SIMULADO FUVEST

EXISFUT1599

NOME

ESTA PROVA É UM SIMULADO QUE REPRODUZ AS CARACTERÍSTICAS DE CONTEÚDO E OS ASPECTOS VISUAIS DAS PROVAS OFICIAIS DA FUVEST.

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T
PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS

INSTRUÇÕES

1. Só abra este caderno quando o fiscal autorizar.

2. Verifique se seu caderno de questões está completo.
3. Este caderno compõe-se de 90 questões objetivas. Em cada questão, há 5 alternativas, sendo correta apenas uma.
4. Assinale a alternativa que você considera correta, preenchendo o círculo correspondente na folha óptica de
respostas, utilizando necessariamente caneta esferográfica de tinta azul.

A C D E

5. Preencha a folha óptica de respostas com cuidado, pois, em caso de rasura, ela não poderá ser substituída e o
uso de corretivo não será permitido.
6. Duração da prova: cinco horas. Não haverá tempo adicional para transcrição de gabarito para a folha óptica de
respostas.
7. É proibido o uso de relógio. O candidato deve controlar o tempo disponível, com base no marcador de tempo e
nos avisos do fiscal.
8. Durante a prova, são vedadas a comunicação entre candidatos e a utilização de qualquer material de consulta,
eletrônico ou impresso, e de aparelhos de telecomunicação.
9. O candidato poderá retirar-se do prédio depois de decorrida 1h30min do início da prova.
10. Ao final da prova, é obrigatória a devolução da folha óptica de respostas.
11. Durante a prova será passada a lista de presença, que deverá ser assinada.

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01
EU TOMO
E VOCÊ? O QUE
DISTÂNCIA.
VOCÊ TOMA PRA
FICAR MELHOR?
Quino, Mafalda.
O efeito de humor presente nas falas das personagens decorre:
a) da quebra de expectativa gerada pela polissemia.
b) da ambiguidade causada pela antonímia.
c) do contraste provocado pela fonética.
d) do contraste introduzido pela neologia.
e) do estranhamento devido à morfologia.
Texto para as questões de 02 a 04.
(Fuvest) Uma última gargalhada estrondosa.1E depois, o silêncio.
O palhaço jazia 2imóvel no chão. 3Mas seu rosto continua sorrindo,
para sempre. Porque a carreira original do Coringa era para durar
apenas 30 páginas. O tempo de envenenar Gotham, sequestrar
4
Robin, enfiar um par de sopapos no Homem-Morcego e disparar o
primeiro “vou te matar” da sua relação. Na briga final do Batman
no 1, o “horripilante bufão”sofria um final digno de sua desuma-
na ironia: 5ao tropeçar, cravava sua própria adaga no peito. Assim
decidiram e desenharam 6seus pais, os artistas Bill Finger, Bob
Kane e Jerry Robinson. Entretanto, o criminoso mostrou, já em
sua primeira aventura, um enorme talento para 7se rebelar contra
a ordem estabelecida. 8Seu carisma seduziu a editora DC Comics,
que impôs o acréscimo de um quadrinho. Já dentro da ambulância,
vinha à tona “um dado desconcertante”. E então um médico sen-
tenciava: “Continua 9vivo. E vai sobreviver!”.
Tommaso Koch. “O Coringa completa 80 anos e na Espanha
ganha duas HQs, que inspiram debates filosóficos sobre
a liberdade”. EI País, jun./2020.
02
No fragmento “ao tropeçar, cravava sua própria adaga no peito.”
(ref. 5), a oração em destaque abrange, simultaneamente, as
noções de:
a) proporção e explicação. d) explicação e consequência.
b) causa e proporção. e) tempo e causa.
c) tempo e consequência.
03
Em “Seu carisma seduziu a editora DC Comics, que impôs o acrés-
cimo de um quadrinho.” (ref. 8), o vocábulo “que” possui a mesma
função sintática desempenhada no texto por:
a) “imóvel” (ref. 2) d) “se” (ref. 7)
b) “Robin” (ref. 4) e) “vivo” (ref. 9)
c) “seus pais” (ref. 6)
04
As vírgulas em “E depois, o silêncio.” (ref. 1) e em “Mas seu rosto
continua sorrindo, para sempre.” (ref. 3) são usadas, respectiva-
mente, com a mesma finalidade que as vírgulas em:
a) “Após a queda, tomaram mais cuidado.” e “Quanto mais espaço,
mais liberdade.”.
b) “Aos estrangeiros, ofereceram iguanas.” e “Limpavam a casa, e
preparávamos as refeições.”.
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c) “Colheram trigo e nós, algodão.” e “Eles se encontraram nas
férias, mas não viajaram.”.
d) “Para meus amigos, o melhor.” e “Organizava tudo, cautelosa-
mente.”.
e) “Viu o espetáculo, considerado o maior fenômeno de bilheteria.”
e “‘Conheço muito bem’, afirmou o rapaz.”.
Texto para as questões 05 e 06.
André Dahmer
05
Na tirinha, nota-se o uso de vocabulário adequadamente descrito
como:
a) figurado e elevado. d) técnico e estrito.
b) coloquial e concreto. e) lato e comum.
c) específico e genérico.
06
Na tirinha, o humor deriva, principalmente, da:
a) reapropriação descontextualizada de expressões populares.
b) conjunção entre imagem caricaturizada e inversão lógica.
c) ambiguidade entre linguagem denotativa e conotativa.
d) inversão de valores, desfazendo preconceitos linguísticos.
e) exposição da falta de educação característica do brasileiro.
Texto para as questões de 07 a 09.
Já a obra de João Cabral de Melo Neto apresenta-se quase isolada
em nosso panorama literário, por não existir uma linhagem ostensi-
va na qual ela se possa inscrever, à exceção, talvez, da dicção, toda-
via narrativa, de um Graciliano Ramos. Cabral não se coaduna com
a geração de 1945, à qual cronologicamente pertence, e tampouco
se caracteriza como simples continuador do complexo estético e
ideológico da poesia de 1922. Tal situação faz dele um autor que
abre nova trilha, a exemplo de Machado de Assis e de Guimarães
Rosa, nomes que explodem (n)a literatura brasileira trazendo con-
sigo uma proposta arraigadamente pessoal, diferenciada. Ora, o
fato de o poeta propor uma gramática implica, num primeiro mo-
mento, algum desconforto para o leitor, que vai defrontar-se com
esse discurso tendo como parâmetro as gramáticas já conhecidas.
A tendência inicial será de recusa, o que conduz a uma consequência
algo paradoxal: João Cabral é poeta muito valorizado, mas talvez
insuficientemente lido em sua complexidade; dele só se divulga,
em larga escala, Morte e vida severina, sucesso extraordinário de
público, talvez o livro brasileiro de poesia com maior número de
edições em menor lapso de tempo. A obra, publicada em 1956, já
ultrapassou o montante de setenta edições, o que, para um mer-
cado tão refratário à poesia, é absolutamente espantoso. Trata-se
de texto efetivamente lido, amado e representado no palco, no ci-
nema, na televisão, mas que revela apenas um aspecto da obra de
João Cabral, não necessariamente o mais inovador.
Antonio Carlos Secchin. “Prefácio”. In: João Cabral
de Melo Neto. Poesia Completa.
Editora Alfaguara, 2020.
07
Segundo o texto, a obra de João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
inscreve-se:
a) na tradição modernista, caracterizada pelo humor e pela lingua-
gem coloquial.
b) na geração de 1945, com a proposta de uma escrita diamantina,
“neoparnasiana”.
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 c) na esteira do realismo machadiano, fato observável em Morte e
vida severina.
d) na rejeição veemente dos valores literários, como também fez
Graciliano Ramos.
e) na criação de uma forma própria de escrita, assim como fez Gui-
marães Rosa.
08
As palavras destacadas no texto podem ser substituídas, sem perda
de sentido, respectivamente por:
a) alinha, profundamente, contraditória e insensível.
b) nivela, sumariamente, incoerente e apreciável.
c) relaciona, profundamente, lógica e insensível.
d) assume, superficialmente, absurda e retardatário.
e) distancia, intensamente, contraditória e entusiasta.
09
Segundo o texto, Morte e vida severina:
a) mostra em profundidade as formas de escrever usadas por
João Cabral.
b) demonstra que o mercado editorial é carente de livros de poesia.
c) tornou-se um sucesso, no teatro e na televisão, apesar de pouco
lido.
d) apesar da divulgação em larga escala, é um poema considerado
hermético.
e) a despeito de sua difusão massiva, não é a obra mais experimental
do poeta.
Texto para as questões 10 e 11.
Não sou futurista (de Marinetti). Disse e repito-o. Tenho pontos
de contato com o futurismo. Oswald de Andrade, chamando-me
de futurista, errou. A culpa é minha. Sabia da existência do artigo
e deixei que saísse. Tal foi o escândalo, que desejei a morte do
mundo. Era vaidoso. Quis sair da obscuridade. Hoje tenho orgu-
lho. Não me pesaria reentrar na obscuridade. Pensei que se dis-
cutiriam minhas ideias (que nem são minhas): discutiram minhas
intenções. Já agora não me calo. Tanto ridicularizariam meu silêncio
como esta grita.
Mário de Andrade. “Prefácio Interessantíssimo”.
In: Pauliceia Desvairada, 1922.
10
De acordo com o texto, é possível afirmar que:
a) o autor, no contexto modernista da década de 1920, declara-se
futurista sem reservas.
b) Oswald de Andrade não compreende e não utiliza o sentido pre-
ciso do Futurismo.
c) prefácio é um gênero textual próprio para se concluir um conjun-
to de poemas.
d) o autor crê que o seu silêncio e o seu estardalhaço seriam igual-
mente escarnecidos.
e) Mário de Andrade, apesar de pouco vaidoso, preza as polêmicas
literárias.
11
Na passagem “Tal foi o escândalo, que desejei a morte do mundo”,
a palavra destacada cumpre papel de:
a) artigo
b) advérbio
c) pronome
d) substantivo
e) numeral
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12
Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. Quem o vis-
se, com os polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma
grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço de
água quieta; mas em verdade vos digo que pensava em outra coisa.
Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor.
Que é agora? Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas
de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para
o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde
as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de propriedade.
– Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa
ele. Se mana Piedade tem casado com Quincas Borba, apenas me
dano uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui
está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça...
Machado de Assis, Quincas Borba.
O primeiro capítulo de Quincas Borba já apresenta ao leitor um
elemento que será fundamental na construção do romance:
a) a contemplação das paisagens naturais, como se lê em “ele
admirava aquele pedaço de água quieta”.
b) a presença de um narrador-personagem, como se lê em “em
verdade vos digo que pensava em outra coisa”.
c) a sobriedade do protagonista ao avaliar o seu percurso, como se
lê em “Cotejava o passado com o presente”.
d) o sentido místico e fatalista que rege os destinos, como se lê
em “Deus escreve direito por linhas tortas”.
e) a reversibilidade entre o cômico e o trágico, como se lê em “de
modo que o que parecia uma desgraça...”.
13
– Posso furar os olhos do povo?
Esta frase besta foi repetida muitas vezes e, em falta de coisa
melhor, aceitei-a. Sem dúvida. As mulheres hoje não vivem como
antigamente, escondidas, evitando os homens. Tudo é descoberto,
cara a cara. Uma pessoa topa outra. Se gostou, gostou; se não gos-
tou, até logo. E eu de fato não tinha visto nada. As aparências men-
tem. A terra não é redonda? Esta prova da inocência de Marina me
pareceu considerável. Tantos indivíduos condenados injustamente
neste mundo ruim! O retirante que fora encontrado violando a filha
de quatro anos – estava aí um exemplo. As vizinhas tinham visto
o homem afastando as pernas da menina, todo o mundo pensava
que ele era um monstro. Engano. Quem pode lá jurar que isto é
assim ou assado? Procurei mesmo capacitar-me de que Julião Ta-
vares não existia. Julião Tavares era uma sensação. Uma sensação
desagradável, que eu pretendia afastar de minha casa quando me
juntasse àquela sensação agradável que ali estava a choramingar.
Graciliano Ramos, Angústia.
Em termos críticos, esse fragmento permite observar que, no plano
maior do romance Angústia, o ponto de vista:
a) se acomoda nos limites da licenciosidade.
b) tenta imitar a retórica dos dominantes.
c) reproduz a lógica do determinismo social.
d) atinge a neutralidade do espírito maduro.
e) revira os lados contrários da opinião.
(Fuvest) Texto para as questões 14 e 15.
Romance LIII ou Das Palavras Aéreas
       Ai, palavras, ai, palavras,
       que estranha potência, a vossa!
       Ai, palavras, ai, palavras,
       sois de vento, ides no vento,
       no vento que não retorna,
       e, em tão rápida existência,
       tudo se forma e transforma!
       Sois de vento, ides no vento,
       e quedais, com sorte nova! [...]
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        Ai, palavras, ai, palavras,
       que estranha potência, a vossa!
17
       Perdão podíeis ter sido! Texto I:
       – sois madeira que se corta,
       – sois vinte degraus de escada, Quain mudou de planos ao chegar ao Rio. Os inacessíveis índios
       – sois um pedaço de corda... trumai, do rio Coliseu, no alto Xingu, estavam em vias de extinção e
       – sois povo pelas janelas, representavam um desafio muito maior que os conhecidos e acul-
       cortejo, bandeiras, tropa... turados Karajá, um desafio cujas consequências o jovem etnólogo,
intrépido e ambicioso, não podia prever ou aquilatar ao transformá-
       Ai, palavras, ai, palavras, -los no objeto da sua vã obstinação. Sua expedição solitária aos
       que estranha potência, a vossa! Trumai ao longo de 1938 foi marcada por percalços, imprevistos,
       Éreis um sopro na aragem... frustrações e contrariedades, que terminaram com a interrupção
       – sois um homem que se enforca! da sua pesquisa de campo, a indisposição com os órgãos gover-
Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência. namentais do Estado Novo e a volta forçada ao Rio de Janeiro, em
fevereiro de 1939. Um golpe que abalou ainda mais o seu já instável
estado de espírito.
14 Bernardo Carvalho, Nove noites.

A “estranha potência” que a voz lírica ressalta nas palavras decorre Texto II:
de uma combinação entre:
A Cultura Política, como revista oficial do DIP (Departamento de
a) fluidez nos ventos do presente e conteúdo fixo no passado.
Imprensa e Propaganda), é a que melhor reflete o caráter com-
b) forma abstrata no espaço e presença concreta na história. plexo da incorporação dos intelectuais, dada a diversidade do seu
c) leveza impalpável na arte e vigor nos documentos antigos. quadro de colaboradores. No entanto, as coordenadas do discurso
d) sonoridade ruidosa nos ares e significado estável no papel. são fornecidas por intelectuais de renome que, de modo geral, ou
e) lirismo irrefletido da poesia e peso justo dos acontecimentos. se encontram diretamente vinculados ao aparelho do Estado, pelos
cargos que ocupam, ou têm participação efetiva na montagem do
projeto ideológico.
15
Lúcia Lippi Oliveira; Mônica Pimenta Velloso; Ângela Maria
Ao substituir a pessoa verbal utilizada para se referir ao substantivo Castro Gomes. Estado Novo – Ideologia e poder.
“palavras” pela 3a pessoa do plural, os verbos dos versos “sois Rio de Janeiro: Zahar Editores, p. 78.
de vento, ides no vento,” (v. 4) / “Perdão podíeis ter sido!” (v. 12) / A partir da leitura dos excertos anteriores, bem como do conheci-
“Éreis um sopro na aragem...” (v. 20) seriam conjugados conforme mento integral da obra Nove Noites e dos conhecimentos acumula-
apresentado na alternativa: dos durante a vivência acadêmica, pode-se depreender que:
a) são, vão, podiam, eram. a) o Estado Novo era colaborativo com os pesquisadores que
b) seriam, iriam, podiam, serão. queriam conhecer e pesquisar os indígenas brasileiros.
c) eram, foram, poderiam, seriam. b) apesar da multiplicidade das manifestações culturais, havia uma
d) são, vão, poderiam, eram. estrutura que visava à manutenção ideológica do governo getu-
e) eram, iriam, podiam, seriam. lista.
c) a aldeia dos Trumai era vedada aos etnólogos estrangeiros, uma
vez que o governo visava defender os indígenas das “doenças
16
dos brancos”.
d) a cultura, durante a Era Vargas, desenvolveu-se de forma harmo-
I – O infante
niosa, sendo que a revista Cultura Política exemplificava esse
      Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. viés democrático.
      Deus quis que a terra fosse toda uma,
e) Quain se indispôs com os órgãos governamentais brasileiros,
      Que o mar unisse, já não separasse.
pois não respeitou os protocolos solicitados para a defesa dos
      Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.
indígenas.
      E a orla branca foi de ilha em continente,
      Clareou, correndo, até ao fim do mundo, 18
      E viu-se a terra inteira, de repente,
      Surgir, redonda, do azul profundo. Um balão de ar quente está preso ao chão através de um conjunto
de cordas. A massa do balão vazio (sem ar) é 800 kg, e a massa do ar
      Quem te sagrou criou-te português.
      Do mar e nós em ti nos deu sinal. quente no balão é 2 400 kg. Se as cordas forem soltas, ele iniciará
      Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. um movimento de subida vertical com aceleração de 0,2 m/s2.
      Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Fernando Pessoa, Mensagem.

Considere as assertivas abaixo:

I. De viés modernista, o poema é escrito em verso livre.
II. Usa uma abordagem chamada, por vezes, de nacionalismo
messiânico.
III. O poema aborda o contexto histórico próximo ao Ultimato
Inglês (1890).
IV. Apesar de Mensagem ser uma obra composta por pequenas
peças líricas, pode-se dizer que tem proximidade com a épica.
Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas sobre o
poema:
Para que o balão permaneça em repouso, sem a necessidade de
a) I, II, III e IV. c) II e IV. e) I, II e III. cordas, deve-se adicionar a ele um peso (lastro), em N, igual a:
b) II e III. d) III e IV. a) 160 b) 480 c) 640 d) 1 600 e) 3 680

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 19 22
(Fuvest) A figura representa um espelho convexo de distância focal igual a
20 cm e um espelho plano colocado um em frente ao outro.
luz 
5,0 cm
núcleo

revestimento

Uma fibra ótica é um guia de luz, flexível e transparente, cilíndrico,

feito de sílica ou polímero, de diâmetro não muito maior que o de
30,0 cm
um fio de cabelo, usado para transmitir sinais luminosos a grandes
distâncias, com baixas perdas de intensidade. A fibra ótica é consti- Um objeto é colocado entre eles a 5,0 cm do espelho convexo.
tuída de um núcleo, por onde a luz se propaga, e de um revestimen- A distância entre as duas primeiras imagens formadas pelo es-
to, como esquematizado na figura anterior (corte longitudinal). Sendo pelho plano, em cm, é:
o índice de refração do núcleo 1,60 e o do revestimento, 1,45, o a) 4,0 c) 9,0 e) 49
menor valor do ângulo de incidência θ do feixe luminoso, para que b) 5,0 d) 24
toda a luz incidente permaneça no núcleo, é, aproximadamente:
23
Note e adote:
Com 4 fios metálicos de mesmo material, mesma área de seção
θ (graus) senθ cosθ
reta, mesmo comprimento L e mesma resistência elétrica R, for-
25 0,42 0,91 ma-se um quadrado. Entre dois vértices opostos liga-se um quinto
30 0,50 0,87 fio metálico, de mesmo material, mesma área de seção reta e de
45 0,71 0,71 resistência elétrica R’. Sendo 2 = 1,4 e R = 6,0 Ω, pode-se afirmar
que a resistência equivalente Req. da associação entre os terminais
50 0,77 0,64
em que foi ligado o quinto resistor é de:
55 0,82 0,57 a) 2,1 Ω c) 3,5 Ω e) 8,4 Ω
60 0,87 0,50 b) 2,8 Ω d) 5,2 Ω
65 0,91 0,42
n1 senθ1 = n2 senθ2
24
(Fuvest) Dois corpos de massas iguais são soltos, ao mesmo tem-
a) 45o b) 50o c) 55o d) 60o e) 65o po, a partir do repouso, da altura h1 e percorrem os diferentes traje-
tos (A) e (B), mostrados na figura, onde x1 > x2 e h1 > h2.
20 A B
Em uma madeireira, um robô empurra por 1 hora um bloco de
madeira até uma máquina aplicando uma força horizontal, constante h1 x2 x1 h2
e de intensidade igual a 100 N. Para realizar esse transporte, o robô x1 x2
consome 0,005 kWh de energia.
• Considerando que 50% da energia consumida pelo robô foi dire- Considere as seguintes afirmações:
tamente aplicada à realização desse trabalho, qual a distância entre
I. As energias cinéticas finais dos corpos em (A) e em (B) são
o local de origem do bloco e a máquina?
diferentes.
• Se o robô é alimentado por uma bateria com capacidade de 25 Ah
e 50 V de tensão nominal, por quantas horas o robô terá autonomia II. As energias mecânicas dos corpos, logo antes de começarem
para realizar essa tarefa repetidamente? (Para estimar a vida útil da a subir a rampa, são iguais.
carga da bateria, considere que ela fornece 80% de sua capacidade III. O tempo para completar o percurso independe da trajetória.
por todo o tempo). IV. O corpo em (B) chega primeiro ao final da trajetória.
a) 90 metros; 250 horas. V. O trabalho realizado pela força peso é o mesmo nos dois casos.
b) 50 milímetros; 200 horas. É correto somente o que se afirma em:
c) 180 metros; 250 horas.
d) 90 metros; 200 horas. Note e adote:
e) 50 milímetros; 200 000 horas. Desconsidere forças dissipativas.

21 a) I e III. b) II e V. c) IV e V. d) II e III. e) I e V.

(Fuvest) Um estímulo nervoso em um dos dedos do pé de um in- 25

divíduo demora cerca de 30 ms para chegar ao cérebro. Nos mem-
bros inferiores, o pulso elétrico, que conduz a informação do estí-
mulo, é transmitido pelo nervo ciático, chegando à base do tronco
em 20 ms. Da base do tronco ao cérebro, o pulso é conduzido na
medula espinhal. Considerando que a altura média do brasileiro é
de 1,70 m e supondo uma razão média de 0,6 entre o comprimento
dos membros inferiores e a altura de uma pessoa, pode‐se concluir
que as velocidades médias de propagação do pulso nervoso desde
os dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o cérebro
são, respectivamente:
a) 51 m/s e 51 m/s. d) 57 m/s e 68 m/s.
b) 51 m/s e 57 m/s. e) 68 m/s e 68 m/s.
c) 57 m/s e 57 m/s.
Tem-se duas peças de mesma massa M, uma de ouro e outra de
alumínio, ambas a 20 oC. O ouro possui calor específico igual a
0,03 cal/(g oC), calor latente de fusão igual a 15 cal/g e ponto de
fusão igual a 1 060 oC. O alumínio possui calor específico igual a
0,2 cal/(g oC), calor latente de fusão igual a 95 cal/g e ponto de
fusão igual a 660 oC. O calor necessário para fundir totalmente a
peça de ouro é o suficiente para:
a) fundir completamente a peça de alumínio e elevar a temperatura
do líquido a 1 064 oC.
b) fundir completamente a peça de alumínio sem ultrapassar a
temperatura de 660 oC.

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 c) elevar a temperatura da peça de alumínio a 251 oC. A respeito do texto anterior e com base no gráfico, foram feitas as
d) elevar a temperatura da peça de alumínio a 231 oC. seguintes afirmações:
1 I. O clima seco no deserto do Atacama é consequência do fenô-
e) fundir apenas da peça de alumínio.
4 meno conhecido como El Niño, um aquecimento nas águas do
Pacífico próximas ao litoral sul-americano.
26 II. A cordilheira dos Andes foi formada por uma sequência de
erupções vulcânicas ocorridas no período terciário.
(Fuvest) Um chuveiro elétrico que funciona em 220 V possui uma
III. A pressão atmosférica no deserto do Atacama equivale à pressão
chave que comuta entre as posições “verão” e “inverno”. Na posi-
ção “verão”, a sua resistência elétrica tem o valor 22 Ω, enquanto efetiva exercida por uma coluna de 7 m de água (d = 1 g/cm3)
aproximadamente.
que na posição “inverno” é 11 Ω. Considerando que na posição
“verão” o aumento de temperatura da água, pelo chuveiro, é 5 oC, IV. Se observarmos uma estrela diretamente sobre nossa cabeça,
podemos afirmar que a luz não sofreu refração, pois teve inci-
para o mesmo fluxo de água, a variação de temperatura, na posição
dência normal na atmosfera.
“inverno”, em oC, é:
a) 2,5 b) 5,0 c) 10,0 d) 15,0 e) 20,0 É (são) verdadeira(s) a(s) afirmação(ões):
a) I, II, III e IV. d) III.
b) I, II e III. e) I.
27
c) III e IV.
No instante t = 0, dois móveis, A e B, passam por um ponto O e des-
crevem trajetórias retilíneas paralelas. O móvel A parte do repouso e Texto para as questões de 29 a 31.
realiza um movimento uniformemente variado; o móvel B realiza um
movimento uniforme, conforme indicam os gráficos abaixo. In Oslo, the street lamps are powered by renewables. To
conserve energy, the smart lights dim when nobody is around.
s (m) s (m) The Norwegian capital, like the rest of the country, is proud of its
A 32 B exceptional green credentials. Its public transportation system too
20
is powered entirely by renewable energy. Two thirds of new cars
sold in the city are electric.
0 5,0 t (s)     0 5,0 t (s) There’s just one problem. Much of the environmental innovation
that Norway is so proud of is financed by its oil money. Because
O móvel A adquire a mesma velocidade escalar do móvel B no Norway, apart from being a forward-thinking climate champion, is
instante: also a major fossil fuels exporter. And it plans to keep it that way for
a) t = 6,0 s c) t = 4,0 s e) t = 2,0 s a long time to come.
b) t = 5,0 s d) t = 3,0 s Many countries produce fossil fuels despite committing to
combat climate change. But Canada, Norway and the UK stand
28 out because they are doing that while positioning themselves as
climate champions.
Leia atentamente o texto a seguir: Andrew Grant, the head of climate, energy and industry
research at Carbon Tracker, a think tank, points out that that many
O deserto do Atacama, no Chile, é mundialmente conhecido pela
producers rely economically on revenues from fossil fuels. They
concentração de observatórios astronômicos, mantidos por países
know the world will need to wean itself off them soon, but no one
diversos. O clima seco e o alto relevo das montanhas andinas fa-
wants to be the first one to get out.
zem da região um dos melhores pontos do planeta para observar
If Norway also continues to drill as planned, the total emissions
e estudar o céu. No local, a cerca de 2 700 metros do nível do mar,
from its known oil and gas reserves will amount to roughly
professores e estudantes brasileiros de astronomia têm espaço privi-
15 gigatons of CO2, according to CICERO, a Norwegian climate
legiado para suas pesquisas. Lá, localiza-se o Southern Observatory
for Astrophysical Research (Soar) – ou Observatório Austral para Pes- research institute. That would eat up 6,5% of the remaining carbon
quisa Astrofísica, inaugurado em 17 de abril de 2004. budget for the whole world.
A construção desse telescópio envolveu Brasil, Estados Unidos Professor Niklas Höhne, founding partner at the NewClimate
e Chile. Avaliado em cerca de 28 milhões de dólares, o projeto foi Institute, a climate think tank, told CNN the decision to focus
financiado com recursos brasileiros e norte-americanos. O governo on territorial emissions goes back to the early days of climate
chileno cedeu o espaço para instalação do Soar. negotiations. “There was a long discussion on whether to do it this
way and this agreement was reached and it’s not covering the issue
Fonte: <www.ufmg.br>.
of exports, or the issues of consumption of goods that are produced
elsewhere... and I agree, it doesn’t 100% make sense,” he said.
Gráfico da pressão atmosférica
em função da altitude The numbers are estimates but they illustrate a major problem:
p (atm = 105 Pa) National plans to cut emissions don’t add up to the global total
1,4 needed.
Adaptado de: <https://edition.cnn.com>.
1,2
1,0
0,8 29
0,6
Segundo o texto, pode-se considerar hipocrisia o fato de que:
0,4
a) países como a Noruega utilizam-se dos lucros de vendas de
0,2
poluentes para alavancar os seus programas de redução de
0,0 emissões.
1 2 3 4 5 6 7
altitude (km) b) consideram-se campeões da redução de emissão de gás carbônico
países que não dependem mais de combustíveis fósseis.
Note e adote: c) a redução de emissão de gás carbônico considera valores de
g = 10 m/s2. produtos poluentes vendidos e adquiridos no comércio inter-
nacional.

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15.221

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 d) países como a Noruega, Canadá e Reino Unido importam com-
bustíveis fósseis para seus territórios sem considerá-los em
suas emissões.
e) planos de redução de emissão de gás carbônico consideram
índices globais mais relevantes do que índices nacionais.
30
No texto, o autor emprega a frase “[...] national plans to cut emissions
don‘t add up to the global total needed” por considerar que:
a) a emissão de poluentes apresentada pelos planos nacionais não
vem sendo somada à alíquota total mundial.
b) há omissão proposital de dados quanto às taxas de emissões e
poluentes publicadas pelos territórios isoladamente.
c) planos de cortes de emissão regionalizados são insuficientes
quando comparados à necessidade global de redução de po-
luentes.
d) se tratando de uma necessidade global, todos os países deve-
riam ser incumbidos com percentuais de cortes iguais.
e) planos nacionais de cortes são falhos quanto à elaboração e não
atendem critérios globais de publicação.
31
Conforme o texto:
a) a emissão total da Noruega aumentou em 15 gigatoneladas me-
diante a perfuração de mais poços de petróleo.
b) grandes produtores de combustíveis fósseis podem ter baixas
emissões mediante a não utilização destes em seus processos.
c) muitos países dependem dos lucros das vendas de petróleo,
apesar da ciência de que o mundo precisa abandonar seu uso.
d) a emissão de gás carbônico da Noruega contabiliza 6,5% de
todo orçamento mundial de emissão do gás.
e) a divisão de planos de cortes de emissão de gás carbônico por
territórios é completamente lógica.
32
Leia os ditados populares:
I. Mighty oaks from little acorns grow.
II. A rolling stone gathers no moss.
III. Don't let the grass grow under your feet.
A alternativa que melhor expressa a intenção dos ditados é:
a) Partilhar credos e superstições populares por meio de metáfora.
b) Transferir conhecimento geral e verdades duradouras por meio
de metáfora.
c) Compartir consensos populares e sabedoria por meio de parábola.
d) Repartir cultura popular e superstições por meio de anedota.
e) Compartilhar conhecimento geral e verdades absolutas por meio
de metonímia.
Texto para as questões 33 e 34.
In India’s southern city of Bangalore, Disha Ravi was a cheerful,
familiar figure among local climate activists. The sprightly 22-year-
-old helped clean up lakes, plant trees and campaigned against
plastic. She attended workshops, walked the streets demanding
climate action.
Ms Ravi is also one of the founders of the local wing of Fridays
For Future, a global movement begun by climate change activist
Greta Thunberg.
Living in a low-lying neighborhood in a city which would get
easily flooded during rains, she worried about climate change.
Bangalore, she said, was experiencing severe rainfall and flooding
these days.
During a recent campaign to save trees in her city, Ms Ravi
went to the police and sought permission. “We have interacted
during many campaigns to protect the environment. I always
noticed she never transgressed the law,” said Tara Krishnaswamy,
a veteran activist.
15.221
s21fuv15-m.indd 7
At the weekend, Ms Ravi was arrested after sharing a
document intended to help farmers protest against new agriculture
reform laws. The police say she was a “key conspirator” in the
formulation and dissemination of the document. “The call was to
wage economic, social, cultural and regional war against India,” the
police said.
Ms Ravi’s arrest has sparked a firestorm of protest and shocked
many Indians. The chief minister of Delhi, run by an opposition party,
has called the arrest “an unprecedented attack on democracy”. A
journalist tweeted: “The message is clear: lock up your children,
stop them protesting, or we will”.
Adaptado de: <www.bbc.com>.
33
No texto, Disha Ravi é:
a) descrita como uma menina estudiosa que atua como ativista
ambiental em seu país de origem.
b) apresentada como única organizadora de protestos ambientais
que causaram disrupção na Índia.
c) caracterizada como uma mulher alegre, de um bairro de baixa
renda e engajada em diversas causas ambientais.
d) apontada como ativista social e parte do movimento Fridays For
Future, que cometeu atos criminosos em seu país de origem.
e) retratada como organizadora de protestos e manifestações
violentos que beiram o terrorismo doméstico.
34
De acordo com o texto, pode-se inferir que a ação da polícia
indiana:
a) teve o intuito de coibir atos similares e terrorismo doméstico,
preservando a democracia e a soberania do Estado.
b) foi desproporcional à ação perpetrada pela ativista e gerou revolta
entre a população, oposição política e mídia.
c) objetivou coibir a publicação de documentos sigilosos para partes
externas e foi bem recebida pelo público geral.
d) ocorreu após diversos desentendimentos prévios com a ativista
e pode ser considerada precisa.
e) foi desproporcional à atitude da ativista Disha Ravi, porém, foi
coerente com a defesa da soberania do Estado.
35
      Is anyone out there?
       Does anybody listen or care anymore?
       We are living on a dying planet,
       We’re killing everything that’s alive,
       And anyone who tries to deny it
       Wears a tie
       And gets paid to lie
       So I wrote these songs for a dying planet,
       I’m sorry but I’m telling the truth,
       And for everybody trying to save it
       These songs are for you, too.
      Is anyone out there?
Joe Walsh, “Song for a dying planet”.
Disponível em: <www.vagalume.com.br>.
Nessa canção, o conjunto de situações descritas indica que:
a) estamos vivendo em um planeta que não vai morrer.
b) empresários e outros “engravatados” tentam negar a situação
do planeta.
c) não há mais ninguém que se importe com a grave situação do
planeta.
d) pessoas são pagas para mentir sobre o autor da canção.
e) a população mundial está focada em matar uns aos outros.
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 36 Linha 1           0,1 0,2
A área de um segmento parabólico, preenchido na figura a seguir, Linha 2          0,3 0,4 0,5
2$PV $ AB
pode ser calculada por meio da fórmula , sendo V o
3 Linha 3         0,6 0,7 0,8 0,9
vértice da parábola.
Linha 4        1,0 1,1 1,2 1,3 1,4
V
  h         
i      g      
j

Linha x    63,0        g        66,5

Sabendo que 63,0 é o primeiro número da linha x e que 66,5 é o

último, x é igual a:
a) 36 d) 37
b) 34 e) 33
c) 35
A P B

41
2
Sendo b um número real positivo, a parábola de equação y = -0,5x Se M é uma matriz quadrada de ordem n, de elementos reais, x
+ bx determina, com o eixo x do plano cartesiano, um segmento é um número real e I a matriz identidade de ordem n. Chama-se
parabólico de área igual a 18. Sendo assim, b é igual a: “valor próprio” de M a uma raiz da equação det(M - x $ I) = 0 em
a) 2 c) 4 e) 6 que “det” significa determinante da matriz. Assim, a soma dos
b) 3 d) 5 valores próprios da matriz
R V
S1 0 1W
37
M = S1 0 1W é:
S W
Em um laboratório, o custo de produção de x doses de um determi- S0 1 1W
T X
nado tipo de vacina é dado pela função C(x) = 12 000 + log x40 reais.
Se o planejado é que sejam fabricadas x = 90t doses durante t dias a) -2 b) -1 c) 0 d) 1 e) 2
de trabalho, qual o custo para se produzir as vacinas nos 30 primeiros
dias de trabalho? 42
Considere o quadrado ABCD, de lado 4 cm, e o retângulo EFGH,
Note e adote:
com EF = 2 cm, CF = 1 cm e os pontos B, G, C e F alinhados, con-
100,48 = 3. forme mostra a figura.
A B
a) R$ 12.137,60
b) R$ 12.059,60
c) R$ 12.219,20
d) R$ 12.099,20 H G
e) R$ 12.326,20 K

38
2 D C
Considere a função f : R " R dada por f (x ) = *
- x + 6x - 8, se x # 4
,
2x - 8, se x $ 4
E F
seu gráfico em um plano cartesiano ortogonal e uma reta paralela
ao eixo das abscissas que passa pelo ponto (0; y ). Sabendo que Sabendo que G é ponto médio do lado BC , que o ponto K pertence
essa reta intercepta o gráfico de f em três pontos distintos, então
ao lado HE e que os pontos A, K e F estão alinha­dos, a área do
pode-se afirmar que y pertence ao intervalo:
a) ]-4; 0[ d) ]2; 4[ quadrilátero FGHK, em cm2, é:
a) 2,5 c) 3,0 e) 4,0
b) ]0; 1[ e) ]6; 8[
b) 2,0 d) 3,5
c) ]1; 3[

43
39
Considere um triângulo ABC tal que sen W W = 1 e tg B
W
Considere dois números a e b reais quaisquer cuja diferença é de
A $ cos B cinco unidades (a > b). Para que o produto desses números seja
4
= 3 tg W W é:
A. A medida do ângulo C
menor que cinco, o intervalo real em que a deve estar é:

a) H - >      d) H - >
5 5 5+ 5 5 3 5 5- 5
a) 30o c) 60o e) 120o ; ;
o o 2 2 2 2
b) 45 d) 90

b) H + >      e) H - >
5 5 5+3 5 5 3 5 5+3 5
; ;
40 2 2 2 2

A tabela a seguir apresenta o padrão de uma sequência numérica

c) H - >
da linha 1 até a linha x. Admita que o padrão de formação da tabela 5 3 5 5 5
;
não se modifique. 2 2

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15.221

s21fuv15-m.indd 8 27/05/2021 08:50:50

 44
Em levantamento sobre a incidência da doença A, constatou-se que
30% dos entrevistados eram homens e que 20% desses homens
eram portadores da doença. Entre as mulheres, 68 eram portado-
ras da doença. Considerando-se o número total de entrevistados,
40% eram portadores da doença A. Em relação ao número total
de mulheres, as que eram portadoras da doença A representavam,
aproxima­damente:
a) 48,6% b) 43,2% c) 54,3% d) 34,8% e) 50,7%
45
Dado um triângulo de vértices (0; 12), (0; 0) e (5; 0) no plano car-
tesiano ortogonal, a distância entre os centros das circunferências
inscrita e circunscrita a esse triângulo é:
7 3 5 65 9 Franklin de Oliveira. “Apresentação à edição brasileira”. In:
a)     b)     c)     d) 14     e)
2 2 2 2
46
Podemos entender o campo da termodinâmica como parte da
ciência que busca compreender o armazenamento e os processos
de conversão de energia que se dão através de diversas substân-
cias que são submetidas a, principalmente, aquecimento ou res-
friamento e compressão ou expansão volumétricas. Faz parte do
escopo da termodinâmica o estudo da energia de um sistema que
compreende uma única substância em fases distintas, por exem-
plo, uma mistura de vapor de água e água líquida. Para esse estudo,
é definida uma grandeza conhecida como título que é um número
x ! R; 0 # x # 1 e que representa a razão entre a massa de
vapor da substância e a massa total da substância compreendida
mvap.
no sistema f x = p.
mvap. + mlíq.
Considere um pistão que possui 10 kg de água a título x1 = 0 que é
aquecido até atingir um título x2 . O seguinte processo é executado
para estudar a energia do sistema:
1 – Retira-se uma massa m da mistura vapor-líquido igual à massa m
de vapor dessa mistura.
2 – Injeta-se no sistema uma massa m de vapor.
Sabendo que o título final da mistura vapor-líquido é x3 = 0,51,
então x2 é:
a) 0,3 b) 0,4 c) 0,5 d) 0,6 e) 0,7
47
(Fuvest) Os impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas
gregas e orientais, alargaram o espaço da civilização urbana da
Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...].
De 200 a.C. em diante, o poder imperial romano avançou para
leste [...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado
todas as barreiras sérias de resistência do Oriente.
P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo.
Porto: Afrontamento, 1982.
Na região das formações sociais gregas:
a) a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, apesar
da centralização política implementada pelos imperadores hele-
nísticos.
b) essas formações e os impérios helenísticos constituíram-se
com o avanço das conquistas espartanas no período posterior
às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C.
c) a conquista romana caracterizou-se por uma forte ofensiva fren-
te à cultura helenística, impondo a língua latina e cerceando as
escolas filosóficas gregas.
d) o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano a
partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou
mais fortemente sua parte ocidental.
e) os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia
e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido às lutas
intestinas e às rivalidades entre cidades-estado.
15.221
s21fuv15-m.indd 9
48
Desde o humanismo renascentista, a Idade Média é vista de diver-
sos ângulos. O mais importante deles é o de Erasmo de Rotterdam,
o príncipe do humanismo, que lhe negou o obscurantismo. Mas a
reabilitação do Medievo começa, de fato, com os românticos, na
Alemanha e na França. Goethe não ficou insensível a tal revaloriza-
ção. Na Alemanha, sobretudo Novalis levou mais longe a apologia
da Idade Média. Na França, Chateaubriand restaurou o prestígio
dos temas medievais, embora a sua Idade Média seja inteiramente
convencional. Em Notre-Dame de Paris, Victor Hugo nos dá uma
fremente imagem do Medievo. Mérimée iniciou os estudos sobre
a arte românica sob a influência do escritor escocês Walter Scott
que, nos seus romances em estilo épico, usou temas do período
medieval. Ainda na Inglaterra, Lorde Acton colocou a Antiguidade
Clássica e a Idade Média no mesmo pé de igualdade.
Henry R. Loyn (Org.). Dicionário da Idade Média.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
O texto anterior ressalta:
a) a exaltação dos temas tipicamente medievais que, em importância
para o progresso do pensamento humano, encontravam-se em
um patamar superior em relação à Antiguidade.
b) a ressignificação do pensamento clássico da Antiguidade durante
a Idade Média, em oposição à desvalorização dos antigos, típica
da tradição do humanismo renascentista.
c) a superioridade do pensamento humanístico renascentista, her-
deiro da Antiguidade Clássica, diante do predomínio dos dogmas
religiosos medievais, baseados na autoridade bíblica.
d) a revalorização de aspectos característicos da época medieval,
em oposição a um pensamento que define o Medievo como um
período de retrocesso do pensamento humano.
e) a oposição do progresso do conhecimento humano, evidenciado
durante a Antiguidade, ao obscurantismo intelectual que marcou
o período medieval europeu.
49
(Fuvest) [No Brasil], a transição da predominância indígena para a
africana na composição da força de trabalho escrava ocorreu aos
poucos ao longo de aproximadamente meio século. Quando os
senhores de engenho, individualmente, acumulavam recursos fi-
nanceiros suficientes, compravam alguns cativos africanos, e iam
acrescentando outros à medida que capital e crédito tornavam-se
disponíveis. Em fins do século XVI, a mão de obra dos engenhos
era mista do ponto de vista racial, e a proporção foi mudando cres-
centemente em favor dos africanos importados e sua prole.
Stuart Schwartz. Segredos internos. São Paulo:
Companhia das Letras, 1988. p. 68.
Com base na leitura do trecho e em seus conhecimentos, pode-se
afirmar corretamente que, no Brasil:
a) a implementação da escravidão de origem africana não fez desa-
parecer a escravidão indígena, pois o emprego de ambas podia
variar segundo épocas e regiões específicas.
b) do ponto de vista senhorial, valia a pena pagar mais caro por
escravos africanos porque estes viviam mais do que os escravos
indígenas, que eram mais baratos.
c) o comércio de escravos africanos foi incompatível com o comér-
cio de indígenas porque eram exercidos por diferentes trafican-
tes, que concorriam entre si.
d) havia créditos disponíveis para a compra de escravos africanos,
mas não de escravos indígenas, pois a Igreja estava interessada
na manutenção de boas relações com os nativos.
e) a escravização dos indígenas pelos portugueses foi inviabilizada
pelo fato de que os povos nativos americanos eram contrários ao
aprisionamento de seres humanos.
50
(Fuvest)
É difícil acreditar que a Revolução Francesa teria sido muito dife-
rente, mesmo que a Revolução Americana nunca tivesse acontecido.
SIMULADO FUVEST PAG 9/20 T
27/05/2021 08:50:54
 É fácil mostrar que os americanos não tentaram uma semelhante
ruptura substancial com o passado, como fizeram os franceses. No
entanto, [...] as duas revoluções foram muito parecidas.
Robert R. Palmer, The Age of The Democratic
Revolution: The Challenge. Princeton: Princeton
University Presse, 1959. v. 1. p. 267.
Com base no texto e em seus conhecimentos acerca da Revolução
Francesa e do revolucionário processo de independência dos Esta-
dos Unidos, assinale a afirmação correta.
a) A revolução norte‐americana repercutiu pouco nos movimentos
liberais da Europa e, mesmo na França da época da Ilustração,
seu impacto foi mais de ordem econômica do que política.
b) O processo de independência dos Estados Unidos foi marcado
pela ausência de divisões internas entre os colonos e pela exclu-
são das camadas populares da sociedade no processo político.
c) O processo de independência dos Estados Unidos foi consuma-
do pela redação de uma Constituição, cuja elaboração ficou a
cargo de notáveis, que representavam os interesses das classes
proprietárias.
d) A guerra da independência norte‐americana caracterizou‐se pela
ausência de radicalismo político e social, o que se deveu à menor
penetração dos ideais Ilustrados nos últimos anos do período
colonial.
e) A revolução norte‐americana repercutiu não só na Ilustração
europeia e na Revolução Francesa, como demonstrou de modo
teórico e prático a viabilidade de um grande Estado republicano
e democrático.
51
O resultado, em 7 de setembro, foi o conhecido brado de “indepen-
dência ou morte”, isto é, o grito do Ipiranga, que hoje é celebrado
como a declaração de independência do Brasil. Entretanto, para os
contemporâneos, esse fato não teve significado especial, sendo no-
ticiado apenas sob a forma de um breve comentário no jornal flumi-
nense O Espelho, com data de 20 de setembro. Para a maioria dos
atores principais, a separação, embora parcial, já estava consumada.
Ainda que originalmente não tivesse tal intenção, foi o 3 de junho,
por exemplo, que passou a ser comemorado como a data em que o
Brasil despedaçou “as cadeias da escravidão”. O jornal Macaco Bra-
sileiro julgava aquele o “maior dia para o Brasil”, devendo tornar-se o
seu “magno aniversário”, o dia natalício da sua regeneração política,
pois “foi quando estalou o elo da corrente da dependência servil e
colonial; foi quando o cancro se desarraigou do corpo gigante”.
Lúcia Bastos Pereira das Neves. “A vida política”. In: Lilia M. Schwarcz
(Coord.). História do Brasil Nação (1808-2010). Rio de Janeiro:
Objetiva, 2011. v. 1. p. 97.
Antes mesmo do 7 de setembro, o então príncipe-regente, D. Pedro,
já se manifestava favorável à elaboração de uma Constituição para
o Brasil, convocando uma Assembleia Constituinte em junho de 1822,
que acabou se reunindo somente em 1823.
Considerando esse contexto histórico, assinale a alternativa correta.
a) O projeto de Constituição proposto pela Assembleia de 1823 es-
tabelecia o Brasil como um Estado Unitário, indo contra a vontade
de D. Pedro, que defendia maior autonomia às províncias.
b) A Constituição de 1824 determinava que os estados eram autô-
nomos entre si, formando uma união federativa, sendo o impera-
dor responsável por preservar a harmonia entre eles, bem como
organizar militarmente a defesa da nação.
c) D. Pedro dissolveu a Assembleia Constituinte de 1823 e, em
1824, outorgou uma Constituição que satisfazia seu desejo por
um governo centralizado em que pudesse concentrar maiores
poderes em suas mãos.
d) A Constituição de 1824 foi elaborada a partir do modelo de re-
pública da Constituição dos Estados Unidos, cabendo ao Estado
central dispor de Forças Armadas, emitir moeda e negociar tra-
tados com outras nações.
e) Após a independência, como D. Pedro também era herdei-
ro do trono português, o Brasil permaneceu sendo um Reino
Unido a Portugal, porém dotado de maior autonomia político-
-administrativa.
PAG 10/20 T SIMULADO FUVEST
s21fuv15-m.indd 10
52
(Fuvest) A história do século XIX foi marcada pela tensão entre tra-
dições políticas e intelectuais que apelava, ora para a força do na-
cionalismo, ora para o vigor das ideias internacionalistas.
Indique a alternativa que traduz uma dessas tradições.
a) A formulação de alianças militares, a união de forças monárqui-
cas e abolição das fronteiras políticas contribuíram para minar o
poder dos Estados Nacionais.
b) O 1o de Maio e os rituais trabalhistas manifestavam a ascensão
de partidos e de movimentos de massa, expressão do naciona-
lismo da classe trabalhadora.
c) As guerras de caráter religioso que eclodiram na Europa de-
monstram um enfraquecimento do poder universal da Igreja
Católica e a ascensão de tradições religiosas nacionais.
d) O apelo ao direito de autodeterminação dos povos questionou
o poder das casas dinásticas e contribuiu para a posterior frag-
mentação dos grandes impérios europeus.
e) O culto do progresso e da liberdade despertou os ideais republi-
canos e democráticos que contribuíram para o estabelecimento
de federações supranacionais.
53
O governo Wenceslau Braz, em plena Primeira Guerra Mundial, foi
marcado por grandes greves operárias e por uma crescente apro-
ximação entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, com a
adoção de uma política econômica cada vez mais intervencionista e
o início da segunda política de valorização do café, em 1917. No Le-
gislativo, os chamados deputados trabalhistas [...] foram presenças
ativas na denúncia dos problemas dos trabalhadores [...].
Hebe Mattos. “A vida política”. In: Lilia M. Schwarcz (Coord.).
História do Brasil Nação (1808-2010). Rio de Janeiro:
Objetiva, 2012. v. 3. p. 122.
Sobre o período de governo de Wenceslau Braz, pode-se afirmar que:
a) no Rio de Janeiro, a vacinação obrigatória contra a varíola e a refor-
ma urbana estimularam a eclosão da chamada Revolta da Vacina.
b) apesar do crescimento da industrialização visando à substituição
de importações, a economia brasileira permanecia sendo predo-
minantemente agroexportadora.
c) o governo federal teve de intervir principalmente na região Nor-
deste, buscando debelar movimentos de caráter messiânico,
como a Revolta de Canudos.
d) em face dos prejuízos causados pelas greves operárias, os depu-
tados paulistas pressionaram o governo que, por sua vez, aprovou
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
e) ao apoiar o candidato paulista Júlio Prestes para sucedê-lo no
cargo, Braz rompeu com a política do café com leite, sendo
deposto antes do término do mandato.
54
Durante o Período Entreguerras (1918-1939), houve profundas
transformações que alteraram drasticamente o panorama político
mundial. Considerando os eventos ocorridos nesse período, assi-
nale a alternativa correta.
a) A oposição da Igreja Católica a Mussolini fez com que o Exército
italiano tomasse o Vaticano e obrigasse o papa a assinar o Trata-
do de Latrão, submetendo a Igreja ao regime fascista.
b) O nazifascismo surgiu como alternativa aos regimes liberais demo-
cráticos e aos regimes de esquerda, considerados responsáveis
pelas crises político-econômicas do período.
c) Os republicanos, liderados por Francisco Franco e apoiados
pelos soviéticos, saíram vitoriosos da Guerra Civil Espanhola e
implantaram um governo socialista na Espanha.
d) Distantes das economias liberais, Alemanha e Itália não foram
afetadas pela Crise de 1929, resultando no fortalecimento do
nazifascismo no cenário político mundial.
e) Salazar foi responsável por derrubar o regime socialista em
Portugal, implantando uma democracia representativa que
concedeu independência às colônias portuguesas na África.
15.221
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55
Para justificar o combate a seu maior inimigo, Vargas forjou acusa-
ções a rodo. No dia 30 de setembro de 1937, o país foi sacudido pela
denúncia, publicada pela imprensa, da existência de preparativos
para um novo levante orientado por Moscou. O Exército havia captu-
rado um minucioso programa secreto de tomada do poder – o Plano
Cohen –, repleto de instruções atemorizantes: incêndio de prédios
públicos, saques, fuzilamentos sumários de civis. O documento ti-
nha nome judaico e era falso. Foi escrito pelo então coronel Olympio
Mourão Filho, organizador da milícia paramilitar da AIB, responsável
pelo serviço secreto integralista e lotado no setor de inteligência do
Estado-Maior do Exército. O general Góes Monteiro recebeu a pape-
lada produzida por Mourão, tratou-a como autêntica e a encaminhou
a Vargas. Ato contínuo, o documento foi tornado público.
Lilia M. Schwarcz; Heloísa M. Starling. Brasil:
uma biografia. São Paulo: Companhia
das Letras, 2015. p. 374.
A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre a Era Vargas,
assinale a alternativa correta.
a) O Plano Cohen serviu como pretexto para que o Congresso Na-
cional fosse fechado e Getúlio Vargas passasse a governar dita-
torialmente, inaugurando o chamado Estado Novo.
b) Após a divulgação do Plano Cohen, paulistas opositores a Getú-
lio Vargas deflagraram a Revolução Constitucionalista, exigindo a
promulgação de uma nova Constituição.
c) Ao saber do Plano Cohen, Vargas uniu-se à Aliança Nacional
Libertadora (ANL), organizando uma operação que resultou na
desmobilização da AIB e na prisão de seus líderes.
d) A divulgação do Plano Cohen resultou na eclosão da Intentona
Comunista que, liderada por Luís Carlos Prestes, queria derrubar
Vargas e tomar o poder; contudo, o movimento foi derrotado,
sendo Prestes preso e exilado.
e) Após a comprovação de que o Plano Cohen era falso, Góes
Monteiro aplicou um golpe de Estado, Vargas suicidou-se e o
general Eurico Gaspar Dutra assumiu a presidência do Brasil.
56
Jânio Quadros assumiu a presidência do Brasil em 31 de janeiro de
1961 e renunciou ao cargo no dia 25 de agosto do mesmo ano. Nesse
curto período, uma das principais determinações de seu governo foi:
a) a criação dos Atos Institucionais, decretos que concediam po-
deres excepcionais ao presidente da República e diminuíam as
esferas de atuação do Legislativo e do Judiciário.
b) a implementação do plano Salte, que visava coordenar os gas-
tos públicos e aumentar os investimentos nas áreas de saúde,
alimentação, transporte e energia, objetivando incrementar os
índices socioeconômicos do país.
c) a adoção de medidas desenvolvimentistas, expressas principal-
mente no chamado Plano de Metas, que buscava aumentar os
investimentos em geração de energia e transportes, principal-
mente em rodovias.
d) o estabelecimento das reformas de base, que propunham refor-
mas legislativas nas áreas tributária, financeira, administrativa e
agrária, buscando diminuir a desigualdade no Brasil.
e) a adoção da “política externa independente”, que dava autono-
mia ao Brasil no contexto das fronteiras ideológicas da Guerra
Fria, visando abrir novos mercados entre as nações socialistas.
57
(Fuvest)
Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da
Encarnação do Filho de Deus, de 1348, quando, na mui excelsa
cidade de Florença, [...] sobreveio a mortífera pestilência. [...]
apareciam no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou
na virilha ou na axila, algumas inchações [...] chamava‐as o populacho
de bubões [...].
Giovanni Boccaccio, Decamerão.
15.221
s21fuv15-m.indd 11
A respeito da Peste Negra do século XIV, é correto afirmar:
a) Provocou gravíssima queda demográfica, que afetou grande
parte da produção econômica europeia.
b) Originou‐se no Oriente, penetrou no continente europeu pelos
portos e manteve‐se restrita à Península Itálica.
c) Foi provocada pela fome e pela desnutrição dos camponeses e
favoreceu o processo de centralização política.
d) Foi contida pelo caráter de subsistência da economia europeia,
que dificultava o contato humano e, assim, o contágio.
e) Estimulou as investidas contra os territórios muçulmanos no
movimento conhecido como Segunda Cruzada.
58
(Fuvest) Na figura abaixo, está representado o ciclo celular. Na fase S,
ocorre síntese de DNA; na fase M, ocorre a mitose e, dela, resul-
tam novas células, indicadas no esquema pelas letras C.
C
C
M
G2 mitose
G1
S
Considerando que, em G1, existe um par de alelos Bb, quantos
representantes de cada alelo existirão ao final de S e de G2 e em
cada C?
a) 4, 4 e 4. d) 2, 2 e 2.
b) 4, 4 e 2. e) 2, 2 e 1.
c) 4, 2 e 1.
59
(Fuvest) Sabe-se que os estômatos têm movimentos hidroativos e
fotoativos. Pode-se observar os primeiros quando as condições de
luminosidade são constantes e varia o suprimento hídrico. Os se-
gundos se observam quando, ao contrário, variam as condições de
luminosidade mantendo-se constante o suprimento hídrico. Com
umidade, os estômatos se abrem, bem como com a presença de
luz. Diante do exposto, diga o que ocorre quando, mantendo invariável
o suprimento de água, coloca-se uma planta no escuro.
a) Os estômatos se abrem.
b) Os estômatos se fecham.
c) Os estômatos não alteram as suas estruturas.
d) Os estômatos se retraem para baixo da epiderme.
e) Os estômatos sofrem uma expansão para fora da epiderme.
60
(Fuvest) Vendo um mesmo animal, 3 pessoas observaram diferen-
tes características. A pessoa A notou apêndices articulados, a pes-
soa B constatou antenas e a pessoa C contou 6 patas.
Que pessoas mencionaram características exclusivas de insetos?
a) Apenas A. c) Apenas C. e) B e C.
b) Apenas B. d) A e B.
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 B
61
O sistema endócrino controla diversas funções fisiológicas dos 2 000 espécie I
seres vivos através dos hormônios, moléculas que atuam como

número de indivíduos/mL
mensageiros químicos, causando uma reação do organismo a
determinado estímulo. Considerando um estímulo que não se re- espécie II
pete durante o tempo analisado e o mecanismo de feedback nega-
tivo, o gráfico que representa corretamente a concentração de um
1 000
hormônio, ao longo do tempo, é:
a)     d)

concentração
concentração

tempo

tempo tempo
Com base nesses dados, pode-se dizer que o tipo de relação eco-
b)     e) lógica entre essas duas espécies é:
a) competição
concentração
concentração

b) comensalismo
c) parasitismo
d) mutualismo
tempo tempo e) predatismo

c)
64
concentração

Uma equipe de cientistas da Faculdade de Medicina da Uni-

tempo
62
A hemofilia é uma doença genética recessiva ligada ao cromosso-
mo X e caracteriza-se pela falta de um dos fatores de coagulação
presentes no sangue, o que pode levar a sangramentos prolonga-
dos, mesmo quando causados por pequenos traumas. Um homem
hemofílico, filho de pais não hemofílicos, casa-se com uma mulher
não hemofílica, filha de pais não hemofílicos. Sabendo-se que a
mãe dela é heterozigota para hemofilia, qual é a probabilidade
desse casal ter um menino hemofílico?
1 3 1 b) Peroxissomo, encontrado em células humanas.
a) c) e)
4 8 8
2 1
b) d)
3 16
versidade de Virgínia (UVA), nos EUA, anunciou ter descoberto
uma nova função para uma organela recém-descoberta nas células
humanas. Segundo os pesquisadores, esta nova organela surge
apenas em certos momentos, e tem a função de ajudar a prevenir
a ocorrência de câncer ao assegurar que o material genético seja
separado corretamente durante a divisão celular.
[...] Isso garante que cada célula termine com o material
genético correto. No câncer, porém, esse processo é defeituo-
so, o que pode levar as células cancerígenas a se tornarem mais
agressivas.
Disponível em: <https://sciam.com.br>.
A função apontada no texto é comumente associada a outra orga-
nela celular. Assinale a alternativa que apresenta essa organela e os
organismos em que pode ser encontrada.
a) Centríolo, encontrado em células animais.
c) Centríolo, encontrado em angiospermas.
d) Peroxissomo, encontrado em briófitas.
e) Mesossomo, encontrado em bactérias.

63 65
(Fuvest) Os gráficos a seguir representam o crescimento de duas (Fuvest) São respectivamente tecidos de sustentação, preenchi-
espécies de animais nas mesmas condições ambientais, em A vi- mento e revestimento:
vendo isoladamente e em B vivendo juntas: a) Colênquima, parênquima e súber.
b) Esclerênquima, colênquima e parênquima.
A
c) Parênquima, floema e xilema.
d) Epiderme, colênquima e súber.
2 000
e) Súber, xilema e floema.
número de indivíduos/mL

66
Nos últimos anos, a discussão sobre a classificação dos seres vivos
1 000 tem se acirrado.
espécie I De um lado, alguns cientistas defendem o agrupamento de acordo
com características morfológicas (classificação fenética). De outro,
espécie II há a defesa da associação das espécies que apresentem um an-
cestral comum (classificação filogenética).
Há ainda quem argumente que uma mistura dos dois pensamentos
tempo é a melhor saída (classificação evolutiva).

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 A tabela abaixo apresenta a comparação de quatro grupos de ver- Com base no esquema apresentado, pode-se afirmar que as preci-
tebrados de acordo com cinco características. Evidências bioquímicas pitações A e B são, respectivamente:
indicam que eles apresentam um ancestral comum, formando um a) do tipo frontal, dispersa geograficamente e de longa duração (de
grupo monofilético (clado). 2 a 3 dias); e do tipo convectiva, localizada geograficamente e de
duração variável (de algumas horas até dias).
Aves Crocodilos Lagartos Tartarugas
b) do tipo convectiva, localizada geograficamente e de curta dura-
Superfície casco e ção (de 1 a 2 horas); e do tipo orográfica, localizada geografica-
penas escamas escamas mente e de duração variável (de algumas horas até dias).
externa escamas
c) do tipo convectiva, dispersa geograficamente e de longa duração
Número de
duas quatro quatro quatro (de 2 a 3 dias); e do tipo orográfica, localizada geograficamente e
patas
de curta duração (de 1 a 2 horas).
Regulação d) do tipo convectiva, localizada geograficamente e de longa dura-
endotermos ectotermos ectotermos ectotermos
térmica ção (de 2 a 3 dias); e do tipo orográfica, dispersa geograficamen-
Andar ereto semiereto arqueado arqueado te e de curta duração (de 1 a 2 horas).
e) do tipo orográfica, localizada geograficamente e de longa dura-
Entre as afirmações abaixo, assinale a alternativa incorreta. ção (de 2 a 3 dias); e do tipo frontal, dispersa geograficamente e
a) A classificação fenética consideraria os crocodilos mais próximos de longa duração (de 2 a 3 dias).
dos lagartos, visto que têm mais características em comum.
b) A maior semelhança molecular entre as aves e os crocodilos é
utilizada pela classificação filogenética como evidência de um 70
parentesco mais próximo entre eles.
O quadro a seguir traz informações sobre massas de ar.
c) A ectotermia nos crocodilos, lagartos e tartarugas é uma novi-
dade evolutiva, já que o ancestral comum desses animais era
endotérmico, assim como as aves. Tipo Subtipo Características
d) A presença de endotermia em aves e em mamíferos é um caso
quente, seca e
de convergência adaptativa. tropical A
estável
e) A classificação filogenética considera apenas os grupos monofi-
léticos (clados) como naturais. B marítima fria, úmida e instável

67 equatorial marítima C

Em uma população em equilíbrio de Hardy-Weinberg, a proporção Assinale a alternativa que completa corretamente o quadro.
do alelo n é de 35%. Considerando que a população em questão a) A-continental; B-tropical; C-quente e seca.
é formada por 50 000 indivíduos, qual é a quantidade de indivíduos
heterozigotos esperada? b) A-marítima; B-tropical; C-quente e seca.
Considere a presença de apenas dois alelos para o gene em questão. c) A-continental; B-polar; C-quente e seca.
a) 21 125 b) 32 500 c) 6 125 d) 22 750 e) 17 500 d) A-continental; B-polar; C-quente e úmida.
e) A-marítima; B-tropical; C-quente e úmida.
68
A água é de fundamental importância para a vida, participando de inú- 71
meras reações químicas celulares. A ingestão ou absorção de água
é imprescindível para o funcionamento adequado dos organismos. Quando chegam as férias na praia, todo mundo gosta de uns cama-
Com relação à água e suas propriedades, podemos afirmar que: rões ao alho e óleo, ou empanados, ou um coquetel de camarões.
a) pode ser líquida a temperatura ambiente devido à baixa eletrone- Deliciosos frutos do mar! Contudo, na maioria dos casos, esses
gatividade do oxigênio, permitindo que ela possa ser constituinte frutos não são “do mar”. A maioria dos camarões que são servidos
dos meios intra e extracelulares. nos restaurantes hoje em dia vem da criação desses organismos.
b) tem o importante papel de auxiliar na manutenção da tempera- À primeira vista, parece ser interessante, por pressionar menos o
tura corporal dos animais, devido ao seu baixo calor específico meio ambiente, mas mais que frutos da deusa Iemanjá, a criação
de camarão representa uma ameaça aos manguezais e aos am-
(1 cal/g $ ºC).
bientes marinhos e costeiros em geral, pelos impactos na qualida-
c) acentuadas forças entre as moléculas de água atuam na coesão, de e quantidade das águas, na pesca, na manutenção dos serviços
que permite a sua subida por vasos xilemáticos, aumentando a ambientais. A conversão de manguezal para aquicultura – em pre-
diferença de pressão entre folhas e caules. valência para carcinicultura – é um dos maiores vetores de perda de
d) devido a sua apolaridade, moléculas de diversos tipos químicos manguezal no mundo.
podem ser dissolvidas nela, tornando-a um meio propício para a
ocorrência de diversas reações. Ministério do Meio Ambiente; Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade. Atlas dos
e) o arranjo não linear dos átomos, que confere suas propriedades manguezais do Brasil. Brasília: 2018. p. 66.
biológicas, deve-se ao átomo de oxigênio possuir três pares de
elétrons não compartilhados. Os manguezais, importantes para a reprodução das espécies da ca-
deia alimentar marinha, estão presentes no litoral brasileiro, acom-
69 panhando praticamente toda a sua extensão, com algumas lacunas
em áreas de dunas e arenosas. As intervenções nos manguezais,
radiação como a anteriormente apresentada, podem provocar:
solar
a) a recuperação dos manguezais, pois o equilíbrio do ambiente
irá favorecer o crescimento da população que é parte da cadeia
alimentar dos oceanos.
fluxo do
A vento b) a modificação do equilíbrio hidrológico das áreas, pelo represa-
B
+ mento das águas salobras para a carcinicultura; por outro lado,
+ + + + +
albedo + + + + + favorece a criação de empregos para a população de pescadores
evapotranspiração
+ + + + + dos manguezais.

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15.221

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 c) alterações genéticas nas espécies dos manguezais; porém, as
águas passam a ganhar mais qualidade, pois elas retornam ao
manguezal livres de agentes químicos.
d) a alteração dos corpos de água naturais; porém, protegendo as
margens da erosão marinha.
e) o deslocamento e a exclusão de comunidades humanas de seus
territórios tradicionais de pesca.
72
Na área nuclear das caatingas, os atuais sítios de “brejos” amarra-
dos a ilhas locais de umidade, constituem-se em um modelo vivo
de redutos e refúgios florestais. [...] No caso do Pantanal – um
território deprimido situado entre os domínios dos cerrados, do
Chaco e Pré-Amazônia –, após a última crise de secura do Pleis-
toceno Terminal, houve uma reconquista do antigo espaço seco
por diferentes stocks de vegetação tropical, a partir de refúgios
e redutos acantonados nas chapadas, serranias e terras firmes
adjacentes.
A. Ab’Sáber. Brasil: paisagens de exceção.
Cotia: Ateliê Editorial, 2006. p. 65.
Com base na leitura do texto e em seus conhecimentos, podemos
afirmar que:
a) o Pantanal é uma planície, inundada periodicamente pelo rio
Paraguai, onde encontramos um mosaico botânico devido às
dinâmicas climáticas do Cenozoico.
b) o Pantanal é uma depressão, inundada periodicamente pelo rio
Paraná, onde encontramos um mosaico botânico devido às dinâ-
micas climáticas do Cenozoico.
c) o Pantanal é uma planície, inundada periodicamente pelo rio
Paraná, onde encontramos um mosaico botânico devido às
dinâmicas climáticas do Cenozoico.
d) o Pantanal é uma depressão, inundada periodicamente pelo rio
Paraguai, onde encontramos um mosaico botânico devido às
dinâmicas climáticas do Paleozoico.
e) o Pantanal é uma planície, inundada periodicamente pelo rio
Paraná, onde encontramos um mosaico botânico devido às
dinâmicas climáticas do Mesozoico.
A análise do mapa nos permite afirmar que:
a) a indústria brasileira apresenta uma distribuição desigual pelo
território, concentrada nas regiões de expansão da fronteira eco-
nômica.
b) o interior do Brasil é um grande vazio industrial, apesar da
infraestrutura e do mercado consumidor presentes nessa
região.
c) a indústria brasileira apresenta uma distribuição desigual pelo
território, concentrada nas regiões com fluxos significativos de
capitais e informações.
d) na região Centro-Oeste, Tocantins é o estado que apresenta a
menor densidade industrial.
e) a indústria brasileira apresenta uma distribuição homogênea
pelo território, com destaque para as regiões que agregam maior
mercado consumidor.
74
Limitado por cadeias de montanhas baixas a leste e a oeste, o
Vale do Silício é uma planície em forma de ferradura, com edifí-
cios comerciais e áreas residenciais. No centro da ferradura, fi-
cam as águas da Baía de San Francisco, indiferentes ao ronco do
tráfego nas estradas ou à mais recente inovação de Elon Musk, o
executivo da Tesla e da SpaceX. Eu mostro aos visitantes a placa
com o sinal de “curtir”, com o polegar para cima, indicando que
estamos perto da sede [...] do Facebook. [...] Nos morros circun-
dantes em que ainda passam cervos, não é difícil imaginar os
seus moradores vivendo no sossego da roça. Mas as aparências
continuam a enganar no Vale do Silício: ele parece igualitário,
receptivo e descontraído, com CEOs vestidos de maneira infor-
mal, com agasalhos com capuz e shorts de ciclista. [...] Devido
ao incessante fluxo de forasteiros, e o consequente aumento
nos preços dos imóveis e aluguéis, muitos moradores do Vale
do Silício que não fazem parte do setor de tecnologia – e até
mesmo alguns que fazem – estão encontrando mais dificuldade
para se manter.
National Geographic. “O Vale do Silício Cresceu (Nem Tanto)”.
p. 55-65. fev./2019.

73 Com base na interpretação do texto e em seus conhecimentos de

Geografia, assinale a alternativa correta:
a) Ao mesmo tempo que produz avanços tecnológicos e também
BRASIL _ DISTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA (2018)
nos costumes corporativos, o Vale do Silício, localizado junto ao
Boa Vista
cinturão das indústrias tradicionais (Manufacturing Belt), gera ex-
Equador RORAIMA
AMAPÁ
Macapá
clusão social, ao expulsar de modo velado sua população mais
Belém São antiga.
Manaus Luís
AMAZONAS
PARÁ Teresina
Fortaleza
RIO GRANDE b) O Vale do Silício vive um processo de gentrificação, provocado
DO NORTE
Porto
MARANHÃO CEARÁ Natal pela proximidade com as sedes das grandes empresas de tec-
PARAÍBA
Velho PIAUÍ
PERNAMBUCO
João
Pessoa nologia, em uma região onde predominam dobramentos antigos
ACRE Palmas ALAGOAS Recife
Rio RONDÔNIA MATO TOCANTINS SERGIPE Maceió de estrutura cristalina, com estabilidade tectônica e jazidas de
Branco GROSSO
DISTRITO BAHIA Aracaju minerais metálicos.
Cuiabá FEDERAL Salvador
Goiânia Brasília c) Ao mesmo tempo que produz avanços tecnológicos e cria um
GOIÁS MINAS GERAIS
MATO Campo
Belo ESPÍRITO
Horizonte SANTO
ambiente de negócios moldado sobre os costumes das novas
GROSSO Grande
DO SUL SÃO Vitória gerações, o Vale do Silício gera exclusão social, com intenso pro-
PAULO RIO DE JANEIRO
apricórnio cesso de gentrificação, em um terreno marcado por instabilidades
Trópico de C Rio de Janeiro
PARANÁ São Paulo
SANTA
Curitiba tectônicas, sujeito a fortes terremotos.
OCEANO CATARINA Florianópolis
PACÍFICO
RIO GRANDE
OCEANO d) O Vale do Silício é um ambiente de produção de tecnologia, mar-
ATLÂNTICO
DO SUL Porto
Alegre N cado pelo tradicionalismo das relações corporativas, onde um
avançado processo de gentrificação expulsa os habitantes mais
Número de empresas industriais
antigos da região, dentro de um sítio marcado pela presença de
extrativas ou de transformação,
por município
jazidas de silício.
menos de 1 000 e) O Vale do Silício é um dos pontos dentro do chamado Sun
1 001 a 5 000 Belt, onde a nova economia desenvolve-se, criando um novo
5 001 a 10 000
33 612
ambiente corporativo, localizado em uma área limítrofe de
placas tectônicas, de estruturas geológicas antigas e estável
Fonte: Atlas Geográfico do IBGE, 2018. tectonicamente.

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 75

OCEANO
ATLÂNTICO Mar Mediterrâneo
Habitantes/km2 limites Sawap
menos de 2 (em inglês: Sahel
and West Africa
2-5 Program)
Trópico de Câncer 6-10
11-20
MAURITÂNIA 21-50
Nouakchott MALI NÍGER CHADE Cartum
Mar Vermelho 51-100
Dacar SUDÃO
SENEGAL Bamako BURKINA FASSO Niamei 101-200
Quagadoudou Djamena Golfo de Aden
NIGÉRIA Adis-Abeba 201-500
BENIN
ETIÓPIA 501-1 000
GANA TOGO Abuja
OCEANO Acra Porto Novo mais de 1 000
ATLÂNTICO Lomé
Equador Golfo da Guiné N

O mapa acima mostra países que estão em uma região do continente conhecida como Sahel. Com base na leitura do mapa e em seus co-
nhecimentos de Geografia, leia as afirmações abaixo:
I. A porção setentrional do Sahel apresenta as menores densidades demográficas da região, pois as condições geográficas do Deserto
do Saara dificultam o estabelecimento das pessoas.
II. Na porção meridional, observamos o adensamento populacional, com destaque para a região do “Chifre” da África e dos países banhados
pelo Golfo da Guiné.
III. Conflitos étnicos, políticos e religiosos verificados na região têm como palco países com baixa densidade demográfica.
IV. A presença de corpos d’água doce favorece o adensamento populacional, mas isso não significa que essas áreas sejam as de maior
concentração populacional na região.
Estão corretas as afirmações:
a) I e III. b) I e II. c) II, III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV.

b) A produção industrial brasileira oscilou no século XXI, com cres-

76 cimento da indústria em sua primeira década, terminando ao
Valor adicionado manufatureiro final da série em níveis inferiores, marcando um processo de
per capita, em US$ de 2010 (1970-2016) desindustrialização.
c) A China assistiu à disparada da sua produção industrial no
2 250
2 100 século XXI, superando a produção indiana entre 1998 e 2000.
1 950
1 800 d) Na série apresentada, o desenvolvimento industrial da Índia
1 650 não avançou, mantendo os mesmos índices desde a década de
1 500
1 350 1980.
1 200
1 050 e) Após ter superado o Brasil, o desenvolvimento industrial chinês
900
750 não apresentou valores significativos de crescimento.
600
450
300
150 77
0
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
2098
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
20 14
19

16

A crise grega testou a unidade da União Europeia até os seus

China Índia
Brasil Indonésia
ONU (The National Accounts Main Aggregates Database); IBGE.
Nota: Quando se avalia o desenvolvimento industrial de uma nação,
um indicador muito utilizado pelas Nações Unidas para o Desen-
volvimento Industrial (UNIDO), órgão vinculado à ONU, é o valor
adicionado manufatureiro (VAM) per capita. Ao dividir o produto ma-
nufatureiro pela população, elimina-se possível viés causado pelo
tamanho do país.
O Cafezinho. Disponível em: <ocafezinho.com>.
Acesso em: 16 fev. 2021.
Com base na interpretação do gráfico e do texto apresentados,
assinale a alternativa correta:
a) Entre 1996 e 1998, a Indonésia teve uma oscilação da sua pro-
dução industrial devido a uma grave crise econômica que atingiu
duramente o Sudeste Asiático, comprometendo o desenvolvi-
mento industrial do país.
limites.
No fim de 2009, um governo socialista grego recém-eleito,
liderado por George Papandreou, expôs publicamente um pro-
blema grave nas suas contas públicas – uma dívida e um déficit
muito mais elevados do que aqueles que o anterior governo de
centro-direita havia revelado.
[...] A fragmentação da União Europeia parecia estar em marcha.
Poucos Estados-membros tinham margem de manobra para
reduzir as dívidas e os déficits públicos, lançando ao mesmo tem-
po um novo tipo de crescimento, construindo vantagens competi-
tivas e criando novos empregos.
Mas ainda menos Estados-membros seriam capazes de o fa-
zer se as taxas de juro ou a dívida pública continuassem a aumen-
tar. Se isso acontecesse, [...] [poderia] levar à implosão da Zona
do Euro e a tudo que isso podia significar para as perspectivas da
integração europeia.
Maria João Rodrigues. A Europa ainda é possível.
Lisboa: Editora Presença, 2013, p. 123-126.

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 O texto trata da crise grega de 2009, que eclodiu após a crise
de 2008, com agravos à estabilidade do Euro e da União Euro-
peia (UE). As perspectivas de recuperação econômica pareciam
difíceis, pois:
a) os países do bloco têm diferentes níveis de desenvolvimento,
criando dificuldades para a manutenção da união monetária –
adotada em 2002 por toda a EU –, e, desse modo, pressionando
as contas públicas.
b) Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha tinham déficits econô-
micos elevados, exigindo aportes financeiros do Reino Unido, o
que criou o pretexto para o governo desse país pedir, em um ato
executivo, a saída do bloco.
c) o governo grego renunciou ao Euro e instalou uma crise de con-
fiança na moeda europeia, assim como na estabilidade política
do bloco.
d) apesar da união monetária e econômica, os países do bloco
apresentam diferentes níveis de desenvolvimento, o que gera
diferentes necessidades, que podem não ser contempladas por
políticas de recuperação austeras.
e) a Rússia poderia romper os suprimentos de gás e de petróleo
pela falta de pagamento dos compromissos pelos europeus.
78
Bacia hidrográfica com rios de planaltos, cujo rio principal percorre
o sentido norte-sul, com seus principais afluentes oriundos da sua
margem esquerda. O aproveitamento hidrelétrico, com a maior ca-
pacidade instalada, propiciou o aproveitamento de longos trechos
para a navegação, que hoje escoa areia e grãos. Contudo, por des-
locar-se para o interior, distanciando-se das metrópoles, ela trabalha
com capacidade ociosa no transporte de cargas.
A descrição acima trata da Bacia do:
a) Amazonas
b) São Francisco
c) Tocantins-Araguaia
d) Paraguai
e) Paraná
79
O mapa a seguir mostra a distribuição no território brasileiro de
Bradypus variegatus, uma das espécies de bicho-preguiça.
80°0’0” W 70°0’0” W 60°0’0” W 50°0’0” W 40°0’0” W
0°0’0”
10°0’0” S
20°0’0” S
30°0’0” S
distribuição de Bradypus variegatus
Fonte: ICMBIO. Acesso em: 1o mar. 2021.
Assinale a alternativa correta.
a) A maior ocorrência desse animal está em regiões de biomas
arbustivos, como a mata Atlântica e o cerrado. Com isso, regiões
de formações florestais, como a Amazônia e o pampa, aliadas ao
desmatamento realizado pelas monoculturas, dificultam as con-
dições de adaptação do bicho-preguiça, criando um corredor de
norte a sul do país onde há pouca ou nenhuma ocorrência dessa
espécie.
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b) Observa-se a ocorrência desse animal em biomas de formações
florestais, como a mata Atlântica e a Amazônia. A formação de
um corredor sem essa espécie pode ser explicada pela presença
de biomas que não lhe propiciam condições de sobrevivência,
como os pampas e as araucárias, e pelo desmatamento ligado
às grandes monoculturas, que intensifica as dificuldades para a
fixação do bicho-preguiça.
c) A maior ocorrência desse animal está em regiões de biomas
arbustivos, como a caatinga e o cerrado. Com isso, regiões de
formações florestais, como a araucária e o pampa, dificultam as
condições de adaptação do bicho-preguiça, criando um corredor
de norte a sul do país onde há pouca ou nenhuma ocorrência
dessa espécie.
d) Observa-se a ocorrência desse animal em biomas de forma-
ções florestais, como a mata Atlântica e a Amazônia. O cor-
redor que se forma entre essas duas áreas é devido à inadap-
tação do bicho-preguiça a biomas de formações arbustivas,
como o cerrado e o Complexo de Roraima, conhecido tam-
bém como Lavrado.
e) A maior ocorrência desse animal está em regiões de biomas
arbustivos, como a mata Atlântica e os manguezais. Com isso,
regiões de formações florestais, como o Pantanal e o pampa,
aliadas ao desmatamento realizado pelas monoculturas, dificul-
tam as condições de adaptação do bicho-preguiça, criando um
corredor de norte a sul do país onde há pouca ou nenhuma ocor-
rência dessa espécie.
Texto para as questões 80 e 81.
A intolerância à lactose é um problema que acomete diversas
pessoas no mundo. A impossibilidade de digerir esse dissacarí-
deo é responsável por causar nos indivíduos intolerantes sensa-
ções de mal-estar, estufamento abdominal e possíveis quadros
diarreicos.
A intolerância se deve à deficiência total ou parcial de sintetizar a
enzima lactase, responsável por catalisar a hidrólise (digestão) da
lactose nos monossacarídeos glicose e galactose.
O acúmulo de lactose no trato digestório acaba por servir de
substrato para diversos micro-organismos anaeróbios que fer-
mentam esse açúcar, produzindo gases diversos e causando o
desconforto.
80
30°0’0” W
Um dos testes para verificar se um indivíduo apresenta into-
lerância à lactose consiste em medir a concentração de H2 no ar
expirado.
No organismo humano, apenas as bactérias anaeróbias do
intestino grosso produzem hidrogênio – e somente quando em
contato com açúcares e carboidratos, principalmente, ou outras
substâncias não absorvidas até chegarem ao cólon. A quantida-
de de hidrogênio produzida é proporcional à porção de alimentos
não absorvidos, no entanto, problemas digestivos ou deficiências
de absorção do intestino delgado podem aumentar a produção
desse gás.
As bactérias anaeróbicas presentes na flora intestinal con-
vertem açúcares (carboidrato) em gases – entre eles, o hidrogê-
N
nio. Esse gás entra na corrente sanguínea e é expelido durante a
respiração. A concentração basal (inicial) de hidrogênio é medida
e, em seguida, são administradas doses de açúcares (por exem-
plo, a lactose, quando há suspeita de intolerância ao açúcar do
leite). As amostras de ar expirado são medidas entre 15 e 30
minutos e a duração do teste depende do tempo em que os
índices de hidrogênio levam para se estabilizar, em média, de
duas a três horas.
Se o paciente digerir normalmente os açúcares, não será
observada nenhuma alteração nos níveis de hidrogênio na expi-
ração. Se houver intolerância, o resultado será dado ao final do
exame.
Os gráficos a seguir ilustram resultados possíveis para o exame
para dois pacientes A e B com medidas de H2 exalado em ppm:
15.221
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 Paciente A Para tanto, é proibido para o paciente ingerir alimentos durante
25 esse período sob a pena de mudar os resultados do exame.
Pela análise dos gráficos, pode-se afirmar que:
20
Note e adote:
concentração

15 Massas molares em g/mol: H = 1, C = 12, O = 16.

10 a) após cerca de 30 minutos, a glicemia do paciente normal se

mantém praticamente inalterada, pois quase não ocorre absorção
5 de glicose. Essa glicemia atinge cerca de 1,3 g/L.
b) após cerca de 30 minutos, a glicemia do paciente intolerante
0 sofre alteração significativa, devido à absorção de glicose. Essa
0 15 30 45 60 90 120 150 180
minutos glicemia atinge cerca de 1,3 g/L.
hidrogênio c) após cerca de 30 minutos, a glicemia do paciente normal sofre
referência alteração significativa, devido à absorção de glicose. Essa glicemia
atinge cerca de 0,9 g/L.
Paciente B d) após cerca de 30 minutos, a glicemia do paciente intolerante se
100 mantém praticamente inalterada, pois quase não ocorre absorção
de glicose. Essa glicemia atinge cerca de 1,3 g/L.
80 e) após cerca de 30 minutos, a glicemia do paciente intolerante se
mantém praticamente inalterada, pois quase não ocorre absorção
concentração

60 de glicose. Essa glicemia atinge cerca de 0,9 g/L.

40 82
20 O decaimento radioativo ocorre quando o núcleo de um átomo
sofre alguma transformação, geralmente associada à emissão de
uma partícula radioativa. O urânio-238, isótopo presente na Terra
0
0 15 30 45 60 90 120 150 180 desde a sua formação, apresenta uma série longa de decaimentos
minutos sucessivos, até formar o núcleo de chumbo-206, um isótopo está-
hidrogênio vel. A existência desse isótopo do urânio até hoje só é observada
referência
porque o seu período de meia-vida se equipara à idade da Terra,
Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). ou seja, a quantidade desse radioisótopo caiu praticamente pela
Adaptado de <www.interblu.com.br>. metade desde a formação do nosso planeta.
O diagrama a seguir representa parte da série de decaimento do
Pela análise dos gráficos e do texto, pode-se afirmar que: U-238:
a) O paciente A é intolerante à lactose, o que se observa quando a
concentração de H2 ultrapassa 20 ppm. 238 U
b) O paciente B é intolerante à lactose, o que se observa quando a
236
concentração de H2 ultrapassa 20 ppm.
234 Th Pa U
c) O paciente A é intolerante à lactose, o que se observa quando a
concentração de H2 ultrapassa 5 ppm. 232
d) O paciente B é intolerante à lactose, o que se observa quando a 230 Th
concentração de H2 ultrapassa 5 ppm.
228
e) O paciente B é intolerante à lactose, o que se observa quando a
concentração de H2 ultrapassa 60 ppm. 226 Ra
número de massa

224
222 Rn
81
220
Outra técnica possível para avaliar se o indivíduo é intolerante à 218 Po
lactose consiste em medir a glicemia em jejum, oferecer uma
216
solução aquosa de lactose para o paciente e medir novamente a
glicemia (concentração de C6H12O6 no sangue) a cada 30 minutos, 214 Pb Bi Po
por exemplo. 212
Espera-se obter o seguinte resultado:
210 Pb Bi Po
8 208
7
206 Pb
glicemia (mmol/L)

6
5 204
4 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93
3 T, Pb Bi Po At Rn Fr Ra Ac Th Pa U Np
2 número atômico
1
0 Além da sequência indicada nesse diagrama, podem ocorrer alguns
20 40 60 80 100 120 outros decaimentos paralelos. Por exemplo:
tempo após a ingestão de lactose (em minutos)
I. O polônio-218 pode formar o astato-218.
paciente normal lI. O Bi-214 pode formar o isótopo do tálio de massa 210.
paciente intolerante
III. O isótopo do bismuto que possui 127 nêutrons pode formar o
Disponível em: <https://sqbc.qc.ca>. tálio-206.

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 Nos decaimentos indicados por I, II e IlI, ocorre a emissão, respec-
tivamente, de uma partícula: O
a) alfa, beta e beta. d) beta, alfa e alfa. O
b) beta, beta e alfa. e) beta, alfa e beta. O
c) alfa, alfa e beta. OH
ácido 3-metil-butanoico
83 benzoato de etila
Um determinado metal de transição é encontrado na natureza na
forma de compostos iônicos binários (minérios). O metal puro pode O
ser obtido pelo aquecimento desses minérios com coque, em um O
processo global que produz também um gás. Quatro lotes de mi-
OH
nérios (A, B, C e D) foram processados para obtenção do mesmo
metal, conforme registrado na tabela a seguir. Considerando que O
os minérios são puros, contendo apenas um composto, e que as acetato de etila
reações ocorrem com 100% de rendimento, pode-se afirmar que: ácido benzoico

Massa de Massa consumida Massa obtida Podemos determinar que as fórmulas moleculares dos compostos
Lote
minério de coque do metal A e B, presentes na amostra, determinados pelo laboratório através
dos métodos espectroscópicos, são, respectivamente:
A 480 t 54 t 336 t
a) C4H8O2 e C7H6O2. d) C5H10O2 e C7H6O2.
B 504 t 42 t 392 t b) C5H10O2 e C9H10O2. e) C4H8O2 e C5H9O2.
c) C9H10O2 e C7H6O2.
C 800 t 90 t 560 t

D 580 t 60 t 420 t
a) o processamento do lote A foi o que produziu a menor massa
de gás.
b) os lotes A e B são do mesmo tipo de minério.
c) foram utilizados três tipos de minérios diferentes.
d) os lotes C e D são do mesmo tipo de minério.
e) ao se utilizar a mesma massa de minério, obtém-se a mesma
massa de metal, independentemente do lote utilizado.
84
A identificação estrutural de compostos orgânicos sempre foi um
desafio para a química. Técnicas espectroscópicas (que fazem uso
da interação da radiação eletromagnética com a matéria) como
RMN (ressonância magnética nuclear), IV (infravermelho) e UV
(ultravioleta) colaboraram e muito para avanços nesse ponto. Nor-
malmente, esses métodos são utilizados em conjunto para a de-
terminação da estrutura e fórmula molecular, já que cada um visa
aspectos diferentes do composto, como identificação de grupos
funcionais, insaturações e tipos de carbonos (primários, secundá-
rios e terciários). Por exemplo, é possível identificar se o composto
é aromático ou alifático analisando seu espectro.
Um laboratório recebeu a amostra de um material de uma empre-
sa farmacêutica e decidiu empregar as técnicas espectroscópicas
para identificação de seus componentes, verificando a presença de
dois compostos com as seguintes características:
85
O biodiesel pode ser produzido através da transesterificação
de triglicerídeos presentes em óleos vegetais, sob certas condi-
ções reacionais. Essa reação química produz monoésteres metí-
licos (ou etílicos) de ácidos graxos, que correspondem ao produto
principal, mas também origina a glicerina como subproduto. Infeliz-
mente a demanda por glicerina não é tão alta proporcionalmente
ao biodiesel, gerando um excesso desse subproduto no mercado.
Pesquisadores da Universidade do Missouri foram premiados
ao descobrirem, em 2006, um processo para converter a glicerina
em outros compostos que sejam úteis e que possuam valor econô-
mico.
Na síntese de Suppes, pode-se obter propilenoglicol e acetol.
O propilenoglicol, de considerável uso industrial, é formado pela
reação da glicerina com hidrogênio na presença de cromito de
cobre, um catalisador. O acetol é produzido na ausência de hidro-
gênio e é precursor de uma gama enorme de compostos orgânicos
importantes.
Uma vez que a síntese comercial tradicional de vários compos-
tos orgânicos baseia-se no uso de derivados do petróleo, a síntese
de Suppes oferece um caminho alternativo oriundo da biomassa.
cromito de cobre
H H, 200 ºC, 200 psi
HO OH HO
OH OH
glicerina propilenoglicol

Composto A Composto B O

Carbono primário sim Carbono primário sim OH

Carbono secundário sim Carbono secundário sim acetol

Colin Baird; Michael Cann. Química Ambiental.
Carbono terciário sim Carbono terciário sim
4. ed. p. 371.
Cadeia carbônica Cadeia carbônica Com base no texto e em seus conhecimentos sobre biocombustí-
sim não
alifática alifática veis, é correto afirmar que:
Insaturação não Insaturação sim a) a transesterificação realizada em etanol meio anidro produz bio-
diesel constituído de monoésteres metílicos.
Heteroátomo não Heteroátomo não b) a síntese de Suppes transforma o produto principal da transes-
terificação em outras substâncias, que são utilizadas na síntese
Algumas possíveis fórmulas moleculares, que estão representadas a de muitos compostos orgânicos de aplicação industrial.
seguir, foram propostas anteriormente à análise, levando em consi- c) a presença de água em uma transesterificação alcalina pode
deração o tipo de produto final gerado pela empresa. Uma delas foi gerar uma saponificação indesejada que não produz 1,2,3-propa-
identificada como sendo o composto A e outra como o composto B. notriol.

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 d) o propilenoglicol, oriundo da síntese de Suppes, é uma alternativa
para o mercado absorver um subproduto excedente, ajudando a
resolver uma questão importante da produção de biodiesel.
e) tanto o acetol quanto o propilenoglicol são produtos diretos da
transesterificação, tendo origem na biomassa.
86
Leia o trecho a seguir.
As farmacêuticas Pfizer e BioNTech se tornaram, nesta quarta-
-feira (18), as primeiras a anunciarem a conclusão dos testes da
fase 3 de uma vacina contra a Covid-19 [...]. Mas as empresas
devem enfrentar um desafio: contornar a necessidade de manter a
vacina em uma temperatura inferior a -70 ºC durante o transporte,
para que o imunizante não perca sua eficácia.
Laís Modelli, 2020. Disponível em: <g1.globo.com>.
Sabe-se que a temperatura é um dos fatores que alteram a ve-
locidade de reações químicas, inclusive, bioquímicas. Este é um
dos motivos pelo qual são necessárias temperaturas tão baixas
na manutenção da eficácia da vacina. Diminui-se sua atividade
biológica, ao diminuir a temperatura, para que seja ativada em
local apropriado.
O estudo físico-químico da reação pode ser feito através da equa-
ção chamada Lei de Velocidade. De forma geral, temos:
v = k[R]
87
Celular na mão, bateria vazia e nenhuma tomada por perto?
Esse problema não existiria se fosse possível alimentar o celular
com pequenas ampolas de combustível. Melhor ainda se esse
combustível garantisse até cinco vezes mais tempo de uso do que
a recarga convencional, por energia elétrica. Bingo! Estão aí os
motivos que colocam as baterias movidas a combustível entre as
inovações tecnológicas mais quentes dos laboratórios high tech de
todo o mundo.
Do MIT, nos Estados Unidos, à USP de São Carlos, no Brasil,
passando pelos centros de pesquisas de gigantes como Moto-
rola e Samsung – já está em testes a miniaturização das células
de combustível, as chamadas “fuel cell”, para a substituição das
baterias de lítio tradicionais pelas movidas a metanol. Além da
possibilidade de recarga imediata, a grande vantagem dessas ba-
terias é sua longa duração. “Será possível aumentar em até cinco
vezes o tempo de uso de dispositivos que usem essa tecnologia.
Isso é o que conseguimos estimar com as pesquisas que temos
hoje, mas num futuro próximo essa duração pode ser ampliada”,
afirma Ernesto Rafael Gonzalez, professor do Instituto de Química
da USP de São Carlos.
Revista Exame. Disponível em: <https://exame.com>.
O metanol pode ser feito por um processo de duas etapas. Na pri-
meira etapa, o metano reage com vapor d’água para produzir uma
mistura de monóxido de carbono e hidrogênio.

v: velocidade da reação, depende de k e de [R]. CH4(g) + H2O(g) CO(g) + 3 H2(g)   (I)

k: constante de velocidade, depende da temperatura, superfície de
Considere as reações abaixo e seus respectivos calores de reação:
contato e energia de ativação (não depende de [R]).
[R]: concentração dos reagentes. 1
CO(g) + O CO2(g)          ∆H = -283 kJ
2 2(g)

Note e adote: 1
H2(g) + O ∆H = -242 kJ
H2O(g)           
As unidades de medidas podem variar. 2 2(g)
CH4(g) + 2 O2(g) ∆H = -803 kJ
CO2(g) + 2 H2O(g)      
Foi feito um experimento, não bioquímico, em que foi cunhado o
seguinte gráfico da constante de velocidade k em função da tem- Assinale a alternativa correta em relação à reação (I):
peratura em kelvin. a) libera 1 246 kJ por mol de CH4.
b) absorve 1 246 kJ por mol de CH4.
7 000
c) libera 278 kJ por mol de CH4.
6 000 d) absorve 206 kJ por mol de CH4.
k (unidades arbitrárias)

5 000 e) libera 206 kJ por mol de CH4.

4 000

3 000
88
2 000 A figura a seguir ilustra um esquema simplificado da Tabela Periódica.
1 000
1 18
0 2 13 14 15 16 17
270 280 290 300 310 X Z Y
temperatura (K) B A D K
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Disponível em: <www.sas.upenn.edu>.
E
Usando seus conhecimentos, o texto e o gráfico, encontre a alter-
nativa verdadeira.
a) Se a concentração do reagente for aumentada, não mudará o
aspecto do gráfico, porém aumentará a velocidade da reação. São feitas as seguintes afirmações a respeito das propriedades
b) Se a concentração do reagente for diminuída, a nova curva do periódicas de alguns elementos:
gráfico seria abaixo da curva original, uma vez que a constante I. O raio atômico de X é maior do que o de Y.
de velocidade da reação diminui com a diminuição da concentra- lI. Y é o elemento mais eletronegativo.
ção dos reagentes.
III. O potencial de ionização de Y é menor do que o de E.
c) Quando a temperatura é de 300 K, no gráfico, a velocidade é de,
São corretas:
aproximadamente, 4 200 (unidades arbitrárias).
a) I e lI, apenas.
d) Quando a temperatura é de 280 K, no gráfico, a constante de
velocidade é de, aproximadamente, 1 000 (unidades arbitrárias). b) lI e IlI, apenas.
e) O uso de catalisadores não mudaria o gráfico, uma vez que a c) I e IlI, apenas.
constante de velocidade não depende do emprego de catalisa- d) Todas.
dores. e) Nenhuma.

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 89 d) C3H6O; ; cetona; pentan-2-ol.
A tabela a seguir traz algumas informações sobre compostos orgâ-
nicos importantes:

Fórmula Função e) C3H6O2; ; cetona; pentan-1-ol.

Nome Representação
molecular orgânica

ácido ácido
I 90
propiônico carboxílico
As propriedades físicas e químicas das substâncias estão direta-
éter dietílico II C4H10O éter mente ligadas aos estados físicos da matéria.
Considere a tabela a seguir:
butanoato Ponto de fusão Ponto de ebulição
C6H12O2 III Substância
de etila (oC) 1 atm (oC) 1 atm
mercúrio -38,87 356,9

amônia -77,7 -33,4

IV C5H12O álcool
benzeno 5,5 80,1
naftaleno 80,0 217,0

Completando-se a tabela, I, II, IlI e IV correspondem, respectiva-

Assinale a alternativa que contém, respectivamente, o estado físico
mente, a:
de cada substância à temperatura de 86 oF.

a) C3H6O2; ; aldeído; pentan-1-ol.

Note e adote:
A escala termométrica Fahrenheit atribui a tempe-
ratura de 32 oF para o ponto de fusão do gelo e
212 oF para o ponto de ebulição da água a 1 atm
de pressão.
b) C3H6O2; ; éster; pentan-1-ol.
a) Sólido, líquido, gasoso e líquido.
b) Líquido, sólido, líquido e gasoso.
c) C H O ; ; éster; pentan-2-ol. c) Líquido, gasoso, líquido e sólido.
3 2 6
d) Gasoso, líquido, gasoso e sólido.
e) Sólido, gasoso, líquido e gasoso.

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