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Aula 02
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano letivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
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Definição de fluido
• Um fluido é caracterizado como uma substância que se deforma
continuamente quando submetida a uma tensão de corte, não
importando o quão pequena possa ser essa tensão.
• Os fluidos incluem os líquidos, os gases, os plasmas e de certa
maneira, os sólidos plásticos.
• A principal característica dos fluidos está relacionada à propriedade
de não resistir a deformação e apresentam a capacidade de fluir, ou
seja, possuem a habilidade de tomar a forma dos seus recipientes.
• Esta propriedade é proveniente da sua incapacidade de suportar
uma tensão de corte em equilíbrio estático.
Definição de fluido
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Unidades de Medida
• Nesta primeira aula serão estudadas as unidades e a importância do
Sistema Internacional de Unidades (SI).
• No dia-a-dia são expressas quantidades ou grandezas em termos de outras
unidades que nos servem de padrão.
• Na Física é de extrema importância a utilização correta das unidades de
medida.
• Existe mais de uma unidade para a mesma grandeza, por exemplo, 1 m é o
mesmo que 100 cm ou 0,001 km.
• Em alguns países é mais comum a utilização de graus Fahrenheit (°F) ao
invés de graus Celsius (°C).
• Isso porque, como não existia um padrão para as unidades, cada
investigador ou profissional utilizava o padrão que considerava melhor.
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Alfabeto Grego
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Massa Específica
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Exercício
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Peso Específico
• É a relação entre o peso de um fluido e volume ocupado, seu valor pode ser obtido pela
aplicação da equação a seguir:
𝑊
𝛾=
𝑉
• Como o peso é definido pelo princípio fundamental da dinâmica (2ª Lei de Newton), a
equação pode ser reescrita do seguinte modo:
𝑚. 𝑔
𝛾=
𝑉
• A partir da análise das equações é possível verificar que existe uma relação entre a massa
específica de um fluido e o seu peso específico, e assim, pode-se escrever que:
𝛾 = 𝜌. 𝑔
• onde, é o peso específico do fluido, W é o peso do fluido e g representa a aceleração da
gravidade, em unidades do (SI), o peso é dado em N, a aceleração da gravidade em m/s² e o
peso específico em N/m³.
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Exercício
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PRESSÃO
Definição:
• Pressão é o resultado da aplicação duma força sobre uma superfície, sendo
definida como:
FN
P lim A 0
A
Onde:
- FN é a força elementar de compressão normal ao elemento de
superfície A.
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PRESSÃO
Há contudo outras unidades, para além do Pascal, que são frequentemente
utilizadas como sejam :
• bar (1 bar =105 N/m2= 0,1 MPa = 100 kPa) bem como o seu
submúltiplo, o milibar, unidades de aplicação muito frequente na
Indústria, nomeadamente no caso dos gases.
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PRESSÃO
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PRESSÃO
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𝑝 𝑝
– Calcular 𝑝 e 𝑝 :
𝑝 =𝑝 +𝜌 𝑔 ℎ +ℎ = 𝑝 + 9.800 × 7 + 13,5 × 10 = 𝑝 + 2.009
𝑝 = 𝑝 +𝜌 𝑔ℎ + 𝜌 𝑔ℎ
= 𝑝 + 13,6 × 1000 × 7 × 10 + 9.800 × 13,5 × 10 = 𝑝 + 2.275
– Como 𝑝 = 𝑝 :
𝑝 + 2.009 = 𝑝 + 2.275 ⟹ 𝑝 − 𝑝 = 2.275 − 2.009 = 266 𝑃𝑎
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PRESSÃO
• A pressão sendo uma quantidade física, tal como a temperatura,
pode ser medida usando-se diferentes escalas:
- Escala absoluta pa, em que o valor zero da escala (pressão
absoluta nula) corresponde à situação de vácuo absoluto,
isto é, quando não existem moléculas no espaço
considerado.
- Escala relativa em que o valor zero da pressão relativa pr,
corresponde ao valor da pressão atmosférica local (patm ).
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Exemplo
Pressão acima da atmosférica
Pressão 0 absoluto
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PRESSÃO
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Temperatura
• Também a temperatura pode ser definida através de escalas
diferentes nomeadamente, a de Celsius (C ) e a de Kelvin ( K ).
• A escala de Celsius toma como pontos de referência à pressão
atmosférica de 101,3 kPa:
- O ponto de fusão do gelo, 0 C, ou seja a temperatura do
gelo puro em equilíbrio termodinâmico com a água saturada
de ar;
- O ponto do vapor, 100C, ou seja a temperatura do vapor de
água em equilíbrio termodinâmico com a água líquida pura.
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Temperatura
• No sistema SI, a base é a escala termodinâmica da temperatura, em que
a unidade de base é o kelvin (K) e o zero da escala, o zero absoluto.
O ponto de referência é o ponto triplo da água, ou seja, a temperatura
da água líquida em equilíbrio termodinâmico com vapor de água e com
gelo.
O valor da temperatura termodinâmica atribuída, por convenção, ao
ponto triplo da água é:
273,16 K
Temperatura
• Atendendo a que
, ligeiramente acima do ponto do gelo que é 0C,
podemos escrever, para qualquer temperatura, e de acordo com o
sistema SI:
K = t C + 273,15
• Escalas Anglo-Saxónicas
- Nos países anglo saxões e USA é muito vulgar utilizar-se a escala
Fahrenheit ( F ) e a escala absoluta Rankine ( R ), sendo então
empregues as seguintes relações de equivalência:
F = 9/5 C + 32
R = F + 459,67 42
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𝑃𝑉 ⇒ 𝑛 = 1 (𝑖𝑠𝑜𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑜)
𝑃𝑉 = 𝑚𝑅𝑇 = 𝑐𝑡𝑒.
𝑃 =𝑃
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Caudal mássico
m v . n dA vn dA
s
s
Se a massa volúmica for constante resulta a proporcionalidade directa entre o caudal
mássico e o caudal volumétrico:
.
m = ρQ
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Massa Volúmica
• No estudo dos fluidos uma das características importantes a
considerar é a massa por unidade de volume, designada por
massa volúmica ou massa específica:
= 𝒎/𝑽 (𝒌𝒈/𝒎𝟑)
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Peso Volúmico
• Uma propriedade diretamente relacionada com a massa
volúmica é o peso volúmico ou peso específico, que se define
como:
= 𝒈 (𝑵/𝒎𝟑)
sendo g, a aceleração da gravidade local (9,8 m/s2)
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ρ γ
liq liq
ρr ou S = =
ρ agua γ agua
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ρ gas M gas
S= =
ρar M ar
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𝟐
𝑻−𝟒
á𝒈𝒖𝒂 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 − [𝒌𝒈⁄𝒎𝟑 ]
𝟏𝟖𝟎
𝟐
𝑻−𝟒
𝜸á𝒈𝒖𝒂 = 𝟗. 𝟖𝟎𝟎 − [𝑵⁄𝒎𝟑 ]
𝟏𝟖
Onde:
𝑇 Temperatura em º𝐶.
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1000.0
H O 1000
999.0 2
180
998.0
997.0
996.0
995.0
994.0
993.0
992.0
-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
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Temperatura (ºC)
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H O 9.800
Peso específico (N/m3)
9790.0 2
18
9780.0
9770.0
9760.0
9750.0
9740.0
9730.0
9720.0
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-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura (ºC)
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P2 T1
2 1
P1 T2
• Como as tabelas, de uma forma geral, referem a massa volúmica a 0 C e
1 atm, teremos:
P Tn
n
Pn T
273 P P
n n 264
1,033 T T
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v1 n1 v2 n2 vk nk
n
v1 v2 vk
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Ar 28,97 1,293 1
Oxigénio O2 32,00 1,429 1,105
Azoto N2 28,02 1,251 0,967
Monóxido de carbono CO 28,01 1,251 0,967
Anídrico carbónico CO2 44,01 1,977 1,529
Hidrogénio H2 2,02 0,0899 0,0695
Metano CH4 16,04 0,718 0,555
Acetileno C2H2 26,04 1,172 0,906
Etileno C2H4 28,05 1,261 0,975
Etano C2H6 30,07 1,357 1,049
Propileno C3H6 42,08 1,916 1,482
Propano C3H8 44,09 2,004 1,550
Sulfureto de Hidrogénio H2S 34,08 1,539 1,191
Vapor de água H2O 18,02 0,804 0,622
59
75% metano (CH4) , 21% Etano (C2 H6) e 4% Propano (C3 H8)
• Têm-se:
Metano: M1 = (1x12) + (4x1) = 16
Etano: M2 = (2x12) + (6x1) = 30
Propano: M3 = (3x12) + (8x1) = 44
Gás Natural: M = (16 x 0,75) + (30 x 0,21) + (44 x 0,04) 20,1
Logo: r ou S = Mgas / Mar = 20,1 / 29 = 0,693
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ESCOAMENTO
• Um fluido distingue-se dum corpo sólido através da sua
capacidade para escoar.
• As ligações moleculares num fluido são consideravelmente
menores do que num sólido, pelo que, um fluido tem
relativamente àquele uma menor resistência à deformação
por corte.
• É exatamente esta falta de resistência a esforços de corte que
permite o fluido escoar, e é também a razão porque uma
massa de fluido é incapaz de reter qualquer forma que se lhe
fixe em presença do campo gravitacional.
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VISCOSIDADE
• O pequeno valor de resistência ao corte evidenciado pelos
fluidos, designa-se viscosidade.
• A viscosidade ao oferecer resistência à deformação, tenderá a
evitar o livre escoamento.
• Desempenha um papel semelhante ao do atrito do fluido nas
paredes do tubo.
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VISCOSIDADE
• Fluxo entre uma placa fixa e uma placa móvel
• O fluido em contato com a placa tem a mesma
velocidade da placa;
x 63
Placa fixa u=0
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VISCOSIDADE
• Fluxo entre uma placa fixa e uma placa móvel
• A força faz com que a placa se mova com a velocidade V
y e o fluido se deforme continuamente;
Placa móvel
u=V
t0 t1 t2
Fluid
x
Placa fixa u=0
65
65
VISCOSIDADE
• Fluxo entre uma placa fixa e uma placa móvel
• A tensão de corte na placa é proporcional à taxa de
deformação do fluido:
da dL … e dt dL da dV dV
y da
dt dy dV dt dy dy
dL Placa móvel u=V+dV
t da t+dt
Tensão
dy de corte
dx Fluido
x
Placa fixa 66
u=V
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VISCOSIDADE
• Tensão de corte em
diferentes fluidos:
• Relação da tensão de corte para
diferentes tipos de fluidos
• Fluidos Newtonianos: relação
linear
• Inclinação da linha (coeficiente
de proporcionalidade) é
"viscosidade"
dV dV
dy dy
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VISCOSIDADE
• Lei da Viscosidade de
𝒅𝑽
Newton: 𝝉 = 𝝁
𝒅𝒚
𝝉
• Viscosidade: 𝝁 = 𝒅𝑽⁄𝒅𝒚
𝑵⁄𝒎𝟐
• Unidade: = 𝑵. 𝒔⁄𝒎𝟐
𝒎⁄𝒔⁄𝒎
• Água (20ºC):
𝟑 𝑵. 𝒔⁄𝒎𝟐
𝝁 = 𝟏 × 𝟏𝟎
• Ar (20º C):
𝟓 𝑵. 𝒔⁄𝒎𝟐
𝝁 = 𝟏, 𝟖 × 𝟏𝟎
𝝁
• Viscosidade cinemática: 𝝂 =
𝝆
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VISCOSIDADE
du du
• Fluxo entre uma placa fixa e uma placa móvel: 1 2
dy 1 dy 2
• A força é a mesma na parte superior e inferior:
F1 1 A1 2 A2 F2 A1 A2 e 1 2
• Assim, a inclinação do perfil de velocidade é constante e o perfil de
y velocidade é uma linha reta.
Placa móvel u=V
V
V Forças que
B u( y) y Fluido
B atuam na
placa
x 69
Placa fixa u=0
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VISCOSIDADE
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VISCOSIDADE
• Se a tensão de corte num fluido for diretamente proporcional ao
gradiente de velocidade (Lei de Newton) o fluido é dito de Newtoniano:
- Por exemplo: ar, água, óleos, etc.
• No caso de não seguirem a lei de Newton chamam-se não Newtonianos, o
seu comportamento obedece a leis complexas:
- Como exemplos temos as tintas, plásticos, determinados líquidos,
lamas, …
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VISCOSIDADE
• No sistema CGS1
expressa-se em stokes (St) e tem dimensões de cm2/s, sendo mais
usual o submúltiplo centistoke (cST), 10-2Stokes (0.01 st =10-6 m2/s). A viscosidade
em cST pode relacionar-se com a viscosidade em cP2 através de :
(cP)
v(cST )
( gr / cm 3 )
• Também se utilizam com alguma frequência outras unidades que traduzem a
viscosidade relativa dum fluido.
• As mais correntes são:
— Na Europa: graus Engler e em França: graus (Barbey)
— Na América: Segundos Saybolt Universal, Segundos Saybolt Furol (para
líquidos muito viscosos)
— No Reino Unido: Segundos Redwood Comercial, Segundos Redwood
Admiralty, ou Redwood Nr.1 e Redwood Nr.2
1 Sistema CGS de unidades é um sistema de unidades de medidas físicas, ou sistema dimensional, de tipologia LMT (comprimento, massa
tempo), cujas unidades-base são o centímetro para o comprimento, o grama para a massa e o segundo para o tempo 73
2 A unidade no Sistema CGS de unidades para a viscosidade dinâmica é o poise (P) e 1 cP é 100 vezes menor (1 cP= 1 mPa·s).
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VISCOSIDADE
• Exercício
− Veio de uma roda do material
circulante (comboio) para
aplicação em carril.
− Dados do veio:
Velocidade de rotação: w = 1500 rpm
d = 6 cm
l = 40 cm
D = 6,02 cm
Soil = 0,88
oil = 0,003 m2/s
− Determine o binário e a potência
necessários para girar o veio na
velocidade indicada.
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VISCOSIDADE
• Exercício
− Assumir que filme de óleo tem
o perfil de velocidade linear.
dV
Tensão de corte
dy
w( d / 2 )
(Dd )/ 2
𝝁
𝝂 = ⟹ 𝝁 = 𝝂 × 𝝆 = 𝑺𝒐𝒊𝒍 × 𝝆á𝒈𝒖𝒂 × 𝝂 2𝜋
𝝆 × 1500 (0,06/2)
60
= (0,88 × 1.000 × 0,003)
(0,0002)/2
τ = 124 𝑘𝑁/𝑚
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VISCOSIDADE
• Exercício
d d
Binário ( M ) ( 2 l)
2 2
0, 06 0, 06
( 2 124.000 0, 4 ) 281 N m
2 2
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VISCOSIDADE
A variação de viscosidade dos fluidos em função da temperatura
e da pressão obedece a leis complexas:
• Registe-se contudo a variação geral do coeficiente da viscosidade
cinemática:
para os líquidos:
diminui com a temperatura e praticamente não é
influenciada pela pressão;
para os gases:
aumenta apreciavelmente com a temperatura e muito
ligeiramente com a pressão.
77
77
VISCOSIDADE
• Para os líquidos, a viscosidade
está dependente da temperatura,
porque as forças de coesão
desempenham um papel
dominante.
• A viscosidade nos líquidos diminui
com a temperatura.
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VISCOSIDADE
• Nos gases são as colisões moleculares que originam as tensões
internas, pelo que à medida que a temperatura aumenta,
resulta um aumento da atividade molecular e um aumento da
viscosidade.
• A relação de Sutherland traduz no caso dos gases a variação
da viscosidade dinâmica com a temperatura:
C t - viscosidade dinâmica a TC T – temperatura (K)
T 1 + 273
μt = μn n - viscosidade dinâmica a 0C
273 1 + C
C - Constante de Sutherland
T
80
80
40
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VISCOSIDADE
• Os valores calculados segundo a regra das misturas não são
verificadas na prática sobretudo quando a mistura contém
hidrogénio.
• A fórmula empírica de Herning-Zippere permite-nos contudo
obter valores da viscosidade da mistura suficientemente
exata (erro ± 2%), mesmo para altas temperaturas:
r M T × μ + r M T × μ + ...
μ= 1 1 c1 1 2 2 c2 2
r M T + r M T + ...
1 1 c1 2 2 c2
para cada um dos gases contidos na mistura:
• r - volume parcial ;
• M - peso molecular ; 81
• Tc - Temperatura crítica
81
82
82
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VISCOSIDADE
Variação da Viscosidade com a temperatura nos Gases
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VISCOSIDADE
Viscosidade dinâmica de
vários Fluidos
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VISCOSIDADE
Viscosidade cinemática de
vários Fluidos
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COMPRESSIBILIDADE
• A compressibilidade dum fluido é entendida como uma
medida da variação da massa volúmica que se verifica num
fluido sempre que ocorre variação sensível na pressão, à qual
se encontra associada normalmente uma variação
significativa da velocidade do fluido.
• Por exemplo: o módulo de elasticidade volumétrica para a
água: εvol= 2.100 MPa ou 21.000 x atm.
Velocidade do som
Mudança 1% 𝜌
Líquidos podem p
c
ser considerados T
incompressíveis
21 MPa Exemplo para água
(210 atm) 𝑐á = 1450𝑚/𝑠 86
(condições normais )
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COMPRESSIBILIDADE
• A equação dos gases perfeitos é de grande utilidade no estudo dos gases
em geral uma vez que a pressões suficientemente baixas, traduz muito
aproximadamente o comportamento dos gases reais.
• A equação de estado é utilizável tanto para gases como para vapores
sempre que o respetivo estado não se encontre na zona de saturação ou
próximo desta.
• Em geral, os gases submetidos a pressões muito altas são semelhantes
aos vapores próximos da saturação e já não se comportam de forma
ideal pelo que a equação dos gases perfeitos não é diretamente
aplicável.
• Por isso se introduz o fator de compressibilidade, 𝒁, para corrigir o
desvio de comportamento entre um gás perfeito e um gás real.
87
87
COMPRESSIBILIDADE
• O fator de compressibilidade Z é a relação entre o volume ocupado por
um gás real e o volume ocupado por um gás ideal nas mesmas condições
de temperatura e pressão:
n – número de moles do gás
n.Z .R.T R – Constante universal do gás
VRe al T – Temperatura absoluta
P P – Pressão absoluta
Z – Coeficiente de compressibilidade, varia com a
composição, temperatura e pressão.
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89
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90
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𝜕
Conservação da massa ρdV + ρV. dA = 0
𝜕t
𝑉 𝑑𝐴⃗
𝑉
dV 𝑑𝐴⃗
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Exercício 1.1: Num escoamento de água com caudal de 1 m3/s num tubo de 0,5 m
diâmetro, em regime permanente, calcule a velocidade média.
Entrada Saída
𝑉 𝑉
𝑑𝐴⃗ 𝑑𝐴⃗
0 = −𝑉 𝐴 + 𝑉 í𝐴 𝐷 𝐷 í
í => 𝑉 𝜋 =𝑉 í 𝜋 =𝑄
4 4
Tubo: 𝐷 =𝐷 í = 0,5𝑚 𝑉 =𝑉 í
93
𝑉 0,1963 = 𝑉 í 0,1963 = 1 => 𝑉 =𝑉 í = 5,09 𝑚/𝑠
93
Exercício 1.2: Num escoamento de água com caudal de 1 m3/s num troço de tubo em
expansão de diâmetro de 0,5 m para 1 m. Calcule a velocidade na saída.
0= 𝑉. 𝑑𝐴⃗ + 𝑉. 𝑑𝐴⃗
í
0 = −𝑉 𝐴 + 𝑉 í𝐴 𝐷 𝐷 í
í => 𝑉 𝜋 =𝑉 í 𝜋 =𝑄
4 4
1
=> 𝑉 í 𝜋
4
=1
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Conservação da Energia
Equação de Bernoulli:para escoamento sem perdas por atrito
Seção 1 Seção 2
𝑝 = pressão estática na seção
𝜌𝑉
2 = pressão dinâmica na seção
Linhas de corrente
𝜌𝑉 𝜌𝑉
𝑝 + +𝜌 𝑔 𝑧 = 𝑝 + +𝜌 𝑔 𝑧
2 2
98
Unidade ⇒ N/m2=Pa
98
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𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
+ + 𝑔𝑧 = + +𝑔 𝑧
𝜌 2 𝜌 2
2
Unidade => m2/s2 = J/kg
2 para
energia cinética (V2/2)
Condições do problema: 𝑝 =𝑝 =𝑝
2
Z1
𝜌𝑉 𝜌𝑉
Z2 <<
𝑧 − 𝑧 =𝐻
2 2
𝜌𝑉
𝜌 𝑔 (𝑧 − 𝑧 ) =
2
𝑉 = 2𝑔𝐻
100
50
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• Gás
– Conjunto de moléculas ou átomos em movimento
permanente e aleatório.
101
101
p f (T ,V , n)
– A equação de estado relaciona uma das quatro propriedades com as outras
três.
– As equações de estado da maioria das substâncias não são conhecidas,
102
entretanto certas equações de estado são.
102
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pV nRT
– onde R é uma constante conhecida como constante dos
gases, cujo o valor, determinado experimentalmente, é o
mesmo para todos os gases.
103
103
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105
105
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108
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109
110
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pV nRT
112
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𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
= 𝑛𝑅 = 𝑛𝑅
𝑇 𝑇
𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
=
𝑇 𝑇
113
114
114
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• Lei de Dalton
– A pressão exercida por uma
mistura de gases é a somadas
pressões parciais dos gases:
p= pA+ pB+ ...
– Pressão parcial: pressão
exercida por cada gás se
ocupasse o recipiente
sozinho:
𝑛 𝑅𝑇
𝑝 =
𝑉
115
• Lei de Dalton
– Pressão total exercida por gases A e B
𝑛 𝑅𝑇 𝑛 𝑅𝑇
𝑝 = 𝑝 =
𝑉 𝑉
𝑅𝑇
𝑝 = 𝑛 +𝑛
𝑉
𝑅𝑇
𝑝 =𝑛
𝑉
116
58
3/12/2022
• Lei de Dalton
– Podemos definir um fator de compressibilidade para os componentes:
𝒁𝒊 𝑛 𝑅𝑇
𝑝 =
𝑉
117
• Frações molares
– Quantidade do gás expressa como fração do número total de moles da amostra:
XA + XB + .... = 1
pV
n A pA V n pA X A p
RT RT
118
59
3/12/2022
119
120
60
3/12/2022
𝑛𝑅𝑇
𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇𝑝 =
𝑉
121
121
– Calcular p:
𝑛𝑅𝑇 0,045 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 × 8,31451 𝑘𝑃𝑎. 𝐿𝐾 × 293,15 𝐾
𝑝= = = 435 𝑘𝑃𝑎
𝑉 0,250 𝐿
122
122
61
3/12/2022
Dados
T1 = 25º C T1 = 298,15 K T2 = 1000º C T2 = 1273,15 K
p1 = 10 kPa p2 = 150 kPa
V1 = 15 mL V2 = ?
𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
=
𝑇 𝑇
123
123
124
124
62
3/12/2022
125
126
63
3/12/2022
𝑝 =𝑋 ×𝑝 = 3,485 × 10 × 88 = 31 𝑘𝑃𝑎
𝑝 =𝑋 ×𝑝 = 6,517 × 10 × 88 = 57 𝑘𝑃𝑎
127
127
128
64
3/12/2022
129
130
65
3/12/2022
– Assim:
• 𝑋 = 63,9 %; 𝑋 = 27,4 %; 𝑋 = 8,7 %;
131
131
132
132
66
3/12/2022
133
𝑋 = = 0,15
Frações molares: 𝑋 = = 𝑋 = = 0,25
𝑋 = = 0,60
134
134
67
3/12/2022
𝑛 = = 0,094𝑘𝑚𝑜𝑙
– 𝑛 = = 𝑛 = = 0,179𝑘𝑚𝑜𝑙 → 𝑛 =∑ 𝑛 = 0,084 + 0,179 + 0,750 = 1,023 𝑘𝑚𝑜𝑙
𝑛 = = 0,750 𝑘𝑚𝑜𝑙
,
𝑋 = = 0,092
,
,
– As frações molares: 𝑋 = = 𝑋 = ,
= 0,175
,
𝑋 = = 0,733
,
135
135
136
136
68
3/12/2022
Exemplos:
1) Calcule a pressão total quando se injetarem num recipiente de 10 L: 2 moles de
N2; 3 moles deH2; 2 moles de O2 a 298 K. Considere que cada componente e a
mistura comportam-se como um gás perfeito. P = 17,12atm.
2) A percentagem ponderada (em massa) para 100 g de ar seco, ao nível do mar, é
aproximadamente 75,5 % de N2; 23,2 % de O2 e 1,3 % de Ar. Qual a pressão parcial
de cada componente quando a pressão total é igual a 1atm? PN2= 0,77 atm; PO2=
0,21 atm; PAr= 0,0094 atm.
3) Uma amostra de 65 mg de um gás ideal na pressão de 0,8 bar tem o volume
duplicado e sua temperatura triplicada. Determine a pressão final. P = 3,58 bar.
4) Uma mistura gasosa que é usada para simular a atmosfera de outro planeta
consiste em 320 mg de metano, 175 mg de argónio e 225 mg de azoto
(nitrogénio). A pressão parcial do azoto, a 300 K, é 15,2 kPa. Calcule o volume e a
pressão total da mistura. V = 1,31x10-3m3; P = 60,8 kPa.
5) Um cilindro de aço com volume de 0,15 m3 suporta uma pressão máxima igual a
3x107 Pa. Admitindo comportamento ideal, calcule a massa de azoto (nitrogénio)
que pode ser colocada no cilindro à temperatura de 30º C. M = 50 Kg. 137
137
138
69
3/12/2022
Aula 03
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano letivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
3/12/2022
Redes de processo
Serviços gerais
Transmissão hidráulica
Drenagem
2
3/12/2022
Sobre pressão
Gravítico
transporte
drenagem
água potável
gases medicinais
ar comprimido medicinal e industrial
vácuo
Redes interiores esgotos
lixos
Edifícios vapor para cozinhas e lavandarias
combate a incêndios
água quente
água gelada
Climatização Fluidos frigorigéneos
vapor
drenagem de condensados
6
3
3/12/2022
As redes de serviços:
• São as utilizadas para fluidos auxiliares na indústria, assim
como nos edifícios de serviços, hospitais e centros de saúde,
hotéis e residenciais, matadouros, etc.
• Incluem-se nestas redes as destinadas a água industrial, água
potável, água desmineralizada, água salgada, vapor,
condensados e ar comprimido.
4
3/12/2022
Tubagens de instrumentação:
• São as que têm como finalidade a transmissão de sinais de ar
comprimido para as válvulas de controlo e instrumentos automáticos, e
também as pequenas tubagens, de fluidos diversos, para os
instrumentos automáticos.
• As tubagens de instrumentação não se destinam ao transporte de
fluidos.
Observa-se que:
• Os tubos que fazem parte integrante de equipamentos e máquinas (caldeiras,
fornos, permutadores de calor, motores etc.), não são considerados como
fazendo parte das redes de tubagens. 9
As redes de drenagem:
• São as encarregadas de recolher e conduzir ao destino
conveniente os diversos efluentes fluidos de um edifício,
uma instalação industrial, um aglomerado populacional.
• Não são consideradas redes de serviços, devido à sua
característica peculiar de trabalharem sem pressão e com
efluentes muito variados e frequentemente mal definidos.
10
10
5
3/12/2022
11
12
6
3/12/2022
Sobreaquecido
Saturado
Vapor
Húmido
Condensados
Petróleo bruto
Derivados de petróleo
Óleos Óleos vegetais
Óleos hidráulicos
13
13
Industrial
Ar comprimido Instrumentação
Medicinal
Oficinal
De síntese
GLP
Gás combustível Gás natural
Acetileno
Gases De alto-forno
CO2
Industriais oxigénio,
hidrogénio, etc.
14
14
7
3/12/2022
CO2
Oxigénio
Gases medicinais Azoto
Protóxido de azoto
Ar comprimido medicinal
Pluvial
lamas
Industrial
Esgotos e drenagem saneamento básico
Gases residuais
Drenagem de emergência
Condensados
15
15
Bebidas
Produtos alimentares Xaropes
Óleos e gorduras alimentares, etc.
Produtos farmacêuticos
Tintas, resinas, vernizes, solventes etc.
Misturas refrigerantes
Ácidos
Álcalis
Fluidos diversos Amónia
Álcool
Cloro
Ureia
Sabões
Pasta de papel
16
16
8
3/12/2022
17
17
9
17/03/2022
Aula 04
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
17/03/2022
Escoamento Interno
• Os escoamentos são classificados como laminares ou
turbulentos.
• Nos escoamentos internos incompressíveis a natureza laminar
ou turbulenta é determinada pelo número de Reynolds (Re)
que relaciona o diâmetro da conduta à velocidade média do
escoamento e a viscosidade cinemática do fluido.
• Não é possível definir de forma exata as faixas de Reynolds que
indicam se o escoamento é laminar, de transição ou turbulento.
• A transição do escoamento laminar para turbulento pode
acontecer em vários números de Re, pois a transição depende
do grau de perturbação do escoamento, podendo ser afetado
por vibrações nas condutas, rugosidade da região de entrada, 4
etc.
4
2
17/03/2022
3
17/03/2022
Variação da velocidade do fluido num ponto Transição do escoamento laminar para turbulento num
tubo
7
8
Velocidade média e de flutuação
4
17/03/2022
Número de Reynolds
• A fig. mostra o perfil de velocidades numa conduta.
Número de Reynolds
• A fig. mostra um outro caso de escoamento interno em regime permanente
num difusor.
• À entrada o fluido escoa por uma secção menor que deixa o difusor por
uma secção maior.
• O perfil de velocidade na seção de entrada é diferente do perfil de
velocidade na secção de saída.
Perfil de velocidades
num escoamento
interno num difusor
10
5
17/03/2022
Camada Limite
• Em 1904 o cientista Alemão Ludwind Prandtl introduziu o
conceito de camada limite unificando finalmente as
abordagens hidrodinâmicas e de hidráulica.
• Prandtl mostrou que muitos escoamentos viscosos podem ser
analisados dividindo o fluxo em duas regiões:
− uma próxima das fronteiras sólidas e;
11
Camada Limite
12
6
17/03/2022
Número de Reynolds
• Nos escoamentos internos incompressíveis a natureza
laminar ou turbulenta é determinada pelo número de
Reynolds (Re) que relaciona o diâmetro da conduta à
velocidade média do escoamento e a viscosidade cinemática
do fluido.
• Os estudos desenvolvidos por Osborne Reynolds mostraram
que o regime de escoamento, laminar ou turbulento,
dependia de:
− Diâmetro do tubo;
− Viscosidade do fluido e
− Da velocidade de escoamento. 13
13
Número de Reynolds
• No caso de fluidos reais (viscosos) os estudos e atividades
experimentais de Osborne Reynolds levaram a caracterizar o
fluido como laminar ou turbulento.
• O número proposto por Reynolds para descrever o
movimento de um fluido, relaciona as forças convectivas ou de
inércia com as forças viscosas ou atrito:
é
ρV2
Vδ
= δ =
Forças de inércia
Re ≅
Forças viscosas µ V ν
δ2
14
δ - espessura da camada limite
14
7
17/03/2022
Número de Reynolds
• Para os fluidos incompressíveis a expressão geral do número
de Reynolds toma o aspeto:
V .D
Re =
ν
15
VDρ VD
Re = =
µ ν :
16
16
8
17/03/2022
Número de Reynolds
Conclui-se que:
17
18
9
17/03/2022
19
19
20
Região de entrada num tubo
20
10
17/03/2022
22
22
11
17/03/2022
23
Região de entrada num tubo
23
24
24
12
17/03/2022
Escoamento Laminar
• No escoamento permanente plenamente desenvolvido
num tubo horizontal, seja laminar ou turbulento, a queda de
pressão é equilibrada pelas forças de corte nas paredes do
tubo.
25
Escoamento Laminar
• Aplicando a equação da quantidade de movimento na
direção x:
'
$ % &$ ( " %( "
'
– Onde ) representa as forças de superfície e * as forças de campo.
• Hipóteses:
1. Tubo horizontal FBx=0
2. Escoamento permanente.
3. Escoamento incompressível.
4. Escoamento plenamente desenvolvido.
• Desta forma $ 0. 26
26
13
17/03/2022
Escoamento Laminar
'
$ % &$ ( " %( "
'
• Para o elemento do fluido o balanço de forças é dado por:
/- "0 /- "0
$ -. 23 . - % 23 % 4 $ 22"0 0
/0 2 /0 2
/- "0
. 23 % 4 $ 22"0 0
/0 2
• Obtendo-se finalmente:
56
4 $ , válido para escoamento laminar e turbulento.
5$
• Desta forma o tensão de corte no fluido varia linearmente na direção transversal
ao tubo, de zero na linha de centro até um máximo na parede.
• Sabendo que a variação de pressão ao longo do tubo é constante, a tensão de
corte é determinada pela expressão:
: /-
4 .4 $| 89 . 27
2 /0
27
Escoamento Laminar
• Isolamos um troço de um • Recorrendo à Lei de Newton
tubo com um comprimento da viscosidade:
∆l e um diâmetro 2r, em
F = µ A (dV/dx)
cujas faces atuam as
pressões p e p-∆p, e um e explicitando os valores da
cilindro coaxial de diâmetro força de atrito em função
2x: das forças devido à pressão,
tem-se:
dV
F = ∆pπ x 2 = µ ( ∆l 2π x )
dx
28
28
14
17/03/2022
Escoamento Laminar
• Explicitando em função de dV: • O perfil da velocidade terá assim,
na secção do tubo a forma duma
∆p
v x
0
dV = -
2µ ∆ l r
x dx parábola, ou paraboloide se
considerado o volume:
• Pela integração vem:
∆p
dV = x dx
2µ ∆ l
• ou seja:
∆P
V=
4µ ∆ l
(r 2
- x2 )
• A velocidade será máxima no eixo
do tubo, x = 0, e terá o valor:
∆p r 2
Vmáx = 29
4µ ∆ l
29
30
30
15
17/03/2022
Escoamento Laminar
• A velocidade a uma • A velocidade média,
distância qualquer do tubo, 0,5 =á0 é obtida á
será dada por: distância:
x 2 r
vx = vmáx 1 − x= = 0,707 r
r 2
• O perfil de velocidades num
escoamento laminar é
parabólico:
31
31
Escoamento Laminar
• O escoamento laminar, onde as • Variando um ou mais destes
forças de viscosidade são fatores obtém-se um valor
dominantes verificam-se denominado crítico, para o nº
principalmente em: de Reynolds, a partir do qual o
− tubos de pequeno diâmetro; escoamento se converte em
− velocidades baixas; turbulento.
− no escoamento de fluidos • O valor mais exato, pois
muito viscosos; depende dos dispositivos de
− ou seja para pequenos nº de ensaio, é :
Reynolds. Re = 2.320
considerando-se na prática
arredondado para:
Re = 2.300
32
32
16
17/03/2022
Escoamento Laminar
Re < 2.300
• Este valor corresponde à velocidade abaixo da qual toda
a turbulência é amortecida pela viscosidade do fluido.
• Entre os regimes perfeitamente laminar e o turbulento
completamente desenvolvido, existe uma zona dita de
transição.
• A transição é uma zona instável, aparecendo por vezes
a turbulência para números de Re < 2320, mas após
um pequeno percurso de estabilização livre de
perturbações volta a reaparecer o regime laminar.
33
33
Escoamento Laminar
• Podem também ocorrer escoamentos laminares para o nº
de Reynolds acima do valor crítico, contudo nestes casos
não é possível que um escoamento turbulento que
entretanto se forme, volte a ser laminar.
34
34
17
17/03/2022
Escoamento Turbulento
• O escoamento turbulento • Estes remoinhos não sendo
perfeitamente estabelecido dominados pelas forças de atrito
considera-se para números de interno das partículas voltam sempre
a renovar-se, de tal modo que
Re > 4.000 permanece sempre um valor médio
• No regime turbulento as na secção do tubo dando origem a
partículas do fluido para além de uma dada distribuição de velocidade.
se moverem paralelamente, • Devido ao movimento transversal as
movem-se também partículas são transportadas
perpendicularmente ao eixo de lentamente desde a proximidade da
tubo de tal modo que as parede até ao eixo do tubo e daí em
trajetórias do fluido se sentido inverso, com maior
influenciam mutuamente dando velocidade até à parede.
origem à formação de pequenos • Deste intercâmbio de velocidades
resulta um perfil mais aplanado
remoinhos. quando comparado com o regime
laminar.
35
35
Escoamento Turbulento
36
18
17/03/2022
Escoamento Turbulento
• Num escoamento turbulento adotam-se perfis de
velocidades obtidos de relações empíricas.
• Por exemplo, a lei exponencial empírica considera um perfil
do tipo:
3 A
3 ? $ 1.
:
• Tal equação não pode ser aplicada próxima à parede (R=0) já
que o gradiente de velocidade é infinito.
• Contudo pode ser utiliza para y/R < 0,004 sendo y= R – r.
37
37
Escoamento Turbulento
• O termo n depende do número de Reynolds como mostra a
figura.
• O valor para n=7 é geralmente utilizado com precisão
razoável em muitas situações reais.
• Também podemos utilizar a expressão: B 1,85 D E :F .
1,96
38
Expoente n do perfil da lei exponencial de velocidade turbulento
38
19
17/03/2022
Escoamento Turbulento
• A fig. mostra um perfil turbulento
utilizando a expressão exponencial com
n=6 e n=10.
• Para comparação também se mostra o
perfil laminar de velocidade.
• Observa-se que os perfis turbulentos
são muito mais “achatados” que os
laminares.
• O achatamento aumenta com o número
de Reynolds isto é, com o aumento de n.
• A razão entre a velocidade média ( v ou
V ) e a velocidade máxima (Vmax) para Perfil de velocidades num tubo
um perfil exponencial de velocidade é
J
I L
dada por:
K M M
39
39
Perfil de velocidades
• Quanto maior for o nº de
Re mais plano será o perfil
e tanto mais uniformes
serão as velocidades na
seção do tubo.
40
40
20
17/03/2022
Rugosidade
41
41
Rugosidade
• O estado da superfície interna das tubagens pode ser
caracterizado pela rugosidade das respetivas paredes,
• A influência no escoamento dos fluidos é tanto maior
quanto menor for o diâmetro da tubagem.
• É pois necessário analisar simultaneamente estes 2
fatores para se determinar a incidência no escoamento.
• Há que distinguir entre:
Rugosidade absoluta ε, que é a altura média das
rugosidades da parede
Rugosidade relativa ε/D, que é o cociente entre a
42
rugosidade absoluta e o diâmetro da tubagem
42
21
17/03/2022
Rugosidade
• A rugosidade absoluta ε depende do tipo de material da
conduta e do seu acabamento.
• Representa o valor médio das alturas da rugosidade da
parede interna da conduta.
• A Tabela dada mostra os valores da rugosidade absoluta
para os materiais típicos de condutas industriais utilizadas
para o escoamento de fluidos.
43
43
Rugosidade
Rugosidade absoluta (mm) de condutas industriais
Material da Tubagem Rugosidade absoluta, ε (mm)
Cobre, latão, chumbo. polietileno 0,001 a 0,002
Aço rebitado 0.9 a 9
Aço comercial 0,045 a 0,09
Aço galvanizado 0,015 a 0,20
Com revestimento plástico 0,005 a 0,0075
Tubo liso (estirado) 0,0015
Ferro fundido - novo 0,25 a 0,8
- usado 0,8 a 1,5
- incrustado 1,5 a 2,5
Chapa ou Fe fundido asfaltado 0,01 a 0,015
Cimento (sup.lisa) 0,3 a 0,8
Cimento (sup.bruta) 1 a 2,5
Betão grosseiro 4 a 5 44
44
22
17/03/2022
45
45
espessura da
Nº Reynolds
camada limite δ
105 0,0026 d
5x105 0,0007d
106 0,0004 d 46
46
23
17/03/2022
47
48
24
17/03/2022
Experiência de Nikuradse
• Em 1933, J. Nikuradse publicou um trabalho resultados de
experiencias para a determinação do fator de atrito f.
• O ensaio consistia em tubos lisos com parede interna
revestida com grãos de areia (≅ esféricos) com granulometria
controlada criando assim uma rugosidade uniforme e
artificial de valor ε, correspondente ao diâmetro do grão de
areia.
• A relação entre o fator de atrito f, o número Re e a
rugosidade relativa artificial ε /D.
• A figura abaixo representa o gráfico denominado Harpa de
Nikuradse no qual se tem um resumo. 49
49
Experiência de Nikuradse
• A experiência de Nikuradse com grãos de areia é
paradigmática:
Fator de atrito para
Coeficiente de atrito (f)
tubos rugosos:
εr
εr
1 = - 2 log ε / D
3.7
εr ƒ
εr
εr
εr
50
25
17/03/2022
Experiência de Nikuradse
Para avaliar o efeito da rugosidade relativa (εr) das paredes dos tubos sobre o
fator de atrito (f), Nikuradse, em 1933, decidiu utilizar tubos lisos de vidro
cuja parede interna esteve revestida com grãos de areia esféricos de
tamanho uniforme.
Desta forma, Nikuradse determinou o fator de atrito, sob condições
controladas e bem determinadas de εr.
válvula para
controlo do 51
caudal
51
52
52
26
17/03/2022
região crítica
f não é caracterizado
53
53
54
27
17/03/2022
55
56
56
28
17/03/2022
57
57
V – Turbulento rugoso
f = F (ε/D) para um tubo com ε/D constante f é constante
58
58
29
17/03/2022
59
59
60
60
30
17/03/2022
61
61
τ0
f =
1
ρV 2
2 ε d
Tubos lisos
ρVD
Re =
µ
62
31
17/03/2022
63
64
64
32
17/03/2022
65
_ Q_ Qab, cb ?d ⁄
• `]L `ab,cbL ?
1,839 =⁄)
K] ,hci ab,cb
• :F g . ja bkl
4,896 a 10m
n b,bbc ?
• 0,01
] b,cb ?
^ KL cbb ,hciL
• op O] \
q, qrs a b,cb a ai,h
t, uu v 66
66
33
17/03/2022
z{|} ~•€}
• 2,26 =⁄)
K] , P ab, b
• :F g b,Qca bkl
5,256 a 10m
n ,Q a bkl ?
• 0,000024
] b, b ?
^ KL bb , PL
• op O q, qyr a a r, rs v 67
] \ b, b ai,h
67
^ KL bb ,bcjL
• op O] \
q, qwy a b,b m
a ai,h
tx, r• v
68
68
34
17/03/2022
112
112
35
18/03/2022
Aula 05
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
69
1
18/03/2022
70
70
– + +𝑧 +𝐻 −𝐻 −ℎ = + +𝑧
ℎ Perdas de energia pelo sistema devido ao atrito nas condutas (perda de carga por
comprimento de conduta) ou perdas de carga localizadas devido à presença de 71
válvulas e conectores e outros acessórios inseridos na rede.
71
2
18/03/2022
72
72
73
3
18/03/2022
74
74
75
75
4
18/03/2022
p1 V12 p2 V22
z z hf
g 2g 1 g 2g 2 76
76
P
h f z
g
• Considerando a equação de quantidade de movimento para
volume de controlo aplicada no sentido do escoamento e as
forças devidas à pressão, mássicas e de atrito entre o fluido e
as paredes e designando por P o perímetro da área molhada:
P r 2 g r 2 L sen tubo 2r L 0
77
77
5
18/03/2022
78
79
6
18/03/2022
80
80
81
7
18/03/2022
82
83
8
18/03/2022
Regime Laminar
• Método alternativo semelhante para identificar o 𝑓:
du 2 Vmax V
tubo = e V max
dr r R R 2
8 V
tubo
D
V
8 8
8 tubo D 64 μ 64
f =
V 2 V 2
VD Re 84
84
Regime Laminar
• No escoamento laminar o fator de atrito () é função
somente do número de Reynolds.
• é independente da natureza da parede do tubo e portanto
poderá ser aplicado não só a tubos lisos mas também aos de
paredes rugosas
85
85
9
18/03/2022
Regime Laminar
Laminar
86
86
87
10
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88
𝐿𝑉
ℎ =𝑓
𝐷 2𝑔
89
11
18/03/2022
Regime Turbulento
Comportamento hidráulico liso da parede do tubo
(PVC, PEAD, etc.)
• Vários estudos e fórmulas • Blasius, propôs uma fórmula
propostas ressalta a teoria de alternativa que embora limitada
Prandlt sobre camada limite no seu campo de validade, tem a
laminar: vantagem de ser explicita:
90
Fórmula de
Blasius
91
91
12
18/03/2022
Regime Turbulento
Zona de transição entre comportamento liso e rugoso
• Para esta zona de transição • Uma alternativa é utilizar uma
propôs Colebrook uma fórmula equação explícita (ou Miller),
que é atualmente considerada válida para 5,0 × 103 < 𝑅𝑒 < 1 × 108:
como a que melhor traduz os
fenómenos do escoamento em
regime turbulento: 𝜀
𝑓 = 0,25 𝑙𝑜𝑔 𝐷 + 5,74
1 = - 2log ε + 2.51 3,7 𝑅𝑒 ,
ƒ 3.7 D Re ƒ
(Colebrook) (Miller)
• Como tal equação de Colebrook é
Nota: Utilizando a Eq. acima encontram-se valores
do tipo transcendente deve ser de 𝑓 com margem de erro de +/− 1% comparados
utilizado um procedimento com os obtidos com a Eq. de Colebrook, para: 𝜀/𝐷
iterativo para determinar f. de 1,0 × 10 , 𝑖. 𝑒. 0,0001 , até 1 × 10 , 𝑖. 𝑒.,
92
0,000001 .
92
Regime Turbulento
Zona de transição entre comportamento liso e rugoso
• Alguns exemplos selecionados em função da frequência das respetivas
citações na literatura especializada.
93
93
13
18/03/2022
f = F (Re, ε/D)
94
94
Regime Turbulento
Tubos Hidraulicamente Rugosos
• O fator de atrito depende unicamente da rugosidade relativa e pode
ser determinado pela equação:
Von Karman
1 = - 2log ε / D
3,7
ƒ
95
95
14
18/03/2022
f = F (ε/D)
96
96
Diagrama de Moody
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
REDES DE FLUIDOS
97
97
15
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98
98
99
99
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100
100
L V 2
P1 P2 f gh
2D
onde, P1, P2 - pressão de entrada e de saída, respectivamente (N/m2 ; Pa)
L - comprimento do tubo entre 1 e 2 (m)
D - diâmetro interior de tubagem (m)
V - velocidade de fluido (m/s)
17
18/03/2022
Diâmetro hidráulico
• Para uma conduta não circular o conceito desenvolvido
anteriormente continua válido, mas algebricamente o caso
complica-se.
• As equações de perda de carga estudadas podem ser
aplicadas a condutas com secções não circulares utilizando a
definição de diâmetro hidráulico (Dh).
• Para o escoamento laminar aplicam-se exatamente as
mesmas equações da continuidade e do movimento.
102
102
Diâmetro hidráulico
• Para o escoamento turbulento, a lei logarítmica do perfil de
velocidades poderá ser usada com uma aproximação
excelente considerando o diâmetro hidráulico.
• Para uma conduta não circular, o conceito do volume de
controlo é válido mas a área da secção reta não é mais r2 e
o perímetro molhado P não é 2r.
103
103
18
18/03/2022
Diâmetro hidráulico
• Considerando um tubo horizontal, a equação do movimento
resulta:
pA gALsen tuboΡL 0
p L
hf z tubo
g g A Ρ
• Estas equações são iguais às anteriores com exceção de que:
a) A tensão de corte é um valor médio integrado ao redor
do perímetro
104
b) A dimensão A/ P substitui o valor do raio do tubo (Rh).
104
Diâmetro hidráulico
• Para efeitos de cálculo uma conduta não circular é
caracterizada, pelo seu raio hidráulico definido como:
105
19
18/03/2022
Diâmetro hidráulico
• Para uma conduta retangular, largura b e altura h:
– A = área da secção transversal = b x h
– = perímetro molhado = 2 x ( b + h )
106
Diâmetro hidráulico
• Diversas geometrias de tubulações
107
107
20
18/03/2022
108
108
21
19/03/2022
Aula 06
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
19/03/2022
Perdas de carga
• Sabe-se que no escoamento de − A esta energia dissipada pelo
fluidos reais, parte de sua fluido denomina-se de perda de
energia dissipa-se em forma de carga (hp ou hf ou ΔH), que tem
calor e na turbulência que se dimensão linear e representa a
formam na corrente fluida; energia perdida pelo líquido por
• Essa energia é dissipada para o unidade de peso, entre dois
fluido vencer a resistência pontos do escoamento.
causada pela sua viscosidade e a − A perda de carga é uma função
resistência provocada pelo complexa de diversos elementos
contato do fluido com a parede tais como:
interna da tubagem e também − Rugosidade do tubo;
para vencer as resistências − Viscosidade e densidade do
líquido;
causadas por peças de adaptação − Velocidade de escoamento;
ou ligações (curvas, válvulas, ....). − Grau de turbulência do
movimento;
3
− Comprimento percorrido.
Perdas de carga
Perdas de carga distribuídas
• Com o objetivo de possibilitar a • Ocorrem em troços retilíneos das
obtenção de expressões tubagens;
matemáticas que permitam • A pressão total imposta pela
prever as perdas de carga nas parede dos tubos diminui
tubagens, elas são classificadas gradualmente ao longo do
em: comprimento;
− Contínuas ou distribuídas; • Permanece constante a
− Localizadas. geometria de suas áreas
molhadas;
• Essa perda é considerável se
tivermos troços de tubagem
relativamente compridos;
• Existem várias equações para o
cálculo da perda de carga 4
contínua nos troços de tubagem.
4
2
19/03/2022
Perdas de carga
Perdas de carga distribuídas Perdas de carga localizadas
• De entre as quais se salientem: • Ocorrem em troços singulares
− Equação de Darcy Weisbach; das tubagens, tais como: uniões,
− Equação de Flamant.; derivações, curvas, válvulas,
− Equação de Fair-Whipple- entradas, saídas, etc;
Hsiao; • As diversas peças necessárias
− Equação de Hazen-Williams; para a montagem da tubagem e
− Equação de Manning- para o controlo do fluxo do
Strickler. escoamento, provocam uma
variação brusca da velocidade
(em módulo ou direção),
intensificando a perda de
energia;
Perdas de carga
• Exemplos de acessórios de ligação
3
19/03/2022
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
4
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10
10
5
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11
11
12
12
6
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Válvula Reservatório
secionamento
Válvula de
retenção
Bomba
União
Motor
Válvula
elétrico
secionamento
Curva 90º
Reservatório
Entrada
Válvula de pé c/
crivo e válvula
de retenção 13
13
14
7
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15
15
Abaco da formula de
Hazen-Williams para
C=100
16
16
8
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17
17
2 2
1
• Se 1 2:
∆
64 18
2
18
9
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19
20
20
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Diagrama de Moody
21
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5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
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25
6 89 :;
6 ⁄2 1 -
2
2
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27
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30
30
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31
31
32
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Entrada com (a) tubo para dentro (b) cantos vivos e (c) cantos arredondados
33
33
Expansão abrupta
• Numa expansão abrupta o fluido tem o escoamento de uma
conduta de seção menor para uma outra de seção maior.
• A velocidade cai abruptamente formando-se uma região de
turbulência e recirculação de fluxo a qual provoca uma
perda de carga proporcional à relação das seções dos tubos.
• A perda de carga localizada é determinada pela expressão:
E E
6 1
2 2
Onde V é a velocidade média da conduta menor.
17
19/03/2022
Contração Abrupta
• Neste tipo de elemento, a perda de carga é originada pela
contração das linhas de corrente formando uma veia
contracta e regiões de recirculação de fluxo.
35
36
36
18
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37
Contração Gradual
• A perda de carga depende da relação de diâmetros e do
ângulo da contração.
38
38
19
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:;
-
40
40
20
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41
42
42
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43
44
44
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perdas de carga.
45
46
46
23
19/03/2022
Velocidades Recomendadas
Fluido Velocidade (m/s)
Água fria (em geral) 1 a3
Água quente 2 a3
Fluidos viscosos 1 a 1,5
Aspiração de bombas 0,5 a 1
Aspiração de bombas (fluidos viscosos) 0,3 a 0,5
Oxigénio 3 a8
Gases (BP) 3 a 10
Gases (AP) 15 a 20
Vapor saturado húmido 20 a 40
Vapor saturado seco 30 a 50
Vapor sobreaquecido 40 a 60
47
47
Problemas do tipo 2 – N (H , ), J
1. Escrever a eq. da energia introduzindo as grandezas conhecidas;
2. Expressar a perda de carga em função da velocidade e do fator de atrito
) ( H , -J
3. Explicitar a velocidade em função do fator atrito ( - ;
4. Expressar o número de Reynolds em função da velocidade ( ;
5. Calcular a rugosidade relativa Q/ ;
6. Selecionar um valor inicial do fator de atrito - -R tomando como
referência o valor da rugosidade relativa Q/ e admitir um Re na faixa
turbulenta;
7. Calcular a velocidade em função do fator de atrito assumido STU (H-J;
8. Calcular o número de com a nova velocidade ( H STU J;
9. Com STU e Q/ obter um novo valor do fator de atrito - -STU ;
10. Se -STU V -, adotar - -STU e repetir o procedimento a partir do passo 7 até
convergir o valor da fator de atrito.
• A solução do problema é encontrada quando o fator de atrito converge, 48
24
19/03/2022
Problemas do tipo 3 – D (H , , )J
49
50
25
26/03/2022
Aula 07
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
26/03/2022
2
• A equação de Bernoulli, expressa da forma acima, sugere uma
representação gráfica do nível de energia mecânica de um
escoamento.
• Cada termo tem dimensões de comprimento, ou “altura de carga”
do fluido em escoamento. 3
PCE
2
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6
H1 = H2 = H3 = Cte.
6
3
26/03/2022
1 Plano de Energia
h1 h2 h3 Linha das
pressões
2 3 Sem escoamento
Plano de referência
H1 = H2 = H3 = Cte.
7
h1 Linha das
h2 h3 pressões
2 3
Plano de referência
H1 = H2 = H3 = Cte
8
4
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h1 p2 = h2.γ
p3 = h3.γ
2 3
H1 = H2 = H3 = Cte 9
• Ponto 1 0
!
• 0 # #é %&
10
10
5
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11
12
6
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14
7
26/03/2022
15
15
Perda de carga
• A perda ao longo da tubagem
é uniforme em qualquer troço ,-.→0
de dimensões constantes,
independente da posição da
conduta.
16
16
8
26/03/2022
Perda de carga
,-.→0
H1
H2
p1 V2 p V2
+z1+ 1 = 2 +z2 + 2 +ΔH
,-.→0
12
γ 2g γ 2g
17
17
p1 V12 p2 V22
+z1+ = +z2 + +ΔH,-.→0
12
γ 2g γ 2g
• Significado das parcelas
p V2
H= + +z
γ 2g
18
9
26/03/2022
,-.→0
p
LP= +z
γ 19
19
Perda de carga
,-.→0 ,-.→0
20
20
10
26/03/2022
h1 p 2 = h 2. γ
p 3 = h 3. γ
2 3
21
9 . 0
34 8 ;
:7 07
9
36 ;
:7
. 0
34 5 36 8
07
22
22
11
26/03/2022
23
23
do troço
do troço
24
24
12
26/03/2022
hf saída
25
25
26
26
13
26/03/2022
Propriedades da LP e LE
• Conforme a velocidade tende para zero, a LP (HGL) e a LE (EGL)
aproximam-se uma da outra.
• A LE e a LP inclinam-se para baixo na direção do escoamento devido à
perda de carga distribuída no tubo. Quanto maior é a perda por
unidade de comprimento, maior é a inclinação.
• A mudança abrupta ocorre na LP e na LE sempre que ocorre uma perda
devido a uma mudança súbita de geometria ou perda de carga
localizada.
• Ocorre um salto na LE e na LP quando energia útil é adicionada ao
fluido, como acontece com uma bomba e uma queda ocorre se
energia útil é extraída do escoamento, como ocorre com uma turbina.
• Se a LP passa através do tubo a pressão é zero. Se a LP passa
abaixo da linha do centro do escoamento a pressão é negativa
(zona de vácuo). 27
27
Problema 4.1
28
28
14
26/03/2022
Problema 4.1
• Um óleo com ρ = 900 kg/m3 e ν = 0,0002 m2/s escoa-se no
sentido ascendente num tubo inclinado. A pressão e a elevação
são conhecidas nas secções 1 e 2, que estão afastadas 10 m.
Considerando um escoamento laminar estacionário.
a) Verifique se o escoamento se dá no sentido ascendente, de
1 para 2.
b) Calcule hf entre 1 e 2.
c) Calcule o caudal Q.
d) Determine a velocidade de escoamento (V).
e) Determine o número de Reynolds (Re).
29
29
Problema 4.1
Resolução
a) Verifique se o escoamento se dá no sentido ascendente, de 1
para 2.
Z2 = ∆L × sen 40º = 10 m × sen 40º = 6,43 m
30
15
26/03/2022
Problema 4.1
Resolução
b) Calcule 1< entre 1 e 2.
Nota: Verifica-se que o tubo tem uma perda de carga de ± 12,5 %. Muito
acima do recomendado.
31
31
Problema 4.1
Resolução
c) Calcule o caudal Q Cal. Aux.:
Para se determinar Q utiliza-se a µ =ρ×ν
equação de Darcy para escoamento µ = 900 kg/m3 × 0,0002 m2/s
laminar µ = 0,18 kg/(m.s)
A= π D2/4
64 64 µ ??? Q = π D2/4 .V → V = 4 Q /(π.d2)
f = = Q= A . V
Re ρ VD
64 µ L V 2 128 µ LQ π ρ gD 4 × h f
∴ hf = = Q=
ρ VD D 2g πρ gD 4 128 µ L
π × 900 × 9 ,807 × 0 ,06 4 × 4 ,9
Q= = 0 ,0076 m 3 s
128 × 0 ,18 × 10 32
32
16
26/03/2022
Problema 4.1
Resolução
d) Determine a velocidade de escoamento (V)
A velocidade determina-se por H/I
Q 0,0076
V = = = 2,7 m s
π r2 π 0,032
e) Re
O número de Reynolds determina-se por
VD 2,7 × 0,06
Re = = = 810 ∴ Re < 2300 Escoamento laminar
ν 0,0002
33
33
Problema 4.2
• A máquina M necessita para um perfeito funcionamento de um caudal de
água de arrefecimento de 4 l/s a uma pressão de 0,5 bar acima da pressão
atmosférica.
• O reservatório tem um nível de água mínimo de 8 m acima da máquina.
• Verifique a viabilidade da instalação e trace as linhas piezométrica e de carga.
Dados:
Água viscosidade ν = 10
−6
• m2 s
• Tubo ferro galvanizado Dint=50 mm
8m • Kt=0,5 (saída de tanque)
• Kv=1 (válvula)
M
34
50 m 50 m
34
17
26/03/2022
Problema 4.2
Resolução
• Identificar os pontos singulares
L NL
• Cálculo da Velocidade : H .I ⟹ ⟹Q 2,037 #/
M OP
35
Problema 4.2
Resolução
Coeficiente de atrito Diagrama de Moody f=0,027
Regime turbulento
Y 0,15
← 0,003
S 50
36
36
18
26/03/2022
Problema 4.2
Resolução
,Z [
• Cálculo da altura cinética do escoamento: 0,2 #
\ ],^
37
37
Problema 4.2
Resolução
Cálculo das perdas de carga singulares
2,037
12 _ 0,5 ` ≅ 0,1 #
2 2 ` 9,8
2,037
12 ,c _ 1 ` ≅ 0,2 #
2 2 ` 9,8
Cálculo da linha de carga, ao longo da tubagem:
v 2 P0
H0 = + + z0 = 0 + 0 + 8 = 8 m ∴ Não satisfaz
2g γ
H1 = H 0 − h f1 = 8 − 0,1 = 7,9 m Possíveis soluções:
• Elevar o reservatório;
H 2 = H1 − h f1, 2 = 7,9 − 5,4 = 2,5 m
• Instalar uma bomba à saída do
H 3 = H 2 − h f 2 , 3 = 2,5 − 0,2 = 2,3 m reservatório;
H 4 = H 3 − h f 3, 4 = 2,3 − 5,4 = −3,1 m • Pressurizar o reservatório; 38
• Aumentar o diâmetro da tubagem.
38
19
26/03/2022
Problema 4.2
Resolução
Linhas piezométrica e de carga
39
39
40
20
26/03/2022
Aula 08
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
26/03/2022
Velocidades Recomendadas
Fluido Velocidade m/s
Água fria (em geral) 1a3
Água quente 2a3
Fluidos viscosos 1 a 1,5
Aspiração de bombas 0,5 a 1
Aspiração de fluidos viscosos 0,3 a 0,5
Oxigénio 3a8
Gases (BP) 3 a 10
Gases (AP) 15 a 20
Vapor saturado húmido 20 a 40
Vapor saturado seco 30 a 50
Vapor sobreaquecido 40 a 60
4
2
26/03/2022
Problema 5.1
• Pretende-se que uma bomba com
pressão de saída P1 = 45 psi(g)
envie um caudal de 200 m3/h, para
um reservatório com pressão Pr =
10 psi(g), através de uma tubagem
com as dimensões indicadas.
• Considere o fluído um líquido com
= 9,5 N/dm3 (kN/m3) e
viscosidade ν =550 cSt
a) Determine o diâmetro da
tubagem.
5
Problema 5.1
Dados:
• Comprimento dos trechos retos de tubo:
1 4 ; 88 ; 3 75 ; 4 7 .
• Valor máximo do caudal: 200 3/ .
• Cotas de elevação:
1 1 0,85 ;
2 2 13,7 .
• Pressão de saída da bomba: "1 45 #$ % ≅ 310 '"(.
• Altura máxima do líquido no reservatório: ) 9 .
• Pressão máxima no reservatório: r 10 #$ % ≅
69 '"(.
• Peso específico do fluido: 9,5 -/. 3.
6
36 2/#4
• Viscosidade cinemática: / 550 01 210
3
26/03/2022
Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m
4m vertical
z1=0,85m P1
Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m
75 m horizontal p v 2
h + + = cte EF ;
F
3 E ; G
γ 2g H
88 m horizontal
F
P1 310
• Energia no ponto 1 z1 +
γ
= 0,85 +
9,5
= 34,11 m
4m vertical
P2 154,5 kPa
• Energia no ponto 2 z2 +
γ
= 13,7 m +
9,5 kN m3
= 29,96 m
z1=0,85m P1
4
26/03/2022
Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m
Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m
d) Cálculo do comprimento equivalente:
• Utilizar o método dos comprimentos equivalentes, tubo
DN 250
7m vertical L = 4+88+75+7=174 m
2 válvulas cunha 2 X 1,7 = 3,4 m
1 válvula retenção 1 X 20 = 20 m
75 m horizontal
4 curvas 90 º 4 X 5,5 = 22 m
1 entrada 1 X 7,5 = 7,5 m
88 m horizontal
NO 174 ; 3,4 ; 20 ; 22 ; 7,5 226,9
e) Cálculo da perda de carga
4m vertical IQ
Equação de Hagen-Poiseuille: P" 32
M
∴ δP = hl ρg
z1=0,85m hl µ .V ν .V 32 × 5,5 × 10 × 1,09
−4
P1 = 32 = 32 = = 0,03 m / m
L ρ gD 2 gD 2 9,81 × 0,2545 2
• Ou seja 3 mca por cada 100 m de comprimento de tubo.
• Perda de carga total =226,9 x 3/100 = 6,85 m.
• Portanto, é maior que a disponível ∆ 4,15 S 6,8510 .
∴ passar para diâmetro superior 300 mm e repetir os cálculos
10
5
26/03/2022
11
11
Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m
f) Repetir o cálculo com novo valor de diâmetro
12
6
26/03/2022
Desenho esquemático
Pr
hr=9 m Problema 5.1
Z2=13,7m Resolução
• Vamos utilizar o método dos comprimentos equivalentes,
tubo DN 300
7m vertical L = 88+75+4+7=174
2 válvulas cunha 2 X 2,1 = 4,2 m
1 válvula retenção 1 X 24 = 24 m
75 m horizontal
4 curvas 90 º 4 X 6,1 = 24,4 m
1 entrada 1X9 =9m
88 m horizontal
NO 174 ; 4,2 ; 24 ; 24,4 ; 9 235,6
Perda de carga unitária
4m vertical
_ 235,6 < 0,015 / 3,53
z1=0,85m P1 ∴ Menor que a disponível ∆ 4,15 ` 3,53 .
Portanto considera-se esta solução suficientemente
aproximada
13
13
14
14
7
26/03/2022
Regra 1: Q1 = Q2 = Q3 = Constante
V1 D12 = V2 D22 = V3 D32
Regra 2: ∆hA→B = ∆h1 + ∆h2 + ….+ ∆hN
V12 f1 L1 V22 f 2 L2 VN2 f N LN
∆h A→ B =
2g D1
+ k1 + + k 2 + ... + + kN
2g D2 2g DN 15
15
Problema 5.2
• Considere três condutas dispostas em série, em que a perda
de pressão total entre as suas extremidades é de PA – PB = 150
kPa, e o respetivo desnível geométrico zA – zB = 5 m.
• Calcule o caudal em escoamento, considerando que o fluido é
água com as seguintes propriedades físicas:
ρ = 1.000 kg/m3 e ν = 1,02 × 10-6 m2/s
16
16
8
26/03/2022
3 80 4 0,20 0,005
17
17
Problema 5.2
Resolução
• A perda de carga total ao longo do sistema é de:
b 3 c 150.000 "(
∆ b→c ; Eb 3 Ec ; 5 20,3
d% 1.000 '%⁄ ^ < 9,81 ⁄#
d 12 16 d12
V2 = V = V1
2 1
e V3 = V1 = 4V1
d2 9 d 32
V2 d 2 4
Re 2 = Re1 = Re1 e Re 3 = 2 Re1
V1d1 3
18
18
9
26/03/2022
Problema 5.2
F 100 150 16 ^ 80
Resolução M F
UF U
0,08 F M
U IF
0,06
U
9 M^
U^ IF U 4
0,04 ^
19
Problema 5.2 V2 d 2 4
Re 2 = Re1 = Re1 e Re 3 = 2 Re1
Resolução V1d1 3
V1 = 0,565 m/s
1
Q = π d12 V1 = 2,84 × 10−3 m 3 s
4
(10,2 m h )3
d 12 16 d12
V2 = V1 = V1 e V3 = V1 = 4V1
d 22 9 d 32 20
20
10
26/03/2022
3
1
2
21
21
1 ; 2 ; 3 $
‒ A perda de carga entre os pontos de junção (A e B), será a mesma para
todos os ramais.
J g 1 2 3
22
22
11
26/03/2022
Problema 5.3
• Considere as três condutas do problema anterior agora
dispostas em paralelo, em que a perda de carga total em cada
um dos tubos entre as suas extremidades é de 20,3 m.
• Calcule o caudal em escoamento desprezando as perdas de
carga localizadas, considerando que o fluido é o mesmo:
Conduta L [m] D [cm] ε [mm] ε/d
3 80 4 0,20 0,005
23
23
Problema 5.3
Resolução
V12 V2 V2
20,3 m = × 1250 f1 = 2 × 2500 f 2 = 3 × 2000 f 3
2g 2g 2g
• Conduta 1: estima-se o fator de atrito no diagrama de Moody, com ε/D e
considerando um regime turbulento, com base no qual calcula-se:
ν = 273.000
f1 = 0,0262 V1 = 3,49 m/s e Re1 = V1d1/ν
• Pelo diagrama de Moody com o valor da rugosidade e do número de Reynolds
determina-se:
f1 = 0,0267 V1 = 3,46 m/s e Q1 = 62,5 m3/h 24
24
12
26/03/2022
Problema 5.3
Resolução
V12 V2 V2
20,3 m = × 1250 f1 = 2 × 2500 f 2 = 3 × 2000 f 3
2g 2g 2g
Conduta 2:
• Repetindo o método anterior temos:
ν = 153.000
f2 = 0,0234 V2 = 2,61 m/s e Re2 = V2d2/ν
• Pelo diagrama de Moody determina-se e calcula-se:
f2 = 0,0246 V2 = 2,55 m/s e Q2 = 25,9 m3/h
25
25
Problema 5.3
Resolução
V12 V2 V2
20,3 m = × 1250 f1 = 2 × 2500 f 2 = 3 × 2000 f 3
2g 2g 2g
26
∴ Estes 3 troços transportam 10 vezes mais caudal em paralelo do que em série.
26
13
26/03/2022
27
28
28
14
26/03/2022
29
29
Problema 5.4
• Considere que as três condutas dos problemas anteriores
ligam três reservatórios com a superfície da água às cotas:
E1 20 E2 100 E3 40
• Determine o caudal em cada uma das condutas, desprezando
as perdas de carga localizadas.
Resolução
• Como primeira aproximação estabelece-se a cota piezométrica
da junção igual à cota da superfície livre do reservatório
intermédio j E3 40 , isto quer dizer que 3 0.
30
30
15
26/03/2022
Problema 5.4
Resolução
• Como primeira aproximação
estabelece-se a cota piezométrica
da junção igual à cota da
superfície livre do reservatório
intermédio j E3 40 , z1 = 20 m z2 = 100 m z3 = 40 m
isto quer dizer que 3 0.
3/
Reservatório j, E$ 3 j U$ I$ , /# $, $ /.$
2
V f 1 L1
∆h 1 = 1
= z1 − h j 1 40 -20 0,0267 -3,43 -62,1 1250
2g d1
2
V f 2 L2
∆h 2 = 2
= z2 − h j 2 40 60 0,0241 4,42 45,0 2500
2g d2
2
V f 3 L3
∆h 3 = 3
= z3 − h j 3 40 0 0 0,0 2000
2 g d3
ΣQ= -17,1
ƒ (Di ) A = πD2/4 Q = V.A 31
31
Problema 5.4
Resolução
• Como o somatório dos caudais
em direção à junção é
negativo, k foi arbitrado
demasiado elevado, reduz-se
o seu valor para 30 m e repete-
se o cálculo.
3/
Reservatório j, E$ 3 j U$ I$ , /# $,
2
V f 1 L1
∆h 1 = 1
= z1 − h j 1 30 -10 0,0269 -2,42 -43,7
2g D1
2
V f 2 L2
∆h 2 = 2
= z2 − h j 2 30 70 0,0241 4,78 48,6
2g D2
V32 f 3 L3
∆h 3 = = z3 − h j 3 30 10 0,0317 1,76 8,0
2g D3
ΣQ= 12,9 32
ƒ (Di ) A = πD2/4 Q = V.A
32
16
26/03/2022
Problema 5.4
Resolução
• O somatório dos caudais em
direção à junção é positivo,
interpola-se para determinar
j 34,3 e repetir o
cálculo.
• Nesta iteração o resultado é aproximado, efetuando-se uma última iteração, tem-se:
j 34,53 3/
Reservatório j, E$ 3 j U$ I$ , /# $,
1 352,8 3/
2 47,0 3/
1 34,3 -14,3 0,0268 -2,90 -52,4
3 5,8 3/
0 2 34,3 65,7 0,0241 4,63 47,1
ΣQ= 0,7
∴O caudal 1 está na direção do reservatório 1 que é balanceado pelos 2 e 3 que saem dos 33
reservatórios 2 e 3, respetivamente.
33
Aula 09
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
34
17
26/03/2022
36
18
26/03/2022
Método de Hardy-Cross
Desenvolvimento da aplicação do método:
1. Atribuir um caudal para cada 3. Determinar a soma algébrica das
ramal. perdas de carga em cada malha.
Em cada malha, considerar os
Quando as somas forem nulas, ou
caudais com sinal positivo no
sentido dos ponteiros do relógio e aproximadamente nulas, os
com sinal negativo, no sentido caudais consideram-se corretos.
contrário.
4. Calcular os valores corretivos dos
2. Determinar a perda de carga em caudais, a aplicar em cada malha,
cada ramal. através da seguinte equação:
Em cada malha, considerar as 3∑V m
perdas de carga com sinal i
m ∑ V m]F
positivo no sentido dos ponteiros V ⟹
e com sinal negativo, no sentido 3∑ H
i
contrário. ∑ H⁄ 37
37
Método de Hardy-Cross
Desenvolvimento da aplicação do método:
5. Corrigir os caudais em todos os 3∑V m
ramais através da expressão do valor i
corretivo dos ramais. m ∑ V m]F
Esta correção para cada ramal é V ⟹
3∑ H
conseguida através da soma i
algébrica entre o valor corretivo para ∑ H⁄
a malha e o valor do caudal do ramal. Onde:
No caso de um ramal pertencer ∆Q Valor corretivo do caudal da malha;
simultaneamente a duas malhas terá
necessariamente duas correções, ∑ H Soma algébrica das perdas de carga
uma por cada malha. dos ramais da malha;
Serão, portanto, adicionados ∑ H ⁄ Somatório do cociente entre as
algebricamente os valores corretivos perdas de carga e o caudal de todos
de cada malha dos caudais iniciais os ramais da malha;
considerados. Valor função da equação utilizada na
O sinal do valor corretivo da malha determinação do caudal.
considerada, deverá ser contrário ao Nota: n=2 para a utilização da equação de38
da outra malha que tenha um ramal Darcy.
em comum.
38
19
26/03/2022
39
Exemplo de Redes em
Antenas e Malhas
40
40
20
26/03/2022
Método de Hardy-Cross
Problema 5.5
• Considere-se uma seção de uma rede
de distribuição de água de acordo
com o esquema anexo.
• Pretende-se determinar os caudais
em cada um dos ramais a partir da
distribuição inicial proposta e para os
coeficientes de resistência indicados.
• Resolução
Vamos considerar duas malhas,
considerando os contributos de RQn
positivos no sentido dos ponteiros do
relógio. 3pV 3pV
Assume-se o valor de 2 para o expoente n: i ∑ 2V ]F ∑ 2V 41
41
Método de Hardy-Cross
Problema 5.5 - Sequência do método:
1. Atribuir um caudal para cada ramal 3. Determinar a soma algébrica das
da rede. Em cada malha, considerar perdas de carga em cada malha.
os caudais com sinal positivo no Quando as somas forem nulas, ou
sentido dos ponteiros do relógio e aproximadamente nulas, os caudais
com sinal negativo, no sentido consideram-se corretos.
contrário. 4. Calculam-se os caudais pelas
2. Pressupondo conhecidos, o caudal, expressões:
comprimento, diâmetro e rugosidade 3∑V m
de cada ramal, determinar a perda de i
∑ V m]F
carga em cada ramal. Em cada malha, V m⟹
3∑ H
considerar as perdas de carga com i
∑ H⁄
sinal positivo no sentido dos
ponteiros e com sinal negativo, no
sentido contrário. Assume-se o valor de 2 para o
expoente n. 42
42
21
26/03/2022
Método de Hardy-Cross
Problema 5.5 - Sequência do método:
5. Corrigir os caudais em todos os 6. No caso dum ramal pertencer
ramais através da expressão do valor simultaneamente a duas malhas terá
corretivo dos ramais, vista no passo necessariamente duas correções, uma
anterior. por cada malha.
Esta correção para cada ramal é Serão, portanto, adicionados
conseguida através da soma algebricamente os valores corretivos
algébrica entre o valor corretivo para de cada malha dos caudais iniciais
a malha e o valor do caudal do ramal. considerados.
O sinal do valor corretivo da malha
considerada, deverá ser contrário ao
da outra malha que tenha um ramal
em comum.
43
43
1ª Iteração 20 R=5
h = RQ n
2 RQ
15
R=2 R=1
70 35
∆Q =
− RQ 2
∆Q = −
7425
≈ − 13
2 RQ 590
30 30
R=4
20 R=5
20
R=2 R=1
57 30
− 1325
∆Q = − ≈ 5
290 43 30
R=4
44
44
22
26/03/2022
2ª Iteração
20 R=5
Malha I
20
R=2 R=1
57 30
43 30
R=4
Malha II
45
45
3ª Iteração
20 R=5
17
R=2 R=1
58 33
42 30
R=4
Considera-se a aproximação
suficientemente boa.
46
46
23
26/03/2022
Problema 5.x
• Qual é a queda de pressão por unidade de comprimento [m] do tubo
quando 1,51 '%/# de vapor de R-22 a 36,7 ºr flui através de um tubo de
cobre com 74,8 de diâmetro interno?
Resolução
• Na Tabela A-6a o R-22 à temperatura de evaporação 36,7 ºr, o volume
específico é 0,05855 3/'% d 17,08 '%/ 3 , então o caudal é:
1,51 < 0,05855 0,0884 ^ ⁄#
47
Problema 5.x
48
24
26/03/2022
Problema 5.x
• O número Reynolds é:
s,FY<s,stYu<Ft,su
VW 2,2 < 10X (Re > 4.000 ⇒ regime turbulento)
s,ssssFFt
v 0,000015
0,00002
M 0,0748
• A partir do diagrama de Moody, os valores acima de Re e ε/D, indicam que
o fator de atrito f é de 0,0108.
• Finalmente, substituir os termos aplicáveis na equação de queda de
pressão:
∆ 1 20,14
0,0108 < < < 17,08 500 "( ⁄
0,0748 2 49
49
50
25
16/04/2022
Bombas (1)
Aula 10
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
16/04/2022
BOMBAS
Introdução
Introdução
• Na indústria existe uma série de sistemas e equipamentos que utilizam
máquinas para movimentação e transporte de fluidos;
• Todos estes processos estão relacionados com a energia e seus processos
de transformação;
• A energia contida nos fluidos em movimento pode ser utilizada para
acionamento de máquinas de fluxo denominadas turbinas;
• As bombas e ventiladores são máquinas que recebem trabalho mecânico
através de motores e possibilitam transportar líquidos (bombas) e gases
(ventiladores) vencendo desníveis energéticos;
2
16/04/2022
BOMBAS
Classificação
Classificação
• As máquinas para a movimentação e o transporte de fluidos, i.e., as
máquinas de fluxo são utilizadas para adicionar ou retirar energia de um
fluido;
• Podem ser dinâmicas (turbomáquinas) ou volumétricas:
– Nas dinâmicas o aumento da pressão do fluido é contínuo;
– Nas volumétricas o aumento da pressão produz-se reduzindo o volume do
fluido confinado hermeticamente na câmara de compressão.
3
16/04/2022
Classificação
• Na figura apresenta-se uma classificação de máquinas de fluxo.
Classificação
• As turbomáquinas direcionam o escoamento através de lâminas, alhetas
ou pás solidárias ao rotor.
– Numa turbomáquina o fluido nunca permanece confinado no interior da
máquina, está sempre a circular.
– Numa máquina volumétrica o fluido permanece periodicamente confinado no
interior da máquina.
– Todas as interações de trabalho entre fluido-rotor de uma turbomáquina
resultam dos efeitos dinâmicos do rotor sobre a corrente de fluido.
– As turbomáquinas podem ser máquinas motrizes (ex: turbinas) ou geratrizes
(ex: bombas)
4
16/04/2022
Classificação
• As turbomáquinas apresentam os seguintes componentes básicos:
– Boca de entrada (Bombas: boca de aspiração);
– Rotor ou impulsor;
– Fiada de pás, lâminas solidárias ao rotor;
– Corpo, voluta ou difusor;
– Boca de saída (Bombas: boca de descarga).
• Bombas são máquinas geratrizes cuja finalidade é o de realizar o
deslocamento de um líquido por escoamento.
Classificação
Máquinas Geratrizes Característica Classificação
Bombas Hidráulicas • Bombas são máquinas Turbobombas
utilizadas para • Centrífugas
transporte de líquidos • Helicocentrífugas
vencendo a resistências • Axiais
de tubulações e
acessórios.
• Bombas de • Alternativas
deslocamento positivo;
• Altas pressões. • Rotativas
10
10
5
16/04/2022
Classificação
• As bombas promovem o deslocamento de líquidos
transferindo energia a estes fluidos de trabalho.
• As bombas classificam-se como turbobombas e
volumétricas:
11
Classificação de bombas hidráulicas
11
Classificação
As bombas classificam-se de acordo com o modo pelo qual é
feita a transformação do trabalho em energia hidráulica e o
recurso para cedê-la ao líquido aumentando a pressão ou a
velocidade em:
• Bombas de deslocamento positivo ou volumétricas;
• Turbo bombas;
• Bombas especiais.
12
12
6
16/04/2022
BOMBAS
13
13
14
7
16/04/2022
15
Figura: Bomba aspirante premente
15
16
8
16/04/2022
17
18
18
9
16/04/2022
19
19
BOMBAS
Bombas Rotativas
20
20
10
16/04/2022
Bombas rotativas
Palhetas
Um só rotor Pistão rotativo
Elemento flexível
Parafuso simples
Rotativas Engrenagens
Rotor lobular
Rotores múltiplos Pistões oscilatórios
duplos
Parafusos
múltiplos
• São vulgarmente empregues para líquidos viscosos sem partículas
abrasivas. 21
21
Bombas rotativas
• As bombas rotativas são diferentes das bombas de
descolamento positivo. Elas não apresentam válvulas
que permitam controlar o fluido na aspiração e na
descarga.
• Podem trabalhar com líquidos muito viscosos e com
sólidos em suspensão.
• Conseguem atingir pressões muito elevadas até de 350
bar (35 MPa).
• Podem transportar fluidos tais como graxas, óleos
vegetais e minerais, melaço, tintas e vernizes,
argamassas e outros.
22
22
11
16/04/2022
Bombas rotativas
23
23
Bombas de engrenagens
24
24
12
16/04/2022
25
25
Bombas rotativas
• Bombas lóbulos
Bombas de Lóbulos
26
26
13
16/04/2022
Bombas rotativas
• Bombas de palhetas
− As bombas de palhetas deslizantes tem palhetas radiais (4 a 8)
que pela ação centrífuga deslocam-se em direção a carcaça,
sobre a qual deslizam.
− O rotor é montado excentricamente e sua velocidade é limitada
a 300 rpm para mover gases sendo utilizada também para
bombagem de líquidos.
Bombas de Palhetas
27
27
BOMBAS
Bombas centrífugas
28
28
14
16/04/2022
29
29
Turbobombas
• Nestas máquinas o fluido é aspirado pela boca
de entrada até atingir o rotor denominado
impulsor ou rotor;
• O rotor conta com uma fileira de pás sendo
envolvido por um corpo denominado voluta ou
difusor;
• A voluta transforma a energia cinética Rotor de bomba centrífuga
30
30
15
16/04/2022
Turbobombas - Voluta
Descarga Descarga
Aspiração
31
Linha de escoamento com um impulsor do tipo vórtice
31
Turbobombas
• Segundo o tipo de rotor podem ser radiais (bombas
centrífugas), axiais (bombas axiais) ou mistas (bombas
hélico-centrífugas).
32
Tipos bombas hidráulicas
32
16
16/04/2022
Turbobombas
33
33
Turbobombas
• O rotor pode ser de simples aspiração ou de aspiração dupla
o qual permite aumentar o caudal fornecido.
34
Corte de Voluta e rotor com simples aspiração Corte rotor com dupla aspiração
34
17
16/04/2022
Turbobombas
• Para aumentar a pressão as turbobombas podem ter vários
estágios;
• Os rotores podem ser fechados, abertos e semi-abertos;
• Podem transportar fluidos limpos ou com partículas em
suspensão.
35
35
Bombas Axiais
• Os rotores axiais são utilizados para trabalhar
com grandes caudais e pequenas alturas
manométricas;
• Tipicamente 500 m3/h, ou mais, e pressões
inferiores a 1,5 bar (0,15 MPa). Trabalham
tipicamente com capacidade acima de 20 m3/h e
pressão até 3 bar (0,3 MPa);
• Nos rotores de escoamento misto ou tipo turbina
as pás tem curvatura dupla, (forma helicoidal)
desta forma o escoamento é parcialmente axial e
parcialmente radial;
• Operam com velocidades menores que os
radiais.
Corte de bomba axial
36
36
18
16/04/2022
Bombas Axiais
37
Bombas centrífugas
• As bombas centrífugas são o tipo de bombas mais utilizadas no setor
primário, secundário e terciário. As bombas centrifugas são amplamente
utilizadas na indústria de processos químicos;
• Apresentam capacidade de 0,5 m3/h até 20.000 m3/h e trabalham com
pressões entre 0,15 a 500 bar (50 MPa);
• Caracterizam-se por ausência de pulsação em serviço contínuo.
38
38
19
16/04/2022
Bombas centrífugas
descarga
aspiração
39
39
Bombas centrífugas
• Apresentam um rotor com pás montado num veio girando no interior da
carcaça.
• O fluido chega ao centro do rotor através de uma boca de aspiração
sendo forçado através de pás do rotor para a periferia onde atinge uma
velocidade elevada.
• Saindo da ponta das pás o líquido passa para a voluta onde ocorre a
transformação da energia cinética em energia de pressão.
• Podem ter um ou vários estágios de impulsores montados no veio
comum.
• Dependendo do tipo de bomba, é usual obter-se aumentos de pressão
em cada estágio de 150 a 250 N/cm2 (1,5 a 2,5 MPa), a velocidades
compreendidas entre as 3.000 e 3.600 rpm.
40
40
20
16/04/2022
Aspiração Axial
41
41
Bomba Multicelular
Aspiração Lateral
42
42
21
16/04/2022
43
43
Bombas centrífugas
• As bombas centrífugas podem trabalhar com água limpa,
água do mar, condensados, óleos com pressões até de 16 bar
(1,6 MPa) e temperatura de até 140 ºC;
• Na indústria química e petroquímica podem ser utilizadas
para trabalhar com água até 300 ºC e pressões de até 25 bar
(2,5 MPa);
• Bombas de processo podem operar com temperaturas de até
400 ºC e pressões de até 45 bar (4,5 MPa).
44
44
22
16/04/2022
Bombas centrífugas
• O material da carcaça depende do tipo de serviço:
‒ Para líquidos com temperatura de até 250 ºC utiliza-se ferro
fundido.
‒ Para soluções óleos e produtos químicos com temperaturas de
trabalho de até 450 ºC utiliza-se aço fundido;
‒ Para pressões elevadas (acima de 10 MPa) emprega-se aço forjado;
‒ Produtos químicos corrosivos requerem emprego de bronze, inox e
em casos especiais vidro ou materiais plásticos;
‒ O alumínio é utilizado para bombear formol.
• O veio da bomba centrífuga é fabricado de aço ou liga de alta resistência
mecânica. Utiliza-se aço SAE 1035, SAE 4414, e SAE 2340, e ligas
contendo 11 a 13 % de cromo. 45
45
46
46
23
16/04/2022
47
47
Empanques
• Importante são as juntas ou empanques, que deverão
assegurar uma boa selagem do fluido entre o veio e o corpo
da bomba.
48
24
16/04/2022
Empanques
49
49
Empanques
• Nas bombas antigas são vulgares os empanques de cordão
da bomba.
50
50
25
16/04/2022
Empanques
• Os empanques mecânicos
utilizados nas bombas
modernas ou para serviços
mais exigentes, consistem num
anel de aço em contacto com
um anel de carvão ou
carboneto de tungsténio;
• Um dos anéis está fixo, e o
outro é solidário com o veio;
• O anel do veio é comprimido
no anel fixo através de
conjuntos de molas.
51
51
BOMBAS
Impulsores e Volutas
52
52
26
16/04/2022
Turbobombas
• As turbobombas ou bombas rotodinâmicas caracterizam-se
por possuírem:
− Um elemento rotativo dotado
de pás, designado por
impulsor ou rotor, que exerce
forças sofre o líquido que
resultam na aceleração que
lhe imprime;
− Um difusor ou recuperador,
onde é feita a transformação
da maior parte da elevada
energia cinética com que o
líquido sai do rotor, em
energia de pressão.
53
53
Impulsores ou rotor
• A seleção de uma bomba para uma • As velocidades especificas
determinada caudal (Q) e uma adotadas por tipo de impulsor
determinada altura manométrica são:
(H), o tipo de impulsor é decisivo; ‒ Impulsor radial ns ≈ 12 a 80 rpm;
• A seleção livre de um tipo de ‒ Impulsores de caudal misto ns ≈ 80 a
impulsor axial, caudal misto, radial 160 rpm;
ou periférico é limitada pelo fato de ‒ Impulsores de caudal axial ns ≈ 160 a
que os valores para a velocidade de 400 rpm e superiores.
rotação prevista (n) e o diâmetro • Para se obter eficiências ótimas
previsto do impulsor (D) não devem da bomba e valores mínimos de
ser muito extremos; NPSH, o impulsor deve ser
• A capacidade de obter eficiências fornecido com um certo número
ótimas de bomba ou eficiências de de pás.
estágio numa velocidade específica
(ns) depende, portanto, de projetos
específicos do impulsor; 54
54
27
16/04/2022
Impulsores ou rotor
• Os rotores das bombas • Os rotores das bombas são
centrífugas podem ser fechados fundidos numa única peça,
ou abertos; podendo ser de ferro fundido,
• Os rotores fechados têm paredes bronze ou inox;
laterais minimizando o • Também são fabricados em
escoamento entre a aspiração e material plástico ou borracha.
descarga. São utilizados para
bombagem de líquidos limpos;
• O rotor semi-aberto é fechado só
na parte traseira e os rotores
abertos não apresentam paredes
laterais. Ambos são utilizados
para escoar líquidos viscosos ou
contendo sólidos em suspensão;
55
55
Impulsores fechados
• Os rotores são fechados quando
além do disco onde se fixam as
pás, existe uma coroa circular
também fixa às pás;
• São aplicados para líquidos
límpidos sem substâncias em
suspensão.
56
56
28
16/04/2022
Impulsores abertos
• Os rotores são abertos quando só
existe o disco onde se fixam as
pás;
• Em geral, utilizam-se para
líquidos contendo pastas,
substâncias em suspensão,
areias, águas residuais, etc.
Bomba de veio
horizontal
com impulsor aberto
57
57
Impulsores ou rotor
Classificação segundo a Impulsores centrífugos puros ou
trajetória do líquido no impulsor radiais
• Bombas centrífugas puras ou • Neste tipo de impulsores o líquido
radiais; é admitido paralelamente ao veio,
• Bombas de caudal misto; sendo dirigido pelas pás para a
• Bombas axiais ou propulsoras. periferia numa trajetória normal
ao veio (radialmente);
• Utilização com água limpa para
caudais até ≈ 500 l/s e para
pequenas, médias e grandes
alturas de elevação até 100 m
com um único impulsor.
58
Impulsores centrífugos puros ou radiais
58
29
16/04/2022
Impulsores ou rotor
Impulsores centrífugos puros ou radiais
Impulsor radial com pás puramente radiais e Impulsor radial com pás que se estendem até
ponto de estagnação S. ao eixo de aspiração.
59
59
Impulsores ou rotor
Impulsores de caudal misto
• Neste tipo de rotores o líquido é
admitido axialmente e abandona-
o segundo um plano ligeiramente
inclinado relativamente ao plano
perpendicular ao veio;
• A pressão é comunicada ao
líquido pela força centrífuga e Impulsor de caudal
misto e respetiva
pela ação de sustentação das pás; trajetória.
• São adequados para grandes
caudais e pequenas e médias
alturas de elevação.
60
60
30
16/04/2022
Impulsores ou rotor
Impulsores de caudal misto
Impulsor de caudal misto (impulsor diagonal) Variantes de um impulsor de caudal misto indicando
(apresentado com a cobertura frontal removida) a diferença entre um impulsor fechado e um aberto,
um impulsor de entrada simples e um impulsor de
entrada dupla.
a) Impulsor fechado de entrada única;
b) Impulsor aberto de entrada única;
c) Impulsor fechado de dupla entrada. 61
61
Impulsores ou rotor
Impulsores de caudal misto
• Bomba de dupla aspiração
Impulsor de caudal
misto de dupla
aspiração.
Corte transversal
62
62
31
16/04/2022
Impulsores ou rotor
Impulsores Axiais
• Neste tipo de bombas a trajetória
das partículas líquidas é axial;
• Não são propriamente impulsores
centrífugos, pois a força
centrífuga decorrente da rotação
da pá não é responsável pelo
Impulsor axial
aumento da energia de pressão;
• Operam segundo a teoria da
sustentação aerodinâmica, da
propulsão das pás das hélices ou
ainda segundo a teoria do vórtice
forçado.
63
63
Impulsor de pá única fechado Impulsor de dois canais fechado Impulsor aberto de dois canais Impulsor roda estrela para
bomba de canal lateral
Impulsor de pá única aberto Impulsor aberto de três canais Impulsor de caudal livre
64
32
16/04/2022
Impulsores ou rotor
• Utilizar um número baixo de pás • Estes impulsores são chamados
aumenta a secção transversal de de impulsores de canal ou
caudal livre desimpedido através impulsores de pás única e podem
do impulsor; ser impulsores abertos ou
• Isso permite que os impulsores fechados;
manuseiem fluidos mais ou • Impulsores de pás fechadas são
menos contaminados (bombas de utilizados para a bombagem de
águas residuais, bombas de fluidos contendo sólidos muito
polpa) e sólidos (transporte de grossos. Eles são caracterizados
sólidos); por uma passagem livre sem
• Na prática, o número de pás de entupimento. A desvantagem
rotores de caudal radial e caudal desses impulsores é o chamado
misto que manuseiam líquidos desequilíbrio hidráulico devido ao
contendo lodo ou sólidos é campo de pressão assimétrico;
reduzido para uma, duas ou três
palhetas;
65
65
Impulsores ou rotor
• Os impulsores de canal aberto ou
de pás única são utilizados para
lidar com líquidos gasosos. Um
impulsor de pá única é referido
como um impulsor de pá única
diagonal aberto (impulsor D) se
as linhas de fluxo no impulsor
forem diagonalmente para fora.
• É particularmente adequado para Impulsor de pá única diagonal aberto (impulsor D)
66
66
33
16/04/2022
Impulsores ou rotor
• As pás das hélices de caudal axial
e misto podem ser fixas,
reguláveis (quando a bomba é
desmontada) ou de passo variável
pelo ajuste de passo da pá do
rotor;
• No caso de pás de passo ajustável
ou variável, o contorno ou perfil
da carcaça da bomba e do cubo
na região de ajuste é geralmente
esférico. Isso garante que a
largura da folga interna e externa
no cubo permaneça constante
para todos os ângulos de ajuste
Bomba submersível com impulsor do tipo vórtice
do passo da pá.
67
67
Impulsores ou rotor
Impulsores não bloqueáveis
• Líquidos carregados tais como
águas residuais com sólidos em
suspensão, areias, fibras longas,
polpas, etc. exigem que os
impulsores sejam capazes de lidar
com este tipo de líquidos sem
bloquear;
• Pelo que têm sido desenvolvidos
impulsores especiais com grandes
secções de passagem pelo menos
com 80 mm de máxima
dimensão.
68
68
34
16/04/2022
Impulsores ou rotor
Impulsores não bloqueáveis Impulsores especiais
Utilizado em bombas
autoescorvantes e
produtos limpos.
Utilizados para
produtos limpos,
pequenos caudais e
elevadas alturas
manométricas
69
70
35
16/04/2022
71
Voluta Simples. Voluta dupla.
71
72
36
16/04/2022
73
73
74
37
16/04/2022
75
76
76
38
16/04/2022
BOMBAS
77
77
78
39
16/04/2022
79
79
80
40
16/04/2022
81
81
82
41
16/04/2022
83
83
84
42
16/04/2022
85
85
86
86
43
16/04/2022
87
88
88
44
16/04/2022
Gráfico para a
determinação
de Ns
Representa o número de
rpm de uma bomba
geometricamente
semelhante à bomba
considerada que eleva 75
litros de água a uma altura
de 1 metro em 1 segundo e
para uma potência de 1 CV.
Obs: Desta forma
trabalha-se com um caudal
de 0,075 3/ .
* 3,65 ⁄
89
89
Velocidade específica
• Característica da rotação específica
∴ ns = 3,65nq
90
90
45
16/04/2022
Velocidade específica
• Velocidade Específica em Bombas de Múltiplos
Estágios
n Q
ns = 3,65 3 4
H man
i
N número de rpm da bomba
Q Caudal ou descarga da bomba [m3/s]
Hman Altura de elevação ou manométrica (m)
i número de estágios da bomba
91
91
Velocidade específica
• Bombas com entradas bilaterais (Rotor Geminado)
Q
n
ns = 3,65 3 24
H man
N número de rpm da bomba
Q Caudal ou descarga da bomba [m3/s]
Hman Altura de elevação ou manométrica (m)
i número de estágios da bomba
92
92
46
16/04/2022
Velocidade específica
• Bombas com entradas bilaterais (Rotor Geminado)
Q
n
Aspiração Axial
ns = 3,65 3 24
H man
i
93
93
Velocidade específica
• Evolução do rendimento em função da variação da
velocidade específica e do caudal
94
94
47
16/04/2022
Velocidade específica
• Evolução do rendimento e as velocidades específicas
95
95
BOMBAS
Bomba especiais
96
96
48
16/04/2022
Bombas Especiais
Carneiro Hidráulico
97
97
Bombas Especiais
Parafuso de Arquimedes
98
98
49
16/04/2022
Bombas Especiais
Parafuso sem fim para lamas
99
99
100
100
50
02/04/2022
Bombas (2)
Aula 11
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
02/04/2022
BOMBAS
2
02/04/2022
𝑽 Velocidade absoluta;
𝑼 Velocidade periférica, circunferencial ou tangencial;
𝑾 Velocidade relativa;
6
α e β Ângulos resultantes do desenho da operação e pás do rotor.
3
02/04/2022
1
𝐻 = 𝑈 𝐶 −𝑈 𝐶
𝑔
Curva real de uma bomba incluindo as perdas hidráulicas Curva característica de bomba centrífuga.
8
4
02/04/2022
1
𝐻 = 𝑉 −𝑉 + 𝑈 −𝑈 + 𝑊 −𝑊
𝑔
onde:
𝑈 - velocidade da pá do rotor (tangencial) 𝑈 = 𝜔. 𝑟⃗ [𝑚⁄𝑠] ;
𝑉 - velocidade absoluta do fluido (vista por um observador estacionário) [𝑚⁄𝑠];
𝑊 - velocidade relativa da corrente fluida (vista por um observador solidário às pás) [𝑚⁄𝑠].
– Esta equação é chamada equação de Euler (escrita em sua forma mais geral) e
fornece o valor de 𝐻 em função das componentes velocidades dos
triângulos teóricos à entrada e à saída do rotor;
10
10
5
02/04/2022
𝑊 1
𝐻 = = 𝑈 . 𝑉 −𝑈 . 𝑉
𝑚̇𝑔 𝑔
onde:
𝐻 é a quantidade de energia cedida a 1 kg de fluido que atravessa uma bomba ideal [m];
𝑈 - velocidade tangencial de um ponto situado na entrada do rotor [𝑚⁄𝑠 ];
𝑈 - velocidade tangencial de um ponto situado na saída do rotor [𝑚⁄𝑠 ];
𝑉 - projeção do vetor 𝑉 sobre a velocidade da pá 𝑈 , à entrada do rotor [𝑚⁄𝑠 ];
𝑉 - projeção do vetor 𝑉 sobre a velocidade da pá 𝑈 , à saída do rotor [𝑚⁄𝑠 ].
11
11
– Realmente:
1
𝐻 = 𝑈 𝑉
𝑔
12
12
6
02/04/2022
𝑉=𝑊+𝑈
13
V W U
Onde:
𝑽 Velocidade absoluta
𝑾 Velocidade relativa 14
Trajetória absoluta de uma partícula líquida.
14
7
02/04/2022
15
Corte radial do rotor - composição vetorial para determinar a velocidade absoluta do fluido.
– Também estão indicadas nesta figura algumas dimensões geométricas
características: os raios 𝑟1 e 𝑟2 , das arestas de entrada e saída do rotor, e a 16
espessura 𝛿 da aleta;
16
8
02/04/2022
17
17
18
18
9
02/04/2022
19
O que é ângulo β ?
‒ Ângulo formado pela direção da velocidade do líquido
𝑊2 à saída do impulsor com o prolongamento do vetor
que representa a velocidade tangencial 𝑈2.
20
10
02/04/2022
21
22
22
11
02/04/2022
23
Corte axial do rotor de bomba centrífuga
23
𝑄 = 2𝜋 . 𝑟1 . 𝑏1 . 𝑉𝑟1 = 2𝜋 . 𝑟2 . 𝑏2 . 𝑉𝑟2
𝑄
𝑉𝑟2 =
2𝜋 . 𝑟2 . 𝑏2
onde:
Q - caudal de fluido que passa pelo rotor, em 𝑚 ⁄𝑠 ;
Vr - velocidade radial (meridiana), em [𝑚⁄𝑠];
r - raio da seção considerada, em [𝑚];
b - largura do rotor na seção considerada, em [𝑚].
24
24
12
02/04/2022
𝑉 𝑈 −𝑉
𝑡𝑔𝛽 = ⟹ 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 = ⟹ 𝑉 = 𝑈 − 𝑉 . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽
𝑈 −𝑉 𝑉
𝑈 𝑄
𝐻 = 𝑈 − . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽
𝑔 2𝜋 . 𝑟2 . 𝑏2
25
25
𝑉
𝑉
𝑉 𝑉
𝑉 𝑊
𝑉 𝑊
26
26
13
02/04/2022
𝐷 Diâmetro do rotor
𝑏 Largura do canal
𝑉 Velocidade absoluta do fluido
𝑉𝑡 Componente de 𝑉 na direção da velocidade tangencial 𝑈
𝑉𝑟 Componente radial de 𝑉 (na direção radial)
𝑊 Velocidade relativa do fluido em relação ao rotor
𝑊𝑡 Componente de 𝑊 na direção da velocidade tangencial 𝑈
𝑈 Velocidade tangencial do rotor no ponto de análise da pá
𝛼 Ângulo entre (𝑉, 𝑈)
𝛽 Ângulo entre (𝑊, 𝑈) conhecido como ângulo de inclinação da pá
27
𝐴 = 𝜋𝐷 𝑏 𝐴 = 𝜋𝐷 𝑏
𝑚̇ = 𝜌 𝜋𝐷 𝑏 𝑉 = 𝜌 𝜋𝐷 𝑏 𝑉
28
14
02/04/2022
29
𝐻 = + +
30
15
02/04/2022
31
u2
2 /g = 90º
2
< 90º
2
Q 32
32
16
02/04/2022
1
Altura teórica 𝐻 = 𝑈 𝑉 −𝑈 𝑉 m
𝑔
Binário teórico 𝑇 = 𝑟 𝑉 − 𝑟 𝑉 𝑚̇ J
Potência teórica 𝑊̇ = 𝜔𝑇 = 𝑚̇ 𝑈 𝑉 − 𝑈 𝑉 W
33
33
34
17
02/04/2022
35
36
36
18
02/04/2022
𝑝 𝑢 𝑝 𝑢
+ +𝑧 +𝐻 −ℎ = + +𝑧
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔
𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
+ +𝑧 +𝐻 = + +𝑧
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔
37
37
𝑝 −𝑝 𝑉 −𝑉
𝐻 = + 𝑧 −𝑧 +
𝜌𝑔 2𝑔
𝐻 =𝐻 +𝐻
38
19
02/04/2022
𝐻 = + +
𝐻 =
𝐻 = + = + 𝑧 −𝑧
39
39
40
40
20
02/04/2022
41
41
𝑉 𝑉
𝑉 =𝑉
𝑉
42
Triângulo de velocidades num rotor de bomba centrífuga.
42
21
02/04/2022
𝑉 −𝑉 𝑉
𝐻 = =
2𝑔 2𝑔
𝑝 −𝑝 𝑈 −𝑈 𝑊 −𝑊
𝐻 = + 𝑧 −𝑧 = +
𝜌𝑔 2𝑔 2𝑔
43
43
– 𝐻 =𝐻 +𝐻
– 𝐻 = 𝑈 𝑉
– 𝐻 =
– 𝐻 =𝐻 −𝐻 = 𝑈 − 𝑈 −𝑉 44
44
22
02/04/2022
Rotores com pás inclinadas para traz, com pás radiais à saída e com pás inclinadas para frente.
(1) Pás inclinadas para trás: (2) Pás radiais na saída: (3) Pás inclinadas para
frente:
Caso em que 𝛽2 < 90º Caso em que 𝛽2 = 90º Caso em que 𝛽2 > 90º
45
Situação limite 𝑉𝑡2 = 0. Desta forma: 𝑉𝑡2 = 𝑈2. Desta forma: 𝑉𝑡2 = 2𝑈2.
45
Nesta categoria, pode-se obter uma pá como a que está representada por I
(ver figura à direita), em que a saída do liquido é radial;
Da análise dos triângulos de velocidades na entrada e saída do rotor
podemos chegar às seguintes relações (lei do co-seno):
− w12 = u12 + v12 – 2 . u1 . v1 . cosα1
− w22 = u22 + v22 – 2 . u2 . v2 . cosα2
46
46
23
02/04/2022
47
24
02/04/2022
2 = 90°
Considerando a figura dos vetores de velocidade, onde se representam os
diagramas de entrada e de saída, para α2 = 90°:
𝑣 =𝑤 − 𝑢 =𝑤 − 𝑢
ou
𝑢 − 𝑢 = −(𝑤 − 𝑤 )
49
2 = 90°
Dividindo membro a membro por g, obtemos: 𝑢 − 𝑢 𝑤 − 𝑤
=
𝑔 𝑔
Conclui-se que a energia de pressão devida à força centrífuga é anulada
pela energia de pressão devida à variação da velocidade relativa, o que
conduz a Hp = 0;
Assim, não se deve projetar pás com o ângulo 𝛽2 para o qual se obtenha
𝛼2 = 90°, pois o fluído, ao abandonar o rotor, teoricamente não possuirá
50
energia para o escoamento pretendido;
50
25
02/04/2022
2 < 90º
Nestas condições a energia potencial cedida ao líquido é superior
à energia cinética;
À medida que o valor do ângulo aumenta, até atingir 90°, a
energia potencial cresce mais rapidamente que a cinética.
51
51
• 𝐻 = =0
• 𝐻 =𝐻 −𝐻 =0
Triângulo de velocidade na saída do rotor (𝛼2 = 90º)
• Conclusão: Quando, 𝛽2 < 90º tal que 𝛼2 = 90º, e observa que as parcelas de
energia na forma de pressão e de energia cinética são ambas nulas. Portanto a
energia cedida pela bomba ao fluido é nula;
• Em tal situação 𝛽2 conhece-se como ângulo critico inferior;
• Não é prático e não se devem projetar pás com 𝛽2 < 90º para as quais 𝛼2 = 90º já
que o líquido, ao deixar o rotor, não possui energia para o desejado escoamento. 52
52
26
02/04/2022
53
53
• 𝐻 =𝐻 +𝐻
𝑉 =𝑉
• 𝐻 = 𝑈 𝑉 =
• 𝐻 = =
54
27
02/04/2022
55
• 𝐻 =𝐻 +𝐻 𝑉
𝑊 =𝑉
• 𝐻 = 𝑈 𝑉 =2
• 𝐻 = =2
• 𝐻 =𝐻 −𝐻 =0
Triângulo de velocidade pás inclinadas para frente (𝛽2 > 90º)
56
28
02/04/2022
57
Energia teórica cedida por um rotor com diferentes tipos de pás
57
58
29
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59
60
60
30
02/04/2022
61
• Nas bombas
− Apenas para grandes caudais e baixas alturas de elevação.
• Nos ventiladores
− Com os quais se pretende essencialmente fornecer energia
de velocidade ao gás - os impulsores com a pás viradas para
a frente, apresentam vantagem, ao aumentarem
diretamente a velocidade do fluído que os atravessa.
62
62
31
02/04/2022
63
Conclusão
• Pelos motivos apontados os fabricantes adotaram para
construção corrente:
a forma das pás inclinadas para trás na quase totalidade
das bombas centrífugas;
2 está compreendido entre 17° 30´ e 30°.
• A. J. Stepanoff na sua obra “Centrifugal and Axial Flow Pumps”
aconselhou como regra geral o valor de 22° 30´.
64
64
32
02/04/2022
110
110
33
02/04/2022
Bombas (2)
Aula 12
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
65
1
02/04/2022
Pás inclinadas para trás Pás inclinadas para a frente Pás radiais Pás helicoidais
A cada um dos tipos referidos corresponde um triângulo de velocidades.
66
66
67
2
02/04/2022
– Turbomáquinas de Reação:
• Uma bomba, ou máquina de fluxo em geral, é denominada "de reação" se o
seu grau de reação é maior que zero (𝐺 > 0), isto é, se a pressão de saída
do escoamento é maior que a pressão de entrada;
• Representa o caso geral das bombas.
– Turbomáquinas de Ação:
• Quando o processo de transferência de energia ocorre a pressão constante,
(𝐺 = 0 ), a máquina de fluxo é denominada "de ação" como o caso das
turbinas Pelton.
68
68
69
3
02/04/2022
70
71
4
02/04/2022
1 2
Utilização da
curva da
bomba
72
Fenómeno da instabilidade de funcionamento (típico de rotores com 𝛽2 > 90º ).
72
73
5
02/04/2022
74
𝑊̇ = 𝑘 𝑄 − 𝑘 𝑄 = 𝑘 𝑄
75
6
02/04/2022
𝑊̇ = 𝑘 𝑄 + 𝑘 𝑄
76
76
77
77
7
02/04/2022
78
Resumo de altura teórica e potência teórica para diferentes tipos de pás
78
79
8
02/04/2022
Ht∞
80
81
9
02/04/2022
• Onde:
– 𝜂ℎ - rendimento hidráulico da bomba;
– 𝐻𝑚𝑎𝑛 - energia absorvida por 1 kg de fluido que atravessa a bomba;
– 𝐻𝑡∞ - energia cedida a cada um dos kg de fluido que atravessam a bomba;
– Δhℎ - energia dissipada no interior da bomba (função do seu acabamento
superficial interno).
82
82
83
10
02/04/2022
84
84
𝑄
𝜂 =
𝑄+𝑞
85
11
02/04/2022
86
86
87
87
12
02/04/2022
88
𝑃 − Δ𝑃
𝜂 =
𝑃
• Onde:
– 𝜂𝑚 - rendimento mecânico da bomba;
– 𝑃 - a potência necessária ao acionamento;
– Δ𝑃 - potência dissipada em atrito nas caixas do rotor, chumaceiras e/ou
rolamentos, nos anéis de desgaste e pelo atrito entre o rotor e o meio fluido no
qual gira.
89
89
13
02/04/2022
90
Exercício Prático
• A bomba centrífuga tem uma potência fornecida ao veio de 8,4 kW e uma
potencia útil fornecida à água de 6,25 kW.
• Determine o rendimento da bomba:
𝑃 6,25
𝜂 = = = 0,74 → 𝜂 = 74%
𝑃 8,4
• Determine a potência do motor elétrico, sabendo que o seu rendimento é
de 88%:
𝑃 8,4
𝑃 é = = = 9,54 𝑘𝑊
𝜂 0,88
91
91
14
02/04/2022
BOMBAS
Acionamentos
92
92
93
93
15
02/04/2022
f Número de polos
(Hz) 2 4 6 8 10 12 14
94
94
95
95
16
02/04/2022
DESLIZAMENTO
• As velocidades nominais dos
grupos são inferiores à
velocidade de sincronismo,
devido ao deslizamento
provocado pela carga no motor.
96
97
97
17
02/04/2022
98
98
99
99
18
02/04/2022
BOMBAS
Exercícios Práticos
100
100
• Proposta de resolução
– Dados:
Q = 0,3 m3/s
D2 = 250 mm
b2 = 30 mm
N = 1.000 rpm
Entrada radial
101
101
19
02/04/2022
• 𝐻 = 𝑈 = × 13,08 = 17,47 𝑚
,
102
102
– A determinação do binário exercido pela bomba e uma vez que neste caso a
entrada é radial (𝑉 = 0 𝑒 𝑉 = 𝑈 )
• 𝑇 = 𝑚̇ 𝑟 𝑉 − 𝑟 𝑉 → 𝑇 = 𝑚̇ 𝑟 𝑈
103
20
02/04/2022
2𝜋𝑁 2 × 𝜋 × 1.000
𝜔= = = 104,72 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60 60
104
104
105
105
21
02/04/2022
𝑉 =𝑉
106
106
𝑉
tg 𝛽 =
𝑈
• Velocidade absoluta do fluido na entrada:
107
22
02/04/2022
108
• Velocidade absoluta:
𝑉 = 𝑉 +𝑉 = 15,85 + 0,497 = 15,86 𝑚⁄𝑠
𝑉
𝑉 0,497
tg 𝛼 = = = 0,031 → 𝛼 = 1,8º 𝑉
𝑉 15,86
𝑉 𝑊
109
109
23
02/04/2022
110
110
24
09/04/2022
Bombas (3)
Aula 13
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
09/04/2022
BOMBAS
∆
2
Hman - Altura manométrica [m];
HA - Energia fornecida pela bomba [m];
hf - Energia de perdas por atrito [m];
p - Pressão [Pa];
Z - Variação de nível ou alturas [m];
D - Diâmetro [m];
4
V - Velocidades [m/s].
2
09/04/2022
4- ⁄./ 4- ⁄./
∆
2
8- 1 1
2 4 2 4
. / /
3
09/04/2022
Exercício Prático
• Aos terminais de uma bomba centrífuga escoa água a 20º C e foi lido na entrada
uma pressão de 1 bar e na saída 3 bar.
• Considerando que o diâmetro de entrada da bomba é de 80 mm e na saída de
65 mm, que as alturas das leituras são de 240 mm na entrada e 420 mm na
saída e que o caudal de transporte é de 100 m3/h, determine a altura
manométrica (elevação).
• Proposta de resolução
4 2 100⁄3.600
- 4- 78 :;<=8>8 → 5,53 F⁄G
.0,080
V
6 ./ 4 2 100⁄3.600
78 G8í>8 → 8,38 F⁄G
.0,065
I3 1J 2 10K
20,4 F
998,3 2 9,81
8,38 5,53 ⇒ 20,4 2,02 0,18 23 F
2,02 F
2 2 2 9,81
0,480 0,240 0,18 F
8
4
09/04/2022
Exercício Prático
• A voluta de uma bomba centrífuga recebe o fluído com uma velocidade
absoluta na saída do rotor de 2 13,3 F/G e, devido à sua seção
crescente, no sentido do escoamento, diminui progressivamente a
velocidade, acompanhada de uma aumento simultâneo de pressão,
obtendo os valores desejados na zona e ligação da bomba com a tubagem
de descarga, sendo a velocidade de saída 3 1 F/G.
• Determinar a recuperação de pressão estática (∆ ).
• Proposta de resolução
– Numa situação de redução da velocidade de forma ideal, sem turbulências nem
perdas, pode ser aplicada a equação de fluxos ideal entre a saída do rotor (2) e a
saída da bomba (3):
1 1
O O 2 1.000 2 13,3 1,0 87.945 Q8
2 2
87.945
O ≅ 9,0 F
8.807 9
Curva da instalação
• Aplicando equação de Bernoulli entre as 2 superfícies livres da instalação
representada:
pB
pB − p A l 1 2
H= + zB − z A + f 2
Q
ρg eq
d 2 gA
10
10
5
09/04/2022
Curva da instalação
• Curva que dá a energia mecânica H que é necessária fornecer ao fluido para
o fazer circular numa dada instalação com um caudal Q.
Curva da instalação
p − pA l 1 2 SI-J
H= B + z B − z A + f 2
Q
ρg d eq 2 gA H
Energia mecânica Dissipação na
k
acumulada conduta
Q11
11
Curvas características
• Dever-se-á designar por curvas características as curvas que
relacionam entre si o caudal, a altura manométrica, a
velocidade, a potência, o NPSH requerido e o rendimento da
bomba.
• Dado o elevado número de parâmetros, é vulgar considerarem-
se curvas com um ou mais parâmetros fixos.
• Normalmente toma-se a velocidade como parâmetro fixo, e nas
bombas centrífugas, ainda, o diâmetro do impulsor.
• A mesma bomba pode trabalhar com impulsores de diâmetro
diferente dentro de certos limites, alterando-lhe as curvas
características.
12
12
6
09/04/2022
13
13
H = a0 N 2 + a1 NQ − a2Q 2
14
14
7
09/04/2022
15
15
16
16
8
09/04/2022
Curva da instalação
H
H1 1 Curva da bomba
à rotação N
Q1 Q 17
17
Ponto de funcionamento
• Designa-se por ponto de funcionamento da bomba, o ponto da curva
característica que corresponde ao seu funcionamento, quando integrada na
rede de tubagem.
• Este ponto, intersecção da curva de carga da rede com a curva característica
da bomba, depende:
− Das características da rede, em particular da relação da pressão à
entrada e caudal;
− Está estreitamente relacionado com as perdas de carga e altura
estática na tubagem de compressão;
− Geralmente não se determina a curva característica da rede mas sim
apenas o ponto correspondente ao caudal de dimensionamento;
− Escolhe-se uma bomba cuja curva característica, para o máximo
rendimento, passe tão perto quanto possível desse ponto. 18
18
9
09/04/2022
Ponto de funcionamento
• As maneiras mais usuais de modificar a curva característica de uma bomba
são de variar a rotação da bomba ou variar o diâmetro do rotor da bomba.
Variação da velocidade da bomba Variação do diâmetro do rotor da
bomba
19
Ponto de Funcionamento
Variação da velocidade da bomba.
20
20
10
09/04/2022
Ponto de Funcionamento
Alteração do ponto de funcionamento da instalação.
21
21
Ponto de Funcionamento
Alteração da velocidade da bomba e ponto de funcionamento da instalação.
22
22
11
09/04/2022
23
H
ascendente-descendente
Plana
Inclinada
Altamente descendente
24
Q
24
12
09/04/2022
25
26
26
13
09/04/2022
η η max P
Q Q
28
T VG. - Q VG. -
28
14
09/04/2022
Curva do rendimento
H
Curva da instalação
H2 2
• Pontos de rendimento máximo quando N varia:
H1 1 Curva da bomba Q
3 à rotação N N ´= N 3
Q2
• Ponto 3: rendimento máximo à rotação
Curva da bomba alterada, mas também ponto sob a curva da
à rotação N’ instalação.
Q3 Q2 Q1 Q 29
29
30
15
09/04/2022
31
Curva de bomba para diferentes diâmetros do rotor
31
32
32
16
09/04/2022
33
34
17
09/04/2022
Condições para
rendimento
máximo
Parafuso de Arquimedes
Curvas de Funcionamento
35
35
36
Curva característica de bomba centrífuga.
36
18
09/04/2022
37
Altura de elevação para diferentes tipos de pá com dissipação de energia.
37
19
09/04/2022
39
Curvas de altura e potência de diferentes tipo de pás.
39
40
20
09/04/2022
41
42
42
21
09/04/2022
NPSHreq.
Caudal do Projeto 43
43
44
44
22
09/04/2022
45
46
23
09/04/2022
47
Exemplo de seleção de bomba centrífuga
47
48
24
09/04/2022
49
49
50
50
25
09/04/2022
51
52
26
09/04/2022
53
p1 V12 W& p V2
+ + Z 1+ M = 2 + 2 + Z 2 +h f
ρg 2g ρgQ ρg 2g
Potência hidráulica líquida fornecida por uma bomba ao fluido (+)
W&M
Potência hidráulica líquida retirada do fluido por uma
turbina (-)
54
54
27
09/04/2022
55
56
28
09/04/2022
57
57
58
29
09/04/2022
Problema 6.1
Uma bomba centrífuga bombeia água a um caudal de 2,5m³/s e disponibiliza ao
sistema uma carga 20 m. Se a bomba tem um rendimento de 85%, determine a
potência na entrada da bomba. Considere ρ = 1.000 kg/m3.
ρ × g ×Q× H Q× H
WB = WB =
1.000 ×η 102 ×η
ρ – kg/m3 H –m
g – m/s2 Q – l/s
H –m WB – kW
Q – m3/s
WB – kW
59
59
Custo
mínimo
Diâmetro
ótimo 60
60
30
09/04/2022
61
62
31
09/04/2022
63
ρ gQH
EB = ×t
1.000η
Onde:
‡ˆ Energia consumida em _m pelo período de funcionamento da
bomba;
< Tempo de funcionamento da bomba em horas.
64
64
32
09/04/2022
65
BOMBAS
66
66
33
09/04/2022
67
68
68
34
09/04/2022
69
70
70
35
09/04/2022
71
71
H
Q
Curva da instalação
BA BB
A+B
Curva resultante da associação
A em paralelo
B
H=HA=HB
Curva da bomba 6
à rotação 76
72
36
09/04/2022
73
37
09/04/2022
8i i
8 0
8 6
6
’ i -
4
75
75
’ u : -’ - -u
76
76
38
09/04/2022
77
77
78
78
39
09/04/2022
79
79
80
Associação de bombas em série
80
40
09/04/2022
H
Curva resultante da
associação em série
BA
H=HA+HB Curva da instalação
Q
BB A+B
A
B Curva da bomba A
à rotação NA
Curva da bomba B
à rotação NB
81
Q=QA=QB Q
81
82
82
41
09/04/2022
83
83
- - -u -
84
84
42
09/04/2022
u u u Tu uT
⟹
T T Tu T T Tu
− Finalmente, obtém-se:
u T Tu
T~,
Tu uT 85
85
86
86
43
09/04/2022
Associação de bombas
• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (1)
− A tabela abaixo fornece os dados de altura manométrica e caudal da
curva característica de uma bomba centrifuga.
Q [m3/h] 0 40 80 120 160 200
H [m] 32,5 32 30,5 28 24,5 20
87
87
Associação de bombas
• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (1)
− Solução:
No caso da associação em serie No caso da associação em
soma-se as alturas e mantem-se o paralelo o caudal é adicionado
caudal. mantendo a mesma altura.
Para um caudal de 80 F3/ e Para o:
altura de 30,5 F tem-se: - 2 2 - 2 2 80
-G - 80 F3/ e; 160 F3/ sendo que
Q 30,5 F.
Para altura:
G 2 2 2 30,5 F 61 F. O mesmo pode ser realizado
para os demais pontos da
tabela.
88
88
44
09/04/2022
89
89
Duas bombas iguais associadas em serie Duas bombas iguais associadas em paralelo
90
90
45
09/04/2022
Associação de bombas
• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (2)
− Uma bomba centrifuga apresenta as seguintes equações de
características de altura manométrica e rendimento global:
F8; 30 300-2 e T 10- 40 -2 quando tem uma
rotação de 1.450rpm.
− Determinar:
a) Eq. Característica da Hman considerando duas bombas idênticas
associadas em série.
b) Eq. Característica da Hman considerando duas bombas idênticas
associadas em paralelo.
91
91
Associação de bombas
• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (2)
a) Eq. Característica da Hman b) Eq. Característica da Hman
considerando duas bombas considerando duas bombas
idênticas associadas em serie: idênticas associadas em
• Bombas associadas em série: paralelo.
(-2G -1) • Bombas associadas em paralelo
• 30 300-2 ( 2 1) e (-2 2-1)
1
g 2
• 2G 2 1 2 2 I30 300-2J • 1 30 300
• 2G 60 600-2 • 30 75-2
2
92
92
46
09/04/2022
93
93
47
09/04/2022
Bombas (4)
Aula 14
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
09/04/2022
BOMBAS
Cavitação
• Os fluidos podem passar do estado líquido para o gasoso dependendo
das condições de pressão e temperatura a que estão submetidos;
• A pressão na qual se verifica este processo é denominada pressão de
vapor ou de vaporização (pvap.);
• A figura apresenta a pressão de vaporização da água em função da
temperatura:
Pressão de vapor (pvap)
− Propriedade do fluido que
varia com a temperatura,
aumentando com o aumento
da mesma.
4
Pressão de vapor de água (kPa) em função da temperatura (ºC)
2
09/04/2022
Cavitação
• Sabe-se que, à pressão atmosférica, a água vaporiza (ferve) quando a
temperatura atinge 100 ºC. Nestas condições a pressão de vaporização
da água é 101,33 kPa;
• Observa-se no gráfico anterior que se pode obter vaporização do fluido
para pressões inferiores a pressão atmosférica. Por ex. água a 60 ºC
pode vaporizar quando a pressão de vapor é de 20 kPa;
• As bombas em operação aspiram o fluido, e nesse processo, a pressão
diminui até atingir um valor mínimo na boca de entrada da bomba;
• Se esta pressão atinge a pressão de vapor do fluido, o fluido vaporiza e
inicia um processo de formação de bolhas as quais são arrastadas no
interior da bomba, provocando danos irreparáveis.
Cavitação
pd
6
Gráfico esquemático mostrando a cavitação de bombas
3
09/04/2022
Cavitação
• Cavitação: Processo de vaporização do fluido quando a pressão absoluta baixa
até alcançar a pressão de vapor (pvap) do líquido na temperatura em que se
encontra;
• Desta forma o estudo de cavitação permite avaliar, se nas condições de
operação do sistema, a pressão na boca de entrada da bomba pode atingir
pressões inferiores à pressão de vaporização;
• O fenómeno de cavitação provoca:
− Corrosão;
− Remoção de pedaços de rotor e tubagem junto à entrada da
bomba;
− Afeta o rendimento;
− Provoca trepidação e vibração máquina;
− Presença de ruídos e implosão;
− No caso da água, a cavitação tem maiores efeitos para
temperaturas acima de 45 ºC.
• Materiais que resistem à corrosão por cavitação: 7
− Ferro fundido, alumínio, bronze, aço fundido, aço laminado.
Cavitação
• Formação de bolsas de cavitação
4
09/04/2022
Cavitação
• E erosão por cavitação.
Cavitação
• Se a pressão absoluta no interior da bomba baixar até atingir a pressão de vapor
do líquido à temperatura de serviço, inicia-se um processo de vaporização do
mesmo;
• Inicialmente nas zonas mais rarefeitas da bomba, formam-se pequenas bolsas,
bolhas ou cavidades, daí o nome de cavitação, no interior das quais o líquido
vaporiza-se;
• Posteriormente arrastadas pela corrente líquida, devida ao movimento do órgão
propulsor às quais imprime uma grande velocidade, atingem regiões de pressão
elevada, onde se processa o seu colapso, com a condensação do vapor e retorno
ao estado líquido;
• Quando a pressão reinante no líquido se torna superior à pressão interna da
bolha que está preenchida com vapor, as dimensões desta reduzem-se
bruscamente, ocorrendo o seu colapso;
• Provoca um deslocamento do líquido circundante para o seu interior, que gera
desta forma uma pressão de inércia com um grande valor;
10
10
5
09/04/2022
Cavitação
• As partículas formadas pela condensação chocam-se muito rapidamente umas
de encontro às outras, e de encontro à superfície das pás do impulsor;
• As superfícies metálicas onde se chocam as diminutas partículas provenientes
da condensação são submetidas a uma atuação de forças complexas oriundas
da energia dessas partículas, que produzem percussões elevadas;
• Os impactos violentos desagregam os elementos de material de menor coesão,
e formam pequenos orifícios, que, com o prosseguimento do evento, dão à
superfície um aspeto rendilhado, esponjoso, corroído.
11
11
12
Alturas características para analisar a cavitação em bombas.
12
6
09/04/2022
13
13
14
14
7
09/04/2022
2 2
15
Alturas características para analisar a
cavitação em bombas.
15
2
• A qual é agora definida como Energia total absoluta na entrada da bomba:
!"
2
• Define-se também a energia de pressão de vapor como:
#
!#
16
16
8
09/04/2022
17
?.
789 ,-. . > ∓ #
18
9
09/04/2022
19
19
789 ,-. . FG #
20
20
10
09/04/2022
789 ,-. . ?. #
21
21
789 ,-. . FG #
22
22
11
09/04/2022
789 ,-. . ?. #
23
23
789 LMN ∆
2
onde ∆ é a parcela de energia necessária para vencer as perdas de energia
provindas da variação da velocidade relativa (P1) e perdas de energia devido
ao atrito e à turbulência do líquido entre a boca de entrada na bomba e a
entrada das pás devido ao aumento de velocidade absoluta ( 1).
− O NPSHreq é um valor limite, que indica que após esta condição a cavitação é
iniciada.
− Assim, o NPSHreq depende das características construtivas da bomba. Portanto,
o NPSHreq é dado graficamente pelo fabricante.
24
24
12
09/04/2022
25
− Desta forma pode-se determinar altura estática de aspiração que deve ser
colocada na bomba em relação ao nível do líquido para não ocorrer cavitação:
R # 789 LMN.
2
26
26
13
09/04/2022
27
28
28
14
09/04/2022
− A margem prevista visa garantir que não ocorra cavitação no sistema evitando
assim a vaporização do fluido no interior da bomba.
29
29
30
Representação do NPSH disponível e requerido
30
15
09/04/2022
H Sistema = + + H geo + ∆h f
ρ .g 2g
2
Vdes − Vasp
2
Na prática despreza-se, dado que a
2g
boca de admissão é próxima da saída:
• Em sistemas fechados
pdes − pasp
H Sistema ≈ + H geo + ∆h f
ρ .g
• Em sistemas abertos
H Sistema ≈ H geo + ∆h f
31
31
32
32
16
09/04/2022
Pb – 105 N/m2
Pa – N/m2
ρ – kg/m3
g – 9,81 m/s2
pv – pressão de vapor N/m2
33
Pb – 105 N/m2
Pa – N/m2
ρ – kg/m3
g – 9,81 m/s2
pv – pressão de vapor N/m2
34
17
09/04/2022
Aumento da capacidade de
aspiração pela introdução
de um injetor.
35
35
BOMBAS
Exercícios Práticos
36
36
18
09/04/2022
Problema 6.2
A instalação representada na figura
destina-se ao fornecimento de água a
um reservatório cujo caudal de hreserv
37
Problema 6.2
Proposta de resolução do problema
h L =RQχ
hreserv
5m
• Aplicando a equação da continuidade sabe-se que:
QB=Q1 +Q2 ou seja Q1 = QB – Q2
38
19
09/04/2022
4Q 1 4 × 0,0056
D= = = 0,084 m
πV π×1
4Q 4 × 0,0056
V= = = 1,17 m / s
πDint π × 0,0779 2
2
• Nº de Reynolds
− Viscosidade cinemática da água a 20 ºC:
ν = 1,007 x 10-6 m2/s
VD 1,17 × 0,0779
Re = = = 9,05 × 10 4 39
ν 1,007 × 10 −6
39
• Para aço comercial tem-se: 0,045 < ε < 0,09 mm, cujo cálculo é:
0,045 + 0,09
ε médio = = 0,0675mm
2
ε médio 0,0675
e uma rugosidade relativa de: = = 0,00087
D int 77,9
40
20
09/04/2022
• Nº de Reynolds:
− Viscosidade cinemática da água a 20 ºC:
ν = 1,007 x 10-6 m2/s
VD 1,014 × 0,1023
Re = = = 1,03 × 10 5 41
ν 1,007 × 10 −6
41
ε médio 0,0675
e uma rugosidade relativa de: = = 0,00066
Dint 102,3
L V
2
10 1,014 2
hadm.+ comp. até ao tê = f + k ' s × = 0,021 + 12,22 × = 0,75 mca
D 2g 0,1023 2 × 9,81
42
42
21
09/04/2022
t u
Ps
n
• A equação de energia reduz-se a: u .x .y-#aM aM.Ma#. .x .y-#aM . . y
Σ(z) acima do
nível da água hreservatório
• Pode-se escrever:
t u 998,2 h 9,81 h 30⁄3600 h 36,32
Ps 3.700 P
n 0,8
Aá p; 20º rB 998,2 f /=3
43
43
c)
Para que não ocorra cavitação o NPSH da bomba não pode exceder o NPSH
da instalação logo: Troço acima do
Troço abaixo do nível da água
nível da água Vál. pé Filtro
L V 2
5+5 1,014 2
hasp = f + k ' s × = 0,021 + 3,0 + 2,8 × = 0, 4 mca
D 2g 0,1023 2 × 9,81
NPSHdisp ≥ NPSHreq
44
22
09/04/2022
Problema 6.3
• O circuito hidráulico representado deverá
elevar um caudal de 40 m3/h de água potável. A LH
em m3/s.
• O reservatório possui sensores de nível baixo C
e alto localizados, respetivamente, a 1 m e 3 2m
m da entrada (B).
• A equilibragem do circuito é realizada com 2m
45
Problema 6.3
Nestas condições determine:
A LH
B
de modo a garantir o caudal desejado e
permitir o enchimento do reservatório até à
sua cota máxima.
b) A potência absorvida pela bomba, assumindo um
40m
rendimento de 65%.
c) Admitindo que o NPSH da bomba é de 0,5 mca
C
verifique se existe risco de cavitação na
bomba. 2m
2m
46
46
23
09/04/2022
Problema 6.3
Proposta de resolução do problema
A LH
a) Cálculo da perda a introduzir pela válvula no sistema:
LL
• Caudal: Q = 40 m3/h (11,1 l/s) B
• Altura geométrica: Hgeo = 40 + 2 +3 m = 45 m
Válvula de regulação: ? 2m
TOTAL: 6,2 m
47
47
Problema 6.3
Proposta de resolução do problema
• Diâmetro do tubo: J 101,7 == Az 8,99 h 10 {=2B
• Rugosidade relativa: /J 0,05/101,7 4,92 h 10 }
V2 1,232
Perda de carga localizada: ∆hLK = K × = 6 ,2 × = 0,48 m
2g 2 × 9,81
48
24
09/04/2022
Problema 6.3
Proposta de resolução do problema
Q ( l / s ) × H B ( m ) 11,1 × 47 ,5
P&abs = = = 7,95 kW
102 ×η 102 × 0,65
49
49
Problema 6.3
Proposta de resolução do problema
c) Verificação à cavitação:
pa − pv Vasp
2
V2/2g †0
pa = 1,0 atm ≈1 bar
pv = 0,01227 bar (10º C)
ρ = 1000 kg/m3 (água)
g = 9,81 m/s2
50
50
25
09/04/2022
Problema 6.3
Proposta de resolução do problema
Hgeo,asp = 2 m
f ×L V 0,019 × 4 1,23
2 2
∆h f = + K × = + 2,0 × = 0,21 m
D 2g 0,1017 2 × 9,81
51
51
52
52
26
13/04/2022
Bombas (5)
Aula 15
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
13/04/2022
Instalações de Bombagem
2
13/04/2022
Sistema convencional
3
13/04/2022
é dada por:
4
13/04/2022
Caudal
10
Sistema com perda de carga nula
10
5
13/04/2022
11
11
12
12
6
13/04/2022
13
13
14
7
13/04/2022
15
15
Sistema de controlo
por fecho por válvula
Caudal (m3/h)
Sistema com estrangulamento por válvula
16
16
8
13/04/2022
17
Caudal requerido
Caudal (m3/h) 18
Energia dissipada pelo estrangulamento da válvula
18
9
13/04/2022
Caudal de by-pass
Caudal útil
Caudal do by-pass
Caudal total
Caudal (m3/h)
19
20
10
13/04/2022
21
22
11
13/04/2022
23
23
24
12
13/04/2022
25
Caudal m3/h
26
26
13
13/04/2022
27
28
14
13/04/2022
29
29
30
15
13/04/2022
31
32
16
13/04/2022
33
34
34
17
13/04/2022
35
35
36
18
23/04/2022
Bombas (6)
Aula 16
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
23/04/2022
BOMBAS
2
23/04/2022
• Grupos adimensionais
− Para uma máquina com determinada geometria, operando com um fluido
incompressível, as variáveis relevantes para o problema serão:
D - diâmetro do impulsor, que dá uma medida do tamanho da própria máquina;
Q - caudal de trabalho;
N - velocidade de rotação;
H - altura de energia através da máquina;
ρ - massa específica do fluido de trabalho;
μ- viscosidade do fluido;
g - aceleração gravítica (ou em alternativa o peso específico do fluido);
P - potência transferida entre o fluido e o impulsor.
− A rugosidade das superfícies (k), por seu lado, é normalmente incluída na forma da
máquina.
6
3
23/04/2022
, , 0
− Coeficiente da altura: Ψ
− Coeficiente de potência: ξ
4
23/04/2022
Q Q
φ=
ND 3
9
Coeficiente de altura (CH) versus coeficiente de caudal(CQ) para Coeficiente de potência (CP) versus coeficiente de caudal (CQ) para
bomba de voluta única. bomba de voluta única.
Variação da razão de eficiência (η/ηb) versus coeficiente de Comparação da relação de eficiência (η/ηbep(Single)) versus coeficiente
de caudal (CQ) para volutas simples, duplas e triplas. 10
caudal (CQ) para bomba de voluta única.
10
5
23/04/2022
(a) (b)
Coeficientes da altura da bomba com água pura: (a) Bomba 1; (b) Bomba 2.
(a) (b) 11
Eficiência global da bomba com água pura: (a) Bomba 1; (b) Bomba 2.
11
Exercício Prático
• Um ventilador é testado no seguinte intervalo de valores:
‒ 0 " " 100 $3/';
‒ 0 " ∆* " 1500 ,;
‒ 0 " " 100 -..
com o desempenho do ponto de projeto (BEP) em que:
‒ 80 $3/'; ∆* 1 000 ,; e 90 -..
‒ O diâmetro do ventilador é 1,2 $; a velocidade é 980 3*$ e
a densidade do ar é 1,2 - /$3.
a) Determinar o rendimento no BEP.
b) Confirmar o valor.
c) Qual seria o desempenho BEP deste projeto de ventilador com dimensão
12
e velocidade diferentes?
12
6
23/04/2022
Exercício Prático
a) Os fatores de normalização a utilizar para b) A confirmação:
formar as variáveis adimensionais são: H 9,9 69,F A
56789 – G 0,890.
‒ 6 1,2 177,3 $ /'; I 9,9 B7
:9
56789
‒ 6 1,2 18 199 ,;
:9
56789
‒ 1,2 6 6 1,2
:9
3 227 391 . < 3 227,4 -..
13
Exercício Prático
c) Qual seria o desempenho BEP deste projeto de ventilador num dimensão e
velocidade diferentes?
• Por exemplo : • Os valores do ponto de projeto (BEP)
de , ψ, ξ e ηT são calculados como:
‒ 0,8 $;
‒ 0,451 6 96,5
‒ 1 800 3*$. 43,52 $ ⁄' ;
– Os fatores de normalização a serem ‒ ∆* C 0,055 6
usados para formar as variáveis 27 289 1 500 ,;
adimensionais são:
56A 899
‒ E 0,0279 6
‒ 6 0,8 96,5 $ /'; 2 633,7 73 480 . < 73,5 -.;
:9
14
14
7
23/04/2022
15
Q
H [m] η [%]
[m3/h]
10 18 32
20 18,5 54
30 18 70
40 16,5 79
50 14 79
60 10 66
70 5,4 38 16
Curvas características da bomba
16
8
23/04/2022
7,8A6AF
• Ψ 0,102
L A8 , 9,
.FAF,:
• ξ
L A999 6A8 , 69,
0,0012
Nota: Para trabalhar em unidades coerentes as expressões dos coeficientes são apresentadas em função da velocidade angular ω
(rad/s) e não da rotação n (rpm). 17
17
9,997 69,A9
− η 0,79 (conforme dado original do fabricante)
! 9,99A
• O mesmo pode ser realizado para cada ponto fornecido pelo fabricante.
Nota: O valor 0,79 é obtido quando se trabalha com todo o numero de casas disponibilizadas pelo Excel.
18
18
9
23/04/2022
Q Φ Ψ ξ
H [m] η [%] W [W]
[m3/h] (x 100) (x 10) (x 100)
10 18 32 1.532,8 0,19 1,31 0,08
20 18,5 54 1.867,1 0,38 1,35 0,0
30 18 70 2.102,1 0,57 1,31 0,11
40 16,5 79 2.276,6 0,76 1,20 0,12
50 14 79 2.414,6 0,95 1,02 0,12
60 10 66 2.477,3 1,14 0,73 0,13
70 5,4 38 2.710,7 1,33 0,39 0,14 19
19
20
20
10
23/04/2022
21
21
22
11
23/04/2022
23
24
12
23/04/2022
2 >Dn
C
o
25
Exercício Prático
• Uma bomba com rotor de 343 mm opera no seu ponto de
máxima eficiência à velocidade de 1750 rpm, com um caudal de
115 m3/h e uma altura manométrica de 50 m.
a) Determinar o tipo de bomba.
b) Determinar a altura e capacidade específica.
26
26
13
23/04/2022
Exercício Prático
• Proposta de resolução
Dados: D = 343 mm; Q = 115 m3/h;
Hman = 50 m; n = 1750 rpm.
1.750 115⁄3.600
q ⁄F
3*$ ⁄
>Dn 50 F
≅ 16,6 3*$
∴ Conclui-se que a seleção passa por um rotor
centrífugo normal, dado que o valor é menor
que 25 rpm.
A altura especifica determina-se por :
p p 6 343 6 1.750
o 31,43 $⁄'
60 60
2 >Dn 2 6 9,81 6 50
C 0,99
o 31,43 Altura especifica (Coeficiente de pressão).
27
Pela figura, obtém-se um valor próximo.
27
Exercício Prático
• Proposta de resolução
A capacidade especifica é de:
4 4 6 115⁄3.600
0,011
p o p 6 343 6 31,43
28
28
14
23/04/2022
29
• Velocidade específica
− Note-se ainda, a propósito, que a forma das outras partes da máquina, tais como a
voluta, a secção de entrada ou o difusor, também afetam a velocidade específica, de
certo modo;
− Por exemplo, dados P e H para uma mesma velocidade periférica do impulsor, a uma
maior velocidade (N )corresponde um menor valor de D, logo menores custos;
− Por este motivo, sempre que a escolha recaia entre dois impulsores diferentes, o
projetista prefere a de maior velocidade específica;
− No entanto as máquinas de maior velocidade específica estão limitadas em altura de
queda H, devido aos consequentes problemas de cavitação.
30
30
15
23/04/2022
31
• Análise do desempenho
− Todos estes parâmetros adimensionais são no fundo variáveis de
desempenho globais, caracterizando o funcionamento de determinada
família de turbomáquinas;
− Um dos parâmetros cruciais neste contexto é o rendimento da
máquina.
• Curvas características de funcionamento
− Particularmente útil para descrever as características de diferentes bombas
são os resultados obtidos a partir de ensaios realizados a altura H constante e
velocidade constante.
− Para uma dada máquina e um dado fluido de trabalho incompressível, D e p
são constantes; então c é constante nestes ensaios.
32
32
16
23/04/2022
• Parâmetro de rendimento
− Partindo dos grupos adimensionais atrás definidos, formam-se agora
s a
um novo grupo adimensional: . . ;
t.H T Uk Vf
− Este novo grupo é justamente o rendimento hidráulico da máquina, .
O rendimento global da máquina, >uv . , é algo inferior ao seu
rendimento hidráulico, devido às perdas dentro da própria voluta,
também nas chumaceiras e buchas de vedação;
− No entanto, se o rendimento mecânico for suposto constante, a
potência ao veio da máquina pode ser utilizada em vez de Ph (que é a P
hidráulica na eq.) e também o rendimento global ( ) em vez de ,
para efeitos dos parâmetros adimensionais;
− Das relações anteriores vê-se que é apenas função da potência P, o
que pode ser representado graficamente como se segue. 33
33
H
wxyz
η N
wxyz
wxyz
Qη
Os valores (…)ηmax, são invariáveis para uma família de máquinas geometricamente
semelhantes, independentemente de D, N e ρ 34
34
17
23/04/2022
35
Caudal
Modificação da curva da altura-caudal em função da rotação.
35
36
18
23/04/2022
Alterações permanentes
• Estas alterações podem fazer-se, sempre seguindo as
indicações do fabricante, sem serem excecionalmente caras:
Para as bombas centrifugas: Para as bombas de deslocamento
‒ Pode mudar-se o diâmetro positivo:
do impulsor dentro dos
limites permitidos pelo ‒ Quer sejam rotativas quer
fabricante, obtendo-se uma sejam alternativas o processo
gama de curvas normal será alterar a
características. velocidade de acionamento.
‒ Pode ainda alterar-se a
velocidade de acionamento, ‒ Dever-se-á considerar a
com recurso a variadores de alteração da potência
frequência. absorvida.
‒ Nestes processos dever-se-á
considerar a alteração da
potência absorvida. 37
37
38
38
19
23/04/2022
39
39
BOMBAS
40
40
20
23/04/2022
gH Q
= FH 3
N 2 D2 ND
P Q
= FP 3
Y = f (X )
ρN 3 D 5 ND
Só há um grupo adimensional
Q
η = Fη 3
independente, para Re elevado.
ND etc.
41
41
Q Q
φ=
ND 3
42
42
21
23/04/2022
ND 1 ND 2
gH gH
2 2 = 2 2 e η1 = η2
N D 1 N D 2
1≡2 Q
φ=
ND 3
• Os pontos 1 e 2 são pontos dinamicamente semelhantes (mesmos
grupos adimensionais, mesma proporção de grandezas dinâmicas e
cinemáticas).
43
43
• Mesma máquina: D1 = D2
1000 rpm
gH
ψ= 1200 rpm
N 2D2 1350 rpm
1500 rpm
Q1 Q2 gH 1 gH
3
= = 2 22
N1 D N 2 D3 2
N1 D 2
N2 D
12
Q1 H 1 N1
= =
Q2 H 2
1≡2 Q
N2 φ=
ND 3
44
22
23/04/2022
45
46
23
23/04/2022
Alteração de Diâmetro e
Alteração de Diâmetro Alteração de velocidade
velocidade
Df Nf Df N f
Q f = Qi Q f = Qi Q f = Qi
Di Ni Di N i
2
Df Nf
2
Df N f
2
H f = H i H f = H i H f = H i
Di Ni Di N i
3 3 3
Df Nf D N
Pf = Pi Pf = Pi Pf = Pi f f
Di Ni Di N i
• Caudal (Q); Altura manométrica (H); Potência (P); Diâmetro do impulsor (D);47
Velocidade (N); Inicial (i) e ; Final (f);
47
48
48
24
23/04/2022
€ A
€ A
49
49
BOMBAS
Exercícios Práticos
50
50
25
23/04/2022
Problema nº 6.11
• Considerando a velocidade de rotação dada pelo fabricante de 1.450 rpm,
determine o caudal debitado pela bomba para as velocidades de rotação
de 1.000 rpm e 750 rpm e as respetivas alturas de elevação.
Nf
Q f = Qi
Ni
2
N
H f = H i f
Ni
51
51
2
1000 1000
H f = Hi = H i × 0,48 Q f = Qi = Qi × 0,69
1450 1450
• Nf = 750 rpm
750
2
750
H f = Hi = H i × 0,27 Q f = Qi = Qi × 0,52
1450 1450
52
52
26
23/04/2022
53
53
Problema 6.12
Verificação das condições de funcionamento em função da
velocidade do motor
• As condições obtidas nas curvas funcionais do catálogo do fabricante são:
Qf = 280,0 l/s Hf = 60,00 m
Df= 478 mm Nf = 1.450 rpm
• O motor selecionado tem uma potência de 220 kW a que corresponde
uma velocidade nominal de 1.485 rpm.
a) Quais as condições reais de funcionamento ?
b) Considerando que as condições de funcionamento obtidas não são
desejadas pelo operador. Calcule o diâmetro do impulsor
adequado para proporcionar o ponto de funcionamento
pretendido. 54
54
27
23/04/2022
56
28
23/04/2022
57
57
.799
• A A A.F 9 2 A e A 4 A
N
• 1 30 − 300 A onde: A
• 10 − 40 5 − 10
58
58
29
23/04/2022
Problema 6.14
• Selecione uma bomba para as seguintes a) Calcule a potência absorvida ao
condições de serviço: veio da bomba, considerando
η=68%.
− Q = 25 l/s (90 m3/h) b) Calcule a máxima altura de
− H = 80 m; Δhasp = 1,5 m aspiração admissível para tanques
abertos.
− Produto: c) Calcule a máxima altura de
• Ácido sulfúrico com uma aspiração admissível para tanques
fechados inferiores à bomba,
concentração de 60 %; submetidos a uma pressão
• Pv = 9705 Pa. relativa de 0,5 bar.
59
H (m)
60
Q (l/s)
60
30
23/04/2022
H (m)
NPSH (m)
P (kW)
61
61
Problema 6.14
Proposta de resolução do problema
• O motor elétrico deverá ter a potência a instalar majorada em 10%, o motor deverá
ter uma potência superior a 47,6 kW.
62
31
23/04/2022
63
63
64
32
23/04/2022
65
• Significa que a superfície do líquido tem que estar 4,8 m acima do eixo da bomba
para não ocorrer cavitação
66
66
33
23/04/2022
67
67
N⁄
′ 6 260 250,2 $$
B
N⁄
89
′ 6 260 250,5 $$
8:,
Atribui-se um diâmetro de 250 mm
68
68
34
23/04/2022
69
35
23/04/2022
Bombas (7)
Aula 17
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
23/04/2022
BOMBAS
η N
Qη Q
η = ηmax para Qη, Hη e Pη (valores nominais para N considerado) 4
2
23/04/2022
Velocidade específica
• (X)ηmax caracterizam numericamente uma dada geometria (do
ponto de vista do funcionamento), nomeadamente:
Q gH
φη = 3 e ψη = 2 2
ND η max N D η max
12
φη N Q
Ω = 32 = 34
ψ η ( gH ) η max
Ω - Velocidade Específica 5
Velocidade específica - Ω
• Mesma família tem idêntica:
12
φη N Q
Ω = 32 = 3 4
ψ η ( gH ) η max
3
23/04/2022
Velocidade específica
e geometria de
bombas
4
23/04/2022
Velocidade
específica e
geometria
de turbinas
hidráulicas
5
23/04/2022
Diâmetro específico
• (X)ηmax caracterizam numericamente uma dada geometria (do
ponto de vista do funcionamento), nomeadamente:
Q gH
φη = 3
e ψη = 2 2
ND η max N D η max
12
ψ η1 2 D (gH )1 4
∆= =
φ
η Q η max
∆ - Diâmetro Específico
11
11
Diâmetro específico - ∆
12
12
6
23/04/2022
Diagrama de Cordier
• Permite relacionar de forma
estatística velocidade específica
com o diâmetro específico.
12
φ N Q
Ω = 3η 2 = 34
ψ η ( gH ) η max
com
12
ψ 1 2 D( gH )1 4
∆= η =
φη Q η max
13
13
Diagrama de Cordier
Tecnologias de
escoamentos de Fluidos:
compressores; ventiladores
e bombas.
Velocidade especifica (Ω=Ns)
14
7
23/04/2022
• Resposta
Voluta
N Q 333 14,5 2
Ω= = 60 = 0,58
34
(gH ) η max (9,8 × 180 2 )3 4 1 voluta + 2 rotores = bomba em serie = total da
perda de carga cada rotor tem Hmax 15
15
Diagrama de Cordier
Ω = 0,58
∆ = 4,7
0,58
∆ Q
D= 14
= 2319mm
( gH ) η max
16
16
8
23/04/2022
Diagrama de Cordier
Tecnologias de
escoamentos de Fluidos:
compressores; ventiladores
e bombas.
Velocidade especifica (Ω=Ns)
0,58
4,7
Diâmetro especifico (Δ=Ds) 17
17
BOMBAS
Influência da viscosidade
18
18
9
23/04/2022
Influência da viscosidade
• As propriedades do fluido
(densidade, viscosidade, atividade
química, presença de partículas
sólidas no fluido bombeado, etc.)
desempenham um importante papel
na seleção do tipo de bomba a ser
utilizada para uma aplicação
específica.
• No entanto, o aumento da
viscosidade do fluido diminui a
energia de carga (H) e a eficiência (η)
desenvolvidas pela bomba,
acompanhado por um aumento de
potência hidráulica (P) e,
consequentemente, aumento no Efeito da viscosidade no desempenho de uma bomba centrífuga
19
consumo de energia da bomba. em velocidade constante.
19
Influência da viscosidade
• Para fluidos aquosos (fluidos com • Para ν > 100 cSt, a redução da carga
aproximadamente a mesma e a perda de eficiência são
densidade e viscosidade da água), o consideráveis.
desempenho da bomba é quase o
mesmo citado pelo fabricante. • Estas bombas têm rotor com grandes
• O desempenho da bomba centrifuga diâmetros e funcionam a velocidades
não se altera para fluidos com altas para aumentar o número de
viscosidade cinemática ν < 20 cSt. Reynolds e, consequentemente,
diminuir o efeito relativo das forças
• Este desempenho pode mudar viscosas.
consideravelmente ao manusear
líquidos que não sejam água. • Para determinar as características da
• No entanto, o desempenho das bomba para o escoamento de
bombas volumétricas é menos líquidos viscosos, são utilizados
afetado pela viscosidade do fluido fatores de correção para obter as
em comparação com as bombas curvas de altura manométrica,
dinâmicas. eficiência e potência. 20
20
10
23/04/2022
Influência da viscosidade
• Pode-se observar que diminuindo a
viscosidade e para o mesmo
coeficiente de caudal (φ), o coeficiente
de carga da bomba aumenta (ψ), e a
eficiência aumenta (η), pois a potência
absorvida (e binário) diminui.
• O melhor ponto de eficiência (BEP)
muda para caudais mais elevados à
medida que a viscosidade do fluido
diminui e a eficiência ( )
correspondente aumenta.
• Conceitos importantes para a operação
da bomba dentro da região de
cobertura hidráulica baseados no
caudal relativo q*: Curvas de desempenho da bomba - coeficiente de carga ( ) e
eficiência ( ) vs. coeficiente de fluxo ( )
∗
21
21
Influência da viscosidade
• ,
22
22
11
23/04/2022
23
10M 10N
24
24
12
23/04/2022
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
Resposta:
ND 2 151,8 × 0,32
Reag = = = 1,4 × 107
ν ag 10−6
f H (Re ag ) = fη (Re ag ) = 1
25
25
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 8×
a) Caudal, rendimento e altura de elevação de petróleo bruto (ν ×10-6 m2/s)?
0,98
Resposta:
ND 2 151,8 × 0,32
Re p = = = 1,7 × 106
νp 8 × 10 −6
f H (Re p ) = 1
fη (Re p ) = 0,98 1,7x106
26
26
13
23/04/2022
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 8×
a) Caudal, rendimento e altura de elevação de petróleo bruto (ν ×10-6 m2/s)?
= f H (Reag )F (ωag )
gH ag
Resposta: N 2D2
= f H (Re p )F (ω p )
ND 2 gH p
Re p = = 1,7 × 106
νp N 2 D2
se ωp = ωag então F(ωp) = F(ωag) e
f H (Re p ) = 1 f H (Re p )
H p = H ag = 46m
f H (Re ag )
27
27
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 8×
a) Caudal, rendimento e altura de elevação de petróleo bruto (ν ×10-6 m2/s)?
η p = f H (Re p ) f (ω p )
ND 2
Re p = = 1,7 × 10 6
νp
se ωp = ωag então f(ωp) = f(ωag) e
fη (Re ag ) = 0,98 fη ( Re p )
η p = η ag = 0,88 × 0 ,98 = 0 ,8624
fη ( Reag )
28
28
14
23/04/2022
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 8×
a) Caudal, rendimento e altura de elevação de petróleo bruto (ν ×10-6 m2/s)?
Resposta: N Qp N Qag
se ωp = ωag então =
(gH )
p
34
(gH )ag
34
Hp
Q p = Qag = 0,07 m 3 s
H ag
29
29
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 200×
b) Caudal, rendimento e altura de elevação de fuel (ν ×10-6 m2/s)?
0,95
Resposta: 0,74
ND 2
Re f = = 6,8 × 10 4
νf
f H (Re f ) = 0,95
30
30
15
23/04/2022
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 200×
b) Caudal, rendimento e altura de elevação de fuel (ν ×10-6 m2/s)?
= f H (Re ag )F (ω ag )
gH ag
Resposta: N 2D2
= f H (Re f )F (ω f )
ND 2 gH f
Re f = = 6,8 × 10 4
νf N 2D2
se ωf = ωag então F(ωf) = F(ωag) e
f H (Re p ) = 0,95 f H ( Re f ) = 46 × 0,95 = 43,7m
H f = H ag
f H ( Reag )
31
31
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 200×
b) Caudal, rendimento e altura de elevação de fuel (ν ×10-6 m2/s)?
η = fη (Re ag ) f (ωag )
Resposta:
η f = f H (Re f ) f (ω f )
ND 2
Re f = = 6,8 × 10 4
νf
se ωf = ωag então f(ωf) = f(ωag) e
fη (Re f ) = 0,74 fη ( Re f ) = 0,88 × 0,74 = 0,65
η f = η ag
fη ( Reag )
32
32
16
23/04/2022
Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 200×
b) Caudal, rendimento e altura de elevação de fuel (ν ×10-6 m2/s)?
Resposta: N Qf N Qag
se ωf = ωag então =
(gH )
f
34
(gH )
ag
34
Hf 43,7
Q f = Qag = 0,07 = 0,065 m 3 s
H ag 46
33
33
BOMBAS
34
34
17
23/04/2022
35
PROPERTIES OF WATER
Temperature Density ρ Viscosity µ Kinematic Surface Vapor Bulk
3 2
°C kg/m (N.s/m ) Viscosity v tension σ pressure, modulus B,
2
m /s N/m kPa Pa
-3 -6 7
0 999.9 1.792X10 1.792X10 0.0762 0.588 204X10
36
18
23/04/2022
37
38
38
19
23/04/2022
Problema 6.6
Determinação da bomba apropriada para Bombeamento de Líquidos Viscosos.
• Selecione a bomba apropriada com uma velocidade de 1450 rpm para a
bombagem de óleo mineral com as seguintes condições de operação:
− Qz = 31 l/s
− Hz = 20 m
• O óleo mineral, com as seguintes características:
ν = 500×10-6 m2/s
ρ = 897 kg/m3
39
39
LICENCIATURA
0,78 EM ENGENHARIA MECÂNICA
REDES DE FLUIDOS
0,83
0,49
40
31
40
20
23/04/2022
41
41
ρ . g . H z .Qz
W& z = z
η z .1000
42
Nota importante: Se Hz > Hw toma-se Hz = Hw
42
21
23/04/2022
43
43
Problema 6.7
• Bombeamento de Líquidos
Viscosos - Alteração da curva
característica da bomba.
• Com base na curva característica
da bomba representada na figura,
construa a curva apropriada.
• Para funcionar com óleo mineral,
com as seguintes características:
ν = 500×10-6 m2/s
ρ = 897 kg/m3
N = 1450 rpm
44
44
22
23/04/2022
45
45
BOMBAS
Exercícios Práticos
46
46
23
23/04/2022
Problema nº 6.14
Dimensionar o diâmetro de tubagem de aspiração de uma bomba com um
OP&:3 1,9 >, conforme está representado na figura.
Dados conhecidos do sistemas:
• Caudal: 540 =/min
• Comprimentos: W1 1,95 >; W2 2,3 >
• Desnível geométrico: &% 2,6 >
• Flange de entrada da bomba 65 >>
• Propriedades da gasolina:
− Densidade: 0,78
_
− Viscosidade: ν 6 _ 10 6 >2/5 (6 cSt)
− Pressão de vapor a 25º C: Oa 35,2 +O8
• NPSHreq pela bomba: 1,9 >
47
47
48
24
23/04/2022
Regime turbulento
− Diagrama de Moody:
− Re= 18.600
i
0,00042
f = 0,027
− ε=0,046mm εr =
I
49
49
f=0,027
0,00042
18 600
50
50
25
23/04/2022
jk * $
0,027 1,096$
_ 0,0166 >/>
W 2% 2 0,1022 _ 9,81
51
51
Pa 103,3
= = 13,2 m
γ 7,8
52
26
23/04/2022
− OP&mnop q
s t
s ∆v s ∆jwop
r.F r.F
53
53
Problema Nº 6.9
54
54
27
23/04/2022
20 m horizontal
25 m
5 m horizontal
3m
55
55
Resolução
Cálculo da velocidade: Q = VA vasp=1,22 m/s e vcomp=1,75 m/s
• Altura manométrica da aspiração:
− Comprimento total tubo de aspiração: 8,0 m
− Comprimento equivalente curva 3”: 2,5 m
− Idem Válvula de pé e filtro: 20,0 m
− Comprimento equivalente: 30,5 m
L V2 30,5 × 1,22 2
∆h = f = 0,054 × = 1,64 m
D 2g 0,0762 × 2 × 9,8
56
56
28
23/04/2022
L V2 56 ,6 × 1,75 2
∆h = f = 0,0565 × = 7,87m
D 2g 0,0635 × 2 × 9,8 57
57
y_ x _& 1 _ 20 _ 37,5
Ox 3,1 +z
367 _ 367 _ 0,65
{
• Rendimento da M.E. η=0,85 e fator de segurança 10%
•,€_€,€•
|}~ ~„,•€ …†
•,‚ƒ
58
58
29
23/04/2022
Problema nº 6.10
Considerando que no sistema representado
na figura, o escoamento realiza-se em
regime turbulento calcular: Hmax = 90 m
a) Caudal volúmico. Z2 = Hmax
b) Potência da bomba ( ‡ 70 %)
DN 200
Hb = 40 m
Hmin = 60 m
Z1 = Hmin
59
Tanque aberto
59
Problema nº 6.10
• Tubagem de aço macio;
• Comprimento total 400 m;
• Fluido – água a 20º C;
• Coeficientes de perda de carga localizada:
Válvula de isolamento kvi = 0,5
Válvula de retenção kvr = 1,5
Válvula de pé com ralo kpr = 2,5
Curvas a 90º kc = 0,5
Descarga no reservatório ks = 1,0
60
60
30
23/04/2022
61
62
31
23/04/2022
Q ( l / s) × H b ( m ) 62, 8 × 40
P&abs = = = 35 , 2 kW
102 × η 102 × 0 ,7
63
63
64
32
23/04/2022
Bombas (8)
Aula 18
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
23/04/2022
Sistemas de Bombagem
2
23/04/2022
• Representa-se em:
‒ Ordenadas a posição da conduta (em geral o infradorso)
e a altura piezométrica do fluido calculado a partir das
perdas de carga.
‒ Abcissas as distâncias ao longo da conduta.
Perfil longitudinal das condutas
3
23/04/2022
4
23/04/2022
10
5
23/04/2022
11
11
12
12
6
23/04/2022
13
13
14
14
7
23/04/2022
15
Depósito
sob
vácuo
16
16
8
23/04/2022
17
17
18
18
9
23/04/2022
19
19
20
20
10
23/04/2022
21
21
22
22
11
23/04/2022
23
24
12
23/04/2022
25
25
26
26
13
23/04/2022
27
27
28
28
14
23/04/2022
30
30
15
23/04/2022
31
31
32
16
23/04/2022
33
33
34
34
17
23/04/2022
35
35
36
36
18
23/04/2022
37
37
38
38
19
23/04/2022
39
39
40
40
20
23/04/2022
41
41
42
42
21
23/04/2022
43
43
44
44
22
23/04/2022
45
45
46
46
23
23/04/2022
47
47
48
48
24
23/04/2022
49
49
50
50
25
23/04/2022
51
51
52
52
26
23/04/2022
53
53
54
54
27
23/04/2022
55
55
56
56
28
23/04/2022
Bombas (9)
Aula 18
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
57
58
58
29
23/04/2022
ESTAÇÂO ELEVATÓRIA
ÁGUAS RESIDUAIS
DE
VILAMOURA
Planta superior 59
59
Piso Inferior 60
60
30
23/04/2022
61
61
62
62
31
23/04/2022
63
63
64
32
23/04/2022
65
ESTAÇÃO SOBREPRESSORA DE ÁGUA POTÁVEL DE VALE DE LOBO
65
66
66
33
23/04/2022
67
67
68
34
23/04/2022
69
Exercícios Práticos
70
70
35
23/04/2022
Problema 6.15
• A bomba que está a bombear água a 10º C para dois reservatórios (sistema
representado na Figura 1) e tem a curva representada Figura 2.
Figura 1
71
Figura 2
71
Problema 6.15
• O caudal total é de 180 l/s. O sistema é formado pelos reservatórios R1 e R2, cujas
cotas do nível de água são respetivamente 135 m e 150 m, sendo o nível de água no
reservatório de aspiração de 100 m.
• As condutas são de FFD (ferro fundido dúctil) com uma rugosidade absoluta de 0,26
mm, diâmetros nominais de respetivamente DN1= 200mm, DN2 =350 mm e DN3 =
450 mm, com comprimentos L1 = 1200 m, L2 = 800 m e L3 = 1500 m, os coeficientes
de perdas de carga devidos a todas as singularidades são de k1 = 6,0; k2 = 4,0 e k3 =
6,0.
• Desprezando as perdas de carga na aspiração determine:
a) O caudal afluente a cada um dos reservatórios.
b) A altura manométrica de funcionamento da bomba.
c) Selecione no gráfico do fabricante, o diâmetro do impulsor adequado.
d) Confirme por meio de cálculo a potência necessária para o motor elétrico,
obtida nas curvas do fabricante.
e) A altura máxima admissível entre o nível de água no reservatório de aspiração e
o eixo da bomba. 72
72
36
23/04/2022
4 Hidráulico rugoso
(⁄
• Constrói-se a tabela: ε= 0,26 mm
Cota piezométrica
atribuída
H0 R cota R ∆h L (m) D (mm) ε/D f K v (m/s) Q (l/s)
1 135 25 1200 200 0,0013 0,021 6 132 1,93 60,6
160
2 150 10 800 350 7,43E-04 0,018 4 45 2,08 200,6
Σ= 261,1
1 135 19 1200 200 0,0013 0,021 6 132 1,68 52,8
154
2 150 4 800 350 7,43E-04 0,018 4 45 1,32 126,9
Σ= 179,7
• Com a cota piezométrica de 154 m, na junção, o caudal é muito próximo de
180 l/s pelo que se considera a distribuição de 127 l/s e 53 l/s aceitável. 73
73
37
23/04/2022
75
180 57
! 130,6 (
102 0,55
76
76
38
23/04/2022
• Como é evidente esta altura seria ligeiramente inferior uma vez que teríamos
de considerar as perdas de carga na aspiração.
77
77
Problema 6.16
• A refrigeração do condensador de uma unidade de arrefecimento de água (chiller) é
assegurada por um circuito fechado (Bombeamento em circuito fechado) em que
circula água, conforme representado na Figura 1.
• A tubagem é de aço carbono st 37.2 DN 100, DIN 2458, parede corrente (standard),
o circuito é complementado por uma bomba de recirculação de água, com um
rendimento de 72% e um permutador de placas com um regime de funcionamento
30/20º C no lado do circuito de recirculação.
• O caudal que circula neste circuito é medido com recurso a um caudalímetro do tipo
diafragma, com a equação de descarga abaixo apresentada, em que a razão efetiva
de diâmetros é de [D1/D2 = 2] e o coeficiente de descarga Cd = 0,7. A pressão
diferencial medida no diafragma é de 30 kPa.
• As perdas de carga no condensador e no permutador são determinadas com base na
expressão Δh = 15 × 103 × Q2 [mca] e Q em m3/s.
78
78
39
23/04/2022
Problema 6.16
Figura 1
79
79
Problema 6.16
2 ∆1
)*+ ⁄,- ./ 0
0
2 31
80
40
23/04/2022
0,0958 2 30 10+
0,7 0,01 *+ /,
4 997,1 2@ 3 1
81
81
82
41
23/04/2022
83
84
84
42
23/04/2022
85
86
86
43
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Aula 19
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
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2
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3
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4
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"
10
10
5
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2&'(
#
• Em que é a pressão média do fluido no interior da
conduta. 11
11
)*+
!
Onde: )*+ 12
,
12
6
30/04/2022
13
Coeficiente de compressibilidade
Coeficiente de compressibilidade
• Como o volume é uma função da temperatura e da pressão,
. será uma função dessas mesmas variáveis, ou seja:
. . 2, & ;
• O coeficiente de compressibilidade é normalmente
determinado para a pressão média:
p9 : p; :
p6 2/3 ;
p9 p; ;
14
14
7
30/04/2022
Fator de atrito
• A velocidade de escoamento de fluidos compressíveis em
condutas poderá variar de valores muito baixos em sistemas
de baixas pressões (BP) até valores apreciáveis em sistemas
de transmissão de gás a altas pressões (AP);
• Escoamentos com velocidade reduzida têm frequentemente
propriedades de escoamento laminar e quando as
velocidades são elevadas o escoamento é completamente
turbulento;
• Contudo a maioria dos sistemas de distribuição de gás
operam na região parcialmente turbulenta;
• Na região laminar o coeficiente de atrito é função do número
de Reynolds Re e define-se pela relação de Hagen-Poiseuille:
< 15
=
15
Fator de atrito
• Substituindo na equação geral do escoamento obtém-se a
equação de Hagen-Poiseuille para o escoamento laminar;
• No escoamento turbulento o fator de atrito f depende do
número de Reynolds e da rugosidade relativa das paredes do
tubo;
>
• A rugosidade relativa das paredes do tubo é:
16
8
30/04/2022
Fator de atrito
• De acordo com os trabalhos de Wilson e Ellington (1958) a
região de escoamento turbulento poderá ser separada para
qualquer rugosidade relativa em duas partes:
− Uma para a qual o fator de atrito depende somente do número de
Reynolds (região parcialmente turbulenta) e é determinada pela
equação implícita:
CD = E, F 2300 @ 1A @ 107
17
Fator de atrito
• Nas regiões parcialmente turbulenta e turbulenta o fator de
atrito deverá ser corrigido de forma a introduzir o efeito de
forças adicionais de arrasto devidas a juntas de soldadura,
acessórios, impurezas, ferrugem e incrustações no interior
dos tubos;
• Para proceder a esta correção introduziu-se um fator de
eficiência ξ que varia entre 0,7 e 1,0 para a maioria das
condutas de gás;
• O valor de 1,0 representa uma eficiência ideal ou seja quando
as paredes interiores do tubo são perfeitamente lisas e estão
completamente limpas;
• O valor de 0,8 é utilizado para tubos novos não lisos; 18
18
9
30/04/2022
Fator de atrito
• O valor de 0,7 aplica-se a tubos de aço velhos.
J
K = C
19
19
Número de Reynolds
• Para os fluidos compressíveis a expressão mais apropriada
para o número de Reynolds é:
=
L
• Nos casos dos fluidos compressíveis, e atendendo à equação
de continuidade, é usual, referir o produto da velocidade pela
densidade ao estado normal, então:
=
L
20
20
10
30/04/2022
Número de Reynolds
• O caudal normal (n) poderá ser apresentado em função do
caudal volúmico, em (MF-n// ) e ter-se-á:
r V ×π × D2 r 4 × Q& × ρ n
Q& = V × A = ∴V =
4 π × D × µ × 3600
q&vn ρn
Re = 353,7
106 µ D
• ou em termos de caudal mássico OP -QR/S/, e ter-se-á:
m& &
m
Re = 353, 7 ou Re = 353, 7
10 µ D
6
10 υ ρ D
6
21
Equações empíricas
Equação de Lacey
• Esta equação aplica-se a condutas que funcionam com as
pressões manométricas compreendidas de 0 - 75 mbar.
,I EY<
!
com p em mbar; D em mm, L em m; obtém-se Qn em m3/h.
• O valor de X a utilizar nesta equação é determinado pela
equação de Unwin´s:
E, EE<<
E, I 22
22
11
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Equações empíricas
Equação Polyflo
• Esta equação é utilizada para redes de média pressão
manométrica a operar entre 0,075 e 7,0 bar.
I, I EY<
!
com p em bar e Qn em m3/h.
• O valor de X a utilizar na equação é determinado pela
equação:
, FF, =E,EI J
23
23
Equações empíricas
Equação de Panhandle
• Esta equação aplica-se para pressões que operam com
pressões manométricas superiores a 7,0 bar.
I, I EY<
Y<
!!
com p em bar e Qn em m3/h.
, ,I =E,EIF J
24
24
12
30/04/2022
2 2 ƒ LZ Q 2 vn ρ r
p1 - p2 = 17,8
( 100 D )
5
25
25
• Onde:
p1 e p2 pressões na origem e na extremidade, absolutas em bar;
S (ou dr) densidade do gás relativamente ao ar;
Leq comprimento do troço (+20% p/ perdas de carga) em m;
Q caudal em m3(st)/h à temperatura de 15º C e 1013 mbar;
D diâmetro da conduta em mm.
26
26
13
30/04/2022
F. EE ! ,, Y<,,
Onde:
p1 e p2 pressões na origem e na extremidade, absolutas em mbar.
• A equação de Renouard simplificada é válida para os casos em que:
[
@ 150 e;
\
[
1A 2 @2 10^ (fórmula de Kowarski)
\
27
27
28
14
30/04/2022
p2 = p1 + ρ gh = p1 + γ h
Onde:
P1 – pressão de entrada;
P2 – pressão de saída. (N/m2 ; Pa)
29
h – Altura geométrica (m)
29
p1 − p2 = ( ρ gás − ρ ar ) g ∆h = ( γ gás − γ ar ) ∆h
• Introduzindo então a energia de posição da equação de Bernoulli,
aplicado a duas secções de uma tubagem que transporta um fluido,
traduz em termos analíticos o princípio da conservação da energia e
resulta na fórmula mais geral:
LV 2 ρ
p1 − p2 = f ± gh ( ρ gás − ρ ar )
2D
• A equação permite constatar que a variação de energia (perda)
ocorrida de montante a jusante da tubagem, é devida à variação de
30
pressão.
30
15
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31
31
32
16
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33
34
34
17
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Redes de Ar Comprimido
35
35
36
36
18
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37
37
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39
39
40
20
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41
− 2º Processo
Fixa-se o limite para a perda de carga e calcula-se o diâmetro
correspondente.
Adota-se o diâmetro comercial imediatamente superior.
42
42
21
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D
43
44
44
22
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45
45
Dimensionamento de redes de
ar comprimido
Exercícios Práticos
46
46
23
30/04/2022
47
47
Problema 8.1
1ª Solução – Equação Geral
D = 0,038 m
3,5 O: -y/⁄Ozy
Q = 3,5 m3(n)/min nhw'x
8 |V} 60 ~⁄Ozy
0,00728 O: ⁄~
p = 7 bar (8 bar(a))
• A velocidade de escoamento determina-se por:
4 n 4 7,28 10Y:
0 6,42 m/s
o p; o 0,038;
48
24
30/04/2022
Problema 8.1
1ª Solução – Equação Geral
1,294 × 10 −5 1,294 × 10 −5
α = 5 ,07 × 10 −4 + = 5 ,07 × 10 −4 + = 8,475 × 10 −4
D 0 ,038
Q2 × L× ρ × g
Aplicando a equação geral: h f = 3,25 × 10 −5 × α ×
D5
0 , 00728 2 × 100 × 9, 632 × 9, 81
h f = 3, 25 × 10 −5 × 8, 475 × 10 −4 × = 0 , 174 bar
0 , 038 5
49
49
Problema 8.1
2ª Solução – Equação Atlas Copco
Q 1,85 × L 3,5 1 ,85 × 100
h f = 82970 × = 82970 × = 0 ,133 bar
D5 × p i 38 5 × 8
50
50
25
30/04/2022
51
51
Problema 8.2
Resolução
• À pressão de 7 bar, o caudal de ar é de:
&9 09 1
0; 35 4,37 O: ⁄Ozy 0,073 O: ⁄~
&; 8
1,294 × 10 −5 1, 294 × 10 −5
α = 5 ,07 × 10 −4 + = 5 ,07 × 10 −4 + = 6 , 36 × 10 −4
D 0 ,10
ρ0º C;1 bar = 1,2922 kg/m3
8 1,2922 273,15
ρ30º C;8 bar= 303,15 1
9,31 Q R⁄O:
Q2 × L× ρ × g 0 , 073 2 × 200 × 9, 31 × 9, 81
h f = 3,25 × 10 −5 × α × = 3, 25 × 10 −5 × 6 , 36 × 10 −4 × = 0, 201 bar
D5 0 , 10 5
52
52
26
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2º Processo
• Cálculo do diâmetro uma vez fixada a perda de carga
admissível
Q2 × L × ρ × g
D = 5 3,25 × 10 −5 × α ×
hf
53
53
54
54
27
30/04/2022
Problema 8.3
Resolução
• O caudal de ar à pressão de 6 bar manométrico é de:
5
n 12 2 1 25,2 O: -y//Ozy
100
55
Problema 8.3
Resolução
7 1,2922 273,15
ρ30º C;7 bar = 8,150 Q R⁄O:
303,15 1
Q2 × L× ρ × g
h f = 3,25 × 10 −5 × α ×
D5
0 , 06 2 × 150 × 8, 150 × 9, 81
= 3, 25 × 10 −5 × 6 , 33 × 10 −4 × = 0 , 079 bar 56
0 , 1023 5
56
28
30/04/2022
57
57
29
30/04/2022
Compressores
Aula 20
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
30/04/2022
Compressores
• Os líquidos são praticamente incompressíveis, assim a
principal ação das bombas é pressurizar e forçar o transporte
de líquidos.
2
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3
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4
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Regimes de funcionamento
• Faixas de trabalho dos diferentes
tipos de compressores:
– Diafragma:
• Pressões até 300 MPa;
• Caudais até 200 m3(n)/h.
– Alternativo (êmbolo):
• Pressões até 400 MPa;
• Caudais até 5.000 m3(n)/h.
– Centrífugo:
• Pressões até 70 MPa,
• Caudais até 350.000 m3(n)/h.
– Axial:
• Pressões até 10 Bar,
• Caudais até 1.000.000 m3(n)/h.
10
10
5
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Compressor alternativo
• Opera por compressão direta do gás nos
cilindros.
• O êmbolo não percorre completamente o
espaço até ao final da exaustão, por
razões puramente mecânicas, ficando
portanto um volume por varrer (volume
morto).
• Para uma dada velocidade a capacidade e
o rendimento dependem do volume do
cilindro e do volume por varrer.
• É utilizado quando se pretende altas
pressões, em que razões de pressão até
11:1 podem ser atingidas num único
estágio.
• Para maiores pressões utilizam-se vários
estágios de compressão em série.
11
11
12
12
6
30/04/2022
Compressor alternativo
13
Compressor alternativo
• O veio excêntrico (cambota) transformam o movimento
rotativo de um motor elétrico num movimento linear;
• O êmbolo normalmente dispõe de anéis de vedação
(segmentos);
• O cilindro é onde a elevação de pressão acontece, por ação
do êmbolo;
• Uma ou mais válvulas de aspiração e uma ou mais de
descarga;
• As válvulas regulam o fluxo de gás que entra e sai do
cilindro;
• O compressor pode funcionar com ou sem fluido
lubrificante.
14
7
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Compressor alternativo
• Trata-se de um compressor tipicamente aplicado em
sistemas de refrigeração;
• É um compressor alternativo de dois cilindros, com a cabeça
arrefecida através de uma camisa, por água ou fluidos
refrigerantes;
• Outra forma de arrefecimento pode passar por alhetas
externas na tampa e nos lados, que permitem o
arrefecimento por convecção natural;
• Os pistões estão ligados a cambota (8), através de uma
haste. O carter (7) é o invólucro, fechado, que contém todas
as partes móveis, na sua parte inferior armazena o óleo
lubrificante. O sistema de lubrificação inclui uma bomba, um
filtro de óleo e um sistema de arrefecimento do óleo;
• Segundo indica o fabricante, estes compressores podem ser
utilizados para amoníaco ou para fluidos frigorigéneos
fluorocarbonetos;
• O fluido lubrificante reveste o êmbolo (pistão) e pode ser
arrastado pelo fluido frigorigéneo que está pressurizado. Em
alguns casos isto pode ser tolerado, em outros não. 15
15
Compressor alternativo
• É um compressor alternativo, que
funciona pela ação da mudança de
posição de um diafragma metálico.
• A área a amarelo corresponde a um
espaço ocupado por um fluído que
atua como fluido de trabalho
(normalmente, um óleo). Este fluido
é comprimido pelo êmbolo (pistão) e,
por sua vez, comprime o diafragma,
provocando seu deslocamento.
• É particularmente útil para operar
com gases perigosos ou corrosivos,
devido à sua estanqueidade.
• O gás comprimido está
completamente isolado, não há
hipótese de se misturar com o
16
lubrificante.
16
8
30/04/2022
Compressor alternativo
• Próprios para todos os tipos de gases: Gás
natural; Bióxido e monóxido de carbono;
Ar; Amoníaco; Hidrocarbonetos, etc..
• O modelo na vertical, trabalha sem
lubrificação a óleo, para evitar a
contaminação do gás com óleo
lubrificante e podem ser de um ou mais
estágios.
• Os compressores que trabalham “a seco”
são normalmente 30 % mais caros que os
lubrificados. Os que trabalham “a seco” • No modelo horizontal o espaço morto na
são mais difíceis de construir. parte superior do cilindro pode variar com
o compressor em funcionamento, de modo
• O modelo horizontal pode ter 1 a 4 a ajustar a taxa de compressão do mesmo
estágios e é fabricado com tamanhos de em operação.
cilindros diferentes, e em arranjos de • Para maior flexibilidade de operação,
diferentes combinações. permite reconfigurar os estágios de
• Possui uma bomba e um filtro de óleo compressão, e inclusive, mediante uma
lubrificante ou equipados com cilindros válvula de fecho, os cilindros podem passar
17
arrefecidos a água. a operar como de simples efeito.
17
18
18
9
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19
(1)
, politrópico
20
20
10
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(2)
21
V1 – V4 representa o volume de ar
aspirado;
V1 – V3 representa o volume de ar
contido no cilindro e denomina-se
cilindrada;
- volume especifico do gás no inicio
do processo de compressão. 22
22
11
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23
23
→ →
24
24
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@ @ )
34
34
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38
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40
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41
Compressores
Aula 21
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
42
21
30/04/2022
Compressor alternativo
• Quantidade de vapor de água numa massa de ar
− Sabendo-se a humidade relativa do ar
que entra no compressor é possível
calcular a pressão parcial do vapor na
mistura;
− Com a pressão parcial do vapor e
conhecendo o valor da pressão
atmosférica total, pode ser calculada a
humidade relativa, que indica a
quantidade de massa de vapor de água
que se tem por cada kg de ar que entra;
− Quantidade de vapor de água presente
numa dada massa de ar:
&c
b f 100%
&d e 43
43
Compressor alternativo
• Quantidade de vapor de água numa massa de ar
− A humidade absoluta permanecerá a
mesma ao longo do processo, mas as
pressões mudam no compressor;
− A pressão total fica maior e a pressão
parcial do vapor muda devido à
mudança de temperatura;
− A máxima pressão parcial que o
vapor de água pode ter na mistura é
a de saturação correspondente à
temperatura (este valor é obtido das
tabelas de vapor saturado);
− Se houver arrefecimento nos estágios
do compressor, haverá condensação Carta Psicrométrica Carrier.
do vapor de água; 44
44
22
30/04/2022
Compressor alternativo
• Quantidade de vapor de água numa massa de ar
− Se a humidade relativa do ar − Lei de Dalton:
admitido no compressor for
Tc Q ic rc e
conhecida, é possível calcular a
pressão parcial do vapor na mistura; TOk Q iOk rOk e
− Com o valor da pressão parcial do rc 18,02 #p/#ist
vapor na mistura e conhecendo a
pressão de admissão, poderá ser rOk 28,97 #p/#ist
calculada a humidade absoluta (ou &Ok dlmN &/N/OP &c
especifica) ω em kg de vapor de água
wxyz{| €x jx
por kg de ar seco admitido no h
wy| }~•{ €y| jy| }~•{
compressor pela expressão: jx ƒ,„22
0,622 f z•{•y‚
icOjNk j•{•y‚ Vjx
zx
V1
h ƒ,„22
iOk dlmN z•{•y‚
&c …zx
V1
0,622 f o#pc /#pOk q 45
&/N/OP &c
45
Compressor alternativo
• Vapor de água numa massa de ar
Problema 9.1
46
46
23
30/04/2022
Problema 9.1
Proposta de resolução
• T1 = 25º C psat 25ºC = 3,166 kPa e T2 = 40º C psat 40ºC = 7,381 kPa
&c†
Φ1 f 100 → &c† Φ1 f &d† ,M† 3→ &c† 0,6 f 3,166 1,9 #T9
&d† ,M† 3
&c† 1,Šƒ
h1 0,622 f → h1 0,622 f 0,01205 #pc /#pOk
&1 &c† 1ƒƒV1,Šƒ
47
Problema 9.1
Proposta de resolução
&cˆ 11,40
Φ2 f 100 f 100 154,5%
&dˆ,Mˆ3 7,381
Há condensação de água e devido a este efeito deve ser sempre previsto um dreno nos
condensadores.
48
48
24
30/04/2022
49
49
Compressor centrífugo
• No compressor centrífugo o trabalho é
realizado sobre o gás por um impulsor
tal como nas bombas;
• O gás é admitido axialmente passando
depois através das pás do impulsor que
lhe imprimem uma elevada velocidade
(energia cinética);
• A energia cinética é transformada em
energia de pressão no difusor através do
efeito de desaceleração;
• A velocidade de admissão e de descarga
do gás no compressor estão
compreendidas entre 15 a 20 m/s,
enquanto que as velocidades no interior
do compressor podem atingir valores de
10 a 15 vezes superiores 50
50
25
30/04/2022
Compressor centrífugo
• As características mais importantes do compressor centrífugo
são:
− Poucas peças móveis (somente o impulsor e o veio) pelo que os custos
de manutenção e com lubrificação são reduzidos;
− Elevada capacidade de caudal;
− Descarga contínua de gás sem variações nem pulsações;
− As relações de compressão são inferiores às dos compressor
alternativo, devido à ausência do deslocamento positivo;
− Os compressor de um estágio em geral não necessitam de ser
arrefecidos a água devido à baixa relação de compressão e às
reduzidas perdas por atrito;
− Os compressor de vários estágios contudo necessitam de alguma
51
forma de arrefecimento;
51
Compressor centrífugo
• Há muita semelhança na tecnologia entre a bomba e
compressor centrífugo;
• Contudo, no que concerne à teoria esta complica-se mais no
caso do compressor pelo facto dos fluidos serem
compressíveis;
• Classificam-se como nas bombas, de acordo com a direção da
aceleração comunicada ao fluido em:
− Centrífugo;
− Mistos;
− Axiais.
52
52
26
30/04/2022
Compressor centrífugo
• Semelhanças com a bomba centrífuga
− Tal como para a bomba centrífuga, a velocidade especifica é dada pela
fórmula:
ωQ 1/2
Ns =
( g ∆H )
3/ 4
53
Compressor centrífugo
• Mudança no diâmetro do impulsor
− Se o diâmetro do impulsor variar com uma dada relação:
Os caudais variam com o cubo dessa relação;
As relações de compressão variam com o quadrado dessa
relação.
• Variação de velocidades
− Para duas velocidades diferentes:
Os caudais de entrega variam na relação direta das velocidades;
As relações de compressão variam com o seu quadrado.
54
54
27
30/04/2022
55
55
Compressor centrífugo
56
56
28
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57
57
Compressor centrífugo
• Os compressores de ar encontram hoje uma aplicação
extremamente variada na indústria, basta analisar a sua
aplicação associada a equipamentos de percussão ou de
corte por exemplo.
• Os compressores de gás constituem-se como um
equipamento fundamental quando se trata por exemplo de
transportar gás a longas distâncias.
• Nestes casos os mais frequentemente aplicados são os de
simples estágio. Para relações de compressão muito elevadas
usam-se normalmente os de dois estágios.
• A compressão teórica do gás num compressor centrífugo é
adiabática e reversível; é portanto isentrópica, e o gás passa
dum nível de entalpia š1 para um nível š2. 58
58
29
30/04/2022
Compressor centrífugo
• No caso dum gás perfeito esta transformação obedece à lei TQ# %‘›,
sendo coeficiente de expansão adiabática # “&/“(, TQ re e r a
constante ideal do gás. Na prática # não é cte para um gás real.
• Contudo, ao calcular-se a variação de entalpia, a variação ocorrida em #
poder-se-á desprezar (isto não será válido se estivermos a calcular
aumentos de temperatura).
• Além disso, temos a expressão TQ œre , onde œ é o fator de
compressibilidade.
• A variação de entalpia ∆š (altura adiabática) fornecida pelo compressor,
por unidade de massa do fluido, pode ser calculada pela fórmula:
•V1
# &2 •
∆š œ1 e1 r 1
# 1 &1
59
59
Compressor centrífugo
• Os índices 1 e 2 referem-se, respetivamente, à admissão e compressão,
em que:
Δh – Trabalho de compressão adiabática (kJ/kg)
Z1 – Fator de compressibilidade na aspiração
T1 – Temperatura absoluta na aspiração (Temperatura de transporte [K])
R – Cociente entre a constante universal dos gases perfeitos e a massa
molecular do gás)
• Dado que R é inversamente proporcional ao peso molecular, a potência
requerida por unidade de massa de fluido para uma dada relação de
compressão é portanto inversamente proporcional à massa molecular e é
diretamente proporcional à temperatura do fluido comprimido.
• O produto de ∆h (kJ/kg) por m (kg/s) fornecerá a potência P (kW) do
compressor.
• Ao calcular a potência requerida para a compressão a fórmula acima
referida deverá ser aplicada a cada estágio de compressão e corrigido o
rendimento isentrópico. 60
60
30
30/04/2022
Compressor centrífugo
• O trabalho de compressão global em regime estacionário
que está representado pela área 1-2-3-4, é dado por:
p2
WCompressão = Vdp
p1
W [J] V [m3]
P [Pa]
61
61
Compressor centrífugo
n(k − 1)
• Trabalho de compressão
− Expoente da politrópica. η=
k ( n − 1)
ž – rendimento politrópico
62
31
30/04/2022
Compressor centrífugo
63
63
Compressor centrífugo
• Características de compressor centrífugo
− A curva característica de um compressor, estabelecida para uma dada
velocidade evidencia a relação de compressão em função do volume
de entrada nas condições de pressão e temperatura de admissão.
− O Ponto de funcionamento de um compressor deverá situar-se na
zona de máximo rendimento isentrópico.
− Os limites de operação de um compressor são determinados pelas
velocidades máximas e mínimas, que dependem do acionamento e do
compressor (velocidades críticas), e da linha.
− A capacidade do compressor centrífugo é elevada, da ordem de 30 a
40 milhões de m3/dia.
64
64
32
30/04/2022
Compressor centrífugo
• Características de compressor centrífugo
65
65
Compressor centrífugo
• Instabilidade (“Surge limit”)
− Esta noção é especifica dos
compressor centrífugo;
− Para uma dada velocidade, haverá
um valor mínimo do caudal de
alimentação;
− Abaixo do qual será expectável a
ocorrência de danos para o
equipamento;
− A instabilidade é consequência de
pulsações que se geram devidas à
inversão do caudal no
compressor;
− Esta condição, instável, manifesta-
se junto aos pontos onde a
tangente às curvas das taxas de
compressão versus volumes de
alimentação tende para a
horizontal. 66
66
33
30/04/2022
Compressor centrífugo
Surge control line
• Linha de controlo (Surge control line) é a
linha que funciona como a linha
indicadora do mecanismo de controlo de
“surge”, para que a sobretensão possa ser
evitada no sistema e as medidas
adequadas possam ser tomadas;
Onde:
iƒ = caudal mássico na linha de controlo do “surge” à velocidade constante específica;
id = caudal mássico na linha do “surge” na mesma velocidade constante. 67
67
Compressor centrífugo
Instabilidade (“Surge limit”)
• Para evitar situações de instabilidade dever-se-ão
prever equipamentos de controlo de segurança
automáticos, que atuarão logo que o caudal de
entrega se situe imediatamente abaixo do valor
considerado admissível.
• A atuação destes equipamentos de controlo incidirá:
1. Na redução de velocidade do compressor, ou;
2. Na abertura do circuito de recirculação, se a
redução de velocidade não for possível, ou;
3. Na redução da pressão de operação da linha, por
forma a aumentar o caudal de alimentação ao
compressor.
68
68
34
30/04/2022
Compressor centrífugo
• O dimensionamento e seleção de compressor para uma estação pode ser
feita por etapas segundo Chauvel A.-“Manual of Economic Analysis of
Chemical Processes. P.313-321 IFP/McGraw-Hill, Book Co, New York, 1981”:
1. Determinação do valor médio do índice politrópico a partir da composição
do gás e da eficiência politrópica do compressor;
2. Determinação do número de compressor, e de estágios de compressão, a partir
da relação de compressão requerida;
3. Determinação do volume de aspiração para cada estágio;
4. Determinação da potência absorvida pelo compressor recorrendo a expressões
do tipo das apresentadas;
5. Determinação do tipo de compressor a partir de diagrama (empírico) ou pelo
rendimento isentrópico e da potência final. Subsequentemente é determinado
o aumento de temperatura por estágio e as necessidades em fluido auxiliar do
arrefecimento.
69
69
Compressor rotativo
70
70
35
30/04/2022
Compressor rotativo
• O diagrama TQ é retangular
o que significa uma baixa
eficiência, o que limita a
utilização destes compressor
a aplicações de baixas
relações de pressão.
71
71
Compressor rotativo
72
36
30/04/2022
Compressor rotativo
73
73
74
74
37
30/04/2022
75
76
76
38
30/04/2022
78
78
39
30/04/2022
79
80
40
30/04/2022
Compressores
Exercícios Práticos
81
81
Problema 9.2
• Suponhamos que 3 m3 de um gás à pressão
atmosférica são comprimidos adiabaticamente até
que a pressão seja igual a 5 bar manométricos.
Admitindo que o índice de compressão seja n = 1,3,
determine o novo volume do gás.
82
82
41
30/04/2022
Problema 9.2
Proposta de resolução
` `
1
1 1,§
Q2 3f 0,757 i§
5 1
83
83
Problema 9.3
• Se comprimirmos adiabaticamente 8 m3 de ar à
pressão atmosférica de 100 kPa até que o volume se
reduza a 2,5 m3, qual será a pressão efectiva do
novo estado?
•
&1 Q2
com k = 1,4
&2 Q1
84
84
42
30/04/2022
Problema 9.3
Proposta de resolução
•
&1 Q2
&2 Q1
Com k = 1,4
• 1,¨
Q1 8
&2 &1 f 100 f 509 #T9 ,9©•3
Q2 2,5
A pressão efectiva é de 509-100 = 409 kPa
85
85
Problema 9.4
• Um compressor comprime um gás que é admitido a
20º C, desde a pressão atmosférica até à pressão de
12 bar manométricos. Considerando n = 1,3 qual é a
temperatura do gás no final do processo?
.V1
e1 &1 .
e2 &2
86
86
43
30/04/2022
Problema 9.4
Proposta de resolução
.V1 .V1
e1 &1 .
&2 .
e2 e1
e2 &2 &1
1,§V1
12 1 1,§
e2 20 273 f ≅ 530 ª
1
e2 e2 273 257° “
87
87
Problema 9.5
• Um compressor comprime adiabaticamente 10 m3 de
ar à temperatura ambiente de 25º C. Qual é a
temperatura do ar comprimido quando o volume se
reduzir a 2 m3.
• Admitir que o índice de compressão tem o valor de
# 1,4. •V1
e1 Q2
e2 Q1
88
88
44
30/04/2022
Problema 9.5
Proposta de resolução
•V1 •V1
e1 Q2 Q1
e2 e1
e2 Q1 Q2
1,¨V1
10
e2 25 273 f 298 f 1,90 ≅ 566 ª
2
e2 e2 273 293° “
89
89
Problema 9.6
• Um volume de 4 m3 de ar à pressão atmosférica, é
comprimido até à pressão manométrica de 600 kPa. Calcule
o trabalho para se realizar a compressão se esta for efetuada:
a) Sob a forma isotérmica ! 1,0
Nota: Utilize esta equação
&2
LMN/OP 2,3 f &1 f Q1 f log
&1
b) Sob a forma adiabática # 1,4
Nota: Utilize esta equação
UV1
n &2 U
L f &1 f Q1 f 1
n 1 &1
90
90
45
30/04/2022
Problema 9.6
Proposta de resolução
a) Compressão isotérmica ! 1,0
91
91
Problema 9.6
Proposta de resolução
a) Compressão isotérmica ! 1,0
&2
LMN/OP 2,3 f &1 f Q1 f log
&1
700
LMN/OP 2,3 f 100 f 4 f log 777,5 #¬
100
92
92
46
30/04/2022
Problema 9.6
Proposta de resolução
b) Compressão adiabática ! # 1,4
UV1
n &2 U
L f &1 f Q1 f 1
n 1 &1
1.¨V1
1,4 700 1,¨
L f 100 f 4 f 1 1041 #¬
1,4 1 100
93
93
Problema 9.7
• Calcule a economia de trabalho absorvido por um
compressor de dois estágios de compressão ideal,
em relação a um de um único estágio.
• O caudal de ar aspirado é de 3 m3/minuto à
temperatura e pressão ambientes e a pressão de
descarga é de 12 bar.
• O índice de compressão politrópica é de ! 1,3
94
94
47
30/04/2022
Problema 9.7
Proposta de resolução
1ª HIPÓTESE: Potência absorvida na compressão num único
estágio
UV1
n &2 U
L f &1 f Q1 f 1
! 1 &1
1,§V1
1,3 3 i§ 1200 100 1,§
L f 100 #T9 f f 1 17,5 #L
1,3 1 60 • 100
95
95
Problema 9.7
Proposta de resolução
2ª HIPÓTESE: Potência absorvida na compressão em dois
estágios
UV1 UV1
n &2 U &§ U
L f &1 f Q1 f 2
! 1 &1 &2
96
48
30/04/2022
Problema 9.7
Proposta de resolução
97
97
Problema 9.8
• Determinar o índice de compressão politrópico que
se verifica num cilindro de 300 mm de curso e um
espaço livre de 5% (espaço morto) à pressão de 4,4
bar e de cujo diagrama tiramos os seguintes
elementos:
− V1 = 252,8 mm V3 = 124,3 mm
− p1 = 1,38 bar(a); p3 = 3,5 bar(a).
98
98
49
30/04/2022
Problema 9.8
Proposta de resolução
Considerando a evolução como adiabática,
verifica-se:
&1 Q1. &§ Q§.
0,54407 0,13988
1,31
2,40278 2,09447
∴ O índice de compressão é 1,31
99
99
Problema 9.9
• A compressão tem uma pressão final de 7 bar e um
coeficiente politrópico 1,40. Determine a pressão
média efetiva.
a) De uma compressão efetuada num estágio.
b) De uma compressão efetuada em dois estágios.
100
100
50
30/04/2022
Problema 9.9
Proposta de resolução
a) Compressão num estágio
UV1
! &2 U
&w f &1 f 1
n 1 &1
1,¨V1
1,4 7 1 1,¨
&w f1f 1 2,84 bar
1,4 1 1
101
Problema 9.10
• Um compressor de ar alternativo lubrificado de simples
efeito e de simples estágio tem quatro cilindros e aspira da
atmosfera (descarga livre) 17 m3/minuto à pressão absoluta
de 1 bar e à temperatura ambiente de 20º C. No fim do
processo de aspiração a temperatura e a pressão absoluta
são respectivamente 32º C e 0,97 bar. A pressão absoluta de
descarga é de 7 bar. A rotação do compressor é de 610 rpm,
sendo o coeficiente de espaço morto de 5%. Nestas
condições determine:
a) A eficiência volumétrica teórica.
b) A eficiência volumétrica real.
102
102
51
30/04/2022
Problema 9.10
Proposta de resolução
a) Eficiência volumétrica teórica
1 1
&³ . 7 1,§
ƞcM 1 ² 1 ƞcM 1 0,05 1 0,82 82%
&d 0,97
0,97 f 20 273
ƞc€ 0,82 0,77 77%
1 f 32 273
104
104
52
30/04/2022
Problema 9.10
Proposta de resolução
1
b) Eficiência volumétrica real œd &³ • &d
Segundo Silva ƞc€ 0,97 ² ´
œ³ &d &O/w
µ¶
µ}
Para cilindros lubrificados: ´ o factor de compressibilidade (Z) à entrada
1ƒƒ
1
œ &
1 f 10• f 0,0527 f 101,¸·•f¹
e §,·2•
£st pá•
K 1
Com p em kPa e T em Kelvin £st 9
105
Problema 9.10
Proposta de resolução
b) Eficiência volumétrica real
Segundo Silva
&º 7 ©9 700 #T9
.V1 1,§V1
&³ . 700 1,§
e³ ed f 305 f 481 ª
&d 97
1
œ³ 0,98
700
1 f 10 f 0,0527 f 101,¸·•f1
•
481§,·2•
1
0,99 700 1,¨ 0,97
700⁄97 ƞc€ 0,97 0,05 0,072 0,7
´ 0,072 0,98 97 1
100
70 % 106
106
53
30/04/2022
Problema 9.10
Proposta de resolução
&O/w f QO/w &d f Qd
c) Volume aspirado por ciclo:
eO/w ed
&O/w f QO/w f ed 1 f 17 f 305
Qd 18,24 i§ ⁄iŸ!
eO/w f &d 293 f 0,97
Vs = 0,304 m3/s (final da admissão)
Vs/ciclo = Vs/N = 18,24/610 = 0,030 m3
107
Problema 9.10
Proposta de resolução
e) Massa aspirada por ciclo ms
&O/w f QO/w
id ¼O/w f QO/w
Ok f eO/w
100 #T9 f 17 i§ ⁄i Ÿ!
id 20,22 # p⁄i Ÿ! id 0,337 # p⁄•
0,287 #¬⁄#p. ª f 293 ª
108
108
54
30/04/2022
Problema 9.10
Proposta de resolução
f) Determinação do diâmetro de cada cilindro
¿ f À2 f Á
O curso de cada êmbolo é de L=73 cm. Qú/-P⁄m-P-.³kN 0,009 i§
4
D= 0,137 m
¨fƒ,ƒƒŠ
À 0,130 i ,13 %i)
Âfƒ,¸§
109
Problema 9.10
Proposta de resolução
h) Determinação da potência indicada
•V1
# f id f r f ed &³ • œd œ³
L-.³-mO³O f 1
# 1 f £Ok f ƞ/Ã &d 2
1,¨V1
1,4 f 0,337 f 8,31 f 305 7 1,¨ 0,98 0,99
L-.³-mO³O f 1
1,4 1 f 28,97 f 0,825 0,97 2
L-.³-mO³O 93,5 #L
110
Potência indicada (Wi): Potencia total desenvolvida nos cilindros devido a pressão do fluido motor sobre
os êmbolos. Determina-se a partir de um indicador de pressão localizado dentro da câmara de combustão;
110
55
30/04/2022
Problema 9.10
Proposta de resolução
L-.³-mO³O
i) Potência do motor LwN/Nk
ƞwlmâ.-mN f ƞ/kO.dw-ddãN
93,5
LwN/Nk 183,3 #L
0,85 f 0,60
j) Potência eléctrica consumida à rede elétrica
LwN/Nk 183,3
LO-dNkc-³O 203,7 #L
ƞwN/Nk 0,9
111
111
Problema 9.11
• Ar é admitido num compressor à pressão de 95 kPa(a) e à temperatura
de 27º C, e abandona-o a 600 kPa(a) e 277º C. O caudal de ar
comprimido é de 1,4 m3(n)/s. Desprezando variações de energia cinética
e potencial do gás, calcule:
a) A que temperatura do ar que sairia se do processo fosse
adiabático reversível (isentrópico)
b) Considerando uma compressão isentrópica qual a potência teórica
do compressor.
c) O coeficiente politrópico do processo.
d) O calor libertado pelo compressor.
e) A potência teórica do compressor.
f) A potência teórica utilizada se o processo de compressão fosse
isotérmico.
g) O calor libertado durante o processo isotérmico.
112
112
56
30/04/2022
Problema 9.11
Proposta de resolução
a) A que temperatura a que o ar sairia se o processo fosse adiabático
reversível (isentrópico).
•V1 1,¨V1
&2 • 600 1,¨
e2d e1 27 273 508 ª ,235º “3
&1 95
b) Considerando uma compressão isentrópica qual a potência teórica do
compressor.
i 1,4 i§ ⁄• f 1,2922 #p⁄i§ 1,809 #p/•
#
LMN/OP f i f f e2d e1
# 1
1,4
LMN/OP f 1,809 #p⁄• f 0,287 #¬⁄#p. ª 235 27
1,4 1 113
LMN/OP 377 #L
113
Problema 9.11
Proposta de resolução
c) O coeficiente politrópico do processo.
&2 600
t! t!
&1 95
! 1,49
&2 f e1 600 f 300
t! t!
&1f e2d 95 f 550
d) O calor libertado pelo compressor.
! #
¢ i f %j e2 e1
! 1 #
1,49 1,4
1,809 f 1,006 f 277 27 59,7 #L
1,49 1 f 1,4
e) A potência teórica do compressor.
1,49
LMN/OP f 1,809 #p⁄• f 0,287 #¬⁄#p. ª 277 27 394,7 #L
1,49 1 114
114
57
30/04/2022
Problema 9.11
Proposta de resolução
f) A potência teórica utilizada se o processo de compressão fosse
isotérmico.
&2 600
LÆdN/ékw-mN i f r f e1 f t! 1,809 f 0,287 f 300 f t!
&1 95
287,06 #L
115
115
Problema 9.12
• Um compressor de duplo efeito com dois cilindros com um curso L = 730
mm e 140 mm de diâmetro, aspira um caudal de 17,69 m3 à pressão de 1
bar e à temperatura de 20º C (ambiente). O compressor tem rotação de
610 rpm e a eficiência volumétrico do lado da tampa e da haste é de 70
%.
• Determine o diâmetro da haste de cada cilindro.
116
116
58
30/04/2022
Problema 9.12
Proposta de resolução
Vasp = Vasp/ciclo x d x N
Éy}z ƒ,ƒ1¨•
QÈ/-P/m-mPN 0,0340 f 10§ i§ 0,0340 t
ƞxÊ fË ƒ,¸ƒf„1ƒ
117
117
118
118
59
07/05/2022
Gases Combustíveis
Aula 22
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
07/05/2022
2
07/05/2022
31 de outubro de 2021
3
07/05/2022
7
Sistema Nacional de Gás Natural (SNGN) e Áreas de Concessão da GALP
4
07/05/2022
10
5
07/05/2022
11
11
12
6
07/05/2022
13
14
14
7
07/05/2022
15
15
16
16
8
07/05/2022
17
18
18
9
07/05/2022
– Segunda família
índice de Wobbe compreendido entre 40,53 e 57,99 MJ/m3 (n);
Pertencem a esta família, os gases naturais e as misturas de alto
índice de Wobbe, de hidrocarbonetos com ar, (ar propanado).
19
19
20
10
07/05/2022
Módulo do gás
• E define-se por:
p
= cte.
W
Pressão de alimentação;
Índice de Wobbe.
21
21
Módulo do gás
• Os gases com módulos iguais podem ser queimados no mesmo
queimador, permanecendo constantes a sua potência calorífica e
a sua taxa de aeração;
• A taxa de aeração é a relação entre o volume de ar entrado no
queimador através do jato antes da combustão e o volume de ar
necessário à combustão completa do gás;
• Dois gases com índices de Wobbe iguais podem ser
intermutáveis.
• Só que esta condição não é totalmente suficiente.
• Para que tal aconteça é necessário o conhecimento de outro
índice, denominado “Potencial de combustão (C)” ou “índice de
Delbourg”
• Equação que estabelece-se a energia da combustão: 22
P (kW) = Q [m3 (n)/h] x PCI [kWh/m3 (n)]
22
11
07/05/2022
Potencial de combustão C
• O potencial de combustão é o poder calorífico dos componentes
combustíveis de uma mistura em função da densidade;
• É a relação entre as proporções volumétricas dos componentes de
um gás combustível e a raiz quadrada da sua densidade:
H + 0,7 CO + 0,3 CH + a Cn H m
C= 2 2 4
d
Sendo:
2, 2, 4 as proporções volumétricas centesimais dos referidos gases;
o tipo do hidrocarboneto (diferente do CH4 – metano);
o coeficiente característico do hidrocarboneto, (0,73 a 3) que tipifica a
velocidade de chama do gás;
a densidade do gás em relação ao ar. 23
23
Potencial de combustão C
• Este índice reflete as três características principais da chama,
ou sejam:
– A altura do cone azul,
– Os débitos e;
– As velocidades críticas de:
Descolamento da chama;
Retorno da chama.
24
24
12
07/05/2022
Potencial de combustão C
• Descolamento da chama: • Retorno da chama:
– Resulta de quantidade excessiva de – Quando a velocidade de chama é
ar primário ou velocidade excessiva maior que a velocidade da
do gás;
mistura ar/combustível;
– Quando a velocidade da mistura não
queimada é maior que a velocidade – Fenómeno que ocorre
de chama; inversamente ao deslocamento
– Fenómeno que ocorre quando a da chama quando a velocidade
velocidade perpendicular ao cone de de propagação da chama é muito
chama da mistura ar combustível, na superior à velocidade
saída do queimador atmosférico, perpendicular ao cone de chama
excede a velocidade de propagação da mistura ar combustível na
da chama; saída do queimador atmosférico,
– Nesta condição, a combustão tem resultando que a combustão
seu início distante do queimador e, penetra no interior do
se a velocidade for ainda mais queimador;
elevada, pode ocorrer a extinção da
chama, fenómeno chamado de – O fenómeno de retorno
sopro; praticamente nunca ocorre com
– Provoca o aparecimento nos gás natural e gás butano pois sua
produtos da combustão de gás faixa de ocorrência é nas
combustível não queimado ou potências específicas da pré-
produtos de combustão incompleta. mistura muito baixas; 25
25
Sistema de Queimador de GN
• O deslocamento e retorno da chama
podem trazer consequências
desastrosas aos equipamentos e um
queimador de gás deve ser projetado
para determinadas faixas de
velocidades de chama para se garantir a
estabilidade;
• Os dois índices (W e C) são ainda
corrigidos por coeficientes que têm em
conta os efeitos:
– Da viscosidade do gás sobre o débito
que passa no orifício do injetor;
– Do oxigénio, do monóxido e do dióxido
de carbono sobre a combustão.
• O conhecimento destes dois índices,
corrigidos, permite estabelecer o
diagrama de intermutabilidade dos
gases (ver figura).
26
26
13
07/05/2022
Sistema de Queimador de GN
27
27
Sistema de Queimador de GN
• Problemas de intermutabilidade dos gases
– Dadas as diferentes características físico-químicas de cada gás combustível,
manter variáveis nas condições de combustão em diferentes equipamentos de
combustão após a substituição é uma tarefa complexa;
– As dificuldades aparecem na troca entre gases de mesma família e entre gases
da primeira e da segunda família;
• Os problemas principais estão • Para orientar a intermutabilidade
relacionados à: dos gases utilizam-se diferentes
– Relação ar combustível;
índices:
– Velocidade da chama;
– Índice de Wobbe e Índice de
– Temperatura da chama;
Wobbe corrigido (teor de CO);
– Comprimento da chama;
– Potencial de Combustão C;
– Densidade.
– Índice de Pontas Amarelas;
– Índice de Depósito de carbono. 28
28
14
07/05/2022
Sistema de Queimador de GN
• Problemas de intermutabilidade dos gases (cont.)
– Os mecanismos de solução dos problemas de intermutabilidade são
baseados na modificação do gás substituto ou do processo de
combustão;
– A modificação faz-se com:
Adição de elementos: mistura-se o gás substituto com ar, azoto
(nitrogénio), e outros gases combustíveis (propano, butano);
Extração de elementos: retira-se do gás substituto em quantidades de
propano, butano e azoto (nitrogénio);
Modificação nos equipamentos: regulação das condições de operação
como pressão e aeração primária;
29
29
30
30
15
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– Potência calorífica
" "
$ # 1,11
– Potência útil
Sendo: 1,11
$ #
, ! – potências, respetivamente,
nominal, calorífica e útil em W;
– consumo de gás em m3(n)/s;
, – poderes caloríficos inferior e
superior, MJ/m3(n);
- rendimento útil do gerador ( em
relação ao PCI), em %. 31
31
32
32
16
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33
33
34
34
17
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Contador de gás
• Um contador quando mede o consumo de gás fá-lo nas condições reais de
pressão e temperatura, as quais poderão variar no decurso da utilização.
• Estes valores deverão ser portanto transformados em valores relativos às
condições normais ou standard.
• Para as condições standard e baixas pressões a equivalência poderá ser
expressa da seguinte forma & 6 ( ) :
*+ ,-
288 -
Onde:
Q – consumo de gás medido no contador (m3); Q (st) – consumo de gás nas condições
standard (m3) ; ,1 – temperatura absoluta do gás no contador (K) ; 1 – pressão absoluta
do gás no contador (bar)
35
Contador de gás
• P.Ex:
O consumo medido num contador foi de 10 3 de gás a uma temperatura
e pressão relativa de, respetivamente, 10 ° ! 1,5 ( ). Qual o consumo
em 3 ?
Atendendo a que *+ 1,055, ,1 273 5 10 283 6 ! 1
1,5 5 1,013 2,513 ( ), verifica-se que:
*+ ,- 10 288 2,513 8
→ *+ 25,57
288 - 283
25,57 8
24,24
1,055
36
36
18
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• Gasodutos de 1º Escalão
Pressão de serviço PS > 20 bar,
– Normalmente designados por gasodutos de transporte, só podem
ser construídos em zonas não urbanas. 37
37
Redes de Transporte
• Gasodutos de 2º Escalão
20 bar ≥ Ps > 4 bar
– Normalmente designadas por redes primárias de
distribuição, constituem a entrada nos grandes centros
urbanos.
• Gasodutos de 3º Escalão
– Redes de distribuição de média pressão na gama:
50 mbar a 4 bar
– São as redes localizadas no interior dos centros urbanos
e abastecem as redes de distribuição de baixa pressão
através de redutores de pressão devidamente
escalonados. 38
38
19
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39
40
40
20
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41
42
21
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á< 30 ( )
á< 1,5 ( ) • Aplicação em:
‒ Colunas montantes de edifícios
• Aplicação em: coletivos abastecidos pelas redes
de ar propanado e gás natural (que
‒ Troços no interior dos fogos; funcionam normalmente a
100 ( ));
‒ Instalações do setor terciário, em
que as condições o permitam. ‒ Instalações de gás do sector
terciário com grandes
comprimentos de tubagem ou
grandes consumos. 43
43
Perdas de carga
• Os gases com densidade inferior ao ar “ganham” pressão com a
altitude.
• Nestes casos, há que afetar as perdas de carga com coeficientes
apropriados que têm em conta a densidade do gás e do ar.
• ∆ 0,1293 1 ? , em que ∆ é a variação
de pressão devido à altura (mbar) e a altura da tubagem na
vertical (m):
– ∆ 5 *! & 1 (Gás natural e gás de cidade) e,
– ∆ ? *! @ 1 (Propano e ar propanado), ou seja,
aproximadamente, atendendo às densidades relativas:
• Gás natural + 0,047 mbar/m (ganho)
• Ar propanado - 0,038 mbar/m (perda) 44
44
22
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45
46
46
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47
48
48
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49
49
Recomendações da Lisboagás
Formulas de Renouard simplificadas
SLeq 1,82
BP p1 - p2 = 23,3 Q (P< 50 mbar)
D 4,82
Distribuição
SLeq 1,82
MP p12 - p22 = 48,6 Q ( P>50 mbar)
D4,82
B
Nota: Equações aplicáveis para valores cuja a relação & 150
C
8
Q – Caudal [ *+ / ] e;
D – Diâmetro interior do tubo [ ] 50
p – pressões [bar]
50
25
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51
51
Recomendações da Transgás
Formula de Panhandle
• Nos gasodutos de 2º Escalão 4 bar <P< 20 bar
R R O,W8XP -,XU
?
- R R R
0,00506 T :R,U-UR - ? R 22,1 EZ[
EV :P,XU
Onde: Lm [km]; D[mm]; Q[m3(st)/h]; p [bar]; Onde: Leq [m]; D[mm]; Q[m3(st)/h]; p [bar]; S
E é a eficiência do ramal. (c/ correção para a viscosidade e
compressibilidade; SGN= 0,62), que se
Esta fórmula é válida para as seguintes determina pela expressão seguinte:
condições: O,O8X -,XU
,V ] 0,85
, 15º \V
288 0,16 T^
5 10U S M! S 14 10U
Onde:
(densidade do gás);
\ fator de compressibilidade;
, temperatura média;
T fator de rugosidade ou coef. de escoamento
52
(0,7 - 1).
52
26
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54
54
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58
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59
Gases Combustíveis
Exercícios Práticos
60
60
30
07/05/2022
Exercício 10.1
• Uma turbina de gás com uma potência nominal de 2 MWe (ηturbina = 0,30)
necessita de uma pressão de 15 bar(g) à entrada da rampa de alimentação
(conjunto de acessórios e pequenos troços de tubagem, junto à turbina,
que fazem a interligação com a conduta de gás).
• A conduta que liga o PRM (Posto de Redução e Medida) à rampa de
alimentação da turbina tem uma extensão L = 150 m e é fabricada em aço
comercial (DN 1”, sch 40).
• Os acessórios instalados na rede têm um comprimento equivalente Leq =
0,2 x L. O gás natural tem um poder calorífico inferior (PCI) de 38,4
MJ/m3(n). Nestas condições determine:
a) O caudal de gás na rede e a respetiva potência térmica nominal (PCI).
b) A pressão à saída do PRM de modo a garantir a pressão necessária na
rampa de gás da turbina.
c) A velocidade média do gás na conduta.
d) Indique, no seu entender, quais os acessórios que a rampa de gás
61
deverá possuir. Justifique.
61
Exercício 10.1
62
62
31
07/05/2022
Exercício 10.1
• Proposta de resolução
– Zn 2o
– p 30%
– Z#db`A` 15 ( ) r
– E 150
– E!s 150 5 0,2 150 180
– Tubo DN 25 sch 40 Øu + 26,64
– 38,4 ov/ 3
63
63
Exercício 10.1
• Proposta de resolução
wnxyé{. R
a) np 6,66 ov⁄*
|} O,8
6,66 ov⁄*
n# 0,17 8 ⁄* 624,4 8 ⁄
38,4 ov⁄ 8
R R B€,k
b) ~ ? • 48,6 E
Cj,k
R R URP,P €,k
~ ? • 48,6 0,65 180 93,646 ( ) R
RU,UP j,k
64
32
07/05/2022
Exercício 10.1
Resolução
d) Rampa de gás
1 – Válvula de isolamento
2 – Manómetro da pressão de entrada (alta)
3 – Filtro
4 – Regulador de pressão
5 – Válvula de segurança
6 – Electroválvula
7 – Manómetro de pressão (PRM)
65
65
Exercício 10.2
Uma caldeira de vapor alimentada a gás natural com uma potência nominal de 5 MWT
(ηcaldeira = 0,85) necessita de uma pressão de 1 bar(g) à entrada da rampa de
alimentação (conjunto de acessórios e pequenos troços de tubagem, junto à caldeira,
que fazem a interligação com a conduta de gás). A conduta que liga o PRM (Posto de
Redução e Medida) à rampa de alimentação da caldeira tem uma extensão L = 100 m
e é fabricada em aço comercial (DN 3”, sch 40).
Os acessórios instalados na rede têm um comprimento equivalente Leq = 0,2 x L. O gás
natural tem um poder calorífico inferior (PCI) de 38,4 MJ/m3(n). Nestas condições
determine:
a) O caudal de gás na rede e a respetiva potência térmica nominal (PCI).
b) A pressão à saída do PRM de modo a garantir a pressão necessária na rampa de
gás da caldeira.
c) A velocidade média do gás na conduta.
d) Indique, no seu entender, quais os acessórios que a rampa de gás deverá possuir.
Justifique.
66
66
33
07/05/2022
Exercício 10.2
67
67
Exercício 10.2
• Proposta de resolução
n
– •`hA, 5o
– $ 85%
– Z#db`A` 1 ( ) r
– E 100
– E!s 100 5 0,2 100 120
– Tubo DN 80 sch 40 Øu + 80,08
– 38,4 ov/ 3
68
68
34
07/05/2022
Exercício 10.2
• Proposta de resolução
wnƒ„y…. W
a np 5,88 ov⁄*
|} O,QW
5,88 ov⁄*
n# 0,15 8 ⁄* 551,5 8 ⁄
38,4 ov⁄ 8
R R B€,k
b) ~ ? • 48,6 E
Cj,k
R R
551,5-,QR
~ ? • 48,6 0,64 120 0,233
80,08P,QR
0,233 5 1 5 1,013 R 2,07 ( ) 1,06 ( ) r
~
8WP WW-,W
c) 9c 14,70 ⁄*
R,O† QO,OQ
354 551,5
9 15,12 ⁄*
2,013 80,08R
14,70 5 15,12
9 14,91 ⁄* ‡ 15 ⁄*
2
69
∴ A velocidade está dentro do intervalo de redes de MP [10 a 15] m/s.
69
Exercício 10.2
Resolução
d) Rampa de gás
1 – Válvula de isolamento
2 – Manómetro da pressão de entrada (alta)
3 – Filtro
4 – Regulador de pressão
5 – Válvula de segurança
6 – Electroválvula
7 – Manómetro de baixa pressão
70
70
35
07/05/2022
Exercício 10.3
Uma rede de gás é constituída pelos seguintes equipamentos de queima:
1. Um gerador de ar quente alimentado com gás natural em média pressão (MP) com uma
potência nominal de 1 MW que necessita de uma pressão mínima de 0,7 bar(g) à
entrada da rampa de alimentação;
2. Uma caldeira de água quente alimentada a gás natural em baixa pressão (BP) com uma
potência nominal de 500 kW (ηcaldeira = 0,80) que necessita de uma pressão mínima de
48,5 mbar(g) à entrada da rampa de alimentação.
3. A conduta em média pressão (MP) tem uma extensão total LMP = 100 m e a conduta em
baixa pressão (BP) tem um comprimento LBP = 40 m, sendo ambas fabricadas em aço
comercial. Considere que toda a tubagem é horizontal. Os acessórios instalados em
cada uma das redes (MP e BP) têm um comprimento equivalente L = 0,2 x L. O gás
natural tem um poder calorífico inferior (PCI) de 38,4 MJ/m3(n). Nestas condições
determine:
a) O caudal de gás necessário à saída do PRM.
b) Os diâmetros normalizados dos diversos troços das tubagens de MP e BP.
c) A pressão estimada à entrada da rampa de gás do gerador de ar quente.
d) A pressão estimada à entrada da rampa de gás da caldeira.
71
71
Exercício 10.3
72
72
36
07/05/2022
Exercício 10.3
• Proposta de resolução
– Gerador de ar − A conduta aço comercial
• n Zb`Aeb 1o – Lmp = 100 m
• Z#db`A` 1( ) r – Lbp = 40 m
– Caldeira
• n 0,5o • Leq = 0,2 x L
•`hA,
• PCI = 38,4 MJ/m3(n)
• $ 80% • S = 0,64 gás natural
• Z#db`A` 48,5 ( ) r
73
73
Exercício 10.3
• Proposta de resolução
a) O caudal de gás necessário à saída do PRM
Gerador de ar quente Caldeira
n$`hA. 0,5
np 1o 1 ov⁄* np 0,625 ov⁄*
p 0,80
1 ov⁄* 0,625 ov⁄*
n# n#
38,4 ov⁄ 8 38,4 ov⁄ 8
0,026 8 ⁄* 93,75 8 ⁄ 0,016 8 ⁄* 58,59 8 ⁄
74
74
37
07/05/2022
Exercício 10.3
• Proposta de resolução
b) Os diâmetros normalizados dos diversos troços das tubagens de MP (gerador de ar
quente) e BP (caldeira)
MB (p > 50 mbar) ∆ V`a 30 ( ) 30 10N8 ( ) r
R R B€,k
~ ? • 48,6 E
Cj,k
X8,†W€,k
30 10N8 48,6 0,64 80 5 0,2 80 Cj,k
j,k PQ,U O,UP XU X8,†W€,k
: 8O -OŠ‹
60,5 DN 65 (2 ½”) sch 40
Øc#d 62,713
BP (p < 50 mbar) ∆ V`a 1,5 ( )
B€,k
~ ? • 23.200 E
Cj,k
WQ,WX€,k
1,5 23.200 0,64 40 5 0,2 40
Cj,k
j,k R8.ROO O,UP PQ WQ,WX€,k
: 70,03 DN 80 (3”) sch 40
-,W
75
Øc#d 77,93
75
Exercício 10.3
• Proposta de resolução
c) A pressão estimada à entrada da rampa de gás do gerador de ar quente.
-,QR
R R
~ ? • 48,6 E
:P,QR
R R B€,k
Troço PRM ao tê ~ ? • 48,6 E
Cj,k
R R -WR,8P €,k
~ ? • 48,6 0,64 20 5 0,2 20 0,0152
UR,†-j,k
R R X8,†W€,k
Tê até ao gerador • ? • 48,6 0,64 80 5 0,2 80 0,025
UR,†-j,k
76
76
38
07/05/2022
Exercício 10.3
• Proposta de resolução
d) A pressão estimada à entrada da rampa da caldeira.
-,QR
~ ? • 23.200 E
:P,QR
WQ,WX€,k
• ? C 23.200 0,64 40 5 0,2 40 0,896 mbar
††,X8j,k
77
77
Exercício 10.4
• Determinar o diâmetro interior mínimo necessário de forma a
garantir um caudal de 100 m3/h de gás natural numa tubagem a
funcionar a baixa pressão com um comprimento de 150 m e uma
perda de carga de 3 mbar.
Exercício 10.5
• Calcular a perda de carga admissível para o escoamento de 200
m3/h de gás natural numa conduta de diâmetro interior de 150 mm
e de 500 m de comprimento.
Exercício 10.6
• Determine o caudal de combustível (gás natural e propano)
transportado ao longo de uma tubagem de 80 mm de diâmetro e
300 m de comprimento, sabendo que a perda de carga admissível é
de 2 mbar. 78
78
39
07/05/2022
Exercício 10.7
• Calcular a distância entre dois pontos A e B com pressões
relativas de 24 e 14 bar respetivamente, garantindo o caudal
de 35.000 m3/h de gás natural numa conduta com diâmetro
interior de 250 mm.
Exercício 10.8
• Qual o diâmetro interior mínimo de uma conduta de liga dois
pontos A e B cujas pressões efetivas são 16 bar e 10 bar,
respetivamente.
• Os pontos distam entre si 25 km e pretende-se um caudal de
gás natural de 45.000 m3/h.
79
79
Exercício 10.9
• Determine a perda de carga máxima admissível entre dois
pontos de uma tubagem em que o caudal é de 1.000 m3/h.
• O comprimento é de 10 km e o diâmetro interior é de 100
mm.
80
80
40
07/05/2022
81
81
82
82
41
07/05/2022
83
83
84
84
42
07/05/2022
Tanque de LNG
85
85
Braços de Descarga
86
86
43
07/05/2022
Armazenagem Subterrânea de GN
87
87
Barco Metaneiro
88
88
44
07/05/2022
89
89
45
07/05/2022
CHOQUE HIDRÁULICO
Aula 23
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
07/05/2022
2
07/05/2022
3
07/05/2022
4
07/05/2022
10
10
5
07/05/2022
11
11
12
6
07/05/2022
13
14
14
7
07/05/2022
15
16
8
07/05/2022
17
9
07/05/2022
19
% $∆
19
20
% $∆
20
10
07/05/2022
21
11
07/05/2022
24
24
12
07/05/2022
25
26
13
07/05/2022
27
28
14
07/05/2022
29
Diagrama de pressões ao longo das duas condutas idênticas que ligam os reservatórios, após o fecho instantâneo da válvula:
29
30
15
07/05/2022
V2 Linha de altura
hL + piezométrica/Hydraulic Grade
2g
Line (HGL):
q HGL =
p
+z
ρg
L Pela equação de Bernoulli
generalizada:
p V2
HGL = + z = z res − −h
O que acontece se o escoamento for ρg 2g
interrompido instantaneamente pelo fecho Desprezando as perdas de
de uma válvula? carga em acessórios:
x V2
f
d 312 g
31
Onda de compressão ∂p
c =
V, p c V=0, p+∆p q
∂ρ s
Velocidade do som
L
32
16
07/05/2022
Onda de expansão
V, p V=0, p+∆p
Numa fronteira aberta a onda
c reflete-se passando de compressão
para expansão.
L
33
Onda de expansão
V, p c V=0, p-∆p Numa fronteira fechada a onda
reflete-se mantendo a
característica.
L
34
17
07/05/2022
Onda de comp.
V, p V=0, p-∆p Numa fronteira fechada a onda
c reflete-se alterando a
característica.
L
V, p
Voltámos à situação inicial
(antes do fecho da válvula)!
35
L
35
Tempo [s]
36
18
07/05/2022
37
Aumento de pressão em
cada fase da onda
Decréscimo da amplitude
38
com a reflexão da onda
38
19
07/05/2022
Ev ρ
c=
Ev c
ρ Líquidos
Água
kg/m3
988
Pa
2,07E+09
m/s
1447
Mercúrio 13550 2,62E+10 1391
Glicerina 1258 4,35E+09 1860
Benzina 895 1,03E+09 1073
Condições para pressão e temperatura normais
39
39
40
40
20
07/05/2022
Onda de compressão 1 2
V, p c V=0, p+∆p V+c p+∆p, c
p,ρ
ρ+∆ρ
L
dM VC
ρA(V + c ) = (ρ + ∆ρ )Ac
V
= m& e − m& s ∆ρ = ρ
dt c
41
41
Onda de compressão 1 2
V, p c V=0, p+∆p V+c p+∆p, c
p,ρ
ρ+∆ρ
L
∂KVC x
Balanço de quantidade de movimento:
∂t
( ) − (q )
= Fx + qqmx e qm x s
42
21
07/05/2022
Onda de compressão 1 2
V
Balanço de massa ao VC: ∆ρ = ρ
c
Balanço de quantidade de movimento: ∆p = 2 ρVc + ρV 2 − ∆ρc 2
43
+ ≅6 43,5 7 108 ,9 45 9
3L/c>T>2L/c
Será possível ter
Onda de expansão -45 atm.?
V, p c V=0, p-∆p
44
22
07/05/2022
45
L
Até ao fecho completo
∆p = ρcV
Onda de compressão
V, p c V=0, p+∆p q
L
Mesma pressão máxima, mesmo
Tempo de fecho tf < L/c
fenómeno, variações graduais
46
46
23
07/05/2022
Onda de compressão
V=0, p+∆p q
c t = L/c
L
Continua a haver caudal a entrar até ao
fecho completo da válvula.
Onda de expansão
c V=0, p+∆p q
t = tf
L
47
∆p = ρVc ∆p′ = ∆p
2 L c 2 ρLV
= Resultado empírico
tf tf
48
48
24
07/05/2022
CHOQUE HIDRÁULICO
Aula 24
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
49
50
25
07/05/2022
Equações utilizadas
Cálculo simplificado de Rosich
Equação de Allievi
• No começo do século XX, Allievi na
continuação dos trabalhos de Joukowski
(Memórias da academia das Ciências de
Pétograd) estabeleceu a notável teoria geral
do golpe de aríete (Revista de Mecânica.
Janeiro e Março de 1904);
• Em que demonstrou que em caso de
operações bruscas, ou seja quando o valor da Nikolai Egorovich Joukowsky
sobrepressão for independente do
comprimento da conduta, o seu valor poderá
51
ser calculado.
51
Equação de Allievi
• Se a pressão atuante na válvula, • Advém:
antes de ela se fechar, for :
designada por . e a pressão que @? ∆= < @< >
sucede depois da paragem for :;
designado por . ∆. , então :
recorrendo à equação de • E considerando que , resulta
:;
movimento pode-se determinar 7>
∆.; a equação de Allievi: ∆= (1)
?
• No tempo, :;, o momento da força Onde:
que atua é igual a ∆.< :; e
igualando o momento à variação da ∆H Onda de pressão;
quantidade de movimento nesse c Celeridade da onda de
tempo, obtém-se: pressão;
∆.< :; @< : > V Velocidade de escoamento;
g Aceleração da gravidade.
• Para redes de fluidos, em troços de
tubagem, é conveniente trabalhar
com a carga piezométrica = no
lugar de .. Assim,
52
∆. @< ∆=
52
26
07/05/2022
Equação de Michaud
• Há situações que se caracterizam • Supondo o tempo de fecho, ou
por apresentarem um tempo de paragem, de ; D. AB/ , onde D é
fecho superior a AB/ , i.e., o numero real maior que 1, e que
superior a uma ida e retorno da durante esse tempo a velocidade
onda; varie linearmente, advém:
• Nesta situação, se a > é >
> $ >C
velocidade no tempo zero, depois D
de um tempo AB/ ela passará a • Pela associação das duas últimas
>C ; equações, resulta:
• Assim, o valor da ∆. , pela > $ >C
AB>
(4)
equação de Allievi (1), será: F
53
Equação de Michaud
• A equação de Michaud, • Na equação de Michaud pode-se
apresentada na segunda metade verificar o que aconteceria se T
do século XIX, representa o valor coincidisse com AB/ , i.e., se
máximo de variação da pressão, F AB/ :
nas situações em que a manobra
AB> AB> >
é lenta (T): ∆=
?F AB
?
?
2 LV
∆H = (5)
gT Eq. De Allievi (1)
Onde:
L Comprimento da conduta
elevatória • Para dedução da equação, o seu
T Tempo de paragem autor desprezou:
− A compressibilidade da água;
− A elasticidade das paredes da
conduta.
54
54
27
07/05/2022
Equação de Michaud
• Considerando a variação linear da • Os valores da onda de pressão
velocidade durante o tempo de calculados por ambas as
manobra; equações são iguais;
• A equação de Michaud tem o • A distância designa-se por ℓ
mesmo valor da de Allievi comprimento crítico e o ponto de
quando: coincidência tem o nome de
c×V 2 L V 2L ponto crítico;
ΔH = = → T=
g gT c • A linha de sobrepressão
• Ou seja num ponto à distância: crescente representativa do
cT período de paragem tem lugar
l= entre o reservatório e este
2 ponto, a partir do qual é traçada
Nota: medida a partir do uma reta horizontal de
reservatório de extremidade. sobrepressão constante.
55
55
56
56
28
07/05/2022
57
Onde:
Hmax = H + ∆H
Hmin = H - ∆H
H Altura estática ou geométrica
hf Perda de carga
∆H Golpe de aríete
L Comprimento do troço
T = 2L/c = período
58
Lc Comprimento crítico do troço
58
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60
30
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61
61
62
31
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1.000 J Q
30 R T
2 P J
2 64
64
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07/05/2022
65
Exemplo 11.1
• Determine a pressão máxima em regime transitório de um
sistema formado por uma conduta elevatória em ferro
fundido dúctil DN 400 (e = 9,0 mm), com uma extensão de
1.050 m, com um desnível geométrico de 49,2 m e um caudal
de 75 l/s (v = 0,60 m/s), em que a perda de carga é de 0,77
m/km.
66
66
33
07/05/2022
1028 × 2,9
• Comprimento crítico: l= = 1.490 m
2
• Como a extensão da conduta elevatória é inferior ao comprimento crítico,
o valor máximo da onda de choque determina-se pela equação de
Michaud:
2 L V 2 × 1.050 m × 0 ,6 m s
∆H = = = 44 m 67
gT 9 ,81 m s 2 × 2 ,9 s
67
68
68
34
07/05/2022
Exemplo 11.2
• Determine a pressão máxima em regime transitório de um
sistema formado por um grupo eletrobomba com caudal
nominal 76 l/s, conduta elevatória em aço Dext = 323,85 mm e
espessura da parede e = 12,7 mm, comprimento de 3.727 m e
uma perda de carga de 11,2 m, e um reservatório com um
desnível geométrico de 146 m relativamente ao nível de
aspiração.
69
69
• L > 1.500 m k = 1, 0
1× 3.727 ×1,086
• Determinação do tempo de anulação de caudal: T = 1 + = 3,6 s
9,81× 157,2
1.277 7 3,6
• Comprimento crítico: ℓ 2.300
2 70
70
35
07/05/2022
1277 7 1,086
∆J 141
P 9,81
71
71
Análise Preliminar
• Consistirá numa avaliação, através de • Nesta fase deverá ser investigado se
equações básicas de transientes, dos eventuais alterações de diâmetro ou
valores aproximados de pressão máxima e correções ao traçado nos pontos altos serão
mínima ao longo da conduta; possíveis, e se conduzirão a situações
• Com especial atenção para: favoráveis do ponto de vista da segurança;
− A secção imediatamente a jusante dos • Poder-se-á dispensar a análise preliminar no
grupos eletrobombas; caso de condutas elevatórias para
− Pontos altos. abastecimento de água quando,
simultaneamente, se verificarem as
• Admite-se que o golpe de aríete é
condições seguintes:
originado pelo corte súbito na alimentação
elétrica aos grupos; – Comprimento da conduta inferior a 250 m;
– Velocidade de escoamento inferior a 0,5 m/s;
• O valor da pressão máxima deverá ser
comparado com a pressão máxima – Quando a pressão máxima prevista na
conduta, em regime permanente, for inferior
admissível pelo material da conduta;
a 20% da pressão máxima admissível pela
• O valor mínimo dará informação conduta.
necessária à verificação da possibilidade de
ocorrência de fenómenos de cavitação ou
rotura da veia líquida. 72
72
36
07/05/2022
Medidas mitigadoras
Causas mais comuns dos Medidas mitigadoras
Transientes
• Abertura / fecho de válvulas; • Aumentar o tempo de abertura/fecho
das válvulas de controlo;
• Arranque / paragem de bombas;
• Aumentar a classe de pressão da
• Rotura na tubagem; tubagem e respetivos acessórios;
• Existência de bolsas de ar na • Limitar a velocidade do escoamento;
tubagem; • Reduzir a velocidade da onda através
• Variações na potência requerida a da mudança do tipo de tubagem, por
injeção de ar, inserindo um troço de
turbinas hidráulicas. grande elasticidade;
• Utilizar equipamentos específicos, tais
como:
– Reservatórios hidropneumáticos;
– Ventosas;
– Válvulas de alívio de pressão;
– Volantes de inércia;
– Circuitos de desvio;
73
– Chaminés de equilíbrio, etc.
73
Medidas mitigadoras
Reservatório hidropneumático
74
74
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07/05/2022
Redução da sobrepressão
75
75
Medidas mitigadoras
Chaminé de equilíbrio
76
76
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Medidas mitigadoras
Chaminé de equilíbrio
Máxima elevação do nível a água devido Máxima elevação do nível a água devido à
ao arranque total instantâneo das bombas paragem total instantâneo das bombas
77
77
Medidas mitigadoras
Reservatório de Compensação ou unidirecional
78
78
39
07/05/2022
Medidas mitigadoras
Reservatório de Compensação ou unidirecional
Linha de compressão c/ válvula de Linha de compressão s/ válvula de
retenção a montante do ponto ligação retenção
79
79
Medidas mitigadoras
Volante de inércia
80
80
40
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Medidas mitigadoras
Válvula de retenção
81
81
Medidas mitigadoras
Seleção de dispositivos
• Num sistema elevatório, a escolha do • No processo seleção dos dispositivos
melhor método de proteção contra de proteção, o parâmetro de maior
os efeitos do golpe de aríete depende influência é o parâmetro da conduta.
das características físicas e hidráulicas O valor deste parâmetro é dado pela
do próprio sistema; expressão:
• O processo de escolha do dispositivo 6∗
de proteção deve ser iniciado através PJ
de um levantamento e análise de • Em que representa a celeridade das
todas as causas possíveis da ondas elásticas, a velocidade de
ocorrência dos regimes transitórios, escoamento em regime permanente,
incluindo as situações normais P a aceleração da gravidade e J a
(paragem e arranque dos grupos altura manométrica.
eletrobomba) e situações de
emergência (funcionamento
inadequado dos dispositivos de 82
proteção ou uma rotura na conduta);
82
41
07/05/2022
Medidas mitigadoras
Seleção de dispositivos
83
Medidas mitigadoras
Seleção de dispositivos
Localização comum para instalação de diversos dispositivos de proteção contra o golpe de aríete (Stephenson, 1989)84
84
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Exemplo 11.3
• Considere-se um sistema elevatório simples, provido de dois grupos de
eletrobombas, em regime de funcionamento 1+1 (reserva), de acordo com o esboço
apresentado na Figura 1.
89
Exemplo 11.3
90
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Exemplo 11.3
91
92
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Pressão inferior à
linha do seio do
liquido
93
Resolução 11.3
• Perante a classe de pressão de serviço e o perfil da conduta, os valores
verificados para a pressão negativa não são aceitáveis.
• O facto da conduta elevatória, na totalidade da sua extensão, se encontrar
em depressão, chegando a atingir valores máximos, na ordem dos 13,60
m, impõe a aplicação de um sistema de proteção da tubagem.
• Relativamente às sobrepressões máximas, o seu valor é de cerca de 60 m.
• Uma vez que o líquido é água, então, a pressão nominal da conduta é
idêntica à pressão máxima de serviço, permitida pelo material da conduta.
• Assim, a pressão interna máxima, admitida pela conduta, será igual a 10
kg/cm2 (PN 10) pelo que as sobrepressões, resultantes do golpe de aríete,
serão suportadas pela mesma.
94
94
47
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95
95
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15/05/2022
Solicitações e Flexibilidade
Aula 25
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
2
15/05/2022
Dilatação
• As condutas que transportam • O valor da expansão é
fluidos quentes tais como água determinada pela equação:
ou vapor, expandem-se quando
operam a temperaturas
superiores às de montagem. ∆L [mm] = L × ∆T × α
• Essa expansão dá-se
principalmente em ∆L Dilatação em [mm]
comprimento e se não for
devidamente compensada criará L Comprimento do tubo em [m]
tensões na tubagem e nos ∆T Diferença de temperatura entre
acessórios a que esta está o ambiente e a operação em
ligada. [°C]
• Em casos extremos poderá α Coeficiente de expansão
provocar a fratura do material e [mm/m.°C] (tabela 1)
acidentes.
3
Cobre 16,8
PEX (polietileno reticulado) 140,0
4
15/05/2022
Dilatação
Exemplo 3.1 Resolução
• Um tubo de aço carbono com 50 ∆L = L × ∆T × α [mm]
m de extensão de uma rede de Tabela 1 – Tubo aço carbono
vapor a 4 bar (152°C), foi α = 14,9 x 10-3 mm/m.ºC
instalado a 10°C, calcule a sua
ΔL = 50 (m) x (152º C – 10º C) x
dilatação.
14,9 x 10-3 (mm/m.ºC)
ΔL = 105,79 mm
Dilatação
Exemplo 3.2 Resolução
• Calcule a dilatação térmica ∆L = L × ∆T × α [mm]
linear de tubos de aço, cobre e Tabela 1
PEX com um comprimento de 30 – Tubo aço carbono
m, temperatura de montagem α = 13,9 x 10-3 mm/m.ºC
10°C e temperatura de serviço
90°C. – Cobre α = 16,8 x 10-3 mm/m.ºC
– PEX α = 140,0 x 10-3 mm/m.ºC
ΔLaço = 30 (m) x (90º C – 10º C) x 13,9 x
10-3 = 33,4 mm
ΔLcobre = 30 (m) x (90º C – 10º C) x 16,8
x 10-3 = 40,3 mm
ΔLPEX = 30 (m) x (90º C – 10º C) x 140
x 10-3 = 336 mm 6
6
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Dilatação
Esforços gerados
• Se os tubos não poderem dilatar
livremente, serão gerados
esforços que de acordo com a lei
de Hooke terão o valor de:
ε – Deformação especifica; ε = ∆L/L
σ=ε×E
σ – Tensão [Pa]
• E a força resulta em:
E – Módulo de elasticidade N/mm2
F = σ×S S – Secção da parede do tubo em mm2
8
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Resolução
Dilatação ∆L = L × ∆T × α [mm]
Tabela 1 – Tubo de aço carbono → 13,9
Esforços gerados 10 ⁄ .º
ç
Exemplo 3.3 40 85º 5º 13,9
⁄ .º
• Um tubo de cobre ∅ = 76,1 × 2,5 10 44,5
mm com 40 m de comprimento, ç 44,5 10
0,001112 ⁄
temperatura de serviço 85°C, foi 40
instalado à temperatura de 5°C, 1,112 ⁄
determine o esforço exercido pelo
tubo nas extremidades,
considerando que não se dilata ! " 0,001112 124.000 10#
livremente. 137.888 Pa
( - -
' )*+, )./,
E = 124.000 MPa 4
( (
0,00811- 0,0076- 0,000786 -
4 4
( -
1 137.888 23 0,000786 85.121 4 9
4
Dilatação
Controlo dos efeitos da dilatação Flexibilidade natural da tubagem
térmica
• Há diversas formas de controlar os • O controlo da dilatação térmica dos
efeitos da dilatação térmica em tubos é feito por um traçado
redes de distribuição de fluidos conveniente, com diversas mudanças
aquecidos: de direção, de maneira que a
tubulação tenha flexibilidade própria;
− Flexibilidade natural da tubagem;
• Uma tubagem será tanto mais flexível
− Flexibilidade introduzida na tubagem; quanto:
− Pré-tensionamento da tubagem. − Maior for o comprimento desenvolvido
relativamente à distância entre as
extremidades;
− Mais simétrico for o seu traçado;
− Menores forem as desproporções entre
os diversos lados;
10
− Maior liberdade houver de movimentos.
10
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11
11
12
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19
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15 7,1 10,1 12,3 14,2 15,9 17,4 18,8 20,1 21,43 22,5
16 7,4 10,4 12,7 14,7 16,4 18,0 19,5 20,8 22,1 23,3
18 7,8 11,0 13,5 15,6 17,4 19,1 20,6 21,4 23,4 24,7
20 8,2 11,6 14,2 16,4 1\8,4 20,1 21,7 23,3 24,7 26,0
22 8,6 12,2 14,9 17,3 19,3 21,1 22,8 24,4 25,9 27,3
25 9,2 13,0 15,9 18,4 20,6 22,5 24,3 26,0 27,6 29,1
21
28 9,7 13,8 16,8 19,5 21,7 23,8 25,7 27,5 29,2 30,8
21
H = 1,5 D × ∆L
Tabela 5 - Braço H em cm do compensador de dilatação
rectangular, H = 2×ι
Diâmetro exterior do Dilatação ∆L mm
tubo
D mm 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0
10 6,7 9,5 11,8 13,4 15,0 16,4 17,8 19,0 20,1 21,2
12 7,4 10,4 12,7 14,7 16,4 18,0 19,4 20,8 22,1 23,2
14 7,9 11,2 13,8 15,9 17,8 19,4 21,0 22,5 23,8 25,1
15 8,2 11,6 14,2 16,4 18,4 20,1 21,7 23,2 24,6 26,0
16 8,5 12,0 14,0 17,0 19,0 20,8 22,5 24,0 25,5 26,8
18 9,0 12,7 15,6 18,0 20,1 22,1 23,8 24,7 27,0 28,5
20 9,5 13,4 16,4 19,0 21,2 23,2 25,1 26,8 28,5 30,0
22 10,0 14,1 17,2 19,9 22,2 24,4 26,3 28,1 29,9 31,5
25 10,6 15,0 18,4 21,2 23,7 26,0 28,1 30,0 31,8 33,5
22
28 11,2 15,9 19,4 22,5 25,1 27,5 29,7 31,8 33,7 35,5
22
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24
15/05/2022
Diâmetro Dilatação ∆L mm
exterior
do tubo 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0
D mm
R = 0,65 D × ∆L
10 2,9 4,1 5,1 5,8 6,5 7,1 7,7 8,2 8,7 9,2
12 3,2 4,5 5,5 6,4 7,1 7,8 8,4 9,0 9,6 10,1
14 3,4 4,9 6,0 6,9 7,7 8,4 9,1 9,7 10,3 10,9
15 3,6 5,0 6,2 7,1 8,0 8,7 9,4 10,1 10,7 11,3
16 3,7 5,2 6,4 7,4 8,2 9,0 9,7 10,4 11,0 11,6
18 3,9 5,5 6,8 7,8 8,7 9,6 10,3 10,7 11,7 12,3
20 4,1 5,8 7,1 8,2 9,2 10,1 10,9 11,6 12,3 13,0
22 4,3 6,1 7,5 8,6 9,6 10,6 11,4 12,2 12,9 13,6
25 4,6 6,5 8,0 9,2 10,3 11,3 12,2 13,0 13,8 14,5
25
28 4,9 6,9 8,4 9,7 10,9 11,9 12,9 13,8 14,6 15,4
25
Temperatura de operação em º C
DN R
95 150 205 260 315 370 425 450
50 250 17,0 9,5 6,9 5,0 4,0 3,4 3,0 2,8
300 22,0 12,0 8,9 6,6 5,3 4,5 4,0 3,8
350 27,0 15,0 11,1 8,4 6,7 5,3 5,0 4,6
65 325 22,1 12,4 8,6 6,3 5,2 4,6 4,0 3,7
390 28,6 16,0 11,3 9,1 8,5 6,0 5,3 4,8
455 35,8 20,3 14,2 10,7 8,9 7,6 7,2 6,7
80 400 27,8 15,6 10,9 8,4 6,7 5,6 5,1 4,7
480 35,8 20,2 14,1 11,2 8,6 7,4 6,6 6,2
560 43,4 25,1 17,5 13,5 10,9 9,4 8,4 7,9
100 500 40,0 22,3 15,5 11,7 9,5 8,1 7,1 6,9
600 51,3 29,0 20,2 15,4 12,4 10,7 9,5 9,0 26
700 61,9 36,1 25,1 19,1 15,5 13,5 11,9 11,4
26
15/05/2022
Pré-tensionamento da tubagem
• O pré-tensionamento a frio é um dos meios utilizados para
se controlarem os efeitos da dilatação térmica;
• Consiste em introduzir na tubagem, durante a montagem,
tensões iniciais da mesma natureza e de sinais contrários, das
que se originarão em consequência da dilatação térmica;
• A finalidade dessas tensões iniciais é compensar totalmente
ou em parte, as tensões resultantes da dilatação;
• Nunca se faz o pré-tensionamento total, porque resultaria em
introduzir-se nos tubos, tensões do mesmo valor das tensões
devidas à tensão térmica, mas de sinal contrário;
• Que é exatamente o que se pretende evitar. 27
27
Pré-tensionamento da tubagem
• Por essa razão, o pré-tensionamento é sempre parcial, isto é:
− O comprimento a menos da tubulação fria, é igual a uma parcela
apenas da dilatação total, da ordem de 50%.
Pré-tensionamento da tubagem
Exemplo 3.6
• Determine a dimensão do
compensador natural em L do exemplo
3.4 considerando um pré-
tensionamento do tubo de aço
carbono correspondente a metade do
valor da expansão.
Resolução
∆L = L × ∆T × α [mm]
• Tabela 1 – Tubo aço carbono:
α = 13,9 x 10-3 mm/m.ºC
• ΔLaço = 100 x (90 – 10) x 13,9 x 10-3 =
111,2 mm
∆67ç8 999,-
• 55,6 29
- -
• Pelo gráfico o braço mínimo é de 4,8 m.
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Suportes
31
31
Juntas de expansão
• Quando parte ou toda a dilatação não poderá ser absorvida pela
flexibilidade natural da tubagem, podem utilizar-se dispositivos para
absorver a dilatação ou expansão;
32
15/05/2022
Juntas de expansão
• As juntas de expansão são peças • As juntas de expansão são usadas
não rígidas que se intercalam nas principalmente nos seguintes
tubulações com a finalidade de: casos:
− Absorver as dilatações − Quando o espaço disponível é
provenientes das variações de insuficiente para que se possa ter
temperatura e também; um trajeto da tubulação com
flexibilidade capaz de absorver as
− Impedir a propagação de
dilatações;
vibrações;
− Em tubulações de:
− São dimensionados para
absorver a dilatação dos tubos Diâmetro muito grande (acima de
sem variar o seu comprimento 500 mm);
entre apoios fixos. De material muito caro, onde
haja interesse económico em
fazer-se o trajeto o mais curto
possível. 33
33
Juntas de expansão
• As juntas de expansão são • A maioria das juntas de expansão,
usadas principalmente nos são fabricadas sob encomenda para
seguintes casos (cont.): cada caso específico;
• Para a encomenda dessas peças,
− Em tubulações que por pelo menos os seguintes dados
exigências de serviço devam ter devem ser fornecidos ao fabricante:
trajetos diretos retilíneos com
− Natureza e propriedades completas
um mínimo de perdas de carga
do fluido ou dos fluidos
ou de turbulência; conduzidos;
− Em tubulações sujeitas a − Pressão e temperatura de operação
vibrações de grande amplitude; e de projeto;
− Variações possíveis da pressão e da
− Para a ligação direta entre dois temperatura;
equipamentos.
− Indicação dos valores máximos e
mínimos da temperatura e pressão;
− Duração prevista das variações 34de
pressão e temperatura;
34
15/05/2022
Juntas de expansão
• Para a encomenda dessas peças, − Especificação completa do isolamento
pelo menos os seguintes dados térmico, se houver;
devem ser fornecidos ao − Posição de trabalho da junta (vertical,
fabricante (cont.): horizontal, inclinada);
− Cargas que agem sobre a junta;
− Tipo da junta requerida. Não só − Dimensões máximas que deva ter a
o tipo geral, como também junta, caso existam limitações de espaço;
detalhes desejados (tirantes, − Valores dos movimentos axiais (distensão
camisa interna, anéis de ou contração), angular, lateral ou
equalização etc.); combinações desses, que a junta deva
− Diâmetro nominal do tubo, tipo absorver;
de ligação da junta à tubulação − Frequência dos ciclos de aquecimento e
(flange, soldadura, rosca), com arrefecimento da tubulação e tempo de
descrição completa; vida útil requerido para a junta de
− Material da tubulação expansão;
(especificação completa); − Normas, códigos ou especificações que
− Condições especiais de corrosão, devam ser obedecidos para a fabricação,
de abrasão ou de erosão, se inspeção e teste da junta;
houver; − Esquema da tubulação onde ficará 35a
junta mostrando o sistema de suportes.
35
Juntas de expansão
Movimentos das juntas de
expansão
• Os três tipos fundamentais de
movimentos que pode ter uma
junta de expansão são:
− O movimento axial;
− O movimento angular;
− Movimento lateral (offset).
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36
15/05/2022
Juntas de expansão
• Juntas de Telescópio
– As juntas de expansão telescópicas
consistem basicamente em dois
pedaços de tubo concêntrico, que
deslizam um sobre o outro, cada
um ligado a um dos extremos da
junta;
– Para conseguir a vedação entre o
tubo externo e o tubo interno
possuem:
Uma caixa de empanques
convencional;
Com sobreposta;
Parafusos de aperto. 37
37
Juntas de expansão
• Juntas de fole ou de acordeão
– As juntas de fole (packless, bellows
joints) consistem essencialmente
numa série de gomos sucessivos
feitos de uma chapa fina flexível;
– Como não possuem empanques não
há risco de vazamentos;
– A manutenção é bem menor
comparativamente com as juntas de
telescópio;
– Por essa razão, podem ser usadas
em:
Serviços severos;
Com fluidos inflamáveis;
Tóxicos etc. 38
38
15/05/2022
Juntas de expansão
• Tipos de juntas de Juntas com anéis de
expansão de fole equalização
– São os seguintes tipos mais
importantes de juntas dessa classe:
Juntas simples;
Juntas com anéis de equalização;
Juntas com articulações (hinge-
joints);
Juntas duplas.
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15/05/2022
Solicitações e Amarrações
Aula 26
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
1
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Conteúdos
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− Equação da energia:
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2 10"# A
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− Onde:
A Área da seção em [cm2];
ρ Massa volúmica do fluido [kg/m3];
V Velocidade de escoamento [m/s];
Θ Ângulo de desvio da curva
− Onde
caudal em kg/s;
V velocidade de escoamento m/s;
Q caudal volumétrico m3/s.
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Problema 12.1
Cone de Redução
• Um tubo com o diâmetro interior
de 508 mm está ligado a um tubo
de 305 mm por intermédio de um
cone de redução conforme
representado na figura.
• Nos tubos circula óleo com uma
densidade de 0,85 e um caudal de
0,350 m3/s, à pressão de 350 kPa.
• Desprezando as perdas de carga,
calcule a força que atuará sobre o
cone de redução, para dimensionar
o bloco de ancoragem.
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Resolução 12.1
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Problema 12.2
Curva a 90º
• Um troço de compressão de uma
bomba tem o diâmetro interior de
508 mm e uma curva vertical a 90º.
• O líquido bombeado é óleo com
uma densidade de 0,85, o caudal
de descarga da bomba é de 0,203
m3.s-1.
• A perda de carga localizada na
curva é de 0,6 m de coluna de óleo.
A pressão na entrada 1 é de 206
kPa.
• Desprezando o peso do óleo,
determinar a força resultante
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exercida pelo óleo sobre a curva.
13
Problema 12.2
Exemplo de resolução
14
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Problema 12.2
Exemplo de resolução
15
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Problema 12.2
Exemplo de resolução
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Problema 12.2
Exemplo de resolução
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Problema 12.3
Maciço de amarração
• Uma curva de redução de 30º,
φ0 = 1,0 m e φ1 = 0,8 m, conduz
água à razão de 1,80 m3/s, sendo a
pressão interna p0 = 216 kPa.
• Desprezando o peso da água na
curva e a perda de carga,
determine o esforço exercido sobre
o maciço de amarração.
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Problema 12.3
Maciço de amarração
• A resultante das forças que se
exercem sobre o tubo, tendem a
deslocar o tubo pela encosta
abaixo.
• Para o segurar é necessário o
recurso a um bloco de ancoragem,
cujo peso próprio, composto com o
valor da resultante F, deverá
conduzir a uma força resultante
geral R, que deverá passar pelo
terço central da base do bloco.
• O bloco deverá ser armado, uma
vez que o betão não resiste a 19
esforços de tração.
19
Problema 12.4
Tê de ramal a 45º
• Um tê de aço ao carbono de 900 mm de diâmetro interior, tem
um ramal a 45º, conduz água potável à razão de 1,69 m3/s, e a
pressão na junção é de 200 kPa. O ramal tem um diâmetro
interior de 750 mm.
• Quando o sistema está a funcionar em pleno, os caudais
distribuem-se com os valores de Q1 = 1,085 m3/s e Q2 = 0,605
m3/s
• O tê está disposto na horizontal, calcule as várias hipóteses de
carga em função do estado das válvulas de isolamento 1 e 2,
desprezando as perdas de carga no tê.
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Resolução 12.4
1ª Hipótese – As duas válvulas fechadas
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Resolução 12.4
2ª Hipótese – A válvula 1 fechada e a 2 aberta
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Resolução 12.4
3ª Hipótese – Ambas
as válvulas abertas
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Resolução 12.4
4ª Hipótese – A válvula de ramal fechada
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Problema 12.5
Maciço de amarração de uma curva a 60º
• Calcular a massa de betão necessária para um bloco de
ancoragem imobilizar uma curva horizontal de α = 60º, com φ =
600 mm de diâmetro, o fluido circulante é água com uma
pressão de 40 mca.
25
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Uniões de Tubos
Aula 27
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
1
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Conteúdos
1. Ligações
2. Acessórios de ligação
3. Acessórios de suporte e fixação
Uniões de Tubos
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Água quente R A A R
Gás combustível R A A
Ar comprimido R A A R
Gases industriais R R
Oxigénio R
R
Vapor até 300º C
Fuel, gasóleo,
gasolina, petróleo R A A
até 80ª C
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R – Recomendado A – Aceitável
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DIN 2559
I ≤ 3 mm 0a3
F1
DIN 2559
V ≤ 16 mm ≈60º 0a4
F2
API Std
≤ 19 mm 30º 0a4 ≈1,6
SL/SLX
DIN 2559
Costura U ≥ 12 ≈10º 0a3 2
F3
16
ASA B16.9 > 19 ≈37,5º ≈10º 0a2 ≈1,6
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• Na superfície preparada, aí é
introduzida a extremidade do outro
tubo ou do acessório a ligar, também
devidamente polidos e desoxidados,
dando-se por fim a soldadura por
brasagem com um maçarico de
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chama.
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Juntas de desmontagem
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tubulação;
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Acessórios de ligação
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Acessórios flangeados
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Acessórios flangeados
• Os acessórios de ferro fundido dúctil
e aço vazado podem apresentar
flanges integrais, nos outros tipos de
materiais tais como:
– Alumínio;
– Latões;
– Plásticos.
• As flanges são ligadas aos acessórios
por soldadura ou através de roscas.
• Estes acessórios são utilizados onde
seja necessário haver uma grande
facilidade de desmontagem tal como:
– Em centrais térmicas;
– Centrais de bombeamento;
70
– Parques de válvulas, etc.
70
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Acessórios flangeados
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Acessórios de ligação
• Os acessórios de ligação conhecidos
vulgarmente como “niples” são
troços de tubos muito curtos
preparados especialmente para:
– Permitir a ligação de dois acessórios
entre si;
– Para um instrumento de medida
numa canalização;
– Uma válvula a um acessório em
canalizações onde se utilizam
ligações roscadas
– Ou para soldadura de encaixe.
• Podem ser simples ou de redução;
• O seu comprimento varia em geral
entre 5 e 15 cm. 72
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Acessórios de compressão
• Os acessórios com extremidades
preparadas para ligações de
compressão estão disponíveis no
mercado para pequenos diâmetros
até DN 50;
• Aplicam-se em tubos de PEAD, cobre,
aço inoxidável, etc;
• Para a sua aplicação em instalações
de água potável, estes acessórios
devem estar certificados pelas
normas DVGW segundo a ficha de
trabalho W 534 e homologados
segundo o número de registo DW-
8511 AU 2119.
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Acessórios de compressão
• Para a utilização em instalações de
gás, os acessórios deverão estar
certificados pela norma DIN 3387 e
homologados com o número de
registo DIN DVGW NG-4502Au0157.
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‒ Dimensões a observar;
‒ Elétrodos a utilizar;
‒ Testes, etc.
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23/05/2022
Aulas 28
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
1
23/05/2022
Conteúdos
1. Coletores
2. Isolamentos térmicos
Coletores
• Função
‒ Os coletores são troços de tubos que ‒ Em geral são formados por tubos de
servem para distribuir um fluido para aço carbono, mas também podem
vários circuitos, ou recolher um fluido ser em cobre, liga de alumínio, PEAD,
proveniente de vários circuitos; PVC ou outro material plástico;
‒ Classificam-se em coletores de zona e ‒ Com base nas suas características
coletores principais. podem ser classificados como
coletores simples, complanares,
• Coletores de Zona modulares ou duplos;
Simples, complanares e duplos ‒ Os pequenos coletores para
instalação doméstica em circuitos de
‒ São os coletores internos que ligam
aquecimento, distribuição de águas
as linhas principais de distribuição de
quentes e frias e gás com diâmetros
um fluido aos diferentes terminais de
compreendidas entre 20 e 32 mm,
utilização, tais como, radiadores,
são correntes no mercado.
convetores, ventiloconvetores,
fogões, esquentadores, ferramentas,
máquinas, torneiras de aparelhos
sanitários, unidades de tratamento 4
de ar, etc;
2
23/05/2022
Coletores
Coletores
Coletores de Pressão
Controlada
• Numa alimentação de emissores a
pressão de distribuição do fluido
deverá ser controlada, sob pena de
ocorrerem distúrbios de caudal
entre os diferentes emissores;
• Para controlar a pressão de
distribuição os coletores duplos
dispõem de um órgão dotado de
um circuito de desvio, que é aberto
quando a pressão diferencial entre
a ida e o retorno atinge o valor de
20 kPa, que é um valor suficiente Instalação de aquecimento com coletores de pressão
para alimentar as unidades controlada.
terminais e que garante a isenção
de ruídos na instalação. 6
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23/05/2022
Coletores
Coletores de Pressão Controlada Coletores Principais
• Generalidades
‒ São também designados por
coletores de centrais, porque são
instalados sobretudo em centrais
térmicas e frigoríficas;
‒ Estes coletores podem ser
independentes ou únicos com
ligações centrais ou laterais. Os
mono coletores podem ser em
linha ou em U;
‒ Os coletores independentes são
utilizados quando os troços
comuns são de pequeno
comprimento e a perda de carga
interna nos equipamentos
(caldeiras, chillers, etc.) reduzida
inferior a 10 kPa e as perdas na7
distribuição também são reduzidas;
Coletores Principais
• Quando os pressupostos anunciados • Um simples e eficaz método para
não se verificam estes circuitos estão reduzir ou eliminar as interferências
sujeitos a perturbações de referidas consiste na utilização de um
funcionamento; circuito de desvio entre os dois
• Muitos equipamentos não admitem coletores o que interliga a produção
caudais reduzidos, por exemplo as com a distribuição, ou seja a
caldeiras exigem um caudal mínimo utilização dos coletores únicos ou
de 35% do caudal nominal o que mono coletores;
frequentemente não se consegue • Neste arranjo são necessárias
garantir devido ao fecho das válvulas bombas primárias para garantir a
termostáticas; circulação pelas unidades de
• Por outro lado um caudal superior ao produção.
caudal nominal dos equipamentos é
inaceitável, quer em caldeiras quer
em unidades de arrefecimento de
água e muitas vezes estes circuitos
não garantem o limite de caudal; 8
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23/05/2022
Coletores Principais
Instalação de caldeiras com coletores de ida e retorno Interligação da produção com a distribuição com mono
independentes. coletor.
Coletores Principais
Dimensões recomendadas para
Dimensionamento saídas simples
• Para o dimensionamento dos coletores,
não existem fórmulas gerais simples e
precisas, porque os fatores que
intervêm são demasiados, por exemplo
os caudais nos circuitos primários e
secundários, a posição e o tipo de
ligação, a temperatura de ida e retorno,
assim como da geometria adotada;
• Como regra geral para se Coletores simples sem reforços
dimensionarem os coletores estes
devem ser de dimensões generosas; , ..
• Nos coletores de secções reduzidas
ocorrem interferências hidráulicas
Dc – Diâmetro interior do coletor [mm];
indesejáveis entre as diferentes
derivações; D1, D2, Dn – Diâmetro interior das derivações [mm];
• Para o seu dimensionamento utilizam-
se fórmulas empíricas, para o cálculo
dos coletores simples.
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Coletores Principais
Dimensões recomendadas para
saídas reforçadas
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23/05/2022
Coletores Principais
Dimensionamento
• No caso dos mono coletores, deverá ser
verificada a velocidade máxima de
escoamento de 0,5 m/s, para o somatório
do caudal nominal de todas as unidades
de produção (caldeiras, bombas de calor
ou unidades de chillers);
• Nos circuitos de aquecimento o
distribuidor está colocado superiormente
e o coletor na parte inferior conforme
representado em a);
• Nos circuitos de água gelada as posições
invertem-se tal e qual como em b);
• Nos sistemas a dois tubos, em que o
mesmo coletor serve para água quente e d – diâmetro de entrada
água gelada, deverá ser utilizada a Coletores de ida e retorno com circuito de desvio.
configuração c) com o elemento de
ligação em forma de U em que o braço de
menor comprimento tem uma extensão
13
de 6 d;
13
Coletores Principais
Dimensionamento
• As configurações a), b) e c) não permitem
a desgaseificação tal como uma garrafa;
• Contudo esta função pode ser obtida pelo
arranjo da configuração d);
• Nesta situação só a diferença de caudais
entre os circuitos de produção e de
distribuição flui através da garrafa;
• A velocidade na garrafa é baixa, o que
permite a desgaseificação, mas é menos
efetiva do que nos separadores
hidráulicos;
• Neste arranjo a garrafa pode ser
sobredimensionada uma vez que não
existe o perigo de dupla recirculação como
nos separadores hidráulicos. 14
14
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23/05/2022
Garrafa Hidráulica
Função
• As garrafas hidráulicas, têm como • Tal limite depende de demasiadas
função tornar independentes os variáveis, assim como do tipo de bomba
diferentes circuitos de uma instalação utilizada;
de forma a evitar o surgimento de
• Podem considerar-se aceitáveis valores
interferências e perturbações
recíprocas; de ∆P < 5 kPa.
• No coletor simples representado na
figura, quando uma das bombas estiver
a funcionar sozinha, haverá uma
diferença de pressão entre o coletor de
ida e de retorno que interferirá nos
outros circuitos;
• Não é possível estabelecer com
precisão o valor máximo de ∆P, com o
qual não ocorrem interferências
hidráulicas entre os circuitos
secundários, que provocam evidentes
irregularidades no funcionamento do
sistema; 15
15
Garrafa Hidráulica
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16
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23/05/2022
Garrafa Hidráulica
17
17
Garrafa Hidráulica
Função
• Como principais consequências ‒ Quando num circuito se intercala um
negativas devidas a valores de ∆P separador hidráulico, a diferença de
elevados, pode referir-se: pressão entre os circuitos é
praticamente nula e as interferências
‒ As bombas funcionam fora do ponto são anuladas, uma vez que cada
de funcionamento especificado, não bomba só põe em movimento o
conseguindo debitar o caudal fluido do respetivo circuito;
pretendido;
• Os separadores hidráulicos podem
‒ Devido ao funcionamento das ser instalados não só nos coletores
bombas fora da sua região de principais, mas também nos circuitos
trabalho, estas podem entrar em
das subestações.
sobrecarga e mesmo queimarem-se
se não estiverem bem protegidas;
‒ Unidades terminais com caudais
parasitas, que dificultam o seu
controlo e impedem a sua colocação 18
fora de serviço em serviço normal;
18
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23/05/2022
Garrafa Hidráulica
• Que torna independentes os circuitos
Princípio de Funcionamento primário e secundário a ele ligados;
• Assim o escoamento num dos
• Quando numa central térmica há um
circuitos não influi no escoamento do
conjunto de coletores ao qual estão
outro e;
ligados:
‒ Circuitos primários de produção com • A perda de carga no troço comum é
as respetivas bombas primárias; desprezável;
‒ Circuitos secundários, também • Com este arranjo o caudal desviado
providos de bombas. para cada um dos circuitos depende
• Podem ocorrer condições funcionais exclusivamente das dimensões das
na instalação em que as bombas bombas e do seu estado de
interagem entre si, originando funcionamento.
variações anormais de:
‒ Caudais;
‒ E de pressões nos diferentes
circuitos.
• Se for efetuada uma separação
hidráulica com um mono coletor,
cria-se uma zona de reduzida perda 19
de carga;
19
Garrafa Hidráulica
Função
• Se as bombas do circuito secundário
estiverem todas paradas e as do
primário a funcionarem, só haverá
recirculação de água através do
circuito primário, servindo a garrafa
como circuito de desvio;
• Só passará a haver circulação de
água no secundário, quando uma
das bombas deste circuito entrar em
funcionamento;
• Com a introdução dos separadores
hidráulicos o caudal no circuito
primário poderá ser variável, que é
uma condição de funcionamento
típica nas modernas instalações de 20
climatização.
20
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23/05/2022
Garrafa Hidráulica
Temperatura de Operação
• Conforme se pode observar nas
figuras, no interior dos separadores
hidráulicos ocorrem fenómenos de
mistura de água entre o circuito
primário e o secundário;
• Em determinadas condições de
funcionamento com sobrecarga de
uma instalação de aquecimento,
pode ocorrer o arrefecimento do
fluido primário antes de ser
distribuído para as unidades
terminais, pelo fluido secundário
proveniente das unidades terminais.
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Garrafa Hidráulica
Caso 1: Potência do primário igual à
Temperatura de Operação do secundário
• Quando for prevista esta situação, • Caudal do primário igual ao do
as unidades terminais deverão ser secundário:
dimensionadas tendo em conta este
− T1 = T3 e igual à temperatura de referência
arrefecimento;
− T2 = T4
• Também o fluido frio de retorno
será aquecido pelo fluido quente
recirculado, antes de se dirigir para
a caldeira;
• Para compreendermos o
funcionamento do separador
hidráulico vamos analisar as
alterações de temperatura
provocadas pelos separadores numa
instalação.
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Garrafa Hidráulica
Caso 2: Potência do primário
inferior à do secundário
• Caudal do primário inferior ao do • Para calcular a temperatura T3
secundário. máxima de ida do fluido no circuito
secundário considera-se que
− T1 > T3 (aquecimento) T3 inferior à
temperatura de referência; geralmente são conhecidos ou
facilmente determináveis os valores
− T1 < T3 (arrefecimento) T3 superior à das seguintes grandezas:
temperatura de referência;
− T1 Temperatura do fluido à entrada do
− T2 = T4 primário [°C];
− Potência térmica da instalação [kW];
− Qpr Caudal primário [l/h];
− Qsec Caudal secundário [l/h].
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Garrafa Hidráulica
Determinação de T3
• Procede-se, da seguinte forma: 3. Considerando que a temperatura de
retorno do primário é igual à do
1. Primeiro calculam-se os saltos
secundário, pode calcular-se, por fim,
térmicos do primário e do
a temperatura pretendida, que
secundário:
resulta:
∆ 3.600 T3 = T4 + ∆Tsec = T2 + ∆Tsec (2)
Esta é a temperatura de projeto,
∆ 3.600 segundo a qual se deve dimensionar
os terminais da instalação.
2. Com o valor do salto térmico do
primário, determina-se a
temperatura de retorno do
primário:
T2 = T1 - ∆Tpr (1)
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Garrafa Hidráulica
Caso 3: Potência do primário
superior à do secundário
• Caudal do primário igual à do • Para calcular a temperatura T2 de
secundário. retorno à caldeira ou à unidade
arrefecedora de água, considera-se
− T1 = T3
que geralmente são conhecidos ou
− T2 > T4 (aquecimento) T2 superior à facilmente determináveis os valores
temperatura de admissão na caldeira; das seguintes grandezas:
− T2 < T4 (arrefecimento) T2 inferior à − T1 Temperatura de ida do primário [°C];
temperatura de admissão no chiller.
− Qpr Caudal primário [l/h];
− Potência térmica da instalação [kW].
25
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Garrafa Hidráulica
Determinação de T2
• Para o cálculo de T2 procede-se • No caso de caldeiras, para se
portanto, da seguinte forma: determinar o caudal mínimo do
circuito primário para se garantir que
1. Em primeiro lugar calcula-se a
não ocorre condensação, ou seja
diferença de temperaturas do
para que a temperatura T2 de retorno
circuito primário:
à caldeira não é inferior a um valor
pré-fixado, podem considerar-se
∆ 3.600
4,18 como conhecidos:
− T1 Temperatura de ida do primário
∆ 3.600
[°C];
2. Com o valor obtido, determina-se − T2 Temperatura de retorno do
a temperatura de retorno do primário [°C];
circuito primário:
− Potência térmica da instalação
T2 = T1 - ∆Tpr (3) [kW].
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Garrafa Hidráulica
Dimensionamento
• As principais grandezas que • Trata-se de dimensões que devem estar
concorrem para o dimensionamento perfeitamente correlacionadas entre si,
de um separador estão não devem ser nem sobredimensionadas
representadas na figura; nem subdimensionadas sob pena de se
obter um desempenho ineficiente;
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27
Garrafa Hidráulica
• Se o diâmetro do corpo de
separador for inferior ao
aconselhado, podem ocorrer
diferenças de pressão ΔP entre a ida
e o retorno demasiado elevadas, o
que torna o separador ineficaz.
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Garrafa Hidráulica
Método dos três diâmetros
• Para se evitarem os fenómenos de • Se a garrafa for instalada
recirculação deverá ser adotada uma horizontalmente, não pode servir
determinada geometria e a garrafa para desgaseificação nem para
deverá ser instalada verticalmente; precipitação de lamas.
• Para o estabelecimento das
dimensões da garrafa representada
na figura pode ser adotada a regra
dos três diâmetros;
• Para se garantir a desgaseificação e a
decantação, a velocidade máxima na
garrafa não deve exceder 0,1 m/s;
• Esta regra baseia-se numa velocidade
máxima de admissão de 0,9 m/s;
• O diâmetro é o diâmetro do coletor
principal ao qual estão ligadas as
unidades produtoras (caldeiras ou 29
chillers);
29
Garrafa Hidráulica
Método das ligações alternadas Método do caudal máximo
• Neste método considera-se uma • É um método muito simples, no qual
velocidade de 1,2 m/s para os se baseiam os projetos dos
circuitos derivados, permite fabricantes, que consideram
velocidades mais elevadas porque a unicamente os valores do caudal
sua configuração gera menor
turbulência e apresenta menores máximo no primário e no secundário,
risco de dupla circulação; que pode circular através do
separador;
• Esta configuração não é aconselhável
para circuitos de aquecimento. • Os valores dos caudais admitidos
para os diferentes modelos são
especificados nos catálogos dos
fabricantes.
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Exemplo de exercício
• Determinar a temperatura de projeto • Características do circuito do
da instalação esquematizada na figura. termoacumulador:
• Considere: − Potência térmica: & 26 !"
− Temperatura de produção do fluido − Caudal da bomba: & 2.200 #⁄$
quente T1 = 80°C • Características do circuito dos
− Características de cada caldeira: radiadores:
Potência térmica: 32 !" − Potência térmica: 7,0 !"
Caudal max . da bomba: − Caudal da bomba: 600 #⁄$
1.600 #⁄$
• Características do circuito do de pré
aquecimento do ar :
− Potência térmica: ( 25,6 !"
− Caudal da bomba: ( 4.400 #⁄$
• Características do circuito dos
ventiloconvectores:
− Potência térmica: *+ 31,4 !"
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− Caudal da bomba: *+ 5.400 #⁄$
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Isolamento Térmico
• Material Isolante: Lã de Rocha,
espuma de borracha, lã de vidro etc.
• Material de Revestimento: Folha de
aço galvanizado, alumínio, aço
inoxidável
• Espessuras recomendadas:
− A NAIMA North Americam Insulation
Manufacturers Association, fornece um
programa de cálculo para situações
correntes;
− Consultar site:
https://local.armacell.com/pt/armacell-
portugal/
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37
Isolamento Térmico
• Espessura mínima de isolamentos em
mm conforme RECS
Notas:
• As espessuras são válidas para um isolamento com
condutibilidade térmica de referência, λref = 0,040
W/m.K a 20º C;
• Se forem utilizados isolamentos com
condutibilidade térmica diferente a espessura deve
ser corrigida na proporção direta do respetivo λ
relativamente ao valor de referência.
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Isolamento Térmico
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Aula 29
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1 PVC-C (Cholorinated Polyvinyl Chloride) é um PVC modificado, com uma tração juntam outros aditivos tais como a sílica. O poliéster é um material termo estável
adicional sob elevada temperatura, que provoca uma orientação da estrutura muito resistente à corrosão
4 Os Policarbonatos são um grupo particular entre os polímeros termoplásticos.
molecular, alongando-a, que melhora substancialmente as propriedades do PVC,
aumenta a sua resistência mecânica e química, a temperatura de serviço é mais Caracterizam-se por serem facilmente trabalháveis, moldáveis e transformáveis a
elevada que a do PVC assim como a durabilidade. quente; razões pelas quais, estes plásticos são muito utilizados na indústria 19
química.
2 O polietileno é o mais leve e de menor custo dos termoplásticos, tem uma elevada
As suas propriedades (resistência à temperatura e à propagação da chama, resistência
aos impactos e propriedades óticas) posicionam-nos entre os plásticos de engenharia.
resistência aos ácidos minerais aos álcalis e aos sais.
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Aula 29
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5º Semestre
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• O vidro e a porcelana servem para (2) CHLORIMET 2 é uma liga à base de níquel que oferece boa resistência a
condições corrosivas não normalmente tratadas por outros tipos de ligas
qualquer condição de temperatura ou comercialmente disponíveis. O CHLORIMET 2 é um equivalente refinado
41 do
HASTELLOY B e é mais comumente usado em equipamentos de engenharia,
de concentração. como bombas e válvulas, fabricados pelo fabricante da liga.
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Aula 30
Filipe Rodrigues
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5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
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Tubo;
− Tensões residuais devido a
deficiências na montagem.
Fluído; 3
Cálculo da espessura
• No cálculo da espessura considera- • Os cálculos ou verificações
se, duma forma geral, apenas as complementares compreendem os
solicitações predominantes: restantes situações de carga dos
− Pressão interior; tubos, nomeadamente:
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Cálculo da
espessura
conforme ASME
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onde:
P Fator de redução para serviços cíclicos
5 6,0 $T+ U 0,2 V 1W;
σmc Tensão admissível à temperatura
ambiente, (mínima do ciclo);
Tensão admissível do material na
temperatura (máxima do ciclo).
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Sendo:
Espessura mínima em [mm];
1 Espessura adicional para
compensar defeitos de fabrico da
chapa [mm], pela DIN 1626 parte 1,
recomenda 1 mm;
2 Espessura adicional para
30
compensar corrosão e desgaste, em
geral 1 mm;
30
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• No dimensionamento da tubagem
segundo a norma ASME:
- Espessura mínima em [mm];
^ Fabrico: 1 mm sobre espessura para
compensar tolerâncias para defeitos
e; para compensar a corrosão
normalmente é de 1 mm;
• O cálculo da espessura mínima devida
à tensão circunferencial, determina-se
pela equação estabelecida pela
norma ASME para tubos cilíndricos:
_ `a
0 [
2 ./0 L 6 C`a
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Tabela 6.5
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q & 2 s t T ⁄- 2
10 rZ
Com:
Vão entre apoios em [m];
& Carga distribuída em [N/m] (peso próprio do tubo e do líquido);
s Carga concentrada a meio do vão [N];
t Sobrecarga [N];
r] Momento resistente da seção transversal do tubo [m3].
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q & 2 s t T ⁄- 2
10 rZ
10,5
q 1.181,2 10,5 2 520 981 T⁄-2
10 490 10wx
q 33.009.857 T⁄-2
43
"
4
4.700 273
" 34.492 LC(
4 9,3
q " 33.010 34.492 67.502 LC(
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Portaria Nº390/94
• A Portaria Nº390/94 (17 de Junho) estabelece as condições técnicas gerais
a que devem obedecer o projeto, construção, exploração e a manutenção
de gasodutos de transporte de gases combustíveis para pressões de
serviço superiores a 4 bar:
− Diâmetro das tubagens: diâmetro igual ou superior a 100 mm (NP-
1641);
− Temperatura do gás transportado: não deverá exceder 120 °C;
− Processo de fabricação : Aço vazado pré-desoxigenado podendo ser
sem ou com costura longitudinal ou helicoidal;
− O fabricante dos tubos deve fazer acompanhar cada lote de um
certificado de fabrico.
49
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Portaria Nº390/94
− Pressão ou espessura de cálculo:
p = 20 × E ×e × F ou e= p× D
D 20 × E × F
Sendo:
Pressão de cálculo [bar] ;
Espessura de cálculo [mm];
Diâmetro exterior do tubo [mm];
% Limite elástico do material [N/mm2];
• Fator de segurança correspondente à categoria do local de implantação
das tubagens (Artº 29 da referida Portaria).
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Portaria Nº390/94
• Termoplásticos
− O dimensionamento destes tubos, sujeitos à pressão interna, é feita,
de acordo com critérios de resistência, de acordo, normalmente, com
a seguinte fórmula:
^
20 ./0
Sendo:
^ Espessura da parede [mm];
20 Constante;
Diâmetro exterior do tubo [mm];
Pressão admissível de operação [bar e a 20 °C];
2
(,- Tensão admissível circunferencial, com coeficiente de segurança [T/-- ]
Exemplos: PVC-U : (,- 10 T/--2
PP e PE – HD : (,- 5 T/--2
PVDF : (,- 16 T/--2 51
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Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
Aula 31
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
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Conteúdos
Normas e Códigos
• As principais normas e códigos usados em projectos
de tubagens sob pressão são normalmente de origem
alemã e norte americana, abrangem:
− Especificações de materiais;
− Dimensões;
− Processos de fabricação;
− Ensaios;
− Procedimentos de projeto/cálculo;
− Fabricação e montagem para o conjunto da
tubagem.
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Válvulas; Materiais;
Processos de fabricação;
Acessórios, etc.
Ensaios;
Tipos; 5
Dimensões e utilização.
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ASME 31.3
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"Schedule"
• Nas normas Americanas é frequente a utilização da designação,
"Schedule" para definir aproximadamente uma espessura para um
dado diâmetro nominal. Para vários diâmetros de tubos, o mesmo
número de "Schedule", corresponde a espessuras bem
determinadas;
• Existem os seguintes Schedule Number: 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100,
120, 140, 160;
• Em tubagens de aço inox o Schedule é seguido da letra S, por ex.:
Sch 10S, 20S, etc. 21
21
"Schedule"
• Por razões de resistência estrutural das tubagens, redução do
número de suportes por aumento de vãos, aumento de
resistência à corrosão, etc. é vulgar adotar-se, na prática as
seguintes espessuras mínimas, independentemente do valor
da pressão, para os seguintes diâmetros nominais:
φ ≤ 1 1/2" Série 80
2" < φ <12" Série 40
φ > 14" Série 3/8" (9 mm)
• Nas normas DIN a cada diâmetro exterior corresponderá uma
espessura Standard;
• Contudo, por encomenda, de acordo com esta norma, estarão
disponíveis outras espessuras. 22
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Normalização
• Apresenta-se a seguir uma lista das − ISO 65 Carbon steel tubes suitable for
normas mais frequentes utilizadas screwing in accordance with ISO 7.1
em Portugal, para Redes de Fluidos: − ISO 161.1 Thermoplastics pipes for
the transports of fluids.
− NP 182 Identificação de Fluidos: Part 1 Nominal outside diameters and
nominal pressures.
Cores e sinais para canalizações.
− ISO 1167 Plastics pipes for the
− EN 10208 Steel pipes for pipelines for transport of fluids. Determination of
combustible fluids: the resistance to internal pressure.
− ISO 4065 Thermoplastic pipes -
Technical delivery conditions Universal wall thickness table.
− EN 496 Plastics piping systems: ‒ ISO 1872 Polyethylene
thermoplastics materials Designation
Plastics pipes and fittings -
Measurements of dimensions and ‒ ISO 3126 Plastics pipes:
visual inspection of surfaces.
Measurement of dimensions.
− ISO 7.1 Pipe threads where pressure
tight joints are made on the threads. ‒ ISO 3607 Polyethylene (PE) pipes:
Part 1 - dimensions, tolerances and 25
Tolerances on outside diameters and
designation. wall thicknesses.
25
Normalização
‒ ISO 4065 Thermoplastic pipes:
Universal wall thickness table.
‒ ISO 4437 Buried polyethylene (PE)
pipes for the supply of gaseous fuels
Metric series:
Specification.
‒ EN 751 Sealing materials for metallic
threads joints in contact with 1st, 2nd
and 3rd family gases and hot water:
‒ EN 1057 Copper and copper alloys -
Seamless, round copper tubes for
water and gas in sanitary and heating
applications.
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CERTIFICADOS DE MATERIAIS
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Certificados de Ensaios
• Todos os cálculos de equipamentos • Generalidades sobre a norma NP EN
ou tubagens são realizados com base 10204 (transcrições):
nas características mecânicas dos − Para confirmação dos resultados dos
materiais a utilizar, definidos nas ensaios efectuados em materiais,
respetivas Normas; peças e elementos construtivos
recorre-se aos Certificados de Ensaio
• Na altura da aquisição dos materiais
de materiais.
torna-se importante procurar garantir
• O tipo de Certificados a apresentar
que as características dos materiais
deverá ser especificado no processo
estão conformes os requisitos de
de consulta ao mercado;
cálculo;
• Com este objetivo as diferentes • É condição prévia para a emissão do
Normas estabelecem Protocolos de Certificado de Ensaio de materiais,
Receção de Materiais; que os equipamentos utilizados para
os ensaios, satisfaçam as condições
• Entre nós tem sido muito comum a
impostas pelas normas aplicáveis.
norma DIN 50049, substituída pela
norma Portuguesa NP EN 10204
(produtos metálicos). 47
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Aula 32
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
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Conteúdos
1. Controlo e Instrumentação
2. Terminologia e definições
3. Cadeias de controlo
4. Código de identificação dos instrumentos
CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO
• Em todos os processos industriais e redes públicas
de distribuição de fluidos tais como:
– Distribuição de: – Alimentares;
Água Potável; – Centrais térmicas.
Gás;
Frio e Calor;
– Redes de Hospitais;
– Estabelecimentos de saúde;
– Farmacêuticas;
– Petróleos;
– Petroquímicas;
– Metalúrgicas;
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– Pasta de papel;
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CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO
• É necessário controlar ou manter constantes alguns
parâmetros dos fluidos, como:
− Caudal; − Condutividade;
− Temperatura; − Concentrações;
− Pressão; − Cloro residual;
− Energia; − Turbidez;
− pH; − Etc.
CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO
• Controlar o processo de modo a obter
características funcionais como:
– Composição química; – Transparência;
– Mistura; – Salinidade;
– Pureza; – Acidez, etc.
– Viscosidade;
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Operação
• A operação de uma rede de transporte e distribuição
de um fluido pode ser assegurada por:
– Elementos humanos;
– Elementos humanos apoiados em sistemas automáticos;
– Por sistemas automáticos simples.
• Na última solução, na maioria das situações, é
sempre possível eliminar voluntariamente o controlo
automático e passá-lo a manual.
Condução
• A condução de uma rede de fluidos, ou de uma instalação
industrial, não pode ser assegurada sem se realizarem três
operações fundamentais:
– Aquisição de informação sobre o estado de funcionamento da rede;
– Tratamento da informação e elaboração de ordens de comando;
– Execução de ordens de comando.
• A aquisição da informação sobre o estado das instalações e
sobre a evolução de determinadas grandezas características é
assegurada por sensores (captores).
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Condução
• O tratamento das informações consiste em elaborar ordens de comando
em função de regras de conduta preestabelecidas, por:
– Operadores;
– Controladores;
– Autómatos programáveis;
– Computadores.
• As ordens de comando são transmitidas aos órgãos comandados para
serem executadas.
• A execução das ordens é assegurada por órgãos de manobra (terminais
de controlo) tais como:
− Atuadores de válvulas;
− Reguladores de capacidade;
− Variadores de velocidade de rotação;
9
− Motores elétricos e órgãos associados, etc.
SENSORES
• Os sensores captam os deslocamentos dos acionadores ou o
resultado das suas ações sobre o processo, fornecem as
informações de retorno necessárias para a condução de um
processo.
• Eles detetam e medem as variáveis controladas tais como:
– Pressão; − Velocidade;
– Temperatura; − Teor de cloro;
− Potencial redox.
– Caudal;
– Posição;
– pH;
– Oxigénio dissolvido;
– Humidade;
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10
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SENSORES
• Têm como finalidade transformar uma grandeza física a
medir ou controlar, numa outra grandeza física acessível ao
homem, ou aos diversos aparelhos constituintes de um
automatismo, para transmissão à distância ou cálculo.
• Os sensores são constituídos por:
− Uma entrada em que é aplicada a grandeza a medir;
− Uma saída que fornece a informação pretendida do valor
da grandeza medida. Esta informação é materializada por
um suporte chamado sinal.
11
11
SENSORES
Grandeza Saída
SENSOR
Medida
Informação sobre a
medida da grandeza
• Sinais de Saída
– Os sinais de saída dos detetores são em geral
materializados pelo estado de contactos, que podem ser
simples ou inversores, normalmente livres de potencial.
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12
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29/05/2022
13
13
SENSORES
• Sinais em tensão contínua
– Os captores com sinais em tensão contínua são simples e
económicos, não necessitando de condicionador de sinal;
– Não se adaptam para a transmissão da informação a
grandes distâncias, devido às quedas de tensão em linha;
– O sinal é influenciado pela variação da resistência da carga
e é facilmente perturbado por parasitas.
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14
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29/05/2022
SENSORES
• Sinais em corrente contínua
– A corrente contínua é o sinal analógico por excelência;
– É muito utilizada na regulação automática na indústria;
– São sinais particularmente adaptados à transmissão de
medidas, sobre linhas dedicadas;
– Para a transmissão podem utilizar-se cabos de linhas
telefónicas;
– Os sinais de saída poderão ser independentes da variação
da resistência de carga;
– Os sensores com saída analógica são mais dispendiosos
que os de saída em tensão. 15
15
Transmissores pneumáticos
• Os sinais pneumáticos (ar comprimido) são os mais antigos e
têm uma distância máxima de transmissão reduzida;
• Os transmissores pneumáticos geram um sinal pneumático
variável de 3 a 15 psi para o campo da medida de 0-100 % da
variável;
• Este sinal foi adotado pelos fabricantes dos primeiros
transmissores e controladores pneumáticos, sendo o zero
representado por 3 psi para possibilitar a deteção de fugas.
16
16
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Transmissores eletrónico
• Os transmissores eletrónicos geram uma corrente contínua de
4-20 miliamperes;
• A relação de 4 a 20 miliamperes CC é de 1 para 5, a mesma do
que 3 a 15 psi no sinal pneumático;
• O nível mínimo de 4 miliamperes é utilizado para representar
o valor 0, tem a vantagem de não se confundir com o circuito
desligado, permitindo alarmes de falha de transmissão;
• Os sinais eletrónicos analógicos são transmitidos a distâncias
compreendidas entre 100 a 300 metros;
• Os sinais eletrónicos digitais atingem alguns km, e podem
recorrer a amplificadores para aumentar a distância de 17
transmissão.
17
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Transmissores “inteligentes”
• Atualmente utilizam-se cada vez mais os transmissores dito
“inteligentes” (Smart transmitters) que:
− Transmitem o sinal, com recurso a um microprocessador;
− Incluem a data, hora na transmissão;
− Eventualmente o arquivo de dados periódico;
− Fazem o autodiagnóstico do equipamento;
− Transmitem alarmes;
− Podem fazer a autocalibração.
19
19
Escolha de um sensor
• A escolha de um sensor resulta de um compromisso entre o
seu preço e as suas características.
• É necessário definir-se:
– Campo de medida (valor mínimo e valor máximo da escala);
– Domínio das condições de funcionamento:
• Temperatura ambiente;
• Humidade relativa;
• Características da fonte de alimentação;
• Tipo de sinal pretendido;
• Ambiente de instalação (grau de corrosão da atmosfera, de proteção).
– Precisão pretendida.
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20
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21
21
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Pressão Temperatura
• Medidores de oxigénio
dissolvido 23
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Analisadores
• Gás
• pH
• Potencial Redox
• Condutividade específica
• Ozono
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24
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Detetores de Fluxo
• Detetores de fluxo são elementos que se introduzem na
corrente do fluido em escoamento;
• Têm como principal função, garantir a segurança do
funcionamento de equipamentos, que não podem operar
com caudal nulo nem por vezes reduzido;
• Tais como:
– Ventiladores, bombas, unidades de arrefecimento de água, caldeiras.
25
25
Detetores de Fluxo
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26
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Medidores de Caudal
• Os medidores de caudal contabilizam o volume de um fluido,
gás ou líquido que se escoa numa determinada secção por
unidade de tempo;
• Os medidores de caudal medem o valor do fluxo;
• O caudal é difícil de se medir corretamente em todas as
condições;
• A escolha da melhor técnica para a medição de caudais numa
determinada aplicação envolve a consideração de vários
aspetos especialmente:
– Nível de precisão pretendido;
– Meio a ser medido;
27
– Campo de variação de fluxo.
27
Medidores de Caudal
• Alguns tipos de medidores de caudal utilizam orifícios
calibrados, ou tubeiras calibradas, os quais geram um
abaixamento de pressão proporcional ao quadrado da
velocidade do fluido;
• Outros tipos de medidores de caudal sentem a pressão total e
a pressão estática;
• Pás móveis hélices e turbinas respondem diretamente à
velocidade do fluido e são úteis para a medição com uma
grande variação do campo de velocidade. Tal como os
contadores do tipo Woltmann.
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28
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29/05/2022
Medidores de Caudal
• Os medidores de caudal podem ser utilizados para medir:
− Vapor;
− Água;
− Fluidos industriais;
− Ar e gases;
− Combustíveis;
− massas e pastas, etc.
29
29
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30
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29/05/2022
Medidores de Caudal
• O único requisito para a utilização de medidores de caudal
eletromagnéticos indutivos, é que o meio possua uma
condutibilidade elétrica específica mínima, não inferior a 20
µS/cm;
• A água potável tem um nível de condutância da ordem de 400
µS/cm (1 S (Siemens), é o valor da condutância elétrica de um
condutor com um valor da resistência elétrica de 1 Ω (Ohm).
31
31
Medidores de Caudal
• O medidor de caudal do tipo eletromagnético baseia-se sob o
ponto de vista físico na Lei de Faraday, que estabelece que:
– Quando um condutor se move através de um campo magnético,
então uma tensão elétrica é gerada nesse condutor.
32
32
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29/05/2022
Medidores de Caudal
• Comparados com outros tipos de medidores oferecem as
seguintes vantagens:
− Medição independente da: Pressão; Densidade; Temperatura;
Viscosidade;
− Comprimentos de troços retos a respeitar a montante e a jusante dos
medidores reduzidos;
− O princípio de medida é independente do perfil de escoamento;
− Secção de escoamento livre;
− Sem perdas de carga adicionais;
− Não possui partes móveis;
− Admite qualquer posição de instalação;
33
− Campo de medida que poderá ir até 1:100.
33
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34
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35
Transdutores 36
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41
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Resulta:
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44
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Medidores de Diafragmas
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48
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50
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Perdas de carga
• As perdas de carga nos elementos primários podem ser
determinadas como uma percentagem da pressão diferencial
originada:
Elemento Perda de carga em % da pressão
primário diferencial
Diafragma 40% (β = 0,8) 90% (β = 0,1)
Venturi Tubeira 20% (β = 0,8) 40% (β = 0,32)
Venturi clássico 15% (β = 0,7) 20% (β = 0,4)
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52
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29/05/2022
53
53
Exemplo
• Uma tubagem com 0,1 m de diâmetro escoa querosene com uma
densidade de 820 kg/m3. A diferença de pressão medida num venturi na
secção estrangulada é de 100 kPa (1×105 N/m2) e o diâmetro de 0,06 m
de diâmetro, calcule o caudal em escoamento.
Resolução:
Área da secção reta:
• Do tubo: A1 = π × (0,1/2)2 = 0,00785 m2
• Do estrangulamento: A2 = π × (0,06/2)2 = 0,002826 m2
∆
• O caudal volumétrico determina-se pela expressão:
2 10 !/ % /'
0,975 0,002826 0,0458
% 0,06 54
820 #$/ 1
0,1
54
27
29/05/2022
55
55
Aula 33
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
56
28
29/05/2022
Sensores de Pressão
• Entende-se por indicador de pressão um instrumento
destinado a medir, por indicação direta, o valor da pressão de
um fluido quer esta seja igual, superior ou inferior à pressão
atmosférica.
• Existem três tipos de indicadores de pressão:
– Manómetros para pressões superiores à pressão atmosférica;
– Vacuómetros para pressões inferiores à pressão atmosférica;
– Mano vacuómetros para pressões superiores e inferiores à pressão
atmosférica.
57
57
Sensores de Pressão
58
58
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29/05/2022
Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
− Lei da Conservação de Energia (Teorema de Bernoulli):
Se a velocidade for nula e assim o fluido se encontrar
em repouso, teremos:
59
59
Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
− Teorema de Stevin
“A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em
repouso é igual ao produto do peso específico do fluido γ pela
diferença de cota entre os dois pontos”.
p2 - p1 = ∆p = (h2 - h1) × γ
60
60
30
29/05/2022
Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
Princípio de Pascal Pressão Estática
– A pressão exercida em qualquer – É a pressão exercida num ponto, num
ponto de um líquido em repouso, fluido em repouso (estático), que é
transmite-se integralmente em transmitida integralmente em todas
todas as direções e produz a as direções e produz a mesma força
mesma força em áreas iguais. em áreas iguais.
– Devido a serem os líquidos
praticamente incompressíveis, a
força mecânica desenvolvida
num líquido sob pressão pode
ser transmitida.
61
61
Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
Pressão Dinâmica Pressão total
– É a pressão exercida por um ‒ É a pressão resultante do somatório
fluido em movimento paralelo à das pressões estáticas e dinâmicas
sua corrente. exercidas por um fluido que se
encontra em movimento.
– A pressão dinâmica é
representada pela seguinte
equação:
ρV 2 ( N m2 )
1
pd =
2
62
62
31
29/05/2022
Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
Relação entre Tipos de
Tipos de Pressões Medidas
Medida de Pressão
– Pressão absoluta
– Pressão manométrica
– Pressão diferencial
63
63
Sensores de Pressão
• Os sensores de pressão respondem relativamente ao vácuo
perfeito (sensores de pressão absoluta ou vacuómetros);
• Ou à pressão atmosférica (sensores de pressão relativa,
manómetros), ou combinados mano-vacuómetros;
• Ou ainda à pressão de um segundo sistema (sensores de
pressão diferencial), tal como entre a base e o topo de um
reservatório pressurizado, ou entre dois pontos de uma
conduta com diferentes velocidades de escoamento.
64
64
32
29/05/2022
HELICOIDAL
ELÁSTICOS
DIAFRAGMA
FOLE
CÁPSULA
CAPACITIVOS DIAFRAGMA
65
PRESSÃO DIFERENCIAL DIAFRAGMA
65
66
66
33
29/05/2022
67
67
Aplicação
• Os manómetros de líquido foram largamente utilizados na medição de
pressão, nível e caudal nos primórdios da instrumentação;
• Hoje, com o advento de outras tecnologias que permitem leituras remotas,
a aplicação destes instrumentos na área industrial limita-se a:
– Locais ou processos cujos valores medidos não são cruciais ao resultado do
processo;
– A locais cuja distância à sala de controle inviabiliza a instalação de outro tipo
de instrumento.
• Porém, é nos laboratórios de calibração que ainda encontramos a sua
grande utilização, pois podem ser tratados como padrões;
• Também são muito utilizados para a medição das perdas de carga em
filtros de ar nos sistemas de climatização.
68
68
34
29/05/2022
69
LIMITE DE
ELEMENTO RECEPTOR DE
APLICAÇÃO/ RESTRIÇÃO PRESSÃO
PRESSÃO
(MÁX)
70
35
29/05/2022
71
Manómetro e Vacuómetro
Erro tolerável
Acima de 1/10 e
Classe Outra faixa da
abaixo de 9/10 da
escala
escala
0,5 ± 0,5 % ± 0,5 %
1,0 ± 1,0 % ± 1,5 %
1,5 ± 1,5 % ± 2,0 %
3,0 ± 3,0 % ± 4,0 %
72
72
36
29/05/2022
Manómetro Composto
Erro tolerável
Para pressão acima de 1/10 e abaixo
de 9/10 da escala
Classe
Parte de vácuo acima de 1/10 e Outra faixa da escala
73
73
74
74
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29/05/2022
Manómetro de Diafragma
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Manómetro de Cápsula
• Resistente a sobrepressões
− Construído conforme a norma europeia EN837-3
76
76
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29/05/2022
Manómetro de Cápsula
• Os manómetros de cápsula destinam-se a medir
baixas pressões ou pressões negativas;
• Estão especialmente adaptados para instalação em
atmosferas agressivas e a medição de pressões em:
− Circuitos de ar;
− Gases corrosivos.
77
77
Manómetro de Fole
78
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29/05/2022
Manómetro de Fole
• Nunca devem ser utilizados com líquidos viscosos, contendo
resíduos sólidos ou que tenham a possibilidade de solidificar;
• São muito correntes em conversores de sinal P/I para
efectuar a conversão de sinais pneumáticos 0,2 a 1 bar (3-15
PSI) em sinais eléctricos (4-20mA);
• No mais variado tipo de instrumentação pneumática, como:
− Indicadores;
− Registadores e controladores.
79
79
80
40
29/05/2022
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81
Manómetros capacitivos
• Este tipo de medidores tem como princípio uma célula de
medição formada por:
− Um diafragma cerâmico de óxido de alumínio (Al2O3).
− Três superfícies chapeados a ouro, que formam entre elas o
condensador de medição e o de referência.
82
82
41
29/05/2022
Manómetros capacitivos
83
83
Manómetros capacitivos
• Vantagens da célula cerâmica
− Podem suportar elevadas sobrecargas até 100 vezes a carga
normal;
− Resistente aos picos de pressão e à fadiga;
− Linear;
− O efeito de temperatura é desprezável;
− A célula não entra em contacto com o fluido do processo qualquer
que seja a posição de montagem e por isso não é contaminada
pelo processo;
− Elevada resistência à corrosão.
• Inconvenientes da célula cerâmica
− Não podem empregar-se para pressões superiores a 100 bar;
84
− Não são sensíveis para pressões iguais ou inferiores a 5 mbar.
84
42
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85
86
86
43
29/05/2022
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87
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88
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89
89
90
90
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29/05/2022
91
91
p
h=
ρ×g
46
29/05/2022
Ultra Sónico
• Um transdutor piezoelétrico emite uma série de ondas de
pressão ultra sónicas;
• Utilizando a superfície do meio como refletor, o sistema
mede a duração do tempo de emissão e reflexão e calcula a
respetiva distância cujo sinal é condicionado e transmitido.
93
93
Medidores de Temperatura
• O controlo e a medição de temperatura estão presentes em
todos os processos industriais em vários níveis:
− Caldeiras; − Indústria do papel;
− Automação de edifícios; − Instalações de tratamento de
água potável e de águas
− Indústrias químicas;
residuais.
− Indústrias alimentares e de bebidas;
− Centrais de incineração;
− Minas;
− Refinarias de produtos petrolíferos;
− Indústria farmacêutica;
94
− Centrais de produção de energia;
94
47
29/05/2022
• Dilatação diferencial;
• Por fole;
• Eletrónicos:
− Termístores;
− Termopares;
− Resistências metálicas.
95
95
bimetálico
96
Elemento constituído por vareta e bainha
96
48
29/05/2022
97
97
98
98
49
29/05/2022
99
99
Amplitude de temperaturas:
• De -200 a +600°C
Pt 100
100
100
50
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101
101
102
102
51
29/05/2022
103
103
Terminologia e definições
• Campo da medida (range)
• Alcance (span)
• Erro (error)
• Repetibilidade (repeteatibility)
• Histerese (hysteresis)
• Precisão (accuracy)
• Fiabilidade
• Estabilidade
• Linearidade
• Reprodutibilidade 104
104
52
29/05/2022
Terminologia e definições
• Campo da medida (range)
− É a gama dos valores que pode assumir a variável;
− Dentro dos limites superior e inferior da capacidade de medida do
instrumento;
− Normalmente expresso pelos valores extremos;
− Por exemplo um termómetro mede de -50°C a + 200°C.
• Alcance (span)
− É a diferença algébrica entre os valores superiores e o campo inferior
do campo de medida do instrumento;
− Por exemplo o instrumento de temperatura tem um alcance de 250°C.
105
105
Terminologia e definições
• Erro (error)
− É a diferença algébrica entre o valor indicado ou transmitido pelo
instrumento e o valor real da variável;
− Se a medição é de um processo em regime estacionário ou
permanente denomina-se erro estático.
• Repetibilidade (repeteatibility)
− A repetibilidade é capacidade de reprodução das mesmas indicações
de medida a variações repetitivas da variável;
− Entre os mínimos e máximos do campo, de medida;
− Normalmente medida em percentagem do valor máximo;
− É determinada pelo fabricante.
106
106
53
29/05/2022
Terminologia e definições
• Histerese (hysteresis)
− É a diferença máxima que é observada nos valores indicados pelo
instrumento para a mesma grandeza medida, quando esta está numa
variação ascendente e descendente.
107
107
Terminologia e definições
• Precisão (accuracy)
− A precisão é tolerância de medida ou de transmissão do instrumento
definida como os limites dos erros cometidos quando o instrumento é
usado em condições normais de serviço;
− A precisão pode ser expressa de várias formas:
a) Em percentagem do alcance: Exemplo 150 °C ±0,5 %
b) Em unidades da variável medida : Exemplo ±1 °C
c) Em percentagem da leitura: Exemplo: ±1 % de 150 °C, ou seja,
±1,5 °C;
− Para atingirem a precisão pretendida, os instrumentos devem ser
calibrados na fábrica, com o respetivo certificado e são normalmente
selados caso se destinem a transações comerciais;
108
− Periodicamente devem ser recalibrados.
108
54
29/05/2022
Terminologia e definições
• Precisão (accuracy)
− É prática corrente considerar uma margem de segurança entre a
precisão de fábrica e a utilização normal.
Por exemplo:
− Um instrumento que na fábrica tenha uma precisão da calibração
de ±0,8%;
− Na inspeção corresponde a ± 0,9%;
− Em utilização normal considera-se ± l %, para tomar em conta:
Desgaste;
Variação da temperatura ambiente, etc.
109
109
Terminologia e definições
• Existem muitos conceitos relacionados com a instrumentação
e com definições rigorosas conforme acima referido, por
exemplo:
− Fiabilidade;
− Estabilidade;
− Linearidade;
− Reprodutibilidade.
que não são aqui desenvolvidos.
110
110
55
29/05/2022
Cadeias de controlo
• Cadeia de controlo é o conjunto formado por:
− Elementos de medida;
− Transmissor;
− Controlador;
− Atuador;
− Elemento final de controlo.
• Existem casos particulares de cadeias de controle mais simplificadas, como
por exemplo as válvulas termostáticas, que integram o sensor e o atuador
no mesmo equipamento;
• Em geral, os componentes acima referidos são separados;
• A sua interligação para obter os resultados pretendidos é representada em
esquemas de controle.
111
111
Cadeias de controlo
• Cadeias de controlo aberta:
− Num controlo aberto o processo controlado não influencia o sinal
de controlo, ou seja não há resposta.
− Um exemplo poderá ser o de um sinal digital enviado ao
controlador para o arranque de uma bomba.
112
112
56
29/05/2022
Cadeias de controlo
• Cadeias de controlo fechada:
− O sistema regulado é o radiador, cuja potência dissipada depende
da temperatura da água à entrada e do caudal regulado.
113
113
Cadeias de controlo
• Cadeias de controlo fechada:
114
57
29/05/2022
115
115
116
116
58
29/05/2022
117
117
59
04/06/2022
Caracterização de Válvulas
Aula 35 (1)
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
1
04/06/2022
Conteúdos
1. Generalidades
2. Principais Tipos de Válvulas
3. Atuadores
4. Controlo
5. Válvulas de Diafragma
6. Válvulas de Flutuador
7. Válvulas de Descarga constante
2
04/06/2022
5
*Dispositivo para fazer sair o gases das canalizações.
Válvulas de isolamento
• Têm como função interromper e
impedir o fluxo no interior de
uma canalização, os principais
tipos são:
− Adufa;
− Globo;
− Macho;
− Borboleta;
− Diafragma.
3
04/06/2022
Válvulas de Adufa
• Estas válvulas têm como principal
característica, permitirem a passagem
integral do fluido em ambos os sentidos;
• As válvulas poderão ser de rosca interior,
ou exterior;
• As suas ligações poderão ser roscadas,
flangeadas, de canhões lisos, preparadas
para soldadura, etc.
Válvulas de Adufa
4
04/06/2022
10
5
04/06/2022
11
11
12
6
04/06/2022
13
13
14
14
7
04/06/2022
15
15
16
16
8
04/06/2022
17
17
Válvulas de Globo
• São próprias para regulação de caudal ou isolamento.
• Perda de carga neste tipo de válvulas é apreciável.
18
18
9
04/06/2022
Válvulas de Globo
• Vedam na generalidade bem, os tempos de manobra são reduzidos e são
adequadas para instalações em que se requerem frequentes manobras;
Características Utilização
− Escoamento com mudanças − Regulação de caudal e isolamento;
bruscas de direção;
− Frequentes manobras;
− Perda de carga apreciável;
− Condições de serviço severas;
− Boa vedação;
− Podem ser à prova de fogo;
− Diferentes tipos de
− Vapor.
vedantes;
− Direção de escoamento
preferencial;
− Fácil manutenção. 19
19
Válvulas de Globo
Tipos
• Axiais
• Disposição das ligações
• Angulares
• Oblíquas (Y)
• Obturador
• Agulha
• Interior
• Rosca do veio
• Exterior 20
20
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04/06/2022
Válvulas de Globo
• Obturador em forma de agulha
‒ O seu principal campo de aplicação encontra-
se na regulação fina do escoamento de gases e
líquidos em tubagens até 50 mm de diâmetro.
21
21
Válvulas de Globo
• Válvulas de macho cilíndrico
ou tronco cónico
‒ Características
¼ de volta;
Tudo ou nada;
Escoamento suave e em linha
reta;
Perda de carga reduzida;
As sedes não estão em
contacto com o fluido.
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22
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04/06/2022
Válvulas de Globo
• Aplicação nas instalações de: • De 3 a 4 vias com o macho em T,
L ou cruz;
− Indústria Petrolífera, para
pressões até 400 bar; • D ≤ 100 mm;
− Indústria Química e • Manobra
Petroquímica;
− Alavanca até ao diâmetro de 100
− Redes de distribuição de gás; mm;
− Aquecimento; − Volante com parafuso sem fim
− Ventilação; para diâmetros maiores.
− Redes de água;
− Vapor;
− Líquidos em geral com
exigências de fecho rápido.
23
23
Válvulas de Globo
Vantagens Desvantagens
− Manobras rápidas; − Grande peso;
− Sedes e vedantes protegidos; − Custo elevado;
− Manutenção simples em − Temperatura de serviço
serviço; limitada pelos vedantes ( - 30 º
− Construção simples e robusta; a + 325 ºC).
− Uma única peça móvel;
− Oferecem uma longa vida útil.
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04/06/2022
• Características
− Vedação estanque;
− Segurança contra incêndios;
− ¼ volta;
− Binários de manobra baixos;
− Período de vida útil longo;
− Escoamento suave;
− Perda de carga mínima.
25
25
• 1 peça
− Corpo
• até 3 peças
• Utilização
− Indústria química;
− Instalações com controlo remoto;
− Dosagem.
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27
27
Atuadores
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Válvulas de Borboleta
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29
Válvulas de Borboleta
• As válvulas de borboleta têm vindo a escrever uma história de sucesso no
campo do transporte de fluidos, há mais de 50 anos;
• Os fatores de sucesso das válvulas de borboleta de disco concêntrico
(simétricas) – distância entre flanges reduzida, baixo peso e, acima de
tudo, a sua resistência a uma larga variedade de fluidos – são as principais
razões para a sua extensa gama de aplicação;
• Este tipo de válvula é valorizada por ser uma solução pratica e económica
no corte e regulação de fluidos;
• Devido à sua construção simples, as diferenças de qualidade entre os
vários fabricantes encontram-se principalmente em pormenores como a
forma do anel vedante e do disco, e o método utilizado para ligar veios
com discos. 30
30
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04/06/2022
Válvulas de Borboleta
• Facilidade na automação:
- Normalmente distingue-se entre as válvulas de funcionamento
manual e motorizadas;
- Nos casos em que as válvulas de borboleta têm de ser acionadas com
frequência ou remotamente, são equipadas com atuadores
pneumáticos, hidráulicos ou elétricos;
- Todas as variantes podem ser utilizadas em aplicações de
abertura/fecho (corte) ou regulação;
- A favorável hidráulica destas válvulas e a normalização da interface de
automação também têm um papel importante no seu sucesso;
- O facto do seu movimento ser de apenas ¼ de volta e de as suas
pontas de veio e flanges de ligação ao atuador serem normalizadas
conforme EN ISO 5211, tornam-nas relativamente simples 31de
motorizar.
31
Válvulas de Borboleta
• Uma válvula de borboleta de veio
concêntrico é uma válvula cujo disco
(ou borboleta) roda num ângulo de 90
graus à volta dum eixo, num ângulo
reto face à direção de escoamento do
fluido;
• O centro de rotação localiza-se no
centro do corpo, que também é o
centro da tubagem;
• Na posição de fechada, o disco veda
pressionando contra o anel vedante,
feito em elastómero ou plastómero;
• Quando a válvula é aberta, o fluido
escoa-se à volta do disco pelos dois
32
lados.
32
16
04/06/2022
Válvulas de Borboleta
• Caracterizam-se por possuírem o
obturador em forma de disco que
gira em torno de um eixo disposto
na vertical, ou na horizontal;
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33
Válvulas de Borboleta
Características
− Forma compacta; • As principais vantagens que se
podem apontar a este tipo de
− Rapidez de manobra e;
válvulas são:
− Capacidade de regulação.
− A fácil manobra, ausência de
• Associadas ao desenvolvimento peças deslizantes;
de novos materiais, para
− Baixa perda de carga;
aplicação quer nas sedes, quer
nos corpos e obturadores, − Bom controlo;
tornaram estas válvulas muito
− Economia;
divulgadas.
− Atravancamento;
− Peso reduzido.
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04/06/2022
• Benefícios
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35
Válvulas de Borboleta
• As válvulas de borboleta são utilizadas em:
− Centrais de produção de energia;
− Indústria química;
− Gás;
− Petrolífera;
− Processo;
− Redes de água e águas residuais;
− Ventilação (registos).
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36
18
04/06/2022
Válvulas de Borboleta
• São fabricadas até ao diâmetro
4.600 mm, com aplicações em:
− Circuitos de circulação de
condensados;
− Redes de distribuição de
água.
• Havendo válvulas deste tipo com
8.200 mm em instalações
hidroelétricas.
37
37
Válvulas de Borboleta
• As sedes das válvulas podem ser
em materiais resilientes ou
metálicos e poderão ser
dispostas, ou no corpo da válvula
ou na periferia da borboleta, ou
ainda em ambos.
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38
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04/06/2022
• Classificação
Monoflange
Veio concêntrico
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Ligações lisas e veio excêntrico
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• Quanto ao tipo de
obturador
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40
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• Acionamento
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04/06/2022
Recomendações
Válvulas de isolamento Válvulas de Controlo
• Os limites de velocidade • As válvulas destinadas a controlo
recomendados para as diversas deverão ser corretamente
classes de pressão, em válvulas escolhidas uma vez que poderão
de isolamento, são de acordo entrar em cavitação quando
com a norma DIN EN 1074: funcionarem com aberturas
parciais, devendo o seu tipo,
− PN 6 2,5 m/s;
dimensões e condições de
− PN 10 3,0 m/s; serviço ser convenientemente
estudados;
− PN 16 4,0 m/s;
− PN 25 5,0 m/s. • Ler os documentos distribuídos
pelo fabricante.
43
43
Válvulas de Diafragma
• Oferecem vantagens, impossíveis de
realizar por outros tipos de válvulas:
− O escoamento através da válvula é
suave;
− Hidraulicamente liso;
− Sem bolsas de fluido.
• Servem para:
− Controlo de caudal;
− Isolamento, o fecho é estanque
mesmo que existam sólidos em
suspensão na tubagem;
− O isolamento total das partes
internas, da corrente, impede a
contaminação e corrosão do
mecanismo de manobra;
− A sua manutenção é simples.
• Em certas posições de montagem estas 44
válvulas são auto purgáveis.
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04/06/2022
Válvulas de Diafragma
• A flexibilidade de montagem, a ampla variedade de materiais para os
corpos, seus revestimentos e diafragmas, fazem com que estas válvulas
sejam adaptáveis a diversas aplicações:
− Fluidos corrosivos;
− Materiais viscosos;
− Lodos;
− Águas;
− Gases;
− Ar comprimido.
• Utilizam-se para resolver problemas de corrosão, abrasão, contaminação,
de fluidos com sólidos em suspensão, etc.;
• São particularmente adequadas para serviços severos.
45
45
Válvulas de Diafragma
• Classificação
Passagem recta
Com vertedor*
Diafragma tubular
* O vertedor é um canal artificial executado com a finalidade de conduzir seguramente a água através de uma 46
barreira.
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04/06/2022
Válvulas de Diafragma
• Aplicações nas indústrias Principais vantagens
− Químicas; − Passagem livre, sem obstruções;
− Fecho positivo mesmo sobre
− Mineiras;
sólidos;
− Papel; − Nenhuma parte mecânica além
do diafragma em contacto com o
− Tintas; produto controlado;
− Explosivos; − Ausência total de empanques;
− Produtos alimentares; − Reduzida perda de carga;
− Longa duração sob severas
− Tratamento de águas e condições;
esgotos; − Somente um componente sujeito
− Cimento, etc. a desgaste, o diafragma tubular;
− Manutenção rápida e simples. 47
47
Válvulas de Flutuador
• As válvulas de flutuador são
equipamentos para instalação em
reservatórios e têm como função
o controlo de nível;
• O braço deverá ser longo de
forma a garantir um grande
percurso da válvula, assegurando
uma atenuação do caudal suave
para evitar o perigo de um
aumento brusco da pressão por
fecho repentino;
• Não deverão fechar de uma
maneira abrupta, pois tal
operação é em muitos casos
origem de ruídos ou mesmo 48
acidentes.
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Válvulas de Flutuador
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04/06/2022
Válvulas de Retenção
Aula 35 (2)
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
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04/06/2022
Válvulas de Retenção
• Generalidades • Utilizam-se em:
– Podem ser do tipo: − Descarga de bombas e
• Por levantamento do obturador;
compressores;
• Hydro-stop;
• Batente; − No ramal de entrada de
• Discos bi-partidas; edifícios;
• Bola;
• Borboleta;
− Secionar automaticamente
• Membrana; condutas ficando dispostas ao
• Disco simples. longo da linha;
− Funcionam automaticamente − Em redes de esgotos e águas
pela ação do fluído permitindo o pluviais com descargas nas
escoamento num só sentido; linhas de água para impedir o
− Instalam-se em tubagens onde é refluxo para os coletores e
necessário impedir a inversão do evitar inundações.
escoamento;
− Normalmente a sua instalação
faz-se de tal forma que, a ação da
força da gravidade tende a 53
fechar a válvula.
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04/06/2022
Válvulas de Retenção
• Variantes
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Válvula Hydro-stop
• Nestes válvulas existe um núcleo
central com uma forma
hidraulicamente otimizada com
o objetivo de reduzir a perda de
carga;
• Em escoamento estacionário, a
ação de fecho do obturador é
assistida por uma mola;
• Devido à reduzida massa do
obturador, ao seu movimento
sem atrito e ao reduzido
percurso, o tempo de fecho
deste tipo de válvulas é muito
reduzido.
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04/06/2022
• Vantagens:
− Ação extremamente rápida;
− Baixa perda de carga;
− Operação segura em todas as posições.
• Desvantagens:
− A seção de passagem não é livre;
− Custo elevado.
• Gama dimensional
− Fabricam-se estas válvulas desde o diâmetro DN 200 até
DN 1200 e para as classes de pressão compreendidas
entre PN 16 e PN 64. 57
57
Válvulas de batente
• As válvulas de batente, apresentam um perfil de escoamento
semelhante ao das válvulas de adufa, são muito utilizadas em
condutas gravíticas e em estações de bombeamento.
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04/06/2022
Válvulas de batente
Válvulas de multi-batentes Válvulas de duplo batente
• Apresentam como vantagens, a • São constituídas por dois batentes
diminuição de esforço e do tempo em forma de D, os quais são por uma
de fecho, o qual é em primeira mola de torsão, que desencadeia o
aproximação, proporcional à raiz fecho muito rápido da válvula, assim
quadrada da maior dimensão do que se inicia a queda da pressão do
batente. fluído, estas são válvulas de ação
positiva.
59
59
Válvulas de batente
Válvula de maré
• É utilizada normalmente na
extremidade de coletores pluviais
em zonas sujeitas a inundações, ou
à ação das ondas.
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04/06/2022
Válvulas de bola
• As válvulas de retenção de bola ou esfera são semelhantes às de abertura
por levantamento, sendo o obturador substituído por um corpo esférico;
• São fabricadas normalmente até ao diâmetro de 300 mm;
• É uma válvula de fecho muito rápido
sem batimento, uma vez que a esfera
é em material elástico;
• São utilizadas em:
− Linhas de transporte de líquidos
limpos;
− Alta viscosidade;
− Sedimentos.
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Válvulas de membrana
• Possuem uma velocidade de resposta
extremamente elevada;
• O obturador consiste num diafragma
cónico, fabricado em materiais de alta
elasticidade que garantem o fecho da
válvula antes da ocorrência da inversão do
fluxo, absorvendo a pressão de retorno;
• O diafragma tem uma configuração tal, que
lhe confere o poder de abrir e fechar à
semelhança de um músculo;
• Geram uma perda de carga reduzida;
• São absolutamente estanques;
• Não há desgaste das suas sedes;
• A sua operação é silenciosa;
• O fabrico normal destas válvulas cobre a
gama dos 40 aos 500 mm, sendo a pressão
de serviço até 16 bar e a temperatura
máxima admissível é de 70 °C. 65
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04/06/2022
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04/06/2022
Aula 36
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
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04/06/2022
Conteúdos
2
04/06/2022
Válvulas de Segurança
• São órgãos de segurança de pressão,
abrem-se automaticamente a um valor
predeterminado de um gás, vapor ou
líquido, superior à pressão atmosférica;
• Sob a ação única do fluído sem
intervenção de qualquer outra fonte de
energia;
• Descarregam um caudal de fluido
suficiente para impedir que a pressão
ultrapasse um valor máximo de serviço
com um valor predeterminado;
• Fecham-se automaticamente cessando
a descarga do fluido quando as
condições de serviço forem
normalmente restabelecidas. 5
Válvulas de Segurança
• Descarregam automaticamente vapor ou
gás, de forma a impedir que seja
excedida a pressão de segurança;
• Normalmente têm uma atuação precisa,
e atingem a sua descarga nominal com
um aumento de 10% acima da pressão
de inicio da descarga;
• Devido à compressibilidade e à força
elástica dos gases, é necessário para
fazer descer a sua pressão, que se
descarregue um grande volume de gás
num intervalo de tempo curto;
• Por este motivo, o perfil das sedes e do
obturador das válvulas de segurança são
concebidos de tal forma que a abertura
total se dê imediatamente após atingida 6
Válvula de segurança
a sua pressão de abertura.
3
04/06/2022
Válvulas de Alívio
• São dispositivos que descarregam • Atinge o seu valor máximo, para um
automaticamente líquidos, de forma aumento de pressão compreendido
a que uma pressão pré-determinada entre 10 a 25 % acima da pressão de
não seja excedida; referência;
• O termo válvula de alívio, é • Válvulas de segurança e de alívio,
geralmente utilizado, para válvulas são dispositivos que descarregam
que descarregam líquidos, nas quais quer líquidos, quer gases e vapores.
a abertura, é proporcional ao
aumento de pressão relativamente à
pressão de referência;
• Como a pressão baixa muito
rapidamente, mesmo com uma
pequena descarga de líquido, a sua
abertura é gradual;
7
Válvulas de segurança
• Para fluidos gasosos não combustíveis Pressão de início de abertura;
nem tóxicos, tal como o ar Temperatura máxima de serviço;
comprimido, a extremidade de Contra pressão inicial, constante
ou variável;
descarga é normalmente substituída
Sobrepressão máxima;
por vários orifícios radialmente
Ligações;
distribuídos na periferia do corpo; Materiais;
• Faz-se a descarga diretamente para a Acessórios:
atmosfera ou ambiente; • Braço de disparo;
• Especificação para dimensionamento: • Parafuso de ensaio;
• Junta tórica.
– As principais informações técnicas
‒ Caso de uma válvula para um
necessárias para escolher e
dimensionar uma válvula de segurança
débito conhecido, também:
Caudal de descarga;
ou de alívio são:
Sobrepressão máxima.
Quantidade;
Natureza do fluido;
Códigos ou normas a cumprir; 8
4
04/06/2022
Válvulas de segurança
– Caso de uma válvula para um
orifício imposto, adicionar:
Dimensões da entrada/saída;
Classe da pressão à entrada;
Secção de passagem;
Para líquidos:
• Densidade em relação à água;
• Viscosidade.
Para gases:
• Índice adiabático k = cp/cv;
• Peso molar ou densidade em
relação ao ar;
• Fator de compressibilidade.
• Dimensionamento
‒ Fórmulas gerais de cálculo segundo
ISO 4126. 9
Válvulas de segurança
Instalação
• As válvulas de segurança e alívio são • Para que a descarga do fluído seja
órgãos de qualidade elevada, que deverão facilitada quando atingida a pressão de
ser tratados com precaução; regulação, estas válvulas apresentam
• Para que correspondam às exigências normalmente um diâmetro de saída
solicitadas, não devem estar sujeitas a superior ao da entrada, reduzindo desta
choques bruscos, quer durante o forma a contra - pressão de jusante;
transporte quer durante a montagem; • A estanquicidade metal/metal do
• As válvulas de segurança são instaladas na obturador e da tubeira pode ser afetada
vertical e o mais próximo possível do pela presença de impurezas do fluido
aparelho a proteger; descarregado ou durante o transporte;
• Nas caldeiras de vapor, a instalação das • Pelo que:
válvulas de segurança faz-se acima do ‒ É preciso verificar a limpeza das instalações,
nível máximo do líquido, de tal forma que quando da colocação em serviço e evitar
este não possa escoar-se através delas; qualquer penetração de impurezas durante a
• Normalmente estas válvulas possuem manipulação e montagem;
uma alavanca exterior destinada a fazer o ‒ Todas as tampas plásticas fornecidas para
10
seu disparo para testes; proteção, só se retiram após a sua
montagem.
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5
04/06/2022
Válvulas de segurança
Testes de pressão e fuga
• Alguns códigos de proteção de • Deverá ser efetuado com a
equipamentos, obrigam à instalação frequência – prescrita nas normas –
de duas válvulas de segurança em um teste de pressão de início de
paralelo; abertura das válvulas.
• Para tal deverão possuir uma válvula
de três vias para permitir a sua
desmontagem para manutenção e
garantir que pelo menos uma das
válvulas está em operação.
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11
Ventosas
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04/06/2022
Ventosas
Introdução
• O ar presente em condutas de • Por estas razões, o ar nas condutas
transporte de líquidos, deve ser continuamente purgado, de
frequentemente provoca forma a manter a conduta livre de
inexplicáveis falhas operacionais no bolsas de ar sempre que possível;
sistema, que não são devidas ao • Em certas circunstâncias o ar deve
traçado da conduta; ser admitido para o interior das
• As bolsas de ar podem provocar: condutas:
‒ Variações bruscas de caudal e 1. Quando a conduta é esvaziada;
de pressão;
2. Em manobras acidentais, ou falhas
‒ Aumentos de pressão devido ao de bombas;
choque hidráulico;
3. Devido a ruturas das condutas.
‒ Escoamento com caudal
reduzido;
‒ Corrosão. 13
13
Ventosas
• Contudo a sua massa presente no
Introdução seio do líquido é superior a este
• A admissão rápida de ar pode ser limite, porque são introduzidas
necessária para assegurar: pequenas quantidades de ar não
1. A limitação da queda de pressão no
dissolvido;
interior de condutas e aparelhos; • No interior de uma conduta, a
2. A atenuação das flutuações de temperatura e a pressão variam nos
pressão devidas a manobras; pontos de diversão de caudal e de
3. Impedir o esmagamento de condutas redução de pressão;
de parede fina e de reservatórios; • Como consequência ocorre uma
4. Prevenção contra a contaminação da libertação de pequenas bolhas de ar
água nos pontos de vazamentos do do líquido;
sistema.
• Devido a uma falha de operação:
• A concentração de gases dissolvidos – Com um nível baixo de líquido no tanque
na água ou qualquer outro líquido de aspiração de uma bomba ou de um
não pode exceder os limites de reservatório de alimentação de uma
saturação à pressão atmosférica; conduta gravítica pode introduzir-se um
grande volume de ar no sistema através
14
dos vórtices formados.
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04/06/2022
Ventosas
Introdução
• O vácuo parcial durante a operação
de condutas ocorre durante:
‒ Interrupções anómalas do funcionamento
de bombas;
‒ Manobra de válvulas;
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15
Ventosas
Funções
• As ventosas são válvulas de controlo 3. Exaustão contínua de ar que se acumula sobre
de ar, com funcionamento pressão nos pontos altos das condutas, sem
permitir a descarga de líquido;
automático por intermédio de:
− Uma esfera flutuante que opera em 4. Impedir a formação do vácuo, resultante de
conjugação com um orifício de desenho manobras de fecho de válvulas, paragem de
apropriado para a respetiva aplicação. bombas ou arranque de turbinas e a posterior
expulsão do ar que admitido.
• Desempenham as seguintes funções:
1. Expulsar ar do interior das condutas de
água ou qualquer outro líquido, quando
estas estão a ser cheias;
Fecham-se e permanecem fechadas
quando a conduta está cheia para impedir
a perda de líquido;
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04/06/2022
Ventosas
Simples efeito
• As ventosas de simples efeito, têm o – O ar descarrega-se pelo orifício
orifício reduzido, são apropriadas descoberto e consequentemente o nível
para desempenharem a função 3 em de água na câmara da válvula sobe;
que: – A esfera é novamente impulsionada até
o orifício ser novamente obstruído.
– Com a conduta em funcionamento a
esfera é mantida encostada à sede;
– Em serviço, o ar libertado pelo líquido
devido a diferenças de pressão na
conduta, vai-se acumulando na
câmara da ventosa até que atinge um
volume tal em que a impulsão do
líquido é anulada;
– Neste momento a esfera deixa de
estar em contacto com a sede;
17
17
Ventosas
– Normalmente este compromisso
Simples efeito consegue-se com um diâmetro da
ordem de 1,6 mm para pressões
• Para a esfera deixar de estar em inferiores a PN 10;
contacto com a sua sede, esta • Neste tipo de ventosas os flutuadores
deverá: são revestidos com borracha e as
− Ter um peso suficiente para vencer sedes do orifício são em bronze;
a força da pressão; • Quando a pressão aumenta, a partir
− Que é exercida pela esfera contra a
de um certo valor, a ação direta do
secção do orifício; flutuador sobre o orifício deixa de
funcionar;
− Isto significa que com válvulas de
forma convencional é necessário
existir um compromisso entre:
A dimensão da esfera;
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04/06/2022
Ventosas
Simples efeito
• Para pressões mais elevadas até PN
16 a obstrução passa a ser controlada
por um obturador atuado por um
mecanismo de alavanca, que
multiplica a força de atuação
permitindo assim o aumento da
pressão de serviço;
• Para pressões superiores a 24 bar,
adapta-se um contrapeso, para
compensar o peso do flutuador.
19
19
Ventosas
Simples efeito - Purgadores sónicos
• Para pressões elevadas superiores a
PN 16 e quando é necessário o
escape de grandes quantidades de
ar, o orifício de escape de ar é uma
tubeira calibrada;
• O diâmetro da tubeira devido á
grande velocidade de escape de ar,
terá ser escolhido em função das
condições de serviço da instalação.
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04/06/2022
Ventosas
Duplo efeito
• As ventosas de duplo efeito, tanto – Durante as operações de esvaziamento
servem para admitir ar como da conduta;
expulsar ar, têm orifícios em geral de – No momento em que a pressão no seu
grande secção e o seguinte princípio interior atingir o valor da pressão
atmosférica;
de funcionamento:
– A esfera cai, destapa o orifício e tem
– Quando a canalização se encontra inicio a admissão de ar.
vazia a esfera está assente no
descanso e o orifício está aberto;
– Quando se procede ao enchimento da
conduta o ar contido no seu interior
descarrega-se até que o líquido atinge
o flutuador da ventosa;
– Este flutua e assenta nas sedes e é aí
mantido nesta posição pela ação da
pressão do líquido, garantindo a
21
obstrução da descarga;
21
Ventosas
Duplo efeito
• Para pressões até 16 bar a esfera é
revestida por borracha vulcanizada,
para pressões superiores utilizam-se
flutuadores de aço inoxidável;
• As sedes são formadas por anéis de
borracha.
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04/06/2022
Ventosas
Triplo efeito
• As ventosas de triplo efeito
desempenham as funções de duplo
efeito e de simples efeito.
• Havendo ventosas formadas por duas
esferas associadas num corpo único,
com duas câmaras.
23
Ventosas de triplo efeito com um único flutuador.
23
Ventosas
Válvulas de admissão de ar
• São válvulas desenhadas para
admitirem grandes quantidades de
ar para o interior da canalização, de
forma a impedirem o colapso das
condutas, quando o sistema está a
ser cheio quer intencionalmente quer
acidentalmente;
• A perda de carga é reduzida
permitindo uma eficiente admissão e
a sua abertura ocorre mesmo quando
a pressão diferencial é muito baixa.
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04/06/2022
Ventosas
Ventosas de esgoto
• Para líquidos que contenham
sólidos em suspensão,
capazes de obstruírem os
orifícios de escape de ar,
utilizam-se válvulas especiais,
nas quais o obturador é
acionado pelo flutuador por
intermédio de um veio de
forma a manter o obturador e
orifício fora do contacto com
o fluído.
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Ventosas
Ventosas de esgoto de tripla ação
26
26
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Ventosas
Implantação - Redes Exteriores
• Nas condutas de distribuição de – É o caso em que por exemplo numa
líquidos em geral o ar não necessita conduta de transporte de água a
de ser purgado ou admitido porque velocidade de escoamento satisfaz os
valores do gráfico pelo menos uma vez
elas são ventiladas normalmente
ao dia;
pelos pontos de consumo;
– Neste caso, válvulas de purga manual
• Condutas de transporte a longa deverão ser colocadas nos pontos altos
distância quer gravíticas, quer aonde é de esperar a formação de bolsas
forçadas não necessitam de ventosas, de ar.
se:
‒ A conduta for sempre ascendente ou
descendente em todo o percurso sem
inflexões;
‒ A conduta for auto-ventilada, ou seja
quando o escoamento é feito a uma
velocidade tal que provoca o
27
arrastamento das bolhas acima de
uma determinada dimensão;
27
Ventosas
Implantação - Redes Exteriores
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Ventosas
Implantação - Redes Interiores
• Devem ser instaladas:
1. Nos topos das colunas de
recirculação com os arranjos
recomendados nas figuras;
2. Na parte superior de equipamentos
tais como:
‒ Baterias de transferência térmica;
‒ Equipamento de aquecimento de
combustíveis;
29
Purga de ar numa
rede de combustível
29
Ventosas
Guia de Instalação
• As válvulas para admissão e escape • Durante o enchimento de uma
de ar devem ser principalmente conduta a velocidade de admissão
aplicadas para o enchimento e não deverá ultrapassar 0,3 m/s
esvaziamento de sistemas quando a ventosa se encontrar
hidráulicos;
próxima da atitude de fecho, a que
• A sua ação/comportamento durante corresponde um aumento da pressão
a ocorrência de um acidente é muito de fecho da ordem de ∆P = 3 bar;
complexa e deverá ser analisada de
• Em percursos horizontais, as bolhas
uma forma judiciosa;
de ar existentes no seio do líquido,
• Os dados de dimensionamento são são arrastadas pela corrente líquida
baseados nas características para velocidades superiores a 0,3
específicas da instalação e cálculos;
m/s.
• Deverão ser efetuados cálculos para
determinarem-se os caudais de 30
admissão e descarga de ar;
30
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Ventosas
Guia de Instalação
• Em condutas com um baixo • O evento descrito poderá resultar
gradiente hidráulico formam-se numa situação explosiva, com ar a
bolsas de ar em inflexões verticais, ser expulso sem controlo nos pontos
curvas e derivações; de descarga livre tais como nos
reservatórios, originando pressões
• Quando atingem um determinado
incontroladas devidas ao choque
volume, as bolsas de ar começam a
hidráulico;
movimentar-se ao longo da conduta
devido à impulsão, arrastando outras • Para o evitar é muito importante
bolhas no percurso, resultando no instalarem-se válvulas de admissão e
movimento de um volume de ar que de descarga de ar nos pontos
se torna repentinamente substancial; elevados em que se irão formar as
bolsas de ar, para impedir o seu
arrastamento por longas distâncias;
31
31
Ventosas
Guia de Instalação
• Em troços longos, particularmente • As válvulas deverão assim ficar
perto da linha de pressão dinâmica, localizadas nessas posições
as bolsas de ar poderão acumular-se intermédias L6.
aquém do topo de uma secção
ascendente ou descendente, em
troços de variação da inclinação;
32
32
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Ventosas
Guia de Instalação
• Em pontos geodésicos muito altos • A instalação de uma ventosa de triplo
imediatamente abaixo da linha de efeito com um tubo submerso
pressão estacionária, poderá ocorrer provido de um pequeno orifício
a admissão de ar por períodos curtos; impede o fecho brusco da ventosa.
• Cada vez que ocorrer uma variação
de caudal por exemplo sempre que
se manobra uma válvula;
• Isto poderá criar uma cavidade com
um volume suficiente para separar a
coluna líquida;
• Assim que a coluna se torna a reunir,
a válvula fecha rapidamente e
ocorrerá choque hidráulico;
33
33
Ventosas
Guia de Instalação Dimensionamento
• O ar acumulado no topo, após a • De uma forma expedita, sem recurso
reunião das colunas só se escapará a cálculos a determinação do
pelo pequeno orifício, assim o diâmetro dos orifícios de descarga,
movimento de fecho será poderá ser obtida a partir de gráficos;
amortecido;
• Na maior parte das aplicações é
• Quando a quantidade de ar utilizada uma única válvula para a
acumulado no ponto alto for admissão e a descarga de ar, pelo que
suficiente para amortecer a coluna deverá ser dimensionada para a
de água crescente, a bolsa de ar situação que se exige a maior secção
atuará como um amortecedor por de orifício.
variação do volume de ar.
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Ventosas
Operação em falhas acidentais
• Os acidentes correspondem a • Para estes cálculos deve seguir-se o
manobras acidentais: código:
‒ De funcionamento de bombas; ‒ DVGW W-303 Dynamic pressure variations
in water supply systems.
‒ De válvulas;
‒ À rutura de condutas.
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Aula 37
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
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Conteúdos
1. Válvulas de Controlo
2. Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
3. Válvula de Altitude
4. Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
5. Controlo e Fator Crítico de Escoamento
6. Ligações
Válvulas de Controlo
Definições e classificação Válvulas Redutoras de Pressão
• Válvulas de Controlo de Pressão • Podem ser de ação direta, ou
‒ São aquelas que não necessitam de atuadas por relés ou pilotos.
uma fonte exterior para atuarem.
• Válvulas Automáticas de Controlo
de Processo
‒ São aquelas em que pelo contrário
é necessária uma fonte exterior
para atuarem.
• As válvulas de controlo de pressão
para líquidos ou gases poderão ser
concebidas como:
− Válvulas Redutoras de Pressão;
− Válvulas Manutenção de Pressão;
− Válvulas para Controlo Indireto de 4
Pressão.
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Válvulas de Controlo
• Seleção e dimensionamento
Válvulas Redutoras de Pressão ‒ As válvulas de controlo de pressão
deverão ser criteriosamente
• Podem ser uma combinação dos selecionadas de acordo com as
seguintes tipos: condições de serviço pretendidas;
‒ Monobloco; ‒ Uma válvula incorretamente
‒ Atuação por mola; dimensionada, corre o risco de se
‒ Com ligações exteriores; deteriorar rapidamente ou não
‒ Atuação por um fluído sobre desempenhar as funções desejadas.
pressão; • É importante observar algumas regras
‒ Fecho hermético; básicas na aplicação de válvulas
‒ Atuação por piloto ou relé. redutoras de pressão, bem como na
sua instalação:
‒ Sempre que existirem grandes
variações de caudal é conveniente a
instalação de duas válvulas em
paralelo;
‒ Sempre que houver grandes perdas de
5
carga é conveniente a instalação de
duas válvulas em série.
5
Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Reguladores de Pressão de Gás
− Ação direta:
A função fundamental do regulador de
pressão de gás é compatibilizar
(coordenar) o caudal que deixa passar
com a quantidade de fluido solicitado
pelo sistema consumidor.
Ao mesmo tempo, o regulador deve
manter a pressão do sistema de uma
forma independente do caudal dentro de
determinados limites aceitáveis, para o
bom funcionamento dos equipamentos
consumidores.
3
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Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Reguladores de Pressão de Gás
− Ação direta:
A função do regulador é a de introduzir
exatamente tanto fluido no sistema
quanto o consumidor remove de modo a
manter a pressão e jusante dentro de
limites apertados;
Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Reguladores de Pressão de Gás − Seleção do Regulador
− Ação direta: Para adaptar o regulador a uma dada
Elementos essenciais de um regulador
aplicação, devem ser calibrados três
de gás: parâmetros:
1. Elemento de restrição (ou obturador) Constante da mola;
que provoca uma restrição variável O curso da válvula;
para modular o fluxo do gás; A área eficaz do diafragma.
2. Elemento de carregamento (ou
atuador) para acionar o obturador.
Este elemento pode ser um peso,
uma alavanca, uma mola, um
atuador de diafragma ou de pistão,
etc.;
3. Elemento de medição (ou sensor)
que indicará quando o caudal está
ajustado de modo a atingir a
diferença de pressão pretendida. 8
4
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Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Regulador com diafragma e mola:
− Os reguladores modernos utilizam
molas, porque têm uma inércia
reduzida;
− Ajustando a mola do regulador
determina-se a pressão a jusante que
se pretende manter constante;
– Desempenho do Regulador:
Num regulador real a curva
pressão/caudal é uma reta descendente
dentro de determinados limites da
capacidade, a zona normal de operação;
Para caudal nulo, a pressão sobe para
que o fecho seja perfeito;
A partir de um determinado aumento de
caudal o regulador já não responde 9
porque está limitado pelo seu diâmetro.
10
5
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Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Regulador com diafragma e mola:
‒ Dimensão do orifício de passagem:
Efeitos combinados da constante da
mola, da área do diafragma, e do
tamanho do orifício sobre a sobre a
curva característica:
• A curva A é uma curva de referência que
representa um regulador típico;
• A curva B representa o desempenho
otimizado devido a um aumento da área
do diafragma ou uma menor constante
da mola;
11
Curvas características de um regulador.
11
Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Regulador com diafragma e mola: Embora de custo mais elevado são
‒ Piloto do Regulador: utilizados quando a precisão é
muito importante.
A função principal do piloto (na realidade
um pequeno regulador) é aumentar a
sensibilidade do regulador;
Desta forma reduz-se significativamente a
inclinação da curva característica
aumentando a exatidão sem afetar a
capacidade.
‒ Vantagens do Piloto
A curva característica de um regulador
pilotado é muito menos inclinada do que
a de um regulador de ação direta;
Devido à amplificação, os reguladores
pilotados têm uma variação da pressão de
jusante compreendida entre 1 e 3% da
pressão de regulação, para a gama de
caudal disponível, em vez dos 10 a 20% dos 12
reguladores de ação direta;
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Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Regulador com diafragma e mola:
‒ Piloto do Regulador:
As classes de precisão mais habituais
são:
• AC 10 e AC 20, para regulação;
• SG 30 e SG 50, para o fecho.
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Válvulas de Controlo
Válvulas de Atuação por Pressão
Diferencial
• As válvulas de atuação por pressão
diferencial são basicamente válvulas
de globo, em que:
‒ O obturador é atuado por um pistão
ou por uma membrana com mola;
‒ Nos quais uma das faces fica em
contacto com uma câmara colocada
na parte superior da válvula;
‒ O controlo da válvula poderá ser
direto ou realizado por diferentes
dispositivos (pilotos), etc.;
‒ Os pilotos permitem-lhe
desempenhar funções muito
dispares, tais como servir:
Válvula redutora de pressão;
Alívio;
Retenção; 15
Altitude.
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Válvulas de Controlo
Válvulas de Atuação por Pressão
Diferencial
• Princípio de funcionamento:
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Válvulas de Controlo
Válvulas de Atuação por Pressão
Diferencial
• Princípio de funcionamento
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Válvulas de Controlo
Válvulas de Atuação por Pressão
Diferencial
• Redução de pressão
– A ação da pressão a jusante da válvula
sobre o piloto, obriga a válvula principal a
ajustar-se às respetivas variações, de forma
a mantê-la constante.
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Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Alívio de Pressão
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Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Proteção de choque hidráulico
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Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Controlo de Caudal
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Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Controlo de Nível
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Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Válvula de Altitude
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Válvulas de Controlo
Válvulas Automáticas de
Controlo de Processos
• As válvulas automáticas de controlo
de processos, controlam o caudal por
variação da pressão do fluído em
escoamento, pois o caudal é
proporcional à perda de pressão
introduzida pela válvula;
• O deslocamento do obturador em
relação à sua sede, modifica a seção
de escoamento, variando deste modo
o caudal entre um mínimo e um
máximo;
• A força necessária para movimentar
o obturador, provem de um atuador
montado geralmente sobre a válvula. 26
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Os atuadores podem ser: − Independentemente do atuador
Pneumáticos; utilizado dois suportes são
hidráulicos; necessários:
elétricos; O primeiro é o sinal de controlo;
ou uma combinação destes. O segundo é a energia
necessária para o atuador.
− O atuador desenvolve a força
necessária para movimentar o − Os sinais para controlar a
obturador e mantê-lo num atuação, são obtidos a partir da
determinada posição apesar da instrumentação instalada na
reação do fluído. tubagem, em função de
− O desenvolvimento deste tipo de parâmetros, tais como:
equipamento permite a sua Pressão;
aplicação em sistemas de grande
Temperatura, etc. 27
complexidade.
27
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Permitem a abertura e fecho do obturador,
controlando o caudal escoado através da
válvula, por forma a assegurar os requisitos
previstos para o processo.
− Para dar satisfação às diferentes
necessidades da indústria, uma grande
variedade de materiais são utilizados para o
seu fabrico, tais como:
PVC;
Ferro fundido;
Aço ou carbono;
Aço inoxidável;
Alumínio;
Ligas de níquel, etc. 28
28
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Características das válvulas
− À forma de movimentação − Aspeto à segurança
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Características das válvulas
Número de vias
− Válvulas de duas vias − Válvulas de três
30
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Quanto ao número de vias
– As válvulas de controlo frequentemente mais empregadas as do tipo
globo com haste alternativa;
– Nestas válvulas, o obturador desloca-se perpendicularmente em
relação à sede;
– Enquanto nas válvulas de haste rotativa, o elemento de vedação
desloca-se de um ângulo de no máximo 90 º;
– As válvulas com esta configuração, as mais comuns são:
As borboletas e;
As esferas.
31
31
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Diferentes tipos de válvulas
têm sido utilizados como
válvulas de controlo, com
variados graus de sucesso, a
mais comum é:
– Entrada simples (porta
simples);
– Entrada dupla (porta dupla).
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Os obturadores tipo pistão que
funcionam no interior de um
cilindro perfurado (sede), são
atualmente os mais utilizados.
33
33
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Existem outros em que o
movimento do veio
também é de vai e vem,
tais como:
Globo duas portas angular:
Globo Y;
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Por rotação parcial;
− Obturador semi-esférico;
− Válvulas de borboleta.
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Obturador semi-esférico
Válvulas de borboleta
35
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Obturador guiado superior e − Elemento superior que serve de guia ao
obturador e contém o empanque do veio.
inferiormente.
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
– A tampa da válvula ou a parte
superior do corpo estão
preparadas para a montagem de
uma peça de fixação do atuador,
ou para a montagem direta
deste.
37
37
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
– Processos que utilizam fluidos
com altas temperaturas.
38
Corpo da válvula com tampa de extensão
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
– O empanque tem como função obter o máximo de
estanquicidade com o mínimo de fricção;
– Existem empanques fabricados em diversos materiais
como por exemplo:
Telas impregnadas em PTFE;
Anéis de PTFE, etc.
– Empanques lubrificados a óleo ou massa são opcionais,
estes são adequados quando se trabalha com
temperaturas elevadas ou quando se pretendem atritos
reduzidos;
– Os empanques devem ser cuidadosamente afinados de
forma a não se introduzirem grandes atritos no veio da
válvula, os quais poderão impedir o correto
desempenho desta;
– Quando se controlam fluidos tóxicos, perigosos ou de
39
elevado custo, os empanques deverão ser especiais.
39
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− O obturador e a sede são peças
internas da válvula que controlam o
caudal e estão em contacto com o
fluido.
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Válvulas de Controlo
Válvulas Automáticas de
Controlo de Processos Sinais de controlo
• As válvulas automáticas de controlo • Os sinais de saída que servem para o
de processo, devem ser controlo destas válvulas podem
dimensionadas para as condições provir de detetores ou sensores
de caudal e pressão previstas. digitais, são em geral materializados
pelo estado de contactos,
• Os materiais constituintes dos seu
normalmente livres de potencial
componentes, devem ser
(sinais digitais);
corretamente selecionados, em
• Os sinais de saída de sensores
face da natureza e temperatura do
analógicos são materializados por
fluído a controlar.
uma grandeza física que deverá
• Todos os materiais devem ser permitir:
adequados para as condições de A visualização da medida com
temperatura e pressão do fluído. aparelhos indicadores ou registadores;
A transmissão à distância da
informação;
41
O Tratamento automático da
informação por aparelhos de cálculo.
41
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Sinais de controlo
− Os sinais de saída analógicos são do tipo:
42
42
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
– Capacidade
A capacidade de uma válvula é A curva dos valores de kv em função da
calculada pelo coeficiente kv abertura do obturador é utilizada para a
determinado empiricamente e indica o
caudal de água em m /h com uma
3 determinação do comportamento da válvula
temperatura compreendida entre 5 e em regulação;
40ºC que atravessa uma válvula com Quando for conhecido o caudal determina-se
uma perda de carga de 1 bar (101,325 a perda de pressão por:
kPa);
2
Se for conhecido o valor de kv, a perda Q
de pressão admissível na válvula e a P
densidade do fluido, determina-se o kv 1000
caudal do escoamento nessas condições
por: O coeficiente de perda de carga tem por
expressão: 4
∆𝑃 × 1000 d
𝑄=𝑘 [𝑚 /ℎ] k 16
𝜌 kv2 43
43
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
− Em relação a sensibilidade as – Válvula de abertura rápida (on
válvulas podem ser:
– off):
Crescente (logarítmica);
Decrescente e; Utilizada para o controlo de
Constante (linear). nível, para processo de grande
capacidade, etc..
− A curva característica apresenta
a relação existente entre a – Válvula de característica
percentagem de abertura da
válvula e o caudal linear:
correspondente que passa
através desta, quando a 𝑄 = 𝑘. 𝑦
abertura varia de 0 a 100 % Ideal para o controlo
para um diferencial de pressão proporcional. 44
constante sobre a válvula;
44
22
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
– As válvulas de controlo poderão
apresentar uma curva de
escoamento, os perfis mais
utilizados, são os de linear, igual
percentagem e o de abertura rápida;
– Linear:
• O caudal aumenta linearmente
com o curso do obturador.
− Igual Percentagem (logarítmica):
• Q = b. eay ;
• O caudal aumenta
exponencialmente com o curso
do obturador;
• Igual incremento do obturador
da válvula, produz uma variação
do kv também de igual
percentagem. 45
45
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
− Igual Percentagem (logarítmica): A o emprego deste tipo de válvula
Para uma determinada justifica-se para processos sensivelmente
percentagem de incrementos na afetados pela variação de caudal em
abertura, a válvula deixa passar
percentagem igual de relação ao caudal presente, quer seja
incremento de caudal; verificado com a válvula no início ou no
O avanço do obturador provoca final do curso;
uma mudança de caudal Principais aplicações para válvula
percentualmente proporcional
ao caudal anterior; logarítmica:
Em outras palavras, quando a • Processo com carga muito variável;
válvula está quase fechada, • Processo de pequena variância;
ainda que tenha um grande
movimento na haste, observa-se • Controlador proporcional com faixa
pequena variação de caudal, já proporcional larga;
quando aberta, um pequeno
movimento corresponde a uma • Controlo de temperatura, nível e de
grande variação de caudal; caudal em geral. 46
46
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
– Característica parabólica modificada:
tem um comportamento intermédio
entre a característica linear e de igual
percentagem;
Isto permite uma regulação fina com
baixos caudais e um comportamento
com características aproximadamente
lineares para os caudais elevados;
– Abertura rápida: permite grandes
variações de caudal para alterações
muito pequenas do obturador. Tem em
geral um ganho demasiado elevado
para ser utilizado como válvula de
controlo, pelo que está limitada para
serviços tudo ou nada, tais como em
operações sequenciais quer em batch
ou processos semi-contínuos.
47
47
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
– Curva característica inerente: • Válvula de característica linear:
L
Refere-se a curva de calibração: ∆P Q
constante através da válvula. 1 L 2
1
2
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Diretrizes gerais para escolha do tipo Posicionadores
de válvula em função da operação
− Válvula de Controlo linear é ideal para: • Parte integrante de algumas válvulas de
Controlo de nível; controlo, presente quando ao processo exige
Controlo de pressão em fluidos das válvulas comportamento mais crítico;
compressíveis.
• Recebem o sinal de saída do controlador,
− Válvula Igual proporcional:
monitorizam mecanicamente o atuador e através
Controlo de pressão de líquidos;
Operações com grande amplitudes; de ampliação (correção) do sinal melhoram o
Processos que exijam resposta rápida. desempenho do elemento final de controlo
− Escolha da válvula em relação às características procedendo à retroalimentação;
do fluido: • Assim a operação corrige e reposiciona a haste,
Válvula Globo: Fluidos limpos, gases e líquidos remetendo desta forma uma ação mecânica que
de um modo geral; corrige os erros na posição relativa ao
Válvula esfera: Fluidos com sólidos em
obturador/sede, aumentando assim o controlo
suspensão, lamas (fluidos pastosos);
Válvula Borboleta: Gases de baixa pressão e
da válvula, isto é, aumenta desta forma sua
tubulações de grande diâmetro. sensibilidade. 49
49
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
– A utilização das válvulas de controlo está
limitada pela geração de ruído e pela
cavitação no caso de líquidos é a causa
mais frequente de danos;
Escoamento sub-crítico:
A menor pressão no interior da válvula não
é inferior à pressão de vapor (pv) do líquido
à temperatura de escoamento.
Qualquer aumento na variação de pressão
produz um aumento no caudal:
p C 2f ps
Δps = p - pv
1 50
Cf fator de recuperação de pressão.
(Líquidos- ANSI / ISA – 75.01 )
50
25
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
− Escoamento crítico:
Se a pressão de vapor (pv) se situar na zona A
ocorrerá vaporização do líquido e teremos
um escoamento bifásico a seguir à válvula.
Se se situar na zona B ocorrerá cavitação na
válvula de controlo.
p C 2f ps
p
Δps = Δp - 0,96 - 0,28 ( 1 )pv
1 pc
p C 2f ps Δps = p - pv
1
51
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
Subcrítico p 0 ,5 C 2f p1
Crítico p 0 ,5 C 2f p1
52
52
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
− Dum modo geral os escoamentos críticos podem ser evitados com as
seguintes técnicas:
Redução da perda de carga através da válvula
(grandes perdas de pressão poderão conduzir a cavitação).
Alteração da localização da válvula no sistema
(colocada num ponto mais baixo, aumentar-se-á a pressão a montante,
p1 ).
Escolha duma válvula com fator Cf elevado.
Valores altos de Cf (ou FL) refletem baixas recuperações de pressões.
Valores baixos de Cf, traduzem altas recuperações de pressões.
53
53
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
− Fator crítico de escoamento:
54
54
27
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Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
C 2f ps pMax
Perda de pressão máxima para o dimensionamento da válvula.
Acima deste valor por mais que a pressão de montante (p1)
aumentar a válvula não possibilitará aumentos de caudal.
55
55
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
− O fator Cf estabelece a recuperação de pressão depende do tipo da
válvula, permite calcular a queda de pressão disponível sem que se
produzam fenómenos de cavitação ou evaporação.
− É normalmente apresentado como a raiz quadrada do cociente entre a
queda de pressão máxima e ps:
pMax
Cf
ps
56
56
28
11/06/2022
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− As válvulas devem ser sujeitas − Os principais sistemas de ligação
periodicamente a ações de de válvulas são os seguintes:
manutenção, o que exige Canhões lisos;
normalmente a sua remoção Flanges;
da tubagem, pelo que, as suas Roscadas;
extremidades são geralmente Por compressão;
preparadas para poderem ser
Entre flanges;
desmontadas.
Ponta e bolsa;
Por soldadura.
57
57
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− Ligações entre Flanges
Algumas válvulas de
borboleta, retenção e esfera,
próprias para condições de
serviço moderadas são
concebidas para ficarem
entre as flange da tubagem.
É um tipo de ligação muito
económico.
58
58
29
11/06/2022
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− Ligações Tipo Ponta e Bolsa
As válvulas para ligações de ponta e bolsa utilizam-se em condutas de
ferro fundido e PVC destinados a água, esgotos e líquidos corrosivos.
Neste tipo de união a ponta lisa dos tubos encaixa-se na bolsa da válvula,
no interior da qual é previamente colocado o material vedante que servirá
para garantir a estanquicidade da ligação.
O vedante deverá ser elástico, ou oferecer uma perfeita aderência ao
tubo, deve ser resistente ao fluído, não dissolver nem contaminar o
mesmo.
Os materiais mais utilizados são os anéis retentores da borracha ou
plástico.
59
59
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− Ligações por Soldadura
Com o desenvolvimento das técnicas de soldadura, passaram a ser
comuns válvulas com extremidades preparadas para soldadura de encaixe
e de topo a topo.
A desmontagem de válvulas com este tipo de ligações é difícil e necessita
da mão de obra especializada.
São uniões que oferecem várias vantagens tais como:
Uma boa resistência mecânica;
Uma vedação perfeita e duradoura;
Fácil aplicação de isolamentos térmicos e pintura.
60
60
30
11/06/2022
Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− Ligações por Soldadura
A soldadura de encaixe é comum em válvulas de aço, para aplicações até
ao diâmetro de 32 mm incluído, utilizam-se também em válvulas
fabricadas em materiais não ferrosos, ou PVC, de diâmetros até 100 mm.
São adequadas para funcionarem com pressões e temperaturas elevadas,
não se recomenda a sua utilização com fluidos corrosivos ou erosivos.
Uma variante da soldadura por encaixe é soldadura por capilaridade, com
solda fundida o espaço anular compreendido entre o encaixe e o tubo, os
quais são maquinados com tolerâncias apertadas.
Este tipo de união, é frequentemente em tubos de cobre com diâmetro
igual ou inferior a 65 mm. A temperatura de utilização é limitada pelo
ponto de fusão da solda. 61
61
62
31
15/06/2022
Aula 38
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
2
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Conteúdos
1. Condições de funcionamento
2. Perdas de carga a admitir nas válvulas de regulação
3. Dinâmica do escoamento através da válvula
4. Coeficiente de caudal
5. Cavitação
6. O efeito da redução de diâmetro
7. Escoamento Crítico ou Subcrítico?
8. Fórmulas de dimensionamento
9. Fator de Escoamento Crítico
10. Compressibilidade
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3
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200 10 1
× =
25 2,5 16
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Cavitação
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23
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25
𝑸 = 𝒌 ∆𝒑
− Uma válvula em que numa determinada posição apresenta um coeficiente de caudal 𝑘𝑣
de 20, quer dizer que o caudal que atravessa é de 20 m3/h para a perda de pressão de 1
bar;
− O caudal de uma válvula é o volume de fluido que pode passar através dela num
determinado tempo.
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14
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[ ]
𝑄[𝑚 ⁄ℎ]
𝐶 = 𝑘 =
∆ [ ] ∆𝑝[𝑘𝑔𝑓⁄𝑐𝑚 ]
𝐺
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15
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1 𝑘 𝑑
𝐹 = + 1−
𝐹 0,053 𝑑 𝐷
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20
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41
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43
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𝑘 =𝑄× ⇒𝑘 = ×
∆ 𝑭𝒑 ∆
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𝑘
𝑘 (𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜) =
𝐹
B. Para compensar as perdas provocadas pela redução de seção
utiliza-se 𝑭𝑳𝑷 em vez de 𝑭𝑳 (ou 𝑪𝒇 )na expressão de escoamento
crítico sem outro ajuste de 𝒌𝒗 ou 𝑪𝒗.
55
55
56
28
56
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(*) A vena contracta é um estreitamento das linhas de corrente de um fluido após uma redução súbita da largura do canal57de
escoamento. Ele foi descrito primeiramente por Torricelli em 1643, e acontece porque o escoamento não pode mudar de direção
tão rapidamente a ponto de preencher todo o espaço disponível, o que resulta em separação interna de escoamento no local.
57
Pressão de vapor
29
58
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Q k p
• O fenómeno ocorre após o fluido alcançar velocidade sónica
na vena contracta;
• A partir deste ponto a variação de pressão posterior a válvula
não mais afeta o escoamento.
60
30
60
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61
Caudal mássico: 𝑘 =
×∆
Onde:
𝑘𝑣 Adimensional;
𝑞 Caudal (m3/h);
𝑝 Perda de carga através da válvula (bar);
𝐺𝑓 Densidade específica na temperatura de operação
(= 1 para a água 15 ºC). 62
31
62
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63
,
Caudal mássico: 𝑘 =
∆
64
32
64
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, ,
Vapor superaquecido: 𝑘 =
∆
65
65
Caudal volumétrico: 𝑘 =
,
Caudal mássico: 𝑘 =
66
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66
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, ,
Vapor superaquecido: 𝑘 =
67
67
34
68
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Caudal volumétrico:𝑘 =
,
,
Caudal mássico: 𝑘 =
,
69
69
, ,
Vapor superaquecido: 𝑘 =
,
em que:
1,63 ∆𝑝
𝑌= ×
𝐹 𝑝
com um máximo de Y = 1,50 em que:
𝑌 – 0,148 𝑌3 = 1,0 70
35
70
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• Número Reynolds.
71
36
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73
74
37
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𝜇𝑞
𝑘 = 0,028 ×
∆𝑝
Com:
𝑞 Caudal [m3/h];
𝐺𝑓 Densidade à temperatura de serviço;
∆𝑝 perda de pressão [bar];
µ viscosidade em centipoises [CsP].
75
75
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38
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77
77
78
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1 𝑇
𝑄=𝑄 𝑛 × ×
𝑝 288
Em que:
𝑄(𝑛) Caudal normal [m3/h];
𝑝 Pressão absoluta [bar];
𝑇 Temperatura absoluta [273 + ºC].
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79
80
40
80
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83
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Aula 39 (1)
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
11/06/2022
Conteúdos
1. Válvulas termostáticas
2. Válvulas misturadoras
3. Válvulas de solenoide
4. Atuadores
5. Seleção das válvulas
6. Instalação e manutenção de válvulas
Válvulas termostáticas
• Têm por principal função num • As válvulas termostáticas,
processo, dentro de valores pré- aplicam-se para controlar
fixados: equipamentos em circuitos de:
– A medição; – Aquecimento;
– Comparação e; – Arrefecimento e;
– Controlo da temperatura. – Refrigeração.
• Podem ser de:
– Duas ou;
– Três vias.
• Fabricam-se até ao diâmetro de
50 mm;
• Os seus componentes são
fabricados em diferentes
materiais para diferentes
aplicações; 4
2
11/06/2022
Válvulas termostáticas
• São constituídas basicamente por:
– Um sensor (elemento termostático);
– Tubo capilar;
– Fole.
• O sensor, contém um fluído de
grande coeficiente de dilatação, o
qual se expande com o aumento de
temperatura;
Válvulas termostáticas
• As válvulas para utilização nos • As válvulas para controlo de
circuitos de refrigeração, são circuitos de aquecimento, têm
concebidas por forma a que, um princípio de funcionamento
quando a temperatura aumenta a similar;
válvula abre-se, com o seguinte
• Só que neste tipo:
princípio de funcionamento:
– Qualquer variação de temperatura é – A mola tem como função abrir a
detetada pelo sensor, variando o valor válvula;
da pressão no fole e como – Um aumento de temperatura provoca
consequência a posição do obturador; o seu fecho.
– As posições extremas da válvula
(totalmente aberta ou fechada) têm
lugar quando a força do fole e a da
mola não se equilibram.
3
11/06/2022
Válvulas termostáticas
Exemplo 1
• Determine o 𝑘𝑣 de uma válvula
termostática para regulação da
temperatura da água quente de
um depósito com uma potência
de 230 kW, considerando um
Δ𝑡 = 20º 𝐶 e uma pressão
diferencial através da válvula de
0,6 bar.
Resolução:
230 × 0,86
𝑄= = 10 𝑚 ⁄ℎ
20
𝑘𝑣 = 12 7
Válvulas termostáticas
Exemplo 3
• Determine o 𝑘𝑣 de uma válvula
termostática para regulação da
temperatura da vapor
sobreaquecido para aquecimento
de óleo nas seguintes condições:
– Temperatura de vapor sobreaquecido
𝑇𝑣 = 165º 𝐶;
– Caudal de vapor 𝑄 = 150 𝑘𝑔/
ℎ (110 𝑘𝑊);
– Pressão (temperatura) à entrada
𝑝1 = 2,5 𝑏𝑎𝑟 𝑎𝑏𝑠;
– Pressão diferencial Δ𝑝𝑣 = 0,6 𝑏𝑎𝑟.
Resolução:
𝑘𝑣 = 7 8
4
11/06/2022
Válvulas termostáticas
150
165
Válvulas misturadoras
Termostáticas
• As válvulas misturadoras servem para • As válvulas misturadoras
temperar a água quente armazenada termostáticas têm como princípio de
em reservatório a temperaturas funcionamento à ação de um
elevadas, normalmente a 60 ºC mas elemento termostático, que pode ser
que poderá atingir os 90 ºC nos uma bilâmina, o qual sob efeito da
períodos de choque térmico para temperatura altera a abertura dos
combate à legionella, com água fria, obturadores controlando a
de forma a assegurarem a temperatura da água a utilizar;
temperatura de utilização;
• Classificam-se em válvulas
misturadoras:
– Termostáticas;
– Manuais;
10
– Escoamento limitado.
10
5
11/06/2022
Válvulas misturadoras
Manuais sem regulação de
Termostáticas caudal
• A regulação da temperatura faz-se • As válvulas misturadoras manuais,
deslocando o manípulo num aplicam-se em aparelhos isolados tais
quadrante graduado em graus; como: lavatórios; banheiras; duches,
• Se o fornecimento da água fria for etc.;
interrompido o elemento • Compreendem dois pistões ou
termostático reage fechando a obturadores independentes, que
válvula garantindo assim a segurança funcionam em paralelo, a sua posição
dos utilizadores; é determinada através de um
• O débito é controlado externamente manípulo de forma a obter a água á
por válvulas geralmente colocadas a temperatura desejada.
jusante.
11
11
Válvulas misturadoras
Manuais com regulação de
caudal
• As válvulas da figura, permitem
também a regulação de caudal;
• O controlo da temperatura e do
caudal faz-se por oscilação e rotação
de um único manípulo, realizando-se
os movimentos separados ou
simultaneamente, para regular a
temperatura o manípulo atua uma
came que posicionada, através de
molas e de uma membrana de
borracha, obturadores cónicos.
12
12
6
11/06/2022
Válvulas misturadoras
Limitadoras de caudal
• As válvulas misturadoras de
escoamento limitado, aplicam-se em
duches públicos, campings, colégios,
etc., em que se pretende controlar os
gastos da água quente;
• Estas permitem ao utente regular a
temperatura sem diminuir o caudal,
conservando o escoamento limitado,
o inicio do escoamento faz-se
pressionando um botão e o controle
da temperatura por manobra de
alavanca;
• A temporização do escoamento
obtém-se por deslocação de um
pistão com pressões desequilibradas
em ambas as faces, no interior de 13
uma câmara.
13
Válvulas de solenoide
• Trata-se duma combinação de duas
unidades básicas;
• Um solenoide (eletromagnético) com
o seu núcleo acoplado a uma válvula
com um obturador (diafragma) de
permeio;
• A válvula é aberta ou fechada por
ação do núcleo magnético que é
atraído pelo solenoide sempre que a
bobine é energizada;
• O solenoide é constituído pela
bobine, no interior da qual se
movimenta o núcleo ao qual está
normalmente fixado o obturador.
14
14
7
11/06/2022
Válvulas de solenoide
• A abertura e o fecho da válvula é
realizada por ação do solenoide:
– Ao ser alimentado em energia elétrica
gera um campo de forças
eletromagnéticas, as quais vão atrair o
núcleo para o seu interior,
movimentando o obturador de forma
a fechar (NA) ou abrir a válvula (NF);
– O solenoide está em geral,
diretamente montado sobre o corpo
da válvula, funcionando o núcleo no
seu interior, normalmente, dentro de
um invólucro estanque (tipo
capsulado).
– Esta configuração que é a mais
comum, apresenta a vantagem de não
necessitar de empanques, para se 15
obter a estanquicidade do veio.
15
Válvulas de solenoide
Válvulas de ação direta Válvulas com piloto interno
• As válvulas de ação direta, têm: • Utilizam a pressão disponível no fluído,
– Um funcionamento completamente para auxiliarem o seu funcionamento;
automático; • Os diafragmas ou pistões podem ser
– O núcleo do solenoide está diretamente flutuantes ou constrangidos:
fixado ao obturador; – As válvulas equipadas com diafragmas
– O fecho e abertura da válvula, fazem-se flutuantes requerem, embora reduzidas, uma
ligando ou cortando a alimentação de perda de pressão para as manter abertas;
energia elétrica ao solenoide; – Diafragmas constrangidos, são mantidos
– O funcionamento da válvula é do tipo tudo abertos por acção do núcleo, aos quais estão
ou nada; ligados mecanicamente, sendo o
funcionamento deste tipo de válvulas,
– É independente da pressão e do caudal. totalmente aberto ou totalmente fechado.
16
16
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11/06/2022
Válvulas de solenoide
Válvulas com piloto externo Válvulas de rearme
• Este tipo de válvulas assim como o • Válvulas de rearme manual, as quais são
seu princípio de funcionamento, já postas manualmente em posição para
foram descritos no item referente a atuação voltando novamente à posição
original, por ligação ou interrupção da
válvulas de controlo com atuação por
alimentação do solenoide, de acordo com
pressão diferencial. a sua conceção;
Válvulas de solenoide
Quanto ao número de vias
• Válvulas de duas e três vias. • Válvulas de quatro vias:
– São utilizadas por exemplo, para pressurizar
ou provocar a exaustão da câmara de
pressão de um cilindro de simples efeito.
18
18
9
11/06/2022
Atuadores
• A atuação das primeiras válvulas era CLASSE
ATUAÇÃO
DIÂMETRO
exclusivamente manual por meio de DE
19
19
Atuadores
• A operação manual das válvulas ainda é o • Recomenda-se que se motorizem as válvulas
método mais utilizado, emprega-se em nas seguintes aplicações:
sistemas não automáticos, de operação
simples e em que se tem fácil acesso ao ‒ Válvulas comandadas por instrumentos
elemento de manobra; automáticos;
• O fecho das válvulas, faz-se sempre por ‒ Válvulas colocadas em redes de fluidos com
rotação do fuso no sentido dos ponteiros telecontrolo ou controlo automático;
do relógio;
‒ Válvulas localizadas em locais de difícil
• Quando as válvulas de comando manual acesso;
estão sujeitas a manobras frequentes, ou
tenham diâmetros superiores aos abaixo ‒ Válvulas colocadas em postos abandonados
indicados, é conveniente dota-las de que requeiram uma frequente manobra;
desmultiplicadores.
‒ Válvulas de grande diâmetro ou com
CLASSES DE
PRESSÃO
DIÂMETRO condições de serviço severas em que a
manobra é difícil;
PN 10 e PN 20 DN300
20
10
11/06/2022
Atuadores
Atuadores pneumáticos
• Os atuadores pneumáticos que
podem ser de diferentes tipos os
mais utilizados são:
– Diafragma;
– Pistão simples;
– De dupla ação;
– Pistão simples com retorno por mola.
• Aplicam-se em:
– Sistemas comandados por instrumentação;
– Em locais que disponham de ar
comprimido;
– Em locais com risco de explosão;
– Em circuitos de segurança com
necessidade do fecho das válvulas em caso
da falha de energia elétrica.
• Os pistões podem ser de movimento 21
linear ou rotativo.
21
Atuadores
Atuadores hidráulicos Atuadores elétricos
• Os atuadores hidráulicos do tipo • Os atuadores elétricos do tipo moto-
pistão, ou motor hidráulico são raros, redutor são bastante comuns.
utilizam-se somente em válvulas de • Objetivo:
diâmetro muito grande.
– Tornar a manobra mais cómoda, fácil e
rápida.
• Aplicação:
– Válvulas de grande diâmetro;
– Comportas;
– Locais inacessíveis.
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22
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Atuadores
Tempo de fecho
• O tempo de fecho de válvulas Velocidade de
Tempo de manobra
saída
depende de diferentes fatores, um DN
[rpm]
[s]
dos quais tem a ver com as variações 40 16-20
de pressão geradas durante o regime 50
65
16-20
21-26
transitório, pelo que para a sua 80 25-31
100 50-57
determinação em face de uma 125 62-70
aplicação específica é efetuada por 150 11 28 62-70
200 11 53 84-95
cálculos algo complexos; 250 11 53 88-138
300 11 54 105-165
• Para as válvulas de borboleta e de 350 11 - 73 54 - 73 321-354
400 11 - 32 54 - 73 321-354
adufa existem tempos de operação 450 321-354
estandardizados pelos fabricantes, 500 321-354
23
23
Atuadores
Binário resistente Válvulas de adufa e globo
Tabela 1 - Secção útil de passagem, das válvulas em função do diâmetro
• O binário resistente das válvulas para mm S cm2 mm S cm2 mm S cm2
dimensionamento dos atuadores é 40 12,5 250 491 900 6290
determinado por cálculos; 50 19,6 300 706 1000 7850
65 33,2 350 960 1200 11300
• Para o cálculo do binário de válvulas 80 50,3 400 1255 1400 15400
são necessários pelo menos os 100 78,5 500 1960 1600 20100
125 123 600 2830 1800 25400
seguintes elementos: 150 177 700 3850 2000 31400
– Tipo de válvula; Tipo de válvula θ ≤ 400º C θ > 400º C θ ≤ 400º C θ > 400º C
24
12
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Atuadores
Cálculo do binário devido à força Cálculo do binário resistente no
da sede no fuso empanque
• Força na sede:
𝑭𝒔𝒆𝒅𝒆 = 𝑨𝒗 𝒑𝒔𝒆𝒓𝒗𝒊ç𝒐 𝑪 𝑩𝑹𝑬 = 𝑭 × 𝑫𝑭/𝟐
≤ 25 mm 4,9
≤ 50 mm 7,4
> 50 mm 11,8 25
25
Atuadores
Cálculo do binário devido à força
da sede no fuso
Tabela 4 – Fator do fuso
• Nota (Tabela 4):
– Para roscas com duas entradas majorar em
1,05;
26
26
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Atuadores
Exemplo 4
• Considere uma válvula de cunha • Binário no fuso
flexível DN 250, com fuso exterior 𝑩𝑭𝒖𝒔𝒐 = 𝑭𝒔𝒆𝒅𝒆 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒇𝒖𝒔𝒐 × 𝟏/𝟏𝟎𝟎
de 40 × 6 𝑚𝑚 , pressão de (Tabela 4)
trabalho 16 bar, óleo a 30 ºC. BFuso = 23,6 kN 0,36/100 = 0,085 kN.m
• Calcular o binário total. • Força no empanque
Resolução: Tabela 3 – Fempanque = 7,4 kN
27
Atuadores
Exemplo 5
• Considere uma válvula de globo DN Fsede = 50,310-4 m2 15 800 kNm-2 1,15 =
91,4 kN
80, com fuso exterior de 38 ×
6 𝑚𝑚 , pressão de trabalho 158 • Binário no fuso
bar. BFuso = 91,4 kN 0,35/100 = 0,320 kN.m
• Força no empanque
• Calcular o binário total.
Tabela 3 – Fempanque = 7,4 kN
Resolução:
• Binário resistente no empanque
• Força na sede
BRE = F DF/2 = 7,4 38/2 1/1000 =
𝐹𝑠𝑒𝑑𝑒 = 𝐴𝑣 𝑝𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝐶 = 0,141 kN.m
Tabela 1 – Secção de escoamento • Binário total
Av= 50,310-4 m2 Btotal = BFuso + BRE = 0,320 + 0,141 kN.m =
Tabela 2 – Fator C da válvula 1,15 = 0,461 kN.m
28
Pressão de serviço 15 800 kN.m-2
28
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Atuadores
Exemplo 6
• Considere uma válvula de cunha Fsede = 1.25510-4 m2 200 kNm-2 0,35
= 8,58 kN
sólida DN 400, fuso interior de
50 × 12 𝑚𝑚, pressão de trabalho • Binário no fuso
2 bar, água a 15º C. BFuso = 8,58 kN 0,51 1,5/100
= 0,0656 kN.m
• Calcule o binário total.
• Força no empanque
Resolução: Tabela 3 – Fempanque = 7,4 kN
• Força na sede • Binário resistente no empanque
𝐹𝑠𝑒𝑑𝑒 = 𝐴𝑣 𝑝𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝐶 BRE = F DF/2 = 7,4 50/2 1/1000 =
Secção de escoamento Av 1.25510-4 m2 = 0,185 kN.m
(Tabela 1) • Binário total
Fator C da válvula 0,35 (Tabela 2) Btotal = BFuso + BRE = 0,066 + 0,185 kN.m =
29
Pressão de serviço 200 kN.m-2 = 0,251 kN.m
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Atuadores
Válvulas de Borboleta
• A determinação dos binários de
manobra das válvulas de
borboleta é algo mais complexo,
pelo que a tabela referente às
classes de pressão ANSI 150 (PN
10), 300 (PN 20), 600 (PN 40)
apresentam os valores dos
binários.
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Aula 39 (2)
Filipe Rodrigues
Professor Adjunto
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
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Seleção de válvulas
• Na escolha da válvula mais conveniente – Custo;
para uma determinada aplicação devem – Atravancamentos, posição de instalação,
etc..
analisar-se os seguintes aspetos: • O dimensionamento deverá
– Tipo de válvula mais adequado para as compreender o cálculo de:
condições de serviço; – Perdas de carga;
– Dimensionamento e; – Condições de cavitação;
– Especificação das suas características e – Leis de fecho;
detalhes. – Binários resistentes;
– Regime transitório, etc..
• Para a seleção do tipo de válvula a aplicar • Entre as características e detalhes que são
devem atender-se aos seguintes aspetos: necessários especificar, destacam-se os
– Finalidade da válvula: isolamento, seguintes:
regulação, retenção, segurança, etc.; – Materiais dos diferentes componentes
da válvula (corpo, castelo, obturador,
– Natureza do fluído: líquido, gás, vapor, sedes e mecanismo interno);
líquido com gás, etc.; – Tipos de ligações;
– Condições de corrosão, erosão, depósito – Tipos de união corpo / castelo;
de sedimentos, presença de sólidos, etc.; – Movimento do veio;
– Tipos de operação: fecho estanque, fecho – Características dos bucins;
rápido, frequência de manobras, comando – Tipos de atuação, etc.. 32
automático, resistência ao fogo, etc.;
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Seleção de válvulas
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Seleção de válvulas
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6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
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Conteúdos
1. Centrais Térmicas
2. Redes industriais de ar comprimido
3. Energia Térmica Solar
Centrais Térmicas
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Centrais Térmicas
Centrais Térmicas
• As turbinas a gás têm gases escapes com elevadas temperaturas, cerca de 500º C pelo que se
aproveita o calor para gerar vapor que é adicionalmente utilizado em turbinas a vapor solução
referida por “Ciclo Combinado”.
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Centrais Térmicas
Centrais Térmicas
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Centrais Térmicas
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• Para atingir altas temperaturas o vapor deve atingir altas pressões, mas
não precisa de bombas de circulação e pode utilizar tubagem de pequeno
diâmetro, enquanto que um fluído térmico (normalmente óleos minerais)
atinge altas temperaturas com baixas pressões, mas necessita de bombas
de circulação e tubagem de maiores diâmetros.
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Fonte: Spirax Sarco
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Fonte: Gestra
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• Uma central deste tipo recebe gás natural a alta pressão, (e.g. 45 barg),
que é queimado em turbinas a gás (GT), cujos veios primários acionam os
geradores elétricos;
• A instalação está equipada com caldeiras aquatubulares (de recuperação)
que aproveitam os gases de escape das turbinas, para produzir vapor de
alta pressão (cerca de 80 a 100 bar) sobreaquecido a alta temperatura
(cerca de 500ºC);
• Este vapor é utilizado em turbinas a vapor normalmente de três etapas de
pressão, alta, média e baixa, sendo o vapor entre cada etapa reaquecido
na caldeira por:
− Um lado para evitar o perigo de formação de condensados que podem
danificar as pás das turbinas e; 21
− Por outro melhorar o desempenho termodinâmico da central.
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Isolamento Térmico
• Um tubo bem isolado, por exemplo de acordo com as recomendações da
NAIMA North Americam Insulation Manufacturers Association, pode
reduzir as perdas até 90% do valor abaixo referido.
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Fonte: Spirax Sarco
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Fonte: Spirax Sarco
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Torres de arrefecimento
Torres de arrefecimento
Em circuito aberto Em circuito misto
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Fonte: ASHRAE
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Torres de arrefecimento
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Esquema de Cogeração
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Motor de Cogeração
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Compressores de Ar
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Compressores de Ar
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Compressores de Ar
Secadores de Ar por Absorção Secadores de Ar por Refrigeração
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Reservatórios de ar
• Os reservatórios regularizam os picos de consumo de modo a evitar
arranques e paragens frequentes dos compressores e flutuações de
pressão exageradas na rede;
• Além disso contribuem para diminuir a temperatura do ar comprimido e
facilitar a recolha de condensados e gotas de óleo;
• São construídos conforme a norma ASME SEC.VIII – DIV. I, para 10 ou 14
bar, e são equipados com um manómetro, válvula de segurança, purgador
mecânico, válvulas de seccionamento e filtro.
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Reservatórios de ar
Reservatórios Purgadores automáticos
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Filtros
• Existem vários tipos de filtros, nomeadamente:
− Filtros de Cartuxo:
Para a separação de condensados e partículas sólidas;
Eficiência: 99,99% de partículas ≥ 0,1µ;
Conteúdo residual de óleo: ≤ 0,1 ppm.
− Filtros superficiais, à base de celulose revestida com resina, com poros
controlados, que retêm na sua superfície todas as partículas maiores
do que os poros;
− Filtros coalescentes, compostos de materiais filtrantes especiais de
densidade graduada para retenção de partículas finas com baixa perda
de carga. Os aerossóis suspensos na corrente de ar coalescem na forma
de gotas e são separados da corrente de ar, com elevada eficiência;
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Filtros
• Existem vários tipos de filtros, nomeadamente (cont.):
− Filtro de carvão ativado:
À base de uma camada central de carvão ativado que retém vapor de óleo
e odores pelo efeito de adsorção, para a obtenção de um ar tecnicamente
isento de óleo e inodoro;
Conteúdo residual de óleo: ≤ 0,003 ppm;
Deve ser precedido de um filtro de cartuxo.
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9% perdas no
processo
Vapor
20% perdas em
condensados
11% Água
perdas na reposição
combustão
Condensado
ENERGIA ÚTIL
55%
2% perdas nas
purgas Energia
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(*)TDS (Total Dissolved Solids) controls: É um processo que remove o excesso
de sólidos dissolvidos.
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Caldeiras de vapor
• As caldeiras de vapor são • As caldeiras do 1º tipo são as
essencialmente de dois tipos:
i. de tubos de fumo, isto é com os gases
mais utilizadas;
de combustão a circularem dentro de • Outras características
tubos imersos em água, e;
ii. de tubos de água, isto é com a água a importantes:
circular dentro dos tubos e os gases de – Potência nominal;
combustão por fora;
– Superfície de aquecimento;
Algumas exceções derivam destes tipos,
como é o caso das caldeiras de – Número de passagens dos gases de
vaporização rápida, que embora combustão;
podendo considerar-se de conteúdo de – Tipo de câmara de inversão, etc..
tubos de água são distintas das
anteriores, por envolverem serpentinas
e não tubulares e que conduzem
apenas à produção de vapor saturado a
baixa/média pressão e com capacidades
reduzidas, ao contrário do que sucede
normalmente com as caldeiras 15
aquotubulares.
15
BOILER EPC ES 1500 Working curves - Hot Oil inlet temp regulation - Tout 200 °C
@1,5 MW
96.0 180.00
160.00
95.5
140.00
Comb_Eff - Total_Eff EN12953-11
60.00
93.5
40.00
93.0
20.00
92.5 0.00
20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00 90.00 100.00 110.00
% MCC
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Condensador de gases
• Poupança de combustíveis até 7%
do pré-aquecimento do ar
• Poupança de combustíveis até 2%
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• Preaquecimento da água;
• Recuperação de
condensados;
• Dosagem química:
– Controlo de pH
• Ortofosfato (𝑃𝑂 )
– Remoção de oxigénio
• Sulfito de Sódio
(𝑁 𝑆𝑂 )
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Uso de Químicos
Aumento de purgas
Diminuição do tempo de vida do equipamento
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Purga de Consumo de 47
superfície reduz água reduzido
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Água 85%
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Água 48%
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Entrada
Saída de condensado 55
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5.000 kg/h
Fluxo de ar
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Caudal condensados
5.500 kg/h
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https://beta.spiraxsarco.com/resources-and-design-tools/calculators/
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Drenagem com bomba-purgador
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Conjunto compacto MFP14 Triplo Conjunto compacto APT14
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Sistema de monitorização por condutividade Sistema de monitorização por turbidez
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