.
Enquantoo ciclo dura em média 18 anos, as baixas cíclicas reais podem va-
riar de 2 a 3 anos sejam elas quais forem. O aumento da interferência do governo

GRÁFICO 24.2 S&PComposite, 1835-2012 -0 Ciclo de 18 anos e 1/3

s&P Composite

MM de 3 anos centralizada

18 anos e 1/3

Fonte pring com


Ahistóna desse indice retorna apenas até 1926, por isso foi
emendada para outras sénies
Padrões Sazonais 507
Tempo: Ciclos e

na economia resultante da revolução keynesiana gerou efeitos que confundiram


a identificação do ciclo para cima na medida em que há uma questão em saber se
ele ainda está operando. Por exemplo, o fundo conceitual no período 1987 a 1988
não coincide com o fundo associado com um ciclo de negócios. Observe que no
início da década de 1950 e nos fundos de 1987-1988 se desenvolveram durante o
curso de um mercado de alta secular como definido no capítulo anterior. Em tais
casos, no se esperaria encontrar muito na forma de ciclicidade para baixo, mas
aqueles pontos de junção, como fundos cíclicos regulares, ainda podem ser classi-
ficadas como uma oportunidade de compra de longo prazo.
Em termos globais, desde 1840, o ciclo de 18 anos tem operado de forma
razoável e consistente. No entanto, a natureza errática dos dois últimos ciclos nos
leva a questionar se esta periodicidade 18 anos ainda continua a operare é outro
motivo pelo qual os ciclos, assim como qualquer outra técnica, precisam de outros
indicadores adicionais.

O Ciclo de 17,5 anos


Uma ligeira variação no ciclo de 18 anos é a sua contraparte de 17,5. Isto está
ilustrado no gráfico 24.3, onde você pode ver que ele abrange muitos fundos sig
nificativos, bem como topos. Os pontos de virada seculares, tais como em 1929,
1949, 1966, 1982 e 2000, todos desenvolvidos próximos aos fundos ou reversões
esperados. Infelizmente, este ciclo não faz distinção entre topos e fundos-nova-
mente, os indicadores de momentum são necessários para este processo.

O Ciclo de 9,2 Anos

O gráfico 24.4 mostrao ciclo de 9,2 anos nos preços das ações de 1830 a 1946. As
linhas tracejadas representam o ciclo ideal, que reverteu exatamente no prazo, e a
linha sólida mostra a média anual real como uma porcentagem de sua tendência
da Média Móvel de 9 anos.
O ciclo ocorreu 14 vezes durante o período de 1930 a 1946 e, de acordo
com o teste de probabilidade de Bartels, não poderia ocorrer por acaso mais do
que uma vez em 5000 vezes. Outra prova da importància deste ciclo é dada pela
observação da periodicidade de 9,2 anos em outros fenômenos não relacionados
com os preços do ferro-gusa e do poder dos très anéis.
Um problema com utilizar a técnica ilustrada no gráfico é que a média anual
é expressa como percentagem de uma média móvelcentrada (MM) de 9 anos. Isto
significaque a tendéncia não é conhecida até 4 anos após o fato, por isso há sem-
pre um atraso de 4 anos em saber se o ciclo de 9.2 anos ainda está operando. No
entanto, se o início da recessão teórica em 1965 é utilizado como uma base e 9,2
508 Parte II: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 24.3 S&P Composite, 1840-2012-0 Ciclo de 17,5 anos

s&P Composite

17,5 anos
W

Fonte:pring.com
Ahistória desse indice retorna apenas até1926, por isso foi
emendada para outras séries.

GRAFICO 24.4 0 Ciclo de 9,2 anos nos Preços das Ações de 1830 a 1946

% da média móvelda tendência de 9 anos


140 LO
120 2.1
100

80 1.9
Desvios dos dados da te nd ncia de 9
anos
1840 1860 1880 1900 1920 1930 1940
Fonte: Edward R Dewey, Cycles: TheMysterious Forces ThatTngger Events. Hawthome Books,New York, 1971, p.119.

ano são subtraídos de volta para 1919, os topos do ciclo de 9,2 anos correspondem
estreitamente aos principais topos do mercado de ações.
As linhas verticais no Gráico 24.5 mostram os fundos teóricos do ciclo de 9
anos usando o fundo 1932 como um dispositivo de centragem. As pequenas setas
pretas mostram como o fundo atual divergiu do fundo teórico ou tornou-se uma
Tempo: Ciclos ePadrões Sazonais 509

GRAFICO 24.5 S&P Composite, 1900-2012- 0 Ciclo de 9,2 anos

s&P Composite

9.2 anos

14 1

Fonte: pring.com

alta invertida. Aquelas contra o ROC de 55 meses (metade do período de tempo


do ciclo) apontam para cima quando o ponto de virada do ciclo correspondeu com
uma importante reversão do ROC ou o início de uma tendência mais acelerada.
O ciclo funcionou bem até a década de 1990, depois disso, os fundos repre-
sentaram bons pontos de compra, mas subiram a metade das altas anterior
fato de que este ciclo deixou escapar completamente os fundos de 2002 e 2009
sugere que pode ainda não ter voltado a funcionar.

O Padrão Decenal
Este padrão foi observado pela primeira vez por Edgar Lawrence Smith em seu
livro Tides and the Afairs of Men (Macmillan, 1932). Smith pesquisou os preços
das ações voltando para 1880 e chegou à conclusão de que um padrão de 10 anos,
ou ciclo, dos movimentos de preços de ações foi reproduzido durante esse período
de quase 58 anos. Ele afirmou que não tinha nenhum conhecimento do motivo
do padrão de 10 anos voltar a ocorrer, embora mais tarde tenha sido capaz de
510 Parte II: Estrutura do Mercado

correlacionar os padrões de ações decenais com chuvas e temperatura diferen-


ciais. Mesmo que o ciclo seja relativamente confiável, náão existe até o momento,
nenhuma explicação racional a respeito do por que ele funciona.
Smith utilizou o último dígito da data de cada ano para identificar o ano em
seus cálculos. Os anos 1881, 1891, 1901, etc., são os primeiros anos; 1882, 1892,
etc., são o segundo; e assim por diante. Inspirado pela pesquisa do Dr. Elswor
th Huntington e Stanley Jevons, que enfatizaram os períodos de recorrência em
fenômenos naturais de 9 a 10 anos, Smith fez sua análise, dividindo um gráfico
do mercado de ações em segmentos de 10 anos e colocando-os um sobre o outro
para comparação, como mostrado no gráfico 24.6. Ele concluiu desses dados que
uma década tipica consiste de três ciclos, cada qual durando aproximadamente
40 mese.
O falecido Edson Gould, que se destacou em meados da década de 1970
por causa de suas previsões de ações assombradamente precisas, usando o ciclo
decenal como uma pedra angular para a sua pesquisa. Prevendo o mercado de
ações 1974, Gould escreveu: "Nos 35 anos que se passaram desde que o livro do
Sr. Smith foi publicado - 35 anos de guerras, inflação e grandes mudanças na
organização e histórico da nossa economia monetária --o comportamento do
mercado de ações tem, na maior parte do tempo, se adequado inusitadamente
bem ao padrão de 10 anos. A descoberta de Smith tem resistido ao teste do tempo.
A série de ações no gráfico 24,7 representa uma média simples do padrão
decenal de 1900 a 2009, dando igual peso aos movimentos proporcionais de cada
periodo. Começa com os anos terminados em zeroe termina com aqueles termi-
nando com nove. Você pode ver que as trajetórias são muito semelhantes durante
mercados de alta e de baixa secular, embora eles representem diferentes anos. O
gráfico também traz à tona o fato de que nos anos de alta secular é mais fácil ga-
nhar dinheiro do que nos de baixa secular, uma observação bastante óbvia, mas
ainda assim muito importante.
O padrão é traçado em conjunto com um de ROC 12 meses no gráfico 24.8.
As oscilações no ROC mostram quatro fases de baixa e um número igual de avan-
ços, como assinalado pelas linhas sólidas.
O padrão decenal pode ter um valor maior se for usado para identificar onde
os pontos fortes e fracos normalmente ocorreme, então, verificar se outros fenô-
menos técnicos são consistentes. Por exemplo, no meio do ano, o indicador ROC
de 12 meses do ciclo médio está altamente
sobrecomprado, o que é consistente
com um declínio ou consolidação, iniciando no final daquele ano e seguindo at
o ano quue termina em zero.
Em 1949, o ROC de 12 meses estava altamente sobrevendido e era incom-
patível com a sua posição normal no padrão decenal. Em vez de cair em 1950, o
mercado realmente subiu. Esta experiência é um bom exemplo de por que a abor-
dagem decenal deve ser usada com outros indicadores técnicos e não de forma
isolada.
511
Tempo: Ciclos e Padrões Sazonais

GRAFICO 24.6 0 Padrão Decenal dos Preços das Ações Industriais

1910

LAN

Fonte: Adaptadode Edson Gould, 1974 Sodk Madet Forecast Os anos 1974 a 1980 säo representados

por nosas própries aproximagões p a s prncipais anda no


fomas de DJA
512 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAICO 24.7 Ciclo Decenal 1900-2009 Distinção entre os Mercados


Seculares de Alta e de Baixa.

230 Cicdo Decenal (1900-2009)

10-

170-
Todosos anos

Altas Seculares
130-

110

100

0-

0
Baixas Seculares

1 2 3 4 5 67 89
Fonte: pring.comn

GRAFICO 24.8 Ciclo Decenal 1900-2009 e um Indicador de Momentum

Ciclo Decenal (1900-2009)


s&P Composite
60

12 ROC

2 3 4 5 6 i 7 8 9
Fonte: pring.com
Padrões Sazonais 513
Tempo: Ciclos e

Anos Importantes
O período mais forte no ciclo é centrado nos anos terminados em cinco e se es-
tende atéo início do sétimo ano. Há um viés de alta distinto começando no final
do sétimo ou no meio do oitavo ano, que vai até ao terceiro trimestre do nono. Na
verdade, a Tabela 24.1 mostra que o nono ano subiu 10 vezes, de um total de 12,
sendo apenas ofuscada pelos excelentes 5 anos, que têm uma vantagem de 12 al-
tas. Esta exceção desenvolvida em 2005, mas não seria uma exceção se tivéssemos
usado o S&P Composite no nosso cálculo. Os anos mais fracos são aqueles que
terminam em um sete ou um zero.
O gráfico 24.9 compara o ciclo médio com o S&P Composite na abertura da
década do século atual. De modo geral, as trajetórias foram bastante semelhan-
até que a crise financeira de 2008 começou a se desdobrar e o mercado caiu

TABELA 24.1 0 Ciclo de 10 Anos do Mercado de Ações

Percentagem Anual de Mudança no indice Dow Jones Industrial


Ano da Década

Decades 1st 2nd 3rd 4th 5th 6th 7th 8th 9th 10th
1881-1890* 3.0 -2.9 -8.5 -18.8 20.1 12.4 -8.4 4.8 5.5 -14.1
1891-1900 17.6 -6.6 -24.6 -0.6 2.3 -1.7 213 225 9.2 7.0
1901-1910 -8.7 -0.4 -23.6 41.7 38.2 -1.9 -37.7 46.6 15.0 -18.0
1911-1920 0.5 76 -103 -5.1 81.7 -4.2 -21.7 10.5 305 -32.9

1921-1930 12.7 21.7 -3.3 26.2 30.0 0.3 28.8 48.2 -17.2 -33.8
1931-1940-52.7 -23.1 66.7 4.1 385 24.8 -32.8 28.1 -2.9 -12.7
1941-1950 -15.4 76 13.8 12.1 26.6 -8.1 2.2 -2.1 129 176

1951-1960 14.4 8.4 -3.8 44.0 20.8 23 -12.8 34.0 16.4 -93
1961-1970 18.7 -10.8 17.0 14.6 109 -18.9 15.2 4.3 -15.2 4.8
1971-1980 6.1 14.6 -16.6 -276 383 17.9 -17.3 -3.1 4.2 14.9
1981-1990 -92 19.6 20.3 -3.7 27.7 22.6 2.3 11.8 27.0 43
1991-2000 20.3 4.2 13.7 2.1 33.5 26.0 22.6 16.1 2
432

Total %
Change 70% 40% 41% 89% 369% 74% 38% 222% 111% 81%
Anos de Alta 8 7 5 7 12 7 10 9
Anos de Baixa 4 7 5 0 5 6 2 3
5 7
Baseado no indice Cowles anual
numa base de Fechamento 1881-1885
514 Parte I1: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 24.9 s&P Composite versus o Padrão Decenal

s&P Composite (2000-2009)

Comportamento
Divergente

Ciclo Decenal (1900-2009)

Fonte:pring.com

consideravelmente, em vez de subir. Essa discrepância, mais uma vez oferece uma
oportuna advertência que por melhor que um padrão histórico ou relação possa
ser, é obrigatório obter uma conclusão com o peso da evidência, porque no mundo
da previs o financeira nada é predeterminado, exceto o ciclo recorrente do medo
e ganância! Além disso, ao usar esses tipos de padrões cíclicos e os próprios ciclos
para análise, maior ènfase deve ser colocada na direção do que na magnitude.

O Ciclo de 41 meses (4 anos)

O chamado ciclo de 4 anos é um ciclo de 40,68 meses (41 meses). Tem sido obser-
vado na operação dos preços das ações desde 1871. Por volta de 1923, o professor
Joseph Kitchin também foi capaz de mostrar um ciclo de 41 meses em compensa
ções bancárias, nos preços no atacado e taxas de juros nos Estados Unidos e Reino
Unido. Este ciclo desde então tem o seu nome.
O ciclo de Kitchin aplicado aos preços das ações está ilustrado nos gráficos
24.10a e b. Entre 1871le 1946, ocorreu 22 vezes, com consistência quase excepcio
nal. Então, em 1946, como Edward Dewey descreve, "Quase como se uma mão
Tempo: Ciclos e Padrões Sazonais 515

GRAFICO 24.10a 0 Ritmo de 41 meses nos Preços das Ações, 1868-1945

AA
TTY
Tirmring da onda mensal de 40 a 68 meses

880
O ritmo mensal de 40 a 41 meses
Onda de

XLALU Kitchin no
mercadob
de ações

90s

MIN
93 940

onte: EdwwardE. Dewey, Oydes: The Mystrious Forces That Trigger Events. HawhomeBodks, NewYok, 197 1

GRÁFICO 24.10b 0 Ritmo de 41 meses na Reversão nos Preços das Ações

1950 1955 1960


L 1965
L
Fonte: Edward E. Dewey, Cycles: The Mysterious Forces That Trigger Events. Hawthome Books, New York, 1971.
516 Parte II: Estrutura do Mercado

gigante tivesse se estendido e o empurrado, o ciclo fraquejou,


e no momento em

caminhando completamente fora da


que tinha recuperado o seu equilíbrio, estava
fase de cad ncia ideal, que tinha mantido por tantos anos
O ciclo de 4 anos também pode ser observado vendo-se uma grande opor-
tunidade de compra a cada 4 anos, e desta forma é sem dúvida o mais confiável
dos ciclos descritos aqui. Os gráficos 24.11 e 24.12 mostram que ele geralmente
se desenvolve após um declínio, tal como em 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982,
1990, 1994, 1998, e 2002. As vezes, como em 1986 e 2006, O mercado estava muito
forte e a oportunidade de compra se desenvolve após uma consolidação lateral.
O ciclo de 4 anos de 2010 também desenvolveu uma oportunidade de compra,
mas desta vez, ele surgiu depois de um declínio intermediário no meio do ano.
ciclo 1921 1974, respectivamente, de modo que as
gráfico centraliza o em e
linhas verticais representem fundos idealizados. O importante a observar é que
as oportunidades de compras reais nos fundos se desenvolvem próximas de cada
lado destes pontos. Muitas delas se cruzam perto das linhas verticais. A falha mais
notável se desenvolveu em 1930 a cerca da metade do caminho da baixa do maior
mercado de baixa da história. Mais uma vez, esta anomalia indica o fato de que

GRÁFICO 24.11 0 Ciclo de 4 anos do S&P Composite, 1910-1958

S&P Composite

Ciclo real de 4 ano


centralizado no
fundo de 1921,

Fonte: pring.com
Tempo: Ciclos e Padrões Sazonais . 517

GRAFICO 24.12 0 Ciclo de 4 anos do S&P Composite, 1959-2018

S&P Composite

Ciclo real de 4 ano


centralizado no
fundo de 1974.

Fonte:pring.com

um determinado indicador ou ciclo que tenha operado com sucesso no passado


não é garantia de que ele vá continuar a faz-lo no fu

O Ciclo Presidencial

O ciclo presidencial está intimamente ligado a sua contraparte de 4 anos, mas


é mais de um padro do que um ciclo real com dois fundos separadas por um
topo cíclico. O ciclo presidencial pode ser dividido em 4 anos separados, como o
mandato presidencial. No primeiro ano, os presidentes gostariam de fazer algu
ma limpeza econômica para se preparar para tempos melhores, na medida em
que a eleição subsequente se aproxima. Guerras também tem se desenvolvido na
primeira metade do mandato. O exemplo mais recente foi a invasão do Iraque
que começou no final de 2003, embora estritamente falando, tenha ocorrido bem
no início da segunda metade do mandato. A expansão da guerra do Afganistão
pelo presidente Obama foi anunciado em Dezembro de 2009, menos de 1 ano
como presidente. O ponto aqui é que o primeiro ano do ciclo envolve recessão
518 Parte I: Estrutura do Mercado

GRAFICO 24.13 0 Ciclo Presidencial, Retornos Anuais de 1833-2011

IDJI-Variação %- (1833-2011)
600
470%
500
400

300 255% Ganho%


200 187%

100 86%
0
1 2 3 4

Anos do Ciclo Presidencial

Fonte: Stock Market Cycles by Jefrey Hirsch (Wiley, 2002

económica e é um empecilho sobre o preço das ações. Em ciclos do Mercado de


Ações (Wiley, 2002), Jeffrey Hirsch estabelece o fato de que entre 1833 e 2011,
o mercado ganhou 724% nos últimos 2 anos do ciclo presidencial em compa-
ração com 273,196 para os dois primeiros. Em contrapartida, com a austeridade
dos primeiros 2 anos, a pré-eleição e os anos eleitorais são caracterizados por
um estímulo à economia. A percentagem de lucros para cada um dos 4 anos em
que o ciclo é mostrado no gráfico 24.13. Voltando ao primeiro ano, descobrimos
que uma série de mercados de baixa começa em tais ocasiões. Exemplos incluem
1929, 1937, 1957, 1969, 1973, 1981, e 2001, ainda que no caso deste último a alta
real foi registrada em 2000. O gráico 24.13 mostra também que o terceiro ano do
ciclo é claramente o melhor. Na verdade, não houve nenhum ano em baixa no ter-
ceiro ano da eleição presidencial desde a eclosão da II Guerra Mundial em 1939,
quando o Dow Jones Industrial Average (DJIA) perdeu 3%.
O Gráfico 24.14 estabelece o desempenho médio para cada ano do ciclo. Aqu
é evidente que o período que começa no final do meio do ano e termina no uti-
Padrões Sazonais 5 1 9
Tempo: Ciclos e

GRAFICO 24.14 0 Ciclo Presidencial, 1900-2010

Presidential election cycle composite


Average fouryear prestdetial electon cyde 1900 -2010

Average gain
+4.1% +4.3% +11.3% +7.5%

Presidential election patterm

Trend n o
than teve

ost-Election Mid-Term Pre-Election Election


Year Year Year Year

The Dow Jones industrial Average is an unmanaged Index of 30 widely hekd U.s. companies
cormmonly used tomesure stodk market performance.
The sae
invest soosinananunmanaged
decdy ndex of so0widely
ind Past perfamance traded conmon
is no guarantee of futuestocds.
esus tis not posstble to

mo trimestre do ano pré-eleitoral é estatisticamente o mais forte. Quando combi-


nado como ano mais forte no ciclo decenal (1915, 1935, 1955, 1975 e 1995), uma
forte alta se desenvolve a cada 20 anos. O manuscrito deste livro toi preparado no
início de 2013, por isso vai ser interessante observar como a próxima quinta com-
binação do ciclo decenal como terceiro ciclo presidencial em 2015 se comportará.

Padroes Sazonais
Há um padrão sazonal distinto dos preços das ações, que tende a se repetir ano
As ter um aumento na último declínio
primavera, um
após ano. ações parecem
no segundo trimestre, uma alta no verão, e um declínio no outono. Além de mu-
danças sazonais no clima que afetam a atividade econômica e a psicologia dos
investidores, há também alguns padrões sazonais nas atividades financeiras. Por
exemplo, julho e janeiro são meses fortes para o pagamento de dividendos, co
mércio varejista em torno do final do ano, o período do (Natal) é o mais forte do
ano, e assim por diante.
As ações adquiridas em outubro têm uma elevada probabilidade de valori-
zar se mantidas por um período de 3 ou 6 meses, já que neste mês termina o pior

desempenho de 6 meses do ano. Também registra fundos de mercados de baixa


520 Parte I1: Estrutura do Mercado

do que qualquer outro mês. Não surpreendentemente, o periodo de novembro


a janeiro oferece os melhor desempenho em meses consecutivos do ano (ganho
médio no S&P de 4,3% desde 1950). Um desempenho insuficiente nesta parte do
ano é frequentemente um sinal de problemas. O falecido Edson Gould observou
que 'se o mercado no subir, como deveria durante os períodos sazonais de alta,
é um sinal de que outras forças estão mais fortes e que, quando o periodo sazonal
termina aquelas forças realmente tero algo a dizer.
Próximo do centro destes de 3 meses de temporada altista é o período em
torno do Natal Abraçando os últimos cinco dias de negociação do ano que termi-
na e os dois primeiros do novo ano. Esta é a chamada alta de Papai Noel, que de
acordo com Jeffrey Hirsch em Stock Market Cycles, tem uma média de 1,5% desde
1953. Yale Hirsch, o pai de Jeffrey, consagrou a expressão "Se Papai Noel perder
nas opçoes de compra, os baixistas podem vir para a esquina das ruas Broad e
Wall'. Os exemplos incluem 1968, 1981, 2000, e 2008, todos os quais foram segui-
dos por mercados de baixa. Isto, é claro, é um grande exemplo de que o princípio
sazonal de Edson Gould, descrito acima, falhou.
O gráfico 24.15 representa a tendéncia sazonal do mercado de ações que
sobem em um determinado mês. As probabilidades foram calculadas ao longo
do século XX por Tim Hayes na Ned Davis Research (ver Tabela 24.2). Todos os
movimentos são relativos, visto que, um mês com uma forte tendência será acen-

GRAFICO 24.15 0 Padrão Sazonal no Mercado de Açõess

Dow Industrials One-Year Soasonal Pattom


S.5
Fundo HaiolJunho
para
topo Julho/Setembro 5.0
+11,2%*

3.5
Fundo Novembro/Dezembro
para
3.0
topo marçolAbril
+14,5% Topo Julho/Setembto

fundo Outubro/Dezembro

2.0
3,5%
.0

Topo Março/Abril
L.3
para
fundo Maio/Junho
-9,1% 1.0
Mudança Percentual Média Baseada
A Tendência é mais em Dados Semanais desde 1900
0.5 O.3
importante do que o nível

Fonte: The Research Driven Investor by Timothy Hayes (McGraw-Hil, New York, 2000)
Tempo: Ciclos e Padrões Sazonais 521

TABELA 24.2 Performance Mensal do IDJI desde 1900

Jan. Fev. Março Abril Maio Junho Julho Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Altas/baixas médias
1.16 -19% 7% 1.19% -19% 50 1.40% 1.10% 196 0% 906 1.5%
Percentagem de meses em que o mercado ganhou
64 50 61 55 52 52 61 65 42 55 62 73

Fonte: Ned Davis Research

tuado em um mercado de alta, e vice-versa. E também importante observar que


o sentido da tendência é mais importante do que o nível.
O Barometro de janeiro foi originalmente concebido por Yale Hirsch em
1972. Simplificando, o indicador segue a máxima de que "como o S&P se compor
ta em janeiro, assim faz o ano inteiro" (Jeffrey Hirsch, Stock Market Cycles, p. 143).
De acordo com Hirsch, o barômetro tem uma precisão de 88,7%.
Um comentário final sobre a sazonalidade é proveniente do fato de que o
período de maio a outubro tem o pior histórico. "Venda em maio e saia tem
algum mérito estatístico do seu lado. Por exemplo, Jeffrey Hirsch calcula que um
investimento hipotético de $10.000 no DJIA durante o período de novembro
abril daria um total de $674.074, comparado com uma perda de $1024 por um
período de 62 anos. Isso não significa que cada período de maio a outubro perdeu
dinheiro, nem que cada um de novembro a abril ganhou dinheiro, mas indica
uma tendência fortemente positiva emrelaço ao período de novembro a abril.
Meu amigo Sam Stovall no S&P Capital 1Q vai mais longe. Ele enfatiza que
dois setores com bom desempenho no período negativo de maio a novembro são
os bens de consumo básicos e cuidados da saúde. Alternativamente, as matérias
primas de beta mais elevado e o indice industrial tiveram um desempenho supe
rior no período altista de novembro a maio.

Alta Sazonal no Final do Mês

Os resultados do final do ano com retornos superiores também parecem ser apli
cáveis até o final do mês. Os dados relativos ao período de 89 anos que termina em
1986 mostram que os retornos a partir do últinmo dia de negociação de um mês
(dia I na Figura 24.5) até o final do terceiro dia de negociação do novo mês são
consistentermente bons. A justificativa para este resultado pode ser proveniente
de fluxos de caixa mais altos no final do mês, tais como salários, dividendos, etc.
Certamente, a média de 0,118%, destes quatro dias de negociação, versus
0,015% para todos os dias de negociação. Os lucros da virada do mês podem ser
522 Parte I: Estrutura do Mercad

FIGURA 24.5 Virada do Mês (Média dos Retornos Diários)

0.15T
0.12
0.09
0.06
0.03

3 Média diária
Dia de negociação do mês

Dados de J. Lakonishoc and S. Smidt, "Sãoreais as anomalias sazonais? Uma perspechva de 90 anos, 'Johnson working
paper80-07, Comell University, Ithaca, 1987.

considerados como responsáveis por todos os retornos positivos de ganho de ca-


pital gerados pelo mercado. Em um artigo intitulado "Calendars Anomalis, Bruce
Jacobs e Kenneth Levy salientaram que este efeito esteve menos presente na década
de 1980, o que mostra que não é uma política prudente seguir um indicador exclu-
sivamente. Na edição de The Stock Traders Almanac 2001, uma leitura obrigatória
para o trader orientado pela sazonalidade, Yale Hirsch assinala que este indicador
sazonal mudou entre 1981 e 2000 para us últimos 4 e primeiros 5 dias de negociação
do novo ms. O dia mais altista de todos parece ser o primeiro dia do mês, de acordo
com a edição do Almanaque de 2013, como os editores apontam que nos últimos 15
anos, o IDJI ganhou mais pontos nesse dia do que todos os outros juntos.
No entanto, faz sentido integrar este efeito sazonal confiável de longo prazo
com osciladores de curto prazo. Claramente, o potencial para o mercado avançar
neste momento será muito maior se estiver sobrevendido indo para o último (pre-
sumivelmente) dia altista do mês.

Dias da Semana

O termo "Segunda-feira azul" tem plena justificativa. A influência da fraqueza das


segundas-feiras se originou durante o colapso financeiro de 1929 a 1932. Durante
a Depressão, o mercado avançou, em média, todos os dias da semana, exceto às
segundas-feiras. Poderia ser dito que todo o declinio do mercado ocorreu nos fi-
nais de semana durante os periodos de sábado até fechamento às segundas-feiras.
A figura 24.6 mostra o retorno médio para cada dia de 1928 a 1982. Segunda-
feira é o único dia de baixa. Lembrando que isto leva em consideração a "quinta-
feira negra', em 1929, mas não inclui a queda de 500 pontos que ocorreu na "Se-
523
Tempo: Ciclos e Padrões Sazonais

FIGURA 24.6 0 Efeito dos Dias da Semana (Média dos Retornos Diários)

0.20
O.15
O.10-
0.05

-0.05
-0.10
-.15-
0.20
Seg. Ter. Quar. Quin. Sex.6* Sex. 5* Sab.

Sex.6-Sexta numa semana de 5 dias de negócios


Sex.5- Sexta numa semana de 5 diasde negócios

Souce Data from D. Klein and R Stambaugh."A Further Irnvestigation of the Weekend Efect in Stock Returns," Jounol ofFinonce
uly 1984, pp. 819-837.

gunda-feira negra', em 1987, isso só serve para enfatizar o ponto. Não parece haver

qualquer justificativa aceitável para este resultado, o que também ocorre em merca-
dos acionários fora dos EUA, instrumentos de dívida, e até mesmo suco de laranja.

Avanços antes dos Feriados

O dia anterior aos feriados éestatisticamente um período de alta. Isto está indi-
cado na Figura 24.7, que cobre o período entre 1963 e 1982. Com exceção do Dia
dos Presidentes, todas as sessões (em média) de negociação antes dos feriados
generosamente ultrapassaram a média diária.

Horário do Dia

Estudos recentes (Harris, "How to Profit from Intradaily Stock Returns," Journal
Management, winter 1986) indicaram que existe um efeito que ocorre
of Portfolio
em um horário definido, conforme mostrado na Figura 24.8. Existe uma pequena
atividade diariamente, exceto nas manhäs de segunda-feira. Todos os
diferença na
dias, no entanto, mostram um viés de alta ocorrendo na última meia hora. O estudo
mostrou que este efeito de alta foi enfatizado até o sino do fechamento, com o um
retorno médio do último negócio igual a 0,05%, ou 0,6 centavos por ação. Quanto
mais próximo do sinal de fechamento os lucros ocorrerem, mais altos serão. As ope-
rações após 15:55h tiveram em média lucros de 0,12% ou 1,75 centavos por ação.
Com este comentário otimista é um bom momento para encerrar este capítulo.
524 Parte II: Estrutura do Mercado

FIGURA 24.7 0 Efeito dos Feriados (Média dos Retornos Diários)

New Yearss-
Presidents Day
Good Friday
Memorial Day
Fourth of July
,
Labor Day
Thanksgiving-
Christmas-
Average nonholiday
0 0.125 0.25. 0.375 0.5 0.625 0.7
% de retormo

Fonte: Dados de B, Ariel, "High Stock Returns before Holidays,"Sloan working paper, MIT, Cambridge, MA, 1984

FIGURA 24.8 0 Efeito Hora do Dia

0.3T

0.2
Quinta Quarta

.** *..
0.1
Sexta..
..e. Terça
0.0

-0.1
Segunda

-02
T
10 am 11 am 12 noon pm 2 pm pm 4Fpm
Hora do dia
25

IDENTIFICAÇO
PRATICA DOS CICLOS

Este capítulo discute alguns dos princípios básicos da análise cíclica e utiliza
exemplos para ilustrar algumas técnicas simples que ajudam na sua identificação.

Definição de Ciclos

Um ciclo é um padrão de preço ou de movimento reconhecível que ocorre com


alguma regularidade num período de tempo específico. Um mercado, ação ou
indicador que tenham um fundo de preço em intervalos de 6 semanas e dito ter
um ciclo de 6 semanas. Estes fundos sucessivos são mais altos ou mais baixos do
na identificação do ciclo. O que é
que o seu antecesso, o que no é importante
significativo é que existe um ponto claramente definível "de fundo" em todas as 6
semanas, separado do seu antecessor por um ponto mais alto conhecido como o
ciclo de alta. Figura 25.1l mostra alguns exemplos possíveis.
A figura 25.1 também mostra que, enquanto os fundos dos ciclos de baixa
ocorrem aproximadamente em Intervalos de 6 semanas, os topos dos ciclos de
alta podem variar. Geralmente, chegam antecipadamente, como no ponto A; por
vezes, ocorrem na metade do ciclo, como no ponto B; mas, também podem surgir
mais tarde, como no ponto C. Geralmente, quando o ciclo de alta se desenvolve
logo após o ciclo de baixa, as implicaçôes são que a parte dealtado ciclo é fra-
ca e que a sua força predominante encontra-se no lado da baixa. Nesta situação,
cada fundo do ciclo de baixa geralmente está abaixo daquele do seu antecessor.
Do mesmo modo, um ciclo de alta que está "atrasado', ou seja, chega bem após a
metade do caminho, geralmente, indica um forte ciclo, coma implicaço de que o
fundo estará acima do fundo do ciclo anterior. Inúmeros ciclos diferentes podem
526 Parte I1: Estrutura do Mercado

FIGURA 25.1 Ciclo de Topos e Fundos

C
B

6semanas =
6semanas 6 semanas 3 6 semanas 6semanas 6 semanas

semanas

ser observados em qualquer mercado ou ação, alguns de longa e alguns de curta

duração. A tarefa do técnico não maior número possivel, mas sele-


éidentificar o
cionar os mais dominantes e confiáveis.

Principios
Existem diversos princípios:

1. Quanto mais longo for o ciclo, provavelmente será maior a amplitude do


preço; por exemplo, um ciclo de 10 semanas terá maior significado ope-
racional do que um ciclo de 10 horas.
2. Resulta do item 1, que quanto maior for o ciclo, maior o significado da

baixa.
3. Quanto maior for o número de ciclos atingindo um fundo em torno do
mesmo período de tempo, mais forte provavelmente será o movimento
de preço subsequente.
4. Numa tendência ascendente, o topo do ciclo tem uma tendência para
mover-se para a direita, ou seja, a ocorrer após a metade do caminho do
ciclo. O mesmo principio é similar, em sentido inverso para os mercados
de baixa; isto é, há uma tendéncia do ciclo de alta de mover-se para a

esquerda.
5. E possivel observar topos cíclicos que ocorrem em períodos de tempo
regulares.
6. Um topo ou fundo cíclico projetado pode se desenvolver no sentido
oposto ao que o previsto. Em tais casos, o ciclo é dito ser "invertido.
527
Identificação Prática dos Ciclos

Métodos de Detecção
Muitas técnicas matemáticas têm sido usadas para identificar os ciclos. A analise
de Fourier, por exemplo, separa os de vários ciclos existentes por comprimento,
amplitude, fases, etc. O Reconhecimento sistemático é uma técnica que testa os
períodos solicitados. O resultado é um período da técnica GRAM que mostra os
ciclos mais dominantes. Embora essas técnicas possam ser úteis, tendem a fazer
que a análise técnica pareça uma ciência exata, o que definitivamente não é. Este
capítulo vai se limitar a très métodos de identificação de ciclo: desvio de tendên-
cia, momentum e observação simples.

Desvio da Tendência

Este método tem uma série de dados e divide cada item por uma média móvel (MM).
O periodo sob observação representa o desvio, e a MM representa a tendência.
O capítulo 11 explica que, umavez que, uma MM seja projetada para retletir
a tendência de preços subjacente, idealmente, deve ser traçada na metade do ca-
minho ao longo de seu intervalo de tempo. Isto é porque a média do preço ocorre
na metade do caminho do período de tempo, por exemplo, na sétima semana,
uma média móvel para 14 semanas. No entanto, as mudanças na direção da MM

geralmente ocorrem demasiadamente tarde para oferecer sinais oportunos com a


finalidade de identificar a reverso dessas tendências. Por este motivo, os técnicos
geralmente utilizam um cruzamento da MM para gerar sinais. Visto que, apenas
os dados históricos são utilizados na identificação do ciclo, esta desvantagem não
é importante. O desvio da MM é, portanto, calculado dividindo o período em
questão, pelo ponto central da MM. A observação de preços para 27 de Fevereiro
é dividido por uma MM de 13 semanas, tal como calculado em 18 de Abril;: ou
seja, uma MM "movida" para trás 7 semanas. O resultado é, entäo, traçado como
um oscilador, que separa pontos cíclicos de alta e de baixa.
Então, é uma tarefa relativamente simples de se observar, se qualquer períiodo
de tempo consistente separa esses pontos. Um método é anotar as diferenças de pe
riodo entre todos os ciclos de alta e de baixa, a fim de determinar quais os que apare-
cem mais frequentemente. Visto que, as MMs suavizam todos os ciclos no seu perío-
do de tempo, é importante experimentar as várias médias, a fim de identificar tantos
ciclos quanto possiveis. Os mais confiáveis devem, então, ser utilizados na análise.

Momentum

Um método mais simples consiste em calcular uma série de momentum e suavi-


zá-lo por uma MM adequada, determinada por tentativa e erro. Esta abordagem
528 Parte II: Estrutura do Mercado

vai trazer o ritmo subjacente no movimento dos preços, assim como um desvio
do cálculo da tendéncia faz. E duvidoso se a abordagem do momentum por si só
pode ser utilizada com sucesso para a identificação do ciclo, mas uma confirma-
ção inestimável de confiabilidade cíclica pode ser revelada, quando utilizada em
conjunto com a simples técnica de observação de preço discutida posteriormente.
A posição de um indicador de momentum também pode ser útil ao alertar
as potenciais inversões ciclicas, ou seja, quando um fundo cíclico projetado pode
a ser uma alta cíclica, e vice-versa. Por exemplo, uma invers o ciclica pode
ocorrer quando a projeção dos dados sinalizar que um fundo cíclico provavel-
mente se desenvolverá em torno de uma data específica, enquanto o indicador de
momentum utilizado em conjunto com este estudo está em, ou descendo de um
nivel sobrecomprado. Um bom exemplo é mostrado no gráfico 24.5 queilustra o
S&P Composite. Em l1987, o ciclo de 9,2 anos pareceu alcançar o seu topo, quando
medido pela mudança de taxa (ROC) de 5 meses, exatamente no momento em
que uma baixa deveria ter sido registrada.

Observação Simples

O gráfico 25.1 mostra o Gold and Silver Share Index. A linha sólida
Philadelphia
representa um ciclo de baixa de 82 semanas e a linha tracejada um ciclo de alta de

GRÁFICO 25.1 indice Philadelphia Gold and Silver Share e o ROC de 41


Semanas, 1995-2002

Philadelphia Gold and Silver Share Index


160
Mercado de Baixa

400
Mercado de Alta
60 Mercado de Baixa
ROC de 41 meses

100

60

50
5 86 7 89 90 91 92 93 94 95 96 97 96 990001 02
Fonte pring com
Identificação Prática dos Ciclos 529

126 semanas. O ROC tem um período de tempo de 41 semanas, ou seja, metade


do ciclo de 82 semanas. Nenhum desses ciclos é perfeito, mas, a maioria, explica a
maior parte dos pontos de virada no período sendo considerado. Estes dois ciclos
toram separados numa base de tentativa e erro usando a ferramenta de linha ciclo
no programa MetaStock.
Se você não tiver acesso a um pacote como esse e gostaria de realizar essa
tarefa manualmente, o método mais fácil de identificar os ciclos é começar ob-
servando dois ou três grandes fundos principais em uma tabela de preços que
pareçam ser relativamente equidistantes. O próximo passo é marcar à lápis as
projeçoes para aquele ciclo especifico. Se uma parte substancial dessas projeções
resultarem em topos e fundos, é aconselhável marcá-las com um lápis de cor. Se
a maioria dessas projeções falhar, o ciclo deve ser abandonado e um novo ser
procurado. Um ciclo de alta ocorrendo em qualquer um desses pontos deve ser
tratado como uma projeção bem sucedida, desde que o primeiro objetivo da
análise do ciclo é determinar potenciais pontos de virada. Uma vez que, tenha
sido estabelecido um ciclo confiável, o analista deve observar todos os ciclos
de baixa importantes quesão "inexplicáveis" pelo primeiro ciclo e tentar "ex-
plicar, descobrindo outro ciclo. As chances são de que o segundo ciclo não só
irá se adaptar a alguns dos inexplicáveis fundos, mas também irá ocorrer em ou
próximo de alguns dos ciclos de baixa previamente estabelecidos. Isto é muito
importante porque um princípio básico da análise de ciclos é que quanto maior
for o número de ciclos fazendo fundos num determinado período de tempo,
é provável que, o movimento subsequente seja mais forte. Esse conhecimento
deve ser utilizado em conjunto com outra evidència técnica, mas se isso, tam-
bém, oferece uma luz verde, as chances de que ocorra uma significativa onda de
alta aumentam.
O próximo passo do método é discutido no próximo capítulo.

Combinando Ciclos de Altas e Baixas

As linhas verticais no Gráfico 25.1 apontam para um padräo confiável e razoável


para ambos os ciclos de alta e de baixa. Um dos pontos mais importantes que
é mostrado neste exercício é o fato de que a importância dos vários pontos de
virada é derivada da direção da tendência principal ou primária. A este respeito,
as setas do gráfico sinalizam os vários cenários de alta e de baixa. Observe como
os topos do ciclo tendem a ter uma maior magnitude num mercado de baixa, tal
como os topos de 1987e de 1990. Por outro lado, os fundos del986 e do final de
1992 se desenvolveram num mercado de altae foram de magnitude muito maior
do que os sinais de 1997 e 1999, que se desenvolveram num mercado de baixa.
Uma das vantagens da combinação de ciclos de alta e baixa é que esta abor-
dagem torna possível chegar a uma conclusão de quanto tempo uma alta ou cor-
530 Parte II: Estrutura do Mercado

reção pode durar. Isto surge a partir da proximidade do topo e do fundo. Por
exemplo, no final de 1992 o fundo se desenvolveu logo após a alta. O declínio
subsequente foi bastante breve. O inverso foi verdadeiro no final de 1999, onde o
fundo estava muito perto do topo do início de 1990. A alta neste caso foi curta.
A posição do ROC muitas vezes pode fornecer uma pista para saber se um de-
terminado ponto cíclico de virada "funcionará. Por exemplo, os fortes topos em
1987 e 1990 e no final de 1999, todos se desenvolveram quando o ROC estava em
ou próximo de uma condição de sobrecomprada. Da mesma forma, os fundos de
1986 e 1988 foram associados às condições moderadas de sobrevendido que não
se concretizaram.
Nem todos os exemplos funcionam com exatidão, conforme mostrado no
Gráfico 25.1l. Os leitores são advertidos a não tentar fazer um ciclo de "funciona-
mento". Se ele não se encaixa naturalmente e facilmente, as chances são de que ou
não exista ou é provável que seja altamente pouco confiável e, portanto, não deve
ser utilizado. Em qualquer evento, tal análise deverá sempre ser usada em conjunto
com outros indicadores.

Sumário
1. Os ciclos recorrentes, tanto dos topos como dos fundos, podem ser observa-
dos nos gráficos de mercados financeiros.
2. Um ponto de virada do ciclo é significativo tanto para o período de tempo
entre os ciclos e como também para o número de ciclos que estão virando,
ao mesmo tempo.
3. A análise cíclica deve sempre ser utilizada em conjunto com outros indica-
dores.
4 Os ciclos suspeitos que não se enquadram facilmente em um padrão consis-
tente e recorrente näo deve ser colocado para "funcionar" e deve ser descar-
tado.
26

VOLUME II: INDICADORES


DE VOLUME

O capítulo 7 estabeleceu alguns principios básicos para a interpretação de volume.


Agora vamos explorar vários indicadores de volume que podem ser aplicados a
quaisquer ações, terminando a discussão sobre os indicadores de volume que säo
mais adequados para a análise de mercados como um todo.

Taxa de mudança (ROC) do Volume


Geralmente, o volume é exibido como um histograma abaixo do preço. Uma rá-
pida olhada em qualquer gráfico, muitas vezes revela um grande aumento do ta-
manho das barras de volume que estão associados aos rompimentos, clímax de
vendas, e assim por diante. Isto étudo muito bom, mas às vezes há mudanças sutis
no nível de atividade que não são facilmente detectáveis por este método. Ao su
avizar os dados do volume com um cálculo de ROC, é possível observar algumas
novas abordagens sobre a dinâmica de interpretação do volume.
O gráfico 26.1 mostra um ROC de 10 dias do volume juntamente com um
histograma do volume regular para a Northern Trust. Estou usando um ROC de
10 dias aqui, mas, certamente, é possível usar qualquer período de tempo que de-
sejar. O topo de preço em A parece bastante normal pelo método de histograma,
mas a técnica do ROC indica um aumento dramático comensurável a um movi-
mento de exaustão.
Os topos no indicador ROC, frequentemente, podem sinalizar exaustäão que
não é aparente no histograma. No gráfico 26.2 ilustrando a T. Rowe Price, o topo
inicial em A é bem sinalizado pelo ROC, mas não pelo histograma na parte infe
rior do painel. O topo em Bé indicado por uma expansão nos níveis do histogra-
ma, mas aumento está muito longe do ROC do volume que estava próximo de
532 Parte I1: Estrutura do Mercado

GRAFICO 26.1 Northem Trust, 2000-2001


90
80 Northem Trystr
60 A

500 ROC do volume 10

5000
4000
3000
2000
1010
3000 Volume
A
2000
1000
x10
Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec 2001
hahuo
Feb Mar
Fonte pring.com

GRÁFICO 26.2 T. Rowe Price, 1999-2001

60
46 T. Rowe Price

40

36

30
A B D
ROC dovolume 10 dias
500-
C

2500
2000
1500 Volume

2000 Mar Apr May Jun Jul Aug |Sep Oct Nov Dec 2001 Mar Apr M
Fonte: pring.com

um recorde para o período coberto no gráfico. Em C, o histograma sobe para um


nível recorde, mas isso não é acompanhado pelo ROC. Neste exemplo, o elevado
volume é seguido por um topo inicial de 2 dias e parece ser um caso isolado total
mente sem importància de um ponto de vista analítico. Finalmente, em D, as duas
Volume I1: ndicadoresde Volume. 533

GRAFICO 26.3 Stanley Works, 1999-2000 e o Volume do ROC

Stanley WNorks

ROC do volume 10 das


TO0
600 A
500
00
300
200
100
100
AAA
23 7 13 20 27 4 11 18 2 13 1522 29 6 13_20 27
September October November December 200
Fone pnng com

séries sinalizam o climax de venda no primeiro fundo, mas a comparação é muito


mais dramatica como ROC
OROC, por vezes, sinaliza divergèncias. No Gráfico 26.3 ilustrando a Stanley
Works, por exemplo, as duas sctas tracejadas indicam uma série de topos decli-
nantes do momentum e crescentes altas dos preços, Isto indicou uma forte fraque-
za potencial, e conm certeza, o preço passou por um declinio uma vez confirmado
pela violaçåo da sua linha de tendència de alta.
No Gráfico 26.4, vemos uma situaçäo em A, onde é possível observar um rom-
pinento da linha de tendència de baixa no volume, que também é contirmado por
um rompimento senelhante no preço. Mais tarde, em B, o ROC do volume traça um
pequeno padrão de cabeça e onbros invertida, que indica uma tendencia de curto
prazo de maior atividade. Desta vez, porém, o preço violou uma linha de tendència
para baixo. Isto indicou uma expansão do volume na queda, queé um sinal baixista.
As vezes, os fraders de curto prazo podem tirar proveito de leituras sobrecompra
das, uma vez que, frequentemente, sinalizam pontos de virada de curto prazo.
E realmente cvidente por agora que um simples ROC de volume pode:
indicador irregular bastante adequado apenas para apontar os movimentos de exaus
tão para cima, divergèncias e, de forma limitada, a construção de linhas de tendència.
Consequentemente. faz sentido utilizar uma média móvel através de uma taxa de
mudança de volurne porque ela suaviza a natureza irregular dos dados originais.
No Giraftco 26.5 isto foi feito, caleulando uma média mivel de 10 dias de um
ROC do volume de 25 dias.
534 Parte II: Estrutura doMen
GRAFICO 26.4 Stanley Works, 1999-2000 e o Volume do ROC

Stanley orks
30

26- h
ROC do volume 10 dias
700 B
600
600
400
300
200-
100
A V
100
23 30T3|20 27 141 10 25 13 15 22 29 513 2027 3
ISeptember October November December 200
Fonte pring.com
Esta série é muito mais suavizada do que aquelas que vimos até agora. E re-
almente evidente que esta abordagem pode ser utilizada mais facilmente para o
padrão dos preços e análise da linha de tendència. Em primeiro lugar, observe que
as linhas sobrecompradas e sobrevendidas não são traçadas em uma base equi-

GRAFICO 26.5 Snap-on Inc, 1992-1994 e o Volume do R0C

30 Snap-on Inc.
25
20
15
C

400
300 ROC do volume - 10/25 O
200
100
-

ND93 FMAM A S0 N 94 F M
Fonte:pring.com
535
Volume 1: Indicadores de Volume

distante. Isto é porque o cálculo trata o ROC como uma percentagem. O volumne
pode se expandir, mesmo em uma base suavizada, em 200% ou 300% com bastante
facilidade, mas somente pode cair em 100%6. Isto significa que o movimento de
baixa é muito mais limitado do que o potencial da alta. Mais tarde, vamos procurar
alguma forma alternativa de calculo de um ROC suavizado do volume. Existem
dois principais eventos no gráfico. O primeiro é uma cabeça-e-ombros de topo. A
cabeça representou um aumento da compra, o que indica uma mudança de ten-
déncia. Uma vez que a linha de pescoço havia sido violada, isso apenas representou
uma confirmação de que a tendència do volume era para baixo. Visto que, o preço
também violou uma linha de tendència de alta, ambos o preçoe volume, estavam
agora engrenados para baixa, e era razoável esperar por uma correção prolongada.
O fim da liquidação foi sinalizado, na medida em que ambos, o preço e o
volume violaram importantes linhas de tendència de baixa. Uma vez que estavam
agora engrenados para cima, o que proporcionou uma boa confirmação de que
a tendencia de alta estava saudável. A linha de tendència de baixa para o volume
realmente representa a linha de pescoço de um padrão de cabeça e ombros. Eu
naocxibi as letras Cc O no gráfico porque o ombro esquerdo também era o om-
bro direito da cabeçac ombros do topo anterior inclinado para cima, e isso teria
complicado as coisas

ROC do Volume: O Cálculo percentual


Descobrimos anteriormente. que o indicador ROC de volume, quando calculado
com um método percentual, nào serve para apontar as condiçöes sobrevendida do
volume de forma adequada. A soluçáo é calcular o ROC utilizando um método de
subtraçao, como cu fiz no painel interior do Gráfico 26.6. Uma condição sobre
vendida é assinalada em A para o método de subtração, mas não para o cálculo da
divisão. A desvantagem do cálculo de subtração é que o momentum do volume no
podc ser comparado durante longos periodos de tempo se a ação que está sendo
monitorada experimentar um substancial aumento no volume médio diário. Para
de 2 anos de dados, a técnica de subtraçao é
0s
grafhcosque abrangemmenos pro
vavelmente uma melhor abordagem, mas é importante lembrar que, devido ao ni
vel de volume de agöes individuais e os mercados poderem variar enormemente, as
linhas sobrecompradas e sobrevendidas terào de ser ajustadas em contormidade.
No Gráfico 266 as linhas horizontais tracejadas superiores representam uma leitu
ra sobrecomprada em ambos os indicadores de volume. Visto que, o preço vinha
diminuindo, o alto nível em B sinalizou um climax de venda. O oscilador baseado
em subtraçào estava consideravelmente sobrevendido em A, o próximo fundo li
geiramente mais baixo. Isto indicou uma caracteristica de fundo duplo clássico. E
também evidente. se nåo foi até agora, que uma leitura de alta cstendida em um
oscilador de volume nåo significa necessariamente
que o preço esteja sobrecom
536 Parte I: Estrutura do Mercado

GRAFICO 26.6 Snap-on Inc, 1994-1995 e o Cálculo de Dois ROC do Volume

SndrRn Inc.
25 B

400
200
ROC
do Volume (10/25) divisão

ROC do Volume (10/25) subtração


200
A

Mar JApr [May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec 95 Feb Ma
Fonte: pring.com

prado-somente que o volume esteja estendido. Uma leitura alta nos osciladores
de volume pode significar um topo ou um fundo, dependendo do comportamento
do preço anterior. Eu terei mais a dizer sobre este ponto um pouco mais tarde.

Princípio Técnico Fundamental: Uma leitura alta superesticada num indi-


cador de volume não significa necessariamenteque que o preço está sobre-
comprado-meramenteque o volume está sobre-estendido. Uma leitura alta
pode significar um topo ou um fundo, dependendo da direção da tendência
prévia. A reversão de uma leitura alta também pode indicar uma mudança
em oposição a uma leitura de reversão da tendência.

ROC de volume de uma Tendência Primária

Os ROCs anuais (12 meses) são uma forma útil de medir o momentum de preços
da tendência primária, mas visto que, o volume das tendências é mais aleatório,
esses indicadores inevitavelmente tendem a ser muito irregulares. O gráfico 26.7
mostra o preço do ROC anual do volume do Standard & Poor's (S&%P) Composite
and New York Stock Exchange (NYSE). No entanto, a fim de superar a natureza
irregular dos dados do volume, ambas as séries foram suavizadas pela média mó-
vel (MM) de 6 meses. Quando utilizados em conjunto, as duas séries podem ser
extremamente instrutivas.
Volume I: Indicadores de Volume 537

GRAFICO 26.7 Preço versus o Momentum do Volume, 1969-1990

360 360
300 doxPos MOxTH 300
240 240
180 180

20 120

60 60
80 moN12ocscoosIE NTH KA 12 toc rvo 80
60 60
40
20

20
-40
UAANAHE 40
20

- 20

-40
69 79 71 72 73 74 5 76 77 78 79 90 81 82 63 84 05 6 97 9

Várias observações podem ser feitas:

1. A curva de volume tem uma tendência quase consistente para atingir o


topo antes do preço durante as fases de altae de baixa.
2. Na maioria dos casos, indicações bastante confiáveis de uma potencial re-
versão de tendência podem ser obtidas quando o momentum do volume
cruza o preço.
3. Quando o índice de preços está acima de sua linha de referência zero e está
caindo, mas o volume está aumentando (por exemplo, no início 1953 e fi-
nal de 1976, 1981 e final de 1987; a experiência no início de 1964 parecia ser
uma exceção), a atividade em expansão representa distribuição e deve ser
interpretada como um fator baixista uma vez que a alta tenha terminado.
4. Uma reversão no volume num fundo do mercado deve ser confirmada
por uma reversão no momentum do preço.
5. As leituras muito altas no indicador de volume são normalmente segui-
das por fortes mercados de alta.
6. Quando o volume cruza abaixo de zero, é normalmente, mas nem sem
pre, um sinal negativo. As situações mais baixistas parecem surgir quan-
do o indicador de preço está bem acima de zero. Em 1988, por exemplo,
o momentum do preço estava bem abaixo de zero, quando o volume foi
para dentro de uma área negativa, mas o mercado subiu. Por outro lado,
em 1969, 1973 e 1977 o volume cruzou abaixo de zero logo após o mo-
538 Parte II: Estrutura do Mercado

mentum do preço ter começado a mudar a partir de um nível sobrecom-

prado, e este foi seguido por um grande declinio.


7. Durante as fases iniciais de um movimento de alta, o momentum do volu-
me está sempre acima do preço. (A alta de 1988 a 1989 representa a única

exceção.
O gráfico 26.7 mostra que uma reversão em uma curva que não seja acom-

panhada por uma reversão da outra, nos fundos do mercado tende a dar um sinal
prematuro. Por exemplo, o volume virou para cima antes do preço no final de
1973 e 1977. Por conseguinte, é mais sensato aguardar um sinal a partir de ambos,
embora possa ocorrer a um nível de preço ligeiramente mais elevado.

Oscilador de Volume
O oscilador de volume é um método alternativo de apresentar o volume, em um
formato de momentum. E calculado dividindo uma medida de curto prazo da
tendência de volume, geralmente uma média móvel, por uma tendencia de lon-
dividir o
go prazoe plotando o resultado como um oscilador. Também possível
é
fechamento pela medição da tendência. De fato, o cálculo é idêntico ao daquele
preço debaixo da seção de desvio de tendência no
Capítulo 14. A única diferença é
que o volume é substituído pelo preço. Um exemplo é mostrado na Figura 26.10
indicador resultante é um oscilador que gira em torno de uma linha de referência
zero. Uma leitura zero no indicador ocorre quando ambas MM estão em níveis
idênticos. As leituras positivas se desenvolvem quando a MM de prazo mais curto
(10 dias na figura) está acima de sua contraparte de longo prazo (25 dias)e
versa. Nos pontos A e B as duas médias móveis se cruzam e o indicador também se
move através de zero. Por outro lado, Ce D representam leituras sobrecompradas
e sobrevendidas, respectivamente, onde a distância entre as duas médias é a maior.
Os períodos de tempo de dez e 25 dias foram utilizados no exemplo, mas quaisquer
períodos de tempo amplamente separados poderiam ser usados em seu lugar.
Um exemplo é mostrado no gráfico 26.8 ilustrando a Humana. Aqui pode-
mos ver que o oscilador de volume rompe acima de uma pequena linha de ten-
dência de baixa em Março de 1999. Este rompimento para cima apenas indicou
que a tendencia do volume provavelmente era para cima. Ele não disse nada sobre
a direção dos preços. Neste caso, o preço violou uma linha de tendência hori-
zontal, o que indica uma combinação baixista de preços declinantes e aumento
do volume. Isto foi então seguido por uma leitura sobrecomprada no oscilador,
um sinal de um clímax de venda. Isso poderia ter provado ser o fundo final. No
entanto, o oscilador rompeu acima de uma linha de tendência em Julho de 2000 e
o preço violou uma para baixo, indicando uma repetição quase exata do compor
tamento do preço de 1999.
Volume II: Indicadores de Volume 539

FIGURA 26.1 Calculando um Oscilador de Volume

Volume MM 10 dia

2000
1500

MM 10 dias MM 25 dias 4000


3500
3000
C 250
2000

10

Oscilador de Volume (10/25)


D

May une uy Septomber Ottod

GRAFICO 26.8 Humana, 1998-1999, e um 0scilador de Volume

20
15-
Humana
10

Climax de Venda

100
ROC do Volume (10/25)
50

Tw
50-

OctNov Dec99ó Feb MarApr May Uun JuAug sep oct Nov bDe
Fonte: pring.com
540 ParteIi: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 26.9 Advent Claymore, 2011-2012, e um Oscilador de Volume

Advent Claymore
Climax de Compra

Oscilador de Volume (10/25)

A
Climax de Venda
A aeroc

Fonte: pring.com

O gráfico 26.9 ilustra a Advent Claymore, onde podemos ver que os rompi-
nentos do oscilador em AeB significou uma nova tendência de aumento do vo-
lume. Também podemos ver o clímax devenda e de compra em outubro de 2011 e
2012, respectivamente. Um rompimento conjunto da linha de tendência em Julho
de 2012 também sinalizou uma boa alta. O rompimento do volume indicou que
o avanço ocorreria sob um cenário de aumento da atividade, o que claramente
aumentou a força de sua validade até o baixista clímax de compra em outubro.
Ográfico 26.10 ilustra um oscilador de volume (15/45) da Columbia Energy.
Esta inter-relação de longo prazo oferece um comportamento do preço mais de-
liberado e menos irregular. O mais óbvio a ser observado é uma cabeça e ombros
de reversão no oscilador no final do verão de 1999. Mais uma vez, um aumento
no volume foi indicado, mas desta vez o preço rompeu para cima. Vemos outro
exemplo, mais tarde, em novembro. E raro quando estes osciladores são capazes
de formar padrões de preços, mas quando o fazem, os sinais tendem a ser muito
confiáveis. O gráfico também mostra um clímax de compra no início de novem-
bro, que mais tarde foi confirmado por um rompimento da tendência no próprio
preço, em seguida, um clímax de venda em março do ano seguinte.
E por demais evidente agora que os osciladores de volume se movimentam
entre bandas de extremos, assim como 0 momentum o faz, mas com uma diferen
ça importante. Quando um índice de preços está sobre-estendido para cima, ele
Volume 541
Volume II: Indicadores de

GRAFICO 26.10 Columbia Energy, 1999-2000, e um Oscilador de Volume

65 Columbia Energy

60
Climax
Compra Climax
de
Oscilador de Volume (15/45)M Venda
50
Climax de Compra
-

10
-20
-30
OCO
-50 T T T
AugustSeptember November 2000 February March Apri
Fonte: pring.com

geralmente indica um mercado sobrecomprado, com a implicação de que uma


reversão para baixo seja provável. Um aumento anormal da atividade também
está associado a uma tendência de reversão iminente, mas é essencial relacionar
o movimento do oscilador de volume como movimento predominante no preço.
Além desta importante diferença, os osciladores de volume devem ser in-
terpretados da mesma forma que os osciladores de preços. Um dos pontos fortes
do oscilador de volume é que as reversões de leituras de sobrecompradas, muitas
vezes sinalizam exaustão, tanto do lado comprador ou do vendedor. Outros indi-
cadores devem, então, ser consultados para se certificar de que o comportamento
do volume está sendo confirmado.
Uma possibilidade é utilizar o volume com um oscilador de preço. Esta rela-
ção não é sempre exata. Se as mudanças de volume e de preços não estão intima-
mente relacionadas para a ação ou para o mercado que está sendo seguido, essa

abordagem não deve ser utilizada.


O gráfico 26.11 mostra o Indice Brasileiro, a Bovespa.
No ponto A, vemos o preço mais elevado precedido por uma série de topos
de volume em declínio. Isto indicou a vulnerabilidade, que finalmente foi confir
mada quando o preço violou sua linha de tendência tracejada de alta. Eu esperava
ver um declínio mais prolongado, mas um clímax de venda se desenvolveu no
ponto B como um oscilador de preços sobrevendido combinado com um osci-
lador de volume de sobrecomprado. O oscilador do preço não está nos dizendo
muito no ponto C, mas a série de volume está, uma vez que viola uma linha de
tendência de baixa muito significativa. Desde que os preços rompem para cima,
542 Parte lt: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 26.11 0 ndice Bovespa, 2006-2008 Preço X 0scilador de Volume

C
Brazilian Bovespa D 6600
V

Oscilador de Preço (10/25)

10
Oscilador. Volume (5/25
Climax de Venda

A N
Fonte:pring.com

este acaba por ser um período altista, quandoo índice sobe para o seu topo final
do mercado de alta. As coisas ficam um pouco complicadas no início de setembro
de 2008, quando o oscilador de volume sobe acima de uma linha de tendência de
baixa. Isto indicou que o volume iria se expandir, e unma vez que o preço rompeu
abaixo da linha de tendência horizontal de suporte em D, aquilo indicou preços
mais fracos. No entanto, o volume logo se expandiu em proporções de clímax de
venda em E, e isto deveria ter sido altista. De fato, o preço caiu abaixo do fundo
do clímax de venda muito rapidamente e isso significava que muitas pessoas fica-
ram presas a preços mais elevados. Enquanto um clímax de venda não necessa-
riamente marcaria o fundo final, geralmente há um período antes que os preços
registrem um novo fundo. Neste caso, isso não aconteceu e, portanto, forneceu
um indicio de que as coisas iriam ficar muito pior.
Seguem-se as principais regras de interpretação do oscilador de volume:

1. Quando o oscilador atinge um extremo e começa a reverter, está indican-


do o potencial para uma reverso da tendência predominante.
2. Os osciladores ocasionalmente se prestam para linha de tendência e
construção de padrão.
Volume lI: Indicadores de Volume 543

3. O aumento do preço associado a uma queda no oscilador de volume é


baixista.
4. Um aumento no oscilador associado a uma queda no preço é baixista,
o volunme
exceto quando alcança um extremo, caso em que, um clímax de
venda geralmente é sinalizado.
5. O oscilador de volume normalmente lidera oscilador
o
preço.
Lembre-se, este não é de forma alguma um indicador perfeito; portanto,
voce deve primeiro se certificar de que ele está atuando de forma consistente com
a tendência de preço sendo medida, e também que está confirmando as evidên-
cias de outros indicadores.

o Índice de Demanda
O Indice de Demanda foi desenvolvido por Jim Sibbet como um método de simu-
lação de volume para baixo e para cima para os mercados e ações quando esses
dados não estão geralmente disponíveis. Combina preço e volume em um indica-
dor como objetivo de conduzir os pontos de virada do mercado.
O índice de Demanda é baseado na premissa de que o volume lidera o preço e
está incluído em muitos pacotes gráficos. Ao contrário do ROC de volume e do os
cilador de volume, o Indice de Demanda se movimenta sempre na mesma direço
que o preço, em que as leituras elevadas indicam condições sobrecompradas e vice-
versa. Acho que este é um indicador muito útil quando usado nas seguintes formas:

1. Uma divergência entre o indicador e o preço apontam uma força ou fra-


queza subjacente, dependendo se é positiva ou negativa.
2. Os cruzamentos de sobrecomprado e sobrevendido, frequentemente, ge-
ram bons sinais de compra e venda. Uma vez que, o nível do Indice de
Demanda é afetado pela volatilidade da ação que está sendo monitorada,
os lugares ideais para traçar os níveis de sobrecomprado e sobrevendido
vão variar e devem ser determinados com uma abordagem individual.
Dito isto, os níveis +e - 25 parece ser um bom compromisso para a maio-
ria dos mercados.
3. O índice, às vezes, forma padrões de preços e violações de linha de te
dência, que geralmente representam um aviso prévio confiável de uma
reversão iminente da tendência do preço.

O gráfico 26.12 da Citrix mostra algumas características interessantes. Pri-


meiro, em A, tanto o rompimentodaslinhas de tendéncia de preço e do indice de
procura para um bom sinal de venda. Mais tarde, o processo é invertido, quando o
indice de Demanda conclui uma base junto com o preço. A alta resultante somen-
544 Parte I1: Estrutura do Mercado
GRÁFICO 26.12 Citrix System, 2000-2001, um indice de Demanda

100

50
Citrx Systems

A
/

indice de Demanda
s0

- ****** . . . - . - . - -1 - - - . - . . . - ..-.-

-50

20002000Feb Mar Apr May Jun Jul Aug sepoct Nov Dec 2001Feb Mar
Fonte: pring.com

te pode ser descrita como um ziguezague. Será que isto significa que o indice de
Procura não é bom? Não, este é um fenômeno normal em um mercado em baixa.
O que parece ser um rompimento realmente válido se revela um ziguezague-isso
pode acontecer com qualquer indicador. A solução é tentar obter uma correção
na direção da tendência principal antes que qualquer análise de curto prazo seja
tentada. O ponto C mostra uma divergência positiva entre o Indice de Demanda
D um
eo preço, e no ponto pequeno rompimento da linha de tendência dupla.
Finalmente, em E vemos um rompimento feito pelo Indice de Demanda de um
padrão de reversão de uma cabeçae ombros, mas falha. Mais uma vez, precisamos
usar algum bom senso, porque o rompimento foi originado de uma condição so-
brecomprada. Como aprendemos na seção de momentum, os rompimentos desses
níveis elevados normalmente resultam em violinadas.

Indicador do Fluxo de Dinheiro de Chaikin

O indicador do Fluxo de Dinheiro de Chaikin (FDC) está baseado no princípio


que preços ascendentes devem ser acompanhados por expansão de volume e vice-
versa. A fórmula é a seguinte:

FDC SOMA (AD, n) / SOMA (VOL, n)


onde n = período

AD =VOL (FEC ABERT.)/ (MÁX MÍN)


* -
-

onde AD permanece para acumulação distribuição.


Volume 545
Volume II: Indicadores de

A fórmula enfatiza o fato de que a força do mercado é geralmente acompa-


nhada por preços fechando na metade superior da sua barra de negociação diária
com volume crescente. Da mesma forma, a fraqueza do mercado geralmente é
acompanhada por preços fechando na metade inferior de sua barra de negocia-
ção diária com volume crescente. Este indicador pode ser calculado em qualquer
período de tempo-quanto mais longo o período, mais deliberadas são as oscila-
ções. Os indicadores de fluxo de dinheiro calculados com um horizonte temporal
de curto prazo, tais como 10 períodos, são, portanto, muito mais voláteis.
Quando os preços fecham de forma consistente próximos da metade supe
rior da sua barra de negociação diária com um volume crescente para o período
considerado, então, o indicador será positivo (ou seja, acima da linha zero). Por
outro lado, se os preços fecham, de forma consistente na metade inferior de barra
de negociação diária com volume crescente, então, o indicador será negativo (ou
seja, abaixo da linha zero).
E possível construir linhas sobrecompradas e sobrevendidase usá-las como
alerta de compra e venda, mas o indicador realmente revela sua própria análise de
divergência. No gráfico 26.13 que ilustra a National Semiconductor podemos ver
alguns bons exemplos na prática. No início de 1994, o índice Chaikin estava cain-
do drasticamente à medida que o preço subia parao seu topo final, e no momento
da alta real estava apenas acima da linha de equilibrio.
Isso mostrou que a qualidade das últimas semanas da alta deixou muito a
desejar. No final de 1995, a divergência foi mais evidente já que o indicador mal
era capaz de se elevar acima da linha zero, num momento em que o preço estava
fazendo uma nova alta. Estes dois exemplos foram seguidos por longas tendências
descendentes.

GRAFICO 26.13 National Semiconductor, 1993-1996, e um FDC

35
30 National Semiconductor
25
20
15
Fluxo do Dinheiro de Chaikin

03
0.1 h
0.1

03
1994 1995 1996 1997
Fonte: pring.com
546 Parte I1: Estrutura do Mercado

As divergências positivas também funcionam muito bem, como podemos


avaliar através da observação do fundo em meados de 1996. Veja como o preço faz
um novo fundo marginal, mas o oscilador está pouco abaixo de zero. Isso se com-
para com o fundo no final de 1995, onde estava em uma condiço extremamente
sobrevendida. Certamente, esta é apenas uma característica positiva do momen-
tum-ainda precisamos comprovar algum tipo de reversão da tendència no preço
para confirmar este evento. As divergências não são incomuns em indicadores de
momentum. O que define o indicador de fluxo de dinheiro como diferente do res-
tante é que as divergências são geralmente muito mais flagrantes do que, digamos,
o indicador de força relativa (IFR) ou a série de ROC. Como resultado, ele pode
nos alertar quanto às prováveis reversões das tendências que podem não estar
evidentes em outros lugares.
Uma das maneiras que eu gosto de usar o indicador é estudar as faixas de ne-
gociação e então comparar o movimento da ação ao oscilador para ver se ele está
dando uma pista sobre a direção do eventual rompimento. O gráfico 26.14 mostra
a American Business Products com um FDC num período de 20.
O preço estava se movendo numa faixa de negociação lateral em 1987. Du-
rante a formação do retângulo, o indicador de fluxo de dinheiro violou uma linha
de tendência de alta e teve uma divergência muito negativa com o preço no perío-
do de setembro/outubro. Esta combinação indicou vulnerabilidade, por isso, não
foi surpresa que o preço tenha sofrido uma queda grave.
Posteriormente, o preço formou outra faixa de negociação, mas desta vez, o
FDC subiu, no momento em que a faixa de negociação foi iniciada.

GRAFICO 26.14 American Business Products, 1986-1991, e um FDC

Anerican Business Products

10
MN

5
Fluxo do Dinheiro de Chaikin (20 semanas)
0.5

0.0
. Nd.

1987 1988 1989 1990 *i991


Fonte: pring.comn
Volume I1: 1Indicadores de Volume 547

GRÁFICO 26.15 Reliance Communications, 2006-2009, e um FDC

Reliance Communication

600
A

200

Fluxo do Dinheiro de Chaikin (45)


B
- -.--~ - 2

Fonte: pring.com

A escolha do período de tempo também influencia o comportamento do indi-


cador. Um de curto prazo, tal como 10 dias, promoveuma série volátil, enquanto que
o intervalo de 45 dias utilizados no gráfico 26.15 da Reliance Communications, uma
ação indiana, oferece um caminho mais cauteloso. Neste caso, você pode ver como o
indicador deteriorou substancialmente, quando o preço atingiu o topo em A.
Observe que as poucas sessões finais formaram uma espécie de faixa de
negociação, embora o preço tenha se movido ligeiramente mais para cima. No
entanto, o índice Chaikin estava se deteriorando ao longo deste período, até o
preço confirmar com um rompimento de duas linhas de tendncia. O oposto era
verdade em B, onde vemos uma série de divergências positivas, culminando com
um rompimento conjunto da linha de tendência para cima.

Volume no Mercado de Ações

Volume Ascendente/descendente

As medições do volume ascendente/descendente tenta separar o volume das ações


que estão subindo das que estão caindo. Usando esta técnica é possivel determinar
de uma maneira sutil se está ocorrendo uma distribuição ou acumulação. O con-
ceito soa bem, mas, na prática, o momentum do volume baseado no ROC ou nos
dados de desvio da tendência parece ser mais confiável.
548 Parte II: Estrutura do Mercado

TABELA 26.1 Cálculo da Linha de Volume Ascendente/Descendente

Volume das Volume das


Ações Linha
Ações
Declinando Ascendentel
Avançando
Data Em milhões_ Em milhões_ Diferença Descendente_
Jan. 1 101 1 +50 5050

120 60 +60 5110

155 5110
3 155

150 100 +50 5160

5 111 120 -9 5151

Os dados de volume ascendente/descendente são publicados diariamente no


The Wall Street Journal e semanalmente no Barron's e fornecidos por muitos ser
viços de dados. O volume ascendente/descendente é medido basicamente de duas
maneiras.
O primeiro é um índice conhecido como uma linha de volume ascendente/
descendente. E construído através da acumulação da diferença entre o saldo diá-
rio do volume das ações subindo e das ações caindo. Visto que, um indicador des-
te tipo é sempre iniciado a partir de um número arbitrário, é adequado começar
com um número bem grande; caso contrário, se o mercado cair acentuadamente
durante um período, há a possibilidade de que, a linha ascendente/descendente
vai se movimentar em uma área negativa, o que complica desnecessariamente o
cálculo. Se um total inicial de 5000 milhões de ações for assumido, a linha será
construída como mostrada na Tabela 26.1.
Estas estatísticas não são publicadas em uma base semanal ou mensal, de
modo que a análise de longo prazo deve ser realizada através do registro do valor
da linha no final de cada sexta-feira, ou tirando uma média de leituras de sexta-
feira para uma plotagem mensal. A MM adequada pode então ser construíd a
partir dessas observações semanais e mensais.
É normal que a linha ascendente/descendente suba durante as altas do mer
cado e a caia durante os declínios. Quando a linha não confirmar uma nova alta
(ou baixa) no índice de preços, está alertando de uma potencial reversão da ten-
dência. Os princípios básicos da determinação da tendëncia discutidos na Parte I
podem ser aplicados para a linha ascendente/descendente.
Quando o mercado está subindo de forma irregular, com altas sucessivamente
mais elevadas interrompidas por uma série de fundos mais altos, a linha ascen-
dente/descendente deve estar fazendo o mesmo. Tal ação indica que o volume das
ações subindo está expandindo nas altas e contraindo durante os declínios. Quan-
do esta relação normal de tendência/volume é quebrada, uma advertência é dada
de que uma de duas coisas está acontecendo. Se durante a subida o volume está
Volume II: Indicadores de Volume 549

falhando em se expandir suficientemento ou durante uma queda o volume está se


expandindo excessivamente, ambos são fatores de baixa. A linha ascendente/des-
cendente é particularmente útil quando os preços podem estar subindo para novos
patamarese volume global está aumentando. Nesse caso, se o volume de ações cain-
do está aumentando em relação às ações que estão avançando, mostrará uma taxa
mais lenta de avanço da linha ascendente/descendente ou como um declínio real.
A linha ascendente/descendente de 1986 até 1987 é mostrada no gráfico
26.16juntamente com a sua MM 200 dias. Durantea maior parte deste período, a
linha manteve-se acima de sua MM apesar de algumas grandes correções de curto
prazo no S&P Composite. Em meados de outubro caiu abaixo de sua MM de 200
dias pouco antes do colapso financeiro. Uma importante linha de tendência para
cima foi violada anteriormente pelo preço e também pela linha do volume ascen-
dente/descendente que enfatizouo sinal de baixa.
Também digno de nota foram as divergências positivas que ocorreram em
outubro de 1986, quando o S&%P fez um novo fundo de curto prazo, que não foi
confirmado pela linha cumulativa ascendente/descendente.
O gráfico 26.17 compara a linha com S&P entre 2010 e 2012.
As setas tracejadas representam divergências negativas, onde a linha falhou
em confirmar novas altas do S&P, e as linhas tracejadas representam a confirma-
ção conjunta. Não houve divergèncias positivas visíveis durante este período. O
gráfico 26.18 mostra o mesmo período, mas desta vez as duas séries são traçadas
com uma MM de 100 dias. Observe como os cruzamentos mais confiáveis, sinali-
zados com as setas grandes, se desenvolvem quando ambas as séries confirmam

GRÁFICO 26.16 S&P Composite, 1985-1987, e uma Linha de Volume


Ascendente/Descendente

300
s&P Composite
250

200 *

w*
100-
90
Linha
70
de Volume Ascendente/Desoendente da NYSE

60
50
40
30
LMU A S O N D 1986 M A MJ A S O ND 1937 M AMJ)A8ON
Fonte: pring.com
550 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 26.17 S&P Composite, 2010-2012, e uma Linha de Volume


Ascendente/Descendente

s&P Composite

Linhade Volume Ascendente/Descendente da NYSE

-
-2-

Fonte: pring.com

GRAFICO 26.18 S&P Composite, 2010-2012, e uma Linha de Volume


Ascendente/Descendente

S&P Composite

Linha de Volume Ascendente/Descendente da NYSE

t
D

Dr
Fonte: pring.com
Volume lI: Indicadores de Volume 551

Assetasem A, BeCindicam onde o rompimento do S&P não foi confirmado pela


linha ascendente/descendente. C foi uma falha completa deste sistema, quando as
duas séries violinaram.
Existem várias maneiras de construir os osciladores desses dados. Uma pos-
sibilidade é usar a seguinte fóórmula:

Oscilador = M (VA - VD) / (VA + VD)

Neste caso, VA = volume ascendente, VD = volume descendente, e M é o pe


ríodo de tempo da MM. Esta fórmula é representada no painel inferior do gráfico
26.19 usando uma MM de 30 dias.
Observe como esta configuração permite divergências negativas e, o mais
importante, rompimentos conjuntos da linha de terndência que mostram os sinais
de venda e de compra. No gráfico 26.20 vemos uma MM de 30 dias do oscilador
no gráfico anterior juntamente com a sua MM de 12 dias plotada como uma linha
tracejada. Esta série assume o seu significado quando faz uma reversão a partir
de um nível prolongado. As setas sólidas sinalizaram bons sinais, e as três setas
tracejadas duas falharam em sinalizar as vendas, bem como falhou no sinal de
compra em agosto de 2011.
Outra possibilidade é a de traçar um oscilador de volume ascendente e des-
cendente e sobrepó-los. O gráfico 26.21 ilustra um exercício usando dois Know

GRÁFICO 26.19 NYSE Composite, 2010-2012, e um Oscilador de Volume


Ascendente/Descendente

NYSE Compositee

Oscilador de Volume A/D (30)

Fonte: pring.com
552 ParteII: Estrutura do Mercado

GRAFICO 26.20 NYSE Composite, 2010-2012, e um Oscilador de Volume


Ascendente/Descendente Suavizado

NYSE Composite

Oscilador de Volume A/D (30/30/12)

Fonte: pring.comn

GRÁFICO 26.21 S&P Composite, 2000-2001, e Dois Osciladores de Volume


Ascendente/Descendente

155
150
145 i Y
140
135 S&P Composite
130
125
120
115
KST of up volume

KST of down volumee


M
500-

T
y Jun Jul |Aug Sep Oct Nov Dec 2001 Feb Mar L nJun
Apr May
Source: From pring.com
VolumeI: Indicadores de Volume .553

Sure Things (KSTs) diários, mas um estocástico, um IFR suavizado, etc., poderiam
ter servido ao propósito igualmente bem. A ideia é que, quando o KST do volume
ascendente cruze o KST do volume descendente, um sinal de compra é acionado
e vice-versa. Os vários sinais foram sinalizados no gráfico pelas setas para cimae
para baixo. AS setas tracejadas indicam os sinais de violinadas. Como de costume,
não há nenhuma forma de saber se um sinal será preciso ou não, e esse é o motivo
pelo qual precisamos monitorar o comportamento do preço por algum tipo de
confirmação, bem como basear a deciso na posição de outros indicadores.

Princípio Técnico Fundamental: Quando a linha de volume ascendente/


descendente falha em confirmar uma nova alta (ou baixa) no índice de pre-
ço, ele adverte sobre uma potencial reversão da tendência.

O Índice Arms

Este indicador foi desenvolvido por Richard Arms e é construído a partir de da-
dos da respiração do mercado e dos dados do volume ascendente /descendente.
Algumas vezes, são denominados como TRIN ou MKDS. E calculado dividindo-
se a razão entre as ações que estão subindo pelas ações que estão caindo dividida
pela razão do volume das ações que estão subindo sobre o volume das ações que
estão caindo. Em quase todos os casos, os dados diários são usados, mas não há
nenhum motivo para que uma série semanal ou mensal não possa ser calculada.
Geralmente, o Indice de Arms é usado em conjunto com os dados da NYSE, mas
os seus princípios podem ser aplicados a qualquer situaço de mercado, como o
NASDAQ, onde estão disponíveis dados de volume ascendentes/descendentes e
dados da respiração do mercado. Há uma coisa importante a observar, e que
que os movimentos no Indice de Arms são o inverso daquele do mercado. Isto
significa que as condições de sobrevendido aparecem como picos e as condições
de sobrecomprado como vales. Uma vez que este è o contrário de praticamente
todos os outros indicadores descritos neste livro, os exemplos do gráfico são apre-
sentados inversamente, a fim de ser coerente com os outros indicadores.
O conceito por trás deste indicador é monitorar o poder relativo do volume as-
sociado comm as ações que estão subindo a aquelas que estão caindo. Idealmente, é im-
portante observar uma boa quantidade de volume se movimentando em ações que es-
tão subindo do que aquele volume associado às ações que estão caindo. Se este não for
O caso, o indicador vai divergir negativamente com a média do mercado e vice-versa.
Esta série de momentum pode ser calculada para qualquer periodo. Por exem-
plo, os serviços de cotação e o número que consta no ticker de negociações da bolsa
da CNBC representam um instante no tempo e são baseados no volume e número
554 Parte I1: Estrutura do Mercado

de ações experimentando tick para cima ou para baixo. A menos que você tenha
sorte o suficiente para ser capaz de traçar esse indicador numa base continua através
de um serviço em tempo real, as cotações isoladas dessa natureza são limitadas a
aferir se o mercado intradia está sobrecomprado ou sobrevendido. A este respeito,
120 ou superior é considerado como sobrevendido e 50 ou abaixo sobrecomprado
(lembre-se, estes números são o inverso de outros indicadores demonmentum).
O Indice Arms, também pode ser usado com uma média móvel onde o perí
odo de tempo de 10 dias (TRIN aberto) éo período mais amplamente seguido. E
interpretado da mesma forma que a raz o do A/D de 10 dias, discutida no início
desse capitulo. Na maioria das vezes, estas duas séries se movimentam de uma
forma consistente, mas de vez em quando, o Indice Arms dá algumas indicações
sutis de que a tendéência prevalecente está prestes a reverter. De um modo geral,
quando o indice de Arms de 10 dias sobe acima de 150, isso sinaliza uma impor
tante baixa. As vezes, isto acontece imediatamente; em outros momentos, há um
atraso de 10 a 20 dias antes do fundo final ser visto. Entre 1968 e 2001 não houve
exceções a esta regra. O gráfico 26.22 mostra três versões diferentes do Indice de
Arms com um periodo de tempo de 10, 25 e 45 dias. Ajustificativa para a inclusão
de três indicadores no gráfico foi explicado no Capítulo 13. As setas indicam os
pontos em que, pelo menos, duas destas séries inversamente traçadas em um ex
tremo começaram a reverter, uma vez que os topos tendem a ser bem sucedidos,
quando o volume conduz preço. O índice de Arms, frequentemente, atinge o seu
extremo acima da média do mercado, ao passo que as condições do clímax de
venda vistas nos fundos são geralmente muito mais coincidentes em sua natureza.

GRÁFICO 26,22 S&P Composite, 1997-2001,e Três Indicadores Arms

150
s&P Composite
100
10
Arms 10 dias (inverido)

Arms 25 dias (invertido)


****

Arms 45 dias (inverido)


**********

0.9
1.0
1.1

1998 1999 2000 2001


Fonte: pring.com
Volume I: Indicadores de Volume 555

Saldo do Volume (OBV)


O Saldo do Volume (OBV) foi descoberto por Joe Granville e publicado em seu
livroGranvilles New Key to Stock Market Profits (Literary Licensing, 2011). O in-
dicador é plotado como uma linha contínua, cumulativa. Ela começa com um
numero arbitrário, que sobe e cai dependendo do comportamento do preço.O
volume para o dia é adicionado quando o preço sobe, e é subtraido quando cai. Se
os gráficos intradia estiverem sendo
usados, as unidades de volume seriam adl-
cionadas e subtraídas com base no período de tempo das barras. Para os
graficos
semanais, a base seria a semana e assim por diante. O OBV, portanto, oferece uma
aproximação grosseira da pressão de compra e venda e tornou-se um indicador
muito popular. Ele é interpretado comparando a linha com o preço, usando diver-
gências, rompimentos da linha de tendéncia, padrões de preços e cruzamentos da
MM para apontar sinais subjacentes de força ou fraqueza.
O gráfico 26.23, ilustrando a RF Micro Devices, mostra algumas caracterís
ticas do OBV. Vemos uma divergência negativa logo no início de 2011 e isso foi
confirmado mais tarde em A, onde ambas as séries fazem novos fundos. Uma

GRAFICO 26.23 RF Micro, 2010-2011, e uma Linha do Saldo do Volume

RF Micro 1

Saldo do Volume (OBV)


B

re

Fonte:pring.com
556 Parte I: Estrutura do Mercado

GRAFICO 26.24 Alergan, 1998-2000, e o 0BV

Alergan
50

650
600
550
500 Saldo do Volume
450 A w .
400
350
300
250
MA M A SO ND h999 AMJ JA soN D 2000 MA M AS O
Fonte: pring.com

divergência positiva, onde o preço faz fundo, mas o OBV não o faz, se
um novo

desenvolve em B, mas não foi possível observar qualquer rompimento conjunto


da linha de tendência porque a ação foi muito volátil. Finalmente, em C foi possi
vel construir duas linhas de tendência, ambas as quais foram finalmente violadas.
Eu não considero que o indicador de OBV seja tão preciso como este na
maioria das situações. Na verdade, os seus alertas são muitas vezes tão equivo-
cados como os sinais válidos. Meu conselho, portanto, éter cuidado com este in-
dicador e se certificar de que seus sinais estejam apoiados em outras abordagens.
Isto é especialmente verdade para as divergências positivas e negativas, mas não
tanto com o rompimento conjunto da linha de tendência, que eu considero ser
mais preciso. O gráfico 26.24 ilustrando a Alergan, por exemplo, mostra uma si-
tuação no final de 1999, quandoo OBV estava apontando para preços mais eleva-
dos, mas caíram; no início de 2000, as fraquezas no OBV apontaram para preços
mais baixos, mas subiram! Observe que em ambos os gráficos a técnica de linha
de tendência conjunta funcionou, como mencionado anteriormente, essa é prova-
velmente a melhor maneira de interpretar esse indicador.

Equivolume
Equivolume é um conceito de plotagem desenvolvido por Dick Arms (www.ar
msinsider.com). E semelhante à abordagem de volume do candlestick discutida
Volume. 557
VolumeI1: Indicadores de

anteriormente. As barras são traçadas graficamente com larguras diferentes, de-

pendendo do nível do volume para aquele período específico. Quanto maior o


volume, maior será a barra. O topo e o fundo da barra representam a máxima e a
mínima desse período. Esta é uma abordagem muito útil porque mostra grafica-
mente em uma série, se os preços estão subindo ou caindo com um volume fraco
ou forte. A largura da caixa é controlada por um valor de volume normalizado.
O volume de uma caixa individual é normalizado dividindo o volume real para o
periodo pelo total de todo o volume exibido no gráico. Por conseguinte, a largura
de cada caixa de volume equivalente está baseada numa percentagem de volume
total, com o total de todas as percentagens igual a 100.
Os gráficos resultantes representam um importante ponto de partida de to-
dos os outros métodos de análise, em que o tempo se torna menos importante d0
que o volume na análise dos movimentos dos preços. Ele sugere que cada movi-
mento é uma função do número de ações ou contratos mudando de mãos, em vez
do que a quantidade de tempo decorrido.
Devido a isso, as datas no eixo X não são equidistantes umas das outras, como
geralmente é o caso. Não dependem dos padröes de volume para a sua localização.
O gráfico 26.25 mostra um arranjo de volume equivalente para companhia MMM.
Em A o preço rompe com um par de barras grossas, indicando um volume muito
alto. De fato, este é um sinal de compra clássico. Em Ba alta está associada às barras
estreitas de volume equivalente, que nos diz que há uma nítida falta de volume para
cima. Assim, um aviso de uma reversão iminente da tendência é dado.
No Gráfico 26.26 da Aditya Birla Nuvo, você pode observar que uma faixa de
negociação em novembro de 2007 está associada com um volume extremamente
baixo (barras estreitas).

GRÁFICO 26.25 MMM, 2000-2001, e Equivolume

130
125
120
115-
110-

105
100

95

90
85
80

C 2060M
Fonte: pring.com
558 Parte II: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 26.26 Aditya Birla Nuvo, 2007-2008, e Equivolume

2r00
Aditya Birla Nuvo Volume se expande 00
na queda 3400

2200
Volume encolhe 2400
no topo
da subida
1700
1000
1600
1400

1300
Y 1200

1100

Fonte:pring.com

Em seguida, o preço rompe para cima com uma larga (barra com alto volu-
me). Logo após o topo de janeiro 2008 as barras se tornam mais largas novamente
ea combinação do preçocaindo/volume subindo leva a uma queda acentuada. As
altas do final de maio e agosto também são acompanhadas por um encolhimen-
to baixista no volume. Observe como a alta de agosto encontra resistência nas
duas barras anteriores, muito largas, nas duas linhas tracejadas em X. Na alta de
agosto, quase ninguém que tinha comprado desde abril estava voltando para casa
com uma perda, e isso significava algum excesso de oferta pressionando o preço.
Quando o preço caiu para a linha em Y, foi levado para baixo por uma barra com
alto volume em julho, aumentando ainda mais a insatisfação dos traders com o
total já elevado.

Sumário
1. OROC dovolume, frequentemente, dásinais de alterações sutis no nível de
atividade que não são evidentes a partir dos dados do volume representados
como um histograma.
Volume II:Indicadores de Volume 559

2. OROC de volume pode ser expresso como uma percentagem ou em forma


de subtração.
3. Os ROCs de volume e osciladores podem ser utilizados com cruzamentos
de sobrecomprado/sobrevendido, análise de linha de tendência e padrões de
preços.
4. As leituras de sobrecomprado no ROC de volume podem ser seguidas pela
queda ou aumento dos preços, dependendo da natureza da tendência ante-
rior.
5. O índice de Demanda é construído a partir do volume e do preço; se movi-
menta na mesma direção como um oscilador de preço normal; eé mais bem
usado com a divergência e com a análise de sobrecomprado/sobrevendido,
linha de tendência e construço do padräo de preços.
6. O Fluxo de dinheiro de Chaikin é construído a partir de dados de volume
e de preço e se movimenta na mesma direção como um oscilador de preço
regular. E mais bem usado com a análise de divergência.
7. O Volume ascendente/descendente mede o volume das ações subindo e
caindo. Pode ser usado como uma linha contínua ou como um formato de
oscilador.
8. O Indice de Arms é construído a partir de ações subindo e caindo e seu res-
pectivo volume. Geralmente é calculado ao longo de um período de 10 dias.
As leituras acima de 150 sinalizam fundos primários.
9. O OBV é construído como uma linha contínua e usado com a análise de
divergência. Os rompimentos conjuntos entre a linha do OBV e o preço
oferecem um método mais preciso de interpretação.
10. Equivolume é uma forma de gráficos que plota graficamente a espessura de
cada uma das barras de acordo com o volume experimentado durante a sua
formação. Quanto mais larga a barra, maior o nível de atividade e vice-versa.
27

RESPIRAÇÃO DO
MERCADO

Os indicadores de respiração do mercado avaliam o grau em que a grande maioria


das ações está participando num movimento do mercado e, portanto, monitoram
a extensáão de uma tendência do mercado. De um modo geral, quanto menor o
número de ações que estão se movimentando na direção dos principais indices,
maior a probabilidade de uma reversão iminente na tendência. Os indicadores de
do mercado foram originalmentedesenvolvidos para monitorar tendên-
respiraço
cias no mercado de ações, mas nos últimos anos, foram ampliados para abranger
qualquer mercado que possa ser convenientemente subdividido em componentes.
Muito embora, a maioria dos comentários neste capítulo se refira a ações dos Esta-
dos Unidos, deve ser lembrado que a respiração do mercado pode ser validamete
levada a outros mercados ao redor do mundo. Por exemplo, as experiências com os
mercados Indianos, Brasileiros e vários mercados do Oriente Médio têm mostrado

que são suscetíveis a esse tipo de análise, e não vejo


nenhum motivo para que ou-
tros países não sejam também beneficiados com esta abordagem.
A análise da respiração do mercado pode ser aplicada a qualquer setor ou
mercado que possa ser dividido em uma cesta de ações que são um reflexo de um
indice geral. Um exemplo pode incluir uma seleço de commodities sendo com-
paradas a um índice de commodities ou a uma série de moedas a um índice global
de moeda, como o indice do Dólar e assim por diante. A principal coisa a ter
mente é que os principios de interpretaçao permanecem constantes.
O conceito de respiração provavelmente pode ser mais bem explicado usan-
do uma analogia militar. Na Figura 27.1, as linhas AA e BB indicam linhas mili-
tares de defesa elaboradas durante uma batalha. Pode ser possível para algumas
unidades passarem de AA para BB, mas as chances são de que a linha BB vai se
manter, a não ser que um máximo de esforço seja feito. No exemplo A, as duas
unidades representadas pelas setas são rapidamente repelidas. No exemplo b, por
outro lado, o ataque é bem sucedido, uma vez, que muitas unidades estão partici-
pando, e o exército B é forçado a se retirar para uma nova linha de defesa em BI.
Respiração do Mercado . 561

FIGURA 27.1 Guerra de Trincheira

81 B1

(a) (b)

Um mercado com poucas ações subindo pode ser comparado ao exemplo A, onde
parece, inicialmente, como se o movimento através da linha de defesa (em termos
de mercado de ações, um nível de resistência) será bem sucedido, mas devido ao
movimento ser acompanhado por tão pouco suporte, a tendència geral de preços
é logo revertida. Na analogia militar, mesmo se duas unidades tivessem atacado
com sucesso a defesa em BB, não seria muito antes do Exército B os ter dominado
e por mais que subissem sem um grande suporte, mais vulneráveis se tornariam a
uma contraofensiva pelo exército B.
O mesmo acontece com o mercado de ações, quanto mais tempo uma ten-
dência de preços for mantida sem o acompanhamento de um amplo mercado,
mais vulnerável é o avanço.
Nos fundos do mercado, a respiração do mercado não é um conceito tão útil
para a determinaç o de reversões porque a maioria das ações geralmente coincide
com ou fica para trás dos principais índices. Nas poucas ocasiões em que a respi-
ração reverte sua tendência de baixa antes dos indices, na verdade é um indicador
mais confiável do que nos topos. Vou começar esta discussão com uma lógica de
por que o mercado em geral normalmente conduz os índices aos topos do mer-
cado. A palavra "normalmente é usada porque, na grande maioria dos casos, a
ampla lista de ações faz o seu topo antes de um índice de mercado, tais como o
Dow Jones Industrial Average (DJIA) ou do S&P Composite. Esta regra não é invari-
ável, no entanto, e não se deve presumir que a estrutura técnica é necessariamente
adequada apenas porque a respiração do mercado é forte. Na maioria dos casos
vai ser, mas se outros indicadores estão apontando para uma fraqueza, isso pode
substituir um cenário positivo da respiração do mercado.

Linha Avanço/Declinio

O indicador mais utilizado da


respiração do mercado é uma linha de Avanço/
Declínio (A/D). E construído a partir de dados cumulativos da diferença (plurali-
dade) entre o número de ações da New York Stock Exchange (NYSE) que estão su-
562 Parte I1: Estrutura do Mercado

bindo em relação as que estão caindo num determinado periodo (geralmente um


dia ou uma semana). Indices semelhantes podem ser construídos para as ações da
American Exchange (AMEX) ou ações da NASDAQ. Como o número de ações lis-
tadas na NYSE aumentou desde que os registros da respiração de mercado foram
inicialmente mantidos, uma linha de A/D construída da simples pluralidade das
ações avançando sobre as ações declinando dá maior importância para os anos
mais recentes. Para efeitos de comparações de longo prazo, é melhor tomar uma
razão dos avanços em relação aos declínios, ou uma relação de avanços e declinios
dividida pelo número de ações inalteradas, em vez de limitar o cálculo de uma
simples pluralidade.
O falecido Hamilton Bolton concebeu uma das medições mais úteis da respi-
ração do mercado. E calculada a partir do total de dados cumulativos da seguinte
fórmula:
VAS/NI - AC/NI

onde AS = o número de ações subindo


AC = o número de ações caindo
NI = o número inalterado

Uma vez que não é matematicamente possível calcular uma raiz quadrada
de um resultado negativo (isto é, quando o número de ações caindo é maior do
que o número das que estão subindo), o ACeo AS são revertidos em tais casos,
para que a fórmula se torne a raiz quadrada de AC/NI - AS/NI. O resultando

é então subtraído do total cumulativo, ao contrário do resultado da fórmula


anterior, o qual é adicionado. A tabela 27.1 ilustra este cálculo usando dados
semanais.
A inclusão do número de ações inalteradas é útil porque, quanto mais di-
nâmico for o movimento em qualquer direção, maior será a tendência de dimi-
nuição do número de ações inalteradas. Consequentemente, dando algum peso
ao número de ações inalteradas na fórmula, é possível avaliar uma desacelera-
ção no nomentum da linha A/D em uma data anterior, uma vez que um núú
mero maior de ações inalteradas terá a tendência de restringir os movimentos
extremos.
A linha A/D normalmente sobe e desce de acordo com os principais índices
de mercado, mas. geralmente, faz o seu topo bem à frente deles. Parece haver três
motivos básicos por que isso acontece:
1. O mercado como um todo desconta o cicdo de negócios e, normalmente,
atinge o seu topo num mercado de alta 6 a 9 meses antes que a economia
faça os seus topos. Visto que, o topo na atividade de negócios é precedido
por uma deterioração de certos setores líderes, tais como financeiro, con-
sumo, gastos e construção, é lógico esperar que as ações que representem
esses setores também façam o seu topo antes do mercado em geral.
Respiração do Mercado 563
564 Parte I1: Estrutura do Mercado

2. Muitas das ações listadas na NYSE, como as preferenciais e de utilitários,


são sensíveis às mudanças nas taxas de juros. Como as taxas de juros nor-
malmente começam a subir antes dos topos do mercado, é natural que
as ações sensíveis aos juros se movimentem para baixo de acordo com o
aumento das taxas.
3. As ações de pouca liquidez oferecem um maior potencial de crescimento,
mas também são representativas de pequenas empresas, subfinanciadas,
e mal gerenciadas e são mais vulneráveis a rendimentos reduzidos (e até
mesmo a falência) durante uma recessão. As Blue-Chips normalmente
têm boas classificações de crédito, rendimentos razoáveis, e ativos subja-
centes confáveis; Assim, são geralmente as últimas ações a serem vendi-
das por investidores durante um mercado em alta.

O IDJI e outros índices do mercado são quase totalmente compostos por


empresas maiores, que estão normalmente em melhor forma financeira. Estes in-
dices populares, portanto, continuam a avançar bem depois que a maior parte do
mercado fez o seu topo.

Interpretação
Aqui estão alguns pontos-chave para a interpretação dos dados da linha de A/D:

1. Algumas linhas de AD parecem ter um viés de baixa permanente. E, por-


tanto, importante como um primeiro passo para observar a relação entre
uma linha de A/D e um indice ao longo de um período de tempo mais
longo para ver se esse viés existe. Os exemplos incluem dados da respi-
ração do mercado da AMEX, do mercado de balcão americano (OTC), e
do mercado Japons.
2. As divergências entre um índice do mercado e uma linha de A/D nos topos
de mercado são quase sempre esclarecidas por um declínio no índice. No
entanto, é necessário esperar algum tipo de sinal de reversão da tendência
no índice como confirmação, antes de concluir que ele também vai cair.
3. E normal para a linha de A/D coincidir ou atrasar em fundos do merca-
do. Tal comportamento não tem valor de previsäo. Quando a linha de
A/D se recusa a confirmar um novo fundo no índice, o sinal é incomum
e muito positivo, mas somente quando confirmado por uma reversão
no próprio índice.
4. Os dados da respiração podem divergir negativamente dos índices, mas
uma subida importante é frequentemente sinalizada quando uma vio-
lação da linha de tendncia de baixa é sinalizada juntamente com um
rompimento no próprio índice do mercado.
Respiração do Mercado 565

5. Na maior parte dos casos, as linhas diárias de A/D tem mais de um viés de
baixa do que as linhas construídas a partir dos dados semanais.
6. As linhas de A/D podem ser usadas com os cruzamentos de média móvel
(MM), rompimentos de linha de tendência e análise de padrões de preço.
Para períodos mais longos, a MM de 200 dias parece funcionar razoavel-
mente bem.
7. Quandoa linha de A/D está numa tendência positiva, por exemplo, acima
de sua MM de 200 dias, isso indica que o cenário para as ações em geral
é positivo, independentemente do que os principais índices, como o DJLA
ou S&P Composite possam estar fazendo. Uma linha de A/D positiva é,
portanto, um melhor termômetro para o mercado como um todo do que
um índice baseado nas blue-chips. O oposto é verdadeiro quando a linha
de A/D está em uma tendência de baixa.

Principio Técnico Fundamental: Quanto mais longa e maior a divergéncia ne-


gativa entre a Linha de A/D e o índice do mercado que está sendo monitorado,
mais profunda e substancial provavelmente serão as implicações do declínio.

Por esse motivo, as divergências entre a linha de A/D e os principais índices do


mercado em topos primários são mais significativos do que aqueles que ocorrem e

GRAFICO 27.1 0 DJIAea Linha Semanal da A/D da NYSE, 1966-1977

047
Do Jonen ndstros

662

Lia de AvangoDedo

M de 10 semaaas

967 1975 1976 1977

Fonte: pring.com
566 ParteI: Estrutura do Mercado

linha de A/D semanal


topos intermediários. Por exemplo, o Gráfico 27.1 mostra que a
atingiu o topo em março de 1971, quase dois anos à frente do DJlA, um periodo muito
longo pelos padrões históricos. O mercado de baixa que se seguiu foi o mais severo
desde a Grande Depressão. Por outro lado, a ausência de uma divergência não significa
necessariamente que um íngreme mercado de baixa não possa ocorrer, tal como a ex-

periencia de topo em dezembro 1968 indica. Isto também é mostrado no gráfico 27.1.
As divergências positivas de desenvolvem em fundos do mercado onde a linha
de A/D se recusa a confirmar um novo fundo no Dow. A mais significativa ocorreu
no período 1939 a 1942. O DJIA (mostrado no Gráfico 27.2) fez uma série de topos e
fundos mais baixos entre 1939 e 1941, enquanto a linha de A/D se recusou a confirmar.
Finalmente, em meados de l1941, a linha de A/D fez uma recuperação após 1932 não
acompanhada pelo DJIA. O resultado imediato desta discrepåncia foi uma considerável
liquidação na primavera de 1942 por ambos os indicadores, mas mesmo assim a linha
de A/D se manteve bem acima de seu fundo de 1938, ao contrário do DJIA.O fundo
final, em abril de 1942 foi seguido pelo melhor (em termos de respiração do merca-
do) mercado de alta registrado. Este comportamento positivo por parte da maioria do
mercado é incomum. Normalmente nos fundos do mercado a linha de A/D, coincide
com ou fica para trás na baixa do DJIA e no tem nenhum significado de previsão até
tendência de baixa é sinalizada de
que uma reversão na sua
padrão de preços, uma linha de tendncia,
por um
rompimento
ou o cruzamento de uma MM.
um

Linhas de A/D usando Dados Diários

Devido às linhas de A/D diárias terem uma tendência em direção a um viés de


baixa, alguns cuidados devem ser tomados na comparação de topos recentes com
os alcançados há 2 a 3 anos atrás. As linhas de A/D diárias avançam em si mesmas
quando falham para confirmar novas máximas no índice do mercado que ocorre
ram dentro de um período de 18 meses. Um exemplo é mostrado no gráfico 27.3a,
onde a linha de A/D faz o seu topo em abril de 1987, mas o S&P Composite não fez
o seu topo até o final de agosto. O S&P não caiu imediatamente, mas eventualmente
seguiu a liderança da linha de A/D. Muitas vezes, várias divergências serão criadas.
Inicialmente, podem ser bastante divulgado, mas visto que, o declinio amplamente
esperado não se concretiza, muitos técnicos desistem, afirmando que a divergência
"não vai funcionar dessa vez. Invariavelmente, ela unciona, embora muito mais
tarde do a maioria tivesse antecipado. Isto foi o que aconteceu topo do mercado em
Janeiro de 1973, que foi seguido por uma divergência de 2 anos.
Uma vez que, os fundos na linha diária geralmente coincidem com ou ficam
para trás nos fundos no indice, não são muito úteis neste ponto com o propósito de
identificar uma reversão da tendência.
Uma abordagem mais prática éa construção de uma linha de tendência para a
linha de A/D e para o índice do mercado. A violação de ambas as linhas geralmente
Respiração do Mercado 567

28|
568 Parte II: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 27.3a 0 S&P Composite versus a Linha A/D Diária da NYSE, 1986-1988

5000.0
o.0000
000.
Linha AD diária
10900

-15000
350.00

w
30.00
130.00
S&PCompo
320.00
310.00
300.0
w\
290.00
200.00
270.00
260.00
250.00 m
20.00

220.00
220.00

96 AM FEB MAR APR KAY Un L VG SE 0c MOv orC AM FES MAR APR

Fonte:pring.com

GRAFICO 27.3a 0 S&P Composite versus a Linha AD Diária da NYSE, 1991-1995

600
550 s&P Composite
500
450

400

700 A
650 Linha A/D diária da NYSE
600
550 L *

500 V
A50-
x100
1992 1993 h994 1995
Fonte: pring.com
Respiração do Mercado 569

sinaliza que uma alta importante está em andamento. Alguns exemplos são mos-
trados no gráfico 27.3b.
Duas linhas de resistência são violadas no final de 1992. Mais tarde, as duas
linhas de tendência tracejadas ascendentes são violadas por um sinal de venda
conjunto. Observe que, neste caso, as linhas são penetradas aproximadamente ao
mesmo tempo que ambas as séries cruzam abaixo de suas respectivas MMs de 200
dias. Esta evidència conjunta aumenta a nossa abordagem do peso da evidència e
aumenta as chances de um rompimento válido. Finalmente, ambas as séries vio-
lam as linhas de tendência no início de 1995.
Ao considerar potenciais divergências ou não confirmações é sempre inm-
portante dar a essas relações algum espaço. Por exemplo, no ponto A que pode
ter aparecido no momento em que a linha de A/D iria passar por uma grande
divergência negativa, uma vez que ainda tinha que ultrapassar a sua alta do início
de 1994. Teria sido fácil considerar uma conclusão de baixa. No entanto, isso não
teria sido apoiado pelos fatos, visto que, a linha de A/D estava bem acima da sua
MM de 200 dias neste momento. Além disso, não havia nenhum sinal de uma
quebra de tendência no S&P Composite que confirmasse a divergência negativa,
mesmo se tivesse existido. Como se viu, ambas as séries passaram a fazer novas
máximas significativas, salientando assim a importância de dar a tendncia pre
dominante e a esta relação o beneficio da dúvida.
Os gráficos 27.4 e 27.5 também compararam o S&P Composite à linha de
A/D diária. O primeiro mostra uma divergência negativa que surgiu no topo de

GRAFICO 27.4 0 S&P Composite versus a Linha A/D Diária da NYSE, 2007-2008

S&P Composite

Linha A/D diária da NYSE

Fonte: pring.com
EEEEEEETHETETTTETEE
570 Parte ll: Estrutura do Mercado
GRAFICO 27.5 0 S&P Composite versus a Linha AD Diária da NYSE, 2007-2008

s&P Composite
..N

A
Linha A/D diária da NYSE

Fonte: pring.com

um mercado de alta de 2007. Salientei a baixa de 2009, embora esta não seja uma
divergência real, já que ambos registraram simultaneamente novas baixas, no en-
tanto, a do indicador de respiração foi claramente menos intensa. Esta ligeira dis-
Crepância representou um pequeno aviso de que as coisas podem se voltar para o
lado positivo, mas realmente era necessário o tipo de confirmação dada no ponto
B, onde as duas linhas de tendência de baixa foram rompidas para cima. O com-
portamento em A era uma divergência positiva na medida em que a linha de A/D
experimentou uma sequência de fundos ascendentes, mas não o preço. Isto foi
mais uma vez confirmado com duas excelentes violações da linha de tendência,
seguida por uma alta sólida. O gráfico 27.5 mostra um período posterior. Primei
ro vemos uma discrepåncia negativa confirmada no topo intermediário de Julho
de 2011. Desta vez, édiferente porque o S&P registrou sua alta antes da linha. Re-
almente não importa de que forma ocorra esta discordância, enmbora, geralmente
se trata de uma fraqueza da linha de A/D. A chave é que quando ambas as séries
confirmem com um rompimento da linha de tendência ou com um cruzamento
confiável da MM, uma discrepância é uma discrepância e os preços caem. Os
pontos A eB mostranm dois exemplos de uma situação rara em que os fundos da
Respiração do Mercado 571

linha de A/D estão à frente do S&P. No caso de A, vemos alguma confirmaçao


conviável. No entanto, no caso de B, a queda foi tão inclinada que não foi possível
construir linhas de tendência em tempo hábil que pudesse ter servido como even-
tos técnicos confiáveis.

Osciladores de Respiração (Força Interna)


Para fins históricos comparativos, o método da taxa de mudança (ROC) de de-
terminar o momentum é útil para medir os índices de preços porque reflete mo-
vimentos de proporção semelhante de forma idêntica. Este método, no entanto,
não é adequado para medir a força dos indicadores construídos a partir de dados
cumulativos que monitoram a estrutura do mercado interno, como aqueles que
medem o volume ou respiração. Isto se deve ao fato de que a construção de tais
índices é frequentemente iniciada a partir de um número puramente arbitrário.
Sob certas circunstâncias, pode ser necessário que um ROC seja calculado entre
um número negativo e um positivo, o que, obviamente, poderia fornecer uma to-
tal falsa impressão da tendência predominante do momentum. As seções a seguir
fornecem um breve resumo de alguns osciladores construídos a partir dos dados
da respiração usando um método de cálculo mais adequado.

Oscilador de A/D de 10 semanas

O gráfico 27.6 mostra o DJIA e um oscilador de 10 semanas calculados a partir de


uma MM de 10 semanas da raiz quadrada da fôrmula AS/NI - AC/NI discutida
anteriormente. Uma comparação da linha de A/D em relação ao DJIA ilustra o
princípio de divergência, como evidenciado pelos topos de declinantes do mo-
mentum e topos ascendentes no Dow no topo de 2007. Istofoi mais tarde confir-
mado por um rompimento abaixo da linha de tendência de alta tracejada. Uma
divergência positiva também foi confirmada na primavera de 2009. Observe que
foi possível estabelecer diferentes faixas para o oscilador dependendo do c
rio da tendência primária. Estas säo mostradas pelas linhas paralelas tracejadas.
Além disso, observeo nível extremamente elevado de leitura no oscilador quando
ele emergiu da baixa de 2009. Isto foi um mega sobrecomprado e representou um
aviso antecipado de uma reversão para um mercado de alta. Você também pode
ver uma leitura extrema, porém, menor na primavera de 2003. Isso também foi
um mega sobrecomprado, mas desta vez sinalizando o início de um mercado de
alta de 2003 a 2007.
572 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 27.6 0 S&P Composite versus a Razão de 10 Semanas da


A/D Diária, 2002-2013

s&P Composite

Razão de 10 semanas da A/D


Mega
Mega Sobrecomprado
Sobrecomprado
2

eecseeeseeo

*0Reenejoaq4e

Fonte: pring.com

Osciladores de A/D de Dez e Trinta dias

Estes indicadores são calculados tomando uma MM de 10 ou 30 dias da razão de


A/D ou A - D. Uma alternativa de cálculo pode ser feita dividindo-se o total de ações
que estão subindo pelo total de ações que esto caindo ao longo de um período de
tempo especifico. Sua interpretaçao é exatamente:a mesma de outros indicadores de
momentum, levando em conta o seu curto período de tempo. Um exemplo de uma
série de momentum de respiração de 10 dias é mostrado no Gráfico 27.7.
Observe que neste momento estamos comparando os osciladores à própria
linha de A/D, ao invés do S&P ou DJIA. Ambas as séries experimentaram um
conjunto de divergências positivas entre 1999 e Março de 2000. Então, vemos al-
gumas divergências negativas, quando a linha de A/D faz o seu topo mais tarde,
neste ano. Observe como a série de 10 dias é apenas capaz de subir acima do ponto
de equilibrio, indicando extrema fraqueza no momento da recuperação real em
setembro. Finalmente, tanto o oscilador de 30 dias e a própria linha violaram as
linhas de tendéncia de alta sinalizado pelo clássico peso da evidência de um sinal
de venda. Uma divergência final negativa se desenvolve em Janeiro de 2001.
Respiração do Mercado 573

GRAFICO 27.7 ALinha de A/D da NYSE, 1999-2001, e 2 0sciladores de Respiração

900- T**.-....
s00 NYSEWD_line
700
600
AA
100
Razão de 10 dias
50

***

-50

Razão de 30 dias

w
ND2000 MA" M " As o ND 2001 M A"M
Fonte pring.com

O Oscilador de McClellan

O oscilador de McClellan é um indicador de momentum do fölego de curto prazo


do mercado que mede a diferença entre uma média móvel exponencial de 19 dias e
uma média móvel exponencial de 39 dias das ações avançando menosas ações decli-
nando. Neste contexto, é baseado no mesmo princípio do indicador média móvel d
convergência divergência (MACD) discutido no Capítulo 14. As regras geralmente
aceitas sãão de que os sinais de compra são acionados quando o oscilador McClellan
cai para a área sobrevendida de -70 a -100 e sinais de venda são acionados quando
sobe para a área de +70 a +100. Uma vez que, o cálculo é baseado num método de
subtração e o número de ações da NYSE tem crescido ao longo dos anos, essas ban-
das são provavelmente demasiado estreitas para ser de uso prático. A minhaprópria
experiência sugere que a sua interpretação deva se basear nos mesmos princípios
descritos no Capítulo 13 usando divergências, análise de linha de tendência, e assim
27.8 usando dados da respiração do
por diante. Um exemplo é mostrado no gráfico
mercado da bolsa de valores NASDAQ. Observe a divergência positiva que se desen-
volveu no fundo de 2009. As setas verticais tracejadas sinalizam três topos impor-
tantes todos estavam associados com uma leitura muito baixa no oscilador. No
topo de 2000, o indicador estava, na verdade, em uma região ligeiramente negativa,
claramente uma leitura extrema de um ponto gráfico extremo.
Finalmente, o oscilador foi descrito aqui, usando dois períodos de tempo es-
pecificos para o cálculo das Médias Móveis Exponenciais, uma vez que, estes são
574 Parte II:Estrutura do Mercado

GRAFICO 27.8 NASDAQ 100 ETF, 2007-2010, eo Oscilador McClellan

NASDAQ 100 ETF (QQQ)

Oscilador MCClellan

Fonte:pring.com

os valores padrão geralmente aceitos. No entanto, não há nada para impedir que
um técnico inovador deixe de experimentar diferentes combinações de Médias
Móveis Exponenciais.
O indice do Somatório de McClellan é derivado do Oscilador McClellan e é
calculado como um total acumulado das leituras diárias do próprio oscilador. O
resultado é traçado como uma curva de movimento lento que muda de direção,
sempre que o oscilador primário (descrito anteriormente) cruza acima ou abaixo
da sua linha zero. A inclinação da curva de somatório é determinada pela
diferen
ça entre a leitura real ea linha zero. Em outras palavras, uma leitura sobrecompra-
da fará com que o índice do somatório suba acentuadamente, e vice-versa. Muitos
técnicos utilizam essas mudanças de direção como sinais de compra e venda, mas
isso pode resultar em inúmeras violinadas. Prefiro usar um cruzamento de MM.
Este é frequentemente, menos oportun0, mas filtra um número significativo de
falsos sinais. O período de tempo sugerido para este exercício é uma média móvel
simples de 35 dias. Um exemplo está ilustrado no gráfico 27.9. Mesmo aqui vemos
inúmeros sinais de violinadas que indicam que esta abordagem está longe de ser
perfeita.
Respiração do Mercado 575

GRÁFICO 27.9 SaP Composite, 1988-2001, e o indice do Somatório de McClellan

150 s&P Composite


140
130
120
110
100

40
indice do Somatório de McClellan

s o N H999 A M OAS OND 2000 A MUA SO N D2001 MAX


Fonte: pring.com

Dados Máxima-Mínima
A imprensa popular e muitos provedores de dados on-line publicam diariamente
os números semanais de ações alcançando novas máximas e novas mínimas. Estas
estatísticas referem-se ao número de ações que fazem novas máximas e mínimas
ao longo de um período de 52 semanas. Existem vários métodos de medição dos
valores de máximas-mínimas, mas visto que, os dados originais são muito irregu-
lares, geralmente, é melhor que sejam exibidos como uma MM. Alguns técnicos
preferem traçar uma MM das duas séries individualmente, outros uma MM da
diferença líquida entre as máximas e as mínimas.

Principio Técnico Fundamental: Um mercado ascendente, através de um


periodo de tempo, deve ser acompanhado de um saudável, mas não necessa-
riamente ascendente, número de novas altas.

Quando os principais índices traçam uma série de topos mais altos após um
longo avanço, mas o número líquido de novas máximas forma uma série de topos
descendentes, este é um aviso potencial de um problema. Este tipo de relação
indicaqueocenário técnico está gradualmente enfraquecendo devido aos topos
576 Parte Il: Estrutura do Mercado

sucessivos no índice do mercado serem acompanhados por cada vez menos ações
fazendo rompimentos (novas máximas) a partir de padrões de preços. O número
liquido de novas altas também leva em consideração as ações fazendo novas bai-
xas. Num mercado de baixa, uma nova mínima no S&P Composite ou em outro
índice do mercado, que não é acompanhada por uma diminuição do número de
novas altas é um sinal positivo.
Neste caso, a diminuição do número de ações atingindo novas mínimas im-
plica em menos rompimentos para baixo, ou seja, uma diminuição do número de
ações que resistem à tendência de baixa nos principais indices. No Gráfico 27.10,
por exemplo, o S&«P cai para aproximadamente o mesmo nível em dezembro de
1994, como o fez no início do ano, mas o número de novas baixas era muito
menor. Isto indicou uma melhor posição técnica que foi finalmente confirmada
quando o índice subiu acima da linha de tendência sólida.
O painel inferior no gráfico 27.11 mostra uma MM de 10 dias do diferencial
da máxima/minima diária. Observe a divergência negativa entre esta série e o
indice entre 1989 e 1990, e também o fato de que era possível construir algumas
linhas de tendência (tracejadas) para a razão e o S&P que foram violadas no início
tendência implícita
de 1991. A de aumentar as novas máximas liquidas estava
sinalizando que uma vez que o indice em si respondeu com um rompimento, era
provável que os preços se movessem para mais alto.
A série de Novas Máximas Líquidas acumuladas no segundo painel é cons
truída pela acumulação da diferença diária entre as novas altas e baixas de uma

GRÁFICO 27.10 S&P Composite, 1993-1996, e Novas Baixas de


52 semanas da NYSE

650
s&P Composite
600
S50-

500

450 wra

600
Novas Baixas de 42
500 semanas na NYSE
400
300

200-

100

93 AMJ JAS oN D 1994AMJJA S OND1995 A MJ VA SON D1996A


Fonte: pring.com
577
Respiração do Mercado

GRÁFICO 27.11 S&P Composite, 1988-1993, e Dois Indicadores de


Novas Altas Líquidas

450
s&P Composite
400
350

300

250
f00 Altas/Baixas acumuladas
600
500
Razão de 10 dias Altas/Baixas
0

10 *******************"
-

1989 1990 1991 1992 1993


Fonte pring.com

forma semelhante à linha de A/D diária. Por exemplo, se houver 100 novas altas e
20 novas baixas, a diferença, isto é,80, seria adicionada ao total e vice-versa. Des
cobri que usando cruzamentos de uma MM de 100 dias oferece razoavelmente
bons sinais de quando o cenário é positivo ou negativo para o mercado como um
todo. Os sinais dessa natureza gerados entre 1988 e 1993 são indicados pelas setas
perpendiculares sólidas no gráfico 27.11.
movimento mais recente do preço onde duas
O Gráfico 27.12 mostra um
setas indicam o cruzamento da MM de 100 dias pela linha cumulativa.
Observe que no início de 2009 e final de 2011 isto se desenvolveu quase si
multaneamente com os cruzamentos de uma MM de 200 dias do S&P Composite.
Um método alternativo de cálculo de dados alta-baixa é mostrado na parteinfe
rior do Gráfico 27.13, onde uma MM de8 dias de novas altas liquidas semanais foi
contra o S&P Composite. As marcações claras indicam quando este indicador cai
abaixo de zero. Sua principal reivindicação à fama é a proteção contra um merca-
do primário de baixa, que fez muito bem no periodo de 2007 a 2009. No entanto, a
desvantagem é que ela muitas vezes cai na região negativa no final de um declínio
prolongado de curto prazo.
Nesta discussão nos limitamos a períodos de 52 semanas para os novos cál-
culos de alta-baixa. No entanto, não há nenhum motivo para que esses cálculos
578 Parte II: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 27.12 s&P Composite, 2006-2012, e Dois Indicadores de


Novas Altas

S&P Composite

Alta/Baixa acumulada

MM de 100 dias
Razão de 30 dias Alta/Baixa

Fonte: pring.com

GRAFICO 27.13 S&P Composite, 2005-2012, e um Indicador de 8 Dias


de Nova Alta

s&P Composite
A.

u
*

A linha mais clara significa


que as Novas Altas Líquida
MM8 dias Novas Altas Liquidas está abaixo de zero

Fonte: pring.com
Respiração do Mercado 579

GRÁFICO 27.14 Dow Jones UBS Commodity ETN, 2005-2012, e um


Indicador de Nova Alta da Commodity

Dow Jones UBS Commodity.ETN (DJP)

Novas Altas de 165 dias da Commodity

2000

Fonte:pring.com

não possam ser feitos para qualquer período de tempo, ou em qualquer cesta de
ativos. Por exemplo, o gráfico 27.14 mostra uma linha cumulativa derivada das
novas altas líquidas de uma cesta de commodities calculados ao longo de um perí
odo de tempo de 165 dias.
As áreas sombreadas representam quando esta série cruza acima da sua MM
de 100 dias (tracejada). Não é de forma alguma um indicador perfeito, mas indicam
se as commodities estão num mercado primário de alta ou de baixa. Finalmente,o
gráfico 27.15 mostra um oscilador de preço calculado a partir de uma linha cumula-
tiva de uma cesta de ações de ouro. A legenda explica o cálculo. Em primeiro lugar, a
linha é calculada utilizando um período de tempo de 65 dias-em outras palavras, o
número das ações de ouro registrando novas altas liquidas ao longo de um período
de 65 dias. O 15 e o 65 indicam que o oscilador é calculado dividindo-se uma MM
de 15 dias da linha cumulativa por uma MM de 65 dias. Como você pode ver, as
reversões sobrecompradas/sobrevendidas oferecem alertas oportunos de compra e
venda. Usamos ações de ouro neste exemplo, mas não há nenhum motivo para qu
esta análise não possa ser estendida a outros setores ou mercados.
580 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 27.15 Gold Miners ETF 2007-2012, e um Oscilador de Nova Alta

Gold Miners ETF (GDX)

Oscilador de Nova Aita (65/15/65)

Fonte: pring.com

Indicadores de Difusão

Um indicador de difusão é um tipo de oscilador construído a partir de uma ces-


ta de itens que mede o número ou a percentagem daquele universo que estão
em uma tendência positiva. Um exemplo pode ser o percentual das 30 ações que
compõem o DJIA que estão acima de suas MMs de 30 dias. Quando todos os
membros estão num modo altista, o cenário é extremamente positivo. A implica-
ção é que a medição agregada, o D]IA no nosso exemplo, é vulnerável e, portanto,
é provável que faça um topo. As condições adversas, em que nenhuma das séries
está em uma tendência positiva, produz o efeito oposto; ou seja, o índice agregado
pode estar alcançando seu ponto de fundo e poderia, portanto, ser uma "compra'"
Esta interpretação simples dos indices de difusão é um bom ponto de partida,
mas, na prática, uma medição da difusão é um tipo de indicador de momentum, e
está sujeito aos mesmos beneticios, inconvenientes e aos principios de interpreta-
ção descritos no Capítulo 13.
Respiração do Mercado 581

O que é uma Tendência Positiva?

Em análise técnica, um mercado ou ação que formam uma série de topos e fundos
ascendentes, ou esto acima de uma linha de tendência, podem ser classificadas
como estando em uma tendência positiva. No entanto, a única forma das ten-
dências poderem ser monitoradas através desta interpretação é baseada no jul-
gamento individual, o que tornaria a construção de um índice de difusão que
abrange muitas séries ao longo de muitos anos, um processo muito trabalhoso.
Por este motivo, e devido à necessidade de uma maior objetividade, uma medição
estatística que pode ser facilmente calculada em um computador é normalmente
utilizada.
As medições mais comuns calculam a percentagem de uma série que está
acima de uma MM específica ou que têm uma MM ascendente. Outra alternativa
muito utilizada é escolher a percentagem de um universo de séries que tem um
ROC positivo, isto é, uma leitura acima de 0 ou 100. A escolha do período de
tempo para a MM ou ROC é muito importante. Quanto mais curto o período de
tempo, mais volátil será oscilador resultante.
Na prática, parece que as MMs e os ROCs comumente utilizados em outras
áreas de análise técnica oferecem resultados superiores. Estes são os de 30 dias
e de 50 dias para as tendências de curto prazo; 13-, 30- e 40- semanas para as
tendências de prazo intermediário; e 9-, 12-, 18-, e 24 meses para as tendências
de longo prazo. O mesmo exercício também pode ser realizado com os dados in-
tradia. Uma característica da utilização de qualquer série original é que os dados
resultantes geralmente precisam ser suavizados. Por exemplo, a série de difus o
mostrada no gráfico 27.16 é calculada a partir da percentagem de uma cesta de
commodities e de índices de commodities que estão acima de uma MM de 24
meses. Esses dados, por sua vez, têm sido suavizados e, assim, a linha sólida re-
presenta realmente uma MM de 9 meses da percentagem de grupos acima de suas
respectivas MMs de 24 meses. A linha tracejada é uma MM de 9 meses das séries
sólidas (24/9). As setas mostram que uma tendência primária oportuna de sinais
de compra e venda são acionadas, quando o indicador de difusão reverte a direção
e cruza a sua MM (tracejada) de 9 meses.

Quantos Itens Devem Ser Incluídos?

A tendência naturalé usar o máximo de itens possíveis para calcular um indica-


dor de difusão, mas isso envolve a manutenção de um grande banco de dados. A
minha própria experiência mostra que o mesmo objetivo pode ser obtido a partir
de um universo de ações relativamente pequeno. A principal coisa a ter em mente
é que a cesta de itens utilizada no cálculo reflete a natureza diversificada dos com-
ponentes do índice.
582 Parte II: Estrutura do Mercado

GRAFICO 27.16 CRB Spot Raw Industrials, 1969-2012,e umIndicador de Difusão

CRB Spot Raw Industrials

Difusão (24/9)

Fonte:pring.com

Interpretação
Quando um indicador de difusão se movimenta para um extremo, reflete uma
condição de sobrecomprado ou sobrevendido. No entanto, essas leituras não
constituem em si mesmo um sinal real compra ou de venda. O falso sinal de ven-
dapara a série de difusão no gráfico 27.16 em 2004 é um excelente motivo
aguardar um sinal de confirmação da tendência. Obviamente, as probabilidades
favorecem um investimento rentável feito no momento de uma leitura em zero, e
vice-versa. No entanto, é geralmente muito mais seguro esperar por uma reversão
da tendência do índice de difusão, ou melhor ainda, pela confirmação de um rom-
pimento de uma tendência no índice agregado sendo monitorado.

Princípio Técnico Fundamental: Quando um indicador de difusão reverte


a sua direção de uma leitura extrema, o índice que está monitorando nor-
malmente também reverte. Se não reverte eo indicador de difusão continua
a corrigir, é um sinal que muitas das ações que compöem o indicador de

difusão estão elas próprias corrigindo.


Respiração do Mercado 583

GRÁFICO 27.17 DJIA, 2008-2012, e um Indicador de Difusão

DJIA

Difusão (50/10)

Fonte pring com

O gráfico 27.17 ilustra um indicador de difusão construído a partir de uma


cesta de ações do Dow. A base de cálculo é o percentual que está acima de sua MM
de 50 dias. Visto que, isto produziria uma série muito irregular, os dados foram
suavizados com uma MM de 10 dias. Existem dois níveis extremos de sobrecom-
prados/sobrevendidos, sinalizados pelos níveis horizontais, sólidos e tracejados.
As setas mostram que sinais de compra e venda confiáveis, frequentemente são
disparados quando o indicador inverte a direção de uma posição além dos extre-
mos, marcadas pelas linhas horizontais sólidas. A alta de julho de 2007 foi escla-
recedora, embora tenha sido ligeiramente abaixo da alta de abril/ maio, o oscilador
estava nitidamente mais fraco. Esse tipo de combinação, se o índice atingiu uma
nova alta ou não, é tipicamente um forte sinal de um mercado muito fraco.

Momentum da Respiração Sazonal: A Definição das Fases

Cada ciclo continua de forma eficaz através das quatro fases do momentum antes
da conclusão. Isto é mostrado conceitualmente na Figura 27.2. A primeira ocorre
após o momentum de baixa atingir o seu máximo. Neste ponto, a série vira para
584 Parte ll: Estrutura do Mercado

FIGURA 27.2 Definição do Momentum Sazonal

3
2
Verão Outono

N
Inverno
Primavera

cima, mas ainda está abaixo do seu nível de equilíbrio. A segunda é sinalizada
quando cruza acima de sua linha de referência zero. A terceira fase começa quan-
do ela faz o seu topo acima de zero. Finalmente, a fase 4 é acionada quando o
indicador cruza abaixo do ponto de equilibrio.
Para simplificar, as respectivas fases foram rotuladas como primavera, verão,
outono e inverno. (N.A. Esta abordagem foi trazida à minha atenção pelo falecido
lan S. Notley, Notley Group, Yelton Fiscal, lnc., Unit 211-Executive Pavilion, 90
Grove Street, Ridgefiela, CT 06877). Tanto do ponto de vista de agriculturae de
investimento, os melhores resultados ocorrem quando o plantio (investimento) é
feito na primaveraea colheita no final doverão ou no outono.
De fato, a primavera representa a acumulação, o verão a fase de aumento de
preços, o outono a queda de distribuição, e o inverno a fase de declínio dos pre-
ços. Em situações em que um mercado possa ser subdividido em componentes,
é possível adotar esta abordagem um passo adiante pelo cálculo de um índice de
difusão baseado na posição do momentum sazonal de seus vários componentes,
por exemplo, grupos industriais para um índice do mercado de ações, os preços
das commodities de um índice de commodities, etc. Esta abordagem do momentum
sazonal tem dois méritos. Primeiro, ajuda a identificar a fase prevalecente no ciclo,
ou seja, se o mercado de ações esta em acumulação, aumento, distribuição, ou fase
de diminuição. Em segundo lugar, ele também ajuda a identificar as principais
oportunidades de compra e venda.
Respiração do Mercado . 585

Escolha do Período de Tempo

A escolha do período de tempo é crítico para todos os indicadores de momentum,


incluindo os utilizados nos estudos de momentum sazonal. Por exemplo, uma série
baseada em um ROC de 13 semanas suavizado terá muito menos importância em
termos de estratégia de investimento de longo prazo do que uma série baseada em
um período de tempo de 48 meses. Esta abordagem pode ser usada para dados di-
ários, semanais e mensais. Tenho certeza que você poderia expandir esse conceito
para incluir dados intradia, porque o princípio é o mesmo. Eu nunca fiz isso, mas
incentivei aos traders ativos a experimentar. Tal como acontece com a maioria das
coisas técnicas, parece que os cálculos diários e semanais, mesmo quando muito
suavizados, não proporcionam um cenário tão confiável quanto os cálculos basea-
dos em dados mensais. Isso não significa que os períodos de tempo de curto prazo
nunca funcionam e que aqueles mensais sempre funcionam. E apenas que os pe-
ríodos de tempo de longo prazo são pouco influenciados por eventos aleatórios e,
portanto, têm uma tendência de ser operado de forma mais confiável. Enquanto a
nossa explicação do momentum sazonal é focada mais em ações dos Estados Uni-
dos, essa abordagem também pode ser utilizada em commodities, bonds e mercados
internacionais. Os indicadores representados nos gráficos incluídos neste capítulo
foram construídos, encontrando o número de uma cesta de 10 grupos de S&xP In-
dustry Groups em suas respectivas posições de inverno, primavera, verão ou outono
e então suavizando esses dados com uma MM de 6 meses.

Momento Sazonal (Difusão) para Mercado Acionário


O gráfico 27.18 mostra todas as quatro curvas de momentum sazonal entre 1980 e
2012. Uma alta leitura na série da primavera, por exemplo, indica que o momen-
tum de umà proporção significativa dos grupos está na fase 1, ou seja, abaixo de
zero e subindo, e, portanto, em uma posição para começar um grande avanço.
E importante observar que, na maioria dos ciclos existe uma sequência crono-
lógica, como a maior parte dos grupos se move da primavera para o inverno, sub-
sequentemente se posicionando no verã0 e finalmente no outono. Isto é mostrado
pelas setas. Os fundos do mercado de baixa geralmente ocorrem na época em que
o momentum do inverno faz seu topo. Tal como acontece com todas as séries de
momentunm, a confirmação deve vir do preçO, que, neste caso, é o S&P Composite.
O topo do momentum da primavera é por vezes associado ao primeiro topo de
prazo intermediário num mercado de alta, mas não é um sinal de tendência primária
de baixa. Significa simplesmente que a maioria dos grupos está se movendo da prima-
vera (acumulação) para o verão (aumento). E quando o verão faz seu topo, que vemos
o primeiro sinal de que a tendência pode estar fazendo seu topo, mas como leva mais
tempo para construir do que demolir, este sinal de problema está longe de ser tão con-
fiável quanto o comportamento do inverno fazendo seu topo nos principais fundos.
586 Parte I1: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 27.18 s&P Composite, 1980-2012, e um Momentum Sazonal

s&P Composite

Invemo

Primavera

Verão
-

Outono

Fonte: pring.com

Quando o verão faz seu topo, embora, indique que o cenário tornou-se mui-
to mais seletivo na medida em que o momento suavizado para mais e mais grupos
se move para a fase de outono (distribuição).

Fundos do Mercado de Baixa

Os principais pontos de compra ocorrem quando o momentum do inverno atinge


o seu topo e começa cair. De um modo geral, quanto mais alto o topo, maior será
o potencial da atividade para cima. Isso ocorre porque um movimento do mo
mentum do inverno deve fluir para a primavera. Um nível de alta e de declinio no
momentum do inverno, portanto, indica que um número significativo de grupos
tem o potencial de se mover para a posição de primavera, ou seja, se mover para o
ponto a partir do qual eles têm o maior potencial para subir. Isto é mostrado mais
claramente no gráfico 27.18, mas com um histórico muito maior no gráfico 27.19.
Neste caso, o universo a partir do qual o indicador é calculado é limitado
a 14 grupos da indústria, visto que isto representa todos os dados disponiveis.
No entanto, as reversões acima da linha horizontal mostram sinais de compra
Respiração do Mercado . 587

GRAFICO 27.19 S&P Composite, 1923-2012, e um Momentum Sazonal Mensal

S&P Composite

Inverno
1tt

Fonte: pring.com

confiáveis e consistentes da tendencia primária. Observe também que durante


mercados de baixa seculares, como assinalado pelas áreas sombreadas, o número
de grupos que está se movendo para a posição de inverno é geralmente, muito
maior do que em mercados de alta seculares. Finalmente, você vai observar que
a posição de inverno aumentou a sua capacidade máxima em torno do mesmo
período em que o S&&P estava tazendo seu topo. Isso foi devido ao fato de, desde
1998, o mercado estava corrigindo internamente, quando o índice subiu devido
ao boom tecnológico. No momento em que tecnologia atingiu o topo, a maioria
dos grupos estava, na verdade, em uma posição de subir, o que fizeram. O S&PP
esgotado, porém, devido ao seu componente tecnológico altamente ponderado,
caiu. Esta foi uma situação única, mas aponta que enquanto a difusão e os índices

geralmente se movem em conjunto, a difusão nos diz se o avanço ou o declinio


sera amplamente baseado ou não.
O gráfico 27.20 mostra um outro exercício "inverno, mas desta vez usando
a fórmula diária do Know Sure Thing (KST) para identificar as oportunidades de
nenhum motivo pelo qual não seria possível usar
compra de curto prazo. Não há
o MACD ou um estocástico suavizado como base para a construção desses indica-
dores. No caso deste último, o nível 50 corresponderia à zona de equilíbrio do KST.
588 Parte Il: Estrutura do Mercado

GRÁFICO 27.20 s&P Composite, 2010-2012, e um Momentum Diário de Inverno

S&P Composite

Invemo

Fonte:pring.com

Um exercício útil é colocar o total de grupos numa tendência positiva (pri-


mavera + verão), como mostrado no Gráfico 27.21.
Os mercados de alta e de baixa são então sinalizados por reversões neste indi-
cador. Não é perfeito, certamente, mas quando fazem os seus topos, estão nos avi-
sando para sermos mais seletivos naquilo que compramos, mesmo que o S&Painda
possa continuar em seu caminho para mais alto, comoo fez no período de alta secu-
lar da década de 1990. De um modo geral, quanto mais baixo o nível de velocidade
do verão, quando a reversão ocorre, maior o potencial para uma alta do mercado.

Sinais de Topos do Mercado

Os topos de mercado são muito mais indefiníveis do que os fundos, mas frequen-
temente ocorrem em algum ponto entre o topo do verão e momentum de outono.
Mesmo um topo feito no momentum do outono nem sempre é suficiente para de-
sencadear um mercado de baixa. E apenas quando um grande e crescente núúmero
de grupos cae abaixo de suas linhas de referência zero, ou seja, se movem para o
inverno, que um mercado de baixa alcança o momentum para baixo.
Respiração do Mercado 589

GRÁFICO 27.21 S&P Composite, 1980-2012, e o Momentum Mensal da


Primavera e do Verão

s&P Composite

l
Alta Secular

Primavera+Ver o

Fonte: pring.com

Sumário
1. A respiração do Mercado mede o grau pelo qual um indice de mercado é
apoiado por uma ampla gama de seus componentes.
2. útil em relação a dois aspectos. Primeiro, indica se o cenário para a maioria dos
itens num universo (normalmente ações) é bom ou ruim. Em segundo lugar, os
indicadores de respiração do mercado sinalizam os principais pontos de virada
através do estabelecimento de ambas as divergências negativas e positivas.
Os indicadores construídos a partir de dados da respiração do mercado in-
cluem as linhas de A/D, osciladores de respiração do mercado, indicadores de
difusão e novas máximas líquidas.
4. As divergências da respiração do mercado são um bom conceito, mas deve ser
confirmado por uma reversão de tendéncia nos próprios indices do mercado.
5. Novas altas e baixas podem ser usadas para indicar a força subjacente ou fra-
queza da tendência predominante. Estes dados também podem sinalizar di-
vergências ou servir como uma medição de tendências através da acumulação
da pluralidade das altas e baixas.
6. O momentum sazonal ajuda a apontar as principais oportunidades de compra
e define a maturidade de um mercado primário de alta e de baixa.
Parte III

OUTROS ASPECTOs DA
ANÁLISE DO MERCADO
28

INDICADORES
E RELAÇÕES QUE
MEDEM A CONFIANÇAA

Uma divergência negativa entre uma linha de A/D e um índice do mercado é uma
medição ampla de uma sutil perda de confiança dos participantes do mercado. Tam
bém é possível, porém, para obter um discernimento sobre os níveis de confiança,
observar as relações que comparam o que poderíamos chamar especulativo em
relação às áreas defensivas, como estas, também, frequentemente, servem de uma
maneira mais direta, como uma indicação do aumento de confiança ou a falta dela.
Quando essas relações estão refletindo uma tendência de crescimento do otimismo,
é um sinal positivo e é uma indicação de preços mais elevados. Quando estão se
deteriorando, é um presságio de fraqueza e preços mais baixos são sinalizados.

Principio Técnico Fundamental: Quando uma razão de confiança falha em


confirmar uma nova alta (topo) no índice do mercado, é um sinal de fra-
queza que, quando confirmado pelo comportamento do preço no índice
leva a preços mais baixos. Ao contrário, quando a razão da confiança falha
em confirmar uma nova baixa (fundo) no índice do mercado, é um sinal
de força que, quando confirmado pelo comportamento do preço no índice,

geralmente é seguido por preços mais altos.

A figura 28.1 reflete os princípios básicos que podem ser aplicados a prati-
camente todas as relações descritas neste capítulo em que a razão da confiança
tipicamente faz o topo ou o fundo antes dos preços. Isso não acontece em todas a
instâncias de pontos de virada do mercado, nem é a relação avanço/atraso cons-
594 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

FIGURA 28.1 Confiança versus Preço

Confiança

Preço

Confiança
Preço

tante. Devemos também acrescentar que nem todas as divergèências, sejam positi-
vas ou negativas, são necessariamente seguidas de uma mudança na tendència das
séries de preços que estão sendo monitorados.
As relações neste capítulo estão focadas no mercado norte-americano, mas
não há nenhuma razão para que o leitor curioso não possa expandir estes princípios
para outros mercados de ações, ou mesmo para a arena de bonds e commodities.

Bens de Consumo Básicos/Modelos do S&P Food Index


O setor de bens de consumo básicos engloba as empresas que produzem, por falta
de um termo melhor, necessidades, coisas que os consumidores compram nos
maus e nos bons momentos. Os exemplos incluem os fabricantes de alimentos,
produtos domésticos, bebidas, etc. De fato, eles produzem bens de consumo bási-
cos que as pessoas não podem ou não estão dispostas a cortar em seus orçamen-
tos, independente de sua situação financeira. O setor de bens de consumo é con-
siderado não cíclic0, significando que sempre existe demanda, não importa quão
pobremente a economia está performando, porque as pessoas tendem a exigir
esses produtos a unm nível relativamente constante, independentemente do preço.
Indicadores e Relações que Medem a Confiança . 595

Quando os investidores são cautelosos, eles tendem a convergir para estas


ações por quatro motivos:

1. A falta de ciclicidade faz com que as previsões de lucros sejam mais preci-
sas do que, digamos, as ações altamente cíclicas e voláteis das mineradoras.
2. Tendem a pagar melhores dividendos.
3. Geralmente têm um registro consistente de ganhos e crescimento de di-
videndos.
4. A maioria dessas empresas tem um balanço sólido.

Devido a estas características, os bens de consumo básicos tendema ser me-


lhores durante os mercados de baixa. A sua atividade relativa durante os mercados
de alta tem uma tendência de serem mais fracas, quando, os investidores se vol-
tam para setores mais excitantes.
Este conhecimento pode ser objeto de uma utilização lucrativa com a ajuda
de alguns indicadores. Por exemplo, apenas monitorando a atividade relativa de
bens de consumo básicos do $&cP, alguns sinais de compra e venda são oferecidos.
O gráfico 28.1 compara o S&P exchange-traded fund (ETF), o SPY, com a ativida-
de relativa do Spider Consumer Staple (symbol XLP).

GRÁFICO 28.1 S&P ETF, 1998-2012, e os Bens de Consumo Básicos da


RS mostrando Divergências

s&P ETE (SPY)

A
C
Staples Rs (XLPISPYXInverted)
B D

AN
Fonte: pring.com
596 Parte Il1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 28.2 S&P ETE, 1998-2012, e Bens de Consumo Básicos da RS,


Mostrando Violações da Linha de Tendência

s&P ETF SPY)

Staples Rs (XLP/SPY XInverted)

B D

21 "

Fonte: pring.com

Pelo fato de que a linha de força relativa (FR) se movimenta na direço oposta
ao S&P, foi traçada inversamente no gráfico. Esta relaçã0, frequentemente, nos avisa
antecipadamente de uma mudança na tendência quando a linha FR inversamente
plotada falha em confirmar novos topos e fundos no S&P. Estas divergências repre-
sentam uma forma sutil na qual a confiança antecipa o mercado em geral. O gráfico
28.2 codifica isso no sentido de que as divergências em A, B, CeD foram todas
confirmadas com rompimentos de linhas de tendência conjuntas. Observe que cada
exemplo foi seguido por um movimento que valeu a pena. A única exceção foia
divergência potencial no periodo de 2011 a 2012, mas que não havia sido confirma-
da quando o manuscrito deste livro estava sendo apresentado em meados de 2013.
Outra técnica usando a relação XLP/SPY é comparar o momentum da ação
relativa ao do SPY. Eu uso a fórmula do Know Sure Thing (KST) diário, apresenta-
do no capitulo 15, mas não háa nenhum motivo para que os indicadores de conver
gência divergência (MACD) de duas médias móveis ou estocásticos não possam
ser aplicados para alcançar resultados semelhantes. Um exemplo usando KSTsé
mostrado no gráfico 28.3, onde a linha tracejada representa o momentum relativo
do XLP e a sólida o KST para o SPY.
As marcações de nuances indicam quandoo momento relativo do XLP estáá
acima do SPYe quando o próprio SPY está respondendo por estar abaixo de sua
Indicadores e Relações que Medem a Confiança . 597

GRAFICO 28.3 S&P ETE 2006-2012, Comparando Dois Indicadores de Momentum

s&P ETF (SPY)

S&P KST
Con Staple RS KST

Fonte:pring.com

MM de 50 dias adiantada em 10 dias. Para uma descrição da técnica de avanço


de médias móveis, consulte o capítulo 11. Durante o período altista de 2009 a
2012, esta técnica não foi muito útil, pois os declínios foram bastante reduzidos
e, portanto, os sinais de venda se desenvolveram bem próximos dos fundos inter-
mediários finais. Alternativamente, a nuance mais clara que ocorreu no mercado
de baixa em 2007-2009, nos teria oferecido maior proteção contra uma atividade
para baixo, exceto por um declínio relativamente pequeno no início de 2009. A
conclusão é que esta abordagem funciona melhor quando os sinais são disparados
ma direção da tendência primária predominante.
Um método alternativo de apresentar a mesma informação é subtrair o mo-
mentum do S&P daquele do XLP relativo (Gráfico 28.4). Dessa forma os cruza-
mentos positivos do KST são representados no gráfico por um movimento acim
da linha zero de equilíbrio. Uma vez que, este acordo nos diz quando a relação está
estendida, os alertas de reversão das tendências, antes dos cruzamentos reais em
zero, pode ser gerado quando o indice inverte a direção. Alguns exemplos foram
sinalizados com as setas.
598 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 28.4 S&P ETF Diário, 2008-2012, e um Diferencial de Dois


Indicadores de Momentum

s&P ETF (SPY)


.

Diferencial KST

AV

Fonte:pring.com

No entanto, você também pode ver que outras reversões de leituras extremas
falharam completamente nas suas habilidades de sinalização de tendências. Isto
normalmente ocorrerá no início de um novo mercado de alta, onde o momentum
é particularmente forte e os sinais contracíclicos são benígnos. Os dois sinais de
venda em Maio e Agosto de 2009 são os principais exemplos.
Finalmente, é possível estender o período de tempo para um intermediário,
como mostrado nos gráficos 28.5 e 28.6.
Nestes casos, o S&P Food Index, que é um membro do setor de bens de con-
sumo básicos foi substituído pelos próprios bens de consumo básicos, porque
mais dados estão disponíveis. O indicador diferencial no painel inferior é cons-
truido pela subtração do KST intermediário do S&:P Composite daquele construi-
do a partir da atividade relativa do grupo de alimentos. Como você pode observar,
as reversões no indicador de um nível extremo, ou seja, no limite ou além de +170
e-170. geralmente fornecem sinais confiáveis de reversäão das tendênciasinterme
diárias, a menos que eles se desenvolvam no início de uma nova tendência pri-
mária. As marcações de nuance claras refletem tendências de baixa, quando duas
condições estão em vigor. Primeiro, o RST relativo dos alimentos é superior ao do
S&P e o S&P em si está abaixo de sua média móvel (MM) de 40 semanas, que iá
foi avançada por sete períodos.
Indicadores e Relações que Medem a Confiança 599

GRAFICO 28.5 S&P ETF Semanal, 1977-1994, e um Diferencial de Dois


Indicadores de Momentum

S&P ETF (SPY)

Diferencial KST

Fonte:pring.com

GRAFICO 28.6 S&P ETF Semanal, 1995-2012, e um Diferencial de Dois


Indicadores de Momentum

s&P ETF (SPY)

Diferencial KST

e "

Fonte:pring.com
600 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Mais uma vez, a crítica principal viria dos sinais baixistas que são acionados
em mercados de alta, onde os limitados declínios significam que os sinais são
acionados muito próximos do fundo final do movimento, sendo o declínio de
1987 um exemplo importante. Alguns exemplos adicionais foram marcados no
gráfico pelas pequenas setas sólidas. Os resultados utilizando este sistema entre
1976 e agosto de 2012 proporcionou um retorno anulalizado de lucros de 9,65%,
quando esta técnica estava em uma fase positiva e -0,60% quando negativa.

Rendimentos Elevados versus Bonds (Titulos Públicos)


Outra relação de confiança pode ser obtida comparando os altos rendimentos do
Fundo de Titulos da IBOXX Corporate (símbolo HYG) versus o 'Truste de 20 anos
da Barclays, um fundo de índice dos titulos públicos (símbolo TLT). O aumento
na razão significa que os preços dos bonds de baixa qualidade esto tendo um de-
sempenho superior ao setor público relativamente seguro. Esse comportamento
indica o aumento da confiança por parte dos investidores de bonds. O gráficos
28.7 e 28.8 comparam a razão das altas e baixas no S&P Composite.

GRÁFICO 28.7 Fundo do líndice S&P, 2007 a 2010, Rendimentos


Elevados/Razão dos Titulos Públicos

s&P ETF (SPY)

Rendimentos Elevados/ Razão


dos Titulos Públicos (HYG/TLT)

D 2a Feb Mer n Oa Nor Doc 2s Apr ay n g a 2 A Mey A g se

Fonte:pring.com
Indicadores e Relações que Medem a Confiança 601

GRAFICO 28.8 S&P ETF, 2010 a 2012, e um Rendimento Elevado/Razão


dos Titulos Públicos

s&P ETF (SPY)

Rendimentos Elevados/ Razão


dos Titulos Públicos (HYG/TLT)

--.

Fonte pring.com

Na maioria das vezes, ambas as séries estão se movimentando na mesma


direção. E quando eles não estão que um sutil aviso de uma mudança na tendência
é dado. Normalmente, isto revela indicaçöes negativas, mas a divergência positiva
em 2009 mostra que no é uma via de mão única. Mais uma vez, é sempre adequa-
do obter alguma confirmação do preço como sinalizado pelas várias combinações
da linha de tend ncia. Visto que, o HYG somente apareceu por volta de 2007,e
relação não tem um histórico de longo prazo. No entanto, uma relação semelhante
que chegou por volta do início do século XX é a razão entre os bonds da Moody's
BAA corporate e a constante maturidade de 20 anos dos bonds norte-americano.
O gráfico 28.9 mostra a razão real, com as setas sinalizando o ponto extremo
das reversões.
As setas sólidas indicam os sinais altistas, as tracejadas indicações baixistas,
e as pontilhadas sinais que falharam. O gráfico indica claramente que existe uma
relação definitiva entre o sentimento do mercado de titulos públicos (bonds) e os
preços das ações. O segredo aqui está em saber onde estão os pontos extremos da
razão. Mas como sabemos se eles no väo se tornar mais extremos? A
resposta
adequada é calcular a taxa de mudança (ROC) de 12 meses da razão e estabelecer
algumas zonas sobrecompradas e sobrevendidas em +15 e -15. As Reversões que
602 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 28.9 S&P Composite, 1923-2012, e uma relação Titulos


Públicos/Corporate BAA

S&P Composite

Govt/BAA Ratio

Fonte:ping.com

ocorrem a partir de uma posição alm destes níveis, então, servem com0 nosso
mecanismo de reversões de tendência primária das ações. Isso é mostrado no
gráfico 28.10, onde os movimentos extremos dos anos vinte e o periodo póS-2007
foram excluídos de modo que a faixa de negociação normal pudesse ser reconhe-
cida. Mais uma vez, as duas linhas tracejadas indicam falhas nos sinais.
O gráfico 28.11 mostra o período pós-2007, período que envolveu a crise
financeira de 2008. Estas oscilações foram enormes e certamente refletiram as
oscilações dramáticas na confiança dos investidores nestes tempos conturbados.
Fina ente, o Gráfico 28.12 mostra a razão numa base semanal, onde as
divergências aparecem depois de uns poucos meses ou mais. Além disso, as mu-
danças na direção do KST intermediário forneceram sinais úteis de reversão de
tendências menores. Devo acrescentar que antes de 2007, essa relaço não funcio-
nava tão bem como agora, por isso, é possível que os 6 anos de comportamento
dos preços mostrados neste gráfico pode se revelar como uma aberração. Os da-
dos históricos para estas e outras séries de bonds podem ser baixados do site do
Federal Reserve em "H.15 Selecionado Interest Rates Download".
603
Indicadores e Relações que Medema Confiança

GRAFICO 28.10 S&P Composite, 1940-2007, e o Momentum dos Títulos


Públicos/Corporate BAA

s&P COmposite

Gov/BAA Ratio ROC (12)

Fonte: pring.com

GRAFICO 28.11 S&P Composite, 1997-2007, e o Momentum dos Títulos


Públicos/Corporate BAAA

s&P Composite

Gov/BAA Ratio ROC (12)

Fonte:pring.com
604 Parte II1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 28.12 S&P Composite, 2006-2012, e Dois Indicadores

s&P Composite

Govt/BAA Ratio ROC

KST Intermediário (razão)

Fonte: pring.com

Usando Corretoras Como Lideres do Mercado

O mercado como um todo desconta a economia, mas as ações de corretoras, que


obtêm os seus lucros a partir de condições de mercado, têm uma tendência de
liderar o mercado em ambas as direções. Por exemplo, durante mercados em alta,
o volume e as comissões de corretagem tendem a aumentar, porque os traders e
os investidores consideram que é mais fácil realizar lucros do que perdas. Quando
essas pessoas estão fazendo dinheiro, também tendem a tomar decisões mais rá-
pidas e mais descuidadas. Isso também inflaciona a negociação. Da mesma forma,
mais empresas ingressam no mercado durante o curso de um mercado de alta,
porque elas conseguem um preço mais elevado para suas ações. As comissões
de subscrição podem representar uma grande parcela da renda de corretagem.
Finalmente, as taxas de juros têm uma tendência a liderar o mercado de ações.
Isso significa que os custos de carregamento diminuem no início de um mercado
de alta das ações e começam a subir antes do seu término. A conclusão é que um
mercado ascendente significa maiores lucros para as corretoras e bancos de inves-
timento e um mercado de baixa menos.
Cada setor desconta ou antecipa os desenvolvimentos no seu setor da eco-
nomia, de modo que o papel de liderança ser frequentemente conduzido pelo
Indicadores e Relações que Medema Confiança 605

GRAFICO 28.13 S&P Composite, 1981-2012, eo índice Amex Brokers

s&PComposite

Lil indice Amex Brokers

Fonte: pring.com

preço das corretoras não é uma exceção a esta regra. Há duas maneiras principais
em que é possível seguir estas ações. O primeiro é o Indice Amex Brokerage Index
(symbol XBD) e o segundo é o Dow Jones Broker Dealer, ou mais normalmente
através do ETF que o usa como um índice de rastreamento, o IAI.
Existem várias formas em que a relação corretor/mercado pode ser analisa-
da. A primeira surge das divergências positivas e negativas. O gráfico 28.13 com
para o S&P ao XBD.
As setas mostram que o índice Brokers normalmente faz o seu topo à frente
do mercado em topos da tendéncia primária. Os avanços não são constantes, é
claro, mas mudam de ciclo para ciclo. A largura das setas sinalizam, aproximada-
mente, os períodos de avanço, e no parece haver uma ligação entre o tamanho da
divergência e a do declínio subsequente. Por exemplo, a divergência que ocorreu
no periodo de 1989 a 1990 foi relativamente grande, mas o declínio foi bastante
truncado. Isso é comparado ao devastador declínio de 2007 a 2009, subsequente
à uma pequena divergência negativa em 2007. As divergências positivas, onde o
índice Broker falhou em confirmar as novas baixas do mercado de ações, existem,
mas são nmuito menos frequentes do que as negativas. O gráfico 28.14 compa-
ra novamente as ações de corretagem ao mercado, mas desta vez, reflete as suas
ações relativas.
606 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 28.14 S&P Composite, 1978-2012, e a Ação Relativa do Indice


Amex Brokers

s&P Composite

FR Brokers

------

Fonte:pring.com

A primeira coisa a ser observada é a falha do Broker para identificar o topo


de 1981 visto que o topo na linha FR desenvolveu-se quando o mercado de baixa
estava em sua fase final. Além disso, o comportamento da FR, avaliando pelalar
gura das setas, fornece um aviso de topos de longo prazo melhor do que os dados
de preços absolutos no gráfico anterior.
O gráfico 28.15 compara o DowJones Broker Dealer ETF, o LAI, ao S&P. Você
pode ver a divergência negativa de 2007 e a positiva de 2008 a 2009. Também o
que está ilustrado no gráfico é a divergência de julho e Agosto de 2010, como
sinalizado pela seta apontando para trás no IAI. Este foi um exemplo de onde o
ETF ficou albaixo do mercado, criando assim um desentendimento. Em tais casos,
o preço supera tudo, o que signiñca que quando essas divergências se desenvol-
vem, são canceladas no caso em que ambas as séries revertam a sua tendência
predominante. Neste caso, era uma tendència de baixa que foi cancelada por dois
rompimentos da linha de tendência para cima.
A relação corretorra/mercado está longe de ser perfeita, mas
frequentemen
te, dá uma dica de quando os investidores e traders estão otimistas ou pessimistas
em relação ao desempenho futuro do mercado de ações.
ndicadores e Relações que Medem a Confiança 607

GRAFICO 28.15 S&P Composite, 2007-2011, e o Dow Jones Broker ETF

S&P Composite
.

Dow Jones Brokers ETF (IAI)-

Fonte: pring.com

Usando a Proteção contra o Risco Inflacionário versus os


Bonds como um Barômetro de Commodity
Outra relação adequada é para comparar os preços dos títulos protegidos contra
inflação (TIPS Barclays ETF) do Truste da Barclays de 20 anos, ou a relação
TIP/TLT. Se a relação estiver subindo, isso significa que os investidores estão
favorecendo os bonds protegidos pela inflação em relação àqueles que não são. Se
esse for o caso, deve significar que os investidores de bonds estão antecipando a
inflação. Eles estavam esperando a deflação, a razão cairia levando em conta o fato
de que os instrumentos não protegidos contra a inflação estavam tendo um de-
sempenho melhor do que as suas contrapartes protegidas contra a inflação. Neste
contexto, o gráfico 28.16 compara razão para o desempenho do índice CRB Spot
Raw Industrial commodity index. Antes de 2006, não havia muito em matéria de
uma relação como as commodities subiram e a razão caiu. No entanto, no início
desse ano, ambas as séries violaram as linhas de tendência e sinalizaram preços
mais elevados das commodities. Mais tarde, em 2006, começaram a se movimentar
em direções semelhantes, embora a magnitude de cada uma fosse diferente, quan-
do a medição de commodities mais voláteis pegou a maioria dos movimentos de
preço em ambas as direções.
608 Parte Il: Outros Aspectos da Análisedo Mercado

GRAFICO 28.16 CRB Spot Raw Industrials, 2005-2012, e a Razão TIP/TLT

CRB Spot Raw Industrials

-----
Razão TIP/TLT

KARO RD AM A M 6 AN RS ORNO AW DADN D20 AWJA BO ND AWA3O HON ABOMD 211 AM TR3 CHD P AM DA 3O
Fonte pring.com

Os rompimentos conjuntos de linhas de tendência indicam sinais de rever-


são para duas tendências, e as duas setas indicam a confirmação de
as
divergência
negativa que se desenvolveu em 2008. A convergència mais recente do preço da
ação pode ser mais bem analisada no gráfico 28.17, que compara o KST interme-
diário às duas séries.
Seria conveniente ser capaz de determinar se uma série é um líder consis-
tente, mas que não é o caso, como as setas sólidas mostram a razão de lideran-
ça e as tracejadas quando o KST virou primeiro. Os pontos de virada sem setas
indicam uma coincidência. Começando em 2001 existem muitos períodos onde
não é possível distinguir entre as duas series porque suas trajetórias são muito
similares. Quando vocè considera que a razão que a relação contém esses dados
completamente diferente do índice de Commodity, as semelhanças recentes entre
as duas series serve como um claro lembrete
que a commodity e os participantes
do mercado de bond estão claramente na mesma
página.
Visto que o histórico dessa relação esteve disponivel apenas por alguns anos,
seria incorreto atribuir uma grande importância a estas conclusões. No entant0,
o fato de que a associação entre a razão e os preços de commodities parece estar
aumentando, sugere que esta forma de análise deve ser cuidadosamente monito-
rada, uma vez que parece ser bastante promissora.
Indicadores e Relações que Medem a Confiança. 609

GRAFICO 28.17 Momentum da Commodity versus o Momentum do TIP/TLT,


2005-2012

Intermediate KST CRB Spot


Intemediate KST TIP/TLT Ratio

Fonte: ping.com

Sumário

1. As razões de confiança, tais como a ação relativa de ações defensivas ou spre-


ads no mercado de titulos de qualidade, normalmente viram à frente fos indi-
ces do mercado, tal como o S&P Composite.
2. Podem ser usados para acionar os sinais de compra e venda por meio de aná-
lise da linha de tendência ou relações de momentum.
3. O índice Brokers têm uma tendência a liderar o mercado de ações em topos,
mas não nos fundos. Os sinais adequados de compra e venda podem ser deri-
vados de violações conjuntas da linha de tendência.
4. Nos últimos anos tem havido uma forte relação entre a tendência dos preços
de commodities e a razão entre os titulos protegidos contra a inflação e os
bonds.
29

A IMPORTÄNCIA DO
SENTIMENTO

Cada vez mais eu acho que é bom estar do lado certo da minoria, uma vez que é sempre o mais
inteligente.
-Goeth

Durante os mercados primários de alta e de baixa, a psicologia de todos os in-


vestidores muda do pessimismo e do medo para a esperança, excesso de confiança,
e ganância. Para a maioria, o sentimento de confiança é construído ao longo de um
período de preços ascendentes de modo que o otimismo atinge o seu topo em torno
do mesmo ponto que o mercado também está atingindo sua máxima. Inversamente,
a maioria é mais pessimista nos fundos do mercado, que é precisamente o ponto
quando deveria estar comprando. Estas observações são válidas para topos e fundos
de prazo intermediário como são para os primários. A diferença é normalmente de
grau. Num fundo de prazo intermediário, por exemplo, problemas significativos são
percebidos, mas em um mercado primário de baixa, frequentemente parecem inso-
lúveis. Em alguns aspectos, quanto pior os problemas, mais significativo é o fundo.
Os participantes do mercado mais bem informados, como os insiders e os
membros da bolsa de valores, tendem a agir de forma contrária à maioria, ven-
dendo nos topos do no mercado e comprando nos fundos do mercado. Ambos os
grupos passam por um ciclo de emoções completo, mas em fases completamente
opostas. Isto não sugere que o público está sempre errado nas grandes viradas do
mercado e que os profnssionais estão sempre corretos; em vez disso, a implicação
é que, no total, as opiniðes desses grupos estão geralmente num conflito direto.
Os dados históricos estão disponíveis em muitos participantes do mercado,
tornando possível a obtenção de parâmetros que indicam quando um determi-
nado grupo se moveu para um extremo historicamente associado a um ponto de
virada do mercado.
Infelizmente, existem vários índices que funcionaram bem antes dos anos oi-
tenta, mas foram parcialmente distorcidos devido ao advento das negociações das
A Importáncia do Sentimento 611

opçoeslistadas em 1973 ea introdução do índice de futuros de ações em 1982. O


motivo é que a compra e venda de opções e iíndices de futuros substituiu a venda
a descoberto e outras atividades especulativas que tinham sido usadas como base
para a construção de indicadores de sentimento.
De um geral, os de longo prazo relacionados com
modo dados os
participan-
tes do mercado que não tenham sido indevidamente afetados pela negociação de
opções de antes do início de 1970 so limitados. Como acontece com qualquer sé-
rie de dados de duração limitada, deve-se ter um grande cuidado na sua interpre-
tação. Visto que, uma descrição da análise técnica não seria completa sem alguma
referência ao sentimento do investidor, alguns dos indicadores mais confiáveis são
considerados aqui. O uso de três ou quatro índices que medem o sentimento é útil
do ponto de vista da avaliação de um cenário maior, a partir da qual uma opinião
contrária pode ser feita.

Momentum como um Substituto do Sentimento

As ações individuais e muitos mercados não têm dados de sentimento publicados


dos quais possa derivar um indicador. Em tais casos, é possível substituir os osci-
ladores, uma vez que, existe uma estreita correlação entre as condições sobrecom-
pradas e aquelas de excessivamente altas e vice-versa.
Neste aspecto, o painel inferior do Gráfico 29.1 mostra duas séries de m0-
mentum.
Ambas são calculadas dividindo o fechamento semanal por uma média mó-
vel de 13 semanas (MM). A linha sólida é derivada do S&P Composite e a tracejada
de uma percentagem dos boletins informativos semanais baixistas escritos pelos
consultores de mercado conforme publicado pela Investors Intelligence.com. Estas
últimas séries foram traçadas inversamente para corresponder à direção dos mo-
vimentos de preços de mercado de ações. Assim, é um indicador de momentum
derivado diretamente de flutuações do S&P Composite e o outro a partir dos dados
de sentimento, que são, estatisticamente falando, completamente independentes. E
realmente evidente que existe uma correlação muito próxima entre eles. As duas
trajetórias não são idênticas, certamente, mas próximas o bastante para provar o
ponto que preços ascendentes atraem poucos vendedores e vice-versa. Nós tam-
bém podemos ver uma relação semelhante no mercado de bonds. O gráfico 29.2,
por exemplo, compara uma MM de 10 semanas de um indicador de força relativa
(IFR) de 14 semanas para traders altistas do mercado de bonds como publicado
pelo Market Vane contra uma MM 10 semanas de um IFR de 14 semanas traçados
inversamente, para as obrigações da dívida pública com rendimento fixo durante
20 anos. Novamente, as similaridades entre eles de fato são muito próximas.
O fato de que os indicadores de sentimento e momentum estão intimamen
te relacionados não deve ser uma surpresa, porque preços em alta atraem mais
612 Parte II1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 29.1 S&P Composite, 2009-2012, Comprando Momentum para


Preço e Sentimento

S&P Composite

Oscilado de preço (1/13) do s&P


Oscilado de Preços Baixistas (1/13) Invertido (1/13)

Fonte: pring.com
Fonte Inverstorsintelligence.com

GRAFICO 29.2 20 anos de Rendimento do Bond (nvertido), 2003-2012,


Comparando o Momento para Preço e o Sentimento

20 anos de Rendimento do Bond (invertido)

IFR (10) de 14 semanas do Rendimento Invertido do Bond


IFR (10) de 14 semanas da Alta do Bond

Fonte: pring.com
Fonte: Market Vane
A Importância do Sentimento. 613

compradores e a queda os vendedores. Não estou sugerindo que cada indicador


de sentimento e oscilador tenha essa relação estreita. No entanto, ele apontao fato
que se os indicadores de sentimento não estão disponíveis, as séries de momentum
podem ser substitutas úteis.

Operações de Insider (detentor de informação privilegiada)

Acionistas que detenham mais de 5% de ações do total do capital votante de uma


empresa e funcionários das empresas ou outros funcionários que tenham acesso a
informações empresariais importantes são obrigados a apresentar à Securities and
Exchange Commission (SEC) quaisquer compras ou vendas no prazo de 10 dias.
Como um grupo, esses "insiders" são geralmente corretos em suas decisões, tendo
uma tendência para vender proporcionalmente mais ações, a medida que o mer-
cado sobe, e vice-versa. Uma MM de 8 semanas da razão compra/venda do insider
é mostrada na parte inferior do Gráfico 29.3. O gráfico mostra que enquanto os
preços vão ficando cada vez mais altos, os insiders aceleram suas vendas como um
percentual de compras. Os topos de mercado são sinalizados quando essa razão
sobe por um período de poucos meses ou mais, e então a tendência reverte. Neste
contexto, uma subida acima do nível de 70% e uma subsequente reversão na direção
do índice são suficientes sob circunstâncias normais para induzir a um declínio.
Nos fundos do mercado, o nível de 60% parece oferecer o melhor aviso de
um avanço iminente. Se o índice cai abaixo do nível de 60% e em seguida sobe
acima dele, ou mesmo apenas se recusa a tocá-lo brevemente, como no inicio de
1978 ou março de 1980, geralmente ocorre uma alta.

Serviço de Consultoria sobre Sentimento


Desde 1963, o Investors Intelligence (www.investorsintelligence.com) vêm compi-
lando os dados sobre as opiniões dos editores de boletins informativos do mercado.
Poderia se esperar que este grupo fosse bem informado e iria oferecer conselhos de
natureza contrária ao recomendar a aquisição de ações em fundos do mercado e
aconselhando a venda em topos de mercado. A evidência sugere que os serviços de
consultoria atuam totalmente de uma forma completamente opostaàda maioria e,
portanto, representam uma boa indicação de um parecer contra a maioria.
A forma mais popular de exibir esses dados é comparar o número de com-
pradores ou vendedores semanalmente ao s&P Composite ou algum outro indice.
Essa abordagem, porém, não leva em consideração aqueles que procuram por uma
correção. O gráfico 29.4 tenta contornar este problema, através do cálculo do nú-
mero de compradores menos o número de consultores que estão baixistas, i.é., a
pluralidade daqueles com uma opinião firme sobre a direção da tendncia principal.
614 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

1002
000

66t

966
s661

164
046
.686

$$6t
61

TR6

186
086

IL6

9L6
A Importancia do Sentimento 615

GRÁFICO 29.4 S&P Composite, 1955-2012, e Compradores Menos


Vendedores nos topos

S&P Composite

Altistas menos baixistas*

Fonte: Inerstorsinteligence. com

As setas destacam os pontos onde o indicador reverte de uma leitura igual


ou superior a 3.2. Esse comportamento está indicando perigo, mas, infelizmente,
não nos diz quanto. Assim, o sinal de venda no final de 2007 foi seguido por um
severo mercado de baixa, enquantoa maioria dos outros foram bastante limitados
nas suas advertências baixistas.
O gráfico 29.5 mostra o mesmo período, mas desta vez sob o aspecto dos
sinais de compra mais confiáveis, acionado quando o indicador reverte a partir do
nível 0,8. Há duas observações que vale a pena fazer. Primeira, o indicador atinge
essa leitura mais frequentemente num mercado primário de baixa e gera sinais re-
lativamente fracos. Segundo, quando o faz vai para abaixo de 0,8 e começa a subir,
o que representa um sinal de com grande probabilidade de alta.
O gráfico 29.6 toma um rumo um pouco diferente. Primeiro, ele apenas
representa o número de serviços de consultoria baixistas que foi inversamente
traçado para corresponder com os movimentos de preços do mercado de ações.
Segundo, a série real traçada é O IFR de 9 semanas que foi suavizado com uma
MM 8 semanas. Os sinais de compra foram sinalizados com reversões para cima
região sobrevendida. As linhas tracejadas, por outro lado, mostram que os si-
616 Parte l : Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 29.5 S&P Composite, 1955-2012, e Compradores Menos


Vendedores nos fundos

S&P Composite

Comprados menos vendidos*

A
20 2004 20 2
Fonte: Investorsintelligence.com

nais de venda tipicamente surgem após alguma forma de divergência negativa ter
se concretizado. Se você observar o gráfico anterior, também vai descobrir que os
topos do mercado de alta geralmente não são formados no ponto máximo da alta,
mas em algum topo mais baixo que se desenvolve depois.

Princípio Técnico Fundamental: Uma leitura extremamente alta do senti


mento não é tão baixista, como ocorre frequentemente com um indicador
lider. As máximas de um mercado de alta tem uma tendéncia maior de se
formar, quando o sentimento diverge de forma negativa.

Finalmente ográfico 29.7 mostra que os dados do sentimento, assim como qual-
quer outro oscilador, ocasionalmente, se prestam melhor à finalidade de análise da
linha de tendência. O gráfico também lembra-nos que os principios de divergência
também podem ser aplicados à interpretação destes dados e semelhantes. Por exem-
plo, o mercado de baixa de 1982 e alta de l1987 foram precedidos por uma divergéncia.
A Importância do Sentimento . 617

GRAFICO 29.6 DJIA, 1995-2012, e um Momentum Baixista Invertido

DJIA

14-week RSI (9/8) Inverted Bears"

204 207 2304 211

Fonte Investorsintelligence.com

Muitas vezes, a tendência de sentimento pode ser tão importante quanto


o nível na identificação de importantes reversões de mercado. O gráico mostra
muitos exemplos onde é possível construir uma linha de tendncia para a série de
sentimento. Quando a linha é violada, um sinal de reversão de tendência é dado.
As linhas verticais tracejadas indicam vendas, e as linhas sólidas sinais de compra.

Market Vane e o Sentimento do Mercado de Bonds

Os indicadores de sentimento também sâo publicados para os mercados futuros.


Um dos mais amplamente seguido contém dados emitidos pelo Market Vane. To-
das as semanas, a empresa faz uma pesquisa de opinião baseada numa amostra
dos participantes do mercado. Os resultados são publicados como a percentagem
de participantes que são altistas. A teoria é que, quando um número significativo
de traders estão altistas sobre um determinado mercado, eles já estão posicio-
nados no lado comprado. Isso significa que há muito pouco potencial poder de
compra. A implicação é que o preço tem apenas um caminho a percorrer, e é o
de baixa. De uma forma similar, se a maioria dos participantes está baixista, eles já
618 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÄFICO 29.7 S&P Composite, 1976-2001, e Baixas

1500 S&PComposite
1000
500

Baixas (Fonte Investors Inteligence)


10
20

E 30
40
50
60
an
T7 78 7980 1 82 33 4 B5 5 87 8 9 s0 91 92 93 94 95 p6 97 99 39 00
Fonte: Investorsintelligence.com

venderam ou estão vendendo. Visto que, a pressão de venda, provavelmente che-


gou a um extremo, os preços só podem se movimentar em uma direção e que é o
norte. Um exemplo no gráfico 29.8 usando reversões dos níveis extremos de 85%
e 15% indica que tais reversões prolongadas oferecem bons sinais. Infelizmente,
elas são poucas e distantes entre si. Um método alternativo de interpretação é a
construção de linhas de tendência para a série de sentimento e observar quando
o preço está reagindo com um rompimento semelhante de si próprio. Mais uma
vez, não vemos muitos sinais, mas quando estão disponíveis, o resultado é muito
efhcaz.
O problema com estas estatísticas é que são baseadas na opinião dos traders
de curto prazo, o que as torna um pouco irregulares, com implicações limitadas
a movimentos de preços de curto prazo. Uma técnica para superar este inconve
niente é calcular uma MM dos dados originais, digamos, com um período de 4
semanas, que suaviza as tlutuações semanais.
Uma alternativa é traçar uma MM de 10 semanas de um IFR de 14 semanas,
como mostrado no gráfico 29.9. Neste exemplo, as áreas Sobrecompradas/sobre-
vendidas säo construídas a 40% e 60%. As setas indicam reversões além daqueles
A Importância do Sentimento 619

GRAFICO 29.8 20 An0s dos Rendimentos dos Bonds do Governo, 1994-2012


ea Alta dos Bonds da
Market Vane

20-year Govemment Bond Yield

t
20 anos de Rendimentos do Bonds do Govemo

2 2 2611 2012

Fonte: Investorsintelligence.com

níveis que oferecem sinais bastante consistentes e confiáveis de mudanças na ten-


dência da série de rendimentos de 20 anos.

Princípio Técnico Fundamental: Frequentemente, a tendéncia do senti-


mento pode ser tão importante quanto o nível na identificação de importan
tes reversões do mercado. A mesma observação pode ser feita para indica-
dores fundamentais, tal como a razão preço lucro (P/L) e assim por diante.

Combinando Sentimento e Momentum

Uma abordagem adequada para a identificação de reversões no início da tendência


ecombinar o sentimentoeo momentum dentro de uma série, uma combinação. 0
painel inferior dográfico29,.10 mostra um indicador que combina as altas da Market
Vane com um IFR de 14 semanas com os fundos públicos de 20 anos da Barclays
620 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 29.9 20 Anos dos Rendimentos dos Bonds do Governo, 2000-2012


eo Momentum da Alta dos Bonds da Market Vane

20-year Government Bond Yield

IFR(14/10) dos Bonds de Alta

Fonte: de Market Vane

negociados na bolsa de valores (EFT). Ambas as séries foram subtraídas de 50 para


permitir que os números positivos e negativos, tivessem o seu total dividido por dois.
Os alertas de compra e venda Ocorrem quando a MM de 10 semanas da
combinação mostrada na janela central, cruza acima e abaixo de sua MM de 6
semanas, abaixo e acima de zero, respectivamente. Em outras palavras, um sinal
de venda somente pode ser gerado de uma leitura acima de zero e o de compra
abaixo de zero. Os sinais de violinadas foram indicados nas elipses. Quando se
considera que a maior parte deste período incluiu ações instáveis em vez de ten-
dências persistentes, parece que essa abordagem funcionou muito bem.

Fundos Mútuos

Os dados sobre os fundos mútuos são publicados mensalmente pela Investment


Company Institute (ICIL.org). As estatisticas são úteis porque monitoram as ações do
público e das instituições. Nos últimos an0s, o mercado monetário e a isenção de
impostos dos fundos mútuos tornaram-se generalizados; portanto, os dados utili-
A Importáncia do Sentimento . 621

GRAFICO 29.10 Fideicomisso de 20 anos da Barclay, 2003-2012, e dois


Indicadores de Momentum/Sentimento

Barclays 20-Year Trust (TLT)

Combo 10/6

Combo

21

Fonte:pring.com

zados aqui foram modificados para incluir apenas os fundos de ações. Os analistas
técnicos, geralmente calculam o caixa do fundo mútuo como uma percentagem
dos ativos. De certo modo, estes dados devem ser tratados como um indicador do
fluxo de fundos, mas são discutidos aqui como uma mediç o do sentimento.

Caixa dos Fundos Mútuos/Razão dos Ativos

Os fundos mútuos consistentemente mantem uma certa quantidade de suas carteiras


na forma de ativos líquidos a fim de acomodar os investidores que desejam ganhar di-
nheiro ou resgatar seus investimentos. Um indicador adequado é gerado quando essa
posição de caixa é expressa como uma percentagem do valor total das carteiras dos
fundos mútuos, um valor conhecido como o valor do ativo total (ver Gráfico 29.11).
O índice se movimenta na direço oposta ao mercado de ações porque a pro-
porção do caixa mantido pelos fundos mútuos aumenta à medida que os preços
caem, e vice-versa. São três os motivos para que assim seja. Em primeiro lugar,
como o valor da carteira de um fundo cai num mercado em declinio, a proporção
do caixa mantido subirá automaticamente, mesmo que nenhum valor novo seja
622 Parte Il1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

REI233389&88|

E33Z889255s8|
A Importância do Sentimento 623

gerado. Em segundo lugar, conforme os preços caem, os fundos se tornam mais


cautelosos na sua
politica de compra, que, eles veem menos oportunida
uma vez
des para ganhos de capital. Em terceiro lugar, a decisão é feita para manter mais
reservas de caixa como um seguro devido a uma onda de resgates por parte do
público. Em um mercado de alta, o efeito oposto é sentido na medida em que o
avanço de preços autonmaticamente reduzisse a proporção de dinheiro, aumento
de vendas, e os gestores de fundos estão sobre enorme pressão para capitalizar no
mercado de alta estando totalmente investido.
Um dos inconvenientes desta abordagem é o que os dados de caixa de fun-
dos mútuos fizeram, de modo geral, permaneceram acima do nível de 9,5% entre
1978 e 1990 e perderam consideravelmente a sua validade como um dispositivo
de timing durante este período. E verdade que o mercado estava em uma tendên-
cia ascendente, mas uma das funções de um indicador desta natureza é alertar
os contratempos, como os mercados de baixa de 1980 e 1981 a 1982, para não
mencionaro crash de 1987.
Uma forma de contornar este problema, originalmente concebido por Nor-
man Fosback da Market Logic, é subtrair o nível prevalecente das taxas de juros
de curto prazo dos próprios níveis percentuais de caixa. Desta forma, o incentivo
para que os gestores de carteira guardem dinheiro devido a altas taxas de juros
é neutralizado. Este ajuste para a razão caixa/ativo é mostrado no gráfico 29.12.
E uma melhoria definitiva dos dados originais, mas, infelizmente, também não
consegue explicar o crash de 1987.
A última alternativa, concebida por Ned Davis Research, compara a troca do
caixa de fundos e do caixa dos gestores de fundos de mútuos pelo total de ativos
do fundo. Esta série também é ajustada pelas taxas de juros e parece oferecer os
melhores resultados. A compra marcada em (B) e os sinais de venda em (S) do
gráfico 29.13 são gerados quando esta série cruza abaixo da linha inferior tracejada;
permanecem em curso até que cruzem acima da linha superior tracejada (venda).

Margem
As tendências das margens são provavelmente melhor classificadas como indi
cadores do fluxo dos fundos, mas, visto que a tend ncia e o nivel da margem
são também boas indicações da confiança do investidor (ou da falta desta), s
discutidos nesse capítulo. A margem é o dinheiro emprestado por corretores e
banqueiros usando títulos como garantia. O crédito é geralmente utilizado para
a compra de ações. No início de um ciclo tipico do mercado acionário, a margem
é relativamente baixa; começa a subir pouco depois do último fundo dos preços
das ações. Quando os preços sobem, os traders de margem, como um grupo se
tornam mais confiantes, e assumem uma dívida adicional, a fim de alavancar po-
sições com um maior número de ações.
624 Parte Il1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

T TTT TT TTT
A Importancia do Sentimento 625

-
626 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Durante uma tendéncia de alta primária, a margem é uma valiosa fonte de


novos fundos para o mercado de ações. A importància deste fator pode serreconhe
cida quando se observa que a margem aumentou quase dez vezes entre 1974e l987.
A diferença entre a ação comprada com dinheiro e ações compradas com margem
é que as ações marginais devem, em algum momento, ser vendidas a fim de pagar a
divida. Por outro lado, as ações adquiridas a título definitivo, teoricamente, podem
ser mantidas definidamente. Durante o declínio do mercado de ações, a margem
inverte seu papel positivo e torna-se uma importante fonte de oferta de ações.
Isto ocorre por quatro motivos. Em primeiro lugar,
a sofisticação dosinvesti
dores orientados para margem érelativamente superior à de outros participantes
do mercado. Quando este grupo percebe que o potencial de ganhos de capital
diminuiu muito, uma tendéncia de liquidação de margem inicia. A divida da mar-
gem foi achatada ou diminuiu no período de 3 meses na grande maioria dos 14
topos do mercado de ações desde 1932.
Em segundo lugar, os topos dos mercados primários das ações são invaria-
velmente precedidos pela subida das taxas de juros, que por sua vez aumentam o
custo de carregamento da margem, portanto, tornando-os menos atraentes para
ser mantidos.
Em terceiro lugar, desde 1934 o Federal Reserve Board (o "Fed") foi autori
zado a definir e mudar as exigèncias de margem, que especifique o montante que
pode ser emprestado por um corretor ou banco para os clientes com a finalidade
de carregar titulos. Esta medida foi considerada necessária tendo em vista a ex-
pansão substancial de margem que ocorreu no final de 1920. A liquidaço desta
piramide de débitos contribuiu para a severidade do mercado de baixa de 1929-
1932. Quando os preços das ações subiram consideravelmente por um período de
tempo, a especulação se desenvolve, frequentemente, resultando em um aumento
acentuado de margem. Percebendo que as coisas poderiam ficar fora de controle
nesta fase, o Fed aumentou a exigência de margem, que resultou na redução do
poder de compra do público em geral do que poderia ter sido. Geralmente, muitas
mudanças devem ser feitas nas solicitações de margem, para reduzir significati-
vamente o poder de compra desses especuladores. Isso ocorre porque o aumento
substancial no preço das ações, que era responsável pelos requisitos levantados
primeiramente, geralmente, gera garantias adicionais em uma proporção que é
inicialmente suficiente para compensar o aumento das reservas obrigatórias.
Em quarto lugar, o valor colateral dos títulos utilizados como base para a
margem cai, a medida que os preços das ações caem. O especulador de margem
é confrontado com a opção de colocar mais dinheiro ou vender as ações, a fim de
pagar a divida. Na primeira, o processo de chamada de margem é razoavelmente
organizado, como a maioria dos traders tem unma margem de segurança suficiente
para proteg-los da queda inicial nos preços. Alternativamente, aqueles que estão
abaixo da margem muitas vezes optam por colocar garantia adicional ou dinheiro.
Mais para o final de um mercado de baixa, os preços caem mais rapidamente, e
A Importância do Sentimento 627

este processo irritante, combinado com a falta de vontade ou incapacidade dos


clientes de margem de ter garantias adicionais, desencadeia uma onda de chama-
das de margem. Isso aumenta substancialmente a oferta de ações que devem ser
vendidas, independentemente do preço. O aumento automático da espiral des-
de
cendente liquidaço forçada continua até que
nível de gestão mais fácil.
a margem seja reduzida para um

A maioria das pessoas considera que o nível da margem é a forma mais im-
portante de interpretar esses dados. Realmente, quanto maior o nível, maior a
vulnerabilidade do mercado quando os números começam a cair. Talvez a melhor
forma de demonstrar essa estatística é a de expressar o nível da dívida como uma
percentagem do valor de mercado das ações em circulação. Dessa forma, a verda-
deira vulnerabilidade do mercado seria representada de uma forma mais propor-
cional. No entanto, acredito que é a tendência da margem que é muito importante,
porque as reversões de tendências sinalizam se os traders estão confiantes, ou
seja, dispostos a assumir mais dívidas, ou pessimistas, ou seja, liquidar. Por este
motivo, a margem é um indicador útil quando expressa em relação a sua MM de
12 meses, como mostrado no gráfico 29.14.
Os cruzamentos oferecem confirmação de grandes reversões de tendências.
Na maioria das vezes, essa relação é de confiança, mas enfrentam violinadas de
vez em quando, como você pode ver nas elipses.

GRÁFICO 29.14 S&P Composite, 1980-2012, e a Margem da NYSE

s&P Composite

Margem na NYSE

Fonte: pring.com
628 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 29.15 S&P Composite, 1962-2012, e o Momentum da Margem da NYSE

s&P Composite

KST da Margem da NYSE

Fonte: pring.com

Uma alternativa, mostrada no gráico 29.15, é traçar um Know Sure Thing


(KST) para a margem (poderia também ser substituído por uma média móvel
convergência divergência [MACD] ou até mesmo um Estocástico) e usar cruza-
mentos positivos de uma MM de 9 meses, como sinais de compra. Como você
pode ver, esta técnica tem sido muito bem sucedida, mas as duas setas tracejadas
nos lembra de que na análise técnica as probabilidades estão conosco, mas nunca

chegam ao nível 100% perfeito do Santo Graal.

Sentimento Utilisando os Dados das Opções


Os indicadores de sentimento baseados em dados de venda a descoberto parecem
ter sido distorcidos nos últimos anos, em parte por causa da introdução de op-
ções listadas e futuros. O outro lado da moeda é que as próprias opções podem
ser usadas como uma base para a construção de indicadores de sentimento. Seu
desempenho está longe de ser perteito, mas definitivamente merece consideração.

Razão Opção de Venda/Opção de compra

Talvez o indicador derivado de opção mais amplamente seguido é o que mede a ra-
zão entre o volume de opções de venda em relação ao volume de opções de compra.
A Importância do Sentimento 629

Uma opção de venda dá ao investidor ou trader o direito de vender um indice de


ações especifico ou commodities a um preço predeterminando para um período es-
ecifñco. De fato, o comprador de uma opç o de venda está apostando que o preço do
ativo subjacente vai cair. Isto é uma forma de venda a descoberto na qual o risco do
trader é o custo da opção. (O risco de uma venda a descoberto em teoria éilimitado).
Uma opção de compra, por outro lado, é uma aposta que o preço ativo
cor
respondente subira num periodo de tempo especifico. Ela dá ao comprador da op-
ção o direito de comprar uma opção a um preço determinado através de um perí-
odo de tempo específico.
E normal que o volume de opções de compra ultrapasse o de opçöes de
venda, e assim a razão de opção de venda/opção de compra invariavelmente é
negociada abaixo do nível 1.0 ou (100). Este indicador mede as oscilações no sen-
timento entre compradores e vendedores. Em teoria, quanto menor a razão, mais
otimista a multidão e o mais provável é que o mercado decline, e vice-versa. Uma
razão baixa significa que poucas pessoas estão comprando as opções de venda em
relação às opções de compra, enquanto que uma razão alta indica que um número
de traders maior do que o normal está apostando que o mercado vai cair.
Para os dados do mercado de açôes, uma boa fonte é o Chicago Board Options
Exchange (CBOE) web site (www.CBOE.com), onde é possível fazer o download de
dados históricos. Minha preferência é para os dados das opções de venda/opções
de compra do Total Exchange Volume, pois é abrangente. Também é possível obter
outros rompimentos, tais como os índices, volume de ações, e assim por diante.
Uma MM de 5 dias da razão é mostrada no Gráfico 29.6
Leituras superiores a 125 parecem oferecem boas indicações de quando o
pessimismo chegou a um extremo. Os sinais de venda não podem ser previstos,e
o gráfico 29.17 mostra que eles tendema acabar com divergências negativas mais
do que com as reversões de um nível extremo.
As divergências negativas aparecem em B, Ce D. Uma divergência positiva
pode ser observada em A. Vemos também uma divergência positiva no fundo de
2009 no Gráfico 29.18.
Este mostra uma abordagem diterente, com uma MM suavizada de 35 dias
de uma MM de 25 dias dos dados originais. As setas sinalizam reversões de níveis
sobre-estendidos, que tiveram um sucesso limitado. As duas setas pontilhadas en-
tre 2004 e 2008 mostram como o topo do mercado de alta foi precedido por uma
série de topos cada vez mais fracos na razo. Por outro lado, as duas setas sólidas,
alguns anos mais tarde sinalizam uma configuração positiva.

O VIX (Indicador de Volatilidade do Mercado)

O indicador de volatilidade do mercado, ou VIX, é um símbolo da marca registrada


do telégrafo da Chicago Board Options Exchange Market Volatility Index, uma medi-
630 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 29.16 NYSE Composite, 2007-2010, e a Razão Put/Call da CBOE

NYSEompasite

Razão Put/Cal (5) Invertida da CBOE

1204
1.:0

Fonte: pring.com

GRÁFICO 29.17 NYSE Composite, 2007-2010, e a Razão Put/Call da CBOE


Mostrando Divergências

S&P Composite

B D* *

Razão Put/Call (5) Invertida da CBOE


d

Fonte: pring.com
A Importância do Sentimento 631

GRAFICO 29.18 NYSE Composite, 2004-2012, e a Razão Put/Call da CBOE


Mostrando Divergências

NYSE .************?
Composite.

Razão Put/Call (25/35) Invertida da CBOE

* *es * * on* iei* * * * * * sa **.


AA

Fonte: pring.com

da popular da volatilidade implícita das opções do iíndice S8<P500. Frequentemente,


é mencionado como o índice de medo e representa uma medida da expectativa do
mercado, quanto à volatilidade do mercado de ações nos próximos 30 dias. O VIX é
citado como uma porcentagem estimada da volatilidade implícita do mercado, que é
o movimento anualizado esperado do s&P500 durante os próximos 30 dias.
Quando os preços estão tendendo progressivamente para cima, há geralmen-
um nível de diminuição de volatilidade quando a complacência é estabelecida.
Por outro lado, quando um mercado está caindo, um nível crescente de medo
resulta em uma tendência de aumento de volatilidade. Como um indicador con-
trário, quanto maior for o VIX, mais altista é o mercado e, inversamente, quanto
menor for o VIX, mais baixista é o mercado. Consequentemente, os gráficos 29.19
e 29.20 traçam este indicador inversamente, para que suas tlutuações geralmen
te correspondam as do mercado em termos de direção. O gráfico 29.19 indica a

utilização do VIX auxilio de divergências positivas negativas, quando


com o
emoções humanas de ganância e medo parecem conduzir preços.
e as

O gráfico 29.20 utiliza técnica da linha de tendência


a comgrande eficácia.
Esta parece ser a melhor abordagem, porque as constantes oscilações do indica-
dor produzem dificuldades para médias móveis e técnicas de momentum suaviza-
do. Ocasionalmente, a abordagem de suavizar funciona muito bem. No entanto,
os resultados são tão irregulares que é preciso ter muito cuidado ao utilizá-lo.
632 Parte ll: Outros Aspectos da Análisedo Mercado

GRAFICO 29.19 S&P Composite, 1990-2012, e o VIX

s&P Composite

VX (Invertido)

Fonte: pming.com

GRÁFICO 29.20 S&P Composite, 2006-2012, e o VIX Mostrando


Violações da Linha de Tendência

S&P Composite

VIX (Invertido)

Fonte: pring.com
A Importância do Sentimento. 633

Indicadores Fundamentais: Um dos Melhores


Indicadores de Sentimento
Vimos no Capítulo 23 (Gráfico 23.2) como a razão preço/lucro de Shiller tem
flutuado em gigantescas oscilações nos últimos 100 anos ou mais e que esses mo-
vimentos foram associados às mudanças na psicologia das massas. Nos principais
topos do mercado, os investidores estavam dispostos a pagar um preço enorme
pelas ações, com um P/L geralmente acima de 22,5, enquanto que este indicador
de investimento tipicamente fez um fundo na área de 7-8. Se os investidores es-
tavam dispostos a pagar preços elevados em topos, foi porque eles estavam con-
hantes de que os bons tempos iriam continuar. Por outro lado, o medo em baixas
seculares era tão difundido que eles pediam pechinchas a preço de incêndio.
Vemos a mesma coisa nos rendimentos de dividendos, em que baixos rendi-
mentos, menos de 3%, são tolerados em topos, mas altos rendimentos de 6% a 7%
tornam-sea ordem do dia nos fundos do mercado, devido ao risco percebido e o
desejo de ser compensado por isso.
O gráfico 29.21 compara o S&P a uma taxa de mudança (ROC) de 24 meses
inversamente traçada. As setas mostram que os topos neste indicador de momen-
tum geralmente coincidem com os do mercado. O comportamento em meados

GRAFICO 29.21 S&P Composite, 1950-2012, e um Momentum Invertido


dos Dividendos

s&P Composite

TTTITTI|
ROC 24 do Rendimento dos Dividendos (Invertido)

Fonte: pring.com
634 Parte IIl: Outros Aspectos da Análise do Mercado

da década de 1990 mostra como o otimismo, quando medido por este indicador
especifico, atingiu níveis excessivos e permaneceu lá por um longo período.

Reação do Mercado às Notícias


Outra abordagem extremamente importante, embora imprecisa, de avaliação
do sentimento do mercado é observar a reação de qualquer mercado aos novos
eventos, especialmente aos inesperados. Este é um exercicio útil, desde que os
mercados olhem para o futuro e levem em conta todos os eventos previsíveis para
a estrutura de preços. Se um evento de notícias que seria normalmente esperado
para movimentação dos preços nãoo faz, a probabilidade é que todas as notícias,
boas ou más, já está refletido no preço.
Um exemplo clássico desenvolvido no final de 1988, quando os escàndalos
de informações privilegiadas começaram a aparecer, começando com a acusação
de Denis Levineande Ivan Boesky. Em circunstâncias normais, seria de se esperar
que o mercado vendesse. Mas, neste caso, estagnou por um tempo e, em seguida,
subiu acentuadamente.
A taxa de desconto foi criada na primavera de 1978. Isto deveria ter sido um
sinal para vender, mas o mercado se recuperou com um volume recorde. Neste
caso, o fato de que novas máximas ultrapassaram rapidamente as novas minimas
logo após um fundo do mercado de baixa ter sido um indicação técnica de que a
estrutura subjacente era muito sensata.
Exemplos incontáveis poderiam ser citados para muitas ações e mercados,
mas o princípio que permanece é que se um preço não responde as notícias da
maneira esperada, provavelmente, está no processo de reversão. A avaliação deste
fator é muito mais uma questão de julgamento, mas ele pode atuar como um com-
plemento útil para a avaliação dos outros indicadores técnicos.

Sumário
1. Os indicadores de sentimento são complementos úteis para as técnicas de de-
terminação de tendências descritas nos outros capítulos. Eles devem ser uti-
lizados com a finalidade de avaliar a visão de consenso a partir da qual uma
posição contrária pode ser feita.
2. Uma vez que muitos indicadores de sentimento estão sujeitos a mudanças ins-
titucionais, é necessário considerá-los como um grupo, em vez de depender
apenas um ou dois indicadores.
Devido à estreita ligação entre os indicadores de sentimento e de momen-
tum, este último pode ser substituído quando os dados de sentimento não
estão disponíveis.
30

INTEGRANDO OPINIÖES
CONTRÁRIAS E
ANÁLISE TÉCNICA

"A lei de uma multidão organizada ou psicológica é a unidade mental. Os individuos que com-
pöcm a multidão perdem a sua personalidade consciente sob a influência da emoção e estão
prontos para agir como um todo, direcionados pela pouca inteligência da multidäo".

-Thomas Templeton Hoyle

"Em qualquer caso, independente das nossas inclinações políticas, devemos lembrar que o obje-
tivo de uma opinio contrária é desafiar as convicções mais caras que temos que, devido à nossa
lealdade a elas, somos menos propensos a se sujeitar ao escrutinio critico

-Mark Hulbert, July 25, 2012, MarketWatch

Definição de Opiniðes Contrárias


Humphrey Neil elaborou as suas próprias ideias e experiências e as combinou com
os escritos de Charles Mackay (Extraordinary Popular Delusions and the Madness

of Crowds), Gustav Le Bon (The Crowd), e Gabriel Tarde para formar a teoria da
opinião contrária. Hoje, é amplamente entendido que, visto que
a "multidão" está
errada nos principais pontos de retorno do mercado, o único jogo na cidade é ser
um contrário! Infelizmente, sempre que um conceito ou teoria se torna popular, a
ideia básica é frequentemente distorcida. Isto significa que aqueles que adotaram
a teoria sobre o seu valor de face e não se deram ao trabalho de estudar Neil e
outros escritores, provavelmente estão sobre um terreno movediço.
636 Parte II1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Neil salientou que a multidão realmente está certa em significativos perío-


dos de tempo. Nos pontos de virada é que a maioria entende as coisas de forma
errada.
Esta última ideia é realmente o centro do pensamento de Neil. Uma vez que,
uma opinião é formada, é imitada pela maioria até praticamente todos concor-
darem que é válida. Como Neil (1980) colocou, "Quando todos pensam da mes
ma forma, é provável que todos estejam errados. Quando as massas de pessoas
sucumbem a uma ideia, frequentemente, são influenciadas pelas suas emoçôes.
Quando as pessoas param para pensar sobre as coisas, são muito semelhantes em
suas decisões.
A palavra "pensar" foi deliberadamente enfatizada porque a prática da opi-
nião contrária é muito mais uma arte e não uma ciência. Para ser um verdadeiro
contrário, você precisa estudar, ser paciente, ser criativo e trazer as suas sugestoes
baseadas em uma ampla experiência. Lembre-se, há duas situações de mercado
que são sempre idênticas porque a história pode se repetir, mas raramente se repe-
te exatamente. Com efeito, não étäão fácil como dizer, "Todo mundo está baixista;
consequentemente, estou altista"
Talvez a melhor definição de opinião contrária venha do falecido John
Schultz, que, num oportuno artigo baixista na Barron's pouco antes do colapso de
1987, escreveu: "A luz guia do investimento contrário não é a opinião da maio-
ria-a convencional, ou sabedoria recebida-estão sempre errados. Pelo contrá-
rio, é a opinião da maioria que tende a solidificar em um dogma, enquanto suas
premissas básicas começam a perder a sua validade original e assim se tornam
progressivamente mais desvalorizado no mercado'.
Três palavras foram enfatizadas porque integram os três pré-requisitos de
formação de uma opinião contrária. Em primeiro lugar, o conceito inicial se so-
lidifica em um dogma. Em segundo lugar, perde a sua validade e um novo fator
ou conjunto de fatores entram em jogo. Finalmente, a multidão se move para umn
extremo, que se reflete em uma grave sobrevalorização. O que ela está dizendo é
que no início de unma tendência alguns indivíduos com visão, antecipam um ce-
nário alternativo ou consequência para o que está sendo promovido pela maioria.
Mais tarde, quando os preços sobem, outros estão convencidos de que o cenário é
válido. Então, quando a tendência se prolonga, mais e mais pessoas juntam as suas
forças, talvez sendo persuadidos tanto pelo aumento dos preços como do próprio
conceito. Eventualmente, o conceito ou premissa torna-se um dogma para que
todos o aceitem como um evangelho. Até agora, porém, tem sido descontado ou
faturado no preço que a ação ou mercado em questão est o sobrevalorizados.
Mesmo que o preço não esteja sobrevalorizado, o conceito começa a perder sua
premissa original e um novo cenário emerge. Todos aqueles apostando na premis-
sa original, perdem dinheiro quando o mercado reverte para baixo.
Estas tendências ocorrem porque os investidores tendem a se moverem
como multidQes e esto sujeitos aos instintos grupais. Se deixado à sua própria
Análise Técnica 637
Integrando Opiniöes Contrárias e

sorte, os indivíduos isolados de seus pares tendem a agir de uma forma muito
mais racional. Digamos, por exemplo, você vê os preços das ações começando a
subir acentuadamente depois que já havia subido muito. Mesmo que possa saber
a partir de sua próópria experiência, que não podem continuar a subir para sem-
pre, seria difícil no ser apanhado pela emoção, especialmente depois de terem
subido de forma significativa do nível em que você havia pensado anteriormente
que estavam irracionalmente altos. Sob tal cenário é muito dificil pensar de forma
independente a partir da sabedoria aceita do dia.

Principio Técnico Fundamental: Um bom contrário não deve ser contrário


por uma questão de ser contrário, mas deve aprender a pensar em sentido

inverso, agir criativamente em cenários alternativos do que aqueles da mul-


tidão. Em outras palavras, tentar descobrir por que a multidão pode estar
errada.

Porque as Multidöes são irracionais?

Neil escreveu que existem vários motivos que ele chama de leis sociais que deter-
minam a psicologia da massa. Estes são os seguintes:

1. Uma multidão está sujeita aos instintos que os individuos que agem de
forma independente nunca iriam sucumbir.
2. As involuntariamente seguem os impulsos da multidão. (Consul
pessoas
te o último capitulo sobre por que é dificil ir ao contrário).
3. O contágio e a imitação da minoria tornam os indivíduos suscetíveis à
sugestão, comandos, costumes e apelos emocionais.
4. Quando reunidos como um grupo ou multidão, as pessoas raramente
pensam ou questionam, mas seguem cegamente e emocionalmenteo que
é sugerido ou afirmado para eles.

Por que, então, a multidão está errada nos pontos de retorno? O motivo é
que quando todo mundo tem a mesma opinião altista, há pouca energia potencial
compra e poucas pessoas que podem perpetuar a tendència. Da mesma forma,
se o mercado estiver com uma fixação errônea de preços, citando John Schulz, ou-
tras alternativas de investimento est0 se tornando cada vez mais atraentes--não
é de se admirar que mais dinheiro em breve fluirá da situação sobrevalorizada e
da crença sem evidência para uma situação de
preço mais realista. O oposto, na-
turalmente, seria verdadeiro em uma tendência de queda.
638 Parte ilI: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Tomemos, por exemplo, uma economia em profunda recessão, a atividade


dos negócios declinando rapidamente e demissões e desemprego elevado estão
recebendo manchetes no noticiário noturno. As ações estão estendendo seu de
clínio que começou há mais de um ano atrás, e toda a situação parece estar fora
de controle em uma espiral de autoalimentação. Enquanto todo mundo está
olhando para baixo, éo pré-requisito do contrário para olhar para cima e fazer
a pergunta, "O que poderia dar certo'"? Isto é onde o cenário alternativo entra.
Lembre, as pessoas são racionais. Quando percebem que os tempos difíceis es-
tão chegando, ajustam seus planos em conformidade. As empresas vão reduzir
estoques excessivos, despedir trabalhadores, e pagar as dívidas. Uma vez que,
isso tenha sido feito, os pontos de equilíbrio caem e os negócios estão numa
ótima posição para aumentar os lucros quando a economia mudar. Toda essa
economia significa que a demanda por crédito cai e assim como seu preço-taxa
de juros. A queda das taxas incentiva os consumidores a comprar moradias, e
uma nova recuperação está a caminho. Como Neil descreve, "Em eras históri-
cas financeiras, tem sido significativo como, quando as condições foram caindo
que, sob a influência do desânimo, a economia subjacente corrigiu a si própria
para a subsequente revitalização e recuperação".
O mesmo é verdadeiro nos mercados. Ninguém vai manter as ações se
acham que os preços estão num declínio prolongado, de modo que eles vendem.
Quando toda a venda acabar, há apenas uma direção na qual os preços podem ir, e
que é para cima! Nesse ponto, os verdadeiros contrários decidiram que o suficien-
te é suficiente e que um resultado alternativo altista seja provável e as premissas
subjacentes do mercado de baixa não são mais válidas.
Saber quando ter uma opinião contrária é a chave para todo o processo
porque a multidão trequentemente se move para os extremos bem antes de um
ponto de retorno do mercado. Muitos profissionais sabiam que a situação estava
ficando fora de controle em 1928 e em 1999 (para ações de Internet). Em ambos
os casos, eles concluiram que as ações estavam sobrevalorizadas e foram descon-
tando o futuro. Estas opiniðes foram corretas, mas o seu timing foi antecipado.
As tendências econômicas são frequentemente lentas para reverter, e as manias
levam os preços muito além de avaliações razoáveis, frequentemente, para ava-
liações ridiculas e irracionais. Em certo sentido, a psicologia da multidão pode
ser refletida graficamente como um oscilador de longo prazo, como a taxa de
mudança (ROC) que se move para níveis extraordinários não vistos há décadas.
Em circunstâncias normais, um mercado vira quando o indicador atinge o seu
nível sobrecomprado, mas em raras ocasiões, a curva pode subir para níveis es-
atosféricos. Um exemplo é mostrado no gráfico 30.1 para o NASDAQ. O ROC
de 18 meses no painel inferior se movimenta para cima, para um nível
superando
qualque coisa vista nos últimos 20 anos da história de negociação. Na verdade,
era duas vezes maior que a melhor leitura para o S&xP Composite em 200 anos de
história.
639
Integrando Opiniðes Contrárias e Análise Tcnica

GRAFICO 30.1 NASDAQ Composite, 1974-2001, e ROC de 18 Meses

500

NASDAQ Composite

10
ROC 18 meses
150

100
50

-504..

74 75 7677 (78 79 30 31 82 33 84 35 3 87 33 189 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01


Fonte:pring.com

Se o sentimento da multidão é refletido nos osciladores construídos a partir


do preço, por conseguinte, existem vários níveis ou extremos nos quais as multi-
dões gravitam. O topo de 1999, no NASDAQ, o topode 1980 no Ouro, e o topo de
1929 são exemplos de um extremo. No entanto, visto que os osciladores podem
ser construídos a partir de dados diários e semanais, conclui-se que a formação de
uma opinião contrária é tão válida para pontos de virada de curto prazo. A dife
rença é que o humor não é tão abrangente e intenso como é pouco antes o colapso
de uma bolha financeira.

Principio Técnico Fundamental: Pontos de retorno se desenvolvem quando


a multido se move para um extremo. Os pontos de retorno de curto prazo
e intermediário são associados a níveis menos intensos do sentimento da
multidão.

Mantendo esses comentários em mente, agora éo momento de examinar os


tipos de sinais que indicam quando a multidão se movimentou para um extremo,
ou
para tendeências curtas oulongas, e então observar como a análise técnica pode
ser aplicada nessas situações.
640 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Porque é Dificil Ir Contrariamente

Ler e aprender sobre a formação de uma opinião contrária é uma coisa, mas na
verdade aplicá-la no mercado quando o dinheiro está em risco é completamente
outra. Existem várias razões pelas quais não é fácil assumir uma posição que seja
oposta àda maioria:

1. E um grande desafio para nós ter uma visão oposta daqueles que nos
rodeiam por causa da nossa necessidade de se adaptar.
2. Se os preços estão subindo de forma acentuada e já dissemos aos nossos
amigos dos nossos motivos para estar baixista, não é provável que conti-
nuemos tendo opiniões contrárias com medo de sermos ridicularizados.
3. Frequentemente, somos hostilizados quando estamos contra a multidão.
4. Existe sempre uma tendência para extrapolar o passado, a partir do qual
obtemos uma sensação de conforto.
5. Uma certa sensação de segurança pode ser obtida ao aceitar as opini-
ões de "peritos" em vez de ter confiança em pensar por conta própria. O
gráfico 30.2 iustra várias citações em que trés pessoas famosas provavel
mente desejem que nunca tivessem feito. Nunca se esqueça que a maioria
dos "especialistas" tem interesse nas opinióes que dão ao público.

GRAFICO 30.2 The S&P Composite, 1921-1935, e Comentários sobre o Mercado

Eu estou certamente otmista


3UAs ações estäo num patamar sobre esta queda - Bobson

25 pemanentemente alto" - Fischer

20

15
Isso deve ir mais
10 longe-Livermore
Eu estive comprando açöes de
confiança"-John D. Rockefeller

1 22 23 24 25 26 27 |28 29 30 31 32 33 34 35
Fonte pring.com
Integrando Opiniões Contrárias e Análise Técnica 641

6. Temos a tendência de acreditar que o estabelecimento tem todas as res-


postas. A entrada dos Estados Unidos no Vietnam, os soviéticos no Afe-
ganistão, eo famoso discurso de Neville Chamberlain "paz para o nosso
tempo pouco antes da eclosäo da Segunda Guerra Mundial deve fazer-
nos pensar duas vezes sobre este
pressuposto.

Três Passos para a Formação da Opinião Contrária

1. Descubra o que a Multidão Pensa

O primeiro passo é tentar obter um consenso sobre a opinião do mercado ou ação


individual que está sendo monitorada. Se a multidão não estiver em um extremmo,
nada pode ser feito porque estamos apenas preocupados com a identificação de
potenciais reversões de tendência qua do a psicologia da multidão oscilou acen-
tuadamente em uma direção ou outra. Tenha em mente que a multidäo frequen
temente está certa durante uma tendência-no ponto de virada é que o rebanho
quase sempre estáerrado. Um método para medir onde está a opinião da maioria
dos participantes érecorrer aos indicadores de sentimento discutidos no capítulo
anterior, ou mesmo um oscilador. Na maioria das vezes, estes indicadores não
estão nos dizendo muito, mas quando alcançam um extremo, uma forte mensa-
gem está sendo dada. Outra possibilidade é a de controlar as avaliações. Se eles
estão dentro da norma aceita, então há pouco a ser aprendido, mas se eles estão se
aproximando de um extremo, então a multidão está nos dando uma pista valiosa
quanto à maneira como ela está se inclinando.
Alternativamente, um estudo dos meios de comunicação, particularmente
a mídia financeira, pode nos informar sobre o que as pessoas estão pensando. Se
não houver uma visão clara, então não é provável que seja um extremo e há pouco
a ser feito.
No entanto, na medida em que se torna claro que um consenso geral está se
formando e que o consenso está se aproximando de um dogma, então éo momen-
to de começar o processo criativo, pensando em sentido inverso, e que envolve o
segundo passo.

2. Formar Cenários Alternativos

Neste ponto, sabemos o que a multidão pensa. Cabe a nós, como verdadeiros con-
trários apresentar os motivos plausíveis pelos quais é provável que esteja errada.
De fato, temos que nos afastar da multid o e pensar contrariamente. Tal processo
envolve uma compreensão do mercado que estamos observando. Por exemplo, o
gráfico 30.3 mostra o mercado de ouro em seu topo secular em 1980.
642 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 30.3 Ouro, 1970-1999

600

Preço máximo estimulado pela exploração


com novatecnologia de mineração

Um topo agudo num ROC de 12 meses

200 após uma forte subida frequentemente


indica quea multidão se moveu para um
150 extremo

100
60 --
-.as .. - ---
T T
1970 1980 1990
Fonte:pring.com

Naquela época, o preço saiu da obscuridade quando começou a avançar em


1968, sendo citado regularmente no noticiário noturno. Parecia que a maior parte
da inflaçãoe dos preços de ouro no final de 1979 continuaria a subir para sempre.
No entanto, um contrário realista teria percebido que a inflação iria produzir sua
própria deflação na medida que a tend ncia ascendente das taxas de juros de cur-
to prazo, impulsionada pela subida dos preços das commodities, provocaria uma
recessão econômica. Além disso, o alto preço do ouro iria atrair mais atividades
de mineração e a adoço de tecnologias mais eficientes permitiria uma mineração
de filöes de custo mais elevado. Mais uma vez, a análise técnica pode vir em nosso
socorro, como no gráfico 30.3 que mostra que um ROC 12 meses para o ouro
atingiu um extremo geracional. A prata também teve uma subida considerável
neste período de quase nada para mais de $50. A conversa era que o mercado
estava num corner aplicado por Bunker Hunt e outros agentes, de modo que pa-
recia que o céu era o limite. Neste caso, o contrário pode ter vindo para cima com
o cenário de que uma grande quantidade de prata já havia sido extraída e estava
disponível na forma de talheres, que poderia facilmente ser derretidos e vendidos
como lingotes de prata. Como se viu, o raciocínio estava certo e o mercado de pra-
ta foi inundado justamente no momento em que taxas de juros das margens
elevadas provocando uma venda generalizada nos postos de negociação da prata.
Gráfico 30.4 mostra os rendimentos dos bonds e os preços das commodities.
Quando os rendimentos estão subindo e parece que esta tendência não vai ter fim,
Integrando Opiniões Contrárias e Análise Técnica . 643

GRAFICO 30.4 Commodities e Rendimentos dos Bonds, 1970-1998

360
300 Commodities
260
200
150
100
15
Rendimentos do Bonds
10

1980 H990 1990


Fonte:pring.com

um cenário alternativo é usar o conhecimento de que os topos nos rendimentos


são frequentemente precedidos por topos nos preços das commodities, que por
sua vez, precedem uma de desaceleração da atividade econômica. Isto é mostrado
no gráfico pelas setas inclinadas para a direita. Assim, se é possível detectar um
topo nos preços das commodities industriais, o cenário alternativo de uma ativi-
dade mais fraca pode vir a passar.

3. Descobrir quando a multid o chega a um extremo

Quando a multidão alcança um extremo a questo não é geralmente se, mas quando
eporquanto. Em outras palavras, quando a multidão realmente atinge um extremo,
é uma conclusão precipitada de que a tend ncia vai continuar. Nem sequer é ques-
tionado pela multidão, apenas o período de tempo e a quantidade são questionados.
Esses períodos de tempo são frequentemente associados aos analistas que fazem
previsões extremas que na atmosfera emocional altamente carregada parecem con-
fiáveis, mas que anteriormente teriam sido acolhidas com alegria ou grande dúvida.

Indicadores de sentimento: Os indicadores de sentimento ou osciladores de lon-


go prazo atingindo um extremo, também representam uma possibilidade de veri-
ficação que a multidão atingiu um extremo.
644 Parte IlI: Outros Aspectos da Análise do Mercado

A Midia: Os indicadores de Sentimento da mídia não estão disponíveis para to-


dos os mercados, assim outro exercício adequado vem do estudo dos meios de
comunicação populare financeiros. Na maioria das vezes, se mantêm em silên-
cio em relação aos mercados financeiros ou ações individuais, mas quando surge
uma cobertura significativa, este é o momento de prestar atenção. Grandes topos
e fundos säo, frequentemente, assinalados por histórias de cobertura na imprensa
popular e financeira. As revistas Time, Newsweek, Business Week, e a The Economist
são as minhas favoritas. Uma vez que, muitas dessas publicações estão deixando
de ser impressas graças à evolução tecnológica, provavelmente teremos que con-
sultar as suas edições digitais para tais informações. Quanto mais uma delas dá
espaço para um determinado mercado, mais forte o sinal. Não é que os editores
e escritores dessas revistas sejam idiotas de publicar histórias baixistas próximo
do final da ou altistas, bem próximos do topo absoluto. Encontra-se mais no fato
de que eles são jornalistas que mantêm o pulso das condições de mercado. Como
bons jornalistas, é seu dever dar mais espaço para artigos quando as emoções no
e em volta da sala de pregão das bolsas chegou perto de alcançar um ápice. De
um modo geral, histórias de capa são uma indicação bastante confiável de uma
virada iminente, mas não são infalíveis, e frequentemente lideram os pontos de
virada por uma semana ou mais. Como acontece com qualquer forma de análise,
é importante usar uma boa dose de bom senso. Por exemplo, há o famoso "Birth
of the Bul" matéria de capa da revista Time Magazine várias semanas a partir do
fundo do mercado de 1982 (gráfico 30.5). Apenas aplicando a "opinião contrária

GRÁFICO 30.5 S&P Composite, 1970-1999 e a Taxa de Desconto

s&P Composite
600
"Birth of the Bull" - Time Magazine

"Fulure of Wall Street"


Business Week

Taxa de Desconto (invertida) Politica Monetäria está altista

10
Politica Monetária está altista

1980 1990
Fonte:pring.com
Integrando Opiniöes Contrárias e Análise Técnica 645

às cegas teria levado à conclusão de que o mercado de alta acabaria no curso


de algumas semanas. No entanto, é importante lembrar que leva tempo para as
multidões chegarema um extremo, na medida que a tendência de longo prazo de
preços ascendentes adiciona mais e mais compradores descuidados ao rebanho.
Alem
disso, os mercados de baixa geralmente são precedidos por taxas de juros
ascendentes. Em outono de 1982, o Fed estava seguindo uma política de dinheiro
fácil, não uma dificil.
Exatamente o contrário era verdade em 1990 (ver gráfico 30.5), quando uma
capa da Business week apresentou uma indústria de corretagem conturbada. Neste
caso, os preços das ações das corretoras caíram acentuadamente, mas o Fed estava
envolvido numa política de dinheiro fácil, o que é bom para o mercado de capitais
e certamente bom para os corretores, que recebem mais comissQes de lançamen-
tos e comissões num mercado em alta. Além disso, os tempos dificeis que tinham
acabado, teriam resultado na redução substancial dos seus pontos de equilibrio. O
aumento das receitas do mercado de alta, então, vai direto para a linha do fundo.
Um dos problemas das histórias das capas é que o advento da mídia eletrôni-
ca está gradualmente minando a vida de seus irmãos de impressão. A Newsweek,
que me referi anteriormente, já não tem uma versão impressa. Uma substituição
pode ser feita com o Google Trends, onde um gráfico semelhante ao mostrado no
gráfico 30.6a é exibido numa pesquisa específica. Neste caso, eram "os preços da
gasolina. "As várias letras no gráfico do Google Search correspondem aquelas das
series de preços no gráfico 30.6b.

GRÁFICO 30.6a Preço(s) da Gasolina no Google Search


PesquisaPreço(s) da Gasolina"

16

14

12

10

D
B E F
2 G H
M
-2
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: pring.com
646 Parte Il1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 30.6b Preço(s) da Gasolina, 2003-2012, e um Indicador de Momentum

F
US Gasoline ETN (UGA) G
D

nt

Estocástico (24/15/10)

Fonte:pring.com

Observe que a intensidade dos dados não necessariamente corresponde à


magnitude do topo nos preços do gás eo timing de vez em quando é cedo. E por
isso que seria adequado também usar um oscilador, como o estocástico (24/15/10)
apresentado no painel inferior do gráfico 30.6b.
Gráficos 30.7a e b seguem um caminho semelhante, mas desta vez para uma
pesquisa de preços de commodities. Aqui, novamente, observamos que a intensi-
dade do extremo não se traduz em um ponto de virada extrema. Você também
pode ver que os pontos X e Y são os mais baixos durante a busca e Y certamente
corresponde a um fundo (desinteresse) nas commodities. Por outro lado, parecia
haver mais interesse nos preços declinantes quando o declínio acentuado de 2008
estava ocorrendo. Ao mesmo tempo, os juros estavam fazendo o topo do momen-
tum em B no gráfico 30.7b e ofereceu uma das mais baixas leituras do ROC em
todo o período de 6 anos coberto pela pesquisa. Combinando o sentimento sob a
forma dos números do Google com o momentum valeu a pena neste caso.
Outra forma em que os meios de comunicação podem apontar para os prin-
cipais pontos de virada é quando é possível observar o que eu chamo de histórias
inadequadas, quando raramente é dada uma relevância a um mercado "invisível,
Integrando Opiniöes Contrárias eAnálise Técnica 647

GRAFICO 30.7a Preço de Commodity no Google Search


Pesquisa nos "Preços de Commodity"*
100
A B

X Y
2004 2007 2000 2011
Fonte: Google Trends

GRAFICO 30.7b CRB Spot Raw Industrials, 2005-2012, e um Indicador de


Momentum

CRB Spot Raw Industrials

ROC (13)

Fonle pring.com

se alguma vez, foi. Por exemplo, os meios de comunicação financeira estäo sempre

apresentando histórias sobre os mercados de ações ou bonds. Isso é normal e nos


oferece sentidos não contrários. Por outro lado, quando vemos uma história na
648 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

imprensa popular sobre um mercado de outra forma obscura, então há algo para
enfrentar. Por exemplo, em 1980, o preço do açúcar atingiu o seu topo após um
mercado de alta longo e forte. Próximo ao dia do topo, o CBS Evening News con-
duziu uma história sobre como os traders estavam prevendo preços mais elevados
do açúcar. Para meu conhecimento, o açúcar como nunca antes esteve presente
de forma tão proeminente nas notícias. Não era comum e altamente significativa
para o mercado de açúcar. Notáveis histórias na imprensa norte-americana em
matéria de mercados concernente especificamente a mercados de ações "estran-
geiros, moedas, etc., também podem ser valiosos indícios que estes mercados
chegaram a um extremo. Se vocè está comprado no café, cuidado com as histórias
da mídia relativas a empresas de alimentos aumentando seu preço, já que esta
atividade incomum também tende a refletir topos principais
Livros Best-sellers: Outra área a ser monitorada säão os livros best-sellers que não
são de ficção. Se um livro da área financeira aparece na lista, é geralmente um
sinal de que um determinado mercado tem atraído a atenção da maioria e que a
boa ou má notícia foi totalmente descontada. Assim, o livro de Ravi Batra sobre
chegada da depressão tornou-se um best-seller, logo após o a recessão de 1987, um
sinal clássico de um fundo. A primeira edição de Adam Smith, The Money Game
(Vintage, 1976) entrou na mesma lista, quando o boom do fundo mútuo estava
terminando no final de 1968. Talvez o mais improvável de todos foi um livro sobre
os mercados monetários de William Donahue, no momento que as taxas de juros
de curto prazo que estavam fazendo um topo secular em 1981.

Políticos: Um clássico indicador contrário é a atitude dos políticos, especialmente


para más notícias que provávelmente afetem negativamente as suas possibilida-
des eleitorais. Visto que, os políticos reagem aos números da pesquisa e outras
tendências, o que poderíamos chamar de psicologia integrante, que representa
um indicador de atraso excelente e confiável. São os últimos a atuar, e quando o
fazem, a próxima tendência está geralmente em andamento. Por exemplo, no final
de 1974, Gerald Ford apresentou os famosos botões W (in) I (inflação) N (ow),
mas a inflação de preços ao consumidor, para todos os efeitos, atingiu o topo nesse
ciclo. Lembro-me de assistir ao noticiário em outono de 1981, exatamente no topo
secular das taxas de juros. As notícias tinham várias histórias de congressistas
retornando para Washington "determinados a fazer algo sobre as altas taxas de
juros. Eles tinham muitas queixas de seus constituintes e estavam determinados
a fazer algo sobre isso. O problema era que a economia já estava enfraquecendo e
as taxas fizeram o seu topo. Quando os politicos promoveram o controle de pre-
ços, você pode estar certo de que uma commodity especifica está em processo de
topo. Da mesma forma, quando os preços do petróleo estão subindo e os políticos
começam a culpar os "especuladores gananciosos, é o momento de liquidar e
provavelmente ficar vendido no petróleo.
649
Integrando Opiniões Contrárias e Análise Técnica

Avaliações irrealistas: Um indicador final que a multidão alcançou um extremo


surge quando um determinado mercado atinge um nível histórico de valorização
ou desvalorização excessiva (progressivamente mais erros na fixação dos preços,
definição de John Schultz). Por exemplo, foi relatado que o valor imobiliário do
palácio do imperador em Tokyo valia tanto quanto toda a Califórnia, no auge
do boom imobiliário japonês. Em Psicologia e no mercado de ações (American
Management Association, 1977), David Dreman observou que durante o boom
de imóveis na década de 1920 na Flórida, foi relatado que havia 25.000 corretores
em Miami, o equivalente a um em cada três da população. Isto não era uma men-
suração da avaliação, mas a estatística mostrou que as coisas tinham claramente
saído de controle. Num certo momento no boom tecnológico da década de 1990,
a priceline.com, um serviço de viagens online, teve uma capitalização maior do
que o valor combinado de várias das companhias aéreas que representava. No
seu topo, suas ações chegaram a $160, mas um ano depois caiu para pouco mais
de $1.

Aplicando a Análise Técnica


Visto que a multidäo pode e se movimenta para um extremo bem além da expe-
riência normal, sendo precoce, pode ser particularmente prejudicial para a saúde
financeira. Isto é onde a integração da análise técnica e a teoria da opinião con-
trária pode ser bastante útil. Vamos considerar alguns exemplos. O mercado de
alta japones da década de 1980 representa uma mania clássica onde o razão pre-
ço-lucro e outros métodos de avaliação atingiram extremos incríveis. O topo foi
anunciado várias vezes na década de 1980, mas nunca apareceu. A multido tinha
claramente atingido um extremo, mas os recordes continuaram a cair. No final, a
bolha foi estourada como cenário alternativo mais provável de desfazer as bolhas
do mercado de ações-taxas ascendentes. O gráfico 30.8 mostra que logo após o
início de 1990, tanto o Nikkei e as taxas de curto japonesas cruzaram suas médias
móveis de 12 meses (MMs), pela primeira vez em muitos anos.
As duas séries também violaram as linhas de tendência, oferecendo assim
uma evidência técnica substancial de que a bolha estourou. Vinte e dois anos mais
tarde, o Nikkei ainda estava lutando em pouco mais de um quarto da sua alta de
1990.
Os gráficos 30.9 e 30.10 mostram duas histórias de capa da Business Week
em 1982 e 1984 relativas ao mercado de bonds. O fato de que o mercado de bond
deve ser de forma tão proeminente depois que os preços tivessem caído significa-
tivamente era um sinal de que a multidão estava no ou próxima de um extremo.
O próximo passo seria avaliar a posição técnica, para ver se havia quaisquer sinais
de uma reversão. No caso de 1982, o ROC de 18 meses no gráfico 30.10 já tinha
completadoe rompido uma base maciça de 4 anos. Mais tarde, o preço também
650 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 30.8 O Nikkei eaTaxa de Juros de Curto Prazo Japonesa, 1982-1997

4000
3 0 0 0 - NIkkei

2000
Nikkeiestá
1000 A primeira vezo
abaixo da sua MM e as taxas
&10 Taxa de curto prazo
estão acima da sua MM
japonesa

2 3 84 85 6 37 S89 90 91 92 9394 95 96 97
Fonte: pring.com

foi rompido. Este rompimento secundário ocorreu vários meses mais tarde, mas
é importante lembrar que estamos olhando para a reversão de uma tendèência
extremamente longa e esses tipos de coisas demoram. Em 1984, a reportagem de

GRÁFICO 30.9 Preços dos Bonds Americano, 1977-1990, e um ROC de 18 meses

1001 y.s. Govemnment bond prices

Desastre nos Bonds"*


Business Week cover story

"Angústa da Taxa de Juros


50 ROC 18 meses
Business Week coverstory

778 79 081 82 84 85 87 0
Fonte:pring.com
Integrando Opiniðes Contrárias eAnálise Técnica 651

GRAFICO 30.10 Preços dos Bonds Americano, 1977-1990, e um ROC de 18 meses

US government bond prices


100
Preço está fomando uma base

No suporte
w
50 ROC 18 meses
- -

Base do momentum

Sobreendido

77 78 79 80 81 2 83 34 85 86 87 9 89 90
Fonte: pring.com

capa sobre o "Desastre nos Bonds" mostrou um declínio de 2 anos. Neste exemplo,
o ROC estava próximo do extremo de uma condição sobrevendida e o preço tinha
atingido o suporte na forma de uma linha de tendência prolongada marcando o
rompimento anterior. O rompimento da linha de tendência de um mercado de
baixa foi o mecanismo de disparo que indicou que a multidão agora se movimen-
tava do extremo baixista e estava agora tendendo na direção oposta. Em ambas
as situaçoes, as matérias de capa teriam indicado que os argumentos baixistas
estavam agora compreendidos e descontados e que os rompimentos da linha de
tendência foram os sinais de que era o momento de jogar com a carta contrária.

Distinção Entre os Pontos de Virada de Curto e Longo Prazo

Antes de terminarmos nossa discussão sobre a opinião contrária, é importante en-


tender que a multidão pode se movimentar para um nivel extremo menos intenso.
Este tipo de sentimento é associado a uma reversão do preço de curto prazo ou de
prazo intermediário. Um exemplo poderá ser uma subida do preço de milho de 2
a 3 semanas, mostrado em um artigo de chumbo na seção de commodities no Wall
Street Journal. Essas características não sáo incomuns, afinal, alguma commodity é
destaque a cada dia. A ideia aqui é que quando um ganho em commodities chama
tanta atenção, geralmente vem depois de ter passado por uma alta ou correção sig-
nificativa. A história se desenvolve por causa da excitação no pregão para aquela
652 Parte Il1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

particular commodity e éo reflexo da multidão que atingiu um extremo de curto


prazo. Quando confirmada por um indicador técnico, como um padrão de preço
1 ou 2 dias, um rompimento de linha de tendència, ou um cruzamento de uma
média móvel confiável, esta posição contrária geralmente é bem
recompensada.
Outro exemplo pode vir de um recente relatório de empregos do governo que
indica que a economia está mais forte do que a maioria dos traders esperava. Visto
que os preços dos bonds reagem desfavoravelmente às boas notícias econômicas,
poderiam vender bruscamente. Os especuladores agora invertemo sentimento
de positivo para um estado de desânimo. Não são apenas os preços dos bonds
declínando, mas os rumores de uma alta da inflação faz com que os preços caiam

ainda mais e o sentimento se torna ainda mais baixista. O clima de consenso entre
os traders agora está completamente obscuro. No entanto, as
chances são de que
este seja apenas um pequeno topo. O cenário alternativo neste caso é ollhar através
da obscuridade e examinar a tendência de emprego e outros números econômicos
para ver se o recente relatório provavelmente seria inconsistente.

Sumário
1. Durante o desenvolvimento de uma tendência, a multidão geralmente está
certa. E nos pontos de virada que ela está errada.
2. Três pré-requisitos para justificar uma posição contrária é que a premissa ori-
ginal torna-se um dogma, a premissa perde a sua validade, e o mercado se
torna progressivamente mais desvalorizado.
3. Três passos para a formação de uma opinião contrária estão tentando desco-
brir o que a multidão está pensando, utilizando cenários alternativos, e deter
minando quando a multid o atinge um extremo.
4 E dificil ir contrário na prática, devido às forças antagônicas a nossa volta.
5. Quando a multidão atinge um extremo, a questão não é se, mas quandoe por
quanto.
6. Os sinais de que a multidão está em um extremo incluem histórias de capa,
livros mais vendidos, reação de politicos, extremos em indicadores de senti-
mento, e rendimentos brutos ou subvalorizaçõöes.
7. Visto que a psicologia da massa pode se movimentar bem além da norma, a
análise técnica pode ser utilizada como um dispsitivo de disparo para a sina-
lização quando a multidão está recuando de um extremo altista ou baixista.
8. A Análise contrária deve ser utilizada como mais um indicador da abordagem
do peso da evidência.
31

PORQUE AS TAXAS DE
JUROSAFETAMO
MERCADO DE AÇOES

Neste capítulo, vamos examinar por que as mudanças no nível de taxas de juros
são uma importante influência sobre os preços das ações e aplicar a análise técnica
aos rendimentos do mercado de crédito e preços.
As mudanças nas taxas de juros afetam o mercado de ações por quatro moti-
vos básicos. Primeiro, as flutuações das taxas de juros cobradas para o crédito tem
uma grande influência sobre o nível da atividade econômica e, portanto, indireta-
mente, sobre os lucros das empresas.
Segundo, porque os encargos dos juros afetam o ponto principal, as mudan-
ças no nível das taxas têm uma influência direta sobre os lucros das empresas e,
portanto, no preço que os investidores estão dispostos a pagar pelas ações.
Terceiro, os movimentos nas taxas de juros mudam as relações entre os ati-
vos financeiros concorrentes, dos quais a relação do mercado de bonds/ações é a
mais importante.
Quarto, um número substancial de ações é comprado com dinheiro empres-
tado (conhecido como débito de margem). Mudanças no custo de carregamento
desse débito (ou seja, na taxa de juros) intluenciam o desejo ou a capacidade dos
investidores e dos especuladores de manter essas posições marginadas. Como as
alterações nas taxas de juros geralmente guiam os preços das ações, é importan-
te ser capaz de identificar a reversão das principais tendências nos mercados de
crédito.
654 Parte ll: Outros Aspectos da Análise do Mercado

O Efeito Indireto das Mudanças das Taxas de Juros


sobre o Lucro das Empresas
Talvez o efeito mais importante das mudanças na taxa de juros sobre os preços das
ações advém do fato de que a politica monetária restritiva associada com taxas
ascendentes afete negativamente as condições dos negócios, enquanto a queda das
taxas estimula a economia.
Em determinado momento, a maioria das empresas pode se adaptar a taxas
mais altas, mas quando as taxas mudam rapidamente e de forma inesperada, a
menos que os tluxos de caixa sejam extraordinários, as empresas têm de reduzir
seus planos de expansão, diminuir estoques, etc., e isso tem um efeito debilitante
sobre a economia e, portanto, nos lucros corporativos. As taxas mais altas e lucros
menores significam múltiplos de ganhos de preços mais baixos e, portanto, reduz
os preços das ações.
Quando os bancos centrais ficam preocupados com a economia, eles baixam
as taxas de curto prazo e um efeito inverso ocorre.

O Efeito Direto das Mudanças das Taxas de Juros


sobre o Lucro das Empresas

As taxas de juros afetam os lucros de duas maneiras. Em primeiro lugar, quase todas
as empresas pedem dinheiro emprestado para financiar bens de capital e estoque, de
modo que o custo do dinheiro, ou seja, a taxa de juros que pagam, é de grande impor
tância. Em segundo lugar, um número substancial de vendas é, por sua vez, financia-
do por empréstimos. O nível das taxas de juros, portanto, tem uma grande influência
sobre a capacidade e disposição dos clientes para fazer compras adicionais. Um dos
exemplos mais notáveis é a indústria automobilística, na qual os produtores e os con-
sumidores estão muito fortemente financiados. As indústrias de serviços públicos
e de são capital intensivo e também são grandes
transporte setores de tomadores,
como são todas as indústrias da construção e de habitaço altamente alavancadas.

Taxas de Juros e Ativos Financeiros Concorrentes

As mudanças nas taxas de juros também têm um impacto sobre o recurso relativo
de várias classes de ativos. A relação mais significativa é a de ações versus bonds.
Por exemplo, a qualquer momento, há um equilibrio entre eles, de acordo com os
investidores. No entanto, se as taxas de juros sobem mais rápido que o aumento dos
dividendos, os títulos se tornarão mais atraentes e, na margem, o dinheiro fluirá das
ações para os títulos. O valor das ações, então, cairá até que a relação seja percebida
pelos investidores para refletirem sobre o nível mais alto das taxas de juros.
Porque as Taxas de Juros Afetam o Mercado de Ações 655

Princípio Técnico Fundamental: Não é o nível das taxas de jur que são
importantes, e sim sua taxa de mudança, porque esta tem uma grande in-
fluencia sobre os lucros e
preços das ações.

O efeito das mudanças nas taxas de juros sobre qualquer grupo específico
de ações vai depender do rendimento obtido combinado com as perspectivas de
crescimento dos lucros. As ações mais sensíveis serão as preferenciais, que são
mantidas principalmente devido aos seus dividendos e que geralmente não be-
neficiam o crescimento dos lucros. As ações de serviços públicos também são
altamente sensíveis a movimentos da taxa de juros, uma vez que são mantidas
tanto para os seus rendimentos de dividendos atuais como para o potencial de
crescimento. As mudanças no nível das taxas de juros, portanto, têm um efeito
direto sobre as ações de serviço público. Por outro lado, as empresas numa fase
dinâmica de crescimento são geralmente financiadas por lucros corporativos e
por este motivo pagam dividendos menores. Estas ações são menos afetadas por
flutuações no custo do dinheiro, uma vez que, são compradas antecipadamente na
expectativa de um aumento de lucros rápidos e rendimentos futuros, em vez de
um retorno de dividendos imediatos.

Taxas de Juros e Dívida da Margem

A divida da margem é o dinheiro emprestado pelos corretores, garantidos pelos


títulos. Geralmente, esse empréstimo é utilizado para a aquisição de açoes, mas,
por vezes, a dívida da margem é usada para compras de itens de consumo, tais
como automóveis. O efeito do aumento das taxas de juros em ambos os tipos de
dívida de margem é semelhante a aqueles em que taxas de juros ascendentes au-
mentavamo custo de carregamento da dívida. Há, portanto, certa relutáncia por
parte dos investidores de assumir dívidas adicionais, quando o seu custo aumenta.
Quando as taxas de serviço se tornam excessivas, ações são vendidas e o débito
é liquidado. O aumento das taxas de juros tem o efeito de aumentar a oferta de
ações colocadas à venda com a consequente pressão sobre os preços.

Rendimentos dos Bonds versus Preços dos Bonds

Quando um título é trazido ao mercado por um tomador, é emitido a uma taxa


fixa de juros (cupom), que é pago durante um período predeterminado. No final
deste período de maturidade, o emissor se compromete a reembolsar o valor no-
minal. Visto que, os bonds são geralmente emitidos em denominações de $1.000
656 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

(conhecido como par), este valor geralmente representa o valor a ser reembolsado
no final do período (de empréstimo). Porque os preços dos bonds são cotados em
termos percentuais, par ($1.000) são expressos como 100. Geralmente, os bonds
são emitidos e resgatados ao par, mas são ocasionalmente emitidos com um des-
conto (ou seja, inferior a 100) ou a um prêmio (ou seja, preço superior a 100).
Embora seja normal que um bond seja emitido e resgatado a 100, ao longo da
vida do titulo, seu preço pode passar por uma grande flutuação, porque os níveis
de taxas de juros estão mudando continuamente. Suponha que um título de 20
anos seja emitido com uma taxa de juros de 4% (cupom) ao par (ou seja, 100); se
as taxas de juros subirem para 5%, o título pagando 4% vai ser difícil de ser ven-
dido, porque os investidores têm a oportunidade de ganhar um retorno de 5%. A
ünica maneira em que os 4% do cotista possa encontrar um comprador é redu-
zindo o preço a um niível que compense o potencial comprador do diferencial de
1% nas taxas de juros. O novo proprietário, então, ganha 4% em juros, juntamente
com alguma valorização do capital. Quando ocorre o spread durante a vida rema-
nescente do título, esta valorização do capital seria equivalente à perda de juros
equivalente a 1%. Esta combinação da taxa do cupomea valorização média do
capital éconhecida como o rendimento. Se as taxas de juros declinam, o processo
é invertido, e os 4% do bond se torna mais atraente em relação às taxas vigentes,
de modo que o seu preço sobe. Quanto mais longo o prazo do título, maior será a
sua flutuação de preços para qualquer mudança no nível geral das taxas de juros.

Estrutura dos Mercados de Dívida

Os mercados de crédito podem ser divididos em duas áreas principais, conheci-


das como curto prazo e longo prazo. O curto prazo, mais comumente conhecido
como o mercado monetário, se refere a taxas de juros cobradas para empréstimos
até I ano de maturidade. Geralmente, os movimentos no prazo mais curto sobre-
pujam aqueles de prazo mais longo, uma vez que as taxas de curto prazo são mais
sensíveis às tendências das condições de negócios e mudanças na política do Fede-
ral Reserve. Os instrumentos do mercado monetário são emitidos pelos governos
federais, estaduais e governos locais, bem como corporações.
O mercado de longo prazo consiste de bonds emitidos por um período míni-
mo de 10 anos. Os instrumentos de dívida também são emitidos por períodos de
1e 10 anos, e são conhecidos como bonds de prazo intermediário.
O mercado de bonds (ou seja, de longo prazo) tem três setores principais, que
são classificados como o emissor. Estes são o governo dos Estados Unidos, isenção
de impostos (ou seja, os governos estaduais e locais) e emissores corporativos.
A situação financeira dos setores isentos de impostos e corporativos varia
de emissor para emissor, e a prática de classificar cada um quanto a qualidade de
crédito tem, portanto, se tornado generalizado. A melhor classificação de crédito
657
Porque as Taxas de Juros Afetam o Mercado de Ações

possível é conhecida como AAA; as próximas em ordem são AA, A, BAA, BA,
BB, etc. Quanto maior a qualidade, menor o risco assumido pelos investidores,
e, portanto, menor a taxa de juros necessária para compensá-los. Uma vez que, o
crédito do governo federal é maior do que a de qualquer outra entidade emitente,
ele pode vender títulos a uma taxa de juros relativamente baixa. O setor de isenção
fiscal (ou seja, títulos emitidos por governos estaduais e municipais) é capaz de
emitir títulos com taxas mais baixas do que seria normalmente o caso, tendo em
vista o tratamento fiscal favorecido atribuído aos detentores de tais ações.
Na maioria das vezes, as tendências de preços dos vários setores são seme-
Ihantes, mas em grandes viradas cíclicas, alguns vão ficar atrasados, por causa de
diferentes condições de oferta e procura em cada setor. Além disso, em relação a
maturidade do ciclo, quando a confiança está em alta, achamos que os investido-
res devem se livrar de seus temores da busca de um padro de rendimentos mais
elevados obtidos de instrumentos de qualidade inferior.

Mercado de Ações e de Dívida


Os bondse os preços do mercado monetário geralmente fazemo seu topo antes dos
topos cíclicos do mercado acionário. As características de avanço e o grau de dete-
rioração dos preços no mercado de crédito necessária para afetar negativamente as
ações diferem de ciclo para ciclo. No há regras rígidas e rápidas que relacione o ta-
manho de um declínio das ações ao período de tempo que separa os topos de bonds
e preços das ações. Por exemplo, os preços de curto prazo e de longo prazo fizeram o
seu topo 18 e 17 meses, respectivamente, antes do topo do mercado de alta de 1959
no Dow. Isso comparado com 11l meses e 1 mês para o topo do mercado de alta de
1973. Enquanto a deterioração nos bonds e nos mercados monetários foi mais nítida
e mais longa no períodp de 1959, o Dow, baseado numa média mensal, caiu apenas
13%, em comparação aos 42% no mercado de baixa de 1973 a 1974.

Principio Técnico Fundamental: Praticamente todos os mercados acionários ci-


clicos que fizeram seu topo nos últimos 100 anos foram precedidos por, ou coin-
cidiram com, um topo de longo prazo ou de curto prazo nos mercados de crédito.

Outra característica de topos cíclicos é que os bonds de alta qualidade (como


os Titulos do Tesouro ou bonds corporativos AAA) tendem a cair de preço antes
dos de baixa qualidade (como títulos com classificação BAA). Isso tem sido uma
realidade para a maioria dos pontos de virada cíclicos desde 1919. Esta é a principal
característicà de títulos de alta qualidade resultante de dois fatores. Em primeiro
lugar, nas últimas fases de uma expansão económica, a demanda do setor privado
658 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

para financiamentos acelera. Os bancos comerciais, maiores detentores institu-


os

cionais de títulos públicos são os emprestadores de última instância para os toma-


dores privados. Na medida em que a demanda por financiamento acelera contra
uma postura acomodatícia do banco central, os bancos intensificam as suas vendas
destes e de outros investimentos de alto grau e reinvestem o dinheiro em emprés-
timos bancários mais rentáveis. Isso desencadeia um efeito cascata, abaixo da cur-
va de rendimentos em si e também para emissões de
baixa qualidade. Ao mesmo
tempo, essas pressões estão empurrando o rendimento dos títulos de alta qualidade
para cima e também estäão refletindo as condições de negócios flutuantes, que incen-
tivam os investidores em geral a se tornar menos cauteloso. Consequentemente, os
investidores estão dispostos a ignorar os rendimentos relativamente conservadores
em titulos de alta qualidade em favor dos instrumentos da dívida de baixa quali-
dade, mais compensadores; Assim, por um período temporário, esses títulos estäão
subindo enquanto os titulos de alta qualidade estão caindo.
Nos fundos do mercado de baixa, essas relações so semelhantes em que os
bonds de alta qualidade conduzem ambos, os instrumentos de dívidas e ações de
baixa qualidade. Estas características de avanço nâo são tão pronunciadas como
em topos primários e, ocasionalmente, os preços dos bonds e das ações se asso0
ciam simultaneamente. A tendência das taxas de juros é, portanto, um ponto de
referência útil para identificar os fundos do mercado de ações.
Os gráficos 31.1, b ec mostram que os topos e fundos primários do mercado
de ações, entre 1919 e 2013 foram quase sempre precedidos por uma reversão na
tendência de taxas de juros de curto prazo. Isto é indicado pelas linhas sólidas

GRAFICO 31.1a S&P Composite, 1967-2012, e o Indicador do Fluxo do Dinheiro

s&P Composite

indice do Fluxo do Dinheiro

Fonte: pring.com
Porque as Taxas de Juros Afetam o Mercado de Ações . 659

GRAFICO 31.1b S&P Composite, 1956-1976, e Taxas de Juros de Curto Prazo

100-

s&P Composite

60-

Rendimento de 3 meses do Commercial Paper (Invertido)

57 53 59 50 1 2 3 4 5 6 57 s 6 70 7 2 73 74 75 7
Fonte: pring.com

GRÁFICO 31.1c S&P Composite, 1976-2012, e Taxas de Juros de Curto Prazo

s&P Composite

Rendimento de 3 meses do Commercial Paper


(Invertidol

Fonte: pring.com
o60 Parte lll: Outros Aspectos da Análise do Mercado

para os topos e as tracejadas para os fundos, quase todas inclinaram para a direita.
Observe que a série de taxas de juros nos painéis inferiores foram traçadas inver-
samente, para que seus movimentos sejam consistentes com os preços das açöes.

Uma lase de declinio das taxas de juros não é em si uma condiçao suficiente
para justificar a compra de açöes. Por exemplo, no mercado de baixa de 1919 al1921,
Os preços do mercado monetário atingiramo seu ponto mais baixo em junho de
1920, 14 meses antes do, ou 27% acima do último fundo do mercado de ações em
agosto de 1921. Um exemplo ainda mais dramático ocorreu durante a crise de 1929
a 1932 quando os rendimentos do mercado monetário atingiram as suas máximas
em outubro de 1929. Ao longo dos próximos 3 anos, a taxa de desconto foi reduzida
à metade, mas os preços das ações perderam 85% do seu valor de outubro 1929. O
motivo para esses períodos de tempo excessivamente longos foram associados a uma
grande liquidação da divida e muitas faléncias. Mesmo a redução acentuada das ta-
xas de juros não foi suficiente para incentivar os consumidores e as empresas a gastar,
o que é a experiência cíclica normal. Embora a queda das taxas de juros por si só não
constitui uma base suficiente para uma expectativa de que os preços das ações irão
inverter o seu declínio cíclico, eles são uma parte necessária da base. Por outro lado,
uma continuada tendência de taxas ascendentes no passado provou ser baixista.
Houve uma importante exceção à regra da taxa de juros liderando o preço
das ações e que se desenvolveu em 1977, quando o topo das precedeu os preços
do mercado monetário. O declínio das ações em 1987 no ponto A no gráfico 31.1e
também estava fora da sequência, provavelmente porque o declinio de 1987 não
foi associado com a fraqueza do ciclo de negócios, como normalmente é o caso.
Os principios de determinação das tendéncias também se aplicam aos merca-
dos de crédito, quanto ao mercado de ações. De fato, tendèncias nos rendimentos
e preços frequentemente são mais fáceis de identificar, uma vez que a maior parte
das transações em instrumentos de crédito é feita com base em fluxos de dinheiro
causada por uma necessidade de financiamento e uma capacidade de comprar. Por
conseguinte, enquanto as emoções são ainda mais importantes do ponto de vista da
determinação das tendências de curto prazo do preço dos bonds. o fluxo de dinheiro
é geralmente responsável por uma tendência cíclica mais suave do que é normalmen-
te o caso com as ações. Esta afirmação foi verdadeira para a maior parte do século XX,
mas com o advento de futuros, bonds e participantes do mercado monetário se torna-
ram mais sofisticados no mecanismo de desconto. Mesmo assim, os rendimentos em
dinheiro ou de curto prazo são ainda muito influenciados pelas forças económicas.

Relacionado Mudanças na Taxas de Juros com os Pontos de


Virada do Mercado de Ações

Eu já defni que as taxas de juros lideram os preços das ações em praticamente


todas as viragens cíclicas. No entanto, as antecipações e atrasos e o nivel das taxas
Porque as Taxas deJuros Afetam o Mercado de Ações 661

de juros requeridos para afetar os preços das ações são diferentes em cada ciclo.
Por exemplo, em1962 ocorreu uma desaceleração considerável do mercado com
taxas de juros de curto prazo em 3%. Por outro lado, os preços das ações estavam
muito fortes no final de 1980, mas as taxas nunca caíram abaixo de
90.
Anteriormente, foi dito que no é o nível das taxas de juros que afeta os preços
das
açoes, mas a sua taxa de mudança (ROC). Um método para determinar quando
uma
mudança nas taxas é suficiente para influenciar as ações é para a sobreposiçao
de um ROC suavizado das taxas de
juros de curto prazo com uma mensuração
semelhante para os preços das ações. Isto é mostrado no gráfico 31.2. Os sinais de
compra e de venda são acionados quando o momentum da taxa de juros cruza aci-
ma e abaixo daquele do Standard & Poors (S&<P) Composite. Estes sinais são indica-
dos pelas setas no gráfico, tracejadas para vender e sólidas para comprar.
Sabemos que o mercado de ações pode subir, mesmo em face da subida das ta-
xas, mas essa relação nos diz quandoa subida das taxas é maior do que o de ações, e
vice-versa. As vezes, esta abordagem dá alguns sinais muito oportunos, como acon
teceu no topo do mercado de 1973. Em outros, não étão útil. Por exemplo, falhou

GRAFICO 31.2 S&P Composite, 1967-2012, e Ações comparadas com o


Momento das Taxas de Juros de Curto Prazo

00 s&P Composite

ROC Commercial Paper 12/6

12/6 ROCS&P

Fonte: pring.com
662 Parte II1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

em sinalizar a alta de 1978 a 1980. Mesmo assim, é interessante observar que o


retorno total de ações e o caixa durante o período de 2 anos foi aproximadamente o
mesmo. Esta abordagem está longe de ser perfeita, como é claramente demonstrado
pelos sinais confusos no período de 1988 a 1990, sem mencionar sua incapacidade
de desencadear um sinal de compra em 2009, depois de ter feito um trabalho con-
sistente para evitar a maior parte do mercado de baixa de 2007 a 2009. De um modo
geral, é melhor ser cauteloso quando o nomentum da taxa de juros está acima das
açoes a assumir mais risco quando o conjunto de condições inversas é verdadeiro.
Uma abordagem alternativa para a relação taxa de juros/ações reconhece
que as subidas nos preços das ações são, normalmente, muito mais fortes quando
apoiados por taxas declinantes, e vice-versa. Consequentemente, se uma medição
do mercado de ações, como o S&P Composite, for dividido pelo rendimento de
um instrumento do mercado monetário, tal como o papel comercial de 3 meses,
as séries vão antecipar ou cair menos rapidamente nos fundos do mercado de
baixa e fazer seu topo antes ou subir mais lentamente nos topos do mercado, se
as taxas de juros estivem vivenciando as suas características principais habituais.
Um indicador construído desta forma, chamado Îndice do Fluxo de Dinhei-
ro, é traçado embaixo do S&P Composite no Gráfico 31.3. As setas apontam as
características das antecipações.

GRAFICO 31.3 S&P Composite, 1967-2012, e o Indicador do Fluxo do Dinheiro

S&P Composite

Indice do Fluxo do Dinheiro

Fonte. pring.com
Porque as Taxas de Juros Afetam o Mercado de Ações 663

Aplicando a Análise Técnica em Taxas de Curto Prazo


As taxas de curto prazo são muito mais sensíveis às condições de negócios do que
as taxas de longo prazo. Isso ocorre porque as decisões para mudar o nível dos
estoques, para a qual são necessárias quantidades substanciais de crédito de curto
prazo, são feitas muito mais rapidamente do que as decisões de compra de fábricas
e equipamentos, que formam a base para as demandas de crédito corporativo de
longo prazo. O Federal Reserve, na sua gestão da política monetária, também é
mais capaz de influenciar as taxas de curto
prazo do que as mais longas.
As taxas de juros de curto prazo, quando usadas com dados mensais, geral-
mente são muito adequadas para análise de tendéncias. Há inúmeras séries que
poderíamos utilizar, tais como T-bills de 13 semanas, certificados de depósito,
euro-dólares de 3 mesese os fundos federais. Eu costumo usaro rendimento do
commercial paper de 3 meses porque a série tem uma história maior. A seguinte
URL é uma boa fonte para diversas séries de taxas de juros, incluindo a de rendi-
mento de 3 meses do commercial paper (http://www.federalreserve.gov/releases/
hl5/update/default.htm), e são geralmente menos voláteis . Em qualquer caso, a
maioria destas séries, com a possível exceção do T-bills, se movimentam em con
junto no curto prazo.
gráfico 31.4 mostra o rendimento do commercial paper, juntamente com
o indicador de crescimento.
Esta série é construída por 4 indicadores econômicos: o Conference Board
Leading Indicators and Employment Trends Index (www.conference-board.org), o
CRB Spot Raw Industrial Material Index (www.crbtrader.com/crbindex/crbdata.
asp), e o Commerce Department Capacity Utilization Index (www.federalreserve.
gov/releases/g17/ current). Todos os quatro são expressos como um de ROC de 9
meses e, em seguida, combinados e suavizados com uma média móvel de 6 meses
(MM). Ela representa um exemplo de como a análise técnica pode ser aplicada
aos dados econômicos. Os cruzamentos acima de zero indicam quando a econo-
mia, como refletida por este indicador composto, está suficientemente forte para
ser consistente com taxas de juros de curto prazo ascendentes de curto prazo e
vice-versa. As linhas verticais tracejadas indicam sinais de venda para as taxas
(sinais de compra para os preços) e vice-versa. O indicador de crescimento não
é perfeito e ocasionalmente apresenta algumas violinadas, mas não oferece uma
variável muito independente de preço em si. Sempre que fica altista para as taxas
e continum para a borda inferior, isso significa que o Fed está substituindo as for-
ças econômicas (excessivas e de flexibilizaço desnecessária). Tal ação geralmente
resulta em maiores taxas de juros e dos preços de commodities industriais do que
seria o caso.
Ográfico também possui o rendimento de uma MM de 12 meses, cruza-
mentos que geralmente têm oferecido sinais confiáveis de reversão das tendências
principais.
664 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 31.4 Rendimento de 3 meses do Commercial Paper, 1955-2012,


eo Indicador de Crescimento

Rendimento de 3 meses do Commercial Paper

Indicador de Crescimento

Fonte: pring.com

O gráfico 31.5 mostra a taxa com uma MM exponencial de 18 meses e umn


Know Sure Thing (KST) de longo prazo. Mais uma vez, os cruzamentos altistas da
MM do KST são sinalizados com as setas. Em geral, um cruzamento da MM do
KST, quando confirmado com um cruzamento da MM exponencial de 18 meses,
foi razoavelmente confável. Quando os sinais do indicador de crescimento estão
incluídos, os resultados são ainda mais impressionantes.

A Importância das Mudanças na Taxa de Desconto

Os Movimentos na taxa de desconto refletem as mudanças na política monetária e


são, portanto, de importância fundamental para a tendência das taxas de juros de
curto prazo e o mercado de açöes. Esse comportamento também tem uma forte in-
fluência psicológica em ambos os mercados de crédito e de capital. Isso ocorre por-
que o Fed não inverte a poltica numa base diária ou mesmo semanal, portanto, uma
inversão na tendncia da taxa de desconto implica que a tendência das taxas de juros
de mercado é improvável que seja revertida por pelo menos vários meses, e, geral-
mente, muito mais. Uma corporaço não gosta de cortar dividendos, depois de terem
Porque as Taxas de Juros Afetam o Mercado de Ações 665

GRAFICO 31.5 Rendimento de 3 meses do Commercial Paper, 1958-2012,


e um KST de Longo Prazo

3-month Commercial Paper Yield


MME 18 meses

KST de longo prazo

Fonte: pring.com

sido levantados. Na mesma linha, o banco central pretende criar um sentimento de


continuidade e consistência. Uma mudança na taxa de desconto é, portanto, útil na
confirmação de tendncias em outras taxas, que, quando tomado por si só, pode, por
vezes, dar sinais enganosos devido a fatores técnicos ou psicológicos temporários.

Principio Técnico Fundamental: As reversões na direção da taxa de des-


conto oferecem sinais confiáveis das reversões da tendência primária nas
taxas de juros de curto prazo.

O efeito sobre as taxas de curto prazo: As taxas do Mercado geralmente lideram


a taxa de desconto em pontos cíclicos de virada. Em 2003, o Fed mudou a base so-
bre a qual a taxa de desconto era oferecida. Em consequência, a série representada
graficamente no gráfico 31.6 representa todos os dados após 2003 para a série ori-
ginalmente relatada.
O objetivo do gráfico é mostrar que o corte da taxa de desconto após uma
série de altas atua como confirmação de que uma nova tendência de taxas mais
666 Parte IlI: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 31.6 Rendimento de 3 meses do Commercial Paper, 1970-2012,


e uma Taxa de Desconto Ajustada

3-month Commercial Paper Yield

Taxa de Desconto Ajustada

MM 12 meses

Fonte: pring.com

baixas está em curso. O mesmo é verdadeiro, em fundos cíclicos ou nos fundos de


tendencias primárias. Muitas vezes, é adequado monitorar a relação entre a taxa
de desconto e sua MM de 12 meses, porque os cruzamentos quase sempre sinali-
zam uma reversão da tendência predominante numa fase relativamente precoce,
como assinalado pelas setas.

Efeito sobre o mercado de ações: Desde a incorporação do Federal Reserve Sys-


tem, todos os topos do mercado de alta nas ações foram precedidos por uma su-
bida na taxa de desconto, com exceção da grande Depressão, nos anos da guerra
de 1937 e 1939, e mais recentemente, de l976. As antecipações variam. Em 1973,
a taxa de desconto foi criada em 12 de Janeiro, 3 dias antes do topo do mercado
de alta, enquanto que o topo de 1956 foi precedido por não menos de que cinco
altas consecutivas.
Existe uma regra muito conhecida sobre Wall Street: Três passos e um tro-
peço! A regra implica que após três subidas consecutivas, é provável que o Mer-
cado de ações tropece e entre num mercado de baixa. A regra dos "três passos', é,
portanto um reconhecimento que uma subida significante na taxa de juros e um
aperto na política monetária já tiveram lugar. A Tabela 31.1 mostra as datas quan-
do a taxa de desconto subiu pela Terceira vez, junto com a duração e magnitude
do declínio subsequente nos preços das ações após a subida nas ações.
Porque as Taxas de Juros Afetam o Mercado de Ações 667

TABELA 31.1 Topos das Taxas de Desconto e os Fundos no mercado de Ações, 1919-2012

Data da 3 Alta Meses entre a


da Taxa de Magnitude das
terceira subida e oo
Desconto Perdas %
fundo do mercado
Novembro 1919 21 29,86
May 1928 49 77,45
Agosto 1949
Setembro 1955 27 9,04
Março 1959 19 4,31
Dezembro 1965 10 15,92
Abril 1968 27 20,99
Maio 1973 16 36,47
Janeiro 1978 2 1,58
Dezembro 1980 19 18,06
Fevereiro 1989 20 Ganho de 4,7
Novembro 1994 1
Novembro 1999 34 28
Setembro 2004 53 34

Cortes nas taxas são igualmente importantes. De um modo geral, tanto


quanto a tendência de cortes da taxa de desconto continue, o mercado primário
de alta nas ações deve ser considerado inalterado. Mesmo após o último corte o
mercado geralmente possui momentum suficiente para estender o seu avanço por
um tempo. Muitas vezes, a última correção intermediária no mercado de
a
início no momento da ou apenas antes da primeira alta.
Na maioria das vezes, o curso cíclico de cortes de taxas de desconto se asse-
melha a uma série de etapas declinantes, mas ocasionalmente é interrompida por
uma alta temporária antes que a tendncia de baixa continue. 0 fundo da taxa de
desconto é definido como aquele que ocorre após uma série de etapas declinantes ter
ocorrido, e que ou se mantém inalterada neste nível de fundo, pelo menos, 15 meses
ou é seguida por duas ou mais altas em 2 meses diferentes. Em outras palavras, se a
série de cortes for interrompida por uma alta, a tendência é ainda classificada como
de baixa a menos que o aumento ocorra depois de um período de 15 meses decor-
ridos. Apenas quando duas altas na taxa ocorrerem em um período menor do que
15 meses, é considerado que um declinio tenha ocorrido. Visto que, os dados ficam
disponíveis por quase 100 anos, eles abrangem tanto os periodos inflacionários e de-
flacionários e são, portanto, o reflexo de inúmeros cenários económicos diferentes.
A tabela 31.2 mostra que houve 17 quedas da taxa de desconto desde 1924.
Em cada ocasião, o mercado se moveu para consideravelmente mais alto do que
quando a taxa foi cortada.
668 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

LLLLLLLLITT
Porque as Taxas de Juros Afetam o Mercado de Ações . 669

Um corte da taxa de desconto é apenas um indicador, e enquanto ele é inva-


riavelmente altista, a posição técnica
global também é importante. Por exemplo,
o fundo na taxa de desconto normalmente ocorre logo após que o mercado tenha
iniciado uma fase de alta. Se o mercado de longo prazo está sobrecomprado, as
chances de que a alta subsequente obterá a magnitude e a duração é escassa.
Também se deve observar que
enquanto cada ueda da taxa de desconto em
última análise foi seguida por máxima no mercado de alta, isto de modo
algum
exclui o risco de uma grande correção intermediária ao longo do caminho. Essas
desacelerações ocorreram em 1934, 1962, e durante 1977 a 1978 e 1998. No pe-
ríodo de 1977 a 1978 o mercado, conforme a medição da linha de A/D da NYSE
não corrigiu, mas se movimentou irregularmente para mais alto. O gráfico 31.7
mostra a relaç o entre o mercado de ações e a taxa de desconto nas décadas que
medem a virada do século.
Enquanto, os cortes da taxa de desconto geralmente precedem os fundos
do mercado, essa relação é bem menos precisa do que a observada nos topos do
mercado. Observe, por exemplo, que a taxa foi reduzida nada menos do que sete
vezes durante a debacle de 1929 a 1932, ao passo que não foi alterada durante todo
o mercado de baixa de 1946 a 1949.

GRAFICO 31.7 S&P Composite, 1970-2012, e a Taxa de Desconto Ajustada

S&P Composite

Taxa de Desconto Aiustada

12-month MA

Fonte: pring.com
670 Parte IlI: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Aplicando a Análise Técnica de longo prazo


As séries de rendimento dos bonds têma tendência de serem muito cíclicas. Po
demos tirar proveito desta situação, comparando uma série como AAA de títulos
corporativos da Moody a um ROC. Um exemplo é mostrado nográfñco 31.8, onde
as setas mostram os cruzamentos sobrecomprados/sobrevendidos do ROC de 12
meses têm consistentemente sinalizado excelentes sinais de compra e venda. Esta
abordagem não pode ser usada como um sistema real porque os sinais de com-
pensação naão podem ser determinados. Por exemplo, durante a tendência de alta
secular ou de prazo muito longo, nenhum sinal de compra foi dado entre 1950 e
981. Isto contrasta a tendência de baixa secular após 1981, onde várias compras
foram acionadas. E um exemplo clássico de como os osciladores tendem a se mo-
ver e ficar em níveis sobrecomprados durante um mercado de alta e invertem o
processo durante mercados de baixa. Neste caso, o mercado de alta era a tendên-
cia seculare as leituras da condição sobrecomprada representaram os topos da
tendência primária.

GRAFICO 31.8 Moody's AAA Corporate Yield, 1955-2012, e um ROC de 12 meses

Moody's Corp AAA Yield

ROC de 12 meses

Fonte: pring.com
Taxas de Juros Afetam Mercado de Ações . 671
Porque as o

GRAFICO 31.9 ORendimento do Bond de30 anos, 1997-2001, e um IFR Suavizado

Rendimento 30 anos Alta Baixa


66 W Baixa
50

55

50

y
70

60-
50
40

30
20 MM de 8 dias de um ROC de 9 dias
1999'' T TTT
1998 20012001
Fonte pring.com

O gráfico 31.9 indica um critério semelhante, exceto que desta vez o oscila-
dor é de curto prazo, uma MM de 8 dias de um indicador de força relativa de 9
dias (IFR). As setas acima do rendimento mostram o cenáio da tendência primá-
ria. Você pode ver claramente que as condições sobrecompradas são muito mais
comuns na fase de altae sobrevendida durante as tendèncias de baixa. Observe
também que a MM de 200 dias pode servir como um mediador adicional da dire-
ção da tendência primária. No final do gráfico o oscilador alcança uma condição
sobrecomprada e o rendimento cruza acima de sua MM, sugerindo a probabilida-
de de que um novo mercado de alta está a caminho.
Finalmente, o Gráfico 31.10 compara um contrato perpétuo do futuro do
Bond do Tesouro dos EUA versus dois indicadores de ROC. Entre o início do ano
de 2000 e o final do gráfico, a tendência primária foi de alta. As quatro setas asso-
ciadas ao ROC de 10 dias indicam uma condição sobrevendida ou próximas de
condiçoes sobrevendidas. Todas foram seguidas por uma alta promissora. A elipse
na parte mais a direita do gráfico indica uma falha em responder a uma condição
sobrevendida e oferece o primeiro indicio de que um novo mercado de baixa co-
meçou. Vários rompimentos conjuntos da linha de tendência no preço e no mo-
mentum também são indicados no gráfico. A adoção desta combinação é muito
útil porque os períodos de tempo de 10 e 45 dias estão separados por uma distância
considerável. Desta forma, as caracteristicas não apresentadas pela série de 10dias
podem aparecer na de 45 dias e vice-versa. Certamente, é ainda melhor quando as
três estão indicando uma reversão da tendência, como ocorreu em abril de 2000.
672 Parte IIl: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 31.10 0 Rendimento do Bond de 30 anos, 1999-2001, e Dois ROCs

106 Futuro Bond do Tesouro EUA


100
96
90
ROC 10 dias

ROC 45 dias

AA
5
tA-
jct NovDec 2000Mar Apr May Jun Jur JAug Seploct Nov Dec ooMar AprM
Fonte: pring.com

Sumárioo
1. As taxas de juros influenciam os preços das ações porque afetam a rentabili-
dade corporativa, alterando as relações de valorização e influenciam as tran-
sações de margem.
2. As taxas de juros levaram os preços das ações para os principais pontos de
virada em praticamente a todos os ciclos de negócios registradoos.
3. Eo RC das taxas de juros, ao invés de seu nível real, que afeta os preços das
ações.
4. As Taxas de juros de curto prazo geralmente têm uma maior influência sobre
os preços das ações do que as de longo prazo.
5. As Mudanças na tendência da taxa de desconto oferecem forte confirmação de
que uma mudança da tend ncia primária dos preços do mercado monetário
tenha ocorrido.
6. As reversões na tendência da taxa de desconto oferecem avisos antecipados de
uma mudança na tendência primária dos preços das ações.
32

UTILIZANDO ANÁLISE
TÉCNICA PARA SELECIONAR
AÇÕES INDIVIDUAIS

Uma abordagem sistemática útil para a seleção de ações é conhecida como a abor-
dagem de cima para baixo. Neste caso, o "topo" representa uma análise se as ações
em geral estão enfrentando um mercado de alta primário ou um mercado de bai-
xa primário. Como a maioria das ações sobe durante uma tendência de alta e cai
durante uma tendêência de baixa, o primeiro passo a ser estabelecido é se é prová-
vel que o cenário geral seja positivo ou negativo.
O próximo passo envolve uma avaliaço dos diferentes setores e os que estão
abaixo deles, grupos industriais, uma vez que as ações da mesma indústria geral-
mente se movem em conjunto, assim como os grupos da indústria no seu setor.
Uma vez que um grupo de indústria atrativo for isolado, a etapa final envolve a
seleção de ações individuais. Essa abordagem é discutida mais tarde, mas vejamos
primeiramente, algumas observações gerais.
Todos os investidores e traders gostariam que suas escolhas valorizassem o
seu preço rapidamente, mas as ações que podem satisfazer este desejo têm a ten-
dência de ser acompanhadas por um maior risco do que a maioria de nós está
disposta a aceitar. Ações que se movem para cima de forma acentuada no preço
geralmente têm um beta alto (ou seja, são muito sensíveis aos movimentos do
mercado), uma pequena flutuação (ou seja, são preços ilíquidos e muito sensíveis
a um pequeno aumento no volume), ou um momentum muito forte dos lucros,
nos múltiplos de preço/lucros. Outros podem estar enfrentando uma situação de
inversão enm que o preço caiu para níveis extremamente baixos de modo que uma
notícia tão boa tem um efeito explosivo sobre o preço.
Estes são todos os fatores fundamentais e realmente estäo fora do âmbito
deste livro. No entanto, é importante compreender que os investidores podem
674 Parte Il1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

estar bem conscientes quando se trata de posse de ações. Após os preços aumenta-
rem a níveis irrealisticamente altos e os meios de comunicação estar cobrindo em
matérias de capa os desenvolvimentos positivos, grandes artigos, etc., as chances
são de que os argumentos atistas sejam compreendidos por praticamente todos os
participantes do mercado. Neste ponto, de forma eficaz, todos aqueles que dese
jam comprar já o fizeram e as ações são consideradas com estando monopoliza-
das. Isso aconteceu com o grupo de controle da poluição (gestão de resíduos) no
final dos anos sessenta, com o crescimento das ações do setor glamour em 1973,

da gasolina em 1980, da tecnologia na primavera de 2000. Quando noticias


e as

são tão ruins que parece que os lucros nunca vão se recuperar, ou que as empresas
possam pedir falência, os conjuntos de condições opostas se ajustam e as ações
sendo consideradas estar em condições sobrevendidas. Os fundos de investimen-
to imobiliário em 1974, ações de pneus em 1980, e financeiros em 2009 foram
exemplos de monopólio. Nem todas as empresas se movimentam para esses ex-
tremos, mas é importante reconhecer que este pêndulo psicológico, no entanto,
existe.
A posição de monopolização de posse de ações geralmente se desenvolve ao
longo de vários grandes avanços depois de uma subida secular. Da mesma forma,
uma posição sem a posse de ações, na qual uma ação se torna totalmente fora de
moda, normalmente leva muitos anos para evoluir.

Seleção de Ação de um Ponto de Vista Secular


Assuntos Gerais

Não faz sentido começar com um período muito longo ou um ponto de vista
secular, gradualmente trabalhando até os aspectos de curto prazo. ldealmente,
o processo de seleção deve começar determinando se a ação em questão está em
um avanço secular ou declínio, a fim de obter alguma idéia de onde ele possa estar
em seu ciclo de propriedade. O gráfico 32.1 mostra a Cominco, uma empresa de
mineração canadense, que passou por vários ciclos entre os anos de 1970 e da
virada do século. Ações em recurso e as indústrias básicas, como a Cominco são
chamados de ações cíclicas, uma vez que oferecem grandes oportunidades de lu-
cro durante um ou dois ciclos de negócios, mas raramente são rentáveis usando a
abordagem comprar-manter.
Devido às características de crescimento de longo prazo da economia global,
a maioria das ações apresenta características de um avanço secular de longo
prazo
interrompido por correções cíclicas leves ou por faixas de negociação de vários
anos.
Um exemplo é mostrado no
gráfico 32.2, ilustrando
Coca-Cola. Algumas
a
tendências seculares são evidentes. O término da primeira foi sinalizado por um
Utilizando Análise Técnica para Selecionar Ações Individuais 675

GRAFICO 32.1 Cominco, 1970-2001

5/30.01 $23.C0 COMINCO LTD (:IMMAX Log


28 28
24
20
16 16

8 8

Volume- max 6i555


6155 155
5000 5000
|4000 AO00
3000 BO00
2000 po00
1000
1970s 1980's 1990's

Fonte: pring com

GRAFICO 32.2 Coca-Cola, 1980-2012, e a Força Relativa

**.

Coca-Cola lo neeenoedeonmdeaiasooonsseeseedceseeesommor

- -

Força Relativa -------.

Fonte: pring.com
676 Parte Il: Outros Aspectos da Andlise do Mercado

rompimento conjunto da linha de tendência do preço e da linha da força relativa


(FR) em l1999. precedida com uma divergência negativa onde
Observe que esta foi
foi uma faixa de
preço tocou uma nova alta, mas a linha FR não o fez. A segunda
negociação lateral para os 13 anos seguintes. A direção do rompimento final pode
assim ser sinalizada pela linha da FR.
Todas as linhas FR neste capítulo são relativas ao S&P Composite, salvo indi-
cação contrária. Eu incorporei a maior parte dos gráficos neste capítulo, por dois
motivos. Em primeiro lugar, as tendênciase divergências da FR podem ser muito
üteis para a compreensão da força ou a fraqueza da estrutura técnica subjacen-
te. Segundo, quando uma açäo é comprada, é muito melhor que esteja em uma
tendência de um bom desempenho do que de mal desempenho em relaço ao
mercado. Gráfico 32.3 oferece um exemplo clássico disso.
Durante o período de 20 anos coberto pelo gráfico, a Reliant Energy estava
numa tendência de alta secular. Isto parecia ser bom superficialmente, mas um
rápido olhar para a linha FR indica que ele estava em uma tendência de baixa se-
cular em termos de desempenho relativo. Observe que foi possível construir duas
linhas de tendência para o preço. A tracejada é um excelente exemplo do por que
é uma ideia inteligente estender uma linha de tendência, uma vez que foi violada.
Observe como a linha estendida se tornou uma resistência formidável várias vezes
da metade até o final dos anos noventa. Mesmo quando o preço rompeu acima da
linha na virada do século, o movimento de retraç o lá encontrou suporte.

GRÁFICO 32.3 Reliant Energy, 1980-2001, e a Força Relativa

50
40
30 Reliant Energy
20-

10n z
Linha FRdo S&P

0.05

80 81 32 33 34 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 5 6 97 98 99 00 01
Fonte: pring.com
Utilizando Análise Técnica para SelecionarAções Individuais 677

GRÁFICO 32.4 ADM, 1980-2001, e a Força Relativa

20
10 ADM ***~*****
*****

0.03 Linha FR do S&P

0.02

0.01

so 1 2 3 4 6739 90 1 92 33 34 5 95 798990010
Fonte: pring.com

Finalmente, a ADM experimentou uma ruptura secular com um movimento


de baixa em 1998 (gráfico 32.4). Sua linha FR também completou um topo em
forma de uma cabeça e ombros para baixo. Observe que no caso da ADM, o avi-
so prévio de fraqueza potencial foi dado inicialmente pela falha da linha RS em
confirmar um novo topo no preço em 1995 (na ponta da seta horizontal) e então
1997.
divergiu de forma negativa com o topo no final de
Estes exemplos apontam os diferentes períodos de duração dos ciclos e as
características da duração das ações individuais. Os investidores que são capazes
de identificar a reversão das tendências seculares no preço e na aço relativa estão
em uma posição de lucrar com os extremos do ciclo de propriedade. Consequen-
temente, um gráfico de prazo prolongado pode fornecer um ponto de partida útil
para a seleção de ações.

Principais Padröes de Preços (Bases Longas)


No capítulo 8, a relação entre o tamanho da formação e o subsequente movimen-
to de preço em termos de magnitude e duração foi estabelecida. Quanto maior a
base, quanto mais eles podem correr! Ou maioro topo, mais vão cair!
678 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Por definição, há alguns pontos na duração de uma ação, onde esta condição
é predominante, mas quando pode ser vista, vale a pena enquanto se toma uma
ação baseada nesta informação. As vezes, como nos anos de 1940 e no perío-
do 1982 a 1983, por exemplo, há número excepcionalmente elevado dessas ações
rompendo bases grandes. Quanto mais isso acontece, mais forte é a fundação para
o próximo mercado de alta. Os anos de 1940 foram seguidos por uma década de
1950 e início dos anos 1960 muito fortes e a baixa de 1982 foi seguida pela alta
secular de 18 anos, com seu topo final no início de 2000.
O gráfico 32.5 mostra um exemplo da Andrew Corp. rompendo uma base
de 6 anos em 1991. Uma boa alta, mais do que atende aos objetivos do padrão,
subsequente. Mais tarde, a penetração conjunta das linhas de tendéncia de alta de
6 anos indicou que o forte avanço era pouco provável que continuasse. No caso
do preço, este foi seguido por uma consolidação, e pela linha de FR, uma reversão
da tendencia real.
Applied Materials sofreram um rompimento de uma base de 10 anos (gráf-
co 32.6) no final de 1992. A tendência de alta no preço continuou pelo menos até
a primavera de 2001, mas a linha de tendência de alta do FR foi temporariamente
violada em 1998 e 2000.
Grandes bases nos topos são, certamente, o oposto de grandes bases nos
fundos, e podemos ver uma dessas figuras no Gráfico 32.7 ilustrando a Coeur

GRÁFICO 32.5 Andrew Corp, 1980-2001, e a Força Relativa

60

Andrew Corporation
n

0.05
Linha FRdo S&P

80 82 8384 86 36 3738 9 9091 92 93 94 95 96 97 99 99 00


Fonte: pring.com
Utilizando Análise Técnica para Selecionar Ações Individuais 679

GRAFICO 32.6 Applied Materials, 1980-2001, e a Força Relativa

100

Applied Materials

0.05 Linha FRdo S&P

so12 B3 4 6 788 89 90 1 92 93 p4 96 s6 97 9 99 00
Fonte: pring.com

GRÁFICO 32.7 Coeur D'Alene, 1980-2012, e a Força Relativa

Coeur D'Alene .

Força Relativa

Fonte: pring.com
680 Parte IIl: Outros Aspectos da Análise do Mercado

dAlene Mines. Curiosamente, um indício de fraqueza iminente foi dado pelo de-
clinio persistente na linha da FR. Isso nem sempre é o caso, porque é sabido que as
tendências da FR revertem para cima durante a formação de uma faixa de nego-
ciação. No entanto, neste caso, não havia qualquer indicação de que as fortunasda
linha da FR estavam prestes a mudar para melhor até bem depois do rompimento
do preço para baixo.
Compare esse exemplo da Chemed no gráfico 32.8. Mais uma vez, vemos
uma faixa de negociação de vários anos na forma de um padrão cabeça e ombros
de consolidação. Ao longo da formação de uma faixa de negociação, a linha da FR
estava em uma clara tendência de baixa, deixando a impressäo de que o padrão
iria romper para baixo. Então, quando o ombro direito estava se formando, a linha
da FR violou a linha de 4 anos (pontilhada) da tendência de baixa e começou a
subir a um ritmo mais acelerado do que o preço. No momento do rompimento, a
linha de FR estava bem abaixo do seu topo de 1982, mas já havia violado a linha de
tendência de baixa de 20 anos (sólida), apoiando assim o rompimento pelo preço
que se desenvolveu no final de 2003.

GRÁFICO 32.8 Chemed Ordinary, 1980-2012, e a Força Relativa

Chemed Ord

O
Força Relativa

Fonte. pring.com
Utilizando Andlise Técnica para Selecionar Ações lndividuais 681

Alguns Princípios Básicos da Escolha de Ações Durante um


Mercado Primário de Alta
Informações Gerais

Um mercado de alta tem sido definido como um cenário em que na maioria do


tempo as ações estão subindo por um período prolongado. Neste caso, deve-se
esperar que um período prolongado dure entre 9 meses e possivelmente de 2 a
3 anos. Um mercado de baixa é exatamente o oposto, exceto que na média um
mercado de baixa tipicamente ocorre ao longo de um período menor. Quando a
exposição a ações está sendo contemplada, é claramente melhor para osinvestido
res e traders de curto prazo, com um horizonte de 2 a 3 semanas para estar com-
prando quando a tendência primária for positiva. E verdade que algumas ações
experimentam tendências primárias de alta quando o mercado global está numa
tendência primária de baixa, mas a lei da probabilidade indica que é muito mais
dificil de ganhar dinheiro quando se nada contra um cenário global negativo.
Devemos também ter em mente, é claro, que devido ao processo rotatório do
grupo, diferentes grupos de ações estão passando diferentes fases dos seus ciclos
de alta e de baixa simultaneamente. Assim, enquanto o S&P, por exemplo, pode
ter apenas embarcado na primeira perna de queda de um novo mercado em baixa,
grupos atrasados, tais como minério, ainda podem estar enfrentando a perna final
do seu mercado de alta. O processo de seleção nesta fase do ciclo é muito mais
dificil, mas ainda existem algumas oportunidades que oferecem uma magnitude
de alta substancial neste momento. Muita coisa vai depender se as commodities
estão num mercado secular de alta ou de baixa. Se for uma tendência de alta, a
parte inflacionária desse ciclo de negócios específico associado com a tendência
geralmente passa por uma maior magnitude e duração.
O desempenho de ações especificas pode variar amplamente, não só ao lon-
go do curso do movimento total de um mercado de alta, mas durante as suas
várias fases também. Este conceito foi descrito no Capítulo 22, que descreveu o
processo de rotação do setor.
O primeiro passo é decidir se o mercado está em uma tendência primária de
alta ou de baixa, utilizando os princípios descritos anteriormente. Se estiver mui-
to evidente que um mercado de alta começou há algum tenmpo e existem poucoos
sinais de um topo ou evidência de um mercado de baixa, as baixas intermediárias
são um bom lugar para iniciar a análise. Eu terei mais a dizer sobre isso mais tar-
de, mas por agora, vamos supor que exista uma ampla evidência de que um novo
mercado de alta está apenas começando. Os sinais incluiriam a observação de que
a linha de A/D estava caindo há um ano ou mais. Provavelmente, poderíamos
ver também uma nova tendência de declínio confirmado da taxa de juros e uma
condição sobrevendida nos indicadores de momentum de longo prazo, inúmeras
682 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

coberturas da mídia sobre a fraqueza no mercado de ações e da economia, as de-


missöes nas grandes empresas de corretagem, e assim por diante.
Se todas estas condições estivessem presentes, seria uma probabilidade de
que o mercado era ou estava muito próximo de um mercado em baixa, baseado
nos princípios descritos no início deste capítulo.

Escolhendo Ações Próximas do Fundo do Mercado de Baixa

O próximo passo seria um exame da posição técnica dos vários grupos da in-
dústria, especialmente as lideres dos ciclos iniciais, para se certificar de que são
tecnicamente válidas tanto em termos absolutos como relativos. Finalmente, uma
análise das ações dentro dos grupos mostrou que as mais confiáveis deveriam ser
assumidas.
A este respeito, o ponto de partida óbvio seria uma análise das posiçóes re-
lativas dos vários grupos da indústria em termos do processo de rotação do se-
tor, descrito no Capítulo 22. Alguns setores não se encaixam convenientemente
dentro da sequência cronológica que compõe um ciclo completo, e nem todos
respondem da forma esperada em cada ciclo. No entanto, uma análise dos setores
de energia e de finanças ou a razão de bancos/alumínio seria um bom ponto para
determinar se o cenário era inflacionário ou deflacionário. O próximo passo seria
analisar os grupos que foram semelhantes ao setor que parecia mais promissor.
Vamos fazer isso mais tarde, mas por agora, vamos assumir que temos tido sorte
o suficiente para identificar o fundo de um mercado de baixa.
O fundo de 1990 atendeu a estes requisitos. O S&P Composite realmente caiu
por um período de tempo relativamente curto, ainda que, a linha de A/D diária
da New York Stock Exchange (NYSE) vinha caindo há mais de um ano, quando o
mercado fez o seu fundo no final de 1990. Um dos bons grupos de b0a aparência
caindo na categoria dos primeiros lideres no final de 1990 era o da indústria de
corretagem. O que os fez com que fossem especialmente atraentes como um jogo
contrário foi a matéria de capa da Business Week citada no capítulo 30, questio-
nando o futuro da indústria.
Tecnicamente, o gráfico 32.9 mostra que o indice completou uma linha de
base início de 1991.
A linha da FR estava à frente do jogo, porque passou por um rompimento da
linha de tendència de baixa de 8 anos, há alguns meses antes, bem na virada do
ano. O índice violou simultaneamente uma pequena linha de tendência de baixa
e cruzou acima de sua média móvel (MM) de 24 meses, quando linha de FR foi
rompida. A linha da FR também cruzou acima de sua MM de 24 meses. Ambos
Know Sure Things (KSTS) mensais de longo prazo também ddispararam sinais de
alta. Observe como a linha da FR fez um fundo ligeiramente mais baixo em 1990
do que em 1987, mas a FR do KST não o fez.
Utilizando Análise Técnica para Selecionar Ações Individuais 683

GRÁFICO 32.9 S&P Brokerage Index, 1982-1993, e Três Indicadores

100 S&P Brokerage Index

1500 KST Longo


1000
500
Linha FRS&P

0.4-
0.3

02
KST Longo Prazo da FR

500

982 1963 1984 1986 1961987 198 1989 1990 19911992 1993
Fonte: pring.com

Esta divergência positiva adicionou gelo para o caso altista, indicando a pro-
babilidade de um mercado emergente para ser bastante alto. A linha vertical pon-
tilhada neste gráfico indica o ponto aproximado onde os rompimentos iniciais
da tendência ocorreram. Eles são replicados nos gráficos 32.10 através do 32.15,
ilustrando as ações individuais.
A Merrill Lynch (símbolo MER), anteriormente a maior corretora e agora
não mais conosco como uma entidade de negociação separada, é ilustrada nos

gráficos 32.10 e 32.11.


Ela violou uma linha de tendência de baixa de 2 anos para o preço absoluto e
uma linha de tendência de baixa de 8 anos da linha da FR versus o S&P. Uma vez

que, ambos os KSTs foram se preço absoluto estava realmente


tornando altistas eo

de a MER teria se qualificado


completando um padrão cabeça e ombros reversão,
como u m a compra. Mais tarde, uma
tendência de baixa de 8 anos para o preço ab-
cenário altista. O gráfico 32.11
soluto foi penetrada para cima, e isso completou o
mostra o preço juntamente com uma
linha FR versus o próprio Indice de Cor-
está tendo um desempenho
retagem. Uma linha ascendente significa que ação
a

ao índice e vice-versa. E
bastante evidente na abertura do ano de 1991
superior
a sua tend ncia então, provavelmente
descendente e
que esta ação tenha rompido
teve um desempenho superior a ambos o S&<P e o Indice de Corretagem.
A Legg Mason, ilustrada no gráfico 32.12, tamb m estava em uma posição
altista uma vez que ambos os preços absölutos e relativos tinham rompido a partir
altistas. De fato, o KST relativo estava
das bases e seus respectivos KSTs ficaram
da linha da FR.
realmente divergindo positivamente a partir
684 Parte II1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 32.10 Merrill Lynch, 1983-1993, e Três Indicadores

10 Merill Lynch

216 KST de Longo Prazo


| 1600
1000
500
Linha FRSP

0.03 A
0.02
0.01

500 FR do KST de lonao Draz0


0

1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993
Fonte: pring.com

GRÁFICO 32.11 Merrill Lynch, 1986-1991, Relativo ao indice de Corretagem

10 Meill Lynch

Linhada FR contra uma MM de 4 semanas do Indice de Corretagem


0.08
0.08
0.07 er 7
0.07
0.06
0.06
0.05
0.05
1986 1987 1988 1989 1990 1991
Fonte: pring.com
Utilizando Análise Técnica para Selecionar Ações Individuais 685

GRÁFICO 32.12 Legg Mason, 1986-1993, e Três Indicadores

Legg Mason

16
KST de longo prazo
|1000
600

Linha FRdo S8P

0.02
0.01

FRdo KST de longo prazo


600

1987 |1989 1990 i991 '1992


Fonte: pring.com

GRÁFICO 32.13 Legg Mason, 1986-1991, Relativo ao indice de Corretagem

12
10 Legg Mason
8 A

10 Linha da FRcontra uma MM de 4 semanas do Indice de Corretagem


0.11 Topo FR
0.10
0.10
0.09
0.09
O.08
O.08
O.07 N
0.07
0.06
0.06
1987 1988
Fonte: pring.com
686 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 32.14 Raymond James, 1985-1993, e Três Indicadores

Raymond James

|1600 KST de longo prazo


1000
600 Compra de

alto risco
0.02
Linha FRdo S&P
001

FRdo KST de longo prazo


0
1986 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993
Fonte: pring.com

GRÁFICO 32.15 Raymond James, 1986-1993, Relativo ao Indice de Corretagem

Raymond James

0.08
O.07
0.06 Linha da FRconta uma MMde 4 semanasdo lIndice de Cometagem

0.05
0.04 v
0.03
0.02 TTITTTT TTTTTTTT TTTTTTT TTTITTTTT1992
H987 *"i988 1989 1990 1991"*" U T

Fonte: pring.com
Utilizando Andlise Técnica para Selecionar Ações Individuais 687

Estas ações de lado eram realmente potencialmente mais altistas do que a


da MER, que estava revertendo para uma tendência de baixa. Contudo, o gráfico
32.13 mostra que a linha FR versus o Indice de Corretagem estava registrando um
topo. Infelizmente, aquilo não foi percebido no momento dorompimento (ou seja,
na linha verticalpontillhada). Näo havia dúvidas no início da primavera de 1991,
de que uma mudança para outro corretor teria feito sentido desde que, a linha FR
completouo topo e caiu abaixo de sua média móvel exponencial de 65 semanas.
Finalmente, a Raymond James, ilustrada no gráfico 32.14, conseguiu sair
praticamente incólume do mercado de baixa de 1989 a 1990. Naquela época do
rompimento do índice de corretagem, tanto as linhas absolutas e relativas estavam
completando grandes bases.
Infelizmente, não era uma situação de baixo risco, como a da Merrill porque
o KST de longo prazo para o preço absoluto estava invertendo de uma condição
moderadamente sobrecomprada, o que, por outro lado, a torna menos atrativa.
Por outro lado, frequentemente vale a acompanhar o líder porque as ações fortes
têm o hábito de ficar mais forte. Isso ocorre porque geralmente existem alguns
bons fundamentos que permitiram que elas fossem ações fortes em primeiro lu-
gar. O árbitro, neste caso, teria sido a linha FR versus o Indice de Corretagem no
gráfico 32.15. Logo após o rompimento, ele começou a acelerar para longe de sua
média móvel exponencial de 65 semanas e até a linha de tendência e teve um de-
sempenho superior ao indice corretagem para o próximo ano.

Utilizando uma Mudança no Ciclo para Escolher Ações


Durante todo o ciclo de ações, os grupos estäo mudando de liderança continua-
mente. Uma forma de detectar isto é criar uma razão entre o grupo de liderança
eo de atrasados. Gráfico 32.16 mostra uma série - alumínio versus seguradoras

de bens e responsabilidade.
Quando a linha está subindo ela é altista para os produtores de alumínio em
relação às ações de seguro, e vice-versa. Estamos procurando mudanças na direção da
razão, que ofereçam um indicador para uma mudança na liderança a partir de ciclo
inicial, ações orientadas pela liquidez de ciclo atrasado, setores orientados por ganhos.
Realmente éé evidente ao observar o gráficoque estaé uma relaço muito irregular su-
jeita a inúmeras violinadas. Uma maneira de contornar isso é construir um indicador
de momentum de longo prazo suavizado, tal como um KST, o l MACD (convergência

divergência da média móvel) ou o estocástico (24/15/10) também pode ser substitu-


ido. Observe que o indicador no painel inferior é semelhante na sua trajetória, uma
vez que é um KST mensal de longo prazo para a relação inflação/deflaço discutida
no Capítulo 22. E uma medida que prefiro e funciona como um controle, mas para
um substituto para baixo e de baixa, a proporção de aluminio/seguro com base mais
estreita funciona bem. A razão dos cruzamentos da média móvel do KST é utilizada
como um indicador para quando uma mudança na liderança possa estar ocorrendo.
688 Parte IIl: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 32.16 Razão S&P Aluminium/Property Casualty, 1984-2012,


e Dois Indicadores

s&P Aluminum/Property Casualty


MA V

KST

KST Inflação/Deflação

Fonte: pring.com

Na maioria das situações, a razão encosta durante o curso do ciclo, mais do


que durante um fundo num mercado de baixa. Uma exceção se desenvolveu du-
rante o início de 2009 devido ao colapso financeiro na crise de 2008 a 2009. Para
este exercício, estamos interessados no ponto do ciclo, quando as razões do fundo,
uma vez que, nos dá um indício de que a parte inflacionária do ciclo está em an-
damento. As setas do gráfico sinalizam duas dessas reversões em 1993 e no final
de 2005. As reversões para cima indicavam uma mudança das ações atrasadas ou
orientadas para ganhos. Nesses casos, as duas subidas durante um par de anos. Na
época, no foi possível observar rompimentos em ações baseadas nos recursos em
1993, na medida em que esta foi a fase inicial do boom tecnológico, mas no gráfico
32.17 o setor de tecnologia atrasado parecia oferecer algum potencial.
Em ambos os casos, certa quantidade de observação foi necessária, pois as
de não
linhas tendência de baixa absoluta relativa
e
foram violadas
por vários me-
ses depois do sinal da razão de alumínio/seguro ter sido dado. Eventualmente, as
linhas foram violadas e no caso do sinal de 1993, uma alta promissora se seguiu.
Existem inúmeras ações de hardware de computador, mas uma ação sazonal bem
conhecida é a 1BM,ilustrada no gráfico 32.18. Veja como ambos os KSTs fizeran
o seu fundo e as linhas de tendência absolutas e relativas violaram para cima em
1993 e 2005.
Utilizando Análise Técnica para Selecionar
Ações Individuais 689

GRAFICO 32.17 S&P Computer Hardware, 1986-2012, e Três Indicadores

Computer Hardware

KST

FR

FRdo KST

Fonte: pring.com

GRAFICO 32.18 BM, 1987-2010, e Três Indicadores

BM

KST

FR

FRdo KST
H
Fonte: pring.com
690 Parte II1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 32.19 Apple, 1987-2012, e Trés Indicadores

No breakout
Apple

KST

RS

R S KST

Fonte: pring.com

A Apple (Gráfico 32.19) é outro gigante da indústria, mas enquanto os seus


KSTs fizeram o seu fundo de uma forma favorável às ações de hardware de compu-
tador, nem o próprio preço nem o seu FR experimentou um rompimento para cima.

Análise de Curto Prazo

Os traders de curto prazo precisarão adotar mais uma fase para a análise, e que é
a de ter certeza que antes de uma compra, a ação em questão está numa posição
tecnicamente forte de curto prazo bem como num modo construtivo de um pon-
to de vista de longo prazo.
O gráfico 32.20 mostra a McKesson com um KST de curto e longo prazo,
ambos baseados em dados diários.
Neste caso, o KST de longo prazo utiliza os mesmos períodos de tempo como
a fórmula mensal, mas multiplicado por 21 para
negocia
corresponder ao dia de
ção médio aproximado em um ms. A linha vertical preta e grossa indica o ponto
mais baixo separandoo mercado de baixa à esquerda da tendência primária de
alta à direita. As letras marcam os sinais de compra do KST de curto prazo que se
Utilizando Andlise Técnica para Selecionar Ações Individuais 691

GRAFICO 32.20 McKesson, 1999-2001, e Dois Indicadores

50 McKesson

KST de Curto Prazo


200
400
-100
200
300
--.C D
. -G...
H
400 B
KST de Longo Prazo
|1000
500
500

AJyAso ND 2000 M AMP PA S oN D 2001 M A M


Fonte: pring.com

desenvolveram próximos ou abaixo de zero. Outros osciladores de curto prazo su


avizados, tais como um estocástico, um indicer de força relativa suavizado (IFR);
MACD; etc, poderia, certamente, ser substituído por um KST. Observe que ne-
nhum dos sinais marcados de A aD tinha alguma forma de magnitude para cima,
com exceção de C. Mesmo aqui, o belo rompimento da linha de tendência no
preço foi seguido por uma rompimento com uma violinada, simplesmente porque
este estava em um cenário de um mercado de baixa. Isso novamente enfatiza o
ponto que os melhores sinais acompanham a tendência. Isto não é a mesma coisa
que dizer que todos os sinais de compra em um mercado de baixa de curto prazo
resultam em violinadas e que todos os movimentos a favor da tendência sero
bem sucedidos. Por exemplo, o sinal de compra em H ocorreu durante um movi-
mento de alta, mas era essencialmente um sinal falso. Mais uma vez, poderíamos
filtrar este, porque näo era possível construir uma linha de tendência significativa
como foi em F H eI.
E, certamente, foi o mais bem sucedido, mas, no momento, o KST de longo
prazo não tinha cruzado acima de sua MM. No entanto, um dos princípios de
interpretação que nos permite antecipar uma reversão é se o KST ficou plano e se
um rompimento de uma linha de tendência no preço ou KSTs de curto prazo é su-
ficiente para antecipar uma reversão. Neste caso, uma linha de tendência no preço
para baixo de 8 meses havia sido violada, e um KST de curto prazo ficou em alta
e divergiram positivamente com o preço duas vezes. Consequentemente, não teria
havido provas suficientes para chegar a conclusão de que as probabilidades a favor
dos sinais de compra de um KST de longo que estavam sendo acionados.
692 Parte ll1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 32.21 IBM, 1993-1994, e Dois Indicadores

BM
B
16

KST de curto prazo w


10

100

100
KST de longo prazo
-200
B
-200
400 - *
1993 Mar Apr |May Jul Aug Sep Oct NovDec 1994 Mar AprMayJun Jul Aug
Fonte: pring.com

As vezes, quando um exercício de varredura em um computador retorna


com um sinal de compra de um momentum de longo prazo suavizado, a situação
de curto prazo é sobrecomprada. O gráico 32.21 oferece um exemplo da IBM na
seta A. Em tais situações, não importa muito para um investidor de longo prazo,
mas para um trader de curto prazo, entrar quando o preço está sobrecomprado
pode ser desastroso. O gráfico 32.21 mostra que a primeira oportunidade de com-
prar, uma vez que, o KST de longo prazo tinha cruzado a sua MM e veio escondi-
do em uma situação sobrecomprada de curto prazo.
O próximo chegou em B quando o preço rompeu acima de uma pequena
linha de tendencia e o KST de curto prazo disparou um sinal de compra. Mesmo
estenão foi um dos maiores sinais, mas pelo menoso preço de entrada foi menor
do que quando a série de longo prazo foi altista. O melhor sinal de todos foi de-
senvolvido em X quando o preço violou uma linha de tendência de baixa e o KST
de curto prazo era altista. Observe também que o KST estava um pouco abaixo
de zero, no momento, que era um indicio de uma alta acentuada que se seguiu.
Uma vez que o KST de longo prazo reverteu para cima neste momento, teria sido
razoável usar toda essa evidência positiva para concluir que as probabilidades fa-
voreciam consideravelmente um cruzamento de uma MM de longo prazo.
Não vou dizer que antecipando um sinal de compra de longo prazo vai fun-
cionar o tempo todo, mas é certamente verdade que em muitas ocasiões a primei-
ra alta proveniente de um fundo do mercado de baixa, muitas vezes acaba sendo
muito interessante.
Utilizando Andlise Técnica para Selecionar Ações Individuais 693

Sumário
1. A maioria das ações passa por ciclos de propriedade, que normalmente levam
um longo período de tempo para ser concluído. É importante identificar se
uma ação está em uma tendência secular de alta ou de baixa, a fim de compre-
ender melhor a sua posição no seu ciclo de propriedade.
.2. Lucros potenciais substanciais estão disponíveis para o investidor de longo
prazo que podem identificar ações que estão rompendo a partir de bases pro-
longadas quando são acompanhados pelo aumento do volume e uma tendên-
cia de melhoria na tendência de longo prazo no FR.
3. Om mercado de alta geralmente leva a maioria das ações com ele, mas o de-
sempenho de ações individuais pode variar enormemente, tanto no decorrer
de um movimento primário para cima e dentro dele.
4. Uma vez que um cenário de mercado favorável foi estabelecido, o processo de
seleção de ações deve começar com a seleção de grupos da indústria com uma
posição técnica positiva de longo prazo.
5. Após o isolamento de setores atraentes e, posteriormente, grupos, é importan-
te observar as ações que também estão mostrando técnicas positivas.
33

ANÁLISE TÉCNICA DOS


MERCADOS DE AÇÕES
INTERNACIONAIS

Ações são compradas e vendidas em todo o mundo essencialmente pelas mes-


mas razões, assim os princípios da análise técnica podem ser aplicados a qualquer
mercado de ações. Infelizmente, o grau de sofisticação de relatórios estatísticos
de muitos países não permite o tipo de análise detalhada disponível nos Estados
Unidos, embora as coisas estejam melhorando rapidamente. Mesmo assim, épos-
sível obter dados sobre preço, respiração e volume para a maioria dos países. As
informações sobre grupos industriais e taxas de juros também estão amplamente
disponíveis.
Neste capitulo, vamos nos concentrar em tendências de longo prazo para o
propósito de obter perspectiva, mas a anáise pode ser facilmente utilizada para
identificar tendências intermediárias e de curto prazo.

Identificando Tendências Primárias Globais

O gráfico 33.1a mostra o Morgan Stanley Capital International (MSCI) World


Stock Index que é construído a partir de uma seleção de ações blue-chip de mui-
tos países diferentes ponderadas por capitalização.
Esta série foi ajustada para dölares norte-americanos e é amplamente divul-
gada na imprensa financeira. Outros índices mundiais publicadas pela Dow Jones
eo Financial Times pode ser adotado na análise, mas o MSCIfoi escolhido por
causa de sua extensa história que remonta à década de 1960. Em adição, índices
MSCI estão disponíveis para investimento direto num país individual e fundos
negociados em bolsa (ETFs) regionais, como é o Indice Mundial (símbolo ACWI)
Análise Técnica dos Mercados de Ações Internacionais 695

GRAFICO 33.1a MSCI World Stock Index, 1964-1992, Mostrando Ciclos de


Fundos de 4 Anos

MSCI World Index

Fonte: pring.com

em si. O Indice Mundial é um bom ponto de partida para analisar as tendências


cíclicas dos vários mercados de ações, assim como o S&P Composite pode ser
usado como um ponto de partida para o mercado dos EUA. Isso ocorre porque
os mercados de ações ao redor do mundo tendem a se mover na mesma direção
assim como a maioria das açöes dos EUA reflete a tendência primária do S&Pa
maior parte do tempo. De um modo geral, as melhorias na tecnologia e comu-
nicações quebraram padrões geográficos e operacionais, e os países tornaram-se
mais interdependentes, com o resultado que os seus mercados de ações e ciclos de
negócios são agora mais intimamente relacionados do que costumavam ser. Um
salto gigante nessa direção pareceu ter ocorrido após colapso de 1987, no qual
todos os mercados participaram numa base sincronizada. Isto foi posteriormente
reforçado quase 10 anos mais tarde, quando o chamado "colapso asiático reper
cutiu em todo o mundo. A introdução dos fundos mútuos fechados e abertos de
um mercado internacional especifico no início da década de 1980 e 1990 e sua
expansão baseada nos Estados Unidos no início da década do século atual é um
exemplo marcante do crescente sentimento de consciência internacional. Há ex-
ceções, porém, porque é possível para economias diferentes que estejam em um
estado diferente de expansão do que outros. Um exemplo pode ser o desempenho
696 Parte I1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

dos vizinhos Grécia (símbolo ETF GREC) e Turquia (TUR) no período 201la
2012, período em que a economia Grega foi recuando e econonmia Turca foi ex-
pandindo. Como resultado das variações nas situações económicas, financeiras
e politicas de longo prazo entre os países, um bom mercado de alta mundial em
ações pode ser breve ou quase inexistente para um país sofrendo distorções finan-
ceiras, tal como Hong Kong entre 1986 e 1990. O desempenho de um país tam-
bém pode variar devido a maquiagem de mercados específicos. Por exemplo, os
índices suecos e finlandeses tiveram um desempenho excelente no final da década
de 1990, porque foram dominados por empresas de tecnologia. Os países com
recursos naturais substanciais, como o Canadá (EWC) ea Austrália (AET) têm
um bom desempenho quando os preços das commodities estão subindo e assim
por diante. Um fator adicional é proveniente da demografia. As regiðes e os países
com uma pirâmide populacional desviada para as pessoas mais velhas (Europa
e Japão, por exemplo) têm uma desvantagem inerente, comparando com países
como a Indonésia, India, Turquia, etc., cuja populaço é desviada para as pessoas
mais jovens, onde as características de crescimento tais como a formação da famí-
lia, os gastos dos consumidores, e assim por diante são muito mais dominantes.
Os Gráficos 33.1a eb mostram a existência do ciclo internacional de 4 anos,
como indicado pelas setas. Os fundos em 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986,

GRAFICO 33.1b MSCI World Stock Index, 1992-2012, Mostrando Ciclos de


Fundos de 4 Anos

MSCI World ETF (ACWI) Spliced

w
. Fonte pring.com
Análise Técnica dos Mercados de Ações Internacionais 697

1990, 1994, 1998, 2002 são todos separados por aproximadamente 4 anos. Digo
aproximadamente, uma vez que, os fundos reais não caem no mesmo mês. O "fun
do" de 1986 foi quase inexistente e era essencialmente uma faixa de variação. Isso
demonstrao fato de que, em um mercado de alta secular, como na década de 1980,
a mínima do ciclo não é tanto um fundo como um ponto de compra antes de mais
ganhos. O mesmo aconteceu em 1994, em que a correção para os lados era mais
evidente, as "mínimas" do ciclo de 4 anos nos anos de 2006 e 2010 também propor-
cionaram boas oportunidades de compra. A razão pela qual este ciclo funciona é
porque os preços globais das ações giram em torno do ciclo de negócios de 4 anos.
A prova parcial disso é mostrada no gráfico 33.2, que compara o ACWI com um
derivativo de amplitude adequada como o da Organization for Economic Coopera-
tion and Development (OECD). Esse derivativo é um simples oscilador de 1/15 do
preço. A linha pontilhada é uma média móvel (MM) de 1 período daquele derivati-
vo que avançou 3 meses. As setas sólidas indicam quando o derivativo cruza acima
da sua média móvel avançada de uma posição abaixo de zero. As linhas tracejadas
indicam a mesma coisa, mas apontam aquelas ações que não responderam posi-
tivamente às condições de expansão econômica de uma forma normal. Um dos
motivos de utilizar o cálculo do derivativo do oscilador de preço é que os dados são

GRAFICO 33.2 MSCI World ETF (ACW), 1984-2012 e um Indicador


Econômico Global

MSCI Worid ETF (ACWI) Spliced

OECD LEI Momentum

Fonte: pring.com
698 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 33.3 MSCI World ETF (ACWI) Continuo, 1966-2012 e um KST de LP

MSCI World ETF (ACWI) Spliced

As linhas mais claras mostram quando


o preço está abaixo da MM12 e o KST
abaixo da sua MM

KST de longo prazo

Fonte: pring.com

reportados com um atraso de um período de tempo de 2 meses, de modo que esta


técnica permite que o indicador reverta mais cedo, do que de seria o caso.
O Gráfico 33.3 mostra o MSCI World ETE emendado ao índice corrente an-
tes de sua listagem. Também está incluído no gráfico o Know Sure hing (KST) de
longo prazo. O traçado claro indica os períodos em que o KST está abaixo de sua
MM de 9 meses e o preço do ETF também está abaixo da sua MM de 12 meses.
Como você pode ver, este sistema teria contornado todas as principais tendências
de baixa. E também acionaria vários sinais talsos e negativos, como indicado
pelas
pequenas setas tracejadas. A MM de 12 meses foi utilizada no modelo, porque os
sinais de cruzamentos são um dos mais confiáveis ao longo da história do índice.
Omodelo, portanto, oferece uma indicação objetiva quanto ao fato dos preços de
ações globais estarem em um mercado primário de alta ou de baixa.

Novas Altas/Baixas e Îndices de Difusão

O Índice Mundial também pode ser utilizado com novos dados de altas
O gráfico 33.4 foi construído utilizando o popular programa MetaStock.
líquidas.
Andlise Técnica dos Mercados de Ações Internacionais 699

GRAFICO 33.4 MSCI World ETF (ACWI) Contínuo, 1996-2012 e um


Oscilador de Novas Altas Líquidas

MSCI World ETF (ACWI) Spliced

Nova Alta Liquida (13/5)

2211 e2

Fonte: pring.com

Neste caso, as novas altas e baixas são calculadas para uma cesta de mercados de
ações individuais. Em vez de um período de tempo normal de 52 semanas, eu escolhi
um período de 13 semanas e suavizei os dados com uma média móvel simples de 5
semanas. Treze semanas, certamente, um trimestre de um ano e parece funcionar
bastante bem. As setas indicam os sinais que acompanham a direção da tendência
primária a ser determinada com o beneficio da retrospectiva. Assim, por exemplo,
as reversões para cima são geradas apenas quando o indicador cai abaixo de zero ou,
como no caso de 2005, muito próximo de zero durante os mercados de alta primá-
rios. De forma semelhante, os sinais de venda nos mercados de baixa são sinalizados
com as setas tracejadas e somente podem se desenvolver quando essas reversões se
desenvolvem a partir de uma posição acima de zero. As áreas sombreadas sinalizam
dois mercados se baixa que se desenvolveram durante o período de 1997 a 2012 re-
presentadas no gráfico. O gráfico 33.5, por outro lado, chama a atenção para o fato
de que os sinais contraa tendència tem uma probabilidade muito menor de sucesso.
Novas baixas são apresentadas no gráfico 33.6. Os dados traçados são, de
fato, uma MM de 4 semanas de uma cesta de índices individuais de cada país to
cando uma nova baixa ao longo de um período de tempo de 13 semanas. As linhas
horizontais mostram dois níveis de tolerância. Durante um mercado de alta, uma
700 Parte IIl: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 33.5 MSCI World ETF (ACWI) Contínuo, 1996-2012 e um


Oscilador de Novas Altas Líquidas

MSCI World ETF (ACWI) Spliced

Nova Alta Liquida (13/5)

Fonte: pring.com

GRAFICO 33.6 MSCI World ETF (ACWI) Continuo, 1996-2012 e um


Indicador de Novas Baixas Líquidas

MSCI World ETF (ACWI) Spliced

Novas Baixas Líquidas (13/4)

Fonte. pring.com
Análise Técnica dos Mercados de Ações Internacionais 701

GRÁFICO 33.7 MSCI World ETF (ACWI) Contínuo, 1969-2012 e um


Indicador de Difusão Mostrando Sinais de Compra

MSCI World ETF (ACWI) Spliced

Difusão (24)

9 70 2 73 74 75 7 7 79 Jo 1 82 8 4 37 3 9 0 91 2 92 94 95 36 97 e 99 co o1 2 p u o5 05 7 pa o1010 f1 12 h

Fonte: pring.com

reversão a partir da linha inferior aciona um sinal de compra. Durante um merca-


do de baixa, o requerimento é uma reverso a partir da linha horizontal superior.
Mesmo assim, as altas são um tanto insignificante quando comparado com as que
foram mencionadas durante os mercados de alta.
Gráfico 33.7 mostra uma representação diferente
Neste caso, é um indicador de difusão, que mede uma cesta de índices de
países individuais em moedas locais que estão acima de suas MMs de 24 meses.
Operíodo de tempo de 24 meses é usado como uma tentativa de refletir a metade
de um ciclo de negócios de 4 anos (24 meses). As indicações de compra se desen-
volvem quando o indicador reverte a partir de uma leitura abaixo de zeroe cruza
acima de sua MM de 9 meses. Os 11 sinais em um período aproximado de 40 anos
coberto pelo gráfico certamente refletem um conceito de um ciclo de negócios de
4 anos, embora, certamente, não sejão uniformemente espaçados. O gráfico 33.8
mostra exatamente a mesma série de difusão, mas desta vez do lado da venda. Ou
seja, quando o indicador se movimenta acima da zona sobrecomprada e cruza
através da sua MM em seu caminho de volta para a área de equilíbrio. Durante
mercados de alta prolongados, alguns desses sinais resultam em falsos e negativos,
que foram sinalizados pelas setas tracejadas. Observe que em nenhum dos casos
o preço não caiu decisivamente abaixo de sua MM de12 meses. Por outro lado,
esta abordagem mais do que compensou essa deficiência indicando os principais
topos desenvolvidos em 1969, 1973, 1990, 2000 e 2007.
702 Parte IIl: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 33.8 MSCI World ETF (ACWI) Contínuo, 1969-2012 e um


Indicador de Difusão Mostrando Sinais de Venda

MSCI Word ETF (ACWI) Spliced


M

Tip
Difusão (24)
10
***** ***********************
*****7*********************mserw*-*******************" ******************

M
****************** ***********************-****- ....

Fonte: pring.com

Gráfico 33.9 apresenta uma maneira de identificar as reversões das tendên-


cias no MSCI Emerging Market ETF (símbolo EEM). É um indicador de difusão
construído a partir de uma cesta de ETFs de mercados emergentes
O número 40 na legenda se refere ao fato de que estamos observando o nú-
mero dos ETFs de mercados emergentes individuais acima de sua MM de 40 dias,
eo 10 nos diz que o cenário final é uma suavização de 10 dias. As setas sinalizam
quando o indicador sobe através de sua zona sobrevendida. As setas sólidas refletem
sinais de sucesso e as linhas tracejadas sinais positivos e falsos. O mesmo exercício
realizado no gráfico 33.10, masdestavez do lado da venda. Naturalmente, seria
possível construir medidas semelhantes utilizando um periodo de tempo semanal
ou mensal para o objetivo de monitorar as tendências de longo prazo.

Linha de A/D Global

A linha de A/D global no gráfico 33.11é uma linha de A/D diária traçada sema-
nalmente. E construída a partir de ETFs regionais de 20 países. A história cobre
Análise Técnica dos Mercados de Ações Internacionais 703

GRÁFICO 33.9 MSCI Emerging Markets ETF (EEM), 2010-2012 e um


Indicador de Difusão Diária Mostrando Sinais de Compra

MSCI Emerging Markets ETF (EEM)

Difusão (40/10)

2 F 12 Feb Mey A Sep Oct N Dec 22

Fonte: pring.com

GRÁFICO 33.10 MSCI Emerging Markets ETF (EEM), 2010-2012 e um


Indicador de Difusão Diária Mostrando Sinais de Venda

MSCI Emerging Markets ETF (EEM)

Difusão (40/10)

Fonte: pring.com
704 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 33.11 MSCI World ETF, 2007-2012 e Dois Indicadores de Respiração

MSCI World ETF

Linha A/D Global A


->

www

Oscilador A/D (8/30)

A M UASA D2 A A o uD AUASO R 213 AJASO ND 2711A J A OND aau A ASON D AN

Fonte: pring.com

apenas 5 anos de dados, mas está certamente mostrando alguma promessa como
uma ferramenta analítica útil. Ocasionalmente, nos pontos A e B, ocorrem diver-
gências positivas e negativas. No entanto, a sua utilização principal vem do fato de
que a sua ação irregular permite a construção de linhas de tendncia, que quan-
do confirmadas pelo próprio preço, oferecem indicações oportunas de compra e
venda. O indicador no fundo do painelé um oscilador de preços construído pela
divisão de uma MM de 8 semanas da linha de A/D por uma MM de 30 semanas.
Também é possível construir linhas de tend ncia sobre esta série, e vemos as três
mais úteis no gráfico. O indicador também serve para reversões sobrecompradas/
sobrevendidas, mais na identificação de reversões na linha A/D do que para o
próprio preço.

Força Relativa e Momentum

Atualmente existe variedade de formas na qual os investimentos ou as operações


podem ser executadas em mercados específicos. As ações individuais podem ser
adquiridas através de corretores com presença internacional, através do Ameri-
Análise Técnica dos Mercados de Ações Internacionais 705

can Depositary Receipts (ADRs), etc. Nos últimos anos, as Bolsas de Valores da
maioria dos países criaram mercados de futuros sobre índices chave. A
exposição
também pode ser alcançada através de fundos mútuos fechados e abertos que se
especializam em países ou regiões individuais.
o fundo negociado Bolsa, está agora dis-
instrumento mais
popular, em
ponivel para praticamente todos os países do mundo. Algumas famílias do ETF
também incluem fundos setoriais para países individuais. A China e o Brasil säo
apenas dois exemplos.
A chave para selecionar o melhor desempenho em mercados de ações é a
adoção da análise de força relativa utilizando os principios descritos no Capitulo
19. O gráfico 33.12 mostra a linha de força relativa (FR)
para o S&P Composite
versus o MSCI World Index com um KST de longo prazo da mesma série. As re-
versões do KST foram, na sua maioria, sinais oportunos, embora em vários casos,
teria sido mais aconselhável esperar por uma confirmação da linha de tendência,
como podemos ver, por exemplo, no confuso período 1990 a 1992. De um modo

GRAFICO 33.12 FR do S&P Composite versus o ETF Global, 1975-2012 e


um KST Mensal de Longo Prazo

Força Relativa do S&P Composite

Penetração Falsa

21

FRKST LP

Fonte: pring.com
706 Parte IIl: Outros Aspectos da Análise do Mercado

geral, a abordagem de confirmação da reversão da linha de tendncia do KST


funcionou muito bem. No entanto, em 1987 e 2009, esta abordagem resultou em
alguns violinadas desagradáveis. Ambas as situações foram envolvidas com con-
sideráveis liquidações globais, de modo que a alta relativa refletiu uma corrida
temporária para (relativa) segurança.
O gráfico 33.13 mostra a mesma disposição para o Nikkei. A fim de fazer
uma comparação relevante, o Nikkei foi ajustado para dólares americanos. A parte
mais impressionante do gráfico encontra-se em dois períodos distintos de ambos
os lados, de 1990: uma alta secular antes dessa data e uma baixa secular depois.
As diferentes características do KST relativo no fundo do painel também são evi-
dentes, com a alta secular raramente caindo abaixo de zero e nunca para uma
condição sobrevendida, enquanto o oposto era verdade para o período após 1990.
O grañico também demostra o poder das linhas de tendència longas quando são
violadas, porque ambos os rompimentos das linhas de tendência tracejadas mar-
caram o início de um longo período de deterioração. Ao deixarmos o gráfico,
a série corrigida pelo dólar estava tentadoramente próxima de um rompimento
para cima após 20 anos. Não somente aquela linha de tendència de baixa de 1990-
20?? Muito longa, mas tinha sido tocada ou aproximada em inúmeras ocasiðes.

GRAFICO 33.13 Nikkei Ajustado pelo Dólar, 1966-2012, e 2 Indicadores FR

Nikkei (Ajustado $)
- -

Linha FR

FR do KST LP

Baixa Secular

Alta Secular

Fonte: pring.com
Análise Técnica dos Mercados de Ações Internacionais 707

Isso significa que quando ela é eventualmente violada, o mercado de ações japo
nës deve, pelo menos em termos nominais, passar por um grande movimento.
Digamos que foi o que aconteceu, mas no foi acompanhado pela linha de força
relativa. Nesse caso, isso significaria que o dinheiro era para ser feito em ações
japonesas, mas o capital poderia ser aplicado de forma mais eficiente em outros
lugares.
gráhco 33.14 mostra o índice DAX alemão, juntamente com sua taxa de
mudança (ROC) de 18 meses. Os novos recruzamentos de uma condição sobre-
comprada têm um histórico de oferecer sinais de venda de tendência primária ao
longo de 60 anos. Certamente não são perfeitos, como as duas setas tracejadas
apontam, mas em geral, os rompimentos para baixo no nível de +50% oferece
sinais razoavelmente consistentes. Observe também o movimento acima do nível
200% em 1960, citado no capítulo 23 como um sinal de um topo secular. Real
mente, foi porque o DAX não alcançou o seu topo de 1960 por 24 anos. Neste
exemplo, a baixa secular passou por um declínio inicial acentuado, e foi seguido
por uma taixa de negociação durante várias décadas, não muito diferente da baixa
secular do preço de ouro, após 1980.

GRAFICO 33.14 Index Dax, 1950-2012, e um ROC de 18 meses

German DAX Index

24-years

ROc (18)

ETTI
Fonte: pring.com
708 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Análise Individual da Respiração de Países

Os dados da respiração são agora publicados em muitos países, mas em muitos


casos, aslinhasde A/D parecem ter um viés de baixa, provavelmente porquemui
tas ações incluídas nos números de respirações são altamente iliquidas. Por este
motivo, eu prefiro produzir meus próprios dados selecionados a partir de uma
cesta de ações que refletem a ampla participaço da indústria em cada país. Infe-
lizmente, o espaço é limitado neste livro, portanto, somente apresento o assunto
Superficialmente. Eu certamente aconselho aos leitores de países emergentes a fa-
zer experiências com algumas das ideias expressas aqui e no Capítulo 27.
O Gráfico 33.15 ilustra a linha de A/D Brasileira construída a partir de 30
Ações Lideres da Bovespa.
Voce pode ver como foi possível construir linhas de tendência, tanto para
este indicador como para o índice brasileiro, o Bovespa, e observar as divergên-
cias. No ponto Al duas coisas estão acontecendo. Em primeiro lugar, a linha de
A/D faz uma nova alta, mas a Bovespa não. Isso geralmente é um fenómeno altis-
ta, e nornmalmente esperaríamos que a Bovespa seguisse para a alta. No entanto,

GRAFICO 33.15 Bovespa, 1999-2012, e uma Linha A/D Brasileira

B000
Bovespaa T000

4000
-3000
A1
A2 -2000

-
1000

-2000
1900
Linha A/D Diária Brasileira 1800
1700
600
150

-1400
1J00
1200
1100
000

C O
TTTO0T2001T
Fonte: pring.com
Análise Técnica dos Mercados de Ações lnternacionais 709

na análise técnica, uma discrepância é uma discrepância, então quando ambas as


linhas tracejadas da tendência para cima são
violadas, é respeitar 1Sso, preciso e
como você pode ver, ambas as séries caíram. Com o passar do tempo, a força da
linha de A/D estendeu, quando a linha formou um padro cabeça e ombros de
reversão, mas o preço tendeu para baixo. Observe os dois rompimentos da linha
de tendência em A2. Finalmente, no
topo de 2008, é a vez da linha A/D ser mais
fraca, como você pode ver pelas duas pequenas setas. Então, ambas as séries em
B violaram as linhas de tendência primária de alta e um mercado de baixa foi
sinalizado em B. Observe como a linha ficou defasada do Bovespa no fundo do
mercado de baixa. Isso não nos diz muito, na medida em que é normal para os
indicadores de respiração atrazarem em relação ao índice do mercado.
O gráico 33.16 mostra a razão de A/D de 45 dias.
Este parâmetro relativamente de longo prazo significa que o indicador re-
flete as tendências intermediárias
é muito deliberado na sua
trajetória. Por con-
e
seguinte, são mais propensos a permitir a construção da linha de tendência. O
ponto A é especialmente interessante porque o oscilador estava claramente em
num modo construtivo, quando estava passando
por muitas divergências positi-
vas como preço durante
agosto e na maior parte de setembro. Então a razão rom-

GRAFICO 33.16 Bovespa, 2008-2009, e um 0scilador da Respiração Brasileira

Bovespa
-S500

-500

Razão A/D 45 dias T


* * e * * * * * ****** ***********************"**************

********** :

****** * * * * * * * * * *****"*

o09 Februy y une Augu


Fonte: pring.com
710 Parte II1: Outros Aspectos da Análise do Mercado

peu abaixo de sua linha de tendência de alta e o Bovespa rompeu para um novo
fundo. Isto éo que eu chamo de um colapsodestrutivo, quando um movimento
potencialmente muito altista é rompido pelo indicador de momentum. Essas situ-
ações são tipiícamente seguidas por um declínio acentuado, que muitas vezes aca-
ba porser o último para o movimento. Nos pontos B, CeD, vemos rompimentos
conjuntos de linha de tendência, que são então seguidos por uma alta de algum
tipo. Aquela em B foi uma fraca porque a formação da base não estava realmente
completa nesse ponto.
O Gráfico 33.17 apresenta uma linha A/D desenvolvida para o mercado in-
diano porque a National Stock Exchange publicou dados que resultaram em um
viés de baixa e, portanto, não é útil para fins analíticos. O gráfico 33.17 também
mostra um oscilador de 65 dias. Quando todos os très indicadores rompem a
tendencia, há uma maior probabilidade de que os sinais serão válidos. Isto foi
certamente uma verdade para aqueles acionados em A, C, e D. Osinal em B foi
pouco mais problemático porque se desenvolveu sob o contexto de um torte
mercado primáio de alta no período de 2003 a 2008. Como resultado, o declinio
foi bastante assustador, mas relativamente breve.
Os indicadores de difusão, certamente, são outra possibilidade. A este res-
peito, o gráfico 33.18 apresenta um indicador que monitora uma cesta de ações

GRAFICO 33.17 0 Nifty, 2005-2006, e dois Indicadores de Respiração

Nifty

B F3000

F2500
A C
D 2000

170
Linha de AD Indiano do Pring

Osciladorde Preco (65)


************ **** * ******
nssms oe*m************** *****

C--lce.

* * * * * * *
********
**********

Fonte: pring.comn
Andlise Técnica dos Mercadosde Ações Internacionais 711

GRAFICO 33.18 0 Saudi Geral, 2006-2008, e um Indicador de Difusão Saudi

Saudi General 1500


1400
F1300
1200
F1100
100

.. ***.
**

700

Difusão (40/10)

**** ******- ---


10

n Aug p 07 F " yn g p a Nov pec 2008 Feb ar Apr yun


Fonte: pring com

sauditas que estão acima de suas MMs de 40 dias. As setas sinalizam os cruza-
mentos sobrevendidos e sobrecomprados, os sinais que se espera que tenham um
efeito para 4 a 6 semanas. Na maioria dos casos, este é o caso. Por vezes, estes si-
nais de compra se revelam prematuros, como podemos ver pelas duas elipses. No
entanto, na maioria dos casos, não existe a possibilidade de construir uma linha
de tendência e esperar que seja violada como uma
confirmação.
Finalmente, uma técnica adequada para qualquer mercado é calcular o nú-
mero de ações numa cesta selecionada em que o KST intermediário está abaixo
posições de inverno e primavera) de zero. Quando essa série reverte de uma lei-
tura alta, indica que muitas ações estão se movendo para a fase de marcação, ou
seja, o inicio de uma nova tendência de alta intermediária. Este tipo de atividade,
por conseguinte, oferece uma indicação de uma posição técníca forte. Certamen-
te, também é possível realizar a mesma operação utilizando a divergência conver
gência da média móvel (MACD) ou um estocástico.
O gráfico 33.19 mostra esse tipo de exercício baseado em uma cesta de
ações
indianas comparada ao principal índice de mercado Indiano, o Nifty. Neste caso,
o número 8 na legenda nos diz que os dados brutos foram suavizados com uma
MM de 8 semanas.
712 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 33.19 0 Nifty, 2004-2009, e um Indicador de Momentum

F6000
Nifty

2s00
2000

F1500

Ações Indianas no Inverno & Primavera (8)

2006 2007 2009

Fonte: pring.com

Sumário

1. Existe um ciclo definido de 4 anos no Mercado de ações.


2. As recentes inovações tecnológicas e outros fatores levaram a uma relação
muito mais estreita entre os mercados de ações ao redor do mundo.
3. Os indices de difusão, as novas máximas líquidas e outros indicadores base-
ados na respiração do mercado incorporam índices de países individuais que
podem ser usados para identificar a reversão das tendências no Indice Mun-
dial.
4. A força relativa é a melhor ferramenta para identificar os mercados que são
suscetíveis de superar ou não os indices de ações mundiais.
34

SISTEMAS AUTOMATIZADOS
DE NEGOCIAÇÕES

Nas últimas décadas, houve um aumento considerável na utilização de compu-


tadores pessoais para efeitos de análise técnica. Não surpreende que, isso tenha
incentivado muitos traders e investidores a utilizar os seus próprios sistemas me
cânicos ou automatizados de negociação. Estes sistemas podem ser muito úteis,
desde que não sejam adotados como substitutos para avaliar eponderar. Ao longo
deste livro enfatizei que a análise técnica é uma arte, a arte de interpretar inúme
ros indicadores diferentes e confiáveis cientificamente comprovados. Eu acredito
que os sistemas mecânicos de negociação devam ser utilizados de duas maneiras.
O método preferido éa incorporaço de um sistema de negociação mecânico bem
estruturado para alertar o trader ou o investidor que uma reversão de tendência
provavelmente ocorreu. Neste método, o sistema mecânico de negociação é um
filtro importante, mas representa apenas mais um indicador no processo de toma-
da de decisão global. A outra forma, em que um sistema mecânico de negociação
pode ser utilizado é tomar medidas a cada sinal. Se o sistema for bem estruturado,
deve gerar lucros a longo prazo. No entanto, se você escolher qual sinal a seguir
sem outros critérios técnicos independentes, você corre o risco de tomar decisões
emocionais, perdendo assim o principal benetficio da abordagem mecânica.
Infelizmente, a maioria dos sistemas mecânicos de negociaço são baseados
sobre dados históricos e são construídos a partir de um ajuste quase perfeito com
o passado, na expectativa de que a história se repita no futuro. Essa expectativa
não vai necessariamente ser satisteita, porque as condiçöes de mercado mudam.
Um sistema mecânico bem estruturado e com grande capacidade de desempenho,
no entanto, deve funcionar razoavelmente bem.
714 Parte l: Outros Aspectos da Análisedo Mercado

Principio Técnico Fundamental: É melhor conceber um sistema menos


perfeito, porém que reflita mais precisamente as condições de mercado.

Lembre-se que vocé está interessado em lucros futuros, nao em simulaçóes


históricas perfeitas. Se regras especiais tèm que ser inventadas para melhorar os
resultados, as chances são de que o sistema não funcionará com èxito, quando for
utilizado em condições futuras do mercado.

Vantagens de Sistemas Mecânicos


Uma das grandes dificuldades de colocar a teoria em prática é que um novo fator,
emoção, entra em cena assim que o dinheiro for investido no mercado. As seguin-
tes vantagens, portanto, assumem que o investidor ou trader vai seguir os sinais
de compra e de venda de forma consistente:

.Uma das principais vantagens de um sistema mecanicoé que ele decide


automaticamente quando vai agir; isto tem o efeito de suprimir a emoção
eo preconceito. A notícia pode ser ruim, mas quandoo sistema se movi-
menta de forma positiva, uma conmpra é feita automaticamente. De forma
semelhante, quando parece que nada pode parar a subida do mercado o
sistema irá substituir todas as emoções e preconceitos possiveis e silen-
ciosamente tirá-lo da negociação.
A maioria dos trades e investidores perdem no mercado porque não tèm
disciplina. A negociação mecânica requer apenas um aspecto da discipli-
na: o compromisso de seguir o sistema.
Um sistema mecânico bem definido dará maior consisténcia aos lucros,
do que um sistema em que as decisões de comprae venda são deixadas
para o indivíduo.
Um sistema mecânico vai deixar os lucros crecerem no caso em que ocor-
ra uma forte tendência de alta, mas limitará automaticamente as perdas
se um sinal de violinada ocorrer.
.Um modelo bem concebido irá permitir que o traderou o investidor par
ticipe na direção de cada tendência importante.
715
Sistemas Automatizados de Negociações

Desvantagens dos Sistemas Mecânicos

As desvantagens de utilização de sistemas mecânicos so as seguintes:

Nenhum sistema vai funcionar sempre, e poderá eventualmente haver


longos períodos em que ele irá falhar.
Usar dados anteriores para prever o futuro não é necessariamente uma
abordagem válida, porque o comportamento do mercado, muda frequen-
temente.
A maioria das pessoas tenta obter o melhor ou o melhor ajuste quando da
elaboração de um sistema, mas a experiência e pesquisa nos dizenm que
um melhor ajuste histórico não costuma ser repetido no futuro.
Eventos aleatórios podem facilmente comprometer um sistema mal con-
cebido. Um exemplo clássico ocorreu em Hong Kong durante o colapsoo
de 1987, quando o mercado ficou fechado por 7 dias. Não teria havido
nenhuma oportunidade de sair, mesmo se um sinal de venda tivesse sido
acionado. Realmente, este foi um evento incomum, mas é surpreendente
como muitas vezes situações especiais perturbam as melhores regras.
A maioria dos sistemas mecânicos bem sucedidos, por natureza, são se-
guidores de tendências. No entanto, frequentemente, há períodos prolon-
gados, durante os quais os mercados estäo no modo sem tendência, o que
torna o sistema não lucrativo.
"Testes a posteriori" necessariamente, não vão simular o que realmente
teria acontecido. Nem sempre é possível fazer uma execução no preço
indicado pelo sistema, devido à falta de liquidez, à falha do seu corretor
em não executar as ordens em tempo real, e assim por diante.

Projeto de um sistema bem sucedido


Um sistema bem concebido deve tentar capitalizar sobre as vantagens da aborda-
gem mecânica, mas também deve ser projetado para superar algumas das arma-
dilhas e desvantagens já discutidas. Neste contexto, há oito regras importantes que
devem ser seguidas:

Testes a posteriori em um período suficientemente longo com vários


mercados ou ações. Quanto mais dados puderem ser testados, mais con-
fiáveis, provavelmente, serão os resultados futuros.
716 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Avaliar o desempenho pela extrapolação dos resultados ao longo de um


período anterior. Neste caso, o primeiro passo envolve a criação de um
sistema baseado em dados de um período de tempo específico, como de
1977 a 1985 para o mercado de bonds. O próximo passo seria testar os
resultados de 1985 a 1990 para ver se ou não a sua abordagem teria fun
cionado no período subsequente. Desta forma, ao invés de "seguir cega-
mente" para o futuro, é dado ao sistema a simulação de um teste, mais
completo, utilizando dados reais do mercado.
Defina o sistema precisamente. Isto é importante por dois motivos. Pri-
meiro, se as regras, eventualmente, trazem dúvidas sobre a sua interpre-
tação correta, algum grau de subjetividade irá permear a abordagem.
Segundo, para cada sinal de compra deve haver um sinal de venda, e
vice-versa. Se um sistema foi concebido usando um cruzamento sobre-
comprado, como uma venda, e um cruzamento sobrevendido como uma
compra, pode funcionar adequadamente por algum tempo. Um exemplo
e mostrado na Figura 34.la. Por outro lado, pode haver longos periodos
durante os quais um sinal compensador não é gerado, simplesmente por-
que o indicador não se movimenta para estes extremos. A falha em defi-
nir um sistema que forneça resultados precisos, pode, portanto, resultar
perdas significativas, como mostrado na Figura 34.1b.
Certifique-se de que você tem capital suficiente para sobreviver à a pior
série de perdas. Ao conceber um sistema, é sempre uma boa ideia assu-
mir o pior cenário possível e assegure-se de que você está iniciando com
um capital suficiente para sobreviver a esse período. Neste contexto, vale
a pena observar que os movimentos mais rentáveis, geralmente ocorrem
após um período prolongado de violinadas.
Siga todos os sinais, sem dúvida. Se você confiar no seu sistema, não o
contradiga. Caso contrário, a emoção desnecessária e o comportamento
indisciplinado voltam para o processo de tomada de decisão.
Use uma carteira diversificada. Os riscos são limitados, se você coloca as
suas apostas em vários e diferentes mercados. Se um mercado específico
tem um pior desempenho, do que jamais teve no passado, o resultado
total não será catastrófico.
Opere apenas mercados que mostram boas características de tendências.
Sistemas Automatizados de Negociações . 717

FIGURA 34.1 Cruzamentos Sobrecomprados e Sobrevendidos

Venda Venda

Compra
Compra

(a)

Sell

Venda

Compra Compra

(b)
718 Parte Ill: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 34.1 Madeira, 1985-1989

S/O00
8d. Ft
Alta e Baixa Semanale os fechamentos mais próximos

220

210

200

90

80

70

i60
:50
40

130

*AMJJA SON DUF MAH JJA SON 0JF HAM JJ ASO NOU FNA MJJ As OND JFMA M JAS OND UF

Fonte:CRBWeeklycharts

Durante este período, o preço oscilou numa forma volátil, quase aleatória,
e claramente não serviria para um sistema mecànico de acompanhamento de
tendências. Por outro lado, o índice Commodity Research Board (CRB) Spot Raw
Industrial Materials Index (gráfico 34.2) mostra um exemplo de ambas, uma ten-
dência de preços descendente e ascendente. Embora seja sujeito à confusa faixa de
negociação0, em geral, se movimentou em tendências consistentes.

Mantenha simples. E sempre possível inventar regras especiais para tor-


nar os testes com dados anteriores mais rentáveis. Supere esta tentação.
Mantenha a simplicidade das regras, com um número reduzido, e sensa-
to. Os resultados são mais propensos a ser rentáveis no futuro, quando a
rentabilidade é necessária.
Sistemas Automatizados de Negociações 719

GRÁFICO 34.2 CRB Spot Raw Industrials, 2007-2001

CRB Spot Raw Industrials

Fonte: pring.com

FIGURA 34.2 Equilíbrio entre Periodicidade e Sensibilidade

Violinada

MM de curto prazo

Risco
Máximo MM de longo prazo

XXXXXx xXX xxxX***


720 Parte III: Outros Aspectos da Análise do Mercado

FIGURA 34.3 Cruzamentos de MM em Mercados sem Tendência

Prego

A MM

Faixa de Negociação e Mercados de Tendência


Existem basicamente dois tipos de condições de mercado: tendência e faixa de
negociação. Um mercado com tendência, como mostrado na Figura 34.2, é cda-
ramente adequado para os cruzamentos da média móvel (MM) e outros tipos de
sistemas seguidores de tendências.
Neste tipo de situação, é muito importante definir o risco, uma vez que, uma
MM é uma compensação entre a volatilidade e a sensibilidade. Na Figura 34.2, a
distância máxima entre a MM de curto prazo, mostrada quando a linha tracejada,
e as séries, mostradas como a linha sólida, é o risco máximo. Infelizmente, a MM
de curto prazo se vira de direção rapidamente e dá vários sinais falsos. Embora
o risco de negociações individuais definidas pelo cruzamento desta MM seja pe-
queno, as chances de sinais não rentáveis são muito maiores. Por outro lado, uma
MM de longo prazo, mostrada pelos Xs, oferece um risco máxinmo maior, mas
poucas violinadas.
As MMs, como mostradas na Figura 34.3, são praticamente inutilizáveis
num mercado dentro de uma faixa de negociação, uma vez que se movimentam
bem no meio das flutuações de preços e quase sempre resultam em sinais não
rentáveis. Os osciladores, por outro lado, podem ser adequados num mercado de
faixa de negociação. Estão continuamente se movendo de um extremo sobrecom
prado a outro sobrevendido,provocando sinais de compra venda oportunas. Du-
rante uma tendência de alta ou de baixa persistente, o oscilador é relativamente de
pouco uso, porque fornece sinais de compra e venda prematuros, frequentemente,
levando o trader a sair no início de um grande movimento. O sistema automati-
Sistemas Automatizados de Negociações. 721

FIGURA 34.4 Relação entre Lucros e Risco por Transação baseado em


Oportunidade

Sobrecomprado - sobrevendido

Extremamente Moderadamente Levemente

Lucro por operação

Risco por operação

Oportunidades

Fonte: Perry Kaufman. New CommodityTrading systems, John Wiley and Sons Inc NY 1987

zado ideal, por conseguinte, deve incluir uma combinação de um oscilador e um


indicador de acompanhamento de tendência.
O risco e recompensa dos sinais do tipo oscilador gerados a partir de extre-
mos sobrecomprados e sobrevendidos são mostrados em forma de diagrama na
Figura 34.4.
O número de potenciais oportunidades de negociações é representado no eixo
horizontaleo risco no eixo vertical. Existem poucas situações em que um oscilador
está extremamente sobrecomprado ou sobrevendido, mas estas são as ocasiões em
que o lucro por transação é maior, e o risco é menor. Condições sobrecompradas
moderadas são muito mais abundantes, mas os lucros são mais baixos e o risco é
maior. Levadas ao extremo, as condições ligeiramente sobrevendidas ou sobrecom-
pradas são extremamente numerosas, mas o risco por transação é muito maior e os
lucros são consideravelmente mais baixos. Idealmente, um sistema mecânico de ne-
gociação deve ser concebido para tirar proveito de uma situação em que os lucros por
transação sejam elevados e o risco seja baixo. A criação de um bom sistema, portan-
, requer algum grau de paciência, pois estes tipos de oportunidades são limitados.
722 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Os Pontos de virada nas tendncias de preços são muitas vezes precedidos


por uma divergência no oscilador, por isso é adequado combinar sinais de leituras
extremas do oscilador com algum tipo de cruzamento de MM. Isso não vai resul-
tar em um indicador perfeito, mas pode ajudar a filtrar algumas violinadas.

Orientações para a avaliaço de resultados

Quando os resultados da simulação de um sistema mecânico estão sendo revis-


tos, há uma tendência natural de olhar para a linha de fundo para verificar qual
sistema teria gerado mais lucros. No entanto, os melhores resultados nem sempre
indicam o melhor sistema. Os motivos para isso são os seguintes:
E possível que a maior parte, ou a totalidade, do lucro foi gerado por um
sinal. Se assim for, isto significa que as chances de geração de bons lucros
pelo sistema seriam menores no futuro, uma vez que não teria consistên-
cia. Um exemplo de um sistema inconsistente é mostrado na Tabela 34.1
que representa os sinais gerados pelo cruzamento da MM de 10 dias de
n oscilador que foi construido pela divisão de uma MM de 30 dias por
uma MM de 40 dias (um tipo de convergência divergência ou MACD da
média móvel). O mercado que estava sendo monitorado era o de Hong
Kong durante o período 1987 a 1988. O sistema teria ganhado cerca de
1.200 pontos, em comparaço com uma abordagem de comprar-manter,
que teria perdido 800 pontos. No entanto, este excelente ganho teria real
mente resultado em uma perda, se não fosse pelo fato de que um sinal de
venda a descoberto ter ocorrido pouco antes da crise de 1987.
Outra consideração envolve a identificação da pior série de perdas (a
maior retração). Afinal, não é bom ter um sistema que gere um grande
lucro de longo prazo, se você não tiver capital suficiente para enfrentar
um período adverso. Há duas coisas a procurar a este respeito: a série
de sinais de perda e o montante máximo perdido durante estes períodos
adversos.
Um sistema que gera enormes lucros, mas requer um número significa-
tivo de transações é menos provável de ser bem sucedido no mundo real
do que é um sistema baseado em um número moderado de transações.
Isto é verdade porque, maior o número de transações executadas, maior
o potencial de derrapagem pela falta de liquidez e assim por diante. Um
maior número de transações também requer mais tempo e envolve maio-
res despesas de comissão.
Sistemas Automatizados de Negociações 723

NN N
724 Parte ll: Outros Aspectos da Andlise do Mercado

Os Melhores Sinais são Ir com a Tendência

Em praticamente todas as situações, os melhores sinais invariavelmente ocorrem


na direção da tendência principal. É fácil escolher a direção da tendência primária
a posteriori, certamente, mas no mundo real, temos que usar algum tipo de aborda-
gem objetiva para determinar a direção da tendência principal.
Uma ideia poderia ser calcular uma MM de 12 meses e usar a posição do preço
em relação a média como uma base para determinar a tendência primária. O sis-
tema de negociação seria baseado em dados diários e semanais e será colocado em
prática no lado da compra somente quando o índice ficar acima da média; os sinais
venda seriam desencadeados quando estiverem abaixo.
Há duas desvantagens para essa abordagem. Em primeiro lugar, o próprio mer
cado pode estar numa faixa de negociação de longo prazo em que os cruzamentos da
MM não identificam corretamente a tendência primária. Em segundo lugar, a primei
ra subida num mercado de baixa, frequentemente, ocorre enquanto o preço está acima
de sua MM de 12 meses. De fato, o sinal de compra associado a essa alta estaria ope-
rando contra a tendência primária. De um modo geral, no entanto, a maioria das ten-
dências de mercados, e esta abordagem filtrarão muitos movimentos contraciclicos.
Uma alternativa é a utilização de uma série de momentum de longo prazo, tal
como o Know Sure Thing (KST) mensal, calculado junto com os caminhos discutidos
no Capítulo 15. Quando o KST est subindo e o preço está acima de sua MM de 12
meses, um cenário de um mercado de alta é indicado, e todas as negociações seriam
feitas a partir do lado da compra. Quando o KST está caindo e o preço está acima de
sua MM de 12 meses, as chances são de que a tendncia primária esteja no processo
de fazer o seu topo; nenhuma posição seria iniciada. Se voc já teve alguma exposiçâao,
o comportamento do KST de fazer o seu topo indicaria que alguns lucros devem ser
obtidos, mas a liquidação total da posição, provavelmente, seria melhor alcançada por
ocasião de um cruzamento negativo da MM. Uma transação seria acionada apenas
quando o KST e o preço estivessem face a face com a sua MM, de forma consistente.
Por exemplo, quando o KST faz o seu topo e o próprio mercado cai abaixo de sua MM
de 12 meses, um cenário de mercado baixa é indicado e somente negociações no lado
da venda devem ser iniciadas. Se você não tiver acesso ao KST, o MACD, usando uma
combinação 18/20/9 sobre dados mensais, é um substituto próximo.

Uma Técnica Simples Combinando um Oscilador com uma MM

Uma técnica que permite que os investidores aproveitem as oportunidades nos


mercados de tendência e de faixa de negociação seria combinar uma MM e um
oscilador, de tal maneira que os sinais de compra sejam acionados quando o oscila-
dor caiu para um nível sobrevendido predeterminado e o preço subsequentemente
cruza acima de uma MM.
Sistemas Automatizados de Negociações 725

A posição é liquidada se o preço cruzar abaixo da MM. Por outro lado, se o


oscilador cruzar para um nível sobrecomprado antes de um cruzamento da MM,
da posição
parte será vendida reconhecendo a possibilidade de que o mercado
pode estar passando por uma faixa de negociação. A outra parte da posição conti-
nuará a caminhar até que um sinal de venda de uma MM seja disparado.
sobre o potencial de um mercado
Esta abordagem tornará possivel capitalizar
em tendência, mas
alguns lucros ser o realizados no caso em que o comportamento
do mercado subsequente acaba por ser parte de uma faixa de negociação volátil.
Reconhecendo que os osciladores frequentemente divergem em importantes
pontos de virada do mercado, uma alternativa poderia ser a de esperar por ele se mo-
vimentar par um extremo pela. segunda vez, antes de comprar sobre um cruzamento
de MM. As mesmas regras descritas anteriormente seriam utilizadas para a venda.

Exemplos de Mercado

Agora é o momento de dar um exemplo real de um sistema através da combinação


destas duas técnicas. O título que escolhi é um contrato de longo prazo de T-bonds
dos EUA, uma MM, e um oscilador de preço, como mostrado no gráfico 34.3. Um
oscilador de preço foi calculado dividindo-se a MM de curto prazo por uma de
longo prazo. Neste caso, usei a MM de um período, ou seja, o mais próximo da
MM de prazo mais curto e a MM simples del0 dias comoa de longo prazo. A MM
de 10 dias é representada no painel superior com o oscilador abaixo dela.

GRÁFICO 34.3 T Bonds e um Oscilador 1/10

116
114
113
TBonds Continuo B C
T12
111-
110
109-
108
107 B
106 F
106 Oscilador 1/10 Violinada
2.6 D.. E
2.0
1.5
1.0
O5
00 D-
O.5-
1.0
1.5 A
2.0
Jaly Aurust Noptember Oetobor
Fonte: Marin Pring, Trading Systems Explained, Marketplace Books, Columbia Maryland, 2007
726 Parte III: Outros Aspectos da Análise do Mercado

O gráfico 34.3 mostra a forma como o sistema funciona. E realmente muito


simples: comprar quando o preço cruza acima da MM de 10 dias (como faz no
final de julho no ponto A). Em seguida, vender quando ele cruza abaixo da mé-
dia ou quando o oscilador preço atinge um nível pré-determinado específico. O
Oscilador atinge o nível designado sobrecomprado poucos dias depois (B). Neste
caso, eu selecionei a +2e-2 por cento. Isto significa que as linhas sobrecompradas
e sobrevendidas são o equivalente ao preço estando 2 por cento acima e abaixo
da MM de 10 dias. Então, no início de agosto, o preço cruza abaixo da média e
isso inicia um sinal de venda (C). A posiço coberta no final do mês está muito
próxima da mínima real, quandoo oscilador toca a sua zona sobrevendida (D). O
próximo sinal de compra surge num cruzamento da MM no início de setembro
(E). O oscilador nunca teve a chance de passar para o nível de 2%, porque o cruza-
mento da MM veio em primeiro lugar. O próximo sinal de venda é uma violinada,
seguido pela última compra que resultou num pequeno lucro (F).
Otimizei (otimização é a busca sistemática da melhor fórmula de um indi-
cador) este sistema utilizando uma variável para a MM e para o oscilador, e ou-
tro para cada uma das condições sobrecompradas e sobrevendidas. Os melhores
retornos globais foram dados pela combinação 26/2/-4, como você pode ver na
Tabela 34.2. Não foio único que eu finalmente escolhi, no entanto, gosto de ver
níveis idênticos dos pontos desencadeadores das condições sobrecompradas e so-
brevendidas. O motivo para isto resulta do fato de que a sensibilidade do oscilador
às condições sobrecompradas e sobrevendidas depende da direção da tendencia
primária. Num mercado de alta, os osciladores se movem para níveis sobrecom-
prados mais elevados e as altas são geradas a partir dos níveis sobrevendidos
moderados. Se você souber que está num mercado de alta, poderia distorcer os

TABELA 34.2 Resultado da Otimização do Oscilador de Preço de T-Bonds

Lucro Percentual Total Ganhou Perdeu Média OP1 OP2 OP3


6039 160,39 387 126 261 2,6001 26 2 4
5680 156,80 388 137 251 2,2558 26 2 2
5573 155,73 365 131 234 2,2056 28 2
5362 153,62 425 133 292 2,7005 24 2
4968 149,68 426 145 281 2,3202 24 2 2
4452 144,52 365 119 246 2,6470 28 -2
4389 143,89 365 119 246 2,6598 28 2
3052 130,52 387 127 260 2,4372 26 -3
2980 129,80 353 110 243 2,7424 30
2833 128,33 365 118 246 2,4860 28 2
Sistemas Automatizados de Negociações 727

TABELA 34.3 T-Bonds usando a Combinação 28/2/-2, 1981-1998

Lucro Comprar/Manter 1,12 Dias de Teste 6291


%Ganhos/Perdas Comprar/Manter 111,83 % Anual de lucros/perdas CIM 6,40
Total de operações encerradas 365 Comissões pagas 0,20
Lucro médio por operação 0,00 Média dos Lucros/razão média das perdas 2,21
Total de operações de compra 183 Total de operações de venda 182
Operações de compra vencedoras 70 Operações de venda vencedoras 61
Total de operações vencedoras 131 Total de operações perdedoras 234
Quantidade de operações vencedoras 4,15 Quantidade de operaçõeperdedoras -3,36
Lucro médio 0,03 Prejuizo médio -0,01
Maior lucro 0,10 Maior prejuizo -0,06
Comprimento médio das vencedoras 8,05 Comprimento médio das perdedoras 4,52
Maior operação vencedora 21 Maior operação perdedora 8

pontos desencadeadores para cima, e vice-versa. Infelizmente, nunca aprendemos


que a tendência primária reverteu até algum tempo depois. Além disso, se esco-
Ihermos números distorcidos para um cenário de um mercado em alta, o sistema,
definitivamente, vai estar sob pressão, quando um mercado de baixa iniciar. Faz
sentido equilibrar de forma uniforme as condições sobrecompradas e sobreven-
didas. E por isso que escolhi a combinação 28/2/-2. Eu poderia ter escolhido a
combinação 26/2/-2, mas o lucro seria apenas um pouco melhor. A MM de 28
dias gerou poucos sinais, e poucos sinais significam menos chances para erros.
Em face disso, o número de sinais de 234 perdas versus os de 131 ganhos, pa-
rece muito sombrio. No entanto, quando você observa o relatório mais detalhado
da Tabela 34.3, a média de ganhos foi 2,2 vezes maior do que a média de perdas,
o que mostra este sistema funcionou de forma razoável ao cortar as perdas das
vendas a descoberto.
O painel superior do Gráico 34.4 mostra a linha de capital. O valor inicial
de $l aumentou para $2,55. Muito embora, o sistema tenha seguido a abordagem
comprar-manter, não houve um grande prejuízo acumulado nas quedas do topo
ao fundo da ação. O único prejuízo em 1994, de 109% foi o pior. Nada mal, consi-
derando que o ganho de 150% foi alcançado a uma taxa anual de 9,4%.
Outros testes em diversos fundos mútuos fechados, abrangendo os anos de
1980 e 1990 mostraram que a combinação 28/5/-5 de uma MM de 28 dias e um
fechamento dividido por uma MM de 28 dias usando +5 e -5 como pontos que
acionam as condições sobrecompradas/sobrevendidas funcionou de forma bas-
tante consistente.
728 Parte Ill: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 34.4 T-Bonds, 1981-1998, lustrando o Sistema de


Oscilador de Preço 28/2/-2

2.5
Linha do capital

1.5-

1.0T

T-Bonds continuo
w ww w
100
www. m
M

4 5 6 7 B7 0123 5 6 97 9
Fonte: Martin Pring, Trading Systems Explained, Marketplace Books, Columbia, Maryland, 2008

O Sistema do Indicador Triplo


Um importante princípio que deve ser seguido ao criar um sistema que incor
pora vários mecanismos desencadeadores é tera certeza que ele inclui diferentes
indicadores baseados em diferentes períodos de tempo. Os períodos de tempo di-
ferenciados são importantes porque o preço a qualquer momento é determinado
pela interação de vários ciclos de tempo diferentes. Não podemos fazer provisões
para todos, certamente. Se pudermos garantir que há uma boa diferença de pP
riodo de tempo que separa os indicadores utilizados na construção, vamos pelo
menos ter feito uma tentativa de monitorar mais de um ciclo.
Um sistema que eu elaborei no final de 1970 combina um cruzamento de uma
MM com um sinal de dois indicadores de mudança (ROC). Estes são uma MM
simples de 10 semanas, um ROC de 6 semanas, e um ROC de 13 semanas. Assim,
temos dois tipos diferentes de indicadores: a MM seguindo tendências e dois tipos
de oscilador. O sistema também éé composto por três diferentes períodos de tempo.
As regras de compra e venda são muito simples. Comprar quando o preço estiver
acima da MM de 10 semanas e que ambos os ROCs estejam acima de zero. Vender
quando todos os très estão negativos, ou seja, quando os ROCs cruzam abaixo de
zero e o preço cruza sua MM. Os sinais no podem ser gerados a menos que todos
os três concordem. Istoé porque nós queremos ter certeza de que osvários ciclos
refletidos nos trés diferentes períodos detempo estão todos engrenados.
Sistemas Automatizados de Negociações 729

GRAFICO 34.5 Sistema de Libra Inglesa e uma MM de 10 semanas

1.35
1.30
Linha do
$1.19
1.25 Capital para um cruzamento de uma MM de 10 semanas
1.20
1.15
1.10
1.05
1.00

250 Libra

200-

74 s o N D 76 F |M A MUyA S 0 N D76 FMA MJ P ASo N D


Fonle: Marfin Pring, Trading Syslems Explained, Marketplace Books, Columbia, Maryiand, 2008

Originalmente, quando eu apresentei este sistema, foi aplicado à relação i


bra/dólar, porque era um que seguia as tendências de forma muito consistente.
Vamos observar atentamente o gráfico 34.5 para ver como ele funciona, ini-
ciando com um cruzamento de uma MM simples de 10 semanas entre meados de
1974 e 1976. Os sinais de compra são mais uma vez indicados pelas setas
apontan-
do para cima e as posições vendidas por aquelas que apontam para baixo. Ocorre-
ram 13 sinais com um lucro total de $0,19 em um investimento inicial de $1, tanto
do lado da compra, como do lado da venda. Isso se compara com a abordagem
comprar-manter, com uma perda de quase $0,70. Por iniciativa própria, este foi
um desempenho bastante louvável, mas vamos lembrar que para uma parcela sig-
nificativa de tempo, ou seja, a maioria de 1975 e l976, a libra britànica estava em
uma persistente tend ncia de baixa. E verdade que houve inúmeras violinadas
final de 1975 e no início de 1976. Elas podem ser vistas nas duas elipses, mas como
se viu foram de menor importância.
O próximo passo éintroduzir um ROC de 13 semanas. Os sinais de compra e
vendas são disparados quando o ROCde 13 semanas cruza acima e abaixo de sua
linha de referência zero. Esta abordagem, mostrada no gráfico 34.6, proporciona
um ganho liquido de $0,23 com seis sinais. Isto foi melhor do que os resultados
com o cruzamento da MM, visto que, em especial reduziram dramaticamente o
potencial dos violinadas. Mesmo assim, havia um par de violinadas desagradáveis
em 1976.
730 Parte I : Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRAFICO 34.6 Sistema de Libra Inglesa e uma MM de 13 semanas

130 Linha do Capital para o cruzamento de


1.26
1.20 um ROC de 13 semanas Delo zero
1.15
1.10 $1.23
1.05
1.00

200
w
ROC de 13 semanas

74 S o N D75 FMAM JA SO N D76 F MJA MJJ ASO N D


Fonte: Marin Pring. Trading Systems Explained, Marketplace Books, Columbia, Maryland, 2008

O próximo passo é a introdução de um segundo indicador ROC para fil-


trar algumas das violinadas. Um ROC de 6 semanas foi escolhido, principalmente
porque mede cerca da metade do período de tempo da série de 13 semanas
resultado foi uma melhoria de $0,24, mas o número de sinais aumentou para 12.
O ROC de 6 semanas é mostrado no meio da janela do gráfico 34.7.

Colocandos os Indicadores Juntos

Coloquei os três indicadores juntos no gráfico 34.7 para que você possa ver como
a sua integração melhora as coisas. O resultado real foi um ligeiro aumento do lu-
cro durante o teste do ROC das 6 semanas anteriores. Entretanto, o importante foi
que os sinais foram reduzidos para apenas três. Um olhar mais atento ao Gráfico
34.7 mostra que a primeira venda vem em Outubro de 1974, quando o ROC de 6
semanas segue os outros para dentro do territorio negativo. Então, em dezembro, oo
ROC de 13 semanas cruza acima de zero, e isso é seguido de perto por um cruza-
mento da MM. Finalmente, a série de 6 semanas se movimenta acima de zero para
um sinal de compra. Todos os trës, em seguida, se movimentam para o interior de
uma área negativa em abril de 1975. A MM e o ROC de 6 semanas se tornam bai-
xistas simultaneamente, e são então seguidos pela série de 13 semanas. O sistema
permanece baixista durante todo final de 1976. Quase se tornou altista quando o
preço cruzou a sua m dia eo ROC de 6 semanas ficou positivo em Fevereiro de
SistemasAutomatizadosde Negociações731
GRAFICO 34.7 Sistema de Libra Inglesa e Três Indicadores

Libra
200

ROC de 6 semanas

A
ROC de 13 semanas

IL T T T TTTTTT
1974 1975 1976
Fonte Martin Pring. Trading Systems Explained, Marketplace Books, Columbia, Maryland, 2008

1976. No entanto, a série de 13 semanas, que havia sido baixista, agora está altista,
mas a esta altura, a moeda caiu abaixo de sua MM e a série de 6 semanas caiu
abaixo de zero. Como resultado, todos os très indicadores não estavam alinhados.
O mesmo é válido no período julho a agosto de 1976, quando os dois indicadores
ROC se revezam como altistas e baixistas. Este foi um tipo de divergência negati-
va complexa descrita no Capítulo 13. A combinação de todos os três indicadores
funcionou extremamente bem neste cenário.
Melhor é impossível!

Avaliação do sistema

Originalmente esta abordagem foi apresentada no meu livro International Inves-


ting Made Easy (McGraw-Hill, 1981), com alguma hesitação, porque não havia,
obviamente, nenhuma garantia de que iria continuar a operar lucrativamente.
Posteriormente, foi reapresentada na terceira edição deste livro em 1992 com a
mesma condição. O que eu disse foi: "E importante compreender que esta aborda-
gem não vai necessariamente oferecer grandes recompensas no futuro. O exemplo
do sistema British Pound deve ser tratado como exceção e não a regra, mas foi
apresentado para lhe dar um incentivo para experimentar ao longo destas linhas"
732 Parte III: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 34.8 Resultados do Sistema de Libra Inglesa, 1983-1998

2.01 Linha do Capital para o sistema da Libra inglesa

1.5

1.0

200
190
180
170
160
150
140
130
Libra
"
120
110

83 84 5 6 7 8 9 9091 2 93 94 95 96 97 9
Fonte: Martin Pring, Trading Systems Explained, Marketplace Books, Columbia, Maryland, 2008

O sistema continuou a funcionar muito bem, como você pode ver ao analisar
a linha do capital na parte superior da janela no gráfico 34.8. No entanto, estou
feliz que eu usei as recomendações de cautela, porque uma vez que nos movemos
para 1993, o sistema desmoronou. Basta olhar para a linha de capital em declínio
entre 1993 e 2002 no gráfico 34.8. Na verdade, embora fizesse dinheiro nos 10
anos seguintes, o topo das ações de 1993 nunca foi superado. A queda inicial de
ve-se às muitas violinadas decorrentes da faixa de negociaç o que seguiu a queda
para $2,00 em 1993. Isso vai mostrar que mesmo se o sistema funcionasse bem
por 20 anos, como este havia, as condições de mercado podem mudar, ent o você
deve estar preparado para esses casos. Obviamente, não sabemos até algum tempo
depois o fato de que o cenáio do mercado mudou. Existe alguma coisa que pode-
mos fazer para evitar tais situações? Uma possibilidade étraçar uma MM de prazo
prolongado ou uma linha de tendência através da linha da ação.
No Gráfico 34.9, tracei uma MM simples de 300 semanas contra a linha de
capital dos três indicadores do sistema British Pound quando aplicado ao índice
Hang Seng. Utilizei 300 semanas, porque senti a necessidade de que o sistema pas-
sasse por um período bastante longo antes que pudesse ser considerado fora de
alcance. A ideia é quando a linha de capital cruza abaixo da MM algo está seria-
mente errado com o sistema, e deve ser pelo menos temporariamente abandona-
do. Neste ponto, não faria sentido reavalia-lo e ver se ele poderia ser melhorado, e
não quero dizer que através da apresentação de regras especiais poderia impedir
um período ruim. Você também pode esperar até que a linha de capital cruze
Sistemas Automatizados de Negociações 733

GRAFICO 34.9 Sistema de Libra Inglesa Aplicado ao Indice Hang Seng, 1981-2012

Linha do Capital (Sistema Libra)

MM 300 semanas

Hang Seng,

Fonte pring.com

atrás e acima da MM novamente, mas, no caso do sistema British Pound "falhar,


na medida em que a libra estava em causa, mesmo que a abordagem tenha sido
problemática. Infelizmente, essas eventualidades são inevitáveis, que é por isso
que é adequado diversificar entre titulos e sistemas, a fim de reduzir o risco.

Introduzindo um Sistema Intermercado

A Relação

Até agora, acabamos de considerar determinados títulos ou os mercados isolada-


mente, utilizando dados estatisticamente derivados somente daquele titulo. Uma
abordagem alternativa é adotar uma relação intermercado verificada e testada
como uma referência.
Os melhores resultados são frequentemente obtidos desta forma. Uma re-
lação intermercado se desenvolve quando um mercado influencia de forma con-
sistente o outro. O primeiro passo é racionalizar por que essa relação existe, em
primeiro lugar. Talvez a mais básica esteja entre as ações e taxas de juros de curto
734 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

prazo. Isto foi descrito no capítulo 31, onde foi estabelecido que as mudanças na
tendência das taxas de juros de curto prazo lideram os preços das ações.
O que não sabemos é o tempo de espera ou a magnitude da alta subsequente
das ações. A resposta é classificar a tendência dos preços do mercado monetário,
que é o que a taxa de juros de curto invertida na realidade é, com um cruzamento
da MM. Quando uma tendència de alta dos preços do mercado monetário tiver
sido estabelecida, então é hora de observar a tendência das ações para ver quando
vão responder. A lógica é que uma tendência ascendente dos preços do mercado
monetário estabelece o cenário para um mercado de alta nas ações. No entanto,
isto não é confirmado até que o S&%P Composite cruze acima de sua MM. Basta
pensar nisso como algo semelhante a um nadador inconsciente recebendo res-
piração boca-a-boca. Vocè sabe que o tratamento é bom para o paciente, assim
como as taxas descendentes são boas para os preços das ações. No entanto, não
sabemos quanto o tratamento é necessário e se o paciente vai se recuperar até que
seja capaz de respirar por si próprio. Em nossa analogia, o mercado de ações é
mostrado para responder ao tratamento de taxa de juros quando cruza a sua MM.
Aqui está como funciona. Observe o Gráfico 34.10. Em outubro de 1981, o
rendimento invertido do comercial paper cruza acima de sua MM de 12 meses
(mostrados na elipse), indicando que o cenário agora é altista para as ações. No
entanto, o mercado de ações não responde, fazendo o seu fundo em Agosto de

GRAFICO 34.10 S&P Composite, 1980-1988, versus o rendimento d3


3 meses do Commercial Paper

300
260 S&P Composite

200

50 A

3 meses do rendimento do commercial paper (invertido) D


10
B

1981 1982 1983 1984 1985 i936 1O4 T 98


Fonte: pring.com
Sistemas Automatizados de Negociações . 735

1982. Quando o S&P sobe acima de sua MM de 12 meses (A), isso indica que o
mercado está respondendo ao cenário positivo de taxa de juros. Neste caso, o cru-
zamento ocorre em agosto de 1982. Naquela época, as duas tendências estavam
altistas e assim é o sistema. Permanece positivo até que a série se movimenta de
volta abaixo da sua média, que, neste caso, se desenvolveu em Junho de 1983 (B).
Em seguida, se torna altista novamente em janeiro de 1985 (C).
Finalmente, o rendimento invertido cai abaixo da sua média no início de
1987 (D). O mercado continua a subir, mas o sistema não é mais altista. Na maio-
ria dos casos, seria melhor gerar os sinais de venda após o S&P cruzar abaixo
da sua média. Neste caso, porém, o colapso de 1987 acabou antes da média ser
penetrada. Uma vez que o risco aumente quando as séries do mercado monetário
cruzam abaixo da sua média, provavelmente é melhor atuar sobre o sinal em duas
partes. Isso implicaria em tirar a metade da posição, a medida em que, as séries do
mercado monetário fiquem negativas e, então, liquidar o restante quando o S&P
cruzar a sua média.
A Figura 34.5 compara o risco e a recompensa do sistema entre 1900 e 2009
em comparação ao S&xP Composite. O eixo vertical mede a recompensa mensal

FIGURA 34.5 0 Risco de 120% da Regra Risco versus Retorno

%
18
AA Regra dos 120%
16 16.58%)

14

10

8
S&P Composite

6
(6.01%

10 11 12 13 14 15 16 17
Risco (Desvio Padrão)
736 Parte Ill: Outros Aspectos da Análise do Mercado

em uma base anualizada, e o risco é medido no eixo horizontal. Neste sentido, o


risco é medido como a volatilidade. O melhor lugar para qualquer sistema estar
é no canto superior esquerdo, muitas vezes mencionado como o quadrante no-
roeste. Este é o lugar onde a recompensa é alta e o risco ou volatilidade, é baixo.
No caso deste sistema, você pode ver que o risco foi ligeiramente menor do que o
do S&P, mas a recompensa foi substancialmente maior. Na Pring 1urner apital,
chamamos isso de a regra de 120%, porque ela teve um histórico excelente e con-
sistente por mais de 100 anos.
O sistema não diz nada sobre os períodos em que o mercado esteja acima
de sua média e as taxas não estão, uma vez que, estes são os períodos obvia-
mente altistas também. No entanto, uma vez que, as taxa se movimentem para
acima de sua MM de12 meses, existe um perigo real de que a próxima correção
poderia ser a primeira perna de baixa num mercado de baixa. Realmente, mais
cedo ou mais tarde, o $&P Composite irá cruzar abaixo de sua MM, assim, nos
colocando para fora, mas por que correr o risco quando bons retornos e pouca
volatilidade podem ser tidos em condições mais favoráveis? Durante esses pe
ríodos, quando ambos estavam em um modo negativo, a perda anualizada foi
de 9,58%.
Se você for um trader de curto prazo, provavelmente percebe que esta abor-
dagem é pior do que inútil. No entanto, pode ter uma boa utilização, se você per
ceber que quando o sistema está altista, os sinais de venda a descoberto são mais
propensos a resultar em perdas. Eles não estão apenas indo contra a tendência
principal, mas estão ocorrendo em um dos cenários mais positivos de ações que
você pode almejar. Da mesma forma, este conhecimento pode ser utilizado para
assumir posições do lado comprado, quando um sinal de compra de curto pra-
zo é disparado. Eu não vou dizer que correçöes acentuadas nunca vão acontecer
quando esse sistema for positivo, pois houve períodos tais como 1971, quando
de retração muito grande se concretizou. É apenas isso, quando
um
movimento
o sistema for positivo, as probabilidades favorecem fortes altas de curto prazo e
reações violinadas.

Utilizando a Margem

Todos os sistemas aqui descritos foram testados baseados em dinheiro sem mar-
gem. Você pode pensar que faz sentido sair e aplicar em um sistema usando mui-
tas margens. Dessa forma, os ganhos iriam se multiplicar. Na realidade, este não
é necessariamente o caso. 0 gráhco 34.11 mostra um sistema de cruzamento de
uma MM simples de 10 dias sem usar uma margem, e o gráfico 34.12 mostra-o
usando um requesito de margem de 10%. Uma vez que, as negociações iniciais
foram perdedoras, a conta foi dizimada em pouco mais de um ano. Lembre-se: A
alavancagem funciona nos dois sentidos.
Sistemas Automatizados de Negociações 737

GRAFICO 34.11 Fundo de Ouro American Century, 1989-1998

10 Linha do capital para a American Century


Fundo de Ouro (compra e venda, sem
margem)

16
American Century Gold Fund

10

1989 1990 1991 1992 1993 1994 1996 1996 1997 1998
Fonte Marin Pnng. Trading Systems Explained, Marketplace Books, Columbia, Maryland, 2008

GRAFICO 34.12 Fundo de Ouro American Century, 1989-1998

30 Lnha do capdal para a Amencan Century


26 Fundo de Ouro (compra e venda, margem de 10%)
20
1
Adeus captal operacxonal
1.0
0.s

16
Amerncan Century Gold Fund

10 A

1909 1990 1011002 1903 H964 1996 1906 1997 Fi906


Fonte Marin Pring. Trading Systems Explalned, Markotplaco Books, Columbia, Maryand. 2008
738 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Sumário
1. Há duas maneiras em que os sistemas podem ser usados: atuar sobre cada
sinal, sem dúvida, ou usar os sinais como um filtro para que o atual sistema
torne-se mais um indicador na abordagem peso da evidência.
2. A principal vantagem de um sistema mecânico é que ele elimina a subjetivida-
de e incentiva a adoço de disciplina.
3. Nenhum sistema vai funcionar o tempo todo. E importante compreender as
armadilhas de sistemas automáticos, para que possam ser programados.
4. Os sistemas devem ser projetados para ter em conta que existem dois tipos
diferentes de cenário de mercado: faixa de negociação e tendências.
5. Uma vez que, nenhum sistema funciona perfeitamente, ele deve ser testado
exaustivamente antes de ser aplicado no mercado.
6. A utilização de qualquer sistema deve envolver a diversificação para espalhar
o risco em qualquer período onde não operar com sucesso para uma ação
específica.
7. Incorporar uma testada e experimentada relação intermercado dentro do sis-
tema como uma referência cruzada, geralmente, aumentando os resultados.
8. A utilização de margem exagera os resultados, tanto para cima como para
baixo. O desempenho real vai depender da sequência cronológica dos b
maus sinais.
35

PONTOS DE VERIFICAÇÃO
PARA IDENTIFICAR TOPOS
E FUNDOS DO MERCADbo
PRIMÁRIO DAS AÇÕES

Os topos fundos prmårios do mercado såo assuntos evasivos, em grande parte


c

porguc os pontos cm quc caperamos qur eles se desenvolvam sio aqueles que pa
recem ct os mais irmptowavcis no moncnto. Quando a maioria das pessoas tem
sorte o sufhcicnte pars dentifhcar um topo de um mercado de alta, assumem que
os preyos vao cait imncdiatamente. lsto náo e geralmetnte o caso, por causa das nu
metosa tendncias contlitantes neceasarias para o desenvolvimento da verdadeira
distribusgio Este ptoxco de tazct o topo geralmentc requer unm cenário de taixa
de negociaçåo, o quc retlete a tremenda batalha entre os compradorese vendedo
r s Oprifnciro urge no topo c depois o outro. No nonento em que a distribuigdo
tenha sudo concuida, arnbos o laclos estào cagotados. Mesmo que o» vendedores.
ventualmentc. ganhen, a maiof ia perde a sua convicgàu ornginal devido às inú
mctas ubudas falhas qur cles náo anteciparam. Estes avanços se desenvolvem no
àmbito de um cenario de eatreno otimisno, que tambem os tornam anda mais
Convincentes para ujueles que råo pegos vendidos ou que já estáo zerados
Sabemos que as noticias sáo tavoráveis cm topos de mercado, mas quando
um topo tipico cetá a nosaa frentc, o contagio generalizado de otimismo nos en
gana tazcndo ctet qur às condiçóes caperadas ficarâo ainda melhores ) oposto
verdatesro nos tundos A noticia é ruin, mas caperamos que pore antes que os
preços atinjam n seu fundo Alternativarnente, esperamos o inevitável, como as
vitimas traumatizadas de um terremoto esperarm um pós choue funeato Parece
inconcetivel. devido às condiçóes cxistentes e provávris perapectivas, <que os pre
cos vo subir, mas provavelsmente irâo
740 Parte Ill: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Como um passo inicial, e isso se aplica a qualquer ação, é uma boa ideia
fazer uma tentativa de descobrir a posição atual do ciclo, usando dados mensais
calculados a partir de sua curva favorita de momentum de longo prazo suavizada,
por exemplo, o Know Sure Thing (KST), o estocástico (20/14/10), a divergência
convergència de uma média móvel (MACD), etc.
Embora não sejam de modo algum infalíveis, essas séries tèm uma forte ten-
dencia de reverter a direção em torno de onde ocorre um topo ou fundo primário.
Se você encontrar uma reversão ou observar alguma queda, então é uma boa ideia
utilizar as evidências apresentadas por outros indicadores.

Os Mecanismos de um Topo

Um clássico topo de mercado deve envolver uma batalha entre as ações que lide-
ram os ciclos e as que se atrasam, mas também completam o seu ciclo. Quando o
topo inicia, as ações direcionadas por liquidez fazem o seu topo e iniciam o seu
mercado de baixa (veja a Figura 35.1).
Por outro lado, as ações que lideramo ciclo tardio ainda estão nas fases finais
de uma tendência de alta e estão ajudando a empurrar os índices para cima. Se a
força dos setores orientados por lucros supera a fraqueza em outras áreas, os indi-
ces se movem para novas máximas do mercado de alta. Este é o principal motivo
pelo qual as divergências da respiração do mercado são tão predominantes em to-
pos de mercado. Em 1973, o boom de commoditiesprolongou mercado de alta,

FIGURA 35.1 Rotação Setorial do Ciclo

Repique no mercado de baixa


Lideres do ciclo tardio em
para a maioria das ações:
novas Máximas: repique no
mercado de baxa para as algumas ações de ciclo tardio
alcançando seus topos do
outras açöes mercado de alta

Lideres do ciclo prematuro e


alguns outros topos

Lideres do ciclo atingindo seu


fundo, ou experimentando força
relativa superior
Pontos de Verificação para Identificar Topos e Fundos do Mercado Primário das Ações 741

no que se retere aos índices, mas a linha de A/D da NYSE fez o seu topo 9 meses
antes. Em 2000, foi a força sem precedentes em ações de tecnologia, outro setor
atrasado, que impulsionou os índices para cima, mas sob a superficie, os índices
das ações fizeram o seu pico 2 anos antes, em 1998.

O que E um Topo?

O objetivo deste capítulo é oferecer uma verificação das características presentes


num típico mercado de alta ou de baixa. Na realidade, não há pontos de virada
"típicos porque não há duas situações exatamente iguais. No entanto, existem
características suficientes que nos permitem identificar uma trama complexa de
um mercado de alta ou de baixa.
E possível classificar três tipos de topos de mercado. Os mais
importante
os que se desenvolvem depois de um prolongado mercado de alta estendendo-se
ao longo de vários ciclos de negócios. Estes são os pontos de virada seculares des-
critosno Capítulo 23. Por volta da época do pico, é possível identificar algum tipo
de bolha especulativa, frequentemente, concentradas em poucos setores. Nesses
momentosS, as regras antigas são jogadas fora e praticamente todo mundo se torna
um gênio de investimento da noite para o dia. Esses topos são muito difíceis de
ser identificados no momento, porque eles desafiam praticamente toda regra tra-
dicional. Eventualmente, novas regras ou racionalizações são desenvolvidas para
final
justificar subida
a
do
topo ações. Desta forma,
das as avaliações
tradicionais
são ultrapassadas em vários níveis. Técnicas de pesquisa de mercado geralmente
radicais também são ultrapassadas e as divergèncias são tão abundantes que elas
são ignoradas porque não funcionam mais. Finalmente, a posição contrária, ba-
seada na observação do comportamento normal da multidão se revela inútil, pois
a maioria caminha para novos extremos de irracionalidade. As regras antigas são
deixadas de lado e ridicularizadas, quando o pensamento da nova-era é predomi-
nante. O grito de guerra dos compradores quase sempre incutido no mantra que
"desta vez será diferente'. Em todos os casos, o fator de nivelamento que trouxe
os investidores de volta à realidade foi uma boa dose de subida das taxas de juros
de curto prazo. Très destes topos que possuíam, pelo menos, algumas destas ca-
racterísticas se desenvolveram em 1929, 1966, e 2000. O topo secular de 1990 em
ações japonesas também é classificado. Em 1929, as ações perderam cerca de 90%
do seu valor em 3 anos. O mercado de baixa que se seguiu ao topo de 1966 durou
muito mais tempo e consistiu de vários minimercados de alta e minimercados de
baixa. Quando as ações são corrigidas pela inflação, o fundo, medido pelos prin-
cipais índices, não ocorreu até 16 anos mais tarde, em 1982. O topo que foi feito
em 2000 é provável que seja de importäncia semelhante às experiências de 1929
e 1966, uma vez que, muitas das avaliações, sentimentos e características técnicas
citadas no Capítulo 23 estavam presentes.
742 Parte Il: Outros Aspectos da Análise do Mercado

Há realmente dois fatores que fizeram que o mercado de baixa que se se-
guiu fosse tão devastador ou prolongado. O primeiro é um resultado direto da
longa e persistente tendência de alta e cai sob o título "decisões de investimento
descuidadas". E função da baixa para limpar o sistema destas posições mal conce-
bidas e precariamente financiadas. Tal é verdade para todos os topos do mercado.
E apenas muito mais prevalente nesses pontos de virada desses superciclos. Em
segundo lugar, parece que o pêndulo das emoções humanas, o árbitro final dos
preços, se movimenta para um extremo de extremos. Se tal nível é atingido, por
um lado, um extremo de extremos é provável que se desenvolva no outro extremo.
Parece quase como se um pré-requisito para um mercado de baixa enorme seja
um excepcionalmente grande e especulativo mercado de alta.
O segundo topo é o que poderíamos chamar de topo associado à recessão
(TAR). E o mais comum e que se encaixa melhor na descrição da tendência primá-
ria descrita no Capítulo 1. Em tais situações, a reversão de distorções na economia
provocada pela recuperação é suficiente para desencadear uma recessão real onde
os lucros estão sob ataque. Em cada ciclo, o setor responsável pela distorção será
diferente. No início de 1970, a tendência era os bens imóveis; em 1974, o grande
volume de estoques derivados do boom de commodities, foram os principais Cul-
pados. Em 1990 e 2007, o setor financeiro estava sob pressão, e assim por diante.
Uma vez que estes mercados de baixa tipo TAR esto associados à contração e à
recuperação econômica, que demoram para concluir, geralmente duram de 1 a 2
anos, e apresentam uma perspectiva abrangente, podendo ser bastante grave. Um
dos piores mercados de baixa se desenvolve no contexto de um mercado de baixa
secular.
O terceiro tipo de topo precede as chamadas recessões de crescimento ou
topos de ciclos duplos, como descrito no Capítulo 2. São geralmente seguidos por
tendências de baixa mais curtas. As recessões de crescimento envolvem a desace-
leração da economia, mas não uma contração real. Nesse processo, vários setores
industriais passarão por condições de recessão, mas a força em outras áreas irá
compensar esta atividade fraca, para que a economia global escape da indignidade
da palavra "R. Esses setores fracos, portanto, passam por um verdadeiro mercado
de baixa de 1 a 2 anos, enquanto outros simplesmente passam por uma grande
faixa de negociação. As recessóes de crescimento so mais propensas a se desen-
volver durante um mercado de alta secular.
Os exemplos de baixas de ciclo duplo são 1984 e 1994. Outras tendências de
baixa estão associadas a uma desaceleração em alguns dos indicadores econômi-
cos e são precedidos por um nível saudável de especulaç o. Assumem a forma de
correções técnicas graves, mas sao tao dramaticos que a mudança na psicologia
é suficiente para corrigir a maior parte do interesse especulativo. Os declínios
de1962, 1987, e 1998 vêm à mente como bons exemplos.
Todas as características listadas na seção seguinte no aparecem em todos
os topos do mercado, e nem é a sua intensidade da mesma magnitude. Eles são
Pontos de Verificação para ldentificar Topos e Fundos do Mercado Primário das Ações 743

apresentados apenas como um guia para as coisas que temos estar atentos nas
grandes altas.

Características dos Topos dos Mercados Primários

1. Para que um topo de um mercado de alta se forme, deve ser precedido por
um mercado de alta. Assim, deve ser possível olhar para trás e identificar
uma alta de pelo menos 9 meses de duração.

Fatores Monetários e Setores Rotacionais

2. Quase todos os topos do mercado são precedidos por uma tendência de au-
mento das taxas de juros de curto prazo. Os prazos variam de alguns meses
a anos. Se as taxas de juros não começarem a subir, as chances de um topo
são muito reduzidas. Para exemplos, consulte os gráficos 31.la eb no capí-
tulo 31.
3. Cuidado com os aumentos na taxa de desconto. A regra dos "três passos e
um tropeço, discutida no Capítulo 31, foi acionada? Se foi, o processo de
distribuição pode muito bem estar a caminho, e a recompensa pelas ações
possuídas, geralmente é compensado pelo risco.
4. Em muitos casos, os topos de mercado são precedidos por um topo no Indi-
ce Dow Jones Utility. Isto ocorre porque este segmento de mercado é muito
sensível às taxas de juros.
5. A observação do momento relativo de longo prazo para uma seleção das ações
que lideram os ciclos ou que se atrasam, muitas vezes aponta para um topo
do mercado de alta. Isso será verdadeiro se o momentum relativo suavizado de

finanças, serviços públicos e bens não duráveis de consumo


longo prazo para
(alimentos básicos) atingiu o seu topo, há algum tempo. Da mesma forma, uma
característica de um topo de mercado é tanto a força contínua nas ações que
lideram os ciclos ou que se atrasam, tal como ações da indústria de base e de
recursos, ou um topo real de seu momentum suavizado.

Fatores Técnicos

6. Quando as taxas de juros começam a subir, isso afeta negativamente as finan-


ças e as ações preferenciais. Consequentemente, é normal que a linha de A/D
da NYSE faça seu topo antes do Dow Jones Industrial Average (DJLA) e do
s&P Composite. A extensão da divergência, frequentemente, tem um efeito
relacionado ao tamanho do mercado de baixa subsequente.
744 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

7. Se a linha de A/D diária da NYSE ou o Îndice Aritmético da Linha de Va-


lor estiver abaixo de suas médias móveis de 200 dias (MMs), isso indica
que o mercado em geral está, provavelmente, em uma tendência primária
de baixa. Mesmo que o DJIA e o S&P Composite estejam em novas maxi-
mas, esta respiração fraca do mercado está nos dizendo que o mercado
se tornou muito seletivo. Sob tal cenário, é mais difícil encontrar ações
que estejam avançando. Restringindoa exposição das ações, consequente-
mente, faz sentido, porque suas chances de sucesso são menores. O oposto
seria verdadeiro em um mercado em declínio, onde a linha de A/D esteja

avançando.
8. Uma forma alternativa de observar a posição técnica da respiração do mer-
cado são s dados da nova máxima. O número de novas máximas divergiu
com os principais índices? Se não divergiu, isso pode
não
negativamente
ser um topo. Caso sim, então, poucas ações estão conduzindo o mercado

para cima, este é um sinal de fraqueza. Se o número de novas máximas


e
diminuiu consideravelmente, é muito dificil de ganhar dinheiro, porque o
mais difícil.
processo de seleção está se tornando progressivamente
9. O Momentum normalmente conduz o preço, especialmente nos topos do
mercado. Ocasionalmente, é possível identificar topos de vários anos ou
violações da linha de tendncia em vários indicadores de taxa de mudança
(ROC) de longo prazo. Por exemplo, se você puder detectar os rompimen-
tos da linha de tendência em ROCs de 12, 18, e 24 meses, isso indica que os
ciclos que eles refletem estão começando voltar. Quanto mais a tendência
é rompida em diferentes períodos de tempo, mais forte é o sinal. As vezes,
um ROC individual se movimenta entre referências especificas do merca-
do, e estas têm tradicionalmente oferecido um bom timing de importantes
topos ou fundos. Os gráficos 21.5 e 21.6 oferecem algumas referências úteis
para um ROC de 9 meses do S&:P Composite. Certifique-se sempre de que
quaisquer sinais de momentum sejam confirmados por algum tipo de sinal
de reversão de tendência pelo próprio preço.
10. Outra forma em que o momentum pode sinalizar a maturidade de uma ten-
dência de alta é com a utilização de um oscilador de longo prazo suavizado,
tais como o KST ou por um topo identificável no Special K. No caso de
um KST, os topos do mercado geralmente são sinalizados por uma reversão
para baixo de uma condição sobrecomprada. Isto é representado no gráfico
35.1 pelas 1inhas verticais, onde o KST cruza abaixo de sua MM de 9 meses.
O gráfico mostra que esta abordagem funciona bem quando um mer
cado normal de alta cíclico é vivenciado. No entanto, durante um mercado
de alta secular, como o que se desenvolveu na década de 1990, este indica-
dor deu sinais de venda prematuros. São sinalizadas com as linhas verticais
tracejadas-existindo mais motivos para se certificar de que esses sinais se-
jam confirmados por um rompimento da tendência no preço.
Pontos de Verificação para ldentificar Topos e Fundos do Mercado Primário das Ações 745

GRAFICO 35.1 S&P Composite, 1953-2012, e um KST de Longo Prazo

s&P Composite

KST de Longo prazo

Fonte pring.com

Alternativamente, uma reversão da tendência primária pode ser sinali


zada por osciladores de curto prazo que registam grandes condições sobre-
vendidas ou condições de extrema oscilaço.
11. Se o DJIA e o S&P Composite acabaram de cruzar abaixo de sua MMs de
12 meses, há uma boa chance de que um mercado de baixa está a caminho,
desde que, certamente, outros indicadores estejam de acordo. Muitas vezes,
um cruzamento negativo de uma MM de 7 meses vai funcionar tão bem
quanto um período de tempo de 12 meses. Além disso, na área de reversão
de tendência, monitore a posição atual do índice Industrials and Transports
como requerido na teoria de Dow.

Fatores Psicológicos

12. Se as empresas-chave relatam excelentes lucros e os preços de suas ações


caem, esta resposta adversa às boas notícias indica vulnerabilidade técnica
extrema. Sempre que uma ação ou o índice do mercado não responder a
uma boa notícia, é um sinal de fraqueza técnica. Lembre-se, se uma boa
notícia não pode fazer com que uma ação fique mais valorizada, o que
fará?
746 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

13. Em relação aos sentimentos negativos, uma leitura de seu percentual no


Investors Intelligence estaria na zona de 10 a 20%. Outro sinal pode ser a
falha do mercado em responder favoravelmente a um relatório de grandes
lucros, que estava bem acima das expectativas. Esses sinais frequentemente
se desenvolvem durante o curso de uma tendência primária, digamos, em
qualquer ponto de virada intermediário, então é a sua coletividade ao invés
seus alertas individuais que deve ser levada em conta. Finalmente, na
área do sentimento, se o nível de débito da margem recentemente cruzou
abaixo de sua média móvel exponencial de 12 meses, isto nos diz duas coi
sas. Em primeiro lugar, os traders estão perdendo a confiança. Em segundo
lugar, o mercado não está mais sendo suportado por um aumento de mar-
gem e, pior, a contração implícita na exposição da margem vai colocar uma
pressão para baixo nos preços das ações. Consequentemente, o cruzamento
para baixo de uma MM exponencial de 12 meses, geralmente é um excelen-
te sinal de venda de longo prazo. O problema é que os dados são publicados
com uma defasagem de 2 meses.
14. Se os meios de comunicação estão repletos de notícias e histórias de grandes
retornos otimistas que estão sendo divulgados, isto indica um cenário de
topo. As evidncias adicionais, nesse sentido podem surgir de matérias de
capa da revista sobre o próprio mercado, especialmente aqueles que men-
cionam um novo paradigma, ou relativos a empresas ou grupos que têm
sido líderes no mercado de alta. Em tendências muito fortes, tais comoa
bolha tecnológica dos anos noventa, esses sinais podem ser precoces. Por
exemplo, uma quantidade sem precedentes de matérias de capa desenvol-
vida no final do verão de 1999, 6 meses ou quase antes do último topo em
março de 2000, um período em que os preços dobraram. A boa notícia é que
uma leitura correta desta informação nos disse que um grande topo estava
próximo. A má notícia, certamente, era que o que normalmente teria sido
um sinal muito forte funcionou após um atraso indevidamente difícil. E um
alerta de que alguns dos principais topos do mercado estão associados a um
topo substancialmente menos intenso no sentimento altista do que os topos
mais baixos anteriores. Consequentemente, não é possivel concluir que
porque uma nova alta não é aconmpanhada por um maior nível de otimismo
que tudo está bem. Toda a situação em matéria de divergências negativas e
do comportamento de outros indicadores deve ser considerada.
15. Quando o mercado está subindo, existem sempre muitas dúvidas. No entan-
to, quando as ações se aproxinmam de um topo, a questão de saber se a ação
é um bom investimento não sequer debatida. Em vez disso, no mercado de
ações, por exemplo, o debate gira em torno de quais os setores serão bem su-
cedido, quäo alto os preços subiro, ou quais são os próximos níveis de resis-
tência. Em tal cenário, as previsões, que anteriormente foram ridicularizadas
por seu otimismo excessivo recebem ampla publicidade e credibilidade.
Pontos de Verificação para Identificar Topos e Fundos do Mercado Primário das Ações 747

16. Uma vez que, as empresas de corretagem prosperam em mercados de alta,


se tornam muito prósperas durante esses períodos. Se você vir os relatórios
de qualquer uma dessas empresas que se mudam para escritórios maiores e
1ais caros, isto é muitas vezes, um sinal de que a tendència de alta está em
uma fase muito madura. Alternativamente, isto poderia aparecer na bolsa
de valores ou nos trabalhos de retaguarda dos corretores sendo oprimidos
com as ordens de clientes atrasadas.

Fatores do Ciclo em Ordem Cronológica

17. Uma revisão rápida dos três mercados em relação a sua média móvel de 12
meses vai oferecer uma referência rápida para a fase atual do ciclo. Um topo
de mercado deve ver o rendimento do commercial paper de 3 meses acima
sua MM de 12 meses. A regra dos três passos e um tropeço" (ver Capí
tulo 31) provavelmente terá sido desencadeada também. Os rendimentos
dos bonds nos setores corporativos e governamentais devem estar em uma
posição similar. O S&P Composite deve estar acima de sua média, e o CRB
Spot Raw Industrials deve estar acima de sua média também. Nos casos em
que as ações caíram consideravelmente de alguma forma do seu topo, é pos-
sível que o S&P já estaria abaixo de sua MM de 12 meses. Se o CRB spot RM
Index recentemente também cruzou abaixo de sua média, então é provável
haja pouco suporte de ações baseadas em commodities, no final do ci-
clo, isso normalmente significa um mercado de baixa.
18. O ciclo de ações de 4 anos tem sido extremamente confiável em oferecer
uma oportunidade de compra, uma vez a cada 4 anos. Consequentemente,
se o ano corrente é de 2 ou 3 anos a partir dos 4 anos de baixa anteriores,
as probabilidades favorecem um topo de um mercado em alta. Se alguns
dos outros sinais discutidos aqui estiverem presentes, isso irá, obviamente,
aumentar a probabilidade de um topo.
19. E possivel observar três avanços intermediários identificáveis que já ocor-
reram? Se este é o topo do terceiro, pode ser um topo primário. Näo é de
forma alguma infalível, porque alguns mercados de alta consistem em dois
avanços e alguns mais do que trës. No entanto, quando combinado com
outros, esses sinais podem ser uma referência útil.

Fundos do Mercado Primário


Os fundos de um mercado de baixa desenvolvem exatamente em condições
se
opostas às dos topos. As notícias são ruins, o sentimento é extremamente baixista,
e os indicadores de momentum de longo prazo estão geralmente extremamente
748 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

sobrevendidos. Talvez a principal diferença entre um fundo principal e um topo


principal é que, em quase todos os casos, os mercados de baixa são mais curtos do
que os mercados de alta. Nós temos que mencionar que 'em quase todos os casos'
porque o mercado de baixa de 1929 a 1932 durou 3 longos anos, enquanto o declí
nio primário em média, felizmente, tem sido muito mais curto. As características
de uma baixa importante são as seguintes.

Fatores Monetários e de Rotação dos Setores

1. Os fundos de um mercado de baixa são invariavelmente precedidos por um


topo nas taxas de "juros de curto prazo. Digo, "taxas de curto prazo, mas em
quase todos os casos, um topo nas taxas de longo prazo também precede um
fundo de ações. E apenas que as mudanças no nível das taxas de curto prazo
têm uma influência muito maior sobre as ações do que os rendimentos de
longo prazo, porque refletem as condições de liquidez decorrentes de decisóes
de negócios de curto prazo. Os custos de empréstimo de curto prazo mudam
semanalmente. Devido aos bonds de longo prazo bloquear as taxas por um
período considerável, o seu efeito sobre a economia é mais gradual. O tempo
de espera das taxa de juros varia de ciclo para ciclo, mas de um modo geral,
quanto mais tempo for a espera, mais forte é o mercado de alta subsequente.
Em 1966, por exemplo, as taxas de juros e os preços das ações reverteram qua-
se simultaneamente, ao passo que o tempo de espera foi de quase um ano em
1920 e 1982. O mercado de alta de 1967 a 1968 estava em um estado maçante
em comparação aos mercados de alta da década de 1920 e 1980. Isto não é a
mesma coisa que dizer que cadavez queo tempo de resposta é de um ano ou
mais, o mercado vai apresentar uma grande alta-apenas porque existe uma
tendência imprecisa de que seja esse o caso. O motivo para este fenômeno
reside no fato de que quanto maior o tempo de resposta, mais fraca se torna a
economia. Esta economia fraca tem suas vantagens, uma vez que, incentiva as
empresas a reduzir os seus níveis de equilíbrio, de modo que quando a econo-
mia se recupera, novas receitas entram no lucro final.
2. A estrutura do grupo da indústria em fundos do mercado deveria revelar uma
tendência de melhoria da força relativae do momentum relativo de longo prazo
suavizado favorecendo as ações que lideram os ciclos, tais como serviços públi-
cos, a maioria do setor de finanças, e a maioria dos bens de consumo básicos
(não duráveis). Nesta lista você pode adicionar construtoras, telecomunica-
ções, e as ações de corretoras. Também deve haver um padrão de deterioração
da força relativa, e o momentum relativo suavizado em alguns dos grupos mais
atrasados, tais como recursos, indústria de base e tecnologia. Muitas vezes,
quando o momentum relativo de longo prazo suavizado dos fundos do S&P
Financial Index, está muito próximo de um fundo do mercado. A fraqueza das
ações orientadas por ganhos é usada mais como uma confirmação.
Pontos de Verificação para ldentificar Topos e Fundos do Mercado Primário das Ações. 749

Fatores Técnicos

3. As divergências positivas entre a linha de A/D e os principais indices s0o mui-


to mais raras do que as negativas nos topos do mercado. Realmente, a linha
frequentemente atrasa na maioria dos fundos de um mercado de baixa. No
entanto, quando as divergências se desenvolvem, são geralmente seguidas por
mercado de alta acima da média. Isso foi verdade em relação à divergència
entre as linhas de A/D semanais (Bolton) dos fundos entre 1942 a 1982 (ver
Gráico 27.2). Tal divergência também esteve presente na baixa de 2009
4. As novas máximas líquidas também podem divergir dos índices, mas pare-
cem funcionar melhor quando suavizadas por uma média móvel. O gráfico
27.12 também mostra uma divergência positiva na razão máxima/mínima
de 30 dias no fundo de um mercado de baixa em 2009.
5. Outros sinais que confirmam seria um volume recorde saindo do fundo,
como em 1978, 1982 e 1984. Além disso, a maioria dos fundos envolvem
uma subida e o teste subsequente do fundo. Quando a segunda subida ul-
trapassa a primeira, uma série de topos e fundos ascendentes ésinalizada.
Esta abordagem foi uma das poucas no mercado de baixa de 1929 a 1932
que não havia apresentado anteriormente uma violinada. Em geral, é um
sinal confiável, especialmente quando combinado com sinais de compra da
teoria de Dow. Outra confirmação, mas um sinal extremamente importante
é a capacidade do S&P Composite para subir acima de sua MM de 12 meses.
6. Em mercados de baixa prolongados, o fundo final deve ser confirmado por um
lo no momentum de longo prazo suavizado. Neste caso, o Indice Coppo-
ck, descrito no Capítulo 13 e ilustrado no gráfico 13.8, é provavelmente o mais
confhável, visto que, parece funcionar com uma consistência incrível em inúme-
ros e diferentes mercados. Durante os mercados de baixa fracos não associados
com recessões, o momentum de longo prazo suavizado pode frequentemente,
se revelar dolorosamente lento. Os ROCs de longo prazo vão ocasionalmente se
revelar os melhores substitutos, quando é possível para observar o momentum
dos rompimentos do padrão de preços ou os rompimentos para cima de linhas
de tendencia de baixa. Se você puder identifñcar um cenário de alta secular, o
teste analítico para fundo de um mercado de baixa não tem que seguir um nível
tão rigoroso, como seria o caso em uma tendência de baixa secular.
7. Se os osciladores de curto prazo estão sinalizando condições mega sobre-
pradas ou condições de oscilações extremas, como descrito no Capítulo
13, isso também é um sinal de que a psicologia mudou para melhor.

Fatores Econômicos

8. Geralmente, para o noticiário económico é um pré-requisito que um fundo


esteja em ou próximo de seu pior momento. O gráfico 35.2 mostrao indi-
750 Parte ll: Outros Aspectos da Análise do Mercado

GRÁFICO 35.2 S&P Composite, 1956-1980, e um Indicador Coincidente


(desvio da tendência)

100 s&P Composite

60-

Indice Coincidente (1/9)

57 58 5950 61 2 53 65 66 57 8 1 2 73 4 73 75 77
Fonte: pring.com

GRAFICO 35.3 0 S&P Composite, 1978-2000, e um Indicador Coincidente


(desvio da tendência)

S&P Composite
Linhas mais claras
indicam recessões.

Indicador Lider Econômico

Fonte: pring com


Pontos de Verificação para ldentificar Topos e Fundos do Mercado Primário das Ações 751

cador de desvio de tendência de 9 meses do Conference Board Coincident


Indicators.O mesmo conceito é mostrado no gráfico 35.3, que
um indicador econômico
o
do
compara
S&P com composto. Observe que os fundos
Master Economic Indicator estão bem próximos das principais mínimas de
um mercado primário de ações, associado às recessões.

Fatores Ciclicos e Cronológicos


9. Em termos da sequência cronológica do mercado financeiro, é normal que o
fundo do mercado de ações seja precedido pelo rendimento do commercial
paper de 3 meses cruzando abaixo de sua MM de 12 meses. No fundo atual,
o S&P estará abaixo de sua MM de 12 meses, mas então, também, estará o
CRB Spot Raw Material Index. Se o rendimento e o índice de commodities
estão abaixo de sua média e o S&P está acima da sua, então, o cruzamento
do S&P confirma que um fundo ocorreu, e os mercados estão na sequência
correta para a Fase II, conforme descrito no Capítulo 2.
10. E possível observar très declínios intermediários discerníveis durante os
mercados de baixa associados à recessão? De forma alguma isto não é infa-
lível, mas frequentemente um bom sinal.
11.Será que o mercado satisfaz a maioria das características citadas anterior-
mente em um ano em que o ciclo do mercado de ações de 4 anos é devido ao
fundo? Se assim for, as chances de um fundo principal aumentam conside
ravelmente. Se o ano termina no número 4, isto é também um sinal positivo
visto que, os anos terminados em 5 são os mais otimistas da década. Por isso,
1954, 1974, 1984, 1994 foram os principais fundos (o primeiro fundo desen-
volvido no final de 1953), todos os quais foram seguidos por 5 anos fortes.
Com a exceção de 1984, todos foram também um ciclo de baixa de 4 anos.

Fatores Psicológicos

12. O sentimento geralmente é muito baixista num fundo primário. Isso pode
ser mostrado em leituras extremas no sentimento de aconselhamento, na
razão das vendas à descoberto do público, ou na reversão da razão opção de
venda/opção de compra do seu nível sobrecomprado.
13. O sentimento também é retletido na mídia, e aqui cobrem matérias que
são um ótimo lugar para construir um caso contrário. Ocasionalmente, os
corretores aproveitam a oportunidade de compra derivada do mercado de
baixa como uma base para uma campanha publicitária. Esses anúncios não
indicam necessariamente a sabedoria das corretoras, embora certamente
sejam corajosos ao assumir uma postura altista. Pelo contrário, é o reconhe
752 Parte II: Outros Aspectos da Análise do Mercado

cimento do fato que o declínio dos preços das ações chamou a atenção do
público. Lembre-se, quando todos pensam da mesma forma, é o momento
de esperar por uma virada do mercado.
14. Como o mercado responde as más notícias? Durante o declínio, seria nor-
mal vender em função das más notícias, como um relatório de lucros ines-
peradamente menor, grandes demissões, uma grande falëncia, e assim por
diante. No entanto, se ele começa a se livrar dessas notícias e realmente sobe,
psicologia provavelmente mudou.

Sumárioo
Se fosse necessário resumir essas características para topos e fundos em alguns
pontos vitais, provavelmente seria o seguinte:

1. A psicologia da multidão se mudou para um extremo mensurável.


2. As taxas de juros já reverteram a sua tendência.
3. Omomentum de longo prazo está em um extremo ou j áreverteu a partir de
um extremo.
4. A posição técnica da liderança versus grupos atrasados é consistente com a
direção do ponto de virada em questão.
5.
5. Estas condições toram confirmadas coma conclusäo de umteste do padrão de
preço e a penetração de uma MM de longo praz0, por exemplo, de 12 meses,
de 200 dias, e assim por diante.
EPÍLOGo

A sugestão foi feita desde o início em que a chave para o sucesso nos mercados
financeiros é o conhecimento e o comportamento. A parte do conhecimento da
equação tem sido discutido de forma tão abrangente quanto possível, mas a pa-
lavra final foi reservada para o comportamento dos investidores, uma vez que o
modo como o conhecimento é utilizado é tão importante como a compreensão do
próprio processo.
São indicados a seguir alguns erros comuns que todos nós cometemos com
mais frequência do que gostaríamos de admitir. Os mais óbvios podem sser evita-
dos pela aplicação dos princípios estabelecidos.

1. Perspectiva. A interpretação de qualquer indicador não deve ser baseada


em padrões de negociação de curto prazo; as implicações de longo prazo
devem ser sempre consideradas.
2. Objetividade. A conclusão não deve ser elaborada baseada em um ou dois
indicadores confiáveis ou favoritos. A possibilidade de que estes indica-
dores poderiam produzir sinais enganosos demonstra a necessidade de
formar uma visão equilibrada derivada de todas as informações dispo-
níveis. A objetividade também implica na eliminaço de toda a emoção
do processo de negociação e de investimento, se possível. Se decisões in-
corretas estiverem sendo feitas, quase sempre deriva de uma posição de
desequilsbrio mental. Todo esforço deve ser feito para reduzir o conteúdo
emocional de qualquer decisão tanto no lado das compras como das ven-
das.
3. Humildade. Uma das lições mais difíceis na vida é aprender a admitir um
erro. O conhecimento de todos os participantes do mercado, no total, é,
e sempre será maior do que qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos.
Este conhecimento é expresso no comportamento do próprio mercado, tal
754 Epílogo

como refletido pelos diferentes indicadores. Qualquer um que lute com a


fita ou pelo veredito do mercado vai rapidamente sofrer as consequências.
Sob tais circunstâncias, é bom se tornar humilde e deixar que o mercado
de o seu próprio veredito. Uma análise dos indicadores frequentemente
sugere a futura direção dos preços. Ocasionalmente, a análise se revela
errada, e o mercado não funciona como previsto. Se este comportamento
inesperado muda a base sobre a qual a concluso original foi tirada, é pru-
dente admitir o erro e mudar a conclusão.
4. Tenacidade. Se as circunstâncias descritas anteriormente se desenvolve
rem, mas for considerado que a posição técnica não mudou, a opinião
original näo deve ser alterada também.
5. O pensamento independente. Se uma revisão dos indicadores sugere uma
posição que não está em sintonia com a opinião da maioria, esta conclusão
provavelmente bem fundamentada. Por outro lado, uma conclus o nun-
ca deve ser tirada simplesmente porque se opõe à opinião da maioria. Em
outras palavras, ser contrário por si só não é válido. Visto que, a conclusão
da maioria é geralmente baseada em falsas premissas, é prudente exami-
nar essas premissas para determinar a sua exactid o.
6. Simplicidade. A maioria das coisas bem feitas também é feita de forma
simples. Porque o mercado opera com bom senso, as melhores aborda-
gens para isso são basicamente muito simples. Se um analista deve recor-
rer a uma programação complexa em um computador e construção de
modelos, as chances são de que não domina as técnicas básicas e, portan-
to, requer uma muleta analítica.
7. Discrição. Há uma tentação persistente capturar todas
para os
possíveis
viradas do mercado, juntamente com a duração de todos os movimentos
que seja provavel uma ação ter. Esta crença ilusória no seu poder de retirar
o impossível inevitavelmente resulta em fracasso, perda de confiança
uma
e danos à sua reputação. Por este motivo, a análise deve se concentrar na
identificação dos principais pontos de virada, em vez de prever a duração
de um movimento-não existe uma fórmula conhecida em que se possa
se basear para obter previsões consistentes e precisas deste
tipo.
APÊNDICE
A ONDA DE ELLIOTT

Introdução
O princípio das ondas de Elliott foi estabelecido por R. N. Elliott e foi publicado
pela primeira vez em uma série de artigos no Financial World em 1939. A base da
teoria das ondas de Elliott desenvolveu-se da observação de que a regularidade
ritmica tem sido a lei da criação desde o início dos tempos. Elliott observou que
todos os ciclos na natureza, quer da maré, dos corpos celestes, dos planetas, dia e
noite, ou até mesmo a vida e a morte, tinhama capacidade de se repetir indefini
damente. Esses movimentos cíclicos foram classificados por duas forças: uma de
construção e a outra de destruição.
A principal parte da teoria diz respeito à forma ou aos padrões das ondas,
mas outros aspectos incluem a razão e o tempo. Neste caso, os padrões não se
referem aos tipos de formação abordadas nos capítulos anteriores, mas à forma da
onda. A razão se refere ao conceito de retrações de preço e tempo do período que
separa os topos e fundos importantes.
O capítulo 15 descreveu várias técnicas baseadas na sequência de números
de Fibonacci. Esta mesma sequência constitui a base para a retração e o desenvol-
vimento do tempo na teoria de Elliott.

A Sequência de Fibonacci

Este conceito de lei natural também engloba uma extraordinária série numérica
descoberta por um matemático do século XII chamadoFibonacci. A série que
leva o seu nome é derivada, começando pelo número 2 e adicionando o número
anterior da série. Assim, 2 + 1 =3, em seguida, 3 + 2 5, 5 + 3 8, 8 + 5 13,
= =
756 Apêndice

13 +8 21, 21 +13 = 34, e assim por diante. A série torna-se 1, 2,3, 5, 8, 13,
21, 34, 55, 89, 144, 233, e assim por diante. Ela tem uma série de propriedades
fascinantes, entre as quais podemos citar as seguintes:

1. A soma de quaisquer dois números consecutivos forma o número subse-


quente. Então, 3 + 5 = 8 e5+8= 13 e assim por diante.
2. A razão de qualquer número para o superior seguinte é 61,8 para 100, e a
razão de qualquer número para o anterior precedente é 161,8 para 100.
3. A razâo 1,618 multiplicada pela razão 0,618 é igual a l.

A ligação entre a observação de ciclos repetidos da natureza e das séries de


Somatório de Fibonacci é que os números e proporções de Fibonacci são encon-
trados em muitas manifestaçöes da natureza. Por exemplo, um girassol tem 89
curvas, das quais 55 giram em uma direção e 34 na direção oposta. Na música,
uma oitava compreende 13 teclas de um piano, com 5 notas pretas e 8 brancas.
As árvores sempre ramificam a partir da base na série de Fibonacci, e assim por
diante.

O princípio da Onda

Combinando sua observação dos ciclos naturais, com o seu conhecimento da sé-
rie de Fibonacci, Elliott observou que o mercado se move para frente em uma
série de cinco ondas e depois cai em uma série de três ondas. Ele concluiu que
um único ciclo consistiu em oito ondas, como mostrados na Figura A.l (3, 5, e 8,
evidentemente, são os números de Fibonacci).
A parte superior do ciclo é constituída por cinco ondas. Ondas 1, 3 e 5 são
movimentos a favor da tendência e são chamadas de ondas de impulso. As ondas 2
e 4, por outro lado, são chamadas de ondas corretivas porque corrigem as ondas 1
e 3. A parte em declínio do ciclo consiste de três ondas, conhecidas como a, b, e c.

FIGURA A.1 0 Ciclo Típico

2
Apêndice 757

FIGURA A.2 0 Ciclo Completo com as Subondas

(5)

2
(b)

(3) 3 2

3
(1) (a)
1 3
C
51b
(4)
3
2 (c)
4
(2) A2

O ciclo mais longo no conceito de Elliott é chamado o grande super-ciclo.


Por sua vez, cada grande super-ciclo pode ser subdividido em ondas de 8 super
ciclos, cada uma das quais é, em seguida, dividida em ondas de oito ciclos. O
processo continua a abranger as ondas primárias, intermediárias, menor, mais
menores, e as ondas submenores. Os vários pormenores são altamente complexos,
mas o cenário geral é representado nas Figuras A.l e A.2.
A figura A.2 mostra um ciclo completo com as suas subondas. O que deter-
mina se uma onda se divide em cinco ou três é a direção da próxima onda maior.
As correções são sempre casos de três ondas.
As figuras A.3 e A.4 mostram Elliott em uma perspectiva histórica. A figura
A.3 ilustra as cinco primeiras ondas do grande superciclo, que Elliott considerou
como tendo começado em 1800. Alguns teóricos das ondas de Elliott acreditam
que o grande superciclo fez o seu pico no final do século XX.

FIGURA A.3 0 Grande Superciclo

1929
1835

1932

1800 1857
758 Apendice

FIGURA A.4 Superciclo

1966
1937

1974
1932 1942

Como o princípio da onda é um de forma, näo há nenhum modo de deter-


minar quando é provável que as três ondas de correção apareçam. No entanto, as
frequentes recorrências de números de Fibonacci que representam períodos de
tempo entre topos e fundos são, provavelmente, mais do que coincidéncia. Estes
períodos de tempo são mostrados na Tabela A.l.
Mais recentemente, ocorreram 8 anos entre os fundos de 1966 e 1974, e os
topos em 1968 e 1976, e os fundos nos anos de 1990 e 1998. Além disso, havia 5
anos entre os topos de 1968 e 1973, por exemplo. Do mesmo modo, existem mui-
tos topose fundos que não estão separados por números nesta sequência.
Pode ser visto facilmente que o problema real com Elliott é a interpretação.
De fato, cada teórico de onda (incluindo o próprio Elliott), em algum momento
ou outro se vê envolvido com a questão de onde uma onda terminou e outra co
meçou. No que diz respeito à relação de tempo de Fibonacci, embora estes perio-
dos sejam repetidos com frequência, é extremamente difícil utilizar este princípio
como base para a previsão; não há indicações de se períodos de tempo com base
nesses números vão produzir topos para topos ou fundos para topos, ou qualquer
outra coisa, e as permutações säo infinitas.
Nós dificilmente arranhamos a superfície, e em alguns aspectos a velha má-
xima "Um pouco de conhecimento é uma coisa perigosa"' aplica-se provavelmente
mais a Elliott do que a qualquer outro teórico do mercado. Sua própria subjetivi-
dade pode ser perigosa, porque o mercado é consideravelmente sujeito às influ-
ências emocionais. Consequentemente, o peso dado às interpretações de Elliott,
provavelmente, deve ser subestimado. Aqueles que desejam conhecer essa teoria
em maiores detalhes devem consultar o texto clássico sobre o assunto, por Frost
e Prechter, chamado Elliott Wave Principle (Gainsville, GA, New Classics Library,
1978 traduzido e vendido na minha livraria marcionoronha.com.br), un
que, a teoria foi descrita no presente apêndice como um resumo.
Apendice.759

TABELA A. 1 Intervalos de Tempo Entre Topos e Fundos do Mercado de Açoes

Duração do Ciclo
Ano Iniciado Posição Ano Ternminado Posição (anos)
1916 Topo 1921 Fundo 5

1919 Topo 1924 Fundo 5


1924 Fundo 1929 Topo
1932 Fundo 1937 Topo
1937 Fundo 1942 Fundo

1956 Topo 1961 Topo


1961 Topo 1966 Topo
1916 Topo 1924 Fundo

1921 Fundo 1929 Topo


1924 Fundo 1932 Fundo

1929 Topo 1937 Topo


1938 Fundo 1846 Topo
1949 Fundo 1957 Fundo 8
1960 Fundo 1968 Topo
1962 Fundo 1970 Fundo 8

1916 Topo 1929 Topo 13

1919 Topo 1932 Fundo 13

1924 Fundo 1937 Topo 13

1929 Topo 1942 Fundo 13

1949 Fundo 1962 Fundo 13

1953 Fundo 1966 Fundo 13

1957 Fundo 1970 Fundo 13

1916 Topo 1957 Topo 21

1921 Fundo 1942 Fundo 21

1932 Fundo 1953 Fundo 21

1949 Fundo 1970 Fundo 21

1953 Fundo 1974 Fundo 21

1919 Topo 1953 Fundo 34


1932 Fundo 1966 Topo 34
1942 Fundo 1976 Topo 34
1919 Topo 1974 Fundo 55
1921 Fundo 1976 Topo 55
GLOSSARIO

A Linha de Avanço/Declínio (linha A/D): A linha de A/D é construída a partir


de uma pluralidade cumulativa de um conjunto de dados ao longo de um período
especificado (geralmente, diários ou semanais). O resultado é representado por uma
linha contínua. A linha de A/D e os índices do mercado geralmente se movem na
mesma direção. Uma falha da linha de A/D em confirmar uma nova alta nos índices
de mercado é um sinal de fraqueza, enquanto uma falha da linha A/D em não con-
firmar uma nova baixa nos índices de mercado é um sinal de força técnica.

Armadilha de Alta: Um sinal que sugere que uma tendência de baixa de uma
ação fez uma reversão, mas logo após se revela talso.

Armadilha de Baixa: Um sinal que sugere que uma linha de tendência de alta de
uma ação reverteu, mas que logo em seguida se revela falso.

A Respiração (no mercado): O termo respiração refere-se ao número de ações


participando de um movimento. Uma alta será considerada suspeita, se o número
de ações avançando estiver diminuindo, enquanto a alta se desenvolve. Por outro
lado, um declínio que esteja associado com menos ações caindo é considerado
como um sinal altista.

Bond: Titulo do Tesouro americano (tipo uma Obrigação do Tesouro).

Chamada de Margem: Exigência sobre um ciente para que deposite moeda cor-
rente ou valores mobiliários com um corretor. A chamada é feita, se os títulos do
cliente em sua conta de margem estiverem abaixo do padrão mínimo estabelecido
pela Bolsa ou corretora. Isso acontece quando há uma queda no preço dos títulos
detidos como garantia.
762 Glossário

Convergência e Divergência das Medias Móveis (MACD): Um indicador que


mede a distância entre duas médias móveis simples ou exponenciais suavizadas.

Cobertura de venda a descoberto: O processo de recomprar uma ação que foi


vendida a descoberto.

Correção: Uma fraqueza temporária contra a tendência ou consolidação após


uma oscilação para cima.

Curva de rentabilidade: A estrutura das taxas de juros com várias datas de ven-
cimentos. Geralmente, quanto menor for a data de vencimento, menor será a taxa
de juros. Logo, os títulos que vencem em 3 meses, geralmente rendem menos do
que os títulos de 20 anos da dívida pública. As inclinações da curva de rendimento
estão sobem, o prazo de
relacionadas com a
velocidade que conforme pagamento
aumenta. Em períodos de pouco dinheiro, as taxas de curto prazo geralmente
invertem a curva de rendimento.

Distribuição Secundária ou oferta: A redistribuiço de um bloco de ações,


gum tempo após ser vendida pela companhia emissora. A transação é realizada
fora da Bolsa de Valores por uma companhia do mercado de valores mobiliários
ou um grupo de empresas. Geralmente, as ações são oferecidas a um preço fixo
que está relacionado com o preço atual de mercado da ação.

Divergência: Uma não confirmação que não seja esclarecida. Divergências ne-
gativas ocorrem nos picos do mercado, enquanto que as divergèncias positivas se
desenvolvem nos fundos dos mercados. O significado de uma divergéência é uma
função direta da sua extensão, ou seja, ao longo do tempo e do número de diver-
gências em uma determinada situação.

Especialista: Um membro da Bolsa de Valores que atua como um especialista


numa ação listada e registrado na Bolsa com este propósito. O membro concorda
em executar todas as ordens de forma eficiente e o que seja razoavelmente neces-
sário para manter um mercado de ações, no qual ele é especialista, transparente
e organizado.

Força Relativa Comparada (FR): Uma linha FR é calculada pela divisão do pre-
ço de um título por outro. Geralmente, o divisor éuma medida do mercado tal
como o índice DJIA ou pelo Indice de Commodities (CRB). Uma linha ascendente
indica que o índice ou ação está com um desempenho melhor do que o mercado,
e vice-versa. As tendências no FR podem ser monitoradas pelos cruzamentos das
médias móveis, rompimentos da linha de tend ncia, e assim por diante, da mesma
forma que qualquer outra tendência de preço.
Glossário 763

Força Relativa Comparada (FR): Uma linha FR é calculada pela divisão do pre-
ço de um titulo por outro. Geralmente, o divisor é uma medida do mercado tal
como o indice DJLA ou
pelo Indice de Commodities (CRB). Uma linha ascendente
indica que o indice ou ação está com
desempenho melhor do que o mercado,
um
e vice-versa. As tendências no FR
podem ser monitoradas pelos cruzamentos das
médias móveis, rompimentos da linha de tendência, e assim por diante, da mesma
forma que qualquer outra tendència de preço.

Índice de Força Relativa (IFR): Um oscilador medindo o "momentum interno


de uma serie de preços. O IFR é formulado para oscilar entre 0 e l00. Pode ser uti-
lizado em qualquer período de tempo, mas 14 dias é o período mais comumente
usado. Não deve ser confundido com o FR
comparativo, que mede o desempenho
relativo entre dois períodos diferentes.

Insider: Qualquer pessoa que possua direta ou indiretamente mais de 10 por cen-
to de qualquer classe de ações listadas em uma bolsa de valores nacional ou que é
um executivo ou diretor da empresa em
questäo.
Investimento Cíclico: O processo de compra
e venda de ações baseado no
longo
prazo ou no movimento do mercado primário. 0 ciclo se aproxima do ciclo de
negócios de 4 anos, sendo que esses movimentos primários nos preços das ações
estão normalmente relacionados.

Linhas de Tendéncia: As linhas de tendència são construídas juntando uma série


de topos descendentes ou fundos ascendentes. Maior significado é dado à viola-
ção da linha de tendncia dependendo de quanto mais vezes ela for tocada, quan-
to mais ela permanecer viável, e quanto menor o seu ângulo de inclinação. UJm
rompimento da linha de tendência necessariamente não sinaliza uma reversão da
tendência, mas pode resultar em uma consolidação.

Lotes Fracionários: Unidades de ações com menos de 100 ações, elas não apare-
cem habitualmente na fita de cotações.

Margem: Ocorre quando um investidor paga uma parte do preço de compra de um


título e financia o saldo, geralmente de um corretor; a margem é a diferença entre o
valor de mercado de uma ação eo empréstimo que é feito contra ela. Nos mercados
de futuros, a margemé um depósito de b0a f para um contrato com entrega futura.

Média Móvel (MM): Uma media móvel simples é construída extraindo-se uma
média de uma série de dados durante um período de tempo. Quando o preço
cruza acima ou abaixo da MM, um sinal de compra e ou de venda é fornecido. As
médias móveis frequentemente servem como pontos de suporte ou resistência.
764 Glossário

Membros: Membros de uma bolsa de valores que têm o poder de comprar e ven-
der títulos no pregão da bolsa quer seja para um cliente ou para sua própria conta.

Momentum (Força): O poder subjacente ou impulso de um movimento de preços


de alta ou de baixa. O Momentum é representado sobre um gráfico como uma
linha que está em constante flutuação acima e abaixo de uma linha horizontal de
nível de equilíbrio, que representa a metade do caminho entre as leituras extre-
mas. Momentum é um termo genérico que engloba muitos indicadores diferentes,
tais como a taxa de variação (ROC), o índice de força relativa (IFR) e estocástico.

Não confirmação: Diz-se que um Mercado está engrenado, quando a maioria


dos índices e indicadores que formam uma parte dele confirma sucessivas altas
ou baixas. Por exemplo, quando a o Indice Industrial Dow Jones (DJIA) faz novas
altas, mas a linha de A/D não faz, considera-se que ocorreu uma não confirmação.
Se outros indicadores ou índices também não confirmam, as condições são consi-
deradas como de baixa, até que a não confirmação seja esclarecida, ou vice versa.

Opção: O direito de comprar ou vender valores mobiliários específicos a um pre-


ço acordado dentro de período de tempo especificado. Uma opção de venda dá
ao comprador o direito de vender a ação e uma opço de compra dá o direito de
comprar a ação.

Padroes de Preço: Quando uma tendêência reverte a sua direção, o movimento


do preço da ação tipicamente traça uma formação conhecida como um padrão de
preço. Quanto mais largo e profundo for o padrão, maior seráo seu significado.
Os Padroes que são formados no topo do mercado são chamados de formações de
distribuição; ou seja, presume-se que a ação ou o mercado esteja sendo distribuído
por compradores de mãos fortes, bem informados para os fracos, mal informa-
dos. Os padrões de preços no fundo do mercado são conhecidos como formações
de acumulação. As formações de preços podem também representar interrupções
temporárias da tendncia predominante, caso em que são chamadas de padrões
de continuação.

Posições a descoberto (Participação): A quantidade total de vendas a descoberto


em circulação em uma Bolsa de Valores específica em um determinado período.
A posiçãoa descoberto épublicada mensalmente.
Razão Preço/lucro: A razão do preço de uma ação em relação ao lucro por ação,
isto é, o lucro total anual de uma companhia dividido pelas ações em circulação.

Razão de vendas a descoberto: a razão das posições a descoberto em relação


ao volume médio diário de negociação do mês em questão. Uma razão muito
Glossário 765

alta acima de 1.8 é considerado como altista, mas distorções recentes devidas à
negociação ativa dos índices de futuros e opções, fez com que esse indicador seja
menos útil do que já toi anteriornmente.

Saldo de caixa disponível do cliente: O montante total de dinheiro não utilizado


depositado na conta da corretora. Estes såo recursos "livres" que representam o
dinheiro que pode ser empregado na compra de títulos.

Serviços de consultoria: Publicações privadas que circulam e analisam o curso


futuro dos mercados financeiros, e para as quais geralmente é necessária uma
subscrição.
Sobrecomprado: Um parecer sobre os níveis de preços. Pode tratar-se de um in-
dicador especifico ou do mercado como um todo depois de um periodo de com-
pra vigorosa, após a qual pode ser questionado se os preços estão muito esticados
no momento, com uma valorização intensa e prolongada, sendo necessário um
período de movimento descendente ou um ajuste horizontal.
Sobrevendido: Um parecer sobre os níveis de preço. E o oposto do sobrecompra-
do, isto é, um movimento prolongado de baixa do preço.

Valores Mobiliários: Um termo genérico utilizado livremente para qualquer en-


tidade comercial, tal como, ações, títulos da dívida pública, moedas, commodities,
ou índice do mercado.

Vendas a Descoberto: A venda a descoberto é uma operação especulativa nor


malmente realizada na crença de que o preço das ações vai cair. As ações são
simplesmente vendidas antes de ser compradas. Esse processo é realizado no mer
cado de ações por meio de empréstimos de ações de um corretor para vender
ações de alguém que as possua. A maioria das Bolsas de Valores proíbe a venda
a descoberto de ações abaixo do preço do último lote negociado. Isto não ocorre
nos mercados de futuros.

Vendas a descoberto no fracionário: Lotes fracionários que são vendidos a des


coberto. Como os lotes fracionários geralmente säão o veículo para traders desin-
tormados, um alto nível de vendas a descoberto de lotes fracionários geralmente
caracteriza um fundo principal do mercado. Um baixo nível de vendas desco-
a

berto comparado com o total das vendas de lotes fracionários é um sinal de topo

do mercado.
BIBLIOGRAFIA

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Sites Uteis

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