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3/12/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

Ano letivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Propriedades físicas dos Fluidos

Aula 02

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
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5º Semestre
6º Ano letivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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Definição de fluido
• Um fluido é caracterizado como uma substância que se deforma
continuamente quando submetida a uma tensão de corte, não
importando o quão pequena possa ser essa tensão.
• Os fluidos incluem os líquidos, os gases, os plasmas e de certa
maneira, os sólidos plásticos.
• A principal característica dos fluidos está relacionada à propriedade
de não resistir a deformação e apresentam a capacidade de fluir, ou
seja, possuem a habilidade de tomar a forma dos seus recipientes.
• Esta propriedade é proveniente da sua incapacidade de suportar
uma tensão de corte em equilíbrio estático.

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Definição de fluido

• Os fluidos podem ser classificados como:


– Fluido Newtoniano ou;
– Fluido não Newtoniano.
• Esta classificação está associada à caracterização da tensão,
como linear ou não-linear no que diz respeito à dependência
desta tensão com relação à deformação e à sua derivada.

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Divisão dos Fluidos


• Os fluidos também são divididos em líquidos e gases:
– Os líquidos formam uma superfície livre, isto é, quando em repouso apresentam
uma superfície estacionária não determinada pelo recipiente que contém o líquido.
– Os gases apresentam a propriedade de se expandirem livremente quando não
confinados (ou contidos) por um recipiente, não formando portanto uma superfície
livre.

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Divisão dos Fluidos

• A superfície livre característica dos líquidos é uma


propriedade da presença de tensão interna e
atração/repulsão entre as moléculas do fluido, bem como da
relação entre as tensões internas do líquido com o fluido ou
sólido que o limita.
• Um fluido que apresenta resistência à redução de volume
próprio é denominado fluido incompressível;
• Enquanto, o fluido que responde com uma redução de seu
volume próprio ao ser submetido a ação de uma força é
denominado fluido compressível.
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Unidades de Medida
• Nesta primeira aula serão estudadas as unidades e a importância do
Sistema Internacional de Unidades (SI).
• No dia-a-dia são expressas quantidades ou grandezas em termos de outras
unidades que nos servem de padrão.
• Na Física é de extrema importância a utilização correta das unidades de
medida.
• Existe mais de uma unidade para a mesma grandeza, por exemplo, 1 m é o
mesmo que 100 cm ou 0,001 km.
• Em alguns países é mais comum a utilização de graus Fahrenheit (°F) ao
invés de graus Celsius (°C).
• Isso porque, como não existia um padrão para as unidades, cada
investigador ou profissional utilizava o padrão que considerava melhor.
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Sistema Internacional de Unidades

• Como diferentes profissionais utilizavam unidades de medida


diferentes, existia um grande problema nas comunicações
internacionais.
• O Sistema Internacional de Unidades (SI) é um conjunto de
definições, ou sistema de unidades, que tem como objetivo
uniformizar as medições.
• No Sistema Internacional de Unidades (SI) existem sete
unidades básicas que podem ser utilizadas para derivar todas
as outras.
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Unidades Básicas do Sistema Internacional (SI)

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Unidades Derivadas do (SI)


• As unidades derivadas do SI são definidas de forma que sejam coerentes com
as unidades básicas e suplementares, ou seja, são definidas por expressões
algébricas sob a forma de produtos de potências das unidades básicas do SI
e/ou suplementares, com um fator numérico igual a 1.
• Várias unidades derivadas no SI são expressas diretamente a partir das
unidades básicas e suplementares, enquanto que outras recebem uma
denominação especial (Nome) e um símbolo particular.
• Se uma dada unidade derivada no SI puder ser expressa de várias formas
equivalentes utilizando, quer nomes de unidades básicas/suplementares, quer
nomes especiais de outras unidades derivadas SI, admite-se o emprego
preferencial de certas combinações ou de certos nomes especiais, com a
finalidade de facilitar a distinção entre grandezas que tenham as mesmas
dimensões.
• Por exemplo, o 'hertz' é preferível em lugar do ‘s-1’; para o momento de uma
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força, o ‘N.m' tem preferência sobre o joule.

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Unidades Derivadas com nomes e símbolos


especiais

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Unidades Derivadas que tem nomes especiais


no (SI)

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Prefixos no Sistema Internacional


• Unidade de viscosidade dinâmica - Um pascal segundo (Pa s) é a viscosidade
dinâmica de um fluido homogéneo, no qual, o movimento retilíneo e uniforme de
uma superfície plana de 1 metro quadrado, da lugar a uma força resistente de
intensidade 1 newton, quando há uma diferença de velocidade de 1 metro por
segundo entre dois planos paralelos separados por 1 metro de distância.
• Unidade de entropia - Um joule por kelvin (J/K) é o aumento de entropia de um
sistema que recebe uma quantidade de calor de 1 joule, na temperatura
termodinâmica constante de 1 kelvin, sempre que no sistema tenha lugar
nenhuma transformação irreversível.
• Unidade de capacidade térmica específica (calor específico) - Um joule por
quilograma kelvin (J/(kg K) é a capacidade térmica específica de um corpo
homogéneo com massa de 1 quilograma, no qual a adição de uma quantidade de
calor de um joule, produz uma elevação de temperatura termodinâmica de 1
kelvin. 13

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Prefixos no Sistema Internacional

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Tabela de Conversão de Unidades

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Tabela de Conversão de Unidades

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Tabela de Conversão de Unidades

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Tabela de Conversão de Unidades

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Tabela de Conversão de Unidades

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Unidades utilizadas normalmente em redes de


fluidos
Unidades no
Grandezas Símbolo Unidades (SI)
Sistema Técnico
Massa M kg kgf.s2/m
Comprimento L m m
Tempo T s s
Força F N kgf

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Unidades utilizadas normalmente em redes de


fluidos
Grandeza Unidades no Sistema Sistema Internacional Dimensão

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Alfabeto Grego

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Massa Específica

• Representa a relação entre a massa de uma determinada


substância e o volume ocupado por ela.
• A massa específica pode ser quantificada através da aplicação
da equação a seguir:

• onde, ρ é a massa específica, m representa a massa da


substância e V o volume por ela ocupado.
• No Sistema Internacional de Unidades (SI), a massa é
quantificada em kg e o volume em m³, assim, a unidade de
massa específica é kg/m³. 23

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Propriedades físicas da água - SI

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Propriedades físicas da água – Sistema técnico

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Exercício

• Um reservatório cilíndrico possui diâmetro de base igual a 2 m e altura de


4 m, sabendo-se que o mesmo está totalmente preenchido com gasolina
(ver propriedades na Tabela), determine a massa de gasolina presente no
reservatório.

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Peso Específico
• É a relação entre o peso de um fluido e volume ocupado, seu valor pode ser obtido pela
aplicação da equação a seguir:
𝑊
𝛾=
𝑉
• Como o peso é definido pelo princípio fundamental da dinâmica (2ª Lei de Newton), a
equação pode ser reescrita do seguinte modo:
𝑚. 𝑔
𝛾=
𝑉
• A partir da análise das equações é possível verificar que existe uma relação entre a massa
específica de um fluido e o seu peso específico, e assim, pode-se escrever que:
𝛾 = 𝜌. 𝑔
• onde,  é o peso específico do fluido, W é o peso do fluido e g representa a aceleração da
gravidade, em unidades do (SI), o peso é dado em N, a aceleração da gravidade em m/s² e o
peso específico em N/m³.
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Tabela de Propriedades dos Fluidos

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Peso Específico Relativo

• Representa a relação entre o peso específico do fluido em


estudo e o peso específico da água.
• Em condições de atmosfera padrão o peso específico da água
é 10.000 N/m³ e como o peso específico relativo é a relação
entre dois pesos específicos, o mesmo é um número
adimensional, ou seja não contempla unidades:
𝛾
𝛾 =
𝛾

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Exercício

• Sabendo-se que 1500 kg de massa de uma determinada substância ocupa


um volume de 2 m³, determine a massa específica, o peso específico e o
peso específico relativo dessa substância.
Dados: 𝛾 = 10.000 N/m³, g = 10m/s².

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PRESSÃO
Definição:
• Pressão é o resultado da aplicação duma força sobre uma superfície, sendo
definida como:

FN
P  lim A 0
A
Onde:
- FN é a força elementar de compressão normal ao elemento de
superfície A.

- As unidades no sistema SI são expressas em N/m2 ou Pa (Pascal).


- Pelo facto do Pascal ser uma unidade de pressão muito pequena é
frequente utilizarem-se os múltiplos kPa e MPa.
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PRESSÃO
Há contudo outras unidades, para além do Pascal, que são frequentemente
utilizadas como sejam :

• atmosfera (atm) que equivale a 1,013x105 Pa (considerar-se-á a


pressão atmosférica, standard, ao nível do mar, com o valor de 101,3
kPa),

• bar (1 bar =105 N/m2= 0,1 MPa = 100 kPa) bem como o seu
submúltiplo, o milibar, unidades de aplicação muito frequente na
Indústria, nomeadamente no caso dos gases.

Há uma unidade actualmente em desuso, que era corrente há uns anos.

• mmHg ou Torr, correspondendo neste caso, uma atmosfera, à pressão


exercida por uma coluna de 760 mm de mercúrio.
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PRESSÃO

Importa ainda referir que:


• Na prática, sempre que as pequenas diferenças em presença
forem negligenciáveis considera-se a atmosfera local ou pressão
barométrica local, (a atmosfera normal referida ao local) como
atmosfera técnica.
• Ou seja, a equivalente à pressão de 10 m de coluna de água,
considerando-se, neste caso, 10 mca = 100 kPa = 1 atm.

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PRESSÃO

Pressão de coluna de líquido


patm
𝑝=𝑝 + 𝜌. 𝑔. ℎ 𝑝=𝑝 + 𝛾. ℎ

p = 101.325 N/m2 + 1.000 x 9,81 x 10,34


p = 101.325 + 101.435 N/m2
H2O
p = 202.760 N/m2 h = 10,34 m p=?
p = 2 atm (absoluta)

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Gases ideais ou perfeitos


• Exercício 1.x
– Um manómetro, com fluido manométrico de densidade igual a 13,6,
mede a diferença de pressão entre os pontos A e B, ilustrados na
figura pelo símbolo “+”.

– Se h1 = 7 cm, h2 = 13,5 cm, a massa específica da água a 20 ºC vale


998,2 kg/m³ e o fluido escoante possui peso específico de 9.800 N/m³,
qual a diferença de pressão entre A e B ?
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Gases ideais ou perfeitos


• Exercício 1.x
Resolução

𝑝 𝑝
– Calcular 𝑝 e 𝑝 :
𝑝 =𝑝 +𝜌 𝑔 ℎ +ℎ = 𝑝 + 9.800 × 7 + 13,5 × 10 = 𝑝 + 2.009
𝑝 = 𝑝 +𝜌 𝑔ℎ + 𝜌 𝑔ℎ
= 𝑝 + 13,6 × 1000 × 7 × 10 + 9.800 × 13,5 × 10 = 𝑝 + 2.275
– Como 𝑝 = 𝑝 :
𝑝 + 2.009 = 𝑝 + 2.275 ⟹ 𝑝 − 𝑝 = 2.275 − 2.009 = 266 𝑃𝑎

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PRESSÃO
• A pressão sendo uma quantidade física, tal como a temperatura,
pode ser medida usando-se diferentes escalas:
- Escala absoluta pa, em que o valor zero da escala (pressão
absoluta nula) corresponde à situação de vácuo absoluto,
isto é, quando não existem moléculas no espaço
considerado.
- Escala relativa em que o valor zero da pressão relativa pr,
corresponde ao valor da pressão atmosférica local (patm ).

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Exemplo
Pressão acima da atmosférica

Atmosfera standard Pr Pressão relativa (positiva)

Pressão atmosférica local


101,3 kPa
14,7 psi Pr Pressão relativa (negativa)
30,0 pol Hg Pa Pressão absoluta
760 mm Hg
34 pés H2O
1,013 bar
Pa Pressão absoluta (positiva)

Pressão 0 absoluto

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PRESSÃO

• A pressão relativa positiva é medida


com manómetros daí designar-se com
frequência por pressão manométrica.
• A pressão absoluta é medida com
barómetros.
• A pressão relativa será negativa
sempre que a pressão absoluta for
menor que a pressão atmosférica, e
chamar-se-á então de vácuo relativo.
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Temperatura
• Também a temperatura pode ser definida através de escalas
diferentes nomeadamente, a de Celsius (C ) e a de Kelvin ( K ).
• A escala de Celsius toma como pontos de referência à pressão
atmosférica de 101,3 kPa:
- O ponto de fusão do gelo, 0 C, ou seja a temperatura do
gelo puro em equilíbrio termodinâmico com a água saturada
de ar;
- O ponto do vapor, 100C, ou seja a temperatura do vapor de
água em equilíbrio termodinâmico com a água líquida pura.

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Temperatura
• No sistema SI, a base é a escala termodinâmica da temperatura, em que
a unidade de base é o kelvin (K) e o zero da escala, o zero absoluto.
O ponto de referência é o ponto triplo da água, ou seja, a temperatura
da água líquida em equilíbrio termodinâmico com vapor de água e com
gelo.
O valor da temperatura termodinâmica atribuída, por convenção, ao
ponto triplo da água é:
273,16 K

Nota: Como os valores são sempre positivos a temperatura termodinâmica41


é também designada por temperatura absoluta.
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Temperatura
• Atendendo a que
, ligeiramente acima do ponto do gelo que é 0C,
podemos escrever, para qualquer temperatura, e de acordo com o
sistema SI:
K = t  C + 273,15
• Escalas Anglo-Saxónicas
- Nos países anglo saxões e USA é muito vulgar utilizar-se a escala
Fahrenheit (  F ) e a escala absoluta Rankine (  R ), sendo então
empregues as seguintes relações de equivalência:
 F = 9/5  C + 32
 R =  F + 459,67 42

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Condições Normais e Standard de Pressão e


Temperatura
• É usual referir no caso de fluidos compressíveis várias grandezas
como por exemplo o caudal ou o volume às condições normais
(n) ou standard (st) de pressão e temperatura.

• Iremos considerar, para a mesma pressão atmosférica,


como:

- Condição normal, temperatura de 0 C e;

- Como condição standard a de 15 C.


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• Assim, e a título de exemplo, para o caso do caudal,


teremos:
- m3 (st) /h : caudal medido à temperatura 15 C e
pressão de 1 atm (760 mm Hg);
- m3 (n) /h : caudal medido à temperatura 0 C e
pressão de 1 atm (760 mm Hg).

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Variação da massa volúmica do ar com a altitude


Altitude Temperatura Pressão Massa Volúmica Velocidade do som
(m) (K) (kPa) (kg/m3) (m/s)
0 288.2 101.3 1.225 340
500 284.9 95.43 1.167 338
1.000 281.7 89.85 1.112 336
2.000 275.2 79.48 1.007 333
4.000 262.2 61.64 0.8194 325
6.000 249.2 47.21 0.6602 316
8.000 236.2 35.65 0.5258 308
10.000 223.3 26.49 0.4136 300
12.000 216.7 19.40 0.3119 295
14.000 216.7 14.17 0.2278 295
16.000 216.7 10.35 0.1665 295
18.000 216.7 7.563 0.1216 295
20.000 216.7 5.528 0.0889 295
30.000 226.5 1.196 0.184 302
40.000 250.4 0.287 4.00 x 10-3 317
50.000 270.7 0.0798 1.03 x 10-3 330
60.000 255.8 0.0225 3.06 x 10-4 321
70.000 219.7 0.00551 8.75 x 10-5 297
80.000 180.7 0.00103 2.00 x 10-5 269 45

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Conversão entre condições standard e normal


• A conversão de valores de volume e de caudal de gases em condições
standard em normais, ou vice-versa pode fazer-se recorrendo á equação dos
gases perfeitos:
- Condições normais 0º C = 273 K
- Condições standard 15º C = 288 K
- Se o processo for isotérmico (situação normal na distribuição de gases
combustíveis)
𝑃. 𝑉 𝑃 . 𝑉 𝑇 288
= ⇒ 𝑉 =𝑉 × =𝑉 × = 𝑉 × 1,05
𝑇 𝑇 𝑇 273

𝑃𝑉 ⇒ 𝑛 = 1 (𝑖𝑠𝑜𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑜)
𝑃𝑉 = 𝑚𝑅𝑇 = 𝑐𝑡𝑒.
𝑃 =𝑃

Logo, Condições Standard (st) = Condições normais (n) x 1,05 46

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Caudal Volúmico e Caudal Mássico

O volume elementar dV que atravessa a superfície elementar dA num intervalo de


tempo dt:
dV = v dt dA cos = (v. n) dA dt
Caudal volúmico
Q = ∫s (v . n) dA = ∫s vn dA = vA 47

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Caudal mássico

m    v . n  dA    vn dA
s
s
Se a massa volúmica for constante resulta a proporcionalidade directa entre o caudal
mássico e o caudal volumétrico:

.
m = ρQ

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Massa Volúmica
• No estudo dos fluidos uma das características importantes a
considerar é a massa por unidade de volume, designada por
massa volúmica ou massa específica:
 = 𝒎/𝑽 (𝒌𝒈/𝒎𝟑)

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Peso Volúmico
• Uma propriedade diretamente relacionada com a massa
volúmica é o peso volúmico ou peso específico, que se define
como:

 = 𝒈 (𝑵/𝒎𝟑)
sendo g, a aceleração da gravidade local (9,8 m/s2)

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A densidade relativa define-se como:


• Líquidos
- O cociente entre a massa volúmica ou o peso volúmico do
fluido considerado e o da água ( ~ 15 C):

ρ γ
liq liq
ρr ou S = =
ρ agua γ agua

água = 998 kg/m3

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A densidade relativa define-se como:


• Gases
- No caso dos gases é o cociente entre as massas volúmicas
ou o peso molecular do gás considerado e do ar (0 ºC ; 1
atm):

ρ gas M gas
S= =
ρar M ar

ar = 1,293 kg/m3

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• A propriedades dos fluidos com a variação de 𝝆 e 𝜸 com a


temperatura:

𝟐
𝑻−𝟒
á𝒈𝒖𝒂 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 − [𝒌𝒈⁄𝒎𝟑 ]
𝟏𝟖𝟎

𝟐
𝑻−𝟒
𝜸á𝒈𝒖𝒂 = 𝟗. 𝟖𝟎𝟎 − [𝑵⁄𝒎𝟑 ]
𝟏𝟖

Onde:
𝑇 Temperatura em º𝐶.

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• A propriedades dos fluidos com a variação de 𝝆 e 𝜸 com a


temperatura:
− Massa específica

 Massa específica da água


1001.0
T  42
Massa específica (kg/m3)

1000.0
 H O  1000 
999.0 2
180
998.0
997.0
996.0
995.0
994.0
993.0
992.0
-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
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Temperatura (ºC)

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• A propriedades dos fluidos com a variação de 𝝆 e 𝜸 com a


temperatura:
− Peso específico
 Peso específico da água
9810.0
9800.0
T  4 
2

 H O  9.800 
Peso específico (N/m3)

9790.0 2
18
9780.0
9770.0
9760.0
9750.0
9740.0
9730.0
9720.0
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-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura (ºC)
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• A massa volúmica dos gases está dependente da pressão e da


temperatura, pelo que resulta da equação geral de estado ou seja
(equação dos gases perfeitos):
P P
 r  Cte ou 
 T r T
P - pressão absoluta (N/m2 ou Pa); T - temperatura absoluta ( K );
 - massa volúmica (kg/m3); r – constante do gás em apreço (m2/s2.k)
R
r
M
Onde R é a constante universal dos gases: R = 8.314 (m2/s2.k) ou (J/kmol.K) e M é
a massa molecular do gás
Para o ar considera-se, normalmente:
- M = 28,97 kg/kmol e;
- r = 287 m2/ s2.K ou (J/kg.K)
56

56

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REDES DE FLUIDOS

• A equação dos gases perfeitos interligando várias variáveis de estado


permite converter a densidade de um gás, do estado 1, para o estado 2:

P2  T1
 2  1 
P1  T2
• Como as tabelas, de uma forma geral, referem a massa volúmica a 0 C e
1 atm, teremos:
P  Tn
  n 
Pn  T

• A conversão da massa volúmica com dados de pressão em atm (1 atm =


1,033 kgf/ cm2 = 1,013 bar), será:

273  P P
  n    n  264 
1,033  T T
57

57

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REDES DE FLUIDOS

• O cálculo da massa volúmica normal (𝒏) para mistura de


gases efetuar-se-á segundo a regra das misturas:

v1  n1  v2  n2   vk  nk
n 
v1  v2   vk

onde, 𝑣1, 𝑣2, etc., representam os volumes parciais dos


gases contidos com massas volúmicas normais, 𝑛1, 𝑛2, etc.

58

58

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REDES DE FLUIDOS

Massa volúmica de vários gases


Fluidos Peso molecular Massa volúmica Normal Densidade relativa
M n (kg/m3n) (0 C e 760 Torr1)

Ar 28,97 1,293 1
Oxigénio O2 32,00 1,429 1,105
Azoto N2 28,02 1,251 0,967
Monóxido de carbono CO 28,01 1,251 0,967
Anídrico carbónico CO2 44,01 1,977 1,529
Hidrogénio H2 2,02 0,0899 0,0695
Metano CH4 16,04 0,718 0,555
Acetileno C2H2 26,04 1,172 0,906
Etileno C2H4 28,05 1,261 0,975
Etano C2H6 30,07 1,357 1,049
Propileno C3H6 42,08 1,916 1,482
Propano C3H8 44,09 2,004 1,550
Sulfureto de Hidrogénio H2S 34,08 1,539 1,191
Vapor de água H2O 18,02 0,804 0,622

Nota: massa volúmica em condições normais, n


1 um torr é igual a um milímetro de mercúrio (1/760 ≈ 133,3 Pa) 59

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REDES DE FLUIDOS

• No desconhecimento das massas volúmicas normais, pode-se, a partir do


conhecimento, quer da composição química dos gases em presença e da sua
percentagem na composição, quer dos respetivos pesos atómicos ou moleculares,
determinar-se facilmente a massa volúmica da mistura ou a densidade do gás em
relação ao ar:

• Se se considerar por exemplo, um gás natural com a seguinte composição:

75% metano (CH4) , 21% Etano (C2 H6) e 4% Propano (C3 H8)

• Têm-se:
Metano: M1 = (1x12) + (4x1) = 16
Etano: M2 = (2x12) + (6x1) = 30
Propano: M3 = (3x12) + (8x1) = 44
Gás Natural: M = (16 x 0,75) + (30 x 0,21) + (44 x 0,04)  20,1
Logo: r ou S = Mgas / Mar = 20,1 / 29 = 0,693
60

60

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REDES DE FLUIDOS

ESCOAMENTO
• Um fluido distingue-se dum corpo sólido através da sua
capacidade para escoar.
• As ligações moleculares num fluido são consideravelmente
menores do que num sólido, pelo que, um fluido tem
relativamente àquele uma menor resistência à deformação
por corte.
• É exatamente esta falta de resistência a esforços de corte que
permite o fluido escoar, e é também a razão porque uma
massa de fluido é incapaz de reter qualquer forma que se lhe
fixe em presença do campo gravitacional.

61

61

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• O pequeno valor de resistência ao corte evidenciado pelos
fluidos, designa-se viscosidade.
• A viscosidade ao oferecer resistência à deformação, tenderá a
evitar o livre escoamento.
• Desempenha um papel semelhante ao do atrito do fluido nas
paredes do tubo.

62

62

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Fluxo entre uma placa fixa e uma placa móvel
• O fluido em contato com a placa tem a mesma
velocidade da placa;

y • u = x ⇒ a componente de direção da velocidade


Placa móvel u=V
V
V
B u( y)  y Fluido
B

x 63
Placa fixa u=0
63

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REDES DE FLUIDOS

• Considere-se uma dada massa de líquido


entre 2 placas afastadas de 𝒚 e de
superfícies 𝑺.
• Imobilizando a placa inferior e
deslocando a superior com uma
velocidade 𝒖 , uma fina película de
líquido ficará ligada às placas, devido a
adesão molecular.
• A película superior terá a velocidade 𝒖 𝜏 =
𝐹
da placa em movimento. 𝐴

• A película aderente à placa inferior


permanece em repouso, ou seja, a sua 𝜏 = Tensão
velocidade é nula. (perpendicular a y
na direção x)
• Esta é uma característica dos
escoamentos de fluidos viscosos.
64

64

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Fluxo entre uma placa fixa e uma placa móvel
• A força faz com que a placa se mova com a velocidade V
y e o fluido se deforme continuamente;

Placa móvel
u=V

t0 t1 t2

Fluid
x
Placa fixa u=0
65

65

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Fluxo entre uma placa fixa e uma placa móvel
• A tensão de corte na placa é proporcional à taxa de
deformação do fluido:
da dL … e dt  dL da dV dV
y  da   
dt dy dV dt dy dy
dL Placa móvel u=V+dV

t da t+dt 
Tensão
dy de corte
dx  Fluido
x
Placa fixa 66
u=V
66

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Tensão de corte em
diferentes fluidos:
• Relação da tensão de corte para
diferentes tipos de fluidos
• Fluidos Newtonianos: relação
linear
• Inclinação da linha (coeficiente
de proporcionalidade) é
"viscosidade"

dV dV
   
dy dy

67

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Lei da Viscosidade de
𝒅𝑽
Newton: 𝝉 = 𝝁
𝒅𝒚
𝝉
• Viscosidade: 𝝁 = 𝒅𝑽⁄𝒅𝒚

𝑵⁄𝒎𝟐
• Unidade: = 𝑵. 𝒔⁄𝒎𝟐
𝒎⁄𝒔⁄𝒎

• Água (20ºC):
𝟑 𝑵. 𝒔⁄𝒎𝟐
 𝝁 = 𝟏 × 𝟏𝟎

• Ar (20º C):
𝟓 𝑵. 𝒔⁄𝒎𝟐
 𝝁 = 𝟏, 𝟖 × 𝟏𝟎

𝝁
• Viscosidade cinemática: 𝝂 =
𝝆

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
du du
• Fluxo entre uma placa fixa e uma placa móvel: 1    2
dy 1 dy 2
• A força é a mesma na parte superior e inferior:
F1   1 A1   2 A2  F2  A1  A2 e  1   2
• Assim, a inclinação do perfil de velocidade é constante e o perfil de
y velocidade é uma linha reta.
Placa móvel u=V
V
V Forças que
B u( y)  y Fluido
B atuam na
placa
x 69
Placa fixa u=0
69

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE

• Segundo Newton a força 𝑭 necessária para mover uma placa


sobre a outra é proporcional ao gradiente de velocidade e à
superfície 𝑺 das placas.
• O fator de proporcionalidade 𝝁 denomina-se viscosidade
absoluta do fluido ou viscosidade dinâmica:
du du
F   S    
dy dy

• A viscosidade dinâmica,  , no sistema SI de unidades é


expressa em 𝑷𝒂. 𝒔 (pascal segundo ou Ns/m2).

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REDES DE FLUIDOS

Escoamento no interior de um tubo

• O gradiente de velocidade não é constante devido à


geometria do meio em que o fluido se escoa
71

71

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Se a tensão de corte num fluido for diretamente proporcional ao
gradiente de velocidade (Lei de Newton) o fluido é dito de Newtoniano:
- Por exemplo: ar, água, óleos, etc.
• No caso de não seguirem a lei de Newton chamam-se não Newtonianos, o
seu comportamento obedece a leis complexas:
- Como exemplos temos as tintas, plásticos, determinados líquidos,
lamas, …

• A viscosidade cinemática do fluido relaciona-se com a dinâmica através da


equação :
μ
υ=
ρ
— A viscosidade cinemática  , no sistema SI expressa-se em m2/s; 72
— A viscosidade cinemática da água a T= 20C e P = 1 atm:  1,01 x 10-6 m2/s.

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• No sistema CGS1
expressa-se em stokes (St) e tem dimensões de cm2/s, sendo mais
usual o submúltiplo centistoke (cST), 10-2Stokes (0.01 st =10-6 m2/s). A viscosidade
em cST pode relacionar-se com a viscosidade em cP2 através de :

 (cP)
v(cST ) 
 ( gr / cm 3 )
• Também se utilizam com alguma frequência outras unidades que traduzem a
viscosidade relativa dum fluido.
• As mais correntes são:
— Na Europa: graus Engler e em França: graus (Barbey)
— Na América: Segundos Saybolt Universal, Segundos Saybolt Furol (para
líquidos muito viscosos)
— No Reino Unido: Segundos Redwood Comercial, Segundos Redwood
Admiralty, ou Redwood Nr.1 e Redwood Nr.2
1 Sistema CGS de unidades é um sistema de unidades de medidas físicas, ou sistema dimensional, de tipologia LMT (comprimento, massa
tempo), cujas unidades-base são o centímetro para o comprimento, o grama para a massa e o segundo para o tempo 73
2 A unidade no Sistema CGS de unidades para a viscosidade dinâmica é o poise (P) e 1 cP é 100 vezes menor (1 cP= 1 mPa·s).

73

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Exercício
− Veio de uma roda do material
circulante (comboio) para
aplicação em carril.
− Dados do veio:
 Velocidade de rotação: w = 1500 rpm
 d = 6 cm
 l = 40 cm
 D = 6,02 cm
 Soil = 0,88
 oil = 0,003 m2/s
− Determine o binário e a potência
necessários para girar o veio na
velocidade indicada.

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Exercício
− Assumir que filme de óleo tem
o perfil de velocidade linear.
dV
Tensão de corte   
dy
w( d / 2 )

(Dd )/ 2
𝝁
𝝂 = ⟹ 𝝁 = 𝝂 × 𝝆 = 𝑺𝒐𝒊𝒍 × 𝝆á𝒈𝒖𝒂 × 𝝂 2𝜋
𝝆 × 1500 (0,06/2)
60
= (0,88 × 1.000 × 0,003)
(0,0002)/2
τ = 124 𝑘𝑁/𝑚

75

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Exercício

d d
Binário ( M )  ( 2 l)
2 2
0, 06 0, 06
 ( 2 124.000   0, 4 )  281 N  m
2 2

Potência( P )  M w  281157 ,1  44.100 Nm / s  44 ,1 kW

76

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
A variação de viscosidade dos fluidos em função da temperatura
e da pressão obedece a leis complexas:
• Registe-se contudo a variação geral do coeficiente da viscosidade
cinemática:
para os líquidos:
 diminui com a temperatura e praticamente não é
influenciada pela pressão;
para os gases:
 aumenta apreciavelmente com a temperatura e muito
ligeiramente com a pressão.

77

77

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Para os líquidos, a viscosidade
está dependente da temperatura,
porque as forças de coesão
desempenham um papel
dominante.
• A viscosidade nos líquidos diminui
com a temperatura.

78

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REDES DE FLUIDOS

79

79

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Nos gases são as colisões moleculares que originam as tensões
internas, pelo que à medida que a temperatura aumenta,
resulta um aumento da atividade molecular e um aumento da
viscosidade.
• A relação de Sutherland traduz no caso dos gases a variação
da viscosidade dinâmica com a temperatura:
C t - viscosidade dinâmica a TC T – temperatura (K)
T 1 + 273
μt = μn n - viscosidade dinâmica a 0C
273 1 + C
C - Constante de Sutherland
T

80

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
• Os valores calculados segundo a regra das misturas não são
verificadas na prática sobretudo quando a mistura contém
hidrogénio.
• A fórmula empírica de Herning-Zippere permite-nos contudo
obter valores da viscosidade da mistura suficientemente
exata (erro ± 2%), mesmo para altas temperaturas:

r M T × μ + r M T × μ + ...
μ= 1 1 c1 1 2 2 c2 2
r M T + r M T + ...
1 1 c1 2 2 c2
para cada um dos gases contidos na mistura:
• r - volume parcial ;
• M - peso molecular ; 81
• Tc - Temperatura crítica

81

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REDES DE FLUIDOS

82

82

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
Variação da Viscosidade com a temperatura nos Gases

83

83

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
Viscosidade dinâmica de
vários Fluidos

84

84

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REDES DE FLUIDOS

VISCOSIDADE
Viscosidade cinemática de
vários Fluidos

85

85

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REDES DE FLUIDOS

COMPRESSIBILIDADE
• A compressibilidade dum fluido é entendida como uma
medida da variação da massa volúmica que se verifica num
fluido sempre que ocorre variação sensível na pressão, à qual
se encontra associada normalmente uma variação
significativa da velocidade do fluido.
• Por exemplo: o módulo de elasticidade volumétrica para a
água: εvol= 2.100 MPa ou 21.000 x atm.
Velocidade do som
Mudança 1% 𝜌
Líquidos podem p 
c 
ser considerados  T

incompressíveis
21 MPa Exemplo para água
(210 atm) 𝑐á = 1450𝑚/𝑠 86
(condições normais )

86

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REDES DE FLUIDOS

COMPRESSIBILIDADE
• A equação dos gases perfeitos é de grande utilidade no estudo dos gases
em geral uma vez que a pressões suficientemente baixas, traduz muito
aproximadamente o comportamento dos gases reais.
• A equação de estado é utilizável tanto para gases como para vapores
sempre que o respetivo estado não se encontre na zona de saturação ou
próximo desta.
• Em geral, os gases submetidos a pressões muito altas são semelhantes
aos vapores próximos da saturação e já não se comportam de forma
ideal pelo que a equação dos gases perfeitos não é diretamente
aplicável.
• Por isso se introduz o fator de compressibilidade, 𝒁, para corrigir o
desvio de comportamento entre um gás perfeito e um gás real.

87

87

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REDES DE FLUIDOS

COMPRESSIBILIDADE
• O fator de compressibilidade Z é a relação entre o volume ocupado por
um gás real e o volume ocupado por um gás ideal nas mesmas condições
de temperatura e pressão:
n – número de moles do gás
n.Z .R.T R – Constante universal do gás
VRe al  T – Temperatura absoluta

P P – Pressão absoluta
Z – Coeficiente de compressibilidade, varia com a
composição, temperatura e pressão.

88

88

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REDES DE FLUIDOS

As Leis Básicas para Estudo do Movimento dos


Fluidos
• Conservação da massa
• Quantidade de movimento (2ª lei de Newton)
• Momento da quantidade de movimento
• Conservação da energia (1ª lei termodinâmica)
• Segunda lei da termodinâmica

89

89

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REDES DE FLUIDOS

As Leis Básicas para Estudo do Movimento dos


Fluidos
• Conservação da massa
– Especifica que a massa de um
sistema é constante com o
tempo.
– A taxa de variação da massa
no volume de controlo é igual
ao saldo dos fluxos de massa
através da superfície de
controlo.

90

90

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REDES DE FLUIDOS

As Leis Básicas para Estudo do Movimento dos


Fluidos
• Conservação da massa • Fluxo de Massa:
– 𝑚̇ = 𝜌 𝑣 𝐴 =𝜌 𝑣 𝐴 = 𝜌𝑣𝐴
– Eq.: – Esta expressão é denominada fluxo
de massa e representa a quantidade
𝜕 de massa escoando por unidade de
ρdV + ρV. dA = 0 tempo. No SI o fluxo de massa é dado
𝜕t em kg/s.

– Massa que entra por unidade


• Fluxo em volume ou caudal
de tempo no VC = Massa que – 𝑄 = 𝑣 𝐴 =𝑣 𝐴 = 𝑣𝐴
sai por unidade de tempo no – Quando o escoamento é
incompressível 𝜌 =𝜌 = 𝑐𝑡𝑒 obtém-
VC + Variação da massa se o caudal ou fluxo volumétrico.
dentro do VC por unidade de – No SI o caudal é dado em 𝑚3/𝑠.
tempo. – O fluxo de massa relaciona-se com o
caudal pela expressão 𝒎 = 𝜌 𝑸.
91

91

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REDES DE FLUIDOS

𝜕
Conservação da massa ρdV + ρV. dA = 0
𝜕t

Volume de controlo = VC Superfície de controlo = SC

𝑉 𝑑𝐴⃗
𝑉

dV 𝑑𝐴⃗

dV = elemento de volume 𝑑𝐴⃗ = elemento de área

𝑑𝑚 = 𝜌𝑑𝑉 = elemento de massa 𝑉. 𝑑𝐴⃗ = caudal em volume na secção.


𝜕 = somatório dos caudais em
𝜌𝑑𝑉 = taxa de variação de massa 𝜌𝑉. 𝑑𝐴⃗
𝜕𝑡 massa na superficie de
no volume de controlo 92
controlo

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 1.1: Num escoamento de água com caudal de 1 m3/s num tubo de 0,5 m
diâmetro, em regime permanente, calcule a velocidade média.

Entrada Saída
𝑉 𝑉

𝑑𝐴⃗ 𝑑𝐴⃗

0= 𝜌𝑉. 𝑑𝐴⃗ Água = fluido incompressível 𝜌 = 𝑐𝑡𝑒

0= 𝑉. 𝑑𝐴⃗ 0= 𝑉. 𝑑𝐴⃗ + 𝑉. 𝑑𝐴⃗


í

Escoamento uniforme: A velocidade é constante nas seções (entrada e saída)

0 = −𝑉 𝐴 + 𝑉 í𝐴 𝐷 𝐷 í
í => 𝑉 𝜋 =𝑉 í 𝜋 =𝑄
4 4
Tubo: 𝐷 =𝐷 í = 0,5𝑚 𝑉 =𝑉 í

93
𝑉 0,1963 = 𝑉 í 0,1963 = 1 => 𝑉 =𝑉 í = 5,09 𝑚/𝑠

93

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 1.2: Num escoamento de água com caudal de 1 m3/s num troço de tubo em
expansão de diâmetro de 0,5 m para 1 m. Calcule a velocidade na saída.

0= 𝑉. 𝑑𝐴⃗ + 𝑉. 𝑑𝐴⃗
í

0 = −𝑉 𝐴 + 𝑉 í𝐴 𝐷 𝐷 í
í => 𝑉 𝜋 =𝑉 í 𝜋 =𝑄
4 4
1
=> 𝑉 í 𝜋
4
=1

=> 𝑉 í = 1,27 𝑚/𝑠


94
𝑉 = 5,09 𝑚/𝑠

94

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REDES DE FLUIDOS

As Leis Básicas para Estudo do Movimento dos


Fluidos
• Momento da Quantidade de Movimento
– A força resultante que atua num
volume de controlo é igual à taxa
de variação com o tempo da
quantidade de movimento do
volume de controlo (VC), mais os
saldos dos fluxos da quantidade
de movimento através da
superfície de controlo.
– A força de superfície agindo nas
superfícies de controlo
corresponde às pressões
exercidas na entrada e saída do
fluido.
95
Fig. – Forças de Impulso devido à pressão interna

95

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

As Leis Básicas para Estudo do Movimento dos


Fluidos
• Momento da Quantidade de Movimento
𝜕
– Eq.: 𝐹⃗ = 𝐹⃗ + 𝐹⃗ = VρdV + VρV. dA = 0
𝜕t

– Onde 𝐹𝑠 representa as forças de superfície e 𝐹𝐵 as forças de campo.

– Da expressão observa-se que as forças (de superfície e de campo)


atuando sobre o VC são iguais à soma da taxa de variação da
quantidade de movimento dentro do VC e a taxa de fluxo da
quantidade de movimento resultante através da superfície de controlo. 96

96

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REDES DE FLUIDOS

As Leis Básicas para Estudo do Movimento dos


Fluidos
• Conservação da Energia – Q: Calor Energia em transição de uma
massa para outra.
– A primeira lei da termodinâmica é – W: Trabalho Energia em transição (para
uma lei de conservação da energia, a ou de um sistema) que ocorrem quando
qual considera a energia fornecida, forças externas atuantes sobre o sistema
energia retirada e energia acumulada movem-se através de uma distância.
num sistema ou volume de controlo. – As formas de energia armazenada são:
 𝐸𝑐 = 𝑚𝑉 : Energia cinética. Energia
– Os tipos de energia que participam
associada com o movimento da massa;
são energia armazenada e energia
 𝐸𝑝 = 𝑚𝑔𝑧 :Energia potencial. Energia
de transição.
associada com a posição da massa nos
– Pode ser utilizada para avaliar as campos externos;
diversas formas de energia, ou  𝑈 : Energia interna. Energia molecular
transferência de calor e trabalho no associada com os campos internos da
massa.
sistema.
– A energia total armazenada num sistema
– As formas de energia de transição são é dada por: 97
o calor (Q) e o trabalho (W).
 𝐸 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 + 𝑈 = 𝑚𝑉 + 𝑚𝑔𝑧 + 𝑈

97

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Conservação da Energia
Equação de Bernoulli:para escoamento sem perdas por atrito
Seção 1 Seção 2
𝑝 = pressão estática na seção

𝜌𝑉
2 = pressão dinâmica na seção

𝜌𝑔𝑧 = pressão de posição

Linhas de corrente

𝜌𝑉 𝜌𝑉
𝑝 + +𝜌 𝑔 𝑧 = 𝑝 + +𝜌 𝑔 𝑧
2 2
98
Unidade ⇒ N/m2=Pa

98

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REDES DE FLUIDOS

• Quais são as transformações de energia que


1 ocorrem num escoamento deste tipo ?
𝜌𝑉 𝜌𝑉
𝑝 + +𝜌 𝑔 𝑧 = 𝑝 + +𝜌 𝑔 𝑧
2 2

𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
+ + 𝑔𝑧 = + +𝑔 𝑧
𝜌 2 𝜌 2

2
Unidade => m2/s2 = J/kg

energia potencial (z)


para
𝑝 energia de pressão (p)

𝜌𝑉 energia de pressão (p)


sem escala

2 para
energia cinética (V2/2)

energia cinética (V2/2)


g.Z
para
99
energia de pressão (p)
1 2
99

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REDES DE FLUIDOS

Exercíco 1.3: Descarga de um reservatório


através de uma tubulação para atmosfera,
1 calcule a velocidade de saída.

Bernoulli: escoamento sem perdas:


H=30 m 𝜌𝑉 𝜌𝑉
𝑝 + +𝜌 𝑔 𝑧 =𝑝 + +𝜌 𝑔 𝑧
2 2

Condições do problema: 𝑝 =𝑝 =𝑝
2
Z1
𝜌𝑉 𝜌𝑉
Z2 <<
𝑧 − 𝑧 =𝐻
2 2

𝜌𝑉
𝜌 𝑔 (𝑧 − 𝑧 ) =
2

𝑉 = 2𝑔𝐻

𝑉 = 2 × 9,81 × 30 = 24,26 𝑚/𝑠 100

100

50
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos

• Gás
– Conjunto de moléculas ou átomos em movimento
permanente e aleatório.

101

101

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Equações de Estado
– O estado de qualquer amostra de uma substância pode ser especificado pelas
seguintes propriedades:
i. O volume que a amostra ocupa (V);
ii. A pressão da amostra (p);
iii. A temperatura da amostra (T);
iv. O número de moles da substância na amostra (n);
– Porém, experimentalmente verifica-se que na natureza estas quatro grandezas
não são independentes entre si. Ou seja, as substâncias obedecem a uma
equação de estado na forma:

p  f (T ,V , n)
– A equação de estado relaciona uma das quatro propriedades com as outras
três.
– As equações de estado da maioria das substâncias não são conhecidas,
102
entretanto certas equações de estado são.

102

51
3/12/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Equação de estado do gás perfeito
– A equação de estado de um gás em baixas pressões foi um
dos primeiros resultados estabelecidos na físico-química.
– As experiências de Boyle (século XVII), e as de seus
sucessores, conduziram à formulação da equação de
estado do gás perfeito:

pV  nRT
– onde R é uma constante conhecida como constante dos
gases, cujo o valor, determinado experimentalmente, é o
mesmo para todos os gases.
103

103

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Equação de estado do gás perfeito
– A equação de estado do gás perfeito é assim denominada por ser uma
idealização das equações de estado que os gases obedecem na
realidade.
– Todos os gases obedecem a essa equação de forma aproximada e
essas aproximações tornam-se cada vez menores à medida que a
pressão tende a zero.
– Uma substância hipotética que obedece à equação pV=nRT em todas
as pressões é denominada gás perfeito (ou gás ideal).
– Um gás que existe na natureza, chamado gás real, comporta-se cada
vez mais como um gás perfeito à medida que sua pressão vai sendo
reduzida, e se comporta exatamente como um gás perfeito no limite
de pressão nula.
– Na prática, a pressão atmosférica ao nível do mar (p ≈ 100 kPa) já é
suficientemente baixa para que a maioria dos gases reais se comporte104
quase perfeitamente.
104

52
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito
• A equação resume três conjuntos de observações experimentais:
i. Lei de Boyle-Mariotte: À temperatura constante, a pressão de uma
determinada quantidade de gás é inversamente proporcional ao seu volume.
• A lei de Boyle implica que, se uma determinada quantidade de um gás for
comprimida, à temperatura constante, de modo que seu volume inicial seja reduzido
à metade, então sua pressão duplicará.

105

105

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito
• A equação resume três
conjuntos de observações
experimentais:
i. Lei de Boyle-Mariotte:
• Podemos verificar que a
equação de estado do gás
perfeito é consistente com a
lei de Boyle fazendo n e T
constantes.

pV= constante (quando n e T são constantes)

106

106

53
3/12/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito
i. Lei de Boyle-Mariotte:
– De fato, na compressão dos
gases é muito comum acontecer
o seguinte (acompanhe as setas
na figura): aumentando-se a
pressão sobre o gás, o volume
diminui até o ponto A, onde o
gás se liquefaz;
– de A (gás) para B (líquido), o
volume reduz-se bruscamente;
– E, em seguida, praticamente não
varia mais (B → C), pois os
líquidos são pouco
compressíveis.
– Evidentemente, a partir de A, a
lei de Boyle-Mariotte deixa de 107
ser válida.

107

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito
• A equação de estado do gás perfeito
resume três conjuntos de
observações experimentais:
ii. Lei de Charles: Sob volume
constante, a pressão exercida por
uma determinada massa gasosa é
diretamente proporcional à sua
temperatura absoluta.
• Assim, em termos de temperatura,
duplicar a temperatura (em Kelvin) o
pressão também duplica, desde que
a volume permaneça constante.

p = constante x T (volume constante)

108

108

54
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito
• A equação de estado do gás perfeito
resume três conjuntos de
observações experimentais:
iii. Princípio de Avogadro: Numa
determinada temperatura e
pressão, gases com volumes iguais
contêm o mesmo número de
moléculas.
• O princípio de Avogadro implica que
se se duplicar o número de
moléculas, mantendo a temperatura
e a pressão constantes, o volume da
amostra também duplicará.
– Volume molar (VM): O volume molar de
qualquer substância (não apenas de um
gás) é o volume que uma mole de
moléculas da substância ocupa e é
calculado dividindo-se o volume da V = constante x n
amostra pelo número de moles que ela
contém: 𝑉 = (pressão e temperatura constantes)
– Calculo do volume molar utilizando a 109
equação do gás perfeito: 𝑉 =

109

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito
• A equação de estado do gás perfeito
resume três conjuntos de
observações experimentais:
iii. Princípio de Avogadro:
– Assim, o princípio de Avogadro
implica que o volume molar de um
gás deve ser o mesmo para todos os
gases na mesma pressão e
temperatura.
– À temperatura ambiente (25 ºC) e à
pressão atmosférica (1 bar ou 100
kPa), o volume molar dos gases é de
24,79 L.mol-1.
– À temperatura e temperatura
nominais (T = 273,15 K e p = 101.325 V = constante x n
Pa) o volume molar de um gás é igual
a 22,4141 L.mol-1. (pressão e temperatura constantes)
110

110

55
3/12/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito
Resumindo as transformações e as leis que acabamos de estudar, temos:

111

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito

pV  nRT
112

56
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação combinada dos gases
Quando uma quantidade constante de gás é sujeita a
temperaturas e pressões diferentes, de modo a ocupar volumes
diferentes:

𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
= 𝑛𝑅 = 𝑛𝑅
𝑇 𝑇

𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
=
𝑇 𝑇

113

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Equação de estado do gás perfeito
– Lei de Gay-Lussac: Para uma
dada massa de gás à pressão
constante, o volume ocupado
pelo gás é diretamente
proporcional à temperatura
absoluta.
– Um aumento da temperatura
absoluta acarreta um aumento
do volume ocupado pelo gás.
– Esta é lei de Charles chamam
também Charles-Gay-Lussac.
V = constante x T (pressão constante)

114

114

57
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Mistura de gases

• Lei de Dalton
– A pressão exercida por uma
mistura de gases é a somadas
pressões parciais dos gases:
p= pA+ pB+ ...
– Pressão parcial: pressão
exercida por cada gás se
ocupasse o recipiente
sozinho:
𝑛 𝑅𝑇
𝑝 =
𝑉

115

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Mistura de gases

• Lei de Dalton
– Pressão total exercida por gases A e B

𝑛 𝑅𝑇 𝑛 𝑅𝑇
𝑝 = 𝑝 =
𝑉 𝑉
𝑅𝑇
𝑝 = 𝑛 +𝑛
𝑉
𝑅𝑇
𝑝 =𝑛
𝑉

116

58
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Mistura de gases

• Lei de Dalton
– Podemos definir um fator de compressibilidade para os componentes:

𝒁𝒊 𝑛 𝑅𝑇
𝑝 =
𝑉

117

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Mistura de gases

• Frações molares
– Quantidade do gás expressa como fração do número total de moles da amostra:

XA + XB + .... = 1

pV
n A  pA V n  pA  X A p
RT RT

118

59
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Mistura de gases
• Massa específica ou densidade absoluta
– A massa específica ou densidade absoluta de um gás, em determinada pressão e
temperatura, é o quociente entre a massa e o volume do gás, nas condições
consideradas de pressão e temperatura:
𝑚
𝜌=
𝑉
– Com respeito à massa específica devemos notar que:
• Ela depende da pressão e da temperatura em que o gás se encontra. Isso porque a massa (m)
não depende de pressão e temperatura, mas o volume (V ) depende;
• No lugar da massa (m) podemos usar a massa molar (M) do gás, desde que no lugar do
volume (V) seja usado o volume molar (VM);
• Disso resulta a equação: 𝜌 =
– Pode-se determinar a massa específica, em qualquer pressão e temperatura, com o
auxílio da equação de estado do gás perfeito:
𝑚 𝑚 𝑝𝑀 𝑝𝑀
𝑝𝑉 = 𝑅𝑇 → = →𝜌=
𝑀 𝑉 𝑅𝑇 𝑅𝑇

119

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


Mistura de gases

120

60
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 1 (determinação da pressão de uma amostra de
gás)
– Calcule a pressão em kPa exercida por 1,25 g de azoto (nitrogénio)
atmosférico gasoso num frasco de volume igual a 250 mL, a 20 ºC.
Resolução
Dados
m = 1,25 g m = 1,25 g
V = 250 mL V = 0,250 L
T = 20º C T = 293,15 K

𝑛𝑅𝑇
𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇𝑝 =
𝑉
121

121

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 1
Resolução
– Calcular n:
𝑚 1,25 𝑔
𝑛 = = = 0,045 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠
𝑀 28,02 𝑔. 𝑚𝑜𝑙

– Calcular p:
𝑛𝑅𝑇 0,045 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 × 8,31451 𝑘𝑃𝑎. 𝐿𝐾 × 293,15 𝐾
𝑝= = = 435 𝑘𝑃𝑎
𝑉 0,250 𝐿

122

122

61
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 2
– Qual é o volume final atingido por uma amostra de gás que foi
aquecida de 25 ºC até 1000 ºC e cuja pressão aumentou de 10,0 kPa
até 150,0 kPa? Admita que o volume inicial da amostra fosse de 15 mL.
Resolução

Dados
T1 = 25º C  T1 = 298,15 K T2 = 1000º C  T2 = 1273,15 K
p1 = 10 kPa p2 = 150 kPa
V1 = 15 mL V2 = ?

𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
=
𝑇 𝑇
123

123

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 1
Resolução
– Calcular V2:
𝑝 𝑉 𝑝 𝑉 10 × 15 150 × 𝑉
= = 𝑉 = 4,3 𝑚𝐿
𝑇 𝑇 298,15 1298,15

124

124

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3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 3
– A pressão parcial do oxigénio no ar exerce um importante papel na
aeração (ato de arejar) da água, permitindo o desenvolvimento da
vida aquática e na absorção do oxigénio pelo sangue nos pulmões.
– Calcule a pressão parcial de uma amostra de gás consistindo em 2,50 g
de oxigénio e 6,43 g de dióxido de carbono e tendo uma pressão total
de 88 kPa.

125

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 3
Resolução
– Calculo do número de moles em cada componente:
𝑚 2,5 𝑔
𝑛 = = = 7,813 × 10 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠
𝑀 32 𝑔. 𝑚𝑜𝑙
𝑚 6,43 𝑔
𝑛 = = = 1,461 × 10 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠
𝑀 44,01 𝑔. 𝑚𝑜𝑙

– Calculo das frações molares:


𝑛 7,813 × 10
𝑋 = = = 3,485 × 10
𝑛 +𝑛 7,813 × 10 × 1,461 × 10
𝑛 1,461 × 10
𝑋 = = = 6,517 × 10 126
𝑛 +𝑛 7,813 × 10 × 1,461 × 10

126

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3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 3
Resolução
– Calculo das pressões parciais em cada componente:

𝑝 =𝑋 ×𝑝 = 3,485 × 10 × 88 = 31 𝑘𝑃𝑎

𝑝 =𝑋 ×𝑝 = 6,517 × 10 × 88 = 57 𝑘𝑃𝑎

127

127

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 4
– A análise molar de um certo produto gasoso é 8% CO2 , 11% de H2O,
7% de O2 e 74% de N2.
– Determine:
a) A massa molecular da mistura;
b) A composição em termos de frações.

128

64
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 4
Resolução
a) Calculo da massa molecular da mistura:

𝑀= 𝑋 𝑀 = 0,08𝑀 + 0,11𝑀 + 0,07𝑀 + 0,74𝑀

= 0,08 × 44,01 + 0,11 × 18,02 + 0,07 × 32 + 0,74 × 28,01 = 28,46 𝑘𝑔/𝑘𝑚𝑜𝑙

b) Calculo da composição em termos de frações:


𝑚
𝑛 = →𝑚 =𝑛𝑀
𝑀
𝑚 𝑛𝑀 𝑀
𝑚𝑓 = → 𝑚𝑓 = =𝑋
𝑚 𝑛𝑀 𝑀 129

129

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 5
– Uma mistura de gases tem a seguinte composição galvimétrica: 10%
H2, 60% N2 e 30% CO2.
– Determine:
a) As frações molares de cada componente;
b) A massa molecular da mistura.

130

65
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 5
Resolução
a) Calculo das frações molares de cada componente:
𝑚
𝑚𝑓 = → 𝑚 = 𝑚𝑓 . 𝑚
𝑚
𝑚 𝑚𝑓 . 𝑚
𝑛 = =
𝑀 𝑀
. ⁄ . ⁄ . ⁄ ⁄
𝑋 = =∑
. ⁄
= ∑ ⁄
= ∑ ⁄
=∑ ⁄

– Assim:
• 𝑋 = 63,9 %; 𝑋 = 27,4 %; 𝑋 = 8,7 %;

131

131

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 5
Resolução
b) Calculo da massa molecular da mistura:

𝑀= 𝑋 𝑀 = 0,639𝑀 + 0,274𝑀 + 0,087𝑀

= 0,639 × 2,016 + 0,274 × 28,01 + 0,087 × 44,01 = 12,79 𝑘𝑔/𝑘𝑚𝑜𝑙

132

132

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3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 6
– Considere uma mistura de gases com:
• 3 kg de O2;
• 5 kg de N2;
• 12 kg de CH4.
– Determine:
a) A fração mássica de cada componente;
b) A fração molar de cada componente e;
c) A massa molecular média e a constante de gás da mistura.

133

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 6
Resolução
a) Calculo da fração mássica de cada componente:
 Massa total da mistura: 𝑚 =∑ 𝑚 = 3 + 5 + 12 = 20 𝑘𝑔

𝑋 = = 0,15
 Frações molares: 𝑋 = = 𝑋 = = 0,25
𝑋 = = 0,60

134

134

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3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 6
Resolução
b) Para encontrar as frações molares, determina-se primeiro o número
de moles de cada componente:

𝑛 = = 0,094𝑘𝑚𝑜𝑙
– 𝑛 = = 𝑛 = = 0,179𝑘𝑚𝑜𝑙 → 𝑛 =∑ 𝑛 = 0,084 + 0,179 + 0,750 = 1,023 𝑘𝑚𝑜𝑙
𝑛 = = 0,750 𝑘𝑚𝑜𝑙

,
𝑋 = = 0,092
,
,
– As frações molares: 𝑋 = = 𝑋 = ,
= 0,175
,
𝑋 = = 0,733
,

135

135

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REDES DE FLUIDOS

Gases ideais ou perfeitos


• Exemplo 6
Resolução
c) Para calcular massa molecular média :
 Massa molecular da mistura: 𝑀 = = = 19,6 𝑘𝑔/𝑘𝑚𝑜𝑙
,

Para calcular constante de gás da mistura:


, /( . )
 Constante de gás da mistura: 𝑅 = = = 0,424 𝑘𝐽/(𝑘𝑔. 𝐾)
, /

136

136

68
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Exemplos:
1) Calcule a pressão total quando se injetarem num recipiente de 10 L: 2 moles de
N2; 3 moles deH2; 2 moles de O2 a 298 K. Considere que cada componente e a
mistura comportam-se como um gás perfeito. P = 17,12atm.
2) A percentagem ponderada (em massa) para 100 g de ar seco, ao nível do mar, é
aproximadamente 75,5 % de N2; 23,2 % de O2 e 1,3 % de Ar. Qual a pressão parcial
de cada componente quando a pressão total é igual a 1atm? PN2= 0,77 atm; PO2=
0,21 atm; PAr= 0,0094 atm.
3) Uma amostra de 65 mg de um gás ideal na pressão de 0,8 bar tem o volume
duplicado e sua temperatura triplicada. Determine a pressão final. P = 3,58 bar.
4) Uma mistura gasosa que é usada para simular a atmosfera de outro planeta
consiste em 320 mg de metano, 175 mg de argónio e 225 mg de azoto
(nitrogénio). A pressão parcial do azoto, a 300 K, é 15,2 kPa. Calcule o volume e a
pressão total da mistura. V = 1,31x10-3m3; P = 60,8 kPa.
5) Um cilindro de aço com volume de 0,15 m3 suporta uma pressão máxima igual a
3x107 Pa. Admitindo comportamento ideal, calcule a massa de azoto (nitrogénio)
que pode ser colocada no cilindro à temperatura de 30º C. M = 50 Kg. 137

137

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

Ano letivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

138

69
3/12/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

Ano letivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

Classificação das Redes de Fluidos

Aula 03

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano letivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

1. Classificação das redes quanto ao seu


emprego
Existe uma imensa variedade de aplicações de
tubagens, tais como:
• Em edifícios.
• Na indústria e parques industriais.
• Portos e aeroportos.
• Saneamento.
• Transporte e distribuição pública de gás combustível.
• Transporte de produtos petrolíferos, etc. 3

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REDES DE FLUIDOS

Classificação das redes de condutas de acordo com as


principais classes de emprego:

Redes de processo

Serviços gerais

Instalações industriais Instrumentação

Transmissão hidráulica

Drenagem

2
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Sobre pressão
Gravítico
transporte
drenagem

Saneamento e gás combustível Distribuição domiciliária


Recolha de lixo
Recolha de águas usadas
Rejeição em meio recetor

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REDES DE FLUIDOS

água potável
gases medicinais
ar comprimido medicinal e industrial
vácuo
Redes interiores esgotos
lixos
Edifícios vapor para cozinhas e lavandarias
combate a incêndios

água quente
água gelada
Climatização Fluidos frigorigéneos
vapor
drenagem de condensados
6

3
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Chamam-se redes de processo:


• Às formadas por tubagens para condução de fluidos que constituem a
finalidade básica da indústria, em indústrias cuja atividade principal é a
transformação de produtos, o processamento, a armazenagem ou a
distribuição de fluidos.
• Tais são, por exemplo, as destinadas ao:
• Transporte de óleos em refinarias, terminais e instalações de
armazenagem ou distribuição de produtos de petróleo.
• Tubagens de vapor em centrais termoelétricas, fábricas de
produtos alimentares, indústria transformadora, fábricas de papel,
etc.
• Transporte de produtos químicos em indústrias químicas, etc.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

As redes de serviços:
• São as utilizadas para fluidos auxiliares na indústria, assim
como nos edifícios de serviços, hospitais e centros de saúde,
hotéis e residenciais, matadouros, etc.
• Incluem-se nestas redes as destinadas a água industrial, água
potável, água desmineralizada, água salgada, vapor,
condensados e ar comprimido.

4
3/12/2022

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REDES DE FLUIDOS

Tubagens de instrumentação:
• São as que têm como finalidade a transmissão de sinais de ar
comprimido para as válvulas de controlo e instrumentos automáticos, e
também as pequenas tubagens, de fluidos diversos, para os
instrumentos automáticos.
• As tubagens de instrumentação não se destinam ao transporte de
fluidos.

Circuitos de transmissão hidráulica:


• Conduzem líquidos sob pressão para os comandos e servomecanismos
hidráulicos.

Observa-se que:
• Os tubos que fazem parte integrante de equipamentos e máquinas (caldeiras,
fornos, permutadores de calor, motores etc.), não são considerados como
fazendo parte das redes de tubagens. 9

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REDES DE FLUIDOS

As redes de drenagem:
• São as encarregadas de recolher e conduzir ao destino
conveniente os diversos efluentes fluidos de um edifício,
uma instalação industrial, um aglomerado populacional.
• Não são consideradas redes de serviços, devido à sua
característica peculiar de trabalharem sem pressão e com
efluentes muito variados e frequentemente mal definidos.

10

10

5
3/12/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Para quaisquer classes de redes devemos distinguir


sempre os seguintes casos gerais:
• Redes no interior das áreas de trabalho, de edifícios ou
locais de processamento que incluem fluidos (tubagens em
unidades de processo).
• Tubagens de interligação, isto é, as linhas externas aos
edifícios e das áreas de processo, efetuando apenas a
ligação dessas áreas entre si.
• Redes públicas de distribuição de água, gás, recolha de
lixos e de drenagem. Estas redes são denominadas como
redes de saneamento básico.
• Redes públicas de distribuição de frio e calor.
11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

2.Classificação das redes quanto ao fluido


conduzido
Quanto ao fluido conduzido são os seguintes os casos mais importantes
de emprego das redes:
bruta
potável
alimentação de caldeiras
Industrial
laboratorial
Água desmineralizada
lavagens
salgada
combate a incêndio
irrigação
12

12

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3/12/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Sobreaquecido
Saturado
Vapor
Húmido
Condensados

Petróleo bruto
Derivados de petróleo
Óleos Óleos vegetais
Óleos hidráulicos

13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Industrial
Ar comprimido Instrumentação
Medicinal
Oficinal

De síntese
GLP
Gás combustível Gás natural
Acetileno
Gases De alto-forno
CO2
Industriais oxigénio,
hidrogénio, etc.
14

14

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3/12/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

CO2
Oxigénio
Gases medicinais Azoto
Protóxido de azoto
Ar comprimido medicinal

Pluvial
lamas
Industrial
Esgotos e drenagem saneamento básico
Gases residuais
Drenagem de emergência
Condensados
15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bebidas
Produtos alimentares Xaropes
Óleos e gorduras alimentares, etc.

Produtos farmacêuticos
Tintas, resinas, vernizes, solventes etc.
Misturas refrigerantes
Ácidos
Álcalis
Fluidos diversos Amónia
Álcool
Cloro
Ureia
Sabões
Pasta de papel
16

16

8
3/12/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

17

Ano letivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

17

9
17/03/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento de Fluidos Incompressíveis

Aula 04

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Interno e Externos


• Os escoamentos completamente circundados por superfícies
sólidas são chamados de escoamentos internos (condutas):
− Escoamento em condutas industriais, condutas de ar condicionado.
− Escoamentos em peças de transição bocais convergente e divergente
(difusores)
− Escoamento em acessórios como curvas, joelhos e válvulas.
• O escoamento interno de líquidos no qual a conduta não fica
completamente preenchido, existindo uma superfície livre
submetida à pressão constante, é denominado escoamento em
canal aberto (rios, canais de irrigação, aquedutos). Aqueles em
torno de corpos imersos num fluido são denominados
escoamentos externos.
3

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Interno
• Os escoamentos são classificados como laminares ou
turbulentos.
• Nos escoamentos internos incompressíveis a natureza laminar
ou turbulenta é determinada pelo número de Reynolds (Re)
que relaciona o diâmetro da conduta à velocidade média do
escoamento e a viscosidade cinemática do fluido.
• Não é possível definir de forma exata as faixas de Reynolds que
indicam se o escoamento é laminar, de transição ou turbulento.
• A transição do escoamento laminar para turbulento pode
acontecer em vários números de Re, pois a transição depende
do grau de perturbação do escoamento, podendo ser afetado
por vibrações nas condutas, rugosidade da região de entrada, 4
etc.
4

2
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Transição do Escoamento Laminar para Turbulento


• Nos projetos de engenharia e em escoamentos em condutas,
ou tubos, os seguintes valores são utilizados:
− Considera-se escoamento laminar quando Re < 2.300;
− Considera-se escoamento turbulento quando Re > 4.000;
− Pode ocorrer transição do escoamento 2.300 < Re < 4.000;
− Considera-se Recrítico=2300 (transição).
• Admite-se que o processo transitório é lento o suficiente
para que os efeitos não permanentes possam ser
desprezados (escoamento quase permanente).
• Inicialmente o escoamento no tubo é laminar, mas, num
certo instante, o número de Reynolds atinge 2.300 e o
escoamento começa sua transição para o regime turbulento. 5

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Transição do Escoamento Laminar para Turbulento


• Neste regime de escoamento (transição) identificam-se
"explosões" ou manifestações repentinas intermitentes no
escoamento.
• Com o aumento do número de Reynolds, todo o campo do
escoamento se torna turbulento.
• Esta condição ocorre quando o número de Re excede 4.000
(aproximadamente).

3
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Transição do Escoamento Laminar para Turbulento

Variação da velocidade do fluido num ponto Transição do escoamento laminar para turbulento num
tubo
7

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Transição do Escoamento Laminar para Turbulento


• No escoamento turbulento as propriedades como velocidade,
temperatura e pressão são sujeitas a flutuações tanto na posição do
fluido como no tempo.
• Por isso valores médios destas propriedades podem ser representados
como a soma de uma média ponderada sobre o tempo com uma parte
flutuante.

8
Velocidade média e de flutuação

4
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds
• A fig. mostra o perfil de velocidades numa conduta.

Perfil de velocidades num escoamento interno de conduta

• Observa-se que no centro a velocidade é máxima e nas paredes


igual a zero.
• Trata-se de um escoamento em regime permanente com perfil
de velocidades não-uniforme.
• Se tivéssemos diferentes fotografias do escoamento em
diferentes instantes de tempo observaríamos os mesmos perfis 9
de velocidades.
9

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds
• A fig. mostra um outro caso de escoamento interno em regime permanente
num difusor.
• À entrada o fluido escoa por uma secção menor que deixa o difusor por
uma secção maior.
• O perfil de velocidade na seção de entrada é diferente do perfil de
velocidade na secção de saída.

Perfil de velocidades
num escoamento
interno num difusor

• Pela conservação da massa o perfil de velocidade na entrada é maior que na


saída. 10

10

5
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Camada Limite
• Em 1904 o cientista Alemão Ludwind Prandtl introduziu o
conceito de camada limite unificando finalmente as
abordagens hidrodinâmicas e de hidráulica.
• Prandtl mostrou que muitos escoamentos viscosos podem ser
analisados dividindo o fluxo em duas regiões:
− uma próxima das fronteiras sólidas e;

− outra cobrindo o restante.

• Apenas na região muito delgada adjacente à fronteira sólida


(camada limite) o efeito da viscosidade é importante .
11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Camada Limite

Região de entrada num tubo

• Na região fora da camada limite o efeito da viscosidade é


desprezável e o fluido pode ser tratado como não-viscoso.
• Como se observa na figura a natureza da espessura da camada
limite dependerá do regime de escoamento (Laminar ou
Turbulento). 12

12

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds
• Nos escoamentos internos incompressíveis a natureza
laminar ou turbulenta é determinada pelo número de
Reynolds (Re) que relaciona o diâmetro da conduta à
velocidade média do escoamento e a viscosidade cinemática
do fluido.
• Os estudos desenvolvidos por Osborne Reynolds mostraram
que o regime de escoamento, laminar ou turbulento,
dependia de:
− Diâmetro do tubo;
− Viscosidade do fluido e
− Da velocidade de escoamento. 13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds
• No caso de fluidos reais (viscosos) os estudos e atividades
experimentais de Osborne Reynolds levaram a caracterizar o
fluido como laminar ou turbulento.
• O número proposto por Reynolds para descrever o
movimento de um fluido, relaciona as forças convectivas ou de
inércia com as forças viscosas ou atrito:

é
ρV2

= δ =
Forças de inércia
Re ≅
Forças viscosas µ V ν
δ2
14
δ - espessura da camada limite

14

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds
• Para os fluidos incompressíveis a expressão geral do número
de Reynolds toma o aspeto:
V .D
Re =
ν

• Esta expressão é adimensional pelo que se devem utilizar


sistemas coerentes de unidades, por exemplo do sistema SI:
 V velocidade de escoamento (m/s)
 D diâmetro interno da tubagem (m)
 ν viscosidade cinemática (m2/s)
15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds - Lei da semelhança


• Considerando o diâmetro do tubo, D, e V a velocidade média,
demonstra-se a semelhança mecânica de ambos os
escoamentos através das seguintes expressões:
V1 D1 ρ 1 V2 D2 ρ 2
=
µ1 µ2
• Por comparação com a equação de Reynolds:

VDρ VD
Re = =
µ ν :
16

16

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds
Conclui-se que:

 Se os números de Reynolds dos dois escoamentos forem de


igual grandeza, os escoamentos serão mecanicamente
semelhantes em tubos de diâmetro diferente, com
diferentes velocidades e fluidos.
 Resulta daqui a grande vantagem de se poderem realizar
estudos laboratoriais de fenómenos de escoamento com
custos naturalmente reduzidos e uma maior facilidade de
manipulação, uma vez que poderemos utilizar tubos de
pequeno diâmetro e água como fluido de ensaio.
17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Plenamente Desenvolvido


• Consideramos no estudo o escoamento viscoso interno num
tubo com fluido incompressível.

Região de entrada num tubo

• Se o tubo estivesse imerso num reservatório (ou na saída de


um reservatório) a velocidade V0 na entrada poderia ser
considerada como uniforme. 18

18

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Plenamente Desenvolvido


• À medida que o fluido entra no tubo os efeitos viscosos provocam
aderência do fluido às paredes do tubo. Esta é conhecida como condição
de não deslizamento.
• Assim, o fluido em contato com as paredes sempre terá velocidade nula
ao longo de todo o comprimento da conduta.
• A medida que o fluido escoa para dentro do tubo (na direção x)
desenvolve-se uma camada limite, devido ao efeito das forças de corte
das paredes, que retardam o escoamento.
• À medida que avança para o interior do tubo tal efeito aumenta.

19

Região de entrada num tubo

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Plenamente Desenvolvido


• Os efeitos viscosos são importantes dentro da camada limite.
• Na região do núcleo não atingida pela camada limite os efeitos viscosos
são desprezáveis.
• Considerando que o escoamento é incompressível a velocidade na linha
central do tubo aumenta com a distância a partir da entrada satisfazendo
a equação da continuidade.
• O perfil de velocidades V(r,x) muda conforme aumenta a camada limite.
• Contudo, como a seção do tubo é constante a velocidade média deve ser a
mesma em qualquer seção: ̅ " #̅

20
Região de entrada num tubo

20

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Plenamente Desenvolvido


• Como na região de entrada a
velocidade é uniforme, também
é verdadeiro que V=V0.

• Numa determinada posição x a camada limite atinge a linha central da


conduta e o perfil de velocidade não muda com a posição x que
encontramos no tubo.
• Comprimento de entrada L:
— Distância da entrada até o local onde a camada limite atinge a
linha central (de simetria) do tubo (x=L).
— A partir deste ponto o perfil de velocidade é plenamente
desenvolvido significando que seu formato não varia mais na
direção de x.
— Para x > L o perfil de velocidade não varia mais com x, nesse caso 21
denomina-se perfil de velocidades plenamente desenvolvido.
21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Plenamente Desenvolvido


• Comprimento de entrada L (cont.):
– O formato do perfil plenamente desenvolvido depende se o regime
de escoamento é laminar ou turbulento.

Posição no tubo Perfil de velocidades


Na entrada do tubo x=0 V=Vo = cte.
Na região de desenvolvimento x≤L V=V(r,x)
Na região plenamente desenvolvida x>L V=V(r)

22

Região de entrada num tubo

22

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento em regime laminar


• Um fluido, num escoamento totalmente laminar através dum
tubo move-se em camadas cilíndricas coaxiais.
• Devido às forças de atrito existentes entre as camadas, no
eixo do tubo a velocidade será máxima, enquanto que junto
às paredes permanecerá em repouso, ou seja, a velocidade é
nula.

23
Região de entrada num tubo

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento em regime laminar


• Um aspeto importante é
que somente após o fluido
atingir o perfil plenamente
desenvolvido, é que o
gradiente de pressão ao
longo da conduta torna-se
constante, tal como
mostrado na figura.

24

24

12
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
• No escoamento permanente plenamente desenvolvido
num tubo horizontal, seja laminar ou turbulento, a queda de
pressão é equilibrada pelas forças de corte nas paredes do
tubo.

Volume de controlo para análise da tensão de corte 25

25

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
• Aplicando a equação da quantidade de movimento na
direção x:
'
$ % &$ ( " %( "
'
– Onde ) representa as forças de superfície e * as forças de campo.

• Hipóteses:
1. Tubo horizontal FBx=0
2. Escoamento permanente.
3. Escoamento incompressível.
4. Escoamento plenamente desenvolvido.
• Desta forma $ 0. 26

26

13
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
'
$ % &$ ( " %( "
'
• Para o elemento do fluido o balanço de forças é dado por:
/- "0 /- "0
$ -. 23 . - % 23 % 4 $ 22"0 0
/0 2 /0 2
/- "0
. 23 % 4 $ 22"0 0
/0 2
• Obtendo-se finalmente:
56
4 $ , válido para escoamento laminar e turbulento.
5$
• Desta forma o tensão de corte no fluido varia linearmente na direção transversal
ao tubo, de zero na linha de centro até um máximo na parede.
• Sabendo que a variação de pressão ao longo do tubo é constante, a tensão de
corte é determinada pela expressão:
: /-
4 .4 $| 89 . 27
2 /0

27

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
• Isolamos um troço de um • Recorrendo à Lei de Newton
tubo com um comprimento da viscosidade:
∆l e um diâmetro 2r, em
F = µ A (dV/dx)
cujas faces atuam as
pressões p e p-∆p, e um e explicitando os valores da
cilindro coaxial de diâmetro força de atrito em função
2x: das forças devido à pressão,
tem-se:
dV
F = ∆pπ x 2 = µ ( ∆l 2π x )
dx

28

28

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
• Explicitando em função de dV: • O perfil da velocidade terá assim,
na secção do tubo a forma duma
∆p
v x

0
 dV = -
2µ ∆ l r
x dx parábola, ou paraboloide se
considerado o volume:
• Pela integração vem:
∆p
dV = x dx
2µ ∆ l
• ou seja:
∆P
V=
4µ ∆ l
(r 2
- x2 )
• A velocidade será máxima no eixo
do tubo, x = 0, e terá o valor:
∆p r 2
Vmáx = 29

4µ ∆ l
29

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

30

30

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
• A velocidade a uma • A velocidade média,
distância qualquer do tubo, 0,5 =á0 é obtida á
será dada por: distância:
  x 2  r
vx = vmáx 1 −    x= = 0,707 r
  r   2
• O perfil de velocidades num
escoamento laminar é
parabólico:

31

31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
• O escoamento laminar, onde as • Variando um ou mais destes
forças de viscosidade são fatores obtém-se um valor
dominantes verificam-se denominado crítico, para o nº
principalmente em: de Reynolds, a partir do qual o
− tubos de pequeno diâmetro; escoamento se converte em
− velocidades baixas; turbulento.
− no escoamento de fluidos • O valor mais exato, pois
muito viscosos; depende dos dispositivos de
− ou seja para pequenos nº de ensaio, é :
Reynolds. Re = 2.320
considerando-se na prática
arredondado para:
Re = 2.300
32

32

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
Re < 2.300
• Este valor corresponde à velocidade abaixo da qual toda
a turbulência é amortecida pela viscosidade do fluido.
• Entre os regimes perfeitamente laminar e o turbulento
completamente desenvolvido, existe uma zona dita de
transição.
• A transição é uma zona instável, aparecendo por vezes
a turbulência para números de Re < 2320, mas após
um pequeno percurso de estabilização livre de
perturbações volta a reaparecer o regime laminar.
33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Laminar
• Podem também ocorrer escoamentos laminares para o nº
de Reynolds acima do valor crítico, contudo nestes casos
não é possível que um escoamento turbulento que
entretanto se forme, volte a ser laminar.

• A velocidade crítica acima da qual aparece a turbulência


corresponde ao nº crítico de Reynolds, e terá o valor:
Vc = 2320 ν/D
onde:
ν viscosidade do fluido e;
D diâmetro do tubo.

34

34

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Turbulento
• O escoamento turbulento • Estes remoinhos não sendo
perfeitamente estabelecido dominados pelas forças de atrito
considera-se para números de interno das partículas voltam sempre
a renovar-se, de tal modo que
Re > 4.000 permanece sempre um valor médio
• No regime turbulento as na secção do tubo dando origem a
partículas do fluido para além de uma dada distribuição de velocidade.
se moverem paralelamente, • Devido ao movimento transversal as
movem-se também partículas são transportadas
perpendicularmente ao eixo de lentamente desde a proximidade da
tubo de tal modo que as parede até ao eixo do tubo e daí em
trajetórias do fluido se sentido inverso, com maior
influenciam mutuamente dando velocidade até à parede.
origem à formação de pequenos • Deste intercâmbio de velocidades
resulta um perfil mais aplanado
remoinhos. quando comparado com o regime
laminar.

35

35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Turbulento

Perfil de Velocidades num escoamento turbulento

• Num escoamento turbulento o perfil de velocidades não


pode ser deduzido da maneira como foi realizado para o
escoamento laminar, devido a que não podemos utilizar a lei
de Newton para relacionar a tensão de corte com o
gradiente de velocidades.
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36

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17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Turbulento
• Num escoamento turbulento adotam-se perfis de
velocidades obtidos de relações empíricas.
• Por exemplo, a lei exponencial empírica considera um perfil
do tipo:
3 A
3 ? $ 1.
:
• Tal equação não pode ser aplicada próxima à parede (R=0) já
que o gradiente de velocidade é infinito.
• Contudo pode ser utiliza para y/R < 0,004 sendo y= R – r.

37

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Turbulento
• O termo n depende do número de Reynolds como mostra a
figura.
• O valor para n=7 é geralmente utilizado com precisão
razoável em muitas situações reais.
• Também podemos utilizar a expressão: B 1,85 D E :F .
1,96

38
Expoente n do perfil da lei exponencial de velocidade turbulento

38

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento Turbulento
• A fig. mostra um perfil turbulento
utilizando a expressão exponencial com
n=6 e n=10.
• Para comparação também se mostra o
perfil laminar de velocidade.
• Observa-se que os perfis turbulentos
são muito mais “achatados” que os
laminares.
• O achatamento aumenta com o número
de Reynolds isto é, com o aumento de n.
• A razão entre a velocidade média ( v ou
V ) e a velocidade máxima (Vmax) para Perfil de velocidades num tubo
um perfil exponencial de velocidade é
J
I L
dada por:
K M M
39

39

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perfil de velocidades
• Quanto maior for o nº de
Re mais plano será o perfil
e tanto mais uniformes
serão as velocidades na
seção do tubo.

Perfil de velocidades num tubo

40

40

20
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Rugosidade

Representação da rugosidade absoluta em condutas

41

41

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Rugosidade
• O estado da superfície interna das tubagens pode ser
caracterizado pela rugosidade das respetivas paredes,
• A influência no escoamento dos fluidos é tanto maior
quanto menor for o diâmetro da tubagem.
• É pois necessário analisar simultaneamente estes 2
fatores para se determinar a incidência no escoamento.
• Há que distinguir entre:
 Rugosidade absoluta ε, que é a altura média das
rugosidades da parede
 Rugosidade relativa ε/D, que é o cociente entre a
42
rugosidade absoluta e o diâmetro da tubagem

42

21
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Rugosidade
• A rugosidade absoluta ε depende do tipo de material da
conduta e do seu acabamento.
• Representa o valor médio das alturas da rugosidade da
parede interna da conduta.
• A Tabela dada mostra os valores da rugosidade absoluta
para os materiais típicos de condutas industriais utilizadas
para o escoamento de fluidos.

43

43

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Rugosidade
Rugosidade absoluta (mm) de condutas industriais
Material da Tubagem Rugosidade absoluta, ε (mm)
Cobre, latão, chumbo. polietileno 0,001 a 0,002
Aço rebitado 0.9 a 9
Aço comercial 0,045 a 0,09
Aço galvanizado 0,015 a 0,20
Com revestimento plástico 0,005 a 0,0075
Tubo liso (estirado) 0,0015
Ferro fundido - novo 0,25 a 0,8
- usado 0,8 a 1,5
- incrustado 1,5 a 2,5
Chapa ou Fe fundido asfaltado 0,01 a 0,015
Cimento (sup.lisa) 0,3 a 0,8
Cimento (sup.bruta) 1 a 2,5
Betão grosseiro 4 a 5 44

44

22
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Teoria da camada limite de Prandtl


• Na parede a velocidade
anula-se, as partículas
aderem à parede como no
regime laminar e as
partículas adjacentes
movem-se em regime
laminar em camadas muito Expansão do perfil de velocidade em torno de um ponto
da camada limite
finas segundo a teoria da
camada limite de Prandtl,
ou seja, paralelamente à
parede e sem movimentos
transversais.

45

45

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Teoria da camada limite de Prandtl


• Esta camada limite, muito delgada, em regime turbulento,
decresce com o aumento do nº Re, como se pode observar
através dos seguintes coeficientes aproximados válidos para
tubos lisos, que dão igualmente uma ideia do valor da
espessura da camada limite, δ:

espessura da
Nº Reynolds
camada limite δ
105 0,0026 d
5x105 0,0007d
106 0,0004 d 46

46

23
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Teoria da camada limite de Prandtl


• Considerando estes valores de Re, • O que permite constatar a
um tubo de DN 100 e a fórmula considerável redução da camada
aproximada de Prandtl, ou seja: limite com o nº de Re e o facto de:
– Em regime turbulento o
34,2 escoamento não pode ser
δ = ×D inteiramente definido pelo nº
( 0,5 Re )
0 ,875
de Reynolds, sendo necessário
fazer intervir a rugosidade
chegar-se-ia a: relativa da parede dos tubos;
– No regime laminar o perfil de
δ = 0,26 mm, 0,07mm e 0,04 velocidades é sempre uma
mm. parábola uniforme;
– No regime turbulento existe
uma dependência da
distribuição de velocidades
relativamente ao nº de
Reynolds. 47

47

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Comportamento hidráulico rugoso da


parede do tubo
• A partir dum determinado valor de Re as rugosidades
sobressaem da camada limite, que tende a ser menos
espessa com o aumento de Re e aumentam a resistência
ao escoamento.
• Passaremos a ter então uma parede com comportamento
hidráulico rugoso.
• Oxidações / sedimentações, ataques químicos, etc., tendem
a aumentar a rugosidade e a potenciar negativamente as
condições de cálculo assumidas para uma tubagem nova.
48

48

24
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Experiência de Nikuradse
• Em 1933, J. Nikuradse publicou um trabalho resultados de
experiencias para a determinação do fator de atrito f.
• O ensaio consistia em tubos lisos com parede interna
revestida com grãos de areia (≅ esféricos) com granulometria
controlada criando assim uma rugosidade uniforme e
artificial de valor ε, correspondente ao diâmetro do grão de
areia.
• A relação entre o fator de atrito f, o número Re e a
rugosidade relativa artificial ε /D.
• A figura abaixo representa o gráfico denominado Harpa de
Nikuradse no qual se tem um resumo. 49

49

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Experiência de Nikuradse
• A experiência de Nikuradse com grãos de areia é
paradigmática:
Fator de atrito para
Coeficiente de atrito (f)

tubos rugosos:
εr
εr
1 = - 2 log  ε / D 

 3.7 
εr ƒ  

εr
εr
εr

Número de Reynolds (Re) 50


Ábaco de Rouse com as regiões determinadas por Nikuradse

50

25
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Experiência de Nikuradse
Para avaliar o efeito da rugosidade relativa (εr) das paredes dos tubos sobre o
fator de atrito (f), Nikuradse, em 1933, decidiu utilizar tubos lisos de vidro
cuja parede interna esteve revestida com grãos de areia esféricos de
tamanho uniforme.
Desta forma, Nikuradse determinou o fator de atrito, sob condições
controladas e bem determinadas de εr.

válvula para
controlo do 51
caudal
51

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Zona I – Re < 2.300: escoamento laminar

fórmula para laminar: f = 64/Re

52

52

26
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Zona II – 2.300 < Re < 4.000

região crítica 
f não é caracterizado

53

53

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ele descobriu que:


1. Na zona I - Re <2300, escoamento laminar, o fator de atrito é
independe da rugosidade (ε /D), devido ao efeito da subcamada limite
PQ
laminar, inversamente proporcional ao número e Re e vale: O
9R
Para o número de Reynolds pequeno, o fator de atrito é o mesmo para
tubos rugosos e lisos.
Nesta zona, as saliências de rugosidade estão totalmente dentro da
camada laminar.

2. Na zona II (zona de transição) - 2300< Re < 4000, região crítica onde o


valor de f não fica caracterizado.
É observado um aumento no fator de atrito com o aumento do
número de Reynolds.
A espessura da camada laminar é aqui da mesma ordem de grandeza
que a das saliências. 54

54

27
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Zona III – curva dos tubos lisos: f = F (Re)

Fórmula para tubos lisos: f = F (Re)


55

55

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

3. Na zona III – Re > 4000, curva dos tubos hidraulicamente


lisos, influência da subcamada limite laminar, o fator de
atrito só depende do número de Reynolds.
Escoamento turbulento hidraulicamente liso.

4. Na zona IV – transição entre o escoamento turbulento


hidraulicamente liso e rugoso, o fator de atrito depende
simultaneamente da rugosidade relativa e do número de
Reynolds.

56

56

28
17/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Zona IV – Turbulento de transição

Fórmula para tubos rugosos: f = F (Re, ε/D)

57

57

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

V – Turbulento rugoso
f = F (ε/D) para um tubo com ε/D constante f é constante

58

58

29
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

3. Na zona V – turbulência completa, escoamento


hidraulicamente rugoso, o fator de atrito só depende da
rugosidade relativa e independe do número de Reynolds.
O fator de atrito é independente do número de Reynolds
(lei quadrática do atrito).
Aqui todas as saliências da rugosidade se estendem
através da camada laminar e do fator de resistência λ.
Onde: 1
S
3
1,74 % 2D E
V

59

59

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Despreendimento da curva de tubos lisos com aumento de Re


O aumento da turbulência provoca diminuição de δ  Expõe a rugosidade
da parede do tubo

Escoamentos de transição Esc. hidraulicamente rugosos

60

60

30
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ábaco ou diagrama de Moody


• Moody (1944), baseado nos estudos de Colebrook e White (1939),
mostrou que, apesar dos tubos comerciais não apresentarem uma
rugosidade uniforme e facilmente identificável como aquela dos
tubos de vidro com grãos de areia, os resultados de Nikuradse podem
ser utilizados como indicadores quantitativos da rugosidade
equivalente dos tubos comerciais (ε).
• Para contornar a dificuldade de se trabalhar com a formula de
Colebrook e White, Moody apresentou os valores de f num diagrama
de f em função do Re, para diferentes valores de rugosidade relativa
dos tubos (ε/D).
• Cálculo do fator de atrito (f) com a utilização do Diagrama de Moody.

61

61

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ábaco ou diagrama de Moody


Tubos rugosos f=f(ε/d)

τ0
f =
1
ρV 2
2 ε d

Tubos lisos

ρVD
Re =
µ

62

31
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ábaco ou diagrama de Moody


• Para determinar o fator de atrito
utiliza-se o Diagrama de Moody.
• Para tal deve-se ter o valor do
número de Reynolds e a rugosidade
relativa W/Y.
• Deve ficar claro que os valores de
rugosidade equivalente (ε) dos
diversos materiais utilizados para
fabricação de tubos comerciais
apresentados em textos de
Hidráulica (tabela) representam o
diâmetro dos grãos de areia que,
quando colados uniformemente em
um tubo de vidro, com o mesmo
diâmetro interno do tubo comercial
considerado, resultaria no mesmo
fator de atrito f observado no tubo
\]
comercial: O Z[ L .
Tabela – Valores de rugosidade equivalente (ε) 63
^K

63

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ábaco ou diagrama de Moody


• O diagrama de Moody apresenta uma zona:
– Laminar (Re < 2300);
– Crítica (Re de 2300 e 4000);
– Transição e;
– Inteiramente rugosa.
• Nestas zonas o fator de atrito f apresenta diferentes
dependências em relação ao número de Reynolds (Re) e
em relação a rugosidade relativa (ε/D).

64

64

32
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ábaco ou diagrama de Moody


1. Na zona laminar fator de atrito (f) é independente da rugosidade ε/D
e inversamente proporcional ao número de Re.
2. Na zona crítica o fator de atrito apresenta aumentos bruscos.
3. Na zona de transição para um determinado Re o fator de atrito (f)
diminui conforme a rugosidade relativa (ε/D) diminui.
4. Na zona de transição, para uma determinada rugosidade relativa
(ε/D) o fator de atrito (f) diminui ao aumentar o Re até alcançar a
região inteiramente rugosa.
5. Dentro da zona inteiramente rugosa, para uma determinada
rugosidade relativa (ε/D), o fator de atrito (f) mantém-se
praticamente como um valor constante independente do Re.
6. Na zona de transição, conforme diminui a rugosidade relativa (ε/D) o
valor do Re no qual inicia a região plenamente turbulenta começa a 65
aumentar.

65

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ábaco ou diagrama de Moody


• Exemplo: Calculo da perda de carga
ao longo de um tubo de aço
rebitado, com:
– Rugosidade absoluta (ε) de 3,0x10-3 m;
– Diâmetro interno (D) de 0,30m; q, qrs

– Comprimento (L) 300 m;


– Caudal de 130 l/s de água com
viscosidade cinemática (ν) de 1,127x 10-
6 m2/s.

Proposta de resolução: w, sx a yqu

_ Q_ Qab, cb ?d ⁄
• `]L `ab,cbL ?
1,839 =⁄)
K] ,hci ab,cb
• :F g . ja bkl
4,896 a 10m
n b,bbc ?
• 0,01
] b,cb ?

^ KL cbb ,hciL
• op O] \
q, qrs a b,cb a ai,h
t, uu v 66

66

33
17/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ábaco ou diagrama de Moody


• Exemplo: Calculo da perda de carga
ao longo de um tubo de PVC, com:
– Rugosidade absoluta (ε) de 2,4x10-6 m;
– Diâmetro interno (D) de 0,10m;
– Comprimento (L) 100 m;
– Escoamento de um fluido com
viscosidade cinemática (ν) de 0,43x 10-6
m2/s e;
q, qyr
– Velocidade (V) de 2,26 m/s.
Proposta de resolução: u, r a yqu

z{|} ~•€}
• 2,26 =⁄)
K] , P ab, b
• :F g b,Qca bkl
5,256 a 10m
n ,Q a bkl ?
• 0,000024
] b, b ?

^ KL bb , PL
• op O q, qyr a a r, rs v 67
] \ b, b ai,h

67

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ábaco ou diagrama de Moody


• Exemplo: Calculo da perda de carga
ao longo de um tubo de ferro
fundido, com:
– Rugosidade absoluta (ε) de 3,0x10-4 m;
– Diâmetro interno (D) de 0,025m; q, qwy q, qy‚

– Comprimento (L) 200 m;


– Caudal de 1 l/s de água com viscosidade
cinemática (ν) de 1,0x 10-6 m2/s.
Proposta de resolução:
5, qx a yqu
_ Q_ Qab,bb ?d ⁄
• `]L `ab,b mL ?
2,037 =⁄)
K] ,bcj ab,cb
• :F g .ba bkl
5,093 a 10Q
n b,bbbc ?
• 0,012
] b,b m ?

^ KL bb ,bcjL
• op O] \
q, qwy a b,b m
a ai,h
tx, r• v
68

68

34
17/03/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

112

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

112

35
18/03/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamento de Fluidos Incompressíveis

Aula 05

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
69

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

69

1
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

PERDAS DE CARGA EM TUBAGENS

• Aplica-se a equação da energia entre dois pontos dum troço de


tubagem em que se encontra um fluido a escoar-se e
desprezam-se variações de velocidade e compressibilidade.
• Sabemos que a equação de Bernoulli não assume perdas de
energia por atrito ou ganhos de energia (por exemplo, de uma
bomba) ao longo da linha de corrente.
• Podemos considerar a equação geral da energia como uma
extensão da Eq. de Bernoulli que pode ser utilizada, nestes
casos, incluindo os termos de energia apropriados.

70

70

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

PERDAS DE CARGA EM TUBAGENS

• Uma análise de energia entre duas seções que incluem


dissipação e/ou ganhos adicionais de energia, pode ser
representada como:
– Energia ponto 1 + Energia adicionada - Energia removida - Energia
por perdas = Energia ponto 2;

– + +𝑧 +𝐻 −𝐻 −ℎ = + +𝑧

𝐻 Energia adicionada ao fluido mediante um dispositivo mecânico, como por


exemplo bombas.
𝐻 Energia removida ou retirada do fluido mediante um dispositivo mecânico, como
por exemplo turbinas.

ℎ Perdas de energia pelo sistema devido ao atrito nas condutas (perda de carga por
comprimento de conduta) ou perdas de carga localizadas devido à presença de 71
válvulas e conectores e outros acessórios inseridos na rede.

71

2
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

PERDAS DE CARGA EM TUBAGENS

Sistema que representa a equação geral da energia

72

72

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de pressão no escoamento em condutas


• A variação de pressão numa conduta resulta da variação da elevação, da
velocidade e do atrito.
• Escoamento com atrito:
– A variação de pressão pode ser determinada aplicando a Eq. de Bernoulli:
∆𝑃 → 𝑓(𝑍, 𝑉, ℎ );
– O atrito origina uma diminuição da pressão;
– Causa uma perda de pressão comparada com o caso de escoamento sem atrito.

Perda de carga em sistema de bombeamento 73

73

3
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga total


• A perda de carga em condutas é dada por duas parcelas: ℎ = ℎ + ℎ .
• Perda de Pressão ou de Carga Principal ℎ :
– Devido ao atrito no escoamento plenamente desenvolvido entre pontos da
conduta com área constante.
• Perda de Carga Secundária ℎ :
– Devido ao escoamento através de acessórios como válvulas, curvas, registros e em
porções do sistema de área variável tais como saídas de reservatórios, troços
convergentes e divergentes;
– A perda de carga na entrada ou saída de uma conduta é considerada como perda
de carga secundária.

74

74

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga principal


• Transformação da energia cinética para energia térmica por efeitos
viscosos.
• Consideremos um escoamento plenamente desenvolvido numa conduta
de comprimento L.
• Analisando uma conduta com área constante 𝐴 = 𝐴 e desta forma pela
Eq. da continuidade 𝑉 = 𝑉 :
𝑝 −𝑝
ℎ = + 𝑧 −𝑧
𝜌𝑔
• No caso de uma conduta horizontal z = z .
𝑝 −𝑝 ∆𝑃
ℎ = =
𝜌𝑔 𝜌𝑔

75

75

4
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga principal

p1 V12 p2 V22
 z    z  hf
 g 2g 1  g 2g 2 76

76

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga principal

P
h f  z 
g
• Considerando a equação de quantidade de movimento para
volume de controlo aplicada no sentido do escoamento e as
forças devidas à pressão, mássicas e de atrito entre o fluido e
as paredes e designando por P o perímetro da área molhada:

 
P r 2  g  r 2 L sen   tubo 2r L  0
77

77

5
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga principal


• Considerando um troço de • Introduzindo na equação
tubo horizontal em que: anterior o fator de atrito
z1 = z2 e  g A L sen = 0 adimensional de Darcy:
• Resulta:  2r L 8 tubo  
P  tubo
f   F  Re; 
r 2
V 2
 d
P 2 tubo L fV2
hf    tubo 
g g r 8
• Resulta a equação de Darcy-Weisbach
𝐿𝑉 𝐿𝑉
ℎ =𝑓 [𝑚] 𝑜𝑢 Δ𝑃 = 𝜌 𝑓 [𝑃𝑎]
𝐷 2𝑔 𝐷 2 78

78

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga principal


• A prática confirma os bons resultados da aplicação da
equação de Darcy, quer em escoamento laminar, quer em
escoamento turbulento, para qualquer líquido que se escoa
ao longo duma tubagem;
• Exceptuam-se os casos de velocidades extremas onde as
pressões a jusante do escoamento se aproximem da tensão
de vapor do líquido e onde possam ocorrer situações de
cavitação;
• Quando não se entra no domínio do comportamento
elástico a equação de Darcy tem igualmente aplicabilidade
no caso de gases e vapores.
79

79

6
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga principal

• Da equação de Darcy destaca-se uma variável


fundamental, que carece de determinação, designada por
fator de atrito, , função exclusiva de duas grandezas
adimensionais:
— Número de Reynolds (Re)
— Rugosidade relativa (ε/D) da superfície interior
dos tubos
(ε - representa a rugosidade absoluta da superfície interior
dos tubos, normalmente expressa em milímetros)

80

80

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga principal

Aumento das perdas com o uso

• O tempo de uso das tubagens pode alterar as condições


iniciais de escoamento.
• A ocorrência de fenómenos de Corrosão ou Incrustações
influenciadas pela temperatura, potencia condições para a
redução do diâmetro, através do aumento das asperezas
interiores.
• Uma redução de 5% no diâmetro, significa um aumento de
cerca de 30 % na perda de carga.
81

81

7
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de Carga Principal - Regime Laminar


• Neste tipo de escoamento a • Podemos expressar esta equação
viscosidade do fluido é em função do Número de
preponderante, eliminando
qualquer tendência para Reynolds: 𝑅𝑒 = , explicitando
condições de turbulência, sendo
responsável pela queda de a viscosidade dinâmica: 𝜇 =
pressão do fluido, a qual pode-se ∆𝑃 32𝜇𝑉 𝐿 1
determinar através das ℎ =
𝜌𝑔
=
𝐷 𝜌𝑔
expressões para a determinação 𝜌𝑉𝐷 32𝑉 𝐿 1
da velocidade. =
𝑅𝑒 𝐷 𝜌𝑔
• Utilizando a expressão da
∆ 𝑉 32𝐿 1
velocidade média 𝑉 = e =
𝑅𝑒 𝐷 𝜌
desta forma: ∆𝑃 = . • Expressando em função da
• Substituindo esta última energia cinética, obtém-se a
expressão na equação da perda expressão do escoamento

de carga: ℎ = =
laminar: ℎ = 82

82

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de Carga Principal - Regime Laminar


• O fator de atrito para escoamento laminar pode ser obtido
igualando a equação:
𝐿𝑉
ℎ =𝑓
𝐷 2𝑔
• Com a equação da perda de carga laminar
64 𝐿 𝑉
ℎ =
𝑅𝑒 𝐷 2𝑔
• Obtém-se:
64
𝑓=
𝑅𝑒
Válido para 𝑅𝑒 < 2500
83

83

8
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Regime Laminar
• Método alternativo semelhante para identificar o 𝑓:

du 2  Vmax V
 tubo =   e V  max
dr r  R R 2
8 V
  tubo 
D
 V 
8  8 
8 tubo D 64 μ 64
f =    
V 2 V 2
 VD Re 84

84

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Regime Laminar
• No escoamento laminar o fator de atrito () é função
somente do número de Reynolds.
•  é independente da natureza da parede do tubo e portanto
poderá ser aplicado não só a tubos lisos mas também aos de
paredes rugosas

85

85

9
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Regime Laminar

Laminar

86

86

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de Carga Principal - Regime Turbulento


• No caso de escoamento turbulento não existem expressões que
permitam avaliar analiticamente a queda de pressão.
• Utiliza-se análise dimensional e correlações de dados
experimentais.
• Analisando o caso de escoamento turbulento plenamente
desenvolvido a queda de pressão é função das seguintes
variáveis:
𝛥𝑃 = 𝜑(𝐷, 𝐿, 𝜀, 𝑉 , 𝜌, µ)

– Onde: D diâmetro da conduta; L comprimento da conduta; V


Velocidade média; ε rugosidade absoluta; ρ massa específica; µ
viscosidade dinâmica.
87

87

10
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de Carga Principal - Regime Turbulento


• Aplica-se análise dimensional • Pela experiencia em laboratórios
e obtém-se uma expressão da e práticas demonstram que a
forma: perda de carga é diretamente
∆𝑃 𝜇 𝐿 𝜀 proporcional a 𝐿/𝐷.
=𝜑 , ,
𝜌𝑉 𝜌𝑉𝐷 𝐷 𝐷 • Para que a perda de carga seja
adimensional em relação à
• como o termo é dado por energia cinética introduz-se o

ℎ = podemos explicitar a termo ½ na equação ficando
variação de pressão (𝛥𝑃) e como:
substituir a mesma na ℎ 𝐿 𝜀
equação da análise = 𝜑 𝑅𝑒,
𝑉 𝐷 𝐷
dimensional: 2𝑔
𝜌𝑔ℎ 𝑔ℎ 𝐿 𝜀 • A função φ é conhecida como
= = 𝜑 𝑅𝑒, , fator de atrito ou coeficiente de
𝜌𝑉 𝑉 𝐷 𝐷
atrito. 88

88

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de Carga Principal - Regime Turbulento


• Desta forma obtém-se a equação da perda de carga que
representa a energia dissipada por unidade de peso do fluido
em escoamento denominada por equação de Darcy-Weisbach:

𝐿𝑉
ℎ =𝑓
𝐷 2𝑔

• O fator de atrito determina-se experimentalmente pela


utilização do Ábaco ou Diagrama de Moody.
• Contrariamente ao que sucede no regime laminar, no regime
turbulento, onde a natureza das superfícies têm influência no
escoamento e tanto mais quanto maior for o valor de Re. 89

89

11
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Regime Turbulento
Comportamento hidráulico liso da parede do tubo
(PVC, PEAD, etc.)
• Vários estudos e fórmulas • Blasius, propôs uma fórmula
propostas ressalta a teoria de alternativa que embora limitada
Prandlt sobre camada limite no seu campo de validade, tem a
laminar: vantagem de ser explicita:

1/ ƒ = 2 log Re ƒ - 0,8  = 0,316 Re-1/4 4000< Re < 105


(Prandlt) (Blasius)
• Em resumo, num escoamento turbulento e com um comportamento
hidráulico liso da parede do tubo, o fator de atrito depende sempre de Re.
90

90

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Fórmula de
Blasius

91

91

12
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Regime Turbulento
Zona de transição entre comportamento liso e rugoso
• Para esta zona de transição • Uma alternativa é utilizar uma
propôs Colebrook uma fórmula equação explícita (ou Miller),
que é atualmente considerada válida para 5,0 × 103 < 𝑅𝑒 < 1 × 108:
como a que melhor traduz os
fenómenos do escoamento em
regime turbulento: 𝜀
  𝑓 = 0,25 𝑙𝑜𝑔 𝐷 + 5,74
1 = - 2log  ε + 2.51  3,7 𝑅𝑒 ,
 
ƒ  3.7 D Re ƒ 

(Colebrook) (Miller)
• Como tal equação de Colebrook é
Nota: Utilizando a Eq. acima encontram-se valores
do tipo transcendente deve ser de 𝑓 com margem de erro de +/− 1% comparados
utilizado um procedimento com os obtidos com a Eq. de Colebrook, para: 𝜀/𝐷
iterativo para determinar f. de 1,0 × 10 , 𝑖. 𝑒. 0,0001 , até 1 × 10 , 𝑖. 𝑒.,
92
0,000001 .

92

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Regime Turbulento
Zona de transição entre comportamento liso e rugoso
• Alguns exemplos selecionados em função da frequência das respetivas
citações na literatura especializada.

• Equações de Renouard Equações de Haaland


-0.20  1.11 
f = 0.21. Re  1 = - 1.8 log  6.9 +  ε / D




 Re 
ƒ   3,7  
-0.18 
f = 0.172. Re 

93

93

13
18/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

f = F (Re, ε/D)

94

94

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REDES DE FLUIDOS

Regime Turbulento
Tubos Hidraulicamente Rugosos
• O fator de atrito depende unicamente da rugosidade relativa e pode
ser determinado pela equação:

Von Karman
1 = - 2log  ε / D 

 3,7 
ƒ  

95

95

14
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

f = F (ε/D)

96

96

Diagrama de Moody
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REDES DE FLUIDOS

97

97

15
18/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

98

98

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REDES DE FLUIDOS

99

99

16
18/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

100

100

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REDES DE FLUIDOS

Variações altimétricas, fluidos


incompressíveis
• Na aplicação da equação de Darcy, supôs-se um tubo horizontal. Havendo
variações altimétricas há que ter em conta a variação da coluna de líquido;
introduzindo então a energia de posição da equação de Bernoulli, resulta na
fórmula mais geral:

L V 2
P1  P2  f   gh
2D
onde, P1, P2 - pressão de entrada e de saída, respectivamente (N/m2 ; Pa)
L - comprimento do tubo entre 1 e 2 (m)
D - diâmetro interior de tubagem (m)
V - velocidade de fluido (m/s)

• O sinal positivo será para tubagens com escoamento ascendente e


101
negativo para tubagens com escoamento descendente.
101

17
18/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Diâmetro hidráulico
• Para uma conduta não circular o conceito desenvolvido
anteriormente continua válido, mas algebricamente o caso
complica-se.
• As equações de perda de carga estudadas podem ser
aplicadas a condutas com secções não circulares utilizando a
definição de diâmetro hidráulico (Dh).
• Para o escoamento laminar aplicam-se exatamente as
mesmas equações da continuidade e do movimento.

102

102

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diâmetro hidráulico
• Para o escoamento turbulento, a lei logarítmica do perfil de
velocidades poderá ser usada com uma aproximação
excelente considerando o diâmetro hidráulico.
• Para uma conduta não circular, o conceito do volume de
controlo é válido mas a área da secção reta não é mais r2 e
o perímetro molhado P não é 2r.

103

103

18
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diâmetro hidráulico
• Considerando um tubo horizontal, a equação do movimento
resulta:
pA  gALsen   tuboΡL  0
p  L
hf   z  tubo
g g A Ρ
• Estas equações são iguais às anteriores com exceção de que:
a) A tensão de corte é um valor médio integrado ao redor
do perímetro
104
b) A dimensão A/ P substitui o valor do raio do tubo (Rh).
104

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diâmetro hidráulico
• Para efeitos de cálculo uma conduta não circular é
caracterizada, pelo seu raio hidráulico definido como:

A Área da seção recta


Rh  
Ρ Perímetro molhado
• O diâmetro hidráulico define-se como:

4 A 4  Área da seção recta


Dh    4  Rh
Ρ Perímetro molhado
105

105

19
18/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diâmetro hidráulico
• Para uma conduta retangular, largura b e altura h:
– A = área da secção transversal = b x h
–  = perímetro molhado = 2 x ( b + h )

• Valida para 1/3 < ℎ/𝑏 < 3:


4(𝑏 × ℎ)
𝐷 =
2× 𝑏+ℎ
• Para outros valores recorrer a dados experimentais;
• No caso de condutas circulares o diâmetro hidráulico
corresponde ao diâmetro do tubo:
𝝅𝑫𝟐
𝑨= 𝒆 𝝅𝑫 ∴ 𝑫𝒉 = 𝑫(𝒕𝒖𝒃𝒐)
𝟒 106

106

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diâmetro hidráulico
• Diversas geometrias de tubulações

107

107

20
18/03/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

108

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

108

21
19/03/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de Carga Distribuídas e Localizadas

Aula 06

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga
• Sabe-se que no escoamento de − A esta energia dissipada pelo
fluidos reais, parte de sua fluido denomina-se de perda de
energia dissipa-se em forma de carga (hp ou hf ou ΔH), que tem
calor e na turbulência que se dimensão linear e representa a
formam na corrente fluida; energia perdida pelo líquido por
• Essa energia é dissipada para o unidade de peso, entre dois
fluido vencer a resistência pontos do escoamento.
causada pela sua viscosidade e a − A perda de carga é uma função
resistência provocada pelo complexa de diversos elementos
contato do fluido com a parede tais como:
interna da tubagem e também − Rugosidade do tubo;
para vencer as resistências − Viscosidade e densidade do
líquido;
causadas por peças de adaptação − Velocidade de escoamento;
ou ligações (curvas, válvulas, ....). − Grau de turbulência do
movimento;
3
− Comprimento percorrido.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga
Perdas de carga distribuídas
• Com o objetivo de possibilitar a • Ocorrem em troços retilíneos das
obtenção de expressões tubagens;
matemáticas que permitam • A pressão total imposta pela
prever as perdas de carga nas parede dos tubos diminui
tubagens, elas são classificadas gradualmente ao longo do
em: comprimento;
− Contínuas ou distribuídas; • Permanece constante a
− Localizadas. geometria de suas áreas
molhadas;
• Essa perda é considerável se
tivermos troços de tubagem
relativamente compridos;
• Existem várias equações para o
cálculo da perda de carga 4
contínua nos troços de tubagem.
4

2
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga
Perdas de carga distribuídas Perdas de carga localizadas
• De entre as quais se salientem: • Ocorrem em troços singulares
− Equação de Darcy Weisbach; das tubagens, tais como: uniões,
− Equação de Flamant.; derivações, curvas, válvulas,
− Equação de Fair-Whipple- entradas, saídas, etc;
Hsiao; • As diversas peças necessárias
− Equação de Hazen-Williams; para a montagem da tubagem e
− Equação de Manning- para o controlo do fluxo do
Strickler. escoamento, provocam uma
variação brusca da velocidade
(em módulo ou direção),
intensificando a perda de
energia;

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga
• Exemplos de acessórios de ligação

3
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga distribuídas

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Onde se aplicam as fórmulas de perdas distribuídas


ou contínuas ?
Escoamentos completamente desenvolvidos
Seção 1 perfil uniforme
• Troço 1-2 perfil não uniforme camada limite

4
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Onde se aplicam as fórmulas de perdas distribuídas


ou contínuas ?
Escoamentos completamente desenvolvidos
Seção 2 perfil constante final de le
• Troço 2–3 Esc. melhor descrito

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REDES DE FLUIDOS

Onde se aplicam as fórmulas de perdas distribuídas


ou contínuas ?
Região de entrada e escoamento plenamente
desenvolvido
Troço 3-4 Esc. complexo como na entrada

10

10

5
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Onde se aplicam as fórmulas de perdas distribuídas


ou contínuas ?
Região de entrada e escoamento planamente
desenvolvido
Troço 4-5 ainda influência da curva

11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Onde se aplicam as fórmulas de perdas distribuídas


ou contínuas ?
Região de entrada e escoamento planamente
desenvolvido
Troço 5–6 Semelhante ao Troço 2-3

12

12

6
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Onde se aplicam as fórmulas de perdas distribuídas


ou contínuas ?
Escoamento num sistema típico
Saída
Tubo

Válvula Reservatório
secionamento

Válvula de
retenção
Bomba
União

Motor
Válvula
elétrico
secionamento

Curva 90º

Reservatório

Entrada

Válvula de pé c/
crivo e válvula
de retenção 13

13

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga distribuídas


Fórmula de Hazen-Williams
• Essa fórmula é talvez a mais 10,646 ,
utilizada nos países de influência
angloxasónica. , ,
• Ela teve origem no trabalho
experimental com grande número
de procedimentos (vários
diâmetros, caudais e materiais) e D Diâmetro do tubo, m;
repetições. Q Caudal, m3/s;
hf Perda contínua de carga, m;
• Ela deve ser utilizada para
C Coeficiente que depende da
escoamento de água à natureza das paredes e estado de
temperatura ambiente, para conservação de suas paredes
tubulações com diâmetro maior internas (Ver Tabela 1).
ou igual a 2” ou 50 mm e para
regime turbulento.
14

14

7
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga distribuídas


Fórmula de Hazen-Williams – Tabela 1

15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Abaco da formula de
Hazen-Williams para
C=100

16

16

8
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga distribuídas


Formula de Flamant
• A fórmula de Flamant deve ser ,
aplicada também para água à ,
temperatura ambiente, para
instalações domésticas e tubos
com diâmetro variando de 12,5 D Diâmetro do tubo, m;
mm (1/2”) a 100 mm (4”). Q Caudal, m3/s;
hf Perda contínua de carga, m;
• Inicialmente foram desenvolvidas Ke Coeficiente que depende da
as equações para ferro fundido e natureza do tubo (Tabela).
aço galvanizado. Posteriormente,
foi obtido o coeficiente para
outros materiais.

17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga distribuídas


Fórmula de Darcy-Weisbach ou Universal
• Esta fórmula é de uso geral, tanto • Para escoamento laminar a queda
serve para escoamento em regime de pressão pode ser calculada
turbulento quanto para o laminar, e
analiticamente e a perda de carga
é também utilizada para toda a
gama de diâmetros. distribuída é dada por:

2 2

1
• Se 1 2:


64 18
2

18

9
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga distribuídas


Fórmula de Darcy-Weisbach ou Universal
Em que:
• Para escoamento turbulento não D Diâmetro do tubo;
se pode avaliar a queda de L Comprimento do tubo;
pressão analiticamente; V Velocidade média;
ε Rugosidade absoluta;
• Deve-se recorrer a dados ρ massa específica;
experimentais e utilizar a análise μ Viscosidade dinâmica.

dimensional para correlacioná-los.


• Analisando o caso de
escoamento turbulento
plenamente desenvolvido a
queda de pressão é função das
seguintes variáveis: !"#$ "#' ) +
!% & %&
( ,*,*
19

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga distribuídas


Fórmula de Darcy-Weisbach ou Universal

• Experiências demostram que a • A função φ é conhecida como


perda de carga é diretamente fator de atrito ou coeficiente de
proporcional a / . atrito:
• Para que a perda de carga seja
adimensional em relação à
energia cinética é introduzida o
termo 1/2 na equação ficando
como: -
2

O fator de atrito determina-se experimentalmente.


Utiliza-se o Diagrama de Moody.

20

20

10
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diagrama de Moody

21

21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga localizadas


(ou Perdas de Carga Secundárias)

22

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

22

11
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga localizadas


• As perdas de carga que ocorrem devido a singularidades tais
como curvas, tês, válvulas, equipamentos em linha (filtros,
permutadores, etc.), e outros acidentes são denominadas por:
Perdas localizadas, ou singulares.
• A perda de carga, verificada num escoamento, ao atravessar
um acessório, deve-se à turbulência causada por repentinas
mudanças da velocidade e direção do escoamento no interior
do acessório.
• Cada um destes elementos produz uma dissipação de energia
que é avaliada pela perda de carga (hf) definida como:
0 23
./ / 5
1 34 23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga localizadas


• O cálculo das perdas de carga localizadas é empírico, sendo os
resultados um pouco imprecisos e até divergentes.
• Isto deve-se a dificuldades da medida e à variedade dos acidentes
de percurso.
• A relevância das perdas de carga localizadas em relação às perdas
em linha tende a aumentar na razão inversa do comprimento da
tubagem.
• Situações de válvulas parcialmente fechadas, ou de equipamentos
intercalados, conduzem normalmente a valores de perda localizadas
superiores às perdas em linha.
• Os valores de perda de carga localizadas começam a ter pouca
expressão, comparativamente às perdas em linha, para
comprimentos de tubagem acima dos 1000 x diâmetros.
• As perdas localizadas para comprimentos pequenos poderão ser24
muito superiores às perdas em linha.
24

12
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Métodos para Determinar as Perdas de Carga


Localizadas
• Na prática é corrente a utilização de três métodos para o
cálculo das perdas de carga localizadas ou singulares:
− Método dos K, ou método direto;
− Método dos dois K;
− Método dos comprimentos equivalentes.

25

25

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REDES DE FLUIDOS

Método dos K ou directo


• Atendendo à formula de Darcy e igualando as equações
de perda de carga por acessórios obtém-se:

6 89 :;
6 ⁄2 1 -
2
2

• Onde K é adimensional, é o coeficiente de perda de carga


e V a velocidade média.
• O coeficiente de perda de carga será maior quanto mais
abruto seja o elemento originando zonas de recirculação
de fluxo e altos níveis de turbulência, aumentando desta
forma a energia dissipada. 26

26

13
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Método dos K ou directo


• Pode ser definido como a perda de energia cinética devido
aos constrangimentos;
• É fortemente influenciado pela geometria da singularidade:

Exemplo de diversos acessórios utilizados em instalações industriais

27

27

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REDES DE FLUIDOS

Coeficiente de perda de carga em Válvulas


• A perda de carga devida ao • A perda de carga devida ao
escoamento de um líquido através escoamento através da válvula é
de uma válvula, pode ser provocada quase totalmente pela
determinada como um múltiplo expansão do fluido a jusante da
da altura cinética do escoamento: secção reduzida, conforme figura,
V2 ocorrendo aí uma separação da
hv = kα (1) camada limite:
2g
V - Velocidade de escoamento
kα - Coeficiente de perda de carga

• Pela equação da continuidade:


• Os valores de kα estão disponíveis
nos catálogos técnicos dos < <= = < 2
fabricantes e são válidos para as em que :
condições em que foram • A1 é a secção a montante da válvula;
• A2 a jusante e; 28
determinados durante os testes. • AV a secção contraída.

28

14
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Coeficiente de perda de carga em Válvulas


• A perda de pressão na válvula é • Exemplo Perdas de carga em
dada por:
curvas e derivações
=
=
2
• Da relação anterior obtêm-se as
igualdades:
>? >?
= >@ >&
• Substituindo em (1) e simplificando
resulta:
< < <=
AB
< <=
• se <2 <1 simplifica-se para:
<
AB 1
<=
• Na realidade kα é determinado
pela experimentação em bancos
de ensaios. 29

29

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Coeficiente de perda de carga em Válvulas


Método dos K ou direto - Exemplo Perdas de Carga em Válvulas

30

30

15
19/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Saídas e Entradas Abruptas


• A velocidade do fluido no escoamento num tubo para um
reservatório cai abruptamente até próximo de zero.
• A perda de carga para este caso é igual à energia cinética
dissipada K = 1.

Representação de escoamento na saída e na entrada de condutas

31

31

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REDES DE FLUIDOS

Entrada Abruta de um Reservatório para


uma conduta
• Num dado escoamento entre um reservatório e uma
conduta, a velocidade passa de um valor muito baixo para
um valor elevado.
• O coeficiente de perda de carga depende do tipo de união
entre o tubo e o reservatório.
• Três casos típicos apresentam diferentes perdas de carga:
a) Entrada com tubo para dentro K=1,0;
b) Entrada com cantos vivos K=0,5;
c) Entrada com cantos arredondados K conforme os dados
da tabela abaixo:
CD 0,02 0,06 ≥0,15
1 32
K 0,28 0,15 0,04

32

16
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Entrada Abruta de um Reservatório para


uma conduta
CD 0,02 0,06 ≥0,15
1
K 0,28 0,15 0,04

Entrada com (a) tubo para dentro (b) cantos vivos e (c) cantos arredondados

33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Expansão abrupta
• Numa expansão abrupta o fluido tem o escoamento de uma
conduta de seção menor para uma outra de seção maior.
• A velocidade cai abruptamente formando-se uma região de
turbulência e recirculação de fluxo a qual provoca uma
perda de carga proporcional à relação das seções dos tubos.
• A perda de carga localizada é determinada pela expressão:
E E
6 1
2 2
Onde V é a velocidade média da conduta menor.

• No caso da expansão total FFF , o valor é de K=1,


i.e., a energia cinética é totalmente perdida em caso de
34
expansão total.
34

17
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Contração Abrupta
• Neste tipo de elemento, a perda de carga é originada pela
contração das linhas de corrente formando uma veia
contracta e regiões de recirculação de fluxo.

Coeficiente de perda de carga para contração e expansão abrupta


• Para determinar a perda de carga com estas relações se
utiliza a velocidade correspondente a seção de menor
diâmetro. 35

35

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REDES DE FLUIDOS

Expansão e Contração Gradual


• A expansão gradual é obtida com uma peça de transição
unindo um tubo de menor diâmetro com outro de maior
diâmetro permite uma menor dissipação de energia do que
uma transição abrupta direta entre dois tubos de diferente
diâmetro.
• O coeficiente de perda de carga (K) depende da relação de
diâmetros ( / ) e do ângulo do cone.
• Obtém-se uma perda de carga mínima adotando-se um
ângulo do cone de 7°.

36

36

18
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Expansão e Contração Gradual

Perda de carga em expansão gradual 37

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Contração Gradual
• A perda de carga depende da relação de diâmetros e do
ângulo da contração.

Coeficiente de perda de carga (K) de contração gradual de tubos

38

38

19
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Método do Comprimento Equivalente


• As perdas de carga em • Se substituirmos certo acessório por
singularidades são avaliadas em uma conduta retilínea com o
termos de um comprimento comprimento igual ao comprimento
equivalente de tubo. equivalente (com igual material e
• Este comprimento terá a mesma diâmetro) ambos originariam a
perda de carga do que a mesma perda de carga.
singularidade, para o mesmo caudal • Estes comprimentos serão
e com o diâmetro característico da adicionados ao comprimento real da
singularidade. tubagem reta.
• Deste modo cada acessório de • Obtém-se então um comprimento
tubagem será substituído por um total equivalente ao qual se aplicará
comprimento reto do mesmo as fórmulas gerais de perda de carga
diâmetro, cuja perda de carga linear por atrito.
contínua por atrito é equivalente à
perda de carga do acessório.
• O comprimento equivalente em
metros de conduta retilínea (Leq) é
Representação do comprimento equivalente em acessórios
tabelado segundo o tipo de
39
acessório, o material utilizado e o
diâmetro da conduta.
39

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Método do Comprimento Equivalente


• A tabela abaixo mostra o • Uma outra forma de representar a
comprimento equivalente perda de carga nos acessórios (hK) é
adimensional (Leq/D) de diversos definindo a mesma na forma:
acessórios: :;
Perda de carga localizada - ⟹ 6
2 2

:;
-

40

40

20
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de Carga Localizadas Método dos 2 K


• O interesse deste método resulta • O método 2K toma estas
do facto da maior parte da considerações através da seguinte
literatura apresentar os valores de equação:
K sempre relativos a escoamentos
turbulentos. 1/ H1 0,0254/ J
• O método dos 2K considera que o • que integra as contribuições:
coeficiente K não depende: ‒ Laminar e:
‒ Nem da dimensão da ‒ Turbulenta.
tubagem Onde:
‒ Nem da rugosidade do 1 K para o acessório em que NRe = 1
acessório. K para um acessório, em que NRe= ∞
Diâmetro interior da tubagem onde se
• É função do: insere o acessório
 Nº de Reynolds Número de Reynolds
(em regime laminar e turbulento) e 1/ Compensação das diferenças
geométricas dos acessórios 41
 Geometria do acessório.
1e Obtêm-se de Tabelas

41

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

42

42

21
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de Carga Localizadas Método dos 2 K

• K é independente de Re para valores de Re suficientemente


elevados.
• Contudo a experiência mostra que:
 O valor de tende a aumentar à medida que tende
para o valor 1000 e
 Torna-se inversamente proporcional a nº. Re quando ele
toma valores inferiores a 100.
• Exemplo: Curva de 12 mm (1/2“), de raio reduzido, onde a
expressão de 2K se ajusta perfeitamente a todos os regimes,
neste caso com 1 800 0,40.
43

43

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

44

44

22
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Comparação dos Métodos


• A experiência mostra que o • É necessário contudo ter em
método clássico de um só K, em atenção que na maior parte dos
que cada acessório tem um casos os valores são dados para
comprimento equivalente, é diâmetros de 25 mm a 200 mm e
muito fiável para tubagens de no pressuposto de regime
aço de 25 mm a 200 mm. perfeitamente turbulento (ex.
• Para diâmetros superiores, em “Hydraulic Institute”).
aços-liga, pode majorar as perdas • Efetivamente, no método clássico,
de carga da ordem de 1,5 a 3 cada comprimento equivalente tem
vezes o valor correto, o que um fator de atrito associado, visto
originará que:
sobredimensionamento de
bombas e gastos de energia :;
-
supérfluos. • Na prática equivale ao método de
• Em regime laminar, pelo um só K e portanto é limitativo, se
contrário, o método clássico, considerarmos os diversos tipos de
normalmente subdimensiona as escoamentos possíveis. 45

perdas de carga.
45

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cálculo de Perdas de Carga


• Genericamente poder-se-ão • Problemas do tipo 1:
equacionar três tipos de  Resolvem-se facilmente através do
problemas num escoamento diagrama de Moody. A equação de
turbulento: Darcy permite determinar ./.
• Problemas do tipo 2 e tipo 3:
Tipo Conhecidos Desconhecidos
 A utilização do diagrama de Moody
1 N, 1, O, 2 ./ obriga necessariamente a um
processo iterativo.
2 1, O, 2, ./ N
 Nestes casos considera-se à partida
uma velocidade recomendada para
3 N, O, 2, ./ 1
o fluido.

46

46

23
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidades Recomendadas
Fluido Velocidade (m/s)
Água fria (em geral) 1 a3
Água quente 2 a3
Fluidos viscosos 1 a 1,5
Aspiração de bombas 0,5 a 1
Aspiração de bombas (fluidos viscosos) 0,3 a 0,5
Oxigénio 3 a8
Gases (BP) 3 a 10
Gases (AP) 15 a 20
Vapor saturado húmido 20 a 40
Vapor saturado seco 30 a 50
Vapor sobreaquecido 40 a 60
47

47

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problemas do tipo 2 – N (H , ), J
1. Escrever a eq. da energia introduzindo as grandezas conhecidas;
2. Expressar a perda de carga em função da velocidade e do fator de atrito
) ( H , -J
3. Explicitar a velocidade em função do fator atrito ( - ;
4. Expressar o número de Reynolds em função da velocidade ( ;
5. Calcular a rugosidade relativa Q/ ;
6. Selecionar um valor inicial do fator de atrito - -R tomando como
referência o valor da rugosidade relativa Q/ e admitir um Re na faixa
turbulenta;
7. Calcular a velocidade em função do fator de atrito assumido STU (H-J;
8. Calcular o número de com a nova velocidade ( H STU J;
9. Com STU e Q/ obter um novo valor do fator de atrito - -STU ;
10. Se -STU V -, adotar - -STU e repetir o procedimento a partir do passo 7 até
convergir o valor da fator de atrito.
• A solução do problema é encontrada quando o fator de atrito converge, 48

determinado a caudal com a velocidade final calculada.


48

24
19/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problemas do tipo 3 – D (H , , )J

1. Esclarecer a eq. da energia na perda de carga;


2. Expressar o caudal em função da velocidade e do diâmetro na eq. da perda
de carga;
3. Explicitar o diâmetro na perda de carga ficando a expressão na forma
- W, ;
X&
4. Expressar o número de Reynolds em função do diâmetro D*;
5. Adotar um valor inicial do fator de atrito - -R (p.ex: -R 0,02);
6. Calcular o diâmetro pela expressão - W, ;
X&
7. Calcular o número de com a nova velocidade D*;
8. Calcular a rugosidade relativa Q/ ;
9. Com STU e Q/ determinar um novo valor do fator de atrito - -STU ;
10. Se -STU V -, adotar - -STU e repetir o procedimento a partir do passo 7 até
convergir o valor da fator de atrito.

• A solução do problema é encontrada quando o fator de atrito converge,


49
determinado o diâmetro com o fator de atrito final.

49

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

50

25
26/03/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica

Aula 07

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


• Para um escoamento permanente, incompressível, sem atrito e ao
longo de uma linha de corrente, a primeira lei da termodinâmica é
reduzida à equação de Bernoulli.
• Não há perda de energia neste tipo de escoamento:

2
• A equação de Bernoulli, expressa da forma acima, sugere uma
representação gráfica do nível de energia mecânica de um
escoamento.
• Cada termo tem dimensões de comprimento, ou “altura de carga”
do fluido em escoamento. 3

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica

PCE

2
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


• A Linha de Energia (EGL – Energy • Linha de energia (LE ou EGL) ou de
Grade Line) ou de carga e a Linha de carga é a linha que representa a
Altura Piezométrica (HGL –Hidraulic energia total do fluido. Fica, portanto,
Grade Line) são representações acima da linha piezométrica de uma
gráficas da carga de um sistema. distância correspondente à energia de
• Plano de carga efetivo (PCE) é a velocidade e se a tubagem tiver seção
linha que demarca a continuidade uniforme, ela é paralela à piezométrica.
da altura da carga inicial, através
das sucessivas seções de
escoamento;
• Linha piezométrica (LP ou HGL) é
• Nota:
aquela que une as extremidades das
colunas piezométricas. Fica acima da ‒ A linha piezométrica pode subir ou
tubagem de uma distância igual à descer, em seções de
pressão existente e é expressa em descontinuidade.
altura do líquido. É chamada ‒ A linha de energia desce sempre.
também de gradiente hidráulico; 5

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


• Experiência de Froude (1875)
LP
PCE
(HGL)

6
H1 = H2 = H3 = Cte.
6

3
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


• Energia Total da Água (H) (sem escoamento)

1 Plano de Energia

h1 h2 h3 Linha das
pressões

2 3 Sem escoamento
Plano de referência

H1 = H2 = H3 = Cte.
7

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


• Energia Total da Água (H) (com escoamento)
2 2
1 Plano de Energia

h1 Linha das
h2 h3 pressões

2 3
Plano de referência

H1 = H2 = H3 = Cte
8

4
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


• Energia Total da Água (H) (estrangulamento da seção)
LP (HGL)
2 2
1

h1 p2 = h2.γ
p3 = h3.γ

2 3

H1 = H2 = H3 = Cte 9

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


p V2
H= + +z
γ 2g

• Caso de fluido sem atrito.

• Ponto 1 0

!
• 0 # #é %&

• A linha de energia vai corresponder


à soma das três alturas de carga.

10

10

5
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica

• A linha de energia representa a


altura de carga total.

• A altura permanece constante


para um escoamento sem atrito,
quando não é realizado nenhum
trabalho sobre ou pelo líquido
em escoamento (bomba ou
turbina).

• Um tubo de Pitot inserido num


escoamento mede a pressão de
estagnação (estática + dinâmica)
e será instalado num ponto de
elevação z. 11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica

• A linha piezométrica representa


a soma das alturas de carga de
elevação e de pressão estática
' / ).

• Numa tomada de pressão


estática conectada à tubagem, o
líquido sobe até a altura da linha
piezométrica.

• A diferença de altura entre a


linha de energia e a linha
piezométrica representa a altura
de carga dinâmica (de
velocidade), 2/2 . 12

12

6
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


• A altura de carga total é obtida pela
aplicação da equação de Bernoulli ao
ponto (1).
• Nesse ponto a velocidade é
desprezável e a pressão é a
atmosférica ( % * 0).
• A carga de velocidade aumenta de
zero a 2/2 , à medida que o fluido
acelera para dentro da primeira seção
da tubagem com diâmetro constante.
• Como a linha de energia é constante,
a altura da linha piezométrica
diminui.
• Quando a velocidade torna-se
constante, a altura da linha
piezométrica permanece também13
constante.
13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica

• A velocidade aumenta novamente


no redutor de seção entre (2) e (3).
• À medida que a carga de
velocidade aumenta a altura da
linha piezométrica diminui.
• Quando a velocidade é outra vez
constante entre (3) e (4) a linha
piezométrica é mantida na
horizontal e comum a altura
menor.
• Na descarga livre, em (4), a altura
de carga estática é zero
(manométrica).
• Em (4), a altura da linha
piezométrica é igual a z4. 14

14

7
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica

• A altura de carga da velocidade é


4 /2 .
2

• A altura de carga de pressão é


negativa entre (3) e (4) porque a
linha do centro da tubagem está
acima da linha piezométrica.

15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga
• A perda ao longo da tubagem
é uniforme em qualquer troço ,-.→0
de dimensões constantes,
independente da posição da
conduta.

• A perda de carga é uma


perda de energia do sistema
devido a transformação de
energia mecânica para térmica
causada pelo atrito (interno e
contato com superfícies sólidas).

16

16

8
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga

,-.→0

H1
H2

p1 V2 p V2
+z1+ 1 = 2 +z2 + 2 +ΔH
,-.→0
12
γ 2g γ 2g
17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

p1 V12 p2 V22
+z1+ = +z2 + +ΔH,-.→0
12
γ 2g γ 2g
• Significado das parcelas
p V2
H= + +z
γ 2g

Energia ou Carga de posição


carga de (energia potencial)
pressão
Energia ou carga
cinética 18

18

9
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

,-.→0

Linhas piezométricas (LP) ou cargas piezométricas

p
LP= +z
γ 19

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga

,-.→0 ,-.→0

20

20

10
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e Linha Piezométrica


• Energia Total da Água (H) com perda de carga
12 LP (HGL) 12
2 2
1

h1 p 2 = h 2. γ
p 3 = h 3. γ

2 3

H1 = H2 + hf2 = H3 + hf3 = Cte 21

21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de Energia e a perda de carga

9 . 0
34 8 ;
:7 07
9
36 ;
:7
. 0
34 5 36 8
07

22

22

11
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

O processo de perda é contínuo …


…mas é tratada de forma discreta

23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

do troço

do troço

24

24

12
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de energia para fluidos reais


hf válvula
hf entrada
hf expansão hf redução

hf saída

25

25

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Linha de energia para fluidos reais

26

26

13
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Propriedades da LP e LE
• Conforme a velocidade tende para zero, a LP (HGL) e a LE (EGL)
aproximam-se uma da outra.
• A LE e a LP inclinam-se para baixo na direção do escoamento devido à
perda de carga distribuída no tubo. Quanto maior é a perda por
unidade de comprimento, maior é a inclinação.
• A mudança abrupta ocorre na LP e na LE sempre que ocorre uma perda
devido a uma mudança súbita de geometria ou perda de carga
localizada.
• Ocorre um salto na LE e na LP quando energia útil é adicionada ao
fluido, como acontece com uma bomba e uma queda ocorre se
energia útil é extraída do escoamento, como ocorre com uma turbina.
• Se a LP passa através do tubo a pressão é zero. Se a LP passa
abaixo da linha do centro do escoamento a pressão é negativa
(zona de vácuo). 27

27

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.1

28

28

14
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.1
• Um óleo com ρ = 900 kg/m3 e ν = 0,0002 m2/s escoa-se no
sentido ascendente num tubo inclinado. A pressão e a elevação
são conhecidas nas secções 1 e 2, que estão afastadas 10 m.
Considerando um escoamento laminar estacionário.
a) Verifique se o escoamento se dá no sentido ascendente, de
1 para 2.
b) Calcule hf entre 1 e 2.
c) Calcule o caudal Q.
d) Determine a velocidade de escoamento (V).
e) Determine o número de Reynolds (Re).
29

29

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.1
Resolução
a) Verifique se o escoamento se dá no sentido ascendente, de 1
para 2.
Z2 = ∆L × sen 40º = 10 m × sen 40º = 6,43 m

HGL1 = z1 + p1/(ρg) = 0 + 350.000/(900×9,81) = 39,65 m


HGL2 = z2 + p2/(ρg) = 6,43 + 250.000/(900×9,81) = 34,75 m

• Será que a perda carga define o sentido do escoamento ? Ver slide 20


• O escoamento dá-se no sentido 1 para 2, i.e., do valor inferior da
30
linha de energia (LE ou EGL).

30

15
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.1
Resolução
b) Calcule 1< entre 1 e 2.

HGL1 = z1 + p1/(ρg) = 0 + 350.000/(900×9,81) = 39,65 m


HGL2 = z2 + p2/(ρg) = 6,43 + 250.000/(900×9,81) = 34,75 m

A perda de carga corresponde à variação da linha de energia

1< =>1 – =>2 39,65 # – 34,75 # 4,9 #

Nota: Verifica-se que o tubo tem uma perda de carga de ± 12,5 %. Muito
acima do recomendado.
31

31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.1
Resolução
c) Calcule o caudal Q Cal. Aux.:
Para se determinar Q utiliza-se a µ =ρ×ν
equação de Darcy para escoamento µ = 900 kg/m3 × 0,0002 m2/s
laminar µ = 0,18 kg/(m.s)
A= π D2/4
64 64 µ ??? Q = π D2/4 .V → V = 4 Q /(π.d2)
f = = Q= A . V
Re ρ VD

64 µ L V 2 128 µ LQ π ρ gD 4 × h f
∴ hf = =  Q=
ρ VD D 2g πρ gD 4 128 µ L
π × 900 × 9 ,807 × 0 ,06 4 × 4 ,9
Q= = 0 ,0076 m 3 s
128 × 0 ,18 × 10 32

32

16
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.1
Resolução
d) Determine a velocidade de escoamento (V)
A velocidade determina-se por H/I
Q 0,0076
V = = = 2,7 m s
π r2 π 0,032

e) Re
O número de Reynolds determina-se por
VD 2,7 × 0,06
Re = = = 810 ∴ Re < 2300 Escoamento laminar
ν 0,0002
33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.2
• A máquina M necessita para um perfeito funcionamento de um caudal de
água de arrefecimento de 4 l/s a uma pressão de 0,5 bar acima da pressão
atmosférica.
• O reservatório tem um nível de água mínimo de 8 m acima da máquina.
• Verifique a viabilidade da instalação e trace as linhas piezométrica e de carga.
Dados:
Água viscosidade ν = 10
−6
• m2 s
• Tubo ferro galvanizado Dint=50 mm
8m • Kt=0,5 (saída de tanque)
• Kv=1 (válvula)
M

34
50 m 50 m

34

17
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.2
Resolução
• Identificar os pontos singulares

L NL
• Cálculo da Velocidade : H .I ⟹ ⟹Q 2,037 #/
M OP

• Cálculo do número de Reynolds: R . S/T 2,037 U 0,05/10VW 105 35

35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.2
Resolução
Coeficiente de atrito Diagrama de Moody f=0,027

Regime turbulento
Y 0,15
← 0,003
S 50

36

36

18
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.2
Resolução
,Z [
• Cálculo da altura cinética do escoamento: 0,2 #
\ ],^

• Cálculo da perda de carga distribuída (fórmula de Darcy):


L v2 50
h f1, 2 = h f 3 , 4 = f = 0 , 027 × × 0,2 = 5,4 m
D 2g 0 , 05

37

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.2
Resolução
Cálculo das perdas de carga singulares

2,037
12 _ 0,5 ` ≅ 0,1 #
2 2 ` 9,8
2,037
12 ,c _ 1 ` ≅ 0,2 #
2 2 ` 9,8
Cálculo da linha de carga, ao longo da tubagem:

v 2 P0
H0 = + + z0 = 0 + 0 + 8 = 8 m ∴ Não satisfaz
2g γ
H1 = H 0 − h f1 = 8 − 0,1 = 7,9 m Possíveis soluções:
• Elevar o reservatório;
H 2 = H1 − h f1, 2 = 7,9 − 5,4 = 2,5 m
• Instalar uma bomba à saída do
H 3 = H 2 − h f 2 , 3 = 2,5 − 0,2 = 2,3 m reservatório;
H 4 = H 3 − h f 3, 4 = 2,3 − 5,4 = −3,1 m • Pressurizar o reservatório; 38
• Aumentar o diâmetro da tubagem.

38

19
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 4.2
Resolução
Linhas piezométrica e de carga

39

39

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

40

20
26/03/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de Carga em Redes de Fluidos

Aula 08

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cálculo de Perdas de Carga


• Genericamente poder-se-ão • Problemas do tipo 1:
equacionar três tipos de  Resolvem-se facilmente através do
problemas num escoamento diagrama de Moody. A equação de
turbulento: Darcy permite determinar .
• Problemas do tipo 2 e tipo 3:
Tipo Conhecidos Desconhecidos
 A utilização do diagrama de Moody
1 , , , obriga necessariamente a um
processo iterativo.
2 , , ,  Nestes casos considera-se à partida
uma velocidade recomendada para
3 , , ,
o fluido.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidades Recomendadas
Fluido Velocidade m/s
Água fria (em geral) 1a3
Água quente 2a3
Fluidos viscosos 1 a 1,5
Aspiração de bombas 0,5 a 1
Aspiração de fluidos viscosos 0,3 a 0,5
Oxigénio 3a8
Gases (BP) 3 a 10
Gases (AP) 15 a 20
Vapor saturado húmido 20 a 40
Vapor saturado seco 30 a 50
Vapor sobreaquecido 40 a 60
4

2
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 5.1
• Pretende-se que uma bomba com
pressão de saída P1 = 45 psi(g)
envie um caudal de 200 m3/h, para
um reservatório com pressão Pr =
10 psi(g), através de uma tubagem
com as dimensões indicadas.
• Considere o fluído um líquido com
= 9,5 N/dm3 (kN/m3) e
viscosidade ν =550 cSt
a) Determine o diâmetro da
tubagem.
5

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 5.1
Dados:
• Comprimento dos trechos retos de tubo:

1 4 ; 88 ; 3 75 ; 4 7 .
• Valor máximo do caudal: 200 3/ .
• Cotas de elevação:
1 1 0,85 ;
2 2 13,7 .
• Pressão de saída da bomba: "1 45 #$ % ≅ 310 '"(.
• Altura máxima do líquido no reservatório: ) 9 .
• Pressão máxima no reservatório: r 10 #$ % ≅
69 '"(.
• Peso específico do fluido: 9,5 -/. 3.
6
36 2/#4
• Viscosidade cinemática: / 550 01 210

3
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m

a) Determinação de 56, 57, 86 9 87.


7m vertical  1 0,85
 2 13,7
75 m horizontal
 "1 310 '"(
88 m horizontal  "2 ": ; : <
69 ; 9 < 9,5 154,5 '"(

4m vertical

z1=0,85m P1

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m

b) Cálculo da diferença de energia


7m vertical Equação de Bernoulli, velocidade constante:

75 m horizontal p v 2
h + + = cte EF ;
F
3 E ; G
γ 2g H

88 m horizontal
F

P1 310
• Energia no ponto 1 z1 +
γ
= 0,85 +
9,5
= 34,11 m
4m vertical
P2 154,5 kPa
• Energia no ponto 2 z2 +
γ
= 13,7 m +
9,5 kN m3
= 29,96 m
z1=0,85m P1

• Perda de carga disponível:


56 – 57 ?@, 66 – 7A, AB @, 6C D
8

4
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m

c) Determinação do diâmetro provisório do


tubo:
7m vertical
• Arbitrar velocidade 1m/s
75 m horizontal LM2
IJ → J M 266
4
88 m horizontal
• Escolher tubo DN 250 sch 40 Dext=273 mm;
esp = 9,25 mm; Dint=254,5 mm
4m vertical • Velocidade de escoamento V = 1,09 m/s
• Nº de Reynolds Fluidos incompressíveis:
z1=0,85m P1
D ×V 0,255 × 1,09
Re = = = 505
ν 5,5 × 10 −4
∴ Regime laminar f = 64/Re 9

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m
d) Cálculo do comprimento equivalente:
• Utilizar o método dos comprimentos equivalentes, tubo
DN 250
7m vertical  L = 4+88+75+7=174 m
 2 válvulas cunha 2 X 1,7 = 3,4 m
 1 válvula retenção 1 X 20 = 20 m
75 m horizontal
 4 curvas 90 º 4 X 5,5 = 22 m
 1 entrada 1 X 7,5 = 7,5 m
88 m horizontal
NO 174 ; 3,4 ; 20 ; 22 ; 7,5 226,9
e) Cálculo da perda de carga
4m vertical IQ
Equação de Hagen-Poiseuille: P" 32
M
∴ δP = hl ρg
z1=0,85m hl µ .V ν .V 32 × 5,5 × 10 × 1,09
−4
P1 = 32 = 32 = = 0,03 m / m
L ρ gD 2 gD 2 9,81 × 0,2545 2
• Ou seja 3 mca por cada 100 m de comprimento de tubo.
• Perda de carga total =226,9 x 3/100 = 6,85 m.
• Portanto, é maior que a disponível ∆ 4,15 S 6,8510 .
∴ passar para diâmetro superior 300 mm e repetir os cálculos

10

5
26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

11

Comprimentos equivalente de perdas localizadas (m)

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Desenho esquemático
Problema 5.1
Pr
hr=9 m Resolução
Z2=13,7m
f) Repetir o cálculo com novo valor de diâmetro

• Escolher tubo DN300 sch 40 ⇒Dext=323,9 mm;


7m vertical
esp=10,31 mm; Dint=303,28 mm
Q = V.A Q = 200 m3/h/3600 (s/h) =
75 m horizontal
0,055 m3/s A = πd2/4=0,072 m2 v=
0,77 m/s
88 m horizontal
• Nº de Reynolds Fluidos incompressíveis
VW M < I/\ 303,28 < 10]^ < 0,77/5,5 < 10]Y
424,59 XY
∴ Regime laminar U
4m vertical
64/VW 0,15
Y Y,Z[
z1=0,85m
Equação de Darcy
P1
L v2
hL = f
d 2g
hL
= 0 ,15
(0 , 77 )2
= 0 , 015 m m 12
L 0 , 303 × 2 × 9 , 8

12

6
26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Desenho esquemático

Pr
hr=9 m Problema 5.1
Z2=13,7m Resolução
• Vamos utilizar o método dos comprimentos equivalentes,
tubo DN 300
7m vertical  L = 88+75+4+7=174
 2 válvulas cunha 2 X 2,1 = 4,2 m
 1 válvula retenção 1 X 24 = 24 m
75 m horizontal
 4 curvas 90 º 4 X 6,1 = 24,4 m
 1 entrada 1X9 =9m
88 m horizontal
NO 174 ; 4,2 ; 24 ; 24,4 ; 9 235,6
Perda de carga unitária
4m vertical
_ 235,6 < 0,015 / 3,53
z1=0,85m P1 ∴ Menor que a disponível ∆ 4,15 ` 3,53 .
Portanto considera-se esta solução suficientemente
aproximada
13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

14

Comprimentos equivalente de perdas localizadas (m)

14

7
26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Sistemas de tubos em série

Regra 1: Q1 = Q2 = Q3 = Constante
V1 D12 = V2 D22 = V3 D32
Regra 2: ∆hA→B = ∆h1 + ∆h2 + ….+ ∆hN
V12  f1 L1  V22  f 2 L2  VN2  f N LN 
∆h A→ B = 
2g  D1
+  k1 +  +  k 2 + ... +  +  kN 
 2g  D2  2g  DN  15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 5.2
• Considere três condutas dispostas em série, em que a perda
de pressão total entre as suas extremidades é de PA – PB = 150
kPa, e o respetivo desnível geométrico zA – zB = 5 m.
• Calcule o caudal em escoamento, considerando que o fluido é
água com as seguintes propriedades físicas:
ρ = 1.000 kg/m3 e ν = 1,02 × 10-6 m2/s

16

16

8
26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

• E as condutas têm as seguintes dimensões e características:

Conduta L [m] D [cm] ε [mm] ε/D

1 100 8 0,24 0,003

2 150 6 0,12 0,002

3 80 4 0,20 0,005
17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 5.2
Resolução
• A perda de carga total ao longo do sistema é de:

b 3 c 150.000 "(
∆ b→c ; Eb 3 Ec ; 5 20,3
d% 1.000 '%⁄ ^ < 9,81 ⁄#

• Pela equação da continuidade as velocidades relacionam-se por:

d 12 16 d12
V2 = V = V1
2 1
e V3 = V1 = 4V1
d2 9 d 32
V2 d 2 4
Re 2 = Re1 = Re1 e Re 3 = 2 Re1
V1d1 3

18

18

9
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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.2
F 100 150 16 ^ 80
Resolução M F
UF U
0,08 F M
U IF
0,06
U
9 M^
U^ IF U 4
0,04 ^

• Desprezando as perdas de carga localizadas e substituindo valores na equação


(regra 2) resulta:
V12  
2
 16  V12
∆h A→ B =
2 g 
1.250 f1 + 2.500  f 2 + 2.000 × 4 2 f 3 
 9  20,3 = (1.250 f1 + 7.900 f 2 + 32.000 f3 )
 2g
• Começa-se por estimar os fatores de atrito no diagrama de Moody, com base nos
valores da rugosidade relativa (ε/D) e considerando um regime turbulento
completamente desenvolvido como:
f1 = 0,0262 f2 = 0,0234 f3 = 0,0304

• Substituindo na equação anterior resulta:


V12 ≅ 2 g × 20,3 (33 + 185 + 973) ∴ V1 = 0,58 m s
19

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 5.2 V2 d 2 4
Re 2 = Re1 = Re1 e Re 3 = 2 Re1
Resolução V1d1 3

• Determinando-se os números de Reynolds como:


Re1 ≅ 45.400 Re2 = 60.500 Re3 = 90.800
• Com os números de Reynolds determinam-se novos valores para os fatores de atrito
no diagrama de Moody:
f1 = 0,0288 f2 = 0,0260 f3 = 0,0314

• Substituindo os novos valores dos fatores de atrito na equação anterior resulta:

V1 = 0,565 m/s
1
Q = π d12 V1 = 2,84 × 10−3 m 3 s
4
(10,2 m h )3

• Uma segunda iteração conduziria ao valor de: Q = 10,22 m3/h

d 12 16 d12
V2 = V1 = V1 e V3 = V1 = 4V1
d 22 9 d 32 20

20

10
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REDES DE FLUIDOS

3
1
2

21

21

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REDES DE FLUIDOS

Sistemas de tubos em paralelo

• Na resolução deste tipo de problemas, de solução iterativa, aplica-se


normalmente os dois seguintes princípios básicos:
‒ O somatório dos caudais nos ramais deverá ser igual ao caudal total da
linha onde o sistema se insere (pontos de junção)

1 ; 2 ; 3 $
‒ A perda de carga entre os pontos de junção (A e B), será a mesma para
todos os ramais.
J g 1 2 3
22

22

11
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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.3
• Considere as três condutas do problema anterior agora
dispostas em paralelo, em que a perda de carga total em cada
um dos tubos entre as suas extremidades é de 20,3 m.
• Calcule o caudal em escoamento desprezando as perdas de
carga localizadas, considerando que o fluido é o mesmo:
Conduta L [m] D [cm] ε [mm] ε/d

1 100 8 0,24 0,003

2 150 6 0,12 0,002

3 80 4 0,20 0,005
23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 5.3
Resolução

V12 V2 V2
20,3 m = × 1250 f1 = 2 × 2500 f 2 = 3 × 2000 f 3
2g 2g 2g
• Conduta 1: estima-se o fator de atrito no diagrama de Moody, com ε/D e
considerando um regime turbulento, com base no qual calcula-se:
ν = 273.000
f1 = 0,0262  V1 = 3,49 m/s e Re1 = V1d1/ν
• Pelo diagrama de Moody com o valor da rugosidade e do número de Reynolds
determina-se:
f1 = 0,0267  V1 = 3,46 m/s e Q1 = 62,5 m3/h 24

24

12
26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.3
Resolução

V12 V2 V2
20,3 m = × 1250 f1 = 2 × 2500 f 2 = 3 × 2000 f 3
2g 2g 2g
Conduta 2:
• Repetindo o método anterior temos:
ν = 153.000
f2 = 0,0234  V2 = 2,61 m/s e Re2 = V2d2/ν
• Pelo diagrama de Moody determina-se e calcula-se:
f2 = 0,0246  V2 = 2,55 m/s e Q2 = 25,9 m3/h
25

25

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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.3
Resolução

V12 V2 V2
20,3 m = × 1250 f1 = 2 × 2500 f 2 = 3 × 2000 f 3
2g 2g 2g

Conduta 3: O caudal total é de:


• Finalmente temos: Q = Q1 + Q2 + Q3
= 62,5 + 25,9 + 11,4
f3 = 0,0304  V3 = 2,56 m/s e Re3 = 100.000
= 99,8 m3/h
• Repetindo tem-se:
f3 = 0,0313  V3 = 2,52 m/s e Q3 = 11,4 m3/h

26
∴ Estes 3 troços transportam 10 vezes mais caudal em paralelo do que em série.

26

13
26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Sistemas convergentes com reservatórios


• No caso de três reservatórios
convergentes num nó, se todos os
caudais forem considerados
positivos no sentido reservatório do
nó então:
1 ; 2 ; 3 0
• O que implica que a água aflui a pelo
menos um dos reservatórios.
• A linha de carga (LP) na elevação (j) • A perda de carga em cada ramal,
tem a altura: deverá ser tal que:
h
h Eh ; IF UF F
d% i EF 3
F h
• Para simplicidade consideram-se 2% MF
pressões relativas (ou manométricas)
assim, a pressão há superfície dos I U
i E 3 h
reservatórios é zero: 2% M
0
1 2 3 I^ U^ ^
i ^ E^ 3 h 27
2% M^

27

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REDES DE FLUIDOS

28

28

14
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REDES DE FLUIDOS

Sistemas convergentes com reservatórios


• Arbitra-se j e resolvem as
equações para determinar:
I1, I2 W I3
por consequência: 1, 2 W 3

• Se k for arbitrado demasiado


elevada:
‒ A soma 6 ; 7 ; ? será
negativa;
• A solução será reduzir j e vice
versa.

29

29

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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.4
• Considere que as três condutas dos problemas anteriores
ligam três reservatórios com a superfície da água às cotas:
E1 20 E2 100 E3 40
• Determine o caudal em cada uma das condutas, desprezando
as perdas de carga localizadas.

Resolução
• Como primeira aproximação estabelece-se a cota piezométrica
da junção igual à cota da superfície livre do reservatório
intermédio j E3 40 , isto quer dizer que 3 0.

30

30

15
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 5.4
Resolução
• Como primeira aproximação
estabelece-se a cota piezométrica
da junção igual à cota da
superfície livre do reservatório
intermédio j E3 40 , z1 = 20 m z2 = 100 m z3 = 40 m
isto quer dizer que 3 0.
3/
Reservatório j, E$ 3 j U$ I$ , /# $, $ /.$

2
V f 1 L1
∆h 1 = 1
= z1 − h j 1 40 -20 0,0267 -3,43 -62,1 1250
2g d1
2
V f 2 L2
∆h 2 = 2
= z2 − h j 2 40 60 0,0241 4,42 45,0 2500
2g d2
2
V f 3 L3
∆h 3 = 3
= z3 − h j 3 40 0 0 0,0 2000
2 g d3

ΣQ= -17,1
ƒ (Di ) A = πD2/4 Q = V.A 31

31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 5.4
Resolução
• Como o somatório dos caudais
em direção à junção é
negativo, k foi arbitrado
demasiado elevado, reduz-se
o seu valor para 30 m e repete-
se o cálculo.

3/
Reservatório j, E$ 3 j U$ I$ , /# $,
2
V f 1 L1
∆h 1 = 1
= z1 − h j 1 30 -10 0,0269 -2,42 -43,7
2g D1
2
V f 2 L2
∆h 2 = 2
= z2 − h j 2 30 70 0,0241 4,78 48,6
2g D2
V32 f 3 L3
∆h 3 = = z3 − h j 3 30 10 0,0317 1,76 8,0
2g D3

ΣQ= 12,9 32
ƒ (Di ) A = πD2/4 Q = V.A

32

16
26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.4
Resolução
• O somatório dos caudais em
direção à junção é positivo,
interpola-se para determinar
j 34,3 e repetir o
cálculo.
• Nesta iteração o resultado é aproximado, efetuando-se uma última iteração, tem-se:
j 34,53 3/
Reservatório j, E$ 3 j U$ I$ , /# $,
1 352,8 3/
2 47,0 3/
1 34,3 -14,3 0,0268 -2,90 -52,4
3 5,8 3/
0 2 34,3 65,7 0,0241 4,63 47,1

3 34,3 5,7 0,0321 1,32 6,0

ΣQ= 0,7

∴O caudal 1 está na direção do reservatório 1 que é balanceado pelos 2 e 3 que saem dos 33

reservatórios 2 e 3, respetivamente.

33

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de Carga em Redes de Fluidos

Aula 09

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
34

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

34

17
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga em sistemas de tubagens


Processo expedito de cálculo
• Apresenta-se uma forma menos • O processo de resolução baseia-se
tradicional mas versátil de resolução no facto de ser vantajoso expressar
deste tipo de problemas, para os as perdas de carga distribuídas na
casos em que f não depende de Re forma exponencial.
(regime turbulento):
• Dependente da formulação
escolhida, o coeficiente de
hf = RQx resistência poderá ser função:
‒ Da rugosidade, ou;
hf Perda de carga no comprimento L ‒ Do comprimento e diâmetro do
de tubo considerado; troço da tubagem em causa.
R Coeficiente de resistência; • Se substituirmos a equação de Darcy
Q Caudal; na equação exponencial, l 2
x Expoente. resulta:
U8 35
V U
2%MJ %L MZ
35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga em sistemas de tubagens


Método de Hardy-Cross
• O método baseia-se nos princípios • Os caudais de entrada e de saída nos
dos sistemas de tubos em pontos de junção são iguais.
paralelo e utiliza aproximações • Ou seja o somatório dos caudais
sucessivas para determinar o concorrentes a um nó é nulo.
caudal em cada ramal por forma a • A soma algébrica das perdas de carga
que sejam satisfeitos os princípios em cada malha deverá ser nula.
fundamentais. • O método de Hardy-Cross pode ser
utilizado para determinar o caudal em
Ou seja: cada ramal da malha, se forem
conhecidos:
‒ Os respetivos comprimentos;
‒ Os diâmetros e rugosidades;
‒ Os caudais de entrada e saída da
rede. 36

36

18
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Método de Hardy-Cross
Desenvolvimento da aplicação do método:
1. Atribuir um caudal para cada 3. Determinar a soma algébrica das
ramal. perdas de carga em cada malha.
Em cada malha, considerar os
Quando as somas forem nulas, ou
caudais com sinal positivo no
sentido dos ponteiros do relógio e aproximadamente nulas, os
com sinal negativo, no sentido caudais consideram-se corretos.
contrário.
4. Calcular os valores corretivos dos
2. Determinar a perda de carga em caudais, a aplicar em cada malha,
cada ramal. através da seguinte equação:
Em cada malha, considerar as 3∑V m
perdas de carga com sinal i
m ∑ V m]F
positivo no sentido dos ponteiros V ⟹
e com sinal negativo, no sentido 3∑ H
i
contrário. ∑ H⁄ 37

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Método de Hardy-Cross
Desenvolvimento da aplicação do método:
5. Corrigir os caudais em todos os 3∑V m
ramais através da expressão do valor i
corretivo dos ramais. m ∑ V m]F
Esta correção para cada ramal é V ⟹
3∑ H
conseguida através da soma i
algébrica entre o valor corretivo para ∑ H⁄
a malha e o valor do caudal do ramal. Onde:
No caso de um ramal pertencer ∆Q Valor corretivo do caudal da malha;
simultaneamente a duas malhas terá
necessariamente duas correções, ∑ H Soma algébrica das perdas de carga
uma por cada malha. dos ramais da malha;
Serão, portanto, adicionados ∑ H ⁄ Somatório do cociente entre as
algebricamente os valores corretivos perdas de carga e o caudal de todos
de cada malha dos caudais iniciais os ramais da malha;
considerados. Valor função da equação utilizada na
O sinal do valor corretivo da malha determinação do caudal.
considerada, deverá ser contrário ao Nota: n=2 para a utilização da equação de38
da outra malha que tenha um ramal Darcy.
em comum.
38

19
26/03/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidades (m/s) para inicio dos cálculos:


Fluido Velocidade m/s
Água fria (em geral) 1a3
Água quente 2a3
Fluidos viscosos 1 a 1,5
Aspiração de bombas 0,5 a 1
Aspiração de fluidos viscosos 0,3 a 0,5
Oxigénio 3a8
Gases (BP) 3 a 10
Gases (AP) 15 a 20
Vapor saturado húmido 20 a 40
Vapor saturado seco 30 a 50
Vapor sobreaquecido 40 a 60
39

39

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exemplo de Redes em
Antenas e Malhas

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26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Método de Hardy-Cross
Problema 5.5
• Considere-se uma seção de uma rede
de distribuição de água de acordo
com o esquema anexo.
• Pretende-se determinar os caudais
em cada um dos ramais a partir da
distribuição inicial proposta e para os
coeficientes de resistência indicados.

• Resolução
Vamos considerar duas malhas,
considerando os contributos de RQn
positivos no sentido dos ponteiros do
relógio. 3pV 3pV
Assume-se o valor de 2 para o expoente n: i ∑ 2V ]F ∑ 2V 41

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REDES DE FLUIDOS

Método de Hardy-Cross
Problema 5.5 - Sequência do método:
1. Atribuir um caudal para cada ramal 3. Determinar a soma algébrica das
da rede. Em cada malha, considerar perdas de carga em cada malha.
os caudais com sinal positivo no Quando as somas forem nulas, ou
sentido dos ponteiros do relógio e aproximadamente nulas, os caudais
com sinal negativo, no sentido consideram-se corretos.
contrário. 4. Calculam-se os caudais pelas
2. Pressupondo conhecidos, o caudal, expressões:
comprimento, diâmetro e rugosidade 3∑V m
de cada ramal, determinar a perda de i
∑ V m]F
carga em cada ramal. Em cada malha, V m⟹
3∑ H
considerar as perdas de carga com i
∑ H⁄
sinal positivo no sentido dos
ponteiros e com sinal negativo, no
sentido contrário. Assume-se o valor de 2 para o
expoente n. 42

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REDES DE FLUIDOS

Método de Hardy-Cross
Problema 5.5 - Sequência do método:
5. Corrigir os caudais em todos os 6. No caso dum ramal pertencer
ramais através da expressão do valor simultaneamente a duas malhas terá
corretivo dos ramais, vista no passo necessariamente duas correções, uma
anterior. por cada malha.
Esta correção para cada ramal é Serão, portanto, adicionados
conseguida através da soma algebricamente os valores corretivos
algébrica entre o valor corretivo para de cada malha dos caudais iniciais
a malha e o valor do caudal do ramal. considerados.
O sinal do valor corretivo da malha
considerada, deverá ser contrário ao
da outra malha que tenha um ramal
em comum.

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REDES DE FLUIDOS

1ª Iteração 20 R=5

h = RQ n
 2 RQ
15

R=2 R=1
70 35

∆Q =
−  RQ 2

∆Q = −
7425
≈ − 13
 2 RQ 590
30 30
R=4

20 R=5

20

R=2 R=1
57 30
− 1325
∆Q = − ≈ 5
290 43 30
R=4
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REDES DE FLUIDOS

2ª Iteração
20 R=5
Malha I
20

R=2 R=1
57 30

43 30
R=4

Malha II

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REDES DE FLUIDOS

3ª Iteração
20 R=5

17

R=2 R=1
58 33

42 30
R=4

Considera-se a aproximação
suficientemente boa.

46

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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.x
• Qual é a queda de pressão por unidade de comprimento [m] do tubo
quando 1,51 '%/# de vapor de R-22 a 36,7 ºr flui através de um tubo de
cobre com 74,8 de diâmetro interno?
Resolução
• Na Tabela A-6a o R-22 à temperatura de evaporação 36,7 ºr, o volume
específico é 0,05855 3/'% d 17,08 '%/ 3 , então o caudal é:
1,51 < 0,05855 0,0884 ^ ⁄#

• Com a área da seção transversal do tubo de 0,00439 2, a velocidade é


0,0884
I 20,14 /#
0,00439
• Na tabela de viscosidades que se apresenta no slide seguinte à
temperatura de 36,7ºr, a viscosidade dinâmica é Q 0,0000117 "(. #. 47

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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.x

Viscosidades de vários refrigerantes nos 48


estados de líquido saturado e vapor
saturado

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26/03/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 5.x
• O número Reynolds é:

s,FY<s,stYu<Ft,su
VW 2,2 < 10X (Re > 4.000 ⇒ regime turbulento)
s,ssssFFt

• A rugosidade da tubulação de cobre é 0,0000015 m, então:

v 0,000015
0,00002
M 0,0748
• A partir do diagrama de Moody, os valores acima de Re e ε/D, indicam que
o fator de atrito f é de 0,0108.
• Finalmente, substituir os termos aplicáveis na equação de queda de
pressão:
∆ 1 20,14
0,0108 < < < 17,08 500 "( ⁄
0,0748 2 49

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MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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16/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura DE FLUIDO Mecânica
em Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDO

Bombas (1)

Aula 10

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Introdução

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REDES DE FLUIDO

Introdução
• Na indústria existe uma série de sistemas e equipamentos que utilizam
máquinas para movimentação e transporte de fluidos;
• Todos estes processos estão relacionados com a energia e seus processos
de transformação;
• A energia contida nos fluidos em movimento pode ser utilizada para
acionamento de máquinas de fluxo denominadas turbinas;
• As bombas e ventiladores são máquinas que recebem trabalho mecânico
através de motores e possibilitam transportar líquidos (bombas) e gases
(ventiladores) vencendo desníveis energéticos;

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16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Classificação

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REDES DE FLUIDO

Classificação
• As máquinas para a movimentação e o transporte de fluidos, i.e., as
máquinas de fluxo são utilizadas para adicionar ou retirar energia de um
fluido;
• Podem ser dinâmicas (turbomáquinas) ou volumétricas:
– Nas dinâmicas o aumento da pressão do fluido é contínuo;
– Nas volumétricas o aumento da pressão produz-se reduzindo o volume do
fluido confinado hermeticamente na câmara de compressão.

• As máquinas volumétricas podem ser alternativas com descarga


intermitente do fluido, ou rotativas com descarga continua do fluido;
• Já as máquinas dinâmicas podem ser classificadas segundo a trajetória
percorrida pelo fluido ao passar pelo rotor como radial, axial ou mista. 6

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REDES DE FLUIDO

Classificação
• Na figura apresenta-se uma classificação de máquinas de fluxo.

Esquema dos tipos de máquinas de fluxo


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REDES DE FLUIDO

Classificação
• As turbomáquinas direcionam o escoamento através de lâminas, alhetas
ou pás solidárias ao rotor.
– Numa turbomáquina o fluido nunca permanece confinado no interior da
máquina, está sempre a circular.
– Numa máquina volumétrica o fluido permanece periodicamente confinado no
interior da máquina.
– Todas as interações de trabalho entre fluido-rotor de uma turbomáquina
resultam dos efeitos dinâmicos do rotor sobre a corrente de fluido.
– As turbomáquinas podem ser máquinas motrizes (ex: turbinas) ou geratrizes
(ex: bombas)

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16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Classificação
• As turbomáquinas apresentam os seguintes componentes básicos:
– Boca de entrada (Bombas: boca de aspiração);
– Rotor ou impulsor;
– Fiada de pás, lâminas solidárias ao rotor;
– Corpo, voluta ou difusor;
– Boca de saída (Bombas: boca de descarga).
• Bombas são máquinas geratrizes cuja finalidade é o de realizar o
deslocamento de um líquido por escoamento.

• Transformam o trabalho mecânico que recebem para o seu


funcionamento em energia, que é comunicada ao líquido sob a forma de:
− energia de pressão e
− cinética. 9

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REDES DE FLUIDO

Classificação
Máquinas Geratrizes Característica Classificação
Bombas Hidráulicas • Bombas são máquinas Turbobombas
utilizadas para • Centrífugas
transporte de líquidos • Helicocentrífugas
vencendo a resistências • Axiais
de tubulações e
acessórios.
• Bombas de • Alternativas
deslocamento positivo;
• Altas pressões. • Rotativas

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REDES DE FLUIDO

Classificação
• As bombas promovem o deslocamento de líquidos
transferindo energia a estes fluidos de trabalho.
• As bombas classificam-se como turbobombas e
volumétricas:

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Classificação de bombas hidráulicas

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REDES DE FLUIDO

Classificação
As bombas classificam-se de acordo com o modo pelo qual é
feita a transformação do trabalho em energia hidráulica e o
recurso para cedê-la ao líquido aumentando a pressão ou a
velocidade em:
• Bombas de deslocamento positivo ou volumétricas;
• Turbo bombas;
• Bombas especiais.

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Bombas de deslocamento positivo

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REDES DE FLUIDO

Bombas de deslocamento positivo


• Nas bombas volumétricas existe
uma relação constante entre a
descarga e a velocidade do
elemento propulsor;
• Possuem uma ou mais câmaras,
em cujo interior o movimento de
um órgão propulsor comunica
energia de pressão a um líquido,
provocando o seu escoamento;
• Nestas bombas uma partícula
líquida em contacto com o órgão
que comunica a energia tem Bomba aspirante-premente
aproximadamente a mesma • A partícula líquida a tem a mesma
trajetória que a do ponto do trajetória retilínea do ponto b do
órgão com o qual está em pistão, exceto nos pontos de
concordância inicial 0-c e final c-1.
contacto. 14

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REDES DE FLUIDO

Bombas de deslocamento positivo

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Figura: Bomba aspirante premente

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REDES DE FLUIDO

Bomba de deslocamento positivo alternativa

• O líquido recebe a acção das forças directamente de um pistão


ou êmbolo ou de uma membrana flexível ou diafragma.
  Simplex
 
 pistão Duplo efeito  Duplex
 
 Simples efeitoTriplex
Alternativas   Multiplex

  Simplex
 Diafragma 
  Multiplex

Figura: Bomba de pistão alternativa 16

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REDES DE FLUIDO

Bomba de deslocamento positivo de pistão

Simples efeito Duplo efeito 17

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REDES DE FLUIDO

Bomba de deslocamento positivo de pistão

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REDES DE FLUIDO

Bomba de deslocamento positivo rotativa


• O líquido recebe a ação de forças provenientes de uma ou
mais peças dotadas de movimento de rotação que, ao
comunicarem energia de pressão, provocam o seu
escoamento.
• A ação das forças faz-se segundo a direcção que é
praticamente a do próprio movimento de escoamento do
líquido.

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Bombas Rotativas

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REDES DE FLUIDO

Bombas rotativas
  Palhetas
 
Um só rotor  Pistão rotativo
 
  Elemento flexível
  Parafuso simples

Rotativas   Engrenagens
  Rotor lobular
 

 Rotores múltiplos  Pistões oscilatórios
 
 duplos
 Parafusos 
  múltiplos

• São vulgarmente empregues para líquidos viscosos sem partículas
abrasivas. 21

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REDES DE FLUIDO

Bombas rotativas
• As bombas rotativas são diferentes das bombas de
descolamento positivo. Elas não apresentam válvulas
que permitam controlar o fluido na aspiração e na
descarga.
• Podem trabalhar com líquidos muito viscosos e com
sólidos em suspensão.
• Conseguem atingir pressões muito elevadas até de 350
bar (35 MPa).
• Podem transportar fluidos tais como graxas, óleos
vegetais e minerais, melaço, tintas e vernizes,
argamassas e outros.

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REDES DE FLUIDO

Bombas rotativas

• A descarga e a pressão do líquido bombeado sofrem pequenas


variações quando a rotação permanece constante.

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REDES DE FLUIDO

Bombas de engrenagens

• A partícula líquida a tem


aproximadamente a mesma
trajetória circular que a do ponto
b do dente da engrenagem;
• Exceto nos trechos de
concordância na entrada e saída
do corpo da bomba.

Figura: Bomba de engrenagens

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REDES DE FLUIDO

Exemplo: Bomba Rotativa de Lóbulos

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REDES DE FLUIDO

Bombas rotativas
• Bombas lóbulos

− As bombas de lóbulos são mais apropriadas para mover e


comprimir gases, sendo utilizadas para movimentar líquidos
viscosos.
− Existe um lóbulo motor e outro livre montados ortogonalmente.
A bolsa de líquido aprisionada na aspiração é conduzida até o
descarga.

Bombas de Lóbulos

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REDES DE FLUIDO

Bombas rotativas
• Bombas de palhetas
− As bombas de palhetas deslizantes tem palhetas radiais (4 a 8)
que pela ação centrífuga deslocam-se em direção a carcaça,
sobre a qual deslizam.
− O rotor é montado excentricamente e sua velocidade é limitada
a 300 rpm para mover gases sendo utilizada também para
bombagem de líquidos.

Bombas de Palhetas

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Bombas centrífugas

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REDES DE FLUIDO

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REDES DE FLUIDO

Turbobombas
• Nestas máquinas o fluido é aspirado pela boca
de entrada até atingir o rotor denominado
impulsor ou rotor;
• O rotor conta com uma fileira de pás sendo
envolvido por um corpo denominado voluta ou
difusor;
• A voluta transforma a energia cinética Rotor de bomba centrífuga

adquirida pelo fluido ao passar pelo rotor em


energia de pressão;
• O fluido abandona a bomba pela boca de saída denominada boca de
descarga.

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30

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REDES DE FLUIDO

Turbobombas - Voluta
Descarga Descarga

Aspiração

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Linha de escoamento com um impulsor do tipo vórtice

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REDES DE FLUIDO

Turbobombas
• Segundo o tipo de rotor podem ser radiais (bombas
centrífugas), axiais (bombas axiais) ou mistas (bombas
hélico-centrífugas).

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Tipos bombas hidráulicas

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REDES DE FLUIDO

Turbobombas

Bomba centrífuga monocelular (constituídas por um rotor) Rotor de bomba axial


equipada com motor elétrico e aplicada em chassi.

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33

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REDES DE FLUIDO

Turbobombas
• O rotor pode ser de simples aspiração ou de aspiração dupla
o qual permite aumentar o caudal fornecido.

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Corte de Voluta e rotor com simples aspiração Corte rotor com dupla aspiração

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REDES DE FLUIDO

Turbobombas
• Para aumentar a pressão as turbobombas podem ter vários
estágios;
• Os rotores podem ser fechados, abertos e semi-abertos;
• Podem transportar fluidos limpos ou com partículas em
suspensão.

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35

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REDES DE FLUIDO

Bombas Axiais
• Os rotores axiais são utilizados para trabalhar
com grandes caudais e pequenas alturas
manométricas;
• Tipicamente 500 m3/h, ou mais, e pressões
inferiores a 1,5 bar (0,15 MPa). Trabalham
tipicamente com capacidade acima de 20 m3/h e
pressão até 3 bar (0,3 MPa);
• Nos rotores de escoamento misto ou tipo turbina
as pás tem curvatura dupla, (forma helicoidal)
desta forma o escoamento é parcialmente axial e
parcialmente radial;
• Operam com velocidades menores que os
radiais.
Corte de bomba axial
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REDES DE FLUIDO

Bombas Axiais

Bomba centrífuga com rotor axial 37

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REDES DE FLUIDO

Bombas centrífugas
• As bombas centrífugas são o tipo de bombas mais utilizadas no setor
primário, secundário e terciário. As bombas centrifugas são amplamente
utilizadas na indústria de processos químicos;
• Apresentam capacidade de 0,5 m3/h até 20.000 m3/h e trabalham com
pressões entre 0,15 a 500 bar (50 MPa);
• Caracterizam-se por ausência de pulsação em serviço contínuo.

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REDES DE FLUIDO

Bombas centrífugas

descarga

aspiração

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REDES DE FLUIDO

Bombas centrífugas
• Apresentam um rotor com pás montado num veio girando no interior da
carcaça.
• O fluido chega ao centro do rotor através de uma boca de aspiração
sendo forçado através de pás do rotor para a periferia onde atinge uma
velocidade elevada.
• Saindo da ponta das pás o líquido passa para a voluta onde ocorre a
transformação da energia cinética em energia de pressão.
• Podem ter um ou vários estágios de impulsores montados no veio
comum.
• Dependendo do tipo de bomba, é usual obter-se aumentos de pressão
em cada estágio de 150 a 250 N/cm2 (1,5 a 2,5 MPa), a velocidades
compreendidas entre as 3.000 e 3.600 rpm.
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REDES DE FLUIDO

Tipo de bombas de acordo com o número de


impulsores
Multicelulares
Constituídas por dois ou mais impulsores dispostos em série

Aspiração Axial

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REDES DE FLUIDO

Bomba Multicelular
Aspiração Lateral

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REDES DE FLUIDO

Figura: Bombas multicelulares de captações tubulares

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REDES DE FLUIDO

Bombas centrífugas
• As bombas centrífugas podem trabalhar com água limpa,
água do mar, condensados, óleos com pressões até de 16 bar
(1,6 MPa) e temperatura de até 140 ºC;
• Na indústria química e petroquímica podem ser utilizadas
para trabalhar com água até 300 ºC e pressões de até 25 bar
(2,5 MPa);
• Bombas de processo podem operar com temperaturas de até
400 ºC e pressões de até 45 bar (4,5 MPa).

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REDES DE FLUIDO

Bombas centrífugas
• O material da carcaça depende do tipo de serviço:
‒ Para líquidos com temperatura de até 250 ºC utiliza-se ferro
fundido.
‒ Para soluções óleos e produtos químicos com temperaturas de
trabalho de até 450 ºC utiliza-se aço fundido;
‒ Para pressões elevadas (acima de 10 MPa) emprega-se aço forjado;
‒ Produtos químicos corrosivos requerem emprego de bronze, inox e
em casos especiais vidro ou materiais plásticos;
‒ O alumínio é utilizado para bombear formol.
• O veio da bomba centrífuga é fabricado de aço ou liga de alta resistência
mecânica. Utiliza-se aço SAE 1035, SAE 4414, e SAE 2340, e ligas
contendo 11 a 13 % de cromo. 45

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REDES DE FLUIDO

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REDES DE FLUIDO

Outros tipos de bombas

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REDES DE FLUIDO

Empanques
• Importante são as juntas ou empanques, que deverão
assegurar uma boa selagem do fluido entre o veio e o corpo
da bomba.

As juntas mecânicas consistem num anel de aço


As juntas clássicas consistem em vários anéis em contacto com um anel de carboneto de
de elastómeros comprimidos por uma flange tungsténio. Um dos anéis está fixo e o outro roda
de empanque. solidário com o veio. O anel do veio é comprimido 48
no anel fixo através de conjuntos de molas.

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REDES DE FLUIDO

Empanques

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REDES DE FLUIDO

Empanques
• Nas bombas antigas são vulgares os empanques de cordão
da bomba.

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REDES DE FLUIDO

Empanques
• Os empanques mecânicos
utilizados nas bombas
modernas ou para serviços
mais exigentes, consistem num
anel de aço em contacto com
um anel de carvão ou
carboneto de tungsténio;
• Um dos anéis está fixo, e o
outro é solidário com o veio;
• O anel do veio é comprimido
no anel fixo através de
conjuntos de molas.

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Impulsores e Volutas

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REDES DE FLUIDO

Turbobombas
• As turbobombas ou bombas rotodinâmicas caracterizam-se
por possuírem:
− Um elemento rotativo dotado
de pás, designado por
impulsor ou rotor, que exerce
forças sofre o líquido que
resultam na aceleração que
lhe imprime;
− Um difusor ou recuperador,
onde é feita a transformação
da maior parte da elevada
energia cinética com que o
líquido sai do rotor, em
energia de pressão.
53

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REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
• A seleção de uma bomba para uma • As velocidades especificas
determinada caudal (Q) e uma adotadas por tipo de impulsor
determinada altura manométrica são:
(H), o tipo de impulsor é decisivo; ‒ Impulsor radial ns ≈ 12 a 80 rpm;
• A seleção livre de um tipo de ‒ Impulsores de caudal misto ns ≈ 80 a
impulsor axial, caudal misto, radial 160 rpm;
ou periférico é limitada pelo fato de ‒ Impulsores de caudal axial ns ≈ 160 a
que os valores para a velocidade de 400 rpm e superiores.
rotação prevista (n) e o diâmetro • Para se obter eficiências ótimas
previsto do impulsor (D) não devem da bomba e valores mínimos de
ser muito extremos; NPSH, o impulsor deve ser
• A capacidade de obter eficiências fornecido com um certo número
ótimas de bomba ou eficiências de de pás.
estágio numa velocidade específica
(ns) depende, portanto, de projetos
específicos do impulsor; 54

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REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
• Os rotores das bombas • Os rotores das bombas são
centrífugas podem ser fechados fundidos numa única peça,
ou abertos; podendo ser de ferro fundido,
• Os rotores fechados têm paredes bronze ou inox;
laterais minimizando o • Também são fabricados em
escoamento entre a aspiração e material plástico ou borracha.
descarga. São utilizados para
bombagem de líquidos limpos;
• O rotor semi-aberto é fechado só
na parte traseira e os rotores
abertos não apresentam paredes
laterais. Ambos são utilizados
para escoar líquidos viscosos ou
contendo sólidos em suspensão;
55

55

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Impulsores fechados
• Os rotores são fechados quando
além do disco onde se fixam as
pás, existe uma coroa circular
também fixa às pás;
• São aplicados para líquidos
límpidos sem substâncias em
suspensão.

Bomba centrífuga pura


de veio horizontal c/
impulsor fechado (radial)

56

56

28
16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Impulsores abertos
• Os rotores são abertos quando só
existe o disco onde se fixam as
pás;
• Em geral, utilizam-se para
líquidos contendo pastas,
substâncias em suspensão,
areias, águas residuais, etc.

Bomba de veio
horizontal
com impulsor aberto

57

57

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REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
Classificação segundo a Impulsores centrífugos puros ou
trajetória do líquido no impulsor radiais
• Bombas centrífugas puras ou • Neste tipo de impulsores o líquido
radiais; é admitido paralelamente ao veio,
• Bombas de caudal misto; sendo dirigido pelas pás para a
• Bombas axiais ou propulsoras. periferia numa trajetória normal
ao veio (radialmente);
• Utilização com água limpa para
caudais até ≈ 500 l/s e para
pequenas, médias e grandes
alturas de elevação até 100 m
com um único impulsor.

58
Impulsores centrífugos puros ou radiais

58

29
16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
Impulsores centrífugos puros ou radiais

Impulsor radial com pás puramente radiais e Impulsor radial com pás que se estendem até
ponto de estagnação S. ao eixo de aspiração.

59

59

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
Impulsores de caudal misto
• Neste tipo de rotores o líquido é
admitido axialmente e abandona-
o segundo um plano ligeiramente
inclinado relativamente ao plano
perpendicular ao veio;
• A pressão é comunicada ao
líquido pela força centrífuga e Impulsor de caudal
misto e respetiva
pela ação de sustentação das pás; trajetória.
• São adequados para grandes
caudais e pequenas e médias
alturas de elevação.

60

60

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16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
Impulsores de caudal misto

Impulsor de caudal misto (impulsor diagonal) Variantes de um impulsor de caudal misto indicando
(apresentado com a cobertura frontal removida) a diferença entre um impulsor fechado e um aberto,
um impulsor de entrada simples e um impulsor de
entrada dupla.
a) Impulsor fechado de entrada única;
b) Impulsor aberto de entrada única;
c) Impulsor fechado de dupla entrada. 61

61

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REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
Impulsores de caudal misto
• Bomba de dupla aspiração
Impulsor de caudal
misto de dupla
aspiração.

Impulsor de caudal misto.

Corte transversal

62

62

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16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
Impulsores Axiais
• Neste tipo de bombas a trajetória
das partículas líquidas é axial;
• Não são propriamente impulsores
centrífugos, pois a força
centrífuga decorrente da rotação
da pá não é responsável pelo
Impulsor axial
aumento da energia de pressão;
• Operam segundo a teoria da
sustentação aerodinâmica, da
propulsão das pás das hélices ou
ainda segundo a teoria do vórtice
forçado.

63

63

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REDES DE FLUIDO

Impulsor de pá única fechado Impulsor de dois canais fechado Impulsor aberto de dois canais Impulsor roda estrela para
bomba de canal lateral

Impulsor de pá única aberto Impulsor aberto de três canais Impulsor de caudal livre

Impulsor de caudal livre

Impulsor de canal único Impulsor fechado de três canais Impulsor periférico


fechado
Impulsor periférico
64

64

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16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
• Utilizar um número baixo de pás • Estes impulsores são chamados
aumenta a secção transversal de de impulsores de canal ou
caudal livre desimpedido através impulsores de pás única e podem
do impulsor; ser impulsores abertos ou
• Isso permite que os impulsores fechados;
manuseiem fluidos mais ou • Impulsores de pás fechadas são
menos contaminados (bombas de utilizados para a bombagem de
águas residuais, bombas de fluidos contendo sólidos muito
polpa) e sólidos (transporte de grossos. Eles são caracterizados
sólidos); por uma passagem livre sem
• Na prática, o número de pás de entupimento. A desvantagem
rotores de caudal radial e caudal desses impulsores é o chamado
misto que manuseiam líquidos desequilíbrio hidráulico devido ao
contendo lodo ou sólidos é campo de pressão assimétrico;
reduzido para uma, duas ou três
palhetas;
65

65

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
• Os impulsores de canal aberto ou
de pás única são utilizados para
lidar com líquidos gasosos. Um
impulsor de pá única é referido
como um impulsor de pá única
diagonal aberto (impulsor D) se
as linhas de fluxo no impulsor
forem diagonalmente para fora.
• É particularmente adequado para Impulsor de pá única diagonal aberto (impulsor D)

águas residuais não tratadas,


carregadas de sólidos e gasosas,
bem como para fluidos com
maior viscosidade.

66

66

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16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
• As pás das hélices de caudal axial
e misto podem ser fixas,
reguláveis (quando a bomba é
desmontada) ou de passo variável
pelo ajuste de passo da pá do
rotor;
• No caso de pás de passo ajustável
ou variável, o contorno ou perfil
da carcaça da bomba e do cubo
na região de ajuste é geralmente
esférico. Isso garante que a
largura da folga interna e externa
no cubo permaneça constante
para todos os ângulos de ajuste
Bomba submersível com impulsor do tipo vórtice
do passo da pá.
67

67

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REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
Impulsores não bloqueáveis
• Líquidos carregados tais como
águas residuais com sólidos em
suspensão, areias, fibras longas,
polpas, etc. exigem que os
impulsores sejam capazes de lidar
com este tipo de líquidos sem
bloquear;
• Pelo que têm sido desenvolvidos
impulsores especiais com grandes
secções de passagem pelo menos
com 80 mm de máxima
dimensão.

68

68

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16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Impulsores ou rotor
Impulsores não bloqueáveis Impulsores especiais
Utilizado em bombas
autoescorvantes e
produtos limpos.

Utilizados para
produtos limpos,
pequenos caudais e
elevadas alturas
manométricas

Bomba submersível equipada com 69


impulsor não bloqueável

69

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REDES DE FLUIDO

Turbo bombas - Difusor


• Um difusor ou recuperador, onde é feita a transformação da maior parte da
elevada energia cinética com que o líquido sai do rotor em energia de
pressão, necessária para vencer a pressão que se opõe ao escoamento, de
forma a que o líquido sai da boca de descarga com uma velocidade razoável;
• A transformação opera-se de acordo com o teorema de Bernoulli;
• No difusor que tem em geral a seção gradativamente crescente, ocorre:
 Uma contínua e progressiva diminuição da velocidade do líquido
que por ele se escoa;
 Acompanhada de um aumento de pressão;
 Na boca de descarga da bomba a pressão deverá ser elevada e a
velocidade reduzida.
• O difusor pode ser do tipo:
 Tubo reto troncocónico nas bombas axiais;
70
 Voluta nas demais bombas.

70

35
16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Turbo bombas - Difusor


• Difusor ou voluta.
– É, via de regra, o próprio invólucro ou carcaça da bomba, formando um
canal de área de seção transversal crescente na periferia do rotor.
– É o tipo de difusor empregue nas bombas de veio horizontal e de um
único estágio, recebendo também a denominação de voluta da bomba.
– Podem ser de:
• Voluta simples;
• Voluta dupla;
• Circular;
• Mista.

71
Voluta Simples. Voluta dupla.

71

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Turbo bombas - Difusor


• Difusor ou voluta.
– As duas primeiras formas são as mais usuais e conhecidas.
– Dependendo da forma do corpo, a força radial atuante no conjunto
girante altera-se.
– As bombas centrífugas envolvem as forças radiais hidráulicas geradas
pela interação entre rotor e difusor da bomba.
– Há entretanto uma distinção entre forças radiais estáticas e não
estáticas:
• Forças radiais estáticas: O vetor da força radial muda sua magnitude e
direção com a variação do caudal “q”, dado pelo quociente / ó .
– Se , a sua magnitude varia com a altura manométrica total, mas
sua direção permanece inalterada.
– No caso de bombas com voluta simples, as forças radiais são relativamente
pequenas no ponto de melhor rendimento, mas cresce muitíssimo em caudais
72
parciais ( 1) ou caudais elevados ( 1).

72

36
16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Turbo bombas - Difusor


• Difusor ou voluta.
– A magnitude das forças radiais depende muito da velocidade específica (Nq),
conforme mostra a figura:

73

73

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REDES DE FLUIDO

Diferentes formas de volutas


• Difusor ou voluta.
– O meio mais empregue para a redução da força radial em bombas
centrífugas é a alteração do corpo da bomba.
– As figuras abaixo mostram a intensidade da força radial em função da
relação / ó , onde caudal de projeto e ó é o caudal
no melhor rendimento da bomba.

Voluta Simples. Voluta Dupla.


74

74

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16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Diferentes formas de volutas


• Difusor ou voluta.
– Nota-se que a melhor forma de reduzir a força radial é a voluta dupla ou
seja, um corpo com uma segunda voluta que inicia-se a 180 graus da
primeira. Neste caso, a força radial esta praticamente constante entre o
caudal zero até ao caudal máximo.
– No caso de bombas com difusores, não há geração de forças radiais
estáticas se o rotor for instalado concentricamente com o difusor.

Voluta Mista. Voluta Circular.


75

75

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Turbo bombas - Difusor


• Difusor ou voluta.
– Há entretanto uma distinção entre forças radiais estáticas e não
estáticas (cont.):
• Forças radiais não estáticas:
– As forças radiais não estáticas podem ocorrer sobrepostas às forças radiais
estáticas.
– Sua ocorrência deve-se a varias causas e características:
 A causa mais conhecida desta força radial é a frequência do número de pás
do rotor versus a velocidade.
– Estas forças radiais existem com mais ou menos intensidade em todos os
projetos de bombas centrífugas.
– Este fenómeno existe especialmente em bombas com difusor operando com
caudais parciais.

76

76

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16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica

77

77

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica
• É uma outra grandeza • A análise de velocidade específica
importantíssima no estudo das permite selecionar o tipo de
bombas, principalmente porque impulsor que confere maior
define a geometria ou o tipo do rendimento, que nas bombas
rotor da bomba, dado que cada centrífugas pouco passa de 90%.
família ou classe de bombas • O conceito é muito útil para
apresenta uma faixa particular de engenheiros e projetistas, já que
velocidade específica; é possível selecionar o tipo de
• Esta grandeza é empregue para bomba mais eficiente para uma
determinar o tipo de rotor da determinada aplicação;
bomba a ser utilizada na • As bombas centrífugas, por
instalação, dado que um impulsor exemplo, trabalham com caudais
será caracterizado pela sua baixos e grandes elevações, por
velocidade específica, no ponto isto apresentam baixas rotações
de rendimento máximo; específicas. 78

78

39
16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica
• A velocidade específica é a Obs: Os valores de (Q, Hman)
velocidade na qual deverá operar considerados correspondem ao
uma bomba geometricamente ponto de máximo rendimento.
semelhante à bomba
considerada, capaz de elevar 1 m
de altura a um caudal de 1 m3/s
com o máximo rendimento:
N [rpm] Velocidade de rotação da bomba;
Q [m3/s] Caudal ou descarga da bomba;
⁄ Hman [m] Altura útil ou manométrica;

79

79

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica
• A experiência e a análise revela que há • A velocidade específica Nq é definida
uma intrínseca relação entre o valor da como a velocidade de rotação teórica a
velocidade específica e o tipo e que um determinado impulsor deveria
dimensões do rotor, de forma tal que rodar para produzir 1 m de altura
manométrica, com um caudal de 1
cada tipo de rotor tem uma faixa m3/s, no ponto de rendimento máximo.
definida de valores da velocidade
• O aumento deste valor implica a
específica e dentro da qual apresentam alteração da saída do impulsor, de
(os rotores) um comportamento mais radial, passando pelo impulsor de fluxo
eficiente, conforme a figura que se misto até se anular para o impulsor
segue: axial.
• Existem impulsores destinados a
produzir grandes alturas manométricas
e outros para grandes caudais e baixas
alturas manométricas tendo, cada um
deles, particulares comportamentos em
termos de rendimento, NPSH requerido
e potências absorvidas. 80

80

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16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica

Faixa de rendimentos para bombas centrífugas em função da rotação específica (Nq)

81

81

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REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica
• Para uma mesma bomba, Ns não
varia com a rotação e é independente
do líquido bombeado;
• Os rotores destinados a grandes
alturas manométricas têm
geralmente, uma baixa velocidade
específica;
• Para pequenas alturas geralmente Ns
é alta;
• Para baixa velocidade específica e
grandes alturas manométricas serão
impulsores radiais.
• Para grandes caudais com baixa
pressão serão melhores os
impulsores tipo axial ou hélice.
82

82

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16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

83

83

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica

• Observando directamente as fórmulas constata-se que Nq pode variar de


zero, no caso de caudal nulo, a infinito, se a altura de elevação tender
84
para zero.

84

42
16/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica
• Veja-se agora a influência da velocidade específica no comportamento hidráulico
de uma bomba, através da análise das suas curvas características:

85

85

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica
• Veja-se agora a influência da velocidade específica no comportamento hidráulico
de uma bomba, através da análise das suas curvas características:

86

86

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16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica
• Podemos retirar do gráfico anterior que, por • Em conclusão, a velocidade
exemplo, a curva de funcionamento (Q, H) de específica é uma característica
uma bomba com velocidade específica > 150 fundamental de cada bomba
(azul e vermelho no gráfico), de impulsor axial,
(podendo variar dentro do mesmo
começa a ser irregular e que a equivalente curva
de potência tem um comportamento quase modelo de bomba), devendo em
inverso ao de uma bomba de impulsor radial, muitos casos ser analisada na fase de
uma vez que as potências absorvidas para baixos projeto, para garantir que é
caudais são muito elevadas. adequada às características da
• Também a curva do NPSH requerido das bombas instalação.
de impulsor axial deve ser convenientemente
observada porque, contrariamente ao que
acontece nas bombas de velocidade específica
inferior a 75 (impulsor radial), os valores de
NPSH mais elevados verificam-se na zona de
baixo caudal. Além disso, nestas bombas o NPSH
é muito mais sensível a variações das condições 87
de funcionamento.

87

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica

• Utilizando por exemplo a figura ao lado, a


bomba opera a 1750 rpm e apresenta no seu
rendimento máximo um caudal de 46 m3/h
fornecendo uma altura manométrica em
torno de 16 m.
• Desta forma:
1.750 $ 46⁄3.600
24,73
16 ⁄
• Conclui-se que a seleção passa por um rotor
centrífugo normal (ver figura acima).

88

88

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16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Gráfico para a
determinação
de Ns
Representa o número de
rpm de uma bomba
geometricamente
semelhante à bomba
considerada que eleva 75
litros de água a uma altura
de 1 metro em 1 segundo e
para uma potência de 1 CV.
Obs: Desta forma
trabalha-se com um caudal
de 0,075 3/ .

* 3,65 ⁄

89

89

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica
• Característica da rotação específica

n Q  n número de rpm da bomba


nq =  3 4  Q Caudal ou descarga da bomba [m3/s]
 H man  Hman Altura de elevação ou manométrica (m)

• Número específico de rotações por minuto (rpm)


n Q  n número de rpm da bomba
ns = 3,65  3 4  Q Caudal ou descarga da bomba [m3/s]
 H man  Hman Altura de elevação ou manométrica (m)

∴ ns = 3,65nq
90

90

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16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica
• Velocidade Específica em Bombas de Múltiplos
Estágios  
n Q 
ns = 3,65  3 4 
 H man 
 i 
N número de rpm da bomba
Q Caudal ou descarga da bomba [m3/s]
Hman Altura de elevação ou manométrica (m)
i número de estágios da bomba

91

91

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica
• Bombas com entradas bilaterais (Rotor Geminado)
 Q 
n 
ns = 3,65  3 24 
 H man 
 
N número de rpm da bomba
Q Caudal ou descarga da bomba [m3/s]
Hman Altura de elevação ou manométrica (m)
i número de estágios da bomba

92

92

46
16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica
• Bombas com entradas bilaterais (Rotor Geminado)
 Q 
n 
Aspiração Axial

ns = 3,65  3 24 
 H man 
 i 

N número de rpm da bomba


Q Caudal ou descarga da bomba [m3/s]
Hman Altura de elevação ou manométrica (m)
i número de estágios da bomba

93

93

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica
• Evolução do rendimento em função da variação da
velocidade específica e do caudal

94

94

47
16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica
• Evolução do rendimento e as velocidades específicas

95

95

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Bomba especiais

96

96

48
16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Bombas Especiais
Carneiro Hidráulico

97

97

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Bombas Especiais
Parafuso de Arquimedes

98

98

49
16/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Bombas Especiais
Parafuso sem fim para lamas

99

99

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura DE FLUIDO Mecânica
em Engenharia

100

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

100

50
02/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura DE FLUIDO Mecânica
em Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Bombas (2)

Aula 11

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Natureza das Energias Cedidas por


uma Bomba

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Funcionamento e teoria fundamental

– As turbomáquinas são máquinas cuja principal finalidade é transferir


energia;
– Bombas, ventiladores e compressores atuam transferindo energia do
rotor para o fluido;
– A equação teórica fundamental que representa esta transferência
desta energia é denominada Equação de Euler;
– Tal equação na verdade é um caso específico da equação do momento
da quantidade do movimento;
– A dedução da mesma é realizada com simplificações não levando em
consideração efeitos de dissipação de energia;
– A Eq. de Euler demonstra que tal transferência de energia depende da
velocidade do rotor e do fluido que escoa pelo rotor;
4

2
02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Funcionamento e teoria fundamental

– Rotores axiais, semi-axiais e rotores centrífugos podem ser avaliados


com tal equação;
– A dissipação de energia no rotor é originada por efeitos de atrito
rotor-fluido e por efeitos de recirculação do fluido no interior do rotor;
– Tais efeitos modificam os denominados triângulos de velocidades e
desta forma a energia transferida;
– Estes tópicos permite avaliar a energia transferida no caso específico
de bombas centrífugas;
– Demonstra-se qual o efeito do número de pás e da curvatura das
mesmas na energia transferida do rotor ao fluido.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga

Onde: Triângulo de velocidades genérico.

𝑽 Velocidade absoluta;
𝑼 Velocidade periférica, circunferencial ou tangencial;
𝑾 Velocidade relativa;
6
α e β Ângulos resultantes do desenho da operação e pás do rotor.

3
02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Equação de Euler
– Na nomenclatura especializada em turbomáquinas a velocidade absoluta é
denominada pela letra 𝐶;
– Desta forma o vetor da velocidade absoluta 𝑉 é dada como 𝐶⃗, a componente
tangencial da velocidade absoluta (𝑉1) é dada por 𝐶𝑢 e a componente normal
(𝑉𝑛) é dada por 𝐶𝑚;
– Na forma vetorial 𝐶⃗ = 𝐶𝑢 𝑡 + 𝐶𝑚 𝑛;
– Utilizando tal nomenclatura a Eq. de Euler é dada por:

1
𝐻 = 𝑈 𝐶 −𝑈 𝐶
𝑔

𝐻 é a quantidade de energia cedida a 1 kg de fluido que atravessa uma bomba ideal;


𝐻 é a quantidade de energia cedida a 1 kg de fluido que atravessa uma bomba real.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Equação de Euler
– Evidentemente que: 𝐻 > 𝐻 (𝐻 # ):

Curva real de uma bomba incluindo as perdas hidráulicas Curva característica de bomba centrífuga.
8

4
02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Equação de Euler
– Aproximações feitas para obter a Eq. de Euler:
• Número Infinito de pás ou alhetas;
• Espessura das pás desprezável;
• Simetria central do escoamento;
• Velocidade relativa do fluido (W) é sempre tangencial às pás;
• Escoamento em regime permanente;
• Escoamento uniforme nas seções de entrada e saída do fluido;
• Efeitos de atrito desprezáveis.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Aplicação das Equações para Bombas Centrífugas
– As formas da Equação de Euler são aplicáveis para as turbombombas e a
energia que teoricamente a bomba cede à unidade de peso de fluido que
passa pelo seu rotor é positiva e medida em metros:

1
𝐻 = 𝑉 −𝑉 + 𝑈 −𝑈 + 𝑊 −𝑊
𝑔
onde:
𝑈 - velocidade da pá do rotor (tangencial) 𝑈 = 𝜔. 𝑟⃗ [𝑚⁄𝑠] ;
𝑉 - velocidade absoluta do fluido (vista por um observador estacionário) [𝑚⁄𝑠];
𝑊 - velocidade relativa da corrente fluida (vista por um observador solidário às pás) [𝑚⁄𝑠].

– Esta equação é chamada equação de Euler (escrita em sua forma mais geral) e
fornece o valor de 𝐻 em função das componentes velocidades dos
triângulos teóricos à entrada e à saída do rotor;
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• Aplicação das Equações para Bombas Centrífugas
– A Equação de Euler representa as condições ideais do desempenho de uma
turbomáquina no ponto operacional para a qual foi projetada;
– Fazendo as simplificações possíveis a equação de Euler assume o especto
apresentado na equação seguinte que representa a transferência de energia
por unidade de massa pode-se obter para uma turbomáquina conhecida
como altura de carga teórica:

𝑊 1
𝐻 = = 𝑈 . 𝑉 −𝑈 . 𝑉
𝑚̇𝑔 𝑔
onde:
𝐻 é a quantidade de energia cedida a 1 kg de fluido que atravessa uma bomba ideal [m];
𝑈 - velocidade tangencial de um ponto situado na entrada do rotor [𝑚⁄𝑠 ];
𝑈 - velocidade tangencial de um ponto situado na saída do rotor [𝑚⁄𝑠 ];
𝑉 - projeção do vetor 𝑉 sobre a velocidade da pá 𝑈 , à entrada do rotor [𝑚⁄𝑠 ];
𝑉 - projeção do vetor 𝑉 sobre a velocidade da pá 𝑈 , à saída do rotor [𝑚⁄𝑠 ].
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• Aplicação das Equações para Bombas Centrífugas
– Tal equação assume ainda características mais simples para o caso
específico das bombas com fluxo radial a entrada;

– Realmente:

• Fluxo radial a entrada → 𝛼1 = 90º ;


• 𝛼1 = 90º → cos𝛼1 = 0 → 𝑉𝑡1 − 𝑉1. cos𝛼1 = 0.

– Para esse caso, a equação de Euler resume-se a:

1
𝐻 = 𝑈 𝑉
𝑔
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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– No impulsor ou rotor o movimento do fluido pode ser considerado
pela sua velocidade absoluta, 𝑽 , ou por sua velocidade relativa, 𝑾;
– O sistema de coordenadas da velocidade relativa gira com o impulsor
com uma velocidade angular 𝜔 = 𝑈/𝑟, onde 𝑼 é a velocidade
periférica ou tangencial do rotor;
– A velocidade absoluta pode ser considerada como a resultante da
velocidade relativa e da velocidade periférica local:

𝑉=𝑊+𝑈

– Para determinar as componentes da velocidade na entrada e saída do


rotor analisamos seus triângulos de velocidade (Ver figura seguinte);
– O radical “1” representa as variáveis envolvidas na entrada do rotor. O
radical “2” representa as variáveis envolvidas na saída do rotor;
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Ação do impulsor nas bombas centrífugas

  
V W U

Onde:

𝑽 Velocidade absoluta

𝑼 Velocidade periférica, circunferencial ou tangencial

𝑾 Velocidade relativa 14
Trajetória absoluta de uma partícula líquida.

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– O vetor velocidade relativa do fluido de trabalho, 𝑾 , é sempre tangente à pá,
em qualquer ponto do escoamento através do rotor, desde a aresta de
entrada até a aresta de saída de cada um dos canais formados pelas pás
consecutivas;
– A figura seguinte ilustra este escoamento relativo idealizado, no rotor de uma
bomba que tem infinitas pás e de espessura desprezável;
– Para que se aplique a Equação de Conservação do Momento Angular é
necessário conhecer a velocidade absoluta do escoamento, 𝑽 , (em relação a
um referencial de inércia) no seu percurso através do rotor;
– Mas a velocidade relativa do escoamento é conhecida (em direção e sentido),
em qualquer posição radial entre as arestas de entrada e saída do rotor;
– Também é conhecida a velocidade do rotor (velocidade tangencial), 𝑼, em
qualquer posição radial, desde que a velocidade angular 𝜔 seja especificada,
assim como as dimensões geométricas do rotor;
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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Consequentemente, a velocidade absoluta do fluido de trabalho, 𝑽 , pode ser
obtida da composição vetorial das velocidades relativa, do fluido e absoluta do
rotor, em posições radiais genéricas;
– As composições vetoriais nas arestas de entrada e saída do rotor estão
demonstradas na figura que se segue:

Corte radial do rotor - composição vetorial para determinar a velocidade absoluta do fluido.
– Também estão indicadas nesta figura algumas dimensões geométricas
características: os raios 𝑟1 e 𝑟2 , das arestas de entrada e saída do rotor, e a 16
espessura 𝛿 da aleta;

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Nestas composições denominou-se 𝑊 a velocidade relativa do fluido de
trabalho, 𝑉 sua velocidade absoluta;
– A região da aresta de entrada do rotor está indicada pelo radical “1” e a de
saída, pelo radical “2”;
– Assim, 𝑈1, 𝑊1, e 𝑉1 são as velocidades na entrada do rotor (na entrada do
V.C., para efeito de aplicação da Equação de Conservação do Momento
Angular), e 𝑈2, 𝑊2 e 𝑉2 , são as velocidades na saída do rotor (na saída do
V.C.);
– Denomina-se 𝛽 o ângulo entre a velocidade relativa e a direção tangencial,
medido em sentido oposto à rotação do rotor, e 𝛼 o ângulo entre a
velocidade absoluta e a direção tangencial;

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Esta composição vetorial forma os triângulos de velocidade do escoamento na
entrada e saída do rotor (isto é, nas regiões das arestas de entrada e saída do
rotor):

Triângulos de velocidade nas arestas de entrada e saída do rotor.

– Convém frisar que esta abordagem aplica-se às máquinas de fluxo em geral:


bombas centrífugas, ventiladores e turbinas hidráulicas;

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– É interessante observar, a partir da definição dos ângulos 𝛼 e 𝛽, que:
• O ângulo 𝜶 é função das características operacionais da bomba (rotação e caudal,
entre outras). Isto é, se há variação de rotação da bomba, há variação do ângulo
𝜶, pois a alteração de 𝑼, a velocidade tangencial do rotor, altera o triângulo de
velocidades;
• O ângulo 𝜷, por seu lado, nesta idealização do escoamento, está fixado a partir do
momento em que se define a curvatura (o desenho, isto é, o projeto mecânico do
rotor) das pás da entrada até a saída do rotor;
– O mesmo ocorre se o caudal da bomba é alterada (por exemplo: abrindo-se
ou fechando-se uma válvula do sistema de bombagem ao qual a bomba está
conectada) como o caudal está relacionada com a magnitude da velocidade
absoluta do fluido (a Equação da Conservação da Massa será formulada a
seguir), ela também impõe variações nos triângulos de velocidades quando é
alterada.
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O que é ângulo β ?
‒ Ângulo formado pela direção da velocidade do líquido
𝑊2 à saída do impulsor com o prolongamento do vetor
que representa a velocidade tangencial 𝑈2.

Triângulo de velocidades genérico.


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Várias inclinações das pás do impulsor

O ângulo 𝜷 influencia os valores


da velocidade absoluta 𝑽𝟐 à saída
do impulsor e da sua componente
tangencial 𝑼𝟐, o que afeta o valor
da energia 𝑯 cedida pelo rotor:
1
𝐻 = 𝑈 𝑉
𝑔

Principais tipos de pás quanto á sua inclinação 21

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• O ângulo 𝜷 influencia os valores da:
− Velocidade absoluta 𝑉2 à saída do impulsor e da;
− Componente tangencial 𝑈2.
• O que afeta o valor da energia 𝐻 cedida pelo rotor.

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– A componente radial 𝑉𝑟2 pode ser expressa em termos do caudal em volume
que a bomba descarrega, 𝑄̇ , aplicando-se a:
• Equação Conservação da Massa ao mesmo V.C. ao qual foi aplicada;
• Equação de Conservação da Quantidade de Movimento Angular.
– Para tanto, seja o desenho esquemático do corte radial do rotor de uma
bomba centrífuga radial, apresentado a seguir:

23
Corte axial do rotor de bomba centrífuga

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– A largura do rotor na aresta de entrada do rotor é 𝑏1 , e na saída, 𝑏2 ;
– A Equação da Conservação da Massa é assim escrita:

𝑄 = 2𝜋 . 𝑟1 . 𝑏1 . 𝑉𝑟1 = 2𝜋 . 𝑟2 . 𝑏2 . 𝑉𝑟2

𝑄
𝑉𝑟2 =
2𝜋 . 𝑟2 . 𝑏2
onde:
Q - caudal de fluido que passa pelo rotor, em 𝑚 ⁄𝑠 ;
Vr - velocidade radial (meridiana), em [𝑚⁄𝑠];
r - raio da seção considerada, em [𝑚];
b - largura do rotor na seção considerada, em [𝑚].
24

24

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga

– A altura de carga teórica é definido:

𝑉 𝑈 −𝑉
𝑡𝑔𝛽 = ⟹ 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 = ⟹ 𝑉 = 𝑈 − 𝑉 . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽
𝑈 −𝑉 𝑉

𝑈 𝑄
𝐻 = 𝑈 − . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽
𝑔 2𝜋 . 𝑟2 . 𝑏2

25

25

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Na figura observa-se que a componente meridiana da velocidade absoluta é
igual à componente meridiana da velocidade relativa (𝑉𝑟 = 𝑊𝑡 );
– Ambas apontam radialmente em relação ao rotor e são perpendiculares à
velocidade periférica (𝑈);

𝑉
𝑉
𝑉 𝑉

𝑉 𝑊
𝑉 𝑊

Representação dos triângulos de velocidade na entrada e saída do rotor.

26

26

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Variáveis Envolvidas nos Triângulos de Velocidades:

𝐷 Diâmetro do rotor
𝑏 Largura do canal
𝑉 Velocidade absoluta do fluido
𝑉𝑡 Componente de 𝑉 na direção da velocidade tangencial 𝑈
𝑉𝑟 Componente radial de 𝑉 (na direção radial)
𝑊 Velocidade relativa do fluido em relação ao rotor
𝑊𝑡 Componente de 𝑊 na direção da velocidade tangencial 𝑈
𝑈 Velocidade tangencial do rotor no ponto de análise da pá
𝛼 Ângulo entre (𝑉, 𝑈)
𝛽 Ângulo entre (𝑊, 𝑈) conhecido como ângulo de inclinação da pá

– A componente periférica da velocidade absoluta (𝑉𝑡 ) e a componente


periférica da velocidade relativa (𝑊𝑡 ) são respetivamente projeções
tangenciais da velocidade absoluta e da velocidade relativa;
– Isto significa que são velocidades paralelas à direção da velocidade periférica
(tangencial) do rotor (𝑈).
27

27

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– A área da superfície cilíndrica na entrada e na saída é dada por:

𝐴 = 𝜋𝐷 𝑏 𝐴 = 𝜋𝐷 𝑏

– Pela equação da conservação da massa temos que:

𝑚̇ = 𝜌 𝜋𝐷 𝑏 𝑉 = 𝜌 𝜋𝐷 𝑏 𝑉

– Da mesma forma pode-se definir a velocidade periférica em função da


velocidade angular do rotor:
𝑈 = 𝑈 =
Onde 𝑁 é a rotação do impulsor (rotor) em rpm. 28

28

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Com a definição das velocidades do escoamento e os ângulos que elas formam,
pode-se então formular uma equação para o binário da bomba, 𝑇, em função das
variáveis operacionais e características de projeto do rotor da bomba;
– Assim, aplicando-se Equação da Conservação da Quantidade de Movimento
Angular a um V.C. delimitado pelas fronteiras do fluido de trabalho no interior do
rotor de uma bomba, da aresta de entrada à aresta de saída, num certo instante 𝑡,
e considerando que o escoamento é unidimensional e permanente, o binário T
exercido pelo escoamento no V.C. (consequentemente, no eixo do/a rotor/bomba)
é:
𝑇 = 𝑟 𝑉 − 𝑟 𝑉 𝑚̇
– O binário a fornecer ao veio da bomba é obtido a partir da variação do momento
angular entre a entrada e saída da bomba, obtido a partir do produto do raio com a
velocidade tangencial. Assim, a Eq. de Euler pode ser escrita na forma seguinte
atendendo a que 𝑈 = 𝜔. 𝑟:
𝜌𝑄
𝑇 = 𝜌𝑄 𝑟 𝑉 − 𝑟 𝑉 = 𝑈 𝑉 𝑐𝑜𝑠𝛼 − 𝑈 𝑉 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝜔 29

29

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Atendendo a que a potencia transferida ao veio da bomba é o produto entre a
frequência angular e o binário obtêm-se:
𝑃 =𝜔𝑇 = 𝜌𝑄 𝑈 𝑉 𝑐𝑜𝑠𝛼 − 𝑈 𝑉 𝑐𝑜𝑠𝛼
– Numa situação ideal sem perdas, a potência hidráulica transferida ao fluido pode
ser aproximada pela relação seguinte:
𝑃 = 𝜌𝑔𝑄𝐻 = 𝜔 𝑇
– Obtém-se assim uma expressão teórica para a carga da bomba:
𝜔𝑇 𝑈 𝑉 𝑐𝑜𝑠𝛼 − 𝑈 𝑉 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝐻 = =
𝜌𝑔𝑄 𝑔
– Aplicando a lei dos cossenos aos triângulos das velocidades, obtém-se a Eq. de
Euler anterior em função das três contribuições, pela forma seguinte:

𝐻 = + +

– Onde a parcela A representa o ganho da energia cinética à medida que o fluido


passa pelo rotor e a parcela B representa o aumento de pressão pelo rotor. 30

30

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Considerando que a conceção a máquina apresenta a melhor solução
construtiva, então, o 𝛼1 = 90º e, logo, 𝑉1 = 𝑉𝑡1.
– Nesta situação, e depois de algumas simplificações com trigonometria, obtém-
se uma equação simplificada teórica para a carga da bomba em função das
características da pá e do caudal:
𝜔 𝑟 𝜔 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽
𝐻= − 𝑄
𝑔 2𝜋𝑔𝑏
– Fixando a rotação da bomba num determinado valor constante, verifica-se,
pela equação, que a altura disponibilizada pela bomba:
• Diminui com o aumento do caudal para bombas com pás inclinadas para trás (β < 90º);
• Aumenta para a bomba com pás inclinadas para a frente (β > 90º) e;
• Permanece constantes para a bomba de pás “direitas” (β = 90º).
31

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Desenvolvimento teórico da curva funcional de


um impulsor em função da inclinação das pás
• Evolução teórica da relação entre o caudal e a altura de
descarga, de acordo com a inclinação da pá de um impulsor
ideal:
Htoo
> 90º
2

u2
2 /g = 90º
2

< 90º
2

Q 32

32

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• Triangulo de velocidades num rotor de bomba centrifuga
– Observa-se que com o triângulo de velocidades e as relações
complementares pode-se determinar a energia transferida pelo rotor
ao fluido considerando número infinito de pás;
– Resumo de Equações Básicas:

Grandeza fisica Equação Unidades

1
Altura teórica 𝐻 = 𝑈 𝑉 −𝑈 𝑉 m
𝑔

Binário teórico 𝑇 = 𝑟 𝑉 − 𝑟 𝑉 𝑚̇ J

Potência teórica 𝑊̇ = 𝜔𝑇 = 𝑚̇ 𝑈 𝑉 − 𝑈 𝑉 W

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33

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Exercício Prático
• Uma bomba centrífuga tem umas dimensões de pá 𝑏1 = 𝑏2 = 45 𝑚𝑚, raio 𝑟1 =
90 𝑚𝑚 𝑒 𝑟2 = 165 𝑚𝑚, 𝛽1 = 30º 𝑒 𝛽2 = 20º.
• Determine a carga teórica da bomba (altura manométrica), considerando que ela
tem uma velocidade de 1.450 rpm.
− Começa-se por determinar as velocidades circunferenciais de entrada e saída :
2𝜋𝑁 2 × 𝜋 × 1.450
𝜔= = = 152 𝑟𝑎𝑑⁄𝑠
𝑈 =𝑟×𝜔 = 60 60
𝑈 = 𝑟 × 𝜔 = 0,090 × 152 = 13,7 𝑚⁄𝑠
𝑈 = 𝑟 × 𝜔 = 0,165 × 152 = 25,1 𝑚⁄𝑠
− As velocidades normais são relacionadas com as anteriores e o ângulo β,
assim:
𝑉 = 𝑡𝑔𝛽 × 𝑈 = tg 30º × 13,7 = 7,89 𝑚⁄𝑠
𝑟 ×𝑏 0,90 × 0,045
𝑉 =𝑉 = 7,89 × = 4,3 𝑚⁄𝑠
𝑟 ×𝑏 0,165 × 0,045
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34

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Exercício Prático
− A velocidade tangencial na saída é relacionada com a tangencial e com o
ângulo:
𝑉 = 𝑈 − 𝑉 × 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 = 25,1 − 4,3 × 𝑐𝑜𝑡𝑔 20º = 13,3 𝑚⁄𝑠
− O ângulo 𝛼2 é obtido a partir da relação entre a velocidade normal na saída
tangencial:
𝑉 4,3
𝛼 = 𝑡𝑔 = 𝑡𝑔 = 18º
𝑉 13,3

− E logo se obtém a velocidade absoluta na saída:


𝑉 4,3
𝑉 = = = 4,5 𝑚⁄𝑠
𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑐𝑜𝑠 18º
− O caudal volúmico que passa pela bomba é de:
𝑄 = 2𝜋𝑟 𝑏 𝑉 = 2 × 𝜋 × 0,090 × 0,045 × 7,89 = 0,201 𝑚 ⁄𝑠
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35

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Exercício Prático
− Agora desenvolve-se o cálculo que determina a carga teórica da bomba pela
expressão seguinte:
𝜔 𝑟 𝜔 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 152 × 0,165 152 × 𝑐𝑜𝑡𝑔 20º
𝐻= − 𝑄= − × 0,201
𝑔 2𝜋𝑔𝑏 9,81 2 × 𝜋 × 9,81 × 0,045
≅ 34 𝑚

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36

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• Relação da Equação de Euler e a Equação de Energia
– Aplicação da forma geral da Eq. da Energia na entrada e saída do rotor:

𝑝 𝑢 𝑝 𝑢
+ +𝑧 +𝐻 −ℎ = + +𝑧
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔

𝐻𝐴 Energia adicionada ao fluido pela bomba;


ℎ𝑓 Energia dissipada pelo sistema devido ao atrito no interior da turbomáquina.

– Considerando a energia teórica adicionada pela bomba (𝐻𝐴 = 𝐻𝑡), as


velocidades absolutas na entrada e saída do rotor (𝑉) e desprezando o
atrito no interior da turbomáquina (ℎ𝑓 = 0):

𝑝 𝑉 𝑝 𝑉
+ +𝑧 +𝐻 = + +𝑧
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔
37

37

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• Relação da Equação de Euler e a Equação de Energia
– Esclarecendo a Eq. a energia teórica adicionada pela bomba:

𝑝 −𝑝 𝑉 −𝑉
𝐻 = + 𝑧 −𝑧 +
𝜌𝑔 2𝑔

– Observamos que a altura teórica pode ser representada por uma


parcela de energia de pressão e outra de energia cinética:

𝐻 =𝐻 +𝐻

Onde 𝐻𝑝 é a altura representativa da energia de pressão e 𝐻𝑣 a altura representativa


da energia cinética.
– Então, a energia total cedida ao 1 kg de fluido que atravessa uma
bomba (ideal), 𝐻 , é composta de 2 (duas) parcelas;
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38

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• Relação da Equação de Euler e a Equação de Energia
– Por comparação da Eq. de Euler:

 𝐻 = + +

 𝐻 =

 𝐻 = + = + 𝑧 −𝑧

39

39

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• Influência da inclinação das Pás
– Por isto e com a finalidade de simplificar o raciocínio, consideremos o
rotor de uma bomba com as seguintes características:
• O fluxo do fluido à entrada é radial (𝛼1 = 90º) ;
• Assim, o triângulo de entrada será retângulo e a equação de Euler assume o aspeto
dado pela equação:
1
𝐻 = 𝑈 𝑉
𝑔
– As seções de entrada e saída dos canais formados pelas pás são iguais,
consequentemente:
𝑉 =𝑉

40

40

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• Influência da inclinação das Pás
– Nestas condições a figura seguinte apresenta os triângulos teóricos à
entrada e à saída (superpostos):

Triângulos teóricos superpostos.

41

41

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• Influência da inclinação das Pás
– A energia teórica cedida pelo rotor ao fluido, em bombas centrífugas,
pode ser analisada em função do ângulo das pás na saída (𝛽2) com as
seguintes relações e simplificações:
• Escoamento com entrada radial: 𝛼1 = 90º
• Seções iguais na entrada e saída com o qual 𝑉𝑟1 = 𝑉𝑟2 e também 𝑉1 = 0, como é
mostrado na figura seguinte:

𝑉 𝑉
𝑉 =𝑉

𝑉
42
Triângulo de velocidades num rotor de bomba centrífuga.

42

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• Influência da inclinação das Pás
– Pela figura conclui-se que:

𝑉 −𝑉 𝑉
𝐻 = =
2𝑔 2𝑔

– E pela equação 𝐻𝑝 conclui-se:

𝑝 −𝑝 𝑈 −𝑈 𝑊 −𝑊
𝐻 = + 𝑧 −𝑧 = +
𝜌𝑔 2𝑔 2𝑔

43

43

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• Influência da inclinação das Pás
– Ainda pela figura:
• 𝑈 −𝑈 =𝑉
• 𝑊 −𝑉 = 𝑈 −𝑉
1
𝐻 = 𝑈 − 𝑈 −𝑉
2𝑔
– Assim, com base nas equações abaixo, demonstra-se a influência do
perfil da pá, determinado pelo ângulo 𝛽2 , na energia cedida a 1 kg de
fluido (𝐻𝑡∞);

– 𝐻 =𝐻 +𝐻
– 𝐻 = 𝑈 𝑉

– 𝐻 =

– 𝐻 =𝐻 −𝐻 = 𝑈 − 𝑈 −𝑉 44

44

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• Influência da inclinação das Pás

Rotores com pás inclinadas para traz, com pás radiais à saída e com pás inclinadas para frente.

(1) Pás inclinadas para trás: (2) Pás radiais na saída: (3) Pás inclinadas para
frente:
Caso em que 𝛽2 < 90º Caso em que 𝛽2 = 90º Caso em que 𝛽2 > 90º
45
Situação limite 𝑉𝑡2 = 0. Desta forma: 𝑉𝑡2 = 𝑈2. Desta forma: 𝑉𝑡2 = 2𝑈2.

45

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Rotores com pás inclinadas para trás 2 < 90°

 Nesta categoria, pode-se obter uma pá como a que está representada por I
(ver figura à direita), em que a saída do liquido é radial;
 Da análise dos triângulos de velocidades na entrada e saída do rotor
podemos chegar às seguintes relações (lei do co-seno):
− w12 = u12 + v12 – 2 . u1 . v1 . cosα1
− w22 = u22 + v22 – 2 . u2 . v2 . cosα2

46

46

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REDES DE FLUIDO

Rotores com pás inclinadas para trás 2 < 90°

 Pela equação de Euler também conhecida por equação fundamental das


bombas centrífugas, temos:
𝜀
𝐻 = (𝑢 . 𝑣 − 𝑢 𝑣 )
𝑔
 Para obter o maior valor de energia Hv é necessário fazer o liquido entrar
radialmente no rotor (entrada radial ou meridiana, onde v1 = vr1), o que
torna vt1 = 0 e, portanto, anula o termo subtrativo u1 . vt1;
47

47

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REDES DE FLUIDO

Rotores com pás inclinadas para trás 2 < 90°

 A equação transforma-se e a altura de elevação teórica pode ser dada então


por: 𝑔 .𝐻
= 𝑢 .𝑣 = 𝑔. 𝐻
𝜀
2 = 90°
 Neste caso 𝛼2 = 90° 𝑒 cos𝛼 = 0; 𝑢 .𝑣 𝑢 . 𝑣 . 𝑐𝑜𝑠 𝛼
 Substituindo o cos 𝛼 = 0, resulta: 𝐻 = 𝑔 = 𝑔
=0
 Significa que as pás não transmitem energia ao liquido, isto é, são inativas;
 Nestas condições a energia de pressão devida à força centrifuga é anulada
pela energia de pressão devida à velocidade relativa, 𝐻 = 0; 48
 Assim o rotor não tem capacidade para bombear;
48

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Rotores com pás inclinadas para trás 2 < 90°

2 = 90°
 Considerando a figura dos vetores de velocidade, onde se representam os
diagramas de entrada e de saída, para α2 = 90°:
𝑣 =𝑤 − 𝑢 =𝑤 − 𝑢
ou
𝑢 − 𝑢 = −(𝑤 − 𝑤 )

 Desta forma, altura de elevação ou queda de energia, é proporcional ao


quadrados das velocidades que constituem o triângulo de velocidades na
49
entrada e saída do rotor (impulsor);

49

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REDES DE FLUIDO

Rotores com pás inclinadas para trás 2 < 90°

2 = 90°
 Dividindo membro a membro por g, obtemos: 𝑢 − 𝑢 𝑤 − 𝑤
=
𝑔 𝑔
 Conclui-se que a energia de pressão devida à força centrífuga é anulada
pela energia de pressão devida à variação da velocidade relativa, o que
conduz a Hp = 0;
 Assim, não se deve projetar pás com o ângulo 𝛽2 para o qual se obtenha
𝛼2 = 90°, pois o fluído, ao abandonar o rotor, teoricamente não possuirá
50
energia para o escoamento pretendido;

50

25
02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Rotores com pás inclinadas para trás 2 < 90º

u22  u12 w 22  w12


  Hp  0
g g

2 < 90º
 Nestas condições a energia potencial cedida ao líquido é superior
à energia cinética;
 À medida que o valor do ângulo  aumenta, até atingir 90°, a
energia potencial cresce mais rapidamente que a cinética.
51

51

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Influência da inclinação das Pás
– (1) - Pás inclinadas para trás
• Considerando que 𝛽2 < 90º e na situação limite na componente periférica da
velocidade absoluta seja nula (𝑉𝑡2 = 0);
• Para satisfazer esta condição 𝛼2 = 90º;
• 𝐻 =𝐻 +𝐻
𝑉 =𝑉
• 𝐻 = 𝑈 𝑉 =0

• 𝐻 = =0
• 𝐻 =𝐻 −𝐻 =0
Triângulo de velocidade na saída do rotor (𝛼2 = 90º)

• Conclusão: Quando, 𝛽2 < 90º tal que 𝛼2 = 90º, e observa que as parcelas de
energia na forma de pressão e de energia cinética são ambas nulas. Portanto a
energia cedida pela bomba ao fluido é nula;
• Em tal situação 𝛽2 conhece-se como ângulo critico inferior;
• Não é prático e não se devem projetar pás com 𝛽2 < 90º para as quais 𝛼2 = 90º já
que o líquido, ao deixar o rotor, não possui energia para o desejado escoamento. 52

52

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Rotores radiais 2 = 90° (pás tipo Rittinger III)


Na descarga radial da  2 = 90°
velocidade relativa do
líquido, a energia total que
o rotor fornece ao líquido
é composta de parcelas
iguais de energia potencial
de pressão e de energia
cinética.

53

53

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Influência da inclinação das Pás
– (2) - Pás radiais na saída
• Quando 𝛽2 = 90º obtém-se um triângulo de velocidades em que a velocidade
tangencial do rotor (𝑉𝑡2 = 𝑈2);

• 𝐻 =𝐻 +𝐻
𝑉 =𝑉
• 𝐻 = 𝑈 𝑉 =

• 𝐻 = =

• 𝐻 =𝐻 −𝐻 = Triângulo de velocidade pás radiais na saída do rotor (𝛽2 = 90º)

• Conclusão: Na situação em que 𝛽2 = 90º a componente periférica da velocidade


absoluta na saída 𝑉𝑡2 torna-se a velocidade tangencial do rotor (𝑉𝑡2 = 𝑈2);
• Isto faz com que a energia cedida pela bomba ao fluido seja de 50% na forma de
energia de pressão e 50% na forma de energia cinética.
54

54

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Rotores com pás inclinadas para frente 2 > 90°

Neste tipo de rotor (IV) a


energia cinética aumenta
rapidamente de valor á
medida que 2 aumenta.
A partir de um determinado
ângulo 2 a energia de pressão
anula-se e a energia total é
fornecida ao líquido sob a
forma de energia cinética;
Se o ângulo 2 for ainda mais aumentado resulta na rutura dos
filetes líquidos (aumentando a relação de superfície/volume). 55

55

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Influência da inclinação das Pás
– (3) - Pás inclinadas para a frente
• Quando o valor de 𝛽2 > 90º na condição limite em que torna a velocidade periférica
em que (𝑉𝑡2 = 2𝑈2);

• 𝐻 =𝐻 +𝐻 𝑉
𝑊 =𝑉
• 𝐻 = 𝑈 𝑉 =2

• 𝐻 = =2
• 𝐻 =𝐻 −𝐻 =0
Triângulo de velocidade pás inclinadas para frente (𝛽2 > 90º)

• Conclusão: Na situação em que 𝛽2 > 90º de tal forma que torna a


velocidade tangencial do rotor (𝑉𝑡2 = 2𝑈2) a energia pressão é nula e a
energia total é igual à energia cinética;
• Em tal situação 𝛽2 conhece-se como ângulo critico superior.
56

56

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Influência da inclinação das Pás
– Resumo dos Resultados

57
Energia teórica cedida por um rotor com diferentes tipos de pás

57

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Influência da inclinação das Pás
– Resumo dos Resultados
• (1) Pás inclinadas para Trás: 𝜷𝟐 < 𝟗𝟎º
𝐻𝑝 > 𝐻𝑉 → A energia cedida pela bomba ao fluido predomina na forma de energia
de pressão;
• (2) Pás Radiais na Saída 𝜷𝟐 = 𝟗𝟎º
[𝐻𝑝 = 𝐻𝑉] → A energia cedida pela bomba ao fluido faz-se igualmente na forma de
energia de pressão e energia cinética;
• (3) Pás inclinadas para frente 𝜷𝟐 > 𝟗𝟎º
[𝐻𝑉 > 𝐻𝑝] → A energia cedida pela bomba ao fluido predomina na forma de
energia cinética.

Então, que tipo de pás a adotar ?


58

58

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Influência da inclinação das Pás
– Recomendações para Ângulo das Pás
• As bombas são empregues para vencer os desníveis energéticos. Para o
conseguir deve ser obtido pela transformação em energia de pressão e não
pela energia cinética;
• Pás com 𝛽2 > 90º (inclinadas para frente) fazem com que a energia
predominante seja do tipo cinética, o que envolve altas velocidades e
portanto maiores perdas de carga;
• Recomenda-se sempre pás inclinadas para trás (𝛽2 < 90º) encontradas nas
seguintes faixas:

Bombas Centrífugas Ventiladores


Faixa de Operação: 15º ≤ 𝛽2 ≤ 40º Normalmente: 40º ≤ 𝛽2 ≤ 45º

Normalmente: 20º ≤ 𝛽2 ≤ 25º


59

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Influência da inclinação das Pás
– Recomendações para Ângulo das Pás
• Para bombas o ângulo da pá na entrada 𝛽1 pode ter a seguinte faixa:
15º ≤ 𝛽1 ≤ 50º
• Esses motivos levaram a fabricantes a adotar pás para trás na quase
totalidade das bombas centrífugas, estando 𝛽2 compreendido entre
17º 𝑒 30º, sendo aconselhado como regra o valor de 22,30′.

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60

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Tipo de pás a adotar: Pás inclinadas para a frente

• A energia total cedida ao líquido é tanto maior quanto o valor do ângulo  2;


• O que quer dizer que para a mesma velocidade tangencial os impulsores com
pás inclinadas para a frente fornecem mais energia ao líquido;

• No entanto, neste tipo de impulsores o rendimento é baixo, devido às


perdas de energia por atrito quer no rotor quer no difusor da bomba;
• Porque no curto trajeto desde o bordo de entrada até ao de saída, o líquido
sofre uma acentuada aceleração;
• Resultando em velocidades elevadas que originam elevadas perdas de
energia por atrito;
• No difusor a transformação da elevada velocidade do líquido (energia
cinética) em pressão é nova fonte de perda de energia; 61

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REDES DE FLUIDO

Tipo de pás a adotar: Pás inclinadas para a frente

• Nas bombas
− Apenas para grandes caudais e baixas alturas de elevação.
• Nos ventiladores
− Com os quais se pretende essencialmente fornecer energia
de velocidade ao gás - os impulsores com a pás viradas para
a frente, apresentam vantagem, ao aumentarem
diretamente a velocidade do fluído que os atravessa.

62

62

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02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Tipo de pás a adotar: Pás inclinadas para trás


• Neste tipo de pás o líquido é submetido a uma aceleração
menos acentuada e as perdas por atrito são menores, apesar
do maior trajeto que os filetes líquidos têm de percorrer;
• O alargamento progressivo do canal entre as pás é mais suave,
o que favorece o escoamento;
• Como a maior parte da energia cedida ao líquido pelo impulsor
é de pressão, é menor a parcela de energia cinética que é
transformada em pressão;
• Resulta numa menor perda por atrito no difusor, o que
aumenta o rendimento;
63

63

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Conclusão
• Pelos motivos apontados os fabricantes adotaram para
construção corrente:
 a forma das pás inclinadas para trás na quase totalidade
das bombas centrífugas;
 2 está compreendido entre 17° 30´ e 30°.
• A. J. Stepanoff na sua obra “Centrifugal and Axial Flow Pumps”
aconselhou como regra geral o valor de 22° 30´.

64

64

32
02/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura DE FLUIDO Mecânica
em Engenharia

110

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

110

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02/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura DE FLUIDO Mecânica
em Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDO

Bombas (2)

Aula 12

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
65

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

65

1
02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Classificação dos impulsores quanto à geometria das pás

Pás inclinadas para trás Pás inclinadas para a frente Pás radiais Pás helicoidais
A cada um dos tipos referidos corresponde um triângulo de velocidades.

66

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Grau de Reação e o Ângulo da pá na saída
– A relação entre a energia de pressão e a pressão total é denominada grau de
reação:
𝐻
𝐺=
𝐻
– 𝐺 é tanto maior quanto maior for a parcela de energia de pressão (𝐻𝑝)
fornecida pelo rotor ao fluido;
– O grau de reação de uma turbomáquina está relacionado com a forma do
rotor e com a eficiência no processo de transferência de energia:

Ângulo da pá na saída Grau de reação


𝛽 < 90º 𝐺>1 2
𝛽 = 90º 𝐺=1 2
𝛽 > 90º 𝐺<1 2
67

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2
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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Grau de Reação e o Ângulo da pá na saída
– O conceito do grau de reação é utilizado, inclusive, para classificar
máquinas de fluxo;

– Turbomáquinas de Reação:
• Uma bomba, ou máquina de fluxo em geral, é denominada "de reação" se o
seu grau de reação é maior que zero (𝐺 > 0), isto é, se a pressão de saída
do escoamento é maior que a pressão de entrada;
• Representa o caso geral das bombas.

– Turbomáquinas de Ação:
• Quando o processo de transferência de energia ocorre a pressão constante,
(𝐺 = 0 ), a máquina de fluxo é denominada "de ação" como o caso das
turbinas Pelton.
68

68

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação
(𝑯𝒕 − 𝑸)
– Rotor com pás radiais na saída:
𝜷𝟐 = 𝟗𝟎º → 𝐻𝑡∞ = 𝑘 𝐻𝑝 > 𝐻𝑉 → 𝐻𝑡∞ é independente do caudal,
sendo representada graficamente por uma reta que corta o eixo de 𝐻
no ponto 𝑈 /𝑔;
– Rotor com pás inclinadas para trás
𝜷𝟐 < 𝟗𝟎º → 𝐻𝑡∞ = 𝑘 − 𝑘 𝑄 → 𝐻𝑡∞ diminui com o aumento de caudal,
sendo representada graficamente por uma reta inclinada para baixo que
cruza a ordenada no ponto 𝑈 /𝑔;
– Rotor com pás inclinadas para frente
𝜷𝟐 > 𝟗𝟎º → 𝐻𝑡∞ = 𝑘 + 𝑘 𝑄 → 𝐻𝑡∞ aumenta com o aumento de
caudal, sendo representada graficamente por uma reta inclinada
ascendente que cruza o ponto 𝑈 /𝑔. 69

69

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação
(𝑯𝒕 − 𝑸)

Efeito do tipo de pá na altura teórica de elevação. 70

70

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação
(𝑯𝒕 − 𝑸)
– Observamos que as pás inclinadas para frente (𝛽2 > 90º) cedem mais
energia cinética que energia de pressão;
– Da curva 𝐻𝑡∞ − 𝑄 demonstra outra inconveniência deste tipo de
curvatura das pás:
• O aumento de 𝐻𝑡∞ apresenta o fenómeno de instabilidade de
funcionamento quando realizados ensaios em bancadas de laboratório;
• Para certos valores de 𝐻𝑚𝑎𝑛, a bomba capaz de comprimir para 2 caudais
diferentes: em certo instante comprime o caudal 𝑄1 e noutro instante
posterior, sem que se tenha atuado na instalação, a bomba passa a
comprimir o caudal 𝑄2, que é ≠ 𝑄1. A tal fenómeno dá-se o nome de
“instabilidade de funcionamento”;
• A instabilidade do funcionamento para pás com 𝛽2 > 90º é outro motivo
para evitar trabalhar com bombas centrífugas com pás inclinadas para
71
frente.

71

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02/04/2022

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação
(𝑯𝒕 − 𝑸)
– A instabilidade de funcionamento só acontece quando a bomba é posta a operar
em instalações com 𝐻𝑚𝑎𝑛 < 𝐻 (corresponde a pontos do trecho de curva
salientado):

1 2

Utilização da
curva da
bomba

72
Fenómeno da instabilidade de funcionamento (típico de rotores com 𝛽2 > 90º ).

72

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Curva de Potência (𝑷 − 𝑸)
– Considerando a potência teórica:
𝑊̇ = 𝜌𝑔𝑄𝐻

– Onde a altura de elevação teórica é dada por:


𝑈 𝑈
𝐻 = =− 𝑄
𝑔 𝑔𝜋𝐷 𝑏 𝑡𝑎𝑛𝛽

– A qual como pode ser simplificada


𝐻 =𝑘 −𝑘 𝑄

– Introduzida esta última expressão da altura na equação de potência se tem:


𝑊̇ = 𝜌𝑔𝑘 𝑄 − 𝜌𝑔𝑘 𝑄

– Desta forma considerando novas constantes: 73


𝑊̇ = 𝑘 𝑄 − 𝑘 𝑄

73

5
02/04/2022

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Curva de Potência (𝑷 − 𝑸)

Curva teórica da potência 74

74

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação (𝑯𝒕 − 𝑸)
– Considerando pás radiais na saída
𝜷𝟐 = 𝟗𝟎º → a t𝑔(90º) = ∞;
Desta forma 𝑘2 = 0 e a potência neste caso fica dada por:

𝑊̇ = 𝑘 𝑄 − 𝑘 𝑄 = 𝑘 𝑄

 A potência varia linearmente com o caudal.

– Considerando pás inclinadas para trás


𝜷𝟐 < 𝟗𝟎º 𝑒 𝑡𝑔𝛽2 toma valores positivos (+), logo 𝑘2 tem um valor positivo
(+):
𝑊̇ = 𝑘 𝑄 − 𝑘 𝑄

 Com o aumentando do caudal (com 𝑁 = 𝑐𝑡𝑒) a potência descreve uma


parábola tangente à reta anterior na origem e sempre com valor menor a
esta quando 𝑄 aumenta.
75

75

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação
(𝑯𝒕 − 𝑸)
– Considerando pás inclinadas para frente
𝜷𝟐 > 𝟗𝟎º 𝑒 𝑡𝑔𝛽2 toma valores negativos (-), logo 𝑘2 tem um valor
negativos (-):

𝑊̇ = 𝑘 𝑄 + 𝑘 𝑄

 Com o aumentando do caudal (com 𝑁 = 𝑐𝑡𝑒) a potência descreve


uma parábola tangente à reta anterior na origem e sempre com valor
maior a esta quando 𝑄 aumenta.

76

76

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação
(𝑯𝒕 − 𝑸)
– Resumo
• Observa-se que tanto para as pás inclinadas para frente como as pás radiais
na saída requerem maior potência para o mesmo caudal de trabalho;
• Também se observa neste tipo de rotores que à medida que aumenta o
caudal a potência requerida aumenta;
• No caso dos rotores com pás inclinadas para trás a potência requerida
aumenta até um certo ponto e posteriormente decresce. Geralmente neste
tipo de bombas o rendimento máximo ocorre quando a potência de
acionamento atinge o máximo;
• Desta forma a bomba poderia trabalhar com caudais maiores que o caudal
de projeto sem prejudicar o funcionamento do motor elétrico que aciona a
bomba;

77

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02/04/2022

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação
(𝑯𝒕 − 𝑸)
– Resumo das curvas 𝑯 − 𝑸 e 𝑷 − 𝑸 :

78
Resumo de altura teórica e potência teórica para diferentes tipos de pás

78

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Efeito da Curvatura das Pás na Altura Teórica de Elevação
(𝑯𝒕 − 𝑸)
– Resumo das expressões de altura teórica e potência:

Inclinação das pás Altura teórica Potência tórica


Saída radial (𝛽2 = 90º) 𝐻𝑡∞ = 𝑘 𝑊̇ = 𝑘 𝑄
Inclinadas para trás (𝛽2 < 90º) 𝐻𝑡∞ = 𝑘 − 𝑘 𝑄 𝑊̇ = 𝑘 𝑄 − 𝑘 𝑄
Inclinadas para frente (𝛽2 > 90º) 𝐻𝑡∞ = 𝑘 + 𝑘 𝑄 𝑊̇ = 𝑘 𝑄 + 𝑘 𝑄

– A energia total num rotor aumenta com o aumento do ângulo de ataque;


– Pode-se supor então que rotores de pás voltadas para frente podem
transferir maior energia ao fluido. Contudo a experiência mostra que nos
rotores com pás voltadas para frente ocorre um menor rendimento devido a
grande dissipação de energia (perdas por atrito) entre o rotor e o fluido;
– Desta forma a energia útil transferida ao fluido é maior em rotores com pás
79
voltadas para trás.

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Fluxo de Energia e Rendimentos
– Considerando o fluxo de energia transferido da bomba para o fluido, observa-se
que existem diversas formas de dissipação de energia, desde a energia inicial do
motor(p.ex: motor elétrico) que aciona a bomba até a energia final absorvida
pelo fluido.

Ht∞

Relações entre rendimentos e alturas de uma bomba.


80

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Fluxo de Energia e Rendimentos
– O motor apresenta uma energia motriz (𝐻𝑚) que deve ser transferida ao rotor.
– Como o sistema mecânico de acoplamento e transmissão não é perfeito existirá uma
dissipação mecânica de energia quantificada como perda mecânica (Δℎ𝑚). A energia
efetivamente absorvida pelo rotor é denominada energia de elevação (𝐻𝑡∞) sendo
relacionada com a energia motriz pelo rendimento mecânico (𝜂𝑚).
– Devido à dissipação de energia no interior da bomba (por atrito e recirculação de
fluxo) a energia do rotor (𝐻𝑡∞) não é transferida totalmente ao fluido sendo as
perdas quantificadas como perdas hidráulicas (Δℎℎ). A energia transferida do rotor
ao fluido é relacionada pelo rendimento hidráulico.
– Além disto, parte do caudal que entra na bomba recircula na mesma e escapa por
vedação deficiente quantifica-se por um rendimento volumétrico (𝜂𝑣).
– A energia realmente absorvida pelo fluido é denominada por altura manométrica
(𝐻𝑚𝑎𝑛 ), reconhecida como a energia final do fluxo energético do sistema de
bombagem.
– O rendimento global (𝜂𝑔) quantifica a relação entre energia final (𝐻𝑚𝑎𝑛 ) (absorvida
pelo fluido) e a energia motriz para acionamento da bomba (𝐻𝑚).
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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento Hidráulico (𝜼𝒉)
• O primeiro rendimento a ser definido é o que relaciona as energias
específicas representadas por 𝐻𝑡∞ energia cedida e 𝐻𝑚𝑎𝑛 energia
realmente recebida, que no final as diferenças, representam as perdas
hidráulicas no interior da bomba ou mais precisamente no rotor. Uma
parte é perdida para vencer as resistências ou perdas hidráulicas
denominadas Δhh:

𝐻𝑡∞ = 𝐻𝑚𝑎𝑛 + Δℎℎ

• Onde:
– 𝜂ℎ - rendimento hidráulico da bomba;
– 𝐻𝑚𝑎𝑛 - energia absorvida por 1 kg de fluido que atravessa a bomba;
– 𝐻𝑡∞ - energia cedida a cada um dos kg de fluido que atravessam a bomba;
– Δhℎ - energia dissipada no interior da bomba (função do seu acabamento
superficial interno).
82

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento Hidráulico (𝜼𝒉)

𝐻𝑚𝑎𝑛 𝐻𝑡∞ − Δℎℎ Δhℎ


𝜂 = = =1−
𝐻𝑡∞ 𝐻𝑡∞ 𝐻𝑡∞

• Leva em consideração o acabamento superficial interno das paredes do


rotor e da carcaça da bomba;
• A altura teórica de elevação (𝐻𝑡∞) não é aproveitada totalmente na
elevação do fluido (𝐻𝑚𝑎𝑛). Uma parte é perdida para vencer as resistências
ou perdas hidráulicas denominadas Δℎℎ.
• Demonstra, assim, que quanto maior for Δℎℎ (perda de carga no interior da
bomba), tanto menor, para o mesmo valor de 𝐻𝑡∞ (energia cedida), será o
rendimento hidráulico 𝜂 da bomba.
83

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02/04/2022

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento Hidráulico (𝜼𝒉)
• Valores estimados do Rendimento Hidráulico:
– 50 a 60%: Bombas pequenas, sem grandes cuidados de fabricação com a voluta;
– 70 a 85% : bombas com rotor e coletor bem projetados, fundição e bom acabamentos;
– 85% a 95% : Para bombas de dimensões grandes, bem projetadas e bem fabricadas.

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento Volumétrico (𝜼𝑽)
• Existem folgas dimensionais entre o rotor e a carcaça e também no
distribuidor (voluta);
• Quando a bomba está a funcionar, um caudal (𝑞) de recirculação fica a
circular nestes espaços. Portanto para se obter um caudal volumétrico
𝑄 , deve-se considerar um caudal 𝑄 + 𝑞 , logo:

𝑄
𝜂 =
𝑄+𝑞

• Leva em consideração a recirculação e o caudal existente na caixa das pás da


bomba;
• Assim, sendo:
𝜂 - rendimento volumétrico da bomba;
Q - caudal de compressão da bomba;
q - recirculação de caudal na caixa das pás
85

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02/04/2022

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Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento Volumétrico (𝜼𝑽)
• A Equação demonstra, então, que o rendimento volumétrico é a
relação entre o caudal de compressão (Q) e o caudal aspirado pela
bomba (𝑄 + 𝑞);
• O rendimento volumétrico assume valores notavelmente elevados,
tendo em vista a recirculação e os caudais (𝑞) constituírem um valor
muito pequeno;
• A recirculação de caudal constitui um valor maior em bombas que
desenvolvem grandes pressões.

86

86

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento Volumétrico (𝜼𝑽)
• Em termos médios, tem-se:

Faixa de valores de rendimento volumétrico.

87

87

12
02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento Mecânico (𝜼𝒎)
• Relação entre a altura de elevação e altura motriz. Também
relaciona a potência de elevação e a potência motriz.
• Esta última conhecida como potência de acionamento do motor da
bomba.
• Portanto, é a relação entre a potência necessária ao acionamento da
bomba (P) e a potência dissipada em atrito no rotor, chumaceiras e
ou rolamentos, etc;
• Leva em consideração que, a potência necessária ao acionamento
da bomba, apenas uma parte é, efetivamente, empregue para o ato
de bombagem;
• Os valores típicos de 92 a 95% encontram-se nas bombas modernas,
sendo que os valores maiores correspondem às bombas de maiores
88
dimensões.

88

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REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento Mecânico (𝜼𝒎)
• Parcela desta potência necessária será utilizada para vencer as
resistências passivas da bomba:

𝑃 − Δ𝑃
𝜂 =
𝑃
• Onde:
– 𝜂𝑚 - rendimento mecânico da bomba;
– 𝑃 - a potência necessária ao acionamento;
– Δ𝑃 - potência dissipada em atrito nas caixas do rotor, chumaceiras e/ou
rolamentos, nos anéis de desgaste e pelo atrito entre o rotor e o meio fluido no
qual gira.

89

89

13
02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Natureza das Energias Cedidas por uma Bomba


• Rendimentos a Considerar numa Bomba
– Rendimento total ou global (𝜼𝒕 𝒐𝒖 𝜼𝒈)
• Relação entre a energia realmente cedida pelo rotor ao fluido (útil) e a
energia necessária para movimentar o rotor.
• Relaciona de forma equivalente a potência útil com a potência motriz.
𝐻
𝜂 = =𝜂 ×𝜂 ×𝜂
𝐻
• Onde:
– 𝜂 - rendimento global da bomba;
• Quando não se consideram perdas volumétricas, o rendimento total é
dado:𝜂 = 𝜂 × 𝜂 .
• Em bombas de grande porte o rendimento global pode ultrapassar 85%.
• Nas bombas pequeno porte, dependendo do tipo e condições de
operação, pode cair até menos de 40%.
• Uma estimativa razoável é considerar 60% em bombas pequenas e 75%
em bombas médias. 90

90

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REDES DE FLUIDO

Exercício Prático
• A bomba centrífuga tem uma potência fornecida ao veio de 8,4 kW e uma
potencia útil fornecida à água de 6,25 kW.
• Determine o rendimento da bomba:
𝑃 6,25
𝜂 = = = 0,74 → 𝜂 = 74%
𝑃 8,4
• Determine a potência do motor elétrico, sabendo que o seu rendimento é
de 88%:
𝑃 8,4
𝑃 é = = = 9,54 𝑘𝑊
𝜂 0,88

• Determine o rendimento global do motor elétrico e bomba:


𝜂 =𝜂 𝜂 = 0,74 × 0,88 = 0,65 → 𝜂 = 65%

91

91

14
02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Acionamentos

92

92

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REDES DE FLUIDO

Acionamento das bombas


• As bombas acionadas por:
− A maioria por motores elétricos;
− Ligadas indiretamente através de correias a motores
elétricos;
− Motores de combustão interna;
− Turbinas;
− Podem rodar com outras velocidades.

93

93

15
02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Acionamento das bombas


• Quando acionadas diretamente por motores elétricos de
rotor em curto circuito as bombas rodam a velocidades da
ordem das indicadas na tabela:

f Número de polos
(Hz) 2 4 6 8 10 12 14

50 2900 1450 960 725 580 480 415

60 3500 1750 1160 875 700 580 500

94

94

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REDES DE FLUIDO

95

95

16
02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

DESLIZAMENTO
• As velocidades nominais dos
grupos são inferiores à
velocidade de sincronismo,
devido ao deslizamento
provocado pela carga no motor.

• Para rodar a outras velocidades


as bombas podem ser ligadas
indiretamente através de
correias a motores elétricos, ou
a alimentação elétrica dos
motores é feita através de
conversores de frequência.

Deslizamento da velocidade do motor 96

96

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REDES DE FLUIDO

Arranque directo Star-delta starting

97

97

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02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

Arranque por transformador

98

98

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REDES DE FLUIDO

99

99

18
02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Exercícios Práticos

100

100

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REDES DE FLUIDO

6.17 - Exercício Prático


• Uma bomba centrífuga com entrada radial trabalha com água com caudal
de 0,3 m3/s. O diâmetro do rotor é de 250 mm e as pás tem 30 mm de
largura na saída. Considere que as pás são radiais na saída.
• Determine a altura teórica, potência e binário da bomba, considerando
número infinito de pás e a potência necessária quando a bomba trabalha
com 1000 rpm.

• Proposta de resolução
– Dados:
Q = 0,3 m3/s
D2 = 250 mm
b2 = 30 mm
N = 1.000 rpm
Entrada radial

101

101

19
02/04/2022

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REDES DE FLUIDO

6.17 - Exercício Prático


• Proposta de resolução
– A água entra no impulsor com direção axial, portanto a componente tangencial
da velocidade absoluta é nula e desta forma 𝛼1 = 90º.
– Portanto temos a simplificação de que:
• 𝐻 = 𝑈 𝑉
– Na saída a pá é radial, portanto β2=90º. Desta forma 𝑉 = 𝑈 tendo
simplificada a equação da altura:
• 𝐻 = 𝑈
– Determinamos velocidade tangencial do rotor na saída:
× × × .
• 𝑈 = = = 13,08 𝑚⁄𝑠
– Desta forma a altura teórica de elevação é dada por:

• 𝐻 = 𝑈 = × 13,08 = 17,47 𝑚
,
102

102

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REDES DE FLUIDO

6.17 - Exercício Prático


• Proposta de resolução
– A potência pode então ser determinada:

• 𝑊̇ = 𝜌. 𝑔. 𝑄. 𝐻 = 1.000 × 9,81 × 0,3 × 17,47 = 51.404 𝑊 ≈ 51,4 𝑘𝑊

– A determinação do binário exercido pela bomba e uma vez que neste caso a
entrada é radial (𝑉 = 0 𝑒 𝑉 = 𝑈 )

• 𝑇 = 𝑚̇ 𝑟 𝑉 − 𝑟 𝑉 → 𝑇 = 𝑚̇ 𝑟 𝑈

– Como o fluxo de massa é 𝑚̇ = 𝜌. 𝑄 = 1000 × 0,3 = 300 𝑘𝑔/𝑠 e o raio do rotor


na saída é 𝑟2 = 𝐷2/2 = 125 𝑚𝑚 e velocidade tangencial do rotor na saída é
𝑈2 = 13,08 𝑚/𝑠. Desta forma:

• 𝑇 = 𝑚̇ 𝑟 𝑈 = 300 × 125 × 10 × 13,08 = 490,5 𝑁𝑚


103

103

20
02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

6.17 - Exercício Prático


• Proposta de resolução
– A potência do rotor pode ser então verificada como:
?
𝑊̇ = 𝜔. 𝑇

2𝜋𝑁 2 × 𝜋 × 1.000
𝜔= = = 104,72 𝑟𝑎𝑑/𝑠
60 60

𝑊̇ = 𝜔. 𝑇 = 104,72 × 490,5 = 51.365 𝑊 ≈ 51,4 𝑘𝑊

104

104

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

6.18 - Exercício Prático


• Determinar o triângulo de velocidades na entrada e na saída de uma bomba
centrífuga que apresenta escoamento com entrada radial.
O diâmetro interno do rotor é de 50 mm e o diâmetro externo do rotor é de
250 mm.
A largura da pá na entrada é igual a 10 mm e a largura da pá na saída é igual
a 5 mm.
O ângulo da pá na entrada é igual a 20º e na saída igual a 23º.
Considere que a bomba tem uma rotação de 1.300 rpm.

105

105

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02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

6.18 - Exercício Prático


• Proposta de resolução
– Dados:
N = 1.300 rpm; D1 = 50 mm; D2 = 250 mm; b1 = 10 mm; b2 = 5 mm; β1 = 20º;
β2 = 23º.
a) Triângulo de velocidades na entrada:
• A entrada radial implica que ângulo 𝛼1 = 90º.

𝑉 =𝑉

106

106

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

6.18 - Exercício Prático


• Proposta de resolução
a) Triângulo de velocidades na entrada:
• Velocidade periférica ou tangencial do rotor na entrada:
𝜋𝐷 𝑁 𝜋 × 0,05 × 1.300
𝑈 = = = 3,4 𝑚⁄𝑠
60 60

𝑉
tg 𝛽 =
𝑈
• Velocidade absoluta do fluido na entrada:

𝑉 = 𝑈 tg 𝛽 = 3,4 tan 20º = 1,24 𝑚⁄𝑠

• Velocidade relativa do fluido na entrada:

𝑊 = 𝑉 +𝑈 = 1,24 + 3,4 = 3,63 𝑚⁄𝑠

• A partir do triangulo de velocidade verifica-se que: 𝑉 = 𝑉 = 1,24 𝑚⁄𝑠


107

107

22
02/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

6.18 - Exercício Prático


• Proposta de resolução
a) Triângulo de velocidades na saída:
• Para obter a informação do segundo triângulo de velocidade pode-se utilizar a
equação do caudal:
𝑄 = 𝜋𝐷 𝑏 𝑉 = 𝜋𝐷 𝑏 𝑉

• A partir do triangulo de velocidade de entrada: 𝑉 = 𝑉 = 1,24 𝑚⁄𝑠

𝑄 = 𝜋𝐷 𝑏 𝑉 = 𝜋 × 0,05 × 0,01 × 1,24 = 0,00195 𝑚 ⁄𝑠 = 1,95 𝑑𝑚 ⁄𝑠

• Componente meridiana (radial) da velocidade absoluta na saída:


𝑄 1,95 × 10
𝑉 = = = 0,496 𝑚⁄𝑠
𝜋𝐷 𝑏 𝜋 × 0,25 × 0,005

• Componente periférica da velocidade relativa:


𝑉 𝑉 0,497
tg 𝛽 = →𝑊 = = = 1,17 𝑚⁄𝑠
𝑊 tg 𝛽 tan 23º 108

108

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

6.18 - Exercício Prático


• Proposta de resolução
a) Triângulo de velocidades na saída:
• Componente periférica da velocidade periférica:
𝜋𝐷 𝑁 𝜋 × 0,25 × 1.300
𝑈 = = = 17,02 𝑚⁄𝑠
60 60

• Componente periférica da velocidade absoluta:


𝑉 = 𝑈 − 𝑊 = 17,02 − 1,17 = 15,85 𝑚⁄𝑠

• Velocidade absoluta:
𝑉 = 𝑉 +𝑉 = 15,85 + 0,497 = 15,86 𝑚⁄𝑠
𝑉
𝑉 0,497
tg 𝛼 = = = 0,031 → 𝛼 = 1,8º 𝑉
𝑉 15,86

𝑉 𝑊
109

109

23
02/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura DE FLUIDO Mecânica
em Engenharia

110

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

110

24
09/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bombas (3)

Aula 13

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Parâmetros e curvas características

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros e curvas características

• O nível energético é conhecido como a carga (ou coluna)


liquida, ou altura manométrica, disponível pela bomba.
• Desta forma determina-se pela medida das pressões aos
terminais da bomba, e pela sua conversão em metros,
utilizando a equação de Bernoulli generalizada, aplicada
entre a entrada e saída:


2
Hman - Altura manométrica [m];
HA - Energia fornecida pela bomba [m];
hf - Energia de perdas por atrito [m];
p - Pressão [Pa];
Z - Variação de nível ou alturas [m];
D - Diâmetro [m];
4
V - Velocidades [m/s].

2
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros e curvas características


• A parte estática corresponde ao
desnível geométrico adicionado à
diferença de pressão entre o sistema
de admissão e a seção de descarga:

• A parte dinâmica corresponde à perda


de carga que varia com o quadrado do
caudal e a altura cinética entre a
admissão e a descarga:
" "
! # $
"%
• O parâmetro da velocidade pode ser
determinado pela função de caudal e
dos diâmetros da tubagem por:
' )'
&
( *+"
5

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros e curvas características


• Combinando as equações, obtém-se uma equação para a altura
manométrica da bomba, em função das pressões, das alturas, do caudal e
diâmetro da entrada e saída da bomba:

4- ⁄./ 4- ⁄./

2

• Com o desenvolvimento da equação:

8- 1 1
2 4 2 4
. / /

3
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros e curvas características

• A energia mecânica fornecida pela bomba é utilizada na sua grande maioria


para aumentar a pressão estática do fluído, sendo a contribuição dinâmica
muito baixo.
• Quando as leituras de pressão são efetuadas em pontos muitos próximos
um do outro, as parcelas da altura geométrica podem ser considerados
desprezáveis.
• Por isto, as parcelas da energia cinética e da cota na equação de Bernoulli
podem ser considerados desprezáveis na maioria dos casos práticos e a
equação da carga da bomba simplifica-se:

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício Prático
• Aos terminais de uma bomba centrífuga escoa água a 20º C e foi lido na entrada
uma pressão de 1 bar e na saída 3 bar.
• Considerando que o diâmetro de entrada da bomba é de 80 mm e na saída de
65 mm, que as alturas das leituras são de 240 mm na entrada e 420 mm na
saída e que o caudal de transporte é de 100 m3/h, determine a altura
manométrica (elevação).
• Proposta de resolução

4 2 100⁄3.600
- 4- 78 :;<=8>8 → 5,53 F⁄G
.0,080
V
6 ./ 4 2 100⁄3.600
78 G8í>8 → 8,38 F⁄G
.0,065
I3 1J 2 10K
20,4 F
998,3 2 9,81
8,38 5,53 ⇒ 20,4 2,02 0,18 23 F
2,02 F
2 2 2 9,81
0,480 0,240 0,18 F
8

4
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Exercício Prático
• A voluta de uma bomba centrífuga recebe o fluído com uma velocidade
absoluta na saída do rotor de 2 13,3 F/G e, devido à sua seção
crescente, no sentido do escoamento, diminui progressivamente a
velocidade, acompanhada de uma aumento simultâneo de pressão,
obtendo os valores desejados na zona e ligação da bomba com a tubagem
de descarga, sendo a velocidade de saída 3 1 F/G.
• Determinar a recuperação de pressão estática (∆ ).

• Proposta de resolução
– Numa situação de redução da velocidade de forma ideal, sem turbulências nem
perdas, pode ser aplicada a equação de fluxos ideal entre a saída do rotor (2) e a
saída da bomba (3):
1 1
O O 2 1.000 2 13,3 1,0 87.945 Q8
2 2
87.945
O ≅ 9,0 F
8.807 9

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REDES DE FLUIDOS

Curva da instalação
• Aplicando equação de Bernoulli entre as 2 superfícies livres da instalação
representada:

Energia mecânica acumulada sob a forma de Energia mecânica dissipada na


pressão e energia potencial instalação

pB
pB − p A  l  1  2
H= + zB − z A + f   2
Q
ρg   eq
d 2 gA 

Energia mecânica necessária fornecer


zB-zA
Q
ao fluido pela bomba

H=F(Q) é a curva da instalação pA

10

10

5
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Curva da instalação
• Curva que dá a energia mecânica H que é necessária fornecer ao fluido para
o fazer circular numa dada instalação com um caudal Q.

Curva da instalação
p − pA  l  1  2 SI-J
H= B + z B − z A + f   2
Q
ρg  d  eq 2 gA  H
Energia mecânica Dissipação na
k
acumulada conduta

Se o escoamento for completamente Acumulação


turbulento na conduta f ≠ f(Re) Energia Mec.

Q11

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REDES DE FLUIDOS

Curvas características
• Dever-se-á designar por curvas características as curvas que
relacionam entre si o caudal, a altura manométrica, a
velocidade, a potência, o NPSH requerido e o rendimento da
bomba.
• Dado o elevado número de parâmetros, é vulgar considerarem-
se curvas com um ou mais parâmetros fixos.
• Normalmente toma-se a velocidade como parâmetro fixo, e nas
bombas centrífugas, ainda, o diâmetro do impulsor.
• A mesma bomba pode trabalhar com impulsores de diâmetro
diferente dentro de certos limites, alterando-lhe as curvas
características.
12

12

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curva Característica do sistema


• A curva característica do sistema é traçada marcando a altura
H em função do caudal num gráfico de coordenadas
cartesianas.
• Esta curva compreende uma parte estática e uma parte
dinâmica:

13

13

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REDES DE FLUIDOS

Curvas características de bombas centrífugas


O desenvolvimento das
curvas Q-H das bombas
centrífugas obedece a
uma lei quadrática e pode
ser descrito pela equação:

H = a0 N 2 + a1 NQ − a2Q 2

14

14

7
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

A curva característica caudal-pressão tem aproximadamente o


andamento representado, a velocidade constante de acordo com
o tipo de bomba:

15

15

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REDES DE FLUIDOS

Curvas características de bombas centrífugas


• Representam o comportamento real das bombas mostrando o
relacionamento de interdependência entre as grandezas características.
• Os fabricantes fornecem estas curvas obtidas experimentalmente em
laboratório.
• Os principais gráficos apresentados são:
− F8; - – Variação da altura manométrica em função do caudal
− T - – Variação do rendimento global em função do caudal
− Q - – Relação entre a potência requerida no acionamento e o caudal.
− 7QU - – Variação do Net Posistive Suction head (altura líquida positiva de
aspiração) e o caudal (Obs: NPSH representa a energia que a bomba requer
para aspirar o líquido.

16

16

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ponto de funcionamento de uma bomba


• O ponto de funcionamento de uma bomba corresponde à interceção da
curva característica da bomba (H, Q), com a curva característica da
instalação:

Curva da instalação
H

H1 1 Curva da bomba
à rotação N

Q1 Q 17

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REDES DE FLUIDOS

Ponto de funcionamento
• Designa-se por ponto de funcionamento da bomba, o ponto da curva
característica que corresponde ao seu funcionamento, quando integrada na
rede de tubagem.
• Este ponto, intersecção da curva de carga da rede com a curva característica
da bomba, depende:
− Das características da rede, em particular da relação da pressão à
entrada e caudal;
− Está estreitamente relacionado com as perdas de carga e altura
estática na tubagem de compressão;
− Geralmente não se determina a curva característica da rede mas sim
apenas o ponto correspondente ao caudal de dimensionamento;
− Escolhe-se uma bomba cuja curva característica, para o máximo
rendimento, passe tão perto quanto possível desse ponto. 18

18

9
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ponto de funcionamento
• As maneiras mais usuais de modificar a curva característica de uma bomba
são de variar a rotação da bomba ou variar o diâmetro do rotor da bomba.
 Variação da velocidade da bomba  Variação do diâmetro do rotor da
bomba

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REDES DE FLUIDOS

Ponto de Funcionamento
 Variação da velocidade da bomba.

20

20

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ponto de Funcionamento
 Alteração do ponto de funcionamento da instalação.

21

21

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REDES DE FLUIDOS

Ponto de Funcionamento
 Alteração da velocidade da bomba e ponto de funcionamento da instalação.

Modificação da curva da (H, Q) em função da rotação.

22

22

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ponto de Operação das Bombas


• Tipo de Curva (H-Q) Ascendente.
− A figura mostra como varia a
altura manométrica ( F8; ), a
potência no veio ( QV:WX ) e o
rendimento global de uma
bomba que opera numa dada
rotação em função do caudal (-).
− Se observa que a curva de F8;
aumenta quando o caudal
diminui. Isto caracteriza uma
bomba com curva de carga
ascendente.
− Bombas com curvas opostas a
esta se denominam curvas de
carga descendentes.
23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas características de bombas centrífugas


• De acordo com o formato da curva S I-J, há diferentes denominações.
Assim pode-se ter: curva inclinada, curva ascendente-descendente, curva
altamente descendente e curva plana.

H
ascendente-descendente

Plana

Inclinada

Altamente descendente

24
Q

24

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09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Ponto de Operação das Bombas


• Altura ou carga de shutoff • Ponto ótimo de funcionamento
− Denomina-se a carga (altura) − Verifica-se que quando o caudal
desenvolvida quando o caudal é aumenta a partir do caudal nulo, a
nulo ( - 0 ), e representa a potência de acionamento da bomba
carga de pressão com a válvula aumenta, atinge um máximo e
apresentando uma queda nas
de descarga fechada. Como não proximidades da descarga máxima.
há escoamento a eficiência é nula
− A figura anterior demonstra que o
(T 0) e a potência fornecida à
rendimento da bomba é função do
bomba é totalmente dissipada caudal e que atinge um máximo num
em forma de calor. determinado caudal denominado
− É uma situação que pode ocorrer caudal de projeto, (-Q=XY:<X), caudal
e deve ser evitada no de normal (-;X=F8Z) ou caudal ótimo
funcionamento de bombas. (-ó<WFX).
− Por isto é muito importante que a
bomba, sempre que possível, opere
numa condição próxima do
rendimento máximo. 25

25

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REDES DE FLUIDOS

Bomba Bomba Bomba axial


centrífuga centrífuga
pura caudal misto

26

26

13
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Ponto de funcionamento - Envelhecimento da tubagem


• Com o passar do tempo, as tubagens envelhecem, aumentam as perdas de
carga e, por conseguinte, aumenta a perda de carga e a necessidade de
fornecer mais energia ao sistema (Hman), exigindo às bombas mais trabalho
para menores caudais, como demonstra a figura:

• Ao aumentar a altura manométrica, o ponto de funcionamento desloca-se


do ponto 1 para o ponto 2 e a bomba passa a fornecer o caudal Q2, no lugar
de Q1, que é menor.
27

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REDES DE FLUIDOS

Curvas de rendimento e Potência


• Além da curva H= F(Q), outras duas curvas são de interesse.
• A primeira delas é a curva rendimento (η) e a outra é a curva potência (P).
• O rendimento total η pode ser definido como:
potência útil cedida ao fluido γ QH
η= =
potência absorvida pela bomba Pot abs

η η max P

Q Q
28
T VG. - Q VG. -

28

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09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Condições para rendimento máximo


• Qual a rotação para a qual se atinge rendimento máximo?
H2 2
• Ponto 2: rendimento máximo à rotação original: H1 = Q1 ⟺ -
Q22 -

Curva do rendimento
H
Curva da instalação
H2 2
• Pontos de rendimento máximo quando N varia:
H1 1 Curva da bomba Q
3 à rotação N N ´= N 3
Q2
• Ponto 3: rendimento máximo à rotação
Curva da bomba alterada, mas também ponto sob a curva da
à rotação N’ instalação.

Q3 Q2 Q1 Q 29

29

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REDES DE FLUIDOS

Curvas características de bombas centrífugas


• Representam o comportamento real das bombas mostrando o
relacionamento de interdependência entre as grandezas características.

Conjunto de curvas características apresentadas por fabricantes. 30

30

15
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Outras representações de curvas características


• Diferentes tipos de rotores podem ser utilizados num determinado corpo.
• Por isto, os fabricantes de bombas fornecem as curvas do comportamento
de vários conjuntos de rotores (para um mesmo corpo) num único gráfico,
tal como mostrado na figura.

31
Curva de bomba para diferentes diâmetros do rotor

31

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REDES DE FLUIDOS

Outras representações de curvas características


• Verifica-se que a bomba, dependendo do diâmetro, apresenta curvas H-Q
diferentes.
• Também mostra que o rendimento da bomba apresenta faixas de valores
diferentes (curvas de rendimento) dependendo da solicitação do sistema,
isto é da H-Q requerido.
• A figura seguinte apresenta um gráfico com toda a faixa de operação de
famílias de bombas centrífugas de determinado fabricantes. Se o ponto de
operação requerido num sistema de bombagem está dentro da área
demarcada significa que uma das bombas deste fabricantes pode suprir tal
necessidade de operação.

32

32

16
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Outras representações de curvas características

Exemplo de faixa de operação de famílias de bombas centrífugas 33

33

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REDES DE FLUIDOS

Outras representações de curvas características

Exemplo de faixa de operação de famílias de bombas centrífugas 34

34

17
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REDES DE FLUIDOS

Condições para
rendimento
máximo

Parafuso de Arquimedes
Curvas de Funcionamento

35

35

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REDES DE FLUIDOS

Curvas Reais de Altura - Caudal (H-Q)


• A figura representa uma curva característica de - de bomba centrífuga
onde se mostram os diferentes efeitos provocados pela turbulência, atrito e
pelo efeito de recirculação do escoamento.
• Devido a isto, a curva teórica modifica-se se transformando numa curva
real:

36
Curva característica de bomba centrífuga.

36

18
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Curvas Reais de Altura - Caudal (H-Q)


• Foi analisada teoricamente a importância da curvatura das pás na curva
característica de -. Contudo estas curvas reais sofrem modificações
devido aos efeitos do número finito de pás e à dissipação da energia.

37
Altura de elevação para diferentes tipos de pá com dissipação de energia.

37

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REDES DE FLUIDOS

Curvas Reais de Altura - Caudal (H-Q)


• As curvas reais de H-Q são diferentes devido aos seguintes efeitos:
− Número finito de pás
 A espessura das pás provoca um desvio das trajetórias das velocidades à
saída das pás, variando a componente meridiana da velocidade.
 Isto faz com que =:8Z seja menor do que <∞. Desta forma, na origem o
valor de =:8Z, é menor que a parcela ^2/ iniciando as curvas numa
ordenada inferior a ^2/ .
− Dissipação de Energia
 Devido ao atrito do fluido no rotor por:
 Imperfeita condução do veio do fluido;
 Transformação da elevada parcela de energia cinética em energia de
pressão.
 Choques: Mudanças bruscas de direção do escoamento na entrada e saída
do fluido.
 Fugas: Do fluido nos interstícios, labirintos e espaços entre o rotor e o38
difusor ou coletor.
38

19
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Efeito do Tipo de Pás nas Curvas Reais (H-Q) e (P-Q)


• O efeito do ângulo da pá na saída é demonstrado através do gráfico abaixo,
onde se observam curvas reais dos diferentes tipos de pá estudados.

39
Curvas de altura e potência de diferentes tipo de pás.

39

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REDES DE FLUIDOS

Efeito do Tipo de Pás nas Curvas Reais (H-Q) e (P-Q)


• Verifica-se que pás voltadas para frente • Isto não ocorre para o caso de pás
geram grandes alturas para um certo radiais na saída e pás voltadas para
volume, contudo, deve ser lembrado frente, nas quais a potência aumenta
que uma parte substancial desta altura continuamente devendo-se ter muito
total é devida à contribuição de energia
cinética. cuidado na escolha da potência do
motor.
• As curvas de potência também são
fundamentalmente diferentes para os • Por outro lado se trabalhamos com um
diferentes tipos de rotores. Nos rotores motor pequeno que opere no ponto de
com pás voltadas para trás a potência máxima potência será perigoso já que
máxima ocorre próximo do ponto de acidentalmente pode-se exceder o
máximo rendimento e qualquer caudal no ponto de máxima eficiência e
aumento do caudal após este ponto onde requer maior potência para o
resulta numa diminuição da potência. acionamento, danificando o motor.
• Desta forma, um motor elétrico
utilizado para mover a bomba pode
alcançar com segurança o ponto de
máxima potência sem perigo de
trabalhar com caudais maiores que as
obtidas a partir deste ponto. 40

40

20
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Efeito do Tipo de Pás nas Curvas Reais (H-Q) e (P-Q)


• Na curva funcional representada,
quando o desnível geométrico é
superior à altura da bomba com caudal
nulo, o controlo não é estável,
aparecendo dois pontos de
funcionamento.
• A tal fenómeno dá-se o nome de
“instabilidade de funcionamento”;
• Deve evitar-se usar bombas com curvas
características deste tipo para colunas
estáticas próximas do ponto de caudal
nulo;
• As bombas com curvas ascendente-
descendente apresentam um
comportamento instável na região
ascendente, e em projetos que utilizem
tais máquinas deve-se ter o cuidado de
evitar o funcionamento nesta região da 41
curva.

41

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REDES DE FLUIDOS

Curvas funcionais de uma


bomba centrífuga

42

42

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REDES DE FLUIDOS
Curvas característica da bomba
^ 2/g)
(altura desenvolvida pela bomba; U

NPSHreq.

Caudal do Projeto 43

43

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REDES DE FLUIDOS

Identificação de Variáveis nas


Curvas Características.

• Exemplo de faixa de operação de


famílias de bombas centrífugas

44

44

22
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Identificação de Variáveis nas Curvas Características.


• A figura apresenta as curvas típicas de
bombas centrifugas.
• Verifica-se no gráfico superior que
existem 5 curvas de altura
manométrica (Head) versus caudal
(flow rate) que correspondente a 5
rotores (impeller) com diâmetros
diferentes.
• Identifica-se também na mesma figura
as curvas de rendimento.
• Na figura inferior as respetivas 5
curvas de potência de acionamento
para os 5 rotores.
• Na figura intermédia identifica-se a
curva de NPSH que representa a altura
positiva liquida de aspiração condição
para não ocorrer cavitação cujo
detalhe será abordado nas próximas 45
aulas.

45

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REDES DE FLUIDOS

Identificação de Variáveis nas Curvas Características.


• Toma-se por exemplo em que se
pretenda operar um sistema com um
caudal de 200 m3/h e Hman = 44 m.
• Utilizando o mesmo gráfico, verifica-se
que o ponto de operação pretendido
encontra-se entre as curvas dos
rotores com diâmetro de 199 mm e de
208 mm.
• Verifica-se que rotor de 199 mm não
consegue atender a Hman = 43m, dado
que é inferior à Hman requerida.
• No caso do rotor de 208 mm este
consegue atender com folga e para o
caudal chega a Hman = 50 m e para a
mesma potência WB= 33 kW.
• No caso em que o ponto de operação
não coincide com um ponto na curva
característica de um determinado rotor
os fabricantes podem apresentar
alternativas pela alteração do diâmetro
dos rotores a fim de ajustar o ponto de
operação desejado. 46
46

46

23
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REDES DE FLUIDOS

Identificação de Variáveis nas Curvas Características.

47
Exemplo de seleção de bomba centrífuga

47

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REDES DE FLUIDOS

Identificação de Variáveis nas Curvas Características.


• Existem fabricantes que apresentam esta informação em catálogos iterativo
na internet nos quais o utilizador precisa fornecer os dados requeridos para
o sistema (altura, caudal) sendo o resultado mostrado com gráficos que
apresentam o ponto de operação com o respetivos rotores para a procura
especifica.
• Por exemplo, pretende-se que um sistema opere com um caudal de 50
m3/h e uma altura manométrica de 20 m.
• O resultado do processo iterativo é mostrado na figura seguinte onde a
bomba com corte do rotor apropriado deverá utilizar um rotor com
diâmetro de 229 mm motor, potência de 7,5 HP (5,6 kW), onde se identifica
o rendimento de 67%.
• Desta forma o diâmetro de 229 mm corresponde ao diâmetro de corte do
rotor proporcionado pelo fabricante para ajustar-se ao ponto de operação
pretendido.
48
Nota: 1 HP = 0,746 kW

48

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REDES DE FLUIDOS

Curva Característica dos Sistemas de Bombagem


• Se um sistema de bombeamento trabalha com determinado
caudal Q e uma altura manométrica F8; podemos determinar
as constantes _1 e _2.
• Para o caudal nulo - 0 verifica-se que _1 :.
• Para o caudal e altura manométrica de trabalho determinamos
_2.
• Desta forma encontra-se a equação característica do sistema,
que pode ser produzida num gráfico junto com a curva da
bomba selecionada.

49

49

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REDES DE FLUIDOS

Curva Característica dos Sistemas de Bombagem


• Aplicação de curva característica de sistema
– Por exemplo:
• Num sistema de bombagem
a altura estática de elevação
é igual a 15 metros;
• Sabe-se que a bomba
trabalha com um caudal de
450 m3/h e uma altura
manométrica de 45 metros
de coluna de água;
• Determine a equação
Exemplo de curva da bomba e curva do sistema
característica do sistema e o
gráfico da mesma.

50

50

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09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Curva Característica dos Sistemas de Bombagem


• Aplicação de curva característica de sistema
– Resolução:
• A equação é dada por:
F8; _1 _2-2;
• Do enunciado : 15 F,
portanto _1 15F;
`abc def 4Kd K
• _
gh 4Kih
14,8 2 10 F FO ⁄
dO ⁄
;
• 15 14,8 2 10dO -
com Q (m3/h);
• A figura demonstra o resultado da Exemplo de curva da bomba e curva do sistema
curva que representa o sistema
em conjunto com a curva da
bomba
51

51

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REDES DE FLUIDOS

Curva Característica dos Sistemas de Bombagem


• Curva característica de bomba e curva característica do
sistema
• Uma bomba possui uma curva característica ajustada pela:
‒ Eq. F8; 0 6-2;
‒ Especificamente com:
 F8; 16 0,00111 -2, onde F8; IFJ e -IF3/ J;
• O sistema possui uma curva característica do tipo:
‒ F8; _1 _2-2;
‒ Especificamente:
 F8; 8 0,00111 -2;
• Elabora-se o gráfico da curva da bomba em conjunto com a curva do
sistema mostrando o ponto de operação.
52

52

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09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Curva Característica dos Sistemas de Bombagem


• Curva característica de bomba e curva característica do
sistema
– Resolução:
• Curva do sistema:
F8; 8 0,00111 -2;
• Curva da bomba:
F8; 16 0,00111-2;
• Igualando as duas equações:
16 0,00111 -2 8 0,00111 -2
• Obtém-se 0,00222 -2 8 →
l
→Q i,ii
60 m3/h;

• Substituindo o caudal - 60 F3/ em


qualquer das duas expressões (do sistema Resultado do exemplo de curva da bomba e curva do sistema
ou da bomba), obtém-se: F8; 12 F;
• A figura mostra o resultado gráfico das
equações assim como o ponto de
operação.
53

53

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REDES DE FLUIDOS

Potência absorvida pela bomba


• Equação da energia com perda de carga e uma máquina hidráulica:

p1 V12 W& p V2
+ + Z 1+ M = 2 + 2 + Z 2 +h f
ρg 2g ρgQ ρg 2g
Potência hidráulica líquida fornecida por uma bomba ao fluido (+)
W&M
Potência hidráulica líquida retirada do fluido por uma
turbina (-)

Instalação de bombagem simples

Motor e bomba hidráulica

54

54

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09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Potência absorvida pela bomba


• No rotor da bomba dá-se a transferência de energia para o líquido - o fluido
de trabalho.
• As pás do rotor impõem uma variação da quantidade de movimento
angular do escoamento de líquido, que reage exercendo um binário sobre o
rotor.
• O rotor uma velocidade de rotação angular constante, o que implica na
existência de uma potência disponível, no movimento de rotação do rotor
(isto é, no veio da bomba), igual a:
mn o p. q
onde q é o binário e p é a velocidade angular do rotor (radiano/tempo),
igual a I2.7) sendo 7 a velocidade de rotação, número de rotação na
unidade de tempo.
• Se a velocidade dos motores é dada em rpm (rotações por minuto), como é
frequente, a velocidade angular deve ser calculada em (radianos por
55
segundo), ela é obtida: (2.7 / 60).

55

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REDES DE FLUIDOS

Potência absorvida pela bomba


• A potência provinda da energia adicionada por sistemas mecânicos
(bombas, ventiladores) pode ser determinada multiplicando-se a energia
transferida por unidade de peso de fluido pelo fluxo de peso de fluido
escoando através do sistema.
• Sabe-se que o fluxo de massa em movimento através do sistema é dado
como o fluxo de peso por:
Fn 6 ou Fn -
• A potência teórica adicionada por uma bomba ao fluido pode ser determinada
como:
mn - rms
onde é a massa específica do fluido e - o caudal. No SI a unidade resultante é
watts.
• A eficiência da bomba é definida como a relação entre o potencial adicionado pela
bomba ao fluido e a potência absorvida à bomba.
56

56

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REDES DE FLUIDOS

Potência absorvida pela bomba


• Assim, a potência necessária ao acionamento de uma bomba é dade pela
equação:
-
m
T

m – Potência necessária ao acionamento, em [W] ;


– Massa especifica ou massa volúmica, em [kg/m3];
– Aceleração da gravidade, em [m/m2]
- – Caudal de descarga, em [kg/m3];
F8; – Altura manométrica, em [m];
T – Rendimento global.

57

57

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REDES DE FLUIDOS

Potência absorvida pela bomba


• Apresenta-se as equações mais utilizadas para determinar a potência ao
veio de uma bomba:
p ×Q _Q8 ; - rF3/Gs; : mu r _ms.
WB =
η
ρ × g×Q× H r_ /F3s; rF/G2s; rFs;
WB = - rF3/Gs; : mu r _ms.
1.000 × η
• Nota: se o fluido de trabalho for água pode ser aplicada a equação
seguinte:
Q× H
WB =
102 × η F ; 'rv/!s; : mu r _ms.
58

58

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REDES DE FLUIDOS

Problema 6.1
Uma bomba centrífuga bombeia água a um caudal de 2,5m³/s e disponibiliza ao
sistema uma carga 20 m. Se a bomba tem um rendimento de 85%, determine a
potência na entrada da bomba. Considere ρ = 1.000 kg/m3.

ρ × g ×Q× H Q× H
WB = WB =
1.000 ×η 102 ×η

1.000 2 9,8 2 2,5 2 20 2.500 2 20


mu 576,5 _m mu 576,7 _m
1.000 2 0,85 102 2 0,85

ρ – kg/m3 H –m
g – m/s2 Q – l/s
H –m WB – kW
Q – m3/s
WB – kW

59

59

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REDES DE FLUIDOS

Consumos e custos energéticos


• Visto que a potência é função de F8; a qual por sua vez é função do
diâmetro.
• Para se reduzir F8;, através da redução das perdas de carga, tem-se que
utilizar tubos com diâmetros maiores e relativamente grandes, implicando
em custos elevados da tubagem e menores gastos com energia elétrica.
• Por outro lado, ao diminuir-se o investimento em condutas, o custo com a
energia aumenta:

Custo
mínimo

Diâmetro
ótimo 60

60

30
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Consumos e custos energéticos


• Existe um diâmetro ótimo para o qual o • A altura monométrica é dada por:
investimento é mínimo. _-²
F8; :X | :X
• O custo do conjunto pode ser expresso • O custo total da instalação é dado por:
por: - z _′{-
wFW; ~ z /{
ρ gQH T /K
Cmin = × c1 + CTubo 8|
1.000η _′
.
€a•c
• Para que o custo seja mínimo: 0

Onde c1 é o custo médio por unidade >w - z ƒ 5
de potência (kW) incluindo custo de _ {- z { 0
energia. >/ T /„
• De onde se pode determinar o valor de D por:
• O custo da tubagem pode ser dado
por: / _∗ - (Eq. de Bresse)
wqxyX z2/{ onde
Onde c2 é o custo médio por unidade Q Caudal em [m3/s];
de diâmetro e por unidade de D Diâmetro em [m];
comprimento. k* Coeficiente que depende basicamente
61
da relação entre z1 e z2

61

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REDES DE FLUIDOS

Consumos e custos energéticos


• O coeficiente toma valores de 0,9 † • Enquanto que o diâmetro para a
_ ∗ † 1,4 e nos projetos é comum aspiração deve ser um diâmetro
utilizar-se o valor _ ∗ 1,3. imediatamente superior ao de
compressão.
• Deve ser selecionado o diâmetro
comercial disponível imediatamente • Para instalações que funcionam
superior ao fornecido pela equação apenas algumas horas por dia,
de Bresse, tomando o cuidado de se admite-se velocidades superiores ao
confirmar a velocidade na tubagem intervalo dado.
no intervalo: 0,60 † † 2,40 F/G.
• Para essas instalações, recomenda-se
• O diâmetro comercial selecionado a utilização da expressão seguinte:
para a conduta de compressão (ou
descarga) é o que mais se aproxima / 0,567 ;i, K -
(para mais ou menos) do diâmetro
dado pela eq. de Bresse. onde ; é o número de horas de
funcionamento da bomba.
62

62

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09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Consumos e custos energéticos


• Exercício Prático
Para uma velocidade de 2 F/G, determine o valor de _ da eq. de Bresse.
• Proposta de resolução:
./ 4-
- .6 . ⇒/
4 .
/ _∗ -
4- 4 4
4- ⇒ / _∗ - ⇒ _∗ 0,8
/ . . .22
.

Se a 0,65 F/G → _ ∗ 1,4;


Se a 1,0 F/G → _∗ 1,12;
Se a 2,4 F/G → _ ∗ 0,73; 63

63

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REDES DE FLUIDOS

Consumos e custos energéticos


• Os custos de investimentos são fornecidos pelos fabricantes por consulta e
os custos energéticos são determinados com base no rendimento global da
bomba e o número de horas de funcionamento diário.

ρ gQH
EB = ×t
1.000η
Onde:
‡ˆ Energia consumida em _m pelo período de funcionamento da
bomba;
< Tempo de funcionamento da bomba em horas.

64

64

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09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Consumos e custos energéticos


• Exercício Prático
A bomba em funcionamento tem um caudal de 110 F3/ e a altura de
22,5 F. Tem um rendimento de global de 0,65 e funcionamento diário de
4 horas, durante 30 dias/mês.
Considerando o fluido de trabalho a água, qual o consumo e custo
energético mensal? Considere também que o preço unitário do ‰m é de
200 €.
• Proposta de resolução:
Œ~g`abc .iii2Ž,l 2I i⁄O.„iiJ2 ,K
• ‡ ê 2< 2 4 2 30 1.245 _m /FêG
iii• i,„K2 iii

• A fatura energética mensal é de:


ii
• wX;GxFX 2 Q=:çX x;W<á=WX 1.245 2 249 €/FêG 65
.iii

65

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REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Associação de bombas centrífugas

66

66

33
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas centrífugas em paralelo e em série


• Uma estação de bombagem é constituída normalmente por um conjunto
de bombas que deverão assegurar o caudal e pressão requeridas pela rede.
• É recomendável que uma delas funcione como reserva de qualquer uma
das outras.
• Há normalmente três regras básicas a observar neste tipo de instalação:
1. A instalação deverá ser flexível especialmente se as bombas não
forem de velocidade variável.
2. Os problemas de arranque da instalação deverão ser minimizados
especialmente se os acionadores forem motores elétricos.
3. Deverão ser minimizados, os problemas causados à operação
decorrentes da paragem inoportuna de uma das unidades.
• As instalações correntes são em paralelo. 67

67

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REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo


• Utilizada em sistemas onde se requer aumentar o caudal e tendo
flexibilidade em relação à procura podendo associar ou desligar unidades
em funcionamento;
• Devido à existência de perdas de carga, o caudal resultante da associação
de bombas em paralelo é sempre menor que a soma algébrica do caudal de
cada uma das bombas funcionando isoladamente;
• Recomenda-se utilizar bombas iguais para evitar recirculação de correntes
desde a bomba de maior potência para a de menor potência;
• Bombas de aspiração dupla ou de entrada bilateral (rotor geminado)
trabalham como bombas em paralelo.

68

68

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09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo


• Na montagem em paralelo, poderá ocorrer um desequilíbrio de cargas
entre as diferentes bombas.
• Há que ajustar as características hidráulicas das bombas e respetivas
velocidades, para todas as condições de operação do sistema.
• Os desequilíbrios são mais prováveis de ocorrer para curvas características
tipo patamar, na zona de operação do sistema.
• Aonde, um pequeno erro no ajuste da velocidade poderá implicar uma
grande diferença no caudal debitado.
• Num arranjo em paralelo será desejável curvas características com
suficiente inclinação.
• Outra desvantagem para arranjos de bombas em paralelo resulta do facto
da paragem intempestiva duma das bombas poder originar sobrecargas
instantâneas, perigosas, sobre as restantes.
• Contudo esta é a solução corrente em instalações hidráulicas. 69

69

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REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo


• Conhecida a curva característica das duas bombas associadas em paralelo
pode ser determinada a curva característica das bombas trabalhando
separadas:

70

Associação de bombas em paralelo

70

35
09/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo


• Duas bombas iguais Duas bombas diferentes

71

71

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REDES DE FLUIDOS

Associação de máquinas em paralelo


• Qual o caudal fornecido pelas duas bombas em paralelo?
Mesma altura de elevação, caudal somado

H
Q

Curva da instalação
BA BB
A+B
Curva resultante da associação
A em paralelo
B
H=HA=HB

Curva da bomba 6
à rotação 76

Curva da bomba ˆ à rotação 7ˆ Q=QA+QB Q72

72

36
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo – Rendimento global


• Para um ponto “i” caudal e altura pode ser determinada como:
-‘
- -u
2
u ‘

• Rendimento de duas bombas em paralelo:


T T - -
T~
- T - T
• Curva característica:
− Bomba: i 6-
− Bomba 6 e ˆ iguais associados em paralelo:
- 6
’ i 6 i -
2 4
73

73

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo – Rendimento global


• Curva característica de bombas em paralelo
− Considere-se duas bombas diferentes 6 e ˆ associadas em paralelo:
• Bomba 6: 8i 8 - 8 -
• Bomba ˆ: u yi y -u y -u
− Para a associação em paralelo:
-’ - -u
’ u

− Para duas bombas iguais:


-‘
-’ 2- ⟹ -
2
− Substituindo na equação da altura:
8 8
’ 8i - - 74
2 ‘ 2 ‘
74

37
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo – Rendimento global


• Curva característica de bombas em paralelo
− Para duas bombas iguais um caso simplificado é dado por:

8i i
8 0
8 6
6
’ i -
4

75

75

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo – Rendimento global


• Rendimento de duas bombas em paralelo
− Duas bombas diferentes 6 e ˆ associadas em paralelo:
 A potência total é dada por:
mn’ mn mnu
 Onde:
-’ ’ - -u u
mn’ mn mnu
T’ T Tu
− como as bombas estão associadas em paralelo:

’ u : -’ - -u

76

76

38
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo – Rendimento global


• Rendimento de duas bombas em paralelo
− Assim:
-’ ’ - -u u
T’ T Tu
-’ - -u
T’ T Tu
- -u - -u - -u - Tu -u T

T’ T Tu T’ T Tu
− Finalmente, obtém-se:
- -u T Tu
T~,’
- Tu -u T

77

77

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em série


• São utilizadas em instalações que requerem resolver problemas de alturas
elevadas;
• Empregues em condições de alta pressão ou quando se requer grandes
mudanças de altura manométrica;
• As bombas utilizadas podem ser iguais ou diferentes;
• Neste tipo de associação as bombas trabalham com a mesmo caudal,
sendo que a altura manométrica é determinada pela contribuição das
altura manométricas de cada uma das bombas;
• As bombas em estágio são consideradas bombas em série e utilizadas
quando F8; é maior que 50 F.

78

78

39
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em série


Numa associação de bomba em
série, para o mesmo caudal as
alturas de elevação somam-se.

Este tipo de disposição utiliza-se


em bombas de líquidos
carregados, uma vez que estas
só podem ser monocelulares.

79

79

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em série


• Conhecida a curva característica das duas bombas associadas em série
pode ser determinada a curva característica das bombas trabalhando
separadas:

80
Associação de bombas em série

80

40
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de máquinas em série


• Qual o caudal fornecido pelas duas bombas em série?
Mesmo caudal, altura de elevação somada

H
Curva resultante da
associação em série
BA
H=HA+HB Curva da instalação
Q
BB A+B
A
B Curva da bomba A
à rotação NA

Curva da bomba B
à rotação NB
81
Q=QA=QB Q

81

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em série – Rendimento global


• Curva característica de bombas em série
− Considere-se duas bombas diferentes 6 e ˆ associadas em série:
• Bomba A: 8i 8 -u 8 -
• Bomba B: u yi y -u y -u
− Para a associação em série:
- - -u -
u

− Desta forma obtém-se:


8i yi 8 y - 8 y -

82

82

41
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em série – Rendimento global


• Curva característica de bombas em série
− Para duas bombas iguais:
28i 28 - 28 - 2I8i 8 - 8 - J
2
− Substituindo na equação da altura:
8i
8 0
8 6
2 2I8i 8 - 8 - J

83

83

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em série – Rendimento global


• Rendimento de duas bombas em série
− Duas bombas diferentes 6 e ˆ associadas em série:
 A potência total é dada por:
mn mn mnu
 Onde:
- - -u u
mn mn mnu
T T Tu
− como as bombas estão associadas em série:

- - -u -

84

84

42
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em série – Rendimento global


• Rendimento de duas bombas em série
− Assim:
”- ”- ”-u u
T T Tu
u
T T Tu
− Como u

u u u Tu uT

T T Tu T T Tu
− Finalmente, obtém-se:
u T Tu
T~,
Tu uT 85

85

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação em série e em paralelo de máquinas


hidráulicas motrizes

86

86

43
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas
• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (1)
− A tabela abaixo fornece os dados de altura manométrica e caudal da
curva característica de uma bomba centrifuga.
Q [m3/h] 0 40 80 120 160 200
H [m] 32,5 32 30,5 28 24,5 20

− A partir destes dados produza tabelas e gráficos com os resultados de 2


bombas iguais associadas em serie e de 2 bombas iguais associadas em
paralelo.

87

87

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas
• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (1)
− Solução:
 No caso da associação em serie  No caso da associação em
soma-se as alturas e mantem-se o paralelo o caudal é adicionado
caudal. mantendo a mesma altura.
 Para um caudal de 80 F3/ e  Para o:
altura de 30,5 F tem-se: - 2 2 - 2 2 80
-G - 80 F3/ e; 160 F3/ sendo que
Q 30,5 F.
 Para altura:
G 2 2 2 30,5 F 61 F.  O mesmo pode ser realizado
para os demais pontos da
tabela.

88

88

44
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo


• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (1)
− Solução:

Q [m3/h] H [m] Qs [m3/h] H [m] Qp [m3/h] H [m]


Individual Série Paralelo
0 32,5 0 65 0 32,5
40 32 40 64 80 32
80 30,5 80 61 160 30,5
120 28 120 56 240 28
160 24,5 160 49 320 24,5
200 20 200 40 400 20

89

89

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas em paralelo (1)


• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo
− Solução:

Duas bombas iguais associadas em serie Duas bombas iguais associadas em paralelo

Resultado da associação de 2 bombas iguais em serie e em paralelo

90

90

45
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas
• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (2)
− Uma bomba centrifuga apresenta as seguintes equações de
características de altura manométrica e rendimento global:
F8; 30 300-2 e T 10- 40 -2 quando tem uma
rotação de 1.450rpm.
− Determinar:
a) Eq. Característica da Hman considerando duas bombas idênticas
associadas em série.
b) Eq. Característica da Hman considerando duas bombas idênticas
associadas em paralelo.

91

91

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Associação de bombas
• Exemplo Prático de associação de bombas em série e paralelo (2)
a) Eq. Característica da Hman b) Eq. Característica da Hman
considerando duas bombas considerando duas bombas
idênticas associadas em serie: idênticas associadas em
• Bombas associadas em série: paralelo.
(-2G -1) • Bombas associadas em paralelo
• 30 300-2 ( 2 1) e (-2 2-1)
1
g 2
• 2G 2 1 2 2 I30 300-2J • 1 30 300
• 2G 60 600-2 • 30 75-2
2

92

92

46
09/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

93

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

93

47
09/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bombas (4)

Aula 14

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

NPSH - Net Positive Suction Head

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cavitação
• Os fluidos podem passar do estado líquido para o gasoso dependendo
das condições de pressão e temperatura a que estão submetidos;
• A pressão na qual se verifica este processo é denominada pressão de
vapor ou de vaporização (pvap.);
• A figura apresenta a pressão de vaporização da água em função da
temperatura:
Pressão de vapor (pvap)
− Propriedade do fluido que
varia com a temperatura,
aumentando com o aumento
da mesma.

4
Pressão de vapor de água (kPa) em função da temperatura (ºC)

2
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cavitação
• Sabe-se que, à pressão atmosférica, a água vaporiza (ferve) quando a
temperatura atinge 100 ºC. Nestas condições a pressão de vaporização
da água é 101,33 kPa;
• Observa-se no gráfico anterior que se pode obter vaporização do fluido
para pressões inferiores a pressão atmosférica. Por ex. água a 60 ºC
pode vaporizar quando a pressão de vapor é de 20 kPa;
• As bombas em operação aspiram o fluido, e nesse processo, a pressão
diminui até atingir um valor mínimo na boca de entrada da bomba;
• Se esta pressão atinge a pressão de vapor do fluido, o fluido vaporiza e
inicia um processo de formação de bolhas as quais são arrastadas no
interior da bomba, provocando danos irreparáveis.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cavitação

Aspiração Rotor Descarga Aspiração Rotor Descarga

pd

6
Gráfico esquemático mostrando a cavitação de bombas

3
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cavitação
• Cavitação: Processo de vaporização do fluido quando a pressão absoluta baixa
até alcançar a pressão de vapor (pvap) do líquido na temperatura em que se
encontra;
• Desta forma o estudo de cavitação permite avaliar, se nas condições de
operação do sistema, a pressão na boca de entrada da bomba pode atingir
pressões inferiores à pressão de vaporização;
• O fenómeno de cavitação provoca:
− Corrosão;
− Remoção de pedaços de rotor e tubagem junto à entrada da
bomba;
− Afeta o rendimento;
− Provoca trepidação e vibração máquina;
− Presença de ruídos e implosão;
− No caso da água, a cavitação tem maiores efeitos para
temperaturas acima de 45 ºC.
• Materiais que resistem à corrosão por cavitação: 7
− Ferro fundido, alumínio, bronze, aço fundido, aço laminado.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cavitação
• Formação de bolsas de cavitação

4
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cavitação
• E erosão por cavitação.

Exemplos de rotores de bombas deteriorados pelo fenómeno de cavitação.


9

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cavitação
• Se a pressão absoluta no interior da bomba baixar até atingir a pressão de vapor
do líquido à temperatura de serviço, inicia-se um processo de vaporização do
mesmo;
• Inicialmente nas zonas mais rarefeitas da bomba, formam-se pequenas bolsas,
bolhas ou cavidades, daí o nome de cavitação, no interior das quais o líquido
vaporiza-se;
• Posteriormente arrastadas pela corrente líquida, devida ao movimento do órgão
propulsor às quais imprime uma grande velocidade, atingem regiões de pressão
elevada, onde se processa o seu colapso, com a condensação do vapor e retorno
ao estado líquido;
• Quando a pressão reinante no líquido se torna superior à pressão interna da
bolha que está preenchida com vapor, as dimensões desta reduzem-se
bruscamente, ocorrendo o seu colapso;
• Provoca um deslocamento do líquido circundante para o seu interior, que gera
desta forma uma pressão de inércia com um grande valor;
10

10

5
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cavitação
• As partículas formadas pela condensação chocam-se muito rapidamente umas
de encontro às outras, e de encontro à superfície das pás do impulsor;
• As superfícies metálicas onde se chocam as diminutas partículas provenientes
da condensação são submetidas a uma atuação de forças complexas oriundas
da energia dessas partículas, que produzem percussões elevadas;
• Os impactos violentos desagregam os elementos de material de menor coesão,
e formam pequenos orifícios, que, com o prosseguimento do evento, dão à
superfície um aspeto rendilhado, esponjoso, corroído.

11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Para analisar o fenómeno de cavitação é apresentada a instalação na figura:

12
Alturas características para analisar a cavitação em bombas.

12

6
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head

13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Para não ocorrer cavitação a energia total na entrada na bomba deve
ser maior que a energia de vaporização;
• Define-se a energia disponível pelo sistema como sendo a diferença
entre a energia total absoluta e a energia da pressão de vapor do
líquido;
• Esta energia disponível pelo sistema é conhecida como NPSH (Net
Positive Suction Head), que representa a altura positiva líquida de
aspiração;
• As bombas centrífugas só funcionam adequadamente se não ocorrer a
formação de vapor do líquido bombeado no seu interior;
• Assim a pressão no ponto de referência do NPSH deverá exceder a
pressão de vapor do fluído.

14

14

7
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Aplicando a Eq. da energia à superfície livre do líquido no reservatório de
captação (plano 0-0) e na boca de entrada da bomba (plano 1-1):

2 2

• O plano de referência (0-0) está na superfície livre do reservatório 0 0.


Considerando o reservatório muito maior que a conduta de aspiração, a
velocidade 0 é muito pequena e, portanto, a parcela de energia da mesma é
desprezável ( 02/2 0);

• Com tais simplificações a equação é descrita como:


− ; ≅ 0; ≅ 0; ;
− No plano (1-1): ;

15
Alturas características para analisar a
cavitação em bombas.

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Pela eq. anterior explicita-se as parcelas que representam a pressão total na
entrada da bomba:

2
• A qual é agora definida como Energia total absoluta na entrada da bomba:

!"
2
• Define-se também a energia de pressão de vapor como:
#
!#

16

16

8
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Para não ocorrer cavitação a energia total
na entrada na bomba deve ser maior que
a energia de vaporização, desta forma:
$%& ( $)*+
• Define-se a energia disponível pelo sistema
como sendo a diferença entre a energia
total absoluta e a energia da pressão de
vapor do líquido:
!,-. !" - !#
• Representa a disponibilidade da energia
com que o líquido penetra na boca de Representação gráfica da energia disponível.
entrada da bomba;
789 ,-. . #
• Nos sistemas de bombagem denomina-se 2
por Altura Positiva Líquida de Aspiração
Disponível (/012345+.); • Em termos das variáveis do sistema é dado
por:
• Trata-se da energia de segurança do
sistema para não ocorrer cavitação. 789 ,-. . # 17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Caso Geral de (NPSH) Disponível
− Num caso mais geral a pressão absoluta no reservatório de aspiração ( 1
/ ) pode ser diferente da pressão atmosférica ( ;<=), e a bomba
pode estar cima ou abaixo do reservatório de aspiração. Neste caso a
equação de NPSH disponível é dada por:

?.
789 ,-. . > ∓ #

• ; A B Bomba acima do reservatório de aspiração (Bomba instalada na


forma convencional);
• ; A B Bomba abaixo do reservatório de aspiração (Bomba instalada em
carga).
− O ponto de referência do NPSH é o centro do impulsor.
− O 789 CDE é um valor da bomba e é expresso em metros nas curvas das 18
bombas.

18

9
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Casos específicos de sistemas para determinar o NPSH disponível

789 ,-. . > ∓ #

19

Tipos de sistemas em carga (em cima) e convencional (em baixo).

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Casos específicos de sistemas para determinar o NPSH disponível
• No Caso 1 trata-se de um
reservatório aberto sendo que a
superfície livre da água no
reservatório esta por baixo do centro
da bomba.
• Observe-se que neste caso a pressão
no reservatório é a pressão
atmosférica ( ;<=).
• Tipo de sistema denominado de
convencional.

789 ,-. . FG #

20

20

10
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Casos específicos de sistemas para determinar o NPSH disponível
• No Caso 2 é semelhante ao caso 1,
contudo a diferença esta em que o
reservatório fechado (pressurizado) e
desta forma a pressão a ser
considerada é a pressão absoluta
dentro do reservatório ( ;HI).
• Tipo de sistema denominado de
convencional.

789 ,-. . ?. #

21

21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Casos específicos de sistemas para determinar o NPSH disponível
• No Caso 3 trata-se de um
reservatório aberto, contudo a
superfície livre do líquido esta por
cima da bomba tratando-se de uma
bomba em carga pelo qual a altura
estática de aspiração é considerada
com sinal positivo dentro do
equacionamento do 789 JKI ..
• Tipo de sistema denominado de em
carga.

789 ,-. . FG #

22

22

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Casos específicos de sistemas para determinar o NPSH disponível
• O Caso 4 é semelhante ao Caso 3, já
que é uma bomba em carga, contudo
com reservatório fechado e, portanto
deve ser considerada a pressão
absoluta no reservatório ( ;HI).
• Tipo de sistema denominado de em
carga.

789 ,-. . ?. #

23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Altura positiva líquida de aspiração (NPSH) requerida pela bomba
− Para definir NPSH requerido pela bomba deve-se identificar as parcelas de
energia envolvidas:

789 LMN ∆
2
onde ∆ é a parcela de energia necessária para vencer as perdas de energia
provindas da variação da velocidade relativa (P1) e perdas de energia devido
ao atrito e à turbulência do líquido entre a boca de entrada na bomba e a
entrada das pás devido ao aumento de velocidade absoluta ( 1).
− O NPSHreq é um valor limite, que indica que após esta condição a cavitação é
iniciada.
− Assim, o NPSHreq depende das características construtivas da bomba. Portanto,
o NPSHreq é dado graficamente pelo fabricante.

24

24

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Altura positiva líquida de aspiração (NPSH) requerida pela bomba

Representação da curva do NPSH num gráfico de bomba comercial. 25

25

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Limite da altura estática de aspiração
− Para evitar a cavitação, a energia disponível pelo sistema deve ser maior que a
energia requerida pela bomba:
789 ,-. . IKI<D=; > 789 LMN AHQ=H;B
− Ou também
789 LMN. R #

− Desta forma pode-se determinar altura estática de aspiração que deve ser
colocada na bomba em relação ao nível do líquido para não ocorrer cavitação:

R # 789 LMN.
2

26

26

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Limite da altura estática de aspiração
− Para evitar que ocorra cavitação deve-se colocar a bomba numa altura menor
que o valor limite dado pela equação anterior;
− Como a dedução foi realizada para um sistema convencional e não em carga,
deve-se observar que o resultado numérico de tal equação fornece a seguinte
informação:
• Se o valor de S* é positivo, (p.ex. 3,0m) significa que a bomba deverá ser instalada
acima do nível do líquido (Bomba com aspiração convencional);
• Se o valor de S* é negativo, (p.ex. -3,0m) significa que a bomba deverá ser instalada
abaixo do nível do líquido (Bomba em carga).
− Observa-se que tal altura (S* ) depende das seguintes variáveis:
• Pressão atmosférica local: O valor de ; será maior em instalações a nível do mar;
• Perda de carga na tubagem de aspiração: Maior perda de carga, menor será o valor
de ; ;
• Pressão dinâmica na boca de aspiração da bomba: Maior velocidade, menor será ;;
• Pressão de vaporização do fluido: Quanto menor a temperatura do fluido, menor27será
T e assim maior o valor de ; ;

27

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Limite da altura estática de aspiração
− Observa-se que tal altura depende das seguintes variáveis (cont.):
• Energia requerida pela bomba na boca de aspiração. Bombas com menor dissipação
de energia interna apresentaram um menor valor o NPSH requerido permitindo um
maior valor de S* .
− Analise-se o caso de uma situação teórica:
• Considere-se uma instalação de bombagem a nível do mar ( ;<= 10,33 =);
• O sistema não apresenta perda de carga ( W; =0);

• Velocidade muito baixa ( 2/2 0);


• Temperatura muito baixa ( T; 0);
• Utiliza-se uma bomba ideal sem dissipação de energia interna (789 CDE 0);
• Nestas condições idealizadas, o limite teórico de ; será de 10,33m.
− A máxima altura de aspiração admissível de uma bomba diminui com o aumento da
temperatura.

28

28

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Margem prática de segurança
− O NPSH disponível e requerido pode ser representado graficamente. Sabe-se
que para não ocorrer cavitação o NPSHDisp > NPSHReq.
− De forma prática adota-se uma margem entre ambos os valores:

X;C D= 789 ,-. . 789 LMN > 0,5 1,5 =

− A margem prevista visa garantir que não ocorra cavitação no sistema evitando
assim a vaporização do fluido no interior da bomba.

29

29

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Margem prática de segurança

30
Representação do NPSH disponível e requerido

30

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09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH da instalação em aspiração


• Eq. geral do sistema convencional
pdes − pasp Vdes
2
− Vasp
2

H Sistema = + + H geo + ∆h f
ρ .g 2g
2
Vdes − Vasp
2
Na prática despreza-se, dado que a
2g
boca de admissão é próxima da saída:

• Em sistemas fechados
pdes − pasp
H Sistema ≈ + H geo + ∆h f
ρ .g

• Em sistemas abertos
H Sistema ≈ H geo + ∆h f
31

31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

32

32

16
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH da instalação em aspiração


Sistemas em aspiração e bomba acima do reservatório

Pb – 105 N/m2
Pa – N/m2
ρ – kg/m3
g – 9,81 m/s2
pv – pressão de vapor N/m2

• Expressão para sistemas normais, i.e., aspiração da bomba acima do reservatório:


p + pb − pv Vasp
2

NPSH disp. = a + − ∆hasp − H Geo ,asp


ρ .g 2g
• E quando o fluido de trabalho é água e aspiração em tanque aberto em condições
normais: 33
NPSH disp;H 2O;Tan queAberto = 10 − ∆hasp − H Geo,asp

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH da instalação em carga


Sistemas em aspiração e reservatório acima da bomba

Pb – 105 N/m2
Pa – N/m2
ρ – kg/m3
g – 9,81 m/s2
pv – pressão de vapor N/m2

• Expressão para sistemas em carga, i.e., aspiração da bomba abaixo do


reservatório:
pa + pb − pv Vasp
2

NPSH disp. = + − ∆hasp + H Geo ,asp


ρ .g 2g
34

34

17
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

NPSH - Net Positive Suction Head


• Por vezes torna-se necessário
aumentar a altura de aspiração.

• Para o efeito introduzem-se


injetores que têm a finalidade
de aumentar o poder de
aspiração do sistema.

Aumento da capacidade de
aspiração pela introdução
de um injetor.

35

35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Exercícios Práticos

36

36

18
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.2
A instalação representada na figura
destina-se ao fornecimento de água a
um reservatório cujo caudal de hreserv

enchimento é Q1 e a um ramal cujo


caudal é Q2. O caudal total debitado
pela bomba QB corresponde a 30 m3/h. Q1 20 m

a) Projetar a tubagem destinada ao


Q2
enchimento do reservatório
sabendo que o coeficiente de Nível da água
QB
5m

resistência do ramal onde circula o


caudal Q2 corresponde a R= 5m
2,592x10 6 s2/m5 e as perdas de
carga neste ramal são 20 m.c.a.

b) Calcule a potência da bomba para


que a água no reservatório atinja
uma cota h à sua escolha. 37

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.2
Proposta de resolução do problema

a) Determinação do caudal Q2:

h L =RQχ
hreserv

• Se se considerar a equação de Darcy o expoente x


toma o valor 2 pelo que pode-se escrever:
h L =RQ2 Q1 20 m
• Neste caso o caudal Q2 virá (substituindo os
valores do enunciado): 2Q

Q2 = (hL/R)1/2 = (20 / 2,592 x 106)1/2= 5m


Nível da água
= 0,0028 m3/s = 10 m3/h QB

5m
• Aplicando a equação da continuidade sabe-se que:
QB=Q1 +Q2 ou seja Q1 = QB – Q2

• Logo Q1= 30 -10 = 20 m3/h = 0,0056 m3/s 38

38

19
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

• Conduta de compressão (entre o tê e o reservatório):


Assumindo que a conduta de compressão é de secção circular e que a
velocidade é de 1 m/s pode-se obter um diâmetro de:

4Q 1 4 × 0,0056
D= = = 0,084 m
πV π×1

• Assumindo que a tubagem é de aço comercial Sch 40, DN = 80 mm


(3"), Dint = 77,9 mm tem-se uma nova velocidade de:

4Q 4 × 0,0056
V= = = 1,17 m / s
πDint π × 0,0779 2
2

• Nº de Reynolds
− Viscosidade cinemática da água a 20 ºC:
ν = 1,007 x 10-6 m2/s
VD 1,17 × 0,0779
Re = = = 9,05 × 10 4 39
ν 1,007 × 10 −6

39

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

• Para aço comercial tem-se: 0,045 < ε < 0,09 mm, cujo cálculo é:

0,045 + 0,09
ε médio = = 0,0675mm
2
ε médio 0,0675
e uma rugosidade relativa de: = = 0,00087
D int 77,9

• Tem-se pelo diagrama de Moody o fator de atrito f = 0,0225

• Perdas localizadas utilizando, por exemplo, o método dos K (Tabelas):


1 tê (q=2Q/3) K = 1,00
1 válvula de cunha (DN 80 completamente aberta) K = 0,35
1 saída K=1
∑[ \, ]^ G
W 20 1,17
"ê`aM.Ma# óa-c d e fg I h 0,0225 2,35 h 0,57 =m;
J 2 0,0779 2 h 9,81
40

40

20
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Conduta de aspiração e compressão (até ao tê):


• Assumindo que a conduta de aspiração e compressão (até ao tê) têm
secção circular de diâmetro idêntico e que a velocidade é de 1 m/s pode-
se obter um diâmetro de:
4Q B 4 × (30 / 3600)
D= = = 0,103m
πV π×1

• Assumindo que a tubagem é de aço comercial Sch 40, DN = 100 mm


(4"), Dint = 102,3 mm tem-se uma nova velocidade de:
4Q 4 × (30 / 3600)
V= = = 1,014 m / s
πD int π × 0,1023 2
2

• Nº de Reynolds:
− Viscosidade cinemática da água a 20 ºC:
ν = 1,007 x 10-6 m2/s

VD 1,014 × 0,1023
Re = = = 1,03 × 10 5 41
ν 1,007 × 10 −6

41

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ε médio 0,0675
e uma rugosidade relativa de: = = 0,00066
Dint 102,3

• Tem-se pelo do diagrama de Moody o fator de atrito f = 0,021

• Perdas localizadas utilizando, por exemplo, o método dos K (Tabelas):


1 válvula de pé (DN 100) – K = 3,0
1 filtro (DN 100) – K = 2,8
1 válvula de cunha (DN 100, completamente aberta) – K = 0,3
1 válvula de retenção (DN 100) – K = 6,0
1 tê (Q-q; q=2Q/3) – Kd = 0,12
∑[ &\, \\ G

 L  V
2
 10  1,014 2
hadm.+ comp. até ao tê =  f +  k ' s  × =  0,021 + 12,22  × = 0,75 mca
 D  2g  0,1023  2 × 9,81

42

42

21
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

b) Admitindo que a água no reservatório atinge uma cota 10 = e que


o rendimento da bomba é n 0,8 tem-se para a potência da bomba:

t u
Ps
n
• A equação de energia reduz-se a: u .x .y-#aM aM.Ma#. .x .y-#aM . . y
Σ(z) acima do
nível da água hreservatório

Hman = 5 + 20 + 10 + 0,57 + 0,75= 36,32 mca (ver esquema do enunciado)


hadm. + compressão até tê
h tê até reservatório

• Pode-se escrever:
t u 998,2 h 9,81 h 30⁄3600 h 36,32
Ps 3.700 P
n 0,8
Aá p; 20º rB 998,2 f /=3
43

43

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

c)
Para que não ocorra cavitação o NPSH da bomba não pode exceder o NPSH
da instalação logo: Troço acima do
Troço abaixo do nível da água
nível da água Vál. pé Filtro

 L  V  2
5+5  1,014 2
hasp =  f +  k ' s  × =  0,021 + 3,0 + 2,8  × = 0, 4 mca
 D  2g  0,1023  2 × 9,81

p atm − p v 1, 01325 × 10 5 − 1, 666 × 10 3


NPSH disp = − ∆ z − hasp = − 5 − 0, 4 = 4,8 m
ρg 998, 2 × 9, 81

Incluindo uma margem de segurança de 0,5 m NPSHdisp = 4,3 m.

NPSHdisp ≥ NPSHreq

Então, o NPSHreq da bomba deve ser menor que o NPSHdisp da instalação.


Nota: O fluído é água, pode-se recorrer à expressão NPSH simplificada
NPSH disp = 10 − ∆ z − hasp = 10 − 5 − 0, 4 = 4, 6 m
44

44

22
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.3
• O circuito hidráulico representado deverá
elevar um caudal de 40 m3/h de água potável. A LH

A tubagem utilizada é de aço comercial de


LL
diâmetro nominal DN 4” sch 40 e rugosidade B

absoluta ε = 0,05 mm.


• A curva característica da bomba selecionada
pode ser aproximada pela seguinte
expressão: H = – 20 000 Q2 + 50 [m.c.a] e Q 40m

em m3/s.
• O reservatório possui sensores de nível baixo C
e alto localizados, respetivamente, a 1 m e 3 2m
m da entrada (B).
• A equilibragem do circuito é realizada com 2m

recurso a uma válvula de regulação manual


que introduz uma perda de carga ajustável.
45

45

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.3
Nestas condições determine:
A LH

a) A perda de carga que deve ser introduzida pela


válvula de regulação manual à saída da bomba, LL

B
de modo a garantir o caudal desejado e
permitir o enchimento do reservatório até à
sua cota máxima.
b) A potência absorvida pela bomba, assumindo um
40m
rendimento de 65%.
c) Admitindo que o NPSH da bomba é de 0,5 mca
C
verifique se existe risco de cavitação na
bomba. 2m

2m

46

46

23
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.3
Proposta de resolução do problema
A LH
a) Cálculo da perda a introduzir pela válvula no sistema:
LL
• Caudal: Q = 40 m3/h (11,1 l/s) B
• Altura geométrica: Hgeo = 40 + 2 +3 m = 45 m

• Coeficientes de perda de carga localizadas


(DN100): 40m
Válvula de pé com ralo: 1,5
Duas curvas a 90º: 1,0
Válvula de retenção: 2,5 C

Válvula de regulação: ? 2m

Válvula de isolamento aberta:0,2


Entrada no reservatório: 1,0 2m

TOTAL: 6,2 m

47

47

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.3
Proposta de resolução do problema
• Diâmetro do tubo: J 101,7 == Az 8,99 h 10 {=2B
• Rugosidade relativa: /J 0,05/101,7 4,92 h 10 }

• Velocidade de escoamento: t/z 1,23 =/I


• Viscosidade cinemática: 1,16 h 10 ~ =2/I
ρ × V × D V × D 1,23 × 0,1017
Número de Reynolds: Re = = = ≈ 1,06 × 10 5
µ ν 1,16 × 10 −6
• Fator de atrito (diagrama de Moody): f = 0,019
f × L V 2 0 , 019 × 45 1, 23 2
Perda de carga contínua: ∆hL = × = × = 0 , 63 m
D 2g 0 , 1017 2 × 9, 81

V2 1,232
Perda de carga localizada: ∆hLK = K × = 6 ,2 × = 0,48 m
2g 2 × 9,81

• Altura manométrica necessária: =;• DQ ∆ W ∆ W€ 45 0,65 0,48 46,11 =

• Altura manométrica da bomba (t 40 =3 / ): • 50 – 20.000 A40/3.600B2 47,5 =

• Perda a introduzir pela válvula: ƒS„ s – =;• 47,5– 46,11 &, ]… G 48

48

24
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.3
Proposta de resolução do problema

b) Potência do grupo eletrobomba

Q ( l / s ) × H B ( m ) 11,1 × 47 ,5
P&abs = = = 7,95 kW
102 ×η 102 × 0,65

• O motor elétrico deverá ter a potência a instalar majorada em 10%

49

49

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.3
Proposta de resolução do problema

c) Verificação à cavitação:
pa − pv Vasp
2

NPSHdisp = + − ∆hasp − H geo,asp


ρg 2g

V2/2g †0
pa = 1,0 atm ≈1 bar
pv = 0,01227 bar (10º C)
ρ = 1000 kg/m3 (água)
g = 9,81 m/s2

Substituindo tem-se a equação simplificada para a água:

NPSHdisp = 10 – ∆hasp − H geo ,asp

50

50

25
09/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.3
Proposta de resolução do problema

c) Verificação à cavitação (cont.)

NPSHdisp = 10 – ∆hasp − H g ,asp

Hgeo,asp = 2 m

 f ×L  V  0,019 × 4  1,23
2 2
∆h f =  + K × = + 2,0  × = 0,21 m
 D  2g  0,1017  2 × 9,81

NPSHdisp = 10 – 2,0 – 0,21 = 7,79 m

• O NPSH requerido pela bomba é de 0,5 m, muito inferior ao disponível,


pelo que a bomba funcionará sem qualquer problema.

51

51

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

52

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

52

26
13/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bombas (5)

Aula 15

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Instalações de Bombagem

Sistemas e curvas operacionais de


instalação de bombagem

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• A curva característica do sistema é
formada pela contribuição da altura
estática de elevação (he), mais a
contribuição da perda de carga da
tubagem e dos acessórios que a forma.
• A perda de carga dos acessórios inclui
válvulas, perdas por entrada ou saída
do fluido nos reservatórios, assim
como, a perda de carga por elementos
na tubagem que permitem a mudança
de diâmetro da tubagem tais como
entradas convergentes e divergentes.
• A altura estática de elevação é
determinada pela contribuição da
altura estática de aspiração mais a
altura estática de compressão (ou Sistema convencional – Altura estática de elevação (manométrica)
descarga).

2
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Considerando como referência o
veio da bomba a altura estática
de elevação é a soma o diferença
das alturas de aspiração (ha) e
altura estática de descarga (hd).
• A perda de carga da tubagem é
proporcional ao quadrado da
velocidade ( ) e, portanto
proporcional ao quadrado do
caudal ( ).
• Desta forma a curva
característica do sistema é dada
por uma eq. do tipo:
Sistema convencional – Altura estática de elevação (manométrica)

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Sistema convencional
− Quando se tem um sistema
de bombagem em que o nível
da superfície da água do
reservatório de aspiração está
abaixo do veio da bomba a
altura estática de elevação, é
dada por:

Sistema convencional

3
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Sistema de bomba em
carga
− Quando no sistema de
bombagem o nível da
superfície da água do
reservatório de aspiração esta
acima do veio da bomba, a
altura estática de elevação é
dada por:
Sistema de bomba em carga

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Sistema de bomba por
gravidade
− Quando no sistema de
bombagem o nível da
superfície da água do
reservatório de aspiração esta
acima do veio e o nível da
água do reservatório de
descarga abaixo do veio da
bomba, a altura estática de
elevação torna-se negativa e Sistema de bomba por gravidade

é dada por:

4
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Sistema com altura estática nula
− Quando a altura de aspiração e de
descarga são iguais, a altura estática
de elevação é nula.
− Neste caso a curva do sistema é
determinada unicamente em função
da perda de carga da tubagem.
− O ponto de operação é a interseção
da curva da bomba com a curva do
sistema.
− Nestes sistemas o caudal pode ser
Sistema bomba gravidade
reduzida pelo fecho de uma válvula
de regulação:

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Sistema com perda de carga nula
− Na altura de aspiração, quando a perda de carga do sistema é muito pequena ou
desprezável, a curva do sistema é uma reta paralela ao veio do caudal sendo
determinada unicamente em função altura estática de elevação.
− O ponto de operação é a interseção da curva da bomba com a curva do sistema:

Caudal

10
Sistema com perda de carga nula

10

5
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Sistema com altura estática
positiva
− Neste sistema a altura
manométrica é determinada pela
soma da contribuição da altura
estática de elevação mais a perda
de carga da tubagem e acessórios.
− A interseção das curvas encontra-
se o ponto de operação.
− Também pode ser alterado o
caudal com regulação de uma
válvula de secionamento:
Sistema com altura estática positiva

11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Sistema com altura estática
negativa
− Neste sistema o resultado da soma
altura estática da aspiração e de
descarga tornam a altura estática de
elevação negativa.
− Parte da energia do sistema é
transferida por gravidade e parte
adicionada pela bomba.
− A interseção das curvas encontra-se
no ponto de operação.
− O caudal pode ser alterado com
regulação de uma válvula de
regulação:
Sistema com altura estática negativa

12

12

6
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Curvas operacionais de sistemas de bombagem


• Sistema com baixas perdas de carga
− Em sistemas deste tipo, a perda de
carga da instalação é muito pequena,
o que pode ser devido a velocidades
baixas na tubagem, poucos acessórios
na instalação ou diâmetros grandes,
assim como, tubagem muito lisa;
− Desta forma na altura manométrica
do sistema predomina a altura
estática de elevação;
− Sendo assim a curva do sistema
torna-se bastante plana o que
significa que com o aumento do
caudal a altura manométrica aumenta
pouco mais a altura de elevação:
≅ Sistema com baixas perdas de carga

13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


O ponto de operação da bomba e altura
manométrica é dado pela interseção da
curva da bomba com a curva do sistema.
O ponto de operação pode ser alterada
pela curva da bomba ou pela curva do
sistema.
• A curva do sistema pode ser
modificada:
– Alterando a resistência do
escoamento, p.ex., pela utilização:
• Válvula de regulação;
• Sistema de recirculação do
caudal (bypass);
• Alteração do diâmetro da Ponto de operação bomba-sistema
tubagem (que se pode verificar
naturalmente face ao
envelhecimento da tubagem).
14

14

7
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• A curva da bomba pode ser
alterada:
– Alterando o diâmetro do rotor,
ativando ou desativando a bomba,
operando um conjunto de bombas em
serie ou em paralelo;
– Também pode ser mudada a curva da
bomba através da alteração da
velocidade. Tanto o caudal, a altura
manométrica e potência modificam-se
pela regras das leis de semelhança das
bombas;
– Em bombas axiais pode ser alterada a
Ponto de operação da curva da bomba e sistema
curva da bomba alterando o ângulo de
passo das pás do rotor.

15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por regulação ou estrangulamento por válvula

Sistema de controlo
por fecho por válvula

Caudal (m3/h)
Sistema com estrangulamento por válvula
16

16

8
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por regulação ou estrangulamento por válvula
− O controlo do caudal pode ser realizado por regulação de uma válvula a fim de ajustar
o caudal para uma nova condição de operação;
− Se se tiver uma bomba em funcionamento com um determinado ponto de operação e
se pretende diminuir o caudal, então é realizado o procedimento de fecho da válvula
(estrangulamento) para atingir o caudal requerido;
− Esta obstrução do escoamento produz um aumento de perda de carga o que altera a
curva do sistema original deslocando o ponto de operação até a interseção da curva
da bomba com a curva do sistema alterado;
− Este procedimento é de baixo custo, contudo pouco eficiente já que o aumento da
perda de carga se traduz em energia dissipada (perdida) transformada em calor;
− Desta forma a potência consumida pode aumentar para suprir o aumento da perda de
carga;
− Cabe assinalar que neste procedimento a curva da bomba se mantém a mesma e
desta forma não é alterada nem a velocidade de rotação nem o diâmetro do rotor.
17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por regulação ou estrangulamento por válvula

Sistema de controlo por


fecho por válvula

Energia dissipada pelo


fecho da válvula

Caudal requerido

Caudal (m3/h) 18
Energia dissipada pelo estrangulamento da válvula

18

9
13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema pela utilização de uma linha de recirculação (bypass)

Curva do sistema com Sistema de controlo por


linha by-pass Sistema de controlo
by-pass fechado Caudal útil
por linha by-pass

Caudal de by-pass
Caudal útil
Caudal do by-pass

Caudal total

Caudal (m3/h)

Curvas de operação do sistema de controlo por recirculação do caudal (bypass)


19

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por ajuste
da velocidade de rotação
− Pelas leis de semelhança tem-se
conhecimento que uma determinada
bomba com diâmetro especifico pode
apresentar diferentes curvas de altura
e caudal quando é alterada a sua
rotação.
− Sabendo-se as condições de operação
(caudal e altura manométrica) para
uma determinada rotação 1, pode
ser determinado as novas condições
de operação para uma nova rotação
2.

− A figura (a) apresenta a modificação


da curva de uma bomba que opera
com rotação 1 no ponto de máximo
rendimento.
(a)
20
Curvas de operação de bombas com mudança da velocidade
rotação.

20

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13/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por ajuste da
velocidade de rotação
− Pelas leis de semelhança a mudança do
caudal é diretamente proporcional à
mudança da rotação ∞ , a altura
manométrica muda proporcional ao
quadrado da rotação ( ∞ 2 ) e a
potência muda com o cubo da rotação
(!∞ 3 ).
− Por exemplo, para uma redução de 50% da
rotação, a bomba fornece metade do
caudal (1⁄2#), uma altura manométrica de
25% (1⁄2 ) da sua altura original e absorve
12,5% da potência (1⁄2% ). Verifica-se que
reduzindo a rotação podem ser geradas
famílias de curvas desta mesma bomba.
− Também se apresenta na figura (b) que o Curvas de operação de bombas com mudança da velocidade
rendimento global pode permanecer rotação.
elevado, quando o caudal se manter entre 21
60 a 100% do caudal do projeto.

21

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por ajuste da velocidade de rotação
− Os principais benefícios do controlo da
velocidade de rotação é que permite com
facilidade alterar o ponto de operação
ajustando a curva da bomba para a curva do
sistema (ou da instalação);
− O procedimento também permite otimizar a
energia do sistema eliminando as perdas por
controlo de válvula, assim como, permite um
funcionamento suave no processo de
arranque do motor da bomba;
− Verifica-se na figura (c) que o ponto de
operação terá um rendimento levemente
diferente que o ponto de operação original já
que a curva do sistema de bombagem é uma
(c) expressão quadrática que não corta a origem
Curvas de operação de bombas com mudança da velocidade e o deslocamento dos pontos da curva altura-
rotação. caudal, da bomba, seguem uma expressão do
tipo curva parabólica que segue as leis de
semelhança em função da alteração de
rotação. A figura (d) mostra como isto se
verifica. 22

22

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13/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por ajuste da velocidade de rotação
− Nos casos em que o sistema não possui
altura estática, a curva característica é
representada por uma curva do tipo
parabólica que passa pela origem (fig. (d));
− Nestes casos a variação da rotação, tal
como mostra a figura (d) pouco afeta o
rendimento. Já que o ponto de operação
para a nova rotação praticamente
acompanha a curva de rendimento;
− Nos casos em que a altura estática é
significativa a mudança de rotação afeta o
(d)
Curvas de operação de bombas com mudança da velocidade rendimento que terá o novo ponto de
rotação. operação.

23

23

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por alteração do diâmetro do rotor
− A curva da bomba pode ser alterada
pela troca do rotor ou diminuindo, por
corte, o diâmetro do rotor original;
− Os dois procedimentos permitem
ajustar o desempenho da bomba para
um determinado ponto de operação;
− A figura apresenta de esquerda à direita
um rotor de bomba centrifuga original
com diâmetro de 213 mm e 4 rotores
com diferentes diâmetros de corte;
− A tabela apresenta a relação entre o
diâmetro original e o diâmetro de corte
(Rc) assim como o percentual do corte Exemplo de rotores com diminuição do diâmetro.
em relação ao diâmetro original.
24

24

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13/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por
alteração do diâmetro do rotor
− A figura apresenta o resultado das
curvas de altura-caudal
rendimento global e potência da
bomba;
− Verifica-se que à medida que o
diâmetro do rotor é reduzido
existe uma redução do
rendimento da bomba assim
como da potência requerida para
a operação da bomba.
Desempenho da potência altura e rendimento de rotores com
diminuição do diâmetro.
25

25

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por
alteração do diâmetro do rotor
− A figura mostra como a mudança
do ponto de operação para um
rotor com diâmetro D1 reduzido a
um diâmetro D2.

Caudal m3/h

Ajuste do ponto de operação por redução do diâmetro do


rotor.

26

26

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13/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por
alteração do diâmetro do rotor
− Como se observa na figura para os
sistemas em que a altura estática
de aspiração é pequena, o
rendimento do novo ponto de
operação se mantém
aproximadamente constante;
− Enquanto que para sistemas com
uma grande altura estática de
elevação o novo ponto de
operação pode apresentar uma
diminuição significativa do
rendimento.
Variação do rendimento em função do tipo de curvas do
sistema.
27

27

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Controlo do sistema por alteração do
ângulo de passo das pás
− Este procedimento é realizado nas
bombas axiais nas quais as pás podem
ser reguladas mudando o ângulo do
passo;
− A figura apresenta a altura e caudal de
operação pelo ponto ótimo de operação
no qual o rendimento é máximo;
− Verifica-se, por exemplo, que quando a
máquina opera com ângulo de passo das
pás de 16º a bomba trabalha nas
condições ótimas;
− Quando se pretende por exemplo operar
a bomba num sistema com um caudal de
80% em relação ao caudal ótimo (
0,8 )*+) , então o ângulo das pás deverá
ser alterado para 11º. Neste ponto o Mudança do ângulo de passo em pás de bombas axiais.
rendimento terá o valor em cerca de 91%
de ,)*+ conseguindo uma altura
manométrica em cerca de 0,95 de )*+. 28

28

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13/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Comparação das estratégias de controlo do caudal
− A tabela apresenta a comparação das estratégias de controlo pela utilização de
válvula de regulação, alteração do diâmetro do rotor e alteração da velocidade de
rotação por variação da frequência.

Parâmetro Regulação por Alteração do Variação da


válvula diâmetro do rotor velocidade
Diâmetro do rotor 430 mm 373 mm 430 mm
Altura manométrica 71,7 m 42 m 34,5 m
Rendimento da bomba 75,1 % 72,1 % 77%
Caudal de operação 80 m3/h 80 m3/h 80 m3/h
Potência consumida 23,1 kWh 14 kWh 11,6 kWh

29

29

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Comparação das estratégias de controlo do caudal
No exemplo a bomba com diâmetro do rotor de - 430 // opera um caudal de
80 /3/ :
− Verifica-se que o sistema de regulação por válvula funciona com uma grande altura
manométrica devido a perda de carga pelo fecho da válvula para poder atender ao
caudal especificado;
− O sistema por alteração do rotor mostra que para atender ao caudal de projeto o
diâmetro deverá ter 375 //. O que corresponde a uma relação de corte de 34
0,87 correspondendo a uma diminuição 13% do diâmetro original. Nesta condição o
rotor funcionará com uma altura manométrica de 42 /, sendo que o rendimento é um
pouco inferior ao rendimento alcançado no sistema de regulação com válvula. Também
se verifica que com a redução do diâmetro do rotor a potência consumida é
equivalente a 60% da potencia consumida no sistema de regulação por válvula;
− A tabela mostra que o sistema de variação da velocidade de rotação apresenta o
melhor desempenho em termos de eficiência energética, por ter maior rendimento,
menor altura manométrica (34,5/) e requer a metade da potência que requer o
sistema de regulação com válvula.
30

30

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13/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Comparação das estratégias de controlo do caudal
− A figura apresenta um outro tipo de comparação
no qual mostra-se a percentagem de energia
consumida pela bomba em função da taxa de
redução do caudal a partir de um determinado
ponto de operação;
− A partir da condição original (100% do caudal)
verifica-se o que acontece quando é reduzida o
caudal em percentagem:
• O sistema de recirculação do caudal (by-pass)
não se verifica a redução do consumo de
energia;
• O sistema por estrangulamento por válvula
permite a diminuição do caudal e a redução
da energia consumida pela bomba
acompanha a diminuição o caudal;
• O melhor desempenho, quanto à redução da
energia, é obtida com o sistema de variação
da velocidade de rotação. Neste sistema a
diminuição do caudal permite uma redução
da energia proporcional ao cubo da rotação 31
da máquina.

31

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Comparação das estratégias de
controlo do caudal
− As figuras apresentam outra Recirculação do Caudal (by-pass)

comparação das estratégias


anteriores:
• Verifica-se que a curva características
do sistema e a curva característica da
bomba que, em termos de energia
desperdiçada, o método de
recirculação de caudal (by-pass) é o
menos eficiente seguido do método de
estrangulamento de válvula;
• Verifica-se que o método de alteração
da velocidade de rotação é ótimo já
que para atingir o ponto de operação
altera a rotação da bomba que ajusta o
caudal à curva do sistema. 32

32

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13/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Operação de sistemas com bombas em paralelo
− Na operação com 2 bombas iguais,
associadas em paralelo, o sistema
encontra-se a funcionar no ponto 5* com
um 6 7 ;
− Se uma das bombas ficar fora de serviço a
bomba funcionará no ponto 5 com o
caudal QB. Verifica-se que este caudal é
superior ao caudal fornecido por cada uma
das bombas ( 5 8 1)9 2);
− Na situação inversa quando entra em
funcionamento a segunda bomba o
sistema opera no ponto 5*, sendo que o
caudal não duplica e sim atinge o caudal
* , ponto no qual as duas bombas
contribuem com a metade do caudal, isto
33
é 5* 1 2.

33

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REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Operação de sistemas com bombas em paralelo

Máximo cinco bombas

34

34

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13/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Controlo do Desempenho das Bombas


• Operação de sistemas com bombas em paralelo
‒ A cada bomba que entra no sistema, passa a operar mais a esquerda do seu
ponto de projeto, i.e., cada bomba passa a fornecer individualmente um
caudal menor.
‒ Nota-se também que o acréscimo de caudal a partir da terceira bomba é
relativamente pequena e em geral pode-se afirmar que a inclinação das
curvas das bombas e da curva do sistema terá influência na escolha do
número limite das bombas a serem associadas.

35

35

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

36

18
23/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

Bombas (6)

Aula 16

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Análise dimensional e semelhança


dinâmica

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica


• O desempenho de uma máquina hidráulica, depende não só do seu
tamanho mas também da sua forma.
• A forma e tipo de maquina adequada para uma dada aplicação podem
então ser determinados, através da inspeção das características
conhecidas de uma série de máquina homólogas, funcionando em
condições dinamicamente semelhantes.
• Através da aplicação dos princípios básicos da análise dimensional é
possível prever o desempenho de uma máquina hidráulica através de
testes realizados em laboratórios com uma máquina geometricamente
semelhante.
• As leis de semelhança dinâmica permitem igualmente prever o
comportamento de determinada máquina em condições diferentes das
nominais.
4

2
23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica


• Semelhança geométrica, cinemática e dinâmica
− A semelhança geométrica é um pré-requisito da semelhança dinâmica.
− Ela deve aplicar-se a todas as partes relevantes da máquina: o rotor, as passagens de
entrada e de descarga e, no caso das turbinas de reação ou das bombas, às condições à
saída do difusor e da voluta, respetivamente.
− As máquinas geometricamente semelhantes formam uma série homóloga de
turbomáquinas, de diferentes tamanhos, mas todas reproduzidas a partir de um mesmo
protótipo de acordo com determinado fator de escala.
− A semelhança dinâmica também requer, antes de mais, semelhança cinemática, ou seja,
correspondência de velocidades a um mesmo raio do impulsor e também nas restantes
partes da máquina.
− Isto significa que os triângulos de velocidades deverão ser semelhantes, à entrada e à
saída das pás de duas máquinas semelhantes.
− As condições de semelhança cinemática e dinâmica podem ser garantidas através de
certos parâmetros adimensionais, parâmetros esses que representam as relações entre
forças e entre velocidades características nos sistemas em comparação. 5

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REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica


• Semelhança geométrica, cinemática e dinâmica
− Para determinar estes parâmetros recorre-se ao conhecimento da Análise Dimensional.

• Grupos adimensionais
− Para uma máquina com determinada geometria, operando com um fluido
incompressível, as variáveis relevantes para o problema serão:
 D - diâmetro do impulsor, que dá uma medida do tamanho da própria máquina;
 Q - caudal de trabalho;
 N - velocidade de rotação;
 H - altura de energia através da máquina;
 ρ - massa específica do fluido de trabalho;
 μ- viscosidade do fluido;
 g - aceleração gravítica (ou em alternativa o peso específico do fluido);
 P - potência transferida entre o fluido e o impulsor.
− A rugosidade das superfícies (k), por seu lado, é normalmente incluída na forma da
máquina.
6

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23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica


• Grupos adimensionais
− Considere-se, de momento, que não há cavitação.
− O número de variáveis separadas é portanto de sete: D, Q, N, (gH), ρ, μ, P.
− Dado que existem três relações fundamentais de semelhança, pode-se esperar quatro
grupos adimensionais, tomando ρ, D e N como variáveis independentes.
− Partindo então do princípio que o Número de Reynolds tem pouca influência na definição
das condições de semelhança, e ainda que a falta de semelhança física do ponto de vista
da rugosidade das superfícies internas também é pouco importante, e finalmente que o
rendimento mecânico é constante, a relação entre as variáveis adimensionais será da
forma:

, , 0

− Esta equação paramétrica pode também ser escrita: , , , 0

Onde η é o denominado parâmetro do rendimento, igualmente adimensional. 7

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REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência


• Observando mais de perto os quatro grupos adimensionais
anteriormente referidos, é agora oportuno definir:
− Coeficiente de caudal:
• A razão entre a velocidade do fluido e
a velocidade da pá.
• Duas máquinas geometricamente
semelhantes com o mesmo
coeficiente de caudal são portanto
cinematicamente semelhantes, ou
seja, têm triângulos de velocidades
semelhantes.
• Os restantes parâmetros
adimensionais podem igualmente ser
objeto de uma interpretação física
em tudo semelhante à anterior.

− Coeficiente da altura: Ψ

− Coeficiente de potência: ξ

− O rendimento global é função destas


variáveis adimensionais: η . 8
! Curvas de desempenho adimensionais.

4
23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência


• Para mesma família de máquinas as curvas de funcionamento
adimensionais ficam sobrepostas:

1000 rpm, D=25 cm


H 1200 rpm, D=20 cm
gH
1350 rpm, D=15 cm ψ=
1500 rpm, D=15 cm N 2D2

Q Q
φ=
ND 3
9

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REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência

Coeficiente de altura (CH) versus coeficiente de caudal(CQ) para Coeficiente de potência (CP) versus coeficiente de caudal (CQ) para
bomba de voluta única. bomba de voluta única.

Variação da razão de eficiência (η/ηb) versus coeficiente de Comparação da relação de eficiência (η/ηbep(Single)) versus coeficiente
de caudal (CQ) para volutas simples, duplas e triplas. 10
caudal (CQ) para bomba de voluta única.

10

5
23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência

(a) (b)
Coeficientes da altura da bomba com água pura: (a) Bomba 1; (b) Bomba 2.

(a) (b) 11
Eficiência global da bomba com água pura: (a) Bomba 1; (b) Bomba 2.

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REDES DE FLUIDOS

Exercício Prático
• Um ventilador é testado no seguinte intervalo de valores:
‒ 0 " " 100 $3/';
‒ 0 " ∆* " 1500 ,;
‒ 0 " " 100 -..
com o desempenho do ponto de projeto (BEP) em que:
‒ 80 $3/'; ∆* 1 000 ,; e 90 -..
‒ O diâmetro do ventilador é 1,2 $; a velocidade é 980 3*$ e
a densidade do ar é 1,2 - /$3.
a) Determinar o rendimento no BEP.
b) Confirmar o valor.
c) Qual seria o desempenho BEP deste projeto de ventilador com dimensão
12
e velocidade diferentes?

12

6
23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Exercício Prático
a) Os fatores de normalização a utilizar para b) A confirmação:
formar as variáveis adimensionais são: H 9,9 69,F A
56789 – G 0,890.
‒ 6 1,2 177,3 $ /'; I 9,9 B7
:9

56789
‒ 6 1,2 18 199 ,;
:9

56789
‒ 1,2 6 6 1,2
:9
3 227 391 . < 3 227,4 -..

Os valores do ponto de projeto (BEP) de


, ψ, ξ e ηT são calculados como:
89 >⁄?
‒ 0,451;
ABB, >⁄?
A 999 D
‒ C 0,055;
A8 A77 D
79
‒ E 0,0279;
B,F
A 999689 13
‒ G =0,890.
79 999

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício Prático
c) Qual seria o desempenho BEP deste projeto de ventilador num dimensão e
velocidade diferentes?
• Por exemplo : • Os valores do ponto de projeto (BEP)
de , ψ, ξ e ηT são calculados como:
‒ 0,8 $;
‒ 0,451 6 96,5
‒ 1 800 3*$. 43,52 $ ⁄' ;
– Os fatores de normalização a serem ‒ ∆* C 0,055 6
usados para formar as variáveis 27 289 1 500 ,;
adimensionais são:
56A 899
‒ E 0,0279 6
‒ 6 0,8 96,5 $ /'; 2 633,7 73 480 . < 73,5 -.;
:9

‒ 188,5 6 0,8 27 289 ,; ∆K6 A 99 6F ,


‒ G =0,890.
B F89
‒ 1,2 6 188,5 6 0,8
2 633 694 . < 2 633,7 -..

14

14

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23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência


• Pode-se representar as curvas características das turbomáquinas em
função destes coeficientes. Por exemplo, pode se supor que a informação
de uma bomba de um fabricante com diâmetro do rotor de 200 mm a qual
opera com rotação de 1.750 rpm, sendo fornecidos os dados de altura,
caudal e rendimento conforme tabela.
Q
H [m] η [%]
[m3/h]
10 18 32
20 18,5 54
30 18 70
40 16,5 79
50 14 79
60 10 66
15
70 5,4 38

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência


• A partir de estes dados e utilizando uma folha de Excel obtém-se a
potência e pode-se produzir as curvas respetivas da altura manométrica,
do rendimento e da potencia como mostra a figura.

Q
H [m] η [%]
[m3/h]
10 18 32
20 18,5 54
30 18 70
40 16,5 79
50 14 79
60 10 66
70 5,4 38 16
Curvas características da bomba

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23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência


• O resultado mostra que a bomba apresenta o rendimento máximo (80%)
para um caudal de 46 m3/h e fornece uma altura manométrica na ordem
de 15,3 m.
• Para cada um dos pontos pode-se determinar os respetivos coeficientes de
caudal, altura e potência.
• Por exemplo para Q = 50 m3/h verifica-se que:
9⁄ .:99
• M6N.O P 0,0095
L 69,
QP

7,8A6AF
• Ψ 0,102
L A8 , 9,
.FAF,:
• ξ
L A999 6A8 , 69,
0,0012
Nota: Para trabalhar em unidades coerentes as expressões dos coeficientes são apresentadas em função da velocidade angular ω
(rad/s) e não da rotação n (rpm). 17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência


• Para verificar o resultado pode-se utilizar para o caudal de 50 m3/h a
expressão do rendimento global:

9,997 69,A9
− η 0,79 (conforme dado original do fabricante)
! 9,99A

• O mesmo pode ser realizado para cada ponto fornecido pelo fabricante.

Nota: O valor 0,79 é obtido quando se trabalha com todo o numero de casas disponibilizadas pelo Excel.
18

18

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23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência


• Observa-se que para produzir um gráfico em escalas apropriadas os
coeficientes de caudal e potência devem ser multiplicados por 100 e o
coeficiente de altura por 10.

Q Φ Ψ ξ
H [m] η [%] W [W]
[m3/h] (x 100) (x 10) (x 100)
10 18 32 1.532,8 0,19 1,31 0,08
20 18,5 54 1.867,1 0,38 1,35 0,0
30 18 70 2.102,1 0,57 1,31 0,11
40 16,5 79 2.276,6 0,76 1,20 0,12
50 14 79 2.414,6 0,95 1,02 0,12
60 10 66 2.477,3 1,14 0,73 0,13
70 5,4 38 2.710,7 1,33 0,39 0,14 19

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros do caudal, da altura e da potência

Coeficiente adimensionais da bomba.

20

20

10
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros de Reynolds e velocidade específica


• Número de Reynolds:
TUVW
− Coeficiente do Nº Reynolds S
X

− Por seu lado, o produto de Y e Z vale: , \]


[ [

− o que sugere que, se for garantida a semelhança cinemática, então


Z é proporcional ao Número de Reynolds.
− Na gama usual de velocidades e tamanhos o escoamento nas turbomáquinas é
turbulento desenvolvido, o que diminui a importância de Re.
− O terceiro parâmetro adimensional não é, em consequência, um
parâmetro decisivo.

21

21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Parâmetros de Reynolds e velocidade específica


• Velocidade específica
− Para uma turbina trabalhando com determinado fluido, as condições de
funcionamento são expressas através dos valores de N (velocidade), P
(potência) e H (altura efetiva);
− É provavelmente importante saber, à partida, qual a gama de variação destas
condições que pode ser coberta com um determinado tipo de turbina. Esta
informação permite-nos, em particular, selecionar o tipo de máquina mais
adaptado à aplicação específica em análise;
− Ela serve, no fundo, de ponto de partida para o projeto da máquina. Precisa-se,
no entanto, de um parâmetro adimensional característico de uma determinada
família de turbomáquinas, independente do tamanho D da máquina;
N
− Tomando o produto ∅ ⁄ 6 C ⁄_ , obtém-se então mais um parâmetro
b
adimensional, desta vez independente do diâmetro D: Ua cW
U` b f
T cW de cg 22

22

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REDES DE FLUIDOS

Parâmetros de Reynolds e velocidade específica


• Velocidade específica
− Um ponto que chama naturalmente a atenção é saber em que condições o rendimento é
máximo, sendo deste modo costume utilizar na expressão anterior os valores de N, P e H
relativos a estas condições de funcionamento.
− Existe em geral apenas um valor do parâmetro atrás definido que satisfaz este requisito,
para determinada série homóloga, sendo este designado por Kn.
− Numa determinada família de máquinas, o valor de Kn, dá o conjunto de condições de
operação (N,P,H) que conduzem ao rendimento máximo.
− De modo inverso, dado um determinado conjunto de condições de funcionamento (N, P,
H), o valor de Kn, correspondente define a forma da máquina que permite ir ao encontro
dessas condições de rendimento máximo.
− Posto que as turbinas e bombas hidráulicas trabalham com água e operam normalmente
em terra, os valores de p e de g são aproximadamente constantes. Em cálculos de
engenharia é pois costume omitir estes parâmetros para efeitos do cálculo de Kn, e
b
trabalhar antes com o grupo: Ua cW 23
h fc
e g

23

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REDES DE FLUIDOS

Parâmetros de Reynolds e velocidade específica


• Velocidade específica
bc
Ua W
h fc
e g

− Ω designa a velocidade específica.


− Esta designação é algo infeliz, dado tratar-se mais de um fator de forma, que por sinal
tem dimensões.
− Kn será, neste contexto, designada por velocidade específica adimensional.
− Uma definição afim, também amplamente utilizada, assume antes a forma:
bc
Uj W
U` kc
de g
bc
− Ou ainda Ua W
U` bc fc
T W de g 24

24

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REDES DE FLUIDOS

Relação entre altura (ou coeficiente de pressão) e velocidade


específica
Alguns textos definem altura especifica (ou
coeficiente de pressão) lCm:

2 >Dn
C
o

e o capacidade específica (ou coeficiente de


caudal) como:
4
p o

Onde D e U representam respetivamente o


diâmetro e velocidade tangencial do rotor.
Altura especifica (Coeficiente de pressão).
A figura mostra como é relacionada a rotação
especifica (Nq) com o coeficiente de pressão.

Obs: C ] são adimensionais.


25

25

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REDES DE FLUIDOS

Exercício Prático
• Uma bomba com rotor de 343 mm opera no seu ponto de
máxima eficiência à velocidade de 1750 rpm, com um caudal de
115 m3/h e uma altura manométrica de 50 m.
a) Determinar o tipo de bomba.
b) Determinar a altura e capacidade específica.

26

26

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REDES DE FLUIDOS

Exercício Prático
• Proposta de resolução
Dados: D = 343 mm; Q = 115 m3/h;
Hman = 50 m; n = 1750 rpm.
1.750 115⁄3.600
q ⁄F
3*$ ⁄
>Dn 50 F
≅ 16,6 3*$
∴ Conclui-se que a seleção passa por um rotor
centrífugo normal, dado que o valor é menor
que 25 rpm.
A altura especifica determina-se por :
p p 6 343 6 1.750
o 31,43 $⁄'
60 60
2 >Dn 2 6 9,81 6 50
C 0,99
o 31,43 Altura especifica (Coeficiente de pressão).
27
Pela figura, obtém-se um valor próximo.

27

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REDES DE FLUIDOS

Exercício Prático
• Proposta de resolução
A capacidade especifica é de:
4 4 6 115⁄3.600
0,011
p o p 6 343 6 31,43

28

28

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REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica


• Diagrama de Cordier
− Para a seleção do tipo e tamanho mais
apropriados de compressor, bomba ou

Velocidade especifica (Ω)


ventilador para um determinado serviço
e eficiência ideal é obtido por meio do
diagrama de Cordier;

− O diagrama de Cordier constitui, neste


âmbito, a ferramenta de referência na
escolha de bombas, ventiladores e
compressores;

− A linha apresentada é uma curva média


baseada em resultados obtidos de um
grande número de máquinas, portanto, Diâmetro especifico (Ds)
Diagrama Cordier para a seleção da máquina de fluxo
representa uma distribuição bastante
ampla de resultados em ambos os lados
‒ Em conclusão, quando o local de instalação e a
da linha;
potência pretendida forem conhecidos, deve ser
− A figura pode também ajudar nesse calculada a Ns e selecionado o melhor D (tipo de
sentido, uma vez determinado o máquina) para desempenhar as funções
diâmetro específico Ds: b pretendidas.
Vldem cW 29
V` bc
j W

29

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REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica

• Velocidade específica
− Note-se ainda, a propósito, que a forma das outras partes da máquina, tais como a
voluta, a secção de entrada ou o difusor, também afetam a velocidade específica, de
certo modo;
− Por exemplo, dados P e H para uma mesma velocidade periférica do impulsor, a uma
maior velocidade (N )corresponde um menor valor de D, logo menores custos;
− Por este motivo, sempre que a escolha recaia entre dois impulsores diferentes, o
projetista prefere a de maior velocidade específica;
− No entanto as máquinas de maior velocidade específica estão limitadas em altura de
queda H, devido aos consequentes problemas de cavitação.

30

30

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica


• Diagrama de Cordier
− Uma nova forma e mais definida das
curvas ótimas da máquina pela análise
dimensional é apresentada na figura;

− A nova curva é claramente dividida em


duas partes principais com bombas
centrífugas que operam no coeficiente
de altura de estágio razoavelmente
constante de C < 0,1 numa faixa de
coeficiente de fluxo de 0,0001 " "
0,04 e máquinas axiais que operam com
uma ampla faixa de coeficientes de carga
de estágio, 0,005 " C " 0,05 e também
uma ampla faixa de .

− As máquinas de fluxo misto tem um C e


que apresentam uma estreita e
limitada faixa. Uma razão avançada para
ela é que os projetistas teriam uma ‒ No entanto, em algumas aplicações importantes de
preferência natural pelas máquinas axiais alta tecnologia, as máquinas de fluxo misto têm sido a
ou centrífugas, pois estas têm menos escolha crucial. Aquelas que exigem um alto fluxo 31
de
complexidade de fabrico do que as de massa e relação de pressão, p.ex.: ventiladores de
fluxo misto. fluxo misto em vez de compressores de um estágio.

31

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REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica

• Análise do desempenho
− Todos estes parâmetros adimensionais são no fundo variáveis de
desempenho globais, caracterizando o funcionamento de determinada
família de turbomáquinas;
− Um dos parâmetros cruciais neste contexto é o rendimento da
máquina.
• Curvas características de funcionamento
− Particularmente útil para descrever as características de diferentes bombas
são os resultados obtidos a partir de ensaios realizados a altura H constante e
velocidade constante.
− Para uma dada máquina e um dado fluido de trabalho incompressível, D e p
são constantes; então c é constante nestes ensaios.

32

32

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica

• Parâmetro de rendimento
− Partindo dos grupos adimensionais atrás definidos, formam-se agora
s a
um novo grupo adimensional: . . ;
t.H T Uk Vf
− Este novo grupo é justamente o rendimento hidráulico da máquina, .
O rendimento global da máquina, >uv . , é algo inferior ao seu
rendimento hidráulico, devido às perdas dentro da própria voluta,
também nas chumaceiras e buchas de vedação;
− No entanto, se o rendimento mecânico for suposto constante, a
potência ao veio da máquina pode ser utilizada em vez de Ph (que é a P
hidráulica na eq.) e também o rendimento global ( ) em vez de ,
para efeitos dos parâmetros adimensionais;
− Das relações anteriores vê-se que é apenas função da potência P, o
que pode ser representado graficamente como se segue. 33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica e geometria das turbomáquinas

H
wxyz

η N

wxyz

wxyz


Os valores (…)ηmax, são invariáveis para uma família de máquinas geometricamente
semelhantes, independentemente de D, N e ρ 34

34

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Análise dimensional e semelhança dinâmica


• Parâmetro de rendimento
− A figura apresenta o resultado gráfico de duas curvas de alturas manométricas
com seus respetivos rendimentos. Observa-se que para um ponto qualquer na
mudança de rotação o rendimento mantém-se constante.

Nota: Apesar de η1=η2 , quando produzido no


gráfico, verificam-se curvas diferentes, dado
que uma pertence ao Q1 e a outra pertence
a Q2.

35
Caudal
Modificação da curva da altura-caudal em função da rotação.

35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Fatores que influenciam o rendimento das


turbomáquinas
• As perdas, que reduzem os rendimentos nas
bombas centrífugas, podem-se agrupar nas
seguintes diferentes categorias:
1. Fugas do fluido vindo de zonas de alta pressão
para zonas de baixa pressão;
2. Perdas por atrito mecânico;
3. Atrito resultante do movimento dos impulsores
no liquido.
36

36

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Alterações permanentes
• Estas alterações podem fazer-se, sempre seguindo as
indicações do fabricante, sem serem excecionalmente caras:
 Para as bombas centrifugas:  Para as bombas de deslocamento
‒ Pode mudar-se o diâmetro positivo:
do impulsor dentro dos
limites permitidos pelo ‒ Quer sejam rotativas quer
fabricante, obtendo-se uma sejam alternativas o processo
gama de curvas normal será alterar a
características. velocidade de acionamento.
‒ Pode ainda alterar-se a
velocidade de acionamento, ‒ Dever-se-á considerar a
com recurso a variadores de alteração da potência
frequência. absorvida.
‒ Nestes processos dever-se-á
considerar a alteração da
potência absorvida. 37

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Alteração por desgaste


• Para as bombas centrífugas, em particular, dá-se um
abaixamento da curva característica devido ao desgaste, cuja
influência no sistema pode ser maior ou menor consoante a
curva do sistema:

38

38

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Alteração por desgaste


• Para as bombas centrífugas, em particular, dá-se um
abaixamento da curva característica devido ao desgaste, cuja
influência no sistema pode ser maior ou menor consoante a
curva do sistema:
‒ Alteração da curva característica de uma bomba centrífuga por desgaste do
impulsor.

39

39

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Leis da semelhança das


turbomáquinas

40

40

20
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REDES DE FLUIDOS

Pontos dinamicamente semelhantes


• Para qualquer outra variável independente (P, H, η,…):

gH  Q 
= FH  3 
N 2 D2  ND 

P  Q 
= FP  3 
Y = f (X )
ρN 3 D 5  ND 
Só há um grupo adimensional
 Q 
η = Fη  3 
independente, para Re elevado.
 ND  etc.

41

41

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Pontos dinamicamente semelhantes


• Para mesma família de máquinas as curvas de funcionamento
adimensionais ficam sobrepostas:

1000 rpm, D=25 cm


H 1200 rpm, D=20 cm
gH
1350 rpm, D=15 cm ψ=
1500 rpm, D=15 cm N 2D2

Q Q
φ=
ND 3
42

42

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Pontos dinamicamente semelhantes 1000 rpm


gH
• Portanto, se: ψ= 1200 rpm
N 2D2 1350 rpm
 Q   Q 
 3 
= 3 
1500 rpm

 ND 1  ND  2

 gH   gH 
 2 2  =  2 2  e η1 = η2
 N D 1  N D  2
1≡2 Q
φ=
ND 3
• Os pontos 1 e 2 são pontos dinamicamente semelhantes (mesmos
grupos adimensionais, mesma proporção de grandezas dinâmicas e
cinemáticas).

43

43

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Pontos dinamicamente semelhantes para a mesma máquina

• Mesma máquina: D1 = D2
1000 rpm
gH
ψ= 1200 rpm
N 2D2 1350 rpm
1500 rpm

Q1 Q2 gH 1 gH
3
= = 2 22
N1 D N 2 D3 2
N1 D 2
N2 D

12
Q1  H 1  N1
=  =
Q2  H 2 
1≡2 Q
N2 φ=
ND 3

• Pontos dinamicamente semelhantes da mesma máquina a diferentes


velocidades de rotação.
44

44

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REDES DE FLUIDOS

Pontos dinamicamente semelhantes para a


Parábolas H=kQ2
mesma máquina – D1=D2
• Mesma máquina H
H2 P2
12
Q1  H 1  N1
=  =
Q2  H 2  N2 P1
H1
N2 = 1200
H  rpm
H =  21 Q 2
 Q1  N1 = 1000 rpm
k Q1 Q2
Q

• Pontos sobre a mesma parábola no diagrama (H, Q) representam pontos


dinamicamente semelhantes obtidos com a mesma máquina a diferentes
rotações.
45

45

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Leis da semelhança das turbomáquinas


• Todas as máquinas de uma mesma família operam sob condições
dinamicamente semelhantes.
• Desta forma os coeficientes adimensionais são os mesmos em pontos
correspondentes de suas características. Isto implica que as leis de
similaridade, que conduzem as relações entre tais pontos
correspondentes, podem ser relacionadas como:
− Coeficiente de caudal;
− Coeficiente de altura;
− Coeficiente de potência.
• Nota importante: Devem também satisfazer que \], {,|} ] ~/ sejam
os mesmos. Tais máquinas apresentam um rendimento constante
|•].
46

46

23
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REDES DE FLUIDOS

Leis da semelhança das turbomáquinas


• Através destas relações é possível derivar a partir da curva característica de
referência, a curva correspondente para qualquer outra velocidade.

Alteração de Diâmetro e
Alteração de Diâmetro Alteração de velocidade
velocidade

 Df   Nf   Df N f 
Q f = Qi   Q f = Qi   Q f = Qi  
 Di   Ni   Di N i 

2
 Df   Nf 
2
 Df N f 
2
H f = H i   H f = H i   H f = H i  
 Di   Ni   Di N i 

3 3 3
 Df   Nf  D N 
Pf = Pi   Pf = Pi   Pf = Pi  f f 
 Di   Ni   Di N i 

• Caudal (Q); Altura manométrica (H); Potência (P); Diâmetro do impulsor (D);47
Velocidade (N); Inicial (i) e ; Final (f);

47

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Leis da semelhança das turbomáquinas


• A curva funcional de uma determinada bomba, o desempenho de uma
outra bomba do mesmo tipo, pode ser obtida a partir da curva
característica de referência por aplicação das regras de semelhança
dinâmica, que permitem afirmar que:

− O caudal varia diretamente com a velocidade de rotação;


− A altura manométrica varia com o quadrado da velocidade;
− A potência absorvida varia com a terceira potência da velocidade,
permitindo variações no rendimento.

48

48

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Leis da semelhança das turbomáquinas


• Variação de NPSH com a velocidade de rotação
− Se a bomba apresenta um determinado NPSH, este é válido para a
rotação dada pelo fabricante.
− Se a bomba opera com uma nova rotação, o NPSH deverá ser
determinado utilizando as relações:

€ A
€ A

− onde € A representa o valor de catálogo e € representa o


valor da rotação desejada.

49

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Exercícios Práticos

50

50

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REDES DE FLUIDOS

Problema nº 6.11
• Considerando a velocidade de rotação dada pelo fabricante de 1.450 rpm,
determine o caudal debitado pela bomba para as velocidades de rotação
de 1.000 rpm e 750 rpm e as respetivas alturas de elevação.

 Nf 
Q f = Qi  
 Ni 
2
N 
H f = H i  f 
 Ni 

51

51

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.11


• Nf = 1.000 rpm

2
 1000   1000 
H f = Hi   = H i × 0,48 Q f = Qi   = Qi × 0,69
 1450   1450 

• Nf = 750 rpm

 750 
2
 750 
H f = Hi   = H i × 0,27 Q f = Qi   = Qi × 0,52
 1450   1450 

52

52

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.11

Pontos Parâmetros 1450 1000 750

Q (l/s) 296,0 204,2 153,9


1
H (m) 38,5 18,5 10,4

Q (l/s) 120,0 82,8 62,4


2
H (m) 50,0 24,0 13,5

Q (l/s) 380 262,2 197,6


3
H (m) 30,0 14,4 8,1

53

53

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.12
Verificação das condições de funcionamento em função da
velocidade do motor
• As condições obtidas nas curvas funcionais do catálogo do fabricante são:
Qf = 280,0 l/s Hf = 60,00 m
Df= 478 mm Nf = 1.450 rpm
• O motor selecionado tem uma potência de 220 kW a que corresponde
uma velocidade nominal de 1.485 rpm.
a) Quais as condições reais de funcionamento ?
b) Considerando que as condições de funcionamento obtidas não são
desejadas pelo operador. Calcule o diâmetro do impulsor
adequado para proporcionar o ponto de funcionamento
pretendido. 54

54

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.12


a) As condições reais de funcionamento da bomba são:
1.485
Q1 ≅ × 280 = 287 l / s
1.450
2
 1.485 
H1 ≅   × 60 = 62,9 m
 1.450 
b) O diâmetro do impulsor adequado é de:
Q 280
D2 ≅ D1 2 = 478 = 467 mm
Q1 287
H2 62 ,9
D2 ≅ D1 = 478 = 467 mm
H1 60 55
Nota: esta solução não é aconselhável (ver slide seguinte).
55

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REDES DE FLUIDOS

Esta prática não é aconselhável.


56

56

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REDES DE FLUIDOS

Leis da semelhança e associação de bombas


• Exercício Prático – 6.13
− Uma bomba centrifuga apresenta as seguintes equações de
características de altura manométrica e rendimento global:
• $,• 30 − 300 2 e 10 − 40 2 quando tem uma
rotação de 1.450 rpm.
− Determinar:
a) Eq. Característica da Hman e ηg da bomba quando a rotação muda
para 2.900 rpm.

57

57

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Leis da semelhança e associação de bombas


• Exercício Prático – 6.13

.799
• A A A.F 9 2 A e A 4 A
N

• 1 30 − 300 A onde: A

• 4 A 4 6 30 − 300 120 − 300

• 10 − 40 5 − 10

58

58

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REDES DE FLUIDOS

Problema 6.14
• Selecione uma bomba para as seguintes a) Calcule a potência absorvida ao
condições de serviço: veio da bomba, considerando
η=68%.
− Q = 25 l/s (90 m3/h) b) Calcule a máxima altura de
− H = 80 m; Δhasp = 1,5 m aspiração admissível para tanques
abertos.
− Produto: c) Calcule a máxima altura de
• Ácido sulfúrico com uma aspiração admissível para tanques
fechados inferiores à bomba,
concentração de 60 %; submetidos a uma pressão
• Pv = 9705 Pa. relativa de 0,5 bar.

− Massa específica: ρ = 1,5 kg/dm3. d) Calcule a altura mínima necessária


em tanques fechados submetidos
− Temperatura: T = 20º C à pressão absoluta de vapor da
− Viscosidade cinemática: mistura.
ν = 3,8×10-6 m2/s e) Determine do diâmetro do
impulsor.
59

59

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REDES DE FLUIDOS

H (m)

60
Q (l/s)

60

30
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REDES DE FLUIDOS

H (m)

NPSH (m)

P (kW)

61

61

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.14
Proposta de resolução do problema

a) Potência absorvida ao veio da bomba:

ρ (kg / m 3 ) × Q (m 3 / s ) × g (m / s 2 ) × H ( m) 1,5 × 103 × 9,8 × 2,5 ×10 −3 × 80


P&abs = = = 43,24 kW
η ×1.000 1000 × 0,68

• Na curva da bomba obtém-se uma potência absorvida para o caso da água de 29


kW, para o ácido sulfúrico determina-se:
ρ 1, 5
P&abs = 29 × ácido = 29 = 43, 5 kW
ρ água 1, 0

• O motor elétrico deverá ter a potência a instalar majorada em 10%, o motor deverá
ter uma potência superior a 47,6 kW.

• Por consulta a um catálogo de motores seleciona-se um motor com uma potência


nominal de 55 kW, com 2 polos, tipo IP 54, modelo B3. 62

62

31
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

63

63

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

b) A altura máxima de aspiração admissível para tanques abertos:


• ρ = 1500 kg/m3
• Patm = Pb = 105 N/m2
• Pv = 0,0038 bar = 0,0038 × 105 N/m2 (60% de ácido sulfúrico a 20º C)
• ∆hasp = 1,5 m (10 m de tubo de aspiração DN 150 com válvulas)
• Va – desprezável
• NPSHreq = 3,3 m (retirado do gráfico incluindo 0,5 m de margem de
segurança)
pa + pb − pv
H geo, asp ≤ − ∆hasp − NPSH req
ρ×g
0 + 10 5 − 0 , 0038 × 10 5
H geo, asp ≤ − 1, 5 − 3, 3
1500 × 9, 81
H geo, asp ≤ 1, 97 m
64

64

32
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

c) A altura máxima de aspiração admissível para tanques fechados inferiores à


bomba:
• ρ = 1500 kg/m3
• Pa + Pb = 1,5 bar = 1,5 × 105 N/m2
• Pv = 0,0038 bar = 0,0038 × 105 N/m2 (60% de ácido sulfúrico a 20º C)
• ∆hasp = 1,5 m (10 m de tubo de aspiração DN 150 com válvulas)
• Va – desprezável
• NPSHreq = 3,3 m (retirado do gráfico incluindo 0,5 m de margem de
segurança)
pa + pb − pv
H geo,asp ≤ − ∆hasp − NPSH req
ρ×g
1,5 × 10 5 − 0,0038 × 10 5
H geo,asp ≤ − 1,5 − 3,3
1500 × 9,81
H geo,asp ≤ 5,37 m
65

65

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

d) Cálculo da altura mínima necessária em tanques fechados submetidos à pressão


de vapor da mistura:
• ρ = 1500 kg/m3
• Pa + Pb = 1,5 bar = 1,5 × 105 N/m2
• Pv = 0,0038 bar = 0,0038 × 105 N/m2 (60% de ácido sulfúrico a 20º C)
• ∆hasp = 1,5 m (10 m de tubo de aspiração DN 150 com válvulas)
• Va – desprezável
• NPSHreq = 3,3 m (retirado do gráfico incluindo 0,5 m de margem de
segurança)
0 , 0038 × 10 5 − 0 , 0038 × 10 5
H geo , asp ≤ − 1, 5 − 3, 3
1500 × 9, 81
H geo , asp ≤ −4 , 8 m

• Significa que a superfície do líquido tem que estar 4,8 m acima do eixo da bomba
para não ocorrer cavitação
66

66

33
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

e) Determinação do diâmetro do impulsor:


• Para a determinação do diâmetro do impulsor utiliza-se a expressão do
manual da Sulzer

67

67

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

N⁄
′ 6 260 250,2 $$
B
N⁄
89
′ 6 260 250,5 $$
8:,
Atribui-se um diâmetro de 250 mm

68

68

34
23/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

69

35
23/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bombas (7)

Aula 17

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

BOMBAS

Tipo de Bomba mais adequado


Velocidade específica e Diagrama de
Cordier

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDO

Velocidade específica e geometria das turbomáquinas


Para uma dada bomba, com uma dado fluido e para .

η N

Qη Q
η = ηmax para Qη, Hη e Pη (valores nominais para N considerado) 4

2
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica
• (X)ηmax caracterizam numericamente uma dada geometria (do
ponto de vista do funcionamento), nomeadamente:

 Q   gH 
φη =  3  e ψη =  2 2 
 ND η max  N D η max
12
 φη   N Q 
Ω =  32 = 34
ψ η   ( gH ) η max
Ω - Velocidade Específica 5

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica - Ω
• Mesma família tem idêntica:
12
 φη   N Q 
Ω =  32 = 3 4 
ψ η   ( gH )  η max

• Máquinas com a mesma Ω têm aproximadamente mesma


geometria.

3
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica e geometria das


turbomáquinas

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica
e geometria de
bombas

4
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade específica e geometria de turbinas


hidráulicas

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Velocidade
específica e
geometria
de turbinas
hidráulicas

Rotores 8) a 12) – Bombas hidráulicas


10
Rotores 13) a 19) – Ventiladores
10

5
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diâmetro específico
• (X)ηmax caracterizam numericamente uma dada geometria (do
ponto de vista do funcionamento), nomeadamente:

 Q   gH 
φη =  3 
e ψη =  2 2 
 ND η max  N D η max
12
ψ η1 2   D (gH )1 4 
∆=  = 
φ
 η   Q η max
∆ - Diâmetro Específico
11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diâmetro específico - ∆

• Mesma família tem idêntico


12
ψ η1 2   D (gH )1 4 
∆=  = 
 φη   Q η max

• Máquinas com o mesmo ∆ têm aproximadamente mesma


geometria.

12

12

6
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diagrama de Cordier
• Permite relacionar de forma
estatística velocidade específica
com o diâmetro específico.

12
φ   N Q 
Ω =  3η 2  = 34
ψ η   ( gH ) η max
com
12
ψ 1 2   D( gH )1 4 
∆= η  = 
 φη   Q η max

13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diagrama de Cordier
Tecnologias de
escoamentos de Fluidos:
compressores; ventiladores
e bombas.
Velocidade especifica (Ω=Ns)

Diâmetro especifico (Δ=Ds)


14
Diagrama Cordier para a seleção da máquina de fluxo

14

7
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.15 2 rotores


• Q = 14,5 m3/s
• H = 180 m
• N = 333 rpm
• Tipo de bomba?
• Diâmetro do rotor?

• Resposta

Voluta

2π 2 rotores = total do caudal da bomba

 N Q  333 14,5 2
Ω= = 60 = 0,58
34
 (gH ) η max (9,8 × 180 2 )3 4 1 voluta + 2 rotores = bomba em serie = total da
perda de carga cada rotor tem Hmax 15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diagrama de Cordier
Ω = 0,58

∆ = 4,7

0,58
 ∆ Q 
D= 14
= 2319mm
 ( gH ) η max

D corresponde na figura: 2400 mm 4,7

16

16

8
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diagrama de Cordier

Tecnologias de
escoamentos de Fluidos:
compressores; ventiladores
e bombas.
Velocidade especifica (Ω=Ns)

0,58

4,7
Diâmetro especifico (Δ=Ds) 17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Influência da viscosidade

18

18

9
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Influência da viscosidade
• As propriedades do fluido
(densidade, viscosidade, atividade
química, presença de partículas
sólidas no fluido bombeado, etc.)
desempenham um importante papel
na seleção do tipo de bomba a ser
utilizada para uma aplicação
específica.
• No entanto, o aumento da
viscosidade do fluido diminui a
energia de carga (H) e a eficiência (η)
desenvolvidas pela bomba,
acompanhado por um aumento de
potência hidráulica (P) e,
consequentemente, aumento no Efeito da viscosidade no desempenho de uma bomba centrífuga
19
consumo de energia da bomba. em velocidade constante.

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Influência da viscosidade
• Para fluidos aquosos (fluidos com • Para ν > 100 cSt, a redução da carga
aproximadamente a mesma e a perda de eficiência são
densidade e viscosidade da água), o consideráveis.
desempenho da bomba é quase o
mesmo citado pelo fabricante. • Estas bombas têm rotor com grandes
• O desempenho da bomba centrifuga diâmetros e funcionam a velocidades
não se altera para fluidos com altas para aumentar o número de
viscosidade cinemática ν < 20 cSt. Reynolds e, consequentemente,
diminuir o efeito relativo das forças
• Este desempenho pode mudar viscosas.
consideravelmente ao manusear
líquidos que não sejam água. • Para determinar as características da
• No entanto, o desempenho das bomba para o escoamento de
bombas volumétricas é menos líquidos viscosos, são utilizados
afetado pela viscosidade do fluido fatores de correção para obter as
em comparação com as bombas curvas de altura manométrica,
dinâmicas. eficiência e potência. 20

20

10
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Influência da viscosidade
• Pode-se observar que diminuindo a
viscosidade e para o mesmo
coeficiente de caudal (φ), o coeficiente
de carga da bomba aumenta (ψ), e a
eficiência aumenta (η), pois a potência
absorvida (e binário) diminui.
• O melhor ponto de eficiência (BEP)
muda para caudais mais elevados à
medida que a viscosidade do fluido
diminui e a eficiência ( )
correspondente aumenta.
• Conceitos importantes para a operação
da bomba dentro da região de
cobertura hidráulica baseados no
caudal relativo q*: Curvas de desempenho da bomba - coeficiente de carga ( ) e
eficiência ( ) vs. coeficiente de fluxo ( )

21

21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Influência da viscosidade
• ,

• Nota: , onde N é a velocidade de


rotação em [rad/s], cuja dimensão
característica D é o diâmetro do rotor.

22

22

11
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Influência do Nº de Reynolds (Re)


• Será possível fazer coincidir as curvas fazendo variar a escala ?
+, 1234
+, - * +. ? →0 → 5ã7 *897:35 ;3 35<8=8
+. 1234
e tomando,
"/$
→! → +. 1
%& '/(
1
* ! , 3> ?3: 23
+K
FE 1
AJ ! , 3> ?3: A Re
GH IH +E
23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Funções fH(Re) e fη(Re)

10M 10N
24

24

12
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%

• Determinar o caudal, rendimento e altura de elevação de:


a) Petróleo bruto (ν = 8×10-6 m2/s)?
b) Fuel (ν = 200×10-6 m2/s)?

Resposta:
ND 2 151,8 × 0,32
Reag = = = 1,4 × 107
ν ag 10−6

f H (Re ag ) = fη (Re ag ) = 1
25

25

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 8×
a) Caudal, rendimento e altura de elevação de petróleo bruto (ν ×10-6 m2/s)?

0,98

Resposta:

ND 2 151,8 × 0,32
Re p = = = 1,7 × 106
νp 8 × 10 −6

f H (Re p ) = 1
fη (Re p ) = 0,98 1,7x106

26

26

13
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 8×
a) Caudal, rendimento e altura de elevação de petróleo bruto (ν ×10-6 m2/s)?

= f H (Reag )F (ωag )
gH ag
Resposta: N 2D2

= f H (Re p )F (ω p )
ND 2 gH p
Re p = = 1,7 × 106
νp N 2 D2
se ωp = ωag então F(ωp) = F(ωag) e
f H (Re p ) = 1 f H (Re p )
H p = H ag = 46m
f H (Re ag )
27

27

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 8×
a) Caudal, rendimento e altura de elevação de petróleo bruto (ν ×10-6 m2/s)?

ηag = fη ( Reag ) f (ωag )


Resposta:

η p = f H (Re p ) f (ω p )
ND 2
Re p = = 1,7 × 10 6
νp
se ωp = ωag então f(ωp) = f(ωag) e
fη (Re ag ) = 0,98 fη ( Re p )
η p = η ag = 0,88 × 0 ,98 = 0 ,8624
fη ( Reag )
28

28

14
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 8×
a) Caudal, rendimento e altura de elevação de petróleo bruto (ν ×10-6 m2/s)?

Resposta: N Qp N Qag
se ωp = ωag então =
(gH )
p
34
(gH )ag
34

Hp
Q p = Qag = 0,07 m 3 s
H ag

29

29

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 200×
b) Caudal, rendimento e altura de elevação de fuel (ν ×10-6 m2/s)?

0,95

Resposta: 0,74

ND 2
Re f = = 6,8 × 10 4
νf
f H (Re f ) = 0,95

fη (Re f ) = 0,74 6,8x104

30

30

15
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 200×
b) Caudal, rendimento e altura de elevação de fuel (ν ×10-6 m2/s)?

= f H (Re ag )F (ω ag )
gH ag
Resposta: N 2D2

= f H (Re f )F (ω f )
ND 2 gH f
Re f = = 6,8 × 10 4
νf N 2D2
se ωf = ωag então F(ωf) = F(ωag) e
f H (Re p ) = 0,95 f H ( Re f ) = 46 × 0,95 = 43,7m
H f = H ag
f H ( Reag )
31

31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 200×
b) Caudal, rendimento e altura de elevação de fuel (ν ×10-6 m2/s)?

η = fη (Re ag ) f (ωag )
Resposta:

η f = f H (Re f ) f (ω f )
ND 2
Re f = = 6,8 × 10 4
νf
se ωf = ωag então f(ωf) = f(ωag) e
fη (Re f ) = 0,74 fη ( Re f ) = 0,88 × 0,74 = 0,65
η f = η ag
fη ( Reag )
32

32

16
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• Bomba centrífuga: D = 0,3 m; N = 1450 rpm, com água (ν = 10-6 m2/s):
Q = 0,07 m3/s; H = 46 m; η = 88%
ν = 200×
b) Caudal, rendimento e altura de elevação de fuel (ν ×10-6 m2/s)?

Resposta: N Qf N Qag
se ωf = ωag então =
(gH )
f
34
(gH )
ag
34

Hf 43,7
Q f = Qag = 0,07 = 0,065 m 3 s
H ag 46

33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Bombagem de Líquidos Viscosos

34

34

17
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bombagem de Líquidos Viscosos


Alteração das curvas das bombas
• Quando bomba centrífuga estiver a
ser considerada para bombear um
líquido viscoso, a curva de
desempenho da bomba deve ser
ajustada para o efeito da
viscosidade.
• A bombagem de um líquido viscoso
causa alguma redução tanto na
altura manométrica quanto na
capacidade e geralmente uma
redução significativa na eficiência.
• Estas tendências gerais são
ilustradas na figura.
35
Legenda: –- Água; - - - Fluido viscoso.

35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

PROPERTIES OF WATER
Temperature Density ρ Viscosity µ Kinematic Surface Vapor Bulk
3 2
°C kg/m (N.s/m ) Viscosity v tension σ pressure, modulus B,
2
m /s N/m kPa Pa

-3 -6 7
0 999.9 1.792X10 1.792X10 0.0762 0.588 204X10

5 1000.0 1.519 1.519 0.0754 0.882 206

10 999.7 1.308 1.308 0.0748 1.176 211

15 999.1 1.140 1.141 0.0741 1.666 214

20 998.2 1.005 1.007 0.0736 2.45 220

30 995.7 9.801 0.804 0.0718 4.30 223

40 992.2 0.656 0.661 0.0701 7.40 227

50 998.1 0.549 0.556 0.0682 12.22 230

60 983.2 0.469 0.477 0.0668 19.60 228

70 977.8 0.406 0.415 0.0650 30.70 225

80 971.8 0.357 0.367 0.0630 46.40 221

90 965.3 0.317 0.328 0.0612 68.20 216


-3 -6 7
100 958.4 0.284X10 0.296X10 0.0594 97.50 207X10 36

36

18
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bombagem de Líquidos Viscosos


Alteração das curvas das bombas
• Numa bomba centrífuga com uma
velocidade específica Ns
compreendida entre 6 e 45 l/min,
as condições de funcionamento,
caudal Q, altura de elevação H e
eficiência η diminuem com o
aumento da viscosidade do líquido
bombeado e ao mesmo tempo a
potência absorvida aumenta.

• Os gráficos podem ser usados para


corrigir o desempenho da bomba
ao manusear um líquido viscoso.
37
Legenda: Z - Fluido viscoso; W - Água

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

38

38

19
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.6
Determinação da bomba apropriada para Bombeamento de Líquidos Viscosos.
• Selecione a bomba apropriada com uma velocidade de 1450 rpm para a
bombagem de óleo mineral com as seguintes condições de operação:
− Qz = 31 l/s
− Hz = 20 m
• O óleo mineral, com as seguintes características:
ν = 500×10-6 m2/s
ρ = 897 kg/m3

39

39

LICENCIATURA
0,78 EM ENGENHARIA MECÂNICA

REDES DE FLUIDOS
0,83

0,49

40
31

40

20
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.6


• Com base na velocidade específica, das condições de operação da bomba e
na viscosidade do fluido determinam-se os coeficientes de conversão de
caudais, assim a bomba deverá possuir as seguintes condições de
funcionamento:
− fQ,z = 0,78  Qw = Qz/fQ,z = 39,7 l/s (Qz = 31 l/s)
− fH,z = 0,83  Hw = Hz/fH,z = 24,1 m (Hz = 20 m)

41

41

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ρ . g . H z .Qz
W& z = z
η z .1000

42
Nota importante: Se Hz > Hw toma-se Hz = Hw

42

21
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

43

43

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.7
• Bombeamento de Líquidos
Viscosos - Alteração da curva
característica da bomba.
• Com base na curva característica
da bomba representada na figura,
construa a curva apropriada.
• Para funcionar com óleo mineral,
com as seguintes características:
ν = 500×10-6 m2/s
ρ = 897 kg/m3
N = 1450 rpm

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

BOMBAS

Exercícios Práticos

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46

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REDES DE FLUIDOS

Problema nº 6.14
Dimensionar o diâmetro de tubagem de aspiração de uma bomba com um
OP&:3 1,9 >, conforme está representado na figura.
Dados conhecidos do sistemas:
• Caudal: 540 =/min
• Comprimentos: W1 1,95 >; W2 2,3 >
• Desnível geométrico: &% 2,6 >
• Flange de entrada da bomba 65 >>
• Propriedades da gasolina:
− Densidade: 0,78
_
− Viscosidade: ν 6 _ 10 6 >2/5 (6 cSt)
− Pressão de vapor a 25º C: Oa 35,2 +O8
• NPSHreq pela bomba: 1,9 >
47

47

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.14


• Determinação do diâmetro do tubo
− Arbitrar Va=1,0m/s Ø de 4” Schd 40 Dint=0,1022 m
Va=1,096m/s
• Cálculo do comprimento equivalente
− Comprimento equivalente:
 Redução DN 100 × DN 65 2,1 m
 3 curvas (DN 100) 6,0 m
 Válvula de pé e filtro (DN 100) 11,0 m
 Comprimento do tubo de aspiração 61,8 m
 Comprimento equivalente total ∑80,9 m
48

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.14


• Fator de atrito
cI ",efM_e,"e$$
− Número de Reynolds: 23 18.600
d M_"egh

Regime turbulento
− Diagrama de Moody:
− Re= 18.600
i
0,00042
f = 0,027
− ε=0,046mm εr =
I

49

49

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REDES DE FLUIDOS

f=0,027

0,00042

18 600
50

50

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.14


• Cálculo da perda de carga distribuída (Equação de Darcy)

jk * $
0,027 1,096$
_ 0,0166 >/>
W 2% 2 0,1022 _ 9,81

• Perda de carga distribuída: j* 0,0166 _ 80,9 1,31 >

51

51

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.14


• Cálculo do NPSH
− Pressão atmosférica normal: 103,3 kPa
Pressão atmosférica em metros de coluna de líquido:

Pa 103,3
= = 13,2 m
γ 7,8

 Por segurança para prevenir as variações de pressão atmosférica,


coeficiente de segurança 0,9, ou seja, 11,88 m.
− Desnível geométrico: 2,6 m
− Pressão de vapor: 35,2 kPa (25ºC)
O valor da pressão o Pv: Pv 35,2
= = 4,54 m
γ 7,8 52

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.14


• Cálculo do NPSH
− NPSHdisp = Pressão atmosférica – pressão vapor –
altura geométrica – perda de carga

− OP&mnop q
s t
s ∆v s ∆jwop
r.F r.F

− NPSHdisp = 11,88 m - 4,54 m - 2,6 m - 1,31 m = 3,4 m


> NPSHreq = 1,9 m
− NPSHdisp ≥ NPSHreq portanto o diâmetro satisfaz, atendendo à folga
poderia verificar-se o diâmetro de 75 mm

53

53

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REDES DE FLUIDOS

Problema Nº 6.9

• Calcular a potência da bomba de água para enviar um caudal de 20


m3/h, para um reservatório elevado através de uma tubagem com as
dimensões indicadas na figura.
• Diâmetro da tubagem:
− Aspiração 3” (interior 76,2mm);
− Compressão 2 ½” (interior 63,5mm)

54

54

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REDES DE FLUIDOS

fasp=0,054 ηbomba= 65%


fcomp=0,0565 ηME = 85%

20 m horizontal
25 m

5 m horizontal

3m

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55

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REDES DE FLUIDOS

Resolução
Cálculo da velocidade: Q = VA  vasp=1,22 m/s e vcomp=1,75 m/s
• Altura manométrica da aspiração:
− Comprimento total tubo de aspiração: 8,0 m
− Comprimento equivalente curva 3”: 2,5 m
− Idem Válvula de pé e filtro: 20,0 m
− Comprimento equivalente: 30,5 m

L V2 30,5 × 1,22 2
∆h = f = 0,054 × = 1,64 m
D 2g 0,0762 × 2 × 9,8
56

56

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REDES DE FLUIDOS

• Altura manométrica total na aspiração


− Perda de carga na aspiração (Darcy): 1,64 m
− Altura de aspiração: 3,00 m
− Altura manométrica total na aspiração: 4,64 m
• Altura manométrica da compressão:
− Comprimento compressão: 45,0 m
− Comprimento equivalente válvula retenção: 5,2 m
− Idem válvula de cunha: 0,4 m
− Idem curvas 3 und: 6,0 m
− Comprimento equivalente total: 56,6 m

L V2 56 ,6 × 1,75 2
∆h = f = 0,0565 × = 7,87m
D 2g 0,0635 × 2 × 9,8 57

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REDES DE FLUIDOS

• Altura manométrica na compressão


− Perda de carga na compressão (Darcy) 7,87 m
− Altura vertical 25,00 m
− Altura manométrica total na compressão : 32,87 m
• Altura manométrica total (aspiração + compressão)
Hm = 32,87 + 4,64 = 37,51 m
• Rendimento da bomba η=0,65

y_ x _& 1 _ 20 _ 37,5
Ox 3,1 +z
367 _ 367 _ 0,65

{
• Rendimento da M.E. η=0,85 e fator de segurança 10%

•,€_€,€•
|}~ ~„,•€ …†
•,‚ƒ
58

58

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REDES DE FLUIDOS

Problema nº 6.10
Considerando que no sistema representado
na figura, o escoamento realiza-se em
regime turbulento calcular: Hmax = 90 m
a) Caudal volúmico. Z2 = Hmax

b) Potência da bomba ( ‡ 70 %)
DN 200

Hb = 40 m

Hmin = 60 m
Z1 = Hmin
59
Tanque aberto
59

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REDES DE FLUIDOS

Problema nº 6.10
• Tubagem de aço macio;
• Comprimento total 400 m;
• Fluido – água a 20º C;
• Coeficientes de perda de carga localizada:
 Válvula de isolamento kvi = 0,5
 Válvula de retenção kvr = 1,5
 Válvula de pé com ralo kpr = 2,5
 Curvas a 90º kc = 0,5
 Descarga no reservatório ks = 1,0

60

60

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.10


a) Determinação do caudal volúmico

• Equação da energia, considerando a existência de bombas:


‹ŒH pŒ ‹HH pH
&‰ Š Š Š v" Š Š v$ Š jŽ
$F • $F •

‹HH •‹ŒH pH •pŒ


&‰ Š v$ s v" Š Š jŽ
$F •

‹HH •‹ŒH pH •pŒ


Como, 0 e 0
$F •

• Considerando que &% v2 – v1 a expressão simplifica-se para:


W $
&‰ &F Š ‘ + Š *
2%
61

61

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.10


• Coeficientes de perda de carga localizada:

Σ+ 2,5 Š 7 _ 0,5 Š 1,5 Š 2 _ 0,5 Š 1,0 9,5 >

• Admitir regime turbulento:


− Rugosidade absoluta: ε = 0,15 mm Diagrama de Moody
− Rugosidade relativa: ε r= ε /D ≈ 0,0008 f = 0,02
• Cálculo da velocidade:
400 $ 10 _ 2 _ 9,81
40 30 Š 9,5 Š 0,02 _ ⇒ – 2,0 >⁄5
0,2 2% 400
9,5 Š 0,02 _
0,2
“ _ 0,2$
Caudal volúmico é determinado por: _P 2,0 _
4

62,8 _ 10•' >' ⁄5 ( 62,8 l/s ) 62

62

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.10


b) Cálculo da potência absorvida ao veio da bomba:

Q ( l / s) × H b ( m ) 62, 8 × 40
P&abs = = = 35 , 2 kW
102 × η 102 × 0 ,7

63

63

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

64

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23/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

Bombas (8)

Aula 18

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
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REDES DE FLUIDOS

Sistemas de Bombagem

Diagrama das piezométricas

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REDES DE FLUIDOS

Diagrama das piezométricas


• No caso dos “pipelines” destinados a vencer grandes
distâncias existe um tipo de diagrama muito útil, vulgarmente
utilizado no estudo de problemas hidráulicos, que é o
diagrama das alturas piezométricas.
• Este processo é extremamente simples estabelecer:
− Para a pressão real existente ao longo da conduta.
− Os pontos que ficarão sujeitos às maiores solicitações.
− Determinam-se os “pontos de controlo” cuja altitude e
localização na linha determinam as pressões de operação
mínimas necessárias para as diferentes condições do
4
trabalho.
4

2
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REDES DE FLUIDOS

• Representa-se em:
‒ Ordenadas a posição da conduta (em geral o infradorso)
e a altura piezométrica do fluido calculado a partir das
perdas de carga.
‒ Abcissas as distâncias ao longo da conduta.
Perfil longitudinal das condutas

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REDES DE FLUIDOS

Diagrama das piezométricas


• As elevações do “pipeline” são • A cada conjunto de condições
também representadas em de funcionamento da conduta
ordenadas usando a mesma (bombagem ou gravítico)
escala para a pressão do fluido corresponderá um conjunto de
(mca). linhas piezométricas.
• Deste modo é extremamente • A inclinação das linhas
simples estabelecer a pressão piezométricas traduzem a
real existente ao longo do perda de pressão por unidade
“pipeline” e assim poder de comprimento do tubo para
determinar-se os “control points” o caudal e fluido considerado.
cuja altitude e localização na • Estas linhas são ainda úteis
linha determinam as pressões de para o estudo de localização
operação mínimas necessárias às das estações de bombagem de
diferentes condições do trabalho. linha para as diferentes fases a
considerar na operação.
6

3
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REDES DE FLUIDOS

Diagrama das piezométricas


• Exemplo de um
programa de cálculo
de pipelines:

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REDES DE FLUIDOS

Diagrama das piezométricas


• Esta representação é muito útil para o estudo de:
1. Localização das estações 5. Posição dos dispositivos de
alimentadoras da linha proteção das condutas;
“booster” para as diferentes
6. Pressões nominais por troços de
fases a considerar na operação;
tubos;
2. Colocação das ventosas;
7. Verificação se não existem
3. Locais para estabelecimento das pontos para onde poderá
descargas de fundo; ocorrer a quebra da veia líquida
por vaporização.
4. Introdução de válvulas de
seccionamento de troços, para
auxiliar a manutenção;

4
23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Diagrama das piezométricas


• Quebra da veia líquida por vaporização do líquido na tubagem

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REDES DE FLUIDOS

Diagrama das piezométricas


• Condições mínimas de • Quando a linha piezométrica é inferior
funcionamento: à linha da tubagem nessa região a
conduta funciona em vácuo.
 Primeira condição : A linha
piezométrica em funcionamento • Em regime transitório não é admissível
estacionário não deverá a ocorrência de vaporização nos pontos
intersectar a linha do perfil da de inflexão do perfil da conduta.
tubagem; • Uma vez que aí poderá ocorrer a rutura
da veia líquida com subsequente
 Segunda condição: Evitar a geração de elevadas pressões quando
vaporização do líquido em regime as colunas líquidas se voltarem a reunir.
transitório (p > pv). • Haverá tendência para a introdução na
Esta situação produz-se sempre tubagem dos materiais circundantes,
que a pressão iguala ou é inferior com conspurcação do líquido
a pressão de vapor. transportado.
• No caso de condutas que transportem
água potável tal prática não 10é
admissível.

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de bombas centrífugas, rotativas


e alternativas

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23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


• A tubagem de aspiração deverá ser projetada de acordo com os
princípios fundamentais:
 Velocidades de aspiração limitadas.
DN 25 40 65 100 150 200 300 500
V (m/s) 1,1 1,2 1,4 1,6 1,7 1,9 2,0 2,3

Q (l/s) 0,54 1,5 4,6 12,6

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13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


• Linha de aspiração da
bomba
 Disposição de forma a evitar a
formação de bolsas de ar.
O cone de redução de diâmetro
excêntrico, deverá ser colocado
com excentricidade para baixo,
para evitar introdução de bolhas
de ar na aspiração, que reduzem
a secção de escoamento e
podem ocasionar cavitação na
bomba.

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23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


• Linha de aspiração da bomba
 Se a bomba se destina a
funcionar em aspiração (na
vertical):
‒ Deverá ser previsto na tubagem
de aspiração uma válvula de pé
ou de retenção eventualmente
com ralo para a retenção do
fluido na tubagem, durante a
interrupção do funcionamento;
‒ E neste caso deverá prever-se
um dispositivo de alívio de
pressões.
15

15

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REDES DE FLUIDOS

• Linha de aspiração da bomba


‒ O desenvolvimento da tubagem de aspiração
deverá ser sempre ascendente em direção à boca
de aspiração da bomba.

Depósito
sob
vácuo

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


• Linha de aspiração da
bomba
– Deverá ser previsto na tubagem
de aspiração uma válvula de
isolamento por bomba, para
seccionar o seu circuito e colocá-
lo fora de serviço.
– Nunca deverá ser instalado um
pescoço de cavalo na aspiração.

17

17

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


• Linha de compressão da bomba

‒ Velocidades máximas recomendadas para a tubagem de compressão


singular.

DN 25 40 65 100 150 200 300 500

V (m/s) 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,9

Q (l/s) 0,7 2,0 6,0 15,7 40 75 185 570

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18

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REDES DE FLUIDOS

 A tubagem de compressão deve incluir:


− Uma peça de transição do diâmetro da boca de compressão da
bomba, para a compressão individual.
− Uma válvula de retenção, para impedir o retorno de líquido.
− Uma válvula de isolamento.
− Nas bombas de grande caudal um medidor de caudal na
compressão comum.

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19

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


• Linha de compressão da bomba
‒ Disposição da tubagem de compressão em bombas de eixo horizontal

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20

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


• Linha de aspiração da bomba
‒ Disposição da tubagem de compressão em bombas de eixo vertical

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21

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Rotativas


• Para as bombas rotativas
aplicam-se os mesmos princípios,
exceto que para as bombas em
aspiração convirá uma elevação
do tubo antes da bomba, para
que esta arranque com o corpo
cheio de líquido ou ferrada.

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22

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Alternativas


• As bombas alternativas podem
atingir grandes pressões, pelo
que para proteger a tubagem e
evitar esforço do motor devem
existir:
− Uma válvula de segurança,
na bomba ou na tubagem de
compressão,
− Um depósito
hidropneumático colocado
na compressão de formar a
atenuar as flutuações de
pressão devidas à cadência
do êmbolo.
23

23

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


• Processos de escorvamento
(ferragem)
‒ Uma bomba centrífuga para
funcionar convenientemente
deverá estar cheia de liquido no
arranque, pois se houver ar no
interior da voluta, a bomba
deixará de ter poder de aspiração
e desferrará.
‒ Para manter o líquido dentro do
corpo da bomba e repô-lo
quando faltar, recorre-se a vários
artifícios, como sejam válvulas de
pé, bombas de vácuo, etc.
24

24

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23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


Bombas em carga

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25

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


Água proveniente da conduta elevatória ou de um tanque auxiliar

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26

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


Depressão gerada por ejetor

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas

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28

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23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas

Tanque A – Alimentação da bomba e


aspiração por depressão 29
Tanque B – Reservatório hidropneumático
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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas

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23/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


Sistemas de segurança contra interrupção de caudal
• Se houver interrupção de caudal • Para a proteção durante uma
com a bomba em funcionamento interrupção acidental:
a energia absorvida pela bomba é − Deverá ser previsto um processo
transformada em calor. automático de desligar a bomba,
• O calor comunicado ao líquido, ao fim de um certo tempo (não
superior a cinco minutos);
tem como consequências acabar
por vaporizá-lo, o que irá afetar − Pois a bomba suporta apenas um
os rolamentos e chumaceiras de tempo de aquecimento não
bomba. superior a cinco minutos.

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


Sistemas de segurança contra interrupção de caudal
• Se a interrupção for frequente dever-se-á instalar uma
tubagem para retorno do líquido, (tubagem de recirculação)
para o reservatório donde a bomba está a aspirar.
• Há duas soluções habituais:
1. Válvula de descarga na compressão,
quando a curva característica da
bomba for suficientemente inclinada

2. Orifício calibrado, permitindo retomar


o caudal mínimo, o que tem a
desvantagem de diminuir o
rendimento, com o inerente 32
incremento da perda de carga.

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


Transmissão de vibrações à tubagem e ao fluido
• As bombas centrífugas vibram mais fora das zonas de máximo rendimento,
enquanto que as alternativas vibram pelo próprio processo de
funcionamento.
• A vibração é inconveniente, quer
para o pessoal quer para o
equipamento ligado à tubagem.
• É recomendável a instalação de
juntas antivibratórias (de
borracha, normalmente) na
tubagem.

33

33

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Centrífugas


Transmissão de vibrações à tubagem e ao fluido
• Na aplicação de juntas antivibratórias de borracha
dever-se-á procurar não aumentar o impulso
hidráulico sobre a bomba.
• Não é conveniente usá-las para alturas
manométricas elevadas.
• As bombas rotativas produzem pouca vibração, a
qual aumenta com a viscosidade do líquido, se
não se reduzir convenientemente a velocidade de
acionamento.

34

34

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Alternativas


Transmissão de vibrações à tubagem e ao fluido
• As bombas alternativas
necessitam de um amortecedor
tipo reservatório com almofada
de gás, para atenuar as
pulsações do fluido.

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35

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Alternativas


Transmissão de vibrações à tubagem e ao fluido

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REDES DE FLUIDOS

Instalação de Bombas Alternativas


Transmissão de vibrações à tubagem e ao fluido

• Bombas centrífugas: a massa do maciço ≥ massa do grupo eletrobomba

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37

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45

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

46

46

23
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Grupo de arrefecimento de uma central nuclear

47

47

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

48

48

24
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

49

49

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

50

50

25
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

51

51

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

52

52

26
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

53

53

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

54

54

27
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

55

55

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

56

56

28
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Bombas (9)

Aula 18

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
57

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

57

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Projetos de Instalação de Bombas

58

58

29
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ESTAÇÂO ELEVATÓRIA
ÁGUAS RESIDUAIS
DE
VILAMOURA

Planta superior 59

59

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUAS RESIDUAIS


DE
VILAMOURA

Piso Inferior 60

60

30
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUAS RESIDUAIS


DE
VILAMOURA

61

61

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUAS RESIDUAIS


DE
VILAMOURA

62

62

31
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA POTÁVEL


FONTE DOS PASSARINHOS

63

63

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

FONTE DOS PASSARINHOS

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA POTÁVEL 64

64

32
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

65
ESTAÇÃO SOBREPRESSORA DE ÁGUA POTÁVEL DE VALE DE LOBO

65

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ESTAÇÃO SOBREPRESSORA DE ÁGUA POTÁVEL DE VALE DE LOBO

66

66

33
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ESTAÇÃO SOBREPRESSORA DE ÁGUA POTÁVEL DE VALE DE LOBO

67

67

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO REVERSÍVEL


DOS
SOCORRIDOS
68

68

34
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

69

ESTAÇÃO DE BOMBEAMENTO REVERSÍVEL DOS SOCORRIDOS


69

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercícios Práticos

70

70

35
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.15
• A bomba que está a bombear água a 10º C para dois reservatórios (sistema
representado na Figura 1) e tem a curva representada Figura 2.

Figura 1
71
Figura 2

71

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.15
• O caudal total é de 180 l/s. O sistema é formado pelos reservatórios R1 e R2, cujas
cotas do nível de água são respetivamente 135 m e 150 m, sendo o nível de água no
reservatório de aspiração de 100 m.
• As condutas são de FFD (ferro fundido dúctil) com uma rugosidade absoluta de 0,26
mm, diâmetros nominais de respetivamente DN1= 200mm, DN2 =350 mm e DN3 =
450 mm, com comprimentos L1 = 1200 m, L2 = 800 m e L3 = 1500 m, os coeficientes
de perdas de carga devidos a todas as singularidades são de k1 = 6,0; k2 = 4,0 e k3 =
6,0.
• Desprezando as perdas de carga na aspiração determine:
a) O caudal afluente a cada um dos reservatórios.
b) A altura manométrica de funcionamento da bomba.
c) Selecione no gráfico do fabricante, o diâmetro do impulsor adequado.
d) Confirme por meio de cálculo a potência necessária para o motor elétrico,
obtida nas curvas do fabricante.
e) A altura máxima admissível entre o nível de água no reservatório de aspiração e
o eixo da bomba. 72

72

36
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.15


a) A maneira mais simples de resolver este problema consiste em arbitrar uma cota
piezométrica no ponto de união das três condutas e determinar os caudais
afluentes aos reservatórios R1 e R2 para estas condições a partir das equações:
19,62 ∆

2

4 Hidráulico rugoso
(⁄
• Constrói-se a tabela: ε= 0,26 mm
Cota piezométrica
atribuída
H0 R cota R ∆h L (m) D (mm) ε/D f K v (m/s) Q (l/s)
1 135 25 1200 200 0,0013 0,021 6 132 1,93 60,6
160
2 150 10 800 350 7,43E-04 0,018 4 45 2,08 200,6
Σ= 261,1
1 135 19 1200 200 0,0013 0,021 6 132 1,68 52,8
154
2 150 4 800 350 7,43E-04 0,018 4 45 1,32 126,9
Σ= 179,7
• Com a cota piezométrica de 154 m, na junção, o caudal é muito próximo de
180 l/s pelo que se considera a distribuição de 127 l/s e 53 l/s aceitável. 73

73

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.15


b) Determinação da altura manométrica de funcionamento da bomba
Vi 2 fi × Li
H man = H geo + ∆h = H geo +  ( + Ki )
2g d
• Constrói-se a tabela:
Conduta Q (l/s) D (mm) L (m) V Re ε/D f K Δh (m)
1 52 200 1200 1,66 2,53E+05 0,0013 0,0225 6 141 19,71
3 180 450 1500 1,13 3,90E+05 0,0006 0,0185 6 68 4,42
Dh = 24,13
HG = 35
HM = 59,13
2 128 350 800 1,33 3,56E+05 7,43E-04 0,019 6 49 4,46
3 180 450 1500 1,13 3,90E+05 0,0006 0,0185 6 68 4,42
Dh = 8,89
HG = 50
HM = 58,89

• Nos cálculos agora efetuados em que se introduziu o número de Reynolds


para a determinação do fator de atrito teve de se introduzir uma ligeira
alteração à distribuição de caudais, resultando um caudal de ≅ 52 l/s e ≅ 128
l/s afluentes aos reservatórios 1 e 2 respetivamente. 74

• A altura manométrica de funcionamento é da ordem de 59,0 m.


74

37
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.15


c) Seleção do impulsor mais adequado
• O impulsor que garante as condições
de funcionamento pretendidas para
a instalação é o de 478 mm, mas que
teria de ser retificado para o ponto
ou a bomba teria de rodar a uma
bomba ligeiramente inferior à
nominal.
• Contudo se fosse escolhido o
impulsor de 438 mm a penalização
em caudal seria diminuta pelo que
também poderia ser aplicado, e se
fosse selecionado um motor com
uma potência generosa o aumento
da velocidade do conjunto poderia
75
compensar a perda.

75

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.15


d) Confirmação da potência

• No gráfico retiram-se os valores de ≅ 130 kW para a potência e de η = 77 %


para o rendimento.

• Considerando o impulsor de 438 mm, a altura de funcionamento da bomba


para o caudal de 180 l/s é da ordem dos 57 m, a potência é de:

180 57
! 130,6 (
102 0,55

• O resultado obtido é aceitável.

76

76

38
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.15


e) Altura máxima de aspiração

• Para a determinação do NPSH requerido considera-se um fator de segurança


de 0,5 m, conforme recomendado pelos fabricantes das bombas:

NPSHreq = NPSHB + 0,5 m = 2,5 + 0,5 = 3,0 m

• Como o líquido é água à temperatura de 10º C e como o tanque de aspiração


é aberto utiliza-se a formula simplificada:

Hasp = 10,0 – 3,0 = 7,0 m

• Como é evidente esta altura seria ligeiramente inferior uma vez que teríamos
de considerar as perdas de carga na aspiração.

77

77

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16
• A refrigeração do condensador de uma unidade de arrefecimento de água (chiller) é
assegurada por um circuito fechado (Bombeamento em circuito fechado) em que
circula água, conforme representado na Figura 1.
• A tubagem é de aço carbono st 37.2 DN 100, DIN 2458, parede corrente (standard),
o circuito é complementado por uma bomba de recirculação de água, com um
rendimento de 72% e um permutador de placas com um regime de funcionamento
30/20º C no lado do circuito de recirculação.
• O caudal que circula neste circuito é medido com recurso a um caudalímetro do tipo
diafragma, com a equação de descarga abaixo apresentada, em que a razão efetiva
de diâmetros é de [D1/D2 = 2] e o coeficiente de descarga Cd = 0,7. A pressão
diferencial medida no diafragma é de 30 kPa.
• As perdas de carga no condensador e no permutador são determinadas com base na
expressão Δh = 15 × 103 × Q2 [mca] e Q em m3/s.

78

78

39
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16

Figura 1

79

79

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 6.16

2 ∆1
)*+ ⁄,- ./ 0
0
2 31

*2; ( ⁄*3 ; 1 15;

Nestas condições determine:


a) O caudal de água em circulação para arrefecer o condensador da unidade de
arrefecimento de água.
b) A potência absorvida pela bomba de circulação.
c) A pressão na aspiração da bomba.
d) Admitindo que o NPSH da bomba é de 0,3 m, verifique se existe risco de
cavitação da bomba.
e) A potência térmica permutada. 80

80

40
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.16


a) Caudal de recirculação
70 2 2
• A razão efetiva de diâmetros é dos 1/ 2, logo 0
2 7
822 2 24

• 9:; 101,6 ** 9 2,9 **; <=; 101,6 – 2 2,9 ** ⟹


<=; 95,8 **, e 25⁰. 997,1 ( /*3 , substituído os valores na
equação:
2 ∆1
./ 0
0
2 31

0,0958 2 30 10+
0,7 0,01 *+ /,
4 997,1 2@ 3 1
81

81

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.16


b) Potência da bomba
• Perda de carga no condensador:
∆ AB=C = 15 103 Q2 15 103 80,01 2 1,5 *

• Perda de carga no permutador:


∆ D9E* ∆ AB=C 1,5 *

• Perda de carga nos acessórios:


− Coeficientes de perda de carga nos acessórios:
 Válvula de retenção KVR = 1 × 2,5 = 2,5
 Válvulas de isolamento KVI = 2 × 0,2 = 0,4
 Curvas a 90⁰ K90º = 6 × 0,5 = 3,0
 Total ∑K = 5,9 m
82

82

41
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.16


b) Potência da bomba
• Perda de carga no diafragma:
− Assumindo que a perda de
carga no diafragma é de
40 % da pressão
diferencial: ∆
G,@ +G 0GH
1,23 *
I,J0 IIK,0
• Perda de carga na tubagem:
− Comprimento 2 850
10 120 *;
− Perda de carga unitária
2,5/100 */* (ver ábaco);
3 ∆ ;LM5 9* 120 2,5/
83
100 * 3,0 *;

83

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REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.16


b) Potência da bomba
• Altura diferencial a vencer pela bomba:
• NO 1,5 * 1,5 * 0,58 * 1,23 * 3,0 *
7,81 *;
• Ẇ 997,1 9,81 0,01 7,81 / 0,72 1.061 R
1,1 ( .

84

84

42
23/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução do Problema nº 6.16


c) Pressão de aspiração da bomba
15,D 1S.TUV. 3 1W 1/
SY
1S.TUV. 1 M5E 10X 15; 1W ; 1/
4 4 0,01
1,39 */,
0,0958
2,5 1,392
15,D 105 – 5 9,81 0,2 997,1
100 2
98.585 15 98,585 (15 E9Z
d) Verificação à cavitação à temperatura média D[\Y ] 25G . 3,375 (15,
^1_N <,D 88101,325 98,585 103– 3,375 103 /8997,1 9,81 20 *
^1_N <,D ˃˃ ^1_NaWb
1c 3,375 (15 ≅ 0,03 M5E ≅ 0,34 *
e) Qual a potência térmica permutada
Pf * .D ∆g 0,01 997,1 4,185 10 416,8 (
85

85

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

86

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

86

43
30/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escoamentos com Fluidos Compressíveis

Aula 19

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Perda de carga em fluidos compressíveis


• O escoamento de um gás ou vapor em regime
estacionário pode ser descrito por inúmeras
equações, mas nenhuma é universal.
• O efeito do atrito é difícil de quantificar e é a
principal razão pelas variações nas equações do
escoamento.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação
• A equação geral do escoamento em regime estacionário de um gás num
tubo deriva da equação de Bernoulli;
• A pressão decresce ao longo da conduta na direção do escoamento,
devido à perda de energia (na forma de pressão) para vencer o atrito,
como resultado ocorre um aumento de volume do gás e a sua densidade
decresce;
• Num escoamento estacionário a massa de gás é constante em qualquer
ponto da conduta:

2
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação
• Se a área da secção reta é constante 1 2, pelo que a
equação da continuidade tem o aspeto:

• Como consequência da diminuição da densidade ( ) a


velocidade ( ) de escoamento do gás aumenta e a energia
cinética aumenta;
• Parte da energia total disponível é utilizada para originar
este aumento.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação
• Como a velocidade varia ao longo do tubo, torna-se necessário considerar
um troço de comprimento elementar:

• Na figura temos uma pressão p à distância x da entrada e uma pressão


p+dp a uma distância x+dx;
• A densidade (ρ) e a velocidade de escoamento (V) variam analogamente6
através do elemento dx.
6

3
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação

• Se a alteração de densidade dρ ao longo do elemento for


desprezável (ou seja o elemento de gás tem uma densidade
constante), a equação de Bernoulli aplicada a este elemento
fica com o aspeto:

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação
• A perda de carga devida ao atrito ao longo do elemento dx
obtém-se pela equação de Darcy:

• Introduzindo este termo na equação de Bernoulli e


simplificando temos:
"
!
8

4
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação

"

• Estas são as equações gerais aplicadas no escoamento de


um gás em regime estacionário;
• Considerou-se que a variação da energia cinética devida à
alteração de densidade e velocidade é desprezável.
9

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação
• O estabelecimento da equação geral envolveu um grande
número de simplificações tais como:
– Escoamento em regime estacionário
– Escoamento isotérmico devido à dissipação de calor para a vizinhança
através das paredes da conduta.
– Variações de energia cinética desprezáveis.
– Compressibilidade constante do gás em toda a extensão da conduta.
– Validade do coeficiente de perdas por atrito de Darcy ao longo da
conduta.
– Coeficiente de atrito constante ao longo de todo o comprimento da
conduta.

10

10

5
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação
• Uma forma simplificada da equação geral do escoamento de
gases foi desenvolvida para aplicação em sistema de
condutas com escoamento em baixa pressão.
• A simplificação implica a conversão do termo:
→ ⇒

2&'(

#
• Em que é a pressão média do fluido no interior da
conduta. 11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Desenvolvimento da equação
• A pressão p é pressão absoluta.
• Normalmente, em sistemas de baixa pressão as pressões
manométricas têm valores muito reduzidos e as pressões
absolutas são iguais a pn.
• Se a pressão média pav for considerada igual a pn, T ≅ Tn e
Z ≅ 1, a equação geral do escoamento de fluidos
compressíveis pode ser apresentada na forma:

)*+
!
Onde: )*+ 12
,

12

6
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Equação geral do escoamento


Coeficiente de compressibilidade
• O fator de compressibilidade -./ mede o grau da não
idealidade dos gases reais;
• Ele foi introduzido na equação dos gases ideais de forma a
efetuar uma correção na mesma, para se poder aplicar aos
gases reais;
• Assim, a equação de estado dos gases ideais, corrigida pelo
fator de compressibilidade, é dada por:
&0 12.
Onde . é o fator de compressibilidade propriamente dito, puramente
empírico. 13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Coeficiente de compressibilidade
Coeficiente de compressibilidade
• Como o volume é uma função da temperatura e da pressão,
. será uma função dessas mesmas variáveis, ou seja:
. . 2, & ;
• O coeficiente de compressibilidade é normalmente
determinado para a pressão média:
p9 : p; :
p6 2/3 ;
p9 p; ;

14

14

7
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Fator de atrito
• A velocidade de escoamento de fluidos compressíveis em
condutas poderá variar de valores muito baixos em sistemas
de baixas pressões (BP) até valores apreciáveis em sistemas
de transmissão de gás a altas pressões (AP);
• Escoamentos com velocidade reduzida têm frequentemente
propriedades de escoamento laminar e quando as
velocidades são elevadas o escoamento é completamente
turbulento;
• Contudo a maioria dos sistemas de distribuição de gás
operam na região parcialmente turbulenta;
• Na região laminar o coeficiente de atrito é função do número
de Reynolds Re e define-se pela relação de Hagen-Poiseuille:
< 15
=
15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Fator de atrito
• Substituindo na equação geral do escoamento obtém-se a
equação de Hagen-Poiseuille para o escoamento laminar;
• No escoamento turbulento o fator de atrito f depende do
número de Reynolds e da rugosidade relativa das paredes do
tubo;
>
• A rugosidade relativa das paredes do tubo é:

• Para condições de escoamento de um gás em regime


estacionário através de uma conduta com um diâmetro
determinado o número de Re é diretamente proporcional ao
caudal de gás em escoamento;
16

16

8
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Fator de atrito
• De acordo com os trabalhos de Wilson e Ellington (1958) a
região de escoamento turbulento poderá ser separada para
qualquer rugosidade relativa em duas partes:
− Uma para a qual o fator de atrito depende somente do número de
Reynolds (região parcialmente turbulenta) e é determinada pela
equação implícita:

CD = E, F 2300 @ 1A @ 107

− Outra com o regime turbulento completamente desenvolvido em


que o fator de atrito é independente do número de Reynolds:
F, I
. CD 1A G 107
> 17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Fator de atrito
• Nas regiões parcialmente turbulenta e turbulenta o fator de
atrito deverá ser corrigido de forma a introduzir o efeito de
forças adicionais de arrasto devidas a juntas de soldadura,
acessórios, impurezas, ferrugem e incrustações no interior
dos tubos;
• Para proceder a esta correção introduziu-se um fator de
eficiência ξ que varia entre 0,7 e 1,0 para a maioria das
condutas de gás;
• O valor de 1,0 representa uma eficiência ideal ou seja quando
as paredes interiores do tubo são perfeitamente lisas e estão
completamente limpas;
• O valor de 0,8 é utilizado para tubos novos não lisos; 18

18

9
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Fator de atrito
• O valor de 0,7 aplica-se a tubos de aço velhos.

J
K = C

fideal, representa o fator de atrito determinado pelas expressões


anteriores.

19

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds
• Para os fluidos compressíveis a expressão mais apropriada
para o número de Reynolds é:

=
L
• Nos casos dos fluidos compressíveis, e atendendo à equação
de continuidade, é usual, referir o produto da velocidade pela
densidade ao estado normal, então:

=
L
20

20

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REDES DE FLUIDOS

Número de Reynolds
• O caudal normal (n) poderá ser apresentado em função do
caudal volúmico, em (MF-n// ) e ter-se-á:
r V ×π × D2 r 4 × Q& × ρ n
Q& = V × A = ∴V =
4 π × D × µ × 3600
q&vn ρn
Re = 353,7
106 µ D
• ou em termos de caudal mássico OP -QR/S/, e ter-se-á:
m& &
m
Re = 353, 7 ou Re = 353, 7
10 µ D
6
10 υ ρ D
6

Nas expressões acima, considerou-se “n” índice de referência do estado


21
normal, i.e., 2 0 ºU e & 1 VWO.

21

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REDES DE FLUIDOS

Equações empíricas
Equação de Lacey
• Esta equação aplica-se a condutas que funcionam com as
pressões manométricas compreendidas de 0 - 75 mbar.

,I EY<
!
com p em mbar; D em mm, L em m; obtém-se Qn em m3/h.
• O valor de X a utilizar nesta equação é determinado pela
equação de Unwin´s:

E, EE<<
E, I 22

22

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REDES DE FLUIDOS

Equações empíricas
Equação Polyflo
• Esta equação é utilizada para redes de média pressão
manométrica a operar entre 0,075 e 7,0 bar.

I, I EY<
!
com p em bar e Qn em m3/h.
• O valor de X a utilizar na equação é determinado pela
equação:

, FF, =E,EI J
23

23

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REDES DE FLUIDOS

Equações empíricas
Equação de Panhandle
• Esta equação aplica-se para pressões que operam com
pressões manométricas superiores a 7,0 bar.

I, I EY<
Y<
!!
com p em bar e Qn em m3/h.

• O valor de X a utilizar na equação determina-se por:

, ,I =E,EIF J
24

24

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas

• A expressão seguinte é muito utilizada para cálculos de


gasodutos de comprimentos longos:

2 2 ƒ LZ Q 2 vn ρ r
p1 - p2 = 17,8
( 100 D )
5

25

25

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas


Equações de Renouard
• As equações de Renouard são recomendadas pelos serviços técnicos da
empresa Gás de França. Estão perfeitamente confirmadas pela
experimentação.
• Para altas e médias pressões > 50 mbar:

<,, !=Z ,, Y<,,

• Onde:
p1 e p2 pressões na origem e na extremidade, absolutas em bar;
S (ou dr) densidade do gás relativamente ao ar;
Leq comprimento do troço (+20% p/ perdas de carga) em m;
Q caudal em m3(st)/h à temperatura de 15º C e 1013 mbar;
D diâmetro da conduta em mm.
26

26

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas


Equações de Renouard
• Para baixas pressões < 50 mbar:

F. EE ! ,, Y<,,

Onde:
p1 e p2 pressões na origem e na extremidade, absolutas em mbar.
• A equação de Renouard simplificada é válida para os casos em que:
[
 @ 150 e;
\
[
 1A 2 @2 10^ (fórmula de Kowarski)
\

Nota: T e S tem origem nos valores da tabela que se segue.

27

27

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas


Equações de Renouard
Variáveis Gás Natural Gás Propano
dc 0,57 1,54
S 0,65 1,16
T 22.300 72.000
• A densidade corrigida (dc) é um valor que depende da densidade relativa
do gás (S ou dr) e da viscosidade cinemática sendo dada por:
Yc,;c
0,22
_` a
b
de\
• T é uma constante cujo valor depende do número de Reynolds 1A
f
nas condições de pressão e temperatura do escoamento. Se se considerar
a viscosidade cinemática bc a 15º C e 1,01325 bar (em stokes, cm2/s),
:g:h [ [ 28
então: 1A 2 .
fi \ \

28

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REDES DE FLUIDOS

Variações altimétricas, fluidos compressíveis


• Na aplicação das equações de cálculo das perdas de carga,
supõe-se um tubo horizontal;
• Havendo variações altimétricas há que ter em conta a
variação da coluna do gás;
• O principio fundamental da hidrostática traduz o
comportamento de fluidos em repouso quando sujeitos à
ação do campo de gravidade terrestre:

p2 = p1 + ρ gh = p1 + γ h
Onde:
P1 – pressão de entrada;
P2 – pressão de saída. (N/m2 ; Pa)
29
h – Altura geométrica (m)

29

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REDES DE FLUIDOS

Variações altimétricas, fluidos compressíveis


• Como o escoamento de gases é feito no estado gasoso, considerando
as pressões como pressões relativas, é imprescindível contabilizar a
variação da pressão atmosférica com a altitude:

p1 − p2 = ( ρ gás − ρ ar ) g ∆h = ( γ gás − γ ar ) ∆h
• Introduzindo então a energia de posição da equação de Bernoulli,
aplicado a duas secções de uma tubagem que transporta um fluido,
traduz em termos analíticos o princípio da conservação da energia e
resulta na fórmula mais geral:
LV 2 ρ
p1 − p2 = f ± gh ( ρ gás − ρ ar )
2D
• A equação permite constatar que a variação de energia (perda)
ocorrida de montante a jusante da tubagem, é devida à variação de
30
pressão.

30

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REDES DE FLUIDOS

Variações altimétricas, fluidos compressíveis


onde, as variáveis da eq. acima identificam:
p1, p2 - pressão de entrada e de saída, respetivamente (N/m2 ; Pa)
L - comprimento do tubo entre 1 e 2 (m)
D - diâmetro interior de tubagem (m)
V - velocidade de fluido (m/s)
h – Altura geografica (m)

• O sinal positivo (+) será para tubagens com escoamento ascendente.


• O negativo (-) para tubagens com o escoamento descendente.
• Nos casos dos gases o termo gh (ρ - ρar) fornece resultados
aproximados mas aceitáveis para a maioria das aplicações práticas.

31

31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas


Cálculo das variações de pressão devidas à altura
• No caso de tubagens com variações de cota significativas, como é o caso das
colunas montantes, há que considerar a variação de pressão decorrente da
diferença de densidade entre o gás e o ar (um gás muito leve como o gás natural
terá tendência a subir pelo efeito da impulsão; pelo contrário, um gás mais denso
que o ar, como o propano, terá tendência a descer devido ao seu peso).
• A contabilização desta componente da variação de pressão do gás torna-se
particularmente importante em instalações de baixa pressão, onde tem uma
expressão muito relevante. Para o seu cálculo, recorre-se normalmente à seguinte
expressão:
∆&k 0,1293 1 a S
Em que:
∆ph Variação da pressão devido à altura em mbar:
• Negativa se S >1, como para o propano;
• Positiva se S < 1, como para o gás natural.
32
h Altura da tubagem na vertical em m.

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REDES DE FLUIDOS

Limitações às Velocidades de Escoamento


1. O efeito de compressibilidade depende da relação entre a
velocidade do gás (V) e a velocidade de propagação das
ondas sonoras no escoamento (Vs),
2. A velocidade máxima ocorrerá no fim do tubo, ou seja, onde
a pressão é mais baixa.
3. Existirá uma pressão crítica e consequentemente uma
velocidade crítica, a partir da qual haverá velocidade sónica e
as inerentes ondas de pressão, ou de choque.
4. A velocidade do escoamento está limitada pela velocidade
de propagação das ondas de pressão, que ocorrem quando
se atinge a velocidade do som no fluido.
33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Limitações às Velocidades de Escoamento


5. Os escoamentos industriais são restringidos a velocidades
subsónicas.
6. No transporte de fluidos em tubagens industriais e domésticas
as velocidades são limitadas por razões de minimização das
perdas de carga e de conforto (nível do ruído), situando-se
entre:
 10 a 20 m/s para os gases;

 1 a 3 m/s para os líquidos.

34

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REDES DE FLUIDOS

Redes de Ar Comprimido

35

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


• Perdas de pressão admissíveis
– Na prática limitam-se as perdas de pressão nas canalizações,
recomendam-se os seguintes valores:
− Perda máxima de pressão na rede até ao ponto mais afastado: 0,3
bar;
− Canalizações principais: 0,0002 bar/m ou seja 0,02 kPa/m;
− Canalizações secundárias:
 0,08 bar/100 m ou seja 8 kPa/100 m.
− Ramais terminais:
 0,2 bar/100 m ou seja 20 kPa/100 m;
 Mangueiras de ligação a ferramentas: 0,2 bar/50 m ou 20 kPa/50 m.

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


• Velocidades admissíveis
− Canalizações principais: 6 a 8 m/s
− Ramais: 8 a 10 m/s
− Mangueiras: 15 a 30 m/s
• Critérios de dimensionamento
− Baseado na velocidade aconselhável para o escoamento do
ar;
− Na perda de pressão admissível.

37

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


• 1º Método – Baseado na velocidade de escoamento do ar
− Emprega-se para o dimensionamento de ramais secundários com
comprimentos inferiores a 10 m.
− Não se considera a perda de carga, a qual para estas extensões é
desprezável.
1. Determina-se o caudal em m3(n)/min, ou seja de descarga livre.
2. Estabelece-se o valor da velocidade de escoamento que, para os ramais
está compreendida entre 8 e 10 m/s.
3. Calcula-se a relação de compressão R para a pressão no início do troço da
linha:
ps + pabs
R=
pabs
38

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


• 1º Método – Baseado na velocidade de escoamento do ar
4. Calcula-se a descarga real par a pressão de serviço p:
1
Qreal = Qnormal ×
R
5. Utiliza-se a tabela com base na velocidade selecionada e no valor do caudal
real Qreal.

39

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


Exemplo Prático
• Num ramal com 9 m de comprimento circula 3,5 m3(n)/min de
ar à pressão de 7 bar. Qual o diâmetro aconselhado para a
velocidade de escoamento não ultrapassar 8 m/s.
• Resolução:
7 +1
– Relação de compressão: R = =8
1
1
– Caudal real: Q real = 3, 5 × = 0, 437 m 3 (n) / min
8

– Da tabela seleciona-se o tubo DN 32, para o ramal.


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REDES DE FLUIDOS

Caudal de ar comprimido real escoado em m3/minuto, em


função da velocidade de escoamento e do diâmetro.
Ø Velocidade de escoamento m.s-1
mm 5 6 7 8 9 10
10 0,036 0,044 0,061 0,059 0,066 0,073

12 0,058 0,070 0,082 0,093 0,105 0,117

20 0,103 0,123 0,144 0,164 0,185 0,206

25 0,167 0,200 0,234 0,267 0,300 0,334

32 0,289 0,347 0,405 0,463 0,521 0,578

38 0,393 0,472 0,551 0,630 0,709 0,787

50 0,650 0,780 0,910 1,040 1,170 1,300

65 0,930 1,110 1,300 1,480 1,670 1,850

80 1,430 1,720 2,000 2,290 2,580 2,860

100 2,460 2,950 3,440 3,930 4,420 4,910

150 5,590 6,710 7,830 8,950 10,070 11,180

200 9,680 11,620 11,560 15,490 17,430 19,360


41
250 15,260 18,310 21,370 24,420 27,470 30,520

41

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


• 2º Método – Considerando a perda de carga
− 1º Processo
 Determina-se o diâmetro dos tubos em função da velocidade e da
descarga e calcula-se por fórmulas apropriadas a perda de carga;
 Verifica-se se o valor calculado é inferior ao limite aconselhado.

− 2º Processo
 Fixa-se o limite para a perda de carga e calcula-se o diâmetro
correspondente.
 Adota-se o diâmetro comercial imediatamente superior.

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42

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


Fórmula clássica pela perda de carga
• O ar ao circular no interior dos tubos sofre uma perda de pressão devido
ao atrito e às mudanças de direção;
• A perda de pressão depende do comprimento do tubo e das grandezas
que aparecem na fórmula clássica:
2 × 10 −5
hf = × L × ρ × g × α ×V 2
Onde: D
hf = Perda de pressão manométrica em bar;
L = Comprimento do tubo em m. Corresponde à soma do comprimento real com
o comprimento equivalente;
ρ = massa específica do ar comprimido à temperatura e pressão de serviço. Valor
da tabela;
V = velocidade de escoamento do ar em m/s;
D = diâmetro do tubo em metros; 1, 294 × 10 −5
α = coeficiente α = 5 ,07 × 10 −4 + 43

D
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


Fórmula clássica pela perda de carga
• A equação quando escrita em função do caudal em m3/s,
transforma-se em:
Q2 × L× ρ × g
h f = 3 , 25 × 10 −5
×α ×
D5
• Esta equação é suficientemente exata para aplicações
industriais e também é muito usada.

44

44

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


Q 1,85 × L
Equação Atlas Copco h f = 82970 ×
D5 × p i
L× Q2
Equação de Worthington h f = 82600 ×
R × D5
hf = bar;
Q = m3(n)/min (descarga livre);
L = Comprimento total (real + equivalente) em m;
D = diâmetro interior em mm;
pi = pressão absoluta inicial em bar;
R = Relação de compressão para a pressão de serviço

45

45

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de
ar comprimido
Exercícios Práticos

46

46

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


Problema 8.1
• Calcule a perda de carga numa linha de ar comprimido com:
– Diâmetro DN 38;
– 100 m de comprimento total (real + equivalente);
– Em que se escoam um caudal de 3,5 m3(n)/min e;
– Que está comprimido a 7 bar;
– Sendo a temperatura de serviço de 20º C.

47

47

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REDES DE FLUIDOS

Problema 8.1
1ª Solução – Equação Geral
 D = 0,038 m
3,5 O: -y/⁄Ozy
 Q = 3,5 m3(n)/min nhw'x
8 |V} 60 ~⁄Ozy
0,00728 O: ⁄~
 p = 7 bar (8 bar(a))
• A velocidade de escoamento determina-se por:
4 n 4 7,28 10Y:
0 6,42 m/s
o p; o 0,038;

ρ0º C;1 bar = 1,2922 kg/m3


8 1,2922 273,15
9,632 kg/O:
293,15 1 48

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REDES DE FLUIDOS

Problema 8.1
1ª Solução – Equação Geral
1,294 × 10 −5 1,294 × 10 −5
α = 5 ,07 × 10 −4 + = 5 ,07 × 10 −4 + = 8,475 × 10 −4
D 0 ,038
Q2 × L× ρ × g
Aplicando a equação geral: h f = 3,25 × 10 −5 × α ×
D5
0 , 00728 2 × 100 × 9, 632 × 9, 81
h f = 3, 25 × 10 −5 × 8, 475 × 10 −4 × = 0 , 174 bar
0 , 038 5

49

49

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REDES DE FLUIDOS

Problema 8.1
2ª Solução – Equação Atlas Copco
Q 1,85 × L 3,5 1 ,85 × 100
h f = 82970 × = 82970 × = 0 ,133 bar
D5 × p i 38 5 × 8

3ª Solução – Equação Worthington


L × Q2 100 × 3,5 2
h f = 82600 × = 82600 × = 0,160 bar
R × D5 8 × 38 5

∴ Os resultados são bastante aproximados.

50

50

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


Problema 8.2
• Determinar a perda de pressão numa canalização com 200
m e um diâmetro de 100 mm, por onde se escoa um caudal
de 35 m3(n)/min, à pressão de 7 bar manométrica e
temperatura de 30º C.

51

51

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 8.2
Resolução
• À pressão de 7 bar, o caudal de ar é de:
&9 09 1
0; 35 4,37 O: ⁄Ozy 0,073 O: ⁄~
&; 8
1,294 × 10 −5 1, 294 × 10 −5
α = 5 ,07 × 10 −4 + = 5 ,07 × 10 −4 + = 6 , 36 × 10 −4
D 0 ,10
ρ0º C;1 bar = 1,2922 kg/m3
8 1,2922 273,15
ρ30º C;8 bar= 303,15 1
9,31 Q R⁄O:

Q2 × L× ρ × g 0 , 073 2 × 200 × 9, 31 × 9, 81
h f = 3,25 × 10 −5 × α × = 3, 25 × 10 −5 × 6 , 36 × 10 −4 × = 0, 201 bar
D5 0 , 10 5
52

52

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

2º Processo
• Cálculo do diâmetro uma vez fixada a perda de carga
admissível

Q2 × L × ρ × g
D = 5 3,25 × 10 −5 × α ×
hf

53

53

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de redes de ar comprimido


Problema 8.3
• Um ramal com 150 m de extensão total (real + equivalente)
alimenta a ar comprimido à pressão manométrica de 6 bar e
com uma temperatura de 30ºC, 12 máquinas que consomem
cada uma 2 m3(n)/min de ar em simultâneo.
• Se as perdas aceitáveis por fugas de ar representam 5% e as
de atrito 0,12 bar.
– Qual deverá ser o diâmetro do ramal?
– Determine o novo valor da perda de carga.

54

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30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 8.3
Resolução
• O caudal de ar à pressão de 6 bar manométrico é de:
5
n 12 2 1 25,2 O: -y//Ozy
100

• Caudal total de ar livre por minuto (2):


1 1
n^w'x n 25,2 3,6 O: ⁄Ozy 0,06 O: /~
7 7

• Considerando uma velocidade de V = 8 m/s determina-se um


diâmetro:
4 n 4 0,06
p 0,097 O
o 0 o 8 55

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 8.3
Resolução

• Considera-se o diâmetro comercial de 102,3 mm donde se


determina α:
1,294 × 10 −5 1,294 × 10 −5
α = 5 ,07 × 10 −4 + = 5 ,07 × 10 −4 + = 6 ,33 × 10 −4
D 0 ,1023

7 1,2922 273,15
ρ30º C;7 bar = 8,150 Q R⁄O:
303,15 1
Q2 × L× ρ × g
h f = 3,25 × 10 −5 × α ×
D5
0 , 06 2 × 150 × 8, 150 × 9, 81
= 3, 25 × 10 −5 × 6 , 33 × 10 −4 × = 0 , 079 bar 56
0 , 1023 5

56

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30/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

57

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

57

29
30/04/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluido
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressores

Aula 20

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressores, o que são?


• Um compressor é uma máquina que aumenta a pressão de
um gás com redução do seu volume.
• Os compressores são similares às bombas, ambos aumentam a
pressão do fluido e ambos forçam o transporte de um fluido
através de uma canalização.
• Como os gases são compressíveis, os compressores também
reduzem o volume do gás.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressores
• Os líquidos são praticamente incompressíveis, assim a
principal ação das bombas é pressurizar e forçar o transporte
de líquidos.

2
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Classificação dos compressores


• Os compressores dividem-se Regimes de funcionamento
em quatro grandes grupos:
 O alternativo ou a
êmbolo
 A turbomáquina
 O rotativo
 O ejetor
• Esta classificação provém do
manual “Build your working
knowledge of process
compressors” de Edward T.
Livingston publicado por
Chemical Engineering
Progress, February, 1993 Diagrama pressão de descarga versus caudal
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Classificação dos compressores

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Classificação dos compressores


• O compressor alternativo ou de • A turbomáquina, é aquela em
êmbolo, inclui o compressor de que a energia cinética é conferida
diafragma. ao gás mediante pás ou palhetas
• É o compressor no qual o gás é rotativas confinadas numa
deslocado pelo movimento linear carcaça;
de um êmbolo no interior de um
espaço confinado, cilíndrico ou • A energia cinética é transformada
não. posteriormente em energia de
• No compressor rotativo, o ar é pressão;
impelido pela ação de lóbulos e a • A turbomáquina, divide-se em
sua classificação inclui o compressores de:
compressor de:  Fluxo axial;
 Hélice;  Radial;
 Lóbulos rotativos;  Centrífugo.
 Parafuso;
 Outros. 7

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Classificação dos compressores

Diagrama pressão de descarga versus caudal por tipologia de compressores

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Classificação dos compressores


• O ejetor pertence a uma categoria própria de compressores
estáticos, sem peças móveis;
• Funcionam pela ação da energia de uma corrente de um gás
que se desloca a alta velocidade e elevada pressão;
• Que aspira, numa câmara, uma outra corrente que se
encontra a uma pressão inferior.

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Regimes de funcionamento
• Faixas de trabalho dos diferentes
tipos de compressores:
– Diafragma:
• Pressões até 300 MPa;
• Caudais até 200 m3(n)/h.
– Alternativo (êmbolo):
• Pressões até 400 MPa;
• Caudais até 5.000 m3(n)/h.
– Centrífugo:
• Pressões até 70 MPa,
• Caudais até 350.000 m3(n)/h.
– Axial:
• Pressões até 10 Bar,
• Caudais até 1.000.000 m3(n)/h.
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Compressor alternativo
• Opera por compressão direta do gás nos
cilindros.
• O êmbolo não percorre completamente o
espaço até ao final da exaustão, por
razões puramente mecânicas, ficando
portanto um volume por varrer (volume
morto).
• Para uma dada velocidade a capacidade e
o rendimento dependem do volume do
cilindro e do volume por varrer.
• É utilizado quando se pretende altas
pressões, em que razões de pressão até
11:1 podem ser atingidas num único
estágio.
• Para maiores pressões utilizam-se vários
estágios de compressão em série.
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Compressor alternativo de vários estágios


Construção em cilindros horizontais opostos para melhor equilíbrio dinâmico

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Compressor alternativo

Principais componentes de um compressor alternativo

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Compressor alternativo
• O veio excêntrico (cambota) transformam o movimento
rotativo de um motor elétrico num movimento linear;
• O êmbolo normalmente dispõe de anéis de vedação
(segmentos);
• O cilindro é onde a elevação de pressão acontece, por ação
do êmbolo;
• Uma ou mais válvulas de aspiração e uma ou mais de
descarga;
• As válvulas regulam o fluxo de gás que entra e sai do
cilindro;
• O compressor pode funcionar com ou sem fluido
lubrificante.

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Compressor alternativo
• Trata-se de um compressor tipicamente aplicado em
sistemas de refrigeração;
• É um compressor alternativo de dois cilindros, com a cabeça
arrefecida através de uma camisa, por água ou fluidos
refrigerantes;
• Outra forma de arrefecimento pode passar por alhetas
externas na tampa e nos lados, que permitem o
arrefecimento por convecção natural;
• Os pistões estão ligados a cambota (8), através de uma
haste. O carter (7) é o invólucro, fechado, que contém todas
as partes móveis, na sua parte inferior armazena o óleo
lubrificante. O sistema de lubrificação inclui uma bomba, um
filtro de óleo e um sistema de arrefecimento do óleo;
• Segundo indica o fabricante, estes compressores podem ser
utilizados para amoníaco ou para fluidos frigorigéneos
fluorocarbonetos;
• O fluido lubrificante reveste o êmbolo (pistão) e pode ser
arrastado pelo fluido frigorigéneo que está pressurizado. Em
alguns casos isto pode ser tolerado, em outros não. 15

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Compressor alternativo
• É um compressor alternativo, que
funciona pela ação da mudança de
posição de um diafragma metálico.
• A área a amarelo corresponde a um
espaço ocupado por um fluído que
atua como fluido de trabalho
(normalmente, um óleo). Este fluido
é comprimido pelo êmbolo (pistão) e,
por sua vez, comprime o diafragma,
provocando seu deslocamento.
• É particularmente útil para operar
com gases perigosos ou corrosivos,
devido à sua estanqueidade.
• O gás comprimido está
completamente isolado, não há
hipótese de se misturar com o
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lubrificante.

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Compressor alternativo
• Próprios para todos os tipos de gases: Gás
natural; Bióxido e monóxido de carbono;
Ar; Amoníaco; Hidrocarbonetos, etc..
• O modelo na vertical, trabalha sem
lubrificação a óleo, para evitar a
contaminação do gás com óleo
lubrificante e podem ser de um ou mais
estágios.
• Os compressores que trabalham “a seco”
são normalmente 30 % mais caros que os
lubrificados. Os que trabalham “a seco” • No modelo horizontal o espaço morto na
são mais difíceis de construir. parte superior do cilindro pode variar com
o compressor em funcionamento, de modo
• O modelo horizontal pode ter 1 a 4 a ajustar a taxa de compressão do mesmo
estágios e é fabricado com tamanhos de em operação.
cilindros diferentes, e em arranjos de • Para maior flexibilidade de operação,
diferentes combinações. permite reconfigurar os estágios de
• Possui uma bomba e um filtro de óleo compressão, e inclusive, mediante uma
lubrificante ou equipados com cilindros válvula de fecho, os cilindros podem passar
17
arrefecidos a água. a operar como de simples efeito.

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico

• Na figura estão indicados os


quatro processos que constituem
o ciclo termodinâmico no
compressor.
• Os processos de expansão e
compressão são idealmente
isentrópicos, se não houver
geração de irreversibilidades
nem perda de calor;
• Na realidade isto não acontece
sendo ambos processos
Ciclo do compressor adaptado- Diagrama PV
politrópicos.

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Como pode observar-se o diagrama
real é bastante aproximado ao
ideal;
• Afasta-se notoriamente no ponto 4
(aspiração) onde a pressão dentro
do cilindro cai um pouco abaixo da
pressão atmosférica (externa) no
momento da aspiração de nova
carga, subindo logo depois um
pouco acima;
• Na descarga, de 2 para 3, observa-
Ciclo do compressor real - Diagrama PV
se uma leve queda na pressão. O
máximo valor da pressão é obtido
no ponto 2;
• O processo de compressão é
politrópico. O coeficiente
politrópico pode ser obtido a partir
da curva 1-2. 19

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Cálculo do trabalho: Análise de sistemas fechados

(1)

, politrópico

Ciclo do compressor - Diagrama PV

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Cálculo do trabalho: Análise de sistemas fechados


• Lembrar que p1= p4 e p3= p2 :

(2)

• O trabalho líquido, calculado nas


últimas equações (1) é representado
pela área dentro da curva, ele é
negativo, o sistema absorve trabalho.
• Se for efetuado o cálculo com o
volume total em cada ponto, o
trabalho será o fornecido à massa de
gás que entra e sai do cilindro no
processo.
• Ou seja a massa de gás aspirada pelo
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êmbolo.

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Cálculo do trabalho: Análise de sistemas fechados


• Cálculo da massa de gás aspirada pelo êmbolo
− A massa aspirada pelo êmbolo é igual à • Para manter o funcionamento em regime
diferença das massas contidas no cilindro nos permanente é necessário que a massa de
pontos 1 (início de compressão) e 4 (início da gás aspirada seja igual à de descarga.
aspiração) do gás exterior;
• Assim:
− Utilizando a equação dos gases perfeitos
tem-se:
 Massa aspirada pelo êmbolo = m1 – m4

 V1 – V4 representa o volume de ar
aspirado;
 V1 – V3 representa o volume de ar
contido no cilindro e denomina-se
cilindrada;
 - volume especifico do gás no inicio
do processo de compressão. 22

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Cálculo do trabalho: Análise de sistemas fechados


• Cálculo do trabalho absorvido pelo êmbolo
− Pela equação (2) e considerando que em regime
estacionário a massa descarregada é igual à aspirada,
obtém-se o trabalho consumido pelo êmbolo em cada
ciclo:

− Esta equação é a correspondente ao trabalho consumido a


cada revolução (ida e retorno) do êmbolo.

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Cálculo do trabalho para o sistema aberto


• Cálculo do trabalho absorvido pelo êmbolo
‒ Fazendo uma análise em sistema aberto, ou seja considerando o
compressor como um volume de controlo aonde o gás é admitido na
condição e (entrada) e sai na condição s (saída), verifica-se:

Processo politrópico ( ≠ ) Processo isotérmico ( )

→ →

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Cálculo do trabalho para o sistema aberto


• Cálculo do trabalho absorvido pelo êmbolo
‒ As equações acima demonstram que ‒ Porquê?
se é feita uma análise de tipo sistema
 Porque são também utilizadas as equações
aberto, ou seja, considerando o
para processos politrópicos e a equação de
compressor como um volume de estado para os gases ideais.
controlo, obtemos o mesmo
resultado que antes (análise de ‒ Lembrar que nos casos em que é
sistema fechado), por kilograma de usada a equação dos gases ideais
gás que passa pelo sistema. deve ser testado se ela é válida
dentro das condições do processo.
‒ Observar que a expressão para o
cálculo do trabalho de eixo é
diferente à expressão do cálculo do
trabalho num sistema fechado.

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25

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• O processo que requer menor potência é o
isotérmico, pelo que os compressor
deverão ser arrefecidos, por alhetas ou por
uma camisa aonde circula um fluido para
arrefecimento;
• No processo politrópico quanto menor o
valor do índice , menor será a potência
absorvida pelo compressor;
• O valor de depende da eficácia de
arrefecimento e das características do
processo;
• O coeficiente adiabático ( # %&/%( ), • ! 1 Processo isotérmico;
depende do tipo de gás e da sua • ! Genérico politrópico em geral;
temperatura; • ! # Isentrópico (adiabático reversível);
– Onde k = 1,4 para o ar (gases diatómicos) • ! $ # Adiabático com geração interna de entropia.
1,667 árgon (gases monoatómicos)
1,299 gás metano
1,044 vapor de octana
Nota: Valores de k à temperatura ambiente 26

26

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• O coeficiente politrópico • Determinação do coeficiente
depende: politrópico:

− Do tipo de gás que está a ser


comprimido;
− Das condições do processo, em
− Experimentalmente é possível
especial do calor removido
determinar o coeficiente
pelo sistema de arrefecimento;
politrópico, porém, esta
− Da forma do cilindro; determinação é aproximada.
− A melhor forma de o fazer é aplicar
− Das temperaturas e pressões
o diagrama termodinâmico
envolvidas no processo.
experimental, determinando o
trabalho entregue ao fluído em
cada movimento do êmbolo.
− Integrando com valores
27
experimentais de pressão ponto a
ponto, no diagrama real.
27

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Efeito do coeficiente politrópico:
− O gráfico identifica o efeito do
coeficiente politrópico no consumo
de energia num compressor;
− Foram considerados dois cilindros
(ou compressores) que trabalham
em série, sem arrefecimento
intermédio;
− Como se observa, à medida que o
coeficiente politrópico aumenta, -- Trabalho total [kJ/kg] •
aumenta o consumo de energia; - - Trabalho compressor 2 • ))*
-□- Trabalho compressor 1 • )) +
• )) +
− O efeito é mais marcante no • ))) +
segundo compressor por ter sido
considerada uma relação de
pressões mais alta (5:1), enquanto,
para o primeiro compressor foi 28
considerado (2:1).

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Efeito do coeficiente politrópico e
pressão intermédia:
− Nesta figura foram considerados
também dois compressores em
série.
− Observa-se, que à medida que o
trabalho do compressor 2
decresce, o do 1 aumenta, porém,
não de forma linear.
− Como não foi considerado
arrefecimento intermédio, não se
observa vantagem no processo -- Trabalho total [kJ/kg] •
- - Trabalho compressor 2 • ))*
acontecer em dois estágios no -□- Trabalho compressor 1 • )) +
• 4 +
lugar de um só, o trabalho total é • ))) +
constante para todos os casos
considerados.
− Se houvesse arrefecimento intermédio, a melhor situação, com mínimo consumo de
potência corresponderia ao valor ótimo da pressão intermédia ,&-./. &1 &2 3, que
29
neste caso seria de 316,23 kPa.

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Efeito do coeficiente politrópico:
− O diagrama real para os compressores
alternativos, é representado por uma
curva politrópica, que está entre a curva
isotérmica e a curva adiabática.
− Na prática, os valores de para a
compressão politrópica considerados são:
 Compressores de ar alternativos lentos e
bem arrefecidos: ! 1,3;
 Compressores de ar alternativos rápidos:
! 1,35;
 Compressores frigoríficos arrefecidos a
água para amoníaco: ! 1,25 9 1,28;
 O consumo de potência pelo compressor é
 Compressores frigoríficos arrefecidos à ar
com freon R 12: ! 1,012 9 1,024.
proporcional a área do diagrama: portanto se a
linha de aspiração estiver abaixo da pressão
− Valem as seguintes observações à figura: atmosférica, aumentará a área do diagrama e
 A pressão na linha da aspiração deve portanto o consumo de energia.
coincidir com a pressão atmosférica;  Observa-se pela figura, que a curva politrópica
30
corresponde à fase de compressão que se situa
entre a curva isotérmica e a curva adiabática.

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Cálculo do calor rejeitado – Processo politrópico:
‒ A primeira equação (3) é a primeira lei da = > ∆@,entalpia3 (3)
termodinâmica, para uma kilograma de gás
que passa pelo compressor;
‒ No processo reversível verifica-se:
‒ Na segunda equação (4) utilizou-se o índice =H ∆@ H (4)
“rev” para indicar que se pode calcular o
calor e o trabalho com as expressões com
que se substituem nos processos que são
reversíveis; ‒ Constante do gás
‒ Na expressão do calor rejeitado (5) para um ‒ Coeficiente de expansão
processo politrópico observa-se que para adiabática (K).
! # , tem-se um processo adiabático
⟹ =H
reversível, isentrópico por tanto, no qual o
, 3
calor rejeitado é nulo; (5)
‒ A última equação (6) corresponde a um
processo isotérmico, no qual não há Processo isotérmico ( )
variação de entalpia no gás, motivo pelo
qual o calor rejeitado será igual ao trabalho =H H (6)
31
entregue ao gás.

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Trabalho na compressão isotérmica e
adiabática
‒ O trabalho executado pela
compressão isotérmica pode ser dado
pela expressão:
T2
LMN/OP 2,3 &1 Q1 log
T1
‒ O trabalho da compressão adiabática,
que muitas vezes pode ser
considerado para análise dos
compressores alternativos, pode ser
dado pela seguinte expressão:
UV1
! &2 U
LMN/OP &1 Q1 1
n 1 &1 A diferença entre o trabalho de compressão isotérmica e a
compressão adiabática.
‒ As curvas da figura identificam a
diferença entre o trabalho realizado
pelo processo isotérmico e o processo 32
adiabático.

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Eficiência: ‒ No numerador da eficiência isentrópica é
calculado o trabalho que seria entregue a
− Como se observa, é possível uma processo que se inicie nas mesmas
arbitrar diferentes definições de condições do estudado e que seja
eficiência para um compressor: isentrópico, com a mesma pressão na
saída que o processo real (a temperatura
 Isentrópica W será diferente);
‒ No processo isotérmico e comparado o
 Isotérmica W trabalho real com o trabalho requerido
por um processo isotérmico com as
 Politrópica W mesmas condições iniciais que o estudado
‒ No denominador aparece sempre o e a mesma pressão final (a temperatura
trabalho de eixo real fornecido ao final deste processo ideal será igual à
compressor, que pode ser inicial);
determinado, p.ex., medindo a ‒ No processo politrópico o cálculo é feito a
potência elétrica consumida, ou se for partir da determinação de “n” para o
possível, a potência mecânica processo real, porém, outras perdas
consumida. (A potência elétrica será possíveis não são consideradas, daí a
um pouco maior que a mecânica, já eficiência é sempre menor que 1. 33

que temos perdas na transmissão);


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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Eficiência:
 Para o mesmo processo: ‒ Para o mesmo processo o
rendimento isotérmico é aquele que
W W W tem menor eficiência e o isentrópico
é o que apresenta maior eficiência;
 Exergia: ‒ A eficiência exergética compara a
variação de exergia no processo real
YX YX com o trabalho fornecido ao mesmo.
W X

@ @ )

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34

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Eficiência volumétrica
‒ O gráfico procura demostrar o efeito
da variação do espaço morto no
processo de compressão;
‒ Os valores de 5, 10 e 15 %
correspondem a valores do espaço
morto (ε, em %);
‒ A linha cheia ABC corresponde a um
espaço morto de 5 % e, se o espaço Eficiência do compressor com o efeito do espaço morto.
for maior, a compressão acontecerá ‒ Ao mesmo tempo, a linha cheia DEFA,
segundo as linhas pontilhadas; que corresponde à admissão, é também
‒ Observa-se que a linha cheia ABC é mais íngreme para o processo com
mais íngreme que as pontilhadas; menor espaço morto. Isto significa que o
‒ O máximo valor de pressão (ponto C) gás entra e sai do cilindro mais
é atingido antes, quando o espaço rapidamente quando o volume morto é
35
morto é menor; menor;

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Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Eficiência volumétrica
• O processo de descarga consiste
numa série de ondas de pressão que
degeneram até que o embolo atinge
o ponto D;
• Os gases que não foram expelidos
expandem-se e o embolo regressa,
de D até E e F;
• A válvula de admissão é aberta, novo Eficiência do compressor com o efeito do espaço morto.
gás é admitido, até o pistão atingir a
posição A;
• Observa-se que devido à forma que
funciona o processo, a eficiência
volumétrica depende das razões de
volume: (AG – AE)/AG.
36

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Coeficiente do espaço morto
− Espaço morto:

− A pressão máxima teórica depende


da relação do volume do espaço
morto:
Z
áX ≅
Z

− Quanto maior for o coeficiente de


Ciclo do compressor real - Diagrama PV
espaço morto, menor será a pressão
máxima teórica;
− Ou seja menor será a pressão máxima
alcançada pelo compressor. 37

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Rendimento volumétrico
− O rendimento volumétrico depende do coeficiente de espaço morto e
da razão de compressão entre outros fatores:
 Rendimento volumétrico real;
 Rendimento volumétrico aparente.

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Rendimento volumétrico real
− O rendimento volumétrico − Real:
real é obtido a partir da
determinação de: W
X `
 Caudal do gás que entra ou
sai do compressor;
 Número de ciclos do êmbolo
por minuto; ^
] _
 Cilindrada total dos cilindros
que funcionam em paralelo.
W Rendimento volumétrico
Caudal mássico real aspirado
X Caudal mássico teórico aspirado
Volume no ponto morto inferior
Volume no ponto morto superior
Cilindrada
39
Volume especifico do fluído no ponto morto inferior

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Rendimento volumétrico aparente
− O rendimento volumétrico W .
aparente é obtido a partir da
informação do:
− Espaço morto do compressor
(informação do fabricante);
`
− Pressões de admissão e W Z Z `
.
descarga no compressor,
medidas experimentalmente.
` a
− Efeito do coeficiente de W . Z Z `
compressibilidade. a

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40

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo – Ciclo termodinâmico


• Eficiência volumétrica
− A eficiência volumétrica é um parâmetro importante, porque está
relacionado de uma forma direta com a potência absorvida pelo
compressor.
− A eficiência volumétrica é influenciada por vários fatores:
a) Razão de compressão;
b) Fatores de compressibilidade dos gases à entrada e à saída do compressor
(coeficiente Z da equação dos gases reais);
c) Volume morto do cilindro;
d) Perdas nas válvulas;
e) Fugas através dos segmentos do êmbolo;
f) Expoente politrópico ou adiabático na equação de compressão;
g) Quantidade de vapor de água presente no gás.
41

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REDES DE FLUIDOS

Compressores

Aula 21

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
42

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo
• Quantidade de vapor de água numa massa de ar
− Sabendo-se a humidade relativa do ar
que entra no compressor é possível
calcular a pressão parcial do vapor na
mistura;
− Com a pressão parcial do vapor e
conhecendo o valor da pressão
atmosférica total, pode ser calculada a
humidade relativa, que indica a
quantidade de massa de vapor de água
que se tem por cada kg de ar que entra;
− Quantidade de vapor de água presente
numa dada massa de ar:
&c
b f 100%
&d e 43

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo
• Quantidade de vapor de água numa massa de ar
− A humidade absoluta permanecerá a
mesma ao longo do processo, mas as
pressões mudam no compressor;
− A pressão total fica maior e a pressão
parcial do vapor muda devido à
mudança de temperatura;
− A máxima pressão parcial que o
vapor de água pode ter na mistura é
a de saturação correspondente à
temperatura (este valor é obtido das
tabelas de vapor saturado);
− Se houver arrefecimento nos estágios
do compressor, haverá condensação Carta Psicrométrica Carrier.
do vapor de água; 44

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo
• Quantidade de vapor de água numa massa de ar
− Se a humidade relativa do ar − Lei de Dalton:
admitido no compressor for
 Tc Q ic rc e
conhecida, é possível calcular a
pressão parcial do vapor na mistura;  TOk Q iOk rOk e
− Com o valor da pressão parcial do  rc 18,02 #p/#ist
vapor na mistura e conhecendo a
pressão de admissão, poderá ser  rOk 28,97 #p/#ist
calculada a humidade absoluta (ou  &Ok dlmN &/N/OP &c
especifica) ω em kg de vapor de água
wxyz{| €x jx
por kg de ar seco admitido no  h
wy| }~•{ €y| jy| }~•{
compressor pela expressão: jx ƒ,„22
0,622 f z•{•y‚
icOjNk j•{•y‚ Vjx
zx
V1
h ƒ,„22
iOk dlmN z•{•y‚
&c …zx
V1
0,622 f o#pc /#pOk q 45
&/N/OP &c

45

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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo
• Vapor de água numa massa de ar

Problema 9.1

• Ar à pressão de 1 bar, temperatura de 25º C e com 60 % de


humidade relativa, é comprimido até 6 bar, sendo
posteriormente arrefecido, até uma temperatura de 40º C.
• O que acontece com a água contida na mistura ?

46

46

23
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 9.1
Proposta de resolução
• T1 = 25º C psat 25ºC = 3,166 kPa e T2 = 40º C psat 40ºC = 7,381 kPa
&c†
Φ1 f 100 → &c† Φ1 f &d† ,M† 3→ &c† 0,6 f 3,166 1,9 #T9
&d† ,M† 3
&c† 1,Šƒ
h1 0,622 f → h1 0,622 f 0,01205 #pc /#pOk
&1 &c† 1ƒƒV1,Šƒ

• A humidade absoluta é igual em ambos os processos (ou que varia é a humidade


relativa). Assim ω1=ω2 :
&cˆ ‹ˆ jˆ ƒ,ƒ12ƒ•f„ƒƒ
h2 0,622 f → &cˆ 11,40 kPa
&2 &cˆ ƒ,„22Œ ‹ˆ ƒ,„22Œƒ,ƒ12ƒ•

&cˆ $ &dˆ,‰3→ 11,40 #T9 $ &•9‘ 40º“ 7,38 #T9


• A máxima pressão parcial que o vapor de água pode atingir na mistura corresponde
47
à pressão de saturação correspondente à temperatura. 100 %

47

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.1
Proposta de resolução
&cˆ 11,40
Φ2 f 100 f 100 154,5%
&dˆ,Mˆ3 7,381

• Como &cˆ $ &dˆ haverá condensação de parte do vapor de água:


&dˆ
d 0,622 f 0,622 7,381/,600 7,3813 0,007747 #pcOjNk ⁄#pOk dlmN
&2 &dˆ
∆h 0,01205 – 0,00775 0,004306 #p–ˆ— ⁄#pOk dlmN 4,31 p–ˆ— ⁄#pOk dlmN

Há condensação de água e devido a este efeito deve ser sempre previsto um dreno nos
condensadores.

48

48

24
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REDES DE FLUIDOS

Compressor alternativo de êmbolos

49

49

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• No compressor centrífugo o trabalho é
realizado sobre o gás por um impulsor
tal como nas bombas;
• O gás é admitido axialmente passando
depois através das pás do impulsor que
lhe imprimem uma elevada velocidade
(energia cinética);
• A energia cinética é transformada em
energia de pressão no difusor através do
efeito de desaceleração;
• A velocidade de admissão e de descarga
do gás no compressor estão
compreendidas entre 15 a 20 m/s,
enquanto que as velocidades no interior
do compressor podem atingir valores de
10 a 15 vezes superiores 50

50

25
30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• As características mais importantes do compressor centrífugo
são:
− Poucas peças móveis (somente o impulsor e o veio) pelo que os custos
de manutenção e com lubrificação são reduzidos;
− Elevada capacidade de caudal;
− Descarga contínua de gás sem variações nem pulsações;
− As relações de compressão são inferiores às dos compressor
alternativo, devido à ausência do deslocamento positivo;
− Os compressor de um estágio em geral não necessitam de ser
arrefecidos a água devido à baixa relação de compressão e às
reduzidas perdas por atrito;
− Os compressor de vários estágios contudo necessitam de alguma
51
forma de arrefecimento;
51

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• Há muita semelhança na tecnologia entre a bomba e
compressor centrífugo;
• Contudo, no que concerne à teoria esta complica-se mais no
caso do compressor pelo facto dos fluidos serem
compressíveis;
• Classificam-se como nas bombas, de acordo com a direção da
aceleração comunicada ao fluido em:
− Centrífugo;
− Mistos;
− Axiais.
52

52

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30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• Semelhanças com a bomba centrífuga
− Tal como para a bomba centrífuga, a velocidade especifica é dada pela
fórmula:
ωQ 1/2
Ns =
( g ∆H )
3/ 4

− Poderá ser aplicada ao compressor, referindo-se neste caso, ˜, ao


aumento de entalpia;
− Dois compressores similares têm ™ semelhantes;
− Também aqui, se poderão aplicar as regras de semelhanças às curvas
características;
− As leis de semelhança dinâmica permitem usar a curva característica
do compressor, operando a uma dada velocidade, para a determinação
de curvas semelhantes para compressor similares geometricamente ou
53
para compressor rodando a velocidades diferentes.

53

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• Mudança no diâmetro do impulsor
− Se o diâmetro do impulsor variar com uma dada relação:
 Os caudais variam com o cubo dessa relação;
 As relações de compressão variam com o quadrado dessa
relação.

• Variação de velocidades
− Para duas velocidades diferentes:
 Os caudais de entrega variam na relação direta das velocidades;
 As relações de compressão variam com o seu quadrado.

54

54

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrifugo de 4 estágios

55

55

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo

56

56

28
30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Turbina a gás com compressor axial

57

57

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• Os compressores de ar encontram hoje uma aplicação
extremamente variada na indústria, basta analisar a sua
aplicação associada a equipamentos de percussão ou de
corte por exemplo.
• Os compressores de gás constituem-se como um
equipamento fundamental quando se trata por exemplo de
transportar gás a longas distâncias.
• Nestes casos os mais frequentemente aplicados são os de
simples estágio. Para relações de compressão muito elevadas
usam-se normalmente os de dois estágios.
• A compressão teórica do gás num compressor centrífugo é
adiabática e reversível; é portanto isentrópica, e o gás passa
dum nível de entalpia š1 para um nível š2. 58

58

29
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• No caso dum gás perfeito esta transformação obedece à lei TQ# %‘›,
sendo coeficiente de expansão adiabática # “&/“(, TQ re e r a
constante ideal do gás. Na prática # não é cte para um gás real.
• Contudo, ao calcular-se a variação de entalpia, a variação ocorrida em #
poder-se-á desprezar (isto não será válido se estivermos a calcular
aumentos de temperatura).
• Além disso, temos a expressão TQ œre , onde œ é o fator de
compressibilidade.
• A variação de entalpia ∆š (altura adiabática) fornecida pelo compressor,
por unidade de massa do fluido, pode ser calculada pela fórmula:

•V1
# &2 •
∆š œ1 e1 r 1
# 1 &1

59

59

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• Os índices 1 e 2 referem-se, respetivamente, à admissão e compressão,
em que:
Δh – Trabalho de compressão adiabática (kJ/kg)
Z1 – Fator de compressibilidade na aspiração
T1 – Temperatura absoluta na aspiração (Temperatura de transporte [K])
R – Cociente entre a constante universal dos gases perfeitos e a massa
molecular do gás)
• Dado que R é inversamente proporcional ao peso molecular, a potência
requerida por unidade de massa de fluido para uma dada relação de
compressão é portanto inversamente proporcional à massa molecular e é
diretamente proporcional à temperatura do fluido comprimido.
• O produto de ∆h (kJ/kg) por m (kg/s) fornecerá a potência P (kW) do
compressor.
• Ao calcular a potência requerida para a compressão a fórmula acima
referida deverá ser aplicada a cada estágio de compressão e corrigido o
rendimento isentrópico. 60

60

30
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• O trabalho de compressão global em regime estacionário
que está representado pela área 1-2-3-4, é dado por:
p2

WCompressão =  Vdp
p1
W [J] V [m3]
P [Pa]

61

61

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo

n(k − 1)
• Trabalho de compressão
− Expoente da politrópica. η=
k ( n − 1)
ž – rendimento politrópico

− O rendimento politrópico do compressor é determinada em ensaios e


depende em geral da capacidade de aspiração do compressor;
− Para se determinar a potência necessária para acionar um compressor
centrífugo, utiliza-se a equação: n−1
 
nQ1 p1  p2  n
Wcomp =
&   − 1 (W )
η ( n − 1 )  p1  
 
ž Rendimento global do compressor = ži›%.f ž&stŸ‘ ó&Ÿ%s
62
¢1 Caudal de gás aspirado (i3/•)

62

31
30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo

63

63

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• Características de compressor centrífugo
− A curva característica de um compressor, estabelecida para uma dada
velocidade evidencia a relação de compressão em função do volume
de entrada nas condições de pressão e temperatura de admissão.
− O Ponto de funcionamento de um compressor deverá situar-se na
zona de máximo rendimento isentrópico.
− Os limites de operação de um compressor são determinados pelas
velocidades máximas e mínimas, que dependem do acionamento e do
compressor (velocidades críticas), e da linha.
− A capacidade do compressor centrífugo é elevada, da ordem de 30 a
40 milhões de m3/dia.

64

64

32
30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• Características de compressor centrífugo

65

65

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• Instabilidade (“Surge limit”)
− Esta noção é especifica dos
compressor centrífugo;
− Para uma dada velocidade, haverá
um valor mínimo do caudal de
alimentação;
− Abaixo do qual será expectável a
ocorrência de danos para o
equipamento;
− A instabilidade é consequência de
pulsações que se geram devidas à
inversão do caudal no
compressor;
− Esta condição, instável, manifesta-
se junto aos pontos onde a
tangente às curvas das taxas de
compressão versus volumes de
alimentação tende para a
horizontal. 66

66

33
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
Surge control line
• Linha de controlo (Surge control line) é a
linha que funciona como a linha
indicadora do mecanismo de controlo de
“surge”, para que a sobretensão possa ser
evitada no sistema e as medidas
adequadas possam ser tomadas;

• Marge Surge (margem) é o indicador que


identifica a proximidade do sistema ao
limite do “surge”. A margem básica de
oscilação pode ser definida como:
w¦ Vw}
£9 p›i"•¥ p›"

Onde:
iƒ = caudal mássico na linha de controlo do “surge” à velocidade constante específica;
id = caudal mássico na linha do “surge” na mesma velocidade constante. 67

67

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
Instabilidade (“Surge limit”)
• Para evitar situações de instabilidade dever-se-ão
prever equipamentos de controlo de segurança
automáticos, que atuarão logo que o caudal de
entrega se situe imediatamente abaixo do valor
considerado admissível.
• A atuação destes equipamentos de controlo incidirá:
1. Na redução de velocidade do compressor, ou;
2. Na abertura do circuito de recirculação, se a
redução de velocidade não for possível, ou;
3. Na redução da pressão de operação da linha, por
forma a aumentar o caudal de alimentação ao
compressor.
68

68

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REDES DE FLUIDOS

Compressor centrífugo
• O dimensionamento e seleção de compressor para uma estação pode ser
feita por etapas segundo Chauvel A.-“Manual of Economic Analysis of
Chemical Processes. P.313-321 IFP/McGraw-Hill, Book Co, New York, 1981”:
1. Determinação do valor médio do índice politrópico a partir da composição
do gás e da eficiência politrópica do compressor;
2. Determinação do número de compressor, e de estágios de compressão, a partir
da relação de compressão requerida;
3. Determinação do volume de aspiração para cada estágio;
4. Determinação da potência absorvida pelo compressor recorrendo a expressões
do tipo das apresentadas;
5. Determinação do tipo de compressor a partir de diagrama (empírico) ou pelo
rendimento isentrópico e da potência final. Subsequentemente é determinado
o aumento de temperatura por estágio e as necessidades em fluido auxiliar do
arrefecimento.
69

69

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor rotativo

• O compressor rotativo de lóbulos, é do tipo de deslocamento


positivo sem válvulas, em que não há compressão interna;
• Este compressor mais que comprimir o ar o que realmente faz
é impulsioná-lo.

70

70

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor rotativo

• O diagrama TQ é retangular
o que significa uma baixa
eficiência, o que limita a
utilização destes compressor
a aplicações de baixas
relações de pressão.

71

71

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor rotativo

• Normalmente ele é de um único


estágio, mas existem com dois e
três estágios de pressão;
• Este compressor também
designados como sopradores,
existem versões de bombas de
vácuo e outras como medidores
de caudal de gás;
• Existe um par de rotores em
forma de "oito“, instalados no
interior de uma caixa cilíndrica,
que bombeiam e comprimem o
ar. 72

72

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor rotativo

1. Os rotores nunca se tocam


entre si e não se desgastam;
2. O gás durante a compressão
aumenta de temperatura
extraordinariamente;
3. A câmara de compressão não
é lubrificada;
4. É normalmente arrefecido a
ar.

73

73

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor de alhetas móveis

• Para aplicações isentas de óleo, são


utilizadas alhetas de bronze ou de
grafite.

74

74

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Compressor de anel líquido


• É um compressor isento de óleo, de
deslocamento positivo, com geração
interior de pressão;
• Possui um rotor com uma série de pás,
cujas extremidades variam
excentricamente em relação às paredes
do cilindro, durante cada rotação do
rotor;
• Devido à força centrífuga o líquido forma
um anel sólido à volta do cilindro, a
parede interna do líquido varia também
a sua distância ao rotor;
• Desta forma o volume compreendido
entre as pás varia ciclicamente tal como
nos compressor de pás móveis.
75

75

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Compressor de anel líquido


• O arrefecimento do gás é direto,
devido ao íntimo contacto entre o
gás e o liquido.
• A temperatura de descarga do gás
é igual à temperatura de
admissão do líquido, contudo o
gás abandona o compressor
saturado de vapor.
• Utilizam-se em processos em que
se pretende um reduzido
aumento da temperatura do gás
ao longo do ciclo (praticamente
isotérmico).

76

76

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REDES DE FLUIDOS

Compressor de anel líquido


• Os líquidos utilizados, dependem dos resultados
complementares durante o processo tais como:
– Absorção de alguns constituintes do gás pelo líquido;
– Proteção do compressor contra gases e vapores quimicamente ativos.
• O compressor possui um comportamento idealmente
isotérmico;
• Devido ao atrito do líquido ao longo das paredes do cilindro e
as pás a mergulharem e saírem do líquido, provocam perdas
adicionais;
• O resultado final é uma necessidade específica de energia
muito superior à dos compressores alternativos para o77
mesmo serviço.
77

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REDES DE FLUIDOS

Compressores rotativos de parafuso


• Esse tipo de compressor é de deslocamento positivo;
• Possui dois rotores em forma de parafusos que giram em
sentido contrario, mantendo entre si uma condição de
engrenamento;
• A categoria do compressor de
parafuso pode ser subdividida
em compressores de:
 Parafuso simples
 Parafusos duplos

78

78

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REDES DE FLUIDOS

Aplicação dos compressores


• Transporte de gás a longas distâncias;
• Na prática, em gasodutos longos
utilizam-se compressores puramente
centrífugo (só aceleração radial) ou
compressores mistos (aceleração
com componentes radiais e axiais);
• Nestes casos os mais
frequentemente aplicados são os de
simples estágio;
• Para as relações de compressão
muito elevadas usam-se
normalmente os de dois ou mais
estágios.
79

79

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Aplicação dos compressores


• Os compressores de ar encontram hoje uma aplicação
extremamente variada na indústria, como por exemplo:
 Equipamentos de percussão ou de corte.
 Ferramentas
 Jactos de limpeza
 Accionamento de máquinas
 Ar comprimido medicinal
 Determinados testes de pressão
• O ar comprimido é muito utilizado em zonas com atmosferas
potencialmente inflamáveis ou explosivas, onde a utilização de
equipamentos eléctricos classificados é dispendiosa. 80

80

40
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REDES DE FLUIDOS

Compressores

Exercícios Práticos

81

81

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.2
• Suponhamos que 3 m3 de um gás à pressão
atmosférica são comprimidos adiabaticamente até
que a pressão seja igual a 5 bar manométricos.
Admitindo que o índice de compressão seja n = 1,3,
determine o novo volume do gás.

82

82

41
30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.2
Proposta de resolução
` `

1
1 1,§
Q2 3f 0,757 i§
5 1
83

83

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.3
• Se comprimirmos adiabaticamente 8 m3 de ar à
pressão atmosférica de 100 kPa até que o volume se
reduza a 2,5 m3, qual será a pressão efectiva do
novo estado?

&1 Q2
com k = 1,4
&2 Q1

84

84

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.3
Proposta de resolução

&1 Q2
&2 Q1
Com k = 1,4

• 1,¨
Q1 8
&2 &1 f 100 f 509 #T9 ,9©•3
Q2 2,5
A pressão efectiva é de 509-100 = 409 kPa
85

85

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.4
• Um compressor comprime um gás que é admitido a
20º C, desde a pressão atmosférica até à pressão de
12 bar manométricos. Considerando n = 1,3 qual é a
temperatura do gás no final do processo?

.V1
e1 &1 .

e2 &2

86

86

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.4
Proposta de resolução
.V1 .V1
e1 &1 .
&2 .
e2 e1
e2 &2 &1

1,§V1
12 1 1,§
e2 20 273 f ≅ 530 ª
1

e2 e2 273 257° “
87

87

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.5
• Um compressor comprime adiabaticamente 10 m3 de
ar à temperatura ambiente de 25º C. Qual é a
temperatura do ar comprimido quando o volume se
reduzir a 2 m3.
• Admitir que o índice de compressão tem o valor de
# 1,4. •V1
e1 Q2
e2 Q1

88

88

44
30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.5
Proposta de resolução
•V1 •V1
e1 Q2 Q1
e2 e1
e2 Q1 Q2

1,¨V1
10
e2 25 273 f 298 f 1,90 ≅ 566 ª
2

e2 e2 273 293° “
89

89

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.6
• Um volume de 4 m3 de ar à pressão atmosférica, é
comprimido até à pressão manométrica de 600 kPa. Calcule
o trabalho para se realizar a compressão se esta for efetuada:
a) Sob a forma isotérmica ! 1,0
Nota: Utilize esta equação

&2
LMN/OP 2,3 f &1 f Q1 f log
&1
b) Sob a forma adiabática # 1,4
Nota: Utilize esta equação
UV1
n &2 U
L f &1 f Q1 f 1
n 1 &1
90

90

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.6
Proposta de resolução
a) Compressão isotérmica ! 1,0

91

91

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.6
Proposta de resolução
a) Compressão isotérmica ! 1,0
&2
LMN/OP 2,3 f &1 f Q1 f log
&1
700
LMN/OP 2,3 f 100 f 4 f log 777,5 #¬
100

92

92

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.6
Proposta de resolução
b) Compressão adiabática ! # 1,4
UV1
n &2 U
L f &1 f Q1 f 1
n 1 &1
1.¨V1
1,4 700 1,¨
L f 100 f 4 f 1 1041 #¬
1,4 1 100

∴ A economia de trabalho entre a compressão isotérmica e a adiabática é de:


∆L 1.041,7 – 777,5 #¬ 264,2 #¬

93

93

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.7
• Calcule a economia de trabalho absorvido por um
compressor de dois estágios de compressão ideal,
em relação a um de um único estágio.
• O caudal de ar aspirado é de 3 m3/minuto à
temperatura e pressão ambientes e a pressão de
descarga é de 12 bar.
• O índice de compressão politrópica é de ! 1,3

94

94

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.7
Proposta de resolução
1ª HIPÓTESE: Potência absorvida na compressão num único
estágio
UV1
n &2 U
L f &1 f Q1 f 1
! 1 &1
1,§V1
1,3 3 i§ 1200 100 1,§
L f 100 #T9 f f 1 17,5 #L
1,3 1 60 • 100

∴ A que corresponde um trabalho de compressão de 17,5 kWh

95

95

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.7
Proposta de resolução
2ª HIPÓTESE: Potência absorvida na compressão em dois
estágios
UV1 UV1
n &2 U &§ U
L f &1 f Q1 f 2
! 1 &1 &2

Determinação da pressão intermédia: T2O-d T1 f T§

T2O-d 100 f 1200 100 360 #T9 9©• 260#T9 ,i9!3


1,§V1 1,§V1
1,3 3 i§ 360 1,§ 1200 100 1,§
L f 100 #T9 f f 2 14,9 #L
1,3 1 60 • 100 360

∴ A que corresponde um trabalho de compressão de 14,9 kWh e a economia de


trabalho é de 2,6 kWh. 96

96

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.7
Proposta de resolução

97

97

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.8
• Determinar o índice de compressão politrópico que
se verifica num cilindro de 300 mm de curso e um
espaço livre de 5% (espaço morto) à pressão de 4,4
bar e de cujo diagrama tiramos os seguintes
elementos:
− V1 = 252,8 mm V3 = 124,3 mm
− p1 = 1,38 bar(a); p3 = 3,5 bar(a).

98

98

49
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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.8
Proposta de resolução
Considerando a evolução como adiabática,
verifica-se:
&1 Q1. &§ Q§.

tsp&1 !tspQ1 tsp&§ !tspQ§

! tspQ1 tspQ§ tsp&§ tsp&1

tsp&§ tsp&1 tsp3,5 tsp1,38


!
tspQ1 tspQ§ tsp252,8 tsp124,3

0,54407 0,13988
1,31
2,40278 2,09447
∴ O índice de compressão é 1,31

99

99

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.9
• A compressão tem uma pressão final de 7 bar e um
coeficiente politrópico 1,40. Determine a pressão
média efetiva.
a) De uma compressão efetuada num estágio.
b) De uma compressão efetuada em dois estágios.

100

100

50
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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.9
Proposta de resolução
a) Compressão num estágio
UV1
! &2 U
&w f &1 f 1
n 1 &1
1,¨V1
1,4 7 1 1,¨
&w f1f 1 2,84 bar
1,4 1 1

b) Compressão em dois estágios


UV1
! &2 2U
&w f &1 f 2 f 1
n 1 &1
1,¨V1
1,4 7 1 2f1,¨
&w f1f2f 1 2,42 bar 101
1,4 1 1

101

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
• Um compressor de ar alternativo lubrificado de simples
efeito e de simples estágio tem quatro cilindros e aspira da
atmosfera (descarga livre) 17 m3/minuto à pressão absoluta
de 1 bar e à temperatura ambiente de 20º C. No fim do
processo de aspiração a temperatura e a pressão absoluta
são respectivamente 32º C e 0,97 bar. A pressão absoluta de
descarga é de 7 bar. A rotação do compressor é de 610 rpm,
sendo o coeficiente de espaço morto de 5%. Nestas
condições determine:
a) A eficiência volumétrica teórica.
b) A eficiência volumétrica real.

102

102

51
30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

c) O volume aspirado por ciclo de trabalho.


d) O volume útil dos cilindros.
e) A massa aspirada por ciclo.
f) Considerando que os cilindros têm 73 cm de curso, determine os
respetivos diâmetros.
g) Considerando uma compressão politrópica com ! 1,3 determine a
potência de compressão.
h) Considerando o rendimento termodinâmico de 82,5 %, determina a
potência indicada.
i) Com um rendimento mecânico de 85 % e uma eficiência de 60% para a
transmissão por correias, calcule a potência necessária para o
compressor.
j) Considerando que o acionamento é efetuado por um motor elétrico,
calcule a potência elétrica absorvida à rede considerando um 103
rendimento de 90% para o motor elétrico.
103

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
Proposta de resolução
a) Eficiência volumétrica teórica
1 1
&³ . 7 1,§
ƞcM 1 ² 1 ƞcM 1 0,05 1 0,82 82%
&d 0,97

b) Eficiência volumétrica real


Segundo Marques
1
&³ . &d f eO/w
ƞc€ 1 ² 1
&d &O/w f ed

0,97 f 20 273
ƞc€ 0,82 0,77 77%
1 f 32 273
104

104

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
Proposta de resolução
1
b) Eficiência volumétrica real œd &³ • &d
Segundo Silva ƞc€ 0,97 ² ´
œ³ &d &O/w
µ¶
µ}
Para cilindros lubrificados: ´ o factor de compressibilidade (Z) à entrada
1ƒƒ
1
œ &
1 f 10• f 0,0527 f 101,¸·•f¹
e §,·2•
£st pá•
K 1
Com p em kPa e T em Kelvin £st 9

ps = 0,97 bar = 97 kPa e Ts = 32 + 273 = 305 K


1
œd 0,99
97 105
1 f 10 f 0,0527 f 101,¸·•f1

305§,·2•

105

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
Proposta de resolução
b) Eficiência volumétrica real
Segundo Silva
&º 7 ©9 700 #T9
.V1 1,§V1
&³ . 700 1,§
e³ ed f 305 f 481 ª
&d 97
1
œ³ 0,98
700
1 f 10 f 0,0527 f 101,¸·•f1

481§,·2•
1
0,99 700 1,¨ 0,97
700⁄97 ƞc€ 0,97 0,05 0,072 0,7
´ 0,072 0,98 97 1
100
70 % 106

106

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
Proposta de resolução
&O/w f QO/w &d f Qd
c) Volume aspirado por ciclo:
eO/w ed
&O/w f QO/w f ed 1 f 17 f 305
Qd 18,24 i§ ⁄iŸ!
eO/w f &d 293 f 0,97
Vs = 0,304 m3/s (final da admissão)
Vs/ciclo = Vs/N = 18,24/610 = 0,030 m3

Vs/ciclo = Vs/N = 17/610 = 0,027 m3 (nas condições ambiente)


d) Volume útil dos cilindros
QOdj/m-mPN 0,027
Qú/-P 0,035 i§
žc€ 0,77

Vútil/cilindro = 0,035/4 = 0,009 m3 107

107

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
Proposta de resolução
e) Massa aspirada por ciclo ms
&O/w f QO/w
id ¼O/w f QO/w
Ok f eO/w
100 #T9 f 17 i§ ⁄i Ÿ!
id 20,22 # p⁄i Ÿ! id 0,337 # p⁄•
0,287 #¬⁄#p. ª f 293 ª

id ¼O/w f QO/w ¼O/w f Qd⁄m-mPN f ½


id 20,22 # p⁄i Ÿ!
id id⁄m-mPN f ½ id⁄m-mPN
½ 610 %Ÿ%ts •⁄i Ÿ!

id⁄m-mPN 0,033 # p⁄% Ÿ%ts

108

108

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
Proposta de resolução
f) Determinação do diâmetro de cada cilindro
¿ f À2 f Á
O curso de cada êmbolo é de L=73 cm. Qú/-P⁄m-P-.³kN 0,009 i§
4
D= 0,137 m
¨fƒ,ƒƒŠ
À 0,130 i ,13 %i)
Âfƒ,¸§

g) Potência de compressão politrópica


.V1
! &³ .
L.¾1,§ &d f Qd f f 1
! 1 &d
1,§V1
1,3 700 1,§
L.¾1,§ 97,0 #T9 f 0,304 i§ ⁄• f f 1
1,3 1 97
109
L.¾1,§ 73,5 #L

109

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
Proposta de resolução
h) Determinação da potência indicada
•V1
# f id f r f ed &³ • œd œ³
L-.³-mO³O f 1
# 1 f £Ok f ƞ/Ã &d 2
1,¨V1
1,4 f 0,337 f 8,31 f 305 7 1,¨ 0,98 0,99
L-.³-mO³O f 1
1,4 1 f 28,97 f 0,825 0,97 2
L-.³-mO³O 93,5 #L

110
Potência indicada (Wi): Potencia total desenvolvida nos cilindros devido a pressão do fluido motor sobre
os êmbolos. Determina-se a partir de um indicador de pressão localizado dentro da câmara de combustão;

110

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.10
Proposta de resolução
L-.³-mO³O
i) Potência do motor LwN/Nk
ƞwlmâ.-mN f ƞ/kO.dw-ddãN
93,5
LwN/Nk 183,3 #L
0,85 f 0,60
j) Potência eléctrica consumida à rede elétrica
LwN/Nk 183,3
LO-dNkc-³O 203,7 #L
ƞwN/Nk 0,9

∴O consumo do motor é de 203,7 kWh

111

111

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.11
• Ar é admitido num compressor à pressão de 95 kPa(a) e à temperatura
de 27º C, e abandona-o a 600 kPa(a) e 277º C. O caudal de ar
comprimido é de 1,4 m3(n)/s. Desprezando variações de energia cinética
e potencial do gás, calcule:
a) A que temperatura do ar que sairia se do processo fosse
adiabático reversível (isentrópico)
b) Considerando uma compressão isentrópica qual a potência teórica
do compressor.
c) O coeficiente politrópico do processo.
d) O calor libertado pelo compressor.
e) A potência teórica do compressor.
f) A potência teórica utilizada se o processo de compressão fosse
isotérmico.
g) O calor libertado durante o processo isotérmico.
112

112

56
30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.11
Proposta de resolução
a) A que temperatura a que o ar sairia se o processo fosse adiabático
reversível (isentrópico).
•V1 1,¨V1
&2 • 600 1,¨
e2d e1 27 273 508 ª ,235º “3
&1 95
b) Considerando uma compressão isentrópica qual a potência teórica do
compressor.
i 1,4 i§ ⁄• f 1,2922 #p⁄i§ 1,809 #p/•
#
LMN/OP f i f f e2d e1
# 1
1,4
LMN/OP f 1,809 #p⁄• f 0,287 #¬⁄#p. ª 235 27
1,4 1 113
LMN/OP 377 #L
113

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.11
Proposta de resolução
c) O coeficiente politrópico do processo.
&2 600
t! t!
&1 95
! 1,49
&2 f e1 600 f 300
t! t!
&1f e2d 95 f 550
d) O calor libertado pelo compressor.
! #
¢ i f %j e2 e1
! 1 #
1,49 1,4
1,809 f 1,006 f 277 27 59,7 #L
1,49 1 f 1,4
e) A potência teórica do compressor.
1,49
LMN/OP f 1,809 #p⁄• f 0,287 #¬⁄#p. ª 277 27 394,7 #L
1,49 1 114

114

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30/04/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 9.11
Proposta de resolução
f) A potência teórica utilizada se o processo de compressão fosse
isotérmico.

&2 600
LÆdN/ékw-mN i f r f e1 f t! 1,809 f 0,287 f 300 f t!
&1 95
287,06 #L

f) O calor libertado durante o processo isotérmico.

¢-dN/ékw-mN LÆdN/ékw-mN 287,06 #L

115

115

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 9.12
• Um compressor de duplo efeito com dois cilindros com um curso L = 730
mm e 140 mm de diâmetro, aspira um caudal de 17,69 m3 à pressão de 1
bar e à temperatura de 20º C (ambiente). O compressor tem rotação de
610 rpm e a eficiência volumétrico do lado da tampa e da haste é de 70
%.
• Determine o diâmetro da haste de cada cilindro.

116

116

58
30/04/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 9.12
Proposta de resolução
Vasp = Vasp/ciclo x d x N

Vasp/ciclo/cilindro = Vasp/(2xN) = 17,69 m3/min/(2x 610 rpm)=0,0145 m3

Éy}z ƒ,ƒ1¨•
QÈ/-P/m-mPN 0,0340 f 10§ i§ 0,0340 t
ƞxÊ fË ƒ,¸ƒf„1ƒ

¨fÉÌ•Í‚/•Í•‚{ ¨fƒ,ƒ§¨ƒ f1ƒÏ


À 0,0077 i 7,7 ii
ÂfÎ §,1¨fƒ,¸§ƒ

117

117

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluido
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

118

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

118

59
07/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

Gases Combustíveis

Aula 22

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Distribuição de gases combustíveis

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REDES DE FLUIDOS

2
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

31 de outubro de 2021

3
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Distribuição de gases combustíveis

7
Sistema Nacional de Gás Natural (SNGN) e Áreas de Concessão da GALP

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REDES DE FLUIDOS

Distribuição de gases combustíveis

Rede de transporte e distribuição de gás


8

4
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Distribuição de gases combustíveis


• Os diferentes tipos de gases combustíveis, podem ser
classificados em duas categorias:
− Os gases naturais:
− Provenientes de jazigos subterrâneos ou submarinos. Após
tratamento são transportados até às regiões de distribuição e pontos
de utilização.

− Os gases ditos de petróleo ou petróleo liquefeitos (GPL).


− Provêm da refinação do petróleo bruto ou por recuperação quando
do tratamento de certos gases naturais.
− São distribuídos em fase gasosa, e vendidos em fase líquida, em
recipientes pressurizados.
9

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REDES DE FLUIDOS

Distribuição de gases combustíveis


• A exploração do gás natural na Europa iniciou-se a partir de
jazigo de LACQ, (França) atualmente extinto;
• Face ao aumento de consumo e à extensão das redes, as
proveniências entretanto diversificaram-se;
• Assim, verifica-se:
– gás de Groninque (Holanda);
– da Argélia;
– do Mar do Norte;
– da Rússia, etc…
10

10

5
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Classificação dos gases combustíveis


• São classificados segundo o seu poder calorífico superior
(PCS). Distinguem-se:
– Gases tipo (H), de alto poder calorífico:
PCS compreendido entre 10,7 e 12,8 kWh/m3 (n).

– Gases tipo (L), de baixo poder calorífico.


PCS compreendido entre 9,5 e 10,5 kWh/m3 (n).

11

11

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REDES DE FLUIDOS

Composição dos gases naturais


• Os gases naturais são compostos de vários gases cujo principal
constituinte é o Metano;
• Os restantes constituintes são:
– Gases combustíveis, principalmente hidrocarbonetos
saturados;
– Gases incombustíveis, em fraca proporção como o azoto ou
o gás carbónico;
• A combustão dum gás cujo principal constituinte é o metano,
produz em presença do ar, essencialmente:
– calor + água + gás carbónico.
12

12

6
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Unidades empregues aos gases combustíveis


• A unidade empregue para designar a quantidade de
combustível depende do seu estado:
– Para os combustíveis gasosos, a unidade é o metro cúbico
normal [m3 (n)], isto é, o metro cúbico de gás à
temperatura de 0 °C e à pressão atmosférica de 1,013 bar;
– Para gases liquefeitos, utilizam-se preferencialmente a
unidade de massa, o quilograma (kg);
– A unidade de quantidade de calor é o Joule. Por razões
práticas, é utilizada com frequência o kWh que equivale a
3.600 kJ.
13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Poder calorífico dos gases combustíveis


• O poder calorífico dum combustível é a quantidade de calor
obtida pela combustão total, à pressão atmosférica (1,013
bar), da unidade de quantidade ou de volume de combustível;
• O poder calorífico dum combustível gasoso exprime-se em :
– kWh/m3 (n)
• Tendo em conta o forte desenvolvimento de calor, a água
produzida passa a estado de vapor;
• O calor absorvido pela vaporização da água, calor latente, não
é de desprezar.

14

14

7
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Poder calorífico dos gases combustíveis


• Define-se:
– O PCS (poder calorífico superior) de um gás como sendo a totalidade
da energia produzida pela combustão completa da unidade de volume,
ou seja, portanto, a soma do calor sensível e do calor latente;
– O PCI (poder calorífico inferior) é a energia produzida pela combustão
de uma unidade de volume considerando a vaporização da água no
processo de combustão, portanto, é igual ao módulo da entalpia de
combustão, i.e., entalpia sensível (calor sensível).

15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Poder calorífico dos gases combustíveis


• Relação entre PCI e PCS
– PCS = PCI + .
– Para os gases é utilizada uma relação aproximada entre PCI e PCS:
PCI ≅ 0,9 PCS.

16

16

8
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Classificação dos gases combustíveis


• Índice de Wobbe
– O índice de Wobbe é uma relação entre poder calorífico e densidade
relativa dada pela equação:
PCS
W=
d
Sendo:
Índice de Wobbe [J/m3 (n)]
Poder calorífico superior [J/Nm3 (n)]
Densidade do gás em relação ao ar.
– Portanto, é um índice que caracteriza o fluxo de calor de um
queimador;
– É aplicado em questões de intermutabilidade de gases. 17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Classificação dos gases combustíveis


• Índice de Wobbe
– A importância do índice de Wobbe está ligada à intermutabilidade de
gases para uma mesma aplicação ou queimador;
– Observa a relação do poder calorífico e a raiz quadrada da densidade
relativa tem a ver com a quantidade de energia (por volume) que é
possível passar por determinado orifício com a queda de pressão
correspondente;
– Em outras palavras, gases com o mesmo índice de Wobbe vão
apresentar o mesmo desempenho energético.

18

18

9
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Classificação dos gases combustíveis


• Os combustíveis gasosos classificam-se segundo o índice de
Índice de Wobbe, em:
– Primeira família
 Índice de Wobbe compreendido entre 23,86 e 31,4 MJ/m3 (n);
 Pertencem a esta família o gás manufacturado, o gás de coque e
misturas de hidrocarbonetos e ar de baixo índice de Wobbe (ar
metanado ou propanado).

– Segunda família
 índice de Wobbe compreendido entre 40,53 e 57,99 MJ/m3 (n);
 Pertencem a esta família, os gases naturais e as misturas de alto
índice de Wobbe, de hidrocarbonetos com ar, (ar propanado).
19

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Classificação dos gases combustíveis


• Os combustíveis gasosos classificam-se segundo o índice de Índice
de Wobbe, em (cont.):
– Terceira família:
 índice de Wobbe compreendido entre 77,46 e 92,40 MJ/m3 (n).
 Dentro desta família encontram-se os GPL (propano e butano
comerciais).
• Esta classificação tem a haver com a possibilidade de substituição
dos gases dentro da mesma família;
• De acordo com a teoria da combustão esta classificação foi possível
através do conhecimento do "módulo do gás“;
• Diminuindo ou aumentando a secção do orifício dum injetor e a
pressão de alimentação do gás, de modo a que a quantidade de
movimento do jato de gás permaneça constante, obter-se-á uma
20
relação conhecida como módulo do gás;

20

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Módulo do gás
• E define-se por:
p
= cte.
W
Pressão de alimentação;
Índice de Wobbe.

21

21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Módulo do gás
• Os gases com módulos iguais podem ser queimados no mesmo
queimador, permanecendo constantes a sua potência calorífica e
a sua taxa de aeração;
• A taxa de aeração é a relação entre o volume de ar entrado no
queimador através do jato antes da combustão e o volume de ar
necessário à combustão completa do gás;
• Dois gases com índices de Wobbe iguais podem ser
intermutáveis.
• Só que esta condição não é totalmente suficiente.
• Para que tal aconteça é necessário o conhecimento de outro
índice, denominado “Potencial de combustão (C)” ou “índice de
Delbourg”
• Equação que estabelece-se a energia da combustão: 22
P (kW) = Q [m3 (n)/h] x PCI [kWh/m3 (n)]
22

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Potencial de combustão C
• O potencial de combustão é o poder calorífico dos componentes
combustíveis de uma mistura em função da densidade;
• É a relação entre as proporções volumétricas dos componentes de
um gás combustível e a raiz quadrada da sua densidade:

H + 0,7 CO + 0,3 CH +  a Cn H m
C= 2 2 4
d
Sendo:
2, 2, 4 as proporções volumétricas centesimais dos referidos gases;
o tipo do hidrocarboneto (diferente do CH4 – metano);
o coeficiente característico do hidrocarboneto, (0,73 a 3) que tipifica a
velocidade de chama do gás;
a densidade do gás em relação ao ar. 23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Potencial de combustão C
• Este índice reflete as três características principais da chama,
ou sejam:
– A altura do cone azul,
– Os débitos e;
– As velocidades críticas de:
 Descolamento da chama;
 Retorno da chama.

24

24

12
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Potencial de combustão C
• Descolamento da chama: • Retorno da chama:
– Resulta de quantidade excessiva de – Quando a velocidade de chama é
ar primário ou velocidade excessiva maior que a velocidade da
do gás;
mistura ar/combustível;
– Quando a velocidade da mistura não
queimada é maior que a velocidade – Fenómeno que ocorre
de chama; inversamente ao deslocamento
– Fenómeno que ocorre quando a da chama quando a velocidade
velocidade perpendicular ao cone de de propagação da chama é muito
chama da mistura ar combustível, na superior à velocidade
saída do queimador atmosférico, perpendicular ao cone de chama
excede a velocidade de propagação da mistura ar combustível na
da chama; saída do queimador atmosférico,
– Nesta condição, a combustão tem resultando que a combustão
seu início distante do queimador e, penetra no interior do
se a velocidade for ainda mais queimador;
elevada, pode ocorrer a extinção da
chama, fenómeno chamado de – O fenómeno de retorno
sopro; praticamente nunca ocorre com
– Provoca o aparecimento nos gás natural e gás butano pois sua
produtos da combustão de gás faixa de ocorrência é nas
combustível não queimado ou potências específicas da pré-
produtos de combustão incompleta. mistura muito baixas; 25

25

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REDES DE FLUIDOS

Sistema de Queimador de GN
• O deslocamento e retorno da chama
podem trazer consequências
desastrosas aos equipamentos e um
queimador de gás deve ser projetado
para determinadas faixas de
velocidades de chama para se garantir a
estabilidade;
• Os dois índices (W e C) são ainda
corrigidos por coeficientes que têm em
conta os efeitos:
– Da viscosidade do gás sobre o débito
que passa no orifício do injetor;
– Do oxigénio, do monóxido e do dióxido
de carbono sobre a combustão.
• O conhecimento destes dois índices,
corrigidos, permite estabelecer o
diagrama de intermutabilidade dos
gases (ver figura).
26

26

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REDES DE FLUIDOS

Sistema de Queimador de GN

27

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REDES DE FLUIDOS

Sistema de Queimador de GN
• Problemas de intermutabilidade dos gases
– Dadas as diferentes características físico-químicas de cada gás combustível,
manter variáveis nas condições de combustão em diferentes equipamentos de
combustão após a substituição é uma tarefa complexa;
– As dificuldades aparecem na troca entre gases de mesma família e entre gases
da primeira e da segunda família;
• Os problemas principais estão • Para orientar a intermutabilidade
relacionados à: dos gases utilizam-se diferentes
– Relação ar combustível;
índices:
– Velocidade da chama;
– Índice de Wobbe e Índice de
– Temperatura da chama;
Wobbe corrigido (teor de CO);
– Comprimento da chama;
– Potencial de Combustão C;
– Densidade.
– Índice de Pontas Amarelas;
– Índice de Depósito de carbono. 28

28

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REDES DE FLUIDOS

Sistema de Queimador de GN
• Problemas de intermutabilidade dos gases (cont.)
– Os mecanismos de solução dos problemas de intermutabilidade são
baseados na modificação do gás substituto ou do processo de
combustão;
– A modificação faz-se com:
 Adição de elementos: mistura-se o gás substituto com ar, azoto
(nitrogénio), e outros gases combustíveis (propano, butano);
 Extração de elementos: retira-se do gás substituto em quantidades de
propano, butano e azoto (nitrogénio);
 Modificação nos equipamentos: regulação das condições de operação
como pressão e aeração primária;

29

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

Potência térmica de um Gerador de Calor


(Caldeira)
• É usual distinguir entre: • Onde se verifica as seguintes
– Potência nominal equivalências:
" # $

– Potência calorífica
" "
$ # 1,11
– Potência útil

Sendo: 1,11
$ #
, ! – potências, respetivamente,
nominal, calorífica e útil em W;
– consumo de gás em m3(n)/s;
, – poderes caloríficos inferior e
superior, MJ/m3(n);
- rendimento útil do gerador ( em
relação ao PCI), em %. 31

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

Coletor ou rampa de gás

33

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REDES DE FLUIDOS

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Contador de gás
• Um contador quando mede o consumo de gás fá-lo nas condições reais de
pressão e temperatura, as quais poderão variar no decurso da utilização.
• Estes valores deverão ser portanto transformados em valores relativos às
condições normais ou standard.
• Para as condições standard e baixas pressões a equivalência poderá ser
expressa da seguinte forma & 6 ( ) :
*+ ,-
288 -
Onde:
Q – consumo de gás medido no contador (m3); Q (st) – consumo de gás nas condições
standard (m3) ; ,1 – temperatura absoluta do gás no contador (K) ; 1 – pressão absoluta
do gás no contador (bar)

• Para valores superiores / 6 ( ) deve-se multiplicar pelo fator de


35
compressibilidade do gás.

35

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REDES DE FLUIDOS

Contador de gás
• P.Ex:
O consumo medido num contador foi de 10 3 de gás a uma temperatura
e pressão relativa de, respetivamente, 10 ° ! 1,5 ( ). Qual o consumo
em 3 ?
Atendendo a que *+ 1,055, ,1 273 5 10 283 6 ! 1
1,5 5 1,013 2,513 ( ), verifica-se que:

*+ ,- 10 288 2,513 8
→ *+ 25,57
288 - 283

25,57 8
24,24
1,055
36

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REDES DE FLUIDOS

Classificação das gamas de pressões


correntemente utilizadas
Redes de Transporte
• Os gasodutos de transporte de gás combustível, de acordo com a Portaria
Nº390/94 de 17 de Junho, classificam-se em escalões:
– Gasodutos de 1º Escalão;
– Gasodutos de 2º Escalão;
– Gasodutos de 3º Escalão.

• Gasodutos de 1º Escalão
Pressão de serviço PS > 20 bar,
– Normalmente designados por gasodutos de transporte, só podem
ser construídos em zonas não urbanas. 37

37

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REDES DE FLUIDOS

Redes de Transporte
• Gasodutos de 2º Escalão
20 bar ≥ Ps > 4 bar
– Normalmente designadas por redes primárias de
distribuição, constituem a entrada nos grandes centros
urbanos.
• Gasodutos de 3º Escalão
– Redes de distribuição de média pressão na gama:
50 mbar a 4 bar
– São as redes localizadas no interior dos centros urbanos
e abastecem as redes de distribuição de baixa pressão
através de redutores de pressão devidamente
escalonados. 38

38

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Classificação das gamas de pressões


correntemente utilizadas
• As redes classificam-se de acordo com o valor da pressão
relativa de serviço:
– Redes de distribuição de baixa pressão:
• p ≤ 50 mbar (gás natural);
• p ≤ 67 mbar (do propano comercial).
• As pressões das redes de distribuição de baixa pressão
aproximam-se da pressão efetiva necessária para uma
queima correta nos aparelhos domésticos:
– Pressão de queima :
• Gás natural ≈ 25 mbar
• Gás propano ≈ 37 mbar
• Gás butano ≈ 30 mbar 39

39

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REDES DE FLUIDOS

Características de alguns Gases

Tipos de Gás PCS Densidade Pressão utilizada


kWh/m3 (n) (em rel. ao ar) mbar
Lacq 11,3 0,57 18
Groninguen 10 0,64 25
Argélia 12 0,64 18
Mar do Norte 11,2 0.62 18
Russia 11,2 0,60 18
Propano comercial 27 1,5 37
Ar propanado
- tipo 7,5 7,6 1,1 8
- tipo 13,5 15,7 1,15 18
Butano comercial 38,3 2 28
ar butanado 7,3 1,2 8

40

40

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REDES DE FLUIDOS

Pressões e velocidades consideradas nas redes


de distribuição
Ar Propanado Gás Natural
Varia entre 0,2 e 1 bar Varia entre 1 e 4 bar

Fluido Velocidade (m/s)


Oxigénio 3a8
Ar comprimido 3 a 10
Gases (BP) 3 a 10
Gases (AP) 15 a 20
Vapor saturado húmido 20 a 40
Vapor saturado seco 30 a 50
Vapor sobreaquecido 40 a 60 41

41

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REDES DE FLUIDOS

Limitações às velocidades de escoamento


• Para assegurar as perdas de carga máximas (1,5 e 30 mbar) é necessário
que a velocidade de escoamento seja inferior a 15 m/s em média pressão
e 10 m/s a baixa pressão.
• Na maior parte dos casos os gases são distribuídos à temperatura
ambiente, que se considerarmos aproximadamente igual a 15ºC,
teremos:
Q
V = 353,7 troço
2
med p
int .D
Onde:
9 (m/s);
(m3(st)/h, referido a 15ºC e 1,013 bar); pi + p f
(bar, pressão abs. média de serviço); pmed =
: (mm) 2 42

42

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga máximas admissíveis


• Os cálculos das tubagens desenvolvem-se, normalmente, em função das
perdas de carga máximas admissíveis:

Baixa pressão Média pressão


(gás natural / ar propanado) (independentemente do tipo de gás)

á< 30 ( )
á< 1,5 ( ) • Aplicação em:
‒ Colunas montantes de edifícios
• Aplicação em: coletivos abastecidos pelas redes
de ar propanado e gás natural (que
‒ Troços no interior dos fogos; funcionam normalmente a
100 ( ));
‒ Instalações do setor terciário, em
que as condições o permitam. ‒ Instalações de gás do sector
terciário com grandes
comprimentos de tubagem ou
grandes consumos. 43

43

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga
• Os gases com densidade inferior ao ar “ganham” pressão com a
altitude.
• Nestes casos, há que afetar as perdas de carga com coeficientes
apropriados que têm em conta a densidade do gás e do ar.
• ∆ 0,1293 1 ? , em que ∆ é a variação
de pressão devido à altura (mbar) e a altura da tubagem na
vertical (m):
– ∆ 5 *! & 1 (Gás natural e gás de cidade) e,
– ∆ ? *! @ 1 (Propano e ar propanado), ou seja,
aproximadamente, atendendo às densidades relativas:
• Gás natural + 0,047 mbar/m (ganho)
• Ar propanado - 0,038 mbar/m (perda) 44

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REDES DE FLUIDOS

Cálculo de erro nas fórmulas de perda de carga


• Em redes malhadas um mau conhecimento dos dados ou erros
na natureza e repartição das cargas nas redes podem tornar
um resultado inexplorável.
• É interessante analisar a consequência de erros ou más
estimativas iniciais:
– Pela análise das fórmulas do Renouard propostas pelas
concessionárias e supondo variações relativas no caudal, no
AB AC AD
diâmetro e no comprimento ou seja, , , , a variação
B C D
correspondente nas fórmulas de Renouard, para perda de carga
será dada por:
E :
∆ 5 1,82 5 4,82
E :
45

45

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REDES DE FLUIDOS

Erro nas fórmulas de perda de carga


• Um erro de 5% no diâmetro provoca um erro próximo de 24%
na perda de carga;
• Um erro de 5% no caudal provoca um erro próximo de 9% na
perda de carga;
• Um erro de 5% no comprimento provoca um erro da mesma
grandeza na perda de carga.
Nota: Constata-se que o diâmetro é o parâmetro mais sensível.
Consequentemente, a sua determinação deverá ser a mais
rigorosa possível.

46

46

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Materiais de tubagem de redes de gás natural


• Nas redes de distribuição e • Utiliza-se preferencialmente o
transporte de gás natural PEAD (polietileno de alta
utilizam-se diferentes materiais densidade), geralmente até ao
tais como: diâmetro DN 200;

– Aço; • Não é permitida a sua utilização


em tubagens aéreas;
– Cobre;
• Nos tubos em Polietileno utiliza-
– Polietileno. se a:
• A sua aplicação encontra-se – Série SDR 11, se a resina for
devidamente legislada. do tipo PE80
– SDR 17.6 se a resina for do
Tipo PE 100
(SDR – “Standard Dimension
Ratio”)
47

47

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REDES DE FLUIDOS

Materiais de tubagem de redes de gás natural


No interior dos edifícios Acima de F @ G HIJ
– No interior dos fogos com – Nos gasodutos de 2º escalão:
diâmetros e pressões diminutas e  Empregam-se aços, do tipo API 5L GrB
necessidade de facilidade de
– Nos gasodutos de 1º Escalão:
montagem, emprega-se, o cobre
 Aços de alto limite elástico
revestido;
Ex: API 5L Grades X52, X70, etc.
– Nas colunas montantes o aço ou o
cobre, conforme as normas – As tubagens deverão ser enterradas
a uma profundidade mínima de 0,8
técnicas aplicáveis.
m (Medida entre o nível do solo e a
geratriz superior da tubagem);
– As tubagens em aço, para além do
revestimento exterior em PEAD, são
ainda objeto de proteção catódica.

48

48

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REDES DE FLUIDOS

Materiais de tubagem de redes de gás natural


Baixa pressão Média pressão
• Nos troços a baixa pressão, comuns • Nos troços abastecidos em média
a vários aparelhos, preconiza-se a pressão preconiza-se a adoção dos
adoção dos seguintes diâmetros seguintes diâmetros mínimos:
mínimos:  Ø 15 mm para tubagem de cobre;
– Instalações abastecidas com gás  Ø 1/2" para tubagem de aço.
natural/propano:
 Ø 22 mm para tubagem de cobre;
 Ø 3/4" para tubagem de aço.

49

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REDES DE FLUIDOS

Recomendações da Lisboagás
Formulas de Renouard simplificadas
SLeq 1,82
BP p1 - p2 = 23,3 Q (P< 50 mbar)
D 4,82

Distribuição
SLeq 1,82
MP p12 - p22 = 48,6 Q ( P>50 mbar)
D4,82
B
Nota: Equações aplicáveis para valores cuja a relação & 150
C
8
Q – Caudal [ *+ / ] e;
D – Diâmetro interior do tubo [ ] 50
p – pressões [bar]

50

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REDES DE FLUIDOS

Cálculo de perdas de carga


Fórmulas de Renouard
• Fórmula binómia: L 0,0103 5 1,59 M! NO,PP (tubagens de certa
importância);
• Fórmulas monómias:
– L 0,172 M! NO,-Q (Válida para AP ou BP e 2 104 & M! & 2 106);
– L 0,21 M! NO,RO(Válida para BP e M! & 2 104);
• As fórmulas de Renouard são válidas, nas seguintes condições:
B
– S 150 → Q – caudal [m3 (st)/h] e D – diâmetro interior do tubo (mm) –
C
p.ex: para 2” (D = 53 mm) as fórmulas de Renouard serão válidas se
150 53 7950 3/ .
– M! & 2 106

51

51

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REDES DE FLUIDOS

Recomendações da Transgás
Formula de Panhandle
• Nos gasodutos de 2º Escalão 4 bar <P< 20 bar
R R O,W8XP -,XU
?
- R R R
0,00506 T :R,U-UR - ? R 22,1 EZ[
EV :P,XU
Onde: Lm [km]; D[mm]; Q[m3(st)/h]; p [bar]; Onde: Leq [m]; D[mm]; Q[m3(st)/h]; p [bar]; S
E é a eficiência do ramal. (c/ correção para a viscosidade e
compressibilidade; SGN= 0,62), que se
Esta fórmula é válida para as seguintes determina pela expressão seguinte:
condições: O,O8X -,XU
,V ] 0,85
, 15º \V
288 0,16 T^
5 10U S M! S 14 10U
Onde:
(densidade do gás);
\ fator de compressibilidade;
, temperatura média;
T fator de rugosidade ou coef. de escoamento
52
(0,7 - 1).

52

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas gás combustível


Algoritmo-base de dimensionamento em média pressão
1. Escolher o gás de referência para o dimensionamento;
2. Imputar a cada troço da instalação o respetivo caudal máximo de gás;
3. Definir o caminho crítico (percurso que corresponde ao maior comprimento de
tubagem);
4. Determinar o comprimento equivalente máximo de toda a instalação de média
pressão:
EZ[;V`a 1,2 E$bcdc$e f g
5. Determinar o comprimento equivalente de cada troço:
EZ[ 1,2 EbZ`h f g
6. Determinar a perda de carga quadrática métrica:
R R
R ? 1,01325 ? - ? 1,01325
∆ f( ) R⁄ g
EZ[;V`a 53

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas gás combustível


Algoritmo-base de dimensionamento em média pressão
7. Determinar o diâmetro de cálculo:
j,k 48,6 -,QR
: f g

8. Determinar o diâmetro interior normalizado da tubagem de acordo com as


normas em vigor;
9. Impor a pressão de abastecimento -, p.ex., gás natural, - 0,100 ( );
10. Calcular a pressão final de cada troço ( R):
-,QR
? 1,01325 R ? 48,6 EZ[ ? 1,01325 f( )g
R -
:P,QR

54

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas


Algoritmo-base de dimensionamento em média pressão
11. Determinar a pressão final corrigida ( R$ ) de cada troço, considerando a perda de
carga devida à altura:
0,1293 1? EZ[;lZbdc$`h
R$ R5 f( ) R⁄ g
1.000
12. Calcular a perda de carga do troço (∆ dbeçe ):
∆ dbeçe - ? R$ 1.000 f ( )g
13. Calcular a perda de carga acumulada (∆ `$"V"h`A` ):
∆ dbeçe 0,100 ? R$ 1.000 f ( )g
14. Calcular a velocidade de escoamento:
- 5 1,01325 5 R$ 5 1,01325
VZA f( )g
2
9 354 R f ⁄*g
:c#d VZA
15. Verificar se a velocidade em cada troço é S 15 /*. Se tal não suceder, subir um
55
escalão no valor do diâmetro normalizado e regressar ao ponto 10.

55

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas


Algoritmo-base de dimensionamento em baixa pressão
1. Imputar a cada troço da instalação o respetivo caudal máximo de gás de referência,
a partir do contador até ao aparelho de queima mais afastado;
2. Definir o caminho crítico após o contador (percurso que corresponde ao maior
comprimento de tubagem);
3. Determinar o comprimento equivalente máximo de toda a instalação de média
pressão:
EZ[;V`a 1,2 EbZ`h f g
4. Determinar o comprimento equivalente de cada troço:
EZ[ 1,2 EbZ`h f g
5. Determinar a perda de carga linear métrica:
R? -
∆ ( )⁄ & 1,5 ( )
EZ[;V`a
56

56

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas


Algoritmo-base de dimensionamento em baixa pressão
6. Determinar o diâmetro pelo cálculo:
j,k 23.200 -,QR
: f g

7. Determinar o diâmetro interior normalizado da tubagem de acordo com as


normas em vigor;
8. Impor a pressão de abastecimento -, p.ex., gás natural, - 20 ( );
9. Calcular a pressão final de cada troço ( R):
-,QR
R - ? 23.200 E
P,QR f ( )g
:c#d
10. Determinar a pressão final corrigida ( R$ ) de cada troço, considerando a perda de
carga devida à altura:
R$ R 5 0,1293 1? EZ[;lZbdc$`h f ( )⁄ g 57

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REDES DE FLUIDOS

Expressão para o cálculo de condutas


Algoritmo-base de dimensionamento em baixa pressão
11. Calcular a perda de carga do troço (∆ dbeçe ):
∆ dbeçe - ? R$ f ( )g
12. Calcular a perda de carga acumulada (∆ `$"V"h`A` ):
∆ dbeçe 20 ? R$ f ( )g
13. Calcular a velocidade de escoamento:
- 10N8 5 1,01325 5 R$ 10N8 5 1,01325
VZA f ( )g
2
9 354
R f ⁄*g
:c#d VZA
14. Verificar se a velocidade em cada troço é S 10 /*. Se tal não suceder, subir um
escalão no valor do diâmetro normalizado e regressar ao ponto 10.

58

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

Gases Combustíveis

Exercícios Práticos

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60

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.1
• Uma turbina de gás com uma potência nominal de 2 MWe (ηturbina = 0,30)
necessita de uma pressão de 15 bar(g) à entrada da rampa de alimentação
(conjunto de acessórios e pequenos troços de tubagem, junto à turbina,
que fazem a interligação com a conduta de gás).
• A conduta que liga o PRM (Posto de Redução e Medida) à rampa de
alimentação da turbina tem uma extensão L = 150 m e é fabricada em aço
comercial (DN 1”, sch 40).
• Os acessórios instalados na rede têm um comprimento equivalente Leq =
0,2 x L. O gás natural tem um poder calorífico inferior (PCI) de 38,4
MJ/m3(n). Nestas condições determine:
a) O caudal de gás na rede e a respetiva potência térmica nominal (PCI).
b) A pressão à saída do PRM de modo a garantir a pressão necessária na
rampa de gás da turbina.
c) A velocidade média do gás na conduta.
d) Indique, no seu entender, quais os acessórios que a rampa de gás
61
deverá possuir. Justifique.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.1

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.1
• Proposta de resolução
– Zn 2o
– p 30%
– Z#db`A` 15 ( ) r
– E 150
– E!s 150 5 0,2 150 180
– Tubo DN 25 sch 40 Øu + 26,64
– 38,4 ov/ 3

63

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.1
• Proposta de resolução
wnxyé{. R
a) np 6,66 ov⁄*
|} O,8

6,66 ov⁄*
n# 0,17 8 ⁄* 624,4 8 ⁄
38,4 ov⁄ 8
R R B€,k
b) ~ ? • 48,6 E
Cj,k
R R URP,P €,k
~ ? • 48,6 0,65 180 93,646 ( ) R
RU,UP j,k

93,646 5 15 5 1,013 R 18,51 ( ) 17,70 ( ) r


~
8WP URP,P
c) 9c 16,65 ⁄*
-Q,W- RU,UP
354 624,4
9 19,45 ⁄*
16,01 26,64R
16,65 5 19,45
9 18,05 ⁄*
2
∴ A velocidade está dentro do intervalo de redes de AP [15 a 20] m/s. 64

64

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.1
Resolução
d) Rampa de gás
1 – Válvula de isolamento
2 – Manómetro da pressão de entrada (alta)
3 – Filtro
4 – Regulador de pressão
5 – Válvula de segurança
6 – Electroválvula
7 – Manómetro de pressão (PRM)

65

65

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.2
Uma caldeira de vapor alimentada a gás natural com uma potência nominal de 5 MWT
(ηcaldeira = 0,85) necessita de uma pressão de 1 bar(g) à entrada da rampa de
alimentação (conjunto de acessórios e pequenos troços de tubagem, junto à caldeira,
que fazem a interligação com a conduta de gás). A conduta que liga o PRM (Posto de
Redução e Medida) à rampa de alimentação da caldeira tem uma extensão L = 100 m
e é fabricada em aço comercial (DN 3”, sch 40).
Os acessórios instalados na rede têm um comprimento equivalente Leq = 0,2 x L. O gás
natural tem um poder calorífico inferior (PCI) de 38,4 MJ/m3(n). Nestas condições
determine:
a) O caudal de gás na rede e a respetiva potência térmica nominal (PCI).
b) A pressão à saída do PRM de modo a garantir a pressão necessária na rampa de
gás da caldeira.
c) A velocidade média do gás na conduta.
d) Indique, no seu entender, quais os acessórios que a rampa de gás deverá possuir.
Justifique.

66

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33
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.2

67

67

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.2
• Proposta de resolução
n
– •`hA, 5o
– $ 85%
– Z#db`A` 1 ( ) r
– E 100
– E!s 100 5 0,2 100 120
– Tubo DN 80 sch 40 Øu + 80,08
– 38,4 ov/ 3

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.2
• Proposta de resolução
wnƒ„y…. W
a np 5,88 ov⁄*
|} O,QW
5,88 ov⁄*
n# 0,15 8 ⁄* 551,5 8 ⁄
38,4 ov⁄ 8
R R B€,k
b) ~ ? • 48,6 E
Cj,k

R R
551,5-,QR
~ ? • 48,6 0,64 120 0,233
80,08P,QR
0,233 5 1 5 1,013 R 2,07 ( ) 1,06 ( ) r
~
8WP WW-,W
c) 9c 14,70 ⁄*
R,O† QO,OQ
354 551,5
9 15,12 ⁄*
2,013 80,08R
14,70 5 15,12
9 14,91 ⁄* ‡ 15 ⁄*
2
69
∴ A velocidade está dentro do intervalo de redes de MP [10 a 15] m/s.

69

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.2
Resolução
d) Rampa de gás
1 – Válvula de isolamento
2 – Manómetro da pressão de entrada (alta)
3 – Filtro
4 – Regulador de pressão
5 – Válvula de segurança
6 – Electroválvula
7 – Manómetro de baixa pressão

70

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.3
Uma rede de gás é constituída pelos seguintes equipamentos de queima:
1. Um gerador de ar quente alimentado com gás natural em média pressão (MP) com uma
potência nominal de 1 MW que necessita de uma pressão mínima de 0,7 bar(g) à
entrada da rampa de alimentação;
2. Uma caldeira de água quente alimentada a gás natural em baixa pressão (BP) com uma
potência nominal de 500 kW (ηcaldeira = 0,80) que necessita de uma pressão mínima de
48,5 mbar(g) à entrada da rampa de alimentação.
3. A conduta em média pressão (MP) tem uma extensão total LMP = 100 m e a conduta em
baixa pressão (BP) tem um comprimento LBP = 40 m, sendo ambas fabricadas em aço
comercial. Considere que toda a tubagem é horizontal. Os acessórios instalados em
cada uma das redes (MP e BP) têm um comprimento equivalente L = 0,2 x L. O gás
natural tem um poder calorífico inferior (PCI) de 38,4 MJ/m3(n). Nestas condições
determine:
a) O caudal de gás necessário à saída do PRM.
b) Os diâmetros normalizados dos diversos troços das tubagens de MP e BP.
c) A pressão estimada à entrada da rampa de gás do gerador de ar quente.
d) A pressão estimada à entrada da rampa de gás da caldeira.

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.3

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.3
• Proposta de resolução
– Gerador de ar − A conduta aço comercial
• n Zb`Aeb 1o – Lmp = 100 m
• Z#db`A` 1( ) r – Lbp = 40 m
– Caldeira
• n 0,5o • Leq = 0,2 x L
•`hA,
• PCI = 38,4 MJ/m3(n)
• $ 80% • S = 0,64 gás natural
• Z#db`A` 48,5 ( ) r

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.3
• Proposta de resolução
a) O caudal de gás necessário à saída do PRM
Gerador de ar quente Caldeira
n$`hA. 0,5
np 1o 1 ov⁄* np 0,625 ov⁄*
p 0,80
1 ov⁄* 0,625 ov⁄*
n# n#
38,4 ov⁄ 8 38,4 ov⁄ 8
0,026 8 ⁄* 93,75 8 ⁄ 0,016 8 ⁄* 58,59 8 ⁄

n# wˆ‰ 93,75 5 58,59 152,34 8 ⁄

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.3
• Proposta de resolução
b) Os diâmetros normalizados dos diversos troços das tubagens de MP (gerador de ar
quente) e BP (caldeira)
MB (p > 50 mbar) ∆ V`a 30 ( ) 30 10N8 ( ) r
R R B€,k
~ ? • 48,6 E
Cj,k
X8,†W€,k
30 10N8 48,6 0,64 80 5 0,2 80 Cj,k
j,k PQ,U O,UP XU X8,†W€,k
: 8O -OŠ‹
60,5 DN 65 (2 ½”) sch 40

Øc#d 62,713
BP (p < 50 mbar) ∆ V`a 1,5 ( )
B€,k
~ ? • 23.200 E
Cj,k
WQ,WX€,k
1,5 23.200 0,64 40 5 0,2 40
Cj,k
j,k R8.ROO O,UP PQ WQ,WX€,k
: 70,03 DN 80 (3”) sch 40
-,W
75
Øc#d 77,93

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REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.3
• Proposta de resolução
c) A pressão estimada à entrada da rampa de gás do gerador de ar quente.
-,QR
R R
~ ? • 48,6 E
:P,QR

R R B€,k
Troço PRM ao tê ~ ? • 48,6 E
Cj,k
R R -WR,8P €,k
~ ? • 48,6 0,64 20 5 0,2 20 0,0152
UR,†-j,k

1 5 1,013 R ?0,0152 2,009 ( )


R R X8,†W€,k
Tê até ao gerador • ? • 48,6 0,64 80 5 0,2 80 0,025
UR,†-j,k

• 2,009R ? 0,025 2,003 ( ) ‡1( ) r

76

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.3
• Proposta de resolução
d) A pressão estimada à entrada da rampa da caldeira.
-,QR
~ ? • 23.200 E
:P,QR
WQ,WX€,k
• ? C 23.200 0,64 40 5 0,2 40 0,896 mbar
††,X8j,k

C 2.009,000 ? 0,896 2.008 ( ) 2,008 ( ) ‡2( ) r

77

77

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.4
• Determinar o diâmetro interior mínimo necessário de forma a
garantir um caudal de 100 m3/h de gás natural numa tubagem a
funcionar a baixa pressão com um comprimento de 150 m e uma
perda de carga de 3 mbar.

Exercício 10.5
• Calcular a perda de carga admissível para o escoamento de 200
m3/h de gás natural numa conduta de diâmetro interior de 150 mm
e de 500 m de comprimento.

Exercício 10.6
• Determine o caudal de combustível (gás natural e propano)
transportado ao longo de uma tubagem de 80 mm de diâmetro e
300 m de comprimento, sabendo que a perda de carga admissível é
de 2 mbar. 78

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.7
• Calcular a distância entre dois pontos A e B com pressões
relativas de 24 e 14 bar respetivamente, garantindo o caudal
de 35.000 m3/h de gás natural numa conduta com diâmetro
interior de 250 mm.
Exercício 10.8
• Qual o diâmetro interior mínimo de uma conduta de liga dois
pontos A e B cujas pressões efetivas são 16 bar e 10 bar,
respetivamente.
• Os pontos distam entre si 25 km e pretende-se um caudal de
gás natural de 45.000 m3/h.

79

79

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exercício 10.9
• Determine a perda de carga máxima admissível entre dois
pontos de uma tubagem em que o caudal é de 1.000 m3/h.
• O comprimento é de 10 km e o diâmetro interior é de 100
mm.

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Terminal de GNL de Sines

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Diagrama de um terminal de GNL

82

82

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Terminal de GNL de Sines


Vista Geral

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REDES DE FLUIDOS

Vaporizadores de água do mar

84

84

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Tanque de LNG

85

85

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Braços de Descarga

86

86

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Armazenagem Subterrânea de GN

87

87

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Barco Metaneiro

88

88

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07/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

89

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

89

45
07/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

CHOQUE HIDRÁULICO

Aula 23

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

REGIME TRANSITÓRIO (CHOQUE HIDRÁULICO)


Introdução
• Uma massa de liquido, com • Na prática, a interrupção é sempre
escoamento de velocidade , induz efetuada num certo tempo e a
uma quantidade de movimento a que energia absorvida transforma-se num
está sujeita a , que é igual à esforço de compressão da água e
impulsão gerada pela ação de uma deformação das paredes da conduta
força agindo durante um tempo , (tubo) e dos dispositivos que se
portanto: encontram montados nela;
• O choque hidráulico ou golpe de
• Se o tempo se reduzisse a zero (com aríete em instalações de bombagem
uma manobra instantânea de pode ocorrer, em virtude de uma
interrupção do escoamento), a atuação rápida nas válvulas, nos
tenderia para infinito; dispositivos de regularização ou por
motivo da interrupção da
alimentação elétrica o motor da
bomba.
3

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

REGIME TRANSITÓRIO (CHOQUE HIDRÁULICO)


Introdução
• O fenômeno transitório que consiste • As manobras de paragem total do
na variação da pressão como fluxo implicam necessariamente
consequência das mudanças na golpes de aríete de máxima
velocidade da água, causadas por intensidade, pois é a transformação
paragens ou pelas operações de total da energia do movimento em
regulação e controlo em instalações energia de pressão;
de pressão hidráulica, é chamado de
choque hidráulico e golpe de aríete; • Os termos choque hidráulico ou
golpe de aríete, são aplicados aos
• É uma onda de pressão cíclica que casos em que o referido regime
viaja ao longo das linhas e pode variável resultem variações de
causar danos, incluindo a destruição pressão consideráveis, quando
de tubulações e equipamentos de comparadas com as inerentes ao
bombeamento, devido às regime permanente, e a mobilização
sobrepressões geradas. É uma força das forças elásticas da conduta e do
destrutiva de grande magnitude que líquido;
existe em todos os sistemas de
bombeamento; 4

2
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

REGIME TRANSITÓRIO (CHOQUE HIDRÁULICO)


Introdução
• O golpe de aríete em hidráulica surge • Apesar dos avanços informáticos, que
quando ocorre um regime transitório, transformaram as ferramentas
é assim designado devido ao ruído computorizadas em questões técnicas
que se gera durante este evento e às triviais, continuam a ser os métodos
repercussões catastróficas que por expeditos, os mais utilizados nesta fase;
vezes acontecem.
• Na fase de análise preliminar, é feita • Quando o resultado da análise
uma avaliação do comportamento preliminar, determina a necessidade de
das condutas elevatórias, face às recorrer a mecanismos de proteção
variações extremas de pressão, contra os efeitos do golpe de aríete, o
resultantes da ocorrência de regimes passo seguinte é a seleção de
transitórios, sem dispositivos de dispositivos adequados para o efeito;
proteção. Normalmente, nesta fase,
admite-se como causa da • É habitual o recurso a métodos
perturbação das condições do empíricos, para determinação
escoamento, em regime permanente, aproximada, das características dos
a paragem súbita dos grupos dispositivos; 5
eletrobomba e a hipótese de
anulação instantânea do caudal.
5

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REDES DE FLUIDOS

REGIME TRANSITÓRIO (CHOQUE HIDRÁULICO)


Introdução
• Selecionado o dispositivo, procede-se • Desde o fim do século XIX e durante
à análise do seu comportamento, e século XX vários cientistas
para o conjunto de condições mais eminentes tais como: Michaud,
desfavoráveis, que possam, Jouguet; Joukowski, Allievi, Sparre,
Bergeron, John Parmakian,
eventualmente, ocorrer; Mendiluce Rosich, Edmund Koelle,
• Para este processo de análise, devem Fox, Victor Streeter, Wylie Benjamin,
ser aplicados modelos de cálculo, que Betâmio de Almeida, etc dedicaram-
se ao estudo deste tipo de evento e
produzam resultados mais rigorosos,
desenvolveram diversos métodos de
em particular, o método gráfico de cálculo;
Bergeron ou o método das • O processo de cálculo desenvolvido
características; por Enrique Mendiluce Rosich é de
simples aplicação e permite com
alguma certeza avaliar as
consequências que poderão advir em
regime transitório em condutas 6
simples;

3
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

REGIME TRANSITÓRIO (CHOQUE HIDRÁULICO)


Introdução
• Até ao momento da publicação do • Como os trabalhos publicados até ao
trabalho prático de Rosich tinham momento eram quase
sido publicados muito poucos exclusivamente teóricos, sem uma
trabalhos que relacionavam a teoria componente prática que verificasse a
com a prática, os quais fizeram parte teoria com a experimentação no
da publicação “Etude Théorique et campo, pelo que a desorientação
Expérimentale des Coups de Bélier”, reinou em gerações sucessivas de
DUNOD 1918; técnicos, que com os poucos
• Devido ao aumento da dimensão dos métodos de cálculo disponíveis,
abastecimentos de água a partir da tinham dificuldades de abordar este
década de 50 do século XX, com uma problema;
intensificação das alturas de
bombeamento e do diâmetro das • Rosich com 25 anos de atividade
condutas, devido ao aumento profissional no domínio da instalação
exponencial do consumo de água de condutas elevatórias e com a
quer nas cidades, nos meios rurais, responsabilidade técnica de várias
na agricultura e nas industrias, os condutas elevatórias submetidas ao
choque hidráulico; 7
acidentes devidos ao choque
hidráulico tornaram-se frequentes;
7

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REDES DE FLUIDOS

REGIME TRANSITÓRIO (CHOQUE HIDRÁULICO)


Introdução
• Desenvolveu nos anos 60 do século • Uma circunstância inesperada
passado, um sistema de cálculo resulta, por exemplo, da dificuldade
simplificado bastante preciso, em prever e controlar uma falha no
baseado em investigações teóricas e fornecimento de energia elétrica, ao
práticas;
motor de uma bomba hidráulica;
• Para a análise do comportamento de
sistemas de bombeamento com uma • Os movimentos variáveis, inerentes a
conduta elevatória simples; situações imprevisíveis, não devem
• Durante a operação de circuitos ser menosprezados, sendo
hidráulicos, podem ocorrer variações importante proceder a uma análise
de pressão em circunstâncias de risco de ocorrência de condições
imprevisíveis e inesperadas; intoleráveis, tal como as que se
• Um exemplo simples do primeiro indicam.
caso, é a variação de pressão diária,
que se verifica numa rede de
distribuição de água, em função das 8
necessidades de consumo;

4
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Condições inaceitáveis em escoamentos em


pressão e riscos associados
Condições Inaceitáveis Potenciais Consequências
Pressões muito elevadas (superiores à pressão Deformação permanente ou rotura de condutas e
máxima de serviço admitida por uma conduta, elementos acessórios; danos nas juntas, selagens e
equipamento ou acessório) maciços de amarração; derrames para o exterior da
tubagem, originando desperdício, poluição ambiental
e risco de incêndio.
Pressões muito baixas (inferiores à tensão de vapor Colapso de condutas; infiltrações nas condutas,
do liquido escoado) através de juntas e selagens expostas a pressões
inferiores à atmosférica; contaminação do fluido
bombeado; risco de incêndio nos casos de transporte
de determinados Fluidos.
Inversão do sentido de escoamento Danos nas bombas e extravasamento de tanques e
reservatórios
Deslocamento de condutas e vibração Danos em estruturas de suporte de condutas e na
própria tubagem; danos em equipamento e estruturas
adjacentes.
Velocidades de escoamento demasiado baixas Sedimentação de sólidos e entupimento de circuitos
(inferiores a 0,30 m/s) (principalmente em transporte de lamas)

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REDES DE FLUIDOS

Principais Causas da Ocorrência de Condições


de Risco
• Válvula de retenção DN800 • Conduta elevatória colapsada
destruída devido a sobrepressão devido a depressão

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Principais Causas da Ocorrência Fatores que influenciam o golpe


de Condições de Risco de aríete
• Manobra de válvulas em • Velocidade de fecho;
condutas;
• Comprimento do troço;
• Paragem súbita de bombas em
• Características elásticas da
sistemas;
conduta;
• Manobras em sistemas de
• Diâmetro de conduta;
turbinas;
• Velocidade do fluido;
• Ar sob a forma livre em
condutas; • Características do fluido;
• Sólidos em condutas. • Pressão de serviço.

11

11

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REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
• Consideremos, por simplificação,
um tubo em material homogéneo,
do mesmo diâmetro e sem atrito;
• Que interliga um reservatório e
uma válvula de seccionamento, e
que a válvula é fechada
instantaneamente;
• Se na conduta circular água a uma
determinada velocidade o fluxo é
interrompido por ação da válvula, é
evidente que a velocidade de
escoamento anular-se-á junto à
válvula;
12

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
• Para simplificar a análise da – Consideram-se nulas as perdas de carga,
pelo que a linha piezométrica é
sequência de acontecimentos, que
assinalada como um segmento de reta
se verificam após o fecho da horizontal;
válvula, assumiram-se as seguintes – A extensão da tubagem entre o
condições: reservatório e a válvula é igual;
– O fecho da válvula ocorre de forma – A velocidade, , de propagação de ondas
instantânea; de pressão, é constante, e igual em
ambos os troços de tubagem;
– O nível nos reservatórios a montante e a
jusante mantem-se constante; – As linhas de pressão, mantêm-se sempre
acima da pressão de vapor;
– Durante o regime permanente, que
– As paredes de água e tubos são elásticas,
antecede o regime variável, o caudal é
mesmo que esta propriedade não é
constante em toda a extensão das percetível na utilização diária, portanto,
condutas entre os reservatórios; é sujeita à deformação elástica quando
de repente é parada; 13

13

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
– O que realmente se passa dentro do tubo será, portanto, descrito
recorrendo ao exemplo seguinte de uma mola de aço pesada que desliza
através das paredes do tubo:

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7
07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
1. Se na conduta circular água a
uma determinada velocidade o
fluxo é interrompido por ação da
válvula, é evidente que a
velocidade de escoamento
anular-se-á junto à válvula;
Para 0, o perfil de pressão
é constante, que é apresentado
pela curva de energia de pressão
que funciona horizontalmente
devido à suposta falta de atrito.
t 0
Em condições de estado estável,
a velocidade de fluxo é 0;
15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
2. O súbito fecho da válvula na Quando a onda atinge o reservatório a
extremidade, a jusante da conduta montante, onde a distribuição das
provoca um impulso de elevada pressões é hidrostática com 0 = ɣ × 0,
pressão ∆ e a parede do tubo é passará a haver um desequilíbrio de
estendida; pressões na secção da conduta do lado
A onda de pressão gerada corre na da propagação da onda com uma
direção oposta à direção de estado sobrepressão ∆ com a do
constante do fluxo à velocidade do lado do reservatório, 0.
som e é acompanhada por uma
redução da velocidade de fluxo para
0 na zona de elevada pressão;
O restante líquido comprimirá por
camadas, a camada precedente até à
anulação da velocidade de
escoamento; ∆
A água comporta-se como os
passageiros de um autocarro que se Regime permanente
comprimem sempre que ocorre uma 16
travagem brusca;

16

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07/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
2. O processo realiza-se num período de O valor de será tanto maior quanto
tempo 0 ½ , em que éa menor o valor destes parâmetros, já que
quantidade de tempo necessária pela
onda de pressão para viajar para cima obrigará a uma propagação mais rápida
e para baixo durante todo o da onda. Em todos os casos será sempre
comprimento da conduta ; muito superior ao valor da velocidade do
Considerando que a água é escoamento inicial.
compressível, o aumento de pressão
inicia-se na zona da válvula e desloca-
se até à origem.
À medida que a água comprime até ao
limite a camada que a precede, pelo
que podemos imaginar uma onda de
compressão máxima. Que tem origem
na zona da válvula e desloca-se até à t 0,75 ⁄
fonte;
O parâmetro importante é o tempo
de resposta do tubo. Tem um valor de 17
2 / ;

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
3. Em ½ a onda de pressão Como se compreenderá, o que permite a
chegou ao reservatório; entrada de líquido na conduta após o
Como a pressão do reservatório é instante do seccionamento do caudal
constante, há uma condição " 0# e o instante em que toda a
desequilibrada neste ponto; massa líquida se encontra em repouso e
Com uma mudança de sinal, a onda de em sobrepressão " / # , é a
pressão desenvolve-se na direção capacidade de compressão do líquido
oposta; aliada à deformabilidade da conduta.
A velocidade de fluxo altera de sinal e
está agora a caminho e na direção do
reservatório;
Se for considerada constante a
velocidade de propagação da onda de
sobrepressão, que se designa por
celeridade c, será então necessário o
tempo igual à razão do comprimento t 1 ⁄
da conduta L por c, para que seja
percorrida toda a conduta pela mesma 18
onda de sobrepressão;
18

9
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
4. Mas no reservatório a energia cinética Quando a massa líquida descomprime, a sua
responsável pela compressão é anulada, pressão será % $ ∆ , iniciando-se então
pelo que tem aí início uma descompressão; o escoamento com uma nova onda de
A onda de choque inverte o sentido e descompressão % que percorre a conduta no
desloca-se em direção à válvula sentido do reservatório, até que neste se
descomprimindo a conduta; verifique 0;
A onda descomprimida, com uma energia Para que ∆ se dissipe, será provocado um
de $∆ , desloca-se pela conduta em
escoamento da conduta para o reservatório,
direção à válvula e atinge-a, uma vez que
; até que a pressão nesta seja 2 = 0.
O fluxo do escoamento é acompanhada por
uma mudança de velocidade para o valor
$ 0;
A velocidade do escoamento mantém-se
$ 0, exceto na camada junto à válvula de
seccionamento, que continua em repouso;
$ t 1,25 ⁄

19
% $∆

19

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REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
6. Pela lei pendular, a descompressão Quando a massa líquida descomprime, a sua
pressão será % $ ∆ , iniciando-se então
não pára no valor de equilíbrio, o escoamento com uma nova onda de
assim junto à válvula o valor da descompressão % que percorre a conduta no
pressão reduz-se, e a onda de sentido do reservatório, até que neste se
pressão inverte o seu sentido verifique 0;
Para que ∆ se dissipe, será provocado um
entrando a conduta em depressão escoamento da conduta para o reservatório,
até à fonte; até que a pressão nesta seja 2 = 0.
A onda de baixa pressão $∆
percorre a montante até ao
reservatório num tempo
%⁄ , e ao mesmo
tempo, a adota o valor 0; t 2,75 ⁄

20

% $∆
20

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
7. O reservatório é alcançado num tempo
%⁄ , e a pressão retoma a
energia de pressão do reservatório.
Quando atingida a secção do
reservatório, a pressão do líquido a t 3 ⁄
montante é igual a 2 = 0;
8. O reservatório é alcançado num tempo
%⁄ , e a pressão retoma a
energia de pressão do reservatório. No
instante 3 ⁄ ocorre novamente o
desequilíbrio de pressões na secção t 3,50 ⁄
junto ao reservatório que provoca
novo escoamento no sentido da ( % $∆
válvula, 0 e 4 = 0;
9. Em 2 ou 4 ⁄ , as condições
são exatamente as mesmas que no
instante de fecho 0, e todo o ( t 4 ⁄ 21
processo recomeça.

21

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REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
• Por consequência, o fecho de
uma válvula, origina uma onde de
compressão, que se desloca da
∆)
válvula até ao reservatório, onde
se transforma numa onda de
descompressão que se reflete na
válvula para a fonte a onde se $ ∆)
transforma numa nova onda de
compressão que se vai refletir
novamente na válvula;
• Repetindo-se o ciclo ao longo da Variação da onda de pressão na secção da válvula
conduta, originando variações • Módulo de elasticidade volumétrico do
ondulatórias de pressão líquido, K
conhecidas por choque +, 22
* $
hidráulico ou golpe de aríete. +
22

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REDES DE FLUIDOS

Explicação física do fenómeno


Propagação da onda de pressão
• Num bombeamento, a paragem • Para se perceber o evento podemos
brusca dos grupos eletrobomba, compará-lo com uma composição em
produz a mesma variação de pressão que a máquina empurra três
mas de sinal contrário; carruagens, em que as ligações entre
• Ou seja tem lugar uma depressão a carruagens representam a
seguir à bomba que se dirige até ao compressibilidade da água:
reservatório de extremidade a onde
se transforma numa compressão, que
retorna às bombas;
• Num bombeamento, quando há uma
paragem brusca do grupo
eletrobomba, a água continua o seu
movimento, criando uma quebra de
pressão, até que toda a energia
cinética se anule e o processo se
inverta, junto à extremidade da 23
conduta.
23

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Análise qualitativa do golpe de aríete
• Movimento das ondas de pressão
devidas à paragem de um grupo
eletrobomba.
• A depressão na secção da bomba, num
determinado instante, será a resultante
das depressões, que até esse instante
se originaram junto da bomba, em
consequência das várias manobras
elementares (e das sobrepressões,
caso, entretanto, as ondas provocadas
pelas primeiras manobras, tendo sido
refletidas no reservatório de jusante, já
atingiram a bomba).

24

24

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Análise qualitativa do golpe de aríete
• Desta forma, colocam-se duas • Neste caso, só se verificará uma
situações distintas a ter em sobrepressão, na secção da bomba,
consideração: no instante 2 ⁄ , aqui considerado
– Uma, em que o tempo de anulação de superior a .
caudal, , é inferior ao tempo de
propagação de uma onda, gerada na
• Assim, a depressão máxima, atingida
secção da bomba, até ao reservatório e o na secção da bomba, será idêntica, à
seu regresso ao ponto de partida (2 ⁄ ), registada, na hipótese de anulação
– Outra, em que o tempo, , é superior a instantânea de caudal.
2 ⁄ .
• Por outro lado, se o tempo de
• Quando o tempo de anulação de anulação de caudal, , é superior a
caudal, , é inferior a 2 ⁄ , a 2 ⁄ , verifica-se, na secção da
depressão inerente à última manobra bomba, e após o instante 2 ⁄ , a
elementar de redução de caudal, sobreposição das depressões com as
ainda será adicionada, à depressão, sobrepressões, refletidas, a partir do
devida à primeira manobra reservatório, decorrentes das
25
elementar. manobras iniciais.

25

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Análise qualitativa do golpe de aríete
• Desta sobreposição, resultará um • A depressão máxima, só será igual, nas
efeito atenuante, na depressão secções da conduta, em que se
máxima, verificada na secção da verifiquem, exclusivamente, sobreposição
bomba. de depressões, geradas pelo conjunto de
• A atenuação, será tanto maior, manobras elementares;
quanto mais retardado for o tempo • A distância, medida na horizontal,
contada, a partir da secção da bomba, até
de anulação de caudal.
esta secção, é obtida pela expressão
• Apesar da igualdade, do valor
seguinte:
máximo atingido, relativamente à -
amplitude das depressões, verificada $
2
nas situações, em que o tempo de
anulação de caudal, é instantâneo, ou
inferior, ao tempo de ida e retorno de
uma onda de pressão (2 ⁄ ), a sua
distribuição ao longo da conduta, não
se processará, de modo uniforme,
26
como se pode verificar na figura. Diagrama de pressões mínimas ao longo de uma conduta
elevatória, após paragem da bomba

26

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Análise qualitativa do golpe de aríete
• Deste modo, existe uma secção limite, à • A partir deste ponto, a depressão máxima,
qual chegam, simultaneamente, a onda de vai diminuindo, linearmente, até ao
depressão, proveniente da bomba, e reservatório (Ver figura anterior).
respeitante à última manobra, e a onda de • A análise efetuada, permite a dedução de
sobrepressão, que resulta da reflexão, no dois importantes mecanismos, de redução
reservatório, da onda provocada pela da amplitude, das ondas de pressão,
primeira manobra. associadas à ocorrência de regimes
• A redução, de forma linear, da depressão transitórios:
máxima, a partir desta secção da conduta, – O aumento do tempo de anulação de
até à secção do reservatório, onde se caudal, que pode ser conseguido, com a
anula, é um procedimento simplificado, instalação de um volante de inércia, no
veio de uma bomba;
que, normalmente se utiliza. – A redução do comprimento da conduta,
• Nos casos em que, o tempo de ida e entre a bomba e o reservatório, efeito que
retorno da onda de pressão, gerada pela se pode obter, recorrendo à instalação de
primeira manobra elementar, iguala o uma chaminé de equilíbrio, ou de um
reservatório de ar comprimido.
tempo de anulação de caudal, a depressão
máxima, faz-se sentir na secção da 27
bomba.

27

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Análise qualitativa do golpe de aríete
• Na Figura, apresenta-se um diagrama
de pressões, considerando uma
bomba na posição da válvula, e para
uma situação de paragem
instantânea da mesma (passagem
imediata de uma condição de caudal
correspondente ao regime
permanente, para um caudal nulo na
secção da bomba);
• Para uma situação de arranque
Diagrama de pressões na secção da bomba, após paragem
instantâneo da bomba (passagem de instantânea da mesma
uma condição de caudal igual a zero,
para um caudal correspondente ao
regime permanente), o diagrama de
pressões seria simétrico.
28

28

14
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Análise qualitativa do golpe de aríete

29

Diagrama de pressões ao longo das duas condutas idênticas que ligam os reservatórios, após o fecho instantâneo da válvula:

29

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Análise qualitativa do golpe de aríete
• Exemplo da curva de pressão na
saída de um oleoduto bruto de 20
km de comprimento após um
súbito fecho da válvula de
seccionamento:

• Como evitar o golpe de aríete?


– O golpe de aríete está em função do tempo de fecho das válvulas, portanto a única
prevenção possível é a manipulação progressiva das hastes. 30

30

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Golpe de Aríete – Fecho instantâneo
Situação em regime estacionário

V2 Linha de altura
hL + piezométrica/Hydraulic Grade
2g
Line (HGL):
q HGL =
p
+z
ρg
L Pela equação de Bernoulli
generalizada:
p V2
HGL = + z = z res − −h
O que acontece se o escoamento for ρg 2g
interrompido instantaneamente pelo fecho Desprezando as perdas de
de uma válvula? carga em acessórios:
x V2
f
d 312 g

31

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Golpe de Aríete – Fecho instantâneo
Fecho instantâneo de válvula:

Onda de compressão  ∂p 
c =  
V, p c V=0, p+∆p q
 ∂ρ  s
Velocidade do som
L

Ao fim do tempo t=L/c:


Será esta uma situação estável?
V=0, p+∆p Não, há um excesso de pressão
c
no tubo!
32
L

32

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Golpe de Aríete – Fecho instantâneo
Após o tempo t=L/c:

Onda de expansão
V, p V=0, p+∆p
Numa fronteira aberta a onda
c reflete-se passando de compressão
para expansão.
L

Ao fim do tempo t=2L/c:

V, p Será esta uma situação estável?

Não, há velocidade no tubo!


L 33

33

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Golpe de Aríete – Fecho instantâneo
Após o tempo t=2L/c:

Onda de expansão
V, p c V=0, p-∆p Numa fronteira fechada a onda
reflete-se mantendo a
característica.
L

Ao fim do tempo t=3L/c:

Será esta uma situação estável?


V=0, p-∆p
c Não, há um déficit de pressão
no tubo!
L 34

34

17
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Golpe de Aríete – Fecho instantâneo
Após o tempo t=3L/c:

Onda de comp.
V, p V=0, p-∆p Numa fronteira fechada a onda
c reflete-se alterando a
característica.
L

Ao fim do tempo t=4L/c:

V, p
Voltámos à situação inicial
(antes do fecho da válvula)!
35
L

35

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REDES DE FLUIDOS

Propagação da onda de pressão


Golpe de Aríete – Fecho instantâneo
– Comportamento da pressão num tubo durante o golpe de
aríete
Pressão [mca]

Tempo [s]

36

18
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho instantâneo


Notar que a pressão na válvula vai
aumentando com a propagação da onda
devido à variação da HGL.

Na válvula a pressão varia entre . ∆. / . $ ∆..

Num ponto intermédio a pressão toma também o


valor estacionário, sendo a duração dos picos de
pressão tanto mais curta quanto mais próximo do
reservatório (Nos gráficos e figura ver pontos M e
B).
37
Na figura .) .

37

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho instantâneo


• Na realidade, a repetição indefinida dos ciclos, não se verifica, uma vez que as
perdas de carga, terão um efeito de amortecimento nas ondas de pressão;
• Variação de pressão junto à válvula tendo em conta a perda de carga na conduta e
dissipação do processo elástico no fluido:

Aumento de pressão em
cada fase da onda

Decréscimo da amplitude
38
com a reflexão da onda

38

19
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REDES DE FLUIDOS

Velocidade das ondas de pressão


dp
c=

No caso dos líquidos, introduzindo o dp dp
módulo de expansão volumétrica (Ev): Ev = −v = ρ
dv dρ

Ev ρ
c=
Ev c

ρ Líquidos
Água
kg/m3
988
Pa
2,07E+09
m/s
1447
Mercúrio 13550 2,62E+10 1391
Glicerina 1258 4,35E+09 1860
Benzina 895 1,03E+09 1073
Condições para pressão e temperatura normais
39

39

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REDES DE FLUIDOS

Velocidade das ondas de pressão


Caso de líquidos em 1
tubagens elásticas: 0 1 34
1
D Diâmetro do tubo (m) 2 3
e Espessura do tubo (m)
E Módulo de elasticidade do material do tubo (N/m2)
c Velocidade num tubo inelástico (m/s)
E c p /c
Material Pa
Aço 2,07E+11 0,95
Ferro forjado 1,03E+11 0,91
Betão 2,07E+10 0,71

Condições para água a PTN e d/e=10

40

40

20
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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho instantâneo


Variação da pressão com fecho instantâneo: ∆p

Onda de compressão 1 2
V, p c V=0, p+∆p V+c p+∆p, c
p,ρ
ρ+∆ρ
L

Num referencial solidário


Balanço de massa ao VC: com a onda de pressão o
escoamento fica estacionário.

dM VC
ρA(V + c ) = (ρ + ∆ρ )Ac
V
= m& e − m& s ∆ρ = ρ
dt c
41

41

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho instantâneo


Variação da pressão com fecho instantâneo: ∆p

Onda de compressão 1 2
V, p c V=0, p+∆p V+c p+∆p, c
p,ρ
ρ+∆ρ
L

∂KVC x
Balanço de quantidade de movimento:
∂t
( ) − (q )
= Fx + qqmx e qm x s

[ pA − ( p + ∆p )A] = (ρ + ∆ρ )Ac 2 − ρA(V + c )2


∆p = 2 ρVc + ρV 2 − ∆ρc 2
42

42

21
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho instantâneo


Variação da pressão com fecho instantâneo: ∆p

Onda de compressão 1 2

V, p c V=0, p+∆p V+c p,ρ p+∆p, c


ρ+∆ρ
L

V
Balanço de massa ao VC: ∆ρ = ρ
c
Balanço de quantidade de movimento: ∆p = 2 ρVc + ρV 2 − ∆ρc 2

∆p = ρVc + ρV 2 ∆p ≅ ρVc pois V<<c


43

43

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho instantâneo


Exemplo: V=3 m/s, c=1450 m/s, ρágua=1000 kg/m3

+ ≅6 43,5 7 108 ,9 45 9

3L/c>T>2L/c
Será possível ter
Onda de expansão -45 atm.?
V, p c V=0, p-∆p

Não, o fluido vaporiza quando se atinge a pressão de


saturação e volta a liquefazer quando esta é ultrapassada
na fase seguinte. Líquido precipita-se então sobre a válvula.
44

44

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho parcial


Fecho instantâneo de válvula:
Onda de compressão
pvalvula
V, p c V=0, p+∆p q
t
L

Fecho parcial de válvula:


Onda de compressão Numa situação de fecho parcial
V, p c V=V’, p+∆p o fenómeno é idêntico, mas o
q’
aumento de pressão é menor:
L ∆p = ρc∆V = ρc (V − V ′)
45

45

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho rápido


Onda de compressão Sucessão de fechos parciais
V, p c V=0, p+∆p q’

L
Até ao fecho completo
∆p = ρcV

Onda de compressão
V, p c V=0, p+∆p q

L
Mesma pressão máxima, mesmo
Tempo de fecho tf < L/c
fenómeno, variações graduais
46

46

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho rápido: Tf < 2L/c


E se tf > L/c? Por exemplo 2L/c > tf > L/c?

Onda de compressão

V=0, p+∆p q
c t = L/c
L
Continua a haver caudal a entrar até ao
fecho completo da válvula.
Onda de expansão

c V=0, p+∆p q
t = tf
L

Válvula completamente fechada antes de lá chegar onda Mesma 47


(parcial) reflectida na extremidade aberta: ∆p = ρcV Sobrepressão

47

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REDES DE FLUIDOS

Golpe de Aríete – Fecho lento : Tf > 2L/c


Se tf > 2L/c, quando a válvula fecha, a onda (parcial e de expansão) refletida na
extremidade aberta já chegou à válvula, contribuindo para a redução da sobrepressão.
2L
c tf
t 2L
f c

Fecho rápido: tf < 2L/c Fecho lento: tf > 2L/c

∆p = ρVc ∆p′ = ∆p
2 L c 2 ρLV
= Resultado empírico
tf tf

48

48

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

CHOQUE HIDRÁULICO

Aula 24

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
49

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

49

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REDES DE FLUIDOS

Cientistas dedicados ao estudo do golpe de


aríete

Gustave Michaud Nikolay E. Zhukovskii. Lorenzo Allievi


Suiça, 1860-1920 Russia, 1847-1921 Italia, 1856-1941
Propôs a primeira fórmula para Estabeleceu a lei que permite Ele estendeu os estudos de
avaliar o golpe de aríete (1878). calcular a pressão máxima Joukowsky. Ele corrigiu os cálculos
Nesta equação, não avaliou a causada pelo fecho instantâneo de Michaud e estabeleceu as
compressibilidade da água nem da válvula instalada num tubo equações necessárias para os
a elasticidade do tubo. de pressão. (1898) cálculos (1903).
50

50

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Equações utilizadas
Cálculo simplificado de Rosich
Equação de Allievi
• No começo do século XX, Allievi na
continuação dos trabalhos de Joukowski
(Memórias da academia das Ciências de
Pétograd) estabeleceu a notável teoria geral
do golpe de aríete (Revista de Mecânica.
Janeiro e Março de 1904);
• Em que demonstrou que em caso de
operações bruscas, ou seja quando o valor da Nikolai Egorovich Joukowsky
sobrepressão for independente do
comprimento da conduta, o seu valor poderá
51
ser calculado.

51

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REDES DE FLUIDOS

Equação de Allievi
• Se a pressão atuante na válvula, • Advém:
antes de ela se fechar, for :
designada por . e a pressão que @? ∆= < @< >
sucede depois da paragem for :;
designado por . ∆. , então :
recorrendo à equação de • E considerando que , resulta
:;
movimento pode-se determinar 7>
∆.; a equação de Allievi: ∆= (1)
?
• No tempo, :;, o momento da força Onde:
que atua é igual a ∆.< :; e
igualando o momento à variação da ∆H Onda de pressão;
quantidade de movimento nesse c Celeridade da onda de
tempo, obtém-se: pressão;
∆.< :; @< : > V Velocidade de escoamento;
g Aceleração da gravidade.
• Para redes de fluidos, em troços de
tubagem, é conveniente trabalhar
com a carga piezométrica = no
lugar de .. Assim,
52
∆. @< ∆=

52

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Equação de Michaud
• Há situações que se caracterizam • Supondo o tempo de fecho, ou
por apresentarem um tempo de paragem, de ; D. AB/ , onde D é
fecho superior a AB/ , i.e., o numero real maior que 1, e que
superior a uma ida e retorno da durante esse tempo a velocidade
onda; varie linearmente, advém:
• Nesta situação, se a > é >
> $ >C
velocidade no tempo zero, depois D
de um tempo AB/ ela passará a • Pela associação das duas últimas
>C ; equações, resulta:
• Assim, o valor da ∆. , pela > $ >C
AB>
(4)
equação de Allievi (1), será: F

• Assim, substituído a equação (4) na


∆= > $ >C (3)
? equação (3), emerge a equação de
Michaud.
53

53

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REDES DE FLUIDOS

Equação de Michaud
• A equação de Michaud, • Na equação de Michaud pode-se
apresentada na segunda metade verificar o que aconteceria se T
do século XIX, representa o valor coincidisse com AB/ , i.e., se
máximo de variação da pressão, F AB/ :
nas situações em que a manobra
AB> AB> >
é lenta (T): ∆=
?F AB
?
?
2 LV
∆H = (5)
gT Eq. De Allievi (1)
Onde:
L Comprimento da conduta
elevatória • Para dedução da equação, o seu
T Tempo de paragem autor desprezou:
− A compressibilidade da água;
− A elasticidade das paredes da
conduta.
54

54

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Equação de Michaud
• Considerando a variação linear da • Os valores da onda de pressão
velocidade durante o tempo de calculados por ambas as
manobra; equações são iguais;
• A equação de Michaud tem o • A distância designa-se por ℓ
mesmo valor da de Allievi comprimento crítico e o ponto de
quando: coincidência tem o nome de
c×V 2 L V 2L ponto crítico;
ΔH = = → T=
g gT c • A linha de sobrepressão
• Ou seja num ponto à distância: crescente representativa do
cT período de paragem tem lugar
l= entre o reservatório e este
2 ponto, a partir do qual é traçada
Nota: medida a partir do uma reta horizontal de
reservatório de extremidade. sobrepressão constante.
55

55

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REDES DE FLUIDOS

Aplicação dos métodos de Michaud e Allievi


Aplica-se a equação de Michaud Aplica-se a equação de Allievi
(manobras lentas): (manobras rápidas):
2L 2L
T> T<
c c

56

56

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Comparação gráfica entre os dois métodos: Michaud e


Allievi
Ponto crítico

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REDES DE FLUIDOS

Comparação gráfica entre os dois métodos: Michaud e


Allievi
• Após de ter encontrado o valor do
golpe de aríete, sobre a altura
geométrica em B, situa-se o ponto M,
que representa o limite de pressão
máxima Hmax no troço;
• Simetricamente ao ponto M, em
relação à linha PR, o ponto N
representa o limite da pressão Hmin.

Onde:
Hmax = H + ∆H
Hmin = H - ∆H
H Altura estática ou geométrica
hf Perda de carga
∆H Golpe de aríete
L Comprimento do troço
T = 2L/c = período
58
Lc Comprimento crítico do troço

58

29
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REDES DE FLUIDOS

Celeridade da onda elástica


• Define-se celeridade como a • O seu valor, na forma mais geral,
velocidade das ondas de pressão depende de:
relativamente ao escoamento − Massa volúmica;
onde se propagam; − Módulo de elasticidade
• Têm o valor da velocidade do volumétrico do líquido;
som no meio fluido material da − Espessura da parede do tubo;
conduta;
− Diâmetro do tubo;
• A sobrepressão verificada
durante um regime transitório é − Módulo de elasticidade do
material da parede;
diretamente proporcional à
velocidade c de propagação da − Eventual presença de ar ou gás no
onda; sistema, que atenuam a
celeridade ( ):
• A velocidade da onda é assim um
* ⁄6
parâmetro que tem de ser
devidamente calculado para cada 1 H . *. 1 ⁄3. 2 59
sistema;
59

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REDES DE FLUIDOS

Celeridade da onda elástica


* ⁄6 • É no entanto, de assinalar que os
constrangimentos existentes na
1 H . *. 1 ⁄3. 2 conduta, têm normalmente uma
Onde: influência no valor da velocidade da
K Módulo de elasticidade volumétrico onda inferior a 10%.
do líquido (N/m2);
D Diâmetro da conduta (m);
ρ Massa volúmica (kg/m3);
e Espessura da conduta (m);
H Coeficiente de constrangimento da
conduta:
H = 1-0,5µ (Conduta ancorada a
montante);
2
H = 1-µ (Conduta impossibilitada de
movimentos axiais);
H=1 (há juntas de expansão e
respetivos ancoramentos);
µ = coeficiente de Poisson.
60

60

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REDES DE FLUIDOS

Celeridade da onda elástica


Valor da celeridade das ondas elásticas Influência de ar na forma livre e da pressão
em condutas com água numa conduta, no valor da celeridade

61

61

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REDES DE FLUIDOS

Celeridade da onda elástica


• Para utilizar a equação de Allievi,
no cálculo da sobrepressão e
depressão I∆J é preciso
determinar a celeridade c.
• A utilização das equações (1) e
(5), Allievi pressupõe o cálculo do
valor da celeridade c – que
coincide com a velocidade de
propagação do som no meio Onde:
material da conduta água – que D Diâmetro da canalização em (m)
e Espessura das paredes da tubagem em
se determina de uma forma
(m)
simplificada por: k 0,5 para condutas de aço e betão
9.900 armado
1 em tubos de ferro fundido dúctil
M7 1 5 tubos de betão simples
48,3
2 10 tubos de plástico (PVC, polietileno)
62

62

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Cálculo do tempo de anulação do escoamento


• Na teoria geral do choque • Para a determinação do valor de F
hidráulico, o tempo F , é o para os grupos eletrobomba temos
intervalo de tempo de manobra de considerar os principais agentes
de uma válvula quer seja a abrir responsáveis pela anulação do
total ou parcialmente, quer seja a caudal, que são:
fechar nas mesmas condições.
– Energia cinética;
• É durante este período de tempo
que tem lugar o regime – Gravidade;
transitório. – As perdas por atrito;
• No caso da paragem intempestiva
de um grupo eletrobomba, o – Inércia do grupo.
tempo F tem início no momento
do corte de energia e termina no
instante em que o caudal se anula
ou seja quando a velocidade de 63
escoamento é nula.
63

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REDES DE FLUIDOS

Cálculo do tempo de anulação do escoamento


Energia cinética Energia para vencer o atrito
1 1 1.000 O 1 1.000 T Q
3 3S R
2 2 4P 4
1.000 Q
R
2P

Energia potencial Tempo de anulação de caudal


• Supondo uma anulação linear de • Igualando a energia cinética à
caudal de Q até 0, durante o período potencial e de atrito, obtém-se a
de tempo , a energia será: expressão:

1.000 J Q
30 R T
2 P J
2 64

64

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REDES DE FLUIDOS

Cálculo simplificado de Rosich


• Como as perdas de carga em geral • O coeficiente k representa o efeito da inércia
do grupo eletrobomba e o seu valor foi
são muito inferiores ao desnível
determinado experimentalmente, em que se
geométrico pode igualar-se o termo verificou que varia com o comprimento da
entre parênteses à altura conduta elevatória.
manométrica Hm simplificando-se a Para :
expressão: L < 500 m k = 2,00
L ≈ 500 m k = 1,75
P JU 500 m < L < 1.500 m
k = 1,50
• Finalmente Rosich propôs uma L ≈ 1.500 m k = 1,25

equação que permite determinar L > 1.500 m k = 1,00

com uma aproximação notável o • O coeficiente C é função do declive médio da


tempo de anulação de caudal de um altura manométrica:
grupo eletrobomba devido a 12 XYZ2 %
JU
paragem com válvula aberta:
Para:
M
V "W# Declive < 20 % C = 1,00
P JU ≈ 30 % C = 0,50 65
≥ 40 % C = 0,00

65

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REDES DE FLUIDOS

Exemplo 11.1
• Determine a pressão máxima em regime transitório de um
sistema formado por uma conduta elevatória em ferro
fundido dúctil DN 400 (e = 9,0 mm), com uma extensão de
1.050 m, com um desnível geométrico de 49,2 m e um caudal
de 75 l/s (v = 0,60 m/s), em que a perda de carga é de 0,77
m/km.

66

66

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REDES DE FLUIDOS

Propostas de resolução 11.1


Hm = 49,2 + 1,050 km × 0,77 m/km ≈ 50,0 m
Declive = 50/1050 ≈ 5% < 20%  C = 1
500 m < L < 1.500 m  k = 1,50
1,5 × 1050 × 0,60
• Determinação do tempo de anulação de caudal: T = 1 + = 2,9 s
9,81 × 50
9.900
• Determinação da celeridade: c = = 1028 m / s
1 × 0, 4
48,3 +
0,009

1028 × 2,9
• Comprimento crítico: l= = 1.490 m
2
• Como a extensão da conduta elevatória é inferior ao comprimento crítico,
o valor máximo da onda de choque determina-se pela equação de
Michaud:
2 L V 2 × 1.050 m × 0 ,6 m s
∆H = = = 44 m 67
gT 9 ,81 m s 2 × 2 ,9 s

67

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REDES DE FLUIDOS

Propostas de resolução 11.1


• A pressão máxima durante o regime
transitório ocorrerá junto ao grupo
eletrobomba e terá um valor de:
HMax = Hm + ∆ H
= 49,2 + 44,0 = 93,2 mca

68

68

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REDES DE FLUIDOS

Exemplo 11.2
• Determine a pressão máxima em regime transitório de um
sistema formado por um grupo eletrobomba com caudal
nominal 76 l/s, conduta elevatória em aço Dext = 323,85 mm e
espessura da parede e = 12,7 mm, comprimento de 3.727 m e
uma perda de carga de 11,2 m, e um reservatório com um
desnível geométrico de 146 m relativamente ao nível de
aspiração.

69

69

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REDES DE FLUIDOS

Propostas de resolução 11.2


• Dint = 323,85 – 2 × 12,7 mm = 298,45 mm
• Secção de escoamento S = 0,070 m2
• Velocidade de escoamento V = 1,086 m/s
• Declive = (146+11,2)/3.727 ≈ 4,2% < 20%  C =
9.900 9.900
1 • Determinação da celeridade: 1.277 /\
M7 1 0,5 7 0,2984
48,3 48,3
2 0,0127

• L > 1.500 m  k = 1, 0
1× 3.727 ×1,086
• Determinação do tempo de anulação de caudal: T = 1 + = 3,6 s
9,81× 157,2
1.277 7 3,6
• Comprimento crítico: ℓ 2.300
2 70

70

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REDES DE FLUIDOS

Propostas de resolução 11.1


• Como a conduta tem uma extensão
superior ao comprimento crítico, é
considerada longa e o valor da onda de
pressão é determinado pela equação
de Allievi:

1277 7 1,086
∆J 141
P 9,81

• A pressão máxima junto ao grupo


eletrobomba é de:
HMax = Hm + ∆ H
= 157 + 141 = 298 mca

71

71

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REDES DE FLUIDOS

Análise Preliminar
• Consistirá numa avaliação, através de • Nesta fase deverá ser investigado se
equações básicas de transientes, dos eventuais alterações de diâmetro ou
valores aproximados de pressão máxima e correções ao traçado nos pontos altos serão
mínima ao longo da conduta; possíveis, e se conduzirão a situações
• Com especial atenção para: favoráveis do ponto de vista da segurança;
− A secção imediatamente a jusante dos • Poder-se-á dispensar a análise preliminar no
grupos eletrobombas; caso de condutas elevatórias para
− Pontos altos. abastecimento de água quando,
simultaneamente, se verificarem as
• Admite-se que o golpe de aríete é
condições seguintes:
originado pelo corte súbito na alimentação
elétrica aos grupos; – Comprimento da conduta inferior a 250 m;
– Velocidade de escoamento inferior a 0,5 m/s;
• O valor da pressão máxima deverá ser
comparado com a pressão máxima – Quando a pressão máxima prevista na
conduta, em regime permanente, for inferior
admissível pelo material da conduta;
a 20% da pressão máxima admissível pela
• O valor mínimo dará informação conduta.
necessária à verificação da possibilidade de
ocorrência de fenómenos de cavitação ou
rotura da veia líquida. 72

72

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Causas mais comuns dos Medidas mitigadoras
Transientes
• Abertura / fecho de válvulas; • Aumentar o tempo de abertura/fecho
das válvulas de controlo;
• Arranque / paragem de bombas;
• Aumentar a classe de pressão da
• Rotura na tubagem; tubagem e respetivos acessórios;
• Existência de bolsas de ar na • Limitar a velocidade do escoamento;
tubagem; • Reduzir a velocidade da onda através
• Variações na potência requerida a da mudança do tipo de tubagem, por
injeção de ar, inserindo um troço de
turbinas hidráulicas. grande elasticidade;
• Utilizar equipamentos específicos, tais
como:
– Reservatórios hidropneumáticos;
– Ventosas;
– Válvulas de alívio de pressão;
– Volantes de inércia;
– Circuitos de desvio;
73
– Chaminés de equilíbrio, etc.

73

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Reservatório hidropneumático

74

74

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas, Ventosa de alívio e By-pass

Ventosa c/ flutuador Ventosa de alívio By-pass

Redução da sobrepressão

75

75

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Chaminé de equilíbrio

76

76

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Chaminé de equilíbrio
Máxima elevação do nível a água devido Máxima elevação do nível a água devido à
ao arranque total instantâneo das bombas paragem total instantâneo das bombas

77

77

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Reservatório de Compensação ou unidirecional

78

78

39
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Reservatório de Compensação ou unidirecional
Linha de compressão c/ válvula de Linha de compressão s/ válvula de
retenção a montante do ponto ligação retenção

79

79

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Volante de inércia

80

80

40
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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Válvula de retenção

81

81

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Seleção de dispositivos
• Num sistema elevatório, a escolha do • No processo seleção dos dispositivos
melhor método de proteção contra de proteção, o parâmetro de maior
os efeitos do golpe de aríete depende influência é o parâmetro da conduta.
das características físicas e hidráulicas O valor deste parâmetro é dado pela
do próprio sistema; expressão:
• O processo de escolha do dispositivo 6∗
de proteção deve ser iniciado através PJ
de um levantamento e análise de • Em que representa a celeridade das
todas as causas possíveis da ondas elásticas, a velocidade de
ocorrência dos regimes transitórios, escoamento em regime permanente,
incluindo as situações normais P a aceleração da gravidade e J a
(paragem e arranque dos grupos altura manométrica.
eletrobomba) e situações de
emergência (funcionamento
inadequado dos dispositivos de 82
proteção ou uma rotura na conduta);

82

41
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Seleção de dispositivos

Resumo dos métodos de proteção contra o golpe de aríete


(Stephenson, 1989)
Diagrama de apoio à decisão na escolha de dispositivos de
proteção contra o golpe de aríete (Thorley, 2004) 83

83

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REDES DE FLUIDOS

Medidas mitigadoras
Seleção de dispositivos

Localização comum para instalação de diversos dispositivos de proteção contra o golpe de aríete (Stephenson, 1989)84

84

42
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Métodos de Análise Detalhada


Métodos gráficos e numéricos Graphical method developed by
Schnyder-Bergeron
• Se pela análise expedita se concluir • O método gráfico Schnyder-Bergeron
pela necessidade de se introduzirem era frequentemente utilizado e
dispositivos de proteção da conduta, produzia uma análise relativamente
o seu dimensionamento deverá ser fiável de ondas, antes da revolução
efetuado através de um cálculo informática;
detalhado, para o efeito estão • Por razões práticas, a utilização deste
disponíveis: método limita-se a sistemas com uma
− Os métodos gráficos de Parmakian e única conduta;
Bergeron;
• O atrito só pode ser tido em conta
− Simulação numérica pelo método elástico através de procedimentos complexos;
com base na análise computacional, a partir
da resolução das equações diferenciais do • Portanto, é preciso recorrer a
escoamento pelo método das características. especialista para aplicar este método
e obter os resultados desejados;
85

85

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REDES DE FLUIDOS

Métodos de Análise Detalhada


Graphical method developed by Simulação numérica do choque
Schnyder-Bergeron hidráulico
• Diagrama típico de Schnyder- • Na teoria atual, nas duas equações
Bergeron, que mostra como a diferenciais parciais para cada tubo
propagação da onda de pressão de um sistema de tubagem, as
devido ao fecho de uma válvula é variáveis dependente do modelo são
determinada por meios gráficos. a pressão . e a velocidade de fluxo
>;
• O tempo ; e distancia percorrida no
tubo são variáveis independentes;

86

86

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REDES DE FLUIDOS

Métodos de Análise Detalhada


Simulação numérica do choque
hidráulico
• Matematicamente, as extremidades • A precisão da análise numérica
do tubo servem como condições de da onda é:
fronteira das equações; – Os programas informáticos baseados
no método das características
• São introduzidos diferentes tipos de
produzem soluções cuja precisão
condições de fronteira para incluir excede em muito a que é solicitado
componentes internos no modelo na prática;
tais como: – Isto é evidenciado por numerosas
– Condutas; comparações com medições reais;

– Reservatórios; – Foram encontradas diferenças


significativas apenas para cálculos
– Bombas e Válvulas. destinados a prever a cavitação ou
atenuar as ondas de pressão dentro
de um tubo.
87

87

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REDES DE FLUIDOS

Métodos de Análise Detalhada


Simulação numérica do choque
hidráulico
• As perdas reais de energia devido ao • Algumas das fontes potenciais
atrito e o grau de deformação dos de erro são:
tubos e fixações são um pouco
maiores do que a previsão fornecida – Válvula imprecisa e/ou
pela simulação; características da bomba;

• Os primeiros picos de pressão e – Falta de conhecimento sobre a


vales tendem, portanto, a ser velocidade real de propagação de
simulados com muita precisão, ondas dentro da conduta;
enquanto as pressões mais abaixo – Falta de informação sobre os pontos
da linha são, no geral, de toma num tubo principal;
representadas com uma crescente
– Desconhecimento do grau de
falta de amortecimento; rugosidade dentro dos tubos;
• A imperfeições deste tipo são
insignificantes em comparação com – A qualidade da simulação da onda
de choque varia com a precisão dos
imprecisões causadas pela dados de entrada.
introdução de dados de entrada 88
errados ou insuficientes.

88

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Exemplo 11.3
• Considere-se um sistema elevatório simples, provido de dois grupos de
eletrobombas, em regime de funcionamento 1+1 (reserva), de acordo com o esboço
apresentado na Figura 1.

Fig. 1 - Esboço das características gerais do sistema elevatório que serve de 89


exemplo

89

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REDES DE FLUIDOS

Exemplo 11.3

• Na análise preliminar, assumir-se-á a anulação instantânea do caudal, logo após o


corte de energia elétrica ao motor da bomba e que os reservatórios de montante
e jusante apresentam volumes muito grandes, não havendo variação do nível de
líquido nos mesmos.
• As características gerais do sistema elevatório são as indicadas a seguir:
– Comprimento da conduta elevatória 1.190,70 m
– Diâmetro nominal da conduta elevatória 160 mm
– Material da conduta elevatória PVC rígido
– Pressão nominal da tubagem 10 bar
– Espessura das paredes da conduta 7,70 mm
– Diâmetro interno da conduta elevatória 144,60 mm
– Caudal de dimensionamento da bomba 12,40 l/s
– Velocidade de escoamento na conduta elevatória 0,75 m/s
– Nível do reservatório de entrega (jusante) 398,60 m
– Nível do reservatório de aspiração (montante) 366,88 m
90

90

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07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Exemplo 11.3

Fig. 2 - Envolvente das pressões máximas e mínimas. 91

91

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REDES DE FLUIDOS

Propostas de resolução 11.3


Determinação das envolventes – O comprimento crítico, ℓ é
máximas de pressão: determinado pelas as equações:
– No caso de condutas, com secção M
V
transversal circular, e comportamento P JU
elástico e linear, a celeridade c, é 1,5 7 1.190 7 0,75
calculada pela expressão: 1
9.900 9.900
9,81 7 "398,60 $ 366,88#
33,3 7 0,1446
4,31 \
M7 1
48,3
2
48,3
7,7 7 10_% 381 7 4,31
381 /\
ℓ 821
2 2
Com k, o coeficiente em função do módulo de – Como a conduta tem uma extensão
elasticidade do material da conduta, neste caso
PVC, igual a 33,3. superior ao comprimento crítico, é
– O tempo de ida e retorno de uma considerada longa e o valor da onda
onda elástica, T, ao ponto onde tem de pressão é determinado pela
origem a perturbação, obtém-se do equação de Allievi:
seguinte modo: 381 7 0,75
2 2 7 1.190,70 ∆J 29,28
6,25 \ P 9,81
381 92

92

46
07/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Propostas de resolução 11.3


• Com o valor obtido para o choque • Na Figura 3, estão representadas as
hidráulico, as pressões máxima e envolventes teóricas de sobrepressão
mínima, na conduta elevatória, junto e de depressão máximas, que
à válvula de retenção geral: ocorrem durante o regime variável
em pressão, no presente caso.
 ∆Hmax = (398,6 – 366,88) + 29,28
= 61,00 m

 ∆Hmin = (398,6 – 366,88) - 29,28 =


2,44 m

Pressão inferior à
linha do seio do
liquido

Fig. 3 - Representação gráfica das envolventes de pressão


extrema (perfis teóricos), sem dispositivos de proteção da
conduta elevatória 93

93

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REDES DE FLUIDOS

Resolução 11.3
• Perante a classe de pressão de serviço e o perfil da conduta, os valores
verificados para a pressão negativa não são aceitáveis.
• O facto da conduta elevatória, na totalidade da sua extensão, se encontrar
em depressão, chegando a atingir valores máximos, na ordem dos 13,60
m, impõe a aplicação de um sistema de proteção da tubagem.
• Relativamente às sobrepressões máximas, o seu valor é de cerca de 60 m.
• Uma vez que o líquido é água, então, a pressão nominal da conduta é
idêntica à pressão máxima de serviço, permitida pelo material da conduta.
• Assim, a pressão interna máxima, admitida pela conduta, será igual a 10
kg/cm2 (PN 10) pelo que as sobrepressões, resultantes do golpe de aríete,
serão suportadas pela mesma.

94

94

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07/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

95

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

95

48
15/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

Solicitações e Flexibilidade

Aula 25

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

2
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Dilatação
• As condutas que transportam • O valor da expansão é
fluidos quentes tais como água determinada pela equação:
ou vapor, expandem-se quando
operam a temperaturas
superiores às de montagem. ∆L [mm] = L × ∆T × α
• Essa expansão dá-se
principalmente em ∆L Dilatação em [mm]
comprimento e se não for
devidamente compensada criará L Comprimento do tubo em [m]
tensões na tubagem e nos ∆T Diferença de temperatura entre
acessórios a que esta está o ambiente e a operação em
ligada. [°C]
• Em casos extremos poderá α Coeficiente de expansão
provocar a fratura do material e [mm/m.°C] (tabela 1)
acidentes.
3

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Tabela 1 - Coeficiente de dilatação linear α em


mm/m. °C × 10-3
Campo de temperatura °C
Material
<0 0 a 100 0 a 200 0 a 300 0 a 400 0 a 500 0 a 600 0 a 700
Aço 0,1% a 0,2 % C
12,8 13,9 14,9 15,8 16,6 17,3 17,9
Aço liga 1% Cr 0,5% Mo
13,7 14,5 15,2 15,8 16,4 17,0 17,6
Aço inox 18% Cr 8% Ni
9,4 20,0 20,9 21,2 21,8 22,3 22,7 23,0

Cobre 16,8
PEX (polietileno reticulado) 140,0

PEAD (polietileno de alta densidade) 130,0

PVC (policloreto de vinil) 80,0


PP (polipropileno) 150,0 4

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REDES DE FLUIDOS

Dilatação
Exemplo 3.1 Resolução
• Um tubo de aço carbono com 50 ∆L = L × ∆T × α [mm]
m de extensão de uma rede de Tabela 1 – Tubo aço carbono
vapor a 4 bar (152°C), foi α = 14,9 x 10-3 mm/m.ºC
instalado a 10°C, calcule a sua
ΔL = 50 (m) x (152º C – 10º C) x
dilatação.
14,9 x 10-3 (mm/m.ºC)
ΔL = 105,79 mm

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REDES DE FLUIDOS

Dilatação
Exemplo 3.2 Resolução
• Calcule a dilatação térmica ∆L = L × ∆T × α [mm]
linear de tubos de aço, cobre e Tabela 1
PEX com um comprimento de 30 – Tubo aço carbono
m, temperatura de montagem α = 13,9 x 10-3 mm/m.ºC
10°C e temperatura de serviço
90°C. – Cobre α = 16,8 x 10-3 mm/m.ºC
– PEX α = 140,0 x 10-3 mm/m.ºC
ΔLaço = 30 (m) x (90º C – 10º C) x 13,9 x
10-3 = 33,4 mm
ΔLcobre = 30 (m) x (90º C – 10º C) x 16,8
x 10-3 = 40,3 mm
ΔLPEX = 30 (m) x (90º C – 10º C) x 140
x 10-3 = 336 mm 6

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REDES DE FLUIDOS

Expansão em tubos de aço carbono

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REDES DE FLUIDOS

Dilatação
Esforços gerados
• Se os tubos não poderem dilatar
livremente, serão gerados
esforços que de acordo com a lei
de Hooke terão o valor de:
ε – Deformação especifica; ε = ∆L/L
σ=ε×E
σ – Tensão [Pa]
• E a força resulta em:
E – Módulo de elasticidade N/mm2
F = σ×S S – Secção da parede do tubo em mm2

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REDES DE FLUIDOS

Resolução
Dilatação ∆L = L × ∆T × α [mm]
Tabela 1 – Tubo de aço carbono → 13,9
Esforços gerados 10 ⁄ .º
ç
Exemplo 3.3 40 85º 5º 13,9
⁄ .º
• Um tubo de cobre ∅ = 76,1 × 2,5 10 44,5
mm com 40 m de comprimento, ç 44,5 10
0,001112 ⁄
temperatura de serviço 85°C, foi 40
instalado à temperatura de 5°C, 1,112 ⁄
determine o esforço exercido pelo
tubo nas extremidades,
considerando que não se dilata ! " 0,001112 124.000 10#
livremente. 137.888 Pa
( - -
' )*+, )./,
E = 124.000 MPa 4
( (
0,00811- 0,0076- 0,000786 -
4 4
( -
1 137.888 23 0,000786 85.121 4 9
4

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REDES DE FLUIDOS

Dilatação
Controlo dos efeitos da dilatação Flexibilidade natural da tubagem
térmica
• Há diversas formas de controlar os • O controlo da dilatação térmica dos
efeitos da dilatação térmica em tubos é feito por um traçado
redes de distribuição de fluidos conveniente, com diversas mudanças
aquecidos: de direção, de maneira que a
tubulação tenha flexibilidade própria;
− Flexibilidade natural da tubagem;
• Uma tubagem será tanto mais flexível
− Flexibilidade introduzida na tubagem; quanto:
− Pré-tensionamento da tubagem. − Maior for o comprimento desenvolvido
relativamente à distância entre as
extremidades;
− Mais simétrico for o seu traçado;
− Menores forem as desproporções entre
os diversos lados;
10
− Maior liberdade houver de movimentos.

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REDES DE FLUIDOS

Flexibilidade natural da tubagem


• Exemplos dos traçados mais convenientes a dar á tubagem,
quando se esperam efeitos de dilatação.

11

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REDES DE FLUIDOS

Flexibilidade natural da tubagem


Compensação natural em L Determinação do braço mínimo de
compensação natural com disposição
• Diz-se que há uma compensação em L para tubos de aço.
natural em L, quando ocorre
uma inflexão da tubagem a 90º
e se aproveita esta forma para
compensar a dilatação do tubo.

12

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REDES DE FLUIDOS

Flexibilidade natural da tubagem


Exemplo 3.4
• Determine a dimensão de um
compensador natural em L,
considerando um tubo de aço carbono
com o diâmetro de 100 mm, uma
extensão de 100 m, temperatura da
instalação de 10°C e operação de
90°C.
Resolução
∆L = L × ∆T × α [mm]
• Tabela 1 – Tubo aço carbono:
α = 13,9 x 10-3 mm/m.ºC

• ΔLaço = 100 x (90 – 10) x 13,9 x 10-3 = 111,2


mm
• Pelo gráfico o braço mínimo é de 7 m. 13

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REDES DE FLUIDOS

Flexibilidade natural da tubagem


Compensação natural em Z Comprimento mínimo de C para
compensação natural com disposição
• Diz-se que há uma compensação em Z para tubos de aço
natural em Z, quando ocorre
uma dupla inflexão da tubagem
a 90° e o troço C tem uma
extensão superior à da tabela e
se aproveita este traçado natural
para compensar a dilatação do
tubo.

14

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REDES DE FLUIDOS

Flexibilidade natural da tubagem


Exemplo 3.5
• Determine a dimensão de um
compensador natural em Z
considerando um tubo de aço carbono
com o diâmetro de 100 mm, uma
extensão de 100 m, temperatura da
instalação de 10°C e operação de
90°C.
Resolução
∆L = L × ∆T × α [mm]
• Tabela 1 – Tubo aço carbono:
α = 13,9 x 10-3 mm/m.ºC

• ΔLaço = 100 x (90 – 10) x 13,9 x 10-3 = 111,2


mm
• Pelo gráfico o braço mínimo é de 5,5 m. 15

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REDES DE FLUIDOS

Expansão absorvida por introdução de elementos no


traçado do tubo
• Frequentemente a flexibilidade Esquema de um compensador de
do sistema de condutas, não dilatação em U
impede que sejam transmitidos
esforços a outras instalações;
• Pelo que é necessário incorporar
compensadores de dilatação
para se aumentar a flexibilidade
da rede, tais como:
− compensadores em U;
− em espiral;
− em Ω. • O comprimento b do braço do U, é
calculado partindo de uma
esquematização aproximada ao
16
comportamento real.

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REDES DE FLUIDOS

Expansão absorvida por introdução de elementos no


traçado do tubo
• Com base nos estudos
desenvolvidos, estabeleceram-
se gráficos para a determinação
das dimensões características,
adequadas para a execução dos
compensadores para tubos de
cobre e de aço.
• Com base nas proporções da
figura, e no gráfico para tubos
de cobre determina-se o braço H
da junta em U.

17

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REDES DE FLUIDOS

Expansão absorvida por introdução de elementos no


traçado do tubo L Distância entre os apoios fixos F1 e F2;
L0 Distância entre duas ramificações
próximas do compensador;
I0 Distância entre a linha do eixo do
compensador à ramificação mais
próxima;
H Braço do compensador;
R Raio de curvatura do tubo
aproximadamente 4 a 5 vezes o seu
diâmetro exterior.

18

18
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REDES DE FLUIDOS

Expansão absorvida por introdução de elementos no


traçado do tubo

• O passo seguinte é verificar se L0 não é inferior ao valor


mínimo da tabela 2 em função de H.

Tabela 2 - Compensador formado pelo tubo valores mínimos de L0 e H


Diâmetro do tubo 12×1 14×1 18×1 22×1,5 28×1,5
L0 mínimo mm 1000 1200 1400 1600 1800
H mínimo mm 250 300 350 400 450

19

19

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REDES DE FLUIDOS

Expansão absorvida por introdução de elementos no


traçado do tubo
• Para valores de L0 inferiores aos mínimos admitidos, majora-
se H de acordo com a tabela 3.

Tabela 3 - Majoração de H de acordo com L0

L0 = 0,75 L0 mínimo H = 1,10 H mínimo

L0 = 0,50 L0 mínimo H = 1,40 H mínimo

• Recomenda-se que o compensador esteja estabelecido de


uma forma equidistante em relação aos ramais ou seja l0 =
L0/2.
20

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REDES DE FLUIDOS

• O compensador em U para tubos de cobre também pode ser


quadrado H = ι ou rectangular H = 2×ι. O valor de H é função
do diâmetro do tubo e da dilatação. H = 1,3 D × ∆L
Tabela 4 - Braço H em cm do compensador de dilatação quadrado, H = ι
Diâmetro exterior do Dilatação ∆L mm
tubo
2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0
D mm
10 5,8 8,2 10,2 11,6 13,0 14,2 15,4 16,4 17,4 18,4
12 6,4 9,0 11,0 12,7 14,2 15,6 16,8 18,0 19,1 20,1
14 6,9 9,7 11,9 13,8 15,4 16,8 18,2 19,5 20,6 21,7

15 7,1 10,1 12,3 14,2 15,9 17,4 18,8 20,1 21,43 22,5

16 7,4 10,4 12,7 14,7 16,4 18,0 19,5 20,8 22,1 23,3
18 7,8 11,0 13,5 15,6 17,4 19,1 20,6 21,4 23,4 24,7
20 8,2 11,6 14,2 16,4 1\8,4 20,1 21,7 23,3 24,7 26,0
22 8,6 12,2 14,9 17,3 19,3 21,1 22,8 24,4 25,9 27,3
25 9,2 13,0 15,9 18,4 20,6 22,5 24,3 26,0 27,6 29,1
21
28 9,7 13,8 16,8 19,5 21,7 23,8 25,7 27,5 29,2 30,8

21

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REDES DE FLUIDOS

H = 1,5 D × ∆L
Tabela 5 - Braço H em cm do compensador de dilatação
rectangular, H = 2×ι
Diâmetro exterior do Dilatação ∆L mm
tubo
D mm 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0

10 6,7 9,5 11,8 13,4 15,0 16,4 17,8 19,0 20,1 21,2

12 7,4 10,4 12,7 14,7 16,4 18,0 19,4 20,8 22,1 23,2

14 7,9 11,2 13,8 15,9 17,8 19,4 21,0 22,5 23,8 25,1

15 8,2 11,6 14,2 16,4 18,4 20,1 21,7 23,2 24,6 26,0

16 8,5 12,0 14,0 17,0 19,0 20,8 22,5 24,0 25,5 26,8

18 9,0 12,7 15,6 18,0 20,1 22,1 23,8 24,7 27,0 28,5

20 9,5 13,4 16,4 19,0 21,2 23,2 25,1 26,8 28,5 30,0

22 10,0 14,1 17,2 19,9 22,2 24,4 26,3 28,1 29,9 31,5

25 10,6 15,0 18,4 21,2 23,7 26,0 28,1 30,0 31,8 33,5
22
28 11,2 15,9 19,4 22,5 25,1 27,5 29,7 31,8 33,7 35,5

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REDES DE FLUIDOS

Expansão absorvida por introdução de elementos no


traçado do tubo
Compensadores em U para tubos de Capacidade das juntas de dilatação
aço carbono em U para tubos de aço carbono
• As juntas de expansão para tubos de
aço são formadas por troços retos de
tubos e curvas soldadas conforme
figura.

23

23

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REDES DE FLUIDOS

Expansão absorvida por introdução de elementos no


traçado do tubo
Compensador em espiral ou de Compensador em Ω
volta completa • A pressão não provoca esforços
• Este compensador não gera uma adicionais como no anterior;
força em oposição ao tubo em • No caso de tubagem condução de
expansão como nos outros vapor se os compensadores tiverem
compensadores, mas a pressão do de ser instalados na vertical deverá
fluido tem tendência a desfazer a ser previsto a purga de condensado
volta o que gera um esforço adicional do lado de montante.
sobre os pontos de fixação.

24

24
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Tabela 6 - Raio R em cm do compensador de dilatação do tipo lira para tubos de


cobre

Diâmetro Dilatação ∆L mm
exterior
do tubo 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0
D mm
R = 0,65 D × ∆L
10 2,9 4,1 5,1 5,8 6,5 7,1 7,7 8,2 8,7 9,2

12 3,2 4,5 5,5 6,4 7,1 7,8 8,4 9,0 9,6 10,1

14 3,4 4,9 6,0 6,9 7,7 8,4 9,1 9,7 10,3 10,9

15 3,6 5,0 6,2 7,1 8,0 8,7 9,4 10,1 10,7 11,3

16 3,7 5,2 6,4 7,4 8,2 9,0 9,7 10,4 11,0 11,6

18 3,9 5,5 6,8 7,8 8,7 9,6 10,3 10,7 11,7 12,3

20 4,1 5,8 7,1 8,2 9,2 10,1 10,9 11,6 12,3 13,0

22 4,3 6,1 7,5 8,6 9,6 10,6 11,4 12,2 12,9 13,6

25 4,6 6,5 8,0 9,2 10,3 11,3 12,2 13,0 13,8 14,5
25
28 4,9 6,9 8,4 9,7 10,9 11,9 12,9 13,8 14,6 15,4

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REDES DE FLUIDOS

Distância máxima admissível L (m) entre apoios fixos


para tubos de aço

Temperatura de operação em º C
DN R
95 150 205 260 315 370 425 450
50 250 17,0 9,5 6,9 5,0 4,0 3,4 3,0 2,8
300 22,0 12,0 8,9 6,6 5,3 4,5 4,0 3,8
350 27,0 15,0 11,1 8,4 6,7 5,3 5,0 4,6
65 325 22,1 12,4 8,6 6,3 5,2 4,6 4,0 3,7
390 28,6 16,0 11,3 9,1 8,5 6,0 5,3 4,8
455 35,8 20,3 14,2 10,7 8,9 7,6 7,2 6,7
80 400 27,8 15,6 10,9 8,4 6,7 5,6 5,1 4,7
480 35,8 20,2 14,1 11,2 8,6 7,4 6,6 6,2
560 43,4 25,1 17,5 13,5 10,9 9,4 8,4 7,9
100 500 40,0 22,3 15,5 11,7 9,5 8,1 7,1 6,9
600 51,3 29,0 20,2 15,4 12,4 10,7 9,5 9,0 26
700 61,9 36,1 25,1 19,1 15,5 13,5 11,9 11,4

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REDES DE FLUIDOS

Pré-tensionamento da tubagem
• O pré-tensionamento a frio é um dos meios utilizados para
se controlarem os efeitos da dilatação térmica;
• Consiste em introduzir na tubagem, durante a montagem,
tensões iniciais da mesma natureza e de sinais contrários, das
que se originarão em consequência da dilatação térmica;
• A finalidade dessas tensões iniciais é compensar totalmente
ou em parte, as tensões resultantes da dilatação;
• Nunca se faz o pré-tensionamento total, porque resultaria em
introduzir-se nos tubos, tensões do mesmo valor das tensões
devidas à tensão térmica, mas de sinal contrário;
• Que é exatamente o que se pretende evitar. 27

27

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REDES DE FLUIDOS

Pré-tensionamento da tubagem
• Por essa razão, o pré-tensionamento é sempre parcial, isto é:
− O comprimento a menos da tubulação fria, é igual a uma parcela
apenas da dilatação total, da ordem de 50%.

• Em termos práticos, a tubagem é montada a frio e é intercalado um


espaçador entre duas flanges de comprimento igual a metade da dilatação
prevista.
• Quando a instalação está montada com as ancoragens dos dois lados do
espaçador fixos, este é removido e os parafusos das flanges são apertados28
para tracionar os tubos.
28
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Pré-tensionamento da tubagem
Exemplo 3.6
• Determine a dimensão do
compensador natural em L do exemplo
3.4 considerando um pré-
tensionamento do tubo de aço
carbono correspondente a metade do
valor da expansão.
Resolução
∆L = L × ∆T × α [mm]
• Tabela 1 – Tubo aço carbono:
α = 13,9 x 10-3 mm/m.ºC
• ΔLaço = 100 x (90 – 10) x 13,9 x 10-3 =
111,2 mm
∆67ç8 999,-
• 55,6 29
- -
• Pelo gráfico o braço mínimo é de 4,8 m.
29

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REDES DE FLUIDOS

Flexibilidade natural da tubagem


Exemplo 3.7
• Com os dados do exemplo 3.5,
determine a dimensão do
compensador natural em Z
considerando um pré tensionamento
do tubo de aço carbono
correspondente a metade do valor da
expansão.
Resolução
∆L = L × ∆T × α [mm]
• Tabela 1 – Tubo aço carbono:
α = 13,9 x 10-3 mm/m.ºC
• ΔLaço = 100 x (90 – 10) x 13,9 x 10-3 = 111,2
mm
∆67ç8 999,-
• 55,6
- -
• Pelo gráfico o braço mínimo é de 3,8 m. 30

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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Suportes

• Os suportes de rolo são ideais para suportarem condutas e ao


mesmo tempo permitirem o seu movimento nas duas
direções.

31

31

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REDES DE FLUIDOS

Juntas de expansão
• Quando parte ou toda a dilatação não poderá ser absorvida pela
flexibilidade natural da tubagem, podem utilizar-se dispositivos para
absorver a dilatação ou expansão;

• Os pontos de fixação ou ancoragem definidos como A, são a partida para a


análise da expansão;
• Os pontos de suporte deslizantes B, permitem o livre movimento para
dilatação dos tubos, mantendo-os alinhados;
• O dispositivo de expansão no ponto C tem como finalidade absorver a
dilatação e a contração do tubo. 32

32
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Juntas de expansão
• As juntas de expansão são peças • As juntas de expansão são usadas
não rígidas que se intercalam nas principalmente nos seguintes
tubulações com a finalidade de: casos:
− Absorver as dilatações − Quando o espaço disponível é
provenientes das variações de insuficiente para que se possa ter
temperatura e também; um trajeto da tubulação com
flexibilidade capaz de absorver as
− Impedir a propagação de
dilatações;
vibrações;
− Em tubulações de:
− São dimensionados para
absorver a dilatação dos tubos  Diâmetro muito grande (acima de
sem variar o seu comprimento 500 mm);
entre apoios fixos.  De material muito caro, onde
haja interesse económico em
fazer-se o trajeto o mais curto
possível. 33

33

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REDES DE FLUIDOS

Juntas de expansão
• As juntas de expansão são • A maioria das juntas de expansão,
usadas principalmente nos são fabricadas sob encomenda para
seguintes casos (cont.): cada caso específico;
• Para a encomenda dessas peças,
− Em tubulações que por pelo menos os seguintes dados
exigências de serviço devam ter devem ser fornecidos ao fabricante:
trajetos diretos retilíneos com
− Natureza e propriedades completas
um mínimo de perdas de carga
do fluido ou dos fluidos
ou de turbulência; conduzidos;
− Em tubulações sujeitas a − Pressão e temperatura de operação
vibrações de grande amplitude; e de projeto;
− Variações possíveis da pressão e da
− Para a ligação direta entre dois temperatura;
equipamentos.
− Indicação dos valores máximos e
mínimos da temperatura e pressão;
− Duração prevista das variações 34de
pressão e temperatura;

34
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Juntas de expansão
• Para a encomenda dessas peças, − Especificação completa do isolamento
pelo menos os seguintes dados térmico, se houver;
devem ser fornecidos ao − Posição de trabalho da junta (vertical,
fabricante (cont.): horizontal, inclinada);
− Cargas que agem sobre a junta;
− Tipo da junta requerida. Não só − Dimensões máximas que deva ter a
o tipo geral, como também junta, caso existam limitações de espaço;
detalhes desejados (tirantes, − Valores dos movimentos axiais (distensão
camisa interna, anéis de ou contração), angular, lateral ou
equalização etc.); combinações desses, que a junta deva
− Diâmetro nominal do tubo, tipo absorver;
de ligação da junta à tubulação − Frequência dos ciclos de aquecimento e
(flange, soldadura, rosca), com arrefecimento da tubulação e tempo de
descrição completa; vida útil requerido para a junta de
− Material da tubulação expansão;
(especificação completa); − Normas, códigos ou especificações que
− Condições especiais de corrosão, devam ser obedecidos para a fabricação,
de abrasão ou de erosão, se inspeção e teste da junta;
houver; − Esquema da tubulação onde ficará 35a
junta mostrando o sistema de suportes.
35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Juntas de expansão
Movimentos das juntas de
expansão
• Os três tipos fundamentais de
movimentos que pode ter uma
junta de expansão são:
− O movimento axial;
− O movimento angular;
− Movimento lateral (offset).

36

36
15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Juntas de expansão
• Juntas de Telescópio
– As juntas de expansão telescópicas
consistem basicamente em dois
pedaços de tubo concêntrico, que
deslizam um sobre o outro, cada
um ligado a um dos extremos da
junta;
– Para conseguir a vedação entre o
tubo externo e o tubo interno
possuem:
 Uma caixa de empanques
convencional;
 Com sobreposta;
 Parafusos de aperto. 37

37

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REDES DE FLUIDOS

Juntas de expansão
• Juntas de fole ou de acordeão
– As juntas de fole (packless, bellows
joints) consistem essencialmente
numa série de gomos sucessivos
feitos de uma chapa fina flexível;
– Como não possuem empanques não
há risco de vazamentos;
– A manutenção é bem menor
comparativamente com as juntas de
telescópio;
– Por essa razão, podem ser usadas
em:
 Serviços severos;
 Com fluidos inflamáveis;
 Tóxicos etc. 38

38
15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Juntas de expansão
• Tipos de juntas de Juntas com anéis de
expansão de fole equalização
– São os seguintes tipos mais
importantes de juntas dessa classe:
 Juntas simples;
 Juntas com anéis de equalização;
 Juntas com articulações (hinge-
joints);
 Juntas duplas.

39

39

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Juntas com articulações Juntas duplas


(hinge-joints)

40

40
15/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

41
15/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Solicitações e Amarrações

Aula 26

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Forças de impulso nas Tubagens


2. Aplicações

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REDES DE FLUIDOS

2
15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Forças de impulso nas Tubagens


• As forças devidas à pressão interna tendem a
“endireitar” os tubos, quando flexíveis, e a separar
as juntas de encaixe.
• Para resistir estes tubos devem ser “ancorados”
conforme os exemplos:

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Forças de impulso nas Tubagens


• Poderão ser devidas à pressão interna e à
velocidade do fluido.
• Ambas actuam na mesma direcção e nos acidentes
ao longo da tubagem.

3
15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Forças devido à pressão interna


Equação da conservação da quantidade de movimento linear
− Equação da continuidade:

− Equação da energia:

0
2

− Força devido à pressão interna:


− Força resultante geral R


2 7
2

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REDES DE FLUIDOS

Forças de Impulso devido à pressão interna

1. Forças devidas à pressão

ρ Massa específica do fluido em kg/m3.


S Área da secção recta do tubo m2.
g Aceleração da gravidade m/s2.
H Altura estática no ponto do maciço, incluindo regime
transitório em m.
8

4
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

2. Forças devidas à velocidade de escoamento

2 10"# A
2

− Onde:
A Área da seção em [cm2];
ρ Massa volúmica do fluido [kg/m3];
V Velocidade de escoamento [m/s];
Θ Ângulo de desvio da curva

• As forças de impulso devidas à velocidade, resultantes da


variação da quantidade de movimento têm pouco relevância
face às forças devidas à pressão. 9

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

2. Forças devidas à velocidade de escoamento

− Onde
caudal em kg/s;
V velocidade de escoamento m/s;
Q caudal volumétrico m3/s.

3. Força devida ao peso próprio do tubo e fluido


10

10

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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 12.1
Cone de Redução
• Um tubo com o diâmetro interior
de 508 mm está ligado a um tubo
de 305 mm por intermédio de um
cone de redução conforme
representado na figura.
• Nos tubos circula óleo com uma
densidade de 0,85 e um caudal de
0,350 m3/s, à pressão de 350 kPa.
• Desprezando as perdas de carga,
calcule a força que atuará sobre o
cone de redução, para dimensionar
o bloco de ancoragem.
11

11

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Resolução 12.1

12

12

6
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 12.2
Curva a 90º
• Um troço de compressão de uma
bomba tem o diâmetro interior de
508 mm e uma curva vertical a 90º.
• O líquido bombeado é óleo com
uma densidade de 0,85, o caudal
de descarga da bomba é de 0,203
m3.s-1.
• A perda de carga localizada na
curva é de 0,6 m de coluna de óleo.
A pressão na entrada 1 é de 206
kPa.
• Desprezando o peso do óleo,
determinar a força resultante
13
exercida pelo óleo sobre a curva.

13

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REDES DE FLUIDOS

Problema 12.2
Exemplo de resolução

14

14

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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 12.2
Exemplo de resolução

15

15

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 12.2
Exemplo de resolução

16

16

8
15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 12.2
Exemplo de resolução

17

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Problema 12.3
Maciço de amarração
• Uma curva de redução de 30º,
φ0 = 1,0 m e φ1 = 0,8 m, conduz
água à razão de 1,80 m3/s, sendo a
pressão interna p0 = 216 kPa.
• Desprezando o peso da água na
curva e a perda de carga,
determine o esforço exercido sobre
o maciço de amarração.

18

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9
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 12.3
Maciço de amarração
• A resultante das forças que se
exercem sobre o tubo, tendem a
deslocar o tubo pela encosta
abaixo.
• Para o segurar é necessário o
recurso a um bloco de ancoragem,
cujo peso próprio, composto com o
valor da resultante F, deverá
conduzir a uma força resultante
geral R, que deverá passar pelo
terço central da base do bloco.
• O bloco deverá ser armado, uma
vez que o betão não resiste a 19
esforços de tração.
19

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REDES DE FLUIDOS

Problema 12.4
Tê de ramal a 45º
• Um tê de aço ao carbono de 900 mm de diâmetro interior, tem
um ramal a 45º, conduz água potável à razão de 1,69 m3/s, e a
pressão na junção é de 200 kPa. O ramal tem um diâmetro
interior de 750 mm.
• Quando o sistema está a funcionar em pleno, os caudais
distribuem-se com os valores de Q1 = 1,085 m3/s e Q2 = 0,605
m3/s
• O tê está disposto na horizontal, calcule as várias hipóteses de
carga em função do estado das válvulas de isolamento 1 e 2,
desprezando as perdas de carga no tê.
20

20

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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Resolução 12.4
1ª Hipótese – As duas válvulas fechadas

21

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REDES DE FLUIDOS

Resolução 12.4
2ª Hipótese – A válvula 1 fechada e a 2 aberta

22

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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Resolução 12.4
3ª Hipótese – Ambas
as válvulas abertas

23

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REDES DE FLUIDOS

Resolução 12.4
4ª Hipótese – A válvula de ramal fechada

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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Problema 12.5
Maciço de amarração de uma curva a 60º
• Calcular a massa de betão necessária para um bloco de
ancoragem imobilizar uma curva horizontal de α = 60º, com φ =
600 mm de diâmetro, o fluido circulante é água com uma
pressão de 40 mca.

25

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MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

26

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

26

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15/05/2022

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Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS
Engenharia Mecânica

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Uniões de Tubos

Aula 27

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Ligações
2. Acessórios de ligação
3. Acessórios de suporte e fixação

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REDES DE FLUIDOS

Uniões de Tubos

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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


• Ligações roscadas
• Ligações soldadas
• Ligações flangeadas
• Ligações ponta e bolsa
• Ligações de compressão
• Ligações patenteadas

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações roscadas
• As ligações roscadas, são das • Para ligação dos tubos entre si,
mais antigas; utilizam-se usualmente dois
tipos de acessórios:
• São aplicadas em tubos de
pequeno diâmetro até 50 mm, − As uniões simples;
por serem de baixo custo;
− As junções de sede
• Contudo existem tubos e direita ou cónica.
acessórios com diâmetros até
• Ambas com rosca interior (rosca
100 mm e mesmo superiores,
fêmea), neste caso as
preparados para ligações
extremidades dos tubos a unir
roscadas.
possuem rosca exterior (rosca
macho).
6

3
15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações roscadas
União simples
• A vedação entre as duas meias
juntas é efetuada por meio de
vedantes que são comprimidos pelo
aperto da porca;
• A abertura da rosca enfraquece a
parede dos tubos, pelo que sempre
que as paredes dos tubos sejam
para abrir rosca, estes devem ser de
parede espessa;
• Os tubos de aço galvanizado só
admitem uniões roscadas; 7

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações roscadas
União simples
• Os tubos de aço inoxidável em geral
não são para aplicação de uniões
roscadas, mas quando utilizados
para tal terão de apresentar uma
parede espessa conforme DIN 2413,
o que torna estes tubos muito
dispendiosos;
• No caso de uniões de boa qualidade
para altas temperaturas utilizam-se
sedes metálicas cuidadosamente
maquinadas em ambas as peças da
8
união.

4
15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações roscadas
União simples
• As principais normas europeias para
as roscas dos tubos são a DIN 2999 e
ISO 7/1 e as americanas ANSI B 2.1 e
API 5.B;
• O principal tipo de rosca utilizada na
união de tubos é a rosca cónica,
este tipo de roscas tem como
particularidade, à medida que se
apertam os tubos, os filetes das
roscas interpenetram-se uns nos
9
outros;

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações roscadas
União simples
• As normas permitem a • Para melhorar a estanqueidade da
utilização das uniões roscadas ligação utilizam-se selantes, sendo
para todos os serviços até aos os mais divulgados os do tipo:
‒ Fitas de material plástico do tipo teflon;
seguintes limites de pressão:
‒ Fio vedante para roscas;
‒ Diâmetro 50 mm 40 bar;
‒ Teflon líquido;
‒ Diâmetro 25 mm 80 bar;
• No caso de grandes folgas entre
‒ Diâmetro 20 mm 100 bar.
tubos resina anaeróbica pastosa de
cor amarela do tipo Loctite 577.
10

10

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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Tabela de compatibilidades dos selantes


Algodão de
Pastas não Cintas de
cobre e óleo Estopa com
endurecíveis ou PTFE, até e Pastas especiais Estopa
resistente ao zarcão
fitas 250º C
calor
Àgua potável R A R

Água quente R A A R

Gás combustível R A A

Ar comprimido R A A R

Gases industriais R R

Oxigénio R

Vapor até 150º C R R

R
Vapor até 300º C

Fuel, gasóleo,
gasolina, petróleo R A A

até 80ª C

Óleos até 200º C R R

11
R – Recomendado A – Aceitável
11

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações roscadas
União simples
• As normas exigem ainda que:
− As roscas sejam cónicas; − Podem utilizar-se uniões roscadas em
− Recomenda que sejam tubos de:
realizados cordões de soldadura  Aço-carbono;
de vedação nas roscas dos tubos  Aço liga;
que conduzam fluidos:  Ferro fundido dúctil;
 Inflamáveis;  PVC;
 Tóxicos;  Outros plásticos;
 Outros.  Vidro;
− Em que é necessário evitarem-  Porcelana.
se vazamentos; − O diâmetro de 50 mm, é o limite
12
prático de utilização.

12

6
15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações roscadas
União simples
• Na prática devido à sua reduzida
resistência mecânica e à dificuldade
de se garantirem uniões estanques,
a aplicação deste tipo de ligações
limita-se a canalizações de baixa
responsabilidade:
− Instalações de edifícios;
− Circuitos secundários tais como:
 Água;
 Ar comprimido;
 Condensados com baixas 13
pressões e temperatura.

13

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Soldadura por fusão
• Os principais tipos de ligações • As soldaduras por fusão são as mais
soldadas são os seguintes: comuns em canalizações industriais,
por apresentarem as seguintes
− Soldadura por fusão (topo a topo,
vantagens:
encaixe);
‒ Boa resistência mecânica;
− Brasagem; ‒ Estanquicidade perfeita e permanente;
− Soldadura química. ‒ Boa aparência;
‒ É fácil a aplicação de isolamentos
térmicos e pinturas;
‒ Não necessitam de manutenção.
• Como desvantagens temos a
dificuldade de desmontagem e a
necessidade de operários
14
especializados para a sua realização.

14

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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Soldadura topo a topo
• A soldadura topo a topo é a mais • Os tubos e os acessórios para ligação
utilizada para tubos de aço de por soldadura topo a topo devem
qualquer tipo, com diâmetros apresentar as extremidades
superiores a 50 mm. preparadas para este tipo de ligação
conforme as normas:
• É muito aplicada em toda a faixa ‒ DIN 2559;
usual na indústria de processos ‒ ASA B.16.9;
para pressões e temperaturas ‒ ANSI B.16.25;
incluindo serviços severos; ‒ ou outras.
• As soldaduras são efetuadas por:
‒ Arco elétrico;
‒ Processos TIG; 15
‒ ou MAG.

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REDES DE FLUIDOS

Preparação dos Bordos para soldadura topo a topo

Ângulo Afastamento Raiz


Designação Espessura da
Norma Vista em Corte
da Junta Parede
α β b (mm) c (mm)

DIN 2559
I ≤ 3 mm 0a3
F1

DIN 2559
V ≤ 16 mm ≈60º 0a4
F2

ASA B16.9 ≤ 19 mm ≈37,5º 0a4 ≈1,6

API Std
≤ 19 mm 30º 0a4 ≈1,6
SL/SLX

DIN 2559
Costura U ≥ 12 ≈10º 0a3 2
F3

DIN 2559 Costura U


≥ 12 30º ≈10º 0a4 ≈4
F4 Raiz V

DIN 2559 Costura V


≥ 16 35º ≈6º 0a2 ≈6
F5 Raiz V

16
ASA B16.9 > 19 ≈37,5º ≈10º 0a2 ≈1,6

16

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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Anel de soldadura
• Para diâmetros superiores a 500 • Estes anéis têm como desvantagens
mm utilizam-se por vezes anéis que aumentar as perdas de carga do
se colocam no interior dos troços escoamento e dificultar as operações
dos tubos a ligar; de limpeza dos tubos.
• Estes anéis ficam incorporados na
soldadura;
• A finalidade dos anéis é melhorar:
– A qualidade da soldadura;
– A sua penetração;
– Facilitar a operação;
– O alinhamento dos tubos;
– Dar o afastamento correto à raiz do 17
cordão de soldadura.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Anel de soldadura
• Para serviços sujeitos a corrosão
por contacto estes anéis quando
utilizados devem ser removidos
após a soldadura e o cordão
afagado ao esmeril.
• A norma DIN 2559 e a norma ANSI • Passos de soldadura:
B.31 contêm numerosas ‒ 1º passo elétrodo de forte penetração
de 2,5 mm;
recomendações sobre a soldadura ‒ 2º e 3º passos elétrodos de 2,5 ou 3,25
dos tubos: mm;
– Sequência da soldadura; ‒ 4º, 5º e 6º elétrodos de 4 mm
– Tratamentos térmicos; ‒ 7º, 8º, 9º e 10º elétrodos de 5 mm
‒ 11º a 14º elétrodos de 5 mm 18
– Qualificação dos soldadores;
‒ Cordão de fecho elétrodo de 4 mm.
– Testes, etc.

18

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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Soldadura de encaixe
• Este tipo de ligação soldada é
muito utilizada nas redes
industriais com diâmetros até 40
mm, para toda a faixa comum de
pressões e temperaturas e para
tubos de aço de qualquer tipo;
• Também se aplica em tubos de
metais não ferrosos e plásticos.

19

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Soldadura de encaixe
• As varas dos tubos são ligadas umas às • Para as tubulações de aço ou de metais
outras por acessórios de encaixe ou não ferrosos empregam-se sempre
uniões;
soldadura elétrica com elétrodos do
• Empregam-se as uniões nos casos em
que se pretenda uma desmontagem mesmo material dos tubos;
fácil; • Para tubos de plástico aplica-se:
• Os tubos são soldados com um cordão – Soldadura por aquecimento das partes em
de canto aplicado exteriormente pelo contacto por intermédio de uma
que as extremidades dos tubos devem
resistência elétrica incorporada nos
ser lisas sendo as uniões dotadas de
acessórios;
encaixe para se aplicarem os tubos;
• Para as soldaduras de encaixe – Soldadura química em que se utiliza um
empregam-se acessórios ou uniões, solvente apropriado ao tipo de plástico.
com a única diferença para o processo • As normas não recomendam a utilização
descrito anteriormente é que a solda deste tipo de união em serviços de
aplicada no cordão de soldadura é de 20
elevada corrosão ou erosão.
material diferente do tubo;

20

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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Brasagem
• As uniões por brasagem são usadas • Na soldadura sobreposta,
em geral no caso da ligação de tubos empregue principalmente em
metálicos não ferrosos, cobre, latão, tubos de cobre, uma das
cromoníquel, chumbo e suas ligas. extremidades do tubo é alargada
por intermédio de ferramenta
• A solda a aplicar é de material especial, ou utilizam-se acessórios
diferente do tubo, utilizam-se adequados providos de bocas.
geralmente ligas especiais de baixo
ponto de fusão.
• Existem duas variantes principais:
– Soldadura sobreposta (Lap-weld);
– Soldadura de encaixe (Socket-weld). 21

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Brasagem

• As extremidades são limpas e


desoxidadas.

• Na superfície preparada, aí é
introduzida a extremidade do outro
tubo ou do acessório a ligar, também
devidamente polidos e desoxidados,
dando-se por fim a soldadura por
brasagem com um maçarico de
22
chama.

22

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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Brasagem
• A brasagem pode ser fraca ou forte.
– Brasagem fraca:
 A brasagem fraca conforme EN 29453,
destina-se a aplicações hidro-sanitárias,
utilizam soldas do tipo estanho/prata
ou estanho/cobre, com uma
temperatura de fusão compreendida
entre 220 e 250 º C.

23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Brasagem
• A brasagem pode ser fraca ou forte.
– Brasagem fraca:
 As condições máximas de serviço
admissíveis para tubos de cobre unidos
por soldaduras do tipo brasagem fraca
são as da tabela.

24

24

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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Brasagem
• A brasagem pode ser fraca ou forte.
– Brasagem forte:
 A brasagem forte de acordo com a
norma EN ISO 3677;
 Aplica-se em redes de responsabilidade
tais como de condução de gases
combustíveis e medicinais;
 As soldas neste tipo de soldaduras
apresentam uma percentagem de prata
apreciável;
 Na tabela indicam-se as principais soldas Nota: O conteúdo de impurezas deverá ser de acordo com a
que se utilizam nas ligações por norma DIN 8513
brasagem forte. 25

25

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Brasagem
• A brasagem pode ser fraca ou forte.
– Brasagem forte:
 As condições máximas de serviço
admissíveis para tubos de cobre unidos
por soldaduras do tipo brasagem forte
são as da tabela.

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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações flangeadas
• Uma ligação flangeada é
constituída por duas flanges, um
jogo de parafusos com porca e uma
junta de vedação;
• Caracterizam-se pela facilidade e
precisão de montagem;
• Apresentam um custo apreciável,
por tal motivo aplicam-se regra
geral para tubos:
– Diâmetro superior a 50 mm;
– Aço;
– Ferro fundido;
– Metais não ferrosos; 27
– Plásticos.

27

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações flangeadas
• Locais em que é exigida uma • As ligações flangeadas devem ser
ligação facilmente desmontável, circunscritas aos pontos necessários
tais como: para montagem e desmontagem de
– Ligação da tubagem a compressores, secções, porque:
arrefecedores de água, bombas, – Estas ligações estão sempre sujeitas a
tanques, turbinas, válvulas, possíveis vazamentos;
purgadores, colectores, etc; – São caras;
– Ligação de tubos em aço e ferro
– Pesadas;
fundido que possuam revestimento
interno anti-corrosivo porque – Volumosas.
permite a perfeita continuidade do
revestimento desde que este seja
estendido às faces das flanges.
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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações flangeadas
• As flanges poderão ser integrais, isto • Materiais, Classes e Diâmetros
é, fundidas ou forjadas juntamente comerciais
com os tubos ou equipamentos, − A norma DIN 2515 define como classes
casos de tubos de ferro fundido, de pressão para as flanges:
válvulas, bombas, compressores,  1 2,5 6 10 16 25 40 64 100 160
turbinas e outros equipamentos; 250 320 bar
• Poderão ser independentes fixando- − Como classes de pressão de acordo com
se aos tubos por rosca, soldadura ou a norma ANSI B.16.5 teremos:
simples aperto entre flanges;  150 300 400 600 900 1500
• Apesar das normas DIN e ANSI 2500 psi
abrangerem os diâmetros a partir de − Nota importante:
10 mm, este tipo de uniões regra  Todas as flanges soldadas são
obrigatoriamente do mesmo material do
geral aplica-se a partir do diâmetro
tubo, o que não acontece com as flanges 29
de 50 mm; deslizantes.

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações flangeadas
Tipos de Flanges Faceamento

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações flangeadas
• A pressão nominal de cada classe • Na encomenda ou requisição de
“Primary non Shock Rating” é a flanges devem fornecer-se os
pressão admissível de trabalho sem seguintes elementos:
choques, a uma determinada − Quantidade;
temperatura; − Diâmetro nominal;
− Tipo;
• As temperaturas de referência para
− Norma dimensional;
as flanges de aço-carbono são:
− Pressão nominal;
− 260 ºC (500 ºF) para a classe de − Material;
pressão PN 10 (150 psi);
− Espessura da parede do tubo;
− 455 ºC (850 ºF) para as restantes − Especificações da rosca (flanges
pressões nominais (classes de rosqueadas). 32
pressão);

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações flangeadas
• As pressões de trabalho admissíveis
para qualquer material e classe,
estão na razão inversa do aumento
de temperatura;
• Do gráfico e das normas de flanges,
transcrevem-se a título de exemplo,
as correspondências entre pressões
e temperaturas admissíveis, para
flanges fabricadas em aço-carbono 38 ºC (100 ºF) 19 bar ( 275 Psi)
da classe PN 10 (150 psi): 150 ºC (300 ºF) 14 bar ( 210 Psi)
260 ºC (500 ºF) 10 bar ( 150 Psi)
70 ºC (700 ºF) 7,5 bar ( 110 Psi) 33
480 ºC (900 ºF) 5 bar ( 70 Psi)

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações flangeadas
• Em todas as ligações por flange • Quanto maior for a pressão interna, mais
utiliza-se sempre com elemento de duro e resistente terá de ser o material da
vedação uma junta; junta, para resistir ao duplo esforço de
• As juntas quando em serviço estão compressão e de corte;
submetidas a uma compressão • A junta deverá ser suficientemente
provocada pelo aperto dos deformável e elástica para se moldar às
parafusos e também a um esforço irregularidades das superfícies das flanges
de corte provocado pela pressão de forma a garantir a vedação;
interna do fluído; • Quanto mais duras as juntas, maior terá de
• Para que não ocorram vazamentos ser a perfeição do acabamento das faces
através da junta, é necessário que a das flanges e o alinhamento dos tubos;
pressão de compressão exercida • O material das juntas deverá resistir à ação
pelos parafusos seja superior à corrosiva do fluído, bem como a toda a
pressão interna que tende a afastar gama de variação da temperatura da linha.34
as flanges;

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Tipos mais comuns de juntas
• Juntas não metálicas  Plásticos:
‒ São juntas planas utilizadas nas ‒ Fluído corrosivo com baixas pressões e
flanges de ressalto e de face plana; temperaturas ambientes.

‒ A espessura destas varia com a  Papelão hidráulico:


pressão e o diâmetro dos tubos; ‒ Água, ar, condensado e outros serviços de
baixa pressão e temperatura ambiente.
‒ Os principais materiais utilizados na
confeção das juntas são:
 Borracha natural;
 Borrachas sintéticas;
 Junta grafitada;
Aplicadas para vedação de:
‒ Água, ar, condensado até 60°C;
‒ Óleo até 80°C;
35
‒ Vapor e óleo.

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LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Parafusos e Pernos roscados
• Para ligações das flanges e aperto
das respetivas juntas podem-se
empregar dois tipos de acessórios:
− Parafusos; • Os parafusos da rosca em polegadas
− Pernos roscados. obedecerão à norma ANSI B.18.2, com
dimensões dos filetes da rosca conforme
• Os parafusos são cilíndricos com a
a norma ANSI B.1.1;
cabeça integral sextavada ou
• Os parafusos designam-se pelo diâmetro
quadrada (rara) e rosca que não
nominal da rosca e pelo seu
abrange todo o comprimento do
comprimento medido a partir da base
parafuso;
da cabeça.
• Os parafusos de rosca métrica • Os parafusos de aço-carbono podem ser
deverão ter dimensões da norma aplicados até à classe de pressão PN 10 e
DIN ou NP 141 e 143; 37
temperaturas não superiores a 260 °C.

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LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Parafusos e Pernos roscados
• Os pernos são roscados com porcas
e contra porcas independentes;
• Permitem melhor aperto que os
parafusos de cabeça, pois a ligação
entre a cabeça e o corpo do
parafuso é normalmente um ponto
• A norma ANSI B. 31.3 possui tabelas
fraco, limitando assim a força de
em que se indicam as tensões
aperto;
admissíveis de trabalho e as limitações
• Os pernos designam-se pelo seu da temperatura de serviço para os
comprimento total e diâmetro diversos materiais.
nominal da rosca;
• Para o fabrico dos parafusos,
porcas e pernos utilizam-se uma 38
grande variedade de ligas de aço;
38

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LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
• O aperto inicial tem por finalidade fazer
Parafusos e Pernos roscados com que a junta se adapte o mais
perfeitamente possível às faces das flanges,
• Para temperaturas até 480°C
moldando-se a todas as imperfeições e
utilizam-se pernos fabricados numa irregularidades que posam existir;
liga de aço A-193 Gr B.7 ( 1% Cr, • Este aperto deverá ser suficiente para
0,2% Mo); provocar o escoamento do material das
• Para temperaturas até 600°C o juntas, pelo que será tanto maior quanto
material poderá ser a liga de aço Gr. mais duro for o material da junta;
B.5 (5% Cr, 0,5% Mo); • A título informativo indicam-se como
• Para temperaturas inferiores a 0°C valores de aperto inicial para alguns tipos
recomenda-se a liga de Ni (ASTM A- de juntas:
320); − Juntas de borracha macia (25 a 40 daN/cm2);
• O aperto dos parafusos faz-se em − Juntas de amianto comprimido (80 a 120
daN/cm2);
duas etapas:
− Juntas metálicas 200 a 400 daN /cm2.
• o aperto inicial; 39
• o residual.

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LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Parafusos e Pernos roscados
• O aperto residual tem como • Na ligação das flanges, o aperto dos
finalidade contrariar o efeito da parafusos deve ser feito por igual até à
pressão interna que se exerce sobre tensão recomendada, devendo-se
a tubagem e provoca a separação começar pelos parafusos
das flanges; diametralmente opostos e depois
• Deverá ser tanto maior quanto igualmente distribuídos na
maior for a pressão interna; circunferência da flange;
• Para se garantir a estanquicidade • Nas linhas sujeitas a temperaturas
da ligação, o aperto residual deverá elevadas, os parafusos dilatam-se e
ter um valor compreendido entre deformam-se por fluência;
1,5 e 3 vezes o valor da pressão • Ambos os efeitos afrouxam o aperto e
interna; neste caso é necessário um aperto
• O aperto total é a soma do aperto adicional com a linha quente. 40
residual com o aperto inicial;
40

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LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Parafusos e Pernos roscados Montagem da junta com flanges
• Cálculo do aperto de flanges: • Alinhar as peças e dispô-las de forma
− Na forma simplificada, para fixadores
que os orifícios de passagem dos
lubrificados, anilhas, porcas, etc., o
parafusos estejam frente a frente;
binário de carga e relação fixador • É necessário ter cuidado e deixar um
pode ser representada como: ligeiro espaço entre a flange que
permita a introdução da junta de
0,2
vedação;
T binário por fixador [N.m];
L carga por fixador [kN];
• Colocar a junta e em seguida os
db diâmetro nominal do fixador [mm]; parafusos;
0,2 fator de perda devido ao atrito. • Centrar a junta com os ressaltos das
Note também que o fator de 0,2 pode variar consideravelmente.
flanges.
Pode ser aumentado para 0,3 para sistemas não lubrificados ou
reduzido para 0,15 para lubrificantes com baixo coeficiente de 41
atrito.

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Montagem da junta com
flanges
• Colocar as porcas e os parafusos e
dar-lhe um primeiro aperto sem
fazer esforço em seguida com chaves
de boca apertá-los progressivamente
em passagens sucessivas atacando
os parafusos diametralmente
opostos pela ordem indicada no
esquema.

Nota importante: Para não haver apertos sucessivos


para além dos limites elásticos do material,
recomenda-se a utilização de chaves dinamométricas. 42

42

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REDES DE FLUIDOS

Binários recomendados de aperto para as flanges

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações Ponta e Bolsa
• A ligação de ponta e bolsa é um • Este tipo de ligação emprega-se em
sistema muito antigo, utilizando-se toda a faixa de diâmetros em que os
correntemente com tubos de: tubos são fabricados;
– Ferro fundido;
• No caso das manilhas de grés e tubos
de betão armado esta ligação é a
– Metalit (liga de ferro fundido dúctil);
única possível;
– Manilhas de grés vidrado;
• Emprega-se também para alguns
– Tubos de betão armado, centrifugado e
tubos de grande diâmetro fabricados
betão pré-esforçado.
em plástico termo estável;
• Os tubos para ligação de ponta e
bolsa são assimétricos, uma das
pontas é lisa e a outra é em forma de
campânula (bolsa). 44

44

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações Ponta e Bolsa
• A ponta lisa de um tubo encaixa no
interior da campânula (bolsa) do
outro, no interior da qual coloca-se
um material ou elemento de
vedação para dar estanquicidade à
ligação;
• O material de vedação deverá ser
elástico ou aderir perfeitamente ao
tubo, deve ser resistente aos
esforços mecânicos desenvolvidos
sobre a ligação, e ao fluído
conduzido, não podendo dissolver-se 45

nem contaminar o mesmo.


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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações Ponta e Bolsa
• Principais elementos e materiais de • Nos tubos de ferro fundido utilizam-
vedação: se anéis retentores de borracha ou
− Tubos de ferro fundido; de plástico como elemento vedante;
 Anéis retentores de borracha,
ou materiais plásticos; • Os anéis alojam-se numa ranhura
− Tubos de betão; existente no interior da campânula e
 Anéis de borracha e argamassa os tubos montam-se com uma
de cimento; pequena pressão;
− Manilhas de grés cerâmico;
• Para estes tubos os perfis e as
 Argamassa de cimento;
configurações das bolsas dependem
− Tubos de PVC;
se a tubagem se destina a conduzir 46
 Anéis de borracha ou colagem
por solvente. líquidos ou gases.

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações Ponta e Bolsa
• A união de dois tubos realiza-se de
acordo com a sequência das figuras:

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações Ponta e Bolsa
• Este tipo de ligação permite normalmente
um pequeno movimento angular e por
vezes um ligeiro movimento axial;
• Excetuam-se as ligações atacadas com
argamassa ou materiais similares;
• Os anéis retentores de borracha utilizados
nos tubos de ferro fundido ou suas ligas
permitem um considerável movimento
angular que pode ir de 4º a 8º dependendo
do diâmetro;
• É um sistema recomendado para
tubulações sujeitas a desnivelamentos
provocados por movimentos de terreno;
• Utilizam-se ligações de ponta e bolsa para
líquidos até 15 bar, contudo a norma ANSI
B.31 só permite a sua aplicação em redes 48
de água e esgoto.

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Ponta e Bolsa
• Para a sua montagem utilizam-se ferramentas desde a:

− Simples alavanca no caso de tubos de − “tireforts” para diâmetros até 1200


diâmetros até 125 mm mm

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LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Soldadas
Ligações Ponta e Bolsa
• Máquinas de abertura de valas, no
caso dos maiores diâmetros:

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LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações de compressão
• As ligações de compressão utilizam-
se para tubos de pequeno diâmetro
(inferior a DN 25) fabricados em
materiais não ferrosos ou aço
inoxidável;
• Nestas ligações as paredes do tubo
são comprimidas contra um anel por
meio de uma porca de rosca fina, até
se atingir um contacto metal/metal
inteiramente estanque;
• Este tipo de ligações são empregues • Aplicam-se estas ligações com ou
principalmente em tubagens de sem virolas em tubos de paredes
instrumentação ou em pequenas espessas para altas pressões, mesmo
linhas de transporte de óleos; superiores a 200 bar.
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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Patenteadas
Juntas Dresser, Viking
Johnson e derivadas
• Estas ligações não são rígidas,
permitem um razoável movimento
angular e um pequeno movimento
axial entre os tubos a ligar;
• Em todas estas uniões a ligação faz-se
por compressão de juntas de borracha
contra as paredes externas dos tubos
sendo a compressão provocada por
aperto de parafusos; • São elementos flexíveis que servem
para:
• Estas ligações têm também como – Compensar aluimentos do terreno;
função servir de juntas de expansão – Possibilitar pequenos movimentos dos
em tubagens de condução de fluidos tubos;
frios ou de grandes diâmetros. – Para montagem de redes provisórias como 52
é o caso das redes de rega.

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Patenteadas
Juntas Dresser, Viking
Johnson e derivadas

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Patenteadas
Juntas Victaulic
• Outro tipo como as uniões Victaulic,
são colocadas em ranhuras efetuadas
nas paredes dos tubos e acessórios;
• Permitem um razoável movimento
angular da tubagem mas não
permitem movimentos axiais entre os
tubos a ligar;
• Este tipo de uniões está muito
divulgado em redes edifícios, de ar
condicionado e aquecimento, podem
ser utilizadas nos ramais de aspiração
de bombas.
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REDES DE FLUIDOS

Junta Victaulic aplicada nos circuitos de torres de


arrefecimento

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Patenteadas
Juntas Victaulic

Juntas de desmontagem

Juntas de desmontagem e de transição Juntas de transição 57

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Patenteadas
Juntas flexíveis
• As juntas de expansão de borracha
possuem o corpo em borracha e os
terminais em aço carbono;
• São utilizadas para absorver
vibrações em tubos, condutas e
equipamentos;
• Podem ser fabricadas em diversos
tipos de borracha, atendendo
diversas aplicações na área industrial;
• Apresentam alta resistência
mecânica, ótima resistência química
e absorvem movimentos axiais,
laterais e angulares sem prejudicar a 58

tubulação;
58

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REDES DE FLUIDOS

LIGAÇÃO DE TUBAGEM A ACESSÓRIOS


Ligações Patenteadas
Juntas flexíveis
• As Juntas de expansão de borracha • Componentes da junta de expansão
são projetadas para trabalhar com metálica de borracha:
pressão de até 300 psi e temperatura – O corpo das juntas de expansão de borracha é,
essencialmente, de borracha;
de até 120°C; – Elas podem ser fabricadas em diversos tipos de
• Podem ser fabricadas em diversos elastómeros, tais como borracha nitrílica, EPDM,
diâmetros, variando de 1” a 18”; ou Neoprene. Cada tipo de elastómero atende a
uma determinada condição operacional, levando
• Aplicações usuais: em conta o diâmetro e material de elastómero
– Bombas centrífugas; da junta;
– Compressores; – Internamente, o corpo é reforçado por uma
– Condensadores; manta de nilon, de modo a aumentar sua
resistência mecânica;
– Sistema hidráulico;
– Os flanges são fabricados em aço carbono
– Sistema de ar condicionado; galvanizado.
– Torre de arrefecimento; • Juntas anti vibráteis reforçadas em metal
59
– Tubulações.
entrelaçado.

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de ligação

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de Formação das Redes


• Uma rede de distribuição de fluidos, • São fabricados sem costura até ao
necessita para a sua composição diâmetro de 200 mm e com ou sem
além de tubos, acessórios para : costura para os diâmetros superiores;
– Mudanças de direção em tubos a 45º, 90º • Os acessórios poderão ter ligações
e 180º; por rosca, ou para soldar, neste caso
– Derivações e para execução de ramais;
têm os extremos com chanfros de
– Alterações de diâmetro;
acordo com as normas ou preparados
– Ligação a válvulas e instrumentação;
para soldadura de encaixe.
• Fabricam-se e estão disponíveis no • Também estão disponíveis acessórios
mercado acessórios para ligação a de pontas lisas, acessórios com boca,
tubos de qualquer material, aços, com flanges, ligações por compressão,
metais não ferrosos, plásticos e etc;
borrachas, etc. • Nos acessórios para soldadura, a
• Os acessórios de aço carbono, são espessura da parede deverá ser igual
fabricados em quase todos os tipos, à do tubo a que ficarão ligados, para
desde DN 10 até DN 600, com permitir soldaduras perfeitas.
diferentes espessuras, que
61
correspondem às espessuras
correntes dos tubos.
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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de Formação das Redes


• Acessórios para ligação por soldadura de topo

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de Formação das Redes


• Os acessórios para ligação por
soldadura de topo são próprios para
tubos de aço com diâmetros
superiores a 50 mm, são fabricados
em aço carbono, aços liga e aços
inoxidáveis a partir de tubos, chapas
e biletes ou tarugos forjados;
• As dimensões fundamentais dos
acessórios fabricados para soldadura
de topo são padronizadas pelas
normas DIN tais como DIN 2.605 e
DIN 2.616 e ANSI B 16.9;
• Todos os acessórios cujas dimensões
obedeçam à norma ANSI B 16.9, são
admitidos pela norma ANSI B.31
como tendo resistência equivalente
ao tubo da mesma espessura. 63

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de Formação das Redes


• Acessórios para soldadura
de encaixe
‒ Os acessórios para soldadura de
encaixe são utilizados para serem
incorporados em tubos até DN
40, que fazem parte de redes de
processo.

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de Formação das Redes


• Acessórios para soldadura
de encaixe
‒ Nos tubos de polipropileno as
soldaduras são efetuadas por
termofusão sem material de
adição.

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de Formação das Redes


• Acessórios para soldadura de encaixe

‒ Nos tubos de PVC a soldadura é realizada por fusão química.

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios com ligações roscadas


• Os acessórios roscados para tubos de • Os acessórios com ligações roscadas
aço galvanizado são fabricados de são normalmente aplicados em redes
acordo com a Norma Europeia EN de edifícios e secundárias para
10242: 1994 símbolo de projeto; serviços com água, ar comprimido,
gás combustível, condensados de
• A (versão Portuguesa: NP EN baixa pressão, etc;
10242:1996) a qual específica as • Estes materiais não podem ser
características de conceção dos incorporados em redes para:
acessórios para tubos roscados em – Serviços tóxicos,
fundição maleável; – Em redes de vapor,
– De hidrocarbonetos ou outros fluidos
• Tal como prescreve a norma, os inflamáveis com temperaturas superiores a
acessórios são válidos para o 150º C e PN 25, fora das áreas de processo.
transporte de fluidos e gases dentro • Dentro das áreas de processamento o
dos limites de pressão e limite é de 10 bar.
temperaturas seguintes: • O diâmetro máximo admitido para
a) Temperatura mínima de serviço: -20º C. este tipo de acessórios é DN 100, mas
b) Pressão máxima de trabalho para a partir de DN 50 já não é
temperaturas compreendidas entre -20ºC e recomendada a sua aplicação
67
120ºC, 25 bar. corrente.

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios com ligações roscadas

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios flangeados

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios flangeados
• Os acessórios de ferro fundido dúctil
e aço vazado podem apresentar
flanges integrais, nos outros tipos de
materiais tais como:
– Alumínio;
– Latões;
– Plásticos.
• As flanges são ligadas aos acessórios
por soldadura ou através de roscas.
• Estes acessórios são utilizados onde
seja necessário haver uma grande
facilidade de desmontagem tal como:
– Em centrais térmicas;
– Centrais de bombeamento;
70
– Parques de válvulas, etc.

70

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios flangeados

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de ligação
• Os acessórios de ligação conhecidos
vulgarmente como “niples” são
troços de tubos muito curtos
preparados especialmente para:
– Permitir a ligação de dois acessórios
entre si;
– Para um instrumento de medida
numa canalização;
– Uma válvula a um acessório em
canalizações onde se utilizam
ligações roscadas
– Ou para soldadura de encaixe.
• Podem ser simples ou de redução;
• O seu comprimento varia em geral
entre 5 e 15 cm. 72

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de ponta e bolsa


• Os acessórios de ponta e bolsa são
muito utilizados em redes de
saneamento, principalmente as
enterradas, normalmente em redes
de FFD, betão armado, barro vidrado,
etc.

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de compressão
• Os acessórios com extremidades
preparadas para ligações de
compressão estão disponíveis no
mercado para pequenos diâmetros
até DN 50;
• Aplicam-se em tubos de PEAD, cobre,
aço inoxidável, etc;
• Para a sua aplicação em instalações
de água potável, estes acessórios
devem estar certificados pelas
normas DVGW segundo a ficha de
trabalho W 534 e homologados
segundo o número de registo DW-
8511 AU 2119.
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15/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Acessórios de compressão
• Para a utilização em instalações de
gás, os acessórios deverão estar
certificados pela norma DIN 3387 e
homologados com o número de
registo DIN DVGW NG-4502Au0157.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Acessórios fabricados em estaleiro e oficina


• Além dos diversos tipos de acessórios
comercializados, empregam-se
também acessórios fabricados em
“situ”, para efetuar mudanças de
direção com curvas de gomos e
derivações soldadas;
• Estas peças são incorporadas em
tubos de aço, betão armado e PEAD.
• A principal norma dimensional
utilizada no fabrico destes acessórios
é a AWWA (1) Standard for Dimensions
for Steel Water Pipe Fittings AWWA
C208-59;
• As curvas em gomos são construídas
a partir de troços de tubo cortados
em bisel e soldados topo a topo entre
si;
• O número de gomos utilizados na
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confeção das curvas, depende do seu (1) AWWA - American Water Works Association
ângulo de curvatura.
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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios fabricados em estaleiro e oficina


• Para a mesma espessura da chapa e • As curvas em gomos são usadas nos
secção, estas curvas têm uma seguintes casos:
resistência mecânica e flexibilidade – Em tubos com diâmetros superiores a 500
muito menores que as das curvas mm, devido à dificuldade de se obterem
no mercado e por serem de custo elevado;
lisas com e sem costura;
– Para redes de pressões de serviço e
• A resistência e a flexibilidade temperaturas moderadas até PN 25, com
dependem das proporções da curva e diâmetros superiores a 200 mm por
dos cuidados tidos no corte e nos motivos económicos.

processos de soldadura utilizados;


• As arestas e as costuras soldadas são
pontos de concentração de tensões,
e por isso especialmente sujeitos à
corrosão e à erosão;
• As concentrações de tensões são
atenuadas à medida que o número 77
de gomos aumenta;
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REDES DE FLUIDOS

Acessórios fabricados em estaleiro e oficina


• Muitas vezes as derivações são
realizadas com tubos soldados
diretamente uns nos outros;
• Na execução destes acessórios as
soldaduras são obrigatoriamente
efetuadas por soldadores
especializados e certificados, todas as
soldaduras deverão ser de
penetração total, inspecionadas e
testadas;
• As normas definem este tipo de
derivação, para quaisquer condições
de temperatura e pressão de serviço,
detalhando os casos em que são
necessários reforços locais e
apresentam as respetivas fórmulas de
cálculo; 78

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15/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios fabricados em estaleiro e oficina


• Os reforços consistem num anel de
chapa que envolve a derivação e é
soldada quer à derivação quer ao
tubo principal;
• Para a execução destes acessórios,
devem ser consultadas as respetivas
normas ANSI, DIN, AWWA, ou outras
aplicáveis, que apresentam:
‒ Detalhes de construção;

‒ Dimensões a observar;

‒ Qualificação dos soldadores;

‒ Elétrodos a utilizar;

‒ Execução e dimensões dos reforços;

‒ Testes, etc.
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REDES DE FLUIDOS

Acessórios fabricados em estaleiro e oficina

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REDES DE FLUIDOS

Acessórios de suporte e fixação


• Na fase de conceção e instalação de um
sistema centralizado para a distribuição
de fluidos, é extremamente importante
selecionar os componentes de
tubulações adequados para alcançar os
melhores desempenhos possíveis dos
equipamentos de distribuição e otimizar
assim a produtividade;
• Suportes de apoio são acessórios que
permitem o suporte e fixação do tubo,
tais como:
– Suportes;
– Pendural;
– Patim;
– Braçadeira;
81
– Etc.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Acessórios de suporte e fixação


• Para a escolha dos componentes de
tubulações adequados, deve-se
considerar as distâncias entre as
bombas e os pontos de distribuição,
os caudais, a simultaneidade de
diversas distâncias, as diferenças de
nível na tubulação, as características
do líquido de trabalho e o ambiente
temperatura;
• As soluções de suporte e apoio
também podem ser:
– Rolos;
– Molas;
– Para Fluidos Criogénicos;
– Etc. 82

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15/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS
Engenharia Mecânica

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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23/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Coletores e Isolamento Térmico

Aulas 28

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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23/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Coletores
2. Isolamentos térmicos

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REDES DE FLUIDOS

Coletores
• Função
‒ Os coletores são troços de tubos que ‒ Em geral são formados por tubos de
servem para distribuir um fluido para aço carbono, mas também podem
vários circuitos, ou recolher um fluido ser em cobre, liga de alumínio, PEAD,
proveniente de vários circuitos; PVC ou outro material plástico;
‒ Classificam-se em coletores de zona e ‒ Com base nas suas características
coletores principais. podem ser classificados como
coletores simples, complanares,
• Coletores de Zona modulares ou duplos;
Simples, complanares e duplos ‒ Os pequenos coletores para
instalação doméstica em circuitos de
‒ São os coletores internos que ligam
aquecimento, distribuição de águas
as linhas principais de distribuição de
quentes e frias e gás com diâmetros
um fluido aos diferentes terminais de
compreendidas entre 20 e 32 mm,
utilização, tais como, radiadores,
são correntes no mercado.
convetores, ventiloconvetores,
fogões, esquentadores, ferramentas,
máquinas, torneiras de aparelhos
sanitários, unidades de tratamento 4
de ar, etc;

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REDES DE FLUIDOS

Coletores

Coletor simples de distribuição.

Coletor complanar duplo, vertical, 5


modular.

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REDES DE FLUIDOS

Coletores
Coletores de Pressão
Controlada
• Numa alimentação de emissores a
pressão de distribuição do fluido
deverá ser controlada, sob pena de
ocorrerem distúrbios de caudal
entre os diferentes emissores;
• Para controlar a pressão de
distribuição os coletores duplos
dispõem de um órgão dotado de
um circuito de desvio, que é aberto
quando a pressão diferencial entre
a ida e o retorno atinge o valor de
20 kPa, que é um valor suficiente Instalação de aquecimento com coletores de pressão
para alimentar as unidades controlada.
terminais e que garante a isenção
de ruídos na instalação. 6

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REDES DE FLUIDOS

Coletores
Coletores de Pressão Controlada Coletores Principais
• Generalidades
‒ São também designados por
coletores de centrais, porque são
instalados sobretudo em centrais
térmicas e frigoríficas;
‒ Estes coletores podem ser
independentes ou únicos com
ligações centrais ou laterais. Os
mono coletores podem ser em
linha ou em U;
‒ Os coletores independentes são
utilizados quando os troços
comuns são de pequeno
comprimento e a perda de carga
interna nos equipamentos
(caldeiras, chillers, etc.) reduzida
inferior a 10 kPa e as perdas na7
distribuição também são reduzidas;

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REDES DE FLUIDOS

Coletores Principais
• Quando os pressupostos anunciados • Um simples e eficaz método para
não se verificam estes circuitos estão reduzir ou eliminar as interferências
sujeitos a perturbações de referidas consiste na utilização de um
funcionamento; circuito de desvio entre os dois
• Muitos equipamentos não admitem coletores o que interliga a produção
caudais reduzidos, por exemplo as com a distribuição, ou seja a
caldeiras exigem um caudal mínimo utilização dos coletores únicos ou
de 35% do caudal nominal o que mono coletores;
frequentemente não se consegue • Neste arranjo são necessárias
garantir devido ao fecho das válvulas bombas primárias para garantir a
termostáticas; circulação pelas unidades de
• Por outro lado um caudal superior ao produção.
caudal nominal dos equipamentos é
inaceitável, quer em caldeiras quer
em unidades de arrefecimento de
água e muitas vezes estes circuitos
não garantem o limite de caudal; 8

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REDES DE FLUIDOS

Coletores Principais

Instalação de caldeiras com coletores de ida e retorno Interligação da produção com a distribuição com mono
independentes. coletor.

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REDES DE FLUIDOS

Coletores Principais
Dimensões recomendadas para
Dimensionamento saídas simples
• Para o dimensionamento dos coletores,
não existem fórmulas gerais simples e
precisas, porque os fatores que
intervêm são demasiados, por exemplo
os caudais nos circuitos primários e
secundários, a posição e o tipo de
ligação, a temperatura de ida e retorno,
assim como da geometria adotada;
• Como regra geral para se Coletores simples sem reforços
dimensionarem os coletores estes
devem ser de dimensões generosas; , ..
• Nos coletores de secções reduzidas
ocorrem interferências hidráulicas
Dc – Diâmetro interior do coletor [mm];
indesejáveis entre as diferentes
derivações; D1, D2, Dn – Diâmetro interior das derivações [mm];
• Para o seu dimensionamento utilizam-
se fórmulas empíricas, para o cálculo
dos coletores simples.
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REDES DE FLUIDOS

Coletores Principais
Dimensões recomendadas para
saídas reforçadas

Coletores simples com ligações reforçadas.

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

Coletores Principais
Dimensionamento
• No caso dos mono coletores, deverá ser
verificada a velocidade máxima de
escoamento de 0,5 m/s, para o somatório
do caudal nominal de todas as unidades
de produção (caldeiras, bombas de calor
ou unidades de chillers);
• Nos circuitos de aquecimento o
distribuidor está colocado superiormente
e o coletor na parte inferior conforme
representado em a);
• Nos circuitos de água gelada as posições
invertem-se tal e qual como em b);
• Nos sistemas a dois tubos, em que o
mesmo coletor serve para água quente e d – diâmetro de entrada
água gelada, deverá ser utilizada a Coletores de ida e retorno com circuito de desvio.
configuração c) com o elemento de
ligação em forma de U em que o braço de
menor comprimento tem uma extensão
13
de 6 d;

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REDES DE FLUIDOS

Coletores Principais
Dimensionamento
• As configurações a), b) e c) não permitem
a desgaseificação tal como uma garrafa;
• Contudo esta função pode ser obtida pelo
arranjo da configuração d);
• Nesta situação só a diferença de caudais
entre os circuitos de produção e de
distribuição flui através da garrafa;
• A velocidade na garrafa é baixa, o que
permite a desgaseificação, mas é menos
efetiva do que nos separadores
hidráulicos;
• Neste arranjo a garrafa pode ser
sobredimensionada uma vez que não
existe o perigo de dupla recirculação como
nos separadores hidráulicos. 14

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REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Função
• As garrafas hidráulicas, têm como • Tal limite depende de demasiadas
função tornar independentes os variáveis, assim como do tipo de bomba
diferentes circuitos de uma instalação utilizada;
de forma a evitar o surgimento de
• Podem considerar-se aceitáveis valores
interferências e perturbações
recíprocas; de ∆P < 5 kPa.
• No coletor simples representado na
figura, quando uma das bombas estiver
a funcionar sozinha, haverá uma
diferença de pressão entre o coletor de
ida e de retorno que interferirá nos
outros circuitos;
• Não é possível estabelecer com
precisão o valor máximo de ∆P, com o
qual não ocorrem interferências
hidráulicas entre os circuitos
secundários, que provocam evidentes
irregularidades no funcionamento do
sistema; 15

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REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica

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REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Função
• Como principais consequências ‒ Quando num circuito se intercala um
negativas devidas a valores de ∆P separador hidráulico, a diferença de
elevados, pode referir-se: pressão entre os circuitos é
praticamente nula e as interferências
‒ As bombas funcionam fora do ponto são anuladas, uma vez que cada
de funcionamento especificado, não bomba só põe em movimento o
conseguindo debitar o caudal fluido do respetivo circuito;
pretendido;
• Os separadores hidráulicos podem
‒ Devido ao funcionamento das ser instalados não só nos coletores
bombas fora da sua região de principais, mas também nos circuitos
trabalho, estas podem entrar em
das subestações.
sobrecarga e mesmo queimarem-se
se não estiverem bem protegidas;
‒ Unidades terminais com caudais
parasitas, que dificultam o seu
controlo e impedem a sua colocação 18
fora de serviço em serviço normal;

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
• Que torna independentes os circuitos
Princípio de Funcionamento primário e secundário a ele ligados;
• Assim o escoamento num dos
• Quando numa central térmica há um
circuitos não influi no escoamento do
conjunto de coletores ao qual estão
outro e;
ligados:
‒ Circuitos primários de produção com • A perda de carga no troço comum é
as respetivas bombas primárias; desprezável;
‒ Circuitos secundários, também • Com este arranjo o caudal desviado
providos de bombas. para cada um dos circuitos depende
• Podem ocorrer condições funcionais exclusivamente das dimensões das
na instalação em que as bombas bombas e do seu estado de
interagem entre si, originando funcionamento.
variações anormais de:
‒ Caudais;
‒ E de pressões nos diferentes
circuitos.
• Se for efetuada uma separação
hidráulica com um mono coletor,
cria-se uma zona de reduzida perda 19
de carga;

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REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Função
• Se as bombas do circuito secundário
estiverem todas paradas e as do
primário a funcionarem, só haverá
recirculação de água através do
circuito primário, servindo a garrafa
como circuito de desvio;
• Só passará a haver circulação de
água no secundário, quando uma
das bombas deste circuito entrar em
funcionamento;
• Com a introdução dos separadores
hidráulicos o caudal no circuito
primário poderá ser variável, que é
uma condição de funcionamento
típica nas modernas instalações de 20
climatização.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Temperatura de Operação
• Conforme se pode observar nas
figuras, no interior dos separadores
hidráulicos ocorrem fenómenos de
mistura de água entre o circuito
primário e o secundário;
• Em determinadas condições de
funcionamento com sobrecarga de
uma instalação de aquecimento,
pode ocorrer o arrefecimento do
fluido primário antes de ser
distribuído para as unidades
terminais, pelo fluido secundário
proveniente das unidades terminais.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Caso 1: Potência do primário igual à
Temperatura de Operação do secundário
• Quando for prevista esta situação, • Caudal do primário igual ao do
as unidades terminais deverão ser secundário:
dimensionadas tendo em conta este
− T1 = T3 e igual à temperatura de referência
arrefecimento;
− T2 = T4
• Também o fluido frio de retorno
será aquecido pelo fluido quente
recirculado, antes de se dirigir para
a caldeira;
• Para compreendermos o
funcionamento do separador
hidráulico vamos analisar as
alterações de temperatura
provocadas pelos separadores numa
instalação.
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Caso 2: Potência do primário
inferior à do secundário
• Caudal do primário inferior ao do • Para calcular a temperatura T3
secundário. máxima de ida do fluido no circuito
secundário considera-se que
− T1 > T3 (aquecimento) T3 inferior à
temperatura de referência; geralmente são conhecidos ou
facilmente determináveis os valores
− T1 < T3 (arrefecimento) T3 superior à das seguintes grandezas:
temperatura de referência;
− T1 Temperatura do fluido à entrada do
− T2 = T4 primário [°C];
− Potência térmica da instalação [kW];
− Qpr Caudal primário [l/h];
− Qsec Caudal secundário [l/h].

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Determinação de T3
• Procede-se, da seguinte forma: 3. Considerando que a temperatura de
retorno do primário é igual à do
1. Primeiro calculam-se os saltos
secundário, pode calcular-se, por fim,
térmicos do primário e do
a temperatura pretendida, que
secundário:
resulta:
∆ 3.600 T3 = T4 + ∆Tsec = T2 + ∆Tsec (2)
Esta é a temperatura de projeto,
∆ 3.600 segundo a qual se deve dimensionar
os terminais da instalação.
2. Com o valor do salto térmico do
primário, determina-se a
temperatura de retorno do
primário:
T2 = T1 - ∆Tpr (1)
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Caso 3: Potência do primário
superior à do secundário
• Caudal do primário igual à do • Para calcular a temperatura T2 de
secundário. retorno à caldeira ou à unidade
arrefecedora de água, considera-se
− T1 = T3
que geralmente são conhecidos ou
− T2 > T4 (aquecimento) T2 superior à facilmente determináveis os valores
temperatura de admissão na caldeira; das seguintes grandezas:
− T2 < T4 (arrefecimento) T2 inferior à − T1 Temperatura de ida do primário [°C];
temperatura de admissão no chiller.
− Qpr Caudal primário [l/h];
− Potência térmica da instalação [kW].

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REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Determinação de T2
• Para o cálculo de T2 procede-se • No caso de caldeiras, para se
portanto, da seguinte forma: determinar o caudal mínimo do
circuito primário para se garantir que
1. Em primeiro lugar calcula-se a
não ocorre condensação, ou seja
diferença de temperaturas do
para que a temperatura T2 de retorno
circuito primário:
à caldeira não é inferior a um valor
pré-fixado, podem considerar-se
∆ 3.600
4,18 como conhecidos:
− T1 Temperatura de ida do primário
∆ 3.600
[°C];
2. Com o valor obtido, determina-se − T2 Temperatura de retorno do
a temperatura de retorno do primário [°C];
circuito primário:
− Potência térmica da instalação
T2 = T1 - ∆Tpr (3) [kW].
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REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Dimensionamento
• As principais grandezas que • Trata-se de dimensões que devem estar
concorrem para o dimensionamento perfeitamente correlacionadas entre si,
de um separador estão não devem ser nem sobredimensionadas
representadas na figura; nem subdimensionadas sob pena de se
obter um desempenho ineficiente;

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica

• Se o diâmetro do corpo de
separador for inferior ao
aconselhado, podem ocorrer
diferenças de pressão ΔP entre a ida
e o retorno demasiado elevadas, o
que torna o separador ineficaz.

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REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Método dos três diâmetros
• Para se evitarem os fenómenos de • Se a garrafa for instalada
recirculação deverá ser adotada uma horizontalmente, não pode servir
determinada geometria e a garrafa para desgaseificação nem para
deverá ser instalada verticalmente; precipitação de lamas.
• Para o estabelecimento das
dimensões da garrafa representada
na figura pode ser adotada a regra
dos três diâmetros;
• Para se garantir a desgaseificação e a
decantação, a velocidade máxima na
garrafa não deve exceder 0,1 m/s;
• Esta regra baseia-se numa velocidade
máxima de admissão de 0,9 m/s;
• O diâmetro é o diâmetro do coletor
principal ao qual estão ligadas as
unidades produtoras (caldeiras ou 29
chillers);

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REDES DE FLUIDOS

Garrafa Hidráulica
Método das ligações alternadas Método do caudal máximo
• Neste método considera-se uma • É um método muito simples, no qual
velocidade de 1,2 m/s para os se baseiam os projetos dos
circuitos derivados, permite fabricantes, que consideram
velocidades mais elevadas porque a unicamente os valores do caudal
sua configuração gera menor
turbulência e apresenta menores máximo no primário e no secundário,
risco de dupla circulação; que pode circular através do
separador;
• Esta configuração não é aconselhável
para circuitos de aquecimento. • Os valores dos caudais admitidos
para os diferentes modelos são
especificados nos catálogos dos
fabricantes.

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REDES DE FLUIDOS

Esquema de princípio de uma instalação de


aquecimento e arrefecimento a dois tubos.
FUNCIONAMENTO NO INVERNO

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REDES DE FLUIDOS

Esquema de princípio de uma instalação de


aquecimento e arrefecimento a dois tubos.
FUNCIONAMENTO NO VERÃO

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REDES DE FLUIDOS

Esquema de princípio de uma instalação de


arrefecimento com unidades água/água.

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REDES DE FLUIDOS

Exemplo de exercício
• Determinar a temperatura de projeto • Características do circuito do
da instalação esquematizada na figura. termoacumulador:
• Considere: − Potência térmica: & 26 !"
− Temperatura de produção do fluido − Caudal da bomba: & 2.200 #⁄$
quente T1 = 80°C • Características do circuito dos
− Características de cada caldeira: radiadores:
 Potência térmica: 32 !" − Potência térmica: 7,0 !"
 Caudal max . da bomba: − Caudal da bomba: 600 #⁄$
1.600 #⁄$
• Características do circuito do de pré
aquecimento do ar :
− Potência térmica: ( 25,6 !"
− Caudal da bomba: ( 4.400 #⁄$
• Características do circuito dos
ventiloconvectores:
− Potência térmica: *+ 31,4 !"
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− Caudal da bomba: *+ 5.400 #⁄$

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de calor e Isolamento térmico


• Todos os tubos a temperaturas acima
de 50-60ºC devem ser isolados, não só
para proteção de pessoal, mas também
para evitar as perdas de calor.

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REDES DE FLUIDOS

• As perdas de calor, para tubos não isolados, à temperatura


ambiente em ar calmo, são:

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REDES DE FLUIDOS

Isolamento Térmico
• Material Isolante: Lã de Rocha,
espuma de borracha, lã de vidro etc.
• Material de Revestimento: Folha de
aço galvanizado, alumínio, aço
inoxidável
• Espessuras recomendadas:
− A NAIMA North Americam Insulation
Manufacturers Association, fornece um
programa de cálculo para situações
correntes;
− Consultar site:
 https://local.armacell.com/pt/armacell-
portugal/

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Isolamento Térmico
• Espessura mínima de isolamentos em
mm conforme RECS
Notas:
• As espessuras são válidas para um isolamento com
condutibilidade térmica de referência, λref = 0,040
W/m.K a 20º C;
• Se forem utilizados isolamentos com
condutibilidade térmica diferente a espessura deve
ser corrigida na proporção direta do respetivo λ
relativamente ao valor de referência.

• Quando a tubagem estiver instalada no • Para tubagens enterradas poderá reduzir-se


exterior, as espessuras deverão ser a espessura mediante cálculos;
majoradas com um mínimo de 20 mm para • Nos casos das tubagens de redes de água
os fluidos frios com diâmetros superiores a quente sanitária sem circulação permanente
60 mm e de 10 mm para os restantes casos em anel, em frações autónomas destinadas à
quer de fluidos quentes quer frios; habitação em edifícios sem sistemas
• Quando o fluido estiver a uma temperatura centralizados pode dispensar-se o
inferior à do ambiente, deverá ser aplicada isolamento, dado que a sua utilização é
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uma barreira anti-vapor; muito pontual.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Isolamento Térmico

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MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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5/23/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluídos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Materiais Recomendados Para os Tubos

Aula 29

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
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5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


• A seleção e a especificação dos materiais adequados para
cada serviço é frequentemente um dos problemas mais
difíceis com que se vê a braços o projetista de redes de
condução de fluidos;
• Alguns fatores que presidem à escolha dos materiais dos
tubos a utilizar podem entrar em conflito, como por exemplo:
− O material que melhor resiste à corrosão poderá ser de
custo elevado ou de difícil obtenção;
− Cabe ao projetista decidir, para cada cenário, quais os
fatores predominantes, e quais os que devem prevalecer
no projeto.
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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


Fatores que influenciam a
seleção do material
• Condições de serviço; • Experiência prévia;
• Fluido conduzido; • Facilidades de fabrico e de
• Nível de resistência mecânica do montagem;
material; • Velocidade de escoamento do
• Natureza dos esforços fluido;
mecânicos;
• Perdas de carga;
• Influência do diâmetro dos
tubos; • Facilidade de obtenção do
material;
• Processos de ligação;
• Tempo de vida útil.
• Análise económica;
• Segurança; 4

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5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


1. Condições de serviço 2. Fluido conduzido

• Pressão e; • Devem ser considerados vários aspetos


• Temperatura de trabalho. relativos ao fluido conduzido:
• O material tem de ser capaz de − Natureza e concentração do fluido (ou
resistir à pressão máxima de serviço dos fluidos);
assim como a toda a faixa de
− Impurezas e contaminantes presentes;
variação possível de temperatura;
− Existência ou não de gases dissolvidos
• Devem ser obrigatoriamente
ou de sólidos em suspensão;
consideradas as condições extremas:
‒ Tanto máximas; − Temperatura;

‒ Como mínimas. − pH;


• Mesmo que esses valores extremos − Resistência à corrosão do material;
só ocorram em situações transitórias − Possibilidade de contaminação do fluido
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ou eventuais. pelos resíduos da corrosão;

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


2. Fluido conduzido 3. Nível de resistência mecânica
do material
• Devem ser considerados vários aspetos • O material deve resistir aos esforços
relativos ao fluido conduzido (cont.): atuantes, e por isso a sua resistência
− Contaminação máxima tolerável por mecânica deve ser compatível com
produtos devidos à corrosão; o nível de tensões provocadas pelo
− Consequências sobre: fluido em escoamento;
 a cor, o paladar, o grau de toxidade;
• Observa-se que para a
 ou sobre outras propriedades do fluido.
determinação da espessura da
parede dos tubos em qualquer linha
ou rede existem frequentemente
diferentes solicitações para além da
pressão interna, que algumas vezes
não é o esforço predominante.

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5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


4. Natureza dos esforços 5. Influência do diâmetro dos
mecânicos tubos
• A natureza dos esforços a que os tubos
estão sujeitos são: 6. Processos de ligação
− Tração; • O material deverá ser adequado ao
− Compressão;
processo de ligações, as ligações, por
sua vez, dependem da:
− Flexão;
− Necessidade ou não de desmontagem;
− Esforços estáticos ou dinâmicos;
− Diâmetro dos tubos;
− Choques, vibrações, etc..
− Custo;
• Os materiais frágeis, não devem ser − Grau de segurança;
utilizados quando ocorrerem esforços − Condições de serviço;
dinâmicos, choques ou grandes
− Recursos de que se dispõe para a
concentrações de tensões. montagem, etc..

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


7. Análise económica 8. Segurança
• Para cada projeto existem sempre • Dos quais possam resultar grandes perdas
económicas, desastres ou a paralisação
vários materiais cuja aplicação é do sistema com prejuízos quer em vidas
possível, em geral a melhor solução humanas quer materiais;
corresponde à mais económica; • São exemplos de risco potencial elevado
as canalizações que operam com:
• No estudo económico deverá ser − Fluidos inflamáveis;
− Explosivos;
considerado: − Tóxicos;
‒ O custo inicial; − Radioativos;
− Com temperaturas ou pressões muito
‒ O custo de manutenção periódica elevadas.
(limpezas, substituição de acessórios e • Os materiais com baixo ponto de fusão
pinturas); tais como:
‒ O custo da energia necessária para − Plásticos;
vencer as perdas de carga; − Borrachas;
− Chumbo, etc..
‒ Período de vida útil;
• Não podem ser empregues em
‒ Os custos associados para reposição e canalizações em que o risco de incêndio
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os devidos à paralisação do sistema. tenha que ser considerado.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


9. Experiência prévia
• A opção por um determinado material • Só a experiência, resultado do
deve ser fundamentada pela acumular de soluções adotadas em
experiência prévia que possa existir casos anteriores, é capaz de julgar com
sobre o comportamento desse material objetividade e segurança o grau de
influência de cada um dos fatores
para a mesma aplicação;
descritos;
• Em casos de responsabilidade é em
• Como experiência deve ser
geral muito arriscado decidir-se pela
considerado um serviço igual ao que se
utilização de um material sobre o qual está a estudar, porque numerosas
não exista nenhuma experiência prévia variáveis tais como:
em utilizações semelhantes; − A temperatura;
• Para a solução do problema da seleção − Velocidade de escoamento;
dos materiais, a experiência do − Concentração do fluido;
projetista (ou do gabinete de projetos) − Impurezas presentes; 9
é indispensável e insubstituível;
− pH etc.
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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


9. Experiência prévia 10. Facilidades de fabrico e de
montagem
• Quando não houver experiências • Todos os materiais têm determinadas
prévias disponíveis, elas: limitações de fabrico e de montagem,
as quais devem ser consideradas na
‒ Podem modificar completamente o
comportamento do material quanto à
seleção dos materiais de acordo com a
corrosão por exemplo, e;
aplicação.
‒ Quando as informações disponíveis • Entre essas limitações incluem-se:
consistirem apenas em ensaios de
− A capacidade para ser soldado;
laboratório é importante que sejam
estudadas com cuidado as diferenças − Facilidade de maquinação;
em relação ao serviço real, e as suas − Facilidade de conformação etc.
possíveis consequências no
comportamento do material.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


11. Velocidade de escoamento 12. Perdas de carga
do fluido
• Para alguns materiais a velocidade de • Quando é imposto um limite para as
escoamento do fluido pode influir perdas de carga tais como nos
apreciavelmente na sua resistência à escoamentos forçados, o material
corrosão e à erosão. deverá ser de baixo coeficiente de
atrito para atender a essa exigência;
• Nos cálculos deve ser considerado o
aumento das perdas de carga com o
envelhecimento dos tubos.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Problema geral da seleção dos materiais


13. Facilidades de obtenção do 14. Tempo de vida útil
material
• Devem ser consideradas a maior ou • O tempo de vida útil do material tem
menor facilidade de obtenção de cada de ser compatível com o tempo de vida
um dos diversos materiais possíveis; útil previsto para a canalização.
• A necessidade ou não da sua • O tempo de vida útil depende da:
importação:
‒ Natureza e importância da canalização;
− Prazos de entrega;
‒ Do tempo de amortização do
− Existência de material em armazém investimento.
etc.;
− Do tempo provável de obsolescência.

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FLUIDOS

Resumo de Materiais de Tubos

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Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


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5º Semestre
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FLUIDOS

Tubos de metais não ferrosos


• Os tubos de metais não ferrosos, têm − Níquel e ligas de níquel;
uma boa resistência à corrosão, mas − Titânio Zircónio e respetivas ligas.
uma resistência mecânica e uma
resistência a temperaturas elevadas
inferior à dos tubos construídos em
materiais ferrosos, apresentando no
entanto um comportamento muito
melhor quando se trata de operarem a
baixas temperaturas.
• Os principais tipos de tubos de metais
não ferrosos, utilizados em redes de
fluidos são:
− Cobre e as suas ligas;
− Alumínio e respetivas ligas;
− Chumbo; 14

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5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Tubos de metais não ferrosos


1. Tubos de vidro, materiais 2. Tubos de borracha
cerâmicos e argamassas
• Fabricam-se uma grande variedade de • Os tubos de borracha podem ser de
tubos em materiais terrosos e borracha natural, conhecida por
provenientes de rochas tais como os borracha pura ou latex, ou uma
tubos de: variedade de componentes sintéticos
tais como:
‒ Vidro;
‒ Silicone;
‒ Barro e materiais cerâmicos; ‒ EPDM;
‒ Argamassas de cimento, etc. ‒ Viton;
‒ Neoprene;
‒ Poliuretano;
‒ Polisulfide;
‒ Butilo;
‒ SBR;
‒ Vinil;
‒ Nitrilo;
‒ Acrílico ou poliacrilato;
‒ Isopreno, etc.. 15

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Tubos de metais não ferrosos


3. Tubos de plástico
• Os materiais plásticos sintéticos são ‒ Cor própria e duradoura com dispensa
atualmente o grupo mais importante de pinturas de proteção e acabamento;
dos materiais não metálicos utilizados ‒ Boa aparência;
em redes de distribuição de fluidos, ‒ Código de cores proveniente de fábrica
substituindo a partir da década iniciada para identificação das canalizações;
em 1980 os materiais tradicionais, ‒ Fraca resistência ao calor, temperaturas
devido ao seu menor custo e ao seu de serviço reduzidas;
aperfeiçoamento constante. ‒ Reduzida resistência mecânica, o limite
da resistência à tração é da ordem de
• De um modo geral os plásticos 15 a 100 MPa para a maior parte dos
apresentam as seguintes plásticos;
características: ‒ Pouca estabilidade dimensional, estão
‒ São leves, com uma densidade sujeitos à deformação por fluência para
compreendida entre 0,9 e 2,2; qualquer valor da temperatura;
‒ Muito resistentes à corrosão; ‒ Elevado coeficiente de dilatação,
‒ Paredes lisas com um baixo coeficiente podendo atingir valores 15 vezes
de atrito; superiores aos do aço;
‒ Facilmente manuseáveis e trabalháveis; ‒ Alguns plásticos são combustíveis. 16
‒ Baixa condutibilidade térmica e elétrica;

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FLUIDOS

Tubos de metais não ferrosos


3. Tubos de plástico
• Em geral os plásticos são muito • A maioria dos plásticos é atacada pelos
resistentes aos ácidos minerais ácidos minerais concentrados;
diluídos, aos álcalis, aos produtos
• O comportamento relativamente aos
halogenados, às soluções salinas e
compostos orgânicos é variável, os
ácidas, à água salgada e a uma grande
hidrocarbonetos assim como os
variedade de produtos químicos;
solventes orgânicos dissolvem alguns
• Não sofrem ataques da atmosfera e da dos plásticos;
água;
• Na generalidade os materiais plásticos
• Podem ser dispostos diretamente em têm um comportamento relativamente
contacto com o solo, mesmo quando à corrosão completamente diferente
estes são húmidos ou ácidos; dos metais, não ocorrendo o fenómeno
da corrosão lenta e progressiva
• Raramente contaminam o fluido em
característica dos metais;
escoamento e não produzem resíduos
tóxicos; 17

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Tubos de metais não ferrosos


3. Tubos de plástico
• Os plásticos ou resistem • Adicionam-se determinados pigmentos
indefinidamente aos agentes aos plásticos para melhorar o seu
corrosivos, ou são por eles atacados e comportamento à ação dos raios
rapidamente destruídos, por esse ultravioletas;
motivo não tem sentido a aplicação de • De acordo com as suas propriedades,
utilizam-se tubos de materiais plásticos
sobre espessura para corrosão;
para serviços com temperaturas
• A destruição dos materiais plásticos moderadas e esforços mecânicos
ocorre por dissolução ou por reação moderados mas são muito resistentes à
química direta; corrosão;
• Não podem ser empregues em redes
• Como as borrachas, os plásticos sofrem cuja avaria ou destruição pela ação das
um processo de envelhecimento lento chamas provenientes de um incêndio
quando expostos por longo tempo à possam provocar graves prejuízos ou
radiação solar, por ação dos raios quebra de segurança, mesmo que a
ultravioleta, tornando-se frágeis sua temperatura de serviço seja
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(quebradiços); reduzida;

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FLUIDOS

Tubos de metais não ferrosos


3. Tubos de plástico
• É o caso das redes de incêndio em que − Tubos de Polietileno de Alta Densidade
não podem ser formadas por tubos de (PEAD)
plástico; − Polietileno Reticulado (PEX)
• Os materiais termoplásticos são − Tubos Pré Isolados
utilizados no fabrico de tubos de
− Polipropileno (PP-H)
pequeno diâmetro, sendo os
termoestáveis mais utilizados nos − Polipropileno Reticulado (PP-R)
tubos de grande diâmetro: − PRFV (PRV)3
− Tubos de PVC
− Policarbonato (PC)4
− Tubos de PVC-C1
− Poliestireno (PS)
− Tubos de Polietileno de Baixa
Densidade (PE)2 3 São tubos de resina de poliéster reforçado com fibra de vidro aos quais por vezes se

1 PVC-C (Cholorinated Polyvinyl Chloride) é um PVC modificado, com uma tração juntam outros aditivos tais como a sílica. O poliéster é um material termo estável
adicional sob elevada temperatura, que provoca uma orientação da estrutura muito resistente à corrosão
4 Os Policarbonatos são um grupo particular entre os polímeros termoplásticos.
molecular, alongando-a, que melhora substancialmente as propriedades do PVC,
aumenta a sua resistência mecânica e química, a temperatura de serviço é mais Caracterizam-se por serem facilmente trabalháveis, moldáveis e transformáveis a
elevada que a do PVC assim como a durabilidade. quente; razões pelas quais, estes plásticos são muito utilizados na indústria 19
química.
2 O polietileno é o mais leve e de menor custo dos termoplásticos, tem uma elevada
As suas propriedades (resistência à temperatura e à propagação da chama, resistência
aos impactos e propriedades óticas) posicionam-nos entre os plásticos de engenharia.
resistência aos ácidos minerais aos álcalis e aos sais.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Tubos de metais não ferrosos


Os principais aspetos a destacar nos novos códigos de construção na Europa
podem resumir-se como:
• Os materiais a utilizar na instalação, no • É obrigatória a realização de uma prova
que respeita à água abastecida, não de pressão nas instalações de AQS: até
devem modificar as características 1,5 vezes a pressão de desenho da
organoléticas, nem a salubridade da água instalação, em conformidade norma NP
ENV 12108:2006;
abastecida e devem ser resistentes à
corrosão interior; • As tubagens metálicas deverão estar
protegidas contra a agressão de todo o
• Nas rede de AQS deve estar disponível tipo de argamassas, do contato com a
uma rede de retorno quando o água na sua superfície exterior e da
comprimento da tubagem de ida até ao agressão do terreno, através da
ponto de consumo mais distante seja interposição de um elemento separador,
igual ou superior a 15 m; que deverá estar disponível em curvas,
tês de derivação e as demais peças
• A velocidade recomendada nas tubagens auxiliares metálicas;
é de: • Os suportes suspensos para seções da
− Tubagens metálicas: 0,5 – 2 m/s; rede interior com tubos metálicos que
transportem a água a velocidades de 1,5
− Tubagens termoplásticas e multicamada m/s a 2 m/s serão anti-vibratórios. 20
0,5 – 3,5 m/s.

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FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


• Para a maioria dos tipos de serviços • Os dados de catálogos de fabricantes e
mais comuns já existem materiais fornecedores de materiais, mesmo
consagrados pela tradição, pela prática quando fidedignos, devem ser
dos projetistas, ou pelas normas e considerados com cautela, porque
códigos; muitas vezes são simplificados;
• Seguir simplesmente a tradição é a • Em projetos importantes é
solução mais rápida e segura, embora indispensável a consulta de diversos
nem sempre resulte no material especialistas, tais como estruturas,
melhor e mais económico; corrosão, mecânica dos solos, etc.
• O projetista deve ter sempre o espírito
aberto para aceitar novas práticas,
porque a tecnologia evolui
rapidamente em que continuamente
são desenvolvidos novos materiais e
aperfeiçoados os existentes;
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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


A. Canalizações para água bruta
e tratada
• A água bruta com reação neutra (pH • Para tubos superiores a 50 mm e até 500
compreendido entre 5 e 9), é um mm de diâmetro.
líquido de baixa corrosão, para o qual − Os mesmos materiais mas de ligações
os materiais podem ser: não roscadas e até aos respetivos
limites de fabrico.
a) Canalizações de baixa pressão até 10
bar e temperatura moderada até 60oC, • Para diâmetros de 80 mm, ou superior, são
não enterradas: também muito usados os tubos de ferro
fundido dúctil.
• Para tubos até 50 mm de diâmetro.
• Grandes diâmetros superiores a 500 mm:
− Aço carbono ou ferro maleável
galvanizado, roscado; − Aço carbono (DIN 2458), com
sobrespessura para corrosão de 1,2 mm;
− Tubos de PVC de parede espessa,
roscados, etc.; − Aços liga;
− Plásticos; − Ferro fundido dúctil;
− PEAD, etc.; − Betão armado;
− Cobre; − Betão pré esforçado (tubos Sonaca).
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− Aços liga e inoxidáveis.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


A. Canalizações para água bruta
e tratada
b) Tubagens enterradas de baixa pressão • Para diâmetros de 600 mm ou superiores:
até 10 bar e temperatura moderada até − Podem também ser usados tubos de
60º C: betão armado.
• Para tubos até 50 mm de diâmetro. c) Canalizações para pressões e
− PVC com ligações roscadas; temperaturas elevadas, não enterradas,
− Polietileno de alta densidade dentro de instalações industriais e
(PEAD); centrais térmicas, inclusive para
− Plásticos. alimentação de caldeiras:
• Tubos com diâmetro superior ou − O aço carbono, com sobrespessura
igual a 80 mm: mínima para corrosão de 1,2 mm,
ligações por soldadura de encaixe até
− Podem utilizar-se os mesmos
aos 50 mm e de topo para diâmetros
materiais do caso anterior, o PVC
superiores;
até ao diâmetro de 500 mm;
− Aços inoxidáveis para temperaturas
− Ferro fundido dúctil, com ligações
elevadas;
de ponta e bolsa.
− Cobre. 24

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


A. Canalizações para água bruta
e tratada
Observações:
1. As águas ácidas ou alcalinas podem 2. O condensado proveniente do vapor,
ser altamente corrosivas. pode conter certa quantidade de
• Em casos não muito severos ou para CO2, que dá origem ao ácido
serviços descontínuos, podem ser carbónico, muito corrosivo;
empregues os materiais indicados • Recomenda-se também a adoção de
anteriormente, sendo aconselhável uma maior sobrespessura para o aço
adoptar, para o aço carbono uma carbono (2 a 3 mm ou superior).
maior sobreespessura para corrosão
(3 a 4 mm ou superior).

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


B. Redes de vapor
• O vapor é um fluido pouco corrosivo,
para o qual os diversos materiais
podem ser empregues até à sua
temperatura limite de resistência
mecânica admissível;
• Nas tabelas estão referidos os
materiais recomendados, em função da
temperatura máxima do vapor; os
limites de temperatura são fixados em
conformidade com resistência à
fluência dos diversos materiais;
• Para pressões elevadas acima de 40
bar (4 MPa), devem ser adotados
limites de temperatura admissível para
o material inferiores aos apresentados
na tabela, devido à grande solicitação
26
mecânica a que o material está sujeito;

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FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


B. Redes de vapor
• Nas linhas de vapor é muito • Todas as redes de vapor assim como
importante a perfeita e completa as de retorno de condensados são
drenagem dos condensados formados, isoladas termicamente e quando à
utilizando-se para o efeito purgadores vista devem ter proteção mecânica;
de vapor criteriosamente colocados;
• Todas as flanges devem ser de aço
• Para auxiliar a drenagem instalam-se forjado, aço-carbono ou aços-liga, de
tubos com pendente constante na acordo com o material do tubo, tipo
direção do fluxo, principalmente em “de pescoço”, com face de ressalto ou
linhas de vapor saturado, aonde a taxa face para junta de anel;
de formação de condensados é mais
• Os acessórios devem ser próprios para
elevada;
soldadura de encaixe, até 50 mm, e
• Certos autores de projetos têm por para soldadura de topo, para os
norma colocar também eliminadores diâmetros superiores; em qualquer
de ar nos pontos altos das linhas; caso devem ser sempre do mesmo 27
material dos tubos.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


C. Canalizações de
Hidrocarbonetos
• O grau de corrosão dos • Materiais para tubos (quaisquer
hidrocarbonetos, depende diâmetros):
fundamentalmente da:
− Em primeira aproximação podem ser
− Temperatura;
recomendados os limites de
− Presença de impurezas no seu seio, temperatura e sobreespessuras para
principalmente de produtos sulfurosos
corrosão, para os materiais indicados na
e clorados.
tabela 2:
• A seleção de materiais para
canalizações em serviços com
hidrocarbonetos, depende do
respetivo grau de corrosão;
• Para diâmetros até 50 mm,
recomendam-se:
‒ Tubos de aço de qualquer tipo, ligações
por soldadura de encaixe;
‒ Nos diâmetros superiores as ligações
são por soldadura de topo. 28

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5/23/2022

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FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


C. Canalizações de
Hidrocarbonetos
• Para temperaturas mais elevadas Observações:
recomenda-se, sucessivamente, o uso 1. Os hidrocarbonetos na presença de
de tubos de aços-liga 7 Cr – 172 Mo, cloretos e com temperaturas inferiores ao
9Cr – 1 Mo, e de aço inoxidável tipo ponto de orvalho são altamente
corrosivos, devido à possibilidade de
405; formação de HCl diluído;
• Materiais para as juntas das flanges. 2. Recomenda-se por isso que seja adotado
− Flanges de classes de pressão 150# (PN para os tubos de aço carbono uma
10) e 300# (PN 20), para temperaturas sobreespessura para corrosão
até 250º C com junta plana de cartão compreendida entre 3 e 4 mm, por
grafitado; exemplo;
3. Como todos os hidrocarbonetos
− Flanges de classes 150# (PN 10) e 300# combustíveis são inflamáveis, nestas
(PN 20), para temperaturas mais altas, e canalizações existe um risco de incêndio de
flanges de classes 400# (PN 25) e 600# elevado grau;
(PN 40): Junta metálica em espiral, de 4. Na formação de uma conduta de
aço inoxidável, com alma de grafite; transporte de hidrocarbonetos não se
podem admitir órgãos e acessórios,
− Flanges de classes 900# (PN 60), ou fabricadas em materiais de baixo ponto de
acima: Junta de anel metálico de aço fusão tais como metais não ferrosos, 29
inoxidável. plásticos, etc;

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


C. Canalizações de
Hidrocarbonetos
4. Exceto em pequenas canalizações 8. Os tubos dos oleodutos são em geral de
auxiliares ou enterradas as tubagens para aço carbono ou de aços de alta
óleos viscosos são aquecidas; resistência;
5. As tubagens destinadas ao transporte de 9. Sem costura para os diâmetros inferiores
óleos aquecidos são isoladas a 400 mm e com costura para os
termicamente; diâmetros superiores;
10. Todos os tubos são interligados por
7. Os oleodutos para o transporte de óleos a
soldadura de fusão de topo;
longas distâncias são normalmente
enterrados por motivo de segurança, 11. As válvulas são de aço vazado de ligações
pelas seguintes razões: por flanges.
− Economia de suportes e fundações;
− Os tubos enterrados estão sujeitos a
menores diferenças de temperatura;
− Podem absorver as pequenas dilatações
por livre movimentação no solo.
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FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


D. Redes de Ar Comprimido
industrial
• O ar comprimido industrial é um fluido − Canalizações de baixa pressão até 7
de baixa corrosão, para o qual os bar
seguintes materiais podem ser  Para estas pressões recomendam-se
tubos de aço carbono St 37.0 (ASTM A-
recomendados: 53 ou API-5L), com uma sobreespessura
− Redes de alta pressão superior a 7 para corrosão de 1,2 mm, com ligações
bar para soldadura de encaixe até ao
diâmetro de 50 mm, e soldadura por
 Quando os tubos apresentarem
fusão topo a topo para os maiores
diâmetros até 100 mm recomenda- diâmetros;
se o aço galvanizado com ligações  Para qualquer caso, todas as flanges
roscadas; devem ser de aço carbono forjado, com
 Para os tubos com diâmetros iguais face de ressalto. Para temperaturas até
ou superiores a 50 mm recomenda- 60ºC e pressões até 10 bar, as juntas
se o aço carbono St 0.0 ou St 37.0 poderão ser de borracha natural. Para
(ASTM A-120 ou A-134), com temperaturas ou pressões mais
sobreespessura para corrosão de elevadas as juntas deverão ser de
cartão grafitado.
1,2 mm, com ligações por 31
soldadura de fusão topo a topo.

31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


D. Redes de Ar Comprimido
industrial
− Drenagem de condensados  Quando se exige que o ar seja limpo,
com a finalidade de se preservarem
 Em todas as redes de ar
os equipamentos e os instrumentos
comprimido é necessário prever-se
da linha, devem ser instalados filtros
a recolha e a drenagem da água
e potes de drenagem para reter
proveniente da condensação da
poeiras, humidade e óleo;
humidade devida ao arrefecimento
do ar, ou a que se forma quando o  A presença de óleos e gorduras em
serviço é interrompido; linhas de ar comprimido é perigosa
 Por essa razão devem ser instalados porque pode dar origem a explosões
separadores de condensados em causadas pelo aquecimento
todos os pontos baixos, antes das resultante da compressão do ar.
válvulas de isolamento e nas
extremidades das linhas;
 Se possível, a água condensada
deve escoar-se por gravidade para
32
os separadores;

32

16
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


E. Redes de Ar Comprimido F. Canalizações para
para Transmissão de sinais temperaturas elevadas
• As canalizações de ar comprimido para • Na tabela 3 indicam-se os limites de
a transmissão de sinais para temperatura aceitáveis para operação
instrumentos automáticos e válvulas de de diversos materiais, que poderão
controlo funcionam com pressões orientar a seleção dos tubos para
reduzidas e são constituídas por: serviços não corrosivos com
− Tubos de cobre; temperaturas elevadas:
− Aço inoxidável;
− Latão;
− Ou materiais plásticos.
• Os diâmetros dos tubos são sempre
reduzidos inferiores a:
− DN 20.
• Nos tubos de aço inoxidável, cobre e
latão usam-se acessórios para ligações
por compressão. 33

33

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


F. Canalizações para
temperaturas elevadas
• As temperaturas limites de resistência • Quando se empregam aços inoxidáveis
mecânica são os valores, acima dos austeníticos para temperaturas de
quais, a resistência do material funcionamento superiores a 550º C,
(resistência à fluência) é baixa e não é recomenda-se que sejam usados os
económico o seu emprego;
aços tipo “H” (304 H, 316 H etc.);
• Esses limites só podem ser
ultrapassados para canalizações sem • Para serviços de alta pressão ou de
pressão interior; risco elevado, recomenda-se que
• A temperatura limite de inicio de sejam adotadas temperaturas limites
oxidação superficial intensa não pode inferiores às indicadas na tabela, como
em caso algum ser excedida em serviço é o caso das canalizações para vapor.
contínuo, tolerando-se por vezes picos
de curta duração;
• Chama-se a atenção que para a
maioria dos serviços corrosivos os
limites de temperatura deverão ser 34
inferiores aos indicados na tabela;

34

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5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


G. Canalizações para criogenia
• Quando sujeitos a temperaturas muito • Para os aços carbono e os aços de liga
baixas (criogenia) muitos metais tal à base de níquel exigem-se testes de
como o aço carbono perdem a sua impacto, para a verificação da sua
ductilidade, ficando frágeis e sujeitos a ductilidade, para todos os acessórios
que irão ficar submetidos à baixa
fraturas repentinas; temperatura, de projeto inclusive para
• Na tabela 4 indicam-se os limites os materiais dos parafusos e das
aceitáveis para o uso dos diversos flanges;
materiais com baixas temperaturas: • No caso dos aços inoxidáveis
austeníticos esses testes são
necessários apenas para os materiais
das peças fundidas;
• Chama-se atenção que o alumínio não
pode ser empregue em redes ou em
locais onde se exija segurança contra
incêndios, uma vez que é um metal de35
baixo ponto de fusão.

35

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


H. Canalizações para gases
• Os gases secos, ou seja quando são • Para os gases com temperaturas de
mantidos a uma temperatura superior serviço inferiores à do ponto de
à do seu ponto de orvalho, são em orvalho, poderá haver severa corrosão
geral pouco corrosivos, podendo os devido à formação de ácidos diluídos,
materiais serem empregados até os
seus limites de temperatura; sendo muitas vezes necessário a
• Muitas canalizações para o transporte aplicação de tubos de materiais mais
de gás em refinarias, fábricas, resistentes à corrosão, ou à adoção de
siderurgias, instalações petroquímicas revestimentos anticorrosivos interiores
etc., são construídas em aço carbono, à base de materiais plásticos,
aços liga ou aços inoxidáveis, borrachas, cimentos etc.;
dependendo da temperatura de
serviço; • Deverá ser prestada especial atenção
• Para os tubos de diâmetro superior a ao estudo das canalizações que
600 mm e para temperaturas muito normalmente trabalham com
elevadas superiores a 450oC, podem temperaturas acima do ponto de
ser adotados economicamente os orvalho, mas que quando fora de
tubos de aço carbono com um serviço, possam atingir temperaturas 36
revestimento isolante refratário; inferiores às do ponto de orvalho;
36

18
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


H. Canalizações para gases
• Para esses casos recomenda-se uma • Para a distribuição de gases a baixa
completa drenagem do gás e o pressão as canalizações são
enchimento da rede com um gás normalmente enterradas, podendo-se
inerte;
empregar tubos de PEAD, ferro fundido
• As canalizações para transporte de
gases a longas distâncias, fora de dúctil de ligações ponta e bolsa ou
instalações industriais (gasodutos), são tubos de aço carbono com costura;
normalmente enterradas, como os • Nessas canalizações devem ser
oleodutos; adotadas medidas para a recolha e
• Como as pressões de serviço são drenagem dos condensados;
relativamente altas da ordem de 30
bar, aplicam-se tubos de aço carbono, • As canalizações deverão apresentar
com ou sem costura, dependendo do uma pendente na direção do fluxo e
seu diâmetro ou tubos de PEAD; deverão ser colocados separadores de
• Para diâmetros elevados podem ser líquidos condensados nos pontos
utilizados tubos com soldadura em baixos. 37
espiral;

37

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


I. Hidrogénio
• A presença de hidrogénio, tanto como gás • A utilização do aço carbono é permitida
puro como misturado com outros gases até à sua temperatura limite de aplicação
ou líquidos, provoca a fragilidade dos prática, desde que a pressão parcial do
aços quando submetidos a temperaturas hidrogénio seja inferior a 7 bar, para
elevadas;
• O empolamento com formação de pressões superiores o emprego do aço
bolhas no aço carbono com carbono só é possível até à temperatura
temperaturas moderadas, devido à de 250 ºC;
penetração do hidrogénio atómico no • Em qualquer condição, inclusive para
metal; temperatura ambiente, os aços carbono
• A seleção de materiais para temperaturas devem ser sempre totalmente acalmados
elevadas é feita pela consulta às [especificações ASTM A-106 ou A-155
denominadas “Curvas de Nelson”, (515)];
publicadas na norma API-RP 941, do • Em todas as canalizações que trabalham
“American Petroleum Institute”, que com hidrogénio devem ser reduzidas ao
mostram os campos de aplicação do aço
carbono e dos diversos aços liga Cr-Mo e mínimo as ligações que não sejam
dos aços inoxidáveis, em função da efetuadas por soldadura de topo com
temperatura e da pressão parcial do penetração total; 38
hidrogénio;

38

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5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


I. Hidrogénio
• O emprego de flanges deve ser • Não são permitidas quaisquer ligações
efetuado aonde for indispensável, não roscadas ou para soldadura de encaixe;
devendo ser aplicadas flanges
roscadas, sobrepostas ou para • Todas as válvulas que têm descarga
soldadura de encaixe; para o exterior, tais como as aplicadas
• As flanges até à classe de pressão de em pontos de drenagem, tubos de
25 bar inclusive, devem ter face com respiro etc., devem ser de flanges e
ressalto com acabamento liso, ficarão tamponadas com uma flange
rugosidade média máxima de 0,003 cega.
mm, para uso com juntas metálicas em
espiral, de aço inoxidável com alma de
grafite;
• As flanges da classe de pressão igual
ou superior a PN 40, devem possuir a
face preparada para aplicação de junta
de anel, empregando-se juntas de anel
39
ovalado de aço inoxidável;

39

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


J. Ácidos 1. Ácido sulfúrico
• Materiais que podem ser • O aço carbono é recomendado para
recomendados para serem utilizados serviços à temperatura ambiente,
em serviços com três dos ácidos concentrações superiores a 85%, e
minerais fortes mais importantes, ou velocidade de escoamento até 1 m/s;
seja o ácido sulfúrico, clorídrico e
• Chumbo, aço inoxidável especial
nítrico;
“Carpenter 20”, utilizados em
• Todas as recomendações são em
concentrações até 90% com
função da temperatura e da
temperaturas até 100o C;
concentração dos ácidos;
• Para os materiais que só são • Metal Monel em concentrações até 60%;
recomendados para concentrações • Materiais plásticos, utilizado em
elevadas, deve ser tomado muito concentrações até 70% e para
cuidado com a diluição acidental do temperaturas até 50º C;
ácido, que pode ocorrer em
consequência da absorção da • “Hastelloy C”(1), vidro, porcelana:
humidade do ar, e que provocará uma Qualquer condição de temperatura ou de
40
violenta corrosão na tubagem. concentração.

40

20
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


2. Ácido clorídrico 3. Ácido nítrico
• Aplica-se o bronze, cobre e o metal • O aço inoxidável AISI 304L é apropriado
Monel para a temperatura ambiente e para concentrações até 90%;
concentrações até 10%;
• Alumínio com concentrações acima de
• Os materiais plásticos e borrachas são
95% e temperatura ambiente;
utilizados para a temperatura ambiente
e concentrações até 50%; • Materiais plásticos para concentrações
• As ligas de cobre e níquel são até 40% e temperatura até 50ºC;
apropriadas para concentrações até
• O vidro e a porcelana servem para
40% em temperatura ambiente, e até
qualquer condição de temperatura ou
10% para temperaturas até 100º C;
de concentração.
• “Hastelloy B” (1) e “Chlorimet 2” (2) para (1) Hastelloy é uma marca registada da Haynes International usada como
concentrações até 50%, com qualquer prefixo de uma gama de vinte e duas ligas metálicas altamente resistentes à
corrosão incluídas no que na indústria metalúrgica se designa por superligas
temperatura; ou ligas de alto desempenho

• O vidro e a porcelana servem para (2) CHLORIMET 2 é uma liga à base de níquel que oferece boa resistência a
condições corrosivas não normalmente tratadas por outros tipos de ligas
qualquer condição de temperatura ou comercialmente disponíveis. O CHLORIMET 2 é um equivalente refinado
41 do
HASTELLOY B e é mais comumente usado em equipamentos de engenharia,
de concentração. como bombas e válvulas, fabricados pelo fabricante da liga.

41

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


K. Álcalis
• Para as redes em serviço com álcalis − Quando as temperaturas forem
(soda cáustica, soluções de soda etc.), superiores a 70oC, recomenda-se a
a seleção dos materiais para os tubos, utilização de tubos e de válvulas de
válvulas e acessórios depende cobre, bronze ou metal Monel. Podem
essencialmente da temperatura, ser empregues ainda, para quaisquer
distinguem-se três casos: concentrações, tubos revestidos
− Quando a temperatura for inferior a 40o
interiormente com pintura à base de
C, permite-se o emprego do aço carbono,
sem limitações; resina epóxica (até 80oC), ebonite (até
− Para temperaturas compreendidas entre 120oC) e teflon (até 250oC).
40o C e 70o C é permitido ainda a aplicação
do aço carbono, devendo entretanto ser • Em todos os casos onde forem
submetido a um tratamento térmico para usados tubos de aços inoxidáveis ou
alívio de tensões em todas as costuras de de metais não ferrosos, podem ser
soldadura, nas curvas efetuadas por
dobragem do tubo, ou qualquer outra empregues flanges tipo “solto”, de
região submetida a algum trabalho de aço carbono, com virolas do mesmo
conformação a frio. As válvulas devem ser material do tubo. 42
de metal Monel;

42

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5/23/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


Ácidos e Álcalis
Recomendações gerais
• Para todos os serviços, em que sejam • Para qualquer diâmetro recomenda-se
recomendados materiais plásticos, para que as válvulas, tanto de isolamento
os diâmetros superiores a 100 mm como de regulação, sejam do tipo
podem empregar-se tubos de aço com diafragma;
revestimento plástico pelo interior; • Nas redes de ácidos ou álcalis, deve ser
• Nas ligações por flanges o revestimento tomado muito cuidado com a
de plástico deverá cobrir a face das possibilidade de ocorrer ação galvânica
flanges, para garantir a continuidade entre metais diferentes quando em
do revestimento; contacto, que poderá resultar numa
corrosão muito intensa devido ao meio
fortemente electrolítico.
43

43

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


L. Redes de esgotos e de
drenagem
• Quase todas as redes de esgotos são • No esgoto industrial, além dos líquidos
enterradas, tanto para esgotos pluviais serem corrosivos são de natureza
como para esgotos sanitários e variável, quanto à sua composição
industriais, constituem exceção química, concentração, temperatura,
pequenos trechos em subsolos e caves condições de corrosão etc.;
de edifícios;
• Para as redes de esgoto pluvial
• Em geral essas redes funcionam sem adotam-se tubos de PVC, PVC-C, fibra
pressão, com o escoamento em de vidro, ferro fundido dúctil ou
superfície livre, por essa razão devem manilhas de betão, todos com ligações
ter uma pendente constante, de ponta e bolsa;
estabelecida o mais rigorosamente
possível; • A escolha entre esses materiais
dependerá do diâmetro e da
• O esgoto quer seja doméstico quer seja
resistência mecânica necessária em
industrial é agressivo;
função das sobrecargas externas; 44

44

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5/23/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


L. Redes de esgotos e de
drenagem
• Nas redes de esgoto sanitário os • Para a maioria dos casos, satisfazem os
ramais de pequenos diâmetros são tubos de PVC-C e barro vidrado para os
construídos em tubos de PVC, para diâmetros médios, betão armado e FFD
saneamento: polietileno, FFD e para os grandes diâmetros;
manilhas de betão.
• As condutas para escoamento sob
• Nos coletores e interoceptores pressão de esgotos industriais devem
empregam-se tubos de betão armado, ser construídas em tubos de PVC, FFD,
ferro fundido dúctil, PRV (plástico PEAD, até à caixa de visita que serve de
reforçado a fibra de vidro), PVC-C, etc; transição para a rede gravítica;
• A escolha dos materiais para • Quando o esgoto for ácido ou
canalizações de esgoto industrial acidulado não se devem usar tubos de
depende da natureza e do grau de betão, nem argamassas de cimento
corrosibilidade da corrente líquida; como material de vedação;
45

45

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Seleção e recomendação dos materiais


L. Redes de esgotos e de
drenagem
• Nas ligações de ponta e bolsa, deve ser − Indústrias de processamento de
verificado se o material dos tubos e fluidos;
também o material de vedação das − Estações de serviço;
juntas resistem à ação corrosiva da − Matadouros e outras.
corrente líquida;
• Existem quase sempre redes especiais
de esgoto em que é necessário efetuar-
se um pré-tratamento, para:
− Arrefecimento;
− Correção de pH;
− Remoção de gorduras e
hidrocarbonetos, etc.;
− Centrais térmicas e outras;
− Laboratórios; 46
− Hospitais;

46

23
5/23/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluídos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

47

24
5/23/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluídos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da Espessura da Parede de Tubos

Aula 30

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Solicitações predominantes sobre a tubagem


• Do ponto de vista de resistência de  Isolamento;
materiais cada troço de tubo pode  Acessórios de tubagem, etc..
ser considerado como uma viga, − Efeitos de dilatação do próprio
submetida a um conjunto de tubo, ou dos equipamentos a que
solicitações estáticas e dinâmicas está ligado;
entre as quais se destacam: − Ações dinâmicas do escoamento
− Pressões internas exercidas pelos do fluído, tais como:
fluidos;  Golpes de aríete;
− Pressões externas:  Variações de aceleração, etc..
 Quando ocorrer vácuo nos tubos; − Vibrações induzidas na tubagem
 Em tubos enterrados (carga do por equipamentos (bombas, etc.);
terreno);
− Atrito nos suportes devido ao
 Em tubos mergulhados em água. peso da tubagem (fluido,
− Pesos do: isolamento, etc.);

 Tubo;
− Tensões residuais devido a
deficiências na montagem.
 Fluído; 3

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura
• No cálculo da espessura considera- • Os cálculos ou verificações
se, duma forma geral, apenas as complementares compreendem os
solicitações predominantes: restantes situações de carga dos
− Pressão interior; tubos, nomeadamente:

− Pressão exterior; − Forças de impulso;


− Peso próprio: − Cargas devidas aos:
 Tubagem e acessórios;  Regimes transitórios;
 Fluido;  Dilatação térmica.
 Isolamento;

 Cargas móveis tais como


operários, etc..

2
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Tensões nas paredes dos tubos


• Devido à ação simultânea das • Um elemento localizado na parede
múltiplas solicitações a que os
de um tubo está submetido a três
tubos poderão estar sujeitos,
criam-se em cada elemento da tensões, conforme representado
parede do tubo: esquematicamente na figura:
− Tensões normais ;
− Tensões de corte .
• As principais tensões numa
tubagem horizontal são:
1. Tensões devidas à flexão;
2. Tensões de torção e tensões
devidas à pressão;
3. As tensões de torção são
geralmente desprezáveis.
• As tensões devidas à pressão são
tensões de tração ou compressão;
• As tensões devidas ao peso
dependem do traçado e da 5
disposição dos apoios;

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Tensões nas paredes dos tubos


• Um elemento localizado na – – Tem valores excessivamente
baixos e por isso costuma ser
parede de um tubo está
desprezada nos cálculos.
submetido a três tensões,
conforme representado
esquematicamente na figura:
– Tensão longitudinal é a soma de
três componentes:
 Tensão de flexão devido a expansão
térmica;
 Tensão de flexão devido ao peso
próprio;
 Tensão longitudinal devido a
pressão interna.
– Tensão circunferencial que tende
a fissurar o tubo ao longo de uma
geratriz, e é principalmente devida à
pressão;
6

3
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Composição de tensões nas paredes dos tubos


• As principais tensões numa
tubagem horizontal são:
a. Tensões de flexão σ1 devidas ao
peso dependem do traçado e
disposição dois tubos;
b. Tensões de torção que são em
geral desprezáveis;
c. Tensões devidas à pressão (que
são tensões de tração ou
compressão) σ2 e σ3;
• No ponto A, as tensões 1 3
são do mesmo sentido pelo que:
1 3.
7

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Composição de tensões nas paredes dos tubos


• A tensão de flexão num ponto A do • Deverão ser inferiores à tensão
tubo é dada por: admissível do material, à
Mnu
σ1 = temperatura de projeto:
– Onde: In
• Momento fletor;
• Distâncias dos pontos mais
solicitados da seção em relação a • Na prática faz-se apenas o cálculo
linha neutra; das solicitações predominantes:
• inércia da seção transversal. − Pressões interiores;
• A pressão cria neste mesmo ponto A − Efeitos da dilatação.
duas tensões σ2 e σ3 (tensão Nota:
transversal e longitudinal • As solicitações devidas ao peso próprio do
respetivamente), em que: tubo e do fluído contido, é efetuada nos
σ tubos que vencem grandes vãos;
σ 3 = 2 • Adotam-se tensões admissíveis inferiores 8
2 às que o material permite de modo a
compensar as solicitações não calculadas.

4
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura da parede do tubo


Em função da pressão interior
• No cálculo da espessura da parede • Estas equações foram deduzidas para
em função da pressão interior, cilindros em que a espessura da
considera-se um cilindro de paredes parede é muito pequena em relação
delgadas sujeito a uma pressão ao diâmetro e por isso desprezável,
interior e deduzem-se teoricamente considera-se na prática que os
as expressões para as tensões resultados são satisfatórios quando o
desenvolvidas nas paredes: diâmetro exterior é superior a 6 vezes
∅ ∅ a espessura da parede;
e " $%&. '( )*+
2 4 • De acordo com as equações
Em que:
Pressão interior; 2 , isto é, em igualdade de
Espessura da parede do tubo; condições, a tensão circunferencial é
∅ Diâmetro exterior: dupla da tensão longitudinal, pelo que
Tensão circunferencial de tração que tende a
rasgar o cilindro segundo uma geratriz;
se conclui que a tensão
Tensão longitudinal de tração que tende a circunferencial é a dominante; 9
rasgar o cilindro segundo uma linha
circunferencial.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura da parede do tubo


Em função da pressão interior
• Se substituirmos o valor da tensão 2 % 3
./0
circunferencial pelo valor da tensão 2 12
admissível à temperatura de projeto (,-, Em que:
obtém-se a equação que permite o cálculo
E Módulo de elasticidade do material;
da espessura mínima da parede do tubo,
necessária para resistir à pressão interior 1 Módulo de Poisson do material.
de projeto: • A equação é válida para tubos de seção
perfeitamente circular, qualquer pequena

ovalização faz diminuir apreciavelmente o
2 ./0 valor da pressão de colapso.
• Os tubos enterrados e os tubos sujeitos à • Por exemplo, uma ovalização da ordem de
pressão exterior tais como os tubos de 1 % diminui o valor da pressão em 25 %.
vácuo devem ser calculados ao colapso;
• Esse ponto tem de ser tomado em
• A pressão de colapso, isto é, a pressão consideração, porque os tubos de fabrico
externa capaz de provocar o colapso do corrente, apresentam frequentemente
uma ovalização superior a 1 %. 10
tubo, pode ser calculada pela equação:

10

5
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura da parede do tubo


Normas de projeto
• As normas de projeto foram • A extensão dos assuntos abrangidos
estabelecidas para padronizar e pelas normas de projeto é muito
simplificar os cálculos, assim como variável, podendo diferir muito de
garantirem-se as condições mínimas norma para norma;
de segurança para operação das • As normas poderão incluir não só
redes e canalizações pressurizadas; critérios, fórmulas e detalhes de
• A observância das normas reduz ao projeto, como também regras e
mínimo a probabilidade de recomendações para a seleção de
ocorrência de acidentes graves; materiais, processos de fabrico,
montagem, testes e inspeções;
• As normas raramente são de
seguimento legal obrigatório, mas • O campo de aplicação das normas é
em geral são exigidas nos cadernos também muito variável vai desde tubos
de encargos como requisito mínimo de vácuo, com escoamento em
de segurança por quase todos os superfície livre e submetidos à pressão
até pressões de 200 bar. 11
projetistas e donos de obra;

11

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura da parede do tubo


Normas de projeto
• Em geral estão excluídas as tubagens • Nenhuma norma de projeto destina-
destinadas a pressões muito se a substituir ou a diminuir a
elevadas acima de 200 bar, que responsabilidade do projetista, que
exigem cuidados especiais de cálculo continua em qualquer caso, com a
e de fabrico; responsabilidade integral pelo
• As principais normas de projeto de projeto.
tubos seguidos em Portugal, são:
‒ Norma Europeia DIN 2413;
‒ Normas dos EUA:
 ANSI B.31 e;
 ASME ( Section VIII Pressure
Vessel Code).

12

12

6
5/23/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura da parede do tubo


Tensões admissíveis
• As diversas secções da norma • Para outros tipos de esforços a
ANSI/ASME B.31, contêm tabelas norma estabelece variações
que dão para grande número de relativamente às tensões admissíveis
materiais usuais na construção de básicas tais como:
tubos, as tensões admissíveis em 1. Esforços estáticos e permanentes de
função da temperatura, até à corte puro e de torção 80% das
temperatura limite de utilização de tensões básicas admissíveis;
cada material; 2. Tensões secundárias não permanentes,
devidas às dilatações térmicas, valores
• Os valores das tabelas são as tensões mais elevados;
básicas, que devem ser adotadas 3. Esforços transitórios ou eventuais de
para os esforços de tração de curta duração. Inclusive provenientes
compressão e de flexão, estáticos e da ação do vento, de teste hidrostático
permanentes. e de condições normais de operação.
Permitem-se os seguintes acréscimos
sobre a tensão admissível básica 13
(fatores k):

13

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura da parede do tubo


Tensões admissíveis
a) 15% para esforços que atuam 4. Esforços cíclicos, a norma indica
até 10 % do tempo, em 24 horas; coeficientes de redução f:
b) 20 % para esforços que atuam  5 1 Para redes com menos de
até 1 % do tempo em 24 horas; 7.000 ciclos de aquecimento e
c) 33 % para esforços que atuam arrefecimento durante a vida útil;
até 10 horas seguidas, com um
 5 1 Quando o número de
máximo de 110 horas num ano;
ciclos for superior.
d) 20 % para esforços que atuam
até 50 horas seguidas, com um
máximo de 500 horas por ano.

14

14

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


• O código ANSI/ASME B.31, considerando as tensões de membrana,
estabelece para o cálculo da espessura mínima de tubos sujeitos à
pressão interna, a seguinte expressão:
pDφ
e= +C
2( σ E + pY)
Sendo:
Espessura mínima;
Pressão interna de projeto;
∅ Diâmetro exterior do tubo;
Tensão admissível do material do tubo nas condições de projeto;
% Eficiência de soldadura (ver tabela código ASME B.31);
6 Coeficiente de redução, dado em função da temperatura e do tipo do material do tubo
(ver tabela código ASME B.31);
7 Soma das sobre espessuras para corrosão, erosão e abertura de roscas e de chanfros.

• Nota: Se 8 /6 ou / % ; 0,385, o cálculo da espessura passa a requerer 15


considerações especiais tratados pela Mecânica da Fratura.
15

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FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


Valores de E
Exemplos (em função da junta longitudinal) E
Estirado s/ costura 1,0
Soldadura de topo (1 soldadura) 0,8
Soldadura de topo 0,85
(soldadura c/ reprise no inverso)
Soldadura por resistência eléctrica 0,85
Soldadura por fusão eléctrica (100 % Rx) 1,0
Valores de Y (para e < D/6)
Temperatura °F 900 950 1000 1050 110 115 120
0 0 0
Materiais: °C 482 510 538 566 593 621 649

Aços ferriticos 0,4 0,5 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7


Aços austeníticos 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,7 0,7
16
Ligas de Niquel 800, 800H, 825 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME

17

17

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da
espessura
conforme ASME

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


• Critério de cálculo das tensões nas tubagens
− ASME 31.3 Eficiência de Junta

19

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


• Efeitos de ovalização
− Fazendo intervir as tolerâncias de fabricação dos tubos, considera-se o
coeficiente @ para considerar os efeitos de ovalização e tolerância de
fabrico, com um valor igual a 1,125 (=12,5%), a expressão anterior
passa a ter a forma:
pDφ
e=[ +C ] k
2( σ E + pY)

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FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


Pressão de Projeto Temperatura de projeto
• Pressão de projeto, define-se • Temperatura de Projeto, é a
como sendo: temperatura de serviço
‒ A pressão interna (ou externa) correspondente à pressão de
correspondente à condição mais projeto.
severa de pressão e temperatura,
que possam ocorrer
Nota: Para efeitos de dilatação térmica,
simultaneamente, em serviço
utiliza-se sempre a mais alta
normal;
temperatura que possa ocorrer,
‒ A pressão que conduz ainda que eventualmente por
conjuntamente com a respetiva pouco tempo, independentemente
temperatura simultânea à maior do valor simultâneo que tenha a
espessura ou à maior classe de pressão.
pressão de um componente de
tubagem. 21

21

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


• Exemplo
− Consideremos uma tubagem de aço por exemplo ASTM A 106 Gr B a
operar nas duas condições de pressão e temperatura simultânea a que
corresponderá, segundo a norma ANSI, o valor de tensão admissível
respetiva entre parêntesis:
 1º Caso: A 400 º7, 3 C( $ (,- 89,6 C(+
 2º Caso: A 30 º7, 4 C( $ (,- 137,8 C(+
− Da observação destes 2 casos conclui-se que a pressão de projeto a
considerar no cálculo da espessura da parede do tubo será 3 MPa.
porque embora sendo a pressão mais baixa, é a que conduz,
conjuntamente com a respetiva temperatura, à maior espessura para a
tubagem.
22

22

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


• ASME B.31.3 Tensões admissíveis

23

23

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FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


• Pressão de serviço
− A pressão de serviço poderá ser selecionada entre o maior
dos seguintes valores:
 Pressão de abertura de qualquer válvula de segurança ou de alívio
que esteja ligada à linha ou ao sistema que contem a linha;
 Máxima pressão a que uma bomba (centrifuga, volumétrica, etc.)
possa introduzir numa tubagem;
 No caso de tubagem sujeita a pressão interior e exterior, dever-
se-á atender a possibilidade da falha na pressão interior e
consequentemente ao aumento da diferença das pressões;
 No caso de redes de tubagem sujeitos a golpes de aríete deverá
ser verificado o respetivo valor de pico de pressão. 24

24

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FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


Consideração da pressão em Critério de cálculo das tensões
regime transitório nas tubagens
• Em condutas fabricadas em materiais • Os critérios de cálculo para as tensões
ditos frágeis (Ferro fundido cinzento, resultantes das diferentes solicitações que
atuam sobre os tubos são de acordo com
betão, etc.) a pressão de projeto será a ASME B.31:
máxima pressão resultante do cálculo do
1. A tensão máxima devida à pressão
golpe de ariete: interna ou externa;
‒ A norma ANSI A 21.1 estabelece valores 2. A soma de todas as tensões
mínimos de pressão por golpes de aríete a longitudinais;
considerar no caso de tubagens em ferro 3. A tensão combinada resultante das
fundido cinzento. diferentes solicitações, consequentes
• Para materiais ditos dúcteis tais como o das dilatações térmicas.
ferro fundido dúctil e os aços em geral, • Os três cálculos considerados devem ser
feitos separadamente;
ligas, materiais plásticos, a pressão • Não há necessidade de se calcular a
resultante do golpe de aríete só será resultante da ação combinada de todas as
considerada se tiver um valor solicitações, porque as tensões admissíveis
significativo, por exemplo ultrapassar que constam das tabelas foram
estabelecidas tomando em conta essa 25
30% da pressão de serviço. indicação.

25

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


Critério de cálculo das tensões
nas tubagens
1. A tensão máxima devida à pressão interna 3. A soma de todas as tensões
ou externa ( max ) não deve ultrapassar a longitudinais decorrentes de todos os
tensão admissível do material da tubagem esforços permanentes com exceção das
à temperatura considerada ( (,-): tensões secundárias, deve ser inferior à
tensão admissível do material à
I J temperatura de projeto, multiplicada
pelo fator L de acréscimo:
2. A soma de todas as tensões longitudinais
provenientes da pressão, dos pesos, M L (,-
sobrecargas, movimentos de pontos
externos e quaisquer outros esforços
permanentes (exceto os esforços das
dilatações térmicas) não deve ultrapassar
o valor da tensão admissível básica do
material na temperatura considerada:
26
K

26

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FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


Critério de cálculo das tensões
nas tubagens
4. A tensão combinada $ N O +resultante – Deve-se ter portanto:
das diferentes solicitações, consequentes
das dilatações térmicas, não deve )-X (
ultrapassar o valor da tensão permitida
( ( ) dado pela seguinte expressão:
Os valores de P, são dados pelas
P $Q, R S, R + tabelas da Norma.

onde:
P Fator de redução para serviços cíclicos
5 6,0 $T+ U 0,2 V 1W;
σmc Tensão admissível à temperatura
ambiente, (mínima do ciclo);
Tensão admissível do material na
temperatura (máxima do ciclo).

27

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FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


• Critério de cálculo das tensões nas tubagens

28

28

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FLUIDOS

Cálculo da espessura conforme ASME


Resumo do cálculo das tensões admissíveis segundo a norma ASME
B.31
• As várias seções da Norma ASME ‒ Esforços estáticos e permanentes de
B.31 contêm tabelas que referem corte e de torção: 80% das tensões
uma grande variedade de materiais básicas;
utilizados na tubagem, as tensões ‒ Tensões secundárias, não
admissíveis em função da permanentes, devidas às dilatações
temperatura, à temperatura limite térmicas: valores mais elevados;
de utilização de cada material; ‒ Esforços cíclicos, a Norma fornece
coeficientes de redução de tensões
• Os valores das tabelas são tensões
admissíveis;
básicas que devem ser adotadas
para os esforços de tração e de ‒ A Norma fornece igualmente os
flexão, estáticos e permanentes; valores dos coeficientes de
intensificação de tensões e de
• Para outros tipos de solicitações, a flexibilidade a considerar nos cálculos.
Norma estabelece variações em
relação às tensões admissíveis
29
básicas:

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Cálculo da espessura conforme DIN 2413


• O cálculo da espessura mínima de Pressão interna de projeto em [bar];
tubos sujeitos à pressão interna, Diâmetro exterior do tubo [mm];
]^
para tubos sujeitos (,- Tensão admissível do material do
tubo nas condições de projeto
fundamentalmente a uma carga
(N/mm2);
estática obedece ao seguinte: L1 Coeficiente de segurança ≈ 1,75;
L2 Coeficiente em função do tipo de
soldadura 1,0;
1 2
Tubos sem costura 0,5 a 1,0 de acordo
com a qualidade e testes de
YZ[ L\ aceitação.
20 L2 ./0

Sendo:
Espessura mínima em [mm];
1 Espessura adicional para
compensar defeitos de fabrico da
chapa [mm], pela DIN 1626 parte 1,
recomenda 1 mm;
2 Espessura adicional para
30
compensar corrosão e desgaste, em
geral 1 mm;

30

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FLUIDOS

Cálculo da espessura segundo ASME (Section


VIII Pressure Vessel Code) Tabela 6.5

• No dimensionamento da tubagem
segundo a norma ASME:
- Espessura mínima em [mm];
^ Fabrico: 1 mm sobre espessura para
compensar tolerâncias para defeitos
e; para compensar a corrosão
normalmente é de 1 mm;
• O cálculo da espessura mínima devida
à tensão circunferencial, determina-se
pela equação estabelecida pela
norma ASME para tubos cilíndricos:
_ `a
0 [
2 ./0 L 6 C`a
31

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Tabela 6.5

32

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Cálculo da espessura da parede do tubo


Problema 3.1
• Calcular a espessura mínima necessária para a parede de um tubo para resistir à
pressão interna, nas seguintes condições de projeto:
− Diâmetro nominal DN 200
− Diâmetro exterior conforme DIN 2448 219,1 mm
− Sobre espessura C para corrosão 1,3 mm
− Pressão de projeto 5,5 MPa
− Temperatura de projeto 315º C
− Tipo de tubo Sem costura DIN 2448
− Material Aço carbono
− Norma de cálculo ANSI/ASME B31.3 33

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FLUIDOS

Cálculo da espessura da parede do tubo


Problema 3.1 – Resolução:
• Começamos por selecionar o aço ASTM-A-53 Gr.A para material do tubo, com uma
tensão admissível à temperatura de projeto de 315º 7 85 C(.
• O coeficiente da eficiência da junta soldada para tubos sem costura é de % 1,0
• O coeficiente de acordo com o material e a temperatura de projeto 6 0,4
• Pela equação da norma determina-se:
b c∅ l,l 2\m,\
7 ⇒ 1,3 8,2 --
2 defg hib j 2 nl \il,l o,p
• Considerando a tolerância de fabrico de 12,5 % a espessura mínima necessária para
o tubo:
- 1,125 8,2 -- 9,9 --
• De acordo com a norma DIN 2448, seleciona-se um tubo com a espessura:
Espessura normal “standard” conforme DIN 2448 de 10,0 mm.
• Deveria ser efetuado um estudo economicamente comparativo com tubos de aço
ASTM-A-53 Gr.B com uma tensão admissível à temperatura de projeto de σ315º C =
103 MPa.
34

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FLUIDOS

Cálculo do afastamento entre apoios


• O dimensionamento do vão máximo admissível entre suportes, efetua-se
considerando que o tubo funciona como uma viga sujeita a várias hipóteses
de carga.
• As fórmulas de calculo dependem dos tipos de apoio:
− Viga contínua;
− Simplesmente apoiada;
− Encastrada, etc.
• Do tipo de carga, tal como:
− Uniformemente distribuída;
− Concentrada, etc.

35

35

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FLUIDOS

Cálculo do afastamento entre apoios


• Nos cálculos considera-se em geral o tubo como uma viga contínua,
simplesmente apoiada em múltiplos apoios equidistantes.
• Nessa hipótese a tensão máxima ocorrerá na seção de apoio.
• O valor da tensão máxima determina-se por:

q & 2 s t T ⁄- 2
10 rZ
Com:
Vão entre apoios em [m];
& Carga distribuída em [N/m] (peso próprio do tubo e do líquido);
s Carga concentrada a meio do vão [N];
t Sobrecarga [N];
r] Momento resistente da seção transversal do tubo [m3].
36

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FLUIDOS

Cálculo do afastamento entre apoios


• O valor da tensão obtido é um valor intermédio entre o da tensão
máxima de uma viga simplesmente apoiada e o de uma biencastrada.
• Vãos para tubos correntes sem cargas adicionais estão indicados na tabela.
• A tensão admissível para os esforços provenientes de cargas adicionais
deverá ser reduzida para um valor da ordem de 34.500 kPa para tubos de
aço carbono, porque as paredes dos tubos são solicitadas
simultaneamente por outros esforços, frequentemente mais importantes.
• Estas são limitadas para:
− Tornar a frequência natural de vibração bastante elevada, para evitar
que pequenas causas de perturbação possam originar vibrações de
amplitude elevada.
− Evitar a formação de bolsas de líquido difíceis de drenar.
37

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FLUIDOS

Cálculo do afastamento entre apoios


• O valor da flecha máxima resultante das cargas determina-se por:
0,024 3 s t &
v m
% 3 4
Com:
δ Flecha máxima em [m];
% Módulo de elasticidade em [N/m2];
Momento de inércia [m4];

s Carga concentrada a meio do vão [N];


t Sobrecarga [N];
Vão entre apoios em [m];
& Carga distribuída em [N/m] (peso próprio do tubo e do líquido).

• A flecha determinada corresponde a um valor intermédio entre a resultante de 38


uma viga simplesmente apoiada e de uma com as duas extremidades encastradas.

38

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FLUIDOS

Cálculo do afastamento entre apoios


• Valores máximos recomendados para as flechas:
− Áreas de processo:
 Tubos com diâmetros de 80 mm e inferiores δ = 0,5 cm;
 Tubos com diâmetros superiores δ = 1,0 cm;
− No exterior de áreas de processo δ = 2,5 cm;
− Canalizações longas fora das instalações industriais δ = 3,5 cm.

39

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• Tabela - Vãos máximos Diâmetro


Espessura Tubos sem
Tubos isolados termicamente [m]
exterior
recomendados entre mm
mm isolamento Até 200ºC Até 300ºC Até 500ºC

suportes em [m] 33,40


3,91 3,6 3,4 3,2 3,0
6,35 4,2 4,0 3,6 3,4
5,08 4,2 4,0 3,8 3,6
48,26
7,14 4,8 4,6 4,4 4,0
3,91 5,0 4,6 4,2 3,8
60,33
5,54 5,4 5,0 4,6 4,2
5,49 6,0 5,6 5,4 5,0
88,9
7,62 6,4 6,0 5,6 5,2
6,02 7,0 6,6 6,4 6,0
114,3
8,56 7,4 7,0 6,6 6,2
7,11 8,0 7,6 7,4 7,0
168,22
10,97 8,4 8,0 7,8 7,4
8,18 9,0 8,4 8,0 7,6
219,08
12,70 9,4 9,0 8,8 8,4
9,27 10,0 9,4 9,0 8,6
273,05
12,70 10,6 10,0 9,6 9,2
10,0 10,8 10,2 9,8 9,4
323,85
12,5 11,6 11,0 10,6 10,2
10,0 11,4 10,8 10,2 9,8
355,00
12,5 12,2 11,6 11,0 10,6
10,0 12,0 11,2 10,6 10,0
406,40
12,5 12,8 12,0 11,4 10,8
10,0 12,6 11,4 10,8 10,2
457,0
12,5 13,4 12,8 12,0 11,4
10,0 13,2 12,2 11,4 10,8
508
12,5 14,0 13,0 12,2 11,6
10,0 14,0 12,8 11,8 11,0
610,00
12,5 14,8 13,6 12,6 11,8

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FLUIDOS

Cálculo do afastamento entre apoios


Problema 3.2
• Considere o sistema da figura com um tubo de 273 mm de diâmetro apoiado em
suportes afastados 10,5 m e um tubo de 54 mm de diâmetro com uma derivação,
apoiado em suportes intermédios fixados ao tubo de 273 mm.

41

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Cálculo do afastamento entre apoios


Problema 3.2 – Resolução
• Calcule a tensão provocada pelas cargas no tubo de 273 mm e a tensão longitudinal
combinada.
Dados:
− Peso do tubo de 273 mm cheio de água 1.089,0 N/m
− Peso do tubo de 54 mm cheio de água 92,2 N/m
− Peso da derivação válvula e acessórios s 520,0 N/m
− Sobrecarga adicional t 981N/m
− Pressão interna de projeto 4.700 kPa
− Vão entre suportes 10,5 m
− Espessura da parede do tubo de 273 mm = 9,3 mm
− Diâmetro exterior ]^ = 273,0 mm
− Material: aço carbono API-5L Gr.A
− Temperatura de projeto 315 ºC
− Momento resistente r] = 490×10-6 m3 42

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Problema 3.2 – Resolução
• Considera-se para facilidade de cálculo o peso do tubo de 54 mm como uma carga
distribuída, o que dá para o valor da carga distribuída total:
& 1.089 92,2 1.181,2 T/-
• A tensão devida às cargas é de:

q & 2 s t T ⁄- 2
10 rZ
10,5
q 1.181,2 10,5 2 520 981 T⁄-2
10 490 10wx
q 33.009.857 T⁄-2

q 33.010 LC( 34.500 LC( ∴ zL (Ver slide 37)


43

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Problema 3.2 – Resolução
• A norma ANSI B.31 estabelece que a soma das tensões longitudinais devidas ao
peso próprio do tubo e do líquido, à pressão interior e outras cargas permanentes,
com exceção das cargas secundárias, não deverá ultrapassar a tensão admissível a
quente (,- do material à temperatura de projeto, ou seja:
{ (,-

• Em que a tensão longitudinal devida à pressão interna :

"
4
4.700 273
" 34.492 LC(
4 9,3
q " 33.010 34.492 67.502 LC(

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Problema 3.2 – Resolução
• A tensão admissível (,- para tubos de aço carbono API-5L Gr.A, à temperatura de
315º 7 é de 85.000 LC( conforme a tabela da norma:

{ 67.502 LC( 85.000 LC(

45

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Cálculo do afastamento entre apoios


Problema 3.3
• Calcule o vão máximo entre suportes de uma canalização de água salgada com o
diâmetro exterior de 1.018 mm, construída em chapas de aço ASTM A-285 Gr.C,
com uma espessura de 9 mm.
• Os tubos estão revestidos interiormente por betão com uma espessura de 15 mm.
• Não existem esforços devidos à dilatação e a pressão de serviço é reduzida, pode
admitir-se que a tensão máxima devida às cargas é de σv = 98,1×103 kPa. A flecha
máxima admissível é de 2,5 cm.
• Outros dados:
− Massa do tubo vazio -^ = 236,5 kg/m
− Massa específica do revestimento de betão = 2.000 kg/m3
− Massa específica da água salgada |} = 1.030 kg/m3
− Módulo de elasticidade do aço % = 19,62×10 7 kN/m2
− Momento de inércia da seção transversal = 362×10 m4
-5
46
− Momento resistente r] = 7,11×10-3 m3

46

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Cálculo do afastamento entre apoios


Problema 3.3 – Resolução
• Cálculo da carga distribuída total: q = peso do (tubo + revestimento + água salgada)
• A massa do revestimento interior do tubo com 15 mm de espessura é de:
~ • • $1.018 – 2 0,009+ - 0,015 - 1,0 -
0,0471 -3
- ~ 0,0471 2.000 94,2 L•/-
• A massa da água salgada determina-se por: ~ ‚
• 2
~
4
ƒ o,m„…
1.018 U 2 0,015 0,009 -⇒ ~ 1,0 0,7386 -3
p
-†a 0,7386 -3 1.030 L•⁄-3 760,8 L•⁄-
-[‡[." 236,5 94,2 760,8 1.091,5 L•⁄-
1.091,5 L•⁄- 9,81 -⁄-2 47
& 10,7 LT⁄-
1.000
47

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Cálculo do afastamento entre apoios


Problema 3.3 – Resolução
• Considerando unicamente as cargas distribuídas, determina-se o vão
máximo admissível para a tensão de segurança não ser ultrapassada, por:

10 q rZ \o mn,\ \o‰ „,\\ \o‰


⇒ 25,5 -
& \o,„

• Calculo do vão relativamente à flecha máxima:


ˆ v % ˆ o,o2l \m,x2 \oŠ 3x2 \o‹Œ
6.000 & ⇒ 22,9 -
o,oox \o,„

• O vão máximo admissível para as condições de carga de projeto é da


ordem dos 23,0 m.
48

48

24
5/23/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Portaria Nº390/94
• A Portaria Nº390/94 (17 de Junho) estabelece as condições técnicas gerais
a que devem obedecer o projeto, construção, exploração e a manutenção
de gasodutos de transporte de gases combustíveis para pressões de
serviço superiores a 4 bar:
− Diâmetro das tubagens: diâmetro igual ou superior a 100 mm (NP-
1641);
− Temperatura do gás transportado: não deverá exceder 120 °C;
− Processo de fabricação : Aço vazado pré-desoxigenado podendo ser
sem ou com costura longitudinal ou helicoidal;
− O fabricante dos tubos deve fazer acompanhar cada lote de um
certificado de fabrico.

49

49

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Portaria Nº390/94
− Pressão ou espessura de cálculo:

p = 20 × E ×e × F ou e= p× D
D 20 × E × F
Sendo:
Pressão de cálculo [bar] ;
Espessura de cálculo [mm];
Diâmetro exterior do tubo [mm];
% Limite elástico do material [N/mm2];
• Fator de segurança correspondente à categoria do local de implantação
das tubagens (Artº 29 da referida Portaria).

50

50

25
5/23/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Portaria Nº390/94
• Termoplásticos
− O dimensionamento destes tubos, sujeitos à pressão interna, é feita,
de acordo com critérios de resistência, de acordo, normalmente, com
a seguinte fórmula:
^
20 ./0
Sendo:
^ Espessura da parede [mm];
20 Constante;
Diâmetro exterior do tubo [mm];
Pressão admissível de operação [bar e a 20 °C];
2
(,- Tensão admissível circunferencial, com coeficiente de segurança [T/-- ]
Exemplos: PVC-U : (,- 10 T/--2
PP e PE – HD : (,- 5 T/--2
PVDF : (,- 16 T/--2 51

51

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluídos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

52

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

52

26
29/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

1
Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Normas e Códigos de Projeto,


Construção e Certificação

Aula 31

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
nhenriques@dem.isel.ipl.pt
2
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Normas e Códigos de Projeto e Construção


2. Normas e Códigos de Materiais
3. Inspeção e Certificação
4. Exemplo de legislação aplicável às instalações de
gás combustível

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REDES DE FLUIDOS

Normas e Códigos
• As principais normas e códigos usados em projectos
de tubagens sob pressão são normalmente de origem
alemã e norte americana, abrangem:
− Especificações de materiais;
− Dimensões;
− Processos de fabricação;
− Ensaios;
− Procedimentos de projeto/cálculo;
− Fabricação e montagem para o conjunto da
tubagem.
4

2
29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Principais normas e códigos americanos


• No projeto de piping industrial é – API (American Petroleum
predominante o uso das normas Institute), referentes a:
americanas e dentro delas  Tubos;
destacam-se as seguintes:  Válvulas;
– ASTM (American Society for  Bombas,
Testing and Materials), cobrindo  Compressores,
especificações para materiais
dos diferentes componentes de  Tanques de armazenagem, etc.
um sistema: – Definindo:
 Tubagem;  Cálculos;

 Válvulas;  Materiais;
 Processos de fabricação;
 Acessórios, etc.
 Ensaios;
 Tipos; 5
 Dimensões e utilização.

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REDES DE FLUIDOS

Principais normas e códigos americanos


– ANSI (American National – ASME (American Society of
Standard Institute), com Mechanical Engineering),
especificações de: Código usado para tubagem sob
pressão que inclui prescrições e
 Tipos; requisitos a satisfazer no
 Dimensões; projeto:
 Classes de pressão;  Cálculo das espessuras e de
flexibilidade;
 Materiais;
 Cálculo de componentes
 Roscas; especiais;
 Processos de fabricação, etc.  Seleção e limitações no
emprego de materiais;
– Sobre:  Meios de ligação e de
• Tubos; acessórios;
 Tensões admissíveis;
• Válvulas e acessórios.
 Fabricação;
– Passou a fazer parte das normas  Montagem; 6
ASME.  Testes e inspeção.

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Principais normas e códigos americanos


• O Código ASME B31, é um código • A principal diferença entre os dois
de Projeto e Construção usado na códigos é que o ASME B31.1
maioria dos projetos industriais, e aplica-se a equipamentos e
está subdividido em várias tubagem em que pode haver
secções, das quais se referem mudanças de estado da matéria e
como exemplo as seguintes: o ASME B31.3 alem disso
‒ ASME B31.1 (Power Piping): considera o perigo de explosão.
tubagens em instalações
industriais de geração de vapor e
energia elétrica.
‒ ASME B31.3 (Process Piping):
tubagens em indústrias de
processo (refinarias, terminais
petrolíferos, petroquímicas,
químicas, papel, etc.).
7

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REDES DE FLUIDOS

Principais normas e códigos americanos


• Outras secções Código ASME B31, • Basicamente estes dois códigos
aplicáveis a oleodutos e gasodutos, aplicam-se ao projeto e construção
são: de tubagens que percorrem grandes
distâncias entre instalações
– ASME B31.4 (Pipeline Transportation produtoras e distribuidoras, e
Systems for Liquid Hydrocarbons and consumidores finais, que se
other Liquids): desenvolvem em zonas de acesso
 Aplicável em tubagens de geral do público, com trajetos
transporte de produtos petrolíferos normalmente enterrados para
a longa distância, que predomina, proteção adicional;
entre refinarias e terminais.
• Os coeficientes de segurança são
– ASME B.31.8 (Gas Transportation and maiores que nos casos anteriores e
Distribution Piping Systems): dependem do grau de ocupação
humana das zonas que atravessam,
 Tubagens para transporte e
distribuição de gases em zonas de sendo tanto maiores quanto maior a
acesso geral. probabilidade de acidentes, sendo
que a maioria é causado por terceiros;8

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Principais normas e códigos americanos


• As tubagens abrangidas por estes
códigos são normalmente
autorizadas ou concessionadas
pelos estados que atravessam,
com a constituição de direitos de
passagem e zonas de proteção;
• De notar que o transporte em
“pipelines” de petróleo, produtos
refinados e gás natural é quase
sempre o método mais eficiente e
seguro para transportar grandes
quantidades de energia em
grandes distâncias.

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REDES DE FLUIDOS

Normas e códigos de projeto e ISO International Organization for


construção europeus Standardization
• A maior parte dos códigos europeus de • Para tentar harmonizar as normas
projeto e construção derivam dos códigos europeias, americanas e de outros países,
americanos equivalentes, tendo sido formou-se a ISO International Organization
muitos deles adaptados antes da for Standardization, que tem conseguido
formação da União Europeia; impor alguns tipos de normas, mais pela
• Por tal motivo sofreram um processo de sua aceitação pela indústria do que pela
harmonização em normas europeias EN sua transposição para a legislação.;
com um período de transposição para as
respetivas legislações nacionais após • Por exemplo a norma europeia para redes
aceitação da recomendação de norma de gás natural é de origem inglesa (British
redigida por uma comissão especializada; Standard) BS EN 1594 - Gas Supply Systems,
• A designação final de cada país será, por e ainda não foi traduzida para português.
exemplo para Portugal NP EN designação
utilizada mais recentemente para as
versões portuguesas das normas
europeias (p.ex.: a NP EN 286 –1, para
Recipientes sob pressão para uso geral, ou
10
Norma Portuguesa NP EN 10208 para
tubos).
10

5
29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Normas Europeias e Portuguesas de Tubos


• Em Portugal, as especificações de − No caso dos aços inox é
diâmetros e espessuras de tubos frequente, principalmente na
de aço, assentam indústria papeleira, a utilização
das normas Suecas (a Suécia é
fundamentalmente nas normas:
um grande fabricante deste tipo
− Americanas (ANSI B36.10 para
de aços).
tubos de aço carbono e aços de
baixa liga, ANSI B36.19 para tubos
de aço inoxidáveis);
− Alemãs (DIN 2448 e 2458 para
tubos de aço sem e com costura,
respetivamente, de acordo com as
normas DIN 1629 ou DIN 17175
para os materiais);
− Norma Portuguesa NP EN 10208;

11

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Principais disposições dos CÓDIGOS DE PROJECTO


• Em geral as principais definições  Projetista
de um código, são: • O projetista é responsável perante
– Entidades intervenientes o proprietário de que o projeto da
engenharia da tubagem cumpra as
 Proprietário
exigências do código e as exigências
• O proprietário será responsável
adicionais estabelecidas pelo
pela conformidade com o código,
e por estabelecer os requisitos proprietário.
de projeto, construção,  O fabricante, construtor e instalador
fiscalização, inspeção e testes • O fabricante, o construtor e o instalador
para essa conformidade; da tubagem são responsáveis para
• O proprietário deve especificar a fornecer materiais, componentes e
tubagem em determinados instalação em conformidade com as
serviços de fluidos e determinar
exigências do código e do projeto da
o sistema de qualidade
específico que deve ser engenharia.
aplicado.
12

12

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Principais disposições dos CÓDIGOS DE PROJECTO


– Entidades intervenientes (cont.) – Aplicação de Códigos
 O Inspetor
 Os códigos prescrevem:
• O Inspetor é a entidade terceira
responsável perante • As exigências para materiais e
o proprietário para verificar as
exigências do código na componentes;
inspeção, na fiscalização, nos • Projeto;
testes não destrutivos e na
certificação final de • Produção em fabrica;
conformidade da instalação com
o projeto, a legislação e os • Pré fabricação;
códigos aplicáveis;
• Se for especificado pelo • Montagem;
proprietário um sistema de
• Ensaios não destrutivos;
qualidade a ser aplicado, o
inspetor é responsável por • Inspeção e testes da tubagem.
verificar que está a ser utilizado.
13

13

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REDES DE FLUIDOS

Principais disposições dos CÓDIGOS DE PROJECTO


• Os códigos aplicam-se a tubagens • As caldeiras de geração de vapor,
para todos os fluidos, incluindo: devem cumprir o “Boiler and
Pressure Vessel Code section 1”
− Petróleo bruto;
− As tubagens de vapor nas centrais
− Produtos de petróleo térmicas devem respeitar códigos
intermédios e refinados; próprios bem como as tubagens
constituintes de:
− Produtos químicos;  Fornalhas;
− Gases;  Interiores de reservatórios de
pressão;
− Vapor, ar e água;  Bombas;
 Compressores;
− Sólidos fluidizados;
 Outros equipamentos com códigos
− Líquidos refrigerantes; específicos.

− Líquidos criogénicos. • Todas as Normas estabelecem os


respetivos critérios e condições de
14
cálculo.
14

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Principais disposições dos CÓDIGOS DE PROJECTO


• Em geral as principais definições – Critérios de Projeto:
de um código, são:  Tensões admissíveis e outros
critérios gerais do projeto;
– Principais requisitos definidos
 Temperatura do projeto;
pelos Códigos
 Pressão do projeto;
 Condições e Critérios de
 Efeitos Dinâmicos (vento, sismos,
Projeto:
vibrações induzidas por motores,
• Qualificações da entidade etc.);
projetista;
 Efeitos do Peso;
• Critérios de Projeto;
 Efeitos da expansão e contração
• Cálculos; térmica.
• Efeitos de fadiga devida a – Cálculos:
esforços cíclicos;
 Dos suportes;
• Efeitos climáticos.
 Ancoramentos;
 Dos movimentos das ligações ao
15
equipamento.

15

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REDES DE FLUIDOS

Principais disposições dos CÓDIGOS DE PROJECTO


– Principais requisitos definidos  Critérios de serviço para ligações
pelos Códigos (cont.) de tubagem
• Soldadura;
 Cálculo dos Componentes de
• Juntas roscadas;
Tubagem à Pressão
• Ligações não metálicas.
• Tubos;
 Flexibilidade e suportes de
• Curvas; tubagem
• Tês e Derivações;  Segurança das instalações que
• Flanges; etc. envolvam tubagem
 Critérios de serviço para • Sistemas de alívio ou limitação de
componentes de tubagem pressão;
• Formas e faces de flanges; • Instrumentação;
• Manobras e procedimentos em
• Pernos roscados e porcas;
caso de acidente;
• Válvulas; • Proteção contra o fogo;
• Ligações de Equipamentos. • Proteção contra fugas;
16
• Procedimentos para manutenção
e reparações.
16

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Principais disposições dos CÓDIGOS DE PROJECTO


– Principais requisitos definidos • Dimensões e ratings de
componentes;
pelos Códigos (cont.)
• Tolerâncias dimensionais.
 Projeto:
 Construção:
• Materiais e especificações:
‒ Tensões admissíveis;
• Qualificação de métodos de
soldadura e soldadores;
‒ Limites de aplicação de
temperatura. • Tratamentos térmicos;
• Coeficientes de flexibilidade e • Inspeção radiográfica,
de intensificação de tensões; ultrassónica e avaliação de
• Efeitos de regimes cíclicos e defeitos típicos;
fadiga. • Testes hidráulicos e de fugas;
 Fabrico: • Registo de teste e certificação.
• Métodos de teste de resistência
ao impacto;
• Materiais auxiliares de ligações
e soldaduras;
• Aceitação de peças forjadas, 17
vazadas, soldadas, etc;

17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

ASME 31.3

18

18

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REDES DE FLUIDOS

Normas, Códigos de Fabrico e Inspecção

19

19

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Normas e Códigos Dimensionais Diâmetro exterior


(mm)
Diâmetro
Nominal (DIN)
Diâmetro
(ANSI)
Nominal

Diâmetros e Espessuras 10.2 6 1/8"

• Entre as normas ANSI e as DIN, estabelece- 13.5 8 1/4"

se na prática a seguinte relação, para os 17.2 10 3/8"


21.3 15 1/2"
diâmetros mais correntes, entre os 26.9 20 3/4"
diâmetros nominais e os diâmetros 33.7 25 1"
exteriores das tubagens 42.4 32 1 1/4"
48.3 40 1 1/2"

• A norma ANSI B36.10 aplica-se a tubagem 60.3 50 2


76.1 65 2 1/2"
1/8" a 36". A ANSI B36.19 de 1/8" até 12". 88.9 80 3"
114.3 100 4"
• A norma Portuguesa NP EN 10208.2 139.7 125 5"

estabelece, entre outros aspetos 168.3 150 6"

relevantes, os valores preferenciais dos 219.1 200 8"


273 250 10"
diâmetros exteriores e das espessuras.
323.9 300 12"
355.6 350 14"
• Os diâmetros nominais 32 (1 ¼”), 65 (2 ½”), 406.4 400 16"

125 (5”) e 450 (18”) tendem a cair em 457.2 450 18" 20

desuso. 508 500 20"

20

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

"Schedule"
• Nas normas Americanas é frequente a utilização da designação,
"Schedule" para definir aproximadamente uma espessura para um
dado diâmetro nominal. Para vários diâmetros de tubos, o mesmo
número de "Schedule", corresponde a espessuras bem
determinadas;

• Este número é obtido aproximadamente pela seguinte expressão:


1000 p
Sch = p - pressão interior na tubagem (psi)
S S - tensão admissível do material (psi)

• Existem os seguintes Schedule Number: 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100,
120, 140, 160;
• Em tubagens de aço inox o Schedule é seguido da letra S, por ex.:
Sch 10S, 20S, etc. 21

21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

"Schedule"
• Por razões de resistência estrutural das tubagens, redução do
número de suportes por aumento de vãos, aumento de
resistência à corrosão, etc. é vulgar adotar-se, na prática as
seguintes espessuras mínimas, independentemente do valor
da pressão, para os seguintes diâmetros nominais:
φ ≤ 1 1/2" Série 80
2" < φ <12" Série 40
φ > 14" Série 3/8" (9 mm)
• Nas normas DIN a cada diâmetro exterior corresponderá uma
espessura Standard;
• Contudo, por encomenda, de acordo com esta norma, estarão
disponíveis outras espessuras. 22

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exemplo de legislação aplicável às instalações


de gás combustível
• Decreto Lei n.º 232/90 de 16 de • Portaria n.º 376/94 de 14 de
Julho Julho
− Estabelece os princípios a que deve − Regulamento técnico relativo à
obedecer o projeto, a construção, a instalação, exploração e ensaio dos
exploração e a manutenção do postos de redução de pressão a
sistema de abastecimento dos gases instalar nos gasodutos de transporte
combustíveis canalizados. e nas redes de distribuição de gases
• Decreto Lei n.º 7/2000 de 03 de combustíveis.
Fevereiro. • Portaria n.º 361/98 de 26 de
− Estabelece os princípios a que deve Junho
obedecer o projeto, a construção, a
exploração e a manutenção do − Regulamento técnico relativo ao
sistema de abastecimento de gás projeto, construção, exploração
natural. e manutenção das instalações
− Altera a redação do Dec. Lei n.º de gás combustível canalizado
232/90 de 16 de Julho. em edifícios. 23

23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Exemplo de legislação aplicável às instalações


de gás combustível
• Portaria n.º 386/94 de 16 de
Junho
− Regulamento técnico relativo ao
projeto, construção, exploração e
manutenção de redes de
distribuição de gases combustíveis.
• Portaria n.º 142/2011 de 6 de
Abril
− Regulamento da Rede Nacional de
Transporte de Gás Natural.

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Normalização
• Apresenta-se a seguir uma lista das − ISO 65 Carbon steel tubes suitable for
normas mais frequentes utilizadas screwing in accordance with ISO 7.1
em Portugal, para Redes de Fluidos: − ISO 161.1 Thermoplastics pipes for
the transports of fluids.
− NP 182 Identificação de Fluidos:  Part 1 Nominal outside diameters and
nominal pressures.
 Cores e sinais para canalizações.
− ISO 1167 Plastics pipes for the
− EN 10208 Steel pipes for pipelines for transport of fluids. Determination of
combustible fluids: the resistance to internal pressure.
− ISO 4065 Thermoplastic pipes -
 Technical delivery conditions Universal wall thickness table.
− EN 496 Plastics piping systems: ‒ ISO 1872 Polyethylene
thermoplastics materials Designation
 Plastics pipes and fittings -
Measurements of dimensions and ‒ ISO 3126 Plastics pipes:
visual inspection of surfaces.
 Measurement of dimensions.
− ISO 7.1 Pipe threads where pressure
tight joints are made on the threads. ‒ ISO 3607 Polyethylene (PE) pipes:
 Part 1 - dimensions, tolerances and  25
Tolerances on outside diameters and
designation. wall thicknesses.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Normalização
‒ ISO 4065 Thermoplastic pipes:
 Universal wall thickness table.
‒ ISO 4437 Buried polyethylene (PE)
pipes for the supply of gaseous fuels
Metric series:
 Specification.
‒ EN 751 Sealing materials for metallic
threads joints in contact with 1st, 2nd
and 3rd family gases and hot water:
‒ EN 1057 Copper and copper alloys -
Seamless, round copper tubes for
water and gas in sanitary and heating
applications.

26

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


• Os processos de fabrico de tubos metálicos, são mais
importantes os seguintes:
– O fator de perigosidade do fluido que determina a seleção
do tubo com ou sem costura, devendo-se ter sempre em
atenção o fator custo.
 Fluidos correntes tais como:
• Fuelóleo;
• Condensados;
• Vapor de baixa pressão;
• Ar;
• Águas de incêndio. 28

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


• Os processos de fabrico de tubos metálicos, são mais
importantes os seguintes:
 Fluidos correntes tais como (cont.):
• Industriais;
• de arrefecimento;
• azoto, etc..
− É vulgar especificarem-se tubos com costura para diâmetros a
partir de 100 mm (4“);
− Para vapor de alta pressão (> 50 barg > 430 ºC) utilizar tubos sem
costura para todos os diâmetros;
− Para serviços com hidrogénio, aminas e ácido sulfídrico, não são
admissíveis tubos com costura devido à possibilidade de
ocorrência de fenómenos de corrosão intersticial. 29

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


• Os processos de fabrico de tubos metálicos, são mais
importantes os seguintes:

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


• Os processos de fabrico de tubos metálicos, são mais
importantes os seguintes:
− Sem costura (Seamless pipe)
 Laminagem (rolling);
 Extrusão (extrusion);
 Fundição (casting).

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


• Os processos de fabrico de tubos metálicos, são mais
importantes os seguintes:
− Laminagem (rolling)

 É o processo mais aplicado no fabrico de tubos de aço sem costura, tais


como os de aço carbono, aço liga e aço inoxidável com diâmetros desde
80 mm até 650 mm.

 Entre os diferentes processos utilizados, distingue-se o Mannesmann


que consiste nas operações que se apresentam:

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


 Laminagem (rolling)
1. Um lingote de aço com uma temperatura de 2. O laminador oblíquo formado por dois rolos
aproximadamente 1.200º C e um diâmetro bicónicos, cujos eixos complanares fazem
da ordem do tubo que se pretende fabricar é entre si um determinado ângulo. O lingote é
introduzido no laminador oblíquo. comprimido ao mesmo tempo que lhe é
comunicado um movimento de translação e
rotação helicoidal. O avanço do lingote dá-
se contra um mandril cónico fixado na
extremidade de um veio, que o posiciona
entre os dois rolos, que abre um furo no
centro do lingote e torna a superfície interior
recém-formada lisa.

33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


 Laminagem (rolling)
3. O tubo formado no primeiro laminador 4. Após estas operações o tubo encontra-se
oblíquo tem as paredes muito espessas e bastante empenado, pelo que o processo de
com o material ainda quente, entra num fabrico continua em laminadores
segundo laminador oblíquo que possui um retificadores de rolos.
mandril de maior diâmetro, aonde as
paredes do tubo são afinadas, com um Nesses laminadores o tubo sofre uma série
aumento do comprimento do tubo e um de processos para calibragem e retificação
ajuste do diâmetro exterior. dos diâmetros interior e exterior.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


 Extrusão
− Este processo de fabrico tem
início com a colocação de um
bloco cilíndrico, maciço, do
material no estado pastoso,
num recipiente de aço por
debaixo de uma prensa, que
em poucos segundos, numa
única operação que
compreende quatro fases
forma o tubo. Fabricam-se pelo
processo de extrusão tubos de
aço de diâmetro inferior a 80
mm, alumínio, o latão e outros
materiais não ferrosos, assim
como tubos de plástico.
− O êmbolo da prensa que tem o mesmo diâmetro do bloco, encosta-se a este. O mandril acionado pela
pensa penetra no centro do cilindro de material. O êmbolo pressiona o material no estado pastoso
35
obrigando-o a atravessar o orifício de uma matriz calibrada, formando o tubo.

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REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


 Fundição
− Processo de fabrico de tubos e acessórios de ferro fundido nodular ou dúctil

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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


 Fundição – Alto forno
− Este processo de fabrico tem início com a
colocação de um bloco cilíndrico, maciço, do
material no estado pastoso, num recipiente
de aço por debaixo de uma prensa, que em
poucos segundos, numa única operação que
compreende quatro fases forma o tubo.
Fabricam-se pelo processo de extrusão tubos
de aço de diâmetro inferior a 80 mm,
alumínio, o latão e outros materiais não
ferrosos, assim como tubos de plástico.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


 Fundição – Vazamento
 Vazamento de metal fundido em
molde
Fabricam-se por este processo,
tubos de ferro fundido cinzento
e nodular, aços especiais não
forjáveis, vidro, borrachas, etc.
O material do tubo no estado
fundido é vazado em moldes
aonde se solidifica.

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


• Os processos de fabrico de tubos metálicos, são mais
importantes os seguintes:
− Centrifugação
 A centrifugação é um processo de fabrico
dos tubos de ferro fundido dúctil e de
betão, em que o material no estado
líquido é introduzido por um braço móvel
num molde que se encontra a rodar a
grande velocidade, que provoca a
centrifugação do material, colando-o às
paredes.
 Assim têm uma textura homogénea e
paredes de espessura uniforme.
 O processo mais conhecido é o Pont-à-
Mousson. 39

39

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REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


• Os processos de fabrico de tubos metálicos, são mais
importantes os seguintes:
− Centrifugação
Os tubos sofrem um tratamento
térmico numa estufa a uma temperatura
da ordem de 950º C, com uma duração
compreendida entre 20 e 40 minutos,
destinada a eliminar qualquer cementite
e transformar qualquer perlite existente,
em grafite e ferrite, de forma a melhorar
as propriedades mecânicas do material.

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


• Os processos de fabrico de tubos metálicos, são mais
importantes os seguintes:
− Com costura longitudinal / helicoidal (Welded pipe)
− Com adição de metal do eléctrodo:
 Arco submerso ( SAW-submerged arc welding);
 Com proteção de gás inerte (inert gas welding).
– Sem adição de metal do elétrodo:
 Resistência elétrica (ERW–electric resistance welding)

(normalmente para tubos com DN ≤ 500) 41

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REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


 Revestimentos interiores

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REDES DE FLUIDOS

Processos de Fabrico de Tubos Metálicos


 Revestimentos exteriores

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REDES DE FLUIDOS

Extrato de tabela de tubos

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REDES DE FLUIDOS

CERTIFICADOS DE MATERIAIS

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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Certificados de Ensaios
• Todos os cálculos de equipamentos • Generalidades sobre a norma NP EN
ou tubagens são realizados com base 10204 (transcrições):
nas características mecânicas dos − Para confirmação dos resultados dos
materiais a utilizar, definidos nas ensaios efectuados em materiais,
respetivas Normas; peças e elementos construtivos
recorre-se aos Certificados de Ensaio
• Na altura da aquisição dos materiais
de materiais.
torna-se importante procurar garantir
• O tipo de Certificados a apresentar
que as características dos materiais
deverá ser especificado no processo
estão conformes os requisitos de
de consulta ao mercado;
cálculo;
• Com este objetivo as diferentes • É condição prévia para a emissão do
Normas estabelecem Protocolos de Certificado de Ensaio de materiais,
Receção de Materiais; que os equipamentos utilizados para
os ensaios, satisfaçam as condições
• Entre nós tem sido muito comum a
impostas pelas normas aplicáveis.
norma DIN 50049, substituída pela
norma Portuguesa NP EN 10204
(produtos metálicos). 47

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Inspeção não específica


• Inspeção efetuada pelo fabricante A. Documentos de inspeção
segundo os seus próprios estabelecidos com base em
procedimentos, com o fim de inspecções e ensaios realizados por
determinar se os produtos pessoal mandatado pelo produtor e
resultantes do mesmo processo de podendo pertencer aos serviços de
produção satisfazem as exigências fabricação;
da encomenda; B. Documentos de inspeção
• Os produtos inspecionados e estabelecidos com base em
ensaiados não são necessariamente inspecções e ensaios realizados ou
os produtos que vão ser supervisionados por pessoal
efetivamente fornecidos; mandatado, hierarquicamente
• Inspeção efetuada antes do independente dos serviços de
fornecimento e segundo as fabricação e baseados em ensaios
especificações técnicas da específicos;
encomenda, sobre os produtos a C. Documentos de inspeção a fornecer
fornecer ou sobre lotes de ensaio por um transformador ou por um
(do qual o produto a fornecer faz intermediário;
parte), com o fim de verificar se
D. Validação dos documentos de
estes produtos correspondem às
inspeção. 48
especificações da encomenda.

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

E. Compilação dos documentos de inspeção


Designação Certificado Tipo de Conteúdo do Condições de fornecimento Certificado validado por
convencional inspecção certificado
normalizada

Certificado de Sem menção de Produtor


2.1 conformidade com a resultados de
encomenda ensaios

Relatório de ensaio Não especifico Com menção de Segundo especificações da


2.2 resultados de encomenda e, se for o caso,
ensaios da igualmente segundo
inspecção não regulamentos oficiais e regras
especifica técnicas correspondentes

Relatório de ensaio Especifico Com menção de


2.3 especifico resultados de
ensaios da
Certificado de inspecção Segundo regulamentos oficiais e Inspector designado pelos
3.1.A inspecção «3.1.A» especifica regras técnicas correspondentes regulamentos oficias

Certificado de Segundo as especificações da Representante mandatado do


3.1.B inspecção «3.1.B» encomenda e, se for o caso, produtor, hierarquicamente
segundo os regulamentos oficiais independente dos serviços de
e as regras técnicas fabricação
correspondentes

Certificado de Segundo as especificações da Representante mandatado do


3.1.C inspecção «3.1.C» encomenda comprador

Certificado de Representante mandatado do


3.2 inspecção «3.2.» produtor hierarquicamente
(relatório de inspecção) independente dos serviços de
fabricação e representante
mandatado do comprador

No caso de tubagem, válvulas e acessórios é habitual pedir-se o certificado de material


49
EN10204-3.1B. E para alta pressão 3.1C

49

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

50

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

50

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29/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Instrumentação de Redes de Fluidos

Aula 32

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Seção de Energia e Controlo de Sistemas
nhenriques@dem.isel.ipl.pt
2
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Controlo e Instrumentação
2. Terminologia e definições
3. Cadeias de controlo
4. Código de identificação dos instrumentos

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REDES DE FLUIDOS

CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO
• Em todos os processos industriais e redes públicas
de distribuição de fluidos tais como:
– Distribuição de: – Alimentares;
 Água Potável; – Centrais térmicas.
 Gás;
 Frio e Calor;
– Redes de Hospitais;
– Estabelecimentos de saúde;
– Farmacêuticas;
– Petróleos;
– Petroquímicas;
– Metalúrgicas;
4
– Pasta de papel;

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO
• É necessário controlar ou manter constantes alguns
parâmetros dos fluidos, como:
− Caudal; − Condutividade;
− Temperatura; − Concentrações;
− Pressão; − Cloro residual;
− Energia; − Turbidez;
− pH; − Etc.

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REDES DE FLUIDOS

CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO
• Controlar o processo de modo a obter
características funcionais como:
– Composição química; – Transparência;
– Mistura; – Salinidade;
– Pureza; – Acidez, etc.
– Viscosidade;

• O aumento de produtividade e a competitividade


da indústria tem conduzido à utilização intensiva de
instrumentos de medida e controlo.
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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Operação
• A operação de uma rede de transporte e distribuição
de um fluido pode ser assegurada por:
– Elementos humanos;
– Elementos humanos apoiados em sistemas automáticos;
– Por sistemas automáticos simples.
• Na última solução, na maioria das situações, é
sempre possível eliminar voluntariamente o controlo
automático e passá-lo a manual.

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REDES DE FLUIDOS

Condução
• A condução de uma rede de fluidos, ou de uma instalação
industrial, não pode ser assegurada sem se realizarem três
operações fundamentais:
– Aquisição de informação sobre o estado de funcionamento da rede;
– Tratamento da informação e elaboração de ordens de comando;
– Execução de ordens de comando.
• A aquisição da informação sobre o estado das instalações e
sobre a evolução de determinadas grandezas características é
assegurada por sensores (captores).

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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Condução
• O tratamento das informações consiste em elaborar ordens de comando
em função de regras de conduta preestabelecidas, por:
– Operadores;
– Controladores;
– Autómatos programáveis;
– Computadores.
• As ordens de comando são transmitidas aos órgãos comandados para
serem executadas.
• A execução das ordens é assegurada por órgãos de manobra (terminais
de controlo) tais como:
− Atuadores de válvulas;
− Reguladores de capacidade;
− Variadores de velocidade de rotação;
9
− Motores elétricos e órgãos associados, etc.

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REDES DE FLUIDOS

SENSORES
• Os sensores captam os deslocamentos dos acionadores ou o
resultado das suas ações sobre o processo, fornecem as
informações de retorno necessárias para a condução de um
processo.
• Eles detetam e medem as variáveis controladas tais como:
– Pressão; − Velocidade;
– Temperatura; − Teor de cloro;
− Potencial redox.
– Caudal;
– Posição;
– pH;
– Oxigénio dissolvido;
– Humidade;
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

SENSORES
• Têm como finalidade transformar uma grandeza física a
medir ou controlar, numa outra grandeza física acessível ao
homem, ou aos diversos aparelhos constituintes de um
automatismo, para transmissão à distância ou cálculo.
• Os sensores são constituídos por:
− Uma entrada em que é aplicada a grandeza a medir;
− Uma saída que fornece a informação pretendida do valor
da grandeza medida. Esta informação é materializada por
um suporte chamado sinal.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

SENSORES
Grandeza Saída
SENSOR
Medida
Informação sobre a
medida da grandeza

Eventual alimentação de energia

• Sinais de Saída
– Os sinais de saída dos detetores são em geral
materializados pelo estado de contactos, que podem ser
simples ou inversores, normalmente livres de potencial.
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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

• Os sinais de saída de sensores analógicos são materializados


por uma grandeza física que deverá permitir:
– A visualização da medida com aparelhos indicadores ou registadores
que devem ser robustos e precisos;
– A transmissão à distância da informação;
– Tratamento automático da informação por processamento de cálculo.

• Os sinais de saída são do tipo:

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

SENSORES
• Sinais em tensão contínua
– Os captores com sinais em tensão contínua são simples e
económicos, não necessitando de condicionador de sinal;
– Não se adaptam para a transmissão da informação a
grandes distâncias, devido às quedas de tensão em linha;
– O sinal é influenciado pela variação da resistência da carga
e é facilmente perturbado por parasitas.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

SENSORES
• Sinais em corrente contínua
– A corrente contínua é o sinal analógico por excelência;
– É muito utilizada na regulação automática na indústria;
– São sinais particularmente adaptados à transmissão de
medidas, sobre linhas dedicadas;
– Para a transmissão podem utilizar-se cabos de linhas
telefónicas;
– Os sinais de saída poderão ser independentes da variação
da resistência de carga;
– Os sensores com saída analógica são mais dispendiosos
que os de saída em tensão. 15

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Transmissores pneumáticos
• Os sinais pneumáticos (ar comprimido) são os mais antigos e
têm uma distância máxima de transmissão reduzida;
• Os transmissores pneumáticos geram um sinal pneumático
variável de 3 a 15 psi para o campo da medida de 0-100 % da
variável;
• Este sinal foi adotado pelos fabricantes dos primeiros
transmissores e controladores pneumáticos, sendo o zero
representado por 3 psi para possibilitar a deteção de fugas.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Transmissores eletrónico
• Os transmissores eletrónicos geram uma corrente contínua de
4-20 miliamperes;
• A relação de 4 a 20 miliamperes CC é de 1 para 5, a mesma do
que 3 a 15 psi no sinal pneumático;
• O nível mínimo de 4 miliamperes é utilizado para representar
o valor 0, tem a vantagem de não se confundir com o circuito
desligado, permitindo alarmes de falha de transmissão;
• Os sinais eletrónicos analógicos são transmitidos a distâncias
compreendidas entre 100 a 300 metros;
• Os sinais eletrónicos digitais atingem alguns km, e podem
recorrer a amplificadores para aumentar a distância de 17
transmissão.
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REDES DE FLUIDOS

Transmissores por fibra ótica


• Os sinais óticos, através de fibras óticas, atingem até centenas
de km;
• As fibras óticas são utilizadas para grandes distâncias e
quando há possibilidade de interferências, como campos
magnéticos intensos ou outros;
• Implicam tecnologia mais avançada, com microprocessadores
digitais e conversores eletro-óticos;
• Permitem transmitir elevado número de sinais
simultaneamente, comunicando por modems e portas RS232.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Transmissores “inteligentes”
• Atualmente utilizam-se cada vez mais os transmissores dito
“inteligentes” (Smart transmitters) que:
− Transmitem o sinal, com recurso a um microprocessador;
− Incluem a data, hora na transmissão;
− Eventualmente o arquivo de dados periódico;
− Fazem o autodiagnóstico do equipamento;
− Transmitem alarmes;
− Podem fazer a autocalibração.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Escolha de um sensor
• A escolha de um sensor resulta de um compromisso entre o
seu preço e as suas características.
• É necessário definir-se:
– Campo de medida (valor mínimo e valor máximo da escala);
– Domínio das condições de funcionamento:
• Temperatura ambiente;
• Humidade relativa;
• Características da fonte de alimentação;
• Tipo de sinal pretendido;
• Ambiente de instalação (grau de corrosão da atmosfera, de proteção).
– Precisão pretendida.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Tipos de sensores usuais em redes de


distribuição de fluidos
• Existe uma gama muito extensa de sensores quer no que se
refere:
– Às grandezas a medir;
– No que diz respeito ao seu princípio de funcionamento.
• Pelo que é impossível elaborar uma lista exaustiva;
• Contudo podemos referir alguns dos mais correntes.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores contínuos e Medição de caudal


detetores de nível
• Flutuador com contra peso • Medidores de turbina
• Sondas do tipo boia de • Medidores Woltmann
plástico • Eletromagnéticos
• Capacitivos • Ultrassónicos
• Condutivos • Seção variável
• Ultra sons • Massa pelo princípio de
• Raios gama Coriolis
• Sondas piezoresistivas • Pressão diferencial

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REDES DE FLUIDOS

Pressão Temperatura

• Manómetros e mano • Sondas resistivas


vacuómetros • Termopares
• Transmissores de pressão • Lâminas bimetálicas
absoluta
• Transmissores de pressão Humidade
relativa
• Medidores de humidade
• Transmissores de pressão
diferencial Oxigénio

• Medidores de oxigénio
dissolvido 23

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REDES DE FLUIDOS

Analisadores

• Gás
• pH
• Potencial Redox
• Condutividade específica
• Ozono

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REDES DE FLUIDOS

Detetores de Fluxo
• Detetores de fluxo são elementos que se introduzem na
corrente do fluido em escoamento;
• Têm como principal função, garantir a segurança do
funcionamento de equipamentos, que não podem operar
com caudal nulo nem por vezes reduzido;
• Tais como:
– Ventiladores, bombas, unidades de arrefecimento de água, caldeiras.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Detetores de Fluxo

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de Caudal
• Os medidores de caudal contabilizam o volume de um fluido,
gás ou líquido que se escoa numa determinada secção por
unidade de tempo;
• Os medidores de caudal medem o valor do fluxo;
• O caudal é difícil de se medir corretamente em todas as
condições;
• A escolha da melhor técnica para a medição de caudais numa
determinada aplicação envolve a consideração de vários
aspetos especialmente:
– Nível de precisão pretendido;
– Meio a ser medido;
27
– Campo de variação de fluxo.
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de Caudal
• Alguns tipos de medidores de caudal utilizam orifícios
calibrados, ou tubeiras calibradas, os quais geram um
abaixamento de pressão proporcional ao quadrado da
velocidade do fluido;
• Outros tipos de medidores de caudal sentem a pressão total e
a pressão estática;
• Pás móveis hélices e turbinas respondem diretamente à
velocidade do fluido e são úteis para a medição com uma
grande variação do campo de velocidade. Tal como os
contadores do tipo Woltmann.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de Caudal
• Os medidores de caudal podem ser utilizados para medir:
− Vapor;
− Água;
− Fluidos industriais;
− Ar e gases;
− Combustíveis;
− massas e pastas, etc.

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REDES DE FLUIDOS

Medidor de caudal do tipo eletromagnético

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de Caudal
• O único requisito para a utilização de medidores de caudal
eletromagnéticos indutivos, é que o meio possua uma
condutibilidade elétrica específica mínima, não inferior a 20
µS/cm;
• A água potável tem um nível de condutância da ordem de 400
µS/cm (1 S (Siemens), é o valor da condutância elétrica de um
condutor com um valor da resistência elétrica de 1 Ω (Ohm).

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de Caudal
• O medidor de caudal do tipo eletromagnético baseia-se sob o
ponto de vista físico na Lei de Faraday, que estabelece que:
– Quando um condutor se move através de um campo magnético,
então uma tensão elétrica é gerada nesse condutor.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de Caudal
• Comparados com outros tipos de medidores oferecem as
seguintes vantagens:
− Medição independente da: Pressão; Densidade; Temperatura;
Viscosidade;
− Comprimentos de troços retos a respeitar a montante e a jusante dos
medidores reduzidos;
− O princípio de medida é independente do perfil de escoamento;
− Secção de escoamento livre;
− Sem perdas de carga adicionais;
− Não possui partes móveis;
− Admite qualquer posição de instalação;
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− Campo de medida que poderá ir até 1:100.

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de caudal - Tipo ultrassónico


• Os medidores de caudal ultrassónicos também são medidores
em que o escoamento não sofre obstruções e é efetuado
através de um tubo calibrado, em que estão implantados dois
emissores/recetores de ondas ultrassónicas;
• Aplicam-se com líquidos limpos e carregados.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de caudal - Tipo ultrassónico


• O princípio de funcionamento dos medidores de caudal do
tipo ultrassónico baseia-se na medição do tempo de viagem
das ondas ultrassónicas em equicorrente e em contracorrente
através do meio a medir.
• Transdutores funcionam como emissores e recetores de
ondas ultrassónicas:

Transdutores 36

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de caudal - Turbina


• Os medidores de turbina aproveitam o movimento de
rotação de uma turbina quando é atravessada pelo meio em
escoamento.
• A turbina pode ser colocada quer paralelamente quer
ortogonalmente ao fluxo.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de caudal - Turbina


• O gerador de impulsos que com auxílio de um integrador e de
um transformador de sinais, garante um sinal proporcional ao
caudal instantâneo do fluido em escoamento.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de caudal - Turbina


• Uma variante muito utilizada são os medidores Woltmann.
• São de custo reduzido e por isso muito aplicados para
pequenos diâmetros.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de caudal - Turbina


• Medidor de Turbina para gás natural com:
– Termómetro de resistência; Transmissor de pressão;
– Correção de volume.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de caudal - Turbina

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Medidores de orifício calibrado


• Neste tipo de medidores de caudal em que o princípio de
funcionamento é uma consequência direta da Lei de
Bernoulli aplicada aos fluidos reais, utiliza-se o valor da
pressão diferencial gerada através de um elemento primário
tal como um:
– Diafragma calibrado;
– Tubeira calibrada ;
– Tubo Venturi.
• Os elementos primários criam um estrangulamento da
conduta, que provoca um aumento da velocidade média de
escoamento, ou seja um aumento da energia cinética;
• De acordo com o princípio de conservação de energia, a
energia potencial diminui, havendo como consequência uma
queda de pressão no estrangulamento. 42

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de orifício calibrado


• A diferença entre a pressão medida a montante do elemento
e a medida na secção da veia contraída é proporcional ao
quadrado do caudal.

• No dispositivo mais simples, o escoamento tem lugar através


de uma secção de um troço de diâmetro variável, conhecido
por tubo de Venturi ou simplesmente por Venturi.
43

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de orifício calibrado


Como:

Resulta:

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de orifício calibrado


• Para mais detalhes sobre este tipo de medidores podem ser
consultadas as normas:
− DIN 1952
− DIN 1944
− Guia 2040 da norma VDI
− ISO 5167
• Nestas normas estão descritos teórica e praticamente os erros
provocados por insuficientes comprimentos de tubo reto a
montante e a jusante dos elementos primários.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de orifício calibrado


• A pressão diferencial é medida num sensor de pressão e o
caudal é calculado com base na equação:
2 ∆
1
– Onde:
2 Seção mínima do elemento primário
Pressão diferencial
Coeficiente de escoamento do elemento primário
Densidade do meio em escoamento
Relação entre o diâmetro do estrangulamento e o diâmetro à
entrada (β = D2/D1)
46

46

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de orifício calibrado


• O coeficiente de escoamento depende:
− Do número de Reynolds;
− Da relação de diâmetros β = D2/D1.
Coeficiente de descarga Cd (DIN 1952)
Número de Reynolds Re
β=D2/D1 10 4 105 106 107
0,2 0,60 0,595 0,594 0,594
0,4 0,61 0,603 0,598 0,598
0,5 0,62 0,608 0,603 0,603
0,6 0,63 0,610 0,608 0,608
0,7 0,64 0,614 0,609 0,609 47

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de Diafragmas

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REDES DE FLUIDOS

Venturi clássico (tubo de Herscell)


• Este elemento primário é um tubo com um determinado perfil
que pode ser construído em aço soldado.

• As suas dimensões são normalizadas desde o diâmetro de 200


mm até 1.000 mm.

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REDES DE FLUIDOS

Venturi clássico (tubo de Herscell)


• As suas principais vantagens são:
– Troços necessários a montante de menores comprimentos;
– Menores perdas de carga que os diafragmas e tubeiras.
• As principais desvantagens são:
– Maiores atravancamentos;
– Custos mais elevados.

• O coeficiente de descarga cd = 0,975 é indicado como


referência, mas poderá variar apreciavelmente para baixos
valores do número de Reynolds.

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REDES DE FLUIDOS

Venturi tubeira (Venturi curto)

• É uma tubeira ISA 1932 prolongada por um divergente, está


normalizada para diâmetros compreendidos entre 75 mm e
500 mm;
• É um compromisso entre o diafragma e o Venturi clássico.

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REDES DE FLUIDOS

Perdas de carga
• As perdas de carga nos elementos primários podem ser
determinadas como uma percentagem da pressão diferencial
originada:
Elemento Perda de carga em % da pressão
primário diferencial
Diafragma 40% (β = 0,8) 90% (β = 0,1)
Venturi Tubeira 20% (β = 0,8) 40% (β = 0,32)
Venturi clássico 15% (β = 0,7) 20% (β = 0,4)

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REDES DE FLUIDOS

Parâmetros a considerar na escolha de um medidor de


caudal
• Quando se seleciona um medidor de caudal há algumas
condições e parâmetros que deverão ser considerados para se
efetuar a sua escolha:
− Dimensões das condutas/capacidade
− Queda de pressão
− Perfil de escoamento
− Pressão do meio
− Condições de instalação − Absorção do som pelo meio
− Precisão − Condutividade do meio
− Temperatura do meio − Resistência à corrosão do medidor.

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REDES DE FLUIDOS

Exemplo
• Uma tubagem com 0,1 m de diâmetro escoa querosene com uma
densidade de 820 kg/m3. A diferença de pressão medida num venturi na
secção estrangulada é de 100 kPa (1×105 N/m2) e o diâmetro de 0,06 m
de diâmetro, calcule o caudal em escoamento.

Resolução:
Área da secção reta:
• Do tubo: A1 = π × (0,1/2)2 = 0,00785 m2
• Do estrangulamento: A2 = π × (0,06/2)2 = 0,002826 m2


• O caudal volumétrico determina-se pela expressão:
2 10 !/ % /'
0,975 0,002826 0,0458
% 0,06 54
820 #$/ 1
0,1

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REDES DE FLUIDOS

• O caudal mássico determina-se pela expressão:

( 820 #$/ % 0,0458 % /' 37,6#$/'

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REDES DE FLUIDOS

Instrumentação de Redes de Fluidos

Aula 33

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Seção de Energia e Controlo de Sistemas
nhenriques@dem.isel.ipl.pt
56
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

56

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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Sensores de Pressão
• Entende-se por indicador de pressão um instrumento
destinado a medir, por indicação direta, o valor da pressão de
um fluido quer esta seja igual, superior ou inferior à pressão
atmosférica.
• Existem três tipos de indicadores de pressão:
– Manómetros para pressões superiores à pressão atmosférica;
– Vacuómetros para pressões inferiores à pressão atmosférica;
– Mano vacuómetros para pressões superiores e inferiores à pressão
atmosférica.

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REDES DE FLUIDOS

Sensores de Pressão

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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
− Lei da Conservação de Energia (Teorema de Bernoulli):
 Se a velocidade for nula e assim o fluido se encontrar
em repouso, teremos:

p1 + ρgh1 = p2 + ρgh2 = Cte

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REDES DE FLUIDOS

Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
− Teorema de Stevin
 “A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em
repouso é igual ao produto do peso específico do fluido γ pela
diferença de cota entre os dois pontos”.

p2 - p1 = ∆p = (h2 - h1) × γ

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REDES DE FLUIDOS

Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
Princípio de Pascal Pressão Estática
– A pressão exercida em qualquer – É a pressão exercida num ponto, num
ponto de um líquido em repouso, fluido em repouso (estático), que é
transmite-se integralmente em transmitida integralmente em todas
todas as direções e produz a as direções e produz a mesma força
mesma força em áreas iguais. em áreas iguais.
– Devido a serem os líquidos
praticamente incompressíveis, a
força mecânica desenvolvida
num líquido sob pressão pode
ser transmitida.
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REDES DE FLUIDOS

Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
Pressão Dinâmica Pressão total
– É a pressão exercida por um ‒ É a pressão resultante do somatório
fluido em movimento paralelo à das pressões estáticas e dinâmicas
sua corrente. exercidas por um fluido que se
encontra em movimento.
– A pressão dinâmica é
representada pela seguinte
equação:

ρV 2 ( N m2 )
1
pd =
2
62

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Sensores de Pressão
• Princípios, leis e teoremas da física utilizadas na
medição de pressão:
Relação entre Tipos de
Tipos de Pressões Medidas
Medida de Pressão
– Pressão absoluta
– Pressão manométrica
– Pressão diferencial

63

63

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Sensores de Pressão
• Os sensores de pressão respondem relativamente ao vácuo
perfeito (sensores de pressão absoluta ou vacuómetros);
• Ou à pressão atmosférica (sensores de pressão relativa,
manómetros), ou combinados mano-vacuómetros;
• Ou ainda à pressão de um segundo sistema (sensores de
pressão diferencial), tal como entre a base e o topo de um
reservatório pressurizado, ou entre dois pontos de uma
conduta com diferentes velocidades de escoamento.

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64

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REDES DE FLUIDOS

Principais Tipos de Medidores de pressão

TIPOS DE MANÓMETROS ELEMENTOS DE RECEPÇÃO


TUBO EM “U”
DE LÍQUIDOS TUBO RECTO
TUBO INCLINADO
C

TUBO DE BOURDON ESPIRAL

HELICOIDAL
ELÁSTICOS
DIAFRAGMA

FOLE

CÁPSULA
CAPACITIVOS DIAFRAGMA
65
PRESSÃO DIFERENCIAL DIAFRAGMA

65

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REDES DE FLUIDOS

Tipos de Manómetro Líquido


Manómetro tipo coluna em Manómetro tipo coluna
“U” inclinada

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66

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REDES DE FLUIDOS

Manómetro tipo coluna reta vertical

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67

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REDES DE FLUIDOS

Aplicação
• Os manómetros de líquido foram largamente utilizados na medição de
pressão, nível e caudal nos primórdios da instrumentação;
• Hoje, com o advento de outras tecnologias que permitem leituras remotas,
a aplicação destes instrumentos na área industrial limita-se a:
– Locais ou processos cujos valores medidos não são cruciais ao resultado do
processo;
– A locais cuja distância à sala de controle inviabiliza a instalação de outro tipo
de instrumento.
• Porém, é nos laboratórios de calibração que ainda encontramos a sua
grande utilização, pois podem ser tratados como padrões;
• Também são muito utilizados para a medição das perdas de carga em
filtros de ar nos sistemas de climatização.
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REDES DE FLUIDOS

Manómetro Tipo Elástico


• Este tipo de instrumento de medição de pressão baseia-se na lei de Hooke
sobre elasticidade dos materiais;
• Em 1676, Robert Hook estabeleceu a lei que relaciona a força aplicada
num corpo e a deformação por ele sofrida;
• No seu enunciado ele disse:
– “O módulo da força aplicada sobre um corpo é proporcional à deformação provocada.”.

• Essa deformação pode ser dividida em elástica (determinada pelo limite de


elasticidade), e plástica ou permanente;
• Os medidores de pressão tipo elástico são submetidos a valores de
pressão sempre abaixo do limite de elasticidade do material sensor, pois
assim cessada a força a ele submetida o medidor retorna à sua posição
inicial sem perder as suas características.
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REDES DE FLUIDOS

Principais tipos de elementos de receção

LIMITE DE
ELEMENTO RECEPTOR DE
APLICAÇÃO/ RESTRIÇÃO PRESSÃO
PRESSÃO
(MÁX)

Não apropriado para micro


Tubo de Bourdon ~ 100 MPa
pressão

Diafragma Baixa pressão ~ 300 kPa


Fole Baixa e média pressão ~ 1 MPa
Cápsula Micropressão ~ 300 mm H2O
70

70

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REDES DE FLUIDOS

Manómetro Tubo Bourdon

• Classificação dos manómetros tubo de Bourdon


− Quanto a pressão medida eles podem ser para:
 Pressão efectiva (absoluta);
 Vácuo;
 Composto ou pressão diferencial. 71

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REDES DE FLUIDOS

Quanto à classe de precisão

Manómetro e Vacuómetro
Erro tolerável
Acima de 1/10 e
Classe Outra faixa da
abaixo de 9/10 da
escala
escala
0,5 ± 0,5 % ± 0,5 %
1,0 ± 1,0 % ± 1,5 %
1,5 ± 1,5 % ± 2,0 %
3,0 ± 3,0 % ± 4,0 %
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REDES DE FLUIDOS

Quanto à classe de precisão

Manómetro Composto

Erro tolerável
Para pressão acima de 1/10 e abaixo
de 9/10 da escala
Classe
Parte de vácuo acima de 1/10 e Outra faixa da escala

abaixo de 9/10 da escala

1,5 ± 1,5 % ± 2,0 %


3,0 ± 3,0 % ± 4,0 %

73

73

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Manómetro Tubo Bourdon


• Campo de operação recomendado
− Com exceção dos manómetros utilizados como padrão,
a pressão normal medida deve estar próxima de:
 75 % do valor da escala máxima quando essa variável
for estática e;
 60 % da escala máxima para o caso de medição de
pressão variável.

74

74

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REDES DE FLUIDOS

Manómetro de Diafragma

• Este tipo de medidor de pressão, utiliza um diafragma elástico


para medir determinada pressão, bem como, para separar o
fluido medido do mecanismo interno.
75

75

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REDES DE FLUIDOS

Manómetro de Cápsula

• Mostrador Ø 100 e 150 mm


• Campo de pressão: - 600 a
+ 600 mbar
• Precisão ± 1,6% a ± 2,5%

• Resistente a sobrepressões
− Construído conforme a norma europeia EN837-3

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REDES DE FLUIDOS

Manómetro de Cápsula
• Os manómetros de cápsula destinam-se a medir
baixas pressões ou pressões negativas;
• Estão especialmente adaptados para instalação em
atmosferas agressivas e a medição de pressões em:
− Circuitos de ar;
− Gases corrosivos.

77

77

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REDES DE FLUIDOS

Manómetro de Fole

• Como a resistência do fole à pressão é limitada, são utilizados


para:
− baixas pressões preferencialmente com gases;
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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Manómetro de Fole
• Nunca devem ser utilizados com líquidos viscosos, contendo
resíduos sólidos ou que tenham a possibilidade de solidificar;
• São muito correntes em conversores de sinal P/I para
efectuar a conversão de sinais pneumáticos 0,2 a 1 bar (3-15
PSI) em sinais eléctricos (4-20mA);
• No mais variado tipo de instrumentação pneumática, como:
− Indicadores;
− Registadores e controladores.

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79

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REDES DE FLUIDOS

Manómetros de pressão diferencial para baixas


pressões

• Os sensores de deformação elástica, utilizam-se para


diferenças de pressão de algumas centenas de Pascais.
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80

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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Manómetros de pressão diferencial para baixas


pressões
• Para as gamas de muito baixa pressão utiliza-se um
manómetro de procedimento térmico.

81

81

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REDES DE FLUIDOS

Manómetros capacitivos
• Este tipo de medidores tem como princípio uma célula de
medição formada por:
− Um diafragma cerâmico de óxido de alumínio (Al2O3).
− Três superfícies chapeados a ouro, que formam entre elas o
condensador de medição e o de referência.

82

82

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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Manómetros capacitivos

• Célula de medição em corte:

− Medição de pressão absoluta;


− Medição de pressão relativa.

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83

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REDES DE FLUIDOS

Manómetros capacitivos
• Vantagens da célula cerâmica
− Podem suportar elevadas sobrecargas até 100 vezes a carga
normal;
− Resistente aos picos de pressão e à fadiga;
− Linear;
− O efeito de temperatura é desprezável;
− A célula não entra em contacto com o fluido do processo qualquer
que seja a posição de montagem e por isso não é contaminada
pelo processo;
− Elevada resistência à corrosão.
• Inconvenientes da célula cerâmica
− Não podem empregar-se para pressões superiores a 100 bar;
84
− Não são sensíveis para pressões iguais ou inferiores a 5 mbar.

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REDES DE FLUIDOS

Sensores do estado sólido


• Sensores do estado sólido usam o efeito piezoresistivo, no
qual o aumento da pressão em cristais de silício, provocam
variações da sua resistência elétrica.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores e Detetores de Nível de flutuador

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REDES DE FLUIDOS

Detetores de Nível Condutivos


• Os detetores de nível condutivos são sistemas elétricos que
utilizam sondas para assinalar a presença do produto
mediante uma indicação binária (tudo-nada);
• Um elétrodo é posicionado ao nível do qual se pretende
obter um sinal;
• O líquido cujo nível se pretende detetar é ligado à massa,
quando a superfície livre do líquido atinge o elétrodo fecha-
se o circuito.

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REDES DE FLUIDOS

Detetores de Nível Condutivos

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88

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de Nível e Detectores Capacitivos


• Estes sensores são constituídos por
uma sonda:
− Formada por uma alma metálica;
− Revestida por uma bainha isolante.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de Nível e Detectores Capacitivos


• A sonda é selecionada com um comprimento em função do
campo de medida;
• É mergulhada no líquido;
• O líquido é ligado por sua vez à massa;
• Forma-se desta forma um condensador cilíndrico variável,
cuja:
− A armadura interna é constituída pela alma metálica;
− O dielétrico pela manga isolante;
− A armadura exterior pelo líquido.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de Nível pela Pressão hidrostática


• Para medir o nível de um líquido é possível fazê-lo
pela instalação de um sensor hidrostático na base
de um reservatório.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de Nível pela Pressão hidrostática


• A massa volúmica dos líquidos em geral varia pouco, a
pressão hidrostática varia proporcionalmente com o nível e a
altura é dada pela expressão:

p
h=
ρ×g

• A altura do conteúdo no depósito é proporcional à pressão


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medida.
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REDES DE FLUIDOS

Ultra Sónico
• Um transdutor piezoelétrico emite uma série de ondas de
pressão ultra sónicas;
• Utilizando a superfície do meio como refletor, o sistema
mede a duração do tempo de emissão e reflexão e calcula a
respetiva distância cujo sinal é condicionado e transmitido.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores de Temperatura
• O controlo e a medição de temperatura estão presentes em
todos os processos industriais em vários níveis:
− Caldeiras; − Indústria do papel;
− Automação de edifícios; − Instalações de tratamento de
água potável e de águas
− Indústrias químicas;
residuais.
− Indústrias alimentares e de bebidas;
− Centrais de incineração;
− Minas;
− Refinarias de produtos petrolíferos;
− Indústria farmacêutica;
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− Centrais de produção de energia;
94

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REDES DE FLUIDOS

Controladores de temperatura por:

• Dilatação diferencial;
• Por fole;
• Eletrónicos:
− Termístores;
− Termopares;
− Resistências metálicas.

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REDES DE FLUIDOS

Controladores de temperatura por dilatação


diferencial

bimetálico

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Elemento constituído por vareta e bainha
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REDES DE FLUIDOS

Controladores de temperatura por fole

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97

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REDES DE FLUIDOS

Medidores eletrónicos de temperatura


• Termistores
− São elementos sensíveis cuja resistência elétrica varia com a
temperatura.

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REDES DE FLUIDOS

Medidores eletrónicos de temperatura


• Termopares
− Em elementos termopares sensíveis à temperatura, dois metais
diferentes (por exemplo ferro e níquel, cobre e constantan, ferro e
constantan) são soldados conjuntamente.
− Os termopares são utilizados
principalmente em processos
industriais com temperaturas
elevadas.

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99

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REDES DE FLUIDOS

Medidores eletrónicos de temperatura


• Resistências metálicas
− Utiliza-se a platina e o níquel puros para formar resistências de fio
metálico bobinado ou de película depositada num substrato;
− Existem normas que definem as suas características. A mais
utilizada é a norma DIN 43.760;
− As principais sondas utilizadas são:

Amplitude de temperaturas:
• De -200 a +600°C

Pt 100
100

100

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REDES DE FLUIDOS

Medidores eletrónicos de temperatura


• Resistências metálicas

Ni 1000 Sonda com resistência de níquel


− Este tipo de sondas é utilizada por muitos fabricantes
devido à sua sensibilidade.
− O seu uso é muito corrente nos sistemas de GTC (Gestão
Técnica Centralizada) em edifícios, com controladores
DDC (Digital Direct Control).

101

101

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REDES DE FLUIDOS

Medidores eletrónicos de temperatura


• Pirostatos
− O pirostato limitador de temperatura é um elemento próprio para
instalação na saída de fumos dos geradores de ar quente.

102

102

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REDES DE FLUIDOS

Medidores eletrónicos de temperatura


• Pirostatos
− São concebidos para desempenharem as seguintes funções:
 Termómetro: Para informar o valor da temperatura dos fumos.
(50 a 350°C);
 Termostato: A sua função é a de suspender a marcha do
queimador.
− Quando a temperatura dos fumos ultrapassar o valor máximo
autorizado. (200 a 240°C).

103

103

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REDES DE FLUIDOS

Terminologia e definições
• Campo da medida (range)
• Alcance (span)
• Erro (error)
• Repetibilidade (repeteatibility)
• Histerese (hysteresis)
• Precisão (accuracy)
• Fiabilidade
• Estabilidade
• Linearidade
• Reprodutibilidade 104

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REDES DE FLUIDOS

Terminologia e definições
• Campo da medida (range)
− É a gama dos valores que pode assumir a variável;
− Dentro dos limites superior e inferior da capacidade de medida do
instrumento;
− Normalmente expresso pelos valores extremos;
− Por exemplo um termómetro mede de -50°C a + 200°C.

• Alcance (span)
− É a diferença algébrica entre os valores superiores e o campo inferior
do campo de medida do instrumento;
− Por exemplo o instrumento de temperatura tem um alcance de 250°C.

105

105

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REDES DE FLUIDOS

Terminologia e definições
• Erro (error)
− É a diferença algébrica entre o valor indicado ou transmitido pelo
instrumento e o valor real da variável;
− Se a medição é de um processo em regime estacionário ou
permanente denomina-se erro estático.

• Repetibilidade (repeteatibility)
− A repetibilidade é capacidade de reprodução das mesmas indicações
de medida a variações repetitivas da variável;
− Entre os mínimos e máximos do campo, de medida;
− Normalmente medida em percentagem do valor máximo;
− É determinada pelo fabricante.
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106

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Terminologia e definições
• Histerese (hysteresis)
− É a diferença máxima que é observada nos valores indicados pelo
instrumento para a mesma grandeza medida, quando esta está numa
variação ascendente e descendente.

107

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Terminologia e definições
• Precisão (accuracy)
− A precisão é tolerância de medida ou de transmissão do instrumento
definida como os limites dos erros cometidos quando o instrumento é
usado em condições normais de serviço;
− A precisão pode ser expressa de várias formas:
a) Em percentagem do alcance: Exemplo 150 °C ±0,5 %
b) Em unidades da variável medida : Exemplo ±1 °C
c) Em percentagem da leitura: Exemplo: ±1 % de 150 °C, ou seja,
±1,5 °C;
− Para atingirem a precisão pretendida, os instrumentos devem ser
calibrados na fábrica, com o respetivo certificado e são normalmente
selados caso se destinem a transações comerciais;
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− Periodicamente devem ser recalibrados.

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29/05/2022

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REDES DE FLUIDOS

Terminologia e definições
• Precisão (accuracy)
− É prática corrente considerar uma margem de segurança entre a
precisão de fábrica e a utilização normal.

Por exemplo:
− Um instrumento que na fábrica tenha uma precisão da calibração
de ±0,8%;
− Na inspeção corresponde a ± 0,9%;
− Em utilização normal considera-se ± l %, para tomar em conta:
 Desgaste;
 Variação da temperatura ambiente, etc.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Terminologia e definições
• Existem muitos conceitos relacionados com a instrumentação
e com definições rigorosas conforme acima referido, por
exemplo:
− Fiabilidade;
− Estabilidade;
− Linearidade;
− Reprodutibilidade.
que não são aqui desenvolvidos.

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cadeias de controlo
• Cadeia de controlo é o conjunto formado por:
− Elementos de medida;
− Transmissor;
− Controlador;
− Atuador;
− Elemento final de controlo.
• Existem casos particulares de cadeias de controle mais simplificadas, como
por exemplo as válvulas termostáticas, que integram o sensor e o atuador
no mesmo equipamento;
• Em geral, os componentes acima referidos são separados;
• A sua interligação para obter os resultados pretendidos é representada em
esquemas de controle.
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cadeias de controlo
• Cadeias de controlo aberta:
− Num controlo aberto o processo controlado não influencia o sinal
de controlo, ou seja não há resposta.
− Um exemplo poderá ser o de um sinal digital enviado ao
controlador para o arranque de uma bomba.

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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cadeias de controlo
• Cadeias de controlo fechada:
− O sistema regulado é o radiador, cuja potência dissipada depende
da temperatura da água à entrada e do caudal regulado.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Cadeias de controlo
• Cadeias de controlo fechada:

− O equipamento de regulação terá de realizar as seguintes tarefas:


 Medir o valor da variável regulada;
 Comparar o valor de referência com o da variável regulada;
 Calcular o sinal de manobra;
 Posicionar o órgão de regulação.
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29/05/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Código de identificação dos instrumentos


• Para designar e representar os instrumentos de medição e
controle são utilizadas normas muito variadas, de país para
país, e às vezes de indústria para indústria.
• Como recomendação da ISA (Instrument Society of America)
é seguida a norma:
− ANSI/ISA-5.1-1984 (R1992);
− Instrumentation Symbols and Identification.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

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29/05/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

117

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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04/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS
Engenharia Mecânica

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Caracterização de Válvulas

Aula 35 (1)

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Generalidades
2. Principais Tipos de Válvulas
3. Atuadores
4. Controlo
5. Válvulas de Diafragma
6. Válvulas de Flutuador
7. Válvulas de Descarga constante

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Generalidades Principais Tipos de Válvulas


• As válvulas constituem um • Válvulas de isolamento;
equipamento essencial em • Controlo de nível;
qualquer instalação ou rede de
• Válvulas de regulação;
distribuição de fluidos, utilizam-
se desde a simples máquina de • Válvulas de retenção;
lavar até às grande condutas de • Válvulas de segurança e alívio;
transporte de água, gás, petróleo • Ventosas* e válvulas de admissão
ou outros fluidos; de ar;
• Têm múltiplas funções tais como • Válvulas de redução e de
o isolamento de seções, controlo manutenção de pressão;
de fluxos e pressões, proteção, • Válvulas de solenoide;
etc.
• Válvulas termostáticas.

5
*Dispositivo para fazer sair o gases das canalizações.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de isolamento
• Têm como função interromper e
impedir o fluxo no interior de
uma canalização, os principais
tipos são:
− Adufa;
− Globo;
− Macho;
− Borboleta;
− Diafragma.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa
• Estas válvulas têm como principal
característica, permitirem a passagem
integral do fluido em ambos os sentidos;
• As válvulas poderão ser de rosca interior,
ou exterior;
• As suas ligações poderão ser roscadas,
flangeadas, de canhões lisos, preparadas
para soldadura, etc.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa

• Um caudal constante, com uma perda de carga reduzida;


• Não são recomendadas para regulação, devendo funcionar
totalmente abertas ou fechadas e o controlo de caudal é
difícil;
• As válvulas de adufa no que diz respeito ao obturador
classificam-se em:
− válvulas de cunha;
− ou de discos paralelos.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa – Tipo Cunha


• Os obturadores tipo cunha, podem
apresentar várias variantes tais como:
− Cunha sólida;
− Cunha flexível;
− Cunha não metálica;
− Cunha formada por disco duplo.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa – Tipo Cunha


• As válvulas de cunha oferecem como principais vantagens:
1. Boa vedação como resultado da ação da cunha mesmo com uma
pequena pressão diferencial;
2. Na operação de abertura, a cunha solta-se rapidamente das sedes,
o que evita o desgaste prematuro destas devido à abrasão
provocada pelo escorregamento entre sedes ou ainda por partículas
estranhas;
3. Os obturadores tipo cunha flexível reduzem os binários de abertura
e fecho e são particularmente vantajosos para instalações com
temperaturas e/ou pressões elevadas;
4. As cunhas não metálicas são utilizadas em laboratórios de
investigação ou em redes que veiculem líquidos corrosivos, tais
como nas canalizações que transportam águas residuais. 10

10

5
04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa – Tipo Cunha


• As principais desvantagens das válvulas de cunha são:
1. Em abertura parcial, por ação da passagem do fluido, o obturador,
articulado na noz, entra em vibração permanente provocando
choque (martelar) com as sedes e, consequentemente, danificando-
as;
2. A existência de partículas sólidas no fluido circulante,
nomeadamente areias, condicionam, no tempo por depósito na
cavidade das sedes, a sua perfeita estanquicidade.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa – Discos Paralelos


• As válvulas de discos paralelos podem ser
do tipo:
− Disco simples;
− Discos paralelos propriamente ditos.
• São utilizadas em:
− Linhas de vapor;
− Na indústria de processo;
− Produção de energia.
• Têm como finalidade o isolamento de
seções das instalações.
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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa – Discos Paralelos


• A vedação nestas válvulas é
realizada pela pressão do fluido
que provoca o encosto entre o
disco de jusante e a sua sede;
• A ação flutuante do disco permite
absorver as solicitações resultantes
das variações térmicas impedindo o
seu bloqueio.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa – Discos Paralelos


• Estas válvulas não devem ser montadas em locais da
tubagem onde ocorre grande turbulência, tais como
imediatamente a jusante de bombas, tês, curvas, válvulas de
regulação, etc;
• Após a montagem o eixo da válvula deverá coincidir com o
da tubagem;
• Se tal não se verificar poderá ocorrer a fratura das flanges em
válvulas de ferro fundido, ou deformação do corpo (válvula
de aço ou bronze) o que origina problemas de vedação.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Adufa – Comporta ou guilhotina


• São utilizadas em:
- Em grandes diâmetros: Ar,
gases e água em baixa
pressão;
- Em qualquer diâmetro: Para
produtos espessos ou de alta
viscosidade e para fluidos
abrasivos.
• O fecho completo ou total não
é estanque.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Como principais variantes: Válvulas de comporta ou


guilhotina

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

As várias formas de combinar as válvulas de comporta.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Globo
• São próprias para regulação de caudal ou isolamento.
• Perda de carga neste tipo de válvulas é apreciável.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Globo
• Vedam na generalidade bem, os tempos de manobra são reduzidos e são
adequadas para instalações em que se requerem frequentes manobras;

Características Utilização
− Escoamento com mudanças − Regulação de caudal e isolamento;
bruscas de direção;
− Frequentes manobras;
− Perda de carga apreciável;
− Condições de serviço severas;
− Boa vedação;
− Podem ser à prova de fogo;
− Diferentes tipos de
− Vapor.
vedantes;
− Direção de escoamento
preferencial;
− Fácil manutenção. 19

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Globo
Tipos
• Axiais
• Disposição das ligações
• Angulares

• Oblíquas (Y)
• Obturador
• Agulha

• Interior
• Rosca do veio
• Exterior 20

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Globo
• Obturador em forma de agulha
‒ O seu principal campo de aplicação encontra-
se na regulação fina do escoamento de gases e
líquidos em tubagens até 50 mm de diâmetro.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Globo
• Válvulas de macho cilíndrico
ou tronco cónico
‒ Características
 ¼ de volta;
 Tudo ou nada;
 Escoamento suave e em linha
reta;
 Perda de carga reduzida;
 As sedes não estão em
contacto com o fluido.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Globo
• Aplicação nas instalações de: • De 3 a 4 vias com o macho em T,
L ou cruz;
− Indústria Petrolífera, para
pressões até 400 bar; • D ≤ 100 mm;
− Indústria Química e • Manobra
Petroquímica;
− Alavanca até ao diâmetro de 100
− Redes de distribuição de gás; mm;
− Aquecimento; − Volante com parafuso sem fim
− Ventilação; para diâmetros maiores.

− Redes de água;
− Vapor;
− Líquidos em geral com
exigências de fecho rápido.
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Globo
Vantagens Desvantagens
− Manobras rápidas; − Grande peso;
− Sedes e vedantes protegidos; − Custo elevado;
− Manutenção simples em − Temperatura de serviço
serviço; limitada pelos vedantes ( - 30 º
− Construção simples e robusta; a + 325 ºC).
− Uma única peça móvel;
− Oferecem uma longa vida útil.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de macho esférico

• Características
− Vedação estanque;
− Segurança contra incêndios;
− ¼ volta;
− Binários de manobra baixos;
− Período de vida útil longo;
− Escoamento suave;
− Perda de carga mínima.
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de macho esférico


• Tipos
− Esfera • Flutuante
• Apoiada

• 1 peça
− Corpo
• até 3 peças

• Utilização
− Indústria química;
− Instalações com controlo remoto;
− Dosagem.
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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de macho esférico


Regimes de serviço
− Diâmetro de 3 mm até 1200
mm;
− Temperatura de –270 °C até
+600 °C;
− Pressões desde vácuo até
700 bar.

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REDES DE FLUIDOS

Atuadores

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta
• As válvulas de borboleta têm vindo a escrever uma história de sucesso no
campo do transporte de fluidos, há mais de 50 anos;
• Os fatores de sucesso das válvulas de borboleta de disco concêntrico
(simétricas) – distância entre flanges reduzida, baixo peso e, acima de
tudo, a sua resistência a uma larga variedade de fluidos – são as principais
razões para a sua extensa gama de aplicação;
• Este tipo de válvula é valorizada por ser uma solução pratica e económica
no corte e regulação de fluidos;
• Devido à sua construção simples, as diferenças de qualidade entre os
vários fabricantes encontram-se principalmente em pormenores como a
forma do anel vedante e do disco, e o método utilizado para ligar veios
com discos. 30

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta
• Facilidade na automação:
- Normalmente distingue-se entre as válvulas de funcionamento
manual e motorizadas;
- Nos casos em que as válvulas de borboleta têm de ser acionadas com
frequência ou remotamente, são equipadas com atuadores
pneumáticos, hidráulicos ou elétricos;
- Todas as variantes podem ser utilizadas em aplicações de
abertura/fecho (corte) ou regulação;
- A favorável hidráulica destas válvulas e a normalização da interface de
automação também têm um papel importante no seu sucesso;
- O facto do seu movimento ser de apenas ¼ de volta e de as suas
pontas de veio e flanges de ligação ao atuador serem normalizadas
conforme EN ISO 5211, tornam-nas relativamente simples 31de
motorizar.
31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta
• Uma válvula de borboleta de veio
concêntrico é uma válvula cujo disco
(ou borboleta) roda num ângulo de 90
graus à volta dum eixo, num ângulo
reto face à direção de escoamento do
fluido;
• O centro de rotação localiza-se no
centro do corpo, que também é o
centro da tubagem;
• Na posição de fechada, o disco veda
pressionando contra o anel vedante,
feito em elastómero ou plastómero;
• Quando a válvula é aberta, o fluido
escoa-se à volta do disco pelos dois
32
lados.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta
• Caracterizam-se por possuírem o
obturador em forma de disco que
gira em torno de um eixo disposto
na vertical, ou na horizontal;

• A sua curta distância entre


flanges, torna estas válvulas
adequadas para montagem entre
flanges, para desmontagem a
jusante ou para a função de fim de
linha;
• Utilizam-se para isolamento, e
controlo de caudal ou uma
combinação das duas utilizações.

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33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta
Características
− Forma compacta; • As principais vantagens que se
podem apontar a este tipo de
− Rapidez de manobra e;
válvulas são:
− Capacidade de regulação.
− A fácil manobra, ausência de
• Associadas ao desenvolvimento peças deslizantes;
de novos materiais, para
− Baixa perda de carga;
aplicação quer nas sedes, quer
nos corpos e obturadores, − Bom controlo;
tornaram estas válvulas muito
− Economia;
divulgadas.
− Atravancamento;
− Peso reduzido.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

• Benefícios

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta
• As válvulas de borboleta são utilizadas em:
− Centrais de produção de energia;
− Indústria química;
− Gás;
− Petrolífera;
− Processo;
− Redes de água e águas residuais;
− Ventilação (registos).

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta
• São fabricadas até ao diâmetro
4.600 mm, com aplicações em:
− Circuitos de circulação de
condensados;
− Redes de distribuição de
água.
• Havendo válvulas deste tipo com
8.200 mm em instalações
hidroelétricas.

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37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Borboleta
• As sedes das válvulas podem ser
em materiais resilientes ou
metálicos e poderão ser
dispostas, ou no corpo da válvula
ou na periferia da borboleta, ou
ainda em ambos.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

• Classificação

Flangeadas corpo longo Flangeadas corpo curto

Monoflange
Veio concêntrico

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Ligações lisas e veio excêntrico

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REDES DE FLUIDOS

• Quanto ao tipo de
obturador

Fluxo passante Lentilha

Para fecho estanque em


condições severas

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

• Acionamento

Principais tipos de atuações de válvulas de borboleta


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REDES DE FLUIDOS

Arranjo dos atuadores

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Recomendações
Válvulas de isolamento Válvulas de Controlo
• Os limites de velocidade • As válvulas destinadas a controlo
recomendados para as diversas deverão ser corretamente
classes de pressão, em válvulas escolhidas uma vez que poderão
de isolamento, são de acordo entrar em cavitação quando
com a norma DIN EN 1074: funcionarem com aberturas
parciais, devendo o seu tipo,
− PN 6 2,5 m/s;
dimensões e condições de
− PN 10 3,0 m/s; serviço ser convenientemente
estudados;
− PN 16 4,0 m/s;
− PN 25 5,0 m/s. • Ler os documentos distribuídos
pelo fabricante.

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43

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Diafragma
• Oferecem vantagens, impossíveis de
realizar por outros tipos de válvulas:
− O escoamento através da válvula é
suave;
− Hidraulicamente liso;
− Sem bolsas de fluido.
• Servem para:
− Controlo de caudal;
− Isolamento, o fecho é estanque
mesmo que existam sólidos em
suspensão na tubagem;
− O isolamento total das partes
internas, da corrente, impede a
contaminação e corrosão do
mecanismo de manobra;
− A sua manutenção é simples.
• Em certas posições de montagem estas 44
válvulas são auto purgáveis.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Diafragma
• A flexibilidade de montagem, a ampla variedade de materiais para os
corpos, seus revestimentos e diafragmas, fazem com que estas válvulas
sejam adaptáveis a diversas aplicações:
− Fluidos corrosivos;
− Materiais viscosos;
− Lodos;
− Águas;
− Gases;
− Ar comprimido.
• Utilizam-se para resolver problemas de corrosão, abrasão, contaminação,
de fluidos com sólidos em suspensão, etc.;
• São particularmente adequadas para serviços severos.
45

45

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Diafragma
• Classificação

Passagem recta
Com vertedor*
Diafragma tubular
* O vertedor é um canal artificial executado com a finalidade de conduzir seguramente a água através de uma 46
barreira.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Diafragma
• Aplicações nas indústrias Principais vantagens
− Químicas; − Passagem livre, sem obstruções;
− Fecho positivo mesmo sobre
− Mineiras;
sólidos;
− Papel; − Nenhuma parte mecânica além
do diafragma em contacto com o
− Tintas; produto controlado;
− Explosivos; − Ausência total de empanques;
− Produtos alimentares; − Reduzida perda de carga;
− Longa duração sob severas
− Tratamento de águas e condições;
esgotos; − Somente um componente sujeito
− Cimento, etc. a desgaste, o diafragma tubular;
− Manutenção rápida e simples. 47

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Flutuador
• As válvulas de flutuador são
equipamentos para instalação em
reservatórios e têm como função
o controlo de nível;
• O braço deverá ser longo de
forma a garantir um grande
percurso da válvula, assegurando
uma atenuação do caudal suave
para evitar o perigo de um
aumento brusco da pressão por
fecho repentino;
• Não deverão fechar de uma
maneira abrupta, pois tal
operação é em muitos casos
origem de ruídos ou mesmo 48

acidentes.
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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Flutuador

• A pressão estática não deve em geral


ultrapassar 30 mca, sob risco de se
obter um funcionamento deficiente.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Descarga constante


• As válvulas de flutuador com braço de descarga, são
concebidas para que a descarga gravítica de tanques seja
efetuada com caudal constante, independentemente da
variação do nível do líquido no seu interior;

• São utilizadas por exemplo na


descarga de bacias de receção da
água das chuvas, para evitar a
sobrecarga dos coletores.

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Retenção

Aula 35 (2)

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
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5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Retenção
• Generalidades • Utilizam-se em:
– Podem ser do tipo: − Descarga de bombas e
• Por levantamento do obturador;
compressores;
• Hydro-stop;
• Batente; − No ramal de entrada de
• Discos bi-partidas; edifícios;
• Bola;
• Borboleta;
− Secionar automaticamente
• Membrana; condutas ficando dispostas ao
• Disco simples. longo da linha;
− Funcionam automaticamente − Em redes de esgotos e águas
pela ação do fluído permitindo o pluviais com descargas nas
escoamento num só sentido; linhas de água para impedir o
− Instalam-se em tubagens onde é refluxo para os coletores e
necessário impedir a inversão do evitar inundações.
escoamento;
− Normalmente a sua instalação
faz-se de tal forma que, a ação da
força da gravidade tende a 53
fechar a válvula.

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REDES DE FLUIDOS

• Válvula de retenção por levantamento do obturador


− As linhas de corrente são semelhantes
às que se verificam nas válvulas de
globo;
− Oferecem resistência apreciável ao
escoamento e por esse motivo só se
fabricam correntemente até ao
diâmetro de 150 mm;

− São adequadas para linhas de gases e vapor;


− Não se devem utilizar em circuitos nos quais se possam formar
depósitos sólidos ou que transportem sedimentos;

− Existem variantes destas válvulas que combinam a ação de retenção


com a de bloqueamento e servem simultaneamente como válvulas de
retenção e isolamento, muito utilizadas em navios. 54

54

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Retenção
• Variantes

Válvula de pé Válvula de bomba


com ralo submersível
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55

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REDES DE FLUIDOS

Válvula Hydro-stop
• Nestes válvulas existe um núcleo
central com uma forma
hidraulicamente otimizada com
o objetivo de reduzir a perda de
carga;
• Em escoamento estacionário, a
ação de fecho do obturador é
assistida por uma mola;
• Devido à reduzida massa do
obturador, ao seu movimento
sem atrito e ao reduzido
percurso, o tempo de fecho
deste tipo de válvulas é muito
reduzido.
56

56

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

• Vantagens:
− Ação extremamente rápida;
− Baixa perda de carga;
− Operação segura em todas as posições.
• Desvantagens:
− A seção de passagem não é livre;
− Custo elevado.
• Gama dimensional
− Fabricam-se estas válvulas desde o diâmetro DN 200 até
DN 1200 e para as classes de pressão compreendidas
entre PN 16 e PN 64. 57

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de batente
• As válvulas de batente, apresentam um perfil de escoamento
semelhante ao das válvulas de adufa, são muito utilizadas em
condutas gravíticas e em estações de bombeamento.

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de batente
Válvulas de multi-batentes Válvulas de duplo batente
• Apresentam como vantagens, a • São constituídas por dois batentes
diminuição de esforço e do tempo em forma de D, os quais são por uma
de fecho, o qual é em primeira mola de torsão, que desencadeia o
aproximação, proporcional à raiz fecho muito rápido da válvula, assim
quadrada da maior dimensão do que se inicia a queda da pressão do
batente. fluído, estas são válvulas de ação
positiva.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de batente
Válvula de maré
• É utilizada normalmente na
extremidade de coletores pluviais
em zonas sujeitas a inundações, ou
à ação das ondas.

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de bola
• As válvulas de retenção de bola ou esfera são semelhantes às de abertura
por levantamento, sendo o obturador substituído por um corpo esférico;
• São fabricadas normalmente até ao diâmetro de 300 mm;
• É uma válvula de fecho muito rápido
sem batimento, uma vez que a esfera
é em material elástico;
• São utilizadas em:
− Linhas de transporte de líquidos
limpos;
− Alta viscosidade;
− Sedimentos.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de retenção de borboleta com contrapeso


• Têm como finalidade amortecer o
choque que ocorre durante o fecho
provocado pela inversão do
escoamento, utilizam-se para
diâmetros superiores a 300 mm;
• Podem ser instaladas nas posições:

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de retenção de borboleta com contrapeso


• As válvulas de borboleta com contrapeso associado a atuadores
hidráulicos, asseguram diferentes funções de segurança:

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REDES DE FLUIDOS

A – Válvulas de controlo de caudal excessivo;


B – Combinação de válvula de controlo da descarga e de retenção;
C – Válvula de segurança da admissão em turbinas; 64
D – Válvula para proteção de condutas adutoras.
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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de membrana
• Possuem uma velocidade de resposta
extremamente elevada;
• O obturador consiste num diafragma
cónico, fabricado em materiais de alta
elasticidade que garantem o fecho da
válvula antes da ocorrência da inversão do
fluxo, absorvendo a pressão de retorno;
• O diafragma tem uma configuração tal, que
lhe confere o poder de abrir e fechar à
semelhança de um músculo;
• Geram uma perda de carga reduzida;
• São absolutamente estanques;
• Não há desgaste das suas sedes;
• A sua operação é silenciosa;
• O fabrico normal destas válvulas cobre a
gama dos 40 aos 500 mm, sendo a pressão
de serviço até 16 bar e a temperatura
máxima admissível é de 70 °C. 65

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de disco simples


Seleção
• São usadas quando há limitações de • Obedece a parâmetros, tais
espaço, à semelhança das válvulas de como:
borboleta ou quando se pretende
uma solução mais económica; − Pressão de trabalho;

• Fabricam-se em qualquer diâmetro. − Temperatura;


− Características do fluído;
− Velocidade de escoamento;
− Perda de carga admissível;
− Condições de fecho;
− Tipo de montagem vertical ou
horizontal, etc.
66

66

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04/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS
Engenharia Mecânica

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Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

67

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04/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Segurança e de Alívio

Aula 36

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2
5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Válvulas de Segurança e de Alívio


2. Ventosas
3. Válvulas de admissão de ar
4. Operação em falhas acidentais

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REDES DE FLUIDOS

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Segurança
• São órgãos de segurança de pressão,
abrem-se automaticamente a um valor
predeterminado de um gás, vapor ou
líquido, superior à pressão atmosférica;
• Sob a ação única do fluído sem
intervenção de qualquer outra fonte de
energia;
• Descarregam um caudal de fluido
suficiente para impedir que a pressão
ultrapasse um valor máximo de serviço
com um valor predeterminado;
• Fecham-se automaticamente cessando
a descarga do fluido quando as
condições de serviço forem
normalmente restabelecidas. 5

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Segurança
• Descarregam automaticamente vapor ou
gás, de forma a impedir que seja
excedida a pressão de segurança;
• Normalmente têm uma atuação precisa,
e atingem a sua descarga nominal com
um aumento de 10% acima da pressão
de inicio da descarga;
• Devido à compressibilidade e à força
elástica dos gases, é necessário para
fazer descer a sua pressão, que se
descarregue um grande volume de gás
num intervalo de tempo curto;
• Por este motivo, o perfil das sedes e do
obturador das válvulas de segurança são
concebidos de tal forma que a abertura
total se dê imediatamente após atingida 6
Válvula de segurança
a sua pressão de abertura.

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Alívio
• São dispositivos que descarregam • Atinge o seu valor máximo, para um
automaticamente líquidos, de forma aumento de pressão compreendido
a que uma pressão pré-determinada entre 10 a 25 % acima da pressão de
não seja excedida; referência;
• O termo válvula de alívio, é • Válvulas de segurança e de alívio,
geralmente utilizado, para válvulas são dispositivos que descarregam
que descarregam líquidos, nas quais quer líquidos, quer gases e vapores.
a abertura, é proporcional ao
aumento de pressão relativamente à
pressão de referência;
• Como a pressão baixa muito
rapidamente, mesmo com uma
pequena descarga de líquido, a sua
abertura é gradual;
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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de segurança
• Para fluidos gasosos não combustíveis  Pressão de início de abertura;
nem tóxicos, tal como o ar  Temperatura máxima de serviço;
comprimido, a extremidade de  Contra pressão inicial, constante
ou variável;
descarga é normalmente substituída
 Sobrepressão máxima;
por vários orifícios radialmente
 Ligações;
distribuídos na periferia do corpo;  Materiais;
• Faz-se a descarga diretamente para a  Acessórios:
atmosfera ou ambiente; • Braço de disparo;
• Especificação para dimensionamento: • Parafuso de ensaio;
• Junta tórica.
– As principais informações técnicas
‒ Caso de uma válvula para um
necessárias para escolher e
dimensionar uma válvula de segurança
débito conhecido, também:
 Caudal de descarga;
ou de alívio são:
 Sobrepressão máxima.
 Quantidade;
 Natureza do fluido;
 Códigos ou normas a cumprir; 8

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de segurança
– Caso de uma válvula para um
orifício imposto, adicionar:
 Dimensões da entrada/saída;
 Classe da pressão à entrada;
 Secção de passagem;
 Para líquidos:
• Densidade em relação à água;
• Viscosidade.
 Para gases:
• Índice adiabático k = cp/cv;
• Peso molar ou densidade em
relação ao ar;
• Fator de compressibilidade.

• Dimensionamento
‒ Fórmulas gerais de cálculo segundo
ISO 4126. 9

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de segurança
Instalação
• As válvulas de segurança e alívio são • Para que a descarga do fluído seja
órgãos de qualidade elevada, que deverão facilitada quando atingida a pressão de
ser tratados com precaução; regulação, estas válvulas apresentam
• Para que correspondam às exigências normalmente um diâmetro de saída
solicitadas, não devem estar sujeitas a superior ao da entrada, reduzindo desta
choques bruscos, quer durante o forma a contra - pressão de jusante;
transporte quer durante a montagem; • A estanquicidade metal/metal do
• As válvulas de segurança são instaladas na obturador e da tubeira pode ser afetada
vertical e o mais próximo possível do pela presença de impurezas do fluido
aparelho a proteger; descarregado ou durante o transporte;
• Nas caldeiras de vapor, a instalação das • Pelo que:
válvulas de segurança faz-se acima do ‒ É preciso verificar a limpeza das instalações,
nível máximo do líquido, de tal forma que quando da colocação em serviço e evitar
este não possa escoar-se através delas; qualquer penetração de impurezas durante a
• Normalmente estas válvulas possuem manipulação e montagem;
uma alavanca exterior destinada a fazer o ‒ Todas as tampas plásticas fornecidas para
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seu disparo para testes; proteção, só se retiram após a sua
montagem.

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de segurança
Testes de pressão e fuga
• Alguns códigos de proteção de • Deverá ser efetuado com a
equipamentos, obrigam à instalação frequência – prescrita nas normas –
de duas válvulas de segurança em um teste de pressão de início de
paralelo; abertura das válvulas.
• Para tal deverão possuir uma válvula
de três vias para permitir a sua
desmontagem para manutenção e
garantir que pelo menos uma das
válvulas está em operação.

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Introdução
• O ar presente em condutas de • Por estas razões, o ar nas condutas
transporte de líquidos, deve ser continuamente purgado, de
frequentemente provoca forma a manter a conduta livre de
inexplicáveis falhas operacionais no bolsas de ar sempre que possível;
sistema, que não são devidas ao • Em certas circunstâncias o ar deve
traçado da conduta; ser admitido para o interior das
• As bolsas de ar podem provocar: condutas:
‒ Variações bruscas de caudal e 1. Quando a conduta é esvaziada;
de pressão;
2. Em manobras acidentais, ou falhas
‒ Aumentos de pressão devido ao de bombas;
choque hidráulico;
3. Devido a ruturas das condutas.
‒ Escoamento com caudal
reduzido;
‒ Corrosão. 13

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
• Contudo a sua massa presente no
Introdução seio do líquido é superior a este
• A admissão rápida de ar pode ser limite, porque são introduzidas
necessária para assegurar: pequenas quantidades de ar não
1. A limitação da queda de pressão no
dissolvido;
interior de condutas e aparelhos; • No interior de uma conduta, a
2. A atenuação das flutuações de temperatura e a pressão variam nos
pressão devidas a manobras; pontos de diversão de caudal e de
3. Impedir o esmagamento de condutas redução de pressão;
de parede fina e de reservatórios; • Como consequência ocorre uma
4. Prevenção contra a contaminação da libertação de pequenas bolhas de ar
água nos pontos de vazamentos do do líquido;
sistema.
• Devido a uma falha de operação:
• A concentração de gases dissolvidos – Com um nível baixo de líquido no tanque
na água ou qualquer outro líquido de aspiração de uma bomba ou de um
não pode exceder os limites de reservatório de alimentação de uma
saturação à pressão atmosférica; conduta gravítica pode introduzir-se um
grande volume de ar no sistema através
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dos vórtices formados.

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Introdução
• O vácuo parcial durante a operação
de condutas ocorre durante:
‒ Interrupções anómalas do funcionamento
de bombas;

‒ Manobra de válvulas;

‒ Vazamentos ou ruturas nas condutas;

‒ Falsas operações de válvulas de controlo.

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Funções
• As ventosas são válvulas de controlo 3. Exaustão contínua de ar que se acumula sobre
de ar, com funcionamento pressão nos pontos altos das condutas, sem
permitir a descarga de líquido;
automático por intermédio de:
− Uma esfera flutuante que opera em 4. Impedir a formação do vácuo, resultante de
conjugação com um orifício de desenho manobras de fecho de válvulas, paragem de
apropriado para a respetiva aplicação. bombas ou arranque de turbinas e a posterior
expulsão do ar que admitido.
• Desempenham as seguintes funções:
1. Expulsar ar do interior das condutas de
água ou qualquer outro líquido, quando
estas estão a ser cheias;
Fecham-se e permanecem fechadas
quando a conduta está cheia para impedir
a perda de líquido;

2. Também para admitir ar quando a conduta


é esvaziada ou devido à ocorrência de uma 16
rutura;

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Simples efeito
• As ventosas de simples efeito, têm o – O ar descarrega-se pelo orifício
orifício reduzido, são apropriadas descoberto e consequentemente o nível
para desempenharem a função 3 em de água na câmara da válvula sobe;
que: – A esfera é novamente impulsionada até
o orifício ser novamente obstruído.
– Com a conduta em funcionamento a
esfera é mantida encostada à sede;
– Em serviço, o ar libertado pelo líquido
devido a diferenças de pressão na
conduta, vai-se acumulando na
câmara da ventosa até que atinge um
volume tal em que a impulsão do
líquido é anulada;
– Neste momento a esfera deixa de
estar em contacto com a sede;
17

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
– Normalmente este compromisso
Simples efeito consegue-se com um diâmetro da
ordem de 1,6 mm para pressões
• Para a esfera deixar de estar em inferiores a PN 10;
contacto com a sua sede, esta • Neste tipo de ventosas os flutuadores
deverá: são revestidos com borracha e as
− Ter um peso suficiente para vencer sedes do orifício são em bronze;
a força da pressão; • Quando a pressão aumenta, a partir
− Que é exercida pela esfera contra a
de um certo valor, a ação direta do
secção do orifício; flutuador sobre o orifício deixa de
funcionar;
− Isto significa que com válvulas de
forma convencional é necessário
existir um compromisso entre:
 A dimensão da esfera;

 A máxima pressão de serviço;

 O diâmetro do orifício de descarga. 18

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04/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Simples efeito
• Para pressões mais elevadas até PN
16 a obstrução passa a ser controlada
por um obturador atuado por um
mecanismo de alavanca, que
multiplica a força de atuação
permitindo assim o aumento da
pressão de serviço;
• Para pressões superiores a 24 bar,
adapta-se um contrapeso, para
compensar o peso do flutuador.

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Simples efeito - Purgadores sónicos
• Para pressões elevadas superiores a
PN 16 e quando é necessário o
escape de grandes quantidades de
ar, o orifício de escape de ar é uma
tubeira calibrada;
• O diâmetro da tubeira devido á
grande velocidade de escape de ar,
terá ser escolhido em função das
condições de serviço da instalação.

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Duplo efeito
• As ventosas de duplo efeito, tanto – Durante as operações de esvaziamento
servem para admitir ar como da conduta;
expulsar ar, têm orifícios em geral de – No momento em que a pressão no seu
grande secção e o seguinte princípio interior atingir o valor da pressão
atmosférica;
de funcionamento:
– A esfera cai, destapa o orifício e tem
– Quando a canalização se encontra inicio a admissão de ar.
vazia a esfera está assente no
descanso e o orifício está aberto;
– Quando se procede ao enchimento da
conduta o ar contido no seu interior
descarrega-se até que o líquido atinge
o flutuador da ventosa;
– Este flutua e assenta nas sedes e é aí
mantido nesta posição pela ação da
pressão do líquido, garantindo a
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obstrução da descarga;

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Duplo efeito
• Para pressões até 16 bar a esfera é
revestida por borracha vulcanizada,
para pressões superiores utilizam-se
flutuadores de aço inoxidável;
• As sedes são formadas por anéis de
borracha.

Tabela de dimensão rápida de ventosas de duplo efeito

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Triplo efeito
• As ventosas de triplo efeito
desempenham as funções de duplo
efeito e de simples efeito.
• Havendo ventosas formadas por duas
esferas associadas num corpo único,
com duas câmaras.

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Ventosas de triplo efeito com um único flutuador.

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Válvulas de admissão de ar
• São válvulas desenhadas para
admitirem grandes quantidades de
ar para o interior da canalização, de
forma a impedirem o colapso das
condutas, quando o sistema está a
ser cheio quer intencionalmente quer
acidentalmente;
• A perda de carga é reduzida
permitindo uma eficiente admissão e
a sua abertura ocorre mesmo quando
a pressão diferencial é muito baixa.

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Ventosas de esgoto
• Para líquidos que contenham
sólidos em suspensão,
capazes de obstruírem os
orifícios de escape de ar,
utilizam-se válvulas especiais,
nas quais o obturador é
acionado pelo flutuador por
intermédio de um veio de
forma a manter o obturador e
orifício fora do contacto com
o fluído.

Combinação de um eliminador de ar e de uma


válvula quebra vácuo
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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Ventosas de esgoto de tripla ação

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Implantação - Redes Exteriores
• Nas condutas de distribuição de – É o caso em que por exemplo numa
líquidos em geral o ar não necessita conduta de transporte de água a
de ser purgado ou admitido porque velocidade de escoamento satisfaz os
valores do gráfico pelo menos uma vez
elas são ventiladas normalmente
ao dia;
pelos pontos de consumo;
– Neste caso, válvulas de purga manual
• Condutas de transporte a longa deverão ser colocadas nos pontos altos
distância quer gravíticas, quer aonde é de esperar a formação de bolsas
forçadas não necessitam de ventosas, de ar.
se:
‒ A conduta for sempre ascendente ou
descendente em todo o percurso sem
inflexões;
‒ A conduta for auto-ventilada, ou seja
quando o escoamento é feito a uma
velocidade tal que provoca o
27
arrastamento das bolhas acima de
uma determinada dimensão;
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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Implantação - Redes Exteriores

• Devem ser colocadas válvulas de expulsão ou


admissão de ar nos pontos onde se espera que
se acumulem bolsas de ar, que são em geral:
L1 Pontos elevados intermédios e a jusante da válvula
de isolamento do reservatório;
L2 Pontos geodésicos elevados e nas extremidade de
troços horizontais;
L3 Pontos hidráulicos elevados;
L4 A jusante de válvulas de controlo e aonde ocorrer
uma alteração de diâmetros;
L5 A montante de uma válvula de isolamento de um 28
reservatório para segurança contra ruturas.

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Implantação - Redes Interiores
• Devem ser instaladas:
1. Nos topos das colunas de
recirculação com os arranjos
recomendados nas figuras;
2. Na parte superior de equipamentos
tais como:
‒ Baterias de transferência térmica;

‒ Equipamento de aquecimento de
combustíveis;

‒ Depósitos metálicos etc.

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Purga de ar numa
rede de combustível

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Guia de Instalação
• As válvulas para admissão e escape • Durante o enchimento de uma
de ar devem ser principalmente conduta a velocidade de admissão
aplicadas para o enchimento e não deverá ultrapassar 0,3 m/s
esvaziamento de sistemas quando a ventosa se encontrar
hidráulicos;
próxima da atitude de fecho, a que
• A sua ação/comportamento durante corresponde um aumento da pressão
a ocorrência de um acidente é muito de fecho da ordem de ∆P = 3 bar;
complexa e deverá ser analisada de
• Em percursos horizontais, as bolhas
uma forma judiciosa;
de ar existentes no seio do líquido,
• Os dados de dimensionamento são são arrastadas pela corrente líquida
baseados nas características para velocidades superiores a 0,3
específicas da instalação e cálculos;
m/s.
• Deverão ser efetuados cálculos para
determinarem-se os caudais de 30
admissão e descarga de ar;

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Guia de Instalação
• Em condutas com um baixo • O evento descrito poderá resultar
gradiente hidráulico formam-se numa situação explosiva, com ar a
bolsas de ar em inflexões verticais, ser expulso sem controlo nos pontos
curvas e derivações; de descarga livre tais como nos
reservatórios, originando pressões
• Quando atingem um determinado
incontroladas devidas ao choque
volume, as bolsas de ar começam a
hidráulico;
movimentar-se ao longo da conduta
devido à impulsão, arrastando outras • Para o evitar é muito importante
bolhas no percurso, resultando no instalarem-se válvulas de admissão e
movimento de um volume de ar que de descarga de ar nos pontos
se torna repentinamente substancial; elevados em que se irão formar as
bolsas de ar, para impedir o seu
arrastamento por longas distâncias;
31

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REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Guia de Instalação
• Em troços longos, particularmente • As válvulas deverão assim ficar
perto da linha de pressão dinâmica, localizadas nessas posições
as bolsas de ar poderão acumular-se intermédias L6.
aquém do topo de uma secção
ascendente ou descendente, em
troços de variação da inclinação;

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Guia de Instalação
• Em pontos geodésicos muito altos • A instalação de uma ventosa de triplo
imediatamente abaixo da linha de efeito com um tubo submerso
pressão estacionária, poderá ocorrer provido de um pequeno orifício
a admissão de ar por períodos curtos; impede o fecho brusco da ventosa.
• Cada vez que ocorrer uma variação
de caudal por exemplo sempre que
se manobra uma válvula;
• Isto poderá criar uma cavidade com
um volume suficiente para separar a
coluna líquida;
• Assim que a coluna se torna a reunir,
a válvula fecha rapidamente e
ocorrerá choque hidráulico;
33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Guia de Instalação Dimensionamento
• O ar acumulado no topo, após a • De uma forma expedita, sem recurso
reunião das colunas só se escapará a cálculos a determinação do
pelo pequeno orifício, assim o diâmetro dos orifícios de descarga,
movimento de fecho será poderá ser obtida a partir de gráficos;
amortecido;
• Na maior parte das aplicações é
• Quando a quantidade de ar utilizada uma única válvula para a
acumulado no ponto alto for admissão e a descarga de ar, pelo que
suficiente para amortecer a coluna deverá ser dimensionada para a
de água crescente, a bolsa de ar situação que se exige a maior secção
atuará como um amortecedor por de orifício.
variação do volume de ar.

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34

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04/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Ventosas
Operação em falhas acidentais
• Os acidentes correspondem a • Para estes cálculos deve seguir-se o
manobras acidentais: código:
‒ De funcionamento de bombas; ‒ DVGW W-303 Dynamic pressure variations
in water supply systems.
‒ De válvulas;

‒ À rutura de condutas.

• A válvula deverá ser dimensionada


de acordo com a característica do
sistema e com a determinação dos
efeitos do choque hidráulico uma vez
que o escoamento é desestabilizado
durante estes eventos.

35

35

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Redes de Fluidos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

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Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

36

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11/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

Caracterização das Válvulas de Controlo

Aula 37

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Válvulas de Controlo
2. Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
3. Válvula de Altitude
4. Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
5. Controlo e Fator Crítico de Escoamento
6. Ligações

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Definições e classificação Válvulas Redutoras de Pressão
• Válvulas de Controlo de Pressão • Podem ser de ação direta, ou
‒ São aquelas que não necessitam de atuadas por relés ou pilotos.
uma fonte exterior para atuarem.
• Válvulas Automáticas de Controlo
de Processo
‒ São aquelas em que pelo contrário
é necessária uma fonte exterior
para atuarem.
• As válvulas de controlo de pressão
para líquidos ou gases poderão ser
concebidas como:
− Válvulas Redutoras de Pressão;
− Válvulas Manutenção de Pressão;
− Válvulas para Controlo Indireto de 4
Pressão.

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Seleção e dimensionamento
Válvulas Redutoras de Pressão ‒ As válvulas de controlo de pressão
deverão ser criteriosamente
• Podem ser uma combinação dos selecionadas de acordo com as
seguintes tipos: condições de serviço pretendidas;
‒ Monobloco; ‒ Uma válvula incorretamente
‒ Atuação por mola; dimensionada, corre o risco de se
‒ Com ligações exteriores; deteriorar rapidamente ou não
‒ Atuação por um fluído sobre desempenhar as funções desejadas.
pressão; • É importante observar algumas regras
‒ Fecho hermético; básicas na aplicação de válvulas
‒ Atuação por piloto ou relé. redutoras de pressão, bem como na
sua instalação:
‒ Sempre que existirem grandes
variações de caudal é conveniente a
instalação de duas válvulas em
paralelo;
‒ Sempre que houver grandes perdas de
5
carga é conveniente a instalação de
duas válvulas em série.
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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Reguladores de Pressão de Gás
− Ação direta:
 A função fundamental do regulador de
pressão de gás é compatibilizar
(coordenar) o caudal que deixa passar
com a quantidade de fluido solicitado
pelo sistema consumidor.
 Ao mesmo tempo, o regulador deve
manter a pressão do sistema de uma
forma independente do caudal dentro de
determinados limites aceitáveis, para o
bom funcionamento dos equipamentos
consumidores.

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Reguladores de Pressão de Gás
− Ação direta:
 A função do regulador é a de introduzir
exatamente tanto fluido no sistema
quanto o consumidor remove de modo a
manter a pressão e jusante dentro de
limites apertados;

 Nas aplicações reais, devido à inércia do


sistema, são de esperar flutuações na
pressão sempre que o consumo variar
repentinamente.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Reguladores de Pressão de Gás − Seleção do Regulador
− Ação direta:  Para adaptar o regulador a uma dada
 Elementos essenciais de um regulador
aplicação, devem ser calibrados três
de gás: parâmetros:
1. Elemento de restrição (ou obturador)  Constante da mola;
que provoca uma restrição variável  O curso da válvula;
para modular o fluxo do gás;  A área eficaz do diafragma.
2. Elemento de carregamento (ou
atuador) para acionar o obturador.
Este elemento pode ser um peso,
uma alavanca, uma mola, um
atuador de diafragma ou de pistão,
etc.;
3. Elemento de medição (ou sensor)
que indicará quando o caudal está
ajustado de modo a atingir a
diferença de pressão pretendida. 8

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Regulador com diafragma e mola:
− Os reguladores modernos utilizam
molas, porque têm uma inércia
reduzida;
− Ajustando a mola do regulador
determina-se a pressão a jusante que
se pretende manter constante;
– Desempenho do Regulador:
 Num regulador real a curva
pressão/caudal é uma reta descendente
dentro de determinados limites da
capacidade, a zona normal de operação;
 Para caudal nulo, a pressão sobe para
que o fecho seja perfeito;
 A partir de um determinado aumento de
caudal o regulador já não responde 9
porque está limitado pelo seu diâmetro.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo ‒ Dimensão do orifício de passagem:


 A capacidade de escoamento é diretamente
proporcional ao tamanho do orifício do
Válvulas Redutoras de Pressão obturador;
 O aumento do diâmetro do orifício
• Regulador com diafragma e mola:
proporciona um caudal mais elevado;
‒ Constante da mola:
 Para se adaptar a um determinado caudal o
 Normalmente para obter maior precisão,
obturador desloca-se menos com um orifício
para o mesmo elemento obturador, utiliza-se
de maior diâmetro, do que um de menor
uma constante de mola o mais baixo possível;
diâmetro e a inclinação é atenuada;
 Os fabricantes de reguladores fornecem:
• Curvas de capacidade para vários calibres de mola.  Um diâmetro excessivo do orifício pode
originar problemas de instabilidade.
‒ Área eficaz do Diafragma:
 A alteração da área do diafragma varia a Nota: A experiência recomenda que se utilize o
inclinação da curva do regulador; menor orifício que é compatível com o caudal
 Quanto maior o tamanho do diafragma requerido.
maior a sensibilidade;
 Um diafragma de maior área produzirá uma
força maior para a mesma variação da
pressão de jusante (p2);
 Os diafragmas de maiores dimensões são
usados frequentemente para medir
10
pequenas variações de caudal nas aplicações
de baixa pressão.

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Regulador com diafragma e mola:
‒ Dimensão do orifício de passagem:
 Efeitos combinados da constante da
mola, da área do diafragma, e do
tamanho do orifício sobre a sobre a
curva característica:
• A curva A é uma curva de referência que
representa um regulador típico;
• A curva B representa o desempenho
otimizado devido a um aumento da área
do diafragma ou uma menor constante
da mola;

• A curva C representa o efeito do


aumento do diâmetro do orifício.

11
Curvas características de um regulador.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Regulador com diafragma e mola:  Embora de custo mais elevado são
‒ Piloto do Regulador: utilizados quando a precisão é
muito importante.
 A função principal do piloto (na realidade
um pequeno regulador) é aumentar a
sensibilidade do regulador;
 Desta forma reduz-se significativamente a
inclinação da curva característica
aumentando a exatidão sem afetar a
capacidade.
‒ Vantagens do Piloto
 A curva característica de um regulador
pilotado é muito menos inclinada do que
a de um regulador de ação direta;
 Devido à amplificação, os reguladores
pilotados têm uma variação da pressão de
jusante compreendida entre 1 e 3% da
pressão de regulação, para a gama de
caudal disponível, em vez dos 10 a 20% dos 12
reguladores de ação direta;

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REDES DE FLUIDOS

Regulador pilotado, com silenciador

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Redutoras de Pressão
• Regulador com diafragma e mola:
‒ Piloto do Regulador:
 As classes de precisão mais habituais
são:
• AC 10 e AC 20, para regulação;
• SG 30 e SG 50, para o fecho.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas de Atuação por Pressão
Diferencial
• As válvulas de atuação por pressão
diferencial são basicamente válvulas
de globo, em que:
‒ O obturador é atuado por um pistão
ou por uma membrana com mola;
‒ Nos quais uma das faces fica em
contacto com uma câmara colocada
na parte superior da válvula;
‒ O controlo da válvula poderá ser
direto ou realizado por diferentes
dispositivos (pilotos), etc.;
‒ Os pilotos permitem-lhe
desempenhar funções muito
dispares, tais como servir:
 Válvula redutora de pressão;
 Alívio;
 Retenção; 15
 Altitude.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas de Atuação por Pressão
Diferencial
• Princípio de funcionamento:

7 kgf/cm2 x (10 cm2 – 6 cm2) = 28 kgf.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas de Atuação por Pressão
Diferencial
• Princípio de funcionamento

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas de Atuação por Pressão
Diferencial
• Redução de pressão
– A ação da pressão a jusante da válvula
sobre o piloto, obriga a válvula principal a
ajustar-se às respetivas variações, de forma
a mantê-la constante.

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Alívio de Pressão

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Proteção de choque hidráulico

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Controlo de Caudal

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Controlo de Nível

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REDES DE FLUIDOS

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas de Atuação por Pressão Diferencial
− Válvula de Altitude

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Automáticas de
Controlo de Processos
• As válvulas automáticas de controlo
de processos, controlam o caudal por
variação da pressão do fluído em
escoamento, pois o caudal é
proporcional à perda de pressão
introduzida pela válvula;
• O deslocamento do obturador em
relação à sua sede, modifica a seção
de escoamento, variando deste modo
o caudal entre um mínimo e um
máximo;
• A força necessária para movimentar
o obturador, provem de um atuador
montado geralmente sobre a válvula. 26

26

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Os atuadores podem ser: − Independentemente do atuador
 Pneumáticos; utilizado dois suportes são
 hidráulicos; necessários:
 elétricos;  O primeiro é o sinal de controlo;
 ou uma combinação destes.  O segundo é a energia
necessária para o atuador.
− O atuador desenvolve a força
necessária para movimentar o − Os sinais para controlar a
obturador e mantê-lo num atuação, são obtidos a partir da
determinada posição apesar da instrumentação instalada na
reação do fluído. tubagem, em função de
− O desenvolvimento deste tipo de parâmetros, tais como:
equipamento permite a sua  Pressão;
aplicação em sistemas de grande
 Temperatura, etc. 27
complexidade.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Permitem a abertura e fecho do obturador,
controlando o caudal escoado através da
válvula, por forma a assegurar os requisitos
previstos para o processo.
− Para dar satisfação às diferentes
necessidades da indústria, uma grande
variedade de materiais são utilizados para o
seu fabrico, tais como:
 PVC;
 Ferro fundido;
 Aço ou carbono;
 Aço inoxidável;
 Alumínio;
 Ligas de níquel, etc. 28

28

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Características das válvulas
− À forma de movimentação − Aspeto à segurança

 Globo, gaveta e  Fail Closed (FC) – Na ausência de


diafragma - movimento sinal do controlador o fluxo é
alternativo; interrompido;
 Fail Open (FO) – São aquelas
 Esfera e borboleta – que funcionam na situação
giratório 90 ° máximo; inversa;
 Doseadoras rotativas –  Nas válvulas acionadas
rotação contínua. pneumaticamente usa-se a
denominação Air to Open (AO)
e Air to Close (AC ).
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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Características das válvulas
Número de vias
− Válvulas de duas vias − Válvulas de três

 Retas;  De mistura – convergente;


 Divisão de fluxo – divergentes.
 Em ângulo:
 Aplicam-se em − Quatro ou mais vias
escoamentos com
sólidos em suspensão
e produtos abrasivos;
 Frequentemente com
sede simples. 30

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Quanto ao número de vias
– As válvulas de controlo frequentemente mais empregadas as do tipo
globo com haste alternativa;
– Nestas válvulas, o obturador desloca-se perpendicularmente em
relação à sede;
– Enquanto nas válvulas de haste rotativa, o elemento de vedação
desloca-se de um ângulo de no máximo 90 º;
– As válvulas com esta configuração, as mais comuns são:
 As borboletas e;
 As esferas.
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31

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Diferentes tipos de válvulas
têm sido utilizados como
válvulas de controlo, com
variados graus de sucesso, a
mais comum é:
– Entrada simples (porta
simples);
– Entrada dupla (porta dupla).

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Os obturadores tipo pistão que
funcionam no interior de um
cilindro perfurado (sede), são
atualmente os mais utilizados.

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33

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Existem outros em que o
movimento do veio
também é de vai e vem,
tais como:
 Globo duas portas angular:
 Globo Y;

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Por rotação parcial;
− Obturador semi-esférico;
− Válvulas de borboleta.

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Obturador semi-esférico
Válvulas de borboleta

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− Obturador guiado superior e − Elemento superior que serve de guia ao
obturador e contém o empanque do veio.
inferiormente.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
– A tampa da válvula ou a parte
superior do corpo estão
preparadas para a montagem de
uma peça de fixação do atuador,
ou para a montagem direta
deste.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
– Processos que utilizam fluidos
com altas temperaturas.

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Corpo da válvula com tampa de extensão

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
– O empanque tem como função obter o máximo de
estanquicidade com o mínimo de fricção;
– Existem empanques fabricados em diversos materiais
como por exemplo:
 Telas impregnadas em PTFE;
 Anéis de PTFE, etc.
– Empanques lubrificados a óleo ou massa são opcionais,
estes são adequados quando se trabalha com
temperaturas elevadas ou quando se pretendem atritos
reduzidos;
– Os empanques devem ser cuidadosamente afinados de
forma a não se introduzirem grandes atritos no veio da
válvula, os quais poderão impedir o correto
desempenho desta;
– Quando se controlam fluidos tóxicos, perigosos ou de
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elevado custo, os empanques deverão ser especiais.

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
− O obturador e a sede são peças
internas da válvula que controlam o
caudal e estão em contacto com o
fluido.

− A seleção do material constituinte


da sede e do obturador é muito
importante, frequentemente utiliza-
se o aço inoxidável austenítico o
qual oferece uma grande resistência
mecânica e à corrosão.
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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
Válvulas Automáticas de
Controlo de Processos Sinais de controlo
• As válvulas automáticas de controlo • Os sinais de saída que servem para o
de processo, devem ser controlo destas válvulas podem
dimensionadas para as condições provir de detetores ou sensores
de caudal e pressão previstas. digitais, são em geral materializados
pelo estado de contactos,
• Os materiais constituintes dos seu
normalmente livres de potencial
componentes, devem ser
(sinais digitais);
corretamente selecionados, em
• Os sinais de saída de sensores
face da natureza e temperatura do
analógicos são materializados por
fluído a controlar.
uma grandeza física que deverá
• Todos os materiais devem ser permitir:
adequados para as condições de  A visualização da medida com
temperatura e pressão do fluído. aparelhos indicadores ou registadores;
 A transmissão à distância da
informação;
41
 O Tratamento automático da
informação por aparelhos de cálculo.
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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Sinais de controlo
− Os sinais de saída analógicos são do tipo:

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
– Capacidade
 A capacidade de uma válvula é  A curva dos valores de kv em função da
calculada pelo coeficiente kv abertura do obturador é utilizada para a
determinado empiricamente e indica o
caudal de água em m /h com uma
3 determinação do comportamento da válvula
temperatura compreendida entre 5 e em regulação;
40ºC que atravessa uma válvula com  Quando for conhecido o caudal determina-se
uma perda de carga de 1 bar (101,325 a perda de pressão por:
kPa);
2
 Se for conhecido o valor de kv, a perda Q  
de pressão admissível na válvula e a P    
densidade do fluido, determina-se o  kv  1000
caudal do escoamento nessas condições
por:  O coeficiente de perda de carga tem por
expressão: 4
∆𝑃 × 1000 d
𝑄=𝑘 [𝑚 /ℎ] k  16 
𝜌 kv2 43

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
− Em relação a sensibilidade as – Válvula de abertura rápida (on
válvulas podem ser:
– off):
 Crescente (logarítmica);
 Decrescente e;  Utilizada para o controlo de
 Constante (linear). nível, para processo de grande
capacidade, etc..
− A curva característica apresenta
a relação existente entre a – Válvula de característica
percentagem de abertura da
válvula e o caudal linear:
correspondente que passa
através desta, quando a 𝑄 = 𝑘. 𝑦
abertura varia de 0 a 100 %  Ideal para o controlo
para um diferencial de pressão proporcional. 44
constante sobre a válvula;

44

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
– As válvulas de controlo poderão
apresentar uma curva de
escoamento, os perfis mais
utilizados, são os de linear, igual
percentagem e o de abertura rápida;
– Linear:
• O caudal aumenta linearmente
com o curso do obturador.
− Igual Percentagem (logarítmica):
• Q = b. eay ;
• O caudal aumenta
exponencialmente com o curso
do obturador;
• Igual incremento do obturador
da válvula, produz uma variação
do kv também de igual
percentagem. 45

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
− Igual Percentagem (logarítmica):  A o emprego deste tipo de válvula
 Para uma determinada justifica-se para processos sensivelmente
percentagem de incrementos na afetados pela variação de caudal em
abertura, a válvula deixa passar
percentagem igual de relação ao caudal presente, quer seja
incremento de caudal; verificado com a válvula no início ou no
 O avanço do obturador provoca final do curso;
uma mudança de caudal  Principais aplicações para válvula
percentualmente proporcional
ao caudal anterior; logarítmica:
 Em outras palavras, quando a • Processo com carga muito variável;
válvula está quase fechada, • Processo de pequena variância;
ainda que tenha um grande
movimento na haste, observa-se • Controlador proporcional com faixa
pequena variação de caudal, já proporcional larga;
quando aberta, um pequeno
movimento corresponde a uma • Controlo de temperatura, nível e de
grande variação de caudal; caudal em geral. 46

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
– Característica parabólica modificada:
tem um comportamento intermédio
entre a característica linear e de igual
percentagem;
Isto permite uma regulação fina com
baixos caudais e um comportamento
com características aproximadamente
lineares para os caudais elevados;
– Abertura rápida: permite grandes
variações de caudal para alterações
muito pequenas do obturador. Tem em
geral um ganho demasiado elevado
para ser utilizado como válvula de
controlo, pelo que está limitada para
serviços tudo ou nada, tais como em
operações sequenciais quer em batch
ou processos semi-contínuos.
47

47

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo – Curva característica
– Curva característica inerente: • Válvula de característica linear:
L
 Refere-se a curva de calibração: ∆P Q
constante através da válvula.   1   L 2
1
2

– Curva característica instalada:


• Válvulas de característica parabólica ou
 Refere-se à válvula quando igual %:
presente na malha controlada; L2
Q
 Neste caso a pressão diferencial   1   L 
4
1
2

não é constante para a amplitude – L e Q são a: % do deslocamento e; fluxo máximo,


de caudal, e é sujeita influência respetivamente;
de bomba e elementos da – O termo α é definido como: o caudal entre a
tubulação; diferença de pressão através da válvula na condição
de fluxo máximo e a diferença para a condição de
 A curva característica instalada menor caudal;
(que considera os efeitos de – Os valores decrescentes de α significam aumento
restrição de componentes da das restrições através da válvula, enquanto para
instalação) é normalmente valor de α igual a 1 (um), a curva característica
48
descrita pela equação: instalada reproduz a inerente. (∆P constante – de
acordo com a definição da curva inerente).

48

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Diretrizes gerais para escolha do tipo Posicionadores
de válvula em função da operação
− Válvula de Controlo linear é ideal para: • Parte integrante de algumas válvulas de
 Controlo de nível; controlo, presente quando ao processo exige
 Controlo de pressão em fluidos das válvulas comportamento mais crítico;
compressíveis.
• Recebem o sinal de saída do controlador,
− Válvula Igual proporcional:
monitorizam mecanicamente o atuador e através
 Controlo de pressão de líquidos;
 Operações com grande amplitudes; de ampliação (correção) do sinal melhoram o
 Processos que exijam resposta rápida. desempenho do elemento final de controlo
− Escolha da válvula em relação às características procedendo à retroalimentação;
do fluido: • Assim a operação corrige e reposiciona a haste,
 Válvula Globo: Fluidos limpos, gases e líquidos remetendo desta forma uma ação mecânica que
de um modo geral; corrige os erros na posição relativa ao
 Válvula esfera: Fluidos com sólidos em
obturador/sede, aumentando assim o controlo
suspensão, lamas (fluidos pastosos);
 Válvula Borboleta: Gases de baixa pressão e
da válvula, isto é, aumenta desta forma sua
tubulações de grande diâmetro. sensibilidade. 49

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
– A utilização das válvulas de controlo está
limitada pela geração de ruído e pela
cavitação no caso de líquidos é a causa
mais frequente de danos;

 Escoamento sub-crítico:
 A menor pressão no interior da válvula não
é inferior à pressão de vapor (pv) do líquido
à temperatura de escoamento.
 Qualquer aumento na variação de pressão
produz um aumento no caudal:

 p  C 2f   ps 
Δps = p - pv
1 50
Cf fator de recuperação de pressão.
(Líquidos- ANSI / ISA – 75.01 )

50

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
− Escoamento crítico:
 Se a pressão de vapor (pv) se situar na zona A
ocorrerá vaporização do líquido e teremos
um escoamento bifásico a seguir à válvula.
 Se se situar na zona B ocorrerá cavitação na
válvula de controlo.

 p  C 2f   ps 
 p 
Δps = Δp - 0,96 - 0,28 ( 1 )pv 
1  pc 
 

 p  C 2f   ps  Δps = p - pv
1

 Simplificadamente, desde que pv < 0,5 p1.


51

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo

− Critérios de definição do escoamento


(Gases- ANSI / ISA – 75.01 )

 Subcrítico  p  0 ,5 C 2f p1
 Crítico  p  0 ,5 C 2f p1

52

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
− Dum modo geral os escoamentos críticos podem ser evitados com as
seguintes técnicas:
 Redução da perda de carga através da válvula
(grandes perdas de pressão poderão conduzir a cavitação).
 Alteração da localização da válvula no sistema
(colocada num ponto mais baixo, aumentar-se-á a pressão a montante,
p1 ).
 Escolha duma válvula com fator Cf elevado.
Valores altos de Cf (ou FL) refletem baixas recuperações de pressões.
Valores baixos de Cf, traduzem altas recuperações de pressões.
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53

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
− Fator crítico de escoamento:

pc – pressão crítica (no ponto crítico termodinâmico)


Cf – fator crítico de escoamento

54

54

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
C 2f   ps    pMax
 Perda de pressão máxima para o dimensionamento da válvula.
 Acima deste valor por mais que a pressão de montante (p1)
aumentar a válvula não possibilitará aumentos de caudal.

55

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Controlo
− O fator Cf estabelece a recuperação de pressão depende do tipo da
válvula, permite calcular a queda de pressão disponível sem que se
produzam fenómenos de cavitação ou evaporação.
− É normalmente apresentado como a raiz quadrada do cociente entre a
queda de pressão máxima e ps:

 pMax
Cf 
 ps
56

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− As válvulas devem ser sujeitas − Os principais sistemas de ligação
periodicamente a ações de de válvulas são os seguintes:
manutenção, o que exige  Canhões lisos;
normalmente a sua remoção  Flanges;
da tubagem, pelo que, as suas  Roscadas;
extremidades são geralmente  Por compressão;
preparadas para poderem ser
 Entre flanges;
desmontadas.
 Ponta e bolsa;
 Por soldadura.

57

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− Ligações entre Flanges
 Algumas válvulas de
borboleta, retenção e esfera,
próprias para condições de
serviço moderadas são
concebidas para ficarem
entre as flange da tubagem.
 É um tipo de ligação muito
económico.

58

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− Ligações Tipo Ponta e Bolsa
 As válvulas para ligações de ponta e bolsa utilizam-se em condutas de
ferro fundido e PVC destinados a água, esgotos e líquidos corrosivos.
 Neste tipo de união a ponta lisa dos tubos encaixa-se na bolsa da válvula,
no interior da qual é previamente colocado o material vedante que servirá
para garantir a estanquicidade da ligação.
 O vedante deverá ser elástico, ou oferecer uma perfeita aderência ao
tubo, deve ser resistente ao fluído, não dissolver nem contaminar o
mesmo.
 Os materiais mais utilizados são os anéis retentores da borracha ou
plástico.
59

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− Ligações por Soldadura
 Com o desenvolvimento das técnicas de soldadura, passaram a ser
comuns válvulas com extremidades preparadas para soldadura de encaixe
e de topo a topo.
 A desmontagem de válvulas com este tipo de ligações é difícil e necessita
da mão de obra especializada.
 São uniões que oferecem várias vantagens tais como:
 Uma boa resistência mecânica;
 Uma vedação perfeita e duradoura;
 Fácil aplicação de isolamentos térmicos e pintura.

60

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11/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de Controlo
• Válvulas Automáticas de Controlo de Processos
Ligações
− Ligações por Soldadura
 A soldadura de encaixe é comum em válvulas de aço, para aplicações até
ao diâmetro de 32 mm incluído, utilizam-se também em válvulas
fabricadas em materiais não ferrosos, ou PVC, de diâmetros até 100 mm.
 São adequadas para funcionarem com pressões e temperaturas elevadas,
não se recomenda a sua utilização com fluidos corrosivos ou erosivos.
 Uma variante da soldadura por encaixe é soldadura por capilaridade, com
solda fundida o espaço anular compreendido entre o encaixe e o tubo, os
quais são maquinados com tolerâncias apertadas.
 Este tipo de união, é frequentemente em tubos de cobre com diâmetro
igual ou inferior a 65 mm. A temperatura de utilização é limitada pelo
ponto de fusão da solda. 61

61

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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15/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

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REDES DE FLUIDOS

Seleção e dimensionamento de válvulas de


controlo

Aula 38

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


seção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
2
15/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Condições de funcionamento
2. Perdas de carga a admitir nas válvulas de regulação
3. Dinâmica do escoamento através da válvula
4. Coeficiente de caudal
5. Cavitação
6. O efeito da redução de diâmetro
7. Escoamento Crítico ou Subcrítico?
8. Fórmulas de dimensionamento
9. Fator de Escoamento Crítico
10. Compressibilidade
3

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• As válvulas são dispositivos caros ⇒ é necessário:
− Assegurar que os dados do processo estão corretos;
− Ao calcular não dimensionar de acordo com a tubulação;
− Na maioria dos casos aplicar cones de redução;
− Tomar cuidado com as dimensões ANSI;
− Não trabalhar com aberturas > 70 %;
− Utilizar o software do fabricante de válvulas;
− Comparar cálculos de diversos fabricantes com o selecionado;
− Confirmar os resultados através de válvulas já em
funcionamento.
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Desempenho de uma válvula
– Influenciado por:
• Cavitação;
• Flashing;
• Ruído;
• Corrosão;
• Incrustações.

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Condições de funcionamento
− As dimensões corretas para uma válvula calculam-se por fórmulas,
cuja aplicação obriga a conhecerem-se as condições de escoamento;
− Frequentemente uma ou mais das condições de escoamento é
assumida arbitrariamente e é a avaliação correta do valor destas
condições que realmente determinam as dimensões finais da válvula;
− Este problema não se resolve com fórmulas mas sim com bom senso
aliado à experiência;
− A maior parte dos erros de dimensionamento são devidos à incorreta
quantificação das condições de escoamento;
− Geralmente tem-se a tendência para se sobredimensionarem as
válvulas de forma a trabalhar-se do lado da segurança. De um
acumular destes fatores de segurança resulta correntemente uma
válvula sobredimensionada com problemas de desempenho. 6

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Perdas de carga a admitir nas válvulas de regulação
− Num sistema simples de redução de pressão, a perda de carga através
da válvula é conhecida corretamente;
− O mesmo acontece numa instalação de controlo de nível em que o
líquido escoa-se de um depósito sobre pressão constante para outro
sujeito também a uma pressão constante mas de valor inferior;
− Se a diferença de pressões for pequena a perda da carga através da
válvula terá de ser reduzida;
− Na maior parte das aplicações de controlo de caudal a perda da carga
através da válvula é escolhida arbitrariamente;
− É difícil estabelecerem-se regras de cálculo devido à variedade e
complexidade de aplicações possíveis;
− A perda de carga através da válvula é muitas vezes adotada como uma
percentagem da perda de carga do circuito em que a válvula se
encontra instalada.
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Perdas de carga a admitir nas válvulas de regulação
− Uma regra aceitável é a de a válvula assumir 50% da perda de
pressão da linha, ou 1/3 da perda de pressão total do sistema,
incluindo permutadores, difusores, tubagem, etc. Isto pode parecer
excessivo mas se removermos a válvula de controlo de tal sistema o
acréscimo de caudal é da ordem de 3/2 ou seja 23%;
− Em válvulas colocadas em linhas muito longas ou com elevada perda
de carga a perda de pressão através da válvula deverá ser
estabelecida entre 15% e 25% da perda de carga total;
− A pressão absorvida pela válvula de controlo é a diferença entre a
pressão disponível no sistema e a requerida para se obter o caudal
pretendido. Isto é determinado pelas características do sistema e não
por assunções teóricas.
8

4
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Perdas de carga a admitir nas válvulas de regulação
− Por razões de economia, o engenheiro pretende que a perda de carga
através das válvulas seja a mais baixa possível;
− Contudo as válvulas para regularem o caudal têm de absorver
pressão disponível no sistema, ou seja criam perda de carga;
− Quando a perda de pressão através da válvula for uma pequena
parcela da perda de pressão do sistema, a sua capacidade para
aumentar o caudal é reduzida.

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• O caudal a dimensionar
− A válvula deverá ser dimensionada de forma a permitir um acréscimo de caudal
compreendido entre 15% e 50% acima do caudal máximo requerido pelo processo;
− Os valores do caudal permanente e do caudal máximo deverão sempre que
possível ser selecionados com base nas condições de funcionamento do sistema;
− Muitas vezes uma redução de caudal num sistema implica um aumento da perda
de pressão através da válvula muito superior ao previsto;
− Se por exemplo a válvula for dimensionada para permitir um caudal máximo de
200 m3/h com uma perda de pressão de 2,5 bar e um caudal mínimo de 25 m3 /h
com Ap = 10 bar, a variação da seção de controlo da válvula é de 16 para 1 e não
de 8 para 1, como pode parecer à primeira vista;
− A variação de seção requerida para o orifício de controlo é o produto entre a
relação caudal máximo/caudal mínimo e a raiz quadrada da relação entre a perda
de pressão máxima e mínima:

200 10 1
× =
25 2,5 16
10

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Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Considerações
− A perda de carga introduzida no sistema deve sempre ser levada em
consideração. Será tanto maior quanto mais próxima do fecho;
− A perda de carga baixa (∆p) implica uma válvula de grande capacidade, no
entanto:
 Acarreta ao sistema baixa amplitude;
 Quando em operação deve trabalhar quase totalmente fechada,
reduzindo desta forma o controlo.
− A perda de carga elevada (∆p) apresenta pequena capacidade e grande
sensibilidade, logo, controlo reduzido e opera próximo da abertura total;
− Regra geral:
 Em normal operação a ∆p de uma válvula deverá ter 20 a 50 % da ∆p
dinâmica da tubulação ou;
 Se a ∆p for de 25% da perda de carga total ou 69 kPa (10 psi), adota-
se o valor que for maior.
11

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Considerações
− Dimensionamento para − Dimensionamento para gases:
líquidos:
 Fluido;  Fluido;
 Pressão de entrada*;  Pressão de entrada*;
 Pressão de saída*;  Pressão de saída*;
 Temperatura*;  Temperatura*;
 Caudal mínimo, normal e  Caudal mínimo, normal e
máximo; máximo;
 Densidade específica (𝐺) na  Temperatura crítica (𝑝𝑐);
temperatura de operação;  Pressão crítica (𝑝𝑐);
 Pressão crítica (𝑝𝑐);  Densidade específica ( 𝐺 ) na
 Pressão de vapor (𝑝𝑣); temperatura de operação;
 Viscosidade.  Peso molecular. 12
* Nas condições de caudal mínimo, normal e máximo.
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Considerações
− Utilização de fórmulas
auxiliares
 As informações necessárias para b) Dados quanto ao fluido:
o dimensionamento de uma
 Identificação do fluido;
válvula de controlo, podem ser
divididas em três grupos:  Estado de fase do fluido
a) Dados quanto ao (líquido ou gasoso):
escoamento: densidade. Peso específico
 O caudal (máximo, normal ou peso molecular;
e mínimo);  Viscosidade;
 Pressão a montante (𝑝1) e
a jusante ( 𝑝2 ) para o  Pressão de vaporização.
caudal máximo, normal e c) Dados quanto à influência da
mínimo; tubulação:
 Temperatura do  O diâmetro da tubulação
escoamento. de entrada e saída. 13

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Dinâmica do escoamento através da válvula
− A apresentação das equações para cálculo do coeficiente de caudal (𝒌𝒗 )
divide-se em dois grupos conforme o tipo de fluido:
 Fluidos incompressíveis ou;
 Fluidos compressíveis.
− Segundo o escoamento de um fluido incompressível que escoa através de
uma válvula de controlo, afirma-se que:
 Esta energia adicional surgida durante a passagem do escoamento
pela sede da válvula, deve-se à transformação da pressão estática do
fluido, a qual diminui a medida em que a velocidade aumenta;
 O fluido ao entrar no interior da válvula de controlo passa por um
processo de transformação de energia, o qual segue os princípios
físicos da conservação da massa e da energia;
 Considerando que o fluido de processo é um líquido (fluido
incompressível), podemos verificar que quando o mesmo passa
através de uma restrição, a sua velocidade de escoamento aumenta;14
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Dinâmica do escoamento através da válvula
− Após o escoamento do fluido pela sede, a velocidade retorna ao seu
valor original, enquanto que a pressão estática recupera um pouco,
porém mantendo-se a um valor inferior ao que apresentava antes na
entrada da válvula;
− A esta diferença entre a pressão a montante (𝑝1) e a pressão a jusante
(𝑝2), dá-se o nome de diferencial de pressão ou queda de pressão.

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Dinâmica do escoamento através da válvula
− Esquema do comportamento da pressão e da velocidade de um
líquido que atravessa a válvula de controlo:

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Dinâmica do escoamento através da válvula
− Dimensionamento para fluidos compressíveis (gases):
 O gás é mais difícil de ser manipulado que o líquido, por ser
compressível;
 As diferenças entre os fabricantes são encontradas nas equações de
dimensionamento para fluidos compressíveis;
 Estas diferenças são devidas ao modo que se expressa ou se
considera o fenómeno do caudal crítico;
 O caudal crítico é a condição que existe quando o caudal não é mais
função da raiz quadrada da diferença de pressão através da válvula,
mas apenas função da pressão a montante;
 Este fenómeno ocorre quando o fluido atinge a velocidade do som na
vena contracta;
 Assim que o gás atinge a velocidade do som, no caudal crítico, a
variação na pressão a jusante não afeta o caudal, somente variação
na pressão a montante afeta o caudal. 17

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Cavitação
– A cativação é um tipo de escoamento para líquidos associado há muito
tempo como funcionamento de bombas;
– Com o emprego de válvulas de grande capacidade (borboleta, macho
esférico, etc) ou de válvulas que funcionam com grandes perdas de
pressão advém a necessidade de verificar o seu funcionamento sob o
ponto de vista de cavitação;
– Em breves palavras a cavitação é a passagem de parte do líquido à
fase de vapor durante a rápida aceleração do líquido na seção do
orifício da válvula e o colapso subsequente das bolsas de vapor na
seção a jusante.
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Cavitação
– O colapso das bolhas de vapor provoca acréscimos de pressão localizados
com um valor de 7 000 bar ou mesmo superior ao que conduz à rápida
deterioração das sedes e obturador e causa vibrações e ruído.
– As bolhas assim formadas, ao seguirem as linhas de corrente, entram a
seguir em regiões onde a pressão volta a aumentar e colapsam,
originando picos de pressão elevados dando origem a ondas de choque.
Se estas ondas se formarem junto às paredes das válvulas estas vão sendo
picadas, o que originará a erosão das superfícies, e mesmo, a furos;
– Se o líquido tiver partículas em suspensão, dá-se também a projeção
destas sobre as paredes da válvula;
– Poderão existir também ruídos e vibrações excessivas suficientemente
grandes para destruir, em pouco tempo, a válvula.
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Cavitação
− O ruído é devido à
sobreposição de vários
fatores, os mais importantes
são a cavitação e o flashing,
com particular importância
para a cavitação;
− O ruído aerodinâmico é
introduzido por válvulas
destinadas ao controlo de
caudal de gás;
− O ruído hidrodinâmico é As principais causas são:
introduzido pela passagem de  Caudal;
líquidos através das válvulas e  Relação entre a pressão de entrada e
é a principal fonte de ruído pressão de saída;
numa válvula de controlo:  Geometria da válvula;
 Propriedades físicas do fluido. 20

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Cavitação
− Se a pressão a jusante da
válvula é inferior à pressão
de vapor do líquido o
fenómeno chama-se flashing
(ver figura);
− O flashing é devido à
vaporização do líquido pela
baixa de pressão;
− Difere da cavitação por não
haver a seguir um aumento
suficiente da pressão,
passando assim o líquido ao
estado gasoso e nele
permanecendo. Flashing
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Cavitação
− Quando a pressão a jusante
for superior à pressão de
vapor do líquido as bolhas de
vapor colapsam e integram-
se no líquido;
− Estes dois estágios do
escoamento constituem a
cavitação (ver figura).

Cavitação
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Cavitação
– É necessário a prevenção contra o escoamento em cavitação,
principalmente em escoamento sob uma grande perda de pressão;
– A cavitação ocorre quando num líquido em escoamento a sua pressão
desce a um valor inferior à tensão de vapor, neste ponto a
continuidade do escoamento é afetada pela formação de bolsas de
vapor;
– Nas válvulas ocorre uma recuperação da pressão ou seja a pressão a
jusante da válvula é superior à pressão no orifício de controlo.

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Cavitação
A redução da cavitação pode ser feita de modos diversos:
– A cavitação pode ser eliminada se não deixar que a pressão do líquido
desça abaixo da tensão de vaporização;
– Em alternativa é possível atenuar a cavitação, não permitindo que a
pressão do fluido desça substancialmente, nomeadamente:
• Pela modificação do circuito hidráulico de forma a que a válvula não seja instalada
numa zona em que a pressão possa ser muito baixa (se tal for possível);
• Colocando a jusante da válvula uma placa perfurada que introduza uma perda de
carga, de modo a aumentar a contra pressão na válvula, reduzindo assim o seu Δp;
• Utilizando válvulas com multiqueda de pressão ou com vários orifícios;
• Pela seleção do tipo e material do corpo da válvula, de forma a resistir à erosão, em
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particular, em condições extremas de pressão diferencial e de temperatura.
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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Cavitação
− As cavidades que nascem dentro do líquido e que colapsam
subitamente limitam a capacidade da válvula a partir de um
determinado caudal crítico;
− Assim, se a válvula de controlo tem um diâmetro mais pequeno do
que a tubagem, é necessário ter em conta o efeito de cones redutores
que ligam a tubagem à válvula de controlo;
− Dando lugar a uma perda de carga adicional que proporciona um
menor caudal com o mesmo 𝒌𝒗 (𝑜𝑢 𝑪𝒗).

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Coeficiente de caudal
− A utilização do coeficiente de caudal 𝐶𝑣 foi introduzido por Masoneilan em 1944 e foi
rapidamente difundido;
− O coeficiente foi adotado em 1962 pelo Fluid Controls Institute (FCI 62-1) com o objetivo
de padronizar a expressão da capacidade de caudal de válvulas de controlo;
− Em 1975 foi normalizado pelo ISA (ISA-S39.1) e em 1977 homologada pela ISA-S75.01;
− Por definição o coeficiente de caudal 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) é o caudal em 𝒎𝟑/𝒉 (galões USA por
minuto) que escoa através de uma restrição de caudal com uma perda da pressão de 1
bar (1 psi):

𝑸 = 𝒌 ∆𝒑
− Uma válvula em que numa determinada posição apresenta um coeficiente de caudal 𝑘𝑣
de 20, quer dizer que o caudal que atravessa é de 20 m3/h para a perda de pressão de 1
bar;
− O caudal de uma válvula é o volume de fluido que pode passar através dela num
determinado tempo.

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• Coeficiente de caudal
− A determinação do 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) é realizado sob condições padronizadas como,
por exemplo, o nível constante de água em relação à válvula, distância e
posição dos instrumentos e detalhes sobre a tomada de pressão;
− A maneira padronizada para especificar o caudal de uma válvula é através
dos coeficientes 𝒌𝒗 (𝑪𝒗), os quais permitem a seleção de válvulas por um
método prático, dimensionando-as corretamente para cada caso em
particular;
− O caudal efetivo de uma válvula depende de vários fatores, entre os quais
a pressão absoluta na saída, temperatura e queda de pressão admitida;
− Leva em conta as características dos fluidos, se compressíveis ou não.
Podem também variar de acordo com parâmetros definidos pelos
fabricantes das válvulas. 27

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• Coeficiente de caudal
− Dimensionar uma válvula de controlo consiste selecionar um diâmetro de válvula
com 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) e uma curva característica de caudal a partir do 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) calculado
(requerido pelo processo) pela utilização das equações especificas para o tipo de
fluido;
− Abertura da Válvula (%) = (𝑪𝒗calculado/𝑪𝒗selecionado) x f(curva característica de
caudal) x 100;
− O 𝑪𝒗 é definido como o caudal nas unidades (USA), i.e., galões de água que passam
pela válvula totalmente aberta num minuto, à temperatura de 68 °F, provocando
uma queda de pressão de 1 psig;
− O 𝒌𝒗 é definido pelo sistema métrico de caudal de água à temperatura de 20 ºC,
que passa numa válvula aberta, expressa em m3/h, quando submetida a um
diferencial de pressão de 1 kgf/cm2;
− O fator de conversão da relação entre 𝑘𝑣 e Cv é de:
𝒌𝒗 = 𝟎, 𝟖𝟔 × 𝑪𝒗 𝒐𝒖 𝑪𝒗 = 𝟏, 𝟏𝟔 × 𝒌𝒗 28

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• Coeficiente de caudal
– O 𝑪𝒗 é expresso na equação: – O 𝒌𝒗 é expresso na equação:

[ ]
𝑄[𝑚 ⁄ℎ]
𝐶 = 𝑘 =
∆ [ ] ∆𝑝[𝑘𝑔𝑓⁄𝑐𝑚 ]
𝐺

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• Coeficiente de caudal
− Atualmente, são utilizadas várias equações para cálculo do 𝒌𝒗 (𝑪𝒗),
que levam em conta o estado físico do fluido e uma série de fatores
não considerados na expressão acima;
− Obtidas experimentalmente pelos fabricantes e listado em tabelas
com os respetivos diâmetros nominais das válvulas;
− O 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) está relacionado diretamente ao tipo de válvula e a sua
área de passagem e basicamente exprime a sua capacidade de caudal;
− Quanto maior for o 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) de uma válvula, maior a sua capacidade de
caudal quando instalada num processo;
− Para selecionar uma válvula, deve-se inicialmente, calcular o 𝒌𝒗 (𝑪𝒗)
requerido, selecionando na tabela do fabricante um 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) nominal
sempre maior que o calculado. 30

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• Coeficiente de caudal (𝒌𝒗)

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)
− As cavidades que nascem dentro do
líquido e que colapsam subitamente
limitam a capacidade da válvula a
partir de um determinado caudal
crítico;
− Nos ensaios realizados com a água
determinou-se que a curva que
relaciona o caudal 𝑄 é a Δ𝑝 , sendo Δ𝑝
a perda de carga promovida pela
válvula;
− Esta curva está representada na figura
podendo observar-se que a sua
inclinação inicial é constante uma vez
que corresponde à expressão:
𝑘 =𝑄× Curva de ensaio caudal vs. Δ𝑝 para a

água.
como 𝜌 = 1 → 𝑘 =

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)
− Ao aumentar gradualmente a perda • A capacidade de recuperação de
de carga com uma pressão de pressão de uma válvula é função da
entrada constante, a curva começa a sua construção e quanto maior for
desviar-se a partir de um ponto que esta capacidade maior será a
revela o início da cavitação e que possibilidade de ocorrer cavitação;
está definida pelo coeficiente 𝑘𝑐 • Existe um coeficiente 𝐹𝐿 (igual a 𝐶𝑓 )
(índice de cavitação); denominado de recuperação de
∆ pressão, que depende da forma
− Em que: 𝑘 = = geométrica da válvula e que é igual a:
𝑝1 Pressão na entrada da válvula; 𝑝 −𝑝
𝐹 =
𝑝2 Pressão na saída da válvula; 𝑝 −𝑝
𝑝𝑣 Pressão de vapor do líquido na sendo 𝑝𝑣𝑐 = pressão na seção
entrada (igual à pressão na seção contraída;
contraída) [kgf/cm2];
• Note-se que quanto maior for o valor
Δ𝑝 Perda de carga através da válvula do coeficiente, tanto menor será o
(𝑝 − 𝑝 ).
risco de cavitação. 33

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)
− O 𝑭𝑳 (ou 𝐶𝑓) é fator de
escoamento crítico ou fator
de recuperação de pressão é
adimensional, exprime a
capacidade de recuperação
da pressão numa válvula;
− Recuperação de pressão
"pressure recovery" é o
termo utilizado para
quantificar a diferença entre
Recuperação da pressão
a menor pressão interna que
se verifica na válvula e a
pressão mais alta que tem
lugar a jusante da válvula. 34

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)
− Na tabela I apresentam-se valores de FL, correspondentes à posição de
abertura máxima para os tipos de válvula de controlo mais comuns.

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)
– A variação de FL (ou 𝐶𝑓)para
as posições intermédias do
obturador está expressa no
gráfico da figura.

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)
– O fator de escoamento crítico 𝐹𝐿𝑃 (𝐶𝑓𝑟) para válvulas de seção reduzida, com
relações entre a seção da linha e da válvula da ordem de 1,5 ou superiores,
pode-se ler na Tabela I, para outras relações de seções utiliza-se a expressão:

1 𝑘 𝑑
𝐹 = + 1−
𝐹 0,053 𝑑 𝐷

𝐹𝐿 (𝐶𝑓) Fator de escoamento crítico


𝐹𝐿𝑃 (𝐶𝑓𝑟) Fator de escoamento crítico para seção reduzida
𝑘𝑣 Coeficiente de escoamento da válvula [m3/h ; bar]
𝑑𝑣 Diâmetro da válvula [mm]
𝐷 Diâmetro da tubulação [mm]
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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)
− Para aplicações onde não é − Para determinar a queda de pressão a
permitida a ocorrência de partir da qual começa a ocorrer
cavitação, utiliza-se o coeficiente cavitação incipiente utiliza-se a
de cavitação incipiente, 𝒌𝒄 em vez expressão:
de 𝐹𝐿 (ou 𝐶𝑓);
− Na Tabela I estão listados os ∆𝑝 = 𝑘𝑐 𝑝 − 𝑝
valores de 𝑘𝑐 ; em que:
− O mesmo valor 𝑘𝑐 pode ser 𝑘𝑐 Coeficiente de cavitação incipiente.
utilizado com segurança para a
seção reduzida;
− O fator de escoamento crítico (𝐹𝐿,
(ISA) ( 𝐶𝑓 Masoneilan) define a
capacidade da recuperação de
pressão do fluído no escoamento
para cada tipo de válvula;

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)
− A perda de pressão máxima − Matematicamente define-se a
que pode ocorrer numa queda de pressão crítica em
válvula sem que ocorra função do fator de escoamento
cavitação designa-se por crítico 𝐹𝐿 como:
queda de pressão crítica
𝒑𝒄𝒓𝒊𝒕;
− A cavitação ocorrerá quando ∆𝑝 =𝐹 𝑝 −𝑝
a perda de pressão for
superior à queda de pressão
crítica e a pressão a jusante
da válvula for superior à
pressão de vapor do líquido
em escoamento;

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Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Como evitar a cavitação
– Pela expressão ∆𝑝 = 𝐹 𝑝 − 𝑝 resulta como óbvio, que o primeiro
remédio para evitar a cavitação, é a de não permitir que a perda de
pressão através da válvula seja superior à perda de pressão crítica;
– Isto pode ser feito por exemplo aumentando-se a pressão a montante 𝒑𝟏
colocando a válvula para o efeito num ponto baixo da linha;
– Uma outra solução consistirá na escolha de um tipo de válvula que
possua um elevado fator 𝑭𝑳 (ou 𝐶𝑓), ou 𝒌𝒄;
– Também podem ser instaladas duas válvulas iguais em série. O fator de
escoamento crítico combinado para as duas válvulas é calculado do
seguinte modo:

𝐹 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑣á𝑙𝑣𝑢𝑙𝑎𝑠 = 𝐹 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑣á𝑙𝑣𝑢𝑙𝑎


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• Como evitar a cavitação
– Observa-se que neste caso o coeficiente 𝑘𝑣 (𝐶𝑣 ) de cada válvula
deverá ser aumentado em 40%, para compensar a redução da perda
de pressão;
– É importante que as características de escoamento e a abertura de
ambas as válvulas sejam idênticas.

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• Dinâmica do escoamento através da válvula

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• O efeito da redução de diâmetro
– Quando as válvulas são montadas entre cones de redução, há um decréscimo da
capacidade da válvula;
– Os cones de redução criam uma perda de pressão adicional no sistema porque
contraem e alargam o escoamento durante a passagem pela válvula;
– Assim, se a válvula de controlo tem um diâmetro mais pequeno do que a tubagem,
é necessário ter em conta o efeito de cones redutores que conectam a tubagem à
válvula de controlo;
– Dando lugar a uma perda de carga adicional que proporciona um menor caudal
com o mesmo 𝒌𝒗 (𝑜𝑢 𝑪𝒗);
– Por este motivo aplica-se um coeficiente 𝐹𝑝 que é o fator de correção da
capacidade de escoamento da válvula 𝐹𝑝 (ISA) (𝑅 – Masoneilan) baseia-se na perda
de carga provocada por uma contração ou alargamento bruscos;
– Este valor representa a perda de pressão máxima e permite calcular a válvula do
lado da segurança.
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Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• O efeito da redução de diâmetro
– Aumentando a perda de carga, a • O ponto de interseção da reta com
inclinação 𝒌𝒗 e a reta horizontal
curva transforma-se numa reta obtém-se o valor 𝐹 (ou 𝐶 );
horizontal indicando que se chegou • Logo:
à condição de caudal crítico ∆𝑝
(chocked flow), isto é, que uma 𝐹 =
𝑝 −𝑝
diminuição da pressão posterior com:
não aumenta o caudal; 𝐹𝐿 Coeficiente de recuperação de
pressão;
– Assim, a expressão de 𝒌𝒗 passa a 𝛥𝑝𝑠 Perda de carga através da
ser: válvula necessária para obter
o caudal crítico
𝑝𝑣𝑐 Pressão na seção contraída

𝑘 =𝑄× ⇒𝑘 = ×
∆ 𝑭𝒑 ∆

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• O efeito da redução de diâmetro
• Isto é, o caudal crítico alcança-se pela
– Assim, a condição de caudal relação entre as pressões anterior e
crítico obtém-se quando: posterior, respetivamente;
• Assim a perda de carga deve limitar-se,
∆𝒑 ≥ 𝑭𝟐𝑳 × 𝒑𝟏 − 𝒑𝒗𝒄 para que não existam condições de
caudal crítico e evitar também o
com: fenómeno de cavitação, aos valores
𝐹𝐿 Coeficiente de recuperação de calculados pela seguinte expressão:
pressão; ∆𝒑 ≤ 𝒌𝒄 × 𝒑𝟏 − 𝒑𝒗
𝑝1 Pressão na entrada da válvula com:
𝑝𝑣𝑐 Pressão na seção contraída 𝛥𝑝 Perda de carga
𝑝1 Pressão na entrada da
válvula
𝑝𝑣 pressão de vapor do líquido
na entrada (igual também à
pressão na seção contraída)
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• O efeito da redução de diâmetro
– Experimentalmente, encontrou-se nos ensaios efetuados no ar e na
água que 𝐹 (ou 𝐶 ) mantém-se em valores coincidentes, tanto para
líquidos em condições de vaporização ou de cavitação, como em gases
com caudais críticos;
– Na Tabela seguinte pode observar-se valores representativos para
diferentes tipos de válvulas, no entanto é necessário assinalar que são
valores apenas de referência e que diante um caso prático é
conveniente consultar as tabelas publicadas pelos fabricantes.

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• O efeito da redução de diâmetro
− Tabela com fatores de caudal de válvulas de controlo.

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• O efeito da redução de diâmetro
– Assim, dos estudos anteriores • A dedução desta expressão nos líquidos
deduz-se um método mais é:
1. Em condições subcríticas quando:
preciso do que o convencional ∆𝒑 < 𝑭𝟐𝑳 × 𝒑𝟏 − 𝒑𝒗𝒄
para calcular as válvulas de sendo válidas as expressões
controlo em condições próximas convencionais.
das críticas sem deixar de 2. Em condições críticas se:
∆𝒑 ≥ 𝑭𝟐𝑳 × 𝒑𝟏 − 𝒑𝒗𝒄 com
observar que depois é necessário
cavitação ou vaporização.
escolher o tamanho da válvula Neste caso:
entre os vários 𝑘𝑣 (ou 𝐶𝑣 ) das 𝑄 𝜌
válvulas comerciais, com a 𝑘 = ×
𝑭𝑳 ∆𝑝
possibilidade de obter o mesmo
E:
tamanho aplicando qualquer um
𝑝
dos métodos; ∆𝑝 = 𝑝 − 0,96 − 0,28 × 𝑝50
𝑝
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• O efeito da redução de diâmetro
– Se o caudal é crítico, o conjunto 𝑑𝑣 Diâmetro da válvula [mm]
válvula e cones redutores têm 𝐷 Diâmetro da tubulação
um coeficiente FLP que se [mm]
encontra na Tabela anterior;
– O seu valor também pode ser • Assim a expressão de 𝑘 passa a ser:
calculado pela expressão:
𝑄×𝐹 𝜌
1 𝑑 𝑘 𝑘 = ×
𝐹 = + 1− 𝐹 ∆𝑝
𝐹 𝐷 0,056 𝑑

𝐹𝐿 (𝐶𝑓 ) Fator de escoamento


crítico
𝐹𝐿𝑃 (𝐶𝑓𝑟)Fator de escoamento
crítico para seção reduzida
𝑘𝑣 Coeficiente de
escoamento da válvula 51
[m3/h ; bar]
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• O efeito da redução de diâmetro
Escoamento crítico
– A capacidade de escoamento de uma válvula de controlo com uma perda de
pressão crítica é também reduzida quando o diâmetro da válvula for inferior ao
diâmetro da linha, mas a redução é pequena porque o redutor a jusante não
influência o escoamento;
– A capacidade de escoamento crítico pode ser calculada com o fator 𝑭𝑳𝑷;
– Para determinar o início da cavitação, é necessário determinar o fator de
recuperação da válvula, dividindo o coeficiente 𝑭𝑳𝑷 × 𝒌𝒗 𝑜𝑢 (𝐶𝑓𝑟 × 𝐶𝑣 ) pelo
coeficiente não crítico da instalação 𝑭𝑷 × 𝒌𝒗 𝑜𝑢 (𝑅 × 𝐶𝑣);
– = Factor de recuperação de pressão da instalação válvula/redução de seção
para determinar ∆𝑝(𝐶𝑓𝑟⁄𝑅 );

– ∆𝑝 máximo para dimensionamento= .


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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA)

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• Fator de Escoamento Crítico 𝑭𝑳 (ISA) (ou 𝐶𝑓)

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• O efeito da redução de diâmetro
Escoamento crítico – Resumo

A. Para compensar o escoamento não crítico as perdas provocadas pela


redução de seção, divide-se o coeficiente do caudal da válvula 𝒌𝒗 por
𝑭𝑷 ;

𝑘
𝑘 (𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜) =
𝐹
B. Para compensar as perdas provocadas pela redução de seção
utiliza-se 𝑭𝑳𝑷 em vez de 𝑭𝑳 (ou 𝑪𝒇 )na expressão de escoamento
crítico sem outro ajuste de 𝒌𝒗 ou 𝑪𝒗.

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• O efeito da redução de diâmetro
Escoamento não crítico
− 𝐹𝑝 - Fator de correção de − 𝐹′𝑝 - Fator de correção de
caudal não crítico para escoamento para reduções de
reduções colocadas a jusante ou de montante com
montante e a jusante: ângulo de redução inferior a
40º e redução colocada a
𝑑 𝑘 jusante:
𝐹 = 1 − 1,5 1 −
𝐷 0,054 𝑑
em que: 𝑑 𝑘
𝐹′ = 1 − 1,5 1 −
d Diâmetro da tubagem; 𝐷 0,054 𝑑
D Diâmetro da válvula.

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• Escoamento Crítico ou Subcrítico?
− Se ao cruzar uma válvula, a • Gases na condição de
pressão atingida durante e após escoamento crítico ⇒ velocidade
a passagem pela vena sónica:
contracta* permanece superior p
a pressão de vapor, tem-se v s  68  C s   
condição subcrítica; 
− Em outras palavras, o
escoamento é considerado • Em que:
subcrítico quando a queda de
𝑣𝑠 Velocidade
pressão através da válvula é
𝑝 Pressão
menor que a queda de pressão
𝜌 Massa volúmica
crítica;
𝐶𝑠 Calor específico médio

(*) A vena contracta é um estreitamento das linhas de corrente de um fluido após uma redução súbita da largura do canal57de
escoamento. Ele foi descrito primeiramente por Torricelli em 1643, e acontece porque o escoamento não pode mudar de direção
tão rapidamente a ponto de preencher todo o espaço disponível, o que resulta em separação interna de escoamento no local.

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• Escoamento Crítico ou Subcrítico?
− Evolução da pressão anterior, durante e após a passagem pela vena contracta.

Pressão 𝑝1 na entrada da válvula

Pressão de vapor

Valor da pressão na vena contracta


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• Escoamento Crítico ou Subcrítico?

1. Condição normal de operação subcrítico;


Flashing ou
2. Condição anormal Cavitação Crítico.

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• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapores
 Escoamento crítico
• Na ocorrência de escoamento crítico o caudal não é mais
função da diferença de pressão entre a montante e a jusante
da válvula, dependendo somente da pressão a montante:

Q  k p
• O fenómeno ocorre após o fluido alcançar velocidade sónica
na vena contracta;
• A partir deste ponto a variação de pressão posterior a válvula
não mais afeta o escoamento.
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• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapores
 Escoamento crítico (cavitação flashing)
∆𝒑 ≥ 𝑭𝟐𝑳 × ∆𝒑𝒔

 Caudal volumétrico: 𝑘 = ×

 Caudal mássico: 𝑘 =
×∆
com
𝑝
∆𝑝 = 𝑝 − 0,96 − 0,28 ×𝑝
𝑝
Se 𝑝 < 0,5 𝑝 simplifica-se para:
∆𝑝 = 𝑝 − 𝑝
A expressão indicada para ∆𝑝 é suficientemente precisa para ser
61
utilizada com a maioria dos líquidos em escoamento.

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• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para líquidos
 Escoamento não crítico
∆𝒑 < 𝑭𝟐𝑳 × ∆𝒑𝒔

 Caudal volumétrico: 𝑘 =𝑞×

 Caudal mássico: 𝑘 =
×∆

Onde:
𝑘𝑣 Adimensional;
𝑞 Caudal (m3/h);
𝑝 Perda de carga através da válvula (bar);
𝐺𝑓 Densidade específica na temperatura de operação
(= 1 para a água 15 ºC). 62

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• Fórmulas de dimensionamento
em que:
𝑘𝑣 Coeficiente de caudal (q – m3/h; ∆p - bar)
𝐶𝑣 Coeficiente de caudal (q - Us gpm; ∆p - psi)
𝐹𝐿 Fator de caudal crítico (ISA*)
𝐺𝑓 Densidade à temperatura de serviço (= 1 para a água a 15°C)
𝑝1 Pressão absoluta de montante - bar
𝑝2 Pressão absoluta de jusante - bar
𝑝𝑐 Pressão absoluta no ponto crítico em bar (ver tabela)
𝑝𝑣 Pressão absoluta de vapor do líquido em bar à temperatura de serviço
∆𝑝 Queda de pressão em bar 𝑝1 – 𝑝2
𝑄 Caudal em m3/h
𝑊 Caudal em t/h
𝑇 Temperatura (K)
Nota: 𝐹𝐿 × ∆𝑝𝑠 é a perda de pressão máxima de dimensionamento da válvula. Apesar da
válvula poder ser selecionada para gerar uma perda de pressão superior, não haverá
aumento de caudal.
Estas expressões foram desenvolvidas a partir das expressões ISA SP 39.1 "Control Valve
(*) ISA - Instrument Society of Sizing Equations For Incompressible Fluids".
America 63

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• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento não crítico
∆𝒑 < 𝟎, 𝟓 𝑭𝟐𝑳 × 𝒑𝟏

 Caudal volumétrico: 𝑘 = ×

,
 Caudal mássico: 𝑘 =

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• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento não crítico
∆𝒑 < 𝟎, 𝟓 𝑭𝟐𝑳 × 𝒑𝟏
,
 Vapor saturado: 𝑘 =

, ,
 Vapor superaquecido: 𝑘 =

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• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento crítico
∆𝒑 ≥ 𝟎, 𝟓 𝑭𝟐𝑳 × 𝒑𝟏

 Caudal volumétrico: 𝑘 =

,
 Caudal mássico: 𝑘 =

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• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento crítico
∆𝒑 ≥ 𝟎, 𝟓 𝑭𝟐𝑳 × 𝒑𝟏
,
 Vapor saturado: 𝑘 =

, ,
 Vapor superaquecido: 𝑘 =

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• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento crítico
em que:
𝐺 Densidade do gás em relação ao ar (= 1)
𝐺𝑓 Densidade do gás em relação ao ar à temperatura de serviço:
𝐺 =𝐺×
𝑄 Caudal em m3/h à temperatura de 15°C e 1 013 milibares de
pressão
𝑇 Temperatura de serviço K, (273 + ºC)
𝑇𝑠ℎ Temperatura do vapor superaquecido ºC
𝑊 Caudal em t/h

 As expressões anteriores introduzem erros quando a queda


de pressões for inferior a 0,2 p1 e com caudal crítico;
 O erro máximo é da ordem de 12%. 68

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Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento crítico
• Para maior precisão na determinação de 𝑘𝑣 (ou𝐶𝑣 ),
especialmente na zona de transição para o caudal crítico
deverão ser utilizadas as seguintes expressões:

 Caudal volumétrico:𝑘 =
,

,
 Caudal mássico: 𝑘 =
,

69

69

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento crítico
,
 Vapor saturado: 𝑘 =
,

, ,
 Vapor superaquecido: 𝑘 =
,
em que:
1,63 ∆𝑝
𝑌= ×
𝐹 𝑝
com um máximo de Y = 1,50 em que:
𝑌 – 0,148 𝑌3 = 1,0 70

35
70
15/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Fórmulas de dimensionamento
 Escoamento crítico
− Fator de expansão Y
 O fator de expansão é responsável pelas mudanças na
densidade do fluido conforme ele passa por uma válvula e pela
alteração da área da vena contracta conforme a variação da
perda de carga;
 O fator de expansão é afetado por todos dos seguintes fatores:
• Relação entre a entrada e a área da porta da válvula;
• Geometria da válvula interna;
• Variação da queda de pressão;
• Relação dos calores específicos; 71

• Número Reynolds.
71

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento crítico
• O termo ( 𝒀 − 𝟎, 𝟏𝟒𝟖 𝒀𝟑 ) , é a função que relaciona a
compressibilidade, sendo 𝒀 definido por:
1,63 p
Y
FL p1
• 𝒀 expressa a condição de escoamento; crítico ou subcrítico; e tem o
valor máximo 1,5;
• Para este valor tem-se que 𝒀 − 𝟎, 𝟏𝟒𝟖 𝒀𝟑 = 1,0;
• Portanto quando 𝑌 = 1,5 tem-se o fluido na condição crítica;
• Observa-se daí, que para valor de 𝒀 = 𝟏, 𝟓, o caudal só tem
dependência com a pressão a montante 𝒑𝟏. 72

36
72
15/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Fórmulas de dimensionamento
− Cálculo do kv para gases e vapor
 Escoamento crítico
• 𝑭𝑳 (𝑪𝒇), varia para os diferentes tipos de válvula, de 0,6 a 0,95;
 Válvula Globo simples: 0,9
 Válvula Globo sede dupla: 0,8
 Válvula Borboleta: 0,65
 Válvula Esfera: 0,6

73

73

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Líquidos viscosos e escoamento laminar
– Escoamento laminar resulta quando a viscosidade do líquido é alta ou
quando a perda de pressão na válvula ou coeficiente de caudal são
pequenos;
– Calcula-se o 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) para escoamento turbulento e o 𝒌𝒗 (𝑪𝒗) para
escoamento laminar e utiliza-se o maior deles;
– Escoamento turbulento:
𝟏
𝑮𝒇 𝟐
𝒌𝒗 = 𝒒 ×
∆𝒑

74

37
74
15/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Líquidos viscosos e escoamento laminar
– Escoamento laminar:

𝜇𝑞
𝑘 = 0,028 ×
∆𝑝
Com:
𝑞 Caudal [m3/h];
𝐺𝑓 Densidade à temperatura de serviço;
∆𝑝 perda de pressão [bar];
µ viscosidade em centipoises [CsP].

75

75

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Escoamento bifásico
– O escoamento bifásico a que se referem as expressões, assume-se
como o escoamento de vapor com partículas de líquido finamente
divididas movendo-se ambos à mesma velocidade;
– Se o vapor for insuficiente prevalecem as expressões apresentadas
no subseção “Fórmulas de dimensionamento” para o escoamento
crítico;
– Ou seja quando:
∆𝒑 < 𝑭𝟐𝑳 × ∆𝒑𝒔
(utilizar as expressões indicadas em “Fórmulas de dimensionamento”)

76

38
76
15/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Escoamento de liquido e vapor
– Se não houver vaporização do líquido e a velocidade de escoamento
assegurar um caudal turbulento e homogéneo:
,
𝑘 =

Com:
𝑊1 Peso específico do fluído a montante [kg/m3];
– O 𝑊1, é calculado a partir da fração de gás ou vapor a escoar-se 𝑋𝑔 e os
volumes específicos do gás ou vapor e do líquido à pressão de montante 𝑉𝑔, e
𝑉𝑓 :
1 1
𝑊 =
𝑉 𝑋 𝑉 −𝑉 +𝑉

77

77

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Líquidos e gás não condensado
– Se não houver vaporização do líquido e a velocidade de escoamento
assegurar um caudal turbulento e homogéneo:
,
𝑘 =

Com:
𝑊2 Peso específico do fluído a jusante [kg/m3].

– O 𝑊2 calcula-se da mesma forma utilizando o volume específico, do gás a jusante.


1 1
𝑊 =
𝑉 𝑋 𝑉 −𝑉 +𝑉

78

39
78
15/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Determinação do caudal
– Para determinar o caudal nas condições de escoamento (pressão e
temperatura de serviço) a partir das condições normais de pressão e
temperatura:

1 𝑇
𝑄=𝑄 𝑛 × ×
𝑝 288
Em que:
𝑄(𝑛) Caudal normal [m3/h];
𝑝 Pressão absoluta [bar];
𝑇 Temperatura absoluta [273 + ºC].

79

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REDES DE FLUIDOS

Thermodynamic Critical Constants and Density of Elements, Inorganic and


Organic Compounds

80

40
80
15/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento das Válvulas de Controlo


• Compressibilidade
– Para muitos gases reais sujeitos às pressões e temperaturas de serviço, as
leis dos gases perfeitos não são satisfatórias para se determinar com
precisão o caudal e devem ser utilizados fatores corretivos;
– De acordo com a prática usual para medição de caudal, deverá utilizar-se o
fator de compressibilidade Z na expressão 𝑝𝑉 = 𝑍𝑅𝑇. O fator 𝑍 poderá
ser ignorado para pressões inferiores a 7 bar;
– O valor de 𝑍 não difere para os diferentes gases quando obtido como uma
função de temperatura reduzida 𝑇𝑟 e pressão reduzida 𝑝𝑟;
– O valor de 𝑍 pode ser obtido nos gráficos das figuras seguintes;
– A primeira figura é uma ampliação de uma parte da segunda figura. Os
valores tirados dos gráficos são precisos e apresentam um erro
aproximado de ± 2%.
81

81

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REDES DE FLUIDOS

Compressibility Factors for Gases Compressibility Factors for Gases


with Reduced Pressures from 0 to 6 with Reduced Pressures from 0 - 40

Reduced Pressure, pr Compressability Factor 2


82

41
82
15/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

83

42
11/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas para climatização

Aula 39 (1)

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


seção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

1
11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Válvulas termostáticas
2. Válvulas misturadoras
3. Válvulas de solenoide
4. Atuadores
5. Seleção das válvulas
6. Instalação e manutenção de válvulas

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas termostáticas
• Têm por principal função num • As válvulas termostáticas,
processo, dentro de valores pré- aplicam-se para controlar
fixados: equipamentos em circuitos de:
– A medição; – Aquecimento;
– Comparação e; – Arrefecimento e;
– Controlo da temperatura. – Refrigeração.
• Podem ser de:
– Duas ou;
– Três vias.
• Fabricam-se até ao diâmetro de
50 mm;
• Os seus componentes são
fabricados em diferentes
materiais para diferentes
aplicações; 4

2
11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas termostáticas
• São constituídas basicamente por:
– Um sensor (elemento termostático);
– Tubo capilar;
– Fole.
• O sensor, contém um fluído de
grande coeficiente de dilatação, o
qual se expande com o aumento de
temperatura;

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas termostáticas
• As válvulas para utilização nos • As válvulas para controlo de
circuitos de refrigeração, são circuitos de aquecimento, têm
concebidas por forma a que, um princípio de funcionamento
quando a temperatura aumenta a similar;
válvula abre-se, com o seguinte
• Só que neste tipo:
princípio de funcionamento:
– Qualquer variação de temperatura é – A mola tem como função abrir a
detetada pelo sensor, variando o valor válvula;
da pressão no fole e como – Um aumento de temperatura provoca
consequência a posição do obturador; o seu fecho.
– As posições extremas da válvula
(totalmente aberta ou fechada) têm
lugar quando a força do fole e a da
mola não se equilibram.

3
11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas termostáticas
Exemplo 1
• Determine o 𝑘𝑣 de uma válvula
termostática para regulação da
temperatura da água quente de
um depósito com uma potência
de 230 kW, considerando um
Δ𝑡 = 20º 𝐶 e uma pressão
diferencial através da válvula de
0,6 bar.
Resolução:
230 × 0,86
𝑄= = 10 𝑚 ⁄ℎ
20

𝑘𝑣 = 12 7

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas termostáticas
Exemplo 3
• Determine o 𝑘𝑣 de uma válvula
termostática para regulação da
temperatura da vapor
sobreaquecido para aquecimento
de óleo nas seguintes condições:
– Temperatura de vapor sobreaquecido
𝑇𝑣 = 165º 𝐶;
– Caudal de vapor 𝑄 = 150 𝑘𝑔/
ℎ (110 𝑘𝑊);
– Pressão (temperatura) à entrada
𝑝1 = 2,5 𝑏𝑎𝑟 𝑎𝑏𝑠;
– Pressão diferencial Δ𝑝𝑣 = 0,6 𝑏𝑎𝑟.

Resolução:
𝑘𝑣 = 7 8

4
11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas termostáticas
150

165

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas misturadoras
Termostáticas
• As válvulas misturadoras servem para • As válvulas misturadoras
temperar a água quente armazenada termostáticas têm como princípio de
em reservatório a temperaturas funcionamento à ação de um
elevadas, normalmente a 60 ºC mas elemento termostático, que pode ser
que poderá atingir os 90 ºC nos uma bilâmina, o qual sob efeito da
períodos de choque térmico para temperatura altera a abertura dos
combate à legionella, com água fria, obturadores controlando a
de forma a assegurarem a temperatura da água a utilizar;
temperatura de utilização;
• Classificam-se em válvulas
misturadoras:
– Termostáticas;
– Manuais;
10
– Escoamento limitado.

10

5
11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas misturadoras
Manuais sem regulação de
Termostáticas caudal
• A regulação da temperatura faz-se • As válvulas misturadoras manuais,
deslocando o manípulo num aplicam-se em aparelhos isolados tais
quadrante graduado em graus; como: lavatórios; banheiras; duches,
• Se o fornecimento da água fria for etc.;
interrompido o elemento • Compreendem dois pistões ou
termostático reage fechando a obturadores independentes, que
válvula garantindo assim a segurança funcionam em paralelo, a sua posição
dos utilizadores; é determinada através de um
• O débito é controlado externamente manípulo de forma a obter a água á
por válvulas geralmente colocadas a temperatura desejada.
jusante.

11

11

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas misturadoras
Manuais com regulação de
caudal
• As válvulas da figura, permitem
também a regulação de caudal;
• O controlo da temperatura e do
caudal faz-se por oscilação e rotação
de um único manípulo, realizando-se
os movimentos separados ou
simultaneamente, para regular a
temperatura o manípulo atua uma
came que posicionada, através de
molas e de uma membrana de
borracha, obturadores cónicos.

12

12

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas misturadoras
Limitadoras de caudal
• As válvulas misturadoras de
escoamento limitado, aplicam-se em
duches públicos, campings, colégios,
etc., em que se pretende controlar os
gastos da água quente;
• Estas permitem ao utente regular a
temperatura sem diminuir o caudal,
conservando o escoamento limitado,
o inicio do escoamento faz-se
pressionando um botão e o controle
da temperatura por manobra de
alavanca;
• A temporização do escoamento
obtém-se por deslocação de um
pistão com pressões desequilibradas
em ambas as faces, no interior de 13
uma câmara.

13

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de solenoide
• Trata-se duma combinação de duas
unidades básicas;
• Um solenoide (eletromagnético) com
o seu núcleo acoplado a uma válvula
com um obturador (diafragma) de
permeio;
• A válvula é aberta ou fechada por
ação do núcleo magnético que é
atraído pelo solenoide sempre que a
bobine é energizada;
• O solenoide é constituído pela
bobine, no interior da qual se
movimenta o núcleo ao qual está
normalmente fixado o obturador.

14

14

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de solenoide
• A abertura e o fecho da válvula é
realizada por ação do solenoide:
– Ao ser alimentado em energia elétrica
gera um campo de forças
eletromagnéticas, as quais vão atrair o
núcleo para o seu interior,
movimentando o obturador de forma
a fechar (NA) ou abrir a válvula (NF);
– O solenoide está em geral,
diretamente montado sobre o corpo
da válvula, funcionando o núcleo no
seu interior, normalmente, dentro de
um invólucro estanque (tipo
capsulado).
– Esta configuração que é a mais
comum, apresenta a vantagem de não
necessitar de empanques, para se 15
obter a estanquicidade do veio.

15

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de solenoide
Válvulas de ação direta Válvulas com piloto interno
• As válvulas de ação direta, têm: • Utilizam a pressão disponível no fluído,
– Um funcionamento completamente para auxiliarem o seu funcionamento;
automático; • Os diafragmas ou pistões podem ser
– O núcleo do solenoide está diretamente flutuantes ou constrangidos:
fixado ao obturador; – As válvulas equipadas com diafragmas
– O fecho e abertura da válvula, fazem-se flutuantes requerem, embora reduzidas, uma
ligando ou cortando a alimentação de perda de pressão para as manter abertas;
energia elétrica ao solenoide; – Diafragmas constrangidos, são mantidos
– O funcionamento da válvula é do tipo tudo abertos por acção do núcleo, aos quais estão
ou nada; ligados mecanicamente, sendo o
funcionamento deste tipo de válvulas,
– É independente da pressão e do caudal. totalmente aberto ou totalmente fechado.

16

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REDES DE FLUIDOS

Válvulas de solenoide
Válvulas com piloto externo Válvulas de rearme
• Este tipo de válvulas assim como o • Válvulas de rearme manual, as quais são
seu princípio de funcionamento, já postas manualmente em posição para
foram descritos no item referente a atuação voltando novamente à posição
original, por ligação ou interrupção da
válvulas de controlo com atuação por
alimentação do solenoide, de acordo com
pressão diferencial. a sua conceção;

• Válvulas de rearme elétrico, são


equipadas com duas bobines, em que uma
delas tem por missão abrir a válvula em
função de um sinal elétrico e a outra
mantê-la nessa posição. O fecho da válvula
17
faz-se por corte da alimentação das
bobines.
17

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Válvulas de solenoide
Quanto ao número de vias
• Válvulas de duas e três vias. • Válvulas de quatro vias:
– São utilizadas por exemplo, para pressurizar
ou provocar a exaustão da câmara de
pressão de um cilindro de simples efeito.

18

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11/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Atuadores
• A atuação das primeiras válvulas era CLASSE
ATUAÇÃO

DIÂMETRO
exclusivamente manual por meio de DE

alavancas, ou volantes com fuso PRESSÃO INFERIOR SUPERIOR

roscado, os quais atuam diretamente ATÉ PN 20 DN 300

nos obturadores; ATÉ PN 60


DIRECTA
DN 200
DESMULTIPLICADOR

Com o desenvolvimento industrial,


PN 100 DN 150

PN 160 DN 100
passaram-se a fabricar válvulas de
grandes diâmetros e preparadas para • Atuadores motorizados:
grandes pressões, ‒ Pneumáticos,
consequentemente exigindo maiores
binários para serem movimentadas, ‒ Hidráulicos e;
pelo que, teve de se recorrer a ‒ Elétricos.
desmultiplicadores, do tipo redutores
de engrenagens, ou parafuso sem fim • Atuadores por pressão diferencial;
para possibilitar a sua manobra; • Atuadores de molas ou contrapesos.

19

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Atuadores
• A operação manual das válvulas ainda é o • Recomenda-se que se motorizem as válvulas
método mais utilizado, emprega-se em nas seguintes aplicações:
sistemas não automáticos, de operação
simples e em que se tem fácil acesso ao ‒ Válvulas comandadas por instrumentos
elemento de manobra; automáticos;

• O fecho das válvulas, faz-se sempre por ‒ Válvulas colocadas em redes de fluidos com
rotação do fuso no sentido dos ponteiros telecontrolo ou controlo automático;
do relógio;
‒ Válvulas localizadas em locais de difícil
• Quando as válvulas de comando manual acesso;
estão sujeitas a manobras frequentes, ou
tenham diâmetros superiores aos abaixo ‒ Válvulas colocadas em postos abandonados
indicados, é conveniente dota-las de que requeiram uma frequente manobra;
desmultiplicadores.
‒ Válvulas de grande diâmetro ou com
CLASSES DE
PRESSÃO
DIÂMETRO condições de serviço severas em que a
manobra é difícil;
PN 10 e PN 20 DN300

PN 40 e PN 60 DN 200 ‒ E em geral, em todas as válvulas que


requerem frequentes operações.
PN 100 DN 150 20
PN 160 DN 100

20

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REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Atuadores pneumáticos
• Os atuadores pneumáticos que
podem ser de diferentes tipos os
mais utilizados são:
– Diafragma;
– Pistão simples;
– De dupla ação;
– Pistão simples com retorno por mola.
• Aplicam-se em:
– Sistemas comandados por instrumentação;
– Em locais que disponham de ar
comprimido;
– Em locais com risco de explosão;
– Em circuitos de segurança com
necessidade do fecho das válvulas em caso
da falha de energia elétrica.
• Os pistões podem ser de movimento 21
linear ou rotativo.

21

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REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Atuadores hidráulicos Atuadores elétricos
• Os atuadores hidráulicos do tipo • Os atuadores elétricos do tipo moto-
pistão, ou motor hidráulico são raros, redutor são bastante comuns.
utilizam-se somente em válvulas de • Objetivo:
diâmetro muito grande.
– Tornar a manobra mais cómoda, fácil e
rápida.

• Aplicação:
– Válvulas de grande diâmetro;

– Comportas;

– Válvulas sujeitas a operações frequentes;

– Válvulas colocadas em postos abandonados;

– Locais inacessíveis.

22

22

11
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REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Tempo de fecho
• O tempo de fecho de válvulas Velocidade de
Tempo de manobra
saída
depende de diferentes fatores, um DN
[rpm]
[s]
dos quais tem a ver com as variações 40 16-20
de pressão geradas durante o regime 50
65
16-20
21-26
transitório, pelo que para a sua 80 25-31
100 50-57
determinação em face de uma 125 62-70
aplicação específica é efetuada por 150 11 28 62-70
200 11 53 84-95
cálculos algo complexos; 250 11 53 88-138
300 11 54 105-165
• Para as válvulas de borboleta e de 350 11 - 73 54 - 73 321-354
400 11 - 32 54 - 73 321-354
adufa existem tempos de operação 450 321-354
estandardizados pelos fabricantes, 500 321-354

tais como os transcritos na tabela.

23

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REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Binário resistente Válvulas de adufa e globo
Tabela 1 - Secção útil de passagem, das válvulas em função do diâmetro
• O binário resistente das válvulas para  mm S cm2  mm S cm2  mm S cm2
dimensionamento dos atuadores é 40 12,5 250 491 900 6290
determinado por cálculos; 50 19,6 300 706 1000 7850
65 33,2 350 960 1200 11300
• Para o cálculo do binário de válvulas 80 50,3 400 1255 1400 15400

são necessários pelo menos os 100 78,5 500 1960 1600 20100
125 123 600 2830 1800 25400
seguintes elementos: 150 177 700 3850 2000 31400

– Diâmetro de passagem da sede da válvula; 200 314 800 5030

Tabela 2 - Fator C da rosca da válvula


– Pressão diferencial (mínima 200 kPa); Fluído Líquidos Gás e vapor

– Tipo de válvula; Tipo de válvula θ ≤ 400º C θ > 400º C θ ≤ 400º C θ > 400º C

Discos 0,25 0,30 0,35 0,45


– Serviço; paralelos

Adufa Cunha flexível 0,30 0,35 0,40 0,50


– Diâmetro do fuso e passo da rosca;
Cunha sólida 0,35 0,40 0,40 0,50
– Tempo de fecho ou abertura desejado.
 ≤ 50 mm 1,50 24
Globo
 > 50 mm 1,15

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Cálculo do binário devido à força Cálculo do binário resistente no
da sede no fuso empanque
• Força na sede:
𝑭𝒔𝒆𝒅𝒆 = 𝑨𝒗  𝒑𝒔𝒆𝒓𝒗𝒊ç𝒐  𝑪 𝑩𝑹𝑬 = 𝑭 × 𝑫𝑭/𝟐

– Secção de escoamento 𝐴𝑣 Tabela 1; BRE Binário da resistência do empanque;


– Fator C da válvula Tabela 2. F Força no sentido do movimento do fuso
(Tabela 3);
DF Diâmetro do fuso no empanque [m].
• Binário devido à força no fuso:

𝑩𝑭𝒖𝒔𝒐 = 𝑭𝒔𝒆𝒅𝒆  𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒇𝒖𝒔𝒐 × 𝟏/𝟏𝟎𝟎 Tabela 3 - Força no sentido do


movimento do fuso
(Tabela 4)
Diâmetro do fuso Força kN

 ≤ 25 mm 4,9

 ≤ 50 mm 7,4

 > 50 mm 11,8 25

25

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Cálculo do binário devido à força
da sede no fuso
Tabela 4 – Fator do fuso
• Nota (Tabela 4):
– Para roscas com duas entradas majorar em
1,05;

– Para roscas interiores majorar em 1,50;

– Para comportas majorar em 1,25.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Exemplo 4
• Considere uma válvula de cunha • Binário no fuso
flexível DN 250, com fuso exterior 𝑩𝑭𝒖𝒔𝒐 = 𝑭𝒔𝒆𝒅𝒆  𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒇𝒖𝒔𝒐 × 𝟏/𝟏𝟎𝟎
de 40 × 6 𝑚𝑚 , pressão de (Tabela 4)
trabalho 16 bar, óleo a 30 ºC. BFuso = 23,6 kN  0,36/100 = 0,085 kN.m
• Calcular o binário total. • Força no empanque
Resolução: Tabela 3 – Fempanque = 7,4 kN

• Força na sede Binário resistente no empanque

𝑭𝒔𝒆𝒅𝒆 = 𝑨𝒗  𝒑𝑠𝑒𝒓𝒗𝒊ç𝒐  𝑪 BRE = F  DF/2 = 7,4  40/2  1/1000 =


= 0,148 kN.m
– Tabela 1 – Secção de escoamento
𝐴𝑣 = 49110-4 m2 ; • Binário total
– Tabela 2 – Fator C da válvula 0,30. Btotal = BFuso + BRE = 0,085 + 0,148 =
𝑭𝒔𝒆𝒅𝒆 = 49110−4 m2 1 600 𝑘𝑁. 𝑚2  0,30 = 0,233 kN.m 27
= 𝟐𝟑, 𝟔 𝒌𝑵

27

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Exemplo 5
• Considere uma válvula de globo DN Fsede = 50,310-4 m2  15 800 kNm-2  1,15 =
91,4 kN
80, com fuso exterior de 38 ×
6 𝑚𝑚 , pressão de trabalho 158 • Binário no fuso
bar. BFuso = 91,4 kN  0,35/100 = 0,320 kN.m
• Força no empanque
• Calcular o binário total.
Tabela 3 – Fempanque = 7,4 kN
Resolução:
• Binário resistente no empanque
• Força na sede
BRE = F  DF/2 = 7,4  38/2  1/1000 =
𝐹𝑠𝑒𝑑𝑒 = 𝐴𝑣  𝑝𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜  𝐶 = 0,141 kN.m
Tabela 1 – Secção de escoamento • Binário total
Av= 50,310-4 m2 Btotal = BFuso + BRE = 0,320 + 0,141 kN.m =
Tabela 2 – Fator C da válvula 1,15 = 0,461 kN.m
28
Pressão de serviço 15 800 kN.m-2

28

14
11/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Exemplo 6
• Considere uma válvula de cunha Fsede = 1.25510-4 m2  200 kNm-2  0,35
= 8,58 kN
sólida DN 400, fuso interior de
50 × 12 𝑚𝑚, pressão de trabalho • Binário no fuso
2 bar, água a 15º C. BFuso = 8,58 kN  0,51  1,5/100
= 0,0656 kN.m
• Calcule o binário total.
• Força no empanque
Resolução: Tabela 3 – Fempanque = 7,4 kN
• Força na sede • Binário resistente no empanque
𝐹𝑠𝑒𝑑𝑒 = 𝐴𝑣  𝑝𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜  𝐶 BRE = F  DF/2 = 7,4  50/2  1/1000 =
Secção de escoamento Av 1.25510-4 m2 = 0,185 kN.m
(Tabela 1) • Binário total
Fator C da válvula 0,35 (Tabela 2) Btotal = BFuso + BRE = 0,066 + 0,185 kN.m =
29
Pressão de serviço 200 kN.m-2 = 0,251 kN.m

29

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Atuadores
Válvulas de Borboleta
• A determinação dos binários de
manobra das válvulas de
borboleta é algo mais complexo,
pelo que a tabela referente às
classes de pressão ANSI 150 (PN
10), 300 (PN 20), 600 (PN 40)
apresentam os valores dos
binários.

30

30

15
11/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Seleção, instalação e manutenção de válvulas

Aula 39 (2)

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


seção de Energia e Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt
31

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Seleção de válvulas
• Na escolha da válvula mais conveniente – Custo;
para uma determinada aplicação devem – Atravancamentos, posição de instalação,
etc..
analisar-se os seguintes aspetos: • O dimensionamento deverá
– Tipo de válvula mais adequado para as compreender o cálculo de:
condições de serviço; – Perdas de carga;
– Dimensionamento e; – Condições de cavitação;
– Especificação das suas características e – Leis de fecho;
detalhes. – Binários resistentes;
– Regime transitório, etc..
• Para a seleção do tipo de válvula a aplicar • Entre as características e detalhes que são
devem atender-se aos seguintes aspetos: necessários especificar, destacam-se os
– Finalidade da válvula: isolamento, seguintes:
regulação, retenção, segurança, etc.; – Materiais dos diferentes componentes
da válvula (corpo, castelo, obturador,
– Natureza do fluído: líquido, gás, vapor, sedes e mecanismo interno);
líquido com gás, etc.; – Tipos de ligações;
– Condições de corrosão, erosão, depósito – Tipos de união corpo / castelo;
de sedimentos, presença de sólidos, etc.; – Movimento do veio;
– Tipos de operação: fecho estanque, fecho – Características dos bucins;
rápido, frequência de manobras, comando – Tipos de atuação, etc.. 32
automático, resistência ao fogo, etc.;

32

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11/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Seleção de válvulas

33

33

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Seleção de válvulas

34

34

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11/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Seleção de válvulas

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35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Seleção de válvulas

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36

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11/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Instalação e manutenção de válvulas


Instalação
• As válvulas corretamente • Sempre que possível, as válvulas
selecionadas, para as condições de devem ser instaladas com o espaço
serviço a que vão estar sujeitas, necessário para serem
poderão funcionar sem qualquer convenientemente manobradas e
problema durante longos anos se permitir uma fácil manutenção;
forem convenientemente instalados e • Antes de uma válvula ser instalada,
a sua manutenção for regular; deve verificar-se o diâmetro, classe
• As instruções dos fabricantes sob o de pressão, materiais, ligações, etc., e
ponto de vista da instalação e se é adequada para as condições de
manutenção devem ser consultadas e serviço a que vai estar sujeita;
seguidas; • Para se evitar a introdução de corpos
• As informações prestadas a seguir, estranhos no interior das válvulas, os
servem apenas como guia e não fabricantes fornecem-nas em geral,
dispensam as instruções particulares com as extremidades isoladas por
37
dos fabricantes. tampas;

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Instalação e manutenção de válvulas


Instalação
• Devem-se limpar e manterem-se • As tensões sobre as válvulas são
cuidadosamente limpas durante as evitadas, se se garantir um perfeito
operações de montagem, de forma a alinhamento da tubagem e
remover toda a sujidade acumulada preverem-se suportes adequados de
forma a evitar-se o encurvamento
durante a armazenagem, pois as dos tubos (provocado pelo peso
impurezas introduzidas próprio das válvulas) e as flanges
inadvertidamente no interior das ficarem montadas em esquadria;
válvulas, poderão danificar as
respetivas sedes e mecanismos; • Cuidados especiais devem ser
tomados na montagem de válvulas
• As válvulas são unidades de precisão, com ligações soldadas;
como tal, o seu desempenho pode
ser afetado, se forem sujeitas a • Uma distorção apreciável poderá
ocorrer como resultado de tensões
esforços de torsão pela tubulação;
térmicas, se as soldaduras não forem
executadas cuidadosamente e 38 as
tensões adequadamente aliviadas;

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11/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Instalação e manutenção de válvulas


Instalação
• Deve evitar-se a projeção de escória, • A rede de tubagens deve ser testada
porque a sua presença pode antes de entrar em serviço.
prejudicar as características da • Apesar das válvulas serem testadas
válvulas; pelo fabricante, é provável que após
• As válvulas de borboleta para a instalação sejam necessários
instalação entre flanges devem ser pequenos ajustes, principalmente, o
instaladas com o obturador aberto de aperto dos bucins durante o início da
acordo com a figura; exploração.
• Os testes em campo são necessários
para se verificar:
– Correto aperto das flanges;
– Soldadura;
– etc.

39

39

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Instalação e manutenção de válvulas


Manutenção
• Como em qualquer órgão mecânico, • Os empanques devem ser
uma manutenção regular das válvulas frequentemente inspecionados. Ao
é o meio mais eficaz para se obter a primeiro sinal de fuga, o bucim deve
sua eficiente operação; ser ajustado ou se necessário o
empanque substituído;
• Recomenda-se o seguimento • É recomendável examinarem-se os
escrupuloso das instruções do obturadores e as sedes para se
fabricante; verificar o seu grau de desgaste ou se
• Uma inspeção periódica de todas as ocorreram danos. De acordo com a
válvulas é essencial, especialmente extensão ou complexidade das
das que funcionam ocasionalmente, reparações, estas deverão ser feitas
tais como válvulas de isolamento e no local ou no fabricante;
segurança; • As juntas das tampas e das flanges
• Devem ser observadas com deverão também ser regularmente
inspecionadas, e substituídas quando
frequência, as condições de apresentam sinais de perda de
funcionamento dos filtros e a sua qualidade. 40
manutenção deve ser regular;
40

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11/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Instalação e manutenção de válvulas


Sobresselentes
• Um conjunto de peças de reserva • É desejável que as peças de reserva
adequado e disponível a todo o estejam devidamente condicionadas
instante, é essencial em qualquer e identificadas para facilidade de
instalação; localização durante os trabalhos de
• Os fabricantes deverão fornecer listas manutenção.
em que constam os sobresselentes
recomendados, tendo em atenção ao
número e tipo de válvulas instaladas,
assim como as condições de serviço a
que vão estar sujeitas;
• Os sobresselentes deverão estar
protegidos contra a corrosão e é
usual o seu revestimento com
produtos adequados;
41

41

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

42

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18/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Indústrias Típicas, Centrais Térmicas e de


Utilidades
Aula 40

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
filipe.mrodrigues@isel.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
2
18/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Conteúdos

1. Centrais Térmicas
2. Redes industriais de ar comprimido
3. Energia Térmica Solar

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REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas

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18/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas

• As centrais térmicas existem em grande número nas indústrias, quer como


produtoras de fluidos, como vapor ou água quente para utilização direta,
quer para produção de energia elétrica, em particular nas indústrias que
não podem, por razões do seu processo, suportar falhas de abastecimento
de energia;
• Quando é possível e economicamente vantajoso, associa-se a
necessidade de arrefecimento e/ou do aproveitamento dos efluentes
térmicos dos geradores ao consumo de calor no processo, constituindo
instalações de cogeração;
• Um caso particular são as centrais termoelétricas de ciclo combinado a gás
natural (CCGT), que atingem atualmente os rendimentos mais elevados
desta indústria.
5

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas
• As turbinas a gás têm gases escapes com elevadas temperaturas, cerca de 500º C pelo que se
aproveita o calor para gerar vapor que é adicionalmente utilizado em turbinas a vapor solução
referida por “Ciclo Combinado”.

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18/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas

• Combustíveis: Gás natural, carvão, fuelóleo, gasóleo pesado, gasóleo;


• Outros fluidos: Vapor de alta, média e baixa pressão, condensados, água
de alimentação de caldeiras, água quente;
• Fluidos Térmicos: Água desmineralizada, água de arrefecimento, água
bruta, água de incêndios, ar comprimido, ar de instrumentos, etc.

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas

• Combustíveis e Equivalentes de Energia


− Os combustíveis mais utilizados são o carvão, gás natural, fuelóleo
gasóleo pesado e gasóleo;
− Além da utilização direta de combustíveis sólidos com o carvão e
resíduos florestais, podem ainda ser utilizados combustíveis sólidos
previamente fluidizados ou gaseificados de modo a melhorar as
condições de queima e diminuir a poluição;
− Devido à sua dificuldade de transporte utilizam-se preferencialmente
junto à origem ou a instalações portuárias de importação.

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18/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas

• Combustíveis e Equivalentes de Energia

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas convencionais

• As caldeiras de grande porte são normalmente aquatubulares, onde a água


ou o seu vapor circulam, por efeito térmico, dentro tubos de pequeno
diâmetro (para suportarem maiores pressões) normalmente agrupados em
painéis soldados à volta da fornalha, entre um reservatório de água de
alimentação inferior e um reservatório superior onde se dá a vaporização;
• Estes reservatórios são designados por coletores ou barriletes (drums) e
reúnem as entradas e saídas dos tubos dos painéis tubulares;
• Posteriormente o vapor ainda é sobreaquecido em feixes tubulares pelos
gases de combustão, a fim de ser utilizado em turbinas de vapor sem
perigo de formar gotas de condensados que, devido à elevada velocidade,
danificariam as respetivas pás ou rotores.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas convencionais


• Caldeira aquatubular

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Fonte: Spirax Sarco

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas convencionais


• Caldeira aquatubular
– Queimador

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas convencionais


• Caldeiras de água quente

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Vapor de Água, Água Quente ou Fluído Térmico

• O vapor é o fluido mais utilizado para transmissão de energia térmica, nas


indústrias mais diversas, desde as alimentares onde é preciso esterilização
e aquecimentos, às têxteis, químicas, produção de energia elétrica, etc.;
• Em casos de aquecimento ambiente é frequente utilizar sistemas de água quente,
por serem menos complexos e perigosos, mas limitados a temperaturas inferiores a
100 ºC;
• Existem ainda sistemas com fluidos térmicos que permitem temperaturas mais
elevadas para aplicações específicas;
• No entanto o vapor tira partido do calor latente de condensação, enquanto que a
água ou o fluído térmico apenas utilizam o calor sensível:
− Vapor de água – Calor latente de vaporização 2.100 kJ/kg
− Água quente – Calor específico 4,19 kJ/kgºC
14
− Fluído Térmico – Calor específico cerca de 2 kJ/kgºC
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Vapor de Água, Água Quente ou Fluído Térmico

• Para atingir altas temperaturas o vapor deve atingir altas pressões, mas
não precisa de bombas de circulação e pode utilizar tubagem de pequeno
diâmetro, enquanto que um fluído térmico (normalmente óleos minerais)
atinge altas temperaturas com baixas pressões, mas necessita de bombas
de circulação e tubagem de maiores diâmetros.

15

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Vapor de Água, Água


Quente ou Fluído
Térmico
• Vantagem das Redes de
vapor

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Vapor de Água, Água Quente ou Fluído Térmico


• Exemplo de circuito de vapor

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Fonte: Spirax Sarco

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas convencionais


• Tanque de Condensados

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Fonte: Gestra
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas convencionais


• Desarejador – Retira o oxigénio do condensado (105ºC)

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas convencionais


• Desarejador
– Princípio do Desarejador

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Central de Ciclo Combinado (CCGT)

• Uma central deste tipo recebe gás natural a alta pressão, (e.g. 45 barg),
que é queimado em turbinas a gás (GT), cujos veios primários acionam os
geradores elétricos;
• A instalação está equipada com caldeiras aquatubulares (de recuperação)
que aproveitam os gases de escape das turbinas, para produzir vapor de
alta pressão (cerca de 80 a 100 bar) sobreaquecido a alta temperatura
(cerca de 500ºC);
• Este vapor é utilizado em turbinas a vapor normalmente de três etapas de
pressão, alta, média e baixa, sendo o vapor entre cada etapa reaquecido
na caldeira por:
− Um lado para evitar o perigo de formação de condensados que podem
danificar as pás das turbinas e; 21
− Por outro melhorar o desempenho termodinâmico da central.
21

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Central de Ciclo Combinado (CCGT)

• Numa central de ciclo combinado o veio da turbina a vapor, através de


uma embraiagem é ligado ao gerador acionado pela turbina a gás;
• Finalmente o vapor de saída da última etapa é condensado num
condensador arrefecido a água recorrendo-se a uma fonte fria adequada
(e.g.: rios, mar, lagos ou albufeiras de barragens);
• No entanto, quando a água de arrefecimento não é suficiente ou de
qualidade inferior, é normal utilizar recirculação em torres de refrigeração;
• Assim a água utilizada é apenas para compensar as perdas por evaporação
e pode ser convenientemente tratada antes de ser introduzida no circuito
de arrefecimento.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Central de Ciclo Combinado (CCGT)

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23

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Central de Ciclo Combinado (CCGT)


• Turbina a gás

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Central de Ciclo Combinado (CCGT)


• Caldeira pirotubular (tubos de fumo)
– Esquema de caldeira convencional de tubos de fumos de três
passagens.

25
Fonte: Spirax Sarco

25

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Permutadores de calor
– Tubular
 A condensação final do vapor para transferência de calor com a formação de
condensados é normalmente efetuado através de permutadores tubulares.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Permutadores de calor
– Placas

Flow principle of a plate heat exchanger

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Vapor e Condensado
– O aquecimento por permutador com válvula termostática e purgador
de condensado.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Vapor e Condensado
– O aquecimento por serpentina com purgador de condensado.

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29

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Vapor e Condensado
– Válvula redutora de pressão com válvula de segurança e com purgador
de condensado.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Purgadores

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31

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Separador de condensado Válvula de controlo

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18/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Sistema de recuperação e retorno de condensado

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas – Outros componentes


• Caldeira de fluido térmico (Reboiler)

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Isolamento Térmico
• Um tubo bem isolado, por exemplo de acordo com as recomendações da
NAIMA North Americam Insulation Manufacturers Association, pode
reduzir as perdas até 90% do valor abaixo referido.

35

35

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dilatação Térmica da Tubagem


• Devido ao facto dos tubos dilatarem com a temperatura é necessário, em
especial no caso de altas temperaturas, tomar as necessárias precauções,
não só verificando as condições do código, mas dimensionando o traçado
convenientemente.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de tubos de Vapor


• A velocidade é o fator predominante no dimensionamento das redes de
vapor;
• Como regra geral, a velocidade é limitada a 25 a 40 m/s para o vapor
saturado;
• A velocidade de 40 m/s é um limite prático, devido ao ruído e erosão
particularmente se o vapor está saturado;
• Algumas normas aceitam velocidades maiores quando o vapor é seco, e o
tubo é muito bem isolado, relativamente curto, reto, horizontal e pode
fornecer a pressão necessária no ponto de utilização. Geralmente, isto só é
atingido com vapor sobreaquecido;
• Em linhas mais longas, é muitas vezes necessário restringir a velocidade
abaixo de 15 m/s, para evitar quedas de pressão elevadas;
37

37

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de tubos de Vapor


• As condutas com mais de 50 m de comprimento devem ser sempre
verificados às perdas de carga, com qualquer velocidade;
• Existem tabelas e ábacos guia, onde é possível selecionar diâmetros de
tubos de vapor a partir de dados conhecidos, como:
− A velocidade;
− A pressão e;
− O caudal.
• Sites mais conhecidos:
− Spirax Sarco;
− Gestra.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de tubos de Vapor


• Exemplo Tabela para Vapor
Saturado

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Fonte: Spirax Sarco

39

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Dimensionamento de tubos de Vapor


Exemplo de ábaco para cálculo Exemplo de ábaco para cálculo
da perda de carga do vapor da velocidade do vapor

40
Fonte: Spirax Sarco
20
40
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Central Térmica – Sistema de control


• A otimização da exploração dos recursos energéticos passa por
implementar um sistema de controlo que monitorize e atue de forma
automática em todas as infraestrutura da central térmica.

41

41

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Torres de arrefecimento

• Na utilização de torres de arrefecimento, utiliza-se o ar como meio de


arrefecimento da água, recorrendo a ventiladores e, frequentemente,
ainda à utilização do calor latente de evaporação da água;
• Assim existem vários tipos de torres de arrefecimento conforme a
circulação:
− Torres de arrefecimento em circuito aberto: Em que a água a arrefecer
entra diretamente em contacto com o ar e por convecção e
evaporação é arrefecida;
− Torre de arrefecimento em circuito fechado: Em que a água a arrefecer
não entra em contacto com o ar e é arrefecida nos tubos por
convecção;
− Torres de arrefecimento em circuito misto: Em que a água a arrefecer
não entra em contacto com o ar, é arrefecida nos tubos por convecção
e estes são molhados por um chuveiro de água em circuito aberto,
42
produzindo um arrefecimento adicional por evaporação da água.
21
42
18/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Torres de arrefecimento
Em circuito aberto Em circuito misto

43
Fonte: ASHRAE

43

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Torres de arrefecimento

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22
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Centrais Térmicas de Cogeração

45

45

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Esquema de Cogeração

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REDES DE FLUIDOS

Turbina a gás Cogeração Industrial

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REDES DE FLUIDOS

Motor de Cogeração

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18/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Caldeira de Gases de Escape de Cogeração

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REDES DE FLUIDOS

Redes industriais de ar comprimido

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18/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Redes industriais de ar comprimido


• Devido ao facto de o ar comprimido ser utilizado frequentemente em
acionamentos industriais, quer em equipamento mecânico, quer em
instrumentação, é normal existir uma rede de ar de serviços gerais, e uma
rede ar de instrumentos, com a pressão de 7 ou 8 bar(g);
• A principal diferença é que o ar de instrumentos é seco, com filtragem
mais fina e isento de óleo. Por tal motivo, enquanto para o ar de serviços
gerais é usual utilizar tubulação de aço carbono galvanizado, já para o ar de
instrumentos deve ser utilizado o aço inox (para garantir total isenção de
libertação de partículas estranhas provenientes da tubagem);
• Devido à possibilidade de ser arrastado óleo dos compressores e à
condensação que se pode formar por arrefecimento do ar após
compressão, a tubulação de ar de serviços gerais são normalmente
implantadas com uma ligeira inclinação e, nos pontos baixos, devem
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utilizar-se purgadores.
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REDES DE FLUIDOS

Compressores de Ar

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REDES DE FLUIDOS

Compressores de Ar

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REDES DE FLUIDOS

Compressores de Ar
Secadores de Ar por Absorção Secadores de Ar por Refrigeração

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REDES DE FLUIDOS

Reservatórios de ar
• Os reservatórios regularizam os picos de consumo de modo a evitar
arranques e paragens frequentes dos compressores e flutuações de
pressão exageradas na rede;
• Além disso contribuem para diminuir a temperatura do ar comprimido e
facilitar a recolha de condensados e gotas de óleo;
• São construídos conforme a norma ASME SEC.VIII – DIV. I, para 10 ou 14
bar, e são equipados com um manómetro, válvula de segurança, purgador
mecânico, válvulas de seccionamento e filtro.

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REDES DE FLUIDOS

Reservatórios de ar
Reservatórios Purgadores automáticos

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REDES DE FLUIDOS

Filtros
• Existem vários tipos de filtros, nomeadamente:
− Filtros de Cartuxo:
 Para a separação de condensados e partículas sólidas;
 Eficiência: 99,99% de partículas ≥ 0,1µ;
 Conteúdo residual de óleo: ≤ 0,1 ppm.
− Filtros superficiais, à base de celulose revestida com resina, com poros
controlados, que retêm na sua superfície todas as partículas maiores
do que os poros;
− Filtros coalescentes, compostos de materiais filtrantes especiais de
densidade graduada para retenção de partículas finas com baixa perda
de carga. Os aerossóis suspensos na corrente de ar coalescem na forma
de gotas e são separados da corrente de ar, com elevada eficiência;
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REDES DE FLUIDOS

Filtros
• Existem vários tipos de filtros, nomeadamente (cont.):
− Filtro de carvão ativado:
 À base de uma camada central de carvão ativado que retém vapor de óleo
e odores pelo efeito de adsorção, para a obtenção de um ar tecnicamente
isento de óleo e inodoro;
 Conteúdo residual de óleo: ≤ 0,003 ppm;
 Deve ser precedido de um filtro de cartuxo.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura

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31
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18/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


Reservatórias de
sal fundido
Bombagem
Fluído Térmico
Torres de
Arrefecimento
Reservatórias de
água
Tratamento de
Água
Escritórios e
Oficinas
Campo de
Painéis Solares
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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• A Central Solar Térmica – Concentrating Solar Power (CSP) – tem os
seguintes sistemas:
− Espelhos parabólicos
 Os espelhos parabólicos refletem a radiação solar direta sobre um tubo
contendo um fluido térmico colocado no ponto focal dos refletores;
 Os espelhos são parabólicos ao longo de um eixo e lineares no eixo
ortogonal;
 Para a mudança da posição diária do sol, os espelhos rodam de leste para
oeste de modo que a radiação direta permanece focada sobre o tubo
recetor;
 As mudanças sazonais do ângulo de luz solar não requerem ajustamento
dos espelhos, uma vez que a luz é concentrada a um pouco ao lado no
tubo recetor.
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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• A Central Solar Térmica – Concentrating Solar Power (CSP) – tem os
seguintes sistemas (cont.):
− Tubos recetores
 O tubo recetor pode ser colocado numa câmara de vácuo de vidro. O
vácuo reduz a perda de calor por convecção;
 Um fluído térmico, no geral óleo sintético semelhante ao dos motores de
automóvel é utilizado para a transferência de calor, circulando nos tubos
recetores a temperaturas até 400ºC.
− Reservatórios de sal fundido
 Para o armazenamento de calor utiliza-se um fluido com calor específico
mais elevado, mistura de sais de nitrato de sódio e de nitrato de potássio,
vulgarmente chamado salitre;
 A mistura funde a 220 °C e é mantida líquida entre 290 °C e 390 °C à
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pressão atmosférica, num tanque de armazenagem isolado.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• A Central Solar Térmica – Concentrating Solar Power (CSP) – tem os
seguintes sistemas (cont.):
− Central de Geração
 A vantagem deste sistema é que a central de geração elétrica é a clássica
de turbina a vapor e a produção de vapor pode ser reforçada em ponta
com uma caldeira a gás ou biomassa.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• Vantagens da tecnologia
− Este tipo de CSP é um produtor de energia renovável adaptado a países com
grande incidência solar, com maior produção às horas que a climatização é
mais necessária, compensando a produção eólica que é mais forte no período
noturno;
− Têm possibilidade de armazenar energia térmica para a geração noturna;
− Por tal motivo várias agências internacionais preveem um grande crescimento
do número destas centrais, como meio de cumprir os protocolos de redução de
gases de efeito de estufa.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• Roadmap 2010 IEA para CSP.

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18/06/2022

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• Existem diferentes tecnologias para aproveitar a energia térmica solar de
alta temperatura;
• No entanto, todas as soluções são baseadas nos mesmos princípios:
− Primeiro, concentração da radiação solar num ponto;
− Aumento da temperatura de um fluido para aumentar, desta forma, sua
energia interna, permitindo assim o transporte da energia;
− Gerar vapor para poder acionar, devido às suas propriedades termodinâmicas,
as turbinas a vapor e converter a energia em energia mecânica;
− Operar os geradores elétricos devido à energia cinética fornecida pela turbina a
vapor.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• As tecnologias utilizadas na energia solar térmica de alta temperatura são:
Os sensores de calha parabólicos Centrais da torre

Os discos parabólicos Os recetores lineares de Fresnel

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


Espelhos parabólicos Tubos recetores
• Tubos recetores metálicos c/
diâmetro típico 2” dentro de tubos
de vidro em vácuo, cada módulo tem
4 m de comprimento, sendo
agrupados em conjuntos de 10
módulos para suporte e orientação
angular.
• É normal que cada fila de espelhos
tenha mais de 400 m e está afastada
das filas adjacentes cerca de 15 m.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• Os coletores parabólicos concentram a radiação solar através de espelhos
parabólicos num tubo absorvente que passa pelo eixo da parábola;
• No interior deste tubo absorvente, um fluido que pode atingir
temperaturas de até 450 ºC é aquecido;
• Dependendo da aplicação solar e da temperatura a que é pretendida
alcançar, um tipo de fluido ou outro é usado;
• Para uma temperatura máxima de 200 ºC, a água desmineralizada ou
etilenoglicol podem ser utilizados como fluidos de trabalho e para
temperaturas mais altas até 450 ºC são utilizados óleos sintéticos;
• Para obter um desempenho energético ideal, o sensor de concentração
deve mudar a sua posição, adaptando-se à posição do Sol, girando em
torno do eixo paralelo à sua linha focal para aproveitar a radiação solar
direta. 72

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• Centrais de energia solar:
− Este sistema solar térmico é baseado na concentração da radiação solar em
direção a um ponto numa torre. Também é conhecido como sistema recetor
central;
− Os sistemas de torre são formados por um campo de helióstatos (espelhos
móveis em 2 eixos);
− Os helióstatos capturam e concentram a radiação solar num recetor, instalado
no topo de uma torre central;
− A operação deste tipo de central é simples, o recetor solar central gera vapor a
alta temperatura;
− O vapor gerado é posteriormente utilizado para mover uma turbina a vapor,
em que o trabalho mecânico obtido na forma de energia cinética será
convertido em energia elétrica através de um gerador elétrico.
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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• Discos parabólicos:
− Discos parabólicos são sistemas que concentram energia solar num ponto onde
o recetor solar está localizado e um motor Stirling ou uma microturbina é
acoplada a um alternador;
− A eletricidade gerada pode ser ligada à rede elétrica;
− Um motor Stirling é um motor de combustão externa, o que significa que a
contribuição de energia pode ser feita por energia solar concentrada;
− O fluido localizado no recetor é aquecido a temperaturas superiores a 750 ºC,
obtendo assim uma certa energia térmica;
− A energia térmica obtida é usada pelo motor Stirling ou pela microturbina para
produzir eletricidade;
− A tecnologia ainda está na fase de experimentação.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Alta Temperatura


• Recetores lineares de Fresnel:
− Os refletores lineares de Fresnel são um sistema de concentração de radiação
solar similar aos espelhos parabólicos;
− Neste caso, estes coletores solares lineares transportam espelhos planos
normais e simulam a curvatura dos espelhos parabólicos (mais caros), variando
o ângulo de cada fila com um único eixo de seguimento.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura


• Instalações térmicas solares de baixa temperatura são consideradas as
instalações de energia solar térmica que fornecem calor útil a
temperaturas abaixo de 65 ºC através de energia solar;
• Uma instalação de baixa temperatura solar térmica é formada por
coletores solares, dois circuitos de água (primários e secundários) do
permutador de calor, do acumulador, do tanque de expansão e tubos,
• A circulação de água dentro dos circuitos pode ser obtida por termossifão,
aproveitando a diferença de densidade da água em diferentes
temperaturas ou por meio de uma bomba de circulação;
• Embora com uma bomba de circulação seja necessária uma contribuição
externa de energia elétrica.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura


• Como funcionam os coletores
solares térmicos?
– A energia solar é captada pelos
painéis solares que irá transforma-
la em forma de calor;
– O calor é transferido para os
coletores solares, o que permite o
aumento da temperatura da água;
– A água aquecida irá seguir por um
circuito hidráulico que vai desde o
painel, através de tubagem,
bombas, válvulas e outros, até ao
sistema de captação e
armazenamento de água quente
(depósito);
– É aí no depósito que a água que
provém do painel solar aquece a
fria e depois retorna a fazer o
circuito.
• Os coletores solares têm uma
durabilidade prolongada. 78

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura


• Os sistemas de energia solar térmica tem aplicação em:
− A aquecimento de piscinas cobertas e descobertas;
− Apoio ao aquecimento central (em sistema de baixa temperatura, ex.
pavimento radiante) e;
− Aquecimento de águas quentes sanitárias em moradias aplicando sistemas
individuais ou coletivos no caso dos edifícios.
• Vantagens e benefícios dos painéis solares térmicos:
− Sistema que usa energia renovável;
− Não polui o ambiente, não prejudicando a qualidade do ar do local;
− Permite poupar energia elétrica e também água;
− Mais uma forma de contribuir para que as gerações futuras tenham um planeta
limpo;
− É de fácil instalação, melhorando a qualidade de vida de uma família. 80

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura


• Produção de Água Quente Sanitária (AQS)
− A principal aplicação da energia solar térmica é a produção de água quente
sanitária ( AQS) para o setor doméstico e de serviços,
− A água quente doméstica é usada a uma temperatura de 45 ºC. A esta
temperatura pode ser facilmente alcançado com coletores solares planos que
podem atingir a temperatura média de 80 ºC;
− Considera-se que a percentagem de cobertura da AQS anual de água quente é
de aproximadamente 60%;
− A energia fornecida pelos coletores deve ser tal que nos meses mais
favoráveis contribua com 100%;
− O restante das necessidades que não são fornecidas pelos coletores é obtido
de um sistema auxiliar, que geralmente é diesel, gás ou energia elétrica.

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REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura


• Aquecimento de baixa temperatura
− A energia térmica solar a baixa temperatura pode ser um complemento ao
sistema de aquecimento, especialmente para sistemas que usam o
fornecimento de água a menos de 60 ºC;
− Para aquecimento com fonte solar, o sistema que funciona melhor é o piso
radiante (circuito de tubos pelo piso), já que a temperatura do fluido que
circula por este circuito é de cerca de 45 ºC, facilmente alcançável por
coletores solares.

• Aquecimento de água da piscina


− A utilização de coletores pode permitir o suporte energético em piscinas
exterior, prolongando o período de banho, enquanto, nas instalações para
utilização no inverno, em tempos de baixa radiação solar, poderão fornecer
uma pequena parte de apoio para a instalação convencional.
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18/06/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura


• Ar condicionado por máquinas de absorção
− Os coletores de vácuo ou de alto desempenho que produzem água quente
sanitária, aquecimento no inverno e produzir frio no verão, por chillers de
absorção.

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUIDOS

Energia Térmica Solar Baixa Temperatura


• A utilização de energia térmica solar a baixa temperatura para todos estes sistemas
em conjunto é a melhor maneira de tirar maior rendibilidade da instalação, pois a
utilização apenas para AQS e aquecimento produz algum excedente no verão,
provocando sobreaquecimento na instalação que é necessário evitar por meio de
algum sistema dos existentes.
• As aplicações da energia solar térmica também se estendem ao setor industrial:
água quente e pré-aquecimento de água de processo, aquecimento, ar quente e
arrefecimento.

84

42
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18/06/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluidos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES
Licenciatura em DE FLUIDOS Mecânica
Engenharia

85

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

85

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6/18/2022

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluídos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Eficiência Energética em Geradores de Calor

Aula 41

Filipe Rodrigues
Professor Adjunto

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Energia e Controlo de Sistemas
filipe.mrodrigues@isel.pt
2

5º Semestre
6º Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão
1
2
6/18/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Poupanças de Energia na Central Térmica
• Circuito de Vapor Real
3% perdas na
distribuição

9% perdas no
processo
Vapor

20% perdas em
condensados
11% Água
perdas na reposição
combustão
Condensado

ENERGIA ÚTIL
55%
2% perdas nas
purgas Energia
4

2
4
6/18/2022

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Cálculo custo Produção de Vapor

5
(*)TDS (Total Dissolved Solids) controls: É um processo que remove o excesso
de sólidos dissolvidos.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Custos de Energia na Central Térmica

3
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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Poupanças de Energia na Central Térmica

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Poupanças de Energia na Central Térmica

4
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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais

• A caldeira ou gerador de energia térmica:


− Equipamento onde se processa a transformação da energia química
potencial de um combustível em energia térmica (combustão) que é
utilizada para aquecer ou vaporizar um fluido intermediário, sendo parte
dela perdida pelas paredes do gerador e saindo outra parte nos gases de
combustão pela chaminé;
− O tipo de fluido a usar depende, entre outros fatores, da sua utilização
específica e do nível de temperatura desejado;
− Um bom fluido deve:
 Permitir a armazenagem de quantidades elevadas de energia por
unidade de massa;
 Ser barato, e;
 Ter uma apreciável estabilidade térmica, para não se degradar, no caso
de ter que ser recirculado. 9

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais

• A caldeira ou gerador de energia


térmica:
− De acordo com o tipo de fluido
utilizado, há ter os seguintes tipos
de caldeiras:
 Caldeiras de vapor;
 Caldeiras de água quente;
 Caldeiras de termofluido.

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5
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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais

• Processo de produção, distribuição e utilização de energia


térmica a partir de uma caldeira:
− A energia produzida na caldeira é transportada através do referido fluido
intermediário (água/vapor ou termofluido), ao longo de tubagens até aos
equipamentos utilizadores;
− Nesses equipamentos processa-se uma segunda permuta entre a energia
contida no fluido e o meio a aquecer;
− Na maior parte dos casos aquele
deve ainda regressar ao gerador,
permitindo assim aproveitar a CALDEIRA

energia que ainda contém e;


− O próprio meio que foi aquecido
pode por vezes ainda ceder parte da
energia que recebeu. 11

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais

• Tipos de caldeiras (de acordo com definições das ITC do


despacho nº 22 332/2001 (2ª série)):
− Gerador de água quente – gerador de calor em que o fluido de transporte é
a água a temperatura inferior ou igual a 110 °C;
− Gerador de água sobreaquecida – equipamento sob pressão aquecido por
chama ou de outro modo, sujeito ao risco de sobreaquecimento, em que o
fluido de transporte é a água a temperatura superior a 110 °C;
− Gerador de vapor – equipamento sob pressão aquecido por chama, sujeito
ao risco de sobreaquecimento, destinado à produção de vapor;
− Caldeira de fluido térmico (ou termofluido) – gerador de calor em que o
fluido de transporte é um líquido, distinto da água, com uma pressão de
vapor, à temperatura máxima de película, inferior à pressão atmosférica
(relativa).
 Os dois últimos tipos de caldeiras são os mais
frequentes na indústria. 12

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Vapor (fluido térmico mais utilizado na indústria. Pode ser produzido como saturado
ou sobreaquecido)
Vantagens Desvantagens
• Fluido barato, mesmo quando exige tratamento; • Condensados devem ser separados do vapor
• Elevado coeficiente de transferência de calor, com a (purgadores) e retornar ao gerador, pois caso
entalpia específica de evaporação (por unidade de contrário verificam-se importantes perdas
massa) a ser a mais elevada; energéticas;
• Enorme versatilidade - utilização direta como meio • Vapor saturado a altas temperaturas corresponde a
de aquecimento, fornecendo tanto o seu calor pressões elevadas, com os inerentes custos de
latente como o seu calor sensível, ou indireta, investimento e de operação acrescidos;
fornecendo apenas o seu calor latente com a • Fazendo-se a sua distribuição sob pressão, isso
respetiva recuperação de condensados; significa que fugas no sistema dão origem a custos
bastante significativos se nada for feito ou persistir
• Conceção simplificada das instalações / Tubagens
uma má manutenção, e o mesmo se verifica com
de menor diâmetro, distribuição e controlo fácil,
outras anomalias, como por exemplo mau
sem necessidade de bombas de circulação e/ou de
funcionamento de purgadores, podendo mesmo
balanceamento de caudais;
criar problemas de segurança;
• Fluido assético, não tóxico e não inflamável; • Mais corrosivo do que a água e exige tratamento
• Boa estabilidade térmica; químico;
• Boa relação pressão/temperatura. • Exige presença de fogueiro, bem como exames
periódicos à caldeira.
13

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Caldeiras de vapor
• A utilização de vapor requer elevados
padrões de manutenção e boas práticas de
operação - na produção, na distribuição e
na utilização;
• Não havendo grande preocupação com
estes aspetos, haverá necessidade de
instalar equipamento dispendioso de
controlo automático da produção e
distribuição de vapor, e mesmo em muitos
casos de boas práticas a instalação de
equipamento de controlo adicional revela-
se imprescindível.
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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais

Caldeiras de vapor
• As caldeiras de vapor são • As caldeiras do 1º tipo são as
essencialmente de dois tipos:
i. de tubos de fumo, isto é com os gases
mais utilizadas;
de combustão a circularem dentro de • Outras características
tubos imersos em água, e;
ii. de tubos de água, isto é com a água a importantes:
circular dentro dos tubos e os gases de – Potência nominal;
combustão por fora;
– Superfície de aquecimento;
Algumas exceções derivam destes tipos,
como é o caso das caldeiras de – Número de passagens dos gases de
vaporização rápida, que embora combustão;
podendo considerar-se de conteúdo de – Tipo de câmara de inversão, etc..
tubos de água são distintas das
anteriores, por envolverem serpentinas
e não tubulares e que conduzem
apenas à produção de vapor saturado a
baixa/média pressão e com capacidades
reduzidas, ao contrário do que sucede
normalmente com as caldeiras 15
aquotubulares.

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Termofluido (Fluido especial - óleo mineral, composto orgânico sintético ou sais
fundidos e metais, com elevado ponto de ebulição)
Vantagens Desvantagens
• O fluido térmico pode ser aquecido até cerca de • Necessidade de conhecimento e atenção sobre os
300 °C ou mais, sem se deteriorar, pelo que estes perigos associados ao ponto de inflamação, temperatura
geradores são normalmente recomendados quando de auto-ignição e toxicidade. Riscos associados à sua
há exigências processuais de T > 150 °C; utilização, por eventual contacto de pessoas com estes
fluidos ou de contaminação de produtos e/ou do
• Na maioria das aplicações os termofluidos ambiente, ainda que uma boa conceção e adequada
permanecem em fase líquida, como é o caso dos instalação e manutenção destes sistemas possam
óleos minerais e dos compostos sintéticos, pelo que mitigar tais riscos;
podem ser aquecidos a altas temperaturas em • Custo elevado dos termofluidos;
sistemas semelhantes aos de água quente a alta • Fraca capacidade de transferência de calor, já que os
pressão, mas funcionando a baixa pressão; seus coeficientes são por vezes baixos, ainda que tal
• Este tipo de geradores constituem sistemas que não possa ser atenuado com adição de sais apropriados e
requerem tratamentos especiais desses fluidos, mantida a sua estabilidade a temperaturas elevadas e
com baixas pressões de vapor. Ainda assim, a sua
nem recuperação de condensados;
capacidade de transportar calor pode ir até 5 vezes a da
• Incluem uma rede simples de distribuição e dão água;
uma resposta rápida a variações de carga. • Tendência para se tornarem acídos com o uso e eventual
necessidade da sua substituição;
• Possíveis rendimentos de combustão de 85% e • Variação da densidade e da viscosidade com a
rendimentos térmicos globais superiores a sistemas temperatura; 16
equivalentes com vapor. • Exigência de bomba de circulação e depósito de
expansão.
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Potencial de economia de energia

BOILER EPC ES 1500 Working curves - Hot Oil inlet temp regulation - Tout 200 °C
@1,5 MW

96.0 180.00

160.00
95.5
140.00
Comb_Eff - Total_Eff EN12953-11

Flue gas temperature


95.0
120.00

94.5 100.00 Eff.TOT


Eff.combust
94.0 80.00 Temp.

60.00
93.5
40.00
93.0
20.00

92.5 0.00
20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00 90.00 100.00 110.00
% MCC

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Poupanças de Energia na Central Térmica
Monitorização em contínuo e cálculo
automático em contínuo da eficiência do
gerador de vapor

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Potencial de economia de energia
• Razões para investir tempo e esforço em eficiência energética em caldeiras e
reduzir custos energéticos:
− É notório algum desconhecimento sobre as boas práticas e/ou as tecnologias relativas a
esta área e os seus mais recentes desenvolvimentos;
− Há uma avaliação inadequada por parte das empresas da totalidade dos benefícios
financeiros, associados a uma maior eficiência energética em tais sistemas;
− O facto dos investimentos em eficiência energética nem sempre serem uma prioridade
nas empresas, quando comparados com outros investimentos relacionados diretamente
com a produção;
− É possível economizar energia e dinheiro, identificando e eliminando desperdícios de
energia, e havendo redução de tal custos, refletir-se-á em ganhos de competitividade
para as próprias Empresas que desenvolverem tal esforço;
− Melhora-se a fiabilidade e desempenho destes sistemas;
− Contribui-se para a redução do impacto ambiental, através de menores consumos de
energia e das correspondentes emissões de gases poluentes. 19

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Potencial de economia de energia
Numa amostra de 63 caldeiras de vapor e 18 caldeiras de termofluido, de um estudo desenvolvido
pela ADENE em 2009/2010.

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Potencial de economia de energia:
• Principais conclusões retiradas do estudo referido:
− A economia de energia total identificada (≈ 3%) traduzia-se numa redução de custos
anuais de aprox. 1,1 M€, o que equivalia a cerca de 3,1% do valor da fatura energética
total associada a estas caldeiras, além de que conduzia também a uma redução total de
emissões equivalentes de CO2 de cerca de 7.919 toneladas/ano. E tudo isto com um
investimento total que tinha um valor médio de “payback” de 1,2 anos, o que constituía
um período relativamente curto de recuperação do investimento;
− Quase 60% das economias eram possíveis com medidas cujos investimentos associados
se recuperavam em menos de 1 ano e cerca de 40% das economias eram obtidas com
medidas cujo período de retorno do investimento era superior a 1 ano e inferior a 2 anos.
Apenas menos de 0,5% das economias eram devidas a medidas com “payback” superior
a 3 anos;
− As chamadas medidas de boa gestão energética (sem necessidade de investimento, ou
com investimentos mínimos que não ultrapassavam os 5 000 Euros) eram responsáveis
por mais de ¼ das economias, ao passo que as medidas que envolviam investimentos
médios (com montantes entre 5 000 e 75 000 Euros) e as medidas associadas a
investimentos altos (acima de 75 000 Euros) se traduziam, respetivamente, em cerca de
56% e 18% das economias de custos identificadas. 21

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Potencial de economia de energia:
• Principais conclusões retiradas do estudo referido:
− De entre as principais medidas de economia de energia destacavam-se as relacionadas com a
regulação da combustão (incluindo instalação de equipamento específico) / limpeza das
superfícies de transferência de calor dos geradores de calor e a recuperação de calor dos
gases de combustão (principalmente envolvendo a instalação de economizadores em caldeiras
de vapor), que eram responsáveis por cerca de 83% das economias de energia e de custos
identificados;
− Seguiam-se-lhes por ordem de importância o melhoramento do controlo e/ou manutenção
dos equipamentos, bem como dos tratamentos de água em geradores de vapor, incluindo
otimização das purgas e recuperação de calor nestas, responsáveis por aproximadamente 14%
das economias identificadas. O tratamento de água em caldeiras de vapor é uma área
claramente a merecer uma atenção especial, dada a percentagem elevada de instalações
encontradas com esta vertente em condições não satisfatórias e a repercutir-se em vários
problemas técnicos e em consumos energéticos desnecessários (muitas vezes de difícil
quantificação) nos geradores em que tal se verifica;
− Outras medidas (isolamentos térmicos, substituição de caldeiras, etc.) repercutiam-se apenas
em pouco menos de 3% do total de economias identificadas;
− Estes resultados ilustram bem que uma das apostas das empresas da indústria nacional para
alcançarem os tão desejados ganhos de competitividade tem que ser na Eficiência Energética.22
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Potencial de economia de energia
Situação atual que se verifica no SGCIE muito semelhante à do estudo anterior:

23

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Potencial de economia de energia:
• Resumindo e em termos genéricos, com base em levantamentos de
auditorias energéticas e de diversos estudos (nacionais e da U.E.),
podemos dizer que:
− Tipicamente, são possíveis economias de energia até cerca de 10%, com
melhoramentos na conceção e operação das caldeiras e dos seus sistemas de
distribuição;
− A maioria das melhorias que se pode fazer nestes equipamentos envolve
melhores controlos e implementação de sistemas de recuperação de calor.

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12
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Potencial de economia de energia
Principais oportunidades para economia de energia em Caldeiras Industriais:

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Racionalização energética em caldeiras Industriais


Como atuar nesta área? O que fazer primeiro?
• A Figura A.1 apresenta de forma
esquemática as opções que se colocam
quando se analisa um gerador de calor;
• Na decisão sobre qual a 1ª opção a
tomar, deve ser tido em conta que na
prática a maximização da eficiência
energética do sistema deve começar logo
nos equipamentos utilizadores da
energia produzida e antes da própria
central térmica onde estão instaladas as
caldeiras;
• Um fraco controlo da utilização da
energia nesses pontos é potencialmente
a maior ameaça para a eficiência Fig. A.1 – Áreas de atuação ligada ao potencial de
térmica. economia de energia em caldeiras industriais
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Como atuar nesta área? O que fazer primeiro?

Fig. A.1 – Áreas de atuação ligada


ao potencial de economia de
energia em caldeiras industriais
Fonte: Energy Efficiency Office - UK

27

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Racionalização energética em caldeiras Industriais


Como atuar nesta área? O que fazer primeiro? Fig. A.2 – Fluxograma
exemplificativo de
como atuar numa
• O sistema de distribuição será rede de distribuição
de vapor para
provavelmente a área a considerar de melhorar a sua
eficiência
seguida, se também a sua conceção não
for a mais satisfatória e contribuir para
perdas de calor significativas:
− A Figura A.2 seguinte indica, por
ordem de importância, a forma
correta de se abordar essa
vertente.
• Apenas depois destas duas áreas terem
sido retificadas, a máxima atenção
deverá incidir sobre como tornar a
central de caldeiras tão eficiente quanto
possível.
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14
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Como atuar nesta área? O que fazer primeiro?

Fig. A.2 –Fluxograma exemplificativo


de como atuar numa rede de
distribuição de vapor para melhorar a
sua eficiência
Fonte: Energy Efficiency Office - UK

29

29

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Como atuar nesta área? O que fazer primeiro? Fig. A.3 – Fluxograma
ilustrativo de como
• Contudo, mesmo neste estágio, o conseguir a operação
principal objetivo deverá ser o de eficiente numa caldeira
maximizar a eficiência das caldeiras
existentes:
− Os passos e as considerações a ter
em conta são mostrados na Figura
A.3.

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15
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Como atuar nesta área? O que fazer primeiro?

Fig. A.3 –Fluxograma ilustrativo


de como conseguir a operação
eficiente numa caldeira
Fonte: Energy Efficiency Office - UK

31

31

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Como atuar nesta área? O que fazer primeiro?
Fig. A.4 –Fluxograma
• A etapa final deverá incluir o de identificação de
melhoramento do projeto original medidas de economia
de energia a
(através do “upgrade” dos sistemas de aplicarem caldeiras.
controlo) ou da recuperação de calor:
− As opções possíveis de recuperação
de calor devem ser elencadas
segundo a sua prioridade tal como
se indica na Figura A.4.
• Recorrendo aos fluxogramas das Figuras
A.2-A.4, o Gestor de Energia poderá ficar
com uma “boa fotografia” de quanto a
sua instalação de caldeiras e o respetivo
sistema de distribuição de calor estão
muito ou pouco distantes da situação
ideal. 32
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Como atuar nesta área? O que fazer primeiro?
• Em particular, a 1ª e a 3ª destas Figuras,
que permitem, respetivamente, os
exames da rede de distribuição e das
novas soluções tecnológicas com
possibilidades de implementação na
central de caldeiras existente, podem
funcionar como “check-list” ou guia para
identificar as medidas de economia de
energia que podem ser aplicadas e que
contribuirão para o acréscimo de
eficiência desses sistemas.

33

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Racionalização energética em caldeiras Industriais


Como atuar nesta área? O que fazer primeiro?

Fig. A.4 –Fluxograma de


identificação de medidas de
economia de energia a aplicarem
caldeiras.
Fonte: Energy Efficiency Office - UK

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FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Como atuar nesta área? O que fazer primeiro?
• Não obstante os passos atrás • É frequente que melhoramentos
recomendados, a procura de substanciais na eficiência global
melhorias de eficiência deve ser do sistema possam ser obtidos
feita encarando a análise da pelo efeito cumulativo de um
caldeira, da rede de distribuição determinado número de
do fluido térmico e da utilização pequenos melhoramentos
deste no processo como um individuais;
sistema integrado; • É de salientar, no entanto, que a
• Alterações propostas para um melhoria global resulta
determinado ponto do sistema geralmente do efeito
podem ter repercussões a multiplicativo de melhoramentos
montante ou a jusante, pelo que individuais em vez de ser um
as mesmas devem ser analisadas simples somatório dos mesmos.
com cuidado;
35

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FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Considerações finais
• É fácil economizar energia e custos em caldeiras industriais, a partir de medidas de
fácil implementação e com reduzidos investimentos (de um modo geral), que se
recuperam em períodos muito curtos, dentro dos parâmetros típicos admissíveis
pela Indústria, deitando por terra alegadas “dificuldades” de viabilidade técnico-
económica muitas vezes invocadas para não se fazer nada nesta área;
• Na maioria das vezes tais economias passam apenas por um controlo mais
apertado e permanente destes equipamentos;
• É importante que alguns “mitos” ou até desconhecimento sobre algumas destas
matérias, no que concerne a medidas mais recomendadas e períodos de retorno
dos investimentos que lhes estão associados, sejam contrariados com campanhas
de informação esclarecedoras e/ou ações de formação/sensibilização, para que se
estimulem alterações de práticas;
• A evidência quantificada dos ganhos obtidos com as boas práticas e o rápido
“payback” associado aos reduzidos investimentos em geral necessários,
constituem dois fortes “drivers” da eficiência energética nesta área. 36
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Potencial de economia de energia
Principais oportunidades para economia de energia em centrais térmicas
Sistema de condensados
• Poupança de combustível até 12%
Tratamento da água • Poupança de água de reposição e água
• Melhor qualidade da água bruta
• Aumento da qualidade do vapor
• Redução da água residual
Economizador • Quantidade mínima de purga
• Poupança de combustíveis até 7% • Poupança de produtos químicos até 90%

Condensador de gases
• Poupança de combustíveis até 7%
do pré-aquecimento do ar
• Poupança de combustíveis até 2%

Combustão modulante Sistema dedesgaseificação


Sistema de desgaseificação
• Poupança de combustível até 1% • Poupança de produtos químicos até 80%
Controlo e manutenção Controlo de velocidade do ventilador Módulos de expansão e recuperação de calor
• Poupanca de 3% em combustivel • Poupança de eletricidade até 75% • Poupança de combustível até 1%
• Aumento da vida util dos equipamentos Controlo de O2/CO • Poupança de água de reposição até 1%
• Melhoria do funcionamento • Poupança de combustível até 1%
• Poupança de água de arrefecimento até 100%
• Poupança de água residual até 70%
Recuperador de calor
• Poupança de combustível até 0,5%

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Remoção de O2 da água - Desgaseificação


Percurso da água em sistemas de vapor

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FLUIDOS

Remoção de O2 da água - Desgaseificação


Percurso da água em sistemas de vapor

• Preaquecimento da água;
• Recuperação de
condensados;
• Dosagem química:
– Controlo de pH
• Ortofosfato (𝑃𝑂 )
– Remoção de oxigénio
• Sulfito de Sódio
(𝑁 𝑆𝑂 )

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FLUIDOS

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Água de Alimentação sem desgaseificação

Uso de Químicos

Aumento da condutividade no sistema

Aumento de purgas
Diminuição do tempo de vida do equipamento

Maior consumo de água


Maior consumo de combustível
Maior necessidade de manutenção
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Remoção de O2 da água - Desgaseificação


Tanque de água de alimentação com desgaseificação completa

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FLUIDOS

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Desgaseificação completa vs. Desgaseificação parcial

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21
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6/18/2022

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FLUIDOS

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Desgaseificação completa vs. Desgaseificação parcial

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REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Módulo de Água de Alimentação com desgaseificação completa
• Retorno de investimento através dos agentes químicos:

• Fácil instalação, arranque, operação e manutenção;


• Poupança em químicos, água e combustível. 44

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FLUIDOS

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Poupança de energia e água através de purgas
Módulo de Expansão, de recuperação de calor e de água de descarga

45

45

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FLUIDOS

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Poupança de energia e água através de purgas
Módulo de Expansão, de recuperação de calor e de água de descarga

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23
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FLUIDOS

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Poupança de energia e água através de purgas
Módulo de Expansão, de recuperação de calor e de água de descarga

Purga de Consumo de 47
superfície reduz água reduzido

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FLUIDOS

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Poupança de energia e água através de purgas
Módulo de Expansão, de recuperação de calor e de água de descarga

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Poupança de energia e água através de purgas
Módulo de Expansão, de recuperação de calor e de água de descarga
• Retorno de investimento:

Produção de Vapor 2000 h/ano 5600 h/ano 8400 h/ano


(kg/h)
5000 3,62 1,29 0,86
8000 2,01 0,72 0,48
10000 1,81 0,65 0,43
12000 1,51 0,54 0,36
16000 1,13 0,40 0,27

• Montagem rápida e simples, com poucas ligações;


• Imediatamente operacional;
• Aumenta o grau de eficiência da instalação;
• Reduzo custo de combustível e de água de arrefecimento.
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FLUIDOS

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Poupança de energia e água através de purgas
Módulo de Expansão, de recuperação de calor e de água de descarga

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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Vapor de flash (Reevaporado)
– Quando o condensado passa de
uma pressão e temperatura, para
uma pressão inferior com
temperatura de saturação mais
baixa, parte do condensado
converte-se em vapor:
• Designa-se por
Reevaporação.
– A quantidade de vapor
reevaporado calcula-se com a Drenagem do condensado com reevaporação
seguinte equação:
𝐸𝑛𝑡𝑎𝑙𝑝𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜 (𝐻𝑃 − 𝐿𝑃)
𝑪𝒂𝒖𝒅𝒂𝒍 𝒆𝒗𝒂𝒑𝒐𝒓𝒂𝒅𝒐 = × 𝑐𝑎𝑢𝑑𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜
𝐸𝑛𝑡𝑎𝑙𝑝𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎çã𝑜 𝐵𝑃 51

51

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Relação da massa de condensado/vapor reevaporado

Vapor reevaporado 15%

Água 85%

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6/18/2022

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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Relação da Energia de Condensado/Vapor Reevaporado

Vapor flash 52%

Água 48%
53

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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Relação da Energia de Condensado/Vapor Reevaporado

150 kg vapor reevaporado


99,6% do volume total
850 kg Condensado 54
0,4 % do volume total
27
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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Recuperação de Vapor Reevaporado Saída de Vapor Reevaporado

Entrada

Saída de condensado 55

55

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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Recuperação de Calor das Purgas da Caldeira
– As purgas automáticas de TDS do
Gerador, são dirigidas para
tanque de flash cujo vapor vai
diretamente para o
desgaseificador, sendo a fase
líquida aproveitada para pré-
aquecer a água de reposição;
– O vapor condensado reduz
igualmente os consumos de
água.

Pode ser recuperado até 80% da energia 56


térmica da purga de sais da caldeira.
28
56
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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Cálculo de Vapor de Flash – Exemplo
– Considerando uma instalação típica que opera nas seguintes condições:
 Produção média de vapor de 5.000 kg/h a 10 bar;
 Horas de operação: 5.760 h/ano ( 24h/5 dias/semana e 48 semanas/ano);
 Taxa de retorno de condensados de 80%;
 Cerca de 150 kg/h em purgas de linha distribuição a 10 bar;
 Cerca de 2.000 kg/h em equipamentos a operar a 6 bar;
 Cerca de 1.850 kg/h em equipamentos a operar a 3 bar;
 Custo médio de produção de vapor de 26 €/ton de vapor.
(Para efeitos de cálculo de vapor de flash considerou-se uma queda de pressão de 1 bar nos
conjuntos de purga)

57

57

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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Aplicações de recuperação de vapor de flash
Processo com vapor a 2 bar
e caudal 1.000 kg/h
Processo com vapor
a 10 bar e caudal de
Vapor de Flash 500 kg/h

5.000 kg/h

Fluxo de ar

58
Caudal condensados
5.500 kg/h
29
58
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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
− Dimensionamento Tubagem − Cálculo Perdas em funcionamento

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https://beta.spiraxsarco.com/resources-and-design-tools/calculators/
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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Cálculo Perdas em funcionamento

• Devido ao vapor produzido não ser 100% seco,


mas tipicamente com título de 0,98 significa
que existirá um caudal de descarga de
condensado ligeiramente superior ao valor
teórico calculado.
• Exemplo: 5.000 kg/h vapor com título 0,98
significa que terá de ser removido 2% de
60
humidade, o que será cerca de 100 kg/h.
30
60
6/18/2022

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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Cálculo de Vapor de Flash – Exemplo

61

61

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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Aplicações de recuperação de vapor de flash
– Condensador de vapor
 O condensador de vapor não pressuriza o
sistema e mantém sempre a exaustão
para a atmosfera em caso de não
passagem de fluído no secundário e/ou
excesso de vapor de flash.
– Vantagens:
 Não pressuriza o tanque de condensados;
 Não adiciona contra pressão ao sistema;
 Recupera a energia térmica do vapor de
flash;
 Recupera caudal equivalente de água;
 Fácil instalação;
 Utilização de cabeça de exaustão. 62

31
62
6/18/2022

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FLUIDOS

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Recuperação de Condensado e de Vapor de Flash
• Aplicações de recuperação de vapor de flash
– Cabeça de Exaustão
 Utilizada em conjunto com o
condensador garante um sistema
não pressurizado.
– Vantagens:
 Dreno de condensado
incorporado;
 Operação por sistema vortex
toroide;
 Sem partes móveis;
 Aço inox nas partes húmidas.
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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Recuperação dos Condensados
– O condensado não é apenas água;
– É água que foi evaporada na
caldeira (em geral com alto grau
de pureza);
– A temperatura elevada;
– Tipicamente a não recuperação
dos condensados deve-se a:
 Fugas na rede de distribuição;
 Não recuperação por dificuldade
remoção dos condensados;
 Não recuperação por risco de
contaminação;
 Injeção direta de vapor no processo
(estes nunca podem ser recuperados).

Por cada 6°C que se aumenta a temperatura da água de alimentação de uma 64


caldeira, é poupado 1% de combustível
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6/18/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Recuperação dos Condensados
– Quando um purgador está ligado a
uma linha de retorno de
condensado, deve existir suficiente
pressão diferencial entre vapor e
condensado.

– Em sistemas em que não exista Drenagem com purgador


esta pressão diferencial é
necessário um sistema com
bomba.

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Drenagem com bomba-purgador

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LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Recuperação dos Condensados
Bomba+Purgador

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Conjunto compacto MFP14 Triplo Conjunto compacto APT14
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66
6/18/2022

LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA


REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS

Racionalização energética em caldeiras Industriais


Recuperação dos Condensados

67
Sistema de monitorização por condutividade Sistema de monitorização por turbidez

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MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


Redes de Fluídos
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
REDES DE FLUÍDOS
FLUIDOS
Licenciatura em Engenharia Mecânica

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Ano Lectivo de 2021/2022 – Semestre de Verão


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