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TAP

03/2022
10374 - DEONTOLOGIA DO
TÉCNICO DE APOIO
PSICOSSOCIAL
CLÁUDIA MARQUES
Deontologia

 Refere-se ao conjunto de princípios e regras de conduta — os deveres — inerentes


a uma determinada profissão. Cada profissional está sujeito a uma deontologia
própria a regular o exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética de sua
categoria.
Código de ética

 é o conjunto codificado das obrigações impostas aos profissionais de uma


determinada área, no exercício de sua profissão. São normas estabelecidas pelos
próprios profissionais, tendo em vista não exatamente a qualidade moral, mas a
correção das suas intenções e ações, em relação a direitos, deveres ou princípios,
nas relações entre a profissão e a sociedade.
Ética

 Refere-se à reflexão teórica sobre as razões, o porquê de considerarmos válidos –


bons e justos – os costumes e as normas das diferentes morais.

 Teoriza os fundamentos que suportam os diferentes sistemas morais.

 Compara códigos morais e enuncia princípios gerais universais.


Reflexão sobre os princípios que
fundamentam a moral
 Investigação teórica sobre as normas e os códigos morais existentes.

 Investigação filosófica sobre o conjunto de problemas relacionados com a moral.

 Enfrenta o problema de saber como devemos viver.


Moral

 refere-se as regras estabelecidas e aceites pelas comunidades humanas durante


determinados períodos de tempo. As normas morais regulam o comportamento
dos indivíduos nas suas relações com os outros, por isso, pode falar-se de moral a
partir do momento em que há vida social.
 A moral remete para as normas, exteriores aos indivíduos, que prescrevem
determinadas condutas.
Moral

 • Designa o conjunto de normas e de códigos, que em cada sociedade, fixa as


noções de boa e de má conduta.
 • Designa o conjunto de deveres e de proibições que a generalidade dos
indivíduos de uma comunidade adquire e aceite como adequados e válidos.
 • Refere-se ao conjunto de normas que regulam a conduta e a prática diárias e a
sua aplicação em casos concretos.
Ação Moral e Intenção Ética

 • Uma boa intenção não torna boa uma ação má em si mesma: o facto de querer
matar a fome (intenção) não faz do roubo (ação) uma boa ação.
 • Uma má intenção torna má uma ação boa: ajudar uma pessoa (ação) com a
intenção de, mais tarde, a poder explorar (intenção).

 Uma má intenção torna pior uma ação má: ridicularizar uma pessoa (ação) com a
intenção de ela perder o emprego (intenção) é pior do que ridicularizá-la com a
intenção de a tornar alvo da troça dos colegas. Concluindo, uma ação só é
moralmente boa se for boa quanto á matéria (= ação) e quanto á forma (=
intenção) com que é praticada.
Organizado pelo
Departamento de Educação
do ISCE Douro, o Webinar HTTPS://
WWW.YOUTUBE.CO
"Os Caminhos da Ética e da M/WATCH?
V=OQV180LDH8O
Deontologia Profissional na
Intervenção Social”
Trabalho de pesquisa.

 Princípios da dignidade Humana


 O que entendemos por dignidade humana. No que pensamos quando falamos em
dignidade humana?
Dignidade da Pessoa Humana

 A dignidade é essencialmente um atributo da pessoa humana: pelo simples facto


de "ser" humana, a pessoa merece todo o respeito, independentemente de sua
origem, raça, sexo, idade, estado civil ou condição social e económica.

 O conceito de dignidade da pessoa humana não pode ser relativizado: a pessoa


humana, enquanto tal, não perde a sua dignidade quer por suas deficiências
físicas, quer mesmo por seus desvios morais. Neste sentido, a dignidade da pessoa
humana está na base da declaração do direitos humanos fundamentais.
Direitos humanos

 Os direitos humanos são princípios segundo os quais os indivíduos podem agir e


os estados legislar e julgar. Representam um ideal, um horizonte, sem duvida
nunca totalmente realizado, mas capaz de dar sentido à vida em sociedade.

 É devido à relação dos valores da dignidade de cada pessoa, da liberdade, da


igualdade e da justiça que os direitos dos seres humanos foram concebidos e
enunciados ao longo da história da humanidade.
 Toda a pessoa, independentemente da sua origem familiar social ou cultural, deve
ser reconhecida no seu valor intrínseco, como representante da humanidade, ou
seja, em cada um de nós, reside a DIGNIDADE do homem e esta deve ser
reconhecida e respeitada por todos.
Formação da Personalidade

É o perfil de um indivíduo, onde os traços que delineiam


esta imagem são emitidos, por ele através de sua forma de
ser, agir e pensar, na relação com a sociedade.
• Permite que nos reconheçamos e sejamos reconhecidos
mesmo quando ao desempenhar diferentes papeis sociais,
usamos diferentes máscaras que representam diferentes
personagens
Fatores que influenciam a personalidade

 A formação da personalidade é definida até aos 16 anos no


entanto, existe ao longo de toda a vida a possibilidade de
adaptar, acomodar e modificar os nossos comportamentos
com vista à obtenção de ganhos sociais.
É um processo dinâmico em que intervêm diferentes
fatores.
•A influência de fatores hereditários, do meio social, e das
experiências pessoais têm uma grande importância no
desenvolvimento e comportamento dos seres humanos.
• A influência desses fatores é diferente em cada indivíduo
e nas fases do ciclo de vida.
Fatores da Personalidade

 • Hereditários– Inatos Transmite traços específicos não só


de natureza física, mas também de temperamento. O
temperamento é determinado por variações do organismo,
como constituição física e o funcionamento dos sistemas
nervoso e endócrino, que são em grande parte hereditários.
Fatores personalidade

 Meio Social – Adquiridos


 O meio desempenha um papel importante na construção da personalidade. Não é
possível interpretar a conduta do indivíduo sem que este intervenha no meio
social. A sociedade deixa de ser unicamente um órgão de repressão e de
constrangimento para se tornar num conjunto de instituições cujos efeitos sobre a
personalidade não são apenas negativos e inibidores mas também positivos e
criadores
Fatores de personalidade

 Experiências pessoais – vivências Toda a experiencia adquirida na acção com o


meio, desde a infância, influencia a formação da personalidade. A complexidade
das relações familiares e dos grupos de pares vão influenciar as capacidades
cognitivas, linguísticas e afectivas, processos de autonomia, de socialização, de
construção de valores das crianças e jovens.
 Ocorrências e acasos são experiencias que marcam a personalidade de quem as
vive.
As relações interpessoais

 Relacionar a qualidade das relações interpessoais com o


desenvolvimento do indivíduo
 • O homem pensa, raciocina, faz juízos de valor e interpreta
a realidade de modo diferente de acordo com o seu nível de
desenvolvimento cognitivo.
 • Uma das exigências fundamentais para que as relações
interpessoais se tornem progressivamente mais ricas,
positivas e maduras, é necessidade de compreensão de si
próprio e dos outros.
Fatores que determinam os diferentes tipos de
relações interpessoais

 Contexto de vida
 O tipo de relações que as pessoas estabelecem, depende
dos meios onde estas se inserem e das suas experiências do
dia-a-dia. A vida na família, na escola, no grupo de amigos, na
comunidade, no local de trabalho, determina e especifica o
tipo de relações que ocorrem nesse contexto. Na família ou
no grupo de amigos, por exemplo, predominarão os
conteúdos de carácter mas especial e no local de trabalho,
predominarão conteúdos de carácter mais objetivo e
profissional.
Fatores que determinam os diferentes tipos de
relações interpessoais

Papel desempenhado

As pessoas desempenham diferentes papéis, consoante os


ambientes e contextos em que se inserem. O mesmo indivíduo
pode desempenhar o papel de pai, de filho, de chefe, de
consumidor, etc
Fatores que determinam os diferentes tipos de
relações interpessoais

O conteúdo da relação

Quando uma pessoa se relaciona com outra, existem


objetivos pessoais que condicionam essa relação. A
relação pode ter como conteúdo objetivo estritamente
pessoais ou um problema profissional. As trocas entre
os indivíduos variam de acordo com o conteúdo ou a
matéria da relação.
Fatores que determinam os diferentes tipos de
relações interpessoais

O interlocutor
A individualidade da pessoa com quem se estabelece
a relação é outro fator que determina o conteúdo da
relação interpessoal. A relação que o adulto mantém
com a criança ou um idoso debilitado, por exemplo,
não pode ser do mesmo tipo que mantém com um
adolescente, dadas as suas diferenças relativamente
ao nível de desenvolvimento da compreensão.
Principais padrões de comportamento no
relacionamento interpessoal

Comportamento Agressivo
O objetivo principal do comportamento agressivo é dominar os outros
e forçá-los a perder. Tem uma grande necessidade de mostrar a sua
superioridade e, por isso, é excessivamente crítico. Caracteriza-se pela
expressão de sentimentos, atitudes, desejos, opiniões e direitos, não
tendo em consideração essas mesmas características nos outros.
Comportamento Agressivo Principais
características
• Procura a proximidade com o intuito de intimidar, humilhar
e desvalorizar;
• Pretende alcançar os seus objetivos à custa dos outros;
• De reações extremas e capaz de agressão direta;
• Intransigência excessiva, rigidez desarmante / conflituoso;
Comportamento Agressivo

 • Empobrece a inteligência do próprio e reforça a vontade de mais


agressividade;
 • Pode ter eficácia de imediato, mas rapidamente se torna
inadequado, pois provoca no outro agressividade ou manipulação;
 • Utiliza frases do género: “Quem manda aqui sou eu”, “Cala-te”,
“Se isto não tiver pronto hoje, vai sobrar para ti...”;
 • Neste tipo de comunicação existe baixo respeito pelos outros e alta
transparência de linguagem.
Alguns sinais emitidos pelo agressivo:

 • Falar alto
 • Interromper
 • Fazer barulho com os seus afazeres enquanto os outros se exprimem
 • Não controlar o tempo quando está a falar • Olhar de revés o seu interlocutor
 • Sorrir ironicamente
 • Manifestar por expressões gestuais o seu desprezo ou a sua desaprovação.
Comportamento Agressivo
Motivos para agir agressivamente
 O indivíduo age agressivamente porque se sente vulnerável e
ameaçado; uma pessoa que tenha vivido muitas frustrações
no passado teme toda a situação que possa causar o mínimo
de frustração;
 • Passividade anterior; o indivíduo que durante muito tempo
agiu passivamente acumula tensão interna que num dado
momento “rebenta” expressando toda a sua mágoa e zanga;
 • Reação exagerada devido a uma experiência emocional
passada; • Alguns indivíduos podem ter sido reforçados a
exibir este tipo de comportamento “a não ficar por baixo”.
O comunicador passivo, raramente está em desacordo,
pretendendo agradar a todos. Tende a ignorar os seus
direitos e os seus sentimentos e a evitar os conflitos a todo o
custo.
Comportamento Principais características

Passivo Não se afirma abertamente e raramente se manifesta. Os


outros não conhecem os seus desejos, interesses e
necessidades;
Utiliza a sua inteligência e afetividade para se defender e
fugir às situações, em vez de investir em soluções
construtivas; • Procura a distância porque é mais seguro /
falta de confiança
Comportamento Passivo

 • Utiliza frases do género


 “Não vale a pena, não se ganha nada com isso”, “Quem fica mal são sempre os
mesmos”;
 • Tem falta de iniciativa;
 • Provoca nos outros um aumento de agressividade ou de manipulação;
 • Neste tipo de comunicação existe alto respeito pelos outros e uma baixa
transparência de linguagem.
Alguns sinais • Mexer os
emitidos pelo • Roer as unhas músculos da face,
passivo rangendo os dentes

Comportamento • Mexer

Passivo
• Bater com os
• Riso nervoso frequentemente
dedos na mesa
com os pés

• Estar
frequentemente • Ter insónias
ansioso
Comportamento Passivo

 Motivos para agir passivamente


 • Acreditar que a passividade significa boa educação e ser útil;
 • Acreditar que não tem direito de exprimir as suas opiniões e defender as suas
necessidades e interesses;
 • Acreditar que ao expressar as suas reais opiniões e interesses vai perder
aprovação e amizade dos outros;
 • Alguns indivíduos podem ter sido reforçados a agir passivamente (a ser
“bonzinho” e “submisso”).
Consequências negativas deste comportamento

• Desenvolve ressentimentos e rancores porque


ao longo da sua existência vai sentindo que está
a ser explorado e diminuído; • Estabelece uma
má comunicação com os outros porque não se
afirma e raramente se manifesta; • Perde o
respeito por si próprio, uma vez que faz coisas
que não gosta, mas que não consegue recusar.
O manipulador considera-se hábil nas relações
interpessoais, apresentando discursos diferentes consoante
os interlocutores a quem se dirige. Apresenta-se como
intermediário e não se assume como responsável.

Principais características
Comportamento • Consegue atingir os seus objectivos sem se afirmar
Manipulador abertamente e sem que os outros percebam que estão a ser
utilizados;
• Desvaloriza os outros;
• Não se pronuncia quando há debate, fala baixo e por
segredinhos, pensa sempre “que o outro faz isto para que eu
acredite naquilo”, apresenta discursos diferentes conforme o
interlocutor;
Comportamento  É mais hábil a criar conflitos do que a reduzir as tensões
existentes; • Tem como consequência a perda de
Manipulador credibilidade e, a longo prazo, o fracasso pois perde a
capacidade de estabelecer relações com os outros na
base da confiança recíproca; • Utiliza frases do tipo:
“Longe de mim tal ideia!”, “Não diria isto a mais
ninguém”. Pode assumir a forma de sarcasmo,
chantagem, lisonja, insinuação...; • Neste tipo de
comunicação existe uma baixa transparência de
linguagem e um baixo respeito pelos outros.
Comportamento Manipulador

 Motivos das atitudes de manipulação


 • Uma educação onde a manipulação era o único meio para atingir os objectivos.
Por exemplo, os pais, para obterem o poder sobre os filhos utilizaram
comportamentos manipuladores. • Acreditar que não podemos confiar em
ninguém e que não podemos ser francos e directos. Consequências do
comportamento manipulador
 • O manipulador perde a sua credibilidade quando os seus “truques” forem
descobertos • Dificilmente recupera a confiança dos outros • Uma vez descoberto
o manipulador tende a vingar-se dos outros.
Comportamento Assertivo

É a forma mais eficaz e construtiva de comunicar com os


outros.
 Assertividade significa mostrar por palavras ou gestos o
que realmente se quer, se sente e se pensa, levando o outro
a mostrar também o que de facto pensa, sente e quer. O
indivíduo defende os seus interesses sem passar por cima
dos outros e, deste modo, estabelece uma relação genuína
e adulta.
Comportamento Assertivo

 Principais características
 • É verdadeiro consigo mesmo e com os outros, expressa verbal ou não
verbalmente pensamentos e sentimentos positivos e negativos sem sentir
ansiedade ou culpa;
 • Coloca as situações de forma clara, defende os seus direitos sem violar ou
desrespeitar os direitos dos outros;
 • Negoceia com base em interesses mútuos e não mediante ameaças; • Estabelece
uma relação de confiança e não de dominação ou calculismo
Comportamento Assertivo

 • Não está nem demasiado perto, nem demasiado longe, mas sempre em frente do
interlocutor;
 • O comportamento assertivo gera assertividade por parte dos interlocutores;
 • Neste tipo de comportamento existe alta transparência de linguagem e alto respeito
pelos outros.
 • “Pode incluir a manifestação de medo, ira, apreço, esperança, alegria, desespero,
indignação, moléstia, etc..., mas expressa de um modo que não viola os direitos dos
demais.”
 • A capacidade de comunicar assertivamente não é inata, pode-se desenvolver e difere
numa mesma pessoa de contexto para contexto.
Comportamento Assertivo

 Componentes do comportamento assertivo


 • Expressão de sentimentos positivos e negativos
 • Elogiar e receber elogios
 • Fazer pedidos
 • Exprimir sentimentos positivos e negativos
 • Iniciar e manter uma conversa
 • Expressar discordância
 • Expressão de zanga justificada
Comportamento Assertivo

 Auto-Afirmação:
 • Defesa assertiva dos direitos pessoais
 • Recusar pedidos
 • Exprimir opiniões pessoais Motivos para agir assertivamente
 • Aumenta o auto-respeito e a auto-confiança do indivíduo;
 • Geralmente os outros admiram e respeitam aqueles que são assertivos;
 • O comportamento assertivo aumenta as possibilidades do indivíduo satisfazer as suas
necessidades e ver as suas preferências respeitadas;
 • O comportamento assertivo é o que permite relações mais próximas e emocionalmente mais
satisfatórias.
 A comunicação é uma condição essencial à vida
humana»
 O modo como nos relacionamos com os outros, a maior
ou menor eficácia no relacionamento interpessoal,
Relacionamento em depende do nosso poder e da nossa habilidade na
comunidade comunicação.
 O Homem, como ser social que é, necessita de se
relacionar com os seus semelhantes, de forma a trocar
informações e experiências, ultrapassar obstáculos,
satisfazer necessidades. a.»
 Comunicar é trocar ideias, sentimentos, experiências,
vivências entre os indivíduos.
 • Comunicar é enviar/receber, transmitir, ouvir, ilustrar,
dar a conhecer/compreender, contagiar, participar, unir,
pôr em comum com os outros aquilo que é nosso.
O que é  • Todos nós comunicamos, mas nem sempre

comunicar? conseguimos fazer-nos compreender, pelo que o ato de


comunicar deve ser um aspeto que devemos sempre
analisar no sentido de o aperfeiçoarmos e de o
otimizarmos.
 • Para comunicar é necessário ouvir e falar, emitir e
receber imagens, sejam elas verbais, gestuais ou escritas.
 Comunidade tem duas formas de definição:
 Geográfica - esta pode ser entendida como uma cidade,
O que é um país, uma região, um bairro, um prédio ou uma
vizinhança.
comunicar?
 Relacional - diz respeito à rede social e à qualidade das
relações humanas dentro da localização de referência.
No fundo, qualquer comunidade assenta em
três pontos:

1) Partilha de um espaço físico


Relacionamento em
comunidade
2) Relações laços comuns

3) Interação social
 Comunidade é:
 • Um grupo de pessoas com uma profissão intelectual
 • Um grupo de pessoas com interesses e objetivos
Relacionamento em comuns
comunidade  • Um grupo de pessoas que vivem num mesmo bairro
Relacionamento em comunidade

 • Uma comunidade não é apenas um aglomerado de casas


 •O animador tem de conhecer alguns aspectos da comunidade onde vai actuar
 •O animador tem de conhecer bem o conceito de comunidade, assim como o meio
onde está inserido
Relacionamento em comunidade

 O animador é um agente de mudança social


 • Pode ser perigoso levar a cabo ações de mudança sobre algo acerca do qual não se possui
qualquer conhecimento
 • Aquando a realização de uma atividade de animação devemos ter em conta os recursos que a
comunidade nos oferece, nomeadamente os locais disponíveis para utilizar em atividades de
animação, considerando o objetivo da atividade e os eventuais condicionalismos do público
alvo
Instituições sociais e
Conflitos
Instituição
 significa activação de uma estrutura onde existem pessoas
comprometidas em actividades dependentes, que têm objectivos
comuns.
 Todas as instituições são constituídas por:
 • Pessoas (recursos humanos)
 • Recursos não humanos (físicos, materiais, financeiros,
tecnológicos) As instituições são extremamente diversificadas em
tamanho, estrutura e objectivos. No entanto podemos considerar dois
grandes grupos de instituições: Lucrativas – a que normalmente se da
o nome de empresas Não Lucrativas – de que são exemplo a igreja,
IPSS, serviços púbicos
 Conflito
Instituições
sociais e  • Desde sempre os seres humanos, enquanto actores
sociais, membros de uma comunidade de maior ou

Conflitos menor dimensão, sujeitos integrantes de organizações


do mais variado cariz, se viram obrigados a lidar com
conflitos.
 • Tradicionalmente, os conflitos eram vistos como um
mal a evitar. A inexistência de conflitos nos grupos e
nas organizações era tida como sinal de competência,
pelo que havia uma atitude espontânea que consistia em
querer suprimir todas as tensões.
Na visão actual de conflito, é reconhecida a utilidade de um certo
grau de conflito para a evolução e vitalidade das organizações e
dos grupos e, de um modo geral, para a qualidade das relações
humanas. A questão não consiste pois em acabar com os conflitos,
Instituições mas sim utilizá-los para o bem de todos.

sociais e
Conflitos • Podemos encontrar conflitos aos mais diversos níveis –
intrapessoais, interpessoais, intragrupais, intergrupais, nacionais,
internacionais, laborais, políticos, religiosos... entre outros.
Atitudes perante o conflito

 Face a um conflito, podemos assumir basicamente três tipos de atitudes:


 Evitar – evitamos frequentemente tudo o que nos parece eventualmente
conflituoso, na esperança de nos mantermos protegidos e na expectativa de que a
situação se venha a alterar. Exemplo: Dizer uma piada quando o assunto não
interessa.
 Desactivar o conflito – consiste em encontrar pequenos pontos de acordo nos
aspetos menores do conflito, fugindo assim aos problemas de fundo. Procedendo
assim, temos esperança de estar a ganhar tempo e poder suspender o conflito até
que as coisas se acalmem. Exemplo: estratégia frequentemente utilizada pelos
políticos.
Atitudes perante o conflito

 Enfrentar o conflito – quando decidimos enfrentar o conflito, podemos fazê-lo


utilizando três estratégias diferentes, que conduzem a resultados distintos e mais
ou menos eficazes.
 Ganhar – Perder
 Perder - Perder
 Ganhar – Ganhar
Ganhar – Perder

 Esta é, infelizmente, a estratégia mais corrente na resolução de um conflito em


qualquer situação negativa, porque a utilização da força implica que haja sempre
alguém que perca. Geram-se sentimentos de vingança e ressentimentos e nunca se
chega a uma solução criativa do problema. As pessoas envolvidas num conflito
não comunicam aberta e directamente e utilizam regras e leis para vencer. • Este
procedimento assenta fundamentalmente na autoridade que uma das partes, a mais
forte, exerce sobre a outra, para eliminar o conflito. • Mobiliza frequentemente
“ataques pessoais”, gerando sentimentos hostis, de revolta e vingança, uma vez
que uma das partes sai vencida pela “força”. Cada uma das partes investe a sua
energia contra a outra e não na procura de uma solução satisfatória para ambas.
Perder – Perder

 Esta estratégia não satisfaz, obviamente, nenhuma das partes envolvidas no


conflito, simplesmente porque nenhuma delas dá a vitória à outra.
 • Esta estratégia implica que as partes envolventes estejam mais empenhadas em
impedir que a outra parte ganhe do que, propriamente, que se encontre uma
solução para o conflito. O argumento utilizado é “Eu não ganho, mas o outro
também não”.
 • Exemplo: Se duas pessoas insistem ir, cada uma, a um restaurante diferente,
pode optar-se por um terceiro, não satisfazendo nenhuma delas.
Ganhar – Ganhar

 Esta é a estratégia mais eficaz de resolução do conflito. Ambas as partes


encontram-se dispostas a dialogar, a confrontar pontos de vista, a apresentar
alternativas e a negociar soluções.
 • Não sendo um processo fácil dado que implica um maior investimento de tempo
e entre outras coisas uma maior atenção do outro e cedências de parte a parte, é
contudo aquele que permite criar um clima de compreensão, confiança e respeito
mútuo entre os sujeitos envolvidos no conflito.
Face a uma situação de conflito, é
importante saber:
Diagnosticar a natureza do problema

Ou seja, identificar a que nível se situa o nosso desacordo com o outro: Sentimo-nos
afectados no nosso plano pessoal? Sentimo-nos postos em causa como profissionais?

• Escutar atentamente a(s) outra(s) parte(s) envolvida(s): As pessoas envolvidas no conflito


têm de se ouvir mutuamente. A escuta implica que prestemos atenção não só ao conteúdo da
mensagem de cada uma das partes, mas também aos sentimentos e emoções nelas
implicados, aos índices não verbais e ao contexto em que a mensagem é transmitida.
 • Traduzir o problema em termos simples e objetivos.
Com vista a encontrar uma formulação comum para o Face a uma
problema, os intervenientes, devem expressar de forma
simples e objetiva o modo como avaliam o problema.
situação de
conflito, é
importante
saber:
 • Apresentar alternativas apontando claramente os
seus argumentos: Os intervenientes devem
sugerir soluções e alternativas para a situação
Face a uma problema, identificando em simultâneo os
argumentos de defesa para cada uma delas.
situação de  • Analisar e discutir as várias soluções
apresentadas, de modo a escolher a mais
conflito, é indicada: Nesta fase todas as soluções devem ser
ponderadas. Os intervenientes devem envolver-se
importante conjuntamente, no sentido de explorar quer as
implicações positivas, quer as dificuldades para
saber: cada uma das soluções. Todas as dúvidas que
surjam devem ser expostas e clarificadas. A
solução deve surgir em benefício de todos.
  • Preservar a
dignidade e o
• Ouvir com
empatia
autorespeito
Princípios
orientadores na
resolução do • Não esperar
mudar o estilo de
comportamento
• Exprimir a
própria perspetiva,
mesmo que seja a
conflito dos outros única discordante.
Contributo para o código deontológico do
Técnico de Apoio Psicossocial

 Os Técnicos de apoio Psicossocial devem colocar


os seus objetivos, conhecimentos e experiência ao
serviço dos indivíduos, dos grupos, das
comunidades e da sociedade, apoiando-os no seu
desenvolvimento e na resolução dos seus conflitos
individuais ou coletivos e nas consequências que
dai possam surgir;
Contributo para o código deontológico do Técnico de
Apoio Psicossocial

 Espera-se que os Técnicos de Apoio Psicossocial


providenciem o melhor apoio possível a toda e
qualquer pessoa que procure a sua ajuda e
conselho, sem discriminação com base na
deficiência, cor, raça, classe social, religião, língua,
convicções políticas ou opções sexuais;
Contributo para o código deontológico do
Técnico de Apoio Psicossocial

 Procurar entender cada utente, individualmente, o


sistema social em que está envolvido, as
condicionantes que afetam o seu comportamento e
acompanhamento, assim como os serviços que lhe
deveriam ser prestados;
Contributo para o código deontológico do Técnico de
Apoio Psicossocial

Preservar, afirmar e defender, os valores,


conhecimento e metodologia do técnico de
Apoio Psicossocial, abstendo-se de qualquer
comportamento que prejudique o exercício da
profissão;
Contributo para o código deontológico do
Técnico de Apoio Psicossocial

 Reconhecer as limitações profissionais e pessoais;


 Encorajar a utilização de todo o saber e experiência
prática importantes;
 Inovare aplicar os métodos relevantes no
desenvolvimento e validação dos seus
conhecimentos teóricos e práticos;
Normas Éticas Internacionais
Na Relação com os Utentes
 Aceitar a responsabilidade em relação aos utentes, mas dentro das
limitações estabelecidas pelos direitos éticos dos outros e os
objetivos dos serviços;
 Preservar o direito do utente a um relacionamento de confiança, à
privacidade e confidencialidade, e ao uso responsável da
informação.
 O utente deverá estar informado da necessidade e do uso da recolha
e da partilha da informação dos dados adquiridos enquanto
profissional
Normas Éticas Internacionais
Na Relação com os Utentes

. Nenhuma informação deverá ser cedida sem o
conhecimento do utente, exceto nos casos em que
este não possa ser responsável ou em que outros
possam ser colocados em risco. O utente deverá ter
acesso aos registos do trabalho social que a ele se
refiram;
Normas Éticas Internacionais
Relativas a Instituições, Serviços e Organizações

 Trabalhar e/ou cooperar com aquelas Instituições /Serviços e


Organizações, cujas políticas, atividades e funcionamento tenham
como objetivo prestar um serviço adequado, respeitando uma prática
profissional.
 • Executar, responsavelmente, os objetivos e funções fixados pela
Instituição / Serviço ou Organização, contribuindo para o
desenvolvimento de políticas, processos e práticas corretas a fim de
obter os melhores resultados possíveis;
Normas Éticas Internacionais
Relacionadas com os Colegas
 • Respeitar o saber, a experiência e a prática dos colegas, e dos profissionais de outras
áreas, alargando toda a cooperação necessária que possa intensificar a eficiência dos
serviços;
 • Reconhecer as diferenças de opinião e de prática dos colegas, e outros profissionais,
expressando as críticas de uma forma responsável;
 • Promover e partilhar as oportunidades de estudo, experiências e ideias com todos os
colegas, profissionais de outras disciplinas e voluntários, com o objetivo de
aperfeiçoamento mútuo;
 • Comunicar aos corpos gerentes das Associações Profissionais quaisquer violações da
ética e das normas profissionais e assegurar-se que os utentes estão protegidos;
 • Defender os colegas contra ações injustas.

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