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MODELO DE

CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO COMERCIAL

CAPÍTULO I

DA INSTITUIÇÃO DO CONDOMÍNIO

Os abaixo assinados, titulares de direito e ação sobre o [CONDOMÍNIO


EDIFÍCIO XXXXXXXX], doravante denominado CONDOMÍNIO, firmam a
presente Convenção para administração, conservação e ordem interna do
CONDOMÍNIO, que se regerá pela Lei 4.591/64, pela legislação posterior
complementar, pelas disposições gerais desta Convenção, pelo Regimento
Interno e demais regulamentos aprovados por Assembleia Geral, dentro do
quórum e das formalidades legais ou convencionalmente previsto.

Esta convenção será devidamente registrada em Cartório do Registro de


Imóveis, e seu cumprimento deverá ser observado por todos os condôminos,
só podendo ser modificada pelo voto de 2/3 (dois terços) das frações ideais
componentes do CONDOMÍNIO. O Regimento Interno e demais regulamentos
poderão ser modificados em Assembleia Geral especialmente convocada, por
maioria absoluta das unidades componentes do CONDOMÍNIO.

CAPÍTULO II

DO OBJETO

Art. 1º Constituem o CONDOMINIO: [subsolo, pavimento térreo, XX


pavimento-tipo, cobertura com XX salas comerciais, XX lojas, localizadas no
pavimento térreo, identificadas pelos números XX a XX, cabendo a cada uma
das unidades autônomas a fração de XX avos do terreno e das coisas
comuns].

Art. 2º São consideradas partes comuns do edifício, insuscetíveis de divisão


ou alienação destacada da respectiva unidade autônoma, não podendo ser
objeto de uso ou utilização exclusiva por qualquer condômino ou ocupante de
unidade autônoma, as previstas no art. 3º da Lei 4.591/64 e as abaixo
especificadas, que, salvo nas hipóteses reguladas em lei, são inalienáveis e
indivisíveis:
a) O terreno no qual o CONDOMÍNIO se encontra construído, com
confrontações e área indicadas nos documentos de alienação, ou seja,
XX m2;
b) As áreas de circulação em cada um dos pavimentos-tipo, cada um com
XX m2 e as áreas de circulação nas garagens;
c) As fundações, paredes, colunas de sustentação, vigas, lajes de pisos e
tetos que limitam as unidades autônomas, escadas, patamares e tudo o
mais que por sua natureza se destine ao uso dos condôminos em geral;
d) A entrada social do edifício, com XX m2;
e) Os elevadores e sua casa de máquinas;
f) Os encanamentos e instalações de água, luz, gás, força, esgotos,
telefones até os pontos de interseção com as ligações de propriedade
dos condôminos;
g) O depósito de lixo, com XX m2;
h) Os condutores, águas pluviais e as caixas d’água superior e inferior;
i) O hall de entrada, os halls de elevadores sociais e de serviço, e a
escada;
j) O sistema elétrico de abertura de garagem e o sistema de interfones;
k) Jardins e áreas externas;
l) Tudo o mais que, devido sua natureza e destino, sirva a qualquer
dependência de uso e serviço comum, cujas partes deverão ser usadas
de modo consentâneo para não causar dano, incômodo, empecilho,
obstáculos ou embaraços ao bom uso por todos, ressalvado o disposto
expressamente nesta Convenção.

Art. 3º São partes de propriedade exclusiva, designadas por unidades


autônomas, cada uma constituindo propriedade individual e exclusiva do
respectivo condômino, que dela tem direito de usar e fruir com exclusividade,
segundo suas conveniências e interesses, desde que observadas as normas
de boa vizinhança e as limitações impostas pela lei e pelas disposições desta
Convenção:
a) XXX salas, com XX m2 cada uma;
b) XXX vagas de garagem, com XX m2 cada uma;
c) XXX lojas comerciais, medindo XX m2 cada uma, com suas respectivas
instalações internas, técnicas, bem como os aparelhos e equipamentos.

Art. 4º Ressalvadas as hipóteses previstas em lei, o aspecto arquitetônico do


CONDOMÍNIO só poderá ser modificado pela unanimidade dos votos
componentes do Condomínio, e as alterações em coisas de propriedade
comum dependerão da aprovação de 2/3 (dois terços) dos condôminos.
CAPÍTULO III

DA DESTINAÇÃO

Art. 5º As salas têm destinação exclusivamente comercial, sendo vedada


qualquer outra destinação, e também atividades comerciais como: bar,
lanchonete, restaurante, boate, discoteca, açougue, peixaria, quitandas, oficina
mecânica, borracheiro e qualquer outro gênero de comércio que exale mau
cheiro, que possa prejudicar o prédio em seu gabarito ou ainda que possa
perturbar a tranquilidade e o sossego dos demais condôminos.

Art. 6º Em qualquer unidade autônoma, assim como em áreas comuns, não


será permitido o uso de objetos e aparelhos cujo peso exceda a sobrecarga
máxima, de aparelhos e maquinários que produzam ruídos e vibrações fortes,
além de não ser permitido armazenamento, guarda ou depósito de substâncias
fortemente odorosas, voláteis, deliquescentes, inflamáveis ou explosivos, que
possam oferecer perigo, dano ou incômodo aos condôminos ou ocupantes.
Parágrafo único: A sobrecarga máxima para lajes de piso é de [XXXX
kg/m2], ficando expressamente vedado qualquer excesso, respondendo o
faltoso pela responsabilidade civil.

Art. 7º Fica expressamente proibida a manutenção de animais nas unidades


autônomas ou em partes comuns do CONDOMÍNIO.

CAPÍTULO IV

DOS DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS

Art. 8º São direitos de todos os condôminos:

a) Usar, gozar, fruir e dispor da respectiva unidade autônoma segundo o


seu destino, desde que não prejudiquem a segurança e a solidez do
CONDOMÍNIO, não causem danos aos demais condôminos, e não
infrinjam as normas legais e morais, as disposições desta Convenção,
do Regimento Interno, da Lei 4.591/64 ou de outras regulamentações
decorrentes;
b) Usar, gozar e usufruir das partes comuns do CONDOMÍNIO, desde que
não impeçam idêntico uso ou gozo da parte dos demais condôminos,
com as mesmas restrições da letra anterior;
c) Comparecer às Assembleias Gerais ou nomear procurador, nos casos
de ausência ou de impossibilidade de comparecimento, e nelas propor
providências de interesse do CONDOMÍNIO e discutir sobre quaisquer
matérias submetidas a exame;
d) Votar e ser votado para os cargos de síndico e membro do Conselho
[Consultivo/Fiscal];
e) Requerer ao síndico ou ao Conselho [Consultivo/Fiscal], por escrito e
por motivo relevante, a convocação de Assembleia Geral Extraordinária;
f) Examinar livros, arquivos, contas e outros documentos podendo, a
qualquer tempo, solicitar informações ao síndico ou à administradora
sobre questões atinentes à administração do CONDOMÍNIO;
g) Fazer constar no livro de atas das assembleias ou no livro de sugestões
e reclamações do CONDOMÍNIO eventuais críticas, sugestões,
desacordos ou protestos contra atos que considerem prejudiciais à boa
administração do CONDOMÍNIO, solicitando ao síndico, se for o caso, a
adequada adoção de medidas corretivas;
h) Manter em seu poder as chaves das portas de ingresso ao edifício;
i) Examinar a qualquer tempo os livros, registros e arquivos da
administração do condomínio, solicitando esclarecimentos ao
administrador ou síndico, quando necessário;
j) Utilizar os serviços da portaria e da garagem sem desviar os
empregados para serviços internos de sua unidade autônoma;
k) Denuciar ao administrador ou ao síndico quaisquer irregularidades que
observar no funcionamento do CONDOMÍNIO;
l) Recorrer ao Conselho [Consultivo/Fiscal], em primeira instância, e à
Assembleia Geral, em segunda instância, dos atos e decisões do
síndico, quando necessário.
Art. 9º São deveres dos condôminos:
a) Cumprir e fazer cumprir, por si, seus herdeiros, familiares, locatários,
funcionários, visitantes e sucessores e demais ocupantes de sua
unidade, a qualquer título, o disposto nesta Convenção e no Regimento
Interno, bem como na Lei 4.591/64;
b) Concorrer para as despesas comuns (sejam elas ordinárias ou
extraordinárias), na proporção fixada no [capítulo IX] desta Convenção,
de acordo com o orçamento anualmente fixado por Assembleia Geral ou
suas alterações subsequentes, também aprovadas por assembleias
gerais, recolhendo as quotas nos prazos estabelecidos;
c) Pagar os juros de mora e a correção monetária, em caso de atraso no
pagamento de qualquer cota parte condominial;
d) Responder pelas multas aplicadas pelo síndico, por infração
comprovada desta Convenção, do Regimento Interno ou da Lei
4.591/64;
e) Não realizar reformas e afins em horário comercial (das 8h às 19h);
f) Guardar reserva e respeito no uso das coisas e partes comuns, bem
como das respectivas unidades autônomas, não utilizando nem
consentindo o uso para fins diferentes daqueles a que se destinem;
g) Não usar as respectivas unidades autônomas, cedê-las ou alugá-las
para atividades ruidosas, a pessoas portadoras de maus costumes, para
instalação de qualquer objeto capaz de causar dano ao edifício ou
incômodo aos demais comunheiros;
h) Não estender roupas, tapetes ou quaisquer objetos nas janelas ou
lugares visíveis das lojas, salas e partes comuns;
i) Não lançar quaisquer objetos ou líquidos sobre a via pública, área ou
pátio interno do edifício;
j) Zelar pelo asseio e segurança do prédio, depositando lixo e detritos no
cômodo respectivo, devidamente envolvidos em sacos plásticos, nada
podendo ser lançado (inclusive cinza e bitucas de cigarros) ou deixado,
mesmo que temporariamente, nas partes comuns, ruas e janelas;
k) Não alterar forma, aspecto, revestimento, esquadria e quaisquer outros
elementos das fachadas e das paredes externas;
l) Não pintar nem decorar as paredes, portas e esquadrias externas com
cores diversas das empregadas no edifício;
m) Não realizar obras que possam afetar a segurança das estruturas e
jamais aplicar peso excessivo por depósitos, maquinários e outros;
n) Não manter nas respectivas unidades autônomas substâncias ou
aparelhos que representem perigo à segurança do edifício ou incômodo
aos demais condôminos;
o) Permitir o ingresso do administrador, síndico ou preposto na unidade
autônoma quando se torne indispensável para vistoria a respeito da
segurança do edifício, reparos em instalações, por motivos de
infiltrações, vazamentos e outras causas, bem como para realização de
serviços e tubulações das unidades vizinhas, quando necessário;
p) Manter em perfeito estado de conservação todas as instalações internas
das respectivas unidades autônomas, de forma a evitar prejuízos
decorrentes de infiltrações, vazamentos e problemas similares ao
CONDOMÍNIO ou a outros condôminos;
q) Cada condômino será obrigado a reparar, por sua conta, todos e
quaisquer danos, nas partes comuns ou a qualquer dos demais
apartamentos do CONDOMÍNIO, decorrentes de defeitos nas
instalações de sua propriedade não reparadas a tempo, podendo o
síndico ou o(s) condômino(s) prejudicado(s) exigir do responsável o
ressarcimento do custeio da reparação integral dos danos daí derivados;
r) Todo e qualquer dano causado ao CONDOMÍNIO em suas partes
comuns deverá ser indenizado por quem o causar. No caso de morador,
locatário, dependente ou visitante, responderá o proprietário pelas
despesas;
s) O condômino que realizar em sua unidade autônoma qualquer obra será
responsável pela limpeza dos corredores e outros locais onde
transitarem materiais de construção ou entulhos, que não poderão ser
depositados em qualquer espaço de uso comum, correndo por sua conta
e risco os ônus e prejuízos que resultarem nas partes comuns do
CONDOMÍNIO. Da mesma forma, não poderá expor materiais ou
entulhos no interior de sua unidade que fiquem visíveis da rua;
t) Denunciar imediatamente ao administrador ou ao síndico a ocorrência
de moléstia contagiosa, infecciosa ou endêmica em qualquer das
unidades, para as providências cabíveis junto às autoridades sanitárias;
u) Não usar toldos externos, nem colocar ou permitir que coloquem nas
partes externas do edifício ou nas dependências comuns internas
quaisquer letreiros, anúncios, faixas, cartazes de publicidade, avisos,
adesivos, exceto quando se referirem ao CONDOMÍNIO, permitindo-se,
no entanto, sua instalação nas vigas de fachada das lojas – na faixa
para tal reservada, sempre conforme modelo padronizado para o
CONDOMÍNIO –, não podendo ser nenhum material colocado de forma
transversais à fachada das lojas, projetando-se para a rua ou nas
marquises.
v) Não colocar persianas ou cortinas visíveis do exterior, salvo na cor e
tipos indicados para o CONDOMÍNIO. A colocação de cortinas somente
será permitida após a colocação de persianas mencionadas neste item,
de forma que a cortina fique voltada para o interior da unidade, para que
seja mantido um aspecto visual externo único do prédio.

Art. 10º Os casos eventualmente surgidos em decorrência de interpretações


acerca de qualquer item desta Convenção deverão ser resolvidos pela
Assembleia Geral dos condôminos, cuja convocação poderá ser feita pelo
síndico ou condômino que se sentir prejudicado, considerando-se definitiva,
para cada caso, a proibição ou a permissão decidida pela Assembleia.

CAPÍTULO V

DAS ASSEMBLEIAS GERAIS

Art. 11º A Assembleia Geral é o órgão soberano do CONDOMÍNIO, sendo a


reunião sempre convocada para realização em local, data e hora indicados no
edital de convocação, via carta registrada ou protocolada pelo síndico; [ou
ainda por meio de editais afixados nos elevadores].
Parágrafo único: As convocações serão feitas com antecedência mínima
de [5 (cinco) dias] da data fixada para sua realização e indicarão as
ordens do dia, a data, a hora e o local da Assembleia.

Art. 12º As Assembleias Extraordinárias poderão ser convocadas com prazo


mais curto do que o mencionado no parágrafo anterior, quando houver
comprovada urgência.
Parágrafo único: É permitido, no mesmo anúncio, fixar o momento em
que se realizará a Assembleia em primeira e segunda convocação
incorrendo pelo menos o período de [30 (trinta)] minutos entre elas.

Art. 13º As assembleias serão presididas por um condômino eleito pelos


demais, o qual escolherá, entre os presentes, o secretário, que lavrará a ata
dos assuntos tratados em livro próprio, que será assinado pelos membros da
mesa e pelos condôminos que assim o desejarem. É vedado ao síndico ou
administrador presidir ou secretariar a Assembleia.
Parágrafo primeiro: Cada condômino terá o direito a um voto
correspondente a cada unidade de sua propriedade, apurando-se o
resultado da votação pela soma das frações ideais destas unidades. Se
uma unidade autônoma pertencer a vários proprietários, estes deverão
eleger o condômino que os representará, credenciando por documento
escrito, que será exibido na Assembleia.
Parágrafo segundo: Não poderão participar das deliberações das
assembleias os condôminos que estiverem em atraso no pagamento de
suas contribuições ordinárias ou extraordinárias, multas aplicadas pelo
síndico ou qualquer outro débito com o CONDOMÍNIO.
Parágrafo terceiro: É vedado ao condômino votar em assunto sobre o
qual tenha interesse particular.

Art. 14º Ao condômino é lícito representar-se nas assembleias por procurador


devidamente habilitado e munido de procuração com poderes especiais, [sendo
que cada procurador não poderá representar mais do que 03 (três)
condôminos].

Art. 15º As Assembleias Gerais Ordinárias ocorrerão no [primeiro trimestre] de


cada ano e serão realizadas em primeira convocação com a presença de
condôminos que representem no mínimo metade do CONDOMÍNIO e, na
segunda, com qualquer número.

Art. 16º Compete às Assembleias Gerais Ordinárias:

a) Discutir, aprovar ou rejeitar, no todo ou em parte, as contas do exercício


anterior, que deverão estar acompanhadas de cópias do relatório e das
contas do administrador;
b) Discutir, aprovar ou rejeitar, no todo ou em parte, o orçamento do
respectivo exercício;
c) O relatório e as contas da administração, para o ano em curso, fixando
Fundo de Reserva conforme definido no art. 34;
d) Aprovar, se for o caso, o Regimento Interno;
e) Eleger o administrador ou o síndico, quando for o caso, fixando-lhe a
remuneração;
f) Eleger os membros do Conselho [Consultivo/Fiscal];
g) Tratar de assuntos de interesse geral e votar as demais matérias
constantes na ordem do dia.

Art. 17º As Assembleias Gerais Extraordinárias ocorrerão sempre que se fizer


necessário, podendo ser convocadas pelo síndico, por condôminos que
representem ¼ (um quarto) das unidades autônomas do CONDOMÍNIO, ou
pelo Conselho [Consultivo/Fiscal] especificamente no caso previsto no pelo
parag. 3º, do artigo 22 desta Convenção, por igual processo e nos mesmos
prazos exigidos para convocação das Assembleias Ordinárias.

Art. 18º Compete às Assembleias Extraordinárias:


a) Aprovar, se for o caso, o Regimento Interno;
b) Deliberar sobre a matéria do interesse geral do CONDOMÍNIO ou dos
condôminos;
c) Apreciar as demais matérias constantes na ordem do dia;
d) Destituir o administrador ou o síndico em qualquer tempo, independente
de justificativa e sem qualquer indenização;
e) Aprovar normas para abertura e fechamento do prédio ao público
externo.

Art. 19º As decisões das assembleias, ressalvados os casos do quórum


especial previsto em lei ou nesta Convenção, sempre serão tomadas por
maioria dos votos dos presentes e serão obrigatórias para todos os
condôminos, independente de seu comparecimento ou de seu voto, cumprindo
ao síndico executá-las ou fazê-las cumprir.
Parágrafo único: Dentro dos [5 (cinco) dias] subsequentes à Assembleia,
o síndico comunicará aos condôminos o que tiver sido deliberado, por
carta registrada ou protocolada, [ou ainda por meio de editais afixados
nos elevadores].

Art. 20º A partir das deliberações de Assembleias Gerais serão lavradas atas
em livro próprio – aberto, encerrado e rubricado pelo síndico – que serão
assinadas pelo presidente, pelo secretário e pelos condôminos presentes, que
terão sempre o direito de fazer constar as suas declarações de votos, quando
dissidentes.
CAPÍTULO VI

DA ADMINISTRACÃO

Art. 21º A administração do CONDOMÍNIO caberá a um síndico, condômino ou


não, eleito em Assembleia Geral, com mandato remunerado de 1 (um) ano,
podendo ser reeleito.

Art. 22º Ao síndico compete:

a) Representar os condôminos em juízo ou fora dele, ativa e passivamente,


em tudo em que se referir aos assuntos de interesse do CONDOMÍNIO,
podendo contratar advogados, engenheiros, peritos, contadores e outros
profissionais desde que necessários para a defesa dos interesses do
CONDOMÍNIO;
b) Superintender a administração do CONDOMÍNIO;
c) Cumprir e fazer cumprir a lei, a presente Convenção e as deliberações
das assembleias;
d) Organizar o quadro de empregados, desde que em conformidade com
as normas trabalhistas aplicáveis, podendo admitir, demitir ou punir, bem
como fixar suas respectivas remunerações, dentro do estabelecido no
orçamento contratual;
e) Ordenar reparos urgentes ou adquirir o que seja necessário à segurança
ou à conservação do CONDOMÍNIO até o limite mensal de [XX (número
de salários por extenso)] salários mínimos vigentes e com prévia
aprovação da Assembleia especialmente convocada, se o exigido
exceder o valor aqui estipulado;
f) Executar as disposições orçamentárias da Assembleia;
g) Convocar as Assembleias Gerais Ordinárias [no primeiro trimestre de
cada ano], e as Extraordinárias quando julgar conveniente, ou quando
lhe for requerido por um grupo que represente no mínimo 1/4 (um
quarto) do CONDOMÍNIO;
h) Prestar contas à Assembleia de sua gestão, apresentando também a
documentação comprobatória e a proposta de orçamento para o
exercício seguinte;
i) Remeter mensalmente aos condôminos um resumo das receitas e
despesas do CONDOMÍNIO apresentando, quando solicitado, os
documentos comprobatórios;
j) Elaborar, com a assistência do Conselho [Consultivo/Fiscal], o
orçamento anual;
k) Manter e escriturar livro-caixa, devidamente rubricado pelos membros do
Conselho [Consultivo/Fiscal], ter sob sua guarda e transferir ao seu
sucessor todos os valores, livros, documentos, plantas, registros e tudo
o mais de propriedade do CONDOMÍNIO;
l) Cobrar, inclusive em juízo, as quotas que couberem em rateio, nas
despesas ordinárias ou extraordinárias do CONDOMÍNIO, aprovadas
pela Assembleia, bem como as multas impostas por infração de
disposições legais ou desta convenção;
m) Receber e dar quitação em nome do CONDOMÍNIO, consultando antes
a administradora ou cobradora, se houver, de modo a não prejudicar a
cobrança em andamento;
n) Movimentar contas bancárias, representar o CONDOMÍNIO perante
repartições públicas e entidades privadas, praticando todos os atos
necessários à administração, inclusive financeira, do CONDOMÍNIO;
o) Comunicar à Assembleia as citações que receber.
Parágrafo primeiro: As funções administrativas poderão ser delegadas a
pessoas jurídicas da confiança do síndico, e sob sua inteira
responsabilidade, mediante aprovação da Assembleia Geral.
Parágrafo segundo: O síndico não é pessoalmente responsável pelas
obrigações que assumir em nome do CONDOMÍNIO. Responderá, porém,
se for o caso, pelo excesso de representação e pelos prejuízos a que der
causa, por dolo ou culpa.
Parágrafo terceiro: Das decisões do síndico caberá recurso para a
Assembleia Geral, que poderá ser convocada por solicitação escrita do
interessado, que arcará com todas as despesas da convocação, salvo se
o recurso for provido.

Art. 23º O síndico receberá remuneração mensal fixada pela Assembleia e


prestará contas de sua gestão, imediatamente, em caso de destituição.
Parágrafo único: O síndico [ficará/não ficará] isento do pagamento das
despesas ordinárias durante o período em que estiver no exercício do
cargo, ficando sujeito ao pagamento do Fundo de Reserva, do consumo
de gás utilizado e das despesas extraordinárias ou qualquer benfeitoria no
prédio, pagando conforme sua fração ideal, nos casos de isenção.

CAPÍTULO VII

DO CONSELHO [CONSULTIVO/FISCAL]

Art. 25º A Assembleia Geral elegerá entre os condôminos um Conselho


[Consultivo/Fiscal] composto de três membros e três suplentes, com o mandato
de 1 (um) ano, os quais exercerão gratuitamente suas funções, podendo ser
reeleitos. Cabe aos suplentes exercerem automaticamente a substituição dos
membros efetivos.
Parágrafo primeiro: Dentre os membros do Conselho [Consultivo/Fiscal]
será escolhido um presidente, a quem competirá substituir o síndico em
seus impedimentos eventuais.
Parágrafo segundo: As decisões do Conselho [Consultivo/Fiscal] serão
sempre tomadas por maioria dos votos.
Parágrafo terceiro: O síndico ou qualquer dos membros do Conselho
[Consultivo/Fiscal] poderão ser destituídos pelo voto de 2/3 (dois terços)
dos condôminos presentes em Assembleia Geral especialmente
convocada para este fim.

Art. 26º Compete ao Conselho [Consultivo/Fiscal]:


a) Assessorar e orientar o síndico na solução dos problemas do
CONDOMÍNIO, agindo coletivamente;
b) Opinar nos casos de divergência entre o síndico e os condôminos, em
assuntos de interesse do CONDOMÍNIO;
c) Encaminhar e dar parecer sobre as atividades do síndico, examinando
suas contas, relatórios e comprovantes;
d) Autorizar a movimentação do Fundo de Reserva;
e) Autorizar ou não a realização de obras até o valor de [XX salários
mínimos] vigentes neste estado;
f) Comunicar à Assembleia, por carta registrada ou protocolada, as
irregularidades verificadas na gestão do CONDOMÍNIO;
g) Dar parecer sobre as contas do síndico, bem como sobre a proposta do
orçamento para o exercício subsequente e despesas extraordinárias,
informando à Assembleia Geral;
h) Abrir, encerrar e rubricar o livro-caixa.

CAPÍTULO VIII

ORÇAMENTO DO CONDOMÍNIO

Art. 27º São conferidas despesas comuns que devem ser suportadas por todos
os condôminos, na proporção determinada pelo parágrafo primeiro deste artigo,
todas aquelas constantes no orçamento a ser anualmente aprovado em
Assembleia Ordinária quais sejam:
a) Manutenção, conservação, limpeza, reparações e construções das
partes e coisas comuns;
b) Remuneração do síndico, zelador e outros empregados, bem como
encargos e previdência social;
c) Impostos e taxas que incidem sobre as partes comuns do
CONDOMÍNIO;
d) Prêmio de seguro do edifício;
e) Despesas com os elevadores;
f) Despesas com água e esgoto;
g) Outras despesas de interesse exclusivo dos proprietários de salas,
vagas de garagem e lojas.
Parágrafo primeiro: Cada uma das unidades [XX a XX, XX a XX e XX a
XX] contribuirá para as despesas comuns na proporção de [XX] avos por
cada unidade. A sala localizada na cobertura do CONDOMÍNIO
contribuirá com [XX] avos.
Parágrafo segundo: O vencimento das quotas condominiais recairá no
dia [XX (XXXX)] de cada mês de referência. O vencimento das cobranças
de cotas extraordinárias coincidirá com as quotas condominiais ordinárias.

Art. 28º As despesas referentes a consertos e obras de qualquer natureza nas


partes comuns do CONDOMÍNIO, até o valor de [R$ XXXX (XXXXX)], poderão
ser efetuadas pelo síndico, o qual providenciará imediatamente o rateio
correspondente, caso o saldo existente na conta corrente do CONDOMÍNIO
seja insuficiente, após consulta ao Conselho [Consultivo/Fiscal],
independentemente da convocação de Assembleia.
Parágrafo primeiro: Para cada despesa prevista neste artigo, deverá
haver posterior ratificação em Assembleia que, uma vez confirmada,
revalidará a autorização acima.
Parágrafo segundo: Para a realização de obras que excedam o valor
previsto no caput deste artigo, deverá ser convocada uma Assembleia
Geral para aprovação.

Art. 29º Compete à Assembleia fixar o orçamento das despesas comuns e


cabe aos condôminos concorrerem para o custeio das referidas despesas,
dentro dos primeiros [dez] dias de cada mês, realizando-se o rateio em partes
proporcionais às frações ideais das unidades de cada condômino.

Art. 30º Serão rateadas entre os condôminos as despesas extraordinárias,


dentro de [dez] dias contados da data da Assembleia que as autorizar, salvo se
nesta oportunidade for estabelecido prazo diferente ou se tais despesas forem
adicionadas à quota normal do CONDOMÍNIO.

Art. 31º Ficarão a cargo exclusivo de cada condômino as despesas


decorrentes de atos por ele praticados, bem como o aumento de despesas a
que der causa.
Parágrafo único: O disposto neste artigo é extensivo aos prejuízos
causados às partes comuns do CONDOMÍNIO como, por exemplo, pela
omissão do condômino na execução de reparações na sua unidade
autônoma.

Art. 32º O saldo remanescente no orçamento de um ano será incorporado ao


exercício seguinte, se outro destino não lhe for dado pela Assembleia. O déficit,
se verificado, será rateado entre os condôminos, na proporção de suas frações
ideais, e arrecadado no prazo de [15 (quinze)] dias.
Art. 33º O CONDOMÍNIO será segurado em companhia idônea, contra
incêndio ou qualquer outro risco que possa destruí-lo, no total ou em parte,
com aprovação da Assembleia, discriminando-se o respectivo valor de cada
unidade autônoma na apólice.
Parágrafo único: É lícito a cada condômino, individualmente e às
expensas próprias, aumentar o seguro de sua unidade autônoma, ou
assegurar as benfeitorias e melhoramentos nela introduzidos.

Art. 34º Ocorrido o sinistro total ou que destrua mais de 2/3 (dois terços) do
CONDOMÍNIO, a Assembleia se reunirá dentro de [15 (quinze)] dias e elegerá
uma comissão de 3 condôminos investido de poderes para:
a) Receber a indenização e depositá-la em nome do CONDOMÍNIO, no
estabelecimento bancário, designado pela Assembleia;
b) Abrir concorrência para a reconstrução do prédio ou de suas partes
destruídas, comunicando o resultado à Assembleia Geral para a devida
aprovação;
c) Acompanhar os trabalhos de reconstrução até o final, representando os
condôminos juntos aos construtores, fornecedores e repartições
públicas.
Parágrafo primeiro: Se a indenização paga pela companhia seguradora
não for suficiente para atender às despesas, concorrerão os condôminos
para o pagamento do excesso, na proporção de suas frações ideais, salvo
à minoria que se recusar a fazê-lo, cedendo à maioria seus direitos na
forma da lei.
Parágrafo segundo: Em caso de incêndio parcial, após recebido o valor
estipulado na apólice do seguro, será iniciada a reparação ou a
reconstituição das partes destruídas.

CAPÍTULO IX

FUNDO DE RESERVA

Art. 35º Fica constituído um Fundo de Reserva formado por 10% (dez por
cento) de cada contribuição de todos os condôminos, cuja arrecadação será
efetuada juntamente com as contribuições mensais.
Parágrafo primeiro: O Fundo de Reserva será destinado a obras de
caráter coletivo que dizem respeito à estrutura do CONDOMÍNIO e às
partes comuns não previstas no orçamento, sendo composto por:
a) Taxa de 10% (dez por cento) sobre a contribuição de cada condômino;
b) Multas por infração a esta Convenção, ao Regimento Interno ou à
legislação;
c) Juros produzidos pelo próprio capital do Fundo de Reserva;
d) Saldos acumulados no fim de cada exercício.
Parágrafo segundo: As arrecadações do Fundo de Reserva serão
depositadas em conta especial do CONDOMÍNIO, que será movimentada
pelo síndico mediante aquiescência do Conselho Consultivo e posterior
comunicado em Assembleia.

CAPÍTULO X

DAS PENALIDADES

Art. 36º Pelo não cumprimento das disposições desta Convenção, do


Regimento Interno, regulamentos ou da Lei 4.591/64, ficarão os condôminos,
seus dependentes, locatários, funcionários ou sucessores, sujeitos às
seguintes penalidades:
a) Por infração comprovada ao art. 4º desta Convenção, multa de [R$
XXXX (xxxxxxx)], além da obrigação de repor as coisas em seu estado
primitivo no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da comunicação
escrita do síndico ou de quem suas vezes fizer;
b) Perda do direito de voto e de representação na Assembleia se não
estiver quite com o pagamento das contribuições condominiais
ordinárias, extraordinárias ou de multas aplicadas pelo síndico, por
infração comprovada da Convenção ou da Lei do Condomínio;
c) O pagamento das quotas condominiais ordinárias ou extraordinárias em
data posterior à estabelecida será acrescido dos juros moratórios de [1%
(um por cento)] ao mês, além da multa de [10% (dez por cento)], sendo
que após 180 [(cento e oitenta)] dias sem que o débito tenha sido
quitado, incidirá multa de [20% (vinte por cento)], conforme arts. 1.336 e
1.348 do Código Civil.
d) Multas aplicadas judicialmente e honorários advocatícios no caso de
cobrança judicial, que poderá ocorrer a qualquer momento, do débito
relativo a quotas condominiais ordinárias ou extraordinárias;
e) Quando ocorrerem estragos ou danos à propriedade comum por culpa
ou negligência do condômino, seja inquilino, dependentes, funcionários
ou sucessores, ou por força de defeitos nas instalações das respectivas
unidades autônomas, o responsável arcará com os custos dos reparos
que serão indicados pelo síndico que, imediatamente e por escrito,
comunicará o responsável. Ao custo dos reparos, se não realizados pelo
responsável no prazo de [30 (trinta)] dias a contar da data do
recebimento da comunicação do síndico, serão acrescidos [10% (dez
por cento)], que reverterão em favor do CONDOMÍNIO, sem prejuízo
das outras penalidades previstas em lei ou nesta Convenção;
f) O condômino que der causa a despesas suportará sozinho o excesso
correspondente;
g) Pelo não cumprimento de qualquer disposição desta Convenção, do
Regimento Interno, dos regulamentos ou da Lei do Condomínio, exceto
nos casos em que houver sito prevista outra penalidade, ficará o infrator
sujeito ao pagamento de multa de até [dois salários mínimos] vigentes
neste estado, a qual será cobrada em dobro em caso de reincidência.

Art. 37º Independente de quem tenha sido o infrator, as multas serão sempre
aplicadas ao proprietário da unidade, que poderá acionar regressivamente o
causador do dano, após o pagamento da multa.
Parágrafo único: As multas por infração a esta Convenção, ao
Regimento Interno, aos Regulamentos ou à Lei 4.591/64 serão aplicadas
pelo síndico, delas cabendo recurso para a Assembleia Geral.

CAPÍTULO XI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38º Os proprietários, promitentes compradores, cessionários, promitentes


cessionários, usufrutuários ou adquirentes a qualquer título, atuais e futuros, se
obrigam por si, seus herdeiros, locatários, funcionários, visitantes, sucessores e
qualquer ocupante, a qualquer título, pelo cumprimento desta Convenção, do
Regimento Interno, dos regulamentos do CONDOMÍNIO, sendo obrigatório, em
caso de venda, doação, cessão, legado, usufruto, locação, alienação da
unidade autônoma, a qualquer título, fazer constar dos respectivos títulos a
obrigação de respeitar a presente Convenção, o Regimento Interno e demais
regulamentos do CONDOMÍNIO.

Art. 39º Os casos omissos serão resolvidos pelo síndico, com assistência do
Conselho [Consultivo/Fiscal], à vista das leis que regem os condomínios ou da
jurisprudência firmada acerca do assunto, de forma amigável ou judicialmente.

Art. 40º A presente Convenção sujeita todo ocupante, ainda que eventual, do
CONDOMÍNIO ou de qualquer de suas partes, obrigando a todos os
condôminos, sub-rogados e sucessores, a título universal, e somente poderá
ser modificada em Assembleia Geral pelo [voto mínimo de 2/3 do total das
frações ideais].

Art. 41º Fica eleito o foro da Comarca de [Cidade/Estado], com renúncia


expressa de qualquer outro, por mais privilegiado que seja, para dirimir e julgar
qualquer ação ou, execução decorrente direta ou indiretamente da aplicação
dos dispositivos desta Convenção.
OBS.: Depois de assinada pelos condôminos que representem pelo menos 2/3
(dois terços) do condomínio, a convenção será registrada no Cartório de
Registro de Imóveis da região

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