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Olá! Seja muito bem-vindo ao Namoro Ansioso.

Se você está aqui, é porque provavelmente se


encaixa em um dos 2 perfis:

- Ou você sofre de Ansiedade e isso está te


prejudicando no seu namoro.

- Ou você namora alguém com Ansiedade e não


sabe como lidar.

- Ou seu relacionamento acabou e a Ansiedade


influenciou muito nisso.

Primeira coisa que tenho a dizer é:

Calma! Não se desespere. A gente vai vencer isso


juntos!

Não tem como falar de Ansiedade no


relacionamento sem abordar o que é Ansiedade e
explicar algumas coisas, não é mesmo?

Para isso tenho também o livro EuAnsiedade.

Continue sua leitura, tenho certeza que essas


anotações irão te ajudar!

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SE VOCÊ VIVE UM
RELACIONAMENTO ONDE O
OUTRO NÃO SE IMPORTA
TANTO, E VOCÊ QUE
SEMPRE LUTA PELOS DOIS:
As coisas são bem difíceis para você, não é
mesmo?

Você tem medo de tudo. Medo de perder, medo de


se magoar, medo de ficar sozinho...

A Ansiedade se baseia no medo, e quando esse


medo envolve uma pessoa que amamos, se torna
algo mais agonizante ainda.

É bem comum para um ansioso ter a autoestima


baixa, a gente tem o hábito de colocar o outro
acima de nós mesmos, como um super homem ou
uma super mulher, e nos colocar na posição de um
humano falho e sem nada especial.

Esse tipo de conceito faz muito mal para nós,


porque além de sermos muito inseguros, também
não sabemos nos valorizar e o outro acaba “nos
tendo nas mãos”.

Qualquer discussão ou divergência de opiniões nos


preocupa ou nos gera uma grande agonia e crises
de choro, pois qualquer coisa que acontece,
sentimos que vamos perder o outro. Isso nos faz
passar uma imagem desesperadora para o outro, e

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muitas vezes, acabamos pensando que devemos
fazer mais pelo outro, e fazemos

tanto que acaba sufocando o outro. Isso não é nada


saudável.

Os relacionamentos precisam ser baseados em 3


coisas básicas, que são:

- Confiança

- Respeito

- Espontaneidade e Reciprocidade:

Coloquei essas duas juntas, porque a reciprocidade


por “obrigação” não é uma reciprocidade sincera. O
que não é espontâneo não deve ser levado em
conta, pois adoece.

O que acontece muitas vezes nos nossos


relacionamentos, é que amamos tanto, queremos
tanto, que acabamos esquecendo que o
relacionamento deve ser uma via de mão dupla, e
acabamos fazendo tudo sozinhos, todo peso do
relacionamento vem para nós, pois somos sempre
nós que cedemos, sempre nós que aceitamos o
que nos magoa, pelo simples fato de não querer
perder a pessoa, sempre nós que nos anulamos.

Amamos mais o outro do que a nós mesmos, e


esquecemos de que se nós não nos amarmos,
ninguém saberá nos amar, afinal, quem é que gosta
de uma pessoa que não acredita em si mesma e
que não sabe se valorizar?

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Guarde no fundo do seu coração essa frase:

“Muito cuidado com o que você tolera, pois


você está ensinando o outro como ele deve te
tratar”

Você não pode aceitar ficar com alguém a qualquer


custo, sem respeitar seus limites, sem respeitar sua
saúde mental.

Você não vai se curar de uma ferida, se não se


afastar do que te feriu.

Eu sei que é difícil ler tudo isso assim, “na lata”,


ainda mais quando ainda não sabemos como nos
amar, quando ainda não sabemos como renunciar a
alguém que é tão importante para nós.

Eu já passei por isso, até começar a aprender, e


começar a seguir o raciocínio:

“É melhor doer muito de uma vez, do que me doer


aos poucos todos os dias.”

Doer todos os dias é como uma tortura, não dá nem


tempo da sua ferida sarar, e você já está cortando-a
de novo... É triste demais e você não pode aceitar
isso.

Se você já expôs ao outro o que te magoa mais de


uma vez, se já conversou, se já chorou, e ele (a)
não mudou, não deixou de fazer, isso é sinal de que
não se importa em como você se sente.

Ele (a) sabe que mesmo assim, você vai estar ali.
Isso é cômodo. Você diz que não gostou, ele (a) faz
de novo, e você continua ali, mesmo sangrando,

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mesmo sofrendo. Eu sei que você fica por amar,
mas pensa comigo:

“Quando amamos muito alguém, não queremos que


essa pessoa sofra, ainda que custe a nossa
felicidade.

Então, se o outro te ama, porque ele faz coisas que


te deixam infelizes, mesmo sabendo que você
sofre?”

Eu sei que você só quer um amor que te cuide, que


não te deixe inseguro, pois insegurança é uma das
coisas mais insuportáveis na vida de um ansioso.

Você quer um amor que te traga paz em meio a


guerra constante que você vive.

Quer alguém que te apoie, que entenda suas dores,


que te respeite.

Então me responda algumas perguntas, as


perguntas mais importantes que você vai receber,
será um divisor de águas na sua vida:

“O seu relacionamento atual te traz paz em meio ao


seu caos? Te faz feliz? Ou te traz mais insegurança
ainda?”

“Você é valorizada?”

“Quando você expõe algo que te magoa, o outro se


esforça para mudar?”

Se as respostas para essas perguntas forem “não”,


eu ainda preciso te dizer que esse relacionamento
não é para você?

Então tá!

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ESSE RELACIONAMENTO NÃO É PARA VOCÊ!

Infelizmente eu não posso mudar nada por você,


porque agora, a decisão de dar um basta é sua!
Continue lendo o livro e você saberá como tomar
essa decisão e começar a ter amor próprio!

SE POR CAUSA DE
TRAUMAS PASSADOS OU
MEDO, NÃO CONSEGUE
CONFIAR, MESMO O OUTRO
DEMONSTRANDO QUE
VOCÊ PODE CONFIAR NELE:
Bom isso é muito complexo!

Para te dizer a verdade, eu tive muita dificuldade.

Talvez você sempre quis um relacionamento onde


fosse ouvida (o), onde pudesse compartilhar suas
dores sem ser taxada(o) como “vitimista”, mas viveu
um relacionamento onde foi o oposto do que
sonhava.

Todas as vezes que tentava compartilhar suas


dores, inseguranças, ouvia as famosas frases:

“Vai ficar tudo bem, ocupa sua mente...”

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“Não fica assim, é drama desnecessário...”

“Para de verbalizar seus problemas, problema não


se conta, se resolve. Do contrário, é vitimismo”

E isso era como um banho de água fria, as vezes


você só precisava desabafar, precisava de um
abraço...

Isso fez você se tornar uma pessoa dura. Não sabe


mais colocar nada para fora. E tem receio de tudo.

Se tornou muito mais insegura (o) e sua visão de si


mesma foi

rebaixada a nada... Talvez você se sinta


extremamente incapaz e um fardo.

Talvez isso tenha acontecido com você!

Então, você olha para o seu relacionamento que


deu errado e te deixou todas essas marcas, e
pensa coisas do tipo:

- E se eu não tivesse sido tão extrema?

- E se eu tivesse insistido mais?

- E se ele também estivesse enfrentando uma


guerra interna e eu não tinha conhecimento?

- E se eu tivesse pensado só nele mais uma vez?

- E se eu tivesse sido mais compreensiva?

- E se eu não tivesse demonstrado minhas


fragilidades?

- E se eu não tivesse dito aquilo?

- E se eu tivesse me esforçado mais?

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Sabe, o “e se...” pode te corroer de uma forma que
te faça esquecer de todas as vezes que aquele
relacionamento te torturou.

De todas as vezes que você amava de uma forma


tão intensa, que se esforçava tanto, e que eu não
recebia na mesma medida.

Então, a primeira coisa que você precisa entender é


que:

O PASSADO NÃO IMPORTA.

Independentemente do que te machucou, é para


frente que se anda.

PERDOE QUEM TE FERIU.

PERDOE A SI MESMO.

O PERDÃO É A CHAVE DA CURA.

SEIGA EM FRENTE.

É justificável você ter dificuldade de confiar, mas


você precisa se agarrar na ideia de que as pessoas
não são iguais, e que sem confiança não há
relacionamento.

Você precisa expor o que sente, precisa expor o


que pensa e tentar ser bem transparente.

O diálogo é a chave.

Converse com a pessoa que você está


abertamente.

Exponha todas as suas dores e vulnerabilidades,


pois ela tem o direito de saber com o que está
lidando.

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E quando você não expõe para alguém o que te
magoou, você tira dessa pessoa a chance de se
desculpar e de não repetir.

Domine sua mente.

Mesmo depois de conversar, de expor ao outro,


você ainda pode se sentir mal, e todas as
inseguranças podem continuar existindo. Mas
apoie-se na ideia de que você já fez sua parte, já
fez o que podia.

SE VOCÊ NÃO CONSEGUE


LIDAR COM SEUS IMPULSOS
QUANDO SENTE CIÚMES OU
FICA COM RAIVA:
É muito comum passarmos por situações onde
elevam nosso nível de estresse e abala
inexplicavelmente as nossas emoções.

Costumo dizer, que pessoas que tem ansiedade,


sentem tudo ampliado. Quando ama, ama muito.
Quando sofre, sofre muito. Tudo é ampliado, mais
intenso que os sentimentos comuns.

A maior dificuldade que temos é controlar nossas


emoções diante das situações, pois nossos
pensamentos e as 654653415341 possibilidades
catastróficas que se passam na nossa mente nos

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gera medo, irritabilidade, pânico, raiva... Uma série
de sentimentos ruins ampliados, o que é muito mais
difícil conter.

Provavelmente você já passou por alguma situação


no seu relacionamento, ou ao conversar com uma
pessoa que você pretende se relacionar, onde não
se sentiu extremamente satisfeito/confortável com
algo, e aí o nosso inimigo sabotador chamado
impulso, tomou as rédeas da situação e você
acabou falando ou fazendo algo sem pensar, que
tornou a situação que não era tão grave, em um
problema ou discussão muito maior do que deveria
ser. Vou citar um exemplo:

“Gabriela namora a 6 meses com Luan, e no sexto


mês ele a presenteou com uma aliança de
compromisso.

Um belo dia, Gabriela resolve fazer uma surpresa


para Luan, e vai ao seu trabalho no final do
expediente para surpreendê-lo e irem embora
juntos.

Ao ver Luan, Gabriela percebe algo que fica


extremamente furiosa: ELE ESTÁ SEM ALIANÇA.

Luan ao vê-la fica muito contente e corre para


abraçá-la, mas Gabriela se esquiva, não o abraça e
lança a pergunta com a voz bem irritada:

- CADÊ SUA ALIANÇA?

Luan, logo tenta se explicar, dizendo que tirou para


tomar banho antes de trabalhar e esqueceu na pia
do banheiro, pois saiu com pressa...

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Mas, sabe aquelas 35641658465 possibilidades
que passam na nossa cabeça? Então. Gabriela já
pensou todas elas, tais como:

- Ele esquece a aliança justo no dia que não


pretende me ver e eu apreço de surpresa, sem ele
esperar. Essa desculpa dele é invenção.

- Se ele esqueceu é porque não tem o hábito de


usar, será que ele só usa quando vai me ver?

- Se ele não usa, é porque algum motivo tem, ele


deve estar escondendo de alguém, será que tem
outra?

- Se ele não tem outra, então não usa para que as


garotas da rua/trabalho pensem que ele é solteiro.

Enfim, diante de todos esses pensamentos, fica


quase impossível Gabriela acreditar 100% em
Luan, então ela surta com ele, vai embora com
raiva e o magoou ...

No caminho de casa, a irmã de Luan, sem saber de


nada, manda uma mensagem para Gabriela,
dizendo:

“Achei bem a aliança do Luan no banheiro,


precisei sair e coloquei ela no criado mudo do
quarto dele. Avisa ele pra mim? Pois ele não me
atende, e se você ligar ele deve atender.”

Droga!!!!

Luan estava falando a verdade, e agora?

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Gabriela já estragou o dia deles. Surtou, gritou,
ofendeu, não acreditou e ele falava a verdade.

Então, a raiva e os milhares de pensamentos que a


geraram essa raiva e esse impulso, passam e ela é
consumida pela culpa.

Ela tenta ligar para Luan, mas ele não atende, pois
está magoado com ela.

Ela começa a chorar de culpa, porque não sabe


como concertar a burrada que fez.

Era um problema pequeno, que por impulso, na


hora da raiva, ela tornou maior do que deveria ser. “

Você já passou por uma situação como essa ou


parecida com essa e gerou uma confusão enorme,
sem motivo por causa do impulso que sentiu na
hora da raiva?

A maioria das brigas em um relacionamento onde


existe alguém com ansiedade são por motivos
pequenos e bobos, justamente porque damos
ouvidos aos pensamentos catastróficos e a
paranoia que eles nos causam. O pior de tudo é
que é involuntário. Esses pensamentos surgem,
geram caos dentro de nós, e:

- Pensamentos geram sentimentos.

Essa frase que citei acima é usada em vários


treinamentos de coach, para gerar motivação, para
atraia coisas boas. Você provavelmente já ouviu
que pensamentos otimistas geram resultados
positivos.

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Da mesma forma que pensamentos otimista geram
resultados positivos, os pensamentos pessimistas
causam um caos fora do controle.

Mas, o que fazer quando se é ansioso, e na nossa


cabeça, involuntariamente, só passa pensamentos
ruins e catastróficos?

Quando pensamos nas milhares de possibilidades


catastróficas, eles nos despertam emoções ruins. E
o famoso impulso é usado negativamente.

Da mesma forma que o pensamento positivo gera


motivação e impulso para nos realizarmos no que
sonhamos, o pensamento negativa nos gera
impulso para fazer algo baseado na emoção do
momento.

Se a emoção for boa, o impulso é bom!

Mas se a emoção for ruim... Temos um grande


problema.

No caso do ansioso, os pensamentos ruins são


involuntários, não é possível extermina-los
rapidamente, exige um controle mental que
precisamos adquirir com muito treinamento e
esforço ( eu ensino como fiz para controlar isso nos
primeiros livros EuAnsiedade, que você pode
adquirir no site: euansiedade.com), então, como
exige tempo e no momento da emoção, o que
menos temos é tempo, o que precisamos aprender
a controlar é o impulso.

Eu sei que para você tudo tem que ser resolvido na


hora. Quem sofre de ansiedade não consegue
deixar nada para depois, principalmente quando se

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trata de um assunto muito sério para nós. Em
consequência disso, tomamos decisões
precipitadas (ceder ao impulso), e falamos o que

não devemos, não refletimos sobre a situação e já


vamos atropelando tudo.

Problemas precisam ser resolvidos, claro. Mas, eles


se resolvem com a razão e não com a emoção.

Não existe uma forma de resolver algo sem


raciocinar, refletir.

E esse é o erro, a parte mais difícil de um ansioso


entender e aplicar: Esperar a emoção passar, para
poder então pensar e resolver com sabedoria o
problema e questão.

Todas as vezes que você estiver em uma situação


como a de Gabriela, a decisão certa a se tomar é:

1- Deixar que o outro se explique;


2- Respirar fundo;
3- Esperar os pensamentos catastróficos
passarem (Nem que você precise dizer ao
outro:

- Calma, deixa eu raciocinar e me acalmar


primeiro.

O diálogo é a chave de toda relação. Ele que


gera a paz entre o casal, e principalmente, é
nele que é firmada a confiança.)

4- Quando os pensamentos passarem, as


emoções estarão controladas e você poderá
então pensar com racionalidade no
problema em questão.

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5- Após isso, você verá com clareza se o
problema é ou não é relevante.

“Diga não ao
impulso que é
motivado por
sentimentos
vindos de
pensamentos
catastróficos.”

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SE VOCÊ IDEALIZA DEMAIS
O OUTRO E NÃO CONSEGUE
LIDAR COM O QUE FOGE DA
SUA IDEALIZAÇÃO:

Está aí um outro grande problema que todo ansioso


enfrenta quando está namorando. A idealização.

Somos perfeccionistas, não queremos que nada


fuja do que nós planejamos, que nada dê errado.
Uma prova disso, é que em diversas situações (até
fora do que se diz respeito a relacionamento),
temos uma preocupação tão grande em não
acontecer como planejamos, que ficamos ansiosos,
criando milhares de formas de nos proteger ou
precaver para que nada saia errado. Seja em uma
prova, uma programação, ou uma conquista que
pretendemos alcançar, sempre idealizamos tudo, e
nos precavemos para que saia tudo conforme
idealizamos.

O que acontece é que, quando se diz respeito a


algo que não depende só de nós, as coisas
começam a ficar mais tensas.

Você obviamente já ouviu a frase:

“Relacionamento é uma via de mão dupla”

Exatamente! É uma via de mão dupla.

Isso significa que não depende só de nós.


Consequentemente, nem tudo vai sair da forma que
queremos e isso nos frustra.

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Nos frustra, porque esperamos que o outro haja
como a gente quer. Esperamos que o outro tenha
atitudes fofas, que o outro não esqueça datas
especiais, ou que tenha disposição para fazer as
coisas que nós faríamos, o que na maioria das
vezes não ocorre porque as pessoas não são
iguais.

Da mesma forma que muitas vezes você espera do


outro alguma atitude que você faria, o outro
também espera de você coisas que ele faria.

A diferença está na forma que você reage a isso.

Se você tem um relacionamento onde o ansioso é


você, provavelmente o outro sabe lidar melhor
quando não recebe algo que esperava de você, por
isso que as vezes você pode ter a impressão de
que o outro “não se importa”, mas na verdade, ele
até se importa, só não acha que o assunto é
relevante para criar uma discussão.

Já você, é o oposto.

Quando algo não sai como você espera, aquilo te


corrói. Você sente uma tristeza absurda,
acompanhada de uma indignação horrível.

Para entender melhor o que estou querendo dizer,


leia a situação abaixo:

“Gabriela e Luan fazem aniversário de namoro.

É sábado, fim de semana, Luan não está


trabalhando, mas está exausto porque o dia anterior
foi bem pesado no trabalho, e ele saiu até mais
tarde.

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Gabriela por outro lado, está super na ativa,
pensando em o que fazer para seu namorado.
Quando da 00:00h ela faz um texto enorme com
uma foto para ele, e coloca em suas redes sociais.

Na cabeça de Gabriela, quando ela acordar de


manhã, vai ver o comentário enorme que Luan
colocou em sua foto, mais uma foto com outro texto
enorme que ele vai postar, e assim vai começar o
dia incrível dos dois.

Gabriela acorda 9:30, antes mesmo de levantar-se


da cama, abre sua rede social para ver o
comentário e a foto do seu amado, mas, ainda não
tem nada. Nem um bom dia. Luan ainda não
acordou.

Gabriela já fica pra baixo, mas tenta ser tolerante e


entender que o namorado está descansando. Ela
conta as horas e olha o celular o tempo todo para
ver se ele já acordou, até 13:00h da tarde e nada.

Ela começa a ficar irritada e ao mesmo tempo triste,


pensa coisas do tipo:

- Hoje é nosso aniversário de namoro, e ele não


pode fazer um esforço? Se fosse o oposto, mesmo
cansada eu colocaria o celular para despertar e me
esforçaria para fazer algo para ele.

- Já são 13:00h da tarde e até agora ele não deu


um sinal de vida, não é possível que ele não
acordou nem por 5 min.

- Inacreditável, ele não está nem aí para esse dia


importante.

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Gabriela já acabou com seu humor.

Exatas 13:45h Luan envia bom dia.

“Bom dia meu amor, acordei agora. Tava


exausto, você dormiu bem?”

Ao ler a mensagem, Gabriela já não sabe mais


como controlar sua indignação. Ele nem lembrou
que dia é hoje!

Então, ela escreve um texto:

“ Caramba Luan! SÃO 13:00H DA TARDE! Você


não esqueceu de nada? Já entrou na sua rede
social? Acordei toda animada PRO NOSSO
ANIVERSÁRIO DE NAMORO, e você nem sequer
se lembrou! To cansada disso! Na boa, não
quero papo contigo!”

E envia.

Luan tinha acabado de acordar e realmente não


tinha se lembrado naquele momento, mas um dia
antes já tinha reservado um restaurante que
Gabriela era louca para ir à noite, mas, já era.

Ele se desculpou, mas isso não mudou o humor


dela.

Ela até disse que tudo bem, e relevou depois do


pedido de desculpas, mas dentro dela, ainda estava
aquela frustração...

Luan foi para casa dela, passaram a tarde juntos,


foram ao restaurante, e Gabriela estava
aparentemente bem, mas só ela sabia como ainda
estava se sentindo, embora não deixasse
transparecer para o namorado.”

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Observe que nessa situação, Gabriela esperou de
Luan o que ela faria, sem considerar o fato de Luan
não ser como ela.

Ela se frustrou, por algo que para ele não era nada
demais.

Mesmo expondo, aquilo não mudou a forma pela


qual ela se sentia. Sabe por quê?

O problema não era o Luan, nem o relacionamento,


mas a própria Gabriela.

O problema em esperar atitudes do outro como as


que você tomaria, não está no outro e sim em você
mesmo.

O que você espera, a expectativa que você cria,


é problema seu.

Muitas vezes temos a mania de depositar no outro


a responsabilidade de nos fazer feliz, quando na
verdade, essa responsabilidade é nossa. Não
podemos achar que a felicidade está no outro. Ela
deve sempre estar dentro de nós, e não do lado de
fora.

OBS: Não pense que por tudo isso que eu disse


acima, você deve aceitar menos do que merece.

Há uma grande diferença entre achar que o


outro deve ser como você idealizou e aceitar
qualquer migalha.

Na situação exposta, Gabriela se frustrou por


causa das suas próprias exigências, e não por
um erro de Luan, visto que ele havia planejado

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algo legal para os dois, e o “erro” dele não foi
algo proposital.

Agora, se você está em uma relação onde o


outro SABE que algo te magoa e mesmo assim
continua fazendo, propositalmente, ou seja, não
se importa, já é outro caso, e você não deve
aceitar mesmo!

Conclusão:

Não deposite no outro o peso de corresponder as


suas expectativas e nem pense que ele tem
obrigação de fazer o que você faria.

Entenda que vocês têm suas individualidades e que


o que você faz pela outra pessoa, não deve ser
feito visando receber a mesma coisa em troca.

As pessoas têm formas diferentes de mostrar que


se importam e tudo deve ser resolvido com diálogo.

Trabalhe em você a racionalidade. Não se mova


por emoções e ideais que você mesmo criou, pois
assim terá um relacionamento saudável.

Não se desdobre para ser quem você não é.

Muitas vezes você pode agir de forma diferente


somente para agradar o outro, e o outro pode não
fazer o mesmo por você.

Seja você! É impossível ser feliz tendo que


corresponder às expectativas dos outros. Viva para
você e por você!

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