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Comunicação na Interação com a

Pessoa Apoiada, Cuidador e/ou


Família
UFCD: 7208
Objetivos:
Explicar a importância da
comunicação para o
adequado desempenho do
técnico familiar e de apoio à
comunidade;

Identificar as técnicas de
comunicação adequadas ao
desempenho do técnico
familiar e de apoio à
comunidade;
Objetivos:
Identificar fatores de
natureza cultural, familiar e
de género que podem
interferir na comunicação;

Identificar técnicas de
comunicação em contextos
e com públicos
diversificados.
Conteúdos:
 Princípios da comunicação na interação
com o utente, cuidador e/ou família
- A comunicação na interação com
pessoas com alterações de
comportamento
• Agressividade
• Agitação
• Conflito

 Pressupostos na interação com pessoas


com perturbações mentais: empatia,
comunicação não-verbal
 A interação com pessoas com
problemas de comunicação.
Conteúdos:
 Identificar estratégias de
comunicação com o doente e
seus familiares e/ou cuidadores
 Princípios e conceitos
fundamentais de dinâmica
familiar
. Conceito de família
. Papéis e funções da família
.Estratégias de comunicação
aplicáveis aos vários contextos
familiares.
Conteúdos:
 Comunicação e
multiculturalidade
 Comunicação e género
 Pilares da relação entre
profissional, pessoa apoiada e
família ou seus cuidadores
. Compreensão empática
. Respeito incondicional pelo
outro

 Escuta ativa
“A Comunicação
Aumenta a velocidade
As realizações
E multiplica os resultados.”
(Siloé Almeida)
Processo de Comunicação
Processo de Comunicação

A Comunicação é
fundamental ao Homem pois
é o principal veículo da vida
em sociedade, de trocas
constantes, de compromissos
e negociações com os outros.
Processo de Comunicação

Comunicação deriva do latim “communicare”, que


significa pôr em comum, associar, entrar em relação,
estabelecer laços, tornar comum, partilhar. Refere-se a
uma troca de ideias, opiniões e mensagens, sendo que
contempla o intercâmbio de informação entre sujeitos
ou objetos.
Processo de Comunicação
 Fenómeno espontâneo,
complexo e natural;
 Envolve a troca de
informações;
 Utiliza os sistemas
simbólicos;
 Infinidade de maneiras
de se comunicar.
Fatores que Interferem na
Comunicação

Meio
Indivíduo
Ambiente

Biológicos; Ruído;
Psicológicos; Falta de privacidade;
Psicossociais. Falta de espaço.
Interação na Comunicação
Interação na Comunicação

Agressividade Ansiedade

Conflitos
Agressividade na Comunicação

A agressão
corresponde a um
ato que diminui
os direitos das
outras pessoas.
Agressividade na Comunicação
 O agressivo é hostil, quer por
palavras, quer através de
ações, não reconhecendo os
outros como seres iguais a si:
com direito a exprimirem os
seus sentimentos,
pensamentos e necessidades;

 O comunicador agressivo
pretende impor-se às outras
pessoas, fazendo prevalecer a
sua presença e os seus
interesses.
Agressividade na Comunicação
Objetivos do Agressor:

 Produzir medo nos


outros;
 Fazer prevalecer a sua
opinião por via da força;
 Humilhar o outro,
dominá-lo e controlá-lo.
Agressividade na Comunicação
O Agressor:

• Utiliza muitas vezes a coação, a ameaça ou a


punição para atingir os seus objetivos;

• Rebaixa, ridiculariza e inferioriza os outros. A


sua comunicação não-verbal é ameaçadora e
gera medo;

• Tem a necessidade de se mostrar superior aos


outros;

• É reivindicativo e crítico em relação ao que os


outros fazem e dizem.
Agressividade na Comunicação
Na relação com o outro, o agressivo:

• Não olha o interlocutor de frente;


• É irónico;
• Faz barulho enquanto os outros falam;
• Faz comentários desagradáveis, em voz baixa quando os
outros estão a intervir;
• Fala alto;
• Interrompe os outros;
• Quer ser ele a ter sempre a palavra;
• Recorre a imagens que chocam.
Técnicas de Comunicação perante
Comportamentos Agressivos
• O agressivo é ineficaz nas
relações interpessoais, porque
receia sofrer, ser vítima dos
outros e vivenciar frustrações.

Primeiro ataque meio de


defesa.

MEDO
Agressividade na Comunicação

Consequências do Estilo Agressivo:

 Falta de informação útil, porque os outros não o informam;


 Perde a amizade, a consideração e o amor dos outros;
 Sente-se frustrado, porque não satisfaz o seu desejo de ser amado;
 Gasta muita energia;
 Adota sempre uma atitude reivindicativa em relação aos outros;
 Não são pessoas de consenso fácil, agem sempre como se fossem
intocáveis;
 A postura face a pessoas e situações é sempre de superioridade;
 Dificuldade em estabelecer relações íntimas e de segurança, pela
sua arrogância.
Agressividade na Comunicação
Como detetar a agressividade?

 A agressividade observa-se através de comportamentos de ataque contra


as pessoas e acontecimentos;

 O agressivo prefere submeter os outros em vez de procurar um


entendimento partilhado;

 O agressivo fala alto, interrompe e faz barulho com os seus afazeres


enquanto os outros se exprimem;

 Ele desgasta psicologicamente as pessoas que o rodeiam. O agressivo


pensa que é sempre ganhador através do seu método, mas não entende
que se o fosse, não necessitaria de ser agressivo;

 O agressivo torna-se um intocável no seu meio, porque quem com ele se


relaciona evita falar-lhe francamente e de forma verdadeira.
Agressividade na Comunicação
Porque é que é
agressivo?

Elevada taxa de frustrações no passado;

Medo latente;

Desejo de vingança.
Agressividade na Comunicação
Comunicar com uma pessoa
agressiva:

• Mantenha um tom de voz


afável e cordial;
• Mantenha-se calmo;
• Ignore os comportamentos
que não ponham em causa o
bem-estar de quem está
próximo;
• Fale baixo e pausadamente
(se o agressivo falar mais alto,
fale ainda mais baixo);
Agressividade na Comunicação
Comunicar com uma pessoa agressiva:

• Por mais que a pessoa não tenha razão, não


discuta nem contra-argumente com ela
(explique-lhe a informação e refira que
quando ela acalmar, poderão sempre falar
novamente);
• Mostre-se sempre disponível para
esclarecer algum tipo de informação;
• Não entre em stress nem se iniba (é o
grande objetivo dos agressores);
• Caso verifique que está a perder o controlo,
peça-lhe para se retirarem para outra sala,
para falarem calmamente.
Ansiedade na Comunicação
Ansiedade na Comunicação

A Ansiedade é uma
resposta ao stress que
pode aparecer
subitamente (pânico) ou
gradualmente (ao longo
de minutos, de horas ou
de dias).
Ansiedade na Comunicação
 A ansiedade atua como um elemento necessário para a
sobrevivência do ser humano. Um certo grau de
ansiedade proporciona uma componente adequada de
precaução em situações potencialmente perigosas;

 As pessoas reagem de forma diferente aos


acontecimentos;

 A capacidade de suportar a ansiedade varia segundo as


pessoas e pode ser difícil determinar quando se trata
de uma perturbação de ansiedade. No entanto,
quando a ansiedade se apresenta em momentos
inadequados ou é tão intensa e duradoura que
interfere com as atividades normais da pessoa, então é
considerada uma perturbação.
Ansiedade na Comunicação
Estilo Ansioso

• Em muitos casos, o ansioso em vez de se afirmar


tranquilamente, afasta-se ou submete-se, não age, adota
comportamentos passivos;

• O ansioso tem dificuldade em dizer NÃO. Esforça-se por


agradar a todos. No entanto, a curto prazo, não agrada a
ninguém, porque como é frequentemente solicitado, não
lhe é possível fazer tudo o que se compromete;

• O ansioso anula-se como pessoa, evitando muitas situações


sociais e profissionais.
Ansiedade na Comunicação

Como detetar a ansiedade?

 Rói as unhas;
 Mexe os músculos da face,
rangendo os dentes;
 Bate os dedos na mesa;
 Riso nervoso;
 Mexe frequentemente os pés;
 Está frequentemente nervoso.
Ansiedade na Comunicação
Consequências desta atitude:

Desenvolve ressentimento e rancores quando verifica que é


explorado e diminuído;
Estabelece uma má comunicação com os outros porque não
se afirma. Os seus desejos são sempre subjugados, porque
ninguém conhece as suas necessidades e interesses;
Perde o respeito por si próprio, porque frequentemente faz
coisas de que não gosta, no entanto, não consegue recusar.
Ansiedade na Comunicação
Porque é que é ansioso?

Falsa representação da realidade que o cerca e uma má


apreciação e interpretação das relações de poder. Imagina o
outro com muito mais poder do que de fato tem;
Desvalorização das suas capacidades para resolver
problemas;
Uma educação severa e um ambiente particularmente difícil
onde vivenciou muita frustração.
Ansiedade na Comunicação
Comunicar com um ansioso:

• Recorra a palavras apaziguadoras, ajuda as pessoas a acalmarem-se;


• Fale com uma voz clara, baixa e afetuosa (diminui a ansiedade);
• De preferência, fale apenas quando a pessoa estiver sozinha (diminui a
ansiedade);
• Mantenha um contacto visual próximo (o contacto visual torna a pessoa
menos ansiosa);
• Não se aproxime em demasia (não entre na zona de conforto, aumenta a
ansiedade da pessoa);
• Não julgue nem discute, tente compreender os comportamentos/ atitudes
da pessoa, fazendo questões;
• Elogie sempre que possa;
• Utilize estratégias de relaxamento e de respiração diafragmática:
acalmando-se, acalma o outro;
• Estabeleça uma relação empática.
Comunicação em Situações de Conflito
Comunicação em Situações de Conflito

Os conflitos existem desde o


início da humanidade, fazem
parte do processo de evolução
dos seres humanos e são
necessários para o
desenvolvimento e o
crescimento de qualquer
sistema familiar, social, político
e organizacional.
Comunicação em Situações de Conflito

Eficaz resolução dos conflitos:

a) Criar uma atmosfera afetiva;


b) Esclarecer as perceções;
c) Focalizar em necessidades individuais e compartilhadas;
d) Construir um poder positivo e compartilhado;
e) Olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o
passado;
f) Gerar opções de ganhos mútuos;
g) Desenvolver passos para a ação ser efetivada;
h) Estabelecer acordos de benefícios mútuos.
Comunicação em Situações de Conflito

Saber Comunicar

Sem diálogo não há comunicação nem


solução possível para os problemas;

A maioria dos erros, omissões, irritações,


atrasos e conflitos é causada por uma
comunicação inadequada.
Comunicação em Situações de Conflito

Saber Ouvir
Ouvir ativamente, pois metas e intenções não compreendidas levam
sempre a uma resolução sem sucesso;

Demonstrar interesse genuíno pela pessoa que fala e pelo assunto;

Evitar criticar ou tentar dirigir a conversa;

Adotar uma posição afirmativa e empática, mostrando respeito pela


outra pessoa.
Estratégias de Comunicação com o
Doente e seus Familiares e/ou
Cuidadores
Estratégias de Comunicação com o
Doente e seus Familiares e/ou
Cuidadores
Comunicação em Saúde:
Estudo e utilização de
estratégias de comunicação
para informar e influenciar as
decisões dos indivíduos e das
comunidades no sentido de
promoverem a sua saúde.
Estratégias de Comunicação com o
Doente e seus Familiares e/ou
Cuidadores
A comunicação é um processo bidirecional,
contínuo, dinâmico, interativo e irreversível,
envolvendo um funcionamento circular e um
feedback recíproco, que se produz num dado
contexto físico, social e cultural,
influenciando o comportamento.

O contexto onde se produz a


comunicação é um elemento complexo,
portador de normas e de regras,
constituindo um fator estruturante da
comunicação.
Estratégias de Comunicação com o
Doente e seus Familiares e/ou
Cuidadores
Os processos de comunicação em cuidados de saúde são de extrema
importância uma vez que estão relacionados:
 Com as várias áreas e contextos de saúde;
 Com a relação que os profissionais de saúde estabelecem com os utentes;
 Com a satisfação dos utentes.
Estratégias de Comunicação com o
Doente e seus Familiares e/ou
Cuidadores
A comunicação é um ato social que envolve um conjunto de processos que
permitem realizar trocas de informações e significações, entre os indivíduos, numa
determinada situação social.

Cuidados de Saúde: Estes processos podem estar alterados, nomeadamente


perante doentes que não conseguem comunicar verbalmente. Nestas situações, o
conhecimento e a utilização de todos os tipos de comunicação serão essenciais para
que a comunicação seja eficaz.

A multiplicidade de canais de comunicação, verbais e não-verbais


associam-se para obter uma comunicação total e dar sentido às mensagens que são
transmitidas através da palavra, do discurso, e às mensagens não-verbais,
transmitidas pelos gestos, mímicas e posturas.
Tipos de Comunicação Terapêutica

Orientada
para o
Tratamento Orientada
para a
Vertente
Afetiva

Os problemas de comunicação profissional com o utente podem também estar


relacionados com os processos de comunicação afetiva dos cuidadores, sobretudo
quando ocorre um distanciamento afetivo, um desinteresse pelas preocupações
deste e dificuldade em funcionar como suporte emocional e fonte de transmissão de
segurança.
Estratégias de Comunicação com o Doente
e seus Familiares e/ou Cuidadores

Benefícios de uma boa


comunicação entre os
profissionais de saúde e os
doentes:

Melhoria do estado geral de


saúde do doente;
Melhor capacidade de
adaptação aos tratamentos;
Recuperação mais rápida.
Estratégias de Comunicação com o Doente
e os seus Familiares e/ou Cuidadores
Boa comunicação:

Ajuda a lidar com a doença;


Reduz os estados depressivos, o stress e a ansiedade;
Preserva a dignidade e o respeito;
Promove a satisfação e o sentimento de segurança;
Aumenta a adesão e o compromisso;
Promove a aceitação dos procedimentos terapêuticos e
a responsabilidade do utente/ doente.
Estratégias de Comunicação com o Doente
e seus Familiares e/ou Cuidadores

A compreensão da informação é essencial para que o


doente seja englobado no tratamento, pois se não a
compreender poderá não seguir as indicações dos
cuidadores.

Requisitos para uma boa comunicação em contexto de


saúde:
Tem de estar adaptada às capacidades cognitivas, ao
nível cultural/ educacional, às representações e crenças
de saúde, às necessidades individuais, emocionais,
sociais, culturais e linguísticas do doente.
Estratégias de Comunicação com o Doente
e os seus Familiares e/ou Cuidadores

Erros na Comunicação Terapêutica:

Não ter em conta as necessidades do paciente;


Não ter em conta o desejo de participação e
informação do doente, sobre a doença, tratamentos e
terapêuticas;
Não fornecer informação ou fazê-lo de forma
insuficiente, imprecisa e ambígua, inadequada,
excessivamente técnica;
Não saber “escutar”.
Estratégias de Comunicação com o Doente
e seus Familiares e/ou Cuidadores

Melhorar a qualidade e a Qualidade do Atendimento em


humanização do
atendimento em saúde,
Cuidados de Saúde:
pressupõe a escuta ativa do
doente, a empatia e a Rapidez do atendimento;
resposta partilhada pela
solução do problema e Nível de aceitação dos serviços
também a acessibilidade. prestados;
Adequação entre o diagnóstico
e a terapêutica;
A relação e comunicação que se
estabelece entre os
profissionais de saúde e os
doentes.
Estratégias de Comunicação com o Doente
e seus Familiares e/ou Cuidadores
Caraterísticas de um Bom Técnico de Saúde
Sensibilidade
Tolerância
Disponibilidade

Respeito Humanismo

Empatia Solidariedade

Aceitar o outro como ele é


Estratégias de Comunicação com o Doente
e seus Familiares e/ou Cuidadores
O primeiro contacto com o doente e a
forma como o profissional de saúde se
apresenta são determinantes para o
sucesso da comunicação.

O técnico deverá:

Criar um ambiente acolhedor;


Apresentar-se ao doente;
Tratar o doente pelo nome;
Olhar-lhe nos olhos enquanto fala;
Sorrir, para que o doente perceba
que não está sozinho.
Tipos de Comunicação
Tipos de Comunicação

Não-
Verbal
verbal
Comunicação Verbal

 Carateriza-se pela partilha de


códigos, linguagens e
significados comuns, onde se
constroem mensagens
discretas ou descontínuas a
partir da combinação desses
símbolos.

 Funciona como um jogo


entre os interlocutores, onde
eles se vão alternando.
Comunicação Verbal
Comunicação Verbal
Técnicas de Comunicação Verbal:

• A técnica do devolver implica que o cuidador transmita ao doente


Devolver o que entendeu da sua mensagem, traduzido em linguagem
verbal.

• A técnica de clarificar pressupõe que para tentar compreender a


mensagem global ou o verdadeiro sentido da mesma, o cuidador
Clarificar deve pedir mais pistas ao doente, demonstrando que quer
perceber a sua mensagem mas que precisa de mais dados.

• A técnica de reformular implica que o técnico após ter


Reformular interpretado a mensagem, deve reformulá-la, ou seja, deve
repetir para o doente o que é que acha que este lhe quis dizer.
Comunicação Verbal
O profissional de saúde deverá
promover momentos de boa
disposição e descontração com
conversas informais, que contribuem
para um fortalecimento da relação e
uma comunicação eficaz.

O humor é também um tipo de


comunicação verbal, que pode
facilitar a relação com a pessoa
cuidada.
Comunicação Não-Verbal
Comunicação Não-verbal

 É uma forma de comunicar


onde não existem regras
para codificar, as mensagens
são captadas intuitivamente.

 Esta forma de comunicar tem


por base o toque, a mímica,
o olhar, a postura, o
vestuário, o odor e o silêncio,
entre outros aspetos.
Comunicação Não-Verbal
Comunicação Não-Verbal
Técnicas de Comunicação Não-verbal

Olhar: As relações interpessoais iniciam-se com o contacto visual recíproco


que assinala o desejo e a intenção de interagir. Durante a comunicação
verbal os intervenientes, poderão só trocar olhares de vez em quando; o
cuidador deverá manter sempre o contacto visual com o doente, pois só
assim poderá receber a mensagem e dar feedback; a expressão facial pode
transmitir estímulos positivos ou negativos para o utente. O cuidador
deverá esforçar-se por ser congruente, tendo sempre presentes princípios
como a sinceridade e a honestidade.
Técnicas de Comunicação Não-verbal

Acenar da Cabeça: O cuidador poderá também usar


o acenar da cabeça, como sinal de atenção ou de
aceitação, o que encorajará o utente a continuar a
transmitir o que pretende. O acenar da cabeça
funciona como um reforço positivo, como uma
recompensa para o doente, pois é sinal de que o
cuidador percebeu a sua mensagem.
Técnicas de Comunicação Não-verbal

Escuta Ativa: Para melhorar a comunicação


com o utente o cuidador deve desenvolver e
valorizar a capacidade de escuta como
atitude essencial ao estabelecimento de
uma comunicação eficaz, que estará na base
de uma verdadeira relação de ajuda.
Técnicas de Comunicação Não-verbal

Toque: O tato é a mais básica de todas as respostas


humanas. A necessidade de contacto táctil está presente em
todas as pessoas ao nascimento e continua durante toda a
vida. Nos cuidados acredita-se que o uso do toque é
benéfico para a maioria dos doentes, pode ser usado pelo
cuidador durante o contacto verbal ou quando este se torna
difícil ou impossível, visto que o toque transmite apoio e em
certas situações poderá ser a atitude comunicativa mais
eficaz. No entanto, mais uma vez este tem que estar atento
ao que o doente lhe transmite, para perceber se o toque
tem o efeito desejado, visto que pode também ser sentido
como ameaçador.
Princípios e Conceitos Fundamentais
da Dinâmica Familiar
Princípios e Conceitos Fundamentais
da Dinâmica Familiar
Família: Conjunto de pessoas que possuem um grau
de parentesco entre si e vivem na mesma
casa formando um lar.
Princípios e Conceitos Fundamentais
da Dinâmica Familiar
Componentes da Família:
É a unidade básica de desenvolvimento e experiência,
realização e fracasso, saúde e doença;
Cada família é única, diferindo em tamanho, elementos que a
compõem, valores, etc;
Sistema interativo, pois o que ocorre com um dos seus
elementos repercute-se em todo o sistema familiar;
A família tradicional é normalmente composta por um pai e
uma mãe, unidos por matrimónio ou união de fato, e por um
ou mais filhos, compondo uma família nuclear ou elementar;
A família é considerada uma instituição responsável por
promover a educação dos filhos e influenciar o
comportamento dos mesmos no meio social.
Princípios e Conceitos Fundamentais
da Dinâmica Familiar
Papel da Família

 Oferecer um campo de treino seguro, onde os seus


membros possam aprender a ser mais humanos, a
amar, a formar a sua personalidade, a desenvolver o seu
autoconceito e a relacionar-se com a sociedade;

 Transmitir os valores morais e sociais que servirão de


base para o processo de socialização, bem como as
tradições e os costumes perpetuados através de
gerações.
Tipos de Família
Família Nuclear

Família Extensa

Família Monoparental

Família Contemporânea

Família Arco-íris

Família Comunitária
Tipos de Família
Família Nuclear:
Normalmente é composta
pelos pais e irmãos.
Tipos de Família
Família Extensa: É composta por avós,
tios, primos, etc.
Tipos de Família
Família Monoparental:

 Composta por apenas um dos


progenitores: pai ou mãe. Os
motivos que possibilitam essa
estrutura são diversos;

 Englobam causas circunstanciais


(morte, abandono ou divórcio)
ou ainda, a decisão (na maior
parte dos casos, uma decisão da
mulher) de ter um filho de
forma independente.
Tipos de Família
Família Comunitária:
Nesta estrutura, todos
os membros adultos
que constituem o
agregado familiar são
responsáveis pela
educação da criança.
Tipos de Família
Família Arco-íris:
É constituída por um
casal homossexual (ou
pessoa sozinha
homossexual) que tenha
uma ou mais crianças a
seu cargo.
Tipos de Família
Família Contemporânea: É caraterizada pela
inversão dos papéis do homem e da mulher na
estrutura familiar passando a ser a mulher a chefe
de família. Abrange a família monoparental,
constituída por uma mãe solteira ou divorciada.
Papel da Família
Família: Funções de proteção e socialização dos seus
membros, como resposta às necessidades da sociedade
pertencente.

Nível Nível
Interno Externo

Proteção psicossocial dos membros. Acomodação a uma cultura e a sua


transmissão.
Função da Família
Geradora de afeto, entre os membros da família;

Protetora da saúde dos seus membros, dando apoio e resposta às necessidades básicas em situações de
doença;

Impositora da autoridade e do sentimento do que é correto, relacionado com a aprendizagem das


regras e normas, direitos e obrigações, caraterísticas das sociedades humanas;

Proporcionadora de satisfação e sentimento de utilidade, através das atividades que satisfazem os


membros da família;

Proporcionadora de segurança e aceitação pessoal, promovendo um desenvolvimento pessoal


natural;

Proporcionadora de estabilidade e socialização, assegurando a continuidade da cultura da sociedade


correspondente;

Asseguradora da continuidade das relações, proporcionando relações duradouras entre os familiares.


Funções da Família

Saúde Física e Mental

Económica
Autoidentidade
Socialização

Doméstica
Proteção

Recreação
Afetos

Educacional/ Vocacional
Estratégias de Comunicação na Família
Comunicação Aberta Comunicação Superficial Comunicação Fechada

Os membros relacionam-se superficialmente e


Os membros podem manifestar os seus sentimentos conversam apenas sobre os assuntos que fazem
Famílias com fronteiras rígidas;
e emoções sem se sentirem ameaçados; parte do quotidiano da família, num caráter
convencional;

Existe uma comunicação aberta, profunda, Considera-se apenas o aspeto pragmático da A dificuldade de comunicação entre os membros
responsável e afetiva; comunicação; costuma ser mais frequente;

Bons níveis de comunicação familiar são descritos


Promove o desenvolvimento das relações familiares. como elementos de diminuição dos problemas Não existe confiança;
comportamentais entre cada membro.

Incapacidade de perceber as mudanças entre cada


membro;

Não conseguem dialogar abertamente e orientar-se


quanto às dúvidas que surgem entre cada um;

Caracteriza-se por um excesso de autoridade, ordens


e ameaças por parte dos membros mais velhos;

Não há espaço para cada um manifestar os seus


sentimentos e dúvidas.
Comunicação e Multiculturalidade
Comunicação e Multiculturalidade
O aumento da globalização e das migrações no mundo fez
aumentar a multiculturalidade nas sociedades e a coabitação
com a diversidade cultural.

As sociedades, os governos e as diferentes


instâncias sociais sejam confrontadas com uma
grande heterogeneidade linguística e cultural dos
seus profissionais e cidadãos.

O desenvolvimento de competências e a adoção


de práticas, estratégias e políticas adequadas
para fazer face a estas novas realidades sociais,
educacionais, comunicacionais e sanitárias.
Comunicação e Multiculturalidade
O encontro com a diferença
cultural nos cuidados de saúde
pode levar a reações
emocionais e a
comportamentos de rejeição e
abandono, ou a atitudes de
preconceito, discriminação e
violência dos profissionais de
saúde, sobretudo quando não
há conhecimento sobre a
cultura do doente e formação
na área da comunicação e das
relações interculturais.
Comunicação e Multiculturalidade
Pluralidade Cultural:
Cuidados culturalmente
competentes.

Organizações Multiculturais:
Têm como fundamento o
respeito e a valorização da
pluralidade de culturas.
Comunicação e Multiculturalidade
Os profissionais de
saúde apresentam mais
dificuldades e erros de
diagnóstico quando
comunicam com utentes
migrantes e de minorias,
estando muitos dos seus
problemas, bem como as
falhas na adesão dos
utentes, relacionadas com
questões de comunicação
em saúde.
Comunicação e Multiculturalidade
Estratégias para desenvolver competências no domínio intercultural, da
saúde e na comunicação entre indivíduos, grupos e culturas:
 Desenvolvimento de competências individuais que permitam interações sociais
harmoniosas e que promovam uma atitude de descentração;

 Desenvolvimento de competências interculturais, sobretudo linguísticas,


comunicacionais, sociais e pedagógicas, que facilitem a comunicação intercultural,
a consciencialização cultural e a luta contra os preconceitos e os estereótipos e,
por outro, que promovam atitudes e práticas culturalmente competentes e
inclusivas e profissionais e cidadãos culturalmente sensíveis e implicados;
 Desenvolvimento de competências tecnológicas, nomeadamente ao nível do
domínio e utilização das técnicas audiovisuais e das novas tecnologias de
informação e comunicação (TIC);
 Desenvolvimento de competências de cidadania que tornem possível o
funcionamento democrático das sociedades e das instituições.
Comunicação e Multiculturalidade
Na comunicação com indivíduos e grupos de diferentes culturas é necessário:

 Aprender a conhecer-se a si mesmo e à sua própria cultura;


 Aprender a descobrir e a compreender o sentido de normas e valores, os quadros
de referência dos outros e os códigos culturais respetivos. Os conhecimentos
culturais constituem um sinal de interesse e reconhecimento do outro;
 Estabelecer as condições de diálogo, tendo em conta que não só a língua, mas
também a cultura, gestos, entonação e rituais têm importância na comunicação;

 Tomar consciência do grau de determinismo cultural dos comportamentos,


desenvolver a consciencialização cultural. Esta constitui um processo de
aprendizagem cultural, que visa desenvolver a capacidade de analisar o mundo do
ponto de vista de uma outra cultura e as competências para reconhecer as
diferenças e a pluralidade;
Comunicação e Multiculturalidade
Na comunicação com indivíduos e grupos de diferentes culturas é necessário:

 Evitar julgamentos rápidos e superficiais, estereótipos, preconceitos e atitudes


etnocêntricas, o que permitirá colocar-se no lugar do outro, de forma a tentar
compreender as coisas do seu ponto de vista, e favorece a descentração. Esta
atitude dá-nos a capacidade de relativizar e de visualizar uma situação através de
várias perspetivas e outros quadros de referência, ajuda cada um a adotar uma
certa distância em relação a si mesmo e conduz à autorreflexão constituindo uma
das atitudes que todos os profissionais têm de trabalhar em permanência;
 Desenvolver a empatia, o que implica a capacidade de se colocar no lugar do outro,
de partilha emocional, de manifestar interesse genuíno e de tentar compreender a
experiência subjetiva e o reconhecimento do ser humano na sua individualidade e
singularidade;
 Desenvolver a congruência, competência individual importante para a
comunicação e relação interpessoal implicando a adequação entre o que o
indivíduo sente, a consciência que tem dos seus sentimentos e a maneira como se
exprime;
Comunicação e Multiculturalidade
Na comunicação com indivíduos e grupos de diferentes culturas é necessário:

 Dispor de tempo para comunicar, para compreender uma situação, para o


encontro clínico (por exemplo, um utente estrangeiro ou migrante, que não
domine bem a língua poderá exigir mais tempo do que um nacional; alguns utentes
estão habituados a um certo tempo relacional);
 Estar atento às mensagens silenciosas da comunicação não-verbal, assim como
aprender a respeitar os ritmos e os estilos de comunicação próprios a cada
indivíduo e a cada cultura;
 Ter em conta o espaço/a distância espacial, por exemplo certas culturas privilegiam
a distância proximal;

 Desenvolver uma melhor compreensão dos mecanismos psicossociais e fatores


sociopolíticos suscetíveis de originar a intolerância, a rejeição, o etnocentrismo;

 Combater os estereótipos e o etnocentrismo, ou seja, a tendência a interpretar a


realidade a partir dos nossos próprios critérios e modelos culturais.
Comunicação e Género
Comunicação e Género
Contributos para Comunicar com Igualdade:

Promover um maior acesso de mulheres a cargos de chefia de órgãos de


comunicação social;

Realizar ações de formação interpares dirigidas às chefias bem como a quem


ocupa cargos de edição, no sentido de poderem tornar transversais
conteúdos de igualdade de género nas indicações que transmitem;

Incluir a temática da igualdade de género nos códigos de conduta editoriais


adotados pelos órgãos de comunicação social;
Comunicação e Género

Contributos para Comunicar com Igualdade:

Incluir a promoção da igualdade entre mulheres e homens nos códigos deontológicos


que já regem os/as profissionais de comunicação, integrando a questão na agenda de
responsabilidade social;

Estimular uma maior participação das mulheres na produção e na tomada de


decisão do que é notícia;

Promover ações de formação contínua e obrigatória para profissionais de comunica-


ção (homens e mulheres) de todos os níveis hierárquicos (incluindo chefias de órgãos
de comunicação social) sobre representações de género nos conteúdos mediáticos;
Comunicação e Género

Contributos para Comunicar com Igualdade:

Incluir a promoção da igualdade entre mulheres e homens nos códigos deontológicos;

Diversificar as fontes, procurando um maior equilíbrio homens/mulheres enquanto porta-vozes,


peritos e também vox populi;

Promover a igualdade de género enquanto política de recursos humanos nos órgãos de


comunicação social, com vista a garantir igualdade entre mulheres e homens no acesso, nos
salários e nas promoções, e nas condições de trabalho e regalias;

Promover medidas de conciliação da vida profissional e familiar, nomeadamente através da


flexibilização dos horários de trabalho tanto para homens como para mulheres;
Comunicação e Género

Contributos para Comunicar com Igualdade:

Adotar mecanismos de monitoria da promoção da igualdade de género, incentivando e premiando as boas práticas;

Abordar a igualdade de género de forma transversal em todos os conteúdos;

Realizar ações de formação em igualdade de género dirigidas a profissionais em exercício, organizadas no


contexto de trabalho e com base em exemplos práticos;

Promover uma maior abrangência na cobertura noticiosa, dando conta da diversidade da realidade social e
dando visibilidade equivalente a mulheres e homens nas esferas pública e privada;

Promover a utilização de dados desagregados por sexo nos conteúdos noticiosos;

Evitar o uso do masculino como forma genérica para se referir a ambos os sexos.
Comunicação e Género
EXEMPLOS PRÁTICOS

NÃO RECOMENDADO RECOMENDADO

Linguagem Excludente Linguagem Inclusiva

Direitos do Homem Direitos humanos

Os interessados podem dirigir-se… As pessoas interessadas podem dirigir-se...

Os professores da Universidade… O pessoal docente da Universidade…

_Os meninos portaram-se bem hoje. As crianças portaram-se bem hoje.

Os Noruegueses têm um bom nível de vida. O nível de vida na Noruega é bom.


Pilares da Relação entre Profissional,
Pessoa Apoiada e Família ou seus
Cuidadores
Empatia

A empatia representa a
capacidade psicológica
que permite a
compreensão de ideias,
sentimentos e motivações
de outras pessoas.
Empatia
A empatia é uma
ferramenta poderosa
que permite às
pessoas interagir de
forma proveitosa. É
através da empatia
que se criam as
pontes de
comunicação entre
duas pessoas.
Empatia

A arte da empatia é o grande segredo de uma


boa comunicação.
Empatia
Valores da Compreensão Empática:
 Propicia ao outro ouvir-se a si mesmo, reconhecer os seus
próprios sentimentos;
 Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções,
procurando experimentar de forma objetiva e racional o
que sente outro indivíduo;
 Desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios
morais;
 Permite colocar-se no lugar do outro, ajudando a
compreender melhor o comportamento em determinadas
circunstâncias e a forma como o outro toma as decisões.
Empatia
A simpatia é
maioritariamente uma
resposta intelectual;
 A empatia é uma fusão
emotiva;
 A simpatia indica uma
vontade de estar na presença
de outra pessoa e de agradá-
la;
 A empatia faz crescer uma
vontade de compreender e
conhecer outra pessoa.
Respeito Incondicional pelo Outro
Respeito Incondicional pelo Outro

Respeito Mútuo: É uma


expressão que define a relação
de respeito entre dois ou mais
indivíduos; respeito recíproco.

O respeito pelo outro é um princípio de convívio humano que deve ser


considerado a base para a construção de uma sociedade civilizada, com
educação e justiça entre diferentes grupos sociais, étnicos, económicos,
culturais, entre outros.
Respeito Incondicional pelo Outro
• Com o objetivo de evitar • O respeito pode ser entendido
atitudes negativas ou como uma barreira, um limite
degradantes entre os das ações de um indivíduo
indivíduos, o respeito mútuo é para com outro;
um ingrediente essencial para
evitar crises, conflitos e • Representa um sentimento de
guerras entre povos e nações; identificação em relação aos
sentimentos dos outros; um
• O princípio do respeito mútuo ato de empatia e tentativa de
é normalmente construído no auxílio de outro indivíduo.
âmbito familiar e escolar, que
possui a obrigação de educar
os "jovens cidadãos" a agirem
e se comportarem de maneira
civilizada e solidária num
ambiente social.
Escuta Ativa
Escuta Ativa
A escuta ativa é uma técnica
de comunicação que implica,
que num diálogo, o ouvinte
interprete e compreenda a
mensagem recebida.

Esta encoraja o interlocutor a


explicitar as suas
necessidades, ao mesmo
tempo que dá ao emissor a
certeza de estar a
compreender o que ele está a
dizer.
Escuta Ativa

Quando usamos a escuta ativa, estamos


a enviar um sinal ao interlocutor de que
confiamos nele, de que damos
importância às suas palavras e de que o
estamos a ouvir. Isto faz com que este se
sinta mais confiante.

O ouvir, de forma eficaz, ocorre


quando o recetor é capaz de
discernir e compreender o
significado da mensagem do
emissor.
Escuta Ativa
Quais as ações que favorecem a escuta ativa?

• Gostar de escutar quando alguém está a falar;


• Incentivar os outros para que falem;
• Ouvir mesmo que não simpatize com a pessoa;
• Escutar cada pessoa com a mesma atenção,
independentemente do género, idade, raça ou religião;
• Escutar cada pessoa com a mesma atenção quer seja
amigo, conhecido ou desconhecido;
• Deixar tudo o que se está a fazer enquanto alguém
fala;
• Olhar para a pessoa que fala;
Escuta Ativa
Quais as ações que favorecem a escuta ativa?

• Concentrar-se no que ouve, ignorando todas as


distrações em seu redor;
• Sorrir ou mostrar que está a compreender o que ouve;
• Refletir sobre o que a outra pessoa está a dizer;
• Tratar de compreender o que dizem;
• Tentar descortinar porque o dizem;
• Não interromper quem fala;
• Quando alguém que está a falar hesitar em dizer algo,
encorajá-lo para que prossiga;
Escuta Ativa
Quais as ações que favorecem a escuta ativa?

• Abster-se de julgar as ideias até que o interlocutor as


termine de expor;
• Fazer um resumo do que foi dito e perguntar se foi isso
que o interlocutor pretendeu comunicar;
• Escutar o interlocutor sem se deixar influenciar demasiado
pela sua maneira de falar, voz, vocabulário, gestos e
aparência física;
• Escutar mesmo que consiga antecipar o que vai ser dito;
• Fazer perguntas para ajudar o outro a exprimir-se melhor;
• Pedir, se necessário, que o interlocutor explique em que
contexto está a utilizar determinada (s) palavra (s).
Escuta Ativa
Vantagens da Escuta Ativa:

• O ouvinte dispõe de melhor


informação;
• Economiza tempo;
• Permite assegurar-se se a
sua mensagem está a ser
bem recebida;
• Estimula o interlocutor a
falar;
• Previne mal-entendidos.
Escuta Ativa
Mitos – Porque escutamos mal?

• Escutar bem, depende da


inteligência;
• Escuta-se mal, por ter um
defeito no aparelho auditivo;
• Treinar para escutar bem é
inútil;
• Através da leitura aprende-se
a escutar.
Escuta Ativa
Causas das Dificuldades na
Capacidade de Escutar

As causas das dificuldades na


capacidade de escutar são várias e
podem estar relacionadas com aspetos
fisiológicos, psicolinguísticos ou
psicológicos.

Existem diversos obstáculos que


dificultam a audição ativa:

• A distração;
• A falta de motivação;
• O espírito de divagação;
• O estado emocional.
Escuta Ativa
Saber Escutar

• Para evitar que as dificuldades


na escuta se verifiquem deve-se
adotar um determinado número
de atitudes que no fundo nos
ajudam a saber escutar:
• Deve-se procurar adquirir uma
atitude ativa durante a audição;
• Deve-se dispor de uma
disposição psíquica de alerta;
• Deve-se estar em constante
exercitação.
Escuta Ativa
Hábitos de Audição
Para escutar melhor, deve-se obedecer a algumas recomendações:

• Manter a vontade firme e o sentido de audição alerta: prestar atenção;


• Procurar sempre ver quem fala: a visão ajuda a audição;
• Não encostar o corpo para escutar: Ficar em posição firme para ajudar os
sentidos a permanecerem alerta;
• Não tomar notas, em excesso;
• Evitar sistematicamente as interrupções;
• Escutar para compreender e não para responder;
• Usar uma disposição de empatia para quem fala;
• Fugir às distrações;
• Através do treino é possível aumentar a capacidade e efetividade de
escutar.
Escuta Ativa
Níveis de Audição
Um indivíduo comum só interioriza metade daquilo que
escuta. Escutar, normalmente, ocupa cerca de 30 a 55% do nosso
tempo, e num período de dois meses, conservamos apenas 25%
daquilo que escutamos.
Dos 50% que retemos quando escutamos mais atentamente,
passados sessenta dias, apenas uma quarta parte desse valor
permanece conservada.

Existem quatro níveis no ato de escutar:


1º Nível – Deduzir o sentido do som;
2º Nível – Compreender o que se está a dizer;
3º Nível – Distinguir o que é real do que é imaginário;
4º Nível – Escutar com empatia.
Escuta Ativa
Técnicas de Escuta Ativa

Observar a comunicação não-verbal do outro


Demonstrar que está a prestar atenção
Evitar julgamentos
Fazer perguntas-chave
Encontrar interesses em comum
Utilização de perguntas abertas
Reformulação do que foi dito
Verificação da perceção (interpretação) de sentimentos
Escuta Ativa
Obstáculos à Comunicação Exemplos de obstáculos à comunicação

• Para além da escuta ativa, • Mentir;


• Ser moralista;
também a forma como as • Ser insensível;
pessoas transmitem as • Falar muito alto;
mensagens é determinante no • Sorrir ironicamente;
• Revelar desinteresse;
processo da comunicação; • Tamborilar os dedos;
• Interromper as pessoas;
• Fazer observações irrefletidas;
• A postura assumida, a • Ser muito insistente e teimoso;
linguagem corporal e o tom de • Contradizer-se nas intervenções;
• Utilizar expressões faciais negativas;
voz utilizados têm um forte • Não olhar o interlocutor nos olhos;
impacto e podem ser barreiras • Encolher os ombros frequentemente;
à comunicação, alterando os • Manifestar nervosismo ou impaciência;
• Exteriorizar expressões de pessimismo;
objetivos do emissor da • Aproximar-se exageradamente do interlocutor;
mensagem. • Revelar distanciamento em relação ao
interlocutor.
Escuta Ativa
Como Fazer Questões? As questões colocadas devem
ser:
• A forma como as perguntas são feitas
às pessoas determina o tipo de • Breves, devem ir diretas ao assunto;
respostas que são obtidas. As • Claras, não devem utilizar palavras
perguntas bem formuladas ajudam a dúbias ou ambíguas (com vários
obter informação importante, significados);
permitem chegar àquilo que as • Focadas, devem orientar-se por
próprias pessoas pensavam que não objetivos específicos;
sabiam e a perceber o que é preciso
fazer para melhorar. • Relevantes, devem fazer sentido e ser
importantes para o desenvolvimento da
conversa;
• Construtivas, devem procurar
estabelecer consensos para a melhoria
da ação;
• Neutras, não devem expressar juízos de
valor;
• Abertas, não devem condicionar as
respostas do outro.
Atividade
Atividade: Identifique perguntas abertas, fechadas e alternativas

PERGUNTAS
1. Como é que te sentes?

A. Aberta
B. Fechada
C. Alternativa

2. Vamos até à discoteca hoje à noite?

A. Aberta
B. Fechada
C. Alternativa
Atividade
Atividade: Identifique perguntas abertas, fechadas e alternativas

PERGUNTAS
3. Apetece-te ir ao cinema ou ir até à esplanada comer um gelado?
A. Aberta
B. Fechada
C. Alternativa
4. Queres ir ter com os teus amigos ou com os meus?
A. Aberta
B. Fechada
C. Alternativa
Atividade
Atividade: Identifique perguntas abertas, fechadas e alternativas

PERGUNTAS
5. O que é que queres fazer?
A. Aberta
B. Fechada
C. Alternativa
6. Queres ir comigo ao concerto de Xutos & Pontapés?
A. Aberta
B. Fechada
C. Alternativa
Escuta Ativa
Diferentes Tipos de Feedback

A maneira como as pessoas falam umas com as outras sobre


os seus comportamentos, a forma como é dado o feedback das suas
ações é muito importante. O feedback corresponde à resposta ou
retorno da mensagem inicialmente transmitida e pode ser:

• Positivo: Quando se envia uma resposta ou uma avaliação positiva


sobre o comportamento do outro;
• Negativo: Quando se envia uma resposta ou uma avaliação negativa
sobre o comportamento do outro;
• Neutro: Quando é enviada uma resposta sem atribuição de valor,
nem positiva, nem negativa, ao comportamento do outro, isto é,
sem qualquer tipo de juízo de valor.
Escuta Ativa
Como dar Feedback Negativo?

• Quando é necessário referir as apreciações negativas que são feitas


em relação aos comportamentos dos outros, deve-se começar
por descrever o comportamento e a situação em que este ocorreu;

• O passo seguinte é expressar o que se pensa e o que se sente face


ao comportamento do outro e o impacto que isso tem sobre si;

• Para poder ser construtivo, é muito importante sugerir a mudança e


indicar como é que se gostaria que o outro agisse em futuras
situações;

• Devem ser explicadas as consequências positivas que a mudança


poderá ter para todos e reforçar as vantagens que tal teria para o
próprio.
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Telemóvel:

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