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DIREITO DA INOVAÇÃO
Políticas de Inovação de Israel nas últimas décadas
CAMPINAS
2021
ELISANGELA APARECIDA MORETTI
EMILY CRISTINA LIZARDO MARTINS
ISABELLA RADIS TIRADO
ALETHEA PATRICIA ASSUNÇÃO DOS SANTOS
RAÍSSA MONIQUE ANTONIO
DIREITO DA INOVAÇÃO
Políticas de Inovação de Israel nas últimas décadas
CAMPINAS
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
2. DADOS DE ISAREL .......................................................................................................... 4
2.1. BREVE CONTEXTO HISTÓRICO ............................................................................... 4
2.2. INFRAESTRUTURA.................................................................................................... 5
2.3. ECONOMIA ................................................................................................................ 5
3. INOVAÇÃO ....................................................................................................................... 7
4. POLÍTICAS DE INOVAÇÃO ............................................................................................. 8
4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................... 8
4.2. ATORES ................................................................................................................... 10
4.3. POLITICAS PÚBLICAS DE 1970 ATÉ 2018 ............................................................. 11
5. INICIATIVA PRIVADA ..................................................................................................... 14
5.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................. 14
5.2. INICIATIVAS PRIVADAS DE INOVAÇÃO DE 1990 ATÉ 2000.................................. 14
5.3. VENTURE CAPITAL E STARTUPS .......................................................................... 17
5.4. PARQUES TECNOLÓGICOS ................................................................................... 20
6. ARTIFICIOS DAS INTITUIÇÕES PARA IMPULSIONAR A INOVAÇÃO .......................... 20
6.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................. 20
6.2. CULTURA ................................................................................................................. 21
6.3. EDUCAÇÃO .............................................................................................................. 22
6.4. EXÉRCITO ................................................................................................................ 22
6.5. DEMAIS PRINCIPIOS ............................................................................................... 23
7. PANDEMIA ..................................................................................................................... 24
7.1. CHEGADA DA PANDEMIA EM ISRAEL ................................................................... 24
7.2. INOVAÇÃO NO COMBATE A PANDEMIA ................................................................ 26
8. CONCLUSÃO.....................................................................................................................27
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo dissertar sobre as políticas públicas de
inovação em Israel nos últimos 50 anos, analisando criteriosamente seu
desenvolvimento, bem como, todos os esforços que foram empregados para que o
país chegasse ao patamar atual. A trajetória econômica de um país deriva muito de
sua própria história e a de seu povo. O conceito introdutório de políticas públicas é
explicitado como medidas tomadas pelo governo a fim de garantir os direitos e a
assistência da população, possibilitando assim que a população tenha uma boa
qualidade de vida e oportunidades de crescimento.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
estima que a inovação é o principal fator para o crescimento econômico nos países
desenvolvidos, que apresentam alto nível de desenvolvimento econômico e social.
Esse fator permite maior competitividade, rápida adaptação às mudanças sociais e
garante um padrão de vida mais elevado nesses países.
Será realizado um paralelo das políticas públicas de inovação aos métodos
e estratégias adotados por Israel de forma a alavancar não somente a qualidade de
vida, mas também o desenvolvimento, a tecnologia, a educação e a economia do
país. Por fim, será feita uma análise entre as políticas públicas empregadas,
vinculando-seeste fato com o crescimento da inovação do país, havendo ilustração
em gráfico sobreo constante crescimento industrial. É de suma importância social,
econômica e acadêmica compreender a aplicação de políticas inovadoras em um
projeto estruturalde tamanho sucesso como tem sido em Israel.
Identificar as causas e as consequências das diferentes medidas econômicas
e políticas de inovação, permite identificar as estratégias que elevaram Israel de um
país destruído pelo pós-guerra a uma potência de reconhecimento mundial na
esferade inovações.
2. DADOS DE ISRAEL
2.2. INFRAESTRUTURA
Israel é considerado um país de um alto desenvolvimento, tem como um de
seus principais pontos as comunicações, energia, transporte, saúde e educação. O
desenvolvimento tecnológico e econômico do país é considerado um dos mais
modernos, considerando que Israel começou sua história em 1948, possui centros
de pesquisa e desenvolvimento, com finalidade de criar aplicativos e maneiras de
facilitaro trabalho humano, como por exemplo, na parte tecnológica podemos
citar o israelense Uri Levine, criador do Waze, aplicativo de transito orientado como
GPS,assim como inovaram os trabalhos agrícolas, como é o caso da irrigação por
gotejamento, desenvolvida em 1965 em Israel, visto que a agricultura era feita em
partes desérticas.
2.3. ECONOMIA
A economia de Israel, após a independência do país passou por um processo
de desenvolvimento em várias áreas, contudo, mesmo com um crescimento
relativamente rápido, houve dificuldades para tal evolução. Após 1948, Israel
passou a ter uma visão ótica do desenvolvimento, atingindo entre 1950 e 1964 a taxa
média de crescimento do produto nacional (PNB) de aproximadamente 11% ao ano.
Com a evolução de Israel em menos de 20 anos, passaram a ter objetivos
fundamentais de cunho econômico e político, que fizeram toda diferença para o
crescimento do país.
Em 1949 até final da década de 60, ocorreu uma elevada taxa no crescimento
econômico no país, com o auxílio de instituições criadas para este fim, permitindo a
imigraçãoe fazendo questão dela para o aumento da taxa, que se deu de um conjunto
dos naturalizados e imigrantes em Israel, ganhando neste período em questões
como a pressão inflacionaria e redução do déficit do balanço dos pagamentos. O
crescimento do país foi tão rápido, que de fato, em 1971, ao completar um pouco
mais de 20 anos, a população de Israel chega em três milhões de habitantes.
Contudo, o desenvolvimento do país não parou em instituições e imigração,
não foi apenas baseada nisto, Israel passou a ter um forte desenvolvimento em
parque industrial e agrícola, trazendo um novo ramo de lucro e aumento na
economia. Contudo, a nível internacional, começou a ser inserido a integração com
a economia mundial com a significativa relação de exportação durante os anos,
sendo um país rico em pedrarias, mas com outros ramos de serviços, como
agricultura, minerais, metais, produtos químicos, veículos, maquinário, eletrônicos,
principalmente para a América do Norte, Europa e Asia, desde 1995 até 2019.
Figura1
Figura2 Figura3
Por fim, é relevante a comparação do começo dos anos 2000 com 2019, os
diamantes passaram a ter apenas 9,15% de exportação, fazendo com que os demais
produtos tivessem espaço na economia de Israel, assim como na área da tecnologia
em que telefones diminuíram, mas os circuitos integrados eletrônicos aumentaram
de 2,81% para 3,58%, se fazendo mais exportado que os telefones nos anos 2000.
3. INOVAÇÃO
Israel é um país, de fato, novo em aspectos como o de desenvolvimento,
tecnologia, economia. Com 73 anos de história é possível notar que na questão de
inovação está acima de vários países, como é o caso do Start Up Ranking, no qual
ocupa a 10ª posição dentre vários países analisados, ou seja, é um país de
economiae desenvolvimento avançado, considerado seu tempo de independência.
Como já foi abordado, a inovação de Israel começou desde o começo, com
uma visão de desenvolvimento do país na tecnologia e economia, com isto,
investemem cunha de pesquisa cientifica e tecnológica, sem contar na informativa
2 The Observatory of Economic Complexity <Disponível em: Israel (ISR) Exports, Imports, and Trade
Partners | OEC - The Observatory of Economic Complexity> Acesso em: 01 de setembro de 2021.
3 The Observatory of Economic Complexity <Disponível em: Israel (ISR) Exports, Imports, and Trade
Partners | OEC - The Observatory of Economic Complexity> Acesso em: 01 de setembro de 2021.
inserida nasescolas. Após este breve contexto no que já foi abordado, é possível
analisar de fatoa inovação no Estado de Israel e como uma das referências em alta
tecnologia.
As Startups, que são empresas iniciantes buscando explorar as inovações
do mercado de trabalho, o termo foi criado em 1990 para separar as empresas e
ideias novas e inovadoras das empresas já criadas e desenvolvidas, em Israel tem
uma grande relevância no país tendo em vista o ramo da denominada Agtech, na
qual dizrespeito as inovações de técnicas agrícolas, para melhorar o cuidado com
plantas, animais e microrganismos, assim como na área de Foodtech, abordando a
inovação em avanços alimentícios, visando a saúde dos consumidores e habitantes.
Portanto, Israel não incentiva apenas a tecnologia no ramo de eletrônicos,
sendo forte em inovações agrícolas e alimentares, mesmo que o país esteja
crescendo em questão de desenvolvimento atualmente, sua inovação está acima
de muitos países considerando sua idade. Quando pensamos na trajetória do país
em questão da inovação tecnológica, e analisamos as décadas anteriores, a
conclusão desde 1948 é de que cresce a cada década de uma maneira
extraordinária, com forte incentivo, publico e privado, como veremos seu processo
posteriormente.
4. POLÍTICAS DE INOVAÇÃO
4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Em Israel, todos os jovens aos 18 anos devem servir nas Forças Armadas.
Os homens passam ao menos três anos à disposição do Exército, Marinha e
Aeronáutica,as mulheres pelo menos dois. As mentes mais brilhantes são pinçadas
para as áreas estratégicas A principal delas é a Unidade 8200, que cuida da
inteligência e cibersegurança. Ali, os jovens recebem treinamento de elite e
adquirem experiência na utilização e no desenvolvimento de tecnologias. É o que
leva muitos especialistasem desenvolvimento de C&T considerar a Unidade 8200
como a maior máquina de criar startups do mundo. A estimativa é de que mais de
mil empresas tenham sido criadas só por ex-integrantes dessa unidade. A lista inclui
nomes de atuação global como Waze, Wix, Check Point (inventora do firewall) e a
Mirabilis (criadora o ICQ). O rigor do serviço militar associado a ensino superior
extensivo e de qualidade(Israel é o 2º país com maior percentual de adultos com
formação universitária) acabam gerando uma avalanche de recursos humanos
altamente qualificado ao mercado de trabalho, o que atrai a atenção de gigantes da
tecnologia mundial como HP, Intel, IBM, Cisco, Huawei e Microsoft. Cerca de 300
multinacionais mantêm no país centros de P&D, o que as torna responsáveis por
mais da metade dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento em Israel. Em
nenhum outro país do mundo empresas estrangeiras investem tanto em P&D em
relação ao tamanho da economia.
4.2. ATORES
O conceito de SNI, começou a ser desenvolvido no início dos anos de 1980, com os
estudos de Freeman (1987), Lundvall (1992) e Nelson (1993), para explicar o
ambiente de inovação. Esses autores se tornaram as principais referências no
assunto, pois seus trabalhos mudaram a compreensão de como um país/região se
organiza para fomentar o progresso técnico. O termo “sistema” procura contemplar
as redes de interação que se formam entre os vários atores que participam e
interagem no processo de inovação. No conjunto, os atores individuais são capazes
de formar um todo orgânico que contribui com o desempenho inovativo (NELSON,
1993). Considerando que as empresas não inovam sozinhas, o processo inovativo
deve ser visto como um processo coletivo de grande interação entre
empresas,universidades, institutos de pesquisa, agências governamentais,
instituições financeiras, entre outras. (MALERBA, 2002). Devemos salientar que o
Estado de Israel fica situado em um território de muitos conflitos religiosos, étnicos e
políticos. Diante dessa situação, desde meados do século XX, o governo israelense
buscou incentivar a indústria militar para se proteger dos ataques dos países
vizinhos. Ou seja, um problema nacional, foi o fator fundamental para a criação de
um sistema que buscou inovar em um setor de interesse e de necessidade nacional
(UNESCO, 2016). Diante disso, é criado dentro do país uma rede de interação entre
os atores que desempenham juntos o papel de influenciar o processo de inovação,
criando assim um sistema nacional de inovação.
5. INICIATIVA PRIVADA
5.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
A iniciativa privada em Israel começa a atuar de maneira efetiva após a
independência do país, mas, importa ressaltar que todo o processo de independência
do país foi cercado de instabilidade geopolítica. Assim, os primeiros resquícios de
uma possível movimentação industrial começam a partir do momento em que Israel
abre as suas fronteiras e ampara todo o povo judeu, garantindo a eles a possibilidade
de cidadania no país e apoiando a máxima de reunir os exilados.
O cenário israelense era composto por alguns fatores que não eram tão
favoráveis para uma futura iniciativa privada, pois, como foi dito anteriormente a
situação política no país era algo muito instável, além da escassez de recursos
hídricos e do território ser considerado pequeno em comparação com outros países.
Porém, apesar disso o desenvolvimento econômico de Israel obteve grandes
avanços. O início dos anos 90 foram marcados pelo subdesenvolvimento dos
mercados capitais que sofriam com a precariedade das empresas de tecnologias que
ainda não tinham fontes de financiamentos estáveis, assim, o auxílio governamental
nesse período não conseguia suprir a necessidade das indústrias.
Portanto, o desenvolvimento das indústrias no âmbito da inovação não se
sustentava apenas com o investimento nacional, ou seja, nesse período foram
necessárias outras formas de financiamentos para as empresas.
Figura 02
No decorrer do tempo o Grupo foi privatizado, ou seja, a iniciativa privada
agora era o grupo maioritário do empreendimento e o governo era responsável
somente por uma parta minoritária, pois, se entendeu que após os resultados do
Grupo a iniciativaprivada já era autossuficiente. Sendo assim, um dos fundos do
Grupo existe até o momento e são compostos pelos CEOs de empresas de
tecnologia e os fundos que foram privatizados e comprados durante esse período
hoje administram o patrimôniode 3 bilhões de dólares.
Dessa forma, no final dos anos 90 as indústrias começaram a ter um papel
degrande relevância no país, assim, o setor privado começou a liderar de maneira
efetiva aquilo que o governo alavancou inicialmente, como por exemplo, o Grupo
Yazma que no início do projeto tinha 50% de investimento governamental e com o
protagonismo da iniciativa privada esse investimento foi para 0% nos anos 2000.
O Programa Inbal, foi a primeira iniciativa voltada somente para o venture
capital, ou seja, o empreendimento era voltado para criar o capital de risco e n
egociar eles na Bolsa de Valores, mas, o projeto foi encerrado pouco tempo depois
da sua criação e isso ocorreu por falta de profissionais experientes no venture
capital que conseguissem gerenciar os seus respectivos fundos.
Figura 03
5.3. VENTURE CAPITAL E STARTUPS
O venture capital foi algo que possibilitou expressivamente o crescimento do
PIB em Israel, sendo em 2002 70% do capital de risco investido por estrangeiros
que tinha perspectiva de que Israel era um país de perfil investidor e assim
proporcionandoum aporte financeiro. A maioria das startups do país foram criadas
a partir do capital de risco e alta tecnologia se fez presente na maioria das startups.
Assim, o setor de tecnologia de acordo com o Ministério da Industria de Israel
representava 37% do setor trabalhista em 1965 e aumento gradualmente a cada
década, chegando em 70%em 2006. O P&D em Israel e composto por 5% do PIB
do país, ou seja, existe um grande investimento na área tecnológica e assim
consequentemente o seu P&D ( Pesquisa e Desenvolvimento) é um dos elementos
maisimportantes para alavancar o processo de inovação sendo ele um dos mais
altos mundialmente.
Figura 04
Figura 05
6.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Israel tem apenas 72 anos de existência, 9 milhões de habitantes em uma área
territorial menor que o estado de Sergipe, sendo 60% da sua área ocupada por um
deserto e, pensando na condição histórica, o país se encontra com uma gama de
sérias problemáticas, como conflitos militares, alta escassez de recursos naturais
(água e petróleo) e um mercado interno limitado. Mas apesar de todas essas
condições, ele é considerado a ‘’ Nação das Startups ‘’, com um PIB superior a US$
400 bilhões, o que confere esse reconhecimento ao país em sua maioria são as
inúmeras tecnologias produzidas e espalhadas em todo o mundo, para melhor
compreensão, no que diz respeito à inovação, Israel se encontra em 3° lugar no
ranking mundial em patentes concedidas. Os artifícios para impulsionar a inovação se
dão pelo forte investimento na combinação de quatro pilares: cultura, educação,
exército e alguns princípios.
6.2. CULTURA
A cultura é carregada pela mentalidade israelense, conhecida mais por
mindset, é a base de todos os demais fatores para impulsionar a inovação. Eles desde
crianças já são empreendedores, considerando são ensinados pela família,
professores e governo a serem cidadãos sinceros expondo aquilo que pensam sem
se preocupar em ferir o outro e migrando para o mundo dos negócios vemos uma
grande vantagem, os feedbacks sempre estarão visando não o profissional, mas um
retorno eficiente e eficaz ao trabalho. Também são ensinados a amarem o seu país e
com isso cria-se um grande senso de comunidade, fazendo com que sempre
cooperem e se dediquem por excelentes resultados pensando em um bem maior, e a
última coisa que é introduzida às crianças é a forma intensa de ser e realizar tudo o
que se dispõe a fazer.
O gráfico abaixo apresenta as diversas características de negociação
dos países existentes, assim podemos ver como a cultura do feedback influência
de maneira positiva.
Figura 06
Assim é possível perceber que não se tem uma preocupação em evitar
conflitos com a outra pessoa que está recebendo o feedback caso ele não seja
positivo, e sim uma preocupação em ser honestos e sinceros quanto ao que acha a
respeito do trabalho.
6.3. EDUCAÇÃO
O pilar da educação é em grande parte responsabilidade do Estado, que
investe cerca de 5% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento, e é considerado
o país com maior porcentagem do PIB destinada a isso, se comparamos ao Brasil
o investimento é somente 1,2%. Ela tem como objetivo forte relevância no
conhecimento, na pátria, com incentivo em educação cientificam e na tecnologia, e
por fim, com forte orientação em valores humanos, considerando a parte religiosa
dopaís, não existe nenhuma exclusão, independentemente de ser judeu, árabe ou
imigrante, todos dispõem do direito a educação. A acessibilidade faz com que as
casaque possuem computadores portáteis, cerca de 60% a 70%, o país tenta fazer
com que o processo de aprendizagem vá além da escola, acarretando, na visão de
Israel,maior velocidade do conhecimento.
O financiamento à educação começa desde muito cedo, para que exista um
ponto sólido de partida, “A educação em Israel é pública e abrangente. Focamos
muitono que se aprende e com quem se aprende. O quanto se está disposto a
aprender também é importante. Para nós, esse é o futuro da educação e isso tem
nos mostrado e provado para esse mundo de incerteza, como iremos nos preparar”,
aponta a empreendedora em série e influencer israelense, Inbal Arieli. O estímulo
maior do governo é para cursos alinhados à necessidade do país. Por isso, boa parte
da teoriae pesquisa é voltada à demanda da tecnologia, e como consequência o
avanço tecnológico é grandioso. O resultado desse investimento feito na educação
do país é46% da população com formação universitária, um dos maiores índices do
mundo.
6.4. EXÉRCITO
As forças armadas israelenses possuem conscrição, ou seja, o serviço militar
é obrigatório para todos os cidadãos, homens e mulheres, físicos e mentalmente aptos
após completarem 18 anos. Os homens servem por um período de três anos e
terminando o serviço obrigatório, são destinados a uma unidade de reserva, na qual
são incumbidos de servir por mais algum tempo, normalmente 30 a 60 dias no ano,
podendo ser estendido se houver necessidade, se desejar o cidadão pode seguir a
carreira militar. No caso das mulheres, após o recrutamento elas serviram o exército
por um período inicial de dois anos e quando esse período acabar elas servem apenas
uma vez ao ano até seus 24 anos, enquanto os homens vão até os 40.
No exército acontece o primeiro contato com tecnologia de ponta e incentivo
do Governo Israelense aos jovens para uma cultura empreendedora. As Forças
Armadas possuem um excelente orçamento para desenvolver tecnologia, que
também ajudama facilitar a vida dos cidadãos para superarem as dificuldades do
cotidiano e esse orçamento se estende também para as técnicas de combate, tudo
em prol da segurança nacional, além do dinheiro contam com um exército formado
por pessoas de qualidade, especialmente os Times de Elite. Seguindo nesse
pensamento, é importante se ater à ideia de que na cultura deles servir ao exército,
mesmo que seja obrigatório, significa um ato de honra e coragem, além de um
enorme investimento em si mesmo e consequentemente aberturas de portas para
o próprio futuro. Ao final de todo esse serviço e ensinamentos que lhes são
concedidos, é comum que os cidadãos saiam e abram suas próprias businesses
aumentando o número de startups, somando a experiência somada ao exército
juntamente com a capacitação adquirida na graduação, como é o caso da fundação
do Wix, plataforma para criação e edição de sites, avaliada hoje em US$ 6 bilhões.
Figura 07
7. PANDEMIA
8. CONCLUSÃO