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ALTERNATIVAS DO TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO E AVALIAÇÃO DAS Nº: 32005-11


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ALTERNATIVAS DO TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO


E AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE LANÇAMENTO DO
EMPREENDIMENTO EDIFÍCIO PREMIUM

ANO – 2011

NMM PUMPS REPRESENTAÇÃO E CONSULTORIA LTDA (2011)


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EMPRESA RESPONSÁVEL PELO EMPREENDIMENTO

Razão Social: Quadra Engenharia LTDA. Contato: Tony Couceiro

Av.Braz de Aguiar, 487 Telefones: (91) 3184-1100


Endereço: Bairro: Nazaré –Belém, Pará - Brasil
CEP: 66.035-000 e-mail: tonycouceiro@quadraengenharia.com.br
www.quadraengenharia.com.br

NMM PUMPS REPRESENTAÇÃO E CONSULTORIA LTDA

Rua Ó de Almeida, 490 Sala 402 Cep 66017-050 Campina Belém, PA

neysonmm@uol.com.br
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Tel/Fax 0 (**) 91 3259 0294

ESTA EQUIPE PARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO

E RESPONSABILIZA-SE TECNICAMENTE POR SUAS RESPECTIVAS ÁREAS

FORMAÇÃO/ REGISTRO RESPONSABILIDADE


TÉCNICO
PROFISSIONAL
Engenheiro Sanitarista
Avaliação de alternativas de tratamento
MSc e DSc.em Hidráulica e
Neyson Martins Mendonça de esgoto, elaboração de peças gráficas
Saneamento
e análise das condições de lançamento
CREA/PA 14.573-D
Elaboração de planilhas de cálculo das
alternativas do tratamento de esgoto
Miquéias de Freitas Leão Eng. da Computação
sanitário e da avaliação das condições de
lançamento

PRODUÇÃO GRÁFICA NMM PUMPS REPRESENTAÇÃO E CONSULTORIA LTDA

PROIBIDA A REPRODUCAO TOTAL OU PARCIAL DESTE DOCUMENTO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO
DOS AUTORES, EXCETO PARA A FINALIDADE A QUAL ESTA SENDO FORNECIDO
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS CONFORME LEI Nº. 9.160 DE 19/02/1978

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SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS .................................................................................................................................................4
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................................................................5
1.APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................................6
2.DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO: ................................................................................................................7
2.1.Descrição e Localização do Empreendimento..................................................................................................7
2.2.Responsável Técnico........................................................................................................................................8
3. ESTUDO DE ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO .......................................................................8
3.1.Considerações Gerais.......................................................................................................................................8
3.2.Fixação de critérios hidráulicos e características do esgoto sanitário..............................................................9
3.3.Descritivo e fluxograma das alternativas de tratamento de esgoto sanitário: ................................................10
3.3.1.Determinação quantitativa da capacidade hidráulica da ETE .................................................................12
3.3.2.Pré-dimensionamento – ETE -Reator UASB (1ª Alternativa): .................................................................12
3.2.3. Pré-dimensionamento – ETE -Reator ETE -Reator UASB + Biofiltro Aerado Submerso (2ª
Alternativa) ............................................................................................................................................16
3.2.4. Pré-dimensionamento – ETE Lodos Ativados de Fluxo Intermitente(3ª Alternativa) .............................18
3.2.5. Resumo das alternativas de tratamento de esgoto sanitário e comparação ..........................................22
.4.Memorial Técnico Descritivo da alternativa de tratamento de esgoto sanitário selecionada: ......................25
3.4.1.Considerações Gerais ..............................................................................................................................25
3.4.2. Descrição da Operação da Estação de Tratamento de Esgoto Selecionada.........................................26
3.4.3. Características do Efluente Tratado Estação de Tratamento de Esgoto para Lançamento...................28
4. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE LANÇAMENTO DO EFLUENTE DA ETE ...............................................28
4.1. Vazão e DBO5,20°C ..........................................................................................................................................28
4.2. Oxigênio Dissolvido........................................................................................................................................32
4.3. Temperatura...................................................................................................................................................33
4.4. Potencial Hidrogeniônico (pH) .......................................................................................................................34
5.REFERÊNCIAS TÉCNICAS..................................................................................................................................35
6.ANEXO ..................................................................................................................................................................37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1.Características do esgoto sanitário a ser tratado........................................................................................9


Tabela 2. Comparação entre 1ª Alternativa, 2ª Alternativa e a 3ª Alternativa de tratamento de esgoto
sanitário.................................................................................................................................................23

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização do empreendimento habitacional multifamiliar : Edifício Premium. ........................................8


Figura 2. Fluxograma do tratamento de esgoto sanitário - 1ª Alternativa (Tratamento Preliminar: peneira
autolimpante de canal seguida de desarenador tipo canal e Tratamento Secundário: UASB). ..........11
Figura 3. Fluxograma do tratamento de esgoto sanitário - 2ª Alternativa (Tratamento Preliminar: peneira
autolimpante de canal seguida de desarenador tipo canal e Tratamento Secundário:
UASB+Biofiltro Aerado Submerso). ......................................................................................................11
Figura 4. Fluxograma do tratamento de esgoto sanitário - 3ª Alternativa (Tratamento Preliminar: peneira
autolimpante de canal seguida de desarenador tipo canal e Tratamento Secundário: lodos
ativados de fluxo intermitente). .............................................................................................................11
Figura 5. Esquema de localização da estação de tratamento de esgoto sanitário (1ª Alternativa).........................24
Figura 6.Seqüência operacional de conjunto moto-bomba de EEB com operação automatizadas. .......................27
Figura 7. Comportamento da DBO5,20°CEFLUENTE(a), Qdiluição(b), Qindisponível (c)e ∆Q(d) para as
condições de contorno de lançamento do efluente da ETE. ................................................................31

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1.APRESENTAÇÃO

A NMM Pumps Representação e Consultoria LTDA., visando atender ao escopo do contrato de prestação de
serviço celebrado com a Quadra Engenharia, apresenta o parecer técnico “Alternativas do Tratamento de Esgoto
Sanitário e Avaliação das Condições de Lançamento do Empreendimento Edifício Premium e mais extensão externa de
Residências Unifamiliares”. Assim, a seguir para melhor entendimento desse documento, far-se-á exposição sucinta
sobre esses itens.
No item Descrição do Empreendimento descrevem-se as principais informações a respeito da localização do
empreendimento, quantidade de pavimentos, área construída, e características dos ambientes do pavimento térreo e
lazer, pavimentos tipo, cobertura, casa de máquinas, etc.
Para o item Alternativas do Tratamento de Esgoto Sanitário são apresentados o resumo das alternativas de
tratamento de esgoto sanitário pré-selecionadas, fluxogramas de tratamento contendo as unidades que integram cada
alternativa (tratamento preliminar e secundário), fixação dos critérios hidráulicos e características do esgoto sanitário a
ser tratado, pré-dimensionamento das três (03) alternativas de tratamento a serem estudadas, quadro comparativo das
alternativas em termos de vazão, potência, eficiência de remoção de DBO, DBO do efluente tratado, índice de
compacidade e produção especifica do lodo para seleção da alternativa mais adequada em termos técnico-econômico-
ambiental.
E no com relação a Avaliação das Condições de Lançamento do Efluente da ETE do Edifício Premium mais
extensão externa de residências unifamiliares apresentam-se as condições de contorno e cálculos efetuados para
avaliação das condições de lançamento do efluente da ETE em termos do comportamento das seguintes variáveis como:
vazão (Q), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Oxigênio Dissolvido (OD), temperatura (T) e potencial
hidrogeniônico (pH) para os cenários de vazão máxima e média e discussão dos resultados em conformidade com as
diretrizes previstas na legislação ambiental brasileira e literatura técnica especializada.

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2.DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO:

2.1.Descrição e Localização do Empreendimento

 Identificação do empreendimento: Edifício Premium com 23 pavimentos e 17.116,84 m² de área total construída,
compreendido em terreno com 3.138,45 m², medindo de frente 57,48m; lateral direita de 36,84m/11,88m/23,21m/42,59m;
lateral esquerda de 100,41m e fundos de 23,80m/5,35m/5,33m/7,08m/8,09m. As unidades principais que integram esse
empreendimento habitacional multifamiliar são: 01 (um) pavimento térreo; 01 (um) pavimento lazer; 19 (dezenove) pavimentos
tipo e 01 (uma) cobertura duplex.
E com relação ao pavimentos o empreendimento: Edifício Premium esses serão:

- Pavimento Térreo: Hall social, 02 elevadores social, 01 elevador de segurança, central de gás, medidores, geradores,
guarita, garagem (122 vagas de garagem), depósito, antecâmara e escada.

- Pavimento Lazer: Administração, copa, pressurização, hall de serviço, 02 elevadores sociais, 01 elevador de segurança,
sala para sauna, sala para ducha, espaço zen, salão de festas, sala de jogos adultos, deck, piscina, fitness, home theater,
vestiário masculino, vestiário feminino, pub, antecâmara e escada.

- Dezenove (19) Pavimentos tipo (com 2 unidades habitacionais por andar): Estar, 03 terraços, mezanino, galeria, family room,
lavabo, adega, sala de jantar, cozinha, 03 suítes, 03 áreas de banho, suíte máster, closet, área de serviço, área de despejo,
banheiro de serviço, terraço técnico, hall de serviço, 02 elevadores sociais, 01 elevador de segurança, antecâmara e escada.

- Cobertura Duplex (com 2 unidades habitacionais): Nível Inferior: Estar, 08 terraços, 02 terraços descobertos, mezanino,
galeria, family room, lavabo, adega, sala de jantar, cozinha, deck, piscina, área de serviço, área de despejo, banheiro de
serviço, terraço técnico, hall de serviço, 02 elevadores sociais, 01 elevador de segurança, antecâmara e escada. E Nível
Superior: 03 suítes, 03 áreas de banho, suíte máster, closet, 02 áreas de banhos (Sr. e Sra.), 02 elevadores sociais, 01
elevador de segurança, antecâmara e escada.

- Barrilete: 02 barriletes, 01 elevador de segurança, antecâmara e escada.

- Casa de Maquinas e Caixa d’água: 02 caixas d’água e escada.

 Localização: Município de Belém (PA) - situado na Rua Nelson Ribeiro Nº 93 – Bairro do Telégrafo. A seguir pode-se
observar na Figura 1 a localização do empreendimento mencionado nesse documento.

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Av.Pedro Álvares Cabral

Rua Nelson Ribeiro

Tv José Pio
01°°25’54,89” S
48°°29’31,26” O

Edifício
Premium

Baia do
Guajará
TV. Manoel
Evaristo

Figura 1. Localização do empreendimento habitacional multifamiliar : Edifício Premium.

2.2.Responsável Técnico

Identificação do(s) responsável(eis) pela elaboração do relatório técnico com os seguintes dados:
 Nome: Neyson Martins Mendonça
 Formação: Engenheiro Sanitarista
 Registro profissional no conselho de classe: CREA PA 14573D
 Endereço : Rua Ó de Almeida, 490 Sala 402 Cep 66017-050 Campina Belém (PA)
 Telefone, fax; (91) 9177-9716
 E-mail: neysonmm@uol.com.br

3. ESTUDO DE ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO

3.1.Considerações Gerais
O estudo de alternativas do tratamento de esgoto do Edifício Premium que consta no presente documento envolve
tratamento das águas cinzas (águas servidas provenientes de pias, chuveiros, etc.), amarelas (urina) e negras (águas fecais)
geradas no referido empreendimento habitacional multifamiliar, mais extensão externa de residências unifamiliares localizadas
na Tr. Manoel Evaristo ou Rua Nelson Ribeiro.
Para esse estudo os níveis de tratamento pré-selecionados para fase líquida foram: o preliminar e o secundário, os quais
destinam-se, respectivamente, a remover material grosseiro (plásticos, tecidos, latas, pedras, etc.), matéria orgânica (DQO
e/ou DBO) e sólidos suspensos totais (SST).
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O tratamento preliminar será realizado por peneiras autolimpantes de canal seguindo de desarenador tipo canal com
câmara dupla. E com relação ao tratamento secundário são apresentados três (03) alternativas distintas envolvendo
processos biológicos anaeróbio e aeróbio, que são: Reator UASB (1ª Alternativa), Reator UASB mais Biofiltro Aerado
Submerso (2ª Alternativa) e Sistema de Lodos Ativados de Fluxo Intermitente (3ª Alternativa). Para cada alternativa, foram
fixadas as condições de contorno necessárias para mensurar os aspectos quantitativos em termos hidráulicos (vazão
máxima, média e mínima) e de carga orgânica, de maneira a se pré-dimensionar as unidades de tratamento para que ao final,
possam ser comparados os aspectos relativos a demanda de área a ser ocupada pela unidade de tratamento, qualidade do
efluente produzido e eficiência de remoção de acordo a Resolução N.430/2011 do CONAMA, produção de lodo e demanda de
energia elétrica, os subsidiaram a escolha da concepção básica do tratamento de esgoto sanitário a ser implantado no
referido empreendimento habitacional.

3.2.Fixação de critérios hidráulicos e características do esgoto sanitário

A fixação dos critérios hidráulicos e características do esgoto sanitário a ser tratado fora efetuada com base nos valores
fixados na NBR-9649/1986-Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário, Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de
Água (PDSAA) da Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA) e literatura especializada (Metcalf & Eddy,2003).
Particularmente, em relação as características do esgoto sanitário os valores assumidos na Tabela 1, são para esgoto
concentrado, os quais foram considerados de maneira a se obter a máxima produção de lodo, geração de biogás e demanda
de oxigênio durante os pré-dimensionamentos de alternativas a serem estudadas. Assim, a seguir apresentam-se os critérios
técnicos que dão subsídio ao estudo de alternativas de tratamento de esgoto:
♦ População do Edifico Premium: 200 hab (19pav.x2und./pavx5hab/und.=190hab-2cobert.x5hab/cobert.=10hab);
♦ População da extensão externa: 100 hab (Tr. Manoel Evaristo ou Rua Nelson Ribeiro);
♦ Coeficiente do dia de maior consumo (k1):1,5 (NBR-9649/1986);
♦ Coeficiente da hora de maior consumo (k2): 1,2 (NBR-9649/1986);
♦ Coeficiente do dia de menor consumo (k3): 0,5 (NBR-9649/1986);
♦ Contribuição per capta de esgoto: 250L/hab.dia (PDSAA-COSANPA);
♦ Coeficiente de retorno de esgoto (C): 0,80 (NBR-9649/1986);
♦ Características do esgoto sanitário: Tabela 1 (Tipo de Água Residuária: esgoto sanitário concentrado).
Tabela 1.Características do esgoto sanitário a ser tratado.
CARACTERÍSTICAS DO ESGOTO UNIDADES VALORES
Temperatura °C 27°C
DQO mgO2.L-1 800
DBO mgO2.L-1 350
ST mg.L-1 1.230
SST mg.L-1 400
Fósforo total mgP.L-1 12
NTK mgN-NH3.L-1 70
N-amoniacal mgN-NH3.L-1 45
Fonte:Metcalf & Eddy (2003).

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3.3.Descritivo e fluxograma das alternativas de tratamento de esgoto sanitário:

Nesse item serão apresentados os descritivos sumarizados das três (03) alternativas pré-selecionadas envolvendo
processos biológicos anaeróbio e aeróbio para tratamento de esgoto sanitário e os respectivos fluxogramas de tratamento de
cada alternativa.

♦ 1ª Alternativa: Essa alternativa, prevê o tratamento de esgoto sanitário, mediante emprego do digestor anaeróbio de fluxo
ascendente (UASB). Tal unidade de tratamento, é constituído de duas regiões principais: a de digestão e a de sedimentação.
Na região de digestão do reator, o esgoto desarenado é encaminhado em fluxo ascendente com velocidade ≤ 1,5 m/h, de
maneira a atravessar manto de lodo, com concentração de cerca de 1,5 a 4% de microrganismos anaeróbios, os quais
agrupam-se em grânulos, e são os responsáveis pela degradação da matéria orgânica e produção de biogás. Depois de
atravessar o manto de lodo, o esgoto digerido, segue para região de sedimentação, onde se acontece a sedimentação dos
sólidos e à separação do biogás, devido a existência do dispositivo separador de fases (sólido-líquido-gás). O líquido tratado
após sofre a separação das fases segue em sentido ascendente até parte superior do reator para ser coletado e então
encaminhado para lançamento.
♦ 2ª Alternativa: Nessa alternativa se prevê a associação em série do reator UASB e Biofiltro Aerado Submerso(BAS) para
tratamento de esgoto sanitário. No BAS, o tratamento do esgoto ocorre por processo aeróbio, que se inicia com alimentação
do efluente tratado do UASB em sentido ascendente na parte inferior do BAS, seguida da aeração concomitante efetuada por
sopradores e difusores de ar, os quais fornecem oxigênio necessário ao desenvolvimento dos microrganismos aeróbios que
crescem aderidos ao meio suporte existente ao longo da altura do BAS e que são os responsáveis em remover os compostos
orgânicos solúveis e as partículas em suspensão remanescentes do efluente tratado do UASB, ou seja, em efetuar o pós-
tratamento do reator UASB. O líquido tratado do BAS após passar pelo meio suporte é então encaminhado, para coleta na
parte superior do reator seguindo posteriormente para lançamento.
♦ 3ª Alternativa: Tal alternativa presume emprego do sistema de lodos ativados de fluxo intermitente para tratamento de
esgoto sanitário. Esse tratamento, acontece por processo aeróbio, em ciclo operacional que compreende etapas de
enchimento, reação, sedimentação, esvaziamento e repouso no reator (tanque de aeração). A etapa de enchimento consiste
na entrada do esgoto desarenado até volume pré-estabelecido no tanque de aeração(enchimento estático - sem mistura ou
aeração). Finalizado a etapa de enchimento, se inicia a reação, com acionamento do sistema de aeração, de maneira a se ter
agitação e introdução de oxigênio na massa líquida, que possibilitará desenvolvimento dos microrganismos aeróbios
agrupados em flocos para degradarem a matéria orgânica presente no esgoto. Terminado, o período de reação, desliga-se o
sistema de aeração, dando início a sedimentação, etapa em que ocorre a separação sólido(lodo)-líquido(sobrenadante), em
seguida, depois de finalizado o período de sedimentação, se começa a etapa de esvaziamento, com a retirada do efluente
clarificado presente no tanque de aeração, encaminhando posteriormente esse para lançamento.

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Figura 2. Fluxograma do tratamento de esgoto sanitário - 1ª Alternativa (Tratamento Preliminar: peneira autolimpante de canal
seguida de desarenador tipo canal e Tratamento Secundário: UASB).

RIO
Figura 3. Fluxograma do tratamento de esgoto sanitário - 2ª Alternativa (Tratamento Preliminar: peneira autolimpante de canal
seguida de desarenador tipo canal e Tratamento Secundário: UASB+Biofiltro Aerado Submerso).
RIO

Figura 4. Fluxograma do tratamento de esgoto sanitário - 3ª Alternativa (Tratamento Preliminar: peneira autolimpante de canal
seguida de desarenador tipo canal e Tratamento Secundário: lodos ativados de fluxo intermitente).

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3.3.1.Determinação quantitativa da capacidade hidráulica da ETE

A seguir apresentam-se os cálculos realizados para a obtenção dos valores de vazão máxima, média e mínima.
Ressalta-se aqui que em virtude da extensão pequena de rede próxima a área destinada a implantação da estação de
tratamento de esgoto no presente cálculo de vazão não se considerou contribuição devido a taxa de infiltração na rede.
L
300hab.250 .1,2.1,5
♦ Q máx P.q.k 1.k 2 hab.d L m3
= C. = 0,8. = 1,25 ≅ 108
86400 86400 s d
L
300hab.250 3
♦ Q méd P.q hab.d = 0,69 L ≅ 60 m
= C. = 0,8.
86400 86400 s d
L
300hab.250 .0,80
♦ Q mín
P.q.k 3 hab.d L m3
= C. = 0,8. = 0,56 ≅ 48
86400 86400 s d

3.3.2.Pré-dimensionamento – ETE -Reator UASB (1ª Alternativa):

O pré-dimensionamento de ETE com digestor anaeróbio de fluxo ascendente (UASB) conterá os seguintes
elementos: carga orgânica média do esgoto bruto a ser tratado, volume e área do reator, definição da geometria do reator e
dimensões (LxBxH), carga orgânica volumétrica (COV) e carga hidráulica (CHV) de operação do reator UASB, velocidades
ascensionais de operação do reator UASB na região de digestão, obtenção das eficiências de remoção de DQO, DBO e SST,
concentrações de DQO, DBO e SST, avaliação da produção de metano e biogás, determinação da produção de lodo em
termos de massa e volume.

A seguir apresentam-se os parâmetros e as variáveis de processo fixadas para o desenvolvimento do memorial


técnico de cálculo dessa alternativa de tratamento de esgoto:
• Qmed = 864 m3/d = 36 m3/h;
• Qmax = 1.320 m3/d = 55 m3/h;
• DQO afluente (S0) = 800 mg/L;
• DBOafluente = 350 mg/L;
• T = 27ºC;
• Tempo de detenção hidráulica TDH = 8 h ( ≥ 7,0 h para Qmed. – Chernicharo, 2007);
• Altura do reator (adotado) = 4,5 m ( 4,0 ≤ H ≤ 5,0 m. – Chernicharo, 2007);
• Coeficiente de produção (Y) = 0,20 kg SST/kgDQOapl (0,10≤ Y ≤0,20 kg SST/kgDQOapl – Chernicharo, 2007);
• Coeficiente de produção de sólidos, em termos de DQO: Yobs= 0,23 kgDQOlodo/kgDQOapl. (0,11≤ Yobs ≤ 0,23 kgDQOlodo/
kgDQOapl.. – Chernicharo, 2007);
• Concentração esperada para lodo de descarte:4%( 2% a 5% – Chernicharo, 2007);
• Densidade do lodo (γ):1.020 kgSST/m3(1.010≤ γ≤ 1.020 kgSST/m3 – Andreoli, 2003).

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1) Carga orgânica média do esgoto


A carga afluente consistirá na quantidade (massa) de matéria orgânica, presente no esgoto, que entrará no reator
UASB a cada dia. Assim:

kg m3 kgDQO
L 0 = S 0 .Q med = 0,800 3
. 60 = 48 (01)
m d d

2) Volume do reator UASB


Para definição do volume, se faz necessário a adoção do tempo de detenção hidráulica (TDH) a ser aplicado no
reator UASB. O TDH consiste no tempo aproximado em que o esgoto a ser tratado permanecerá no interior do reator. Em
outras palavras, será o tempo em que determinado volume do esgoto levará para percorrer o reator desde sua entrada até a
sua saída. Assim, efetuando-se o cálculo para TDH de 8 horas:

m3
V = Q méd .TDH = 2,5 .8h ≅ 20m 3 (02)
h
3) Área e dimensões do reator UASB

V 20m 3
A UASB = = ≅ 4,44m 2 (03)
H 4,50m
Para esta área calculada, fora assumido reator com geometria quadrada a qual resulta numa dimensão de L= 2,15 m x
B=2,15 m.

4) Correção de área, volume e TDH do reator UASB


Efetuando-se as correções de área, volume e TDH com base nas dimensões L= 2,15 m x B=2,15 m e H= 4,5 m, obtém-se:
A c = 2,15.2,15 = 4,62m 2 (04)

Vc = 4,62m 2 .4,50m = 20,80m 3 (05)

20,80m3
TDHc = ≅ 8,32h (06)
m3
2,5
h

5) Verificação da carga orgânica volumétrica (COV) e carga hidráulica (CHV) do reator UASB
A carga orgânica volumétrica consiste da quantidade (massa) de matéria orgânica que será aplicada diariamente por
unidade de volume do reator UASB, enquanto que a carga hidráulica volumétrica representa a quantidade de esgoto aplicada
diariamente por unidade de volume do reator UASB. Assim efetuam-se a determinação dessas, obtém-se,
m3 kgDQO
60 .0,8
Q med .S 0 d m 3 = 2,31 kgDQO ≤ 3,50 kgDQO
COV = = 3
(07)
V 20,80m m 3 .d m 3 .d

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m3
60
Q med d m3 m3
CHV = = = 2,88 3 ≤ 5,00 3 (08)
V 20,80m 3 m .d m .d

Com isto, pode ser verificado que as COV e CHV a serem aplicadas no reator UASB, ficarão abaixo do limite
recomendado pela literatura técnica especializada.

6) Determinação das velocidades ascensionais de operação do reator UASB na região de digestão

A verificação das velocidades superficiais se faz importante, de maneira a se evitar o arraste do lodo anaeróbio
presente na região de digestão para a região de sedimentação do reator UASB. Assim efetuam-se a determinação dessas,
obtém-se,
m3
2,5
Q h ≅ 0,54 m ⇒ Para Q m (09)
v = med = 2 média : 0,5 ≤ v ≤ 0,7
A 4,62m h h
m3
4,5
Q h ≅ 0,97 m ⇒ Para Q : 0,9 ≤ v ≤ 1,1 m
v = máx = máx.
(10)
A 4,62m 2 h h

Com isto, pode ser verificado que as velocidades superficiais no reator UASB, ficarão dentro das faixas ideais.

7) Determinação eficiências de remoção de DQO, DBO e SST e características do efluente tratado do reator UASB
A literatura técnica especializada na área, com a experiência brasileira recomenda que na ausência de
estudos que relacionem, de forma sistematizada, a concentração de DQO, DBO e SST sejam utilizadas as
seguintes equações para previsão da eficiência de remoção dessas variáveis:
[ ( )] [ (
E DQO = 100. 1 − 0,68.TDH −0,35 = 100. 1 − 0,68.8,32h −0,35 ≅ 68% )] (11)

E DBO = 100.[1 − (0,70.TDH −0 ,50


)] = 100.[1 − (0,70.8,32h −0 ,50
)] ≅ 76% (12)

250 250
SST = + 10 = + 10 = 40mg / L (13)
TDH 8,32h

Estima-se, portanto, que o reator UASB removerá do esgoto bruto, cerca de 68% e 76 % da DQO e da
DBO, respectivamente, com concentração de SST no efluente de aproximadamente 40 mg/L. Em virtude, da
concentração de SST no efluente final desses reatores UASB depende de uma série de fatores como:
concentração e as características de sedimentabilidade do lodo presente no reator, velocidades nas aberturas para
o decantador, eficiência do separador de gases, sólidos e líquidos, taxas de aplicação e os tempos de detenção

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hidráulica nos compartimentos de digestão e de decantação, etc, considerou-se nesse trabalho o valor de 50 mg/L
de SST para estimativa da eficiência de remoção dessa variável.
De posse da estimativa de remoção do reator, é possível, também, estimar-se as prováveis concentrações
de matéria orgânica (na forma de DQO e DBO) a serem apresentadas no efluente do reator UASB, bem como
eficiência de remoção de SST:
 E  mg  68 mg  mg
DQO efluente = S 0 −  − S 0  = 800 − .800  ≅ 259 (14)
 100  L  100 L  L
 E  mg  76 mg  mg
DBO efluente = S 0 −  − S 0  = 350 − .350  ≅ 84 (15)
 100  L  100 L  L
 mg mg 
 400 − 50 
S −S 
.100 = 
L L  (16)
E SST =  0 ≅ 87,5
 S0  mg
400
L
7) Avaliação da produção de metano e biogás no reator UASB
O reator UASB, por tratar-se de tratamento anaeróbio, apresentará produção de biogás em seu interior. A maior
parte deste biogás se apresentará sob a forma de metano. Assim, determinando-se que o volume de metano a ser produzido
no reator será:
DQO CH4 = Q med .[(S 0 − S ) − (Yobs .S 0 )]
m 3  kg kg   kgDQO lodo kg  kgDQO (17)
DQO CH4 = 60 . 0,8 3 − 0,259 3  −  0,23 .0,8 3  = 21,41
d  m m    kgDQO aplicada 
m  d
gDQO
1atm.64
P.K DQO kgDQO
k(t ) = ⇒ k(T ) = mol ⇒ k(T ) = 2,60
[R.(273 + T )] 
0,08206
atm.L
.(273 + 27 °C ) m3
 mol o K 
kgDQO
DQO CH4 15
d m3
Q CH4 = = = 8,24 (18)
k(T ) 2,60
kgDQO d
3
m
Considerando-se que a produção de biogás contêm 70 % de metano, a vazão de biogás do reator UASB será:
m3
Q CH4 8,24 3 3
Q biogás = = d = 11,77 m ≅ 12 m (19)
[CH 4 ] 0,70 d d

8) Determinação da produção (Plodo) e volume (Vlodo) de lodo gerado pelo reator UASB
Estima-se que, a massa e volume de lodo a ser produzido no reator UASB, será:
kgSST m3 kgDQO kgSST
Plodo = Y.Q med .S 0 = 0,20 .60 .0,8 3
= 9,6 (20)
kgDQOaplicada d m d

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kgSST
9,60
P d m3 L
Vlodo = lodo = = 0,2353 = 235,30 (21)
γ.C lodo kg d d
1.020 3 .0,04
m

3.2.3. Pré-dimensionamento – ETE -Reator ETE -Reator UASB + Biofiltro Aerado Submerso (2ª Alternativa)
No pré-dimensionamento de ETE Reator UASB + Biofiltro Aerado Submerso será realizado apenas a determinação
dos aspectos técnicos para o Biofiltro Aerado Submerso, pois os do reator UASB são os mesmos que constam no item 3.2.1.
Dessa maneira, para pré-dimensionamento do Biofiltro Aerado Submerso serão obtidas as seguintes informações: carga
orgânica média do esgoto bruto a ser tratado, volume e área do reator, definição da geometria do reator e dimensões
(LxBxH), obtenção das eficiências de remoção de DQO, DBO e SST, concentrações de DQO, DBO e SST, avaliação da
demanda de oxigênio, determinação da produção de lodo em termos de massa e volume.

A seguir apresentam-se os parâmetros e as variáveis de processo fixadas para o desenvolvimento do memorial


técnico de cálculo dessa alternativa de tratamento de esgoto:
• Qmed = 864 m3/d = 36 m3/h;
• Qmax = 1.320 m3/d = 55 m3/h;
• DQO afluente (S0) = 800 mg/L;
• DBOafluente = 350 mg/L;
• EDBO-BAS (%)= 60 % (60 ≤ EDBO-BAS ≤ 75 % - Gonçalves, 2001);
• EDQO-UASB (%)=55 % (55 ≤ EDQO-BAS ≤ 65 % - Gonçalves, 2001);
• ESST-UASB (%)=60 % (60 ≤ ESST-BAS ≤ 75 % - Gonçalves, 2001);
• Carga Orgânica Volumétrica (COVDBO-BAS) = 3, 5 kg kgDBO/m3.d (3,0 ≤ COVDBO-BAS ≤ 4,0 kgDBO/m3.d - Gonçalves,
2001);
• Coeficiente de produção (Y) = 0,75 kg SST/kgDBOapl (Gonçalves, 2001);
• Taxa de aeração(Tx-aeração)=40Nm3/kgDBOremovida ( 25 ≤ Tx-aeração ≤ 40 Nm3/kgDBOremovida. – Gonçalves,
2001);
• Concentração esperada para lodo de descarte: 3% a 6% – (Andreoli, 2003);
• Densidade do lodo (γ):1.020 kgSST/m3(1.007≤ γ≤ 1.020 kgSST/m3 – Andreoli, 2003);
• Sistema de aeração: ar difuso;
• Eficiência do motor e soprador de ar(η)=0,60;
• Perda de carga no sistema de distribuição de ar (∆H) = 1,5 m.

1) Calculando a carga orgânica aplicada sobre o meio granular (CDBO-BAS):


m3 kgDBO kgDBO
C DBO −BAS = (1 − E UASB ).k 2 .Q med .DBO = (1 − 0,76).1,5.60 .0,350 3
≅ 7,64 (22)
d m d

2) Calculando o volume de meio granular do biofiltro aerado submerso (VBAS):


kgDBO
7,64
C DBO−BAS d ⇒V
VBAS = = FBAS = 2,19m
3 (23)
COVDBO−BAS kgDBO
3,5 3
m .d
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3) Calculando a área superficial e dimensões do reator BAS:


VBAS 2,19m3
A BAS = = = 1,46m2 (24)
Hleito 1,5m

Para esta área calculada, foram adotados reator quadrado com dimensão de L= 1,21 m x B=1,21 m. Em virtude de limitações
construtivas para introdução do sistema de aeração nessa unidade foram considerados dimensões de L= 1,30 m x B=1,30 m.

4) Correção de área, volume e TDH do reator BAS:


A c = 1,30.1,30 = 1,69m 2 (25)

Vc = 1,69m 2 .1,50m = 2,54m 3 (26)

2,54m3
TDHc = ≅ 1,02h (27)
m3
2,5
h

5) Calculando a vazão de ar e potência dos sopradores no BAS:


kgDBO Nm 3 Nm 3 Nm 3
Q ar = Tar .CBO BAS = 40.7,65 = 306 = 12,75 = 0,2150 (28)
d d h min
Nm 3 Nm 3 Nm 3
Q ar −REAL = fS .Q a = 1,5.306 = 459 = 0,0053
d d s
Q ar −REAL .ρ.g.(H + ∆H)
PSOPRADOR = (29)
η

Nm 3 kg m
0,0053 .1.000 3 .9,81 2 .(1,5 + 1,50m)
PSOPRADOR = s m s = 260 W = 0,260kw(0,35CV ) (29)
0,60
Para a condição em questão ser terá Conjunto Soprador de Lóbulos Rotativos Marca MD Pneumatics - Modelo Competitor
Plus 2002-21L2com Motor Elétrico de Alta Eficiência; 2 CV (≈ 2,71 kw); IV Pólos; Marca Weg de fabricação da PROVAC.

6) Produção de lodo na ETE UASB-BAS:


kgSST 7,65kgDBO kgSST
Plodo = Y.DBOaplicada = 0,75 . = 5,74 (30)
kgDBOapliacada d d

5,74kgSST SSV kgSSV


Plodo−volátil = .0,75 = 4,30 (31)
d SST d
Produção de lodo nos reatores UASB produção devida ao tratamento de esgoto:
kgSST m3 kgDQO kgSST
Plodo = Y.Q med .S 0 = 0,20 .60 .0,8 3
= 9,6 (32)
kgDQOaplicada d m d

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Em virtude de se ter o retorno do lodo de excesso do BAS para o reator UASB, e considerando-se 20% de redução do lodo
volátil, a produção total de lodo, na ETE UASB-BAS será:
kgSST  kgSST SST kgSSV  kgSST
PLODO −UASB =BAS = 9,6 +  5,74 − 0,20 .4,30  = 14,48 (33)
d  d SSV d  d
kgSST
10,48
Plodo d m3 L
VLODO −UASB+BAS = = = 0,3547 = 354,74 (34)
γ.C lodo kg d d
1.020 3 .0,04
m

7) Determinação eficiências de remoção de DQO, DBO e SST do BAS e características do efluente tratado do ETE UASB-
BAS

 E  mg  55 mg  mg
DQO BAS = S UASB −  .S UASB  = 259 − .259  ≅ 117 (35)
 100  L  100 L  L
 E  mg  60 mg  mg
DBO BAS = S UASB −  .S UASB  = 85 − .85  ≅ 34 (36)
 100  L  100 L  L
 E  mg  60 mg  mg
SSTBAS = S UASB −  .S UASB  = 50 − .50  ≅ 20 (37)
 100  L  100 L  L

3.2.4. Pré-dimensionamento – ETE Lodos Ativados de Fluxo Intermitente(3ª Alternativa)

No pré-dimensionamento de ETE Lodos Ativados de Fluxo Intermitente serão obtidas as seguintes informações:
carga orgânica volumétrica média do esgoto bruto a ser tratado, volume e área do reator, definição da geometria do reator e
dimensões (LxBxH), obtenção da eficiência de remoção de DBO, concentração de DBO, avaliação da demanda de oxigênio,
determinação da produção de lodo em termos de massa e volume.
A seguir apresentam-se os parâmetros e as variáveis de processo fixadas para o desenvolvimento do memorial
técnico de cálculo dessa alternativa de tratamento de esgoto:
• Qmed = 864 m3/d = 36 m3/h;
• DBOEB = 350 mg/L;
• DBOEFLUENTE = 35 mg/L;
• EDBO (%)= 90 % (90 ≤ EDBO-BAS ≤ 95 % - Metcalf and Eddy, 2005);
• SSTEFLUENTE = 30 mg/L(10 ≤ SSTEFLUENTE ≤ 30 mg/L - von Sperling, 1997);
• Coeficiente de produção celular: Y = 0,6gSSV/gDBO5 (0,4 ≤ Y ≤ 0,8 SSV/gDBO5- von Sperling, 1997);
• Coeficiente de respiração endógena (Kd) = 0,08 gSSV/gSSV.d (0,06 ≤ Kd ≤ 0,10 gSSV/gSSV.d - von Sperling,
1997);
• Relação SSV/SST no reator = 0,70 (0,60 ≤ SSV/SST ≤ 0,75 - von Sperling, 1997);
• Idade do lodo (θC) = 25 d (20 ≤ θC ≤ 40 d- von Sperling, 1997);
• Concentração de SSVTA (Xv) = 2.400 mg/L (1500 ≤ Xv ≤ 3500 mg/L- von Sperling, 1997);
• Tipo de sedimentabilidade no reator: ruim;
• Número de ciclos por dia (m) = 3;
• Tempo de geração de afluente por dia = 24 h;
• Estimativa inicial de tempos do ciclo : TSEDIMENTAÇÃO = 1,20 h; TDESCARTE = 1,0 h;TREPOUSO = 0,0 h;
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• Altura total do reator: HTOTAL = 4,00 m (3,5 ≤ HTOTAL ≤ 4,5m - von Sperling, 1997);
• Sistema de aeração: arerador superficial de alta rotação;
• Coeficiente da fração da matéria orgânica removida (a’) = 0,52 (-) ( Jordão & Pessoa, 2005);
• Coeficiente de respiração endógena pra transferência de oxigênio (b’) = 0,12 1/d (Jordão & Pessoa, 2005).

1) Determinação das etapas do ciclo do reator intermitente


24 24
TTOTAL = = = 8h (38)
m 3
TATIVO ( )
= TTOTAL − TSEDIMENTAÇÃO + TDESCARTE + TREPOUSO = 8h − (1,20h + 1,0h + 0h) = 5,80h (39)

TGERAÇÃO −EB 24
TENTRADA −EB−CICLO = = = 8h (40)
m 3

2) Determinação do volume do reator intermitente, concentração e massa de SSTTA


0,8 0,8 mgSS b mgSS b (41)
fb = = = 0,57 ⇒ 0,40 ≤ fb ≤ 0,65
(1 + 0,2.K d .θ C )  gSSV  mgSSV mgSSV
1 + 0,2.0,08 .25d 
 gSSV.d 
gSSV m3 mg
0,6 .25d.60 .(350 − 35 )
Y.θ c .Q média .(DQO EB − DQO EFLUENTE ) gDBO d L (42)
VREAÇÃO = = = 55,20m 3
X V .(1 + fb .K d .θ C ) mg  mgSS b 
2400 .1 + 0,57 .0,08d −1 .25d 
L  mgSSV 
TTOTAL 8,0h (43)
VTOTAL = VREAÇÃO . = 55,20m 3 . = 76,14m 3
TATIVO 5,8h
VTOTAL 76,14m 3
A TOTAL = = = 19,04m 2 (44)
H 4,0m
Para esta área calculada, foram adotados reator quadrado com dimensão de L= 4,40 m x B=4,40 m.
mg
2400
X=
XV
= L = 3.429 mg (45)
 SSV  0,70 L
 
 SST 
mg
M X = X.VTOTAL = 3.429 .76,14m 3 = 261kg (46)
L

3) Determinação do volume e altura de enchimento do reator intermitente em cada ciclo operacional


m3
60 3
Q d = 20 m
VENCHIMENTO = média = (47)
m 3 d
VENCHIMENTO 20m 3
HENCHIMENTO = H TOTAL . = 4,0m. = 1,05m (48)
VTOTAL 76,14m 3

4) Determinação do tempo de sedimentação dos sólidos suspensos no reator intermitente

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 0 ,59. X   0 ,59.3429 mg / L 
−  −  m
v = 7,4.e  1000 
= 7,4.e  1000 
= 0,98 (49)
h
H TRANSIÇÃO = fHENCHIMENTO .HENCHIMENTO = 0,1m.1,05m = 0,11m (50)
(H + H ENCHIMENTO ) (0,11m + 1,05) = 1,18h
t= =
TRANSIÇÃO
(51)
v m
0,98
h

5) Determinação das alturas das camadas do reator intermitente após sedimentação

HENCHIMENTO = 1,05m (52)


H TRANSIÇÃO = 0,11m (53)
( )
HLODO = H TOTAL − HENCHIMENTO + H TRANSIÇÃO = 4,0 − (1,05 + 0,11) = 2,84m (54)

6) Determinação das alturas das camadas do reator intermitente após sedimentação

VENCHIMENTO = 20m 3 (55)


H  0,11m
VTRANSIÇÃO =  TRANSIÇÃO .VTOTAL = .76,14m3 = 2,09m3 (56)
 HTOTAL  4,0m
H  2,84m
VLODO =  LODO .VTOTAL = .76,14m 3 = 54,04m3 (57)
H
 TOTAL  4,0 m
VTOTAL = 76,14m 3 (58)

7) Concentração de SST no lodo sedimentado


M X .1000 261kg.1000 mg
XR = = 3
= 4830 (59)
VLODO 54,04m L

8) Demanda de oxigênio e produção do lodo do reator intermitente

MO 2 = a'.(DBOEB − DBOEFL. ).Q + b'.X av .VTOTAL (60)

 kg  m3  mg  m3 kg
MO 2 = 0,52d −1 . 0,350 − 0,035 3 .60 + 0,12d −1 . 2400 .0,70 .76,14 = 25,18 (61)
 m  d  L  d d
3
m kg kg
MO 2−NORMA = 2,5.Q médio .DBO EB = 2,5.60 .0,035 3 = 5,25 (62)
d m d
kg
5,25
MO 2 d = 2,92 kg
PTOTAL = = (63)
n h h
18
d
kg
2,92
kg P
C AERADOR = 1,2 (E cos an)∴PAERADOR = TOTAL = h = 2,43CV (1,8kw ) (64)
cv.h C AERADOR kg
1,2
cv.h
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Para aerador superficial de alta rotação tipo propulsar modelo adequado é o ARPP-030 com motor de 3CV(≈ 2,21 kw),
diâmetro de boiá de 1.100mm de fabricação da ECOSAN.
kgSST
76,14m3 .3,429
V.X R m3 = 10,44 kgSST
PLODO = = (65)
θC 25d m3
kgSST
10,44
Plodo d m3 L
Vlodo = = = 3,04 = 3.042 (66)
γ.C lodo kg d d
1.001 3 .0,003429
m
9) Determinação eficiências de remoção de DBO e SST e características do efluente tratado da ETE Lodos Ativados de Fluxo
Intermitente
 1gDBO   0,85gSSV   mg  mg  1gDBO   0,85gSSV   mg  mg
DBO REATOR = DBO S +  . .SST  = 4 +  . .30  ≅ 22 (67)
 1,42gSSV   gSST   L  L  1,42gSSV   gSST   L  L
 mg mg 
 350 − 22 
 DBO EB − DBO REATOR  L L .100 ≅ 93,7 mg (68)
E DBO =  .100 = 
 DBO EB   mg  L
 350 
 L 
 mg mg 
 400 − 30 
 SSTEB − SSTREATOR  L L .100 ≅ 92,5 mg (69)
E SST =  .100 = 
 SSTEB   mg  L
 400 
 L 

Em virtude, da concentração de DBOREATOR, EDBO e ESST depender de uma série de fatores como: concentração da
DBOEB, características de sedimentabilidade do lodo, taxa de transferência de oxigênio, etc. Nesse trabalho foram
considerados para DBOREATOR, EDBO e ESST, respectivamente, de 30mg/L, 90% e 92,5%, pois esses valores
refletem referências normalmente reportadas pela literatura técnica especializada durante a operação de sistemas
de lodos ativados ( Jordão & Pessoa, 2005).

9) Determinação da relação F/M e carga orgânica volumétrica da ETE Lodos Ativados de Fluxo Intermitente
m3 mg
.350
60
F/M =
Q.S 0
= d L ≅ 0,08
gDBO (70)
X.V mg 3 gSST.d
3.429 .76,14m
L
m3 kg
60 .0,350 3
Q.S 0 d m ≅ 0,28 kgDBO (71)
L org = = 3
V 76,14m m 3 .d

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3.2.5. Resumo das alternativas de tratamento de esgoto sanitário e comparação

QCH4=8,24 m3/d;
QBIOGÁS=12 m3/d;
1ª Alternativa - ETE (UASB):
♦ População: 300 hab Qmédia=60 m3/d;
Qmédia=60 m3/d;
♦ Vazão Máxima : 180 m3/d DQO=259 m/L;
DQO=800 m/L;
♦ Vazão Média : 60 m3/d DBO=350 m/L; DBO=84 m/L;
♦ Vazão Mínima : 48 m3/d SST=400 m/L; SST=50 m/L;
♦ Regime hidráulico: Fluxo contínuo
♦ Dimensões (L x B x H): 2,15 x 2,15 x 4,50 m CONJUNTO MOTO-BOMBA
♦ Área : ≈ 4,62 m2; TDH=8,32 h
♦ TDH: 8,32 h; EDQO=68 %;
♦ EDQO(%): 68; EDBO=76 %;
♦ EDBO(%): 76; UASB ESST=87,5 %;
♦ ESST(%): 87,5;
♦ DQOUASB : 259 mg/L;
♦ DBOUASB : 84 mg/L;
♦ SSTUASB : 50 mg/L; PLODO=9,6 kg/d;
♦ Vazão de metano: 8,24 m3/d;
♦ Vazão de biogás: 12,0 m3/d;
♦ Produção de lodo: 9,6kg/d.

2ª Alternativa - ETE (UASB + BAS):


QCH4=8,24 m3/d;
♦ População: 300 hab
Qmédia=60 m3/d; QBIOGÁS=12 m3/d;
♦ Vazão Máxima : 180 m3/d Qmédia=60 m3/d;
DQO=800 m/L; DQO=259 m/L;
♦ Vazão Média : 60 m3/d DBO=350 m/L; DQO=117 m/L;
DBO=84 m/L;
♦ Vazão Mínima : 48 m3/d SST=400 m/L; SST=50 m/L;
DBO=34 m/L;
♦ Regime hidráulico: Fluxo contínuo SST=20 m/L;
♦ DimensõesUASB (L x B x H): 2,15 x 2,15 x 4,50 m TDH=8,32 h
TDH=1,02 h
♦ ÁreaUASB : ≈ 4,62 m2; EDQO=68 %;
EDQO=54,83 %;
EDBO=76 %;
♦ TDHUASB: 8,32 h; ESST=87,5 %;
BAS
EDBO=59,52 %;
♦ DimensõesBAS (L x B x H): 1,30 x 1, 30 x 1,50 m UASB
ESST=60,00 %;
♦ ÁreaBAS : ≈ 1,69 m2;
♦ TDHBAS: 1,02 h;
♦ EDQO-ETE-UASB+BAS(%): 85,38;
♦ EDBO-ETE-UASB+BAS (%): 90,28; QAR=12,75Nm3/d;
♦ ESST-ETE-UASB+BAS (%): 95; PSOP.=2CV;
♦ DQO-ETE-UASB+BAS : 117 mg/L; PLODO=14,48 kg/d;
♦ DBO-ETE-UASB+BAS : 34 mg/L;
♦ SST-ETE-UASB+BAS : 20 mg/L;
♦ Vazão de ar: 8,24 m3/d;
♦ Produção de lodo: 14,48kg/d.

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3ª Alternativa - ETE (LODOS ATIVADOS): MO2=5,25kg/d;


♦ População: 300 hab Qmédia=60 m3/d; PAERADOR=3,0CV;
♦ Vazão Máxima : 180 m3/d DQO=800 m/L;
♦ Vazão Média : 60 m3/d DBO=350 m/L;
SST=400 m/L;
♦ Vazão Mínima : 48 m3/d
♦ Regime hidráulico: Fluxo intermitente ENCHIMENTO REAÇÃO
♦ Dimensões (L x B x H): 4,4 x4,4 x 4,0 m
♦ Área : ≈ 19,40 m2;
♦ TCICLO: 8,00 h;
TDH=8,0 h
♦ EDBO- (%): 90,00;
EDBO=90,0 %;
♦ ESST- (%): 92,5; ESST=92,5 %;
♦ DBO-LODO ATIVADO : 30 mg/L;
♦ SST-LODO ATIVADO : 30 mg/L; SEDIMENTAÇÃO DESCARTE
♦ F/M: 0,08 gDBO/gSST.d; Qmédia=60 m3/d;
♦ Lorg.: 0,28kgDBO/m3.d. DBO=30 m/L;
SST=30 m/L;
PLODO=10,44 kg/d;

Tabela 2. Comparação entre 1ª Alternativa, 2ª Alternativa e a 3ª Alternativa de tratamento de esgoto sanitário.


Vazão Potência Área Produção de lodo
Alternativa EDBO(%) DBO (mg/L)
(m3/d) (kw) (m2/hab) (gSST/hab.d)
1 60 (-) ≈ 76 85 0,01540 32,00
2 60 2,71 (2,0 cv) ≈ 90 34 0,02103 48,24
3 60 2,21(3,0 cv) ≈ 90 30 0,25520 34,81

2-1 --- 2,71 (2 cv) --- --- 0,00563 16,24


3-1 0,185 2,21(3,0 cv) --- --- 0,23417 2,81

Ao se comparar as alternativas que constam na Tabela 2, observam-se as seguintes considerações sobre o tratamento de
esgoto doméstico do empreendimento do Edifício Premium mais extensão externa de residências unifamiliares:
 Em relação a compacidade (m2/hab) se verifica que a 2ª Alternativa e a 3ª Alternativa ocupam, respectivamente, áreas
1,37 vezes e 4,20 vezes superiores ao valor da 1ª Alternativa. E se considerarmos, preço do metro quadrado de ≈ R$
1.500,00/m2, se obtêm valores de: R$ 6.930,00 para 1ª Alternativa, R$ 9.465,00 para 2ª Alternativa e R$ 29.100,00 para 3ª
Alternativa, resultando assim em diferenças de R$ 2.535,00 entre 2ª e 1ª Alternativa e de R$ 22.170,00 entre 3ª e 1ª
Alternativa;
 A produção do lodo por habitante, entre os sistemas avaliados, indicam que 2ª Alternativa e a 3ª Alternativa representam,
respectivamente, incrementos de cinqüenta e um (51%) e nove (9%) por cento, quando comparada com o valor da 1ª
Alternativa. Esses aumentos na produção de lodo da 2ª Alternativa e da 3ª Alternativa, se devem ao fato dessas opções
utilizarem processo aeróbio no fluxograma tratamento do esgoto doméstico (Figura 3 e Figura 4) no qual devido o
metabolismo dos microrganismos aeróbios terem coeficiente de crescimento celular (gSST) maiores que os dos
microrganismos anaeróbios, para cada grama de matéria orgânica que é degradada (gDBO ou gDQO);
 Em relação a demanda de energia elétrica, a 2ª Alternativa e a 3ª Alternativa são opções entre as avaliadas que
demandam, respectivamente, menor e maior consumo, em ocasião do fornecimento de oxigênio para os microrganismos
aeróbios. Ainda, é importante ressaltar que em termos da exigências legais de lançamento, todas as alternativas atendem
o padrão de emissão de DBO (120mg/L) previsto no Art.21 (d) da Resolução CONAMA N.430, tendo a 2ª Alternativa e a 3ª
Alternativa valores de eficiência de remoção de DBO calculados similares e superiores ao da1ª Alternativa.
Assim, diante dos fatos verificados nessa avaliação a maior viabilidade para implantação da ETE no referido
empreendimento é a seleção da 1ª Alternativa (Figura 2), em virtude dessa demandar menor área, ter menor geração de
lodo, não necessitar de energia elétrica para o funcionamento do reator biológico e atender as diretrizes da Resolução
CONAMA N.430.
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A Figura 5 ilustra esquema de localização da ETE a ser implantada para tratamento de esgoto de acordo com a
alternativa selecionada.
Contribuição de esgoto da extensão externa de
Rua Prof.Nelson Ribeiro residências unifamiliares.

5.34
5.15 2.48 4.42 1.41 9.11

.20
2.28 PEDESTRES .521.95 .20 .20
passa volume
ENTRADA

HIDROMETRO
SERVICO

PEDESTRES
DE

ENTRADA
SOCIAL
DE
PORTARIA

3.35 1.43

VEICULOS
ENTRADA
DE
5.10
TRANSFORMADOR
AREA PARA

passa volume
GÁS

VEICULOS

.12
SAIDA

2.54
DE
2.46

5.57
.12

.12
.12

portao de elevar portao de elevar


MEDIDORES
ACES SO SERVICO

5.26(acab)
2.57

5.20(crú)

.80
ACESSO SOCIAL

5.28(acab)

5.20(crú)
5.64
CIRCULA ÇÃ O DE VE ÍCULOS

CIRCULA ÇÃ O DE VE ÍCULOS
GERADOR
.80

1.30 .12 3.01


5.20( acab)

5.20( acab)
5.20( crú)

5.20( crú)

2.58
5.37
2.70

4.50 .12 .20 1.84 .98 .12

1.29
4.50 4.50
.400 .12
2.23

.12
.25

.25

LIMITE DO
CASA DE BOMBAS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

.12
2.82

3.38
VESTIARIO FEMININO

VESTIARIO MASCULINO

.12 1.61 .12 1.30 .25 1.21 .33 1.21 .25 1.70 .12 .20 .122.40 .25 2.29 1.64.12 3.15 4.71
TERRENO
.12

( FIBRA MODULAR)

( FIBRA MODULAR)
SALA DE MOTORISTAS

CX DAGUA

CX DAGUA
1.96

15 M3

15 M3
SOBE
TERL
.87

2.67
.10

.12

.25
.49

PCF 90

HA LL DE S EGURANCA
2.528

5.26(acab)
5.20(crú)

2.049

.12
.12
2.40

.71

Contribuição de
2.12
A

A
A

A
1.70
DE SEGURANCA

Ver ao lad o
5.20 2.90 .12 1.60 .71 .12 Ver ao lado
2.250

ELEVADOR
INSTALAÇÕES

SERVICO

INSTALAÇÕES

esgoto Ed. Premium


LIMITE DO

.25
TERRENO

2.40

1.57 2.50
HALL SO CIAL

ELEVADOR
5.28(acab)

SOCIAL
5.20(crú)

4.50 .12 1.73 .12 2.15 .12 2.13 .12 4.50 6.68 5.89 4.50
5.28(acab)
HALL SOCIAL

5.20(crú)
3.85
2.40

ELEVADOR
SOCIAL
.25

2.40
2.40

CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS

5.20(acab)
4.96

5.20( crú)

2.40
2.40

.94
.33
2.40

2.40
2.40

2.40
.42

.42
2.40

2.40

ETE- Área ≈ 35 m
2
2.40

2.40

4.50 4.50 4.50 4.50 4.50 4.50 4.50 4.50

(1ª Alternativa)
2.40

2.40
.20

.20

TRATAMENTO PRELIMINAR
2.40

(Remoção de sólidos grosseiros


4.50

Ver Fol. 00 2 - IMPL Ver Fo l. 002 - IMPL


C
C

e areia)
2.40

TRATAMENTO SECUNDÁRIO
2.40
4.50

.20

(Remoção de DBO e SST)


2.40
2.40
4.74

2.40
.20
4.50

2.40

2.40 2.40 2.40 2.40 2.40 4.50 4.50 4.50 4.50 4.50 .21

Baia do Guajará
2.40
4.50

2.40
.20
2.40
2.40
LIMITE DO
TERRENO

.20
2.40
2.40

Baia do Guajará

Figura 5. Esquema de localização da estação de tratamento de esgoto sanitário (1ª Alternativa).


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.4.Memorial Técnico Descritivo da alternativa de tratamento de esgoto sanitário selecionada:

3.4.1.Considerações Gerais

A estação de tratamento de esgoto sanitário selecionada no item 3.2.4 e objeto deste memorial opera pelo
processo biológico anaeróbio, cujas etapas de tratamento são descritas de forma sumarizada a seguir:
 Unidade de Peneiramento;
TRATAMENTO PRELIMINAR
 Unidade de Desarenação; (Remoção de sólidos grosseiros e areia)
 Estação Elevatória de Esgoto Desarenado;
 Unidade de Tratamento biológico (Reator UASB); TRATAMENTO SECUNDÁRIO (Remoção de DBO e SST)

Unidade de Peneiramento: constituída por micro peneira de canal é responsável pela retenção do material grosseiro
(estopa, papel, pano, madeira, plásticos, etc.) presente no esgoto bruto, garantindo assim o funcionamento das
unidades de tratamento a jusante dessa unidade, haja vista que a presença do material grosseiro podem danificar
equipamentos de bombeamento, obstruir tubos, ocasionar o mau funcionamento de válvulas, etc pertencentes ao
sistema.

Unidade de desarenação: depois da unidade de peneiramento o esgoto peneirado será submetido a etapa de separação
física entre as partículas de areia (com diâmetro aproximado de 0,2 mm e 2,65g/cm3 de peso específico) e a fase
líquida, que acontece na unidade de desarenação mediante o deslocamento horizontal do esgoto a velocidade ≈ 0,30
m/s, a fim de que as partículas de areia se depositem no fundo da unidade e conseqüentemente evitem a deposição
dessa nas unidades subseqüentes da ETE e nem cause abrasão dos condutos, por submetê-los a freqüentes e
desagradáveis limpezas.

Estação Elevatória do Esgoto Desarenado: essa unidade destina-se a efetuar o recalque do esgoto desarenado, com
auxílio de bombas submersíveis de operação automática para a unidade de tratamento biológico (Reator UASB). Nessa
unidade da ETE também será efetuada o registro das seguintes informações: alarmes de nível alto, nível muito alto,
nível baixo e falha das bombas; cálculo da vazões de entrada/saída do esgoto desarenado e volume recalcados; cálculo
da energia (kWh) consumida pelas bombas e cálculo da energia específica de cada bomba (kWh/m³).

Unidade de Tratamento Biológico: o tratamento biológico será realizado por reator UASB (Upflow Anaerobic Sludge
Blanket Reactor), o qual internamente apresenta os equipamentos e acessórios principais: sistema de distribuição do
esgoto desarenado; separador trifásico; sistema de coleta do efluente tratado, sistema de coleta e tratamento do biogás,
sistema de amostragem e descarte do lodo de excesso. Essa unidade realizará a remoção de matéria orgânica (DBO ou
DQO) e de sólidos em suspensão (SST) presentes no esgoto desarenado, cujo tratamento inicia-se pela distribuição
uniforme do esgoto recalcado no fundo do reator, a parti do qual esse escoa em sentido ascensional através do lodo
biológico ativo (leito de lodo), entrando em contato com os microrganismos anaeróbios presentes na câmara de

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digestão, os são os responsáveis em estabilizar a matéria orgânica disponível e em produzir o biogás (constituída
principalmente por CO2 e CH4).
O biogás gerado no tratamento biológico será encaminhado para o separador trifásico onde é coletado e depois
conduzido para tratamento. O separador trifásico, apresenta placas inclinadas, que permitem a sedimentação dos
sólidos em suspensão, os quais retomaram ao leito de lodo, contribuindo assim com o enriquecimento desse e
aumentando o tempo de retenção celular no reator.
O líquido após atravessar o leito de lodo escoa através das aberturas entre as parede do reator e o separador trifásico, o
qual será coletado uniformemente por transbordamento em calhas coletoras distribuídas no topo do reator. Neste
tratamento a produção de lodo é baixa e o lodo de excesso já sai estabilizado, o qual será descartado para tanque de
acúmulo e depois encaminhado para desidratação em leitos de secagem de Estações de Tratamento de Esgoto da
Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA).

3.4.2. Descrição da Operação da Estação de Tratamento de Esgoto Selecionada

A seqüência de operação das unidades que integram a estação de tratamento de esgoto do empreendimento
Edifício Premium, inicia-se com a chegada por gravidade do esgoto sanitário bruto (EB) na caixa de passagem, a parti da qual
esse segue para a unidade de peneiramento, onde o EB passa através de uma tela de barras de ranhura contínua, com
abertura de 3 mm, a qual encontra-se inclinada em relação ao fluxo.
O material sólido flutuante, imerso ou arrastado pelo fluxo fica retido na área da tela, sendo esse posteriormente
removido pela rosca transportadora que conduz os sólidos grosseiros retidos pelo interior do tubo de condução, onde são
desaguados e descarregados em um container para acondicionamento. Ressalta-se que a unidade de peneiramento dispõe
de escovas fixadas nas bordas dos hélices da rosca transportadora que limpam a área da tela quando necessário.
Depois de passar pela unidade de peneiramento, o esgoto peneirado segue para unidade de desarenação, no qual
será realizado a remoção de areia e de sólidos minerais sedimentáveis, mediante a sedimentação desses no fundo da caixa
de areia horizontal tipo canal de limpeza manual. A areia retida nessa unidade, gradativamente irá se acumular e a remoção
acontecerá por descarga hidráulica mediante utilização de registros de descarga (φ ≈ 100 mm ), localizados no fundo da
mesma, e após essa operação o destino dessa juntamente com o material peneirado acondicionado é o transporte para o
aterro sanitário da Região Metropolitana de Belém.
Finalizado a operação de desarenação do esgoto peneirado, esse entrará no poço úmido da Estação Elevatória do
Esgoto Desarenado, no qual o sistema de bombeamento e controle (duas bombas submersíveis + painel de elétrico +
controlador + sensor de nível ultra-sônico) realizará as seguintes ações: partida e parada dos conjuntos moto-bombas (CMB)
pela indicação de nível d’água existente no poço; alternância automática dos CMB’s; registro de horas de funcionamento e
quantidade de partidas por bomba, cálculo da vazão de entrada/saída, volume recalcado; cálculo da energia (kWh) consumida
pelos CMB’s e Cálculo da energia específica de cada bomba (kWh/m³), antes de bombear esse para a Unidade de Tratamento
Biológico.

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Ainda com relação a operação da Estação Elevatória do Esgoto Desarenado, o recalque do esgoto será efetuado
por dois (02) CMB´s em paralelo, que iram funcionar mediante alternância cíclica de partida desses, ou seja, 1 CMB
(operando) + 1 reserva. Essa ação, ocorrerá da seguinte maneira: quando a água atinge o nível 1, a bomba 1 é acionada.
Nesta altura duas hipóteses podem ocorrer: a) O nível continua subindo - Neste caso, ao atingir o nível 2 a bomba 2 entra em
paralelo com a bomba 1. A vazão efluente aumenta e o nível descerá até o nível 0, quando as duas bombas serão desligadas.
No próximo ciclo ao atingir o nível 1 a bomba 2 será acionada e o nível 2 a bomba 1 (alternância de partida), garantindo-se o
mesmo número de horas em operação de cada bomba. Repete-se então o primeiro ciclo: nível 1 - Bomba 1, nível 2 - Bomba
2.; b) O nível desce - Quando atingir o nível 0, a bomba 1 desligada. Ao atingir novamente o nível 1 ligará a bomba 2
(alternância de partida) e assim indefinidamente ou até que a vazão afluente aumente de forma a cairmos no primeiro caso, o
qual é típico para as horas de pico.

Nível 2 – Partida bomba 2


Nível 1 – Partida bomba 1

Nível 0 –Parada de todas as bombas

Figura 6.Seqüência operacional de conjunto moto-bomba de EEB com operação automatizadas.

Depois de transportado pela Estação Elevatória do Esgoto Desarenado o esgoto desarenado chega a Unidade de
Tratamento Biológico (reator UASB de formato quadrado), onde é distribuído no fundo da câmara de digestão anaeróbia pela
tubulação de entrada com φ = 100 mm, em fluxo de baixo para cima, o qual permiti o íntimo contato entre a matéria orgânica
e os microrganismos anaeróbios, que através do processo de degradação realizem as etapas de hidrólise, acidogênese,
acetogênese e metanogênse, produzindo d, lodo, biogás (CH4 e CO2).
O lodo de excesso gerado no reator UASB, será encaminhado por descarga hidráulica para tanque de acúmulo, a
parti do qual, esse será succnionado por caminhões limpa fossa pra desidratação em leito de secagem, enquanto que os
gases gerados no UASB vão ser coletados no separador trifásico e depois e conduzidos por tubulação de φ = 80 mm, para
tratamento.
E o efluente tratado, ainda em escoamento ascendente, após passar pelas aberturas da estrutura dos dispositivos
de coleta de gases é encaminhado para as calhas de coleta, seguindo posteriormente por tubulação de φ = 100 mm onde
será realizado a medição da vazão antes do lançado na Baía do Guajará. Em anexo segue a apresentação de peça gráfica do
sistema de tratamento de esgoto ora descrito nesse documento.

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3.4.3. Características do Efluente Tratado Estação de Tratamento de Esgoto para Lançamento

A ETE de acordo com a descrição apresentada no item 3.4. apresentará efluente final com características físico-
químicas de acordo com os valores recomendados pela legislação ambiental brasileira (Resolução CONAMA 430/11,
Resolução DN010/1986 do COPAM e Decreto N. 8.468/1976 CETESB), obedecendo assim as seguintes condições de
lançamento:
 Temperatura (°C) : Inferior a 40°C;  Cd : 0,2 mg/L;
 pH (-) : Entre 5,0 a 9,0;  Cr+3 : 1,0 mg/L;
 DBO : 120 mg/L redução de no mínimo 60% da carga poluidora orgânica.;  Cudissolvido : 1 mg/L;
 DQO : 90 mg/L;  Ni : 2 mg/L;
 SST: 60 mg/L;  Fedissolvido : 15 mg/L;
 SD :até a 1 ml/L;  Mndissolvido: 1 mg/L;
 Solúveis em hexano (mg/L): até 100mg/L;  Pb: 0,5mg/L;
 Ba: 5mg/L;  Zn : 5mg/L.

4. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE LANÇAMENTO DO EFLUENTE DA ETE

A avaliação das condições e padrões aplicáveis ao corpo d’água da Baia do Guajará fora realizada sob as
seguintes considerações, para a ETE do empreendimento do Edifício Premium mais extensão externa de residências
unifamiliares:

Padrão das águas


Vazões da ETE Água Residuária Padrão de Emissão
Classe II
- DBO5,20°Cafluente : 350mg/L -DBO5,20°C : 120mg/L -DBO5,20°C: inferior à 5mg/L
-Qmáx.: 108 m3/d - DBO5,20°C efluente: 84 mg/L -Temperatura: inferior a 40°C, -OD: superior a 5,0 mg/L
-Qmédia: 60 m3/d - EDBO(%)= 76% elevação inferior à 3°C -pH : entre 6 e 8
-Qmínima: 48 m3/d -Temperatura: 28°C -pH : entre 5,0 e 9,0
-ODefluente: 0,0 mg/L
-pH : entre 6,0 e 8,0

4.1. Vazão e DBO5,20°C

Antes de iniciar a discussão do comportamento da vazão e da DBO5,20°C a serem mantidos na Baía do Guajará para
garantir a classe desse corpo d’água como Classe II, deve-se ressaltar que os dados de vazão que serão utilizados nesse
parecer técnico foram obtidos pela Hydros Engenharia em relatório “Estudo de Locais de Lançamento dos Rejeitos de
Dragagem” realizado em 20/09/2009 (ver anexo), no qual foram realizadas medições de vazão para as marés de sizígia e
quadratura. Os valores de vazão, para essas maré foram: 883,33 m3/s <Maré de sizígia < 872,22 m3/s e 844,44 m3/s < Maré
de quadratura < 836,11 m3/s.
No presente parecer técnico, a situação mais desfavorável para realizar lançamento de efluente na Baía do Guajará
quanto a vazão refere-se a ocorrência da Maré de Quadratura, pois é nesse regime a maré é de pequena amplitude e essa se
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segue ao dia de quarto crescente ou minguante. Dessa maneira, analisando-se os dados que constam no intervalo da Maré
de Quadratura, o valor considerado fora o mínimo de 836,11 m3/s, por ser tratar de limite restritivo, dessa maneira esse valor
de vazão será o considerado no presente parecer para avaliar a qualidade da água.
Observar-se também nesse parecer que foram determinados: a vazão de diluição (Qdiluição), a vazão indisponível
(Qindisponível) devido a reação de desoxigenação em corpo d’água, variação de vazão (∆Q) e a concentração de mistura
para DBO (Cmistura). Considerou-se além das condições de contorno mencionadas no item 3, cenários da ETE operando
com vazão máxima e média, e DBO5,20°C a montante do lançamento igual a média de 2,6 mg/L (Cunha et al,2011-ver anexo).

1) Para vazão máxima da ETE:

Para que a DBO5,20°C as águas da Baia do Guajará não ultrapassem 5 mg/L(Classe II), considerou-se padrão de
emissão de DBO5,20°C de 84mg/L (ver item 3.2.5), o qual é valor da concentração de matéria orgânica determinada para a
alternativa de tratamento de esgoto selecionada (1ª Alternativa) nesse documento. Assim, a DBO5,20°C máxima do efluente do
efluente da ETE e a concentração de mistura (Cmistura) para DBO5,20°C podem ser determinadas por meio das seguintes
expressões:

Q RIO .DBO RIO + Q EFL .DBO EFL = (Q RIO + Q EFL ).DBO CLASSE2
(72)

836,11.2,6 + 0,00125.DBO efluente = (836,11 + 0,00125 ).5 ⇒ DBO efluente ≅ 1.605.336,20mg / L

 m3 mg   m3 mg 
 0,00125 .84  +  836,11 .2,6 
 
s L   s L 
=
mg
C MIST .DBO 3 3
≈ 2,60 (73)
m m L
0,00125 + 836,11
s s

Substituindo-se os valores considerados nesse parecer para as distintas variáveis obtém-se, os seguintes
resultados para Qdiluição, Qindisponível e ∆Q:

 DBO emissão − DBO classeII 


Q diluição = Q efluente .  (74)
 DBO classeII − DBO Rio 

 mg mg 
−5
L  
84 3
Q diluição = 1,25 . L L  ≈ 41,15 L = 0,04115 m (75)
s  mg mg  s s
5 − 2,6 
 L L 

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(Q + Q diluição ).DBO classeII .e −k1.t


Q Indisponível =
efluente
(76)
DBO classeII
 m3 m3  mg −0 ,362.2 dias
 0,00125 + 0,04115 .5 .e
s s  L m3
Q Indisponível = ≈ 0,0205
mg s
5
L
 m3 m3  m3 m3
∆Q =  0,00125 + 0,04115  − 0,0205 ≈ 0,02190 (77)
 s s  s s

2) Para vazão média da ETE-(CENÁRIO 2):

Q RIO .DBO RIO + Q EFL .DBO EFL = (Q RIO + Q EFL ).DBO CLASSE2
(78)

836,11.2,6 + 0,00069.DBO eefluente = (836,11 + 0,00069 ).5 ⇒ DBO eefluente ≅ 2.908.213,70mg / L

 DBO emissão − DBO classeII 


Q diluição = Q efluente .  (79)
 DBO classeII − DBO Rio 

 mg mg 
−5
L  
84 3
Q diluição = 0,69 . L L  ≈ 22,71L = 0,02271 m
s  mg mg  s s
 5 −3 
 L L 

(Q + Q diluição ).DBO classeII .e −k1.t


Q Indisponível =
efluente
(80)
DBO classeII
 m3 m3  mg − 0 ,362 .2 dias
 0,00069 + 0,02271 .5 .e
 s s  L m3
Q Indisponível = ≈ 0,01134
mg s
5
L
 m3 m3  m3 m3
∆Q =  0,00069 + 0,02271  − 0,01134 ≈ 0,01206 (81)
 s s  s s

 m3 mg   m3 mg 
 0,00069 .84  +  836,11 .2,6 
s L   s L 
=
mg
C MIST .DBO 3 3
≈ 2,60 (82)
m m L
0,00069 + 836,11
s s

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A seguir pode-se observar na Figura 7 o comportamento comparativo da DBO5,20°C máxima, Qdiluição, Qindisponível, e ∆Q
determinados para os cenários de lançamento de efluentes da ETE ora mencionados nesse parecer técnico.

3.500 45
a) 40 b)
3.000

Vazão de diluição (L/s)


35
2.500
DBO5,20°C (g/L)

30
2.000 25
1.500 20
15
1.000
10
500 5
0 0
1º CENÁRIO 2º CENÁRIO 1º CENÁRIO 2º CENÁRIO

25
25
c)
Vazão indisponível (L/s)

20
d)
20
15
∆ Q (L/s)

15
10
10
5 5
0 0
1º CENÁRIO 2º CENÁRIO 1º CENÁRIO 2º CENÁRIO

Figura 7. Comportamento da DBO5,20°CEFLUENTE(a), Qdiluição(b), Qindisponível (c)e ∆Q(d) para as condições de contorno de
lançamento do efluente da ETE.

As informações de DBO5,20°C máxima, Qdiluição, Qindisponível, ∆Q e Cmistura foram desenvolvidas para se verificar as
interferências quantitativas e qualitativas no corpo d’água, de forma a facilitar o entendimento sobre o lançamento de efluente
tratado da ETE.
Assim, a interpretação da informação da DBO5,20°C máxima do efluente que pode ser lançada na Baia do Guajará
para que se tenha assegurado sua qualidade e os usos previstos pelo Art.4. da Resolução CONAMA 357 III - classe 2: (a.ao
abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; b.à proteção das comunidades aquáticas; c.à
recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA N. 274, de
2000; d. à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público
possa vir a ter contato direto; e, e. à aqüicultura e à atividade de pesca) é que o valor calculado (DBO5,20°C máxima), para a
vazão máxima (108 m3/d) e média (60 m3/d) de esgoto a ser tratado fora, respectivamente, ≈ 34.622 e ≈ 19.111 vezes
superior o valor previsto da DBO5,20°C efluente (84 mg/L) no projeto da ETE, e que portando essa unidade considerando-se

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o valor de DBO=350mg/L do esgoto bruto (dado do projeto) operando com eficiência de remoção DBO5,20°C de 76%(dado
calculado na 1ª Alternatiba), nas condições de contorno ora mencionadas, permitirá que esse corpo d’água possa ser
enquadrado como de classe 2.
É importante mencionar aqui os valores de DBO5,20°C efluente calculados não aconteceram na prática em
decorrência do fato, desses não serem característicos de esgotos sanitários brutos (tipicamente variam em média de 500 a
200mg/L) que necessitam ser tratados, o que pode ser verificado mediante consulta a literatura especializada (Droste,1997;
Henze et al.,1997, Metcalf and Eddy, 2005 e Mihelcic,1998).
A Qdiluição é a vazão necessária para diluir a DBO5,20°Cefluente, de maneira que a Cmistura seja igual a concentração de
DBO5,20°C permitida. Para a vazão máxima (108 m3/d) e média (60 m3/d) de esgoto os valores obtidos foram: 41,15 L/s e
22,71 L/s, respectivamente. E com relação a Qindisponível, essa representa a vazão que se torna indisponível no manancial para
outras diluições, que no caso da Baia Guajará, obtiveram-se valores de 20,50 L/s e 11,34 L/s para vazão máxima e média
da ETE, respectivamente. Tais valores, representam em termos percentuais, menos que 1,0% o valor de vazão da Baia
Guajará.
Com relação a ∆Q, essa variável representa a vazão do manancial que se tornou novamente disponível para novas
diluições de DBO5,20°, que no caso da vazão máxima e média da ETE, os valores determinados foram, respectivamente,
21,90 L/s e 12,60 L/s, os quais em relação a vazão da Baía do Guajará, representam, valores de menores que 1% ao desse
manancial.
Em termos qualitativos de DBO5,20°C verifica-se que a Cmistura da Baía do Guajará receberá para as situações de
vazão máxima e média de operação da ETE, valores de 2,60mg/L, cujo valor quando comparado com o limite de 5mg/L de
DBO5,20°C para manancial de Classe 2 indicam claramente a alta capacidade desse manancial em receber esse efluente
tratado.
Diante desse cenário e do que fora exposto, verifica-se que aspectos como: regime de lançamento em termos de
vazão e da matéria carbonácea (padrão de emissão) a alternativa selecionada, efetuará lançamento de efluente tratado sem
causar significativo impacto ambiental a qualidade da água da Baía do Guajará, e dessa maneira contribuirá para
conservação do enquadramento desse manancial como Classe 2 Resolução CONAMA N 357/05 Art.15, bem como eliminará
a emissão de fonte de poluição difusa na área de cobertura do projeto, haja vista que atualmente se observa o lançamento de
esgoto sanitário “in natura” no corpo hídrico o qual acabam ocasionando a contaminação do lençol subterrâneo.

4.2. Oxigênio Dissolvido

Lançando-se efluente da ETE com OD=0 (situação mais desfavorável) e considerando ODRio=5,44mg/L, o OD da
mistura será para a vazão máxima e média, respectivamente:

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1) Para vazão máxima da ETE:


OD MIST = (836,11.5,44 + 0 ) / (836,11 + 0,00125 ) ⇒ OD MIST = 5,44mg / L

2) Para vazão média da ETE:


OD MIST = (836,11.5,44 + 0 ) / (836,11 + 0,00069 ) ⇒ OD MIST = 5,44mg / L
Essa condição apresentada no referido parecer técnico, considera a situação mais desfavorável para o
comportamento do OD no manancial superficial, que é o lançamento do efluente tratado com OD igual a zero. Para essa
situação o ODMIST terá valores de OD ≈ 5,44mg/L, para as situações de vazão máxima e média, respectivamente. A literatura
especializada (Mihelcic,1999) reporta que quando os valores de OD estão abaixo de 4,0 a 5,0mg/L em rios, a reprodução de
peixes e macro invertebrados é impactada, e que com OD igual a zero tem-se condições de anaerobiose no corpo d’água.
Analisando-se tais situações, mediante as condições de contorno ora mencionadas, verifica-se que o lançamento de efluente
tratado da ETE, não irá ocasionar depleção significativas dos níveis de concentração de oxigênio dissolvido na Baia do
Guajará, conforme constatado pelo cálculo de mistura.

4.3. Temperatura

Para que a elevação de temperatura das águas do rio não seja superior à 3°C, a temperatura máxima das águas
residuárias pode ser determinada por meio da seguinte expressão:

∆TRIO .Q RIO . + TEFL .Q EFL


∆T = − TRIO
(Q RIO + Q EFL )

Substituindo-se os valores, para a vazão máxima e média, consideradas nesse parecer para as distintas variáveis obtém-se:
1) Para vazão máxima da ETE:

29.836,11. + TEFL .0,00125


3= − 29 ⇒ TEFL = 2.006.696°C
(836,11 + 0,00125 )

2) Para vazão média da ETE:

29.836,11. + TEFL .0,00069


3= − 29 ⇒ TEFL = 3.635.293°C
(836,11 + 0,00069 )

Portanto para atender ao requisito de elevação máxima de temperatura na Baia do Guajará após o lançamento, o
efluente tratado da ETE deveria ter temperatura máxima entre 2.006.696°C a 3.635.293°C, respectivamente, para vazão
máxima e média. Evento esse que não ocorrerá na realidade, haja vista que o sistema de tratamento realiza degradação da
matéria orgânica pela ação de microrganismos anaeróbios (Arqueas metanogênicas)  sob temperatura de 20 a 35°C (faixa

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mesofilica), e dessa maneira constata-se o atendimento a Resolução N 430/11 Art.21 b). II- temperatura: inferior a 40ºC,
sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC na zona de mistura.

4.4. Potencial Hidrogeniônico (pH)

Lançado-se os efluente tratado da ETE com pH=6,5 e considerando-se o pH = 6,68 (Cunha et al,2011-ver anexo) para Baia
do Guajará , após a mistura teremos, para a vazão máxima e média:

1) Para vazão máxima da ETE:

[H ]
+
MIST ( )
= 836,11.10 −6 ,68 + 0,00125.10 −6.5 / (836,11 + 0,00125 ) ⇒ pHMIST = 6,68

2) Para vazão média da ETE:

[H ]
+
MIST ( )
= 836,11.10 −6 ,68 + 0,00069.10 −6.5 / (836,11 + 0,00069 ) ⇒ pHMIST = 6,68

A literatura técnica (Arana,2004) comenta que o pH exerce profunda influência sobre o metabolismo e o processo
fisiológico de peixes, camarões, e de todos os organismos aquáticos, sendo reportado valores de pH=4 e de pH=11, como
letais a esses seres, e aquelas águas que compreendem valores na faixa de 6,5 a 9,0 são as mais adequadas para
produção de peixes. Analisando-se tais situações, mediante as condições de contorno ora mencionadas, verifica-se que o
lançamento de efluente tratado da ETE, não irá ocasionar alterações significativas do pH na Baia do Guajará, conforme
constatado pelo cálculo de mistura.

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5.REFERÊNCIAS TÉCNICAS

ABNT (1992) NBR 12209 - Projeto de Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, RJ. 12 p.
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Edição, 231p, Editora UFSC. Florianópolis (SC).
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Edição, 669p.
Brasil (2005) Resolução do CONAMA N. 357. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o
seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
23p.
Brasil (2011). Resolução CONAMA N. 430 de 13 de maio de 2011 – Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de
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6.ANEXO

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