Você está na página 1de 33

Estudos de base

Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
1. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Com a régua acima, se você medir o comprimento
do lápis verá que ele está entre 1,5 e 1,6 cm. Quantos
décimos de milímetros devemos considerar? É impossível
precisar. O algarismo que deverá aparecer após o
número 5 não carrega a mesma certeza. Ele é, por esta
razão, denominado duvidoso, e o 5 é correto. Então, a
medida do comprimento do lápis deve ser expressa por
dois algarismos. Por exemplo, 1,54; 1,55 ou 1,56.
Esses dois algarismos são denominados significativos.
Ao expressar a medida de uma grandeza física, é
importante utilizar os algarismos corretos e o
primeiro algarismo duvidoso. No nosso exemplo, não tem
sentido registrar a medida do comprimento do besouro
como 1,547 cm. O algarismo 7 é desnecessário, porque o
4 que o antecede já é um algarismo duvidoso.
Resumindo: Algarismos significativos, em uma medida,
são aqueles que sabemos estarem corretos e mais o
primeiro duvidoso.

1.1.Zeros à Esquerda

Transformemos a medida d = 4,75 cm para quilômetros. Obteremos: d = 0,0000475 km.


Se inicialmente a medida dada em cm apresentava três algarismos significativos, agora,
expressa em km, com quantos ficou? É fácil perceber que a medida d dada em km continua
intacta, tendo sido alterada apenas a unidade em que está apresentada. Os zeros à
esquerda do 4 servem apenas para posicionar a vírgula que traduz a nova unidade em que
a medida está dada. Resumindo: Zeros à esquerda do primeiro algarismo diferente de
zero não constituem algarismos significativos.

1.2.Zeros à Direita
Consideremos agora um estudante que, dispondo de uma balança graduada em décimos
de quilograma, realize a medição da massa de um material qualquer. Admitamos que o
valor encontrado para a massa tenha sido m = 2,30 kg. Quantos algarismos significativos
compõem a medida? A medida é composta por três algarismos significativos. O algarismo 2
e o três são corretos. O algarismo 0 (zero) é o primeiro duvidoso e é, também,
significativo. Mas, zero é ou não é algarismo significativo? Depende. Zeros à esquerda
do primeiro algarismo diferente de zero não são significativos; porém: Zeros à direita
do primeiro algarismo diferente de zero constituem algarismos significativos, desde que
estejam enquadrados na definição apresentada.

1.3.Potência de Dez

1
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
Toda quantidade pode ser expressa como um número decimal, multiplicado pela
adequada potência de dez. Dessa forma, ao invés de escrever que o raio da Terra é
aproximadamente 6.370.000 metros, escrevemos 6,37 x 10 6 metros. Nesta forma de escrever
números, mostramos a limitada precisão de nosso conhecimento, omitindo todos os
algarismos sobre os quais não temos informação. Assim, quando para o raio da Terra
escrevemos 6,37 x 106 m e não 6,374 x 106 m ou 6,370 x 106 m, estamos dizendo que
estamos razoavelmente seguros sobre o terceiro algarismo, mas não fazemos ideia do
valor do quarto. Logo temos três algarismos significativos.

2. NOTAÇÃO CIENTÍFICA

Nos cálculos obtém-se tanto números muito grandes quanto muito pequenos. Em
engenharia usa-se representar estes números é através da notação científica (valor
vezes potência de 10). Exemplos: 524.000.000 = 5,24 x 10 8 (ou 0,524 x 109) 0,0000032 =
3,2 x 10-6
Exemplos:
4250 ou 4,250 x 103 (4 algarismos significativos).
3141,5 ou 3,1415 x 103 (5 algarismos significativos).
59622 ou 5,9622 x 104 (5 algarismos significativos).
0,016 ou 1,6 x 10-2 (2 algarismos significativos).
0,01600 ou 1,600 x 10-2 (4 algarismos significativos).

3. MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS
É muito comum utilizar a nomenclatura de múltiplos e submúltiplos para substituir
as potências de 10. Desta forma, ao invés de escrevermos 2,5 x 103 m, podemos fazer o
mesmo substituindo o 103 pelo seu múltiplo correspondente que o quilo, cujo símbolo é a
letra K. Assim:

2,5 x 103 m = 2,5 Km

2
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Exercícios:
I. (UFPI) Oito gotas esféricas de mercúrio, cada uma com raio igual a 1 mm, agregam-se,
formando uma gota esférica única. O raio da gota resultante é, em mm:
a) 16
b) 12
c) 8
d) 4
e) 2

II. (PUC-MG) A medida da espessura de uma folha de papel, realizada com um


micrômetro, é de 0,0107 cm. O número de algarismos significativos dessa medida é igual
a:
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5

III. (Cesgranrio-RJ) Um estudante, tendo medido o corredor de sua casa, encontrou os


seguintes valores:
Comprimento: 5,7 m
Largura: 1,25 m
Desejando determinar a área deste corredor com a maior precisão possível, o estudante
multiplica os dois valores anteriores e registra o resultado com o número correto de
algarismos, isto é, somente com os algarismos que sejam significativos. Assim fazendo,
ele deve escrever:
a) 7,125 m2
b) 7,12 m2
c) 7,13 m2
d) 7,1 m2
e) 7 m2

IV. (PUC-MG) Um estudante concluiu, após realizar a medida necessária, que o volume de
um dado é 1,36 cm3. Levando-se em conta os algarismos significativos, o volume total de

3
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
cinco dados idênticos ao primeiro será corretamente expresso pela alternativa: a)
6,8 cm3
b) 7 cm3
c) 6,80 cm3
d) 6,800 cm3
e) 7,00 cm3
V. (PUC-MG) Um carro fez uma viagem em linha reta em três etapas. Com a ajuda de um
sistema de localização por satélite (GPS), foi possível calcular a distância percorrida
em cada etapa, mas com diferentes precisões. Na primeira etapa, a distância percorrida
foi 1,25.103 km, na segunda, 81,0 km, e na terceira, 1,0893.10 3 km. A distância total
percorrida, respeitando-se os algarismos significativos, é:
a) 3,149.103 km
b) 3,15.103 km
c) 3,1.103 km
d) 3.103 km.
VI. (Cesgranrio-RJ) O fumo é comprovadamente um vício prejudicial à saúde. Segundo
dados da Organização Mundial da Saúde, um fumante médio, ou seja, aquele que consome
cerca de 10 cigarros por dia, ao chegar à meia-idade terá problemas cardiovasculares. A
ordem de grandeza do número de cigarros consumidos por este fumante durante 30 anos é
de:
a) 102
b) 103
c) 104
d) 105
e) 106
VII. (UFF-RJ) Os produtos químicos que liberam clorofluorcarbonos para a atmosfera têm
sido considerados pelos ambientalistas como um dos causadores da destruição do ozônio
na estratosfera. A cada primavera aparece no hemisfério sul, particularmente na
Antártida, uma região de baixa camada de ozônio ("buraco"). No ano 2000, a área dessa
região equivalia a, aproximadamente, 5% da superfície de nosso planeta. A ordem de
grandeza que estima, em km2, a área mencionada é:
Dado: raio da Terra = 6,5.103 km.
a) 103
b) 104
c) 107
d) 109
e) 1012
VIII. (UF Juiz de Fora-MG) Supondo-se que um grão de feijão ocupe o espaço equivalente
a um paralelepípedo de arestas 0,5 cm . 0,5 cm . 1,0 cm, qual das alternativas abaixo
melhor estima a ordem de grandeza do número de feijões contido no volume de um litro?
a) 10
b) 102
c) 103
d) 104
e) 105

4
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
4. MEDIDAS E MEDIÇÕES
A necessidade de medir é muito antiga e remonta à origem das civilizações. Por
longo tempo cada país, cada região, cada cidade teve seu próprio sistema de medidas.
Essas unidades de medidas, entretanto, eram geralmente arbitrárias e imprecisas, como
por exemplo, aquelas baseadas no corpo humano: palmo, pé, polegada, braça, côvado
(antiga medida de comprimento equivalente a 66 cm).
Em 1789, numa tentativa de resolver esse problema, o Governo Republicano Francês
pediu à Academia de Ciências da França que criasse um sistema de medidas baseado numa
“constante natural”, ou seja, não arbitrária. Assim foi criado o Sistema Métrico
Decimal, constituído inicialmente de três unidades básicas: o metro, que deu nome ao
sistema, o litro e o quilograma.
Muitos outros países adotaram o sistema métrico, inclusive o Brasil, aderindo à
Convenção do Metro. Entretanto, apesar das qualidades inegáveis do Sistema Métrico
Decimal - simplicidade, coerência e harmonia - não foi possível torná-lo universal.
Além disso, o desenvolvimento científico e tecnológico passou a exigir medições cada
vez mais precisas e diversificadas. Em 1960, portanto, o Sistema Métrico Decimal foi
substituído pelo Sistema Internacional de Unidades - SI, mais complexo e sofisticado.

4.1. Sistema Internacional de Unidades - SI

O Sistema Internacional de Unidades - SI foi sancionado em 1960 pela Conferência


Geral de Pesos e Medidas e constitui a expressão moderna e atualizada do antigo Sistema
Métrico Decimal, ampliado de modo a abranger os diversos tipos de grandezas físicas,
compreendendo não somente as medições que ordinariamente interessam ao comércio e à
indústria (domínio da metrologia legal), mas estendendo-se completamente a tudo o que
diz respeito à ciência da medição.

4.1.1. Grandezas e unidades fundamentais do Sistema Internacional (SI)

As grandezas físicas fundamentais ou de base são aquelas a partir das quais todas
as outras grandezas físicas são definidas, ou seja, as demais grandezas são combinações
das grandezas fundamentais. A seguir apresenta-se as grandezas fundamentais, seguidas
de seus símbolos dimensionais e também de suas unidades no Sistema Internacional de
Unidades (SI).

4.1.2. Grandezas e unidades derivadas do Sistema Internacional (SI)

5
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
O Sistema Internacional de Unidades compreende as unidades fundamentais citadas
acima, as unidades derivadas obtidas a partir das sete unidades fundamentais e ainda as
unidades suplementares de caráter geométrico: o ângulo plano e o ângulo sólido cujas
unidades são respectivamente o radiano, abreviado por rad e o estereorradiano,
abreviado por sr. (1 sr é o ângulo sólido para o qual a razão entre a área da calota
esférica central interceptada e o quadrado do raio respectivo é igual à unidade).
Abaixo alguns exemplos de unidades derivadas diretamente a partir de unidades de
base. As unidades derivadas são obtidas por multiplicação e divisão das unidades de
base.

Por questões de comodidade, certas unidades derivadas receberam nome especial e


símbolo particular. Esses nomes e símbolos podem ser utilizados, por sua vez, para
expressar outras unidades derivadas. Os nomes especiais e os símbolos particulares
permitem expressar, de maneira mais simples, unidades frequentemente utilizadas.
Uma unidade derivada pode ser expressa, frequentemente, de várias maneiras
diferentes, utilizando nomes de unidades de base e nomes especiais de unidades
derivadas. Contudo, esta liberdade algébrica é limitada pelas considerações físicas de
bom senso. O joule, por exemplo, pode-se escrever newton por metro, ou quilograma metro
quadrado por
segundo quadrado, porém, em determinadas situações, algumas formas podem ser mais úteis
que outras.
Também é importante mencionar que uma mesma unidade SI pode corresponder a várias
grandezas distintas. Assim, joule por kelvin (J / K) é o nome da unidade SI para a
grandeza capacidade térmica, como também para a grandeza entropia; da mesma forma,
ampère (A) é o nome da unidade SI para a grandeza de base corrente elétrica, como
também para a grandeza derivada força magnetomotriz. O nome da unidade não é
suficiente, então, para se conhecer a grandeza medida: essa regra se aplica não somente
aos textos científicos e técnicos, como também, por exemplo, aos instrumentos de

6
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
medição (isto é, eles deveriam apresentar não somente a indicação da unidade, mas
também a indicação da grandeza medida).

Eis alguns exemplos de grandezas derivadas com nome próprio ainda no SI.

7
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

8
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
5. ANÁLISE DIMENSIONAL
A análise dimensional já foi um conteúdo muito explorado no ensino de física,
sobretudo quando se adotava uma visão de ensino axiomático-dedutiva. As inovações
pedagógicas ocorridas nas últimas décadas fizeram com que o tema gradualmente perdesse
espaço, chegando a ser completamente eliminado dos principais livros-texto, do Ensino
Médio à universidade.
As grandezas físicas não são todas independentes umas das outras. Por exemplo,
representando-se a dimensão do deslocamento por L (comprimento, do francês longueur) e
do tempo por T (tempo, do francês temps), a dimensão da velocidade ficará
automaticamente determinada: L/T = LT -1. Portanto, partindo de um pequeno conjunto de
grandezas, consideradas fundamentais, é possível determinar a dimensão de qualquer
grandeza derivada.
Atualmente, são consideradas fundamentais as seguintes grandezas:

SÍMBOLO
GRANDEZA UNIDADE NO SI
DIMENSIONAL
comprimento L metro (m)
tempo T segundo (s)
massa M quilograma (kg)
corrente elétrica I Ampere (A)
temperatura termodinâmica θ Kelvin (K)
quantidade de matéria N mol (mol)
intensidade luminosa J candela (cd)

Diz-se que duas grandezas apresentam o mesmo símbolo dimensional quando a razão
entre suas respectivas intensidades resulta em número adimensional (número puro, sem
unidades).
Por exemplo, dada uma grandeza C obtida pela razão entre a grandeza A, cuja medida
experimental é 6 m e a grandeza B, cuja medida experimental é 4 m, então:

A 6m
C= = =1,5
B 4m

Como 1,5 fica sem unidade possível, é chamado adimensional. E isso significa que
as grandezas A e B tem o mesmo símbolo dimensional.
Entretanto se dada uma grandeza W obtida pela razão entre a grandeza X, cuja
medida experimental é 9 m e a grandeza Y, cuja medida experimental é 2 s, então:

X 9m
W= = =4,5 m/ s
Y 2s

9
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
O fato de a grandeza W possuir a dimensão de velocidade, mostra que X e Y
não possuem o mesmo símbolo dimensional.

5.1. Fórmula Dimensional


Denomina-se fórmula dimensional a expressão matemática que relaciona os símbolos
dimensionais. O símbolo da grandeza em análise é expresso em forma de um produto de
potências dos símbolos dimensionais de outras grandezas adotadas como fundamentais.
Assim, uma grandeza mecânica (X), que depende da massa, do comprimento e do tempo
terá sua fórmula dimensional dada por:

[X] = Mα.Lβ.Tγ
Um dos princípios básicos da análise dimensional é a homogeneidade, segundo o
qual os dois membros de uma equação que exprima uma lei física ou descreva um processo
físico devem ser homogêneos em relação a cada grandeza de base. Por isso, a análise
dimensional é usada habitualmente como uma técnica heurística para obtenção de equações
que representem leis científicas, fornecendo indicações sobre os parâmetros que
supostamente
influenciam um fenômeno específico. Um aspecto menos explorado, mas nem por isso menos
relevante, é que a validade desse resultado independe das unidades de medida. Portanto,
as unidades podem ser escolhidas arbitrariamente, definindo-se então de forma
conveniente as constantes de proporcionalidade.

5.2. Princípio da Homogeneidade Dimensional


Denomina-se homogênea uma equação, quando todas as parcelas que compõem ambos os
lados da igualdade possuírem as mesmas dimensões.

PRINCÍPIO DA HOMOGENEIDADE DIMENSIONAL:


Toda equação que representa um fenômeno físico é necessariamente homogênea no aspecto
dimensional.

Exemplos:

i) V = V0 + a.t
[V] [V0] [a].[t]
L.T-1 L.T-1 (L.T ).(T) = L.T-1
-2

Como há homogeneidade a equação representa sim um fenômeno físico.

ii) Δs = am. Δt
[Δs] [am].[Δt]
L (L.T ).(T) = (L.T-1)
-2

Como não há homogeneidade a equação não representa nenhum fenômeno físico.

10
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

5.3. Teorema de Bridgman


O Teorema de Bridgman

Se, por meios experimentais, for determinado que a grandeza X depende das grandezas A,
B e C,..., independentes entre si então X pode ser expresso por:

α β γ
X =K . A . B . C …

onde K é uma constante de proporcionalidade também obtida de maneira empírica.

Exemplo:

i) Sabe-se que o período de um pêndulo simples depende apenas do


comprimento do fio (ℓ) que o forma e do valor da aceleração da gravidade
local (g).

T =K . l α . g β

[ T ] =[ K ] . ¿
−2 β
T =1. L . ( L .T )
α

{−2
α + β=0
β =1

−1 1
β= e α=
2 2

T =K
√ l
g

Posteriormente K é determinado empiricamente como K = 2π.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Exercícios:
I. (UFRJ 2008) Um produtor de café embalou, para venda no varejo, 3750 kg de sua
produção. Metade desse café foi distribuída em sacos com capacidade de 3/4 de
quilograma cada. Determine quantos sacos foram usados.

11
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
II. Uma formiga percorre trajetórias, em relação à Terra, com os seguintes
comprimentos: 232 mm; 6800 mm; 307 cm e 0,007 km. O comprimento total da
trajetória percorrida pela formiga, em m, vale aproximadamente:

a) 17,10
b) 16,10
c) 15,90
d) 14,30
e) 13,70

III. A força resistiva ( F r) que o ar exerce sobre os corpos em movimento assume, em


determinadas condições, a expressão F r=k . υ 2, em que é a velocidade do corpo em
relação a um referencial inercial e é uma constante para cada corpo. Para que a
expressão citada seja homogênea, a unidade de k , no sistema internacional de
unidades, deve ser:

a) m/ kg
b) kg / m
2
c) kg / m
2
d) kg /m
e) kg 2 /m2

IV. (UFRJ 2003) De um retângulo de 18 cm de largura e 48 cm de


comprimento foram retirados dois quadrados de lados iguais a
7 cm, como mostra a figura. Qual o perímetro da figura
resultante, no SI?

V. (UFRJ 2002) Duas cidades A e B distam 600 km, e a distância entre suas
representações, num certo mapa, é de 12 cm. Se a distância real entre duas outras
cidades C e D é de 100 km, qual será a distância entre suas representações no mesmo
mapa?

VI. (VUNESP) Um estudante de física resolvendo certo problema chegou à expressão final:
F = 2(m1 + m2) vt2 onde F representa uma força, m1 e m2representam massas, v é uma
velocidade linear, t é tempo. Outro estudante resolvendo o mesmo problema chegou à
expressão: F = 2(m1 + m2) vt-1. Mesmo sem conhecer os detalhes do problema você
deve ser capaz de verificar qual das respostas acima obviamente deve estar errada.
Explique qual delas é certamente errada.

a) A 1ª, pois é dimensionalmente incorreta


b) A 2ª, pois é dimensionalmente absurda
c) A 1ª, pois é dimensionalmente absurda
d) A 2ª, pois é dimensionalmente incorreta
e) Ambas, pois são dimensionalmente incorreta

VII. (ITA-SP) Os valores de x, y e z para que a equação: (força) X.(massa)Y = (volume).


(energia)Z seja dimensionalmente correta são, respectivamente:

a) (-3, 0, 3)
b) (-3, 0, -3)
c) (3, -1, -3)
d) (1, 2, -1)

12
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
e) (1, 0, 1)

VIII. (Mack - SP) Na equação dimensional homogênea x = a.t² - b.t³, em que x tem a
dimensão de comprimento (L) e t tem (T), as dimensões a e b são, respectivamente:

a) LT e LT-1
b) L²T³ e L-2T-3
c) LT-2 e L-3
d) L-2 e T-3
e) L² T³ e LT-3

IX. (PUCC) Na expressão F = Ax2, F representa força e x um comprimento. Se MLT-2 é a


fórmula dimensional da força onde M é o símbolo da dimensão massa, L da dimensão
comprimento e T da dimensão tempo, a fórmula dimensional de A é:

a) ML-1T-2
b) ML3T
c) L2
d) MT-2
e) M

X. (ITA-2009) – Sabe-se que o momento angular de uma massa pontual é dado pelo produto
vetorial do vetor posição dessa massa pelo seu momento linear. Então, em termos das
dimensões de comprimento (L), de massa (M), e de tempo (T), um momento angular
qualquer tem sua dimensão dada por:

a) L0MT–1
b) LM0T–1
c) LMT–1
d) L2MT–1
e) L2MT–2

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

13
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

6. GRÁFICOS
Expressar a relação entre grandezas por meio de
traçados gráficos é uma excelente maneira de transmitir
uma enorme quantidade de informação. Se traçado
corretamente ele sintetiza vários aspectos da relação
entre as grandezas em um breve e claro traçado gráfico.
É muito importante, porém, que o leitor seja capaz de
extrair toda esta informação do gráfico a sua frente. Na
verdade, uma das competências exigidas pelo Exame Nacional
do Ensino Médio é que o candidato seja capaz de
interpretar informações de natureza científica e social
obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando
previsão de tendência, extrapolação, interpolação e
interpretação. As habilidades associadas a essa
competência são de que o leitor por meio da apreciação de
gráficos e tabelas, seja capaz de fazer inferências,
resolver problemas e analisar informações expressas como
recurso para a construção de argumentos.
Apesar de toda essa exigência os gráficos
Gráfico termodinâmico de fases de
apresentados ao aluno do ensino médio, e portanto exigidos
uma substância
nos exames de ingresso ao ensino superior são, ne grande
maioria das vezes, são gráficos cartesianos bidimensionais que relacionam somente duas
grandezas e por isso, neste texto, ater-se-á unicamente a este tipo de gráfico.

7.1. Primeiras Observações


I. O Enunciado Importa!

É impossível compreender o gráfico sem contextualiza-lo no argumento do texto em que


este lhe foi apresentado, portanto leia o enunciado e confira se as informações
apresentadas coincidem com as do gráfico. O enunciado, também pode conter dados
cruciais que facilitarão o entendimento do gráfico e, por conseguinte a resolução do
exercício.

II. Os Eixos

Ao observar o gráfico é muito importante atentar para as grandezas representadas nos


eixos. Estas grandezas são representadas pelas variáveis livres e variáveis
dependentes. A variável livre usualmente é representada no eixo das abcissas (o “eixo
x”) enquanto a variável dependente é representada no eixo das ordenadas (o “eixo y”).

14
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
Na física, as variáveis dependente e independente têm um significado físico,
ou seja, elas são grandezas físicas como massa (𝑀), volume (𝑉), posição (𝑥) ou tempo
(𝑡) para citar algumas. Definimos grandeza físico tudo aquilo que pode ser medido,
portanto os eixos devem ter claramente expressos a grandeza, e a unidade de medida.
Também é preciso que a escala numérica e a ordem de grandeza utilizadas estejam
evidentes para o leitor que irá interpretar o gráfico.

7.2. A Taxa de Variação


O conceito de derivada está intimamente relacionado à taxa de variação instantânea
de uma função, o qual está presente no cotidiano das pessoas, através, por exemplo, da
determinação da taxa de crescimento de uma certa população, da taxa de crescimento
econômico do país, da taxa de redução da mortalidade infantil, da taxa de variação de
temperaturas, da velocidade de corpos ou objetos em movimento, enfim, poderíamos
ilustrar inúmeros exemplos que apresentam uma função variando e que a medida desta
variação se faz necessária em um determinado momento.
A equação da reta tangente a um gráfico de uma função num ponto obtém-se através
do cálculo do seu declive, por um processo de aproximações sucessivas de recas secantes
que passem por esse ponto. Se na figura, (x,f(x)) é o ponto de tangência e (x+Δx,
f(x+Δx)) é outro ponto do gráfico de f, o declive da reta secante que passa por ambos é:

15
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

Observe agora que quanto menor ,mais a reta deixa de ser secante e mais se aproxima
de ser uma reta tangente no ponto de interesse.

Desta forma a reta tangente é um indicador


da taxa de variação do gráfico naquele
ponto.

Isto é significativo pois o em um


gráfico onde o “eixo do y” é a posição e o
“eixo do x” é o tempo a taxa de variação
indica a velocidade do gráfico pois:

é a fórmula da velocidade, em outras


palavras, a taxa de variação da posição no
tempo é a velocidade.
Ou seja, quando a tangente no ponto for crescente (“para cima”) significa que a
velocidade naquele ponto é positiva, e quando a tangente for decrescente (“para baixo”)
significa que a velocidade naquele ponto é negativa. E esta dedução foi feita a partir
de um gráfico de posição! Não de velocidade.
Da mesma forma, se o “eixo do y” representar quantidade carga elétrica e o “eixo
do x” representar tempo, a taxa de variação:

agora representa a intensidade de corrente elétrica percorrendo um condutor. E uma reta


tangente “para cima” indica corrente positiva, enquanto uma reta tangente “para baixo”
indica uma corrente negativa no ponto.

Conclusão, para saber o que a inclinação da reta tangente significa, deve-se


dividir a grandeza expressa no “eixo y” pela grandeza expressa no “eixo x”. A grandeza
resultante dessa divisão é o que a inclinação
da reta tangente no ponto expressa.

7.3. A Área do Gráfico


Assim como a reta tangente de um certo
ponto da curva de um gráfico tem um
significado que pode ser encontrado dividindo
a grandeza do “eixo y” pela grandeza do “eixo

16
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
x”, também há um significado muito importante quando se calcula a área sobre a
curva do gráfico. Esta área representa a operação algébrica de integração, que é o
exato oposto da operação de derivação.
Tal como na seção anterior uma análise das grandezas que compõem o eixo das
abcissas e das ordenadas (o “eixo x” e o “eixo y” respectivamente) é necessária para
entender o significado da área sob a curva do gráfico.

Por exemplo, em um gráfico Potência x Tempo o produto das grandezas representadas


nos eixos é a energia gasta, uma vez que:

Se as grandezas dos “eixos y e x” fossem, respectivamente, velocidade e tempo então a


área sob a curva do gráfico representaria o valor do deslocamento do móvel já que:
.
No ensino médio o cálculo das áreas dos gráficos apresentados no ensino médio em
geral, resume-se a gráficos descontínuos constituídos de segmentos de reta para que o
discente não tenha que conhecer mais profundamente o conceito de integração a fim de
resolver os problemas apresentados.
Portanto o aluno deve necessariamente conhecer o cálculo de três figuras
geométricas:

Vale salientar que não é meramente um cálculo de área. De fato, o valor da a área
sob a curva do gráfico na verdade é o valor da grandeza física dada pelo produto das
grandezas dos eixos do gráfico. Não é possível que haja uma área negativa, mas
grandezas físicas como trabalho e impulso podem sim apresentar um valor negativo.
Também não faz sentido dizer que a figura produzida pela curva seria um quadrado
perfeito ou um triângulo isósceles quando na verdade nem sequer o que os valores de
base e altura são medidas de comprimento.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

17
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

Exercícios:
I. (FGV-SP) Empresas de transportes rodoviários equipam
seus veículos com um aparelho chamado tacógrafo,
capaz de produzir sobre um disco de papel, o registro
ininterrupto do movimento do veículo no decorrer de
um dia. Analisando os registros da folha do tacógrafo
representada acima, correspondente ao período de um
dia completo, a empresa pode avaliar que seu veículo
percorreu nesse tempo uma distância, em km,
aproximadamente igual a:

(a) 940 (b)1060 (c)1120 (d)1300 (e)


1480.

II. O gráfico mostra, em função do


tempo t, o valor da corrente
elétrica i através de um
condutor. Sendo Q a carga
elétrica que circulou no
intervalo de tempo de 0 a 4,0,
a carga elétrica que circulou
no intervalo de tempo de 4,0s a
8,0s foi:

(a) 0,25Q (b)0,40Q (c)0,50Q (d)2Q (e) 4Q

III. Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na


ordem em que elas aparecem.

As correntes elétricas em dois fios condutores variam em função do tempo de acordo


com o gráfico mostrado a seguir, onde os fios estão identificados pelos algarismos 1
e 2. No intervalo de tempo entre zero e 0,6 s, a quantidade de carga elétrica que
atravessa uma seção transversal do fio é maior para o fio ______. do que para o
outro fio; no intervalo entre 0,6 s e 1,0 s, ela é maior para o fio ______. do que
para o outro fio; e no intervalo entre zero e 1,0 s, ela é maior para o fio ______.
do que para o outro fio.

(a) 1 – 1 – 2
(b) 1 – 2 – 1

18
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
(c) 2 – 1 – 1

(d) 2 – 1 – 2

(e) 2 – 2 – 1

IV. Dois veículos que trafegam com velocidade constante em uma estrada, na mesma direção
e sentido, devem manter entre si uma distância mínima. Isso porque o movimento de um
veículo, até que ele pare totalmente, ocorre em duas etapas, a partir do momento em
que o motorista detecta um problema que exige uma freada brusca. A primeira etapa é
associada à distância que o veículo percorre entre o intervalo de tempo da detecção
do problema e o acionamento dos freios. Já a segunda se relaciona com a distância
que o automóvel percorre enquanto os freios agem com desaceleração constante.
Considerando a situação descrita, qual esboço gráfico representa a velocidade do
automóvel em relação à distância percorrida até parar totalmente?

19
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
V. Dois móveis, A e B, partindo juntos de uma mesma
posição, porém com velocidades diferentes, que
variam conforme o gráfico abaixo, irão se encontrar
novamente em um determinado instante.

(a) t1 (b) t2 (c)t3 (d)t4 (e)t5

7. RUDIMENTOS DE GEOMETRIA VETORIAL


Para calcular corretamente as grandezas vetoriais que existem em todos os tópicos
da física é necessário ter proficiência em conceitos básicos de trigonometria que
permitirão compreender como se altera o módulo de uma grandeza muda (ou não muda)
quando nela variam suas direções e sentidos ou quando a grandeza resultante é uma
função de soma ou subtração de outras duas grandezas vetoriais.

7.1. Trigonometria Básica do Triângulo Retângulo

sen cos tan


30°

45°
Caso o triangulo não seja retângulo, ou
seja, possua um dos ângulos internos igual
60° a 90° então se faz necessário utilizar ou a
lei dos cossenos (mais frequente) e a lei
90° ∄ dos senos.

7.2. Trigonometria Básica de Triângulos Não-Retângulo


Quando o triângulo não é retângulo são possíveis fazer algumas generalizações:

7.5.1.Lei dos Cossenos

20
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

7.5.2. Lei dos Senos

7.5.3.Triângulos Semelhantes

21
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

7.3. Algumas Identidades Trigonométricas Importantes:

Exercícios:
I. (VUNESP 2005) Um bloco sobe uma rampa deslizando sem atrito,
em movimento uniformemente retardado, exclusivamente sob a
ação da gravidade, conforme mostrado na figura. Ele parte do
solo no instante t = 0 e chega ao ponto mais alto em 1,2 s.
O módulo da velocidade em função do tempo é apresentado no
gráfico.

22
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
Considerando g = 10,0 m/s 2, a altura em que o bloco se encontrava em t = 0,4 s
era:

(a) 0,5 m. (b) 1,0 m. (c) 1,6 m. (d) 2,5 m. (e) 3,2 m.

II. (Ufpr 2011) Durante um passeio, uma pessoa fez o seguinte trajeto: partindo de um
certo ponto, caminhou 3 km no sentido norte, em seguida 4 km para o oeste, depois
1 km no sentido norte novamente, e então caminhou 2 km no sentido oeste. Após esse
percurso, a que distância a pessoa se encontra do ponto de onde iniciou o trajeto?

III. Um caminhoneiro efetuou duas entregas de mercadorias e,


para isso, seguiu o itinerário indicado pelos vetores
deslocamentos d1 e d2 ilustrados na figura. Para a primeira
entrega, ele deslocou-se 10 km e para a segunda entrega,
percorreu uma distância de 6 km. Ao final da segunda
entrega, a distância a que o caminhoneiro se encontra do
ponto de partida é:
(a) km. (b) km. (c) km. (d) m. (e) 16 km

IV. No dia 11 de março de 2011, o Japão foi sacudido por


terremoto com intensidade de 8,9 na Escala Richter, com
o epicentro no Oceano Pacífico, a 360 km de Tóquio,
seguido de tsunami. A cidade de Sendai, a 320 km a
nordeste de Tóquio, foi atingida pela primeira onda do
tsunami após 13 minutos.
(O Estado de S. Paulo, 13.03.2011. Adaptado.)
Baseando-se nos dados fornecidos e sabendo que cos α ≅
0,934, onde α é o ângulo Epicentro-Tóquio-Sendai, e que
28⋅32⋅93,4 ≅ 215 100, a velocidade média, em km/h, com
que a 1ª onda do tsunami atingiu até a cidade de Sendai
foi de:

(a) 10. (b) 50. (c) 100. (d) 250. (e) 600.

V. Objetivando a decolagem, um avião realiza a corrida na pista, alçando vôo com


velocidade , de intensidade 360 km/h, que é mantida constante ao longo de uma
trajetória retilínea e ascendente, como esquematizado a seguir. O Sol está a pino,
e a sombra do avião é projetada sobre o solo plano e horizontal.
Determine:

23
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
a) a intensidade da velocidade com que a sombra do avião percorre o solo;

b) o intervalo de tempo gasto pelo avião para atingir a altura de 480 m;


c) a distância percorrida pelo avião desde o instante em que alça vôo até o
instante em que atinge a altura de 480 m.

VI. (UFCE)Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura H do solo. Um atleta de
altura h passa sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante
V. Se H = 5m, h = 2m e V = 6m/s, determine a velocidade, em m/s, com que a sombra
da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.

VII. (ENEM) A sombra de uma pessoa que tem 1,80 m de altura mede 60 cm. No mesmo
momento, a seu lado, a sombra projetada de um poste mede 2,00 m. Se, mais tarde, a
sombra do poste diminuir 50 cm, a sombra da pessoa passará a medir:

(a) 30 cm (b) 45 cm (c) 50 cm (d) 80 cm (e) 90 cm

7.4. VETORES
A palavra vetor provém do verbo latino vehere: transportar, levar. É o particípio
passado de vehere, significando transportado, levado. Apesar de primitiva e até
bizarra, a palavra vetor é pertinente: o ponto A é "transportado" até B.
Assim define-se vetor como um ente geométrico representado por um segmento de reta
orientado. Um vetor é completamente caracterizado através de seu módulo, de sua direção
e de seu sentido.
A representação geométrica de um vetor está ilustrada abaixo:

7.5. Operações com Vetores


Se é possível operar grandezas escalares por meio de expressões algébricas também é
possível operar grandezas vetoriais, muito embora a solução dessas operações se deva
muito mais a uma interpretação geométrica, do que uma interpretação algébrica, do
problema em voga.

24
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
7.5.1. Adição de Vetores
A soma de vetores é feita unindo o final do primeiro vetor ao início do vetor
seguinte e assim sucessivamente até que o último vetor esteja posicionado. O vetor
resultante é obtido no seguimento de reta que une o início do primeiro vetor na soma
ao final do último vetor na soma, orientando-se o vetor resultante do início para o fim
da soma.

Regra do paralelogramo
A regra do paralelogramo constitui-se apenas de
outra forma de executar o procedimento de soma
descrito anteriormente. Com os vetores unidos pelo
início utiliza-se os vetores como lados para
completar a figura de um paralelogramo. O vetor
resultante R constituindo-se assim da diagonal
maior desse paralelogramo.

Lei dos Cossenos aplicada a Vetores

De acordo com a lei dos cossenos vista na seção


7.5.1 a lei dos cossenos para soma vetorial da figura
ao lado é:

Mas é comum que em questões apresentem-se vetores


ligados pelo seu início e nesse caso o ângulo considerado entre os vetores seria α e
não β. Porém é visível que:

e como α e β são suplementares isso significa que:

e dessa forma a lei dos cossenos aplicada na situação vetorial fica:

25
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
7.5.2. Subtração de Vetores

Para realizar a subtração de dois vetores: , faz-se o mesmo procedimento de


soma, no entanto inverte-se a orientação do vetor a ser subtraído para que assim ele se
torne uma versão negativa desse vetor:

7.5.3. Decomposição de Vetores

A decomposição é a
separação do vetor em
componentes que acompanham os
eixos cartesianos. Embora esse
procedimento facilite os
cálculos uma vez que reduz o
problema da soma vetorial a
simples soma escalar de
componentes verticais e
horizontais, também é um
processo habitualmente lento e
trabalhoso que demanda uma
quantidade considerável de operações lógicas sequenciais.

26
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Exercícios:
I. (Ufpe)Uma pessoa atravessa uma piscina de 4,0 m de largura, nadando com uma
velocidade de módulo 4,0 m/s em uma direção que faz um ângulo de 60° com a normal.
Quantos décimos de segundos levará o nadador para alcançar a outra margem?

II. (Unifesp) Suponha que um comerciante inescrupuloso aumente o valor assinalado pela
sua balança, empurrando sorrateiramente o prato para baixo com uma força F de
módulo 5,0N, na direção e sentido indicados na figura

Com essa prática, ele consegue fazer com que uma mercadoria de massa 1,5 kg seja
medida por essa balança como se tivesse massa de:

27
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
(a) 1,7 kg (b) 1,8 kg (c) 2,1 kg (d) 2,4 kg (e) 3,0 kg

III. (Fatec-SP) A posição de uma luminária pode ser acertada com o auxílio de um
contrapeso, conforme o esquema. Para a situação representada, o contrapeso é de 10
N. Qual o peso da luminária?

IV. (UFMS) Um carro move-se com velocidade constante de 60 km/h. Começa a chover e o
motorista observa que as gotas de água da chuva caem formando um ângulo de 30° com
a vertical. Considerando que, em relação à Terra, as gotas caem verticalmente,
qual a velocidade em que as gotas de água caem em relação ao carro?

(a) 30√3 km/h (b) 60 km/h (c) 120 km/h (d) 30 km/h (e) 80km/h

V. (UnB-DF) Sobre a composição dos vetores a seguir podemos dizer que:

(a)

(b)

(c)

(d)

APENDICE - I
I. CONTAS PRA QUE VOS QUERO?

28
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
É fato notório que nos exames de vestibular e do ENEM não são permitidos a
utilização de quaisquer aparelhos de calcular. Além de inviabilizar qualquer tipo de
fraude eletrônica essa medida também visa avaliar se o aluno desenvolveu uma capacidade
lógico-dedutiva para realizar operações matemáticas não por meio de repetições
algorítmicas, mas sim de maneira intuitiva, espontânea e rápida.

1 _ LEMBRE-SE:
O SINAL DE IGUAL VALE PARA OS DOIS LADOS!!!

É impressionante que um aluno entenda que: , mas não compreenda que . Ou


ainda aceite que , mas não veja que da mesma forma .
Essa ideia em conjunto com a noção da propriedade distributiva é um dos mais
fortes aliados no momento de resolver multiplicações.
Tome esse exemplo:

A decomposição do 235 em suas partes e a multiplicação dessas partes transformou


uma multiplicação que seria lenta pelo processo usual em uma simples soma de inteiros
positivos. Método muito mais fácil de efetuar.

2 _ LEMBRE-SE:
FRAÇÕES TAMBÉM SÃO NÚMEROS

Há uma forte tendência a preferir a forma numérica decimal, talvez pois seja a
forma mais comum já que a notação decimal é a mais sintática e mais fácil de notar
tipograficamente, o que se constituía uma enorme vantagem para documento das cinco
últimas décadas.
Mas a verdade é que matematicamente não se constitui vantagem nenhuma representar
o número em notação decimal (com virgula), pelo contrário: a representação decimal
oculta simplificações que estariam explicitas na forma fracionária.
Note como calcular com frações é muito mais vantajoso do que calcular com
decimais:

29
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL

Deve-se ainda considerar o tempo dispendido para “fazer as continhas com virgula”

3 _ LEMBRE-SE:
CONHEÇA SUAS POTÊNCIAS

Entender como potências operam é de fundamental importância para execução de cálculos

rápidos! Se você entende que é possível fazer contas como tornam-se muito
mais fáceis pois ao invés de fazer:

Você faria:

Valem as regras:

Exercícios:
I. A intensidade do campo elétrico, num ponto situado a 3,0 mm de uma carga elétrica
puntiforme Q = 2,7 µC no vácuo (ko = 9.109 N.m2/C2) é:

30
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
(a) 2,7.103 N/C (b) 8,1.103 N/C (c) 2,7.106 N/C (d)8,1.106 N/C (e)2,7.109 N/C

II. (FIEB-SP) O copo interno de um calorímetro é feito de alumínio e tem massa de 30


g. Em seu interior, onde há 150 g de água pura à temperatura de 20 ºC, são despejados
200 g de bolinhas de aço que se encontram inicialmente à temperatura de 60 ºC.
Sabendo que o calor específico do alumínio é 0,2 cal/g. ºC, o da água, 1 cal/g. ºC, e a
temperatura de equilíbrio térmico do conjunto igual a 25 ºC, o calor específico do
aço e a quantidade de calor trocada pelas bolinhas de aço com o sistema têm valores,
respectivos e aproximadamente, iguais a

(a) 0,11 cal/g. ºC e 780 cal, cedidas.


(b) 0,11 cal/g. ºC e 780 cal, recebidas.
(c) 0,55 cal/g. ºC e 890 cal, cedidas.
(d) 0,55 cal/g. ºC e 890 cal, recebidas.
(e) 0,88 cal/g. ºC e 780 cal, cedidas.

III. Um fogão de cozinha elétrico possui entre as paredes do seu forno um isolante
constituído por uma camada de fibra de vidro com área total de 1,40 m² e espessura de
4,0 cm. Ao ligar o forno deste fogão, após um certo tempo, a superfície interna da
fibra de vidro alcança uma temperatura de 175 ºC e sua superfície externa encontra-se
a uma temperatura de 35 ºC. Considerando-se que a condutividade térmica da fibra de
vidro é igual a 0,040 W/m·°C, determine o fluxo de calor através das paredes do
forno.

IV. Com base na figura abaixo, calcule a menor


velocidade com que o corpo deve passar pelo ponto A
para ser capaz de atingir o ponto B. Despreze o atrito
e considere g = 10 m/s².

V. Uma bola de massa 1,0 kg, presa à extremidade livre


de uma mola esticada de constante elástica k = 2000
N/m, descreve um movimento circular e uniforme de
raio r = 0,50 m com velocidade v = 10 m/s sobre uma
mesa horizontal e sem atrito. A outra extremidade da
mola está presa a um pino em O, segundo a figura a
seguir.

a) Determine o valor da força que a mola aplica na bola para que esta realize o
movimento descrito.
b) Qual era o comprimento original da mola antes de ter sido esticada?

31
Prof. Alessandro
Gerson

aaaaa
FÍSICA FÁCIL
APENDICE - II
I. DICAS
Aaaa
i) Utilize a fatoração

ii) Comece da esquerda para a direita e decomponha os números:


786 – 523 = ?
786 = 700 + 80 + 6
523 = 500 + 20 + 3
Então subtraia as unidades
6 – 3 = 3
Depois, subtraia as dezenas
80 – 20 = 60
E as centenas
700 – 500 = 200
Aqui sabemos que o resultado será algo próximo de 200
Então some as centenas, dezenas e unidades:
200 + 60 + 3 = 263

iii) Simplifique adições e subtrações


iv)

32

Você também pode gostar