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Há séculos seu uso com fins terapêuticos já era disseminado entre os chineses, que
utilizavam o extrato da planta desidratada (chamada de Ma huang) para o tratamento de
afecções respiratórias. Na medicina moderna, a efedrina já foi usada como
descongestionante nasal, broncodilatador e vasopressor, porém, o uso terapêutico desses
alcalóides tornou-se restrito por haver dúvidas quanto ao seu perfil de segurança.
Atualmente, suplementos dietéticos que contêm efedrina e outros alcalóides relacionados à
efedrina são largamente consumidos em vários países, com propósito de estímulo
energético (aumento da performance atlética) e perda de peso, apesar de estudos clínicos
demonstrarem que esta redução é modesta e ocorre apenas em curto prazo. Mesmo sendo
proibida a sua comercialização no Brasil, esses produtos podem ser comprados ilegalmente
pela Internet ou em academias. Eventos cardiovasculares adversos advindos do uso de
efedrina já são bem documentados na literatura, como hipertensão arterial, taquiarritmias,
infarto do miocárdio e morte súbita, além de relatos de miocardite associada ao uso de
compostos com efedrina. Acredita-se que o vasoespasmo por estímulo alfa e beta
adrenérgico seja o mecanismo tanto da miocardite quanto do infarto agudo do miocárdio, e
os efeitos adrenérgicos da efedrina, provocando diminuição do período refratário, também
permitem o desenvolvimento de arritmias. O efeito cardiovascular da efedrina é, ao menos
em parte, semelhante ao da cocaína, droga que também causa estimulação alfa e beta
adrenérgica, levando a aumento da pressão arterial, aumento da freqüência cardíaca,
vasoespasmo coronariano, isquemia, infarto e arritmias. edrina, substância que tem o poder
de acelerar o metabolismo, controlar o peso ou aumentar a "energia corporal".
Um coquetel bastante conhecido entre fisioculturistas e pessoas que buscam emagrecer é a
ECA, cujas siglas pertencem a substâncias que juntas atuam de forma mais eficaz na
queima de gorduras.Efedrina,Cafeína e Aspirina costituem a ECA. A cafeína é usada pois
tem a capacidade de aumentar as concentrações plasmáticas de adrenalina, que por sua vez
aumenta a oxidação de gorduras. Além disso, a combinação da cafeína/efedrina com
aspirina parecem potencializar ainda mais esses efeitos, principalmente no que se refere à
supressão do apetite.
<<< Cafeina >>>
O corpo humano não necessita de cafeína, embora o seu consumo moderado não esteja
associado a nenhum risco à saúde, exceto em algumas situações especiais. Mulheres
grávidas, pessoas com problemas cardíacos ou portadores de úlceras estomacais devem
reduzir o consumo ou mesmo suprimi-lo. Para crianças, é necessário controlar o consumo,
pois quando consumida em excesso, a substância pode levar à redução do apetite. Crianças
hiperativas devem evitar a cafeína.
Um benefício atribuído ao consumo da cafeína está relacionado à sua capacidade de
estimular a lipólise (quebra das moléculas de gordura no organismo), o que, teoricamente,
favoreceria o emagrecimento. Porém, essa ação ocorre a um custo elevado para o
organismo, com mobilização dos depósitos de gordura fazendo aumentar os níveis da
mesma no sangue. Com isso, pode haver elevação do colesterol sanguíneo e,
conseqüentemente, aumento do risco de infarto.
A mobilização dos depósitos de gordura pode ser útil para atletas em treinamento intenso,
fazendo com que o organismo utilize a gordura como fonte de energia no lugar do
glicogênio muscular; com isso, o corpo fica mais resistente à fadiga. Mas, mesmo para esse
efeito, as quantidades devem ser controladas devido aos efeitos colaterais.
A cafeína é também diurética, ou seja, aumenta a excreção urinária fazendo com que o
organismo perca mais água. Não havendo reposição em quantidade suficiente da água
excretada, inicia-se um processo de desidratação, o que pode trazer graves conseqüências
ao organismo.
Uma conseqüência negativa do consumo excessivo de produtos à base de cafeína diz
respeito à interação dessa substância com a absorção de importantes nutrientes,
principalmente o ferro. Estudos mostram que 1 xícara de café (100 ml) é capaz de reduzir a
absorção (ou aproveitamento pelo organismo) do ferro em 30%. Assim sendo, o consumo
de produtos que contenham cafeína, como o guaraná em pó ou o café, quando utilizados,
devem ser ingeridos em horários diferenciados dos horários das principais refeições.
Outras conseqüências negativas do consumo dessa substância são o aumento da freqüência
cardíaca (taquicardia) e o estímulo da secreção do ácido clorídrico no estômago (o que
aumenta o risco de úlceras). Esses efeitos estão associados a um consumo elevado (acima
de 250 mg de cafeína ao dia), mas também pode variar de acordo com a sensibilidade de
cada indivíduo.
Esta combinação vem sendo utilizada com bons resultados por culturistas por aumentar o
efeito termogênico do corpo, sendo que a combinação é utilizada na seguinte proporção
1:10:15. A efedrina é basicamente um medicamento para pessoas asmáticas, derivada de
uma erva denominada ephedra e um de seus efeitos é o aumento da temperatura corporal, o
que ajuda a queimar gorduras. A cafeína na proporção adequada funciona como um agente
sinergista, ou seja, aumenta o efeito termogênico da efedrina, enquanto a aspirina retarda ou
interfere na produção de prostaglândis que, dentre os efeitos mencionados anteriormente,
reduz o efeito termogênico da combinação efedrina/cafeína. Dentre as contra-indicações
para o uso de efedrina encontram-se a hipertensão e doenças cardíacas. Vale mencionar que
a efedrina foi banida de alguns Estados Nortes-Americanos por ter sido correlacionada com
alguns óbitos, provavelmente por superdosagem. Em outros Estados, a venda só é permitida
para pessoas acima de 18 anos de idade.
<<< Anfepramona >>>
No Brasil pode ser encontrado nas dosagens 10mg e 15mg sendo vendido mediante
prescrição médica, com retenção de receita. A sibutramina pode ser encontrada sob duas
formas, sal anidro e "cloridrato monoidratado de Sibutramina" sendo que a sibutramina
anidra A não possui estudos clínicos de eficácia e segurança e tem origem desconhecida,
por isso, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a sua importação
no Brasil. Seu mecanismo de ação justifica a inclusão da Sibutramina na categoria dos
medicamentos inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina. Desta forma, a
Sibutramina se diferencia claramente das outras categorias de agentes capazes de reduzir
peso.
Mecanismo de ação:
O cloridrato monoidratado de Sibutramina é uma agente antiobesidade que exerce
primariamente suas ações terapêuticas através de seus metabólitos ativos, mono-desmetil
M(1) e di-desmetil M(2), por bloquear de maneira efetiva a recaptação da serotonina (5-
hidroxitriptamina, 5-HT), norepinefrina, e dopamina. A droga e seus metabólicos se ligam
fracamente aos receptores de serotonina (5-HT(1), 5-HT(1A), 5-HT(1B), 5-HT(2A) e 5-
HT(2C)), dopamina (D(1) e D(2)), norepinefrina (beta, beta(1), beta(3), alfa(1) e alfa(2)),
benzodiazepina e glutamato (N-metil-D-aspartato (NMDA)). Não possui qualquer atividade
anticolinérgica ou antiistaminérgica e não estimula a liberação de serotonina, norepinefrine
ou dopamina.
Dosagem Recomendada:
De acordo com critério médico. 15mg/dia
Indicações:
Sibutramina é indicado para redução do peso, no tratamento da obesidade, e deve ser usado
em conjunto com dieta e exercícios, como parte de um programa de controle de peso, desde
que a orientação alimentar e a atividade física não sejam suficientes para atingir o objetivo
clínico.
Contra-indicações:
A Sibutramina não deve ser prescrita nas seguintes condições: - pacientes com
hipersensibilidade conhecida a esta substância ou a qualquer outro componente da fórmula;
- antecedentes de anorexia nervosa ou bulimia; - conhecimento ou suspeita de gravidez; -
durante a lactação. - pacientes que fazem uso de IMAO.
<<< Insulina >>>
Esta droga é utilizada terapeuticamente por pessoas diabéticas, porque não produzem
insulina em quantias adequadas (diabetes do tipo I) ou porque as suas células não
reconhecem a insulina (diabetes do tipo II) . A insulina é um hormônio secretado pelo
pâncreas,sendo que , dentre suas funções principais, está o transporte de
proteínas(aminoácidos) e carboidratos (glicose) para dentro da célula. Porém, o efeito da
insulina é uma faca de dois gumes, pois ela pode evitar a quebra de gorduras e ainda
aumentar a sua reserva. Isso visto só para repetir o que já foi mencionada no item 4
carboidratos, onde também aprendemos como fazer uso da secreção natural deste poderoso
hormônio em nosso favor, mas aqui o que mencionamos é o uso de insulina extra injetável.
Ocorre que muitos culturistas fazem uso de insulina sem se torna obesos e sim mais fortes e
definidos. Se você estiver realizando um treinamento rigoroso e não estiver ingerindo
quantidade desnecessárias de carboidratos, a insulina no seu corpo irá levar nutrientes para
dentro da célula e não trabalhar no processo de armazenamento de gorduras. Mas se você já
tiver excesso de gordura e se consumir quantias desnecessárias de carboidratos e ainda for
sedentário, a insulina irá aumentar a reserva de gordura. A insulina vem sendo injetada em
conjunto com drogas como GH( hormônio do crescimento), esteróides anabólicos ,
clembuterol, drogas para a tiróide e outras para que , em conjunto, tenham o seu efeito
aumentado. Existem dois tipos básicos de insulina: insulina de ação lenta e insulina de ação
rápida (regular). A insulina lenta permanece no corpo aproximadamente seis horas após a
injeção ( a qual deve ser subcutânea).
Este tipo de insulina normalmente inicia sua ação entre1 à 3 horas após a injeção e tem o
seu pico de ação de 6 à 8 horas após a administração. A insulina regular tem ação imediata
e dura cerca de 6 à 8 horas. É importante notificar que o pâncreas naturalmente libera
insulina após ter aumentado os níveis de glicose na corrente sanguínea, mas quando é
injetado insulina extra, pode ocorrer um quadro hipoglicêmico (queda na corrente
sanguínea ). Se um culturista injeta insulina de manhã ao acordar e se alimentar de
carboidratos complexos, provavelmente não criará quantidades de glicose suficientes para o
aumento em que a insulina der o seu pico ou seja, após 1 ou 2 horas. Isso pode ocasionar
severo quadro hipoglicêmico que se caracteriza por sudorese, falta de ar e tremores.
SEVERA HIPOGLICEMIA PODE OCASIONAR A MORTE. Para evitar o problema, os
culturistas que insistem em fazer uso desta droga perigosa consomem, além da refeição
normal, 10 gramas de glicose para cada UI (unidade internacional) de insulina
administrada. Se um atleta injeta 10 UI de insulina de manhã, ingere 100 gramas de
carboidratos simples (glicose) de 20 a 30 minutos após a administração. Normalmente, o
ciclo de insulina é usado por oito semanas, permanecendo-se oito semanas fora do ciclo.
Durante o ciclo, a dieta deve ser precisa contendo carboidratos simples e complexos
consumidos na hora exata.
O uso de insulina parece ter efeito bastante positivo, quando especificamente utilizada na
fase da dieta pré-competição em que o atleta aumenta o consumo de carboidratos, após
passar pela fase de depleção dos mesmos como foi mencionado anteriormente neste item. A
célula já ocupada por carboidratos será ainda mais recheada pelos mesmos com injeção de
insulina. A insulina jamais é utilizada na fase em que a ingestão de carboidratos é limitada.
Repetimos, usa-se insulina, só quando o consumo de carboidratos for elevado para
promover supercompensação. Cremos que o uso despropositado de insulina não vale a pena
, pois corre-se o risco da instalação de um quadro hipoglicêmico e isto basicamente ocorre
pela administração de muita insulina e pelo consumo de quantias inadequadas de
carboidratos que, advertimos , pode levar a um quadro hipoglicêmico, à coma e até à morte.
Este é um risco que não vale a pena.
Novamente aparece uma promessa para acabar com a gordura localizada, um dos maiores
problemas da sociedade capitalista esteticista. Até que eu não posso reclamar muito dessas
tentativas desesperadas de desinformar as pessoas, pois sem isso meu trabalho seria
monotonamente fácil. Desta vez ocorreu uma intensa propaganda sobre outra substância
“mágica”, a Fostatidilcolina (Lipostabil) e, mais uma vez, aqui vamos nós trazendo a
literatura científica (a verdadeira) na tentativa de informar vocês. Antes de tudo, é preciso
dizer que dificilmente será possível encontrar uma pesquisa séria direcionada ao uso
estético desta ou de qualquer outra substância, principalmente porque a comunidade
científica deve (ou deveria) se preocupar com problemas que realmente põem a risco a
humanidade e são relevantes para a melhora da vida na Terra. Porém não podemos esperar
muito de uma sociedade na qual o direito a vida só é garantido a quem puder pagar por
isso... (Ops! Desculpem, creio que me empolguei um pouco aqui, vamos ao assunto).
A Fosfatidilcolina é uma lipoproteína encontrada em abundância nas membranas celulares,
sua concentração e composição parecem influir diretamente na integridade e funcionamento
destas membranas, principalmente no transporte através delas. Supõe-se que o uso deste
fosfolipídio aumente a solubilidade do colesterol, trazendo benefícios como alterar a
composição de depósitos de gordura e inibir a agregação plaquetária, o que diminuiria os
riscos de doenças cardiovasculares. Terapeuticamente ela tem sido usada em distúrbios
mentais, doenças cardiovasculares e hepáticas induzidas por medicamentos, álcool,
poluição, viroses e outras toxinas.
FÍGADO
A exposição das membranas celulares a substâncias tóxicas pode causar danos às células
hepáticas, levando a desequilíbrios na homeostase e posteriormente à morte destas células,
o álcool, por exemplo, pode destruir a membrana mitocondrial, prejudicando o
metabolismo de gorduras (LIEBER et al, 1994; LIEBER et al, 1996).
Nos casos de danos ao fígado a fosfatidilcolina foi pesquisada em:
Ingestão abusiva de álcool: há vários relatos de sucesso, tanto com o uso oral (PANOZ et
al, 1990; SCHULLER PEREZ et al, 1985; KNUECHEL 1979) quanto intravenoso
(BUCHMAN et al, 1992).
Outras doenças (KUNTZ et al, 1965; ESSLINGER et al, 1966; KLEMM, 1964).
CÉREBRO
Este fosfolipídio é também fornecedor da colina, que por sua vez é essencial na formação
da acetilcolina, um importante neurotransmissor envolvido na memória. Nesta área pode-se
destacar os estudos dos orientais FURUSHIRO et al (1997) e CHUNG et al (1995) onde o
uso de fosfatidilcolina melhorou a memória em animais.
LIPÍDIOS
2. Como seu corpo vai responder a esta prática? Vai ficar com a membrana alterada para
sempre (o que poderia ser extremamente nocivo ao equilíbrio dinâmico do seu organismo)?
Ou vai supercompensar (retornando com sobras às medidas antigas)?
Ah! Tem uma pergunta que me intriga sobremaneira: os estudos que encontrei sempre se
referem ao uso oral ou intravenoso da fosfatidilcolina, então quem foi o “gênio” que
inventou a injeção subcutânea desta substância com fins estéticos? Se alguém souber, me
diga pelo amor de Deus!!!