Créditos Sobre pact of dragons

Autor Principal: Marco Antônio “Boi” Loureiro
Autores: Diniz “Gruntar” Albieri, Fábio “Beholder”
Medelo, Luiz Azeredo “Azecos” Costa
Líder de Design: Fábio “Beholder” Medelo
Arte da Capa: Angélica Juliane
Artistas do Pacto: Amanda Brotto, Amedyr, Angélica
Juliane, Lorrayne Bicalho
Cartógrafo: Leonardo “Azargat” Couto
Logotipo: Pablo Doncel, “O Canivete Films”
Diagramação e Mapa da Aventura: José Raimundo
Edição e revisão: Thais Somnitz
Artes adicionais: Depositphotos
Pact of Dragons é um cenário de campanha para
o RPG mais famoso do mundo, o Dungeons and
Dragons, cuja temática principal gira em torno
das criaturas mais icônicas dos mundos de
fantasia, os Dragões.
No mundo de Pact of Dragons teremos também
novas classes, raças, antecedentes, magias, itens
mágicos, monstros e mecânicas de jogo, além de
uma infinidade de dragões únicos, como você
nunca viu antes.

Em nossa capa
Nessa arte fantástica de Angélica Juliane,
a Alfa das Alfas do Sangue Saykorr,
a dragonesa Tarykorr, das presas do
veneneno rubro, se levanta das águas
tóxicas dos Lagos dos Delírios e desafia
vocês, bravos aventureiros a explorar as
terras pantanosas e inóspitas do Domínio
Dracônico de Mindrayrth.

Pact of Dragons é publicado sob as regras presentes no OGL para 5ºed do RPG mais popular do mundo.

Pact of Dragons © todo os direitos reservados.

Acompanhe o desenvolvimento do projeto nas redes sociais e no site
www.pactofdragons.com

Versão 1.0.1

2 quickplay - Pact of Dragons

 Indice
Créditos_______________________________________________________________ 02
Indice_________________________________________________________________ 03
Introdução___________________________________________________________ 04
O Mundo de Yrgath____________________________________________________ 05
Opções de personagem_________________________________________________ 07
Gorr_________________________________________________________________ 07
Nahudra_____________________________________________________________ 09
Xamã________________________________________________________________ 11
Clérigo - O Caminho do Relicário____________________________________ 17
Mindrayrth___________________________________________________________ 19
Os Dragões de Mindrayrth___________________________________________ 20
Linhagens Dracônicas de Destaque___________________________________ 20
Karr’Naur, O Vale dos Naur____________________________________________ 23
História da Região___________________________________________________ 23
Vida e Sociedade_____________________________________________________ 26
O Protetorado de Andalorya________________________________________ 27
O Protetorado de Vordrath_________________________________________ 29
O Protetorado de Majvolka_________________________________________ 30
O Protetorado de Ordes Radras_____________________________________ 31
Cumprimentos, ditados, expressões e xingamentos de Yrgath__________ 34
Entrega em Faularya__________________________________________________ 35
A Ruína de Lay’Ronia_________________________________________________ 38
Ruína 01 (O Caminho de Pedras)_______________________________________ 38
Ruína 02 (O Covil do Seelashh)________________________________________ 40
Ruína 03 (O Túmulo do Guardião)_____________________________________ 41
Ruína 04 (O Espelho D’Água)___________________________________________ 42
Ruína 05 (O Descanso Final da Heroína)_______________________________ 43
Conclusão___________________________________________________________ 45
OGL____________________________________________________________________ 46
Acompanhe o projeto_________________________________________________ 48

3 quickplay - Pact of Dragons

 Introdução

A
presentamos o quickplay de Pact of Dragons, cenário de campanha de 5E. Em maio
de 2020 iniciamos a concepção deste cenário com uma premissa em mente: dragões
mereciam maior destaque. Embora presentes no nome do próprio sistema de RPG,
os dragões, na maioria dos cenários com poucas exceções, não exerciam o poder e
influência que poderiam. Começamos a imaginar o que aconteceria se os dragões tivessem
desde o início dos tempos construído seus próprios reinos e domínios. Como seria um mundo
de fantasia medieval onde os dragões são personagens influentes na política, economia, magia e
segredos do mundo, enquanto outras raças tivessem de disputar recursos e travar guerras contra
os Domínios Dracônicos?

Outra premissa que temos na concepção de Pact of Dragons é que estamos criando um mundo
onde nós mesmos gostaríamos de jogar. Em nossas reuniões é comum um de nós virar e falar
“Cara, eu quero jogar isso aí!”. Queremos fazer um cenário de RPG de fã para fã, e as centenas
de horas que já dedicamos ao Pact of Dragons estão presentes neste quickplay gratuito, onde
apresentamos duas raças e duas classes exclusivas do cenário, o primeiro Domínio Dracônico,
uma aventura e outros aspectos para permitir a você Mestre e Jogador a começar a jogar no
mundo de Yrgath.

Pact of Dragons em seu formato final será um projeto de financiamento coletivo com previsão
de início ainda em 2021. Esperamos que você goste de jogar neste cenário tanto quanto nós
estamos gostando de criá-lo. Acompanhe nossas streams, vídeos e redes sociais para conhecer
mais sobre Pact of Dragons e conversar conosco!

- Gruntar, Beholder, Boi e Azecos

4 quickplay - Pact of Dragons

 O Mundo de Yrgath
O
s dragões estão presentes desde o alvorecer
do mundo. Há quem acredite que são tão
velhos quanto A Verdade, a divindade única
que criou o mundo de Yrgath e que pacientemente
acompanha o desenlace de eventos mortais. Os
dragões inventaram a magia e mantiveram os
segredos arcanos escondidos dos mortais enquanto
aperfeiçoavam seus poderes mágicos. Somente
após estes segredos terem sido roubados, tal
conhecimento acabou se disseminando.
A maior parte de Yrgath é dividida em
Klauth’Draats, ou como os humanos chamam,
Domínios Dracônicos. Um Domínio Dracônico não
é um reino humanoide onde o dragão se senta em
um trono como se fosse um rei burocrata. Olhos
desavisados não perceberiam que adentraram um
Domínio Dracônico, pois não existem muralhas,
estradas ou casas. Os dragões não precisam de
nada disso. Os Domínios Dracônico são grandes
extensões territoriais habitadas não somente pelos
dragões, mas por outras raças dracônicas como
os Gorr e os Kobolds, além daqueles que precisam
por algum motivo residir ali, como mercadores
e prestadores de serviço para os dragões. Com a
devida autorização, uma criatura não dracônica
pode residir em um Domínio Dracônico com
relativa segurança.
5 quickplay - Pact of Dragons
Há mais de 600 anos os dragões passaram por
um, digamos, problema, cuja solução estava fora do
seu alcance, algo que pôs em risco a existência de
toda Yrgath. Os dragões buscaram o apoio de elfos,
anões e humanos e forjaram um pacto que permitiu
resolver a situação naquele momento mas gerou a
necessidade de um trabalho conjunto e contínuo
entre os membros do Pacto para o bem de todos os
povos. Este pacto incluiu uma condição de não-
agressão, onde dragões não mais poderiam atacar
outros reinos indiscriminadamente. Este acordo
vem sendo cumprido de forma razoavelmente
estável ao longo de 650 anos.
Até agora.
Eventos recentes no mundo de Yrgath estão
colocando o Pacto à prova e trazendo grande
instabilidade tanto para dragões quanto para os
demais povos. Um destes eventos já é falado em
reuniões fechadas de pessoas influentes, guildas e
linhagens dracônicas: a syqua está acabando. Syqua
é um metal metamágico e tóxico que permitiu a
ascensão de tribos ao status de cidades e nações,
sendo também parte importante do Pacto.
 ALGUMAS LÍNGUAS DE YRGATH:
• AAK, a Língua Dracônica ou a
Língua Comum dos Dragões.
• DIALETO RARASHH, Variação
da Língua Dracônica.
• NAUR’AAK, a Língua Comum
dos Humanos
• MOR’AAK, a Língua de Yr ’Mor, o
Mundo Espiritual .
• SHAD’AAK, a Língua dos
Shadraaths, o Dracônico Invertido
ou a Língua da Penumbra.
Em troca da não-agressão os dragões recebem syqua
continuamente de anões e humanos. O motivo pelo
qual os dragões precisam de syqua continuamente é
um mistério, mas sua escassez pode comprometer o
Pacto e por consequência, trazer novamente à tona o
perigo que se julgava extinto.
Nos tempos atuais, aventuras e oportunidades
estão presentes por toda Yrgath, como a exploração
dos Mares de Penumbra - antigos territórios de
humanos, elfos e dragões que foram assolados por
um mal desconhecido. O nome Mares de Penumbra
foi dado a estas regiões pois ao se olhar para elas a
impressão que se tem é de estarem permanentemente
imersas em uma sombra que bloqueia parcialmente
a visão de quem está de fora. Até hoje os Mares de
Penumbra abrigam os tesouros remanescentes de
seus moradores originais, incluindo magia, ouro,
syqua e outros itens valiosos. Poucos são os relatos de
aventureiros que conseguiram voltar vivos de um Mar
de Penumbra. Ainda mais raro são os que voltaram
com sua sanidade intacta. Outras oportunidades
em Yrgath incluem ainda ganhar ouro ou favores
aproveitando a rivalidade entre as muitas Casas da
Família Radras.
Os integrantes das Casas da Família Radras são
descendentes diretos do humano imortal, o Rei
Orbath, principal responsável por selar o Pacto.
Sempre muito presente na política e atuando como
moderador entre as intrigas de seus descendentes,
ultimamente Orbath está mais recluso por motivos
não revelados. Isto vem fomentando toda sorte de
rumores e a intriga entre as Casas.
Por fim, oportunidades existem para todos
que queiram explorar o intercâmbio cultural e
econômico entre os Domínios Dracônicos e os
outros povos de Yrgath.
6 quickplay - Pact of Dragons
Sempre tem um mercador anão precisando
movimentar uma carga de syqua em segredo
ou um comandante gorr procurando batedores
para levantar informações sobre um exército
dracônico inimigo.
Yrgath é um mundo de futuro incerto. O Pacto
que mantivera a relativa paz entre as diferentes
raças está em risco. A syqua, que é amplamente
utilizada em todos os reinos, tribos e cidades,
está se tornando escassa. Na calada da noite nas
tavernas já é falado sobre o retorno do antigo
mal que devastara reinos ancestrais e se julgava
extinto. E o Rei Orbath Radras, o humano que por
muitos é considerado uma divindade pois não
envelheceu um só dia nos últimos seiscentos anos,
tem diminuído suas aparições públicas nos últimos
tempos. Muitos mistérios e aventuras aguardam
os aventureiros suficientemente corajosos para
encarar os desafios de Pact of Dragons!
Escrever um cenário de RPG é um sonho antigo meu- e
acho que é de todo nerd que joga e narra RPG. Poder
contribuir com um material original e imaginar que outros
mestres e jogadores criarão suas próprias aventuras e
campanhas de Pact é uma sensação muito gratificante. Ao
longo de sete anos de stream, já tive inúmeros relatos de
mestres que usaram, em seus jogos, PDMs que criei para
jogos em stream. Imagina o quanto poderão fazer com um
mundo todo?
A resposta: TUDO!
Lembre-se, o mundo é seu! Você tem total liberdade para usar
o Pact como quiser, seja na íntegra ou somente uma parte.
Mestres, em especial, poderão levar classes ou raças para
sua atual campanha de outro cenário?Sim!. Poderão ignorar
um aspecto crucial que nós, autores, criamos e fazer sua
própria versão dos eventos? Claro! Podem destruir um
domínio dracônico inteiro ou eliminar PDMs canônicos?
Não espero nada menos do que isto! Nós queremos que o
Pact of Dragons seja um guia e lhe inspire, não que seja um
dogma inquebrável. O jogo é de vocês, mestres e jogadores!
- AZECOS
 Opções de personagem
Gorr
“A Falange de Pedra avançava sem dificuldades
pelo domínio de Australyrth. Éramos 20 homens e
mulheres treinados para o combate e havíamos lidado
sem dificuldade com os poucos monstros que ousaram
nos atacar. Então, em uma clareira no meio da floresta,
aquela criatura apareceu. Seu porte era imponente e, ao
mesmo tempo, brutal. Ao nos ver, fez uma reverência,
dobrando suas patas dianteiras e abaixando sua enorme
foice dupla. Disparou em nossa direção com uma
velocidade espantosa, atropelando um dos mais fortes
guerreiros de nossa falange e o arremessando longe. O
coice em seguida desfigurou o rosto da nossa clériga, e sua
foice girava, ceifando vidas a cada golpe. Eu nunca havia
visto nada feroz e preciso como aquela criatura.Ao ver
meus aliados perecerem um após o outro, corri. Aos sons
de desespero e morte de meus aliados, eu fugi com todas
as minhas forças. Só eu sobrevivi para contar a história
desta criatura que, hoje, conhecemos como os gorrs.”
- Rudolph Trenan, arqueiro aposentado da Falange de Aço
Guerras são ganhas e finalizadas com domínio
terrestre. Por mais que dragões sejam criaturas
inigualáveis em combates aéreos, as grandes vitórias
são sacramentadas pela infantaria que subjuga
exércitos inimigos, invade fortalezas e executa
as mais diversas estratégias. Um exército
dracônico precisa ser formado por criaturas
tão poderosas em terra quanto os dragões
no ar. Estas criaturas são os gorr.
7 quickplay - Pact of Dragons
Força bruta e mobilidade
A força dos gorr é reverenciada e temida por
toda Yrgath. Seu corpo quadrúpede, aliado ao
dorso humanoide, confere aos gorr a inigualável
combinação de mobilidade com o uso de armas
poderosas. Enquanto o corpo dracônico confere
velocidade, força, e serve como uma barreira natural
contra o avanço de exércitos inimigos, o uso de
armas de grande porte os permite desferir golpes
poderosos e, muitas vezes, letais. A capacidade de
atropelar inimigos, somada aos poderosos coices,
faz com que gorrs consigam desfazer até a mais
organizada parede de escudos de exércitos humanos.
Nascidos para a guerra
Gorrs são criados a partir de ninhadas específicas
de ovos dracônicos, que são expostos a intempéries
físicas e mágicas de modo a fazer nascer somente
os espécimes mais fortes. Este processo de
aprimoramento dos gorr ao longo de séculos, tornou-
os a máquina perfeita para a guerra. Sua força física,
somada à sua disciplina militar e inabalável coragem,
faz com que os gorrs sejam vitais para a vitória em
guerras de larga escala.
 Disciplina e trabalho em equipe
O intenso treinamento militar faz com que os gorr
se tornem ainda mais poderosos quando trabalham
em conjunto. Desde seu nascimento, recebem uma
preparação completa para o combate, que inclui
o manuseio das mais diversas armas, formações
ofensivas e defensivas, bem como o treinamento
prático de milhares de situações possíveis no campo
de batalha. Isso faz com que, diante de um exército
inimigo, consigam, rapidamente, mudar suas táticas
e executá-las à perfeição.
Embora tenham um papel fundamental em
inúmeras vitórias militares, muitos gorr se
ressentem de não terem o destaque que merecem
nas sociedades dracônicas por serem híbridos. Isso
pode gerar em um exército gorr o sentimento de
maior lealdade para com seus irmãos em combate
do que para com a Alpha do Domínio Dracônico.
Nomes de gorrs
Femininos: Arraleash, Bherr, Fhreras, Hrrush,
Jentrash, Patjyrr, Rehriesh, Samzzea, Tryander,
Vhapp, Xhartya
Masculinos: Bohrrt, Devrakk, Ghurrth, Kotrhek,
Metzhak, Rarhrith, Sthukkz, Toredhar, Vuphh,
Zohrtkar
traços raciais gorr
Aumento no Valor de Atributo: Seu valor de Força
aumenta em 2 e seu valor de Constituição aumenta
em 1.
Fazer o design de um cenário de RPG é muito mais
do que simplesmente criar raças e classes novas. É a
oportunidade de combinar anos de experiência com as
mecânicas de um sistema, e suas adaptações, com toda
uma nova forma de explorar o mundo através de novos
aventureiros e visões culturais.
No Pact Of Dragon a história vem em primeiro lugar e as
mecânicas são colunas de sustentação que mantém o
engajamento nessa narrativa e sua diversão.
Antes de pensar em cada bônus de status ou poder de raça
eu sempre me perguntava como esses novos elementos se
viam e eram vistos no mundo de Yrgath. Design para servir
ao mestre e jogadores e não o contrário.
8 quickplay - Pact of Dragons
Idade: Os gorrs se desenvolvem rápido, tornando-
se jovens adultos, prontos para a guerra, aos 10
anos. Apesar desse avanço inicial rápido, eles
conseguem viver até os 250 anos.
Tamanho: Gorrs são criaturas grandes, variando
entre 1,90 metro e 2,20 metros.
Tendência: Os gorrs foram criados para obedecer
às regras e seguir ordens de guerra. A maior parte
dos indivíduos dessa raça costuma demonstrar
tendências leais, mas pesam para uma neutralidade
no que diz respeito ao “Bem e Mal”
Deslocamento: Seu deslocamento base de
caminhada é de 12 metros se não estiver usando
armaduras ou estiver usando armaduras leves. Ao
usar qualquer armadura média ou mais pesada, o
deslocamento se torna de 9 metros.
Idiomas: Você sabe falar, ler e escrever Naur’Aak
(Comum) e Aak (Dracônico). Aak é o idioma mais
antigo de Yrgath.
Coice: Com uma ação padrão, o gorr pode desferir
um ataque com suas patas traseiras.
O gorr é considerado proficiente nesse ataque
e, caso o acerte, causa 1d8+ Força e o alvo deve
passar em uma salvaguarda de forças contra 8 +
Prof + bônus de força do gorr. Caso falhe, o alvo
é derrubado e arremessado a uma distância de
1,5 metro.
Carga: Caso o Gorr se mova ao menos 6 metros
antes de executar um ataque nesse mesmo turno,
ele recebe um bônus de +1d6 de dano nesse ataque
como bônus de carga.
Armadura Natural: Os gorrs herdaram parte da
proteção natural dos dragões de onde descendem.
Mais 1 de armadura natural.
Mas e o balanço? Bem, tá aí uma pergunta complicada.
Todo material novo tem uma tendência a aumentar
o nível do poder do jogo. Cada nova possibilidade e
combinação gera resultados às vezes inesperados. E isso
não seria diferente com o Pact of Dragons. Espere raças
bem mais fortes e combinações de classes “quebradas”.
Principalmente nesse estágio inicial. Mas é exatamente
por isso que existem os beta testes. Tenham calma. Até o
lançamento tudo vai estar relativamente balanceado.
Espero que vocês se divirtam com as novas formas de curar
seus aliados, controlar o combate e aniquilar os monstros
que vamos apresentar durante todo o lançamento do nosso
jogo. E não esqueça de dar seu feedback.
- FÁBIO “BEHOLDER”
 Nahudra
“ELE CORREU POR ALI! NÃO DEIXEM O
DESGRAÇADO ESCAPAR” gritavam os caçadores,
enquanto corriam atrás do Nahudra.
O homem, que agora refletia a luz do sol nos cristais
que nasciam de suas costas, saltava entre os telhados da
cidade de Thaedras para escapar de seus perseguidores.
O suor escorria de seu rosto, mas um estranho
sentimento de liberdade invadia seu coração.
Sem perceber, enquanto dava mais um de seus saltos,
o Nahudra sorria. Há quanto tempo ele não sentia o ar
limpo de um dia ensolarado batendo em seu rosto?
Ratos de minas.
Uma das características mais importantes dos
Nahudras é a sua capacidade de sentir a syqua a
vários metros de distância. Essa habilidade torna
essa raça extremamente importante no processo
de mineração desse metal cristalino e metamágico.
Apesar do medo constante das pessoas de que
a syqua do corpo do Nahudra seja contagiosa,
assim como o cristal quando encontrado na
natureza (fato que os especialistas da ordem
mágica de Balthormyr afirmam ser falso), várias
companhias mineradoras ainda empregam
esses indivíduos em suas atividades diárias.

Os Nahudras são, provavelmente, a raça mais

rara de Yrgath. Eles possuem a aparência de um
humano comum, com apenas uma divergência:
os Nahudras nascem com um conjunto cristalino
de syqua em seus corpos, que tende a crescer com
o amadurecimento do indivíduo. Esses cristais
podem se desenvolver em qualquer parte do corpo,
com tamanhos e formas variadas, mas respeitando,
quase sempre, a coloração arroxeada da syqua e suas
propriedades naturais.
Entretanto, nascer com a mácula da syqua em seu
corpo é, normalmente, uma receita para o abandono
e uma vida de sofrimento.

Duro como cristal, frio como

o ferro
Nahudras tendem a ter um
comportamento reservado e discreto,
até mesmo recluso. Isso ocorre pois,
geralmente, esses indivíduos são
excluídos e abandonados, ou são
caçados e escravizados. Esse
ambiente hostil força cada um
dos Nahudras, desde cedo, a se
aprimorar na arte do combate ou
da fuga.
Segundo estudiosos, devido
ao crescimento dos cristais
de syqua em seu corpo desde
cedo, os Nahudras apresentam
uma constituição acima da
média. Doenças acabam
por sumir em um tempo
reduzido, e seus machucados
se curam em poucas semanas.

9 quickplay - Pact of Dragons

 traços raciais Nahudra
Assim como os humanos, é difícil fazer
generalizações sobre os Nahudras, mas eles
possuem as seguintes características:
Idiomas: Você pode falar, ler e escrever Naur’Aak
(Comum) e outro idioma adicional, à sua escolha.
Aumento no Valor de Atributo: Seu valor de
Constituição é aumentado em 2 e você pode
escolher aumentar em 1 seu valor de Inteligência
ou Força.
Idade: Nahudras amadurecem no mesmo ritmo
dos humanos e alcançam a maturidade por volta
dos dezoito anos. Porém, eles vivem relativamente
mais do que os humanos, chegando a até 120 anos.
Tendência: Os Nahudras não possuem inclinação
a nenhuma tendência em especial.
Tamanho: Os Nahudras variam muito em altura e
peso, podendo ter quase 1,50 metro ou mais de 1,80
metro. Seu tamanho é considerado Médio.
Deslocamento: Seu deslocamento base de
caminhada é de 9 metros.
Resiliência Mental: Os Nahudras possuem uma
resistência natural contra os poderes mentais dos
Shadraaths. Os testes de salvaguarda de sabedoria
e de carisma feitos contra essas criaturas possuem
vantagem.
Sentir a Terra: Os Nahudras conseguem se
conectar com os depósitos de syqua à sua volta.
Todos os testes de percepção relacionados à syqua
são feitos com vantagem.
Além disso, concentrando-se por 10 minutos,
o Nahudra consegue identificar a localização de
qualquer depósito do minério maior do que 10kg
numa distância de 40 metros.
10 quickplay - Pact of Dragons
A syqua que nasce do corpo dos Nahudras
não tem a característica venenosa comum do
minério encontrado nas minas. Pesquisadores
parecem acreditar que, durante o processo de
desenvolvimento do metal cristalino no corpo do
Nahudra, seu sistema imunológico filtra as impurezas
que causam o envenenamento ao se manipular a
syqua encontrada na natureza.
Apesar do mesmo efeito ocorrer com a syqua
que nasce do corpo de outras criaturas, magos e
sucateiros não conseguem reproduzir esse efeito
artificialmente em seus laboratórios, o que torna
o valor desse material, quando removido de um
corpo, maior do que aquele retirado de um veio do
minério na natureza. Tal fato pode levar a caçadas
desesperadas contra os Nahudras.
Regenerar uma syqua arrancada de um ser vivo
é algo raro e extremamente doloroso. A criatura
pode metabolizar a syqua em natura gerando novos
cristais em seu corpo. Mas isso pode demorar meses
ou até anos. Ficando a critério do(a) Mestre(a).
 Xamã
A escuridão da noite envolvia as ruínas de uma
antiga construção no meio da floresta. Diversos
sons chegavam aos ouvidos do pequeno Rarashh,
mas nenhum deles era natural. Eram sussurros
e murmúrios que poderiam congelar o coração de
qualquer um. Há algo diferente neste local. Algo
poderoso e cheio de mistérios há muito esquecidos. Os
espíritos tinham escolhido esta região, e somente um
habilidoso xamã poderia desvendar esse segredo.
Um novo murmúrio indicou o caminho e, avançando
devagar, o Rarashh percebe um animal caído no
chão. Ele possui um ferimento profundo, feito
por uma poderosa garra. O xamã se ajoelha ao
lado do pequeno dinossauro, colocando seu totem
próximo à criatura. Suas mãos ecoam o poder que
lhe foi concedido pelos ancestrais e ele canta pela
recuperação do animal, canalizando os
poderes curativos do espírito da floresta.
CRIANDO UM XAMÃ
Quando for criar um personagem xamã, é preciso
compreender o papel inerente a essa classe nas
comunidades de Yrgath. Um xamã é um líder
espiritual, um sábio conselheiro, disposto a ajudar
as pessoas sem se importar com suas origens, do
mais pobre ao mais rico, do dracônico ao não-
dracônico. Um verdadeiro xamã nunca irá deixar
sua responsabilidade perante à comunidade de lado
por motivações egoístas.
Além disso, o xamã também é a conexão entre o
mundo físico e o espiritual.Ele serve de guia para os
espíritos aflitos ou enraivecidos que estão presos em
Yrgath e, em muitos casos, também conforta aqueles
que perderam seus entes queridos.
Tendo isso em mente, decida de que lugar seu
personagem veio e combine com o mestre qual era
o seu papel dentro da comunidade onde ele estava
antes de começar sua jornada como aventureiro.

Os xamãs são a conexão entre o

plano material e o mundo espiritual de
Yr’Mor. Atuam como líderes espirituais,
curandeiros e conselheiros, utilizando seus
poderes em prol das comunidades a que
servem ou aos companheiros de aventuras.

LIGAÇÃO COM OS ESPÍRITOS

Quando Yr’Mor, o mundo espiritual, foi separado
do plano material, muitos espíritos ficaram presos
em Yrgath, em uma camada invisível para a maior
parte das criaturas. Furiosos com sua realidade,
essas entidades enxergam nos xamãs um caminho
para restabelecer o equilíbrio no mundo.
Essa ligação espiritual concede aos xamãs diversos
poderes, que podem ser focados em diferentes
situações. Em combate, eles podem canalizar a
fúria dos espíritos para enfrentar seus inimigos ou
concentrar sua essência para curar seus aliados.
Em outros momentos, os xamãs podem utilizar a
força dos espíritos em prol das necessidades das
comunidades.

LÍDERES ESPIRITUAIS
Em diversas partes do mundo, os xamãs são
responsáveis por liderar a sociedade em que vivem.
Sua sabedoria e seus conhecimentos servem como
guia extremamente importante para a prosperidade
e o equilíbrio de todos os aspectos que cercam seu
ambiente.
Apesar dessa liderança inspirar o respeito de sua
comunidade e mostrar uma posição de destaque, a
verdade é que os xamãs vivem para servir, e estão
sempre dispostos a sacrificar suas necessidades em
prol do coletivo.

11 quickplay - Pact of Dragons

 XAMÃ
Bônus de Magias Truques Espaços de Magia por Nível
Nível Características
Proficiência Conhecidas Conhecidos 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1º 2 Conjuração Contato Espiritual 2 3 2 — — — — — — — —
2º 2 Espírito em Matéria 3 3 3 — — — — — — — —
3º 2 Tradição Xamãnica 4 3 4 2 — — — — — — —
4º 2 Incremento no Valor de Habilidade 5 4 4 3 — — — — — — —
5º 3 Cerimônia 6 4 4 3 2 — — — — — —
6º 3 Habilidade Tradição Xamãnica 7 4 4 3 3 — — — — — —
7º 3 — 8 4 4 3 3 1 — — — — —
8º 3 Incremento no Valor de Habilidade 9 4 4 3 3 2 — — — — —
9º 4 — 10 4 4 3 3 3 1 — — — —
10º 4 Habilidade Tradição Xamãnica 11 5 4 3 3 3 2 — — — —
11º 4 Cerimônia aprimorada 12 5 4 3 3 3 2 1 — — —
12º 4 Incremento no Valor de Habilidade 12 5 4 3 3 3 2 1 — — —
13º 5 — 13 5 4 3 3 3 2 1 1 — —
14º 5 Habilidade Tradição Xamãnica 13 5 4 3 3 3 2 1 1 — —
15º 5 — 14 5 4 3 3 3 2 1 1 1 —
16º 5 Incremento no Valor de Habilidade 14 5 4 3 3 3 2 1 1 1 —
17º 6 Ritual da Âncora Corporal 15 5 4 3 3 3 2 1 1 1 1
18º 6 Chamado da água purificadora 15 5 4 3 3 3 3 1 1 1 1
19º 6 Incremento no Valor de Habilidade 16 5 4 3 3 3 3 2 1 1 1
20º 6 Transcender 16 5 4 3 3 3 3 2 2 1 1

Você veio de algum Domínio Dracônico específico?

Você decidiu deixar sua tribo em busca de
iluminação espiritual? Um ancião xamã te deu a
missão de salvar espíritos em terras distantes de sua
comunidade? Uma família deseja se comunicar com
um ente querido que morreu de forma misteriosa?
Você precisa levar uma mensagem importante dos
espíritos para algum nobre ou monarca arrogante?
Converse também com o mestre para escolher
com que tipos de espíritos seu personagem está
ligado. Seu personagem está ligado aos primitivos
Elementais? Aos Ancestrais Dracônicos? Às Bestas
ou aos animais espirituais? Ou seria uma conexão
mais obscura, de certa forma amaldiçoada, com os
desmortos que desejam descanso?
Jornada do Curandeiro Sagrado
Os xamãs que seguem a Jornada do Curandeiro
Sagrado utilizam seus poderes em prol da cura e
do bem estar de suas comunidades e aliados. Eles
canalizam a força de espíritos bondosos e purificadores
para prover a recuperação física e mental daqueles que
pretendem ajudar. Aqueles que escolhem a Jornada
do Curandeiro Sagrado acabam preferindo servir aos
aliados a ser uma força de combate direto.
Características de Classe
Como Xamã, você recebe as seguintes características.
Pontos de Vida
Dados de Vida: 1d8 por level de xamã
Pontos de Vida no 1° Nível: 8 + Modificador de
Constituição
Pontos de Vida nos Níveis Seguintes: 1d8 (ou 5) +
Modificador de constituição por level de xamã acima
do primeiro.
PROFICIÊNCIAS
Armor: Armaduras Leves, Armaduras Médias e
Escudos.
Armas: Armas Simples
Ferramentas: Ferramenta de Herbalista
Testes de Resistência: Sabedoria e Carisma
Perícias: Escolha duas dentre Lidar com Animais,
Intuição, Medicina, Persuasão, Percepção, Religião, e
sobrevivência.
EQUIPAMENTO
Você começa com o seguinte equipamento, além do
equipamento concedido pelo seu antecedente:

12 quickplay - Pact of Dragons

 (a) um escudo de madeira ou (b) qualquer arma
simples
(a) Qualquer arma simples ou (b) Conjunto de
herbalista
(a) um pacote de explorador ou (b) um pacote de
aventureiro
Armadura de couro e um toten
CONJURAÇÃO
Como um canalizador de poder xamânico, você pode
conjurar magias de Xamã. Veja o capítulo 10 do Livro
do Jogador para as regras gerais de conjuração.
ESPAÇOS DE MAGIA
A tabela O Xamã mostra quantos espaços de magia
de 1° nível e superiores você possui disponíveis para
conjuração. Para conjurar uma dessas magias, você
deve gastar um espaço de magia do nível da magia ou
superior. Você recupera todos os espaços de magia
gastos quando completa um descanso longo.
MAGIAS CONHECIDAS DE 1° NÍVEL E
SUPERIORES
Você conhece duas magias de 1° nível, à sua escolha,
da lista de magias de xamã.
A coluna Magias Conhecidas na tabela o Xamã
mostra quando você aprende mais magias de xamã, à
sua escolha. Cada uma dessas magias deve ser de um
nível a que você tenha acesso, como mostrado na tabela.
Por exemplo: quando você alcança o 3° nível da classe,
pode aprender uma nova magia de 1° ou 2° nível.
Além disso, quando você adquire um nível nessa
classe, pode escolher uma magia de xamã que
conheça e substituí-la por outra magia da lista de
magias de xamã, que também deve ser de um nível
ao qual você tenha espaços de magia.
13 quickplay - Pact of Dragons
ATRIBUTO DE CONJURAÇÃO
Sabedoria é a sua habilidade de conjuração para
suas magias de xamã, já que o poder da sua magia
depende da sua capacidade de projetar sua vontade
no mundo. Use sua Sabedoria sempre que alguma
magia se referir à sua habilidade de conjurar magias.
Além disso, você usa o seu modificador de Sabedoria
para definir a CD dos testes de salvaguarda para as
magias de feiticeiro que conjura e quando realiza
uma jogada de ataque com uma magia.
CD para suas magias = 8 + bônus de proficiência +
seu modificador de Sabedoria
Modificador de ataque magico = seu bônus de
proficiência + seu modificador de Sabedoria.
CONJURAÇÃO DE RITUAL
Você pode conjurar qualquer magia de xamã que
conheça como um ritual se ela possuir o descritor ritual.
FOCO DE CONJURAÇÃO
Você pode utilizar totens e outros objetos como foco
xamânico para conjurar suas magias.
Contato Espiritual
Começando no primeiro nível, o xamã consegue
executar um ritual que o permite se comunicar
com os espíritos do local. Esses espíritos podem
ser amigáveis ou não à causa do xamã e podem
responder perguntas ou indicar caminhos, de
acordo com o narrador. E podem, até mesmo, pedir
pagamento em troca de algo.
 Espírito em Matéria
A partir do segundo nível, o xamã consegue
materializar, ao usar um ritual de 10 minutos, parte
do mundo espiritual, na forma de algum apetrecho
especial. Normalmente, o item formado por esse
ritual toma a forma de um totem, colar ou algum tipo
de vestuário ritualístico.
Durante a realização do ritual, o xamã deve
escolher um dos seguintes efeitos para seu objeto:
• Ao usar uma Ação, o xamã pode libertar a
energia de seu objeto, curando uma criatura em
1d8+ bônus de Sabedoria.
• Ao usar uma Reação, o xamã clama a ajuda do
espírito guardião do objeto, cedendo Escudo a
uma criatura que esteja a até 1,5 metro do xamã.
• Ao usar uma Ação Bônus, o xamã direciona
o espírito dos ventos contido no objeto para
que force uma ação de movimento de alguma
criatura aliada. Esse movimento não gera ataque
de oportunidade.
Tradição Xamânica
No terceiro nível, o xamã escolhe o caminho
espiritual que deseja seguir. Os caminhos
definem a forma como o xamã interage com seus
totens, espíritos e ancestrais. O xamã recebe
poderes adicionais relacionados aos caminhos
nos níveis 6, 10, e 14.
Incremento no Valor de
Habilidade
Quando você atinge o quarto nível e, novamente, no
oitavo, décimo segundo, décimo sexto e décimo nono
níveis, você pode aumentar um valor de habilidade
à sua escolha em 2, ou pode aumentar 2 valores de
habilidade à sua escolha em 1. Como padrão, você
não pode elevar um valor de habilidade acima de 20
com essa característica.
Cerimônia
A partir do quinto nível, o xamã consegue executar
uma cerimônia especial por descanso longo. Essas
cerimônias permitem a canalização dos poderes
ancestrais do xamã, oferecendo poderes e proteções
por 6 horas para o xamã e mais 5 criaturas aliadas.
A primeira cerimônia aprendida pelo xamã concede
uma proteção idêntica à magia Benção e as duas não
se acumulam.
No nível 11, o xamã aprende a cerimônia História
dos Ancestrais. Ao contar histórias de bravura dos
ancestrais, o xamã imbue até 5 criaturas com 17
pontos de vida temporários, além de vantagens
em salvaguardas de sabedoria e força. Esse efeito
acabará no momento em que os pontos de vida
temporários se extinguirem.
14 quickplay - Pact of Dragons
Ritual da âncora espiritual
Ritual da âncora espiritual consiste em uma
cerimônia de 4 horas de duração, que permite que o
xamã vincule um espírito aliado a algum objeto ou
corpo. Esse item passa a ser considerado mágico e
senciente, mantendo seu alinhamento anterior.
Chamado da água
purificadora
A partir do 18º nível, o xamã consegue, 2 vezes por
dia, com uma ação, conjurar poderes purificadores
contra criaturas corrompidas. Morto-vivo, Ínfero
e elementais fazem um teste de salvaguarda
de sabedoria contra 8+ proficiência + bônus de
Sabedoria do conjurador. Em caso de falha, a criatura
recebe 5D12+ bônus de Sabedoria de dano e fica
amedrontada por 1 minuto, podendo refazer o teste
no final de cada um de seus turnos. Caso passe no
teste, a criatura recebe metade do dano e nega o
efeito de amedrontada.
Transcender
No nível 20, o xamã rompe qualquer barreira
entre ele e o mundo espiritual, podendo caminhar
livremente entre os dois planos. Além disso, o xamã
pode se comunicar, invocar e comandar criaturas
nativas do plano de Yr’Mor
Tradições da
Espiritualidade
A tradição espiritual escolhido pelo xamã determina
a forma de conexão entre o conjurador e as forças por
ele invocadas. Você pode escolher invocar os poderes
dos espíritos da natureza, curando e auxiliando seus
companheiros, pode transformar seu corpo em um
templo vivo para os espíritos ancestrais, fortalecendo
seu corpo, ou pode usar a sabedoria ligada a
utilização de totens e focus para direcionar toda a
fúria da natureza em seus oponentes.
Tradição do curandeiro
sagrado
Quando o xamã escolhe a tradição do curandeiro
sagrado, ele adquire a habilidade de trocar um
espaço de qualquer magia pela habilidade Toque
do Espírito Curativo.
Toque do Espírito Curativo é uma habilidade que
permite ao xamã, quando tocar em uma criatura, cure
1d8+ bônus de sabedoria no primeiro turno. Além disso,
a habilidade cura o bônus de sabedoria do conjurador
por um número de turnos igual ao nível do xamã.
 Para cada nível de magia sacrificada para habilidade
Purificar Alimentos
acima do primeiro, a cura do turno inicial recebe 1d8
extra e um bônus de +1 para os turnos subsequentes. Servo Invisível
Taumaturgia
Guia Sagrado
A partir do nível 6, usando uma ação padrão, o xamã
aprende como conjurar seu guia espiritual para 2° NÍVEL
auxiliar um de seus companheiros naquele turno.
Aprimorar Atributo
Caso deseje, o xamã pode gastar uma ação bônus
para manter seu guia neste plano. O espírito Augúrio
desaparece, juntamente com seu bônus, caso o xamã Arma Espiritual
falhe em gastar sua ação bônus para mantê-lo no
plano atual. Localizar Animais ou Plantas
Lufada de Vento
Chuva curativa
A partir do nível 10, o xamã consegue conjurar uma Mensageiro Animal
chuva mágica, usando uma ação padrão, que ocupa Passos sem Rastros
um cubo de 9 metros e cura todos os aliados no espaço
Pele-Casca
em 2d6 + Bônus de sabedoria no início de cada turno
do ocupante. A chuva curativa dura 3 rodadas. Proteção contra Veneno
Restauração Menor
O cântico da paz interior
A partir do nível 14, uma vez por descanso longo, o Ver o Invisível
xamã pode usar uma ação padrão para performar Visão no Escuro
uma canção ancestral ou um grito de guerra.
Todas as criaturas aliadas em um raio de até
36 metros, que conseguem ouvir o conjurador, 3° NÍVEL
perdem qualquer condição negativa de enfeitiçado,
Andar na Água
amedrontado e atordoado.
Animar mortos

Magias de Xamã Crescimento de Plantas

Clarividência
TRUQUES (NÍVEL 0) Convocar Relâmpagos
Bordão Místico Falar com Plantas
Amizade Forjar Morte
Criar Chamas Invocar Animais
Acudir os Moribundos Remover Maldição
Orientação Revivificar
Arte Xamânica (igual Druidismo)
Resistência 4° NÍVEL
Adivinhação
1° NÍVEL Assassino Fantasmagórico
Amizade Animal Banimento
Bom Fruto Conjurar Elementais Menores
Criar ou Destruir Água Conjurar Seres da Floresta
Curar Ferimentos Controlar a Água
Detectar Veneno e Doença Dominar Fera
Falar com Animais Polimorfia
Palavra Curativa Terreno Alucinógeno

15 quickplay - Pact of Dragons

 5° NÍVEL 8° NÍVEL
Ancora Planar Antipatia/Simpatia
Conjurar Elemental Controlar o Clima
Comunhão com a Natureza Formas Animais
Curar Ferimentos em Massa Limpar a Mente
Despertar
Missão 9° NÍVEL
Passo Arboreo Alterar Forma
Reencarnação Encarnação Fantasmagórica
Restauração Maior Metamorfose
Sonho Projeção Astral
Vidência Ressurreição Verdadeira
Sexto Sentido
6° NÍVEL
Caminhar no Vento
Conjurar Fada
Cura Completa
Encontrar o Caminho
Visão da Verdade

7° NÍVEL
Forma Etérea
Miragem
Regeneração
Ressurreição
Simulacro
Viagem Planar

16 quickplay - Pact of Dragons

 Clérigo:
O Caminho do
Relicário
Os Clérigos do Caminho do Relicário são emissários
de um determinado local sagrado, onde passam por
um ritual que os conectam com um dos fragmentos
da Verdade.
Ao serem ordenados nesse caminho, esses clérigos
recebem um pedaço do fragmento da Verdade e
forjam um item especial com ele, que servirá de foco
para a canalização de seus poderes divinos.
17 quickplay - Pact of Dragons
Assim como o clero em geral, a maioria dos
Clérigos do Relicário tem a convicção de que a
Verdade não está morta, e, sim, enfraquecida. Os
membros desse caminho, apesar de serem raros,
são a prova viva de que a divindade ainda existe,
mesmo que fragmentada.
Muitos dentre esses sacerdotes acreditam que
a única maneira de restaurar o poder total da
divindade é unir todos os fragmentos novamente.
Infelizmente, isso só seria possível se todas as seitas
se unissem e os locais sagrados desconhecidos
fossem encontrados.
Clérigos do Caminho do Relicário são
missionários e podem passar anos em peregrinação
antes de retornar para a sede de sua seita.
O Relicário
A partir do 1º nível, o Clérigo do Relicário recebe de
sua ordem a incumbência de carregar um dos itens
sagrados feitos da matéria do deus caído. Esse item
pode ser um escudo, uma arma ou uma armadura +1.
Também pode ser um símbolo sagrado que possui a
capacidade de soltar uma magia de nível 1 dentre as
que o clérigo consiga soltar. O clérigo escolhe essa
magia no momento em que adquirir o relicário.
Canalizar Divindade -
Potencializar Relicário
A partir do 2º nível, com uma ação bônus, o Clérigo
do Relicário consegue extrair o máximo de energia
do seu relicário por um número de turnos igual ao
seu nível de clérigo. Durante esse tempo, os efeitos
de magias ou fixos do relicário são dobrados.
Bônus de magias como benção, dados de dano,
curas e efeitos têm seus números dobrados.
Distância, tempo, número de alvos e alcance não são
modificados.
Caso a magia dure um número de turnos maior do
que os turnos do Potencializar Relicário, a magia
continua ativa mas seu efeito volta ao normal.
Canalizar Divindade - Graça
alcançada
A partir do 6º nível, o Clérigo do Relicário consegue
utilizar uma ação padrão para criar 5 esferas de
poder com seu artefato.
As esferas podem ser utilizadas para realização dos
seguintes milagres:
Ação
Foco Celeste: ao tocar a arma de um aliado, pode usar
sua ação para consumir 3 cargas e abençoar essa arma
para aumentar a taxa de crítico em 1 por 1 minuto.
Ira Celestial: ao tocar a arma de um aliado, pode
usar sua ação para consumir 3 cargas e transformar
essa arma em radiante, dando 2D6 de dano a mais
por 1 minuto.
 Ação Bônus
Passos Divinos: consome 1 carga e permite que um
aliado visível e a uma distância de até 30 pés mova-
se a metade de seu movimento usando seu reaction.
Ímpeto de Deus: consome 2 cargas e permite que
um aliado visível e a uma distância de até 9 metros
use sua reação para fazer um ataque.
Sopro Divino: consome 1 carga e inspira um aliado
visível e a uma distância de até 30 pés com um dado
D6 para ser utilizado em ataques, habilidades ou
salvaguarda.
Reação
Iluminação Divina: consome 2 cargas e permite que
um aliado visível e a uma distância de até 9 metros
faça uma nova rolagem de dado. O novo valor deve
ser assumido.
Expurgo da fé: consome 2 cargas e permite que
um aliado visível e a uma distância de até 9 metros
aplique 2D6 de dano radiante em um ataque.
Golpe divino
No 8° nível, você ganha a habilidade de infundir os
golpes da sua arma com energia divina. Uma vez
por turno, sempre que atingir uma criatura com um
ataque armado, o seu ataque causa 1d8 pontos de
dano radiante.
Ao alcançar o 14° nível, o dano adicional aumenta
para 2d8.
Despertar sagrado
Depois de carregar seu relicário por tanto tempo,
o clérigo aprende a manipular as forças sagradas
contidas no artefato. Uma vez por combate, usando
uma ação padrão o clérigo do relicário escolhe entre
dobrar os efeitos de todas as curas ou dobrar os
efeitos de todas as magias que causam dano.
18 quickplay - Pact of Dragons
A VERDADE
A Verdade é a única divindade de Yrgath. É a Força
Criadora que deu origem aos três mundos que
formam o Universo: o Plano Material, o Espiritual e
o que está Além. Entretanto, essa é uma divindade
que foi maculada pela ambição dos dragões, cujo
poder mágico a estilhaçou violentamente, fazendo
com que seus fragmentos caíssem no solo de
Yrgath, criando locais sagrados.
A real condição da divindade é um mistério. Muitos
teólogos afirmam que ela foi morta pelo ritual
dracônico, e que os poderes divinos canalizados
pelos clérigos das seitas seriam apenas os ecos do
passado. Outros sábios mais otimistas entendem
que a fragmentação da divindade pode ser
revertida, talvez pelo poder dos próprios dragões ou
por uma maneira ainda a ser descoberta.
Como os fragmentos da divindade estão espalhados
pelo mundo de Yrgath, as magias divinas mais
poderosas, ou que dependam de resposta da
divindade ou de seus emissários, como Augúrio,
Presságio, ou Reviver os Mortos, só podem ser
realizadas quando o conjurador estiver próximo
de um desses locais sagrados. Ao adentrar esses
lugares, o clérigo ou outro conjurador divino sente
a presença da Verdade, que preenche a sensação de
vazio que esses indivíduos sentem normalmente.
 Mindrayrth
“O Domínio Dracônico de Mindrayrth é o berço das
águas, a Mãe Fluvial. Suas centenas de lagos nutrem
a terra, enquanto seus milhares de braços cortam o
mundo, levando a vida por toda Yrgath.
Mas não se engane, nobre viajante, os perigosos dragões
que vivem nessas terras, apesar de terem perdido suas
Alfas Soberanas, conhecem a importância de seus
recursos naturais e estão prontos para defendê-los,
custe o que custar. Portanto, não seja você o inimigo em
comum que irá unir as linhagens desgarradas...”
- Palavra do Draach Kravalok,
Arauto das Águas de Mindrayrth
M
indrayrth é uma região vasta, fértil e rica
em recursos naturais. É composta por
quatro vales principais, com centenas de
pântanos, charcos, rios, ilhas fluviais e os muitos
lagos colossais, que dão nome e fama para esse
domínio dracônico, e um planalto central, cujas
altitudes ultrapassam os seis mil metros.
Os recursos naturais de Mindrayrth são
abundantes, mas a principal e mais cobiçada
riqueza desse vasto território é sua extensa bacia
hidrográfica, composta por um complexo sistema
de rios, lagos, cascatas, aquíferos e lençóis freáticos,
cujos rios banham e conectam praticamente todos
os domínios dracônicos e não-dracônicos.
19 quickplay - Pact of Dragons
Ao Sul, Mindrayrth faz fronteira com Tar’Syqua
através da Passagem de Orbath, fronteira entre as
terras não-dracônicas e os domínios dracônicos.
A Passagem também faz parte da mais
importante e crucial de todas as rotas comerciais:
a Rota da Syqua
Ao Norte, as águas abundantes e indomáveis
das Cascatas do Céu se chocam com o Mar de
Lava em Tor’Muunda, criando uma zona de solo
instável e riquezas minerais. A mortal fronteira
entre esses dois domínios dracônicos é chamada
de Faixa de Aanmtak.
Por fim, no Extremo Leste, as águas do Rio
Fantasma correm até seu destino final, as Cascatas
das Miragens, região que marca a fronteira
com Salythria, o domínio dos Dragões das Asas
Despedaçadas.
Entretanto, Mindrayrth também está cercada
de perigos, pois o domínio também faz fronteira,
à Sudoeste, Sudeste, Oeste, Leste e Nordeste, com
diversos territórios maculados pela destruição dos
Shadraaths, conhecidas pela alcunha de “Mares
de Penumbra”, domínios dracônicos há muito
destruídos pelas energias disruptivas, tóxicas
e abomináveis das hordas Shadraaths e que se
transformam em um arremedo sem cor, turvo e
sombrio, do que eram no passado.
 Muitos rios de Mindrayrth também correm em
direção às terras maculadas pelos Shadraaths
e, dizem os rumores, quando as águas desses
rios adentraram esses territórios elas foram
corrompidas para sempre, escondendo segredos
horríveis e ruínas submersas há muito esquecidas,
sendo possível até mesmo escutar os lamentos das
asas caídas que vêm do fundo desses rios mortos.
A ROTA DA SYQUA
A famosa Rota da Syqua, é o extenso caminho,
fluvial e terrestre, percorrido pelo minério, desde
sua extração em minas localizadas em Tar’Syqua,
até passar pelas forjas e refinarias purificadoras
enânicas, para no final chegar ao grande Rio Talohara
e ser distribuído para todos os Domínios Dracônicos
que formam o pacto, através extensa bacia fluvial de
Mindrayrth.
Por essa rota, passam a maioria dos carregamentos
de Syqua e outros produtos, conectando a economia
do “mundo dracônico” com o “não-dracônico”.
Os Dragões de
Mindrayrth
Em Mindrayrth, todas as linhagens dracônicas
têm alguma forma de conexão com as águas
abundantes do território. Como existem diversos
tipos de ecossistemas na região, essa ligação primal
é representada por um vasto leque de espécies
dracônicas diferentes, cada uma com seu próprio
tipo de conexão com as energias primordiais que
permeiam as águas de Mindrayrth.
No passado, havia relativa paz e harmonia entre
os bandos que viviam sob o julgo dos Dragões de
Cristal. Porém, uma tragédia se abateu sobre os
dragões desse domínio e a linhagem dominante
foi extinta repentinamente, mudando o destino de
Mindrayrth para sempre.
Com o desaparecimento da linhagem alfa, os
bandos que estavam sob seu domínio entraram
em um estado de pura selvageria. Uma guerra
feroz pela soberania sobre as águas do território
começou, levando o domínio de Mindrayrth ao
puro caos, e tornando muitas regiões verdadeiros
cemitérios dracônicos, devido aos incessantes
confrontos.
20 quickplay - Pact of Dragons
A guerra por Mindrayrth já se arrasta por
séculos e só terminará quando uma nova
linhagem alfa conquistar seu lugar. Porém, há
boatos a respeito de forças ocultas que tramam
na escuridão para manter o conflito, impedindo
que a paz e a harmonia voltem a predominar
nesse domínio dracônico.
As Miragens de Mindrayrth, a
Extinta Linhagem Dominante
Dizem as lendas que as Miragens são tão antigas
quanto o mundo de Yrgath e que evoluíram a partir
de uma espécie de dragões primitivos que habitava
outro plano de existência. Na aurora dos tempos, o
aquífero de Mindrayrth foi escolhido como lar por
esses dragões.
O nome do domínio dracônico foi emprestado
da primeira alfa da linhagem, a Rainha Dragão
Mindranyn, que, após alguns séculos de luta, uniu
todas as linhagens nativas da região sob seu julgo.
Dessa forma, o território foi elevado à posição de
Domínio Dracônico, conquistando uma cadeira
vitalícia no Conselho das Escamas. Mindrayrth
representa a união de duas palavras, Midranyn e
Yrth, que significam “Os Lagos de Mindranyn” na
língua dos dragões.
Sobre a extinção, pouco se sabe sobre os motivos
reais que destruíram a linhagem. Entretanto, os
historiadores concordam em um ponto: a ligação da
última Alfa das Miragens, Gyzath, com os humanos
de Tar’Syqua desencadeou uma série de eventos
catastróficos, que levaram à ruína da linhagem.
Atualmente, após séculos de sua extinção,
pouco se sabe sobre a verdadeira aparência desses
dragões, e as únicas informações que restam
estão em fragmentos antigos e desconexos ou em
pinturas primitivas dentro de ruínas e nas paredes
de templos antigos. A maioria desses fragmentos
conta sobre o domínio que as Miragens tinham
sobre as ilusões, sobre o clima e sobre Yr’Mor, o
mundo dos espíritos.
Linhagens Dracônicas
de Destaque
Após a extinção da linhagem dominante das
Miragens de Mindrayrth, que eram respeitadas
pelas outras espécies dracônicas da região dos lagos,
várias linhagens menores passaram a guerrear pela
supremacia do território.
Essa é uma guerra selvagem e brutal, que envolve
o controle do maior de todos os tesouros de
Mindrayrth: suas bacias hidrográficas, cujos rios
recortam o mundo, fornecendo água, transporte,
alimentos e outros recursos ao resto de Yrgath.
 A Linhagem dos Dragões dos
Lagos (O Sangue Laygrass).
Essa linhagem de dragões aquáticos é uma das
espécies mais numerosas em Mindrayrth. Porém,
essa espécie é a menor em relação ao porte físico, o
que se mostra uma grande desvantagem física frente
às outras espécies maiores que habitam a região.
As fêmeas da espécie são um pouco maiores que
os machos e possuem padrões iridescentes em
seus corpos, bem diferentes das suas contrapartes
monocromáticas.
A Linhagem dos Espíritos de
Karr’Mor (O Sangue Valothyan).
A linhagem dos Espíritos é uma espécie misteriosa
que controla os ares, as águas e as névoas da Bacia do
Rio Fantasma. Dizem as lendas e rumores que essas
criaturas terríveis têm poder sobre os fantasmas dos
afogados, pobres almas que perderam suas vidas nas
perigosas águas do Rio Fantasma.
Pouco se sabe sobre a verdadeira aparência
dessa linhagem, mas alguns relatos de
avistamentos por exploradores humanos afirmam
que as escamas dos Valothyan têm a mesma cor
ou consistência das névoas.
21 quickplay - Pact of Dragons
A Linhagem dos Dragões Hidra
(O Sangue Hidra).
Essa é uma linhagem violenta e de aparência
bizarra, pois é composta por dragões com
mais de uma cabeça. A espécie possui um
complexo sistema de rituais místicos e seus
líderes espirituais acreditam que a verdadeira
forma dracônica é múltipla, conhecida como a
mitológica “Forma Perfeita”.
Os líderes espirituais da espécie unem mais
de um filhote no momento de seu nascimento,
criando amálgamas mágicos com mais de uma
cabeça. Esse é um ritual extremo e brutal, ao qual
a maior parte dos filhotes não sobrevive, o que
torna a linhagem uma das menos numerosas de
Mindrayrth.
Individualmente, os Dragões Hidras são
adversários formidáveis, pois unem aspectos de
dois ou mais indivíduos da espécie.
Em relação ao número de cabeças, não há
consenso, mas Dailiakk, das Presas Perfeitas,
a Alfa entre as Alfas da Linhagem, possui cinco
cabeças e é a única a ter essa quantidade, o que
a torna o dragão vivo do Sangue Hidra com
a aparência mais próxima à sagrada “Forma
Perfeita” de múltiplas cabeças.
 A Linhagem dos Dragões Saykorr
(O Sangue Saykorr).
Dentre todas as linhagens dracônicas de
Mindrayrth, essa talvez seja a mais perigosa. Esses
dragões são viciados nos fluidos venenosos que
correm pelas águas dos Lagos dos Delírios e é
essa ligação com as peçonhas que confere a eles a
habilidade mais perigosa de todas as linhagens:
um veneno mortal capaz de matar suas presas em
questão de segundos.
A peçonha escura e esverdeada corre pelas veias
dos Saykorrs e pode ser secretada por suas presas,
garras, chifres e escamas. Além disso, o corpo
dessas criaturas é coberto por prolongamentos de
seus ossos, como barbatanas afiadas, que também
podem inocular o veneno mortal.
A Linhagem dos Dragões
Trovejantes (O Sangue Jarhayrrur).
Os orgulhosos e temidos Jarhayrrur estão entre as
linhagens dracônicas mais poderosas do mundo de
Yrgath. São poucas as espécies capazes de enfrentar
a força elemental desses dragões dos Lagos
Trovejantes. Dizem as lendas que nem mesmo
os Shadraaths ousaram desafiar a soberania dos
mestres da eletricidade.
A eletricidade primordial corre de forma quase
incontrolável pelas escamas azuladas desses
dragões, que são capazes de direcionar a fúria
elemental contra seus inimigos e presas.
22 quickplay - Pact of Dragons
Amo o RPG, do fundo de minha alma, eu respiro e vivo
RPG. Para quem não me conhece, meu nome é Marco
Antônio Loureiro, ou como algumas pessoas me chamam,
o Boi. Sou dono de uma Produtora Audiovisual, O Canivete
Films, Fundador da Dungeon Geek 21, uma iniciativa que
realiza eventos de RPG há muitos anos, Roteirista, Autor
de Terror, Quadrinhos e World Builder.
Faz um tempo que comecei a analisar os mercados, nacional
e internacional, e me dei conta da infinidade de títulos de
terceiros, os famosos 3rd Party, que existem lá fora para o
DnD 5e. Na hora, comecei a questionar os motivos pelos
quais não temos o mesmo cenário aqui, no Brasil. As razões
são diversas e eu poderia dissertar durante horas aqui sobre
esse assunto, mas essa não é a hora, nem o momento.
Mas eu não consegui ficar parado, eu não sou assim, gosto
de agir, de estar no foco da ação e, no dia 12-05-2020,
enviei uma mensagem para o Azecos, o convidando para
entrar nessa loucura que é criar um cenário totalmente
brasileiro para o RPG mais famoso que existe, o Dungeons
and Dragons, logo depois, chamamos o Gruntar e o
Beholder, fechando assim um time de quatro craques,
para mostrar ao mundo que nós, rpgistas brasileiros,
também sabemos criar RPG.
Pact of Dragons, é um cenário de Fantasia Sombria,
cuja temática principal gira em torno das criaturas mais
famosas dos mundos fantásticos, os Dragões, e aqui eles
são muito mais do que “Sacos de tesouros” no final de
uma masmorra.
- BOI
 Karr’Naur, O Vale dos Naur
O Sul de Mindrayrth
“Foi um momento histórico para o povo de Tar’Syqua.
A destruição foi tão descomunal que levaram meses até
que a poeira abaixasse e pudéssemos atravessar rumo ao
desconhecido. Os alquimistas trabalharam durante anos,
até que as dezenas de buracos, feitos pelos mineradores
na base das Cordilheiras das Lâminas, estivessem
preenchidas com a preciosa e mágica Syqua.
No começo, confesso, eu e os outros não acreditávamos que
o plano era possível. Mas nosso Imperador é, realmente,
um homem sábio, visionário, e temos sorte de tê-lo no
governo de nossas vidas. Apenas Orbath, o Conquistador,
seria capaz de derrubar as montanhas.
Lembro-me de um estampido suave, seguido de uma série
de estrondos surdos e, de repente, após alguns minutos
de silêncio profundo, aqueles titãs ruíram, um a um. Os
picos começaram a cair como se fossem nada, pois nem as
montanhas são capazes de resistir ao poder da Syqua nas
mãos de nosso Soberano...”
Telonios, Batedor Avançado da
Décima Quinta das Falanges dos Vales.
História da Região
Naur, na língua dracônica, significa “aqueles que
são breves como o ar”. Essa é a maneira como os
dragões se referem aos seres que têm vida breve,
como os humanos.
O vale foi descoberto alguns meses após a
Passagem de Orbath ser “criada” pelos melhores
e mais competentes alquimistas do imperador
23 quickplay - Pact of Dragons
de Tar’Syqua, e recebeu esse nome após a Rainha
Dragão de Mindrayrth, Gyzath, presentear os recém-
chegados com parte do domínio das águas, em um
gesto de amizade entre dragões e não-dragões.
A escolha de Gyzath causou ira em algumas
linhagens dracônicas de Mindrayrth, e diversos
focos de revolta surgiram por todo o domínio. Em
diversos momentos, o fantasma da guerra civil
pairou sobre todos, como um barril de pólvora
prestes a explodir.
Depois da destruição de Gyzath e do
desaparecimento do resto da linhagem das
Miragens de Mindrayrth, a guerra civil foi
instaurada e os Protetorados Humanos do Vale de
Naur se viram diante de seus piores e mais terríveis
inimigos: as linhagens dracônicas que desejavam a
destruição de seus lares e famílias.
A guerra civil já dura séculos e, por enquanto,
ainda não ocorreu nenhum ataque coordenado
ou em massa por parte das linhagens dracônicas
contra os Protetorados Humanos. As únicas
tentativas de invasão ficaram renegadas a ataques
esporádicos e desorganizados.
Apesar de acostumados a lidar com as
ameaças da região e serem donos de armas feitas
especificamente para matar dragões, os habitantes
dos Protetorados Humanos sabem que é questão de
tempo até que uma linhagem dracônica conquiste a
dominância de Mindrayrth e organize o extermínio
de todos os humanos que lá vivem.
 Geografia – Características e
Marcos Geográficos
O Vale dos Naur sofreu diversas alterações
drásticas após a abertura da Passagem de
Orbath. As calmas florestas montanhesas deram
lugar a charcos, pântanos e outros biomas
relacionados após os lençóis freáticos serem
forçados à superfície.
A soberania na região é dividida entre quatro
Protetorados Humanos, que foram cedidos pelo
imperador Orbath Radras, a quatro famílias
recém-enobrecidas na época. Não demorou muito
para que a presença humana no Vale dos Naur
passasse a deixar suas marcas na paisagem, e o
que era natureza intocável, tornou-se símbolo do
progresso de Orbath.
Pelas mãos da Humanidade de Orbath, os rios se
transformaram em rotas comerciais poluídas pela
Syqua, cidades foram erguidas com as madeiras
das florestas, e, com a ajuda da magia poderosa
dos magos da Syqua, e os lagos se tornaram
cemitérios de navios cargueiros, as incansáveis
“Barrigas de Metal”.
24 quickplay - Pact of Dragons
O Clima
O clima do Vale dos Naur é subtropical úmido e
chove praticamente o ano todo. Via de regra, as
mudanças de estações ocorrem com as chuvas:
na estação mais quente, o Veronar, o clima se
torna úmido e é um período de tempestades
frequentes, quando os níveis de rios e lagos
aumentam, ocasionando diversos alagamentos;
Na estação das flores ou Flaugar, as tempestades
dão lugar a chuvas menos intensas e garoas finas;
Já no Taron, a estação da desfolha e a mais seca,
as precipitações são esporádicas e normalmente
ocorrem durante a noite e começo da madrugada;
Por último, no Kadarr, a estação mais fria,
há precipitação de neve, formação de geada e
tempestades geladas.
Um ponto importante sobre a relação do povo
do Vale dos Naur com o clima da região, é que a
vida desses habitantes é profundamente ligada
ao regime de chuvas. A maioria dos hábitos
cotidianos do povo gira em torno do clima e das
precipitações.
 Fenômenos Climáticos Perigosos
Durante a estação mais chuvosa e quente, podem
ocorrer ciclones e inundações. As nevascas
ocorrem durante o Kadarr. Como no resto de
Mindrayrth, após o desaparecimento da antiga
linhagem dominante, tempestades elétricas
começaram a se formar aleatoriamente por todo
o domínio, sem nenhum padrão aparente. Essas
tempestades terríveis, apelidadas pelo povo do
vale como “Fúrias”, formam-se repentinamente e
causam devastação por onde passam.
A Flora
O Vale dos Naur possui vegetação diversificada,
abundante e selvagem, variando conforme a
região. No extremo sul do vale, na árida Passagem
de Orbath, a paisagem é tomada por pequenos
arbustos espinhosos, cactos, suculentas e outras
plantas típicas de regiões semi-áridas. Depois
da passagem, quando a força das águas de
Mindrayrth vence o clima seco do canyon de
Orbath, a vegetação se torna abundante, com
tipos vegetais característicos de matas ribeiras,
charcos, pântanos e várzeas. Há, ainda, certos
biomas isolados que apresentam floras diferentes,
como florestas fúngicas, plantas carnívoras, taiga,
dentre outras.
As flores, frutos e nozes do Vale dos Naur são
cobiçados por toda Tar’Syqua, e há um comércio
intenso de exportação desses insumos. O próprio
imperador Orbath é um apreciador inveterado
das “nozes do vale”, uma delicada e cara iguaria,
que possui certo teor alcoólico, e é presença
obrigatória nas festas da corte no Palácio Eterno
de Thaedras.
25 quickplay - Pact of Dragons
A Fauna
A fauna do Vale dos Naur pode ser dividida entre
dois grupos: o nativo, que existia antes da chegada
dos humanos em Mindrayrth e é composto por
diversas espécies de animais que vivem nas bacias
hidrográficas do domínio dracônico, e aquele que foi
trazido para o vale pelos colonizadores e fazendeiros
vindos de Tar’Syqua, como vários tipos de gado,
animais de arado, de estimação e de caça.
Assim como o resto de Mindrayrth, a fauna nativa
é dominada por espécies variadas de répteis, que
compõem o topo da cadeia alimentar. Entre elas
estão dinossauros, Aydahares (Dragões Inferiores),
Dragoi (Pseudodragões) e outras criaturas
reptilianas. Entretanto, os séculos de interferência
dos humanos e outros aliados de Tar’Syqua no vale
causaram impactos irreversíveis na fauna do Vale
dos Naur. O envenenamento constante das águas
pelos resíduos tóxicos de Syqua, que saem das
“Barrigas de Metal”, a caça predatória e a procura
por animais exóticos, para satisfazer o desejo de
colecionadores, já levaram à extinção de dezenas de
espécies nativas.
Infelizmente, a situação está se tornando tão grave
que há cada vez menos animais selvagens próximos
das cidades, pois a fim de sobreviver, esses preferem
fugir para regiões mais remotas do vale.
 Vida e Sociedade
“Nós chegamos à Vila de Solenya no nascer do Sol e
nunca tínhamos visto tamanha desolação. Éramos
homens e mulheres acostumados à crueldade das
batalhas de nossa espécie, mas o que vimos era inumano
e selvagem...
Não havia gritos, choros e preces, pois o pano de fundo
do massacre era o silêncio profundo da morte brutal e
sem compaixão. Os pedaços mordidos e rasgados dos
corpos desses pobres camponeses, homens, mulheres e
crianças, que viviam uma vida simples e sem ambições,
estavam espalhados como se fossem nada...
Demoramos dias para recolher todos os pedaços e os
enterramos em uma vala comum, pois era impossível
identificá-los...
O que fizemos para merecer tamanha brutalidade? Será
esse o princípio de nossa extinção?
Relato de Lurhol Karvos, Capitão da
Quarta das Falanges dos Vales.
Algumas décadas após o descobrimento de
Mindrayrth pelos humanos de Orbath, as
famílias nobres de Tar’Syqua recusaram o
convite do imperador para colonizar o território
presenteado pela rainha dracônica Gyzath. Para
eles, os riscos de se enviar pessoas e recursos
para um território dominado por criaturas tão
perigosas como os dragões eram muito altos.
Orbath, então, compreendendo que não teria
apoio de sua corte e, preocupado com uma
possível insurreição caso obrigasse seus nobres
a cumprirem sua vontade, resolveu enobrecer
certas famílias mercantes, ricas e poderosas, que
não possuíam títulos de nobreza, com a condição,
é claro, de que elas aceitassem a obrigação de
colonizar o Vale do Naur.
Levaram alguns anos até que os primeiros
colonos chegassem à Mindrayrth, e estes foram
recepcionados pelos dragões, que ajudaram os
recém-chegados na construção de seus primeiros
assentamentos e ensinaram sobre os segredos
dessas terras desconhecidas a eles. Dentre os
ensinamentos estavam a importância das águas
que conectam o mundo e dos territórios de caça das
linhagens dracônicas.
Com o passar dos anos, esses assentamentos
rudimentares se transformaram em cidades,
capitais de cada um dos quatro Protetorados
Humanos do Vale do Naur: Andalorya, Vordrath,
Majvolka e Ordes Radras.
Devido à posição estratégica do vale e de seu
papel fundamental no controle da Rota da Syqua,
os quatro Protetorados Humanos logo se tornaram
potências econômicas, e as ricas famílias se
tornaram mais poderosas ainda. Com isso, o povo
26 quickplay - Pact of Dragons
do Vale dos Naur viveu tempos fartos, luxuosos e
sem preocupações com as mazelas comuns a outras
regiões. Entretanto, a boa sorte dos habitantes do
vale não perdurou, e não demoraria muito para que
a guerra sangrenta entre as linhagens dracônicas
levasse Mindrayrth ao caos.
Atualmente, os habitantes humanos e os não-
dracônicos do Vale do Naur vivem à sombra de
sua própria extinção, e a promessa de uma vida
cheia de alegrias e riquezas em um paraíso recém-
descoberto, perdeu-se para sempre no passado.
Os sorrisos, a abundância, as festas e os festivais
típicos do vale deram lugar à tristeza, à miséria
e aos ritos funerários, pois tornou-se questão
de tempo até que alguma linhagem dracônica
conquiste a soberania sobre Mindrayrth, e a maioria
dessas linhagens deseja a destruição dos “invasores”
de Tar’Syqua.
Costumes e Crenças
Nos tempos áureos, o Vale do Naur era famoso
por seus festivais típicos e festas extravagantes,
que ocorriam ao longo do ano e atraíam milhares
de visitantes de outras partes do mundo, vindos
principalmente de Tar’Syqua.
O mais famoso de todos, o Festival da Amizade
entre Espécies é, ou era, celebrado no primeiro dia
da estação das chuvas, quando o nível das águas dos
rios e lagos aumenta e as margens transbordam. O
festival tem como principal tema a confraternização
entre as ancestralidades dracônicas e as não-
dracônicas, e reúne uma série de jogos, danças
típicas, artes, torneios de lutas e outras atividades.
Atualmente, após a guerra eclodir em Mindrayrth, há
pouco o que comemorar. A maioria dos festivais não é
mais celebrado. Contudo, ainda existem locais isolados
que fazem questão de manter os festivais, mesmo que
em versões menores do que havia no passado.
Em relação às crenças, a religião do povo do
Vale dos Naur teve grande influência dos dragões,
que veneram as energias místicas das águas de
Mindrayrth. Esse sincretismo religioso adota
aspectos da Verdade relacionados com a água,
além de diversos ritos e superstições envolvendo
elementais e outras criaturas ligadas à natureza
primordial das águas, consideradas pelos
habitantes do vale como os filhos mais puros da
divindade única.
A água de Mindrayrth afasta o mal. O povo de
Mindrayrth usa a água do domínio como forma
de espantar o mau agouro. Esse costume pode
ocorrer de diversas maneiras, como tomar um
gole de água pura, manter um frasco com água
fresca próximo do batente da porta e sempre
renovar seu conteúdo, passar um pouco de
água na testa de algum enfermo ou até mesmo
mergulhar em um rio ou lago.
“QUE AS ÁGUAS AFASTEM TODO O MAL”.
(FRASE QUE INVOCA A PROTEÇÃO DAS ÁGUAS)
“QUAN,
ELEMENTO PURO QUE TRAZ A VIDA
SEUS BRAÇOS RECORTAM O MUNDO
PROTEJA MEUS PAIS, MEUS IRMÃOS E
MINHA VIDA
TRAGA SUA FORÇA PARA NOSSAS
COLHEITAS E REBANHOS”.
(PRECE DE PROTEÇÃO)
“NUNCA NAVEGUE CONTRA AS CORRENTES
E, SE PRECISO, CONTORNE-AS”.
(FRASE PARA VENCER ADVERSIDADES)
“OBSERVE OS RIOS E, COMO A VIDA, NUNCA
SE ESQUEÇA QUE ELES SÃO FEITOS DE
PASSADO, PRESENTE E FUTURO”.
(PROVÉRBIO PARA LEMBRAR QUE UM INDIVÍDUO É A
SOMA DE TODAS AS SUAS EXPERIÊNCIAS)
Locais Importantes
O Vale dos Naur é dividido entre quatro Protetorados
Humanos, cada um fundado por uma família
mercante diferente, dentre aquelas enobrecidas
pelo imperador na época do descobrimento de
Mindrayrth pelos humanos de Tar’Syqua.
As Minas do Rio Akari. Esse complexo de minas
foi escavado próximo às margens do Rio Akari,
uma região rica em jazidas, de nome Vargem das
Eclídias. Com o tempo, a atividade mineradora
deixou suas marcas na bela paisagem da Vargem e
transformou parte dela em um deserto.
As Eclídias são uma espécie de planta carnívora
nativa das margens do Rio Akari. Elas possuem
inteligência quase animal e podem ser usadas como
animais de estimação. Essas plantas são cobiçadas
pelos colecionadores por seus belos padrões de
cores e pela possibilidade de adestramento.
As Galerias de Lashroka. Localizadas nas
profundezas do Platô Etoph, as galerias formam
um extenso sistema de cavernas naturais e lagos
subterrâneos.
Ninguém sabe ao certo a real dimensão desse
imenso labirinto de túneis e cavernas. Entretanto,
certos rumores afirmam que nas regiões mais
profundas dessas galerias há ruínas de uma
civilização antiga, há muito esquecida.
A Bacia das Três Serpentes. O Vale do Naur é
banhado por uma bacia hidrográfica composta
por três rios: o Akari, com suas águas turvas e leito
largo; o escuro Rarhera, que banha os Charcos
das Árvores Anciãs a Oeste do vale; e o grande Rio
Talohara, que corta o vale ao meio, até desaguar nas
águas tranquilas do Lago Tialyt.
27 quickplay - Pact of Dragons
Megalito de Arkonya. Esse conjunto de Megalitos
titânicos fica ao redor da Ilha de Arkonya, no Rio
Talohara. Muitas lendas foram criadas em cima
dessas pedras. A maioria delas conta histórias a
respeito do Megalito ser uma barreira erguida para
proteger a ilha.
Há também relatos de espectros dracônicos, os
guardiões de Arkonya, que impedem a passagem de
invasores.
Szzchargaur, A Floresta Fúngica. A floresta dos
fungos fica em uma região remota e de difícil acesso
do Vale dos Naur, no interior dos Montes Soturnos,
no Oeste do Vale.
Nas últimas décadas, o mal terrível dos
Shadraaths infectou o coração de Szzchargaur,
tornando a floresta fúngica uma terra maculada
e maldita. De acordo com os relatos de corajosos
exploradores e estudiosos, os limites da floresta
crescem a cada dia e a infecção fúngica parece
se espalhar sem controle, como uma doença que
consome a terra.
O Pantâno das Sarykass. Esse pântano se formou
algumas décadas após a abertura da Passagem de
Orbath, quando os lençóis freáticos afloraram à
superfície e inundaram a região.
A região é extremamente perigosa por ser o
habitat das Sarykass, uma espécie de sereia fluvial
albina, carnívora e cega, que vivia nas profundezas
dos lençóis freáticos e passou a predar viajantes
e pescadores loucos o suficiente para adentrar o
pântano.
O risco maior ocorre na estação das chuvas,
quando o nível do Talohara se eleva e as águas do
rio e do Pântano das Sarykass se unem, criando um
extenso charco sazonal.
Entretanto, o Pântano possui diversas
riquezas naturais, como pérolas valiosas e outras
preciosidades.
Charco das Árvores Anciãs. Localizado no Norte
do Vale dos Naur, esse charco de árvores ancestrais
é lar de diversas criaturas milenares, como Ents,
Elementais e outras plantas sencientes.
O Protetorado de
Andalorya
Os Andalorya têm uma longa linhagem de artesãos e
joalheiros e, de acordo com a tradição, apenas aqueles
que possuem o sangue da família podem aprender os
segredos dos principais ofícios da dinastia Andalorya.
Antes de ser enobrecida pelo Imperador, a
poderosa família mercante Andalorya controlava a
mineração e o comércio de pedras preciosas e jóias
na região dos Montes das Acácias, em Tar’Syqua,
fornecendo todo o tipo de jóias para as pessoas mais
poderosas e ricas do império.
 Após o título de nobreza, os Andalorya concentraram
seus esforços em encontrar novas áreas de
mineração no Vale dos Naur, aumentando ainda
mais a extração de pedras e metais preciosos.
Obviamente, a ganância, sede pelo poder e os
séculos de extrativismo predatório deixaram marcas
permanentes na natureza imaculada de Mindrayrth.
BOATOS
• Há rumores sobre uma espécie de maldição terrível
que recaiu sobre os joalheiros da família, o Mal do
Metal, que envenena pouco a pouco o corpo dos
artesãos e transforma suas peles em metal. Se
os rumores forem confirmados, a maldição pode
representar o fim dos Andalorya.
• Aproveitando-se da queda da linhagem dominante
e do caos instalado em Mindrayrth, há relatos de que
a família mantém certas operações mineradoras em
territórios localizados fora do Vale dos Naur, o que
sempre foi expressamente proibido pelos dragões.
De acordo com esses rumores, as minas clandestinas
ficariam em locais remotos e seriam protegidas por
dispositivos explosivos feitos de syqua para inibir a
aproximação de dragões.
• Dizem que a Rainha Dracônica, Gyzath, foi
presenteada com uma jóia Andalorya e esse objeto
teria sido o responsável por sua morte.
Andrath, a Bela do Vale
(Cidade humana e fortificada, Império de Tar’Syqua
e capital da Família Andalorya em Mindrayrth)
Fundação. O primeiro assentamento foi fundado
por colonos, com a ajuda de Draachs.
Governo. A Família Andalorya.
Quem Realmente Governa. Heskral Andalorya, a
Matriarca da Família.
População. 80% Humanos, 15% Humanóides
Dracônicos, 5% outros.
Produtos e Recursos. Minérios, ligas metálicas e
joalheria.
Defesas. Muralhas, armadilhas e armas de cerco,
feitas para matar dragões.
Personagens Importantes. Cartir Andalorya
(comandante dos exércitos, humana guerreira,
O.N.), Derdrair Alatinel (diplomata e negociador,
elfo naha, N.M.), Sobryk (aliado dracônico, draach,
O.B.), Satine (aliada dracônica, draach, C.B.).
Locais Importantes.
a) A Tenda de Satine - exposição e local de
vendas de artes e jóias, inclusive aquelas feitas por
joalheiros de outras regiões;
28 quickplay - Pact of Dragons
b) “A Mais Bela das Jóias” - famosa taverna
ornamentada com pedras semi-preciosas;
c) O Templo das Pedras - templo dedicado à
Verdade e construído com ouro, rubis, diamantes e
outras pedras preciosas;
d) O Porto de Andrath - porto fluvial localizado no
centro da cidade que serve como uma das bases
mais importantes para as rotas comerciais no
Vale dos Naur.
Conhecimento Comum. O clima de tensão
aumentou muito nos últimos tempos e boatos
de um ataque iminente por um bando dracônico
numeroso começou a circular pela cidade. Com
isso, há movimentação constante de militares e
toques de recolher.
A quantidade de jóias Andalorya nos mercados
da cidade diminuiu consideravelmente,
aumentando, e muito, o valor e a procura por
essas peças. Além disso, também diminuíram
os envios delas para Tar’Syqua e as cobranças
começaram a chegar. Por isso, é nítido o
desespero por parte dos comerciantes.
Vila Andalorya
(Palácio humano, Império de Tar’Syqua e casa de
campo da Família Andalorya em Mindrayrth)
Fundação. O palácio foi construído nas
Montanhas das Vridhas para servir de refúgio e casa
de veraneio para os líderes da família.
Governo. A Família Andalorya.
Quem Realmente Governa. A Senescal Mantanyon,
uma Draach aliada da família desde que chegaram
em Mindrayrth.
População. Cerca de 120 pessoas trabalham no
Palácio, todos humanos, com exceção da Senescal e
de sua guarda pessoal.
Produtos e Recursos. Os segredos da Joalheria
Andalorya e os Tesouros da Família.
Defesas. 60 Draachs leais à Senescal Mantanyon e
os golens, espalhados pela propriedade.
Personagens Importantes. Nehyr e Zahyr
Andalorya (netos preferidos da matriarca e os
sucessores mais prováveis da família, ambos
humanos e N.M.).
Locais Importantes.
a) O Jardim das Jóias e o Labirinto Andalorya -
jardim decorado com esculturas feitas de pedras
preciosas e um labirinto de cercas vivas e plantas
raras);
b) O Rio e o Lago das Vridhas - cortam a
propriedade da família); e
c) Os Porões da Vila - os subterrâneos da vila
guardam os maiores segredos dos Andalorya.
Conhecimento Comum. A vila guarda os maiores
tesouros da família Andalorya e muitos ladrões
e mercenários conspiram nas sombras para
encontrar uma forma de roubá-los.
 É de conhecimento de todos que, atualmente, a Vila
Andalorya serve para proteger os gêmeos que um dia
irão governar o destino da família. Porém, a maldade
das duas crianças é notável e muitos parentes têm
receio dos futuros líderes da dinastia. Também há
boatos de que as cabeças deles estão à prêmio.
O Protetorado de
Vordrath
Os Vordrath não são uma família propriamente dita,
e sim, uma das primeiras guildas de inventores,
alquimistas e sucateiros a se formar no império. Com
a descoberta da Syqua, a guilda, sediada na cidade
de Vordrath, em Tar’Syqua, passou a trabalhar com
os anões, aliados de longa data, para aprender os
segredos da forja desse precioso e poderoso minério
cristalizado.
BOATOS
• Certas conversas a portas fechadas nas tavernas do
protetorado afirmam que os dissidentes dos Vordrath
juraram vingança contra seus antigos aliados e
se organizaram em um grupo criminoso de nome
“A Ferrugem”. Esse grupo é famoso por seus atos
terroristas e pela pirataria no Vale dos Naur.
• Dizem alguns estudiosos que as “Barrigas de Metal”
são invenções perigosas por conta de seu motor
movido à Syqua, e é por isso que certos acidentes
fatais ocorrem de tempos em tempos. Além disso,
ainda afirmam os estudiosos que esses cargueiros
são os responsáveis pela poluição de parte dos rios
e lagos do vale, pois despejam seus resíduos tóxicos
por onde passam, sem o menor controle.
• Fazendeiros e outros trabalhadores agrícolas
das margens dos rios afirmam que suas terras
estão se tornando inférteis por conta da poluição
dos rios, pois a sujeira está se infiltrando no solo,
contaminando o plantio e matando os animais.
• Ao que tudo indica, há uma insurreição começando
na cidade de Bar’Vordrath, liderada pelo anão
Bar’Thanin, um experiente e perigoso pistoleiro,
que deseja tomar o controle da cidade e dos
carregamentos de Syqua. Devido aos problemas em
Bar’Vordrath, a insurreição de Bar’Thanin parece
ganhar cada vez mais simpatizantes, e a cidade
pode virar um barril de pólvora, numa situação que
pode acarretar o bloqueio do fluxo, já reduzido, de
carregamentos de Syqua pelo Rio Talohara.
29 quickplay - Pact of Dragons
Com a necessidade de colonizar o Vale dos Naur,
Orbath decidiu enobrecer os líderes da guilda de
Vordrath e seus descendentes, como se fossem uma
única linhagem.
Entretanto, nem tudo foram flores, e uma
pequena parte dos líderes da guilda se recusou
a aceitar os planos do imperador. Orbath se
enfureceu com a negativa e condicionou o
enobrecimento à expulsão dos dissidentes, o que foi
aceito prontamente pelo resto dos chefes, ansiosos
pelas riquezas das novas terras.
No Vale dos Naur, a “família” Vordrath foi a
responsável pela criação das máquinas usadas no
transporte fluvial da Syqua e outros carregamentos,
como as “Barrigas de Metal”, por exemplo.
Bar’Vordrath
Cidade humana/ Enânica fortificada, Império
de Tar’Syqua e capital da Família Vordrath em
Mindrayrth)
Fundação. A cidade de Bar’Vordrath foi fundada
e construída por artesãos e inventores da “família”,
com a ajuda de seus aliados anões.
Governo. Família Vordrath.
Quem Realmente Governa. Tharsos Radras, os
Olhos do Imperador Orbath no Vale dos Naur.
População. 65% Humanos, 25% Anões, 9%
Humanóides Dracônicos, 1% outros.
Produtos e Recursos. Produção de “Barrigas de
Metal”, Invenções e Itens de Syqua.
Defesas. Praticamente todas as defesas do
Protetorado são movidas à Syqua, como canhões,
armas de cerco, etc. Com a escassez do minério,
muitas delas já pararam de funcionar ou estão com
seus estoques de munição baixos.
Personagens Importantes. Dworen Barba de
Syqua (grão-mestre inventor e criador das
“Barrigas de Metal”, anão sucateiro, N.), Soraia
Vordrath (mestra dos forjadores de Syqua do
protetorado, humana sucateira/ladina, N.B.),
Kirlik (famoso comerciante rarashh, ele sempre
tem em seu estoque o que você procura, rarashh
ladino, N.M.) Bar’Thanin “No Olho do Dragão”
(experiente pistoleiro famoso por ter matado um
dragão com um tiro só a uma distância de mais
de mil metros).
Locais Importantes.
a) Templo dos Inventores - santuário feito de
sucatas e peças metálicas, dedicado às supostas
“Mil Invenções” dos Vordrath. Não há sacerdotes
nesse templo e a construção serve muito mais
como um memorial feito para homenagear a
história dos Vordrath do que como um local
sagrado propriamente dito;
b) A Engrenagem Enferrujada - taverna construída
em cima de uma grande engreganagem que pode
girar de acordo com a vontade do dono da taverna.
 O local é famoso, também, pelo barulho de metais
e engrenagens rangendo e pela bebida mais
apreciada pelo povo local: o “Óleo de Motor”, um
aguardente poderoso feito de uma mistura potente
de vários destilados e, dizem as más línguas,
utilizando-se da sujeira que sobra dentro dos
motores de Syqua das “Barrigas de Metal”;
c) O Farol de Bar’Vordrath - a cidade fica nas
margens do Talohara, e esse gigante farol serve
como guia para o tráfego de cargueiros que vêm de
Tar’Syqua em direção aos domínios dracônicos.
Conhecimento Comum. Bar’Vordrath está à beira
de um colapso, pois ela é, sem dúvida, a cidade mais
dependente da Syqua que existe no Vale dos Naur.
A diminuição do fluxo dos carregamentos vindos
de Tar’Syqua trouxeram problemas dentre aqueles
que governam a cidade. Os ânimos entre as famílias
governantes estão aflorados e muitas rusgas antigas
voltaram à cena.
O Protetorado de
Majvolka
Os Majvolka fazem parte de uma linhagem que
descende dos gigantes que habitavam os Montes
Musgos eras atrás, quando Tar’Syqua ainda não
havia sido batizada dessa forma. Dos gigantes, os
Majvolka pouco herdaram, restando apenas uma
maior estatura (que pode chegar a, no máximo, dois
metros e meio), os segredos da marcenaria e de como
30 quickplay - Pact of Dragons
cultivar a terra, preparar os arados, as plantações e os
pomares. Muito se fala sobre o amor e a ligação que
os antepassados gigantes dos Majvolka tinham pela
natureza. Entretanto, conforme os séculos avançaram,
esses sentimentos foram substituídos pela praticidade
humana, pela maestria na agricultura e pelo comércio
de madeira, frutas e outros vegetais.
Quando os relatos a respeito das vastas
florestas e campos alagados de Mindrayrth
chegaram aos ouvidos do imperador, ele logo
se deu conta da grande quantidade de recursos
que estariam à sua disposição se um plano
inteligente fosse orquestrado. Percebendo
essa necessidade, Orbath se reuniu com seus
aliados dos Montes Musgos e os enviou, já
enobrecidos, para formar uma colônia, cujos
principais objetivos seriam extrair recursos
naturais do Vale dos Naur e estabelecer fazendas
de subsistência para abastecer a formação dos
Protetorados Humanos. Com o tempo, essas
fazendas de subsistência se tornaram grandes
propriedades rurais, eliminando quaisquer
vestígios das matas selvagens que haviam nas
terras dos Majvolka, alterando para sempre as
suas paisagens naturais.
Por conta de suas terras férteis e ricas em
recursos naturais, o Protetorado de Majvolka
é considerado um dos maiores celeiros do
Império, fornecendo alimento e iguarias raras
para os outros protetorados do Vale dos Naur e
por toda Tar’Syqua.
 Apesar da importância do protetorado, nem
sempre os Majvolka estão alinhados com o resto do
império, pois eles mantêm certas tradições antigas e
se consideram um povo à parte. A mais importante
dessas tradições está relacionada diretamente à Syqua,
na verdade, ligada à proibição de seu uso, pois, dentro
dos territórios controlados pela linhagem, o minério é
visto com desconfiança e aversão. A lei do Protetorado
de Majvolka proíbe o uso da Syqua, sob a pena de
multa, prisão ou execução (nos casos mais graves,
como envenenar algumas das plantações, pomares ou
celeiros), e restringe a quantidade de Syqua que um
cidadão ou viajante pode portar.
BOATOS
• Os servos do Castelo dos Troncos contam
histórias sinistras sobre uma estranha aparição
que assombra os largos corredores do centro de
poder dos Majvolka e leva à loucura aqueles que
ouvem seus sussurros insanos, a Dama Cega.
• Nos últimos meses, muitas fazendas foram
fechadas e suas colheitas queimadas. Apesar da
negativa por parte dos governantes, os rumores
nas tavernas contam histórias sobre o desespero
de fazendeiros quando safras inteiras foram
contaminadas pela Syqua.
• Faz seis anos que os governantes do Castelo dos
Troncos não aparecem publicamente. Os servos do
castelo contam histórias sobre um mal terrível que
se abateu sobre os líderes da linhagem.
• A exportação de produtos agrícolas diminuiu
consideravelmente nos últimos anos, o que elevou,
e muito, o preço dos alimentos em todo o império.
• Uma estranha doença parece se espalhar pelos
pomares mais distantes do protetorado, o “Mal das
Cascas Podres”, que deixa a pele dos infectados
com a aparência de tronco de árvore e, pouco a
pouco, transforma-os em cascas vazias, que vagam
como desmortos.
Kenintrya
(Cidade humana, Império de Tar’Syqua e capital da
Família Majvolka em Mindrayrth)
Fundação. Kenintrya foi erguida com as madeiras
de uma antiga floresta de mesmo nome que existia
no local escolhido para sua construção.
Governo. Família Majvolka.
Quem Realmente Governa. Kar’Xyak, A Dama Cega
de Três Cabeças (Semblante da Loucura). Devido
à escassez de Syqua no protetorado, tóxica à sua
espécie, a Shadraath conseguiu se infiltrar na corte
Majvolka e começou a orquestrar a ruína do “Celeiro
do Império”.
31 quickplay - Pact of Dragons
População. 85% Humanos, 14% Humanóides
Dracônicos, 1% outros.
Produtos e Recursos. Maior produção agrícola do
Imperio de Tar’Syqua.
Defesas. Como o protetorado não faz uso da
Syqua, suas defesas se resumem apenas ao seu
exército e algumas armas de cerco com um menor
poder de ataque comparado às que se utilizam da
Syqua como munição.
Personagens Importantes. Volgar Majvolka (ancião
Majvolka e líder da linhagem, humano bárbaro,
C.N.), Evra Majvolka (anciã Majvolka e líder da
linhagem, humana bárbara, N.M.), Dyr’Dranir
(Mestra das Colheitas, elfa naha druida, N.B.).
Locais Importantes.
a) O Círculo dos Pomares - cinturão de pomares e
propriedades rurais (5 quilômetros de raio em torno
da cidade);
b) Os Melhores Licores do Império - famoso e caro
empório de bebidas;
c) Castelo dos Troncos - sede do poder da linhagem
Majvolka.
Conhecimento Comum. Cada vez mais safras são
destruídas devido ao envenenamento com a Syqua,
e os impactos na economia do protetorado estão
cada vez piores. Muitos fazendeiros e comerciantes
perderam tudo, aumentando, a cada dia, o número
de miseráveis vivendo nas ruas da cidade e a
criminalidade. O povo culpa os governantes pelo
sofrimento, mas a única resposta que recebem é o
silêncio e a distância vindos do Castelo dos Troncos.
O Protetorado de
Ordes Radras
Os Ordes são uma família de origem militar,
que entrou para a Corte do Acordo durante o
descobrimento de Mindrayrth, após a união entre a
general Emily Ordes e a jovem Yagall Radras, uma
capitã com diversas condecorações e feitos de bravura.
A família já havia adquirido grande respeito e o favor
de Orbath após terem um papel fundamental durante
as Batalhas da Floresta do Crescente, em Tar’Syqua.
O Imperador Orbath sabia que precisaria de
força militar para manter seus planos no Vale dos
Naur, e enviou uma de suas linhagens mais leais
para proteger, ou manter sob controle, as famílias
recém-enobrecidas durante a colonização do vale.
Com os séculos de colonização, o controle dos
Ordes Radras sobre as outras famílias do vale
enfraqueceu, graças, principalmente, ao fato de
que os outros protetorados se tornaram potências
muito mais influentes.O balanço de poder entre as
colônias se inverteu, criando uma dependência dos
Ordes com os outros três protetorados, que, desde
então, mantêm a economia do Vale dos Naur.
 Atualmente, mesmo que dependentes das
outras famílias nobres do Vale, os exércitos Ordes
protegem as fronteiras entre as terras do Império
de Tar’Syqua em Mindrayrth e os territórios
de caça dracônicos.Se os exércitos fronteiriços
caírem, restará pouca ou nenhuma esperança para
o futuro do vale.
BOATOS
• Pelotões inteiros estão desaparecendo sem
deixar vestígios nas fronteiras a leste. Os
sobreviventes contam histórias sobre fissuras
que surgem de repente e gritos vindos das
profundezas.
• Há boatos de um ataque dracônico em massa
vindo do Oeste e, aparentemente, os exércitos
Ordes Radras estão ignorando a ameaça, pois
nenhuma movimentação militar foi realizada
naquela direção.
• Existem rumores correndo entre os soldados
sobre a suposta chegada de uma ordem imperial
para a retirada dos exércitos e da família Ordes do
Vale dos Naur. Se isso ocorrer, não haverá futuro
para o povo do Vale.
A Fortaleza Yagall
Cidade Humana Fortificada, Império de Tar’Syqua e
Capital da Família Ordes Radras, Honrada Membra
da Corte do Acordo, em Mindrayrth)
Fundação. O forte que deu origem a cidade-
fortaleza dos Ordes Radras foi batizado em
homenagem ao amor da General Emily Ordes por
sua esposa, Yagall Radras.
Governo. A General Parr Ordes Radras.
Quem Realmente Governa. O Imperador Orbath
Radras, por intermédio do Conselheiro Sylac
Radras.
População. 90% Humanos, 10% outros.
Produtos e Recursos. Armas, armaduras e
exércitos.
Defesas. O Exército do Vale.
Personagens Importantes. Comandante
Nyramar Ordes Radras (comandante da
fronteira Leste do Vale, humana guerreira,
O.B.), Comandante Nayhilia Ordes Radras
(comandante da fronteira Oeste do Vale,
humana maga/ladina, C.B.), Comandante Phaer
Ordes Radras (comandante da fronteira Norte
do Vale, Nahudra guerreiro, O.N.).
32 quickplay - Pact of Dragons
Locais Importantes.
a) A Espada - taverna conhecida por ser
frequentada por militares;
b) o Templo da Guerra - templo erguido em nome
da Verdade em seu aspecto guerreiro;
c) A Rocha - torres de defesa anti-dracônica
localizada no centro da cidade;
d) A Praça do Machado - praça pública localizada
no centro da cidade e que serve para execuções.
Conhecimento Comum. Os militares das patentes
mais baixas estão revoltados com seus superiores, e
diversos grupos podem ser vistos expressando suas
frustrações pela cidade.
Um grupo de juízes militares, aproveitando-
se da ausência dos comandantes das fronteiras,
resolveram fazer um exemplo dentre os
insubordinados e condenaram Yagn, um jovem
soldado, à morte por decapitação. A data da
execução pública ainda não foi marcada, mas a
população civil teme que esse seja o estopim para
uma revolta militar dentro do protetorado.
Faularya, a Emborcada
(Cidade mista, posto avançado fluvial “sob o
controle” da Família Ordes Radras)
Fundação. O posto avançado foi construído utilizando
os destroços de uma gigante “Barriga de Metal” de
mesmo nome, que havia emborcado no rio Talohara
devido ao seu tamanho exagerado e um erro de
fabricação em seus alicerces. Conforme o tempo passou,
o posto militar pouco a pouco se transformou em uma
cidade flutuante, que serve como o primeiro porto seguro
para os barcos e viajantes que vêm de Tar’Syqua.
Governo. Capitã-dos-Portos Noele Ordes Radras.
Quem Realmente Governa. A cidade possui um
Conselho de Dignitários, no qual a capitã também
é a líder. Porém, a opinião dos conselheiros tem
grande peso nas decisões da governante. Além
disso, o crime organizado controla parte da cidade,
e parte dos conselheiros está envolvida em um
enorme esquema de corrupção.
População. 80% Humanos, 7% Anões, 10%
Humanóides Dracônicos, 2% Laygrass Aliadas, 1% outros
Produtos e Recursos. Porto Seguro.
Defesas. O Exército do Vale.
Personagens Importantes. Conselheiro Tekol
Andalorya (joalheiro responsável pela fiscalização
dos carregamentos de Syqua que passam por
Faularya, o conselheiro também está por trás
de um esquema de corrupção para desviar os
carregamentos para grupos criminosos, humano
mago, N.M.), Siaghal, a Negociadora (famosa
comerciante de raridades, dizem os rumores que
não há nada que ela não possa encontrar, Draach
Ladina, C.B.), Kyl’Silath (líder do bando Laygrass
do sul do Rio Talohara e aliada da capitã-dos-portos
Noele, Dragão Verdadeiro, C.B.).
 Locais Importantes.
a) A Zona Submersa - parte da cidade que fica na
parte submersa dos destroços de Faularya e que é
controlada pelo crime organizado graças ao apoio
de alguns membros corruptos no conselho que
financiam as atividades ilegais, como o desvio de
Syqua e a pirataria nos rios do Vale dos Naur;
b) Depósitos de Syqua - há diversos depósitos
espalhados pela cidade emborcada, a maioria é
protegida pela guarda local ou por mercenários
contratados pelos conselheiros;
c) Canecas Emborcadas - localizada na Zona
Submersa, essa taverna é o lugar perfeito
para negociações escusas longe das vistas das
autoridades locais;
33 quickplay - Pact of Dragons
d) Varanda - a taverna mais rica da cidade,
frequentada pelas pessoas mais importantes de
Faularya.
Conhecimento Comum. Muitos boatos afirmam que
a origem de Faularya não foi um acidente, e sim, um
atentado orquestrado para destruí-la.Entretanto,
essa é uma suspeita que nunca pôde ser comprovada.
Recentemente, um bando do Sangue Laygrass
começou a patrulhar o entorno de Faularya e é
público que existe uma espécie de acordo entre
os dragões e a governante da cidade, Noele Ordes
Radras. Dizem os boatos que essa foi uma decisão
tomada pela Capitã-dos-Portos, sem passar,
primeiramente, pela aprovação do conselho.
A corrupção entre os membros do conselho é de
conhecimento da maior parte da população local e é
motivo de piadas constantes, principalmente entre
os mais pobres.
 Cumprimentos, ditados, expressões
e xingamentos de Yrgath
Cumprimentos
Pars Zad = “Sol companheiro”: saudação de
bom dia, amplamente utilizada em Yrgath.
“A bem da Verdade”: dito por clérigos da
Verdade de seitas diferentes quando se
encontram, principalmente quando estão
diante de não fiéis. É respondido com: “A
Ela nada escapa”. Ao falarem esta expressão,
os clérigos colocam a mão direita no ombro
direito um do outro, com o cotovelo quase
tocando o peito do outro. Olham-se nos olhos,
como que medindo o poder do próximo, e,
caso ainda não tenham descoberto, especulam
a qual seita pertencem.
“Que você nunca precise dar o segundo tiro” :
despedida entre pistoleiros.
Gorrkthar kharruk (nascemos para este
momento):grito de guerra gorr, que antecede
combates dignos. Também usado quando dois
gorr se encontram em lados opostos do campo
de batalha.
Ditados
“Vento que venta lá, venta cá”: ditado de
origem desconhecida, utilizado por diversas
raças. Indica que tudo de bom ou mau que
possa ser feito por alguém, também pode ser
cometido contra este mesmo alguém.
“A cidade não vive só de syqua”: falado por
humanos em posições de comando ou de
poder quando querem receber alguma propina
para facilitar algo ou fazer vista grossa.
“Mais amargo que sangue Naha”: falado
por humanos e dracônicos mais próximos
dos humanos para indicar que algum evento
foi ruim ou teve consequências negativas.
Também usado para comida intragável.
“A syqua vai e a adaga vem”: usado por ladinos
ou guardas para indicar que muitos crimes
têm a ver com o fluxo de syqua.
34 quickplay - Pact of Dragons
Expressões
“Pela Saúde de Orbath!”: brinde usado
por humanos e anões, embora os anões
o estejam usando cada vez menos. Como
Orbath é imortal, brindar à saúde do
rei é um desejo de prosperidade eterna.
“Brindemos a mais uma aventura bem
sucedida! Pela Saúde de Orbath!!”
“Achou caro? Vai procurar em
Kirkoswan”: usado amplamente por raças
não dracônicas. Essa cidade é conhecida
por ter de tudo em qualidade e com bom
preço. Mercadores usam esta expressão
para sugerir que só se vai conseguir um
preço melhor após uma longa viagem.
Kirkoswan, no entanto, nem sempre
apresenta preços melhores que em outras
cidades, e seus mercadores, quando são
indagados por viajantes de por que os
preços estão tão altos, respondem com
outra expressão: “Kirkoswan cobra o preço
justo da qualidade”
“Só quando o sol brilhar em Zhantar”:
esta expressão significa que algo nunca vai
acontecer, já que a cidade labirinto está
sempre envolta em uma neblina.
Xingamentos
“Seu bebedor de syqua”: usado por humanos
e anões. É um xingamento leve de indignação,
ou usado como cumprimento entre amigos
próximos. “Seu bebedor de syqua! Você já
contou essa mentira antes!”
“Seu comedor de syqua”: usado por humanos
e anões. Xingamento pesado, que pode levar a
briga com armas. “Você, comedor de syqua, só
vai passar por cima do meu cadáver!”
“Cara de cavalo”: usado por humanos, quando
se quer dizer que o outro está com cara de
quem morreu. “Que cara de cavalo, meu
amigo!Só falta enterrar!”
 Entrega em Faularya
Uma aventura para Dungeons and Dragons 5ª Edição
Por Marco Antônio Loureiro
Membro da Associação Brasileira de Autores Roteiristas
Sinopse da Aventura
“Entrega em Faularya” é uma aventura feita para ser
utilizada com a 5a Edição do RPG de Fantasia mais
famoso do mundo, o Dungeons and Dragons. Mas
fique à vontade para adaptá-la a outros sistemas
bastando alterar os “Stat Blocks” contidos nesta
aventura. Outro ponto importante é que ela foi
planejada para ser a primeira de uma sequência de
aventuras que, juntas, formarão uma campanha
maior dentro do cenário de Pact of Dragons.
A aventura foi desenvolvida para quatro ou seis
personagens de 1º nível, podendo ser completada
em uma ou duas sessões de jogo.
Os personagens foram contratados para
transportar uma carga preciosa e misteriosa, cuja
embalagem se encontra completamente selada, da
cidade de Radras, na Passagem de Orbath, para
Faularya, um entreposto construído no esqueleto
de uma “Barriga de Metal” que emborcou no
Rio Talohara e que agora serve como parada
obrigatória para os barcos da Rota da Syqua. Junto
com a carga estão alguns mercenários contratados,
que levam o brasão da Companhia dos Machados
Cruzados, um dos grupos mercenários mais
perigosos do Império de Tar’Syqua.
35 quickplay - Pact of Dragons
Infelizmente, o Veronar, a estação das chuvas,
começou mais cedo, e a valente tripulação do
“Manati Vermelho” foi pega desprevenida em uma
perigosa tempestade de raios.
É extremamente perigoso navegar em uma
“Barriga de Metal” sob uma tempestade de raios, pois
a embarcação metálica pode, facilmente, atrair essas
descargas elétricas. Por isso, enquanto a maior parte
da tripulação fica de guarda na margem do rio, os
personagens serão enviados pela capitã do barco para
encontrarem um abrigo próximo das margens do
Talohara. É nesse momento que a aventura começa.
A Rota da Syqua
A famosa Rota da Syqua é o extenso caminho fluvial e
terrestre percorrido pelo minério, desde a sua extração
nas minas localizadas em Tar’Syqua, passando pelas
forjas e refinarias purificadoras enânicas, para, no
final, chegar ao grande Rio Talohara. A partir desse
ponto, o minério é distribuído para todos os Domínios
Dracônicos que formam o pacto, por meio da extensa
bacia fluvial de Mindrayrth.
Por essa rota, passam a maioria dos carregamentos
de Syqua e outros produtos, conectando a economia
do “mundo dracônico” com o “não-dracônico”.
 Ganchos para a Aventura
Devido à sua importância, a Rota da Syqua atrai todo
tipo de aventureiros. Muitos desses são novatos, em
busca de uma boa oportunidade para iniciar sua
carreira de aventuras. Com isso em mente, deixe
que os personagens decidam suas origens, mas, em
algum momento de suas vidas, eles largaram suas
ocupações anteriores para tentar um novo trabalho
na rota comercial mais famosa do mundo.
• Os aventureiros estão ansiosos para viver
dias de glórias na Rota da Syqua e fazer parte
da tripulação do Manati Vermelho será uma
oportunidade de ouro.
• Um amigo de infância de um dos aventureiros
desapareceu na Rota da Syqua e ele precisa encontrar
alguma pista sobre seu paradeiro. A melhor forma de
fazer isso é fazer parte da tripulação de uma “Barriga
de Metal” e refazer o caminho por onde o amigo
passou antes de desaparecer.
• Um dos pais de um dos personagens era um
experiente capitão de “Barriga de Metal” e foi morto
por piratas do Rio Talohara. O personagem deseja
vingar a morte de seu parente para encontrar a paz.
O Memorial de Lay’Ronia
A Ruína de Lay’Ronia é, na verdade, o memorial e
túmulo de uma antiga alfa de bando da Linhagem
Laygrass, que sacrificou sua vida para prender uma
semente Shadraath não nascida em seu próprio
corpo. Dessa forma, ela impediu que a região fosse
tocada pelos Shadraaths, e se tornasse uma área
morta, mais um dos terríveis Mares de Penumbra.
O Manati Vermelho
O Manati Vermelho é uma das embarcações mais
conhecidas dos rios que fazem parte da Rota da
Syqua. Assim como sua valente e famosa capitã,
essas embarcações servem de inspiração para
diversas histórias de bravura e aventura. Essa
“Barriga de Metal” possui modificações criativas
para compensar a lentidão habitual desse tipo de
embarcação. Muitas dessas modificações foram
feitas pelas mãos hábeis da própria capitã.
Por sorte, ou falta de opções melhores, os
personagens conseguiram a oportunidade de
ingressar na tripulação do Manati Vermelho, a
“Barriga de Metal” mais rápida do grande Talohara.
As Ordens da Capitã
Leia em Voz Alta:
“Uma perigosa tempestade de raios começa a se formar
no horizonte! A tripulação fica apreensiva, enquanto
aguarda as ordens da experiente Capitã Laryssa Punhos-
de-Ferro, a Arraia do Talohara. Todos a bordo do Manati
Vermelho sabem dos perigos de se navegar em uma
“Barriga de Metal” sob uma tempestade como essa. Há
diversas histórias de tripulações inteiras que morreram
eletrocutadas ao desafiar o poder dessas chuvas.
36 quickplay - Pact of Dragons
— Senhores! — Ela olha em direção aos mercenários
da Companhia dos Machados Cruzados. — Não vou
desperdiçar as moedas de nossos contratantes, nem
nossas vidas, por conta de uma insensatez! — ela grita do
leme da embarcação. — Vamos, seus manatis cansados!
Procurem um local para aportarmos!
A tripulação se apressa para cumprir as ordens da
capitã. Enquanto isso, ela se vira para vocês, novatos, e,
com um sorriso irônico, diz: — Depois que aportarmos,
adentrem a mata e procurem um local para nos
abrigarmos até que a chuva passe. Enquanto isso, eu e o
resto ficaremos de guarda, próximos à carga.”
Os personagens começam a aventura
desembarcando do Manati Vermelho com a missão
de encontrar um abrigo nas cercanias. Nesse meio
tempo, o restante da tripulação e os mercenários
contratados guardarão a preciosa e misteriosa carga.
Essa é uma oportunidade de ouro para os novatos
agradarem a capitã e mostrarem do que são capazes.
O Manati Vermelho não está transportando Syqua
ou outra mercadoria pesada, como é de costume. Na
verdade, a única carga transportada é um pequeno
cubo metálico, com dimensões aproximadas de 1
metro por 1 metro, recoberto por runas arcanas.
Porém, nem a capitã, nem mesmo os mercenários,
sabem a respeito do conteúdo do cubo.
Caso a capitã seja questionada, ela responderá com
um breve e ríspido: “Você não está sendo pago(a)
para fazer perguntas! Volte já para seus afazeres!
Caso um dos mercenários seja questionado, ele
vai mudar de assunto ou ignorar o interlocutor.
Um teste da perícia Arcanismo de CD 14 ou o uso
da magia “Detectar Magia” irá revelar uma aura
mágica tênue no cubo, porém, não identificável.
Já o uso da magia “Identificar” revelará que o
material do qual é feito o cubo é o responsável
por suprimir a aura mágica de seu conteúdo.
Entretanto, é possível deduzir que se trata de algo
de extremo poder arcano, pois, mesmo com sua
camada metálica de proteção, a energia mágica
ainda é capaz de vazar aos poucos, tornando viável
sua detecção por meios místicos.
AS BARRIGAS DE METAL
A maior parte dos carregamentos importantes
que navegam pelos rios de Mindrayrth, vindos de
Tar’Syqua, são feitos por essas pesadas e lentas
embarcações de metal, que se movem utilizando
uma espécie de “motor” cujo combustível é a
Syqua. Normalmente, devido aos constantes
ataques de piratas, esses carregamentos são
protegidos por escoltas armadas particulares a
serviço dos mercadores da Rota da Syqua.
 As Matas do Vale dos Naur
“A Barriga de Metal ancora nas margens do Rio Talohara
em uma pequena praia fluvial e lamacenta. O local está
repleto de grandes cascos de tartarugas vazios, que exibem
marcas de presas, num sinal claro da presença de algum
predador nas cercanias. A tripulação se entreolha, e olha
para a capitã, que aponta o dedo na direção de vocês,
novatos, e, em seguida, sinaliza para que adentrem a
mata fechada logo à frente”.
Como a maior parte das áreas inexploradas do
Vale dos Naur, as matas nas cercanias são bem
fechadas, com árvores altas, folhagens largas, cipós
longos e flores de cores vivas. Os personagens terão
que adentrar a densa mata e enfrentar os perigos
que os aguardam.
Uma chuva torrencial começa assim que os
personagens descem da “Barriga de Metal’’, e eles
terão desvantagem em todos os testes que forem
dependentes da visão.
Para abrir uma picada pela mata fechada será
necessário um Teste de Sobrevivência ou Natureza
de CD 14. Uma falha nesse teste significa que cada
integrante do grupo vai receber 2 pontos de dano,
devido aos cortes de espinhos, galhos e folhas.
Será necessário acumular 3 testes bem sucedidos
para encontrar a trilha que levará os personagens
para a próxima parte dessa aventura: a Ruína de
Lay’Ronia.
Enquanto o grupo não conseguir acumular 3
testes bem sucedidos, os jogadores continuarão
perdidos dentro da mata fechada, tentando
encontrar um abrigo seguro.
Um dos maiores perigos dessa região são as
colméias de ferrões púrpura, um tipo de inseto
perigoso por sua agressividade e seu veneno
necrótico. A cada Teste de Sobrevivência ou
Natureza bem sucedido, existe uma chance de 25%
do grupo se deparar com uma dessas colmeias
gigantes. Nesse caso, 1D6 ferrões púrpura os
atacarão assim que forem avistados.
37 quickplay - Pact of Dragons
Ferrão Púrpura
Fera Pequena, sem alinhamento.
Classe de Armadura 13 (armadura natural)
Pontos de Vida 4 (1D6 + 1)
Deslocamento Deslocamento 6 m, voo 12 m.
FOR DES CON INT SAB CAR
6 (-2) 12 (+1) 12 (+1) 2 (-4) 7 (-2) 3 (-4)
Sentidos visão às cegas 9 m, Percepção Passiva 8
Idiomas —
Nível de Desafio 1/2
Ataque Concentrado. Os ferrões púrpura atacam o
mesmo alvo que os outros de sua espécie.
Convocar a Colméia (Recarrega 5-6). O inseto dança
no ar e convoca 1 ferrão púrpura para auxiliá-lo, que
entra no combate na rodada seguinte.
AÇÕES
Ferroada: Arma de Combate Corpo a Corpo: +3 para
acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 3 (1D4+1) per-
furante. O alvo deve ser bem sucedido em um Teste
de Salvaguarda de Constituição CD13 para não
sofrer 2 (1D4) pontos de dano necrótico.
Como ação bônus o Ferrão Púrpura pode mover
metade da sua movimentação sem gerar ataque de
oportunidade.
Após receber dano, o Ferrão Púrpura pode usar sua
reação para executar uma Ferroada.
COMPORTAMENTO ANIMAL
Sendo um inseto social, ou seja, uma espécie que
vive em colônias, colméias e afins, os Ferrões
Púrpura sabem como se beneficiar da vantagem
numérica. Essas criaturas organizadas utilizam de
sua capacidade de voar para se afastar de inimigos
indesejáveis e invocar outros de sua colméia até que
tenham vantagem numérica. Quando em maior
número, preferem atacar em conjunto e normal-
mente concentram seus ataques em um alvo só.
 A Ruína de Lay’Ronia Ruína 01 (O Caminho de Pedras)
Leia em Voz Alta: Leia em Voz Alta:
“Está quase anoitecendo e, após uma longa “Vocês se aproximam com cuidado dessa antiga
caminhada debaixo de chuva pesada, abrindo passagem construção esquecida, onde, na frente, há uma larga
pela mata fechada que os cerca, vocês encontram uma escadaria, que desce e os leva para uma porta feita de
antiga construção feita de pedra e quase completamente pedra escura, cujas inscrições foram apagadas pela ação
tomada pela natureza. As pedras dessa ruína são escuras do tempo. Agora, é possível perceber que a porta de pedra
e emitem um brilho arroxeado…” está deslocada e parcialmente quebrada, como se tivesse
No chão, há uma trilha de pedras gigantes e sido movida por uma força descomunal”.
desproporcionais, que leva até a entrada da ruína. A porta de pedra foi deslocada pelo Seelashh, uma
Cada um desses blocos também emite o mesmo espécie que costuma buscar abrigo em cavernas e
brilho púrpura da antiga construção e está coberto locais escuros. As proteções mágicas da porta não
por marcas ininteligíveis. foram capazes de deter a força bruta dessa criatura.
Os personagens sentem um mau Um teste da perícia Arcanismo de CD 13 ou o
pressentimento ao olhar para as ruínas. Talvez uso da magia “Detectar Magia” revelará uma tênue
esse seja um lugar que não deveria ser encontrado. aura de magia na porta de pedra, mas é impossível
Entretanto, o medo de desobedecer a capitã os determinar com certeza seu tipo.
move adiante. Afinal de contas, o cumprimento do O uso da magia “Compreender Idiomas” ou
contrato e a reputação dela valem mais do que a similares pode desvendar o significado das
vida de tripulantes novatos. inscrições nas pedras grandes.
A Ruína é o covil de um estranho
e perigoso predador, o Seelashh,
uma espécie de felino dracônico
SÃO FRASES RELACIONADAS AOS FEITOS DE
com a capacidade de desaparecer
LAY’RONIA:
nas sombras, e que estabeleceu
seu território de caça na região.
“A ALFA QUE SALVOU VYRALAR”
Um personagem que conheça a (RAÇAS DE ORIGEM DRACÔNICA SABEM QUE VYRALAR É O
região do Vale dos Naur, ou que NOME DESSA ÁREA NA LÍNGUA DOS DRAGÕES).
tenha treinamento nas perícias de
“Natureza” e/ou “Sobrevivência” “AQUELA QUE SE SACRIFICOU POR NÓS”
pode detectar que a ruína é o covil
“QUE OS RIOS DE MINDRAYRTH GUARDEM O
dessa criatura a partir dos sinais
ESPÍRITO DE LAY’RONIA”
deixados por ela na área, como
restos de caça, dejetos, etc., desde “A MAIS CORAJOSA DE TODAS AS ALFAS”
que seja bem sucedido em um
teste de CD 14. “ELA, QUE GUARDA DENTRO DE SEU CORAÇÃO
MAIS PURO, O MAL MAIS TERRÍVEL”

Quando recebi o convite para participar de um projeto
para escrever um cenário de RPG, minha cabeça
explodiu de ideias. Era a minha chance de realizar
um antigo sonho de escrever um livro. E mais: era
a oportunidade de colocar no papel e trazer para a
comunidade apreciar todas as loucuras RPGísticas que
povoam minha mente o tempo inteiro.
Com a evolução das conversas, percebi que seríamos
capazes de, realmente, criar algo épico, algo que
ficasse marcado na história do RPG nacional, porque as
premissas alinhadas com os autores iam ao encontro
de tudo que acredito ser importante para um bom
jogo de RPG. Nosso objetivo é entregar um material
de qualidade, com grande utilidade para mestres e
jogadores. Um material que nós mesmos gostaríamos
de usar em nossas mesas.
A ideia é apresentar ao jogador uma experiência única ao
jogar o Pact of Dragons. Uma mistura de possibilidades,
que une vários dos aspectos mais importantes de nosso
querido hobby. Nas páginas de nosso cenário, o jogador
poderá experimentar aventuras nas cidades, nas florestas
ou nas mais sinistras cavernas. Se quiser, será capaz de
participar de embates políticos, cheios de camadas e
figuras de poder ou então combater monstros terríveis,
conhecidos por sua selvageria ou por sua capacidade de
causar o terror no coração do mais corajoso aventureiro.
E, é claro, temos os dragões. Mas não os dragões que você
está acostumado a ver em um típico RPG de dungeons and
dragons. Nossos dragões vieram para assumir um papel de
grande destaque na história de todo o mundo.
Espero, do fundo do coração, que você goste do Pact
of Dragons, e que você faça parte de nosso mundo de
diversão e aventura!
- GRUNTAR

38 quickplay - Pact of Dragons

39 quickplay - Pact of Dragons
 Ruína 02 (O Covil do Seelashh)
Com certa dificuldade, o grupo se esgueira através
dos entulhos e se depara com uma ampla câmara
subterrânea e escura. Lá dentro, assim que os olhos se
acostumam com a fraca iluminação trêmula das tochas,
o cheiro acre de restos orgânicos penetra nas narinas,
causando náusea e desconforto. Pouco a pouco, o local
revela ser o covil de um grande predador.
Antes do Seelashh tomar o local como sua toca,
essa era uma espécie de sala de contemplação e
meditação para quem desejasse prestar homenagem
à Lay’Ronia e seus feitos heróicos. Infelizmente,
a maior parte dos objetos que aqui existiam estão
quebrados ou se perderam.
O cheiro pungente do covil, realmente, é um
problema. Quem adentrar o local sem a devida
proteção (um pano cobrindo o nariz e a boca,
por exemplo), deve ser bem sucedido em uma
Salvaguarda de Constituição de CD 12 para não
adquirir a condição envenenado por 1D4 rodadas.
O Seelashh atacará o grupo nesse momento,
utilizando-se das sombras para emboscar suas presas.
Leia em Voz Alta:
“De dentro das sombras, um rugido terrível e abafado
gela a alma de vocês...”
Uma busca pelo local não revelará muito a não ser
restos de caças e dejetos animais. O cheiro torna esse
local impróprio para um descanso longo, a não ser
que ele seja limpo, ação que pode demorar algumas
horas se for feita por meios não-mágicos.
40 quickplay - Pact of Dragons
Seelashh
Híbrido Dracônico Grande, sem alinhamento.
Classe de Armadura 14 (Armadura Natural)
Pontos de Vida 38 (5D10 + 11)
Deslocamento 12 m, travessia sombria 6 m
FOR DES CON INT SAB CAR
17 (+3) 16 (+3) 14 (+2) 2 (-4) 13 (+1) 7 (-2)
Perícias Percepção +4, Furtividade +6
Sentidos Percepção Passiva 14
Idiomas compreende Dracônico, mas não pode falar
Nível de Desafio 2
Sentidos Aguçados. A criatura tem vantagem em testes
de Sabedoria (Percepção) baseados em olfato e visão.
Travessia Sombria. O Seelashh consegue saltar de
uma sombra para outra, a até 6 metros de distância,
com uma ação de movimento. Essa habilidade só
pode ser usada uma vez por rodada.
Emboscada. Após saltar, a criatura tem vantagem no
próximo ataque contra um alvo adjacente à sombra que
for o destino final de sua ação de Travessia Sombria.
AÇÕES
Ataques Múltiplos. A criatura faz dois ataques: um
com a mordida e um com uma garra.
Mordida. Arma de Combate Corpo a Corpo: +5 para
acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 6 (1D6 + 3)
perfurante.
Garra: Arma de Combate Corpo a Corpo: +5 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 6 (1D6 + 3) cortante.
Reação: Ao receber um ataque, o Seelashh pode uti-
lizar sua reação para realizar uma Travessia Sombria.
Ao fazer esse movimento ele evita o ataque recebido
e não recebe ataque de oportunidade do mesmo ata-
cante. Porém outros combatentes envolvidos podem
realizar seus ataques de oportunidade.
COMPORTAMENTO ANIMAL
O Seelashh é uma espécie de predador de hábitos
noturnos que se alimenta de presas de médio porte
que vivem às margens do Rio Talohara. Esses feli-
nos dracônicos podem ser encontrados sozinhos ou
dividindo um covil com outro de sua espécie. Graças
a suas descendências dracônica e felina, os Seelashhs
são extremamente territorialistas. A criatura prefere
caçar durante a noite quando sua capacidade de se
mover pelas sombras e emboscar são mais efetivas.
 As presas e o couro de um Seelashh podem valer
uma boa quantia de moedas de ouro. Para extraí-las
sem danificá-las é preciso ser bem sucedido em um
teste de “Natureza”, “Sobrevivência” ou “Destreza”
contra uma dificuldade igual a 14.
Couro de Seelashh vale de 100 a 180 moedas de
ouro, dependendo do comprador.
As presas valem de 1 a 2 moedas de outro cada,
dependendo do comprador. É possível extrair 1D12
presas de um Seelashh adulto.
Ruína 03 (O Túmulo do Guardião)
O covil do Seelashh leva a duas portas distintas, a
porta à direita (03) possui diversos símbolos, marcas
e desenhos primitivos em alto relevo. Ela é feita
da mesma pedra escura do resto da construção e,
no lugar de uma fechadura, há uma larga e pesada
aldrava com motivos dracônicos. Logo abaixo da
argola, e emitindo um leve brilho azulado, existe uma
pequena inscrição em dracônico:
Leia em Voz Alta:
“Esse é o local final de descanso do guardião do
túmulo de Lay’Ronia, a Alfa que salvou Vyralar”.
Ao adentrarem o local os personagens se deparam
com uma antecâmara triangular cujo chão é feito
de terra. Há um lindo jardim com flores, pequenos
arbustos frutíferos e ervas de todos os tipos,
claramente preservado por meios mágicos. Presa ao
teto, há uma linda jóia amarelada e multifacetada,
que brilha como o dia.
Esse é um bom lugar para realizar um descanso e
recuperar as forças.
Dentre as ervas que crescem no local, é possível
colher 2D4 maços de ervas curativas, que, se
administradas em forma de infusão, podem curar
3 pontos de vida por maço. Para fazer a infusão da
maneira correta, é preciso ser bem sucedido em um
teste de “Natureza” ou “Sobrevivência” de CD 12.
Há também frutas o suficiente para oferecer
um dia de alimento para um grupo de quatro ou
cinco adultos.
O espírito do guardião da tumba, Nar’Hyada,
despertará se alguém do grupo perturbar a
harmonia do local, colhendo ervas, frutas ou
mexendo na terra.
Leia em Voz Alta:
“Aos poucos, começa a ventar. O cheiro das flores,
das ervas aromáticas e da terra molhada preenche o
ambiente, e a forma translúcida de um velho xamã
draach ganha vida.
— Sejam bem vindos! Este é o descanso final
de Lay’Ronia, aquela que se sacrificou pela vida
em Vyralar. — Ele se vira na direção de vocês e se
espanta, olhando na direção do grupo com certa
estranheza. — Eu sou Nar’Hyada, guardião desta
tumba, ou melhor, desse memorial em homenagem
à Lay’Ronia, a mártir de Vyralar!
41 quickplay - Pact of Dragons
Ele aguarda um momento, observando
atentamente a reação do grupo, e continua.
— De qualquer forma, no que posso ajudá-los?
Nar’Hyada é um espírito gentil, que sempre
buscou auxiliar pessoas de bom coração. Ele vai se
prontificar a responder quaisquer perguntas que
os personagens façam, mas, infelizmente, o tempo
corroeu a maior parte das memórias do xamã.
Nar’Hyada só conhece a língua dracônica, Aak, e a
língua do mundo espiritual, Mor’Aak
O espírito antigo tem pouca tolerância em
relação às atitudes consideradas indignas, como
roubo, e terá menos paciência ainda caso perceba
que um dos personagens é maligno. Nar’Hyada
desaparecerá no primeiro sinal de maldades
ou de atos desleais, deixando, dessa forma, os
personagens à própria sorte.
Caso os personagens causem o desaparecimento
de Nar’Hyada, eles não terão acesso à “Luz de
Vyralar”, um artefato antigo capaz de protegê-los da
influência mental da criatura que habita a câmara
principal do memorial a Lay’Ronia (05).
Este é um ótimo lugar para fazer um descanso.
Os jogadores alcançam o segundo nível nessa parte.
O QUE NAR’HYADA QUER, SABE OU PODE FAZER?
• O xamã sabe que Lay’Ronia se sacrificou por todos,
mas não lembra exatamente dos eventos.
• Ele sabe que um mal terrível está preso nesse local,
mas não se recorda dos detalhes. Entretanto, caso os
personagens se prontifiquem a eliminar o mal, ele
oferecerá a “Luz de Vyralar” para o grupo.
• Nar’Hyada pode desaparecer com um simples
pensamento, e ele nunca causará mal, pelo menos
diretamente, a um ser vivo. Isso não significa que irá
se sentir obrigado a ajudar alguém maligno ou que o
tenha desagradado.
• Caso os personagens aceitem livrar o memorial da
influência maligna, Narhyada os abençoará com uma
antiga cantiga xamânica que funcionará da mesma
forma que a magia: Benção, por 2D4 horas.
• Nar’Hyada morreu na era passada, quando os
Shadraaths caminhavam livremente pelo mundo de
Yrgath e as linhagens dracônicas estavam à beira da
extinção. Para ele, esse é o presente: um momento
em que incontáveis linhagens e asas foram perdidas
e domínios inteiros foram transformados em mares
de penumbra, restando poucos lugares seguros longe
das garras dos Shadraaths. Por conta desse fato, o
xamã nunca teve contato com raças que não haviam
sido encontradas pelos dragões, como humanos,
anões, nahudras, etc.
 Leia em Voz Alta:
“Para nossa arrogante espécie, não foi suficiente
tornar-se soberana absoluta do mundo de Yrgath.
Nós criamos Mor’Shad, um novo universo gerado
com o poder da magia do sangue dracônico.
Para toda ação, existe uma reação, um preço a
se pagar quando a ordem natural é abalada nessa
magnitude.
E Eles vieram, oriundos das profundezas mais
remotas e sombrias de Mor’Shad. Eles se voltaram
contra o mundo de Yrgath e contra nós, seus
criadores e criadoras...
E pagamos um preço alto demais…”
Nar’Hyada sabe bastante sobre a sociedade
dracônica. Para os dragões, a relação com a terra,
com o mundo de Yrgath, é muito importante,
visceral em todos os sentidos. Diferentemente
das raças menores do mundo, os dragões estão
intrinsecamente ligados aos territórios de caça e
essa é a pedra fundamental da sociedade dracônica.
Acima de todas as linhagens dracônicas está o
Conselho das Escamas, onde se sentam as Alfas
Soberanas de cada Domínio Dracônico. São as
fêmeas que governam a espécie, pois são as mais
sábias e poderosas entre os dragões, além do
fato de que são elas que colocam os ovos. Cada
Domínio Dracônico é o lar de diversas linhagens,
que controlam seus territórios de caça dentro
do domínio em questão. Por fim, cada linhagem
é organizada por diversos bandos de caça, da
mesma maneira que outros grandes predadores
conhecidos de Yrgath. Cada bando é liderado por
uma Alfa, que responde à Alfa das Alfas daquela
linhagem, que serve à Alfa Soberana do domínio a
que pertencem.
42 quickplay - Pact of Dragons
A LUZ DE VYRALAR
Item Maravilhoso (Gema Amarela Multifacetada), Raro.
Enquanto a Luz de Vyralar estiver ativa, ela emitirá
uma luz forte, que pode iluminar uma área de 30
metros de diâmetro. Qualquer pessoa que esteja
dentro da área de efeito dessa luz ganha vantagem
em testes de “Salvaguarda” contra as habilidades de
controle e influência mental de um Shad’Naxx.
Ruína 04 (O Espelho D’Água)
Quando o grupo abre a porta que está à esquerda
(04) de quem entra no covil (02), depara-se com
um espelho d’água cristalino. Ao se aproximarem
mais um pouco desse pequeno lago, é possível
perceber que em sua água límpida existem diversos
peixes ornamentais de água doce, com cores vivas e
chamativas, nadando livremente.
A laguna natural que se encontra do lado de
fora da construção (ver parte externa do mapa
da masmorra) servia, no passado, para irrigar
o memorial e pode ser uma boa maneira dos
personagens fugirem do local, se precisarem, já
que o espelho d’água se conecta com a laguna
através de um túnel subterrâneo. É preciso ser bem
sucedido em um Teste de “Atletismo” de CD 15 para
atravessar até o outro lado.
A maior parte dos peixes do pequeno lago interno
são minúsculos demais para servirem como uma
boa refeição. Basicamente, o trabalho de pescar
cada um deles não valeria o esforço.
 Ruína 05 (O Descanso Final da
Heroína)
Quando o grupo entra na última sala do memorial,
o vento que passa pela porta congela as espinhas de
todos. Na medida que os olhos deles se acostumam
com a escuridão, eles notarão o corpo de Lay’Ronia,
eternamente preservado dentro de um grande cristal.
A carcaça apodrecida de uma criatura semelhante
ao Seelashh jaz em um dos cantos da sala. O
odor é terrível e pungente, causando náuseas aos
personagens. O cadáver exibe sinais claros de luta
e só não apodreceu totalmente graças a energia
mística que emana do cristal que preserva o corpo
de Lay’Ronia.
Leia em Voz Alta:
“Aos poucos, o silêncio sepulcral é quebrado pelo som de
algo terrível se movendo na escuridão. Rostos distorcidos
pela loucura, que riem sem parar, começam a surgir em
meio às trevas”.
A sensação é de pavor extremo, pois essa criatura
inumana remete a tempos imemoriais que foram, ou
deveriam ser, esquecidos pelos menestréis de Yrgath.
O grupo precisa se preparar para o combate mais
importante de suas breves carreiras a bordo do
Manati Vermelho.
O Shad’Naxx foi atraído para o memorial pelas
energias distorcidas que emanam da Semente
Shadraath, um artefato terrível, que Lay’Ronia
guardou dentro do próprio corpo antes de ser
cristalizada, e que poderia ter causado a destruição
de toda Vyralar. A criatura conseguiu adentrar o
memorial através do lago externo, conseguindo
penetrar na última câmara do local graças à sua
inteligência. Porém, o círculo de proteção em torno
do cristal a prendeu, impedindo que ela conseguisse
acessar o artefato ou que deixasse o memorial.
A criatura é inteligente, e vai usar a oportunidade
para deixar o local. Ela sabe que não conseguirá colocar
suas garras na Semente Shadraath, devido à proteção
mágica do círculo. Entretanto, ela está faminta e os
personagens servirão como seu próximo banquete.
Um teste da perícia “Arcanismo” de CD 14 ou
o uso da magia “Detectar Magia” revelará que o
círculo de proteção mágico não tem efeito sobre
Humanos, Anões e Nahudras, pois essas raças não
eram conhecidas pelos dragões na época em que
foi conjurado. O círculo foi criado para impedir
que Shadraaths, seus servos e as outras raças
conseguissem adentrá-lo, o que pode explicar que
nem mesmo um Torshad seria capaz de atravessá-lo.
Infelizmente, o ritual de criação do círculo é
poderoso demais para os personagens conseguirem
desfazê-lo, mas Humanos, Anões e Nahudras
podem entrar, sem problemas. Para as raças
proibidas, existe uma barreira intransponível que
impede a passagem, não importando os meios,
sejam mágicos ou mundanos.
43 quickplay - Pact of Dragons
O cristal que preserva o corpo de Lay’Ronia tem
CA 2 e pode ser quebrado se receber um total de 50
pontos de dano. Caso isso ocorra, o corpo da Alfa
apodrecerá em questão de segundos, a não ser que a
magia “Repouso Tranquilo” ou similar seja utilizada
no cadáver a até 1D4 horas da quebra do cristal.
Uma busca relevará que há diversos objetosvaliosos
no local, deixados para homenagear os feitos de
Lay’Ronia. No total, existem gemas, pequenas
esculturas e outros itens antigos que valem cerca
de 300 moedas de ouro se forem oferecidas a um
comprador interessado.
Uma Semente Shadraath é um artefato terrível,
utilizado por essas tenebrosas criaturas para
transformar uma região em um Mar de Penumbra,
estabelecendo uma fonte de poder e drenando a
força vital do local de onde estiver enterrada. Uma
semente corrompe uma área em questão de dias,
estabelecendo uma conexão com Mor’Shad, a
dimensão dessas entidades.
Para guardar a Semente Shadraath, esta foi
colocada no lugar do coração da Alfa por um dragão
necromante de sua linhagem, o que deu a forma de
um coração a esse artefato. Felizmente, o ritual e o
sacrifício de Lay’Ronia não foram em vão e a semente
secou com sua morte. Porém, essa semente ainda
possui a capacidade de causar um mal considerável.
A SEMENTE SHADRAATH
Item Amaldiçoado (Coração de Dragão Ressecado), Raro.
Mesmo ressecado, o artefato tem um tamanho
considerável, pois é duas vezes o tamanho de
um coração humano. Quem empunhá-lo ganha
vantagem em quaisquer testes relacionados com a
perícia Persuasão. Entretanto, o personagem passa
a ter prazer em manipular pessoas para alcançar
benefício próprio e, com o tempo, isso se torna um
vício (A Critério do(a) DM).
Ao ativar o Coração, o usuário pode conjurar as
seguintes magias:
• Enfeitiçar Pessoas x3 ao dia;
• Coroa da Loucura x1 ao dia;
• Confusão x1 ao dia.
Infelizmente, o coração necessita da força vital
de seu usuário para funcionar.A cada uso, ele irá
infligir 1D6 pontos de dano a quem ativá-lo. Esse
dano não pode ser evitado e só poderá ser curado
após um descanso longo.
Após a primeira utilização, o dono do artefato
precisa ser bem sucedido em uma Salvaguarda de
CD 20 para entregar o coração a outra pessoa ou
deixá-lo para trás.
 Shad’Naxx (Semblante da Loucura)
Cria de Shadraath Grande, caótico e mau.
Classe de Armadura 14 (Armadura Natural)
Pontos de Vida 93 (11D10 + 33)
Deslocamento 12 m
FOR DES CON INT SAB
18 (+4) 11 (+0) 19 (+4) 14 (+2) 15 (+2)
Sentidos visão no escuro e sentir vida 18m, Percepção
Passiva 18
Idiomas Comum, Dracônico e Shad’Aak (Dracônico
Invertido)
Nível de Desafio 4
Voz do Medo. Cada criatura à escolha do Shad’Naxx
que esteja a até 18 metros e ciente dele, deve ser
bem-sucedida em uma salvaguarda de Sabedoria
CD 13 ou fica amedrontada por 1 minuto. Uma
criatura pode repetir a salvaguarda no final de cada
um dos seus turnos, encerrando o efeito sobre si
em caso de sucesso. Caso seja bem-sucedida na
salvaguarda ou quando o efeito se encerrar para ela,
a criatura fica imune à Voz do Medo do Shad’Naxx
pelas próximas 24 horas.
Loucura colérica: Ao receber metade dos pontos de
vida total em ferimentos a criatura usa sua reação
para entrar no estado de loucura colérica ganhando
as seguintes características:
• Resistências a Dano contundente, cortante e perfu-
rante de ataques não mágicos que não sejam de syqua.
44 quickplay - Pact of Dragons
• Ataque Descuidado: Recebe vantagem nas jogadas de
ataque corpo-a-corpo usando Força durante seu turno,
porém, as jogadas de ataques feitas contra a criatura
possuem vantagem até o início de seu próximo turno.
• Ímpeto insano: No limite de sua loucura, o Shad’Naxx
dispara ataques aleatórios contra seus inimigos. Seus
dois ataques recebem um bônus de +1d6 de dano e
CAR não podem ter a mesma criatura como alvo. Isso pode
7 (-2) forçar a movimentação do Shad’Naxx, provocando
ataques de oportunidade contra o monstro.
AÇÕES
Ataques Múltiplos. A criatura faz dois ataques
Foice. Arma de Combate Corpo a Corpo: +5 para acertar,
alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 8 (1d8 + 4) perfurante.
Garra: Garras. Arma de Combate Corpo a Corpo: +5
para acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 6 (1d6
+ 4) necrótico.
COMPORTAMENTO ANIMAL
Shad’Naxx são criaturas monstruosas, seres vivos
que foram distorcidos pelas energias malditas dos
Shadraaths. A criação de um desses monstros é
extremamente dolorosa e acaba com quaisquer
vestígios de sanidade ou “humanidade” da men-
te da vítima. A criatura está faminta e consegue
absorver a força vital de suas presas se alimentan-
do da carne delas. Ela é inteligente e estudará a
melhor maneira de atacar suas novas presas antes
de se revelar e partir para um ataque direto. O
Shad’Naxx atacará primeiro os alvos mais frágeis
ou que já estejam feridos.
 Conclusão
Após a cansativa exploração do memorial de
Lay’Ronia, o grupo retorna ao local onde o Manati
Vermelho está aportado, ansioso para contar as
novidades e mostrar o que foi encontrado para a
Capitã Laryssa Punhos-de-Ferro.
Mas uma visão gela seus corações, pois, nos céus,
há dezenas de aves carniceiras voando em círculos,
num prenúncio certo de que uma catástrofe
ocorreu. Assim que a última centena de metros
por dentro da mata fechada é vencida, eles irão se
deparar com uma cena aterradora, pois os corpos
da tripulação estão completamente destroçados e
espalhados pela área. O sangue e as tripas de seus
companheiros de viagem mancharam a lama e as
plantas ao redor. Por sua vez, o Manati Vermelho
está partido ao meio, boiando emborcado, em
silêncio, nas águas do Talohara.
De repente, após vocês caminharem, escuta-se
uma voz conhecida chamando por vocês.
Leia em Voz Alta:
“— Novatos...vocês voltaram… — A capitã fala com
dificuldade.Os ossos de seus braços e pernas estão quebrados
e a marca de um ferimento grande em forma de garra quase
separou seu corpo em dois. Ela está morrendo e muito além
das capacidades de qualquer ajuda divina à disposição do
grupo. — Dragões nos atacaram durante a madrugada...
eles mataram a todos e levaram o cubo.
Procurem Alkrak’Tir, a Xamã que Canta para o
Rio. Ela mora nas margens do Talohara, próximo à
Faularya. — Ela tosse sangue, a morte está perto, muito
perto. — Os dragões...avisem a xamã... que o Bando dos
Ossos Quebrados de Calyanon está de volta... voltou do
mundo dos mortos...”
A vida deixa o corpo da capitã, e os jogadores
devem decidir se farão alguma cerimônia fúnebre
para a Capitã.
Após o grupo recuperar suas forças, os personagens
conseguem uma carona para Faularya em uma
outra “Barriga de Metal”. Uma série de perguntas se
repetem nas mentes deles: será que em Faularya eles
encontrarão respostas? Eles devem vingar a morte
de sua capitã? Quem é a Xamã que Canta para o
Rio? Quem é Calyanon? O que é o Bando dos Ossos
Quebrados? O que havia de tão precioso dentro do
cubo mágico?
Com certeza, a busca por essas respostas pode
definir o futuro deles e a continuação de suas
aventuras.

Continua...

45 quickplay - Pact of Dragons

 OGL
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46 quickplay - Pact of Dragons
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47 quickplay - Pact of Dragons
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of the Coast, LLC.
System Reference Document 5.1 Copyright
2016, Wizards of the Coast, Inc.; Authors Mike
Mearls, Jeremy Crawford, Chris Perkins, Rodney
Thompson, Peter Lee, James Wyatt, Robert J.
Schwalb, Bruce R. Cordell, Chris Sims, and Steve
Townshend, based on original material by E. Gary
Gygax and Dave Arneson.
END OF LICENSE
 Acompanhe o projeto
Yrgath é um mundo à beira de um colapso. O Pacto forjado há mais de 600 anos
entre dragões, elfos, humanos e anões, que que trouxe uma tênue paz por todo
este tempo está por um fio. Muitas são as possibilidades de aventura: seja nos
Mares de Penumbra com reinos inteiros em ruínas e com tesouros há muito
esquecidos, seja nas intrigas da extensa corte real, nas missões em que os próprios
dragões são os contratantes, ou mesmo na exploração dos selvagens e misteriosos
Domínios Dracônicos.

Pact of Dragons é um cenário de campanha de Dungeons & Dragons 5E que está

em desenvolvimento. Seu livro final será um projeto de financiamento coletivo
com previsão de início ainda em 2021. Neste quickplay você encontrará as classes
Xamã e Clérigo do Relicário, as raças Gorr e Nahudra, o Domínio Dracônico de
Myndrairth, o mapa de uma região e uma aventura pronta para começar a jogar
no mundo de Yrgath!

Acompanhe o desenvolvimento do projeto nas redes rociais dos autores e no site

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48 quickplay - Pact of Dragons