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1 4900060404832534629
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DA ENFERMAGEM
Este bloco tratará da anamnese e exame físico no adulto, com objetivo de capacitar
o aluno para realização de anamnese e exame físico, aplicando as técnicas
propedêuticas adequadamente.
Palavras chaves: anamnese, exame físico e métodos propedêuticos.
INTRODUÇÃO A ANAMNESE
Primeira etapa do processo de enfermagem é realizada com intuito de identificar
problemas e necessidades do paciente, determinar seu estado de saúde, planejar
e implementar a sua assistência.
A anamnese é realizada através de entrevista, onde o levantamento dos dados
deve contemplar: identificação do paciente, queixa principal (o que o motivou a
buscar o serviço de saúde), história da doença atual (descrição dos sintomas,
duração, intensidade, localização, hospitalizações prévias relacionadas, entre
outros.), antecedentes fisiológicos e/ou patológicos (alergias, medicamentos
em uso, hospitalizações e cirurgias anteriores), história patológica familiar
(questionar sobre processos patológicos de pais, irmãos, cônjuges, especialmente
as de ordem crônico-degenerativas, infectocontagiosas e neoplasias) e hábitos
de vida (questionar quando a hábitos que possam ter relação com os sintomas
referidos, bem como obter informações sobre: lazer, sono, repouso, atividade física,
alimentação, hidratação, eliminações, atividade sexual uso de álcool e outras
drogas.
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Identificação
ANAMNESE
ANAMNESE
História
História da
patológica
doença atual
familiar
INTRODUÇÃO AO EXAME FÍSICO
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Segundo método propedêutico: Palpação
Baseada no toque dos seguimentos e superfícies corporais. O tato do examinador é
empregado na avaliação da textura, temperatura, umidade, localização, tamanho,
rigidez, crepitação, nódulos, massas, sensibilidade a dor, entre outros. Permite
a percepção de frêmito, flutuação, elasticidade e edema. Deve ser realizado de
forma sistemática.
Tipos de palpação:
• Superficial: pressão em profundidade de 1 cm;
• Profunda: pressão em profundidade de 4 cm.
TÉCNICAS DE
PALPAÇÃO
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Terceiro método propedêutico: Percussão
Caracteristicas dos sons produzidos na percussão
Tipo Qualidade Localização
Ressonante Clara e pouco sonora Sobre o tecido pulmonar normal
Pulmão de criança, adultos com pulmão
Hiper-ressonante Grave com quandi-dade anormal de ar (enfi-
sema);
Som de tambor, sensação de elastici- Visceras cheias de ar (estômago, intes-
Timpânico
dade tino)
Órgãos relativamente densos (figado e
Submaciço Surda e abafada
baço)
Dureza e resistência, parada súbita do
Maciço Sobre músculos, ossos ou tumores
sim, absurdamente abafada
Tipos de percussão:
• Direta: diretamente na região a ser percutida.
• Indireta: dedo médio de uma das mãos pressiona a região e dedo médio da
outra mão golpeia a falange distal.
TÉCNICAS DE
PERCUSSÃO
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Quarto método propedêutico: Ausculta
Pesquisa e avalia os ruídos produzidos pelo corpo. Deve ser realizada em ambiente
silencioso e o paciente deve ser posicionado adequadamente de acordo a área a
ser auscultada.
Tipos de ausculta:
• Direta: aplicação direta da orelha no corpo
• Indireta: Uso de estetoscópio
Estetoscópio:
• Diafragma: margem plana, sons altos. Ex: respiração, intestino e sons cardíacos
normais.
• Campânula: Forma oca e profunda, sons graves e baixos. Ex: sons cardíacos
extras e ocos.
ONDE AUSCULTAR
Pulmões Murmúrios vesiculares
Coração Bulhas Cardíacas
Vasos Sopros
Ruídos hidroaéreos no in-testino e
Abdome
peristalse no es-tômago
Quanto as características dos sons quanto mais maior sua frequência mais agudo
o som será. Quanto à altura, alto ou baixo. Qualidade, sopro ou borbulhante e
duração curta, média ou longa.
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COLETA DE EXAMES LABORATORIAIS
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COLETA SANGUÍNEA
Orientar quanto ao jejum, avaliar suspensão de medicamentos em uso, tempo de
permanência do garrote (hemoconcentração), não se recomenda colher sangue
de um acesso venoso utilizado para infusão de soluções, entretanto se esta via
for a única alternativa recomenda-se aspirar 10 a 15 ml de sangue e desprezar e
após proceder a coleta.
Principais veias de escolha: basílica mediana e cefálica, sendo a primeira a melhor
opção por ser menos propensa a formação de hematomas. No dorso da mão o
arco venoso da mão é a primeira escolha por ser mais calibroso.
• Coleta com seringa e agulha: Passar o conteúdo da seringa (sem agulha) para
o tubo de modo que o sangue escorra pela parede do mesmo.
• Coleta a vácuo: O conteúdo vai diretamente para o tubo.
COLETA DE URINA
Urina tipo 1: avalia as características físicas e químicas e os sedimentos urinários.
Preferencialmente deve ser colhida a primeira urina da manhã, caso isso não
ocorra, ficar sem urinar por pelo menos duas horas que antecedem a coleta. Para
exame parcial de urina ou cultura, a higiene da genitália deve ser feita previamente.
A amostra deve ser colhida em recipiente apropriado fornecido pelo laboratório e
identificada com nome, data e horário da coleta. Se a coleta não for realizada no
laboratório, a entrega da urina deve proceder-se imediatamente, caso isso não
ocorra, refrigerar e enviar no máximo em 1 hora.
O primeiro jato é útil para investigação do trato urinário baixo, por ser mais
concentrado. O jato médio é o ideal para compor a amostra de urina tipo 1,
uma vez que o primeiro jato eliminou parte da colonização natural da uretra e a
urina apresenta-se menos concentrada. Por fim, o jato final é útil na pesquisa de
hematúria.
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Observação: Se o paciente estiver em uso de cateterismo vesical de demora, deve-
se fechar a sonda por 30 minutos e fazer a coleta da urina através do dispositivo
localizado na extensão do coletor utilizando seringa e agulha.
CULTURAS DE VIGILÂNCIA
• Investigar/monitorar colonização por germes multirresistentes.
• Staphylococcus aureus resistente a oxacilina (MRSA): narina anterior, axilas e
região inguinal dos pacientes e profissionais.
• Enterococcus spp. resistente a vancomicina (VRE): região retal e anal.
• Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanii resistente a
carbapenêmicos:
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CATETERISMO VESICAL
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CATETERISMO VESICAL DE DEMORA
Usado quando o cateter deve permanecer por um tempo maior para drenagem
continua da urina. São utilizados sonda de látex ou silicone de 2 ou 3 vias, também
conhecidas como Sonda Vesical de Foley (SVF). Na sonda de Foley com 2 vias,
uma é utilizada para drenar a urina e outra para insuflar o balonete. Na sonda
de 3 vias, uma é utilizada para drenar a urina, outra para insuflar o balonete e a
última para irrigação. A extremidade que é introduzida no paciente tem a ponta
arredondada e romba para minimizar o risco de lesão do meato e mucosa.
O balonete (ou cuff) deve ser testado antes do uso e após a passagem da sonda
este deve-se posicionar além do colo vesical fixando assim o dispositivo dentro da
bexiga. É essencial que todo o cateter seja introduzido e após retorno da diurese
o cuff seja insuflado para se ter certeza do posicionamento correto do dispositivo,
evitando assim a insuflação na uretra. Antes da retirada do dispositivo o cuff deve
ser esvaziado.
A posição adequada do paciente no momento da inserção da sonda é o decúbito
dorsal, com membros inferiores flertidos em abdução forçada (mulheres). É
essencial o uso de material e soluções antissépticas estéreis, respeitando a técnica
asséptica.
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Calibre da Sonda
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES!
1. O sistema coletor deve ser esvaziado periodicamente, sem contaminações,
respeitando o limite de 2/3 da bolsa coletora.
2. O cateter urinário deve mantido acima do solo e abaixo do nível da bexiga.
3. É essencial a realização da higiene intima.
4. Não desconectar o sistema de drenagem da sonda.
5. Deve-se fixar o cateter adequadamente após inserção. Nos homens deve-se
fixar na região supra pública e nas mulheres na lateral da coxa.
6. Mensuração do comprimento da sonda: uretra masculina 15 a 20 cm e uretra
feminina 5 a 7,5 cm.
Adultos: 30 a 50 ml/h.
Crianças < 1 ano: 2 ml/kg/h.
Crianças > 1 ano: 1 ml/kg/h.
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SONDAGEM GASTROINTESTINAL
INDICAÇÕES
1. Descomprimir o estomago;
2. Lavagem (irrigação com água ou outros líquidos);
3. Diagnosticas distúrbios da motilidade gastrointestinal;
4. Administrar medicamentos e alimentações;
5. Comprimir um sítio hemorrágico;
6. Aspirar o conteúdo gástrico para análise;
TIPOS DE SONDA
1. Sonda de Levine: possui único lúmen, de plástico ou borracha, abertura nas
extremidades distais. Utilizada em maior frequência para descompressão,
lavagem gástrica,
2. Sonda de Dobbhoff: duplo lúmen, de poliuretano ou borracha de silicone são
tipicamente macias e tem diâmetros estreitos (6 a 12 Fr), pontas de tungstênio
e fio guia. Utilizada em maior frequência para administração de dieta
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Higienizar as mãos, apresentar-se e explicar o procedimento ao paciente;
• Posicionar o paciente sentado ou deitado com cabeceira do leito elevada a 45º;
• Inspecionar a narina e lubrificar a sonda antes da inserção
• Para passagem da sonda deve-se medir a distância do nariz até o lobo da
orelha e do lobo da orelha até o processo xifoide;
• Adição de 15cm à posição da sonda nasogástrica ou 20 a 25 cm para posição
intestinal;
• Após a confirmação do posicionamento gástrico da sonda deve-se proceder
com a fixação.
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA MANUTENÇÃO
DA SONDA GASTROINTESTINAL
• Manter o paciente sentado ou com cabeceira elevada a 45º durante administração
e até a primeira hora após termino;
• Respeitar o tempo máximo de gotejamento e troca de equipo de 24 horas;
• Lavar a sonda com 20 a 50 ml de água após administração de medicamentos;
• Confirmar posicionamento rotineiramente;
COMPLICAÇÕES COMUNS
• Mal posicionamento da sonda;
• Contaminação;
• Administração inadequada da dieta;
• Intolerância a algum componente da fórmula;
• Pneumonia aspirativa;
• Diarreia;
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ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS
NÃO ESTÉRIL
• Orofaríngea;
• Nasofaringea;
ESTÉRIL
TIPOS DE
• Orotraqueal;
ASPIRAÇÃO • Nasotraqueal;
• Tubo orotraqueal;
• Traqueostomia;
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DISPOSITIVOS PARA ASPIRAÇÃO
Sondas maleáveis, estéreis, descartáveis de tamanho adequado.
Sistema fechado: pacientes sob ventilação mecânica, sem necessidade de
interrupção da ventilação e sem abertura para o ambiente.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Lavar as mãos e respeitar a técnica asséptica;
• Usar os EPI’s (luva, mascara, capa, óculos);
• Verificar fontes e conexões de oxigênio;
• Verificar sistema de vácuo e conexões;
• Acompanhar durante a aspiração o monitor com os dados da monitorização
multiparamétrica ;
• Avaliar os sons pulmonares e a saturação de oxigênio antes e depois de iniciar
o procedimento;
• Inserir a sonda sem aplicar aspiração;
• O tempo de aspiração deve ser respeitado rigorosamente. Aspirações
prolongadas podem causar broncoespasmos, hipóxia, estímulos vagais,
arritmias e parada cardiorrespiratória.
ASPIRAÇÃO
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CUIDADOS COM OSTOMIAS
PRINCIPAIS ESTOMAS
TRAQUEOSTOMIAS
Principal estoma respiratório, realizada para acesso as vias aéreas inferiores
em situações como: ventilação mecânica prolongada, obstrução de vias aéreas
superiores, etc. Podem ser utilizadas cânulas metálicas ou plásticas.
URETEROSTOMIA
Consiste na exteriorização de parte de um dos órgãos que fazem parte do aparelho
urinário. Eles formam, armazenam ou conduzem a urina para fora do corpo. Deve
ser esvaziada ao atingir 1/3 de seu espaço preenchido.
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GASTROSTOMIA OU JEJUNOSTOMIA
Difere-se quanto a localização: jejunostomia é uma conexão direta para o jejuno
(intestino delgado) e gastrostomia é para o estomago. Empregadas diante da
necessidade prolongada de descompressão digestiva ou de suporte alimentar.
Indicações: doenças neurológicas, incapacidade de alimentar-se, atrésia ou
estenose de esôfago e risco de aspiração.
DISPOSITIVOS UTILIZADOS
COMPLICAÇÕES
• Dermatite periestoma (secundária ao extravasamento de conteúdo gástrico);
• Alargamento do orificio da sonda;
• Obstrução;
• Perda ou migração do cateter para o duodeno;
ESTOMAS INTESTINAIS
Destinados a promover o desvio do trânsito fecal, mediante construção de ânus
artificial na parede abdominal. Podem ser localizados no intestino delgado
(ileostomia) ou intestino grosso (colostomia). A ileostomia deve ser bem protusa
ao plano da parede abdominal por conta do pH das fezes.
Quanto mais alta a estomia intestinal mais liquida e corrosiva serão as fezes.
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ESTOMAS INTESTINAIS
COMPLICAÇÕES IMEDIATAS
Necrose, retração, infecção, sangramento, edema, evisceração, oclusão e fístulas.
COMPLICAÇÕES TARDIAS.
Estenose, enterorragias, dermatite prolapso, hérnia para estomal.
DISPOSITIVOS
1 peça – Não permite a visualização do estoma.
2 peças – Representa a melhor alternativa por permitir que a bolsa seja retirada
pra higienização e permite a visualização do estoma
Existem também os sistemas abertos (drenável), que permitem a que a bolsa seja
esvaziada e os sistemas fechados (não drenável) que são descartáveis.
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• Observar diametro da abertura da bolsa que deve ser
igual ou maior em até 3 mm que o estoma;
• Observar caracteristicas da pele peri=estoma;
• Registrar caracteristicas do débito, volume, cor, odor.
• Lavar o estoma apenas com água e sabão neutro. Não
é necessário lubrificação
É ESSENCIAL
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MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA
TIPOS DE
MONITORIZAÇÃO
INDICAÇÕES DA MONITORIZAÇÃO
HEMODINÂMICA
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PARAMETROS AVALIADOS NA MONITORIZAÇÃO
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Número de vezes em que o coração bate por minuto (Realiza uma sístole e uma
diástole). Encontra-se nos parâmetros de normalidade quando está entre 60 a
100 bpm, no adulto.
• Taquicardia: Elevação da FC acima de 100 bpm
• Bradicardia: Queda da FC abaixo de 60 bpm
ELETROCARDIOGRAFIA CONTÍNUA
A monitorização continua do ECG deve ser realizada continuamente em todos
os pacientes que necessitam de cuidados intensivos ou potencialmente instáveis.
Esta não substitui a realização do ECG de 12 derivações uma vez que no monitor
é possível ver apenas 2 ou 3 derivações. É padrão outro na detecção de arritmias.
Deve-se atentar para o rodízio dos eletrodos, pelo menos 1 vez ao dia para
prevenção de lesões de pele.
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SATURAÇÃO PARCIAL DE OXIGÊNIO
É um método não invasivo de monitorização contínua da saturação de oxigênio
arterial da hemoglobina (SaO²). Quando a saturação de oxigênio é medida como
oximetria de pulso é designada como SpO². Um sensor com um luz infravermelha
(hemoglobina saturada absorve mais luz infravermelha) é preso à ponta do dedo
da mão, lobo da orelha ou ponte do nariz. É necessário remover esmaltes das
unhas e atentar-se ao rodizio pelo risco de lesão cutânea proveniente do calor
dissipado pela luz infravermelha.
TEMPERATURA
A temperatura corporal é resultado do equilíbrio entre a produção de calor e a
perda de calor para ambiente. A elevação da temperatura corporal é diretamente
proporcional ao metabolismo celular, que por sua vez, eleva o consumo de
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oxigênio. A demanda aumentada de Oxigênio implica diretamente da atividade
cardiorrespiratória culminando em estresse para o metabolismo do paciente.
Os principais locais de aferição da temperatura são: região axilar, retal e oral.
PARÂMETROS:
• Normotermia: 36,6 a 37,2 ºC
• Hipotermia: < 36ºC
• Hipertermia: > 38,8 ºC
• (Febrícula: até 37,5ºC; Febre moderada: de 37,6 ºC a 38,5 ºC e Febre alta: > 38,6 ºC)
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Frequência respiratória é o número de ciclos respiratórios (inspiração e expiração) que o
organismo realiza por minuto. No adulto, a frequência normal varia de 12 a 20 ipm. Deve-
se observar as características da mecânica ventilatória e classifica-la quanto ao ritmo
(regular ou irregular), caráter (superficial ou profundo). Principais fatores que influenciam
a respiração: doenças, estresse, idade, sexo, posição corporal, drogas e exercícios.
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PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial (PA) refere-se à pressão exercida pelo sangue contra a parede
das artérias. A PA é o produto do débito cardíaco (fração de sangue ejetada pelo
coração) pela resistência vascular periférica (pressão exercida pelo sangue na
parede dos vasos).
• PAS - pressão arterial
• PAD - pressão arterial diastólica
• PAM - pressão arterial média, reflete a PAS E PAD.
• Valores de referência para adultos: 70 a 105 mmHg
• PAM de 65 mmHg (maioria das infeções na fase aguda)
• Afecções do SNC, ex: AVC isquêmico é tolerável uma PA aumentada (hipertensão
permissiva)
• ICC descompensada tolerar PAS de 90 mmHg
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MONITORIZAÇÃO INVASIVA
TIPOS DE
MONITORIZAÇÃO
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Normatiza a execução, pelo Enfermeiro, da punção
arterial tanto para fins de gasometria como para
monitorização de PAI.
RESOLUÇÃO
COEFEN 390/2011
RISCOS E COMPLICAÇÕES
Comprometimento vascular (hematoma, trombose), infecção local e sistêmica,
infecção acidental de drogas via arterial, necrose e gangrena de dígitos, desconexão
e exsanguinação e lesão nervosa (neuropatia compressiva).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Instalar suporte de transdutores de pressão na altura do eixo flebostático ou
zero hidrostático (interseção da linha axilar média e 4º espaço intercostal.
• Realizar teste de Allen antes de cateterizar a artéria radial.
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• Zerar o sistema no mínimo a cada 12h e sempre após a coleta de sangue.
• Trocar equipo, three way e transdutor a cada 72h (ou conforme rotina do
serviço).
• Observar sinais e sintomas de complicações.
• Realizar fixação segura do cateter.
• Realizar checagem diária do local de infecção do cateter.
• Limitação da canulação ao menor tempo possível (<5dias).
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GASOMETRIA ARTERIAL
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA COLETA DA GASOMETRIA ARTERIAL
• Lavar as mãos, explicar o procedimento ao paciente e usar os EPIs;
• Escolher agulha e seringa (heparinizar seringa);
• Realizar teste de Allen;
• Antissepsia local;
• Coletar amostra (Radial – agulha 30 a 45º; Femoral – agulha 90º)
• Realizar curativo compressivo;
• Realizar leitura do material no gasômetro;
• Registrar FiO2 (Se o paciente está em ventilação espontâneo em AA, registrar
21%; Cateter nasal 21 + 4x o fluxo (Ex: 2L+8 = 29 L /mim); Se VM registrar FiO2;
INTERPRETAR OS RESULTADOS.
MORTE CELULAR
pH
Acidose Alcalose
7,35 – 7,45
6,80 7,80
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VALORES DA GASOMETRIA
Acidose 7,35 pH 7,45 Alcalose
Hipocapnia 35 CO² 45 Hipercapnia
Hipoxemia 80 O² 100 Hiperoxemia
22 HCO3 24
Ganho de Bases -2 BE +2 Perda de Bases
DISTÚRBIOS PRIMÁRIOS
Caracterização
Distúrbio ácidobase Resolução fisiológica Compensação
(gasometria)
pH baixo e bicarbonato Excreção renal Hiperventilação e
Acidose metabólica
baixo de ácidos PaCO2 baixa
pH alto e bicarbonato Excreção renal de Hipoventilação e
Alcalose metabólica
alto bicarbonato PaCO2 alta
pH baixo com PaCO2 Excreção pulmonar Retenção renal de
Acidose respiratória
alto de PaCo2 bicarbonato
pH alto e PaCO2 Excreção pulmonar Excreção renal de
Alcalose respiratória
baixo de PaCo2 bicarbonato
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COMPENSAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE
• Retorno do pH a faixa de normalidade
• Compensação respiratória de uma anomalia metabólica (Resposta rápida)
• Compensação metabólica de uma anomalia respiratória (Resposta lenta)
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ACESSOS VASCULARES
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Veia jugular externa – indicada diante da necessidade de doses mais volumosas
e rápidas de medicações, líquidos e sangue ou fragilidade de acessos nos MMSS
E MMII.
A punção da veia jugular externa é competência privativa do enfermeiro,
regulamentada pelo Parecer COFEN 08/2013. Cabe destacar algumas
particularidades deste tipo de acesso, como a dificuldade de punção pela
localização anatômica, o profissional deve posicionar-se na cabeceira do paciente
por conta do fluxo invertido, atrapalha o posicionamento da cervical para ventilação
em uma RCP bem como na estabilização da cervical.
Acesso Intraósseo:
Acesso com grande destaque em pediatria, que dá acesso ao plexo venoso da
medula óssea permitindo a infusão de drogas, hemoderivados e coleta de sangue,
contudo não é possível analisar o hemograma deste tipo de amostra uma vez que
as células da medula são imaturas. Deve ser removido em até 24 horas.
É indicado nos casos de PCR, choques hipovolêmico e séptico, queimaduras
graves, estados epiléticos prolongados e desidratação intensa.
Localização: tibial proximal, tíbia distal, fêmur distal, úmero proximal e crista ilíaca
anterossuperior. Em adultos, podem ser usados esterno e rádio distal e em crianças
o local de escolha é a tíbia proximal.
A agulha deve estar bem posicionada (ereta, sem necessidade de sustentação,
sem resistência ou tumefação em partes moles durante a infusão). Observação:
não tentar nova punção num mesmo osso em caso de insucesso da primeira
tentativa, risco de extravasamento e síndrome compartimental.
Para vencer a resistência da cavidade medular pode-se administrar solução salina
em bolus, utilizar bolsa pressórica ou bomba de infusão.
As principais complicações associadas são: extravasamento de líquidos para
partes moles, infecção local, fraturas, lesão de cartilagem de crescimento e embolia
gordurosa. O acesso intraósseo é contraindicado nos casos de fratura no osso a
ser puncionado, presença de dispositivo ortopédico, infecção de pele e/ou partes
moles e doenças ósseas.
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atingir a veia cava superior ou inferior, e representa o dispositivo vascular mais
seguro a circulação sistêmica (medicamentos que podem lesar o tecido em caso
de extravasamento em vaso periférico), contudo o risco de infeção é aumentado.
Para punção, utiliza-se a técnica de punção vascular percutânea com dispositivo
plástico sobre agulha.
Indicações: monitorização hemodinâmica invasiva, infusão de soluções cáusticas
e irritantes ou hiperosmóticas, hemodiálise, estimulação cardíaca artificial
temporária, nutrição parenteral, quimioterapia e dificuldade de acesso periférico.
Contraindicações: trombose da veia, infecção subjacente ao local, coagulopatia
(relativa).
Quanto as complicações, destacam-se: infecção primária de corrente sanguínea,
tromboflebite séptica, septicemia, endocardite e celulite periorifício.
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FERIDAS E COBERTURAS
A Pele propicia:
• Proteção do corpo contra o meio ambiente, abrasões, perda de líquido,
substâncias nocivas e microrganismos invasores.
• Regulação do calor através das glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos.
• Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminações sensitivas.
• Síntese de vitamina D.
• A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e substâncias vitais
(líquidos), formando assim o maior órgão do corpo.
FERIDAS
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O processo cicatricial é comum a todas as feridas, independentemente do agente
que a causou, é sistêmico e dinâmico e está diretamente relacionado às condições
gerais do organismo
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Fase inflamatória: Esta fase se inicia imediatamente após a lesão, com a liberação
de substâncias vasoconstritoras (hemostasia) e o endotélio lesado e as plaquetas
estimulam a cascata da coagulação. O coágulo é formado por colágeno, plaquetas
e trombina, que servem de reservatório proteico para síntese de citocinas e fatores
de crescimento, aumentando seus efeitos. Desta forma, a resposta inflamatória se
inicia com vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, promovendo a
quimiotaxia (migração de neutrófilos para a ferida).
Fase proliferativa: A fase proliferativa é constituída por quatro etapas
fundamentais: epitelização, angiogênese, formação de tecido de granulação e
deposição de colágeno. Esta fase tem início ao redor do 4º dia após a lesão e se
estende aproximadamente até o término da segunda semana.
Fase de maturação ou remodelamento: a característica mais importante desta
fase é a deposição de colágeno de maneira organizada, por isso é a mais importante
clinicamente.
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Complicações da cicatrização
Infecção, Hemorragia, Deiscência, Evisceração, fístula.
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ÚLCERAS POR PRESSÃO
Este bloco tratará dos cuidados de enfermagem relacionados a úlceras por pressão
(lesão por pressão), com objetivo de capacitar o aluno para conhecer as medidas
preventivas, fatores de risco e cuidados com a lesão.
Palavras chaves: feridas, lesão por pressão.
Úlcera por pressão é uma área localizada de necrose celular quando o tecido
mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície por tempo
prolongado. As regiões de proeminência óssea mais propícias para formação de
lesões por pressão são: regiões mentoniana, occipital, escapular, cotovelo, sacral,
ísquio, trocânter, crista ilíaca, joelho, maléolo e calcâneo.
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• Grau 4 – Perda total da espessura dos tecidos, exposição óssea dos tendões ou
músculos.
• Não graduáveis/Inclassificáveis - Profundidade indeterminada.
• Suspeita de lesão nos tecidos profundos: Profundidade indeterminada.
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FLEBITE
Este bloco tratará dos cuidados de enfermagem relacionados flebite, com objetivo de
capacitar o aluno para entender esse evento adverso e conhecer as medidas preventivas.
Palavras chaves: flebite, cateterismo vascular.
Flebite é a inflamação aguda da camada íntima da veia, causando edema, dor, desconforto,
eritema ao redor da punção e um “cordão” palpável ao longo do trajeto da veia.
Apesar de seu uso ser indispensável na prática hospitalar o cateter venoso periférico
(CVP) necessita de cuidados específicos de enfermagem tanto na inserção do
dispositivo como durante o tempo que permanece inserido. Flebite a complicação
local mais frequente, incidência entre os 3.7% e 70%.
ETIOLOGIA
• Flebite mecânica: quando relacionados ao cateter, ex trauma (inserção), calibre
do dispositivo, fixação inadequada.
• Flebite química: administração de medicamentos irritantes, ex: diluição
inapropriada, infusão rápida, presença de partículas na solução.
• Flebite infecciosa: associada à contaminação no momento da inserção,
manipulação e manutenção inadequados.
CLASSIFICAÇÃO
Grau Critérios Clínicos
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CUIDADOS GERAIS
• Higienizar as mãos antes e após a inserção de cateteres e para qualquer tipo
de manipulação dos dispositivos;
• Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido, na duração da
terapia, na viscosidade do fluido, nos componentes do fluido e nas condições
de acesso venoso;
• Selecionar cateteres de menor calibre e comprimento de cânula;
• Em pediatria selecionar vaso com maior probabilidade de duração de toda a
terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e braço (região
abaixo da axila).
• Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas
abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração,
flebite, necrose);
• Realizar fricção da pele com solução a base de álcool;
• Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no
máximo, quatro no total;
• Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril (gaze e fita adesiva
estéril, tempo menor que 48h);
• A cobertura deve ser trocada se suspeita de contaminação ou se úmida, solta,
suja ou com a integridade comprometida.
• Avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas adjacentes por inspeção
visual e palpação e valorizar as queixas do paciente.
• A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária.
• O cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96 h.
• Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o cateter rotineiramente,
• Acessos arteriais periféricos - Trocar transdutores a cada 96 horas, juntamente
com os seus acessórios e soluções para flush.
• Equipos de infusão contínua não devem ser trocados em intervalos inferiores a
96 horas.
• Trocar equipos de administração intermitente a cada 24 horas.
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