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Sophia de Mello Breyner Andresen.

Escritora consagrada, nasceu no Porto, a 6 de


Novembro de 1919. Frequentou o Colégio Sagrado Coração de Maria e a Faculdade de
Letras na Universidade de Lisboa. Ao longo da sua vida, escreveu inúmeros poemas e
contos e publicou um grande conjunto de obras. Esta entrevista terá como principais
temas a obra e alguns aspetos da vida da escritora.
 
O que a levou a escrever contos?
Eu comecei a escrever histórias para crianças numa fase em que os meus filhos estavam
doentes, com sarampo. Em casa, comecei a ler-lhes histórias para os entreter. Mas os livros
que lhes lia, achei que era demasiado piegas, por isso resolvi contar-lhes as minhas próprias
histórias.

Qual foi o primeiro livro que escreveu? Em que ano?


Escrevi o livro “Poesia”, em 1944.

Nos seus contos e poemas, está muito presente a sua relação com o mar. Como surgiu
essa relação?
Tenho uma forte relação com o mar, ele está muito ligado à minha infância. Recordo-me dos
imensos verões que passei na praia e é através destas recordações que escrevo poemas e
contos; é nelas que me baseio.

Com que prémios foi reconhecida?


Fui reconhecida com muitos prémios, mas destaco o “ Prémio Camões” e o prémio “Rainha
Sophia”.

Foi a primeira mulher a portuguesa s receber o mais importante galardão da língua


portuguesa. Como se sentiu?

Sim, recebi em 1999, o Prémio Camões e foi um orgulho.

Sabemos que a sua obra “Navegações” também recebeu um prémio.


Sim, em 1983, este livro recebeu o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação de
Críticos Literários

Em quantas línguas se encontram traduzidas as suas obras?


As minhas obras encontram-se traduzidas em 13 línguas, mas em 12 países, uma vez que
estão traduzidas em castelhano e catalão e ambas fazem parte de Espanha. Também se
encontram traduzidas em dinamarquês, sérvio e russo, entre outras.

Qual a pessoa que mais a marcou na sua vida?


Quem mais me marcou foi a minha professora de português. Chamava-se Carolina.
O que é para si a poesia?
Para mim a poesia tem um valor transformador fundamental.

Obrigada, Sophia de Mello Breyner pelo tempo que nos concedeu e pela simpatia
demonstrada.

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