Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E

MUCURI

GILSON RODRIGUES DE SOUZA


20201024035

TÉCNICAS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II


Módulo de Finura

TEÓFILO OTONI - MG
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E
MUCURI

TÉCNICAS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II


Módulo de Finura

Trabalho apresentado à disciplina:


Técnicas e Materiais de Construção
II, como avaliação parcial para
aprovação nessa disciplina.
Docente: Stenio Cavalier Cabral
Departamento: Instituto de Ciência
Engenharia e Tecnologia

TEÓFILO OTONI - MG
2021
Sumário
1. INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 4
2. DESENVOLVIMENTO ___________________________________________________________ 4
2.1 OBJETIVO GERAL __________________________________________________________ 4
2.2 METODOLOGIA ____________________________________________________________ 5
2.3 MÓDULO DE FINURA _______________________________________________________ 5
2.3.1 Da Aparelhagem aos Procedimetos ___________________________________________ 6
2.3.2 Cálculo do módulo de finura do agregado miúdo e graúdo ________________________ 7
3. CONCLUSÕES _________________________________________________________________ 8
4. REFERÊNCIAS _________________________________________________________________ 9
1. INTRODUÇÃO
Os agregados representam mais de dois terços do concreto, seja em peso, seja em
volume. Sua principal função é permitir a economia de cimento, o componente de custo mais
elevado do concreto. Muitos o consideram um material inerte e de pouca relevância. Mas o que
aconteceria com o concreto se o agregado lentamente se esfarelasse? Ou se o agregado inchasse?
Por isso, é importante que os agregados graúdos e miúdos ocupem da melhor forma
possível os locais que o cimento ocuparia. É certo afirmar que o uso inteligente do agregado
contribui para a economia, para a resistência e para a durabilidade do concreto.
Segundo Bauer(2014) O agregado é formado por mistura de grãos de extensa gama de
tamanhos. É difícil encontrar uniformidade nas dimensões de grãos de areia de mesma categoria,
a proporção relativa, em porcentagem, dos diferentes tamanhos de grãos que constituem o
agregado é chamado de granulometria, (Ribeiro, Pinto & Starling -2013) está composição é
obtida através de ensaio laboratorial , no qual a amostra do agregado é submetida a uma
separação dos grãos por faixas granulométricas, de acordo com a série de peneiras da ABNT,
para então serem definidos a dimensão máxima características é o módulo de finura. Esses
parâmetros são fundamentais para especificar o emprego dos agregados em concretos. Cabe
ressaltar que a composição granulométrica tem influência direta sobre a qualidade desses
produtos, principalmente nos aspectos relativos à consistência, a resistência aos esforços
mecânicos e a tração.
Para garantir a qualidade e segurança das obras realizadas é importante determinar as
dimensões das partículas, que pode ser encontrado de todas as formas e tamanhos, a mais
importante, do ponto de vista da engenharia, são as partículas pequenas, denominada por
agregado miúdo. Um estudo sobre a fragmentação, o peneiramento, a mistura e separações
mecânica, análise mineralógica serão efetuadas a para definir qual a granulometria mais
adequada a ser utilizada na construção civil. Segundo Caputo (2013) a análise granulométrica,
ou seja, a determinação das dimensões das partículas do solo e das proporções relativas em que
elas se encontram, é representada, graficamente, pela curva granulométrica, que é traçada por
pontos em um diagrama semi-logarítmico, no qual, sobre o eixo das ordenadas as porcentagens,
em peso, de material que tem dimensão média menor que a dimensão considerada.
Para a determinação granulométrica do agregado é utilizado a NBR NM 248 -Agregados
- Determinação da composição granulométrica, norma que tem o objetivo de prescrever o
método para a determinação da composição granulométrica de agregados miúdos e graúdos.
Nesse caso, vamos mostrar o ensaio granulométrico do agregado miúdo e graúdo e verificar a
mais adequada para o uso na construção civil. Na falta de ensaio de granulometria nos agregados
miúdos, é comum a venda inadequada do agregado com diâmetro inferior ao apropriado a cada
finalidade na construção civil.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1 OBJETIVO GERAL

O principal objetivo desse trabalho é estudo de literaturas e periódicos os diferentes


tipologias e disposições do que é módulo de finura, para que serve a sua determinação, como
calcular o módulo de finura do agregado miúdo, como calcular o módulo de finura do agregado
graúdo e como calcular a curva granulométrica.
2.2 METODOLOGIA

Através de estudo na literatura sobre o módulo de finura, observa-se que essa


característica possibilita entender a influência da compacidade e da resistência dos concretos
por parte dos agregados. Tendo em vista essa importância a partir das NBR NM 248, NBR 7217
e a NBR 7211, compreender o que é módulo de finura, para que serve a sua determinação, como
calcular o módulo de finura do agregado miúdo, como calcular o módulo de finura do agregado
graúdo e como calcular a curva granulométrica.

2.3 MÓDULO DE FINURA

O módulo de finura, não é um indicador de tamanho de partícula, uma vez que um


número infinito de rastreio dá o mesmo valor para o módulo de finura.
No entanto, dá uma ideia da espessura ou finura do agregado, por esta razão, é preferível
tratarmos do módulo de finura. O módulo de finura de um agregado se determina pela soma das
porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras de série normal,
dividida por 100(NM 248, 2001). Ele é uma grandeza adimensional e deverá ser apresentado
com aproximação de 0,01. E esse módulo é maior quanto maior forem as partículas deste.
O módulo de finura pode ser utilizado para se obter controles de uma mesma
procedência, ou seja, separar os agregados em lotes com o mesmo módulo de finura, este é o
caso nas fábricas de pré-fabricados. O módulo de finura é muito importante para saber das
dimensões dos grãos (superfície específica) de agregados miúdos e graúdos.
A norma NBR 7211, define como agregado miúdo aquele cujos grãos passam pela
peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha
de 150 µm, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248.
Já o agregado graúdo é definido no texto normativo como aquele cujos grãos passam
pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha
de 4,75 mm, também em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248.
Em seu item 4, a ABNT NBR 7211 dita os requisitos gerais dos agregados que serão
fornecidos ao consumidor. São eles:
• Nome do produtor;
• Proveniência do material;
• Identificação da classificação granulométrica;
• Massa do material ou seu volume aparente;
• Data do fornecimento.

A NBR 7211 prevê, em situações especiais, a possibilidade de uso de agregados fora da


especificação. Mas desde que existam estudos que comprovem que tais materiais possam
produzir um concreto com qualidade satisfatória. Estas situações são os casos em que não seja
economicamente possível a obtenção de agregados que atendam plenamente às exigências desta
Norma na região. Sendo um dos fatores imprescindíveis a identificação da classificação
granulométrica.
O módulo de finura serve para determinar a quantidade de cimento necessário para
envolver os grãos e a necessidade de água de molhagem e está relacionado com a área superficial
alterando a água de amassamento para certa consistência.
Para realização da determinação são utilizadas uma série de peneiras normal e
intermediária que são um conjunto de peneiras sucessivas caracterizadas pelas aberturas da
malha com dimensões máximas características. Onde essa Dimensão Máxima Característica
(DMC), corresponde à abertura nominal, em mm, da malha da peneira da série normal ou
intermediária na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou
imediatamente inferior a 5% em massa.7

2.3.1 Da Aparelhagem aos Procedimetos

São utilizados os seguintes materiais para determinação do módulo de finura:


• Balança com resolução de 0,1% da massa da amostra de ensaio;

Fonte: Didatica SP (2021)


• Estufa para secar a amostra;

Fonte: Solab
• Peneiras das séries normal e intermediária, tampa e fundo;

• Pincel para Marcação

Tendo em mãos os aparelhos segue-se os procedimentos para determinar o módulo de


finura, onde a amostra para o ensaio deverá ser colhida no canteiro de obra, tendo-se o cuidado
de colher material de diferentes locais onde o agregado está armazenado, tendo em vista sempre
sua representatividade.
No laboratório, a amostra deverá ser colocada em estufa para posterior quarteamento.
Este procedimento garantirá uma amostra representativa. O ensaio deverá ser realizado com
duas amostras.
A massa mínima, por amostra de ensaio é estimada de acordo com a tabela abaixo, onde
a DMC é estimada. Após o ensaio, deve-se verificar se houve compatibilidade entre a DMC real
com as massas utilizadas nas amostras.

Dimensão Máxima Massa Mínima da


Característica (DMC) do Amostra para o ensaio,
Agregado, em mm * em kg
< 4.8 0,5
6.3 3
9.5 < DMC < 25 5
32 e 38 10
50 20
64 e 76 30

Encaixa-se as peneiras observando-se a ordem crescente (base para topo) da abertura das
malhas. Coloca-se a amostra na peneira superior e executa-se o peneiramento, que pode ser
manual ou mecânico. Logo após pesa-se o material que ficou retido em cada peneira. Procede-
se novamente o peneiramento até que, após 1 minuto de agitação contínua, a massa de material
passante pela peneira seja inferior a 1% do material retido.
Confere-se a massa total do material retido nas peneiras e no fundo com a massa seca
inicial da amostra. A diferença não pode ultrapassar 0,3% da massa inicial. A diferença pode ter
sido causada ou por perda de material ou por questão de sensibilidade da balança utilizada no
ensaio.
2.3.2 Cálculo do módulo de finura do agregado miúdo e graúdo

O módulo de finura é calculado pela soma das percentagens cumulativas mantidas em


peneiras padrão (listados abaixo) e dividindo a soma por 100. mudanças significativas no
tamanho de grãos de areia têm uma importante demanda de água e, portanto, o impacto que a
trabalhabilidade, de modo que se há uma variação significativa na dimensão do grão de areia
deve ser ajustamentos ao teor de cimento e água para manter a resistência do betão.
Para evitar ter que recalcular a dosagem de concreto módulo de finura do agregado
miúdo, entre entregas sucessivas, não deve variar mais do que ± 0,2.
As peneiras especificadas para serem utilizados na determinação do módulo de finura
são: Nº. 100. N. 50, Nº. 30, Nº. 16, Nº. 8, Nº. 4, ⅜ ", ¾", 1 ½ ", 3" e 6 " e módulo de finura irá
ser a sua soma acumulada dividido por 100:

Os resultados podem ser representados na seguinte tabela:


Sendo que na coluna A e B são anotadas as massas medidas na balança, na coluna C
registra-se a razão entre o valor da coluna A pelo total da coluna A, multiplicado por 100. Sendo
esse valor C expresso em porcentagem com aproximação de 0,1%.
A coluna D é igual a soma do valor da respectiva linha da coluna C pelo valor da linha
anterior na coluna D, sendo esta aproximação de 0,1%. A coluna é a razão entre o valor da
coluna B pelo TOTAL da coluna B, multiplicado por 100 e também é um valor expresso em
porcentagem com aproximação de 0,1%.
A coluna F é igual a soma do valor da respectiva linha da coluna E pelo valor da linha
anterior na coluna F, sendo também aproximação de 0,1%. E a coluna Ga média entre valores
da coluna C e E, com aproximação de 1%. E por fim a coluna H que é igual a soma do valor da
respectiva linha da coluna G pelo valor da linha anterior na coluna H sendo aproximação de 1%
Onde o somatório de todas as massas retidas nas peneiras e no fundo não pode diferir
mais de 0,3% da massa inicial da amostra e a porcentagem retida em cada peneira, por amostra,
deve ser apresentada com aproximação de 0,1%.
As amostras devem apresentar necessariamente a mesma dimensão máxima
característica, e para uma mesma peneira, os valores da porcentagem retida não devem diferir
mais de quatro unidades entre as amostras sendo as porcentagens médias retida e acumulada
devem ser apresentadas com aproximação de 1%.

3. CONCLUSÕES
A Norma que rege a determinação de módulo de finura tem atualização relativamente
recente, (o que é bom, pois traz conceitos atuais) tendo em vista adveio com atualizações muito
importantes visando garantir a segurança e qualidade das dos materiais agregados.
Propriedades tais como a granulometria do agregado miúdo são importantes de serem
determinadas visto que a partir dela pode-se verificar se existe grãos de todas as variações de
diâmetros, sendo isto o ideal para uma produção de um concreto com menor número de vazios.
4. REFERÊNCIAS

ABNT NBR 7211. Agregados para concreto – Especificação Rio de Janeiro – RJ Associação
Brasileira de Normas Técnicas, , 2005.

ABNT NBR 7217 - Associação Brasileira de Normas Técnicas - Determinação de composição


granulométrica dos agregados. Rio de Janeiro, 1982.

ABNT NBR NM 53: Agregados - Determinação da absorção e da massa específica do agregado


graúdo – Método de ensaio. 8p. Rio de Janeiro, 2003.

Bauer L.A.F. Materiais de construção, Ed. LTC, 5ªed. 2014.

Caputo, H.P. Mecânica dos solos e suas aplicações-Fundamentos, Ed. LTC, 6aed. 2013.

Ribeiro, C. C.; Pinto, J. D. S. & Starling, T. Materiais de Construção Civil. Ed. UFMG, 4ªed.
2013.

Você também pode gostar