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Exegese at
Exegese at
Introdução
A Bíblia
Diz que a Bíblia serviu de “pátria portátil” pra que o povo judeu. Maomé denominou
este povo de “o povo do Livro”. É impossível não ligarmos a sobrevivência do povo judeu à
Torah; foi graças a esse Livro, a eles dado por Deus através de Moisés no Monte Sinai, que
conseguiram atravessar séculos e milênios como povo distinto e como comunidade
religiosa, apesar de todas as perseguições, as mais terríveis e cruentas.
A Bíblia é uma “biblioteca” ou coleção de obras judaicas sagradas; nenhum outro
livro, no mundo inteiro, se assemelha a ela. É o único livro que se apresenta como sendo a
revelação escrita do único Deus verdadeiro. Em hebraico ela chama-se Tanach, por causa
das três consoantes hebraicas TNGH, que compõem a abreviação da palavra, que
representam as três divisões das Escrituras:
T de Torah (Pentateuco);
N de Neviim (Profetas) ;
CH de Chetubim (Escritos ou Hagiográficos).
A palavra é pronunciada quando são acrescentadas vogais adequadas, como
Tanach.
O estudo moderno da Bíblia faz uso de métodos de investigação razoavelmente
científicos, lançando mão de instrumentos fornecidos pelo estudo comparado da religião, da
filosofia e da paleografia, provou de maneira aceitável, senão inequívoca, que os livros que
compõem a Bíblia foram escritos no decorrer de um vasto espaço de tempo que remonta à
mais remota Antiguidade, e que adquiram forma literária definida a partir dos séculos X ou
IX a.C.
Muito do material referente às crenças religiosas, aos valores morais, às leis e à
visão social encontradas na Bíblia constituindo o seu cerne, representa uma projeção
superposta sobre o passado remoto e santificada, de seus próprios pontos de vista mais
avançados tal como os expunham os redatores, cronistas, moralistas e legistas das
Escrituras.
Não há dúvida de que a Bíblia traz de fato para nós hoje como no passado para o
povo judeu, a mensagem de um Deus único e verdadeiro.
A unidade dos livros do V.T. evidencia sua inspiração divina. De todas religiões do
mundo, só a hebréia-cristã oferece um epistemologia logicamente defensível. As
investigações humanas no decurso de todos os assuntos, como pesquisas filosóficas, nunca
conseguiram uma harmonia através dos milênios, e confudiram-se cada vez mais na área
da religião, como exceção da Bíblia.
Desde o principio e sua revelação ao homem, que Deus ordena que se escreva.Mas quando
surgiu a “Escrita”?
A primeira menção está no Gênesis, quando Deus pôs um sinal em Caim representando
uma idéia; um único sinal representava o seu pensamento. Daí surgiu a escrita por sinais,
Os primeiros registros bíblicos, fora, sem dúvida, escritos no hebraico, língua de origem
semítica. Posteriormente apareceram versões em outros idiomas.
I- VERSÕES ANTIGAS
Versões gregas:
- Héxapla de Orígenes – Orígenes viveu entre 185 – 250 a.C. e fez uma copia do V.T.
assim:
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
Original Hebraico Tradução Tradução Septuaginta Tradução
Hebraico Transliterado grega-literal grega Grega de
em grego de Áquila idiomática Teodósio
de Símaco
Isso para comparar as divergências, por ser demasiado volumosa, nunca foi publicada,
entretanto, a 5ª coluna foi posteriormente publicada por Eusébio e Pamfílio.
Códice Vaticano
Códice Sinaítico
Códice Alexandrino
Targuns Aramaicos
A Vulgata de Jerônimo
Era uma versão latina da bíblia Grega, a Septuaginta, não era uma tradução direta do
Hebraico. Jerônimo foi comissionado pelo Papa Dâmaso para revisar a versão Ítala e ele o
fez comparando esta versão com a Septuaginta, e pelo seu grande conhecimento de
Hebraico ficou tão perfeita que o papa elogiou.Traduziu também, o Saltério, que por ter sido
adotado na igreja de São Pedro em Roma, ficou conhecido como saltério romano. Produzia
ainda uma segunda versão, a chamada de saltério Galaciano, baseado na quinta coluna da
Héxapla de Orígenes.
Sopher (Heb. Pl Sopherim) significa “Escribas”. Uma ordem de escribas que surgiu
sob Esdras e que na época de Jesus formava a corporação responsável pelo texto bíblico. E
desenvolveram o artifício de contarem todos os versículos, as palavra, as letras em cada
livro do V.T, anotando essa cifras no término de cada livro.
Desde o retorno dos exilados seu cativeiro na babilônia, os Sopher exercia a função
de copista profissional da Torah, teve seu trabalho aumentando com a reprodução de outros
textos tais como Talmud, Os comentários, Os livros de Orações e as obras devocionais e
eruditas. Também fazia copias Hagadah para o Seder do Passach (serviço religioso
domestico), da Meguilah (rolo do livro de Ester) para o Purim; o Ketubot (Contratos de
casamento).
Os primeiros escribas e sábios Rabínicos se dedicavam à proteção do texto definitivo do
Torah hebraicas para as gerações ainda não nascidas, e portanto não permitiram qualquer
modificação em seu conteúdo, fosse por indiferença, ignorância ou descuido do escriba, ou
por deliberadas alterações.
Exigia-se que o sopher preparasse seus Rolos da Torah com a legibilidade e beleza
possíveis, para maior glória de Deus. Antes de sentar-se para copiar, o sopher deveria estar
ritualmente puro em corpo, espírito e alma; tinha que colocar o xale de orações (o talit) e os
filactérios como se estivesse exercendo uma atividade religiosa, e os conservava até que
sua quota diária de trabalho estivesse terminada.
O termo “ Cânon” deriva do grego” Kanon”, significando “vara reta”, beira reta”, “régua”. A
edição Massorética do Antigo Testamento é da edição Grega, a Septuaginta. Segundo a
versão grega, a a.T. é dividido em:
Livros da Lei - Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Livros da Historia - Josué, Rute, 1º e 2º Samuel, 1º 2º Reis,1º e 2º Crônicas, 1º e 2º
Esdras, Neemias, Tobias, Judite e Éster.
Livros Proféticos- Profeta Maiores- Isaias, Jeremias, Baruch, Lamentações, Epístola de
Jeremias, Ezequiel e Daniel.
Suplemento Histórico - 1º e 2º Macabeus.
Os Profetas- Nebiin
Os Escritos- Kethubhim.
Textos Sumério - Babilônicos- São escritos que nos relatam como viveram os antigos que
habitavam no vale do Tigre-Eufrates, após a Era Neolítica.
Estudavam o movimento das estrelas, elaboraram um calendário e utilizaram-no com
segurança.
Deir El- Bahari - Foi uma aldeia egípcia onde viveram os operários que construíram os
grandes túmulos do vale dos reis do Egito e neles rabiscaram notas de seus feitos diários,
alem de escreverem em cerâmicas, onde deixavam que trabalhassem um dia de oito horas
e uma semana de dez dias, recebiam salário e uma ração de alimento.
Terceira Hipótese
Foi um caminho aberto e seguido por De Wette (1805), que chegou a publicar um
livro que ensinava que Josias fora o autor de Deuteronômio e que escrevera pouco antes de
sua reforma religiosa. Seguiram-lhe nesse pensamento Bleek (1843); Knobel (1825); Tuch
(1838). Mais tarde Keil, Hegstenberg e outros, defenderam a unidade do Pentateuco.
Posteriormente surgiu a idéia de que o livro de Josué era do mesmo autor e que o
Pentateuco deveria se chamar de “Hexateuco”. Mas ficou por aí, não havendo
desdobramento dessa hipótese.
Quarta Hipótese
Surgiu em 1853, com Hupfeld, que afirmou existir além do Deuteronômio, mais três
documentos históricos nos mesmos termos do Pentateuco: duas eloístas e uma javista.
Posteriormente, os críticos afirmaram que em vez de ser três documentos fundamentais,
devemos ter quatro, os quais denominamos de J. E. D. P., para facilitar o raciocínio.
Documento “J” – Afirma-se que foi escrito por um profeta do reino de Judá, onde
denominavam Deus de Jeová (Javista); detalhes da vida humana. (Século IX a.C.)
Documento “E” – Segundo alguns críticos, foi escrito por um profeta de Efraim, onde
denominavam Deus de Eloim, (Eloístico, séc. VIII a.C.)
Esboço:
I – Começo da Humanidade
a) Criação do mundo
b) O lugar do homem
c) A entrada do pecado e a Queda
a) A terra começou sua história numa forma confusa e caótica, e depois cedeu lugar
a um estado mais ordeiro.
b) Surgiram as condições apropriadas à manutenção da vida: separação do vapor
espesso que cercava a terra, em nuvens e rios; penetração do sol à terra.
c) Separação da terra das águas e aparição dos vegetais.
d) Emergência da vida animal.
e) As formas mais complexas de vida
f) A raça humana, o mais alto produto do processo da criação.
Abraão
Dois mil anos depois da criação e queda do Homem, quatrocentos anos depois do
dilúvio, numa terra idólatra, começa a ser realizado o plano de Salvação, da Redenção do
Homem, com a chamada de um escolhido hebreu, ao qual Deus faz a promessa:
Herdariam a Terra de Canaã;
Tornar-se-iam uma grande nação;
E que por ele, seriam abençoadas todas as nações.
V - Êxodo
O Decálogo
Em hebraico: “Asseret Há- Dibrot”, que significa literalmente “As Dez palavras”, o
equivalente em português é “Decálogo”, do grego “Dekalogos”.
Os Dez mandamentos formam a parte mais difundida da Bíblia, pois enfatiza uma vida
santificada, o produto de uma fé pura e verdadeira. A santificação do sabad foi mais para
dar um descanso compulsório. Pela Lei a mulher é resguardada sob o cuidado do homem.
A graça reinada suprema na aliança do Sinai assim como fora na aliança com Abraão. O
Código de Lei era um testamento de graça.
O Tabernáculo
O Lugar Santíssimo – Era a área mais exclusiva do santuário, de todo o tabernáculo. Podia
ser usada por um só homem, uma vez por ano, no dia da Expiação ( Yõm Kippur).
O único móvel ali dentro era a Arca do concerto. Esse lugar era separado por um véu
(parõlet). Por cima da Arca havia o propiciatório com dois querubins de ouro estendendo as
asas sobre ele.
O Propiciatório - Era feito de ouro maciço e significava que a graça de Deus, mediante o
sangue do sacrifício oferecido no dia da Expiação, interviria para desfazer o ultrage à
santidade de Deus é veredito da justiça divina pronunciada contra o homem culpado.
Também expressava a verdade da comunhão com Deus, porque ali repousava a gloria
divina, o brilho sobre natural ( Shekinah).
A Queda do Homem - A história conta a queda de Adão e o Paraíso perdido, e fala dos
primeiros descendentes de adão, tateando e vagando em busca de um sentido de
Por que esse pensamento de que esses episódios bíblicos podem ter inserido em suas
narrações mitos?
A criação do Mundo – Há um mito egípcio antigo que descreve como Rá, o deus-sol dos
egípcios, criou o mundo e o homem; há, ainda, outro mito que atribui ao deus Tot, um deus
escriba, que tudo formou com o poder mágico das palavras.
Dilúvio – Na mesopotâmia, cerca de 2000 a.C., foi composto um poema épico, onde se
narra um grande dilúvio, cujo herói chamava-se Gilgamesh. Também num canto babilônico,
Utnapishtim, o herói, foi escolhido por Deus para continuar a vida na terra, ele constrói uma
arca e leva consigo na viagem dirigida pela divindade, um casal de animais e de aves de
cada espécie. Depois que as águas baixaram, Utnapshtim desce da arca com sua família e
oferece um sacrifício ao deus Marduke.
Também um paralelo da história de Moisés com a de Sargão, o Antigo (2600 a.C.), primeiro
grande rei da Babilônia. Ambos os grandes líderes são descritos por aqueles que teceram
os mitos nacionais em torno deles, como tendo sido prejudicados desde o princípio, por
dificuldades quase insuperáveis; ambos eram de origem humilde e tinham sido rejeitados
pela sociedade dos paises onde viviam. Moisés era filho de escravos, Sargão nascera
ilegítimo e ambos correram o mesmo risco de vida. Sobre Sargão estava escrito numa
Estela de sua própria estátua, encontrada em escavações feitas no local onde ficava Nínive,
na Mesopotâmia: “Minha mãe era degredada, meu pai não conheci”.
No Decálogo há muitas citações paralelas com o Código de Hamurábi, legislador da
Babilônia, que viveu antes de Moisés. Coincidências?
Morte – No pensamento religião judaico, a vida e a morte formam um todo, sendo somente
aspectos diferentes da mesma realidade. Eram consideradas complementares uma à outra,
assim como a noite é para o dia e o inverno para o verão. Eram as engrenagens que
rolavam no processo da Criação.
“A vida e a morte são irmãs; vivem na mesma casa. São ligadas uma à outra e tão
apegadas entre si, que não podem ser separadas. Estão unidas pelos extremos de uma
frágil ponte sobre a qual todas as coisas da criação têm de passar. A vida é a entrada; a
morte é a saída”.
Bachya Ibn Pakuda
VI - Levíticos
Sacrifícios pelos pecados - Assim como sacrifício pelo pecado, também era uma oferta de
expiação, com uma diferença, apenas: o primeiro é pelo pecado o segundo, pelos pecados.
O holocausto expiava o pecador decaído sua própria vida, era expiada em sua natureza
geral e abstrata; o sacrifício pelos pecados considerava o pecado em particular, especifico,
um ato praticado e confessado.
Sacrifícios – por transgressões ou de reparação – Pecados contra Deus, praticado pelos
sacerdotes, pelo príncipe, pela congregação ou pelo individuo. Era pecado de conduta ou
relacionamento, de ofensas pessoais.
VII - Números
No hebraico “Bemidar”, isto é, “no deserto de”, tirado do primeiro versículo. Na Septuaginta
o quarto livro de Moisés chama-se “Arithmoi”, que significa “números”, por causa do
destaque aos números do censo.
A lição que o livro nos dá, é que o povo de Deus só pode avançar à medida em que confia
em suas promessas, dependendo totalmente dele. Só os que realmente crêem entram no
descanso e Deus.
Há objeções quanto as cifras registradas por Moisés, alguns estudiosos dizem ser
alegóricas e interpretam a palavra “eleph” (mil) como sendo “Família” ou “clã”, porem
“eleph” significa milhares mesmo, não é simbologia, é literal.
Sobre as cordonizes, acham absolutamente incrível, uma quantidade delas, ajuntadas em
tal área numa profundidade de dois côvados, daria quase mil toneladas de carne por
refeição à cada família.
Sabemos, porém, que isso é uma má exegese do texto hebraico, que não indica e nem
declara que houve uma pilha de dois côvados cúbicos de corpos de cordonizes, só indica
que os ventos fortes forçavam as cordonizes a voarem baixo, cerca de dois côvados acima
da superfície da terra.
VIII - Deuteronômio
No hebraico “Ellen Haddbarim”, que significa “estas são as palavras” ou “Debarim”, isto é,
“palavras”.
Na Septuaginta é “Deuteronomion”, “segunda promulgação da lei”.
Moisés faz aqui um discurso à congregação de Israel, imprimindo em suas consciências os
privilégios e as obrigações que lhe pertenciam como povo de Deus. Expôs a constituição da
nova teocracia e a responsabilidade. “Viver o presente sem se esquecer do passado,
olhando para o futuro”.
Os termos usados em Deuteronômio tem dado problemas porque são interpretados como se
fossem geográficos, quando são apenas nomes próprios, p. ex.: “eber hayyarden”, que
significa literalmente como região oeste do Jordão, entretanto, não se dizia esta frase se
localizando; a posição de quem a pronunciava, pouco importava, era o nome da região.
Os textos de Deuteronômio contém muitas referências à natureza sinistra da influência
cananéia sobre a pureza da religião de Israel. Todos os santuários cananeus têm de ser
completamente destruídos, e não deve ficar o menor sinal de altares ou pilares. Todas as
práticas vinculadas à fé pagã, precisam ser meticulosamente evitadas, tais como ferver o
cabrito no leite da mãe, raspar a barba ou cortar a própria carne como sinal de devoção a
alguma divindade pagã. Toda a lei é forte e foi outorgada a um povo simples, que se
preocupava com a agricultura, seu gado e suas vestes.
Aqui a memória da escravidão no Egito é especialmente vivida, para que não se
esquecessem da bondade divina. Apesar de haver um certo paralelismo entre os Dez
Mandamentos e o Código de Hamurábi, entre os israelitas não havia quase distinção de
classes e as condições sociais correspondiam a uma comunidade muito mais rural, o que
não era o caso da Babilônia que vivia da guerra e diferenciava classes inferiores em:
Livre – awelum
Servo – musshkenum
Escravo - wardum
IX - Livros Históricos
1. Josué
2. Juízes
No hebraico e’ “shopletim”, que significa “juizes ou lideres executivos”. Foi o tempo entre a
morte de Josué e a coroação de Saul e mostra que Israel falhou como Teocracia. O
sacerdócio também não se firma como governo civil, cada um vive como bem lhe apraz.
Israel não cumpria a lei e era oprimido pelos povos vizinhos O livro compreende três partes
desiguais:
I - Uma introdução;
II - O corpo do livro;
III - Dois registros, onde narram a migração dos danitas, com a fundação do santuário de
Dan, e a guerra contra Benjamim, em punição do crime de Gabaá.
Narra a história de heróis libertadores, suas origens, caracteres e ações, que variavam de
um para outro, mas tinham algo em comum: receberam uma graça especial, um carisma
como homens especialmente escolhidos por Deus, para uma missão libertadora.
Os erros do povo são evidenciados nas referências: “Os filhos de Israel fizeram o que era
mau diante dos olhos do senhor”.
O propósito do livro não é glorificar os ancestrais, mas para glorificar a graça de Deus de
Israel e mostrar que o bem estar depende do seu relacionamento com Deus. Quanto ao
sacrifício da filha de jefté:
3. Rute
Palavra de etmologia duvidosa, talvez seja uma modificação moabita da palavra hebraica
“re’ut”, que significa “amizade, associação”.
Na “Tanach”, a bíblia hebraica, este livro está colocada com os hagiógrafos como um dos
cinco rolos, os “megillot”, que se liam nas principais festas, destinando-se Rute à festa de
Pentecostes.
Trata-se da história de Rute, a moabita que, depois da morte do Marido nascido em Belém e
imigrado para Moab, retorna à Judá com sua sogra Noemi e casa-se com Boaz, parente do
seu marido. Nele vemos o valor da educação domiciliar ministrada à mulher, foi assim que
Noemi converteu Rute à sua fé.
A família de Elimeleque saiu de Belém (casa do pão) nos tempos de juízes, e como era de
se esperar, os filhos casaram-se com moças Moabitas. Depois da morte do marido e dos
dois filhos, Noemi volta para sua pátria. Uma das noras retorna à casa paterna, mas Rute
apega-se à sogra e vai com ela para Belém, aceitando casar com Boaz, o parente remidor
(gõel) cumprindo a lei do levirato.
Desse casamento nasceu Obed, pai de Jessé, avô de Davi.
“lãhem” (1:13) é uma palavra aramaica e significa “portanto”, mas esta mesma palavra era
usada nos escritos hebraicos significando “para estas coisas”.
O “gõel” precisava ser um parente de sangue, possuir dinheiro suficiente para comprar a
herança perdida e dispor-se a casar com a viúva.
4. I e II Samuel
Na forma mais antiga das Escrituras hebraicas, estes dois livros apareceram como um só.
Os judeus de Alexandria chamavam-no de “livros dos reinos” (=basileiõn), depois de apenas
“libri regnõ-rum” (livros dos reinos).
A divisão em dois livros remonta à tradução grega (Septuaginta); na Vulgata 1 e 2 Samuel e
1 e 2 Reis , formam os quatro livros dos Reis. É uma obra de fontes diversas sobre o início
5. I e II Reis
Também faziam parte do “Basileion”, como III e IV temos. Quanto as fontes desta obra três
documentos são mencionados:
O livro dos atos do rei Salomão;
O livro das crônicas dos reis de Judá;
O livro das crônicas dos reis de Israel.
6. I e II Crônicas
No hebraico o título é “Diberey hay-yamin”, que significa “narrativas dos dias”, ou mais
literalmente “as palavras”. Na Septuaginta são chamados de “Paraleipomenõn”, que significa
“das coisas omitidas”.
O propósito destes dois livros é passar em revista a história de Israel desde os primórdios
da raça humana até o cativeiro da Babilônia e o Edito da restauração. Os dois livros das
crônicas eram, primitivamente, um só, é uma obra do judaísmo pós-exílio, de uma época em
que o povo privado de sua independência política, gozava ainda de uma certa autonomia
reconhecida pelos senhores do Oriente: vivia sob a direção de seus sacerdotes, segundo as
normas de suas leis religiosas. O templo e suas cerimônias eram o centro da vida nacional,
um contexto vivificado pela piedade pessoal, pelas lembranças da gloria ou das fraquezas
do passado e pela confiança nas promessas dos profetas.
O autor de Crônicas é um levita de Jerusalém que escreve depois da época de Esdras e
Neemias. A obra recebeu algumas adições como as tábuas genealógicas, algumas listas de
nomes, provavelmente as dos partidários de Davi (1 crô 12),a dos sacerdotes e levitas (1
Fontes:
1. Os livros dos reis de Judá e Israel;
2. A historia do livro dos reis (midrash);
3. As palavras de Uzias, compostas por Isaias;
4. As palavras de Semaías, o profeta, e de Ido;
5. A historia do profeta Ido;
6. As palavras de Jeú bem Hanani;
7. As palavras de Hozaú;
E ainda, Gênesis, Samuel e Reis.
7.Esdras e Neemias
O nome Esdras é uma forma aramaica do hebraico “ezer”, que significa “ajudar”, o que é
normal já que voltaram do exílio falando aramaico.
Autoria e data
8. Ester
O nome Ester é derivado da palavra persa “Stara” ou Sithara”, que significa “estrela”. O
nome hebraico de Ester era “Hadassa”, que significa “mista”.
O tema é a providência triunfante de Deus em libertar e preservar o seu povo da malícia dos
pagãos que queriam tramar a sua destruição. Embora não mencionasse o nome de Deus,
está implícito de maneira clara na oração do povo, no livramento grandioso.
Autoria e data
A maneira como é narrado o livro, dá-nos a impressão de que os protagonistas fossem parte
do passado, um registro tradicional para as gerações futuras, embora as autoridades a
remontem até Josafá e que foi repetida pelo rabino Ibn Ezra. Não se tem o nome do autor,
Pode ter sido o próprio Mordecai, Esdras ou Neemias, ou mesmo um escriba.
Quanto a data, o inicio é a morte de Ataxerxes (450 a .C) e o final antes de 330 a.C., não
havendo nenhuma influência grega na corrente de pensamentos. O autor tem profundo
conhecimento dos costumes persas e da história local, pode ter sido um judeu persa.
Pano de Fundo:
Segundo os registros seculares Xerxes, o Assuero da Bíblia, tinha uma rainha terrível que
bem podia ser Vasti. Sua historia é sinistra e leva outro nome: “a rainha Améstris, filha dum
persa chamado Otanes, em seu ódio e ciúme, mutilou a mão de Artaynta, uma concubina de
Xerxes, e que também, mandou enterrar vivos quatorze jovens persas da nobreza, como
oferta de gratidão a um deus do submundo”.Certamente a origem persa de Améstis, sua
sádica brutalidade excluem qualquer possibilidade de ser identificada com Ester, menina
judia e doce, que obedecia a Deus, o único verdadeiro.
Heródoto, historiador grego, entra em acordo satisfatório, em suas datas, com Ester:
a) Foi no terceiro ano de seu reinado, 483 a.C., que Xerxes convocou uma
assembléia dos seus nobres para planejar uma expedição contra a Grécia – uma ocasião
que muito provavelmente se deu a festa mencionada;
b) Que Ester foi feita rainha em seu sétimo ano de reinado (479 a. C), o qual
corresponderia ao ano no qual Xerxes voltou de sua derrota em Salámis e procurou
consolação no seu harém. Depois de sua briga domestica com Améstris, sobre Artaynta,
Xerxes pode ter escolhido uma nova rainha. Há ainda, algumas observações sobre as 12>
províncias registradas em Ester, segundo Heródoto, o Império Persa dividiu-se em 20
satrápias, o que é bem provável que houvesse um pouco de exagero já que a palavra
“medinah” (província) não representasse a mesma unidade territorial no idioma persa, é
certo afirmar-se categoricamente, que o Império Persa poderia estar dividido em 12>
Medinah.O induto de sobrevivência, e por segurança, a erradicação do mal, é que armaram
os judeus que conseguiram matar tão grande numero de inimigos, e isso, observando-se
que o governo persa tinha uma atitude extremamente insensível para com a vida humana, e
quando se tratava de um problema de um membro da família real, sabe-se que sua
X. Jô
XI. Salmos
Termos Técnicos:
Termos Musicais:
Dos tipos vários de paralelismo, veremos dois: Sinonímico – 2º verso repete com
sinônimos, pensamentos do primeiro (Salmo 20:2, 3); Antitético – 2º verso é uma síntese
do primeiro (Sl 71:2; Pv. 12: 1, 2).
Outros paralelismo:
Analítico.
Progressivo.
Introvertido.
Climático
“Wa’nni nasákhti malki’al Siyyon har - Kodash” = Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o
meu santo monte Sião.
As classes os Salmos
Salmos Messiânicos - (Proféticos) – 2, 22, 24, 45, 50, 69, 72, 96 ...
Salmos Penitenciais - (6, 37, 38, 51, 102) O salmista reconhece as suas falhas e pede
perdão.
Salmos de Peregrine - Cânticos dos degraus; eram cânticos que os judeus entoavam
quando subiam de sua cidade para o Templo, em Jerusalém. E também entoados pelo povo
ao subirem os próprios degraus do Templo.
“Hëykal” – Templo
“Godesh” – santuário
“Beyt – Yahweh – casa de Deus (Josué 6:24)
“Sukkah” – choupana
“iohel” – tenda
“millah” – palavra
“Salaq” – subir
“-ayik” – de ti
Não foi nada fácil para os tradutores da Bíblia, dar o sentido literal do texto no original, para
o idioma em que estava se traduzindo. Uma exegese profunda foi necessária, porque
traduzir da Septuaginta e da Tanach, nem sempre havia concordância. Em hebraico: “Lê -
mim - nesah” é traduzida como “até – desde – fim”.
Em grego – “eisto nikos” – até a vitória.
“To nikopoio – ao que ganha a vitória.
“epinikion” – cântico de triunfo
Eram termos técnicos em desuso que faziam com que o verdadeiro significado não
fosse mais lembrado, o que dificultava uma perfeita exegese.
“eis to telos” (grego) “até o fim”.
“Lam-me-nasseah” (hebraico) “para louvor” (targum).
Os Salmos não foram prerrogativas só do povo hebreu, outros povos da Antiguidade
também compuseram cânticos de louvor e adoração aos seus deuses; e em alguns há até
semelhanças intrigantes.
Ugarítico- “aquele que cavalga nas nuvens” Sl. 104:3 – “Tomas as nuvens por teu carro”.
Ugarítico- “suas lagrimas são derramadas como ciclos na cama enquanto chora”.
Sl.6:6 “todas as noites faço nadar o meu peito”.
Ugarítico- “ teu reino é eterno, teu poder perdura até todas as gerações”.
Sl. 145:13- “O teu reino é o de todos os séculos, o teu domínio subsiste por todas as
gerações”.
Ugarítico- Ó El, apressa, ó El, ajuda-me” Sl40:13-“Dá- te pressa, ó senhor socorre-me”.
Síntese:
Livro I- Pecado
Livro II- Salvação
Livro III- Adoração
Livro IV- Peregrinação
Livro V- Obediência
XII. Eclesiastes
Em hebraico “Qehelet”,que significa “ofício do pregador; aquele que chama; aquele que
invoca”. É derivado da raiz “qanal”, que significa “convocar uma assembléia”, ou então
“dirigir a palavra à uma assembléia”.
Este pequeno livro se intitula “Palavras de coélet, filho de Davi, rei de Jerusalém”.
A palavra Coélet não é um nome próprio, mas um substantivo comum usado às vezes, com
artigo; é um nome de ofício, e designa aquele que fala assembléia. Daí o titulo latino e
português “o pregador”, transcrito da Septuaginta.
O tema do livro é que “tudo é vaidade”, mas o propósito é conscientizar o homem da
nulidade das coisas do mundo e que a felicidade pessoal não passa de algum tempo, alguns
momentos.
Tudo é decepcionante: a ciência; a riqueza e o amor; até mesmo a vida; cujo fim é a velhice
e a morte, a qual atinge igualmente, sábios e néscios, ricos e pobres, animais e homens.
Desperta o homem para a realidade de não se ater somente em sua realização, como se
isso fora sua preocupação última.
O autor do livro é sem dúvida, Salomão:
É muito rico. (2:8)
É sábio (1:16)
Senhor de muitos servos (2:3)
Construiu bastante (2:4-6)
É filho de Davi e rei de Jerusalém (1:1)
Entretanto, a tradição judaica, em Baba Bathra, afirma que “Ezequias e sua companhia
escreveram Eclesiastes; o que se pensa é que esse rei mandou-o reescrever. A autoria do
livro em si, é de Salomão, e foi levado como tesouro, entre outros, para o exílio, pois usa
muitas palavras em aramaico, e essa foi a época em que os judeus fizeram bastante uso
dessa língua, ao ponto de esquecerem o hebraico.
O autor descreve tudo empiricamente, há momentos de reflexão e amargura, quando afirma
que “a vida é opressão, calamidade e tristeza, seria melhor nem ter nascido”.
Medita sobre a morte, não como um fim, mas um estágio letárgico, nem mau, nem bom, e
termina com exortações à fé em Deus e a guardar seus mandamentos. Dá uma lição de
desapego aos bens materiais, e negando a felicidade dos ricos, prepara o homem para
entender que “bem aventurados são os pobres”.
Cantares de Salomão
A Bíblia hebraica agrupa os livros de Isaias, Jeremias, Ezequiel e dos Doze Profetas, sob o
título de “Profetas posteriores”.
A Bíblia grega apresenta os livros proféticos depois dos Hagiógrafos, numa ordem diferente
da do hebraico.
As grandes religiões da Antiguidade tiveram pessoas inspiradas que pretendiam falar em
nome de Deus. A própria Bíblia dá testemunho sobre o vidente Balaão, que o rei de Moab
mandou vir de Aram, e sobre os 450 profetas de Baal consultados por Acab (1 Rs.22), os
quais, como os pioneiros, eram um grupo numeroso de turbulentos. Confrarias de
“inspirados” apareceram em Sm 10:5 e no tempo de Elias; era a “Casa de Profetas”.
A mensagem divina chegava ao profeta de muitas maneiras: numa visão ou pelo ouvir (Bat
kol), mas na maioria das vezes era por uma inspiração interior.
A mensagem recebida é transmitida pelo profeta em forma igualmente variada: em trechos
líricos ou relatos em prosa, em parábolas ou às claras, no estilo breve dos oráculos.
A expressão da mensagem depende do temperamento pessoal e dos dons naturais de cada
profeta, que tem a convicção inabalável de que recebeu uma palavra de Deus e de que
deve comunica-la. Esta convicção se funda na “experiência” o profeta tem um contato
imediato com Deus, transcendente, numa intervenção de Deus na forma do profeta, que o
coloca num estado psicológico “supra-normal”. Esta mensagem, assim transmitida,
raramente se dirige a um só indivíduo. São mensagens que se referem ao presente e ao
futuro.
No entanto, como o profeta não é mais que um instrumento, a mensagem que ele transmite
pode ultrapassar as circunstâncias em que foi pronunciada, permanecendo em mistério.
Os profetas desenvolviam um desempenho considerável, religiosamente em Israel; não só
mantiveram e guiaram o povo no caminho do javisono autêntico, como também foram os
órgãos principais do processo da revelação. Suas contribuições se combinaram segundo
três linhas mestras: o monoteísmo, a moral, e a esperança da Salvação.
Monoteísmo - só lentamente é que Israel chegou à uma definição do monoteísmo. Durante
muito tempo aceitou-se a idéia de que os outros povos podiam ter outros deuses, o Deus de
Israel, porém, era exclusivo. “Iahweh, Senhor da terra inteira, não deixa lugar para outros
deuses”.
Deus é único; os outros deuses são mitos e ilusões, não existem. Deus é transcendental,
está rodeado de mistérios, infinitamente acima de sua criação, de quem, entretanto, ele está
perto pela bondade e pela ternura por seu povo, Israel.
A moral - A santidade Deus se impõe à impureza do homem; é o pecado que separa o
homem de Deus; que é um atentado contra o Deus de justiça, contra o Deus de amor,
contra o Deus de Santidade.
O que Deus pede é uma religião interior que se deve direcionar às manifestações exteriores
do culto.
A espera da Salvação - Contudo, o castigo não é a ultima palavra de Deus, que longe de
querer a ruína total de seu povo, continua a realizar suas promessas, não obstante todas as
apostasias. Para estabelecer e governar seu reino sobre a terra, Jeová enviará o “ungido”
(Messias), que nascerá da linhagem de Davi, em Belém de Efrata, receberá os mais
Introdução – São chamados assim os Doze profetas, não pelo tempo do seu ministério, mas
por estarem todos, reunidos num só livro, um rolo grande que em grego veio a chamar-se
“Dodekaprophrton”. A Igreja Cristã denomina-os de doze Profetas Menores pela brevidade
se suas mensagens e não pelo valor que é equiparado ao dos Profetas Maiores.
A bíblia hebraica (Tanach), seguida pela Vulgata, ordena-os segundo a sucessão histórica
que a tradição lhes atribuía. A colocação é um pouco diferente na Bíblia grega
(Septuaginta), que aliás, faz como estamos fazendo agora, pondo-os antes dos Profetas
Maiores. Os livros são apresentados aqui segundo a disposição tradicional da Bíblia
hebraica.
1. Amós
Seu nome é derivado do verbo “ãmas”, que provavelmente significa “erguer um fardo,
carregar”.O tema é a “justiça de Deus para com os que são fieis à sua Aliança e à sua Lei”.
Amós era pastor em Técca, nos limites do deserto de Judá (1:1); alheio às confrarias de
profetas, foi tomado por Iahweh de detrás do seu rebanho e enviado a profetizar a Israel
(7:14). Após um curto ministério, foi expulso de Israel e retomou suas ocupações anteriores.
Além de pastor em Técca, o profeta era boiadeiro e colhedor de sicômeros, perto de Belém.
Estudiosos crêem-no de origem humilde por não ser mencionado o nome do seu pai, e essa
foi uma das fortes razoes para ser ignorado. Não freqüentou uma escola formal de profetas,
não sendo nomeado no ministério profético. Abandonou o lar ao ser comissionado por Deus,
e como leigo, num linguajar simples de camponês, mas com a convicção de homem
habituado à vida laboriosa, tornou-se um arauto que proclamou uma mensagem dura, não
só para a orgulhosa Israel, mas para as nações vizinhas, também.
Estava havendo um conflito de ordem moral na classe rica, estavam se esquecendo do
sétimo mandamento, e procuravam parecer santos aos olhos da família que haviam
manchado, com hipocrisias e rituais do culto de Deus.
Sua mensagem é precisa quando diz: “dois anos antes do terremoto” (1:1)
Talvez tenha sido o primeiro “profeta escrevente”, apesar da pouca cultura, pelas inúmeras
referencias à torah.
Prega no reinado de Jeroboão II, época gloriosa para Israel, humanamente falando que o
luxo e a riqueza dos grandes insulta a miséria dos oprimidos, que o esplendor dos seus
cultos, disfarçava a hipocrisia.
Amós condena em nome de Deus, a vida corrupta das cidades, as injustiças sociais, a falsa
segurança posta em ritos, nos quais a alma não se compromete (5:21,22). Iahweh,
soberano Senhor do mundo, punirá duramente a Israel, obrigado por sua eleição, à uma
justiça moral maior (3:2).
O “Dia do Senhor” será de trevas e não de luz (5:18); a vingança será terrível, executada por
um povo que Deus chama (6:14), a Assíria. Mas há uma pequena esperança para a casa de
Jacó (9.8), para o “resto” de José.
É uma doutrina profunda sobre Deus, senhor universal e todo poderoso, defensor da justiça,
expressada pelo profeta com segurança absoluta.
Logo no princípio do livro, lê-se em hebraico “bõqer” (vaqueiro), daí a certeza de que o
profeta foi boiadeiro (7:14); mas devia criar, também uma espécie de ovelhas malhadas, em
hebraico “nõqed” (1:1). Ao colher sicômeros ou figueiras bravas, mostrava ter outras
atividades para sobreviver ( Shiqemim= sicômeros).
Amós também condena não entregar à noite, as roupas empenhadas (Ex 22:26).Sua
mensagem não é inovadora, relembra a Aliança quebrada, o que traria conseqüências
drásticas.
2. Oséias
3. Miquéias
4. Sofonias
Do hebraico “Sepham –yah”, que significa “O Senhor esconde-o”. Era filho de Cusi e bisneto
do Rei Ezequias; foi o único profeta de sangue real, em linguagem direta, e por sua
descrição exata da tipografia do lugar (1:4), demonstra seu conhecimento do lugar que
poderia ser Jerusalém.
Profetizou no tempo do rei Josias. Seus ataques contra as modas estrangeiras, e os cultos
dos falsos deuses, suas repreensões aos ministros, e o seu silêncio sobre o rei, indicam que
o seu ministério foi antes da reforma religiosa, quando o rei ainda era menor.
A mensagem de Sofonias resume-se num anúncio do Dia do Senhor, catástrofe que atingirá
a Judá, condenado por suas falhas religiosas e morais, como também, outras nações.
5. Naum
6. Joel
Do hebraico “yõ’el”, que significa “o Senhor é Deus”. Este livro divide-se naturalmente em
duas partes:
Na primeira - uma invasão de gafanhotos que assola Judá e provoca uma liturgia de luto e
suplica. Deus promete o fim da praga e a volta da abundância.
Na segunda - descreve em estilo apocalíptico o julgamento das nações.
Joel adverte o povo sobre o julgamento divino contra Israel no Dia do Senhor, tipificado pela
praga de gafanhotos que põe o país em bancarrota.
Depois de profetizar sobre os gafanhotos, conclama o povo ao arrependimento, fala de
Deus e do triunfo final milenar.
Joel foi considerado um profeta cultual, ligado ao serviço do templo. A efusão do espírito
profético sobre todo o povo de Deus na era escatológica (3.1-5), responde aos anseios de
Moisés (Nm 11:29); é também, o profeta do pentecostes, do apelo ao jejum e à oração.
7. Obadias
É o mais curto dos livros proféticos, tem apenas 21 versículos, e suscita problemas para os
exegetas que discutem sobre a sua unicidade e seu gênero literário, e fazem sua data
oscilar desde o século IX a.C. até à época grega.
A profecia de Obadias desenvolve-se em dois planos:
O castigo de Edo
O Dia do Senhor, em que Israel se desforrará de Edom.
8. Jonas
9. Habacuque
No hebraico “Habaqquq”; este é um nome raro e seu significado é incerto; talvez fosse “um
forte abraço” ou “Abraço ardente” por ser derivado de “habaq” (=abraçar).
Alguns exegetas sugerem que seria derivado de “hambaququ”, uma planta dos assírios.
Este nome deveria ter significado forte para os pais do profeta, uma vez que o nome era a
própria personalidade do individuo, ou expressavam uma emoção paterna, e mesmo
materna.
O livro começa com um diálogo entre o profeta e Deus: duas queixas do profeta respondem
dois oráculos divinos. O segundo oráculo fulmina cinco impressões contra o opressor, a
seguir o profeta conta, salmodiando, o triunfo final de Deus. Isso não basta para fazer de
Habacuque um profeta cultual (culto), um membro do pessoal do templo.
Os nobres líderes reais e religiosos estavam roubando e oprimindo o povo de Judá, tinham
que ser punidos pelos caldeus, e foi essa classe a primeira a ser levada para o cativeiro.
Mas os caldeus em nada compartilham da doutrina da santidade de Deus. Habacuque
apresenta uma nota nova e ousada no quadro doutrinário dos profetas. Ousa pedir a Deus
contas do seu governo do mundo. A ele dirige-se a resposta divina: “por caminhos
paradoxais, o Deus onipotente, prepara a vitória final do direito, e “o justo viverá da fé”. O
pecador orgulhoso que confia em si mesmo, será condenado.
Habacuque, ao invés de se dirigir diretamente à nação como porta-voz do Senhor, entrega a
mensagem revelando ao povo como esta chegará a ele, respondendo às perguntas que
surgiam dentro de si. Só mesmo ele e Daniel, empregaram essa técnica literária.
10. Ageu
11. Zacarias
12. Malaquias
1. Isaías
Do hebraico “Yesha -Yahu”, que significa “O Senhor é salvação”. Isaías foi o profeta das
promessas.
O profeta Isaías nasceu por volta de765 a.C. era filho de Amós (forte, corajoso) e membro
da família real, atuando como estadista no palácio. Exerceu o ministério durante quarenta
anos e pode-se dividir em quatro períodos:
1ª) Isaías preocupa-se com a corrupção moral que a prosperidade tinha provocado em Judá,
nos anos entre sua chamada e o reinado de Acaz.
2ª) O recurso de Acaz ao rei assírio, colocou Judá sob sua tutela e precipitou a ruína do
reino do norte, ezequias sucedeu Acaz.
4ª) Isaias, que tinha silenciado por que Ezequias não ouvira os seus conselhos, volta a falar
quando o rei revoltou-se contra a Assíria. Isaías ajudou-o e prometeu socorro divino, e a
cidade de Jerusalém foi salva.
O brilho de estilo, a novidade das imagens, faz o grande clássico da Bíblia; Isaías foi
marcado para sempre pela cena de glória e esplendor tremendos, por ocasião de sua
vocação no templo, na qual teve a revelação da transcendência de Deus e da indignidade
do homem.
Ele é o profeta da fé, e nas graves crises que a nação atravessa, pede que cofiem só em
Deus. O messias por ele anunciado é descendente de Davi, que fará reinar sobre a terra a
paz e a justiça, e difundirá o conhecimento de Deus. Gênio religioso tão grande, marcou
profundamente sua época, e fez escola.
‘Durante o ministério de Isaías, a Assíria foi castigada, e sua capital Nínive; a cidade
tinha recebido uma mensagem cerca de cem anos antes, através do profeta Jonas; foi
avivada, se arrependeu e recebeu o perdão de Deus. Agora não lhe seria dada nenhuma
chance por ter voltado ao pecado e a idolatria politeísta, por ser crudelíssima com os
vencidos. Para livrar Judá de suas mãos, deus enviou o anjo exterminador, que numa só
noite, matou 185.000 assírios, no seu acompanhamento de guerra.
Isaías teve uma mensagem doutrinária e sistemática em Teologia, Soteriologia e
Escatologia, o que nos assegura ser um único autor.
Somente os cinco primeiros capítulos de Isaías se deram no reinado de Uzias, que ficara
leproso e que reinara por cinqüenta e dois anos, uma época prospera e calma, porque ele
fora fiel ao senhor.
Jotão - fora regente por doze anos e reinou quatro. Era filho de Uzias. Foi um rei reto, mas
não conseguiu fazer com que o povo deixasse de ser hipócrita e de dar a mínima
importância às advertências de Deus.
Acaz - filho de Jotão, reinou dezesseis anos quando o povo tinha-se degradado até o mais
baixo nível, sem moralidade, idólatra, feiticeiro, bem pior do que os povos vizinhos.
Ezequias - foi um servo fiel do Senhor, mas havia herdado dois grandes problemas do pai:
1- A aliança com os assírios, que fora feita com intuito de destruir Israel.
2- Os pecados sucessivos.
Manassés - O filho degenerado de Ezequias; durante esse reinado Isaías terminou o seu
ministério martirizado por esse rei insano, que não suportava ouvir os juízos divinos;
Manassés tinha quinze anos de reinado e vinte e sete anos de idade, quando o fez.
Isaías era o jovem reto diante de Deus, num momento em que o povo tinha um moralismo
religioso hipócrita, que não demorou a cair no mundanismo. Judá é retratado como um
homem doente, cheio de chagas purulentas, originadas da vida pecaminosa, como se o
pecado estourasse pelo corpo, semelhante às chagas de doenças contagiosas, que iam-se
propagando à medida que iam afundando no pecado.
Isaías, além de Estadista na corte, era um sectário do rei Uzias, e ao receber o chamado
para o ministério, não se desprendeu totalmente, mas ao morrer o rei Uzias, meio
desnorteado, corre a refugiar-se no templo; foi ao lugar certo para ser renovado, e uma
visão de Deus aprofundou-o de vez no ministério.
Ao bradar “ai!” para si mesmo, Isaias estava se desnudando diante de Deus numa confissão
compungida. O profeta reconhecia sua vida entre pecadores e foi purificado com brasa do
altar. Profetizou o nascimento virginal de Jesus e muitos dos adjetivos a ele empregados
como Renovo da Raiz de Jessé, Maravilhoso, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz.
Em Isaías, a salvação é de graça (55:1)
A salvação concede a vida eterna (55:3)
A salvação não será para sempre oferecida aos pecadores (55:6,7)
A salvação é para todos (55:6,7).
Do hebrico “Yrme-Yahu”, que significa “O Senhor estabelece”. (?) Segundo alguns exegetas,
se provém do verbo “ramah” (lanças), pode ser entendido no sentido de lançar alicerces.
Nasceu um século depois de Isaias, em Anatote, de família sacerdotal, a uns quatro
quilômetros de Jerusalém. Aos vinte anos começou o seu ministério instruído por Deus a
pregar uma mensagem de julgamento para Judá, devido a hipocrisia e impiedade reinante.
A profecia é uma serie de advertências para que Judá abandonasse a idolatria. Cada classe
da sociedade dos hebreus, foi julgada e condenada ao pior dos castigos que seria o exílio
em cativeiro, entre tanto, na plenitude dos tempos, o Messias viria, o justo Renovo, para
3. Lamentações
Em hebraico é “ekah!” (= como!...) era uma pequena palavra que aparece logo no começo.
O tema é um lamento sobre a cidade devastada, Jeremias do que iria acontecer, seu
coração tremeu e chorou.
Falar-se, descrever, nunca é com ver na realidade, sentir de verdade.
Embora não haja, expressamente no livro, quem era o autor, a tradição reflete no titulo como
sendo de Jeremias. Na Septuaginta grega, tais como Jerônimo e Orígenes, reconheciam
Jeremias como autor de Lamentações.
O estilo e a fraseologia são semelhantes em Jeremias e Lamentações.
Jeremias é o livro das advertências;
A bíblia hebraica (Tanach) classifica Jeremias em suas “Lamentações” entre os cincos
“megillot”, os rolos que eram lidos nas grandes festas. Lamentações 1:2,4 pertencem ao
gênero literário dos cantos fúnebres; 03 é uma lamentação individual e o capítulo cinco é
um lamento coletivo, lifo pelos judeus no grande jejum comemorativo da destruição do
templo, e a Igreja Católica faz uso dele durante a Semana Santa, para relembrar o drama do
Calvário.
Jeremias não foi um reformador social radical, nem pensador inovador religioso; a reforma
social e o pensamento religioso, eram de Deus, partilhando-os com seu povo, apesar da
mensagem não ser original.
4. Ezequiel
Gogue e Magogue
Gogue - chefe da banda do norte, terá um reinado chamado Magogue, formado por duas
regiões, Meseque e Tuba. Os aliados de Gogue serão Irâ (persas), leste da Europa
(Gomer), centro e norte da África (Cuxe e Pute) e Turquia (Togarma).
Os opositores - Sabá e Dedã, antigos países da Arábia.
A batalha de Ezequiel acontecerá nos “últimos dias” (38:16), no principio da tribulação,
porem não será a batalha do apocalipse, no final do milênio, compare:
4. Daniel
Gênesis.
No hebraico “bereshilh” = princípio;
Na Septuaginta “Gênesis” = começo.
Tema: As origens de tudo que foi criado.
Êxodo
No hebraico “We’ ellleh shemoth”= estes são os nomes”, ou “Shemoth”= os nomes.
Na Septuaginta- Êxodo = saída.
Tema- Deus cumpre as promessas.
Levíticos
Em hebraico “Wayyqrã” = “Ele chamou”.
Na Septuaginta = “”Leutikon”= “aquilo que é dos levita”.
Tema-Os regulamentos sacerdotais é a santidade de Israel, como nação separada para o
serviço e a glória de Deus.
Números
Em hegraico “bemidãr”= “no deserto de”
Na septuaginta = “Arithmoi” = números.
Tema- É Israel sendo treinado no deserto, num período de disciplina que durou quarenta
anos.
Deuteronômio
No hebraico “elleh haddebãrin”= “estas são as palabras”.
Na Septuaginta “Deuteronômio” = Segunda promulgação da lei.
Tema: conscientiza o povo dos privilegiados e obrigações que lhes pertenciam como povo
de Deus.
Juízes
No hebraico “Shóphetim” = “juizes ou líderes executivos.
Na Septuaginta = “Kritai” = Juízes.
Tema - Fala de Israel falhando como teocracia; a morte de Josué, sua falha em não deixar
sucessor; a liderança de homens escolhidos por Deus, que libertava o povo da opressão
sofrida pelos vizinhos.
Rute
Palavra originada do moabita “re’ut”= amizade, associação.
Tema - Ensina o alcance da Palavra de Deus.
I e II Samuel
No hebraico “Basileiõn”= Livro dos reis.
Tema - Registra a função da monarquia hebraica, sua infidelidade e vitórias.
Samuel = Juiz-profeta- sacerdote, ungiu o primeiro e o segundo rei de Israel.
I e II Reis
Também eram chamados de “Basileiõn”, que juntamente com 1 e 2 Samuel formavam 3º e
4º com os dos reis. Com o passar do tempo a vulgata de Jerônimo abandonou o nome para
designa-los separadamente. Neles o secretário oficial da corte (Mazkir), fazia suas
anotações históricas.
I e II Crônicas
No hebraico “Diberey hay-yamim” – “narrativa dos dias”, ou “as palavras dos dias”.
Tema - Narra a historia de Israel desde os primórdios da raça humana, até o cativeiro da
Babilônia e o edito de restauração.
Esdras e Neemias
Esdras no hebraico “Ezer = ajuda”.
Neemias hebraico “Nehem-yah” = consolo do senhor”.
Tema - Relatórios da reconstrução da teocracia, nos alicerces físicos e espirituais do
passado. Nasce a Segunda comunidade de Israel.
Éster
No hebraico “Hadassah”= Murta; no persa seria “Stara” ou “Shitareh” = estrela.
Tema - ilustra a providencia divina de Deus, soberana em livrar o seu povo da inveja
inimiga.
Eclesiastes
No hebraico “gõhelet” = pregador.
Tema - Convencer os homens sobe a nulidade das coisas mundanas.
Cantares de Salomão
No hebraico “Shirhsh-shirim”= Cânticos dos cânticos.
Conta o amor de Salomão por sua noiva camponesa, um amor mútuo e puro, além de forte.
Isaías
No hebraico “yesha-yahu” = “o señor é salvação”. A salvação é recebida pela graça, pelo
poder de Deus, não pela força do homem, ou pelas boas obras da carne. Profeta
messiânico, expõe a doutrina de Cristo.
Jeremias
No hebraico “yirme-yahu”= “O senhor estabelece”. Profetizou para cada classe social dos
hebreus com advertência para que abandonassem a idolatria e o pecado sob pena de
opressão por vizinhos.
Lamentações
No hebraico é “ékah” = “como!...”
É um lamento pelos males que vieram sobre o povo.
Ezequiel
No hebraico “yehézeqel” = “Deus fortalece”.
Fala sobre a queda de Jerusalém e o cativeiro da Babilônia como corretivos pela apostasia
e desobediência do povo.
Daniel
No hebraico “Daniyyél” = “Deus é juiz”.
Tema - Ensina que Deus é soberano e único, dominador de todas as coisas, condena e
destrói os rebeldes, e livra o seu povo.
Oséias
No hebraico “Hõshea” = salvação.
Tema - Prega a necessidade de arrependimento e volta para Deus.
Amós
Derivado do verbo “amas”, talvez significando “aquele que carrega fardos”.
O tema é “a fidelidade do senhor”.
Obadias
Livro de 21 capítulos.
O tema é sobre o julgamento de Edom.
Jonas
No hebraico “yonáh”= pombo
Tema- “Deus é universal, sua misericórdia alcança a todos, mediante arrependimento.
Miquéias
No hebraico “Mi-ka-yahú”= “ quem é como o senhor? – Fala da fé salvadora que produz
mudanças sociais e santidade na justiça divina.
Naum
No hebraico “Náhum” = consolação.
A santidade de Deus envolve de compaixão e misericórdia os que nele confiam.
Habacuque
No hebraico”Habaqquq”=”abraço ardente”(?)
Tema: Diz respeito aos problemas de fé em face ás dificuldades aparentes que pareciam ser
impecilhos ao cumprimento das promessas.
Sofonias
No hebraico “Sphan-yah” = “o senhor escondeu”.
Tema: O senhor é e será o controlador de tudo que criou, apesar das aparências contrárias.
Ageu
No hebraico “Haggay” = festivo, derivado de “hg” = festival.
Se o povo de Deus em primeiro lugar o culto a Deus, a pobreza e o fracasso não existirão.
Zacarias
No hebraico “Zekar-yah” = “o Senhor se lembrou”. Deus preservará o remanescente do seu
povo que permanece fiel.
Malaquias
No hebraico “mal’áki-yah” = “Mensageiro do Senhor”. Pela falta de certeza,
parafraseia-se no Targum como sendo “pela mão o meu mensageiro”.