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E. M. E. I. F.

PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)


LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

PARAGRAFAÇÃO
A paragrafação é a “ação de construir parágrafos”. São os parágrafos que organizam
as partes de um texto em prosa (os textos verbais – que usam a palavra escrita – podem
ser em prosa ou em poesia, os textos em forma de poesia são organizados em estrofes e
versos, e os textos em prosa, em parágrafos e frases). A marcação de parágrafos ocorre
pelo recuo da primeira frase do parágrafo em relação à margem, ou seja, deixando um
espaço em branco. É importante lembrar que não se colocam marcadores, como flechas,
pontos ou travessão no início dos parágrafos; o travessão só pode aparecer se for a fala
de um personagem – ainda assim o recuo em relação à margem deve ser deixado, é
apenas o recuo (o espaço em branco).
Os parágrafos variam de extensão, dependendo da ideia que está sendo construída
dentro do texto. Assim, não há um número de linhas correto. Quando fazemos nossos
textos, vamos encadeando as ideias, ligando-as umas às outras. Cada ideia desenvolvida
deve vir em um parágrafo diferente. E cada vez que mudamos de ideia (ou mudamos de
“assunto”), iniciamos um novo parágrafo. 
A pontuação dentro dos parágrafos
A unidade seguinte ao parágrafo e menor que este são as frases que estão dentro de
cada parágrafo e estas, claro, são organizadas pelos sinais de pontuação, principalmente o
ponto final e a vírgula. Vale lembrar que em cada parágrafo cabe fazer mais de uma frase,
ou seja, deve ter mais de um ponto final (pois é pelo tanto de pontos finais – ou por outros
sinais de fechamento de frase como a interrogação e a exclamação – que sabemos
quantas frases construímos). Se o parágrafo tem, por exemplo, sete linhas e está somente
pontuado com vírgulas, isso quer dizer que há ali apenas uma frase, de nove linhas, e uma
frase de nove linhas pode muito provavelmente estar mal construída; é preciso em algum
momento colocar um ponto e iniciar nova frase. Resumindo, o ponto é pra ser usado em
fim de frase e não apenas no fim do parágrafo. Quanto às vírgulas, é preciso saber os
casos (ver em Pontuação) para não colocar nem a mais e nem a menos!

PONTUAÇÃO: O Mistério da Herança


Um homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortuna, não teve
tempo de fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que precisava fazer isso.
Pediu, então, papel e caneta. Só que, com a ansiedade em que estava para deixar tudo
resolvido, acabou complicando ainda mais a situação, pois deixou um testamento sem
nenhuma pontuação. Escreveu assim:
“DEIXO MEUS BENS A MINHA IRMÃ NÃO A MEU SOBRINHO JAMAIS SERÁ
PAGA A CONTA DO PADEIRO NADA DOU AOS POBRES.”
Morreu, antes de fazer a pontuação.
A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes: o sobrinho, a irmã, o padeiro
e os pobres. Os herdeiros assim o pontuaram:
1) O SOBRINHO fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A IRMÃ chegou em seguida. Pontuou assim o escrito :
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta
do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O PADEIRO puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Então, chegaram os POBRES da cidade. Espertos, fizeram esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
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PONTUAÇÃO
    Pontuação é a utilização de sinais
gráficos para auxiliar a compreensão da
leitura.  
1)  Pontue as frases abaixo
adequadamente:
a) Maria e Joana foram ao teatro
b) Camila comprou uma calça uma
blusa e uma sandália
c) Que dia é hoje
d) Olha que carro lindo
e) Mamãe disse
f) Você já jantou
g) Que filme maravilhoso
h) Não vou ao cinema
i) Carlos venha almoçar
 
2) Complete o texto abaixo com a
pontuação correta:
    MEU AMIGO LANÇA FORA ___
ALEGREMENTE ___ O JORNAL QUE
ESTÁ LENDO E DIZ___
    ___ CHEGA ___ HOUVE UM
DESASTRE DE TEM NA FRANÇA ___ UM
ACIDENTE DE MINA NA INGLATERRA
___ UM SURTO DE PESTE NA ÍNDIA ___
VOCÊ ACREDITA NISSO QUE OS
JORNAIS DIZEM ___ SERÁ O MUNDO
ASSIM ___ UMA BOLA CONFUSA ___
ONDE ACONTECEM UNICAMENTE
DESASTRES E DESGRAÇAS ___ NÃO
___ OS JORNAIS É QUE FALSIFICAM A
IMAGEM DO MUNDO ___
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Responder às questões 1 - 4:

 
1. A frase: “Ei, Cebolinha!” da fala do Cascão no primeiro quadrinho revela:
a) indagação. b) entusiasmo. c) dúvida. d) raiva.

2. Observe que no segundo, na fala do Cascão, está faltando a pontuação no final. Que
pontuação abaixo se adequa ao contexto do balão?
a) Vírgula. b) Ponto de interrogação. c) Reticências. d) Ponto de exclamação.

3. Retire da tirinha uma frase interrogativa.


_________________________________________________________________________

4. Na frase do Cebolinha “Já!”, o ponto de exclamação revela:


a) alegria. b) confusão. c) tristeza. d) surpresa.

Leia o texto e responda às questões 5 e 6: 

5. O uso das reticências,


presente nos dois balões do
quadrinho, revela:
a) uma pausa para o leitor
respirar.
b) uma interrupção do discurso.
c) uma pausa obrigatória.
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d) um erro de pontuação. 

6. O uso do ponto de exclamação no balão


indica:
a) espanto.  b) entusiasmo. 
c)  indignação. d)
inquietação.

Leia o texto e resolva às questões 7 e 8: 

 
7. O uso das reticências no segundo quadrinho indica:
a) interrupção. b) uma pergunta. c) continuidade.  d) dúvida.

8. Transforme a última fala em uma frase interrogativa.


___________________________________
VARIEDADES LINGUISTICAS
 A linguagem é muito importante, com ela comunicamos com as pessoas ao nosso
redor, a língua portuguesa é a que adotamos para manter contatos com as pessoas.
    Tanto a língua oral quanto a escrita é fundamental na vida social de cada cidadão, pois,
através dela comunicamos, temos acesso às informações, e transmitimos aquilo que
aprendemos.
Através da linguagem a pessoa transmite sua cultura de acordo o que se aprendeu,
através da pronuncia, do vocabulário adotado, da entonação e do sotaque, conseguimos
saber muito sobre quem está falando, sua idade, sexo, profissão, escolaridade, sua
origem, nível socioeconômico e até sua atividade profissional. Com a língua portuguesa
aprendemos a falar corretamente, e a pessoa tem um papel melhor na sociedade. 
Percebemos constantemente atitudes de discriminação com as pessoas que falam
de forma “errada” e nós não podemos contribuir com isso.

II – Tipos de assaltantes

Assaltante Paraibano: cansado...


Ei bichin... Vai passando a grana bem devagarinho... ( pausa pra
Isso é um assalto! pausa )
Arriba os braços e não se bula Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não
Num se cague e não faça mungança... ficar muito pesado,
Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não Não esquenta meu irmãozinho...( pausa )
enfio a pexera no teu bucho e boto teu fato prá fora... Vou deixar teus documentos na encruzilhada...
Assaltante Baiano: Assaltante Mineiro:
Ô meu rei...( pausa ) Ô sô, prestensão...
Isso é um assalto...( longa pausa ) Isso é um assarto uai!
Levanta os braços, mas não se avexe não...( outra Levanta os braço e fica quetim
pausa ) Quessê trem na minha mão tá cheidibala...
Se não quiser nem precisa levantar pra não ficar
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Mió passa logo os trocado que não tô bão hoji Levanta os braços e te aquieta tchê!
Vai andando uai! Não tentes nada, e cuidado que este facão corta uma
Assaltante de São Paulo: barbaridade.
                  Ôrra, meu... Isso é um assalto, meu... Passa os pila prá cá!
Alevanta os braços, E te manda a lá cria, se não o quarenta e quatro
meu... Passa a grana logo, meu... Mais rápido, meu, fala...
que eu ainda preciso Assaltante de Brasília:
pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do                 Querido povo brasileiro, estou aqui no
jogo do CORINTHIANS, horário nobre da TV para dizer para pedir seu voto de
meu... Pô se manda, meu... confiança. Prometo se eleito for te representar com
Assaltante Carioca: responsabilidade e que por exigência do FMI ao final
Seguiiiinte bicho.... de todo mês aumentaremos as seguintes tarifas para
Tu se ferrô. Isso é um assalto! dar uma ajuda aos pobres políticos do nosso país:
Passa a grana e levanta os braços rapá... Energia, água, passagens aéreas e de ônibus, gás,
Não fica de bobeira, vai andando e se olhar pra trás Imposto de renda, licenciamento de veículos, seguro
vira presunto. obrigatório,
Assaltante Gaúcho: gasolina, álcool, IPTU, ICMS, PIS, COFINS.
O gurí, ficas atento... Mas meu povo não se esqueça: somos uma nação
Báh, isso é um assalto! feliz!
O Brasil é penta e em fevereiro tem carnaval!!!

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de
uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe
social, e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmar que o uso seja uniforme.
Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só
forma da língua.
Ao trabalhar com o conceito de variação linguística, estamos pretendendo demonstrar:
 Que a língua portuguesa, como todas as línguas do mundo, não se apresenta de
maneira uniforme em todo o território brasileiro;
 Que a variação linguística manifesta-se em todos os níveis de funcionamento da
linguagem ;
 Que a variação da língua se dá em função do emissor e em função do receptor ;
 Que diversos fatores, como região, faixa etária, classe social e profissão, são
responsáveis pela variação da língua;
 Que não há hierarquia entre os usos variados da língua, assim como não há uso
linguisticamente melhor que outro. Em uma mesma comunidade linguística, portanto,
coexistem usos diferentes, não existindo um padrão de linguagem que possa ser
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considerado superior. O que determina a escolha de tal ou tal variedade é a situação


concreta de comunicação.
 Que a possibilidade de variação da língua expressa a variedade cultural existente
em qualquer grupo. Basta observar, por exemplo, no brasil, que, dependendo do tipo de
colonização a que uma determinada região foi exposta, os reflexos dessa colonização aí
estarão presentes de maneira indiscutível.

Tipos de variação linguística


Existem dois tipos de variedades linguísticas: os dialetos (variedades que ocorrem em
função das pessoas que utilizam a língua, ou seja, os emissores);
os registros ( variedades que ocorrem em função do uso que se faz da língua, as quais
dependem do receptor, da mensagem e da situação).
 Variação Dialetal                Variação Regional              Variação Social       Variação
Etária
o Variação Profissional        Variação de Registro        

  
Variação dialetal
Cada pessoa traz em si uma série de características que se traduzem no seu modo de se
expressar: a região onde nasceu, o meio social em que foi criada e/ou em que vive, a
profissão que exerce, a sua faixa etária, o seu nível de escolaridade.
Os exemplos a seguir ilustram esses diferentes tipos de variação.
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 a região onde nasceu (variação regional) - aipim, mandioca, macaxeira (para


designar a mesma raiz); tu e você (alternância do pronome de tratamento e da
forma verbal que o acompanha); vogais pretônicas abertas em algumas regiões do
Nordeste; o s chiado carioca e o s sibilado mineiro;
 o meio social em que foi criada e/ou em que vive; o nível de escolaridade (no caso
brasileiro, essas variações estão normalmente inter-relacionadas (variação social) :
substituição do l por r (crube, pranta, prástico); eliminação do d no gerúndio
(correndo/correno); troca do a pelo o (saltar do ônibus/soltar do ônibus);
 a profissão que exerce (variação profissional): linguagem médica (ter um infarto /
fazer um infarto); jargão policial ( elemento / pessoa; viatura / camburão);
 a faixa etária (variação etária) : irado, sinistro (termos usados pelos jovens para
elogiar, com conotação positiva, e pelos mais velhos, com conotação negativa).
Pelos exemplos apresentados, podemos concluir que há dialetos de dimensão territorial,
social/profissional, de idade, de sexo, histórica. Nem todos os autores apresentam a
mesma divisão para estas variedades, sobretudo porque elas se superpõem, e seus limites
não são bem definidos.
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Variação regional
Nesta dimensão, incluem-se as diferenças lingüísticas observadas entre pessoas de
regiões distintas, onde se fala a mesma língua. Exemplos claros desta variação são as
diferenças encontradas entre os diversos países de língua portuguesa (Brasil, Portugal,
Angola, por exemplo) ou entre regiões do Brasil (região sul, com os falares gaúcho,
catarinense, por exemplo, e região nordeste, com os falares baiano, pernambucano, etc.).
Inúmeros estudos têm sido feitos, no Brasil, com o objetivo de traçar diferenças entre os
falares regionais. Experiências, como os Atlas Geolingüísticos, podem ser encontradas:
Nesse tipo de variação, as diferenças mais comuns são as que encontramos no plano
fonético (pronúncia, entonação) e no plano lexical (uso de palavras distintas para designar
o mesmo referente, palavras com sentidos que variam de uma região para outra).
VRIAÇÃO DE CARATERSOCIAL/PROFISSIONAL
Sob esse ponto de vista, os dialetos correspondem às variações que existem em função da
classe social a que pertencem os indivíduos. Incluem-se neste tipo de variedade lingüística
os jargões profissionais (linguagem dos advogados, dos locutores de futebol, dos policiais,
etc.) e as gírias, que identificam muitos grupos sociais. Na sociedade, os dialetos sociais
podem ter um papel de identificação, pois é através deles que os diferentes grupos se
reconhecem e até mesmo se protegem em relação aos demais.
Essa variação pode resultar também da função que o falante desempenha. Em português,
um exemplo desse tipo de variação é o plural majestático, o pronome nós usado por
autoridades e governantes nas suas frases, manifestando sua posição de representantes
do povo.
Exemplo: "Vivemos um grande momento no Brasil e tem que ser o momento do Nordeste
do Brasil, porque é aqui que se concentra a pobreza" (Presidente Fernando Henrique, JB,
25/01/97)
VARIAÇÃO DE CARÁTER ETÁRIO
Essas diferenças correspondem ao uso da língua por pessoas de diferentes faixas etárias,
fazendo com que, por exemplo, uma criança apresente uma linguagem diferente da de um
jovem, ou de um adulto. Ao longo da vida, as pessoas vão alternando diferentes modos de
falar conforme passam de uma faixa etária a outra

VARIAÇÃO DE REGISTRO
O segundo tipo de variedade que as línguas podem apresentar diz respeito ao uso que se
faz da língua em função da situação em que o usuário e o interlocutor estão envolvidos.
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Para se fazer entender, qualquer pessoa precisa estar em sintonia com o seu interlocutor e
isto é facilmente observável na maneira como nos dirigimos, por exemplo, a uma criança, a
um colega de trabalho, a uma autoridade. Escolhemos palavras, modos de dizer, para
cada uma dessas situações. Tentar adaptar a própria linguagem à do interlocutor já é
realizar um ato de comunicação. Pode-se dizer que o nível da linguagem deve se adaptar
à situação.
Obs: Texto tirado de outras fontes, não é de minha autoria.

   

II - Levantamento de dados

Perfil dos personagens estudados

Nome: Quinzin/Joaquim (Mateus Naschtergaele)


Idade aproximada: 42 anos

Nome: Zurma/Zulmira (Gorete Milagres)


Idade aproximada: 40 anos

Nome: Neco/Emanuel (Vinícius Miranda)


Idade aproximada: 10 anos

Classe social: Classe baixa


Grau de escolaridade: Semi analfabeto
Região: Interior de Minas

III - Corpus sistêmico (Frases do filme sorteada para estudo para o grupo)

1- Quem acha rã no brejo qui dificulidade


2- Quando senti a fisgada- puxá com ligereza
3- Com toda essa leiteria eli chora di fomi, muié, reza preli ce reza Zurmira.
4- A sinhora fica carma, fais tudo quiném sê faiz tuda noite, mas tem qui avisar seu
Marculino pra modi num assusta cu eu nem.
5- Mãe já qui tamu, qui fikemu.Hê!  inda ta cum rabu viradu, que dificulidade essa muié.
6- cinema tem mais nois num sabe se vai passa da filme da mazaropi. Nois nunca viu nem.
7- nois vai sai daqui meso, lá esse tar num apareci naw uai.
8- Hora quinzim sosse que vorta pra trais nois vorta, mais vo fala uma coisa pra oce, se
oce quisé vorta pra trais nois vorta hem.
9- Umininu ta sapecanu di febri.U seu quinzim, u mininu ta cum febrão rapais.
10- Oia cumpanheru, nois vai passa aqui um firme, da nossação lá im brasia.
11- Tarde, possu fala cu donu, pra módi fala cu eli.
12-  íííí oces num mi enchi u picuá Oceis num mi enchi u picuá, entra pra dentru pra tomé
café, entra pra dentru. Oi aqui uma limonada proceis queu fiz proceis.
13- Oai, ta mim estraganu toda a obra.I num mim faça perde a paciença.
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IV – Morfologia

          Do ponto de vista morfológico percebemos os seguintes  fenômenos lingüísticas:

4.1)-Troca do O pelo U e  E  por I em palavras como:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Quandu Quando
Sinhora Senhora
Qui Que
Mininu Menino
Eli Ele
Febri Febre
Dentu Dentro
Rumo Rumo
Grandi Grande

Como pode notar, há uma tendência na fala, o falante substituir


o E por I e O por U nos               ditongos em finais de palavras. Para a gramática
normativa, mesmo nós entendendo o significado em palavras como: mininu, febri e grandi,
do ponto de vista fonético não podem ser aceitas, mas sim, menino, febre e grande.

4.2)- Rotacização do L nos encontros consonantais:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Zurmira Zulmira
firme Filme
Carma Calma
Iguar Igual
carqué calquer

Como podemos ver, esse fenômeno é comum entre pessoas de baixa escolaridade,
e que a gramática normativa não aceita a ocorrências de tais fenômenos.

4.3)- Ausência do plural nas palavras.

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
cinema tem mais nois num sabe se vai Cinema  tem, mas não sabemos se vai
passa da filme da mazaropi. Nois exibir o filme do Mazaropi. Nós nunca
nunca viu nem. assistimos falou?
nois vai sai daqui meso, lá esse tar Nós vamos sair daqui mesmo.
num apareci naw uai.
Nois pode ajudar oce. Podemos ajudá-lo?
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O dona, eu já vi qui  a senhora é muito Oh dona! Já vi que a senhora é muito


bondosa, a senhora podia mim dá bondosa, daria esses filmes do
essis firme de Mazaropi, a senhora Mazaropi para mim? Se a senhora
num sabi o tantu qui já andei pra vê soubesse o quanto andei pra ver esses
essis firme. filmes!

 Todos os fatos acima também são alvos de preconceitos, entre os falantes da


língua culta. Para a Gramática Normativa a ausência de plural como nestes casos não
podem ser aceitos.
   Além das substituições o E  e  O,  dos rotacismo nos encontros consonantais e
eliminação das marcas de plural redundantes, percebemos na fala dos personagens outros
fenômenos, como:

4.4)-Transformações do LH em I,  nos seguintes dígrafos:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Muié mulher
Trabaio Trabalho
Faia Falha
vermei Vermelho

4.5)-Simplificação das conjugações verbais:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Tamu Estamos
Quisé Quiser
qué Quer

4.6) Transformação  de NH em N e de MB em M:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Venu vendo
Estraganu Estragando
Sapecanu Sapecando
Donde Aonde

4.6)-Redução dos ditongos OU em O e EI em E:


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Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Cumpanheru Companheiro
Trabaieira Trabalheira
Cansera Canseira

4.7)-Contração de palavras:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Oceis vocês
ino Indo

4.8)- Contração de palavras como nos casos abaixo:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Num Em, um
Proceis Para vocês
Cum Com, um
Preli Pra ele
Sosse Se você
Puentri Por entre

4.9)-Presença de arcaísmo:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Meso Mesmo
Brasia Brasília
Firme Filme
Vorta Volta

4.1.1)-Redundância:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Entra pra dentro Entra
Volta pra traz volta

V - Sintaxe:
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Na sintaxe percebemos fenômenos como:

Forma pronunciada pelos Forma aceita  pela gramática


personagens normativa
Quem acha rã no brejo qui dificulidade. Achar rã no brejo, como é difícil!
Quando senti a fisgada- puxá com Quando sentir a fisgada, puxa
ligereza. rapidamente.
Com toda essa leiteria eli chora di Com tanto leite ele ainda chora de
fomi, muié, reza preli ce reza Zurmira. fome, mulher, poderia rezar pra ele
Zulmira?
 A sinhora fica carma, fais tudo quiném A senhora fica calma, faça tudo como
sê faiz tuda noite, mas tem qui avisar toda noite e não se esqueça de avisar
seu Marculino pra modi num assusta o senhor Marculino para ele não
cu eu nem. assustar.
Mãe já qui tamu, qui fikemu.Hê!  inda Mãe, se aqui estamos aqui vamos
ta cum rabu viradu, que dificulidade ficar. He! Ainda está com raiva? Que
essa muié. dificuldade é essa mulher?
cinema tem mais nois num sabe se vai Cinema tem, mas não sabemos se vai
passa da filme da mazaropi. Nois exibir o filme do Marzzaropi. Nunca
nunca viu nem. assistimos falou?
nois vai sai daqui meso, lá esse tar Iremos sair daqui agora mesmo.
num apareci naw uai.

VI - Conclusão:

            Ao concluir este trabalho, percebemos as varias dimensões de uma mesma língua.
Como podemos verificar nas palavras, o estudo da morfologia, da sintaxe e da linguística
mais uma vez vem nos mostrar o que já foi constatado por pesquisas de renomados
autores a respeito do uso da língua pelos seus falantes.
            O modo de falar de uma pessoa interfere positiva ou negativamente na vida da
pessoa, dependendo do seu vocabulário a pessoa pode ser aceita ou até descriminada
devido a seu modo de falar. A gramática normativa não aceita erros como podemos ver
acima. Deste modo a partir de todas as informações obtidas vemos que, essa pesquisa
serviu não, só como um estudo, mas como conhecimento, com a perspectiva  de que essa
foi apenas uma amostra de tudo que ainda temos que aprender.

Obs.: verifica que com a orientação do professor o trabalho ficou muito bem
detalhado.
Para contribuir ainda mais com o assunto outros textos também poderão ser
utilizados.
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
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Veja novas sugestões.


01 - Falar é fácil, escrever é difícil. Você também pensa assim ?

Leia o texto de Jô Soares para perceber a diferença.

"Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente


como se fala"
                                                                      Jô Soares. Revista "Veja" - 28.11.90

Pois é. U purtuguêis é muito faciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti
iscrevi  ixatamente cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti
discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U
alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida ? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol
qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem
soubé fala sabi iscrevê.

A partir da leitura pode propor aos alunos a reescrita do texto na variação culta.

02 - Aula de português

01 A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
04 e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
07 sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
10 o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
13 Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
16 a língua, breve língua entrecortada.
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro mistério.
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar ,


Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.

01 - Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre


marcas de variação de usos da linguagem em:

a) situações formais e informais.


b) diferentes regiões do país.
c) escolas literárias distintas.
d) textos técnicos e poéticos.
e) diferentes épocas.

RESPOSTA CORRETA: ALTERNATIVA - A

02. No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte


trecho:

a) “A linguagem / na ponta da língua” (v. 1 e 2).


b) “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v. 5 e 6).
c) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v. 14).
d) “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v. 15).
e) “[a língua] do namoro com a priminha” (v. 17).
                  
ALTERNATIVA - B

Leia com atenção o texto:


[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas
desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os
ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola
—mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?)
(Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, nº 3, 78.)

03 - O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto


a) ao vocabulário.         b) à derivação.             c) à pronúncia.             d) ao
gênero.               e) à sintaxe.

          ALTERNATIVA - A

03 – NÓIS MUDEMO

Fidêncio Bogo

          O ônibus da Transbrasiliana deslizava manso pela Belém-Brasília rumo a Porto


nacional. Era abril, mês das derradeiras chuvas. No céu, uma luazona enorme pra
namorado nenhum botar defeito. Sob o luar generoso, o cerrado verdejante era um
presépio, toda poesia e misticismo.
Mas minha alma estava profundamente amargurada. O encontro daquela tarde, a
visão daquele jovem marcado pelo sofrimento, precocentemente envelhecido, a crua
recordação de um episódio que parecia tão banal... tentei dormir. Inútil. Meus olhos
percorriam a paisagem enluarada, mas ela nada mais era para mim que o pano de fundo
de um drama estúpido e trágico.
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

            As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes


heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.
-          Por que você faltou esses dias todos?
-          É que nós mudemo onti, fessora. Nóis veio da fazenda. Risadinhas da turma.
-          Não se diz “nóis mudemo”, menino! A gente deve dizer; nós mudamos, tá?
-          Tá, fessora! No recreio, as chacotas dos colegas: Oi, nós mudemo! Até amanhã, nóis
mudemo!
No dia seguinte a mesma coisa; risadinhas, cochichos, gozações.
-          Pai, não vô mais pra escola!
-          Ôxente! Módi quê?
-          Ouvida a história, o pai coçou a cabeça e disse:
-          Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem dessa! Não liga pras gozações da
Mininada! Logo eles esquece. Não esqueceram.
            Na quarta-feira, dei pela falta do menino. Ele não apareceu no resto da semana,
nem na segunda-feira seguinte. Ai me dei conta de que eu nem sabia o nome dele.
Procurei no diário de classe e soube que se chamava Lúcio – Lúcio Rodrigues Barbosa.
Achei o endereço. Longe, um dos últimos casebres do bairro. Fui lá, uma tarde. O rapazola
tinha partido no dia anterior para a casa dum tio, no sul do Pará.
            É fessora, meu fio não agüentou a gozação da mininada. Eu tentei fazê ele
continuá, mas não teve jeito. Ele tava chatiado demais. Bosta de vida! Eu devia di tê ficado
na fazenda coa famia. Na cidade nós não tem veis. Nós fala tudo errado.
            Inexperiente, confusa, sem saber o que dizer, engoli em seco e me despedi. O
episódio ocorrera há dezessete anos e tinha caído em total esquecimento, ao menos de
minha parte.
            Uma tarde, num povoado à beira da Belém-Brasília, eu ia pegar o ônibus, quando
alguém me chamou. Olhei e vi, acenando para mim, um rapaz pobremente vestido, magro,
com aparência doentia.
            O que é moço?
            A senhora não se lembra de mim, fessora?
            Olhei para ele, dei tratos à bola. Reconstituí num momento meus longos anos de
sacerdócio, digo, de magistério. Tudo escuro.
            Não me lembro não, moço. Você me conhece? De onde ? Foi meu aluno? Como se
chama?
            Para tantas perguntas, uma resposta lacônica:
            Eu sou “Nóis Mudemo”, lembra?
            Comecei a tremer.
            Sim moço. Agora me lembro. Como era mesmo o seu nome?
-          Lúcio – Lúcio Rodrigues Barbosa.
-          O que aconteceu com você?
-          O que acontece? Ah fessora! É mais fácil dizê o que não aconteceu.
Comi o pão que o diabo amassô. E êta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro, fui
Bóia fria, um “gato”me arrecadou e levou num caminhão pruma fazendo no meio da mata.
Lá trabaiei como escravo, passei fomo, fui baleado quando consegui fugi. Peguei tudo
quanto é doença. Até na cadeia fui pará. Eu não devia de tê saído daquele jeito., fessora,
mas não agüentei a gozação da turma. Eu vi logo que nunca ia consegui falá direito. Ainda
hoje não sei
            Meu Deus!
            Aquela revelação me virou pela avesso. Foi demais para mim.
            Descontrolada comecei a soluçar convulsivamente. Como eu podia ter sido tão
burra e má? E abracei o rapaz, o que restava do rapaz, que me olhava atarantado.
            O ônibus buzinou com insistência.
            O rapaz afastou-me de si suavemente.
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

-          chora não, fessora! A senhora não tem curpa.


Como? Eu não tenho culpa? Deus do céu!
Entrei no ônibus apinhado. Cem olhos eram sem flechas vingadouras par mim. O
 ônibus partiu. Pensei na minha sala de aula. Eu era uma assassina a caminho da
guilhotina.
            Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, tu mudas, ele mudo, nós mudamos,
mudamos, mudaaamoos, mudaaamooos..., Super usada, mal usada, abusada, ela é uma
guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e sapato da língua materna – a língua
que a criança aprendeu com seus pais e irmaos e colegas e se torna o terror dos alunos.
em    vez de estimular e fazer crescer, comunicando, ela reprime e oprime, cobrando
centenas de regrinhas estúpidas para aquela idade.
            E os lúcios da  vida, os milhares de lúcios da periferia e do interior, barrados nas
salas de aula: “Não é assim que se diz , menino!”  Como se professor quisesse dizer:
“Você está errado! Os seus pais estão errados! Seus irmão e amigos e vizinhos estão
errados! A certa sou eu! Imite-me! Copie-me! Fale como eu! Você não seja você! Renegue
suas raízes! Diminua-se! Desfigure-se! Fique no seu lugar! Seja uma sombra!”
            E siga desarmado para o matadouro da vida...
Porto Nacional, 1990.

ATIVIDADES A RESPEITO DO TEXTO ESTUDADO

Parte I
01 - Observem as frases a seguir e relacione cada uma conforme o tipo de variação.
(01) Variação cultural                        (02) Variação histórica     
(03) Variação geográfica                    (04) Linguagem de gíria

(           ) um “gato”me arrecadou e levou num caminhão


(           ) Ôxente! Módi quê?
(           ) Por que você faltou esses dias todos?
(           ) Ouvida a história, o pai coçou a cabeça e disse.
(           ) Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem dessa!
(           ) Eu devia di tê ficado na fazenda coa famia.
(           ) Comi o pão que o diabo amassô.
(           ) É que nós mudemo onti, fessora. Nóis veio da fazenda.
(           ) Entrei no ônibus apinhado.

01 – Analise as frases abaixo e identifique aquelas que foram ditas no sentido


formal.
I) Mas minha alma estava profundamente amargurada.
II) A crua recordação de um episodio que parecia tão banal.
III) Meus olhos percorriam a paisagem enluarada.
IV) Pai, não vô mais pra escola.
V) Entre eles uma criança crescida, quase um rapaz.

A respeito das frases acima se considera que:

a) todas estão no sentido formal                  


b) somente a frase I e IV estão no sentido informal
c) nenhuma frase encontra-se no sentido formal                 
d) somente a frase IV está no sentido informal
e) N.D.A
ALTERNATIVA – D
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

02 –  A norma padrão é o conceito tradicional, idealizado pelos gramáticos, aos quais a
tratam como modelo enquanto a linguagem popular é alvo de preconceitos. Como disse a
professora, todos os dias milhares de “lúcios” são barrados nas salas de aulas. O texto nós
mudemos nos faz refletir sobre nossas atitudes quanto ao falar popular. A seguir temos
algumas situações de reflexão.
 “Não se diz “nóis mudemo”, menino! A gente deve dizer; nós mudamos, tá?” Essa
foi atitude tomada pela professora diante da fala de Lucio e que comprometeu seu futuro,
uma vez que isso ajudou o garoto a desistir da escola. Em relação a essa atitude e com
base nos assuntos discutidos em sala de aula julguem as afirmativas a seguir e assinale a
mais adequada.

a) A professora agiu corretamente, pois não deveria deixar o Lúcio falar errado.
b) Lucio agiu errado, além de não aceitar a professora lhe corrigir ainda abandonou a
escola.
c) Lucio foi ignorante, preferiu continuar falando errado que aceitar a ajuda da professora.
d) Lúcio é apenas uma vítima da situação e a professora não deveria ter agido daquela
forma.
e) Os alunos foram os responsáveis pela saída de Lúcio, deveriam receber punição por
isso.

Alternativa D

03    -  Em relação a atitude da professora?


a)      Ela agiu corretamente, pois tinha o dever de ensinar Lúcio a falar o português correto.
b)      Deveria ter castigado os demais alunos que abusavam do Lúcio, pois eles foram
covardes.
c)      Não agiu corretamente, se quisesse chamar a atenção do garoto deveria ser de outra
forma.
d)     Apenas cumpriu com seu papel de professora Lúcio é que foi ignorante.
e)      Todas as questões acima estão corretas.

ALTERNATIVA – C
04– A melhor forma de um professor reagir numa situação como essa seria.
a) Deixar o Lúcio continuar falando daquela forma e ser alvo de chacotas?
b) Não falava nada com o garoto, mas exortava os colegas que estavam abusando dele.
c) Chamava a atenção do menino como ela fez.
d) Fazê-lo escrever centenas vezes a conjugação do verbo “nós mudamos’ para ele
aprender a falar certo.
e) Nenhuma das sugestões acima é adequada.

ALTERNATIVA – B
05 -  Bosta de vida! Na cidade nós não tem veis. Nós fala tudo errado.
Essa foi uma afirmação do pai do garoto quando a professora foi procurar pelo menino. A
partir das questões abaixo julguem a mais adequada.
a) É verídica a afirmação do pai de Lucio que quem mora na roça fala errado?
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

b)  As  pessoas da cidade também falam errado.


c) Falar certo e falar errado é uma visão preconceituosa.
d) As pessoas da roça falam erradas porque não têm acesso a informações.
e)  N.D.A.
ALTERNATIVA – C

06     “Eu era uma assassina a caminho da guilhotina. Hoje tenho raiva da gramática. Eu
mudo, tu mudas, ele mudo, nós mudamos, mudamos, mudaaamoos, mudaaamooos...,
Super usada, mal usada, abusada, (......) em vez de estimular e fazer crescer,
comunicando, ela reprime e oprime, cobrando centenas de regrinhas estúpidas para
aquela idade.”

Essa é a fala da professora de Lucio quanto deparou com o rapaz naquela situação. O que
fez mudar de comportamento em relação ao ensino da gramática?
a) Simplesmente pelo fato de ter encontrado Lúcio naquela situação depois de tanto
tempo.
b) Porque Lúcio contou tudo que ele passou na vida.
c) Porque ela não conversou com Lúcio a tempo dele deixar a escola.
d) Porque ela estudou e percebeu que um ensino baseado em aprender regras gramaticais
não era tão importante como ela achava antes.
e) N.D.A
ALTERNATIVA - D
  07 - “Eu mudo, tu mudas, ele mudo”. Essa foi uma conclusão da professora em
relação ao ensino da gramática normativa. Através da fala da professora
podemos  inferir que:
a) a professora não acredita mais em um ensino focado em cima da gramática normativa.
b) a gramática normativa condena a norma popular e dessa forma pessoas como Lúcio
com medo de sofrer preconceitos podem evitar dar opiniões para não serem alvos de
chacotas.
c) a professora condena a forma que a gramática normativa trata o ensino da Língua
Portuguesa.
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

d) a professora não dá importância ao ensino da Língua Portuguesa baseado em normas


gramaticais.
e) todas as alternativas estão corretas.
ALTERNATIVA – B

08 – A partir das informações abaixo responda:


I) O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social
para classe social, e assim por diante. 
II) Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma
só forma da língua.
III) Fatores como, região, faixa etária, classe social e profissão são os responsáveis pela
variação da língua.
IV) A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes.
V) O indivíduo graduado fala somente o linguajar culto enquanto o indivíduo analfabeto fala
somente o dialeto popular.
VI) Fatores como região, faixa etária, classe social e profissão, são responsáveis pela
variação da língua;
VII) O que determina a escolha de uma ou de outra variedade linguística é a situação
concreta de comunicação.
VIII) O uso das vogais abertas em algumas regiões do Nordeste como ménino em vez de
menino – quérida em vez de querida e o s chiado carioca e o s sibilado mineiro são
exemplos de variações regionais.

a) Todas as afirmativas são verdadeiras       


b) Somente as afirmativas I – III – IV e VIII são verdadeiras.
c) Nenhuma alternativa é verdadeira.           
d) Somente a alternativa V é falsa.
e) Não há alternativa falsa.

ALTERNATICA CORRETA – D

09 – RELACIONE AS FRASES ABAIXO SENDO (01) PARA LINGUAGEM DE GÍRIA (02)


VARIAÇÃO SOCIAL CULTA (03) VARIAÇÃO SOCIAL POPULAR (04) VARIAÇÃO
REGIONAL e (05) VARIAÇÃO HISTÓRICA. 
(      ) Foi irado meu! Quando vi aquela multidão toda gritando: bis, bis,
bis..                                          (      ) Segundo os lingüistas podemos concluir que há
dialetos de dimensão territorial, social, profissional, de idade, de sexo e
histórica.                                                                                                       (      ) Vossa
mercê tem idéia de quantas mademoseles comparecerão ao baile do
casarão?                                              (      ) Vivemos um grande momento no Brasil e tem
que ser o momento do Nordeste do Brasil, porque é aqui que se concentra a
pobreza.                                                                                                                      (      ) Ô
velho, já faz um tempão que sou dono do meu
nariz...                                                              (      ) Aí meu, quando cheguei
o cara já tinha azulado.
(     ) As menina usa biquíni
colorido.                                                                                                   
     (      )  No mundo no me sei parelha, (...) mia senhor branca e vermelha, queredes
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

que vos retraia quando vus eu vi em saia!  (Cancioneiro da


ajuda)                                                                                    (      ) Filhos, chama os outros
piá e vai à mangueira prender os terneiros se não eles mamam tudo o leite das tetas da
vaca.
A SEQUENCIA CORRETA É:

a)      01 – 02 – 05 – 02 – 01 -01 – 03 – 05 – 04
b)      02 – 01 – 05 – 03 – 01 – 04 – 03 – 05 – 04
c)      04 – 05 – 03 – 01 – 01 – 02 – 05 – 02 -  05
d)      03 – 02 -  01 – 05 – 03 – 04 -  02 – 05 – 03

ALTERNATIVA - A
COLOQUE V CASO A AFIRMATIVA SEJA VERDADEIRA OU F CASO SEJA FALSA.

(           ) A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes.
(           )  O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de
classe social para classe social, e assim por diante.
(           ) Nem individualmente podemos afirmar que o uso da língua  seja uniforme.
(           )  Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes
variedades de uma só forma da língua.
(           ) A língua portuguesa, como todas as línguas do mundo, não se apresenta de
maneira uniforme em todo o território brasileiro;
(           ) A variação da língua se dá em função do emissor e em função do receptor.
(           ) Fatores como, região, faixa etária, classe social e profissão são os responsáveis
pela variação da língua.
(           ) A norma culta é melhor hierarquicamente que a norma popular.
Níveis de variação lingüística
Observe as frases a seguir e diga se trata de linguagem gíria, variação social culta,
variação social popular, variação social regional, variação social relacionado à profissão ou
variação histórica.
a)Foi irado meu! Quando vi aquela multidão toda gritando: bis, bis,
bis.....................................
b) Segundo os lingüistas podemos concluir que há dialetos de dimensão territorial, social,
profissional, de idade, de sexo e
histórica. ..................................................................................
b) Vossa mercê tem idéia de quantas mademoseles comparecerão ao baile do
casarão? .............................................................................
c) Vivemos um grande momento no Brasil e tem que ser o momento do Nordeste do Brasil,
porque é aqui que se concentra a
pobreza. ..............................................................................
d) Ô velho, já faz um tempão que sou dono do meu nariz... ................................................
e) Aí meu, quando cheguei o cara já tinha azulado.
--------------------------------------------------------
f) As menina usa biquíni colerido. -------------------------------------------------------------------------
g) Vereadores governistas começaram a balançar em favor da CPI.
-----------------------------------
h) No mundo no me sei parelha, (...) mia senhor branca e vermelha, queredes que vos
retraia quando vus eu vi em saia!  (Cancioneiro da
ajuda)   ----------------------------------------------------------
i) Uma casa foi comprada, ontem pela manhã, pela mãe de José.
-------------------------------------
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

Observe as expressões a seguir e numere


(01) para linguagem formal                 (02) para linguagem informal.
(           )  Venho solicitar a V. S. a concessão de auxílio doença.
(           ) Quero te pedir um grande favor.
(           ) Seu dotô, só me parece que o sinhô não me conhece.
(           ) Zélia está matando cachorro a grito.
(           ) Essa promoção vai arrebentar a boca do balão.
(           ) Os moradores da capital paulista começaram a mudar seu jeito de pronunciar o R.
(           ) Mamãe, eu vou no mercado pela tarde.

ATIVIDADE DE PORTUGUÊS SOBRE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

1.       Observe a imagem abaixo retirada do Facebook e responda as perguntas a seguir:

a)Que variedade linguística o personagem da imagem acima usou para se expressar:


linguagem culta ou coloquial?
b)Observando bem a imagem, diga pelo menos dois motivos que contribuem para que o
personagem fale dessa forma?
c)Esse jeito como o personagem falou dá para o ouvinte/leitor compreender? Por quê?
d)Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por quê?
e)Que efeito de sentido o sinal de pontuação reticências atribui ao texto?

2.       Leia o texto abaixo e responda as questões sugeridas:

A LEI PROTEGE TEMER DE


INVESTIGAÇÃO POR ATOS FORA DO
MANDATO?

Apesar de aparecer em dois pedidos de


inquérito enviados pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, ao Supremo
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

Tribunal Federal (STF), o presidente Michel


Temer não entrou, pelo menos por ora, na
lista de políticos investigados sob o
escrutínio da mais alta corte do país.

A razão para isso, segundo o próprio Janot,


é que Temer possui uma espécie de
“imunidade temporária” determinada pela
Constituição para quem ocupa o cargo de
Presidente da República.

(Disponível em: http://www.msn.com)

a)   Que gênero textual é esse acima?


b)   Que variedade linguística foi usada para escrever esse texto?
c)   Por que foi usado essa modalidade de linguagem e não outra?

3.    Leia a letra da música abaixo e responda o que se pede:

Malandramente,
A menina inocente

Se envolveu com a gente

Só pra poder curtir

Malandramente,

Fez cara de carente

Envolvida com a tropa

Começou a seduzir

Malandramente,

Meteu o pé pra casa

Diz que a mãe tá ligando

Nós se vê por aí

a)Qual o significado da expressão “Só pra poder curtir”?


b)Que sentido a palavra “malandramente” dá a história contada na música?
c)Que variedade linguística está presente nesta música?
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

d)Qual o significado da expressão “Nós se vê por aí”, ou seja, onde se refere a palavra
“aí” nesta música?
e)Retire desta música palavras ou expressão consideradas gírias?

4. Que variedade linguística (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes
situações sociais:

a)   Falando sobre política num canal de televisão


b)   Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo.
c)   Numa pequena mensagem de celular para o seu patrão de português.
d)   Numa carta de reclamação para o presidente.
e)   Numa conversa na praça entre amigos.
f)    Um debate numa conferência nacional sobre meio ambiente.
g)   Uma mensagem de Whatsapp para irmã explicando que você foi à padaria comprar pão.
h)   Um bilhete para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de hoje.
i)     Um artigo de opinião solicitado pelo professor de português.
j)    Na redação do ENEM.

5.    Leia o texto retirado do Facebook de uma adolescente e responda as perguntas:

a)A linguagem deste texto é considerada culta ou coloquial?


b)Por que o autor desta mensagem escreveu para o colega usando essa escrita?
c)Essa escrita pode ser usada nos trabalhos escolares? Por quê?
d)Essa escrita atrapalhou o seu entendimento do texto?
e)Reescreva essa mesma mensagem usando a norma culta da língua.
f)Qual a intenção das pessoas ao usarem esse tipo de escrita nas redes sociais?

6. Observe a imagem acima para responder as questões:


E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

a)O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê?


b)Como deveria ter sido escrita este anúncio?
c)Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente
este anúncio?
d)A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê?

7. Observe a imagem acima para responder as questões por escrito:

a)O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê?


b)Como deveria ter sido escrita este anúncio (língua culta ou coloquial?
c)Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente
este anúncio?
d)A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê?
e)Reescreva esta mesma propaganda seguindo a língua culta.

8. Observe a imagem ao lado para responder as questões por escrito:


E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

a)O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê?


b)Como deveria ter sido escrita este anúncio (língua culta ou coloquial?
c)Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse inadequadamente
este anúncio?
d)A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê?
e)Reescreva esta mesma propaganda seguindo a língua culta.

QUESTÕES OBJETIVAS

9. Leia o texto abaixo:

Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?


Cliente – Estou interessado em financiamento para compra 
de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. 
O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou
funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá
em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de
Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

(BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna.


São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado))

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente,


observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido

a)  à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade
b)   à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c)   ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d)   à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo
e)   ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

10. Observe a charge abaixo e MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

A linguagem da tirinha revela:

a) Pelo tipo de linguagem usada pelo Chico Bento, eles não conseguem se comunicar.
b) Evidenciamos um uso culto da linguagem, visto que eles personagens são estudante e
professora.
c) Expressões como “pruquê”, “num”, "arguma” devem ser banidos da língua em qualquer
situação.
d) A fala de Chico Bento faz o uso coloquial da linguagem, motivado por diversos fatores
(regional, escolaridade, idade, financeiro e etc).
e) Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por Chico Bento, podendo ser
utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...

11.  Leia o texto abaixo e assinale a única alternativa correta:  

“Iscute o que to dizeno,


Seu  dotor, seu coroné:
De fome tão padeceno
Meus fio e minha muiér.
Sem briga, questão nem guerra,
Meça desta grande terra
Umas tarefas pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me dexe deserdado
Daquilo que Deus me deu”.

(Patativa do Assaré)

Esse falante, pelos elementos explícitos e implícitos no poema, é identificável como:

a)  Escolarizado proveniente de uma metrópole.


b)  Sertanejo de uma área rural.
c)  Idoso que habita uma comunidade urbana.
d)  Escolarizado que habita uma comunidade no interior do país.
e)  Estrangeiro que imigrou para uma comunidade do sul do país.

12.  Leia a música abaixo e marque a única alternativa correta:

Esmola
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

Uma esmola pelo amor de Deus


Uma esmola, meu, por caridade
Uma esmola pro ceguinho, pro
menino
Em toda esquina tem  gente só
pedindo.
Uma escola pro desempregado
Uma esmola pro preto, pobre, doente
Uma esmola pro que resta do Brasil
Pro mendigo, pro indigente (...)

(Samuel Rosa/Chico Amaral)

A música registra um pedido de esmola, em que o eu - lírico utiliza uma linguagem:

a) Pouco compreensiva, já que contém vários erros de gramática.


b) Coloquial, crítica, compreensiva, comunicável.
c) Imprópria para os poemas da literatura brasileira.
d) Crítica, porém não-coloquial.
e) Descuidada e cheia de repetições.

13. Analise as proposições com relação à música “Asa Branca” de Luiz Gonzaga e


responda corretamente:

“Quando oiei a terr’ ardeno


Na fogueira d’san João
Eu preguntei a Deus do céu ai
Pro que tamanha judiação (...)”

(  )Este trecho, em uma análise linguística, está correto, pois, apesar dos desvios da norma
culta, o trecho não apresenta dificuldades para a compreensão.
(  )Por se tratar de expressões regionais este trecho não pode ser considerado como erro
gramatical.
(  )A música regional tem grande aceitação, principalmente, na região do compositor, mas,
podemos dizer que as falhas linguísticas prejudicam a aceitação da música Asa Branca.

A sequência correta é:

a) VFF   
b) VVV 
c) FFF
d) FVF 
e) VVF

14. Com relação ao texto retirado de um SMS, assinale a alternativa correta:


              
Vc viu como ele xegô em kza hj? Tôdu
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

lascadu. blz!

a)Não pode ser considerado um texto, visto que não cumpre sua função comunicativa.
b)Por ter palavras abreviadas em excesso está totalmente contrariando as regras da
gramática, logo não é um texto.
c)Esse tipo de escrita é valorizado em qualquer meio de comunicação formal.
d)Mesmo por se tratar de linguagem abreviada, cumpre sua função comunicativa, mas só
deve ser utilizada situações informais como internet, celular etc.

15. Observe a imagem retirada do Facebook abaixo e marque V ou F nos parênteses:

(  ) Pela linguagem utilizadas pelos falantes eles não conseguem se comunicar.


( ) Os fatores regional, escolar e social influenciam o modo de falar dos personagens
acima.
(  ) Esse modo de falar é totalmente inaceitável em qualquer situação, porque é linguagem
matuta.
(  ) Mesmo sendo linguagem matuta cumpre sua função comunicativa.
(  )Não devemos ter preconceitos com exemplos de língua como essa acima, pois há
diversos motivos que explicam esse modo de falar.

16. Assinale a opção que  identifica  a  variação  linguística presente nos textos abaixo.

Assaltante Nordestino
 –Ei, bichin…Isso é um assalto… Arriba os braços e num  se bula nem faça muganga…
Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim  se não  enfio  a  peixeira  no  teu  bucho 
e  boto  teu  fato  pra fora! Perdão, meu PadimCiço, mas é que eu to com uma fome da
moléstia…
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

Assaltante Baiano
 – Ô meu rei… (longa pausa) Isso é um assalto… (longa pausa). Levanta os braços, mas
não se avexe não… (longa pausa). Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar
cansado… Vai
passando a grana, bem devagarinho… (longa pausa). Num repara se o berro está sem
bala, mas é pra não ficar muito pesado… Não esquenta, meu irmãozinho (longa pausa).   
Vou deixar teus
documentos na encruzilhada…

Assaltante Paulista
 –Orra, meu…  Isso  é  um  assalto, meu…  Alevanta  os  braços, meu… Passa a grana
logo, meu… Mais rápido, meu, que eu ainda  preciso  pegar  a  bilheteria  aberta  pra 
comprar  o
ingresso  do  jogo  do  Corinthians,  meu…  Pó,  se  manda, meu…

a)   fator padrão
b)   fator pessoal
c)   fator escolar
d)   fator regional
e)   fator humorístico

17. Leia o texto abaixo e julgue as afirmações em VERDADEIRAS ou FALSAS:

E AÍ, DOIDERA, CADÊ A


PARADA LÁ?!

(  ) As gírias são expressões que marcam a língua coloquial, ou seja, é uma variante mais
espontânea, utilizada nas relações informais entre os falantes.
(  ) O emprego intensivo de gírias entre os falantes faz com que essa variedade linguística
se propague rapidamente.
(  ) O autor do texto expõe sobre um processo linguístico que sofre influência de inúmeros
fatores entre eles: a relação entre falantes e ouvintes.
( ) “doidera” e “parada”  são expressões resultantes de variação linguística, empregadas
entre falantes, marcadas por uma época e o grupo social de que fazem parte.

18. Assinale a alternativa que contém uma informação FALSA em  relação ao fenômeno


da variação linguística.

a) A variação linguística consiste num uso diferente da língua, num outro modo de
expressão aceitável em determinados contextos.
b) A variedade linguística usada num texto deve estar adequada à situação de
comunicação vivenciada, ao assunto abordado, aos participantes da interação.
c) As variedades  que  se  diferenciam  da  variedade  considerada  padrão devem ser
vistas como imperfeitas, incorretas e inadequadas.
d) As línguas  são  heterogêneas  e  variáveis  e,  por  isso,  os  falantes apresentam 
variações  na  sua  forma  de  expressão,  provenientes  de diferentes fatores.
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

19. São várias as diferenças linguísticas das diversas regiões e das diferentes camadas
sociais do Brasil. Todas, porém, fazem parte de nossa realidade e são compreensíveis por
seus falantes. Como exemplo disso, podem-se verificar as variantes linguísticas para  as 
palavras  “tangerina” e  “mandioca”. Considerando essas informações acerca das
variações linguísticas da língua portuguesa, assinale a ÚNICA opção CORRETA.

a) As palavras tangerina, mexerica e laranja-cravo são sinônimas, assim como mandioca e


macaxeira.
b) São corretas apenas as formas “mandioca” e “tangerina”, uma vez que são palavras
mais bem aceitas na língua culta e laranja-cravo é errado falar.
c) O uso da palavra macaxeira não é correto, pois  faz  parte da língua indígena do
nordeste do País.
d) quando um  falante usa o termo macaxeira, em vez de  mandioca,  demonstra 
pertencer  a  uma  classe social baixa.
e) Os brasileiros falam o Português mais corretamente na região Sul do que na região
Nordeste. 

20. (ENEM 2009) A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para
comunicar algo e tem varias finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever.
Assim, o conhecimento acerca das variedades linguísticas sociais, regionais e de registro
torna-se necessário para que se use a língua nas mais diversas situações comunicativas.

Considerando as informações acima, imagine que você esta a procura de um emprego e


encontrou duas empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta
de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você

a) fará uso da linguagem metafórica.


b) apresentar elementos não verbais.
c) utilizar do registro informal.
d) evidenciar da norma padrão.
e) fará uso de gírias.

21. A partir da leitura do poema Pronominais e o seu contexto de criação, podemos


considerar CORRETAMENTE que:

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

(ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,


1972)

a) Oswald de Andrade tinha intenção de criar uma nova forma de falar no Brasil.
b) o primeiro verso de Pronominais segue a forma falada no cotidiano das pessoas cultas,
que frequentaram a escola e que são da classe alta.
c) no poema percebemos claramente vemos a importância da gramática normativa para o
poeta.
d) a comparação entre o primeiro e o último verso exemplifica de forma clara uma das
muitas diferenças existentes entre a língua que a gramática normativa considera correta e
a língua efetivamente falada pela maioria das pessoas.
e) o poema demostra que não há diferenças entre as classes sociais e que todos falamos
da mesma maneira, seja negro, branco ou mulato, mas o importante é seguir a gramática
brasileira.

22. Observe o quadro abaixo:

VOSSA MERCÊ
VOSMICÊ
MERCÊ
VOCÊ
ÔCÊ

VC
C
(J. R)

Você é um pronome pessoal de tratamento. Refere-se à segunda pessoa do discurso,


mas, por ser pronome de tratamento, é empregado na terceira pessoa (como "ele" ou
"ela"). Sua origem etimológica encontra-se na expressão de tratamento de deferência
vossa mercê, que se transformou sucessivamente em tantas outras variações. Sobre a
variação desse pronome de tratamento analise as afirmações a seguir:

  I. Esse pronome sofreu uma variação através do tempo, a qual os linguistas  a chamam de
variação diacrônica.

II. Esse tipo de fenômeno é raro na língua portuguesa. Dificilmente uma palavra ou expressão
sofre influência do tempo como aconteceu com esse pronome.

III. A forma “você” é a representante da língua culta atual. Já as variações “vc” e “c”, típicas das
redes sociais, não deveriam ser aceitas pelos brasileiros, tendo em vista empobrecer
nossa língua.

IV. Fenômenos como esse provam que as línguas não são estáticas, mas sim sofrem variações
provocadas por diversos fatores externos (tempo, geografia, escolar, social, etc).  

Marque a alternativa que apresenta, apenas, a(s) correta(s).


E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

a) I e IV
b) I, III e IV
c) I e II
d) I, II e IV

e) IV apenas 

23. (ENEM 2014)

Óia eu aqui de novo xaxando


Óia eu aqui de novo para xaxar

Vou mostrar pr’esses cabras


Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar

Vem cá morena linda


Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que eu tou aqui com alegria

BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www.luizluagonzaga.mus.br.


Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento).

A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e


cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular
regional é:

a)   “Isso é um desaforo”.
b)   “Diz que eu tou aqui com alegria”.
c)   “Vou mostrar pr’esses cabras”.
d)   “Vai, chama Maria, chama Luzia”.
e)   “Vem cá morena linda, vestida de chita”.

24. (ENEM 2014)

Só há  uma  saída para a escola se ela quiser ser  mais bem-sucedida: aceitar a 
mudança da  língua como um fato. Isso deve significar que a  escola deve aceitar
qualquer forma de  língua em  suas  atividades escritas? Não deve mais  corrigir? 
Não!
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

Há  outra dimensão a ser  considerada:  de fato, no  mundo real da escrita,  não
existe  apenas  um português correto,  que  valeria para todas  as  ocasiões: o estilo
dos  contratos não  é  o  mesmo dos  manuais de  instrução; o dos  juízes do 
Supremo não  é  o  mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos  jornais  não  é  o
mesmo dos dos cadernos de  cultura dos  mesmos  jornais. Ou  do de  seus 
colunistas.

(POSSENTI,  S.  Gramática  na cabeça. Língua  Portuguesa,  ano 5, n. 67,  maio


2011 – adaptado).

Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim
sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber

a)   descartar  as  marcas de informalidade do texto.


b)   reservar o  emprego da  norma  padrão aos textos de  circulação ampla.
c)   moldar  a  norma  padrão do português pela   linguagem do discurso jornalístico.
d)   adequar as  formas  da língua a diferentes tipos de  texto e contexto.
e)   desprezar as formas  da língua  previstas pelas  gramáticas e  manuais divulgados  pela
escola.

25. (ENEM 2006)

Aula de português

A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Gois, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.

(Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José


Olympio, 1979.)

Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de


variação de usos da linguagem em
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

a)   situações formais e informais.


b)   diferentes regiões do país.
c)   escolas literárias distintas.
d)   textos técnicos e poéticos.
e)   diferentes épocas.

26. (ENEM 2006)

No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se


com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: Não se conformou: devia
haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se
descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco,
entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como
negro e nunca arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência,
achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano
baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não.

(Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.)

No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de


regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do padrão formal da
linguagem o seguinte trecho:

a)   “Não se conformou: devia haver engano” (ℓ.1).


b)   “e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3).
c)   “Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4).
d)   “entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5).
e)   “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11).

27. (ENEM 2005)

Leia com atenção o texto:

[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas
desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver
os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é
camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é
uma delícia?). (Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)

O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto

a)   ao vocabulário.
b)   à derivação.
c)   à pronúncia.
d)   gênero
e)   à sintaxe.
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LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

28. (ENEM 2007)

As dimensões continentais do Brasil são objeto de reflexões expressas em diferentes


linguagens. Esse tema aparece no seguinte poema:

“(….)
Que importa que uns falem mole descansado
Que os cariocas arranhem os erres na garganta
Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais?
Que tem se os quinhentos réis meridional
Vira cinco tostões do Rio pro Norte?
Junto formamos este assombro de misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal! (….)”

(Mário de Andrade. Poesias completas. 6. ed. São Paulo: Martins Editora,


1980.)

O texto poético ora reproduzido trata das diferenças brasileiras no âmbito

a)   étnico e religioso.
b)   linguístico e econômico.
c)   racial e folclórico.
d)   histórico e geográfico.
e)   literário e popular.

Texto para as questões 29 e 30:

29. O texto acima exemplifica um pouco da variação linguística da região nordeste do


Brasil. Pelo que se apresenta no texto, há uma variação quanto ao aspecto

a)   sintática
b)   morfossintático
c)   semântico
d)   vocabulário
e)   estilístico
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

30. Considerando-se a variedade linguística reproduzida no texto da questão anterior, é


correto afirmar:

a)O termo “estribado”, por exemplo, reflete formalidade, portanto pode ser usado em
requerimentos, cartas oficiais, redações escolares.
b)Todas as variantes nordestinas mostradas no quadro cumprem sua função comunicativa
quando utilizadas nos contextos adequados.
c)Todas as variantes nordestinas mostradas no quadro são consideradas erradas do ponto de
vista gramatical.
d)Esse quadro exemplifica o quanto a língua de uma nação é homogênea.
e)As variantes nordestinas desfavorecem as formas da língua previstas pelas gramáticas e
manuais divulgados pela escola.

GABARITO OFICIAL

1.
a)    Que variedade linguística o personagem da imagem acima usou para se expressar:
linguagem culta ou coloquial? Linguagem coloquial
b)    Observando bem a imagem, diga pelo menos dois motivos que contribuem para que o
personagem fale dessa forma? Fator regional e fator escolar, por exemplo.
c)     Esse jeito como o personagem falou dá para o ouvinte/leitor compreender? Por
quê? Sim, porque reconhecemos pela som familiar e aproximado com a forma adequada
segundo as gramáticas.
d)    Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por quê? Ela é
considerada ADEQUADA de acordo com o contexto social, geográfico, escolar, etário, etc
do falante.
e)    Que efeito de sentido o sinal de pontuação reticências atribui ao texto?
       Indica um pensamento incompleto. 

2. 
a)   Que gênero textual é esse acima? Notícia
b)   Que variedade linguística foi usada para escrever esse texto? Formal/culta
c)   Por que foi usado essa modalidade de linguagem e não outra? Porque esse gênero
exige essa modalidade de linguagem. 

 3. 
a)    Qual o significado da expressão “Só pra poder curtir”? Aproveitar, divertir-se
b)    Que sentido a palavra “malandramente” dá a história contada na música? É a
forma/maneira esperta como a sujeita agiu.
c)    Que variedade linguística está presente nesta música? Linguagem coloquial
d)    Qual o significado da expressão “Nós se vê por aí”, ou seja, onde se refere a palavra
“aí” nesta música? Refere-se a qualquer lugar.
e)    Retire desta música palavras ou expressão consideradas gírias? “Meteu o pé”, “Nós
se vê”

4. 
a)      Falando sobre política num canal de televisão. culta
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b)      Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo. Coloquial


c)       Numa pequena mensagem de celular para o seu patrão de português. Culta
d)      Numa carta de reclamação para o presidente. Culta
e)      Numa conversa na praça entre amigos. Coloquial
f)        Um debate numa conferência nacional sobre meio ambiente. Culta
g)      Uma mensagem de Whatsapp para irmã explicando que você foi à padaria comprar
pão. Coloquial
h)      Um bilhete para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de
hoje. Culta
i)        Um artigo de opinião solicitado pelo professor de português. Culta
j)        Na redação do ENEM. Culta 

5. 
a)    A linguagem deste texto é considerada culta ou coloquial? Coloquial
b)    Por que o autor desta mensagem escreveu para o colega usando essa escrita?  Pelo
grau de intimidade com o interlocutor.
c)    Essa escrita pode ser usada nos trabalhos escolares? Por quê? Não, porque a escola
requer a linguagem culta.
d)    Essa escrita atrapalhou o seu entendimento do texto? Não,
e)    Reescreva essa mesma mensagem usando a norma culta da língua.
“Olá, tudo bem? Estou com saudades de vocês. / Olá! Também estou com saudades de
você. O que você está fazendo agora? Estou estudando para a avaliação. O que você vai
fazer hoje?/ Depois do meu trabalho, irei para casa jogar vídeo game com um colega!”
f)     Qual a intenção das pessoas ao usarem esse tipo de escrita nas redes sociais? Tornar
o diálogo mais rápido ou o mais próximo possível de uma conversa presencial

6.
a)    O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê? Segue a linguagem
coloquial, devido alguns desvios ortográficos.
b)    Como deveria ter sido escrita este anúncio? “Oficina Mecânica”
c)    Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse
inadequadamente este anúncio? O fator escolar.
d)    A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê? Não, pois se trata
de um gênero que requer um mínimo da linguagem formal.   

7. 
a)    O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê? Segue a linguagem
coloquial, devido alguns desvios ortográficos.
b)    Como deveria ter sido escrita este anúncio (língua culta ou coloquial? Deveria ter sido
na culta
c)    Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse
inadequadamente este anúncio? O fator escolar
d)    A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê? Não, pois se trata
de um gênero que requer um mínimo da linguagem formal.  
e)    Reescreva esta mesma propaganda seguindo a língua culta. “Seja bem-vindo a nosso
bar! Experimente a nosso tira-gosto da casa: linguiça na brasa”
E. M. E. I. F. PROFESSOR GILVANDO NASCIMENTO (7° ANO)
LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO – PROFESSORA JANIS OLIVEIRA

8.  
a)    O anúncio acima segue a norma culta da língua? Por quê? Segue a língua coloquial
b)    Como deveria ter sido escrita este anúncio (língua culta ou coloquial? Na linguagem
culta
c)    Qual fator você acha que contribui para que o sujeito que escrevesse
inadequadamente este anúncio? O fator escolar
d)    A situação permite que este anúncio seja escrito assim? Por quê? Não, pois se trata
de um anúncio.
e)    Reescreva esta mesma propaganda seguindo a língua culta. “Tapioca feita na hora!
Quem ainda não adquiriu a sua, peça agora” 

OFICINA DE GÊNEROS ORAIS

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