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Indaial – 2019
1a Edição
Elaboração:
Prof. Giovani Renato Zonta
Z87m
Zonta, Giovani Renato
Mecânica dos fluidos. / Giovani Renato Zonta. – Indaial:
UNIASSELVI, 2019.
246 p.; il.
ISBN 978-85-515-0371-3
1. Mecânica dos fluidos. – Brasil. II. Centro Universitário
Leonardo Da Vinci.
CDD 532
Impresso por:
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
VIII
IX
CONCEITOS FUNDAMENTAIS,
VISCOSIDADE E ESTÁTICA DOS
FLUIDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
FLUIDO E CONCEITOS
1 INTRODUÇÃO
A mecânica dos fluidos é a ciência que trata do comportamento de um
fluido em repouso (estática) e em movimento (dinâmica), além de suas interações
com sólidos e outros fluidos. Neste estudo, muitas analogias com a mecânica
tradicional do corpo rígido serão evidenciadas, conforme ilustradas a seguir.
2 SISTEMA DE UNIDADES
As grandezas físicas podem ser caracterizadas pelas suas dimensões e as
magnitudes atribuídas às dimensões são chamadas de unidades físicas. Algumas
dimensões básicas, como massa, comprimento, tempo e temperatura, são designa-
das como dimensões primárias ou fundamentais, enquanto outras, como velocida-
de, energia e volume, são expressas em função das dimensões primárias e chama-
das de dimensões secundárias ou dimensões derivadas (ÇENGEL; BOLES, 2013).
Algumas considerações importantes devem ser ressaltadas com base nas in-
formações da Figura 4. Verifica-se que no SI, as unidades de massa, comprimento e
tempo são quilograma (kg), metro (m) e segundo (s), respectivamente. As unidades
respectivas do sistema inglês são libra-massa (lbm), pé (ft) e segundo (s). Embora no
idioma inglês a palavra libra se traduza por pound, o símbolo lb é a abreviação de libra.
kJ
3600 s 1
s
3600 kJ
1 kWh 3600 kJ
1h 1 kW 1
Outro exemplo:
Quantidade
Taxa = (1)
tempo
E
IMPORTANT
O fluxo, por sua vez, é definido como a razão entre a taxa e a respectiva
área de transferência (Equação 2).
Taxa
Fluxo = (2)
Área
10
NOTA
Quantidade
Taxa =
tempo
Quantidade
50kW =
h dias
24 365
dia ano
kWh
Quantidade = 438000
ano
NOTA
11
NOTA
NOTA
12
focará apenas a dinâmica dos fluidos, especialmente dos líquidos. Mesmo com
esta abordagem bem específica dentro desta área de concentração, uma boa base
de cálculo e mecânica básica será solicitada.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
13
FONTE: O autor
14
15
Superfície livre
Líquido Gás
γ = ρg
(4)
16
ρ
d = substância (5)
ρ referência
A densidade relativa de um fluido é a razão entre a sua densidade e a den-
sidade de um fluido de referência. Geralmente o fluido de referência usado é água
a 4 °C. Nesta temperatura, a água tem seu valor de densidade máxima (1000 kg/
m³). A densidade relativa é um parâmetro adimensional. Se o valor da densidade
relativa de um fluido é menor que “1”, significa que o fluido é “menos denso” do
que a água e em uma mistura com água, este fluido menos denso ficará por cima.
DICAS
Você sabe por que a água tem sua maior densidade na temperatura de 4ºC?
Este fato se deve por características peculiares da substância e pode ser explicado pelo
fenômeno de dilatação anômala da água e pela presença de ligações de hidrogênio na
molécula de água. Vale a pena pesquisar este tópico!
E
IMPORTANT
17
NOTA
18
Ftangencial (6)
τ=
A
19
du vmáxima
=
dy e
De acordo com Çengel e Cimbala (2007) e Hibbeler (2016), a deformação
é causada nas camadas do fluido durante um intervalo de tempo (dt), quando os
lados das partículas fluidas ao longo de uma linha vertical MN giram através de
um ângulo (b), enquanto a placa superior move uma distância diferencial (da)
que pode ser expressa como o produto da velocidade máxima e do intervalo de
tempo (Figura 11).
da
Área A
N N’ u = V Força F
Velocidade
dβ
y
x M u=0
Perfil de velocidade
FONTE: Çengel e Cimbala (2007, p. 41)
cateto oposto v dt du dt
dâ ≈ tanb= = máxima =
cateto adjacente e dy
20
d b du
=
dt dy
d b du
= ∝τ
dt dy
Quanto maior for o coeficiente angular da reta dos dados, maior será o
valor da viscosidade dinâmica do fluido e este valor será constante em função
da tensão de cisalhamento. Esses fluidos são chamados de fluidos newtonianos.
du
τ =m (7)
dy
Na mecânica dos fluidos e na transferência de calor, a razão da viscosidade
dinâmica e a densidade do fluido definem uma outra propriedade específica
chamada viscosidade cinemática (ν). Sua unidade no SI é o m²/s mas utiliza-se
também a unidade stoke (1St = 1cm²/s = 0,0001m²/s).
22
deformação. Os fluidos não newtonianos são aqueles que não apresentam esse
tipo de comportamento. Alguns exemplos são ilustrados na Figura 14.
23
5 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
1) Um sistema de dois cilindros concêntricos é usado para medir a viscosidade de
um lubrificante. O cilindro menor, com peso igual a 4 N é mergulhado dentro
do cilindro maior e, após um período transiente inicial, cai com velocidade
24
Solução:
FONTE: O autor
∑F =
ma
∑F =0
25
0
Peso − Ftangencial =
Peso = Ftangencial
Inserindo as definições de tensão de cisalhamento e da Lei de Newton da
viscosidade:
=
du (v
τ m= m máxima
− 0)
dy e
F
τ = tangencial
A
du
= τ=
Peso A m (π DL )
dy
Peso = m
( vmáxima − 0 )
e
( 2 − 0)
=4 m (π ⋅ 0,1⋅ 0, 05)
0, 0005
ì ≅ 0, 06366 Pa ⋅ s
ì ≅ 0, 6366 P
ì ≅ 63, 66 cP
26
Solução:
FONTE: O autor
∑F =
ma
∑F =0
0
Peso − Ftangencial =
Peso = Ftangencial
27
du
= τ=
Peso A m (π DL )
dy
du
Peso = τ A = − m (π 2rL )
dr
NOTA
28
29
2mm
2m/s 20 N
30°
30
FONTE: O autor
15,24 cm
12,7 cm
31
VISCOSIDADE DE FLUIDOS
1 INTRODUÇÃO
Duas grandes subcategorias de fluidos não newtonianos são chamadas de
fluidos dependentes do tempo e independentes do tempo. Fluidos independentes
do tempo têm uma viscosidade constante em uma dada tensão de cisalhamento e
esta viscosidade não muda com o tempo. Os três tipos de fluidos independentes
do tempo são os fluidos não newtonianos definidos no Tópico 1:
33
NOTA
34
Torque= F ⋅ ∆s
Torque
= Ftangencial ⋅ r
= τ A⋅ r
Torque
v
Torque = m máx ⋅ (π DL ) ⋅ r
e
ω ⋅r
Torque = m ⋅ (π 2rL ) ⋅ r
e
(8)
35
rad
Pa ⋅ s × × m3 × m
s N
Torque = = Pa ⋅ m3 = 2 ⋅ m3 = Nm = J
m m
Weixo Torque ⋅ ω
= (9)
rad J
W eixo =⋅
J == W
s s
36
FONTE: <https://pt.made-in-china.com/co_nanbei-china/image_Rotating-Drum-Viscometer-for-
Testing-Latex-Viscosity_esgegoniy_fjLTcBuwarpH.html>. Acesso em: 31 jul. 2018.
38
NOTA
39
NOTA
40
4 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
1) Peso específico e densidade relativa são duas propriedades comumente
utilizadas nos cálculos da mecânica dos fluidos. Considere um fluido com
densidade igual a 886 kg/m³. Qual é o seu peso específico e sua densidade
relativa (referência à água a 4 °C), respectivamente? Adote g=10m/s² e densidade
da água de referência igual a 1000 kg/m³.
41
Solução:
N
γ= 886 kg ⋅10 m =
ρg = 8860
m³ s² m³
ρ fluido 886 kg
=d = = m³ 0,886
ρ referência 1000 kg
m³
Solução:
42
m ω r3 π 2 L
Torque =
e
200 ⋅ 2π
m ⋅ ⋅ 0, 075 ⋅ π ⋅ 2 ⋅ 0, 75
3
0,8 = 60
0, 0012
= m 0, 023 Pa ⋅ s ≈ 23 cP
Weixo Torque ⋅ ω
=
200 ⋅ 2π rad
Weixo 0,8 Nm ⋅
=
60 s
= 16, 75 Nm= J= W
Weixo
s s
43
44
45
60cm
3 Um bloco desliza para baixo em um plano inclinado sobre uma fina película
de óleo lubrificante, conforme ilustrado na figura a seguir. Considerando
um perfil de velocidade linear no filme de fluido, responda o solicitado com
auxílio da Tabela 1 e da Lei de Newton da viscosidade.
46
T,°C 0 20 40 60 80 100
Filme de líquido
de espessura e
Área A de contato
do bloco
θ
FONTE: White (2011, p. 47)
47
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, direcionaremos nosso estudo em algumas áreas de maior
aplicação da estática dos fluidos, tais como forças aplicadas pelo fluido em
repouso, definição de pressão do fluido, diferença entre pressão absoluta e
manométrica, pressão em um ponto, dedução matemática da equação geral da
manometria (variação da pressão do fluido com a profundidade), principais
dispositivos para medição de pressão e força de flutuação (empuxo).
49
50
51
FONTE: O autor
0
∑ Felemento infinitesimal =
0
Fsuperficiais + Pesoelemento infinitesimal =
( Px − Px +∆x ) ⋅ ∆y∆z + ( Py − Py +∆y ) ⋅ ∆x∆z + ( Pz − Pz +∆z ) ⋅ ∆x∆y + γ V = 0
52
f n +∆n − f n df
lim =
∆n →0 ∆n dn
lim x
( P − Px +∆x ) + lim ( Py − Py +∆y ) + lim ( Pz − Pz +∆z ) + ρ g =
0
∆x →0 ∆x ∆y →0 ∆y ∆z →0 ∆z
∂P ∂P ∂P
− − − + ρg = 0
∂x ∂y ∂z
∇P =− ρ g
Sendo:
∂P
Plano isobárico. = ρ= gx 0
Sem variação de ∂x
pressão. ∂P
= ρ= gz 0
∂z
∂P
= ρgy
∂y
Neste caso:
dP
= −ρ g y
dy
dP = ρ gdy
53
P1 = Patm
1
2 P2 = Patm + pgh
dP = ρ gdy
P = P2 y =h
=P P1=y 0
∫ dP = ρ g ∫ dy
ρ gh
P2 − P1 = (10)
NOTA
54
55
ATENCAO
56
=P2 Patmosférica + ρ g h
De acordo com Fox et al. (2018), a área da seção transversal do tubo não
tem efeito sobre a altura diferencial “h”, nem sobre a pressão exercida pelo
fluido. No entanto, recomenda-se que o diâmetro do tubo do manômetro seja
suficientemente grande (maior que 5 mm) para garantir que os efeitos da tensão
superficial e capilaridade não se manifestem e interfiram na leitura da pressão.
Alguns manômetros de tubo em “U” podem ser inclinados para aumentar a
precisão em pequenas variações de pressão.
NOTA
57
4 FLUTUAÇÃO E EMPUXO
Sempre que um corpo está flutuando ou completamente submerso em
um fluido, está sujeito a uma força de flutuação (ou força de empuxo) que tende
a empurrá-lo para cima, ajudando a sustentação. A força de flutuação é causada
58
Considere uma placa plana submersa, com espessura “h” e área superficial
“A”. Conforme deduzido nos tópicos sobre manometria, a pressão de um fluido
sobre um ponto depende apenas da altura de coluna de fluido sobre ele (Equação
10). Portanto, fazendo um balanço de forças exercidas pelo fluido na área inferior
e superior da placa plana submersa, podemos deduzir a força resultante, que é a
força de flutuação. Note que a pressão executada pelo fluido na área inferior da
placa plana é maior do que a pressão na área superior, pois a altura de coluna de
fluido é maior (h+s).
Fflutuação
= Finf erior − Fsup erior
Fflutuação
= ( PA)inf erior − ( PA)sup erior
F= flutuação
ρ fluido g ( h + s ) ⋅ A − ρ fluido gh ⋅ A
Fflutuação = ρ fluido g h A + ρ fluido g s A − ρ fluido g h A
Sendo Vcorpo = A × s
(11)
Fflutuação = ρ fluido g Vcorpo
59
NOTA
Fflutuação = Pesocorpo
ρ fluido gV fluido
= deslocado γ=
corpo Vcorpo ρcorpo gVcorpo
Com a relação da equação 12, podemos analisar três casos (Figura 28):
60
Então, para alcançar a flutuação, o volume de fluido que deve ser deslocado
é maior do que o volume do corpo. A razão de densidade é maior que “1”, então,
o corpo flutuante fica completamente submerso e o corpo afunda totalmente.
• Seρcorpo = ρ fluido
Desse modo, para alcançar a flutuação, o volume de fluido que deve ser
deslocado é menor do que o volume do corpo. A razão de densidade é menor que
“1”, então o corpo flutuante sobe para a superfície do fluido e, portanto, flutua.
Neste caso, para calcularmos o percentual do volume do corpo que fica submerso,
basta calcular a razão entre a densidade do corpo e a densidade do fluido.
61
5 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
1) O manômetro é o instrumento utilizado na mecânica dos fluidos para se
efetuar a medição da pressão efetiva ou manométrica. Com base no manômetro
ilustrado na figura a seguir, determine a diferença de pressão (ΔP) entre os
pontos A e B. Todos os fluidos estão à temperatura de 20ºC. Assuma g=10m/s².
Dados:
ρBenzeno = 864 kg/m³
ρMercúrio = 13600 kg/m³
ρQuerosene = 785 kg/m³
ρÁgua = 1000 kg/m³
ρAr = 1,2 kg/m³
Solução:
− (1, 2 ⋅10 ⋅ 0, 09 ) =
PB
PA − PB = 9065, 08 Pa
∆PA− B =
62
Solução:
PB − PA = 3500 Pa
∆PB − A =
63
Solução:
FTração = Pesocorpo
FTração = γ Vcorpo
FTração = 2300 ⋅10 ⋅ 0, 4 ⋅ 0, 4 ⋅ 3
FTração = 11040 N
64
Solução:
920 A⋅h
=
1025 A ⋅ ( h + 0,1)
1025
= h 920h + 9200
9200
=h = 0,8762m
(1025 − 920 )
65
LEITURA COMPLEMENTAR
66
FONTE: MOTT; UNTENER. Applied Fluid Mechanics. 7. ed. Pearson Education Limited, 2015. p. 14-15.
67
68
69
h (cmHg) i (mA)
2,8 4,21
18,15 5,78
29,78 6,97
41,31 8,15
76,59 11,76
102,7 14,43
114,9 15,68
136,2 17,86
145,8 18,84
153,6 19,64
70
π D2
Vcilindro = h
4
71
72
ESCOAMENTO DE FLUIDOS –
CINEMÁTICA E DINÂMICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades que têm o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
73
LEIS DE CONSERVAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Segundo Çengel e Cimbala (2007), define-se cinemática dos fluidos como
a descrição do movimento dos fluidos e sem considerar as forças e momentos
atuantes que causam o movimento. Os diversos conceitos cinemáticos e proprie-
dades fundamentais (como as taxas de translação, de rotação, de deformação
linear e de deformação por cisalhamento), que descrevem as características de
um escoamento de fluidos em uma abordagem matemática e analítica podem ser
consultados nas referências da unidade. Nessa unidade apresentaremos os con-
ceitos mais aplicados da cinemática dos fluidos em escoamentos incompressíveis
em regime permanente.
corrente a montante (1) é igual à massa de fluido que escoa por uma seção de um
tubo de corrente a jusante (2). Podemos definir como o princípio da conservação da
massa do fluido. O balanço de massa em um escoamento em regime permanente
pode ser realizado efetuando as seções de entrada e saída do escoamento.
FONTE: O autor
76
E
IMPORTANT
77
• •
Q1 = Q 2 (1)
ρ1v1 A1 = ρ 2 v2 A2
Q =Q
1 2
(2)
v1 A1 = v2 A2
( )
Q ou V é a vazão volumétrica do escoamento.
78
E
IMPORTANT
Embora não exista uma lei física para o princípio de conservação de vo-
lume, para o escoamento de líquidos em regime permanente, as vazões volu-
métricas de entrada e saída são iguais e permanecem constantes ao longo do
tempo. As vazões mássicas de fluido na entrada e saída de um dispositivo são
iguais quando o regime for permanente. Entretanto, as vazões volumétricas po-
dem ser diferentes no caso de um escoamento de gases devido à densidade dos
gases, que pode variar muito em função da temperatura e pressão. A figura a
seguir ilustra como a vazão volumétrica de um gás na entrada de um compres-
sor é maior do que a vazão volumétrica de saída, apesar da vazão mássica não
se alterar (ÇENGEL; CIMBALA, 2007; FOX; McDONALD; PRITCHARD; MIT-
CHELL, 2018; WHITE, 2011).
79
V
QVolumétrica = (3)
∆t
QVolumétrica
= vescoamento ⋅ Área (4)
• m
Q= (5)
∆t
A vazão mássica pode ser relacionada com o produto da densidade do
fluido (kg/m³) e da vazão volumétrica (m³/s) da seguinte maneira:
m ρ ⋅V
=Q = = ρQ
∆t ∆t (6)
•
Q Mássica = ρ ⋅ QVolumétrica
Peso
Q peso = (7)
∆t
Peso mg ρVg
Q peso
= = = = γQ (8)
∆t ∆t ∆t
QPeso = γ ⋅ QVolumétrica
81
E
IMPORTANT
A energia mecânica é definida como a forma de energia que pode ser convertida
diretamente e completamente em trabalho mecânico por um dispositivo mecânico ideal,
como uma turbina ideal. Energias cinéticas e potenciais são formas comuns de energia
mecânica. A energia térmica, porém, não é uma forma de energia mecânica, uma vez
que não pode ser convertida em trabalho mecânico direta e completamente, conforme
estabelece a 2ª Lei da Termodinâmica (ÇENGEL; BOLES, 2013).
82
τ fluido = F * d
τ fluido = Peso * h
τ fluido = m * g * h
τ fluido E=
= potencial mgh
mv 2
Ecinética =
2
F
=P = F P* A
A
τ F * ∆s
d=
dτ P * A * ∆s
=
τ P * ∆V
d=
mv 2
ETOTAL = mgh + + ∫ PdV
2 V
83
ETOTAL1 = ETOTAL 2
m1v12 m2 v22
m1 gh1 + + ∫ PdV
1 1 = m2 gh2 + + ∫ P2 dV2
2 V
2 V
m1v12 Pm m2 v22 P2 m2
m1 gh1 + + 1 1
= m2 gh2 + +
2 ρ1 2 ρ2
v12 P1 v2 P
gh1 + + = gh2 + 2 + 2
2 ρ 2 ρ
84
v12 P1 v22 P
h1 + + =h2 + + 2
2g ρ g 2g ρ g (9)
2 2
v P v P
h1 + 1
+ 1 =h2 + + 2 2
2g γ 2g γ
E
IMPORTANT
mg mgh E potencial
• =h multiplicando por = =
mg mg Peso
v2 mg mgv 2 mv 2 Ecinética
• = multiplicando por= = =
2g mg 2mg 2 2mg Peso
85
P PV PV PV PV E pressão
• = multiplicando por=
V = = = =
γ γ V ρ gV m gV mg Peso
V
v12 P1 v2 P
h1 + + =h2 + 2 + 2
2g γ 2g γ
86
E
IMPORTANT
ρ v12 ρ v22
ρ gh1 + + P1 = ρ gh2 + + P2
2 2
m1v12 Pm m v2 P m
m1 gh1 + + 1 1 = m2 gh2 + 2 2 + 2 2
2 ρ1 2 ρ2
m1v12 m2 v22
m1 gh1 + + PV
1 1= m2 gh2 + + PV
1 1
2 2
v12 P1 v2 P
gh1 + + = gh2 + 2 + 2
2 ρ1 2 ρ2
P
= hcoluna de fluido
γ fluido
87
h ou ρ gh
v2 ρv2
ou
2g 2
P
ou P
γ
v2 P
h+ + =H
2g γ
H1 = H 2 (10)
E
IMPORTANT
88
H1 ± H máquina =
H2 (11)
FONTE: O autor
H1 + H BOMBA =
H2
H1 − H TURBINA =
H2
89
v12 P1 v2 P
h1 + + ± H MÁQUINA = h2 + 2 + 2
2g γ 2g γ
ou
P2 − P1 v22 − v12
H MÁQUINA
= + + ( h2 − h1 )
γ 2g
•
W fluido car ga hidráulica de escoamento × QPeso
•
=W fluido car ga hidráulica de escoamento × γ fluido × Qvolumétrica
•
W fluido = H fluido × γ fluido × Qvolumétrica (12)
90
• •
W=
BOMBA instalada W cedida ao fluido + Perdas
• •
W cedida ao fluido W disponível ou útil
η BOMBA =
= • •
W total da bomba W total
H ⋅Q ⋅γ
Winstalada da bomba = bomba (13)
η
Wútil da turbina
= H turbina ⋅ Q ⋅ γ ⋅η (14)
E
IMPORTANT
H= H 2 + H perdas
1
(15.1)
H perdas
= H1 − H 2
92
H ± H H 2 + H perdas
=
1 MÁQUINA
•
W dissipada = H perdas × γ fluido × Qvolumétrica (16)
7LIMITAÇÕESESIMPLIFICAÇÕESADOTADASNAEQUAÇÃO
DE BERNOULLI
A equação de Bernoulli é uma das equações mais famosas e utilizadas
na mecânica dos fluidos. Sua versatilidade, simplicidade e facilidade de uso
tornaram-na uma ferramenta muito valiosa para uso na prática. Contudo, os
mesmos atributos tornam a equação suscetível à utilização de forma equivocada.
Çengel e Cimbala (2015) comentam uma série de restrições à aplicabilidade e as
observações devem ser compreendidas. Na sequência, os pontos mais importantes
são destacados:
93
94
9 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
• Calcule a potência instalada da bomba para operar com eficiência de 80%.
Considere o sistema de recalque de água em regime permanente ilustrado a
seguir. Desconsidere as perdas de carga no sistema.
FONTE: O autor
95
FONTE: O autor
96
ou
97
Assim, temos:
Como ρ1 = ρ2 = ρ3
99
Solução:
101
102
103
104
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
E DETERMINAÇÃO DAS PERDAS DE
CARGA – PARTE I
1 INTRODUÇÃO
O objetivo, a partir deste tópico de estudo, é desenvolver os conhecimentos
e habilidades que são necessários para projetar e analisar o desempenho
de sistemas de escoamento de líquidos em tubulação com o uso de bombas
centrífugas em aplicações industriais. Você aprenderá a analisar os efeitos da
pressão, vazão e elevação do fluido no comportamento hidráulico. Um conceito
fundamental usado para analisar sistemas de escoamento em tubulações é a
aplicação da equação do princípio de conservação de energia, através da equação
de Bernoulli, que proporciona uma maneira de explicar a relação entre os três
tipos importantes de energias mecânicas de um fluido em escoamento.
106
(17)
L v2
hf = fD (18)
DH 2 g
108
v2
hs = k acessório ⋅ ⋅ (n º de acessórios ) (19)
2g
109
H perdas = ∑ hs + ∑ h f (20)
E
IMPORTANT
1 ε 2,51
=−2 ⋅ log D +
f 3, 7 Re⋅ f
110
ε
1,11
1 6,9 D
≅ −1,8 ⋅ log +
f Re 3, 7
1 ε 7
0,9
D
≅ −2 ⋅ log +
f 3, 7 Re
1 ε 5, 74
≅ −2 ⋅ log D + 0,9
f 3, 7 Re
Equação de Barr (1972)
1 ε 5,15
≅ −2 ⋅ log D + 0,892
f 3, 7 Re
Equação de Sousa-Cunha-Marques (1999)
ε ε
1 D 5,16 D 5, 09
≅ −2 ⋅ log − ⋅ log +
f 3, 7 Re 3, 7 Re0,87
4A h
DH = com
= ar e 0, 25 ≤ ar ≤ 4
p b
111
A linha do número de Reynolds vai interceptar outra linha que deve ser
traçada a partir do ponto do diagrama de Moody relativo ao valor da rugosidade
relativa. É importante notar que a linha traçada a partir do valor de ε/D, no sentido
da direita para esquerda, é uma linha reta até a linha tracejada que divide a região
dos escoamentos turbulentos lisos e rugosos. Após cruzar a linha tracejada,
devemos executar uma suave curva ascendente na linha da rugosidade relativa,
acompanhando o sentido das curvas adjacentes até interceptar a linha vertical a
partir do valor de Reynolds (linha destacada em preto).
112
113
6 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
• Após uma forte chuva, a água da rua (ρ = 1000 kg/m³ e μ = 0,001
Pa·s) escoa através de um esgoto de drenagem (coletores de água de
temporais) e preenche totalmente um tubo de concreto novo liso de 46cm
de diâmetro. Se a vazão do escoamento de água pelo tubo de concreto é
de 280L/s, calcule:
a) A queda de pressão (P1-P2) para um trecho reto do tubo (ponto 1 para ponto 2
de referência) com comprimento de 30,48m.
μ = 1x10-3 Pa·s
114
115
FONTE: O autor
116
117
FONTE: O autor
Solução:
a)
b)
118
e)
Sendo que a queda de pressão do escoamento varia linearmente em função do
comprimento da tubulação, a verificação pode ser feita da seguinte maneira:
119
120
121
Trecho “L1”:
122
Trecho “L2”:
Trecho “L3”:
123
E
IMPORTANT
124
• Dióxido de carbono a 20ºC escoa por uma tubulação a uma vazão em peso de
0,04N/s. Determine qual o diâmetro máximo permitido ao tubo, em polegadas,
para o escoamento do gás ser turbulento (Re ≥ 4000). Adote g=10m/s² e
1”=25,4mm. Propriedades físicas do dióxido de carbono (CO2):
ρ = 1,83 kg/m³
μ = 1,47x10-5 Pa·s
E
IMPORTANT
125
LEITURA COMPLEMENTAR
• O fator de atrito é mínimo para um tubo liso (mas ainda não é zero por conta
da condição de não deslizamento do fluido e forças viscosas) e aumenta com
a rugosidade. A equação de Colebrook, no caso, com ε=0 se reduz para a
equação de Prandtl.
• A região de transição do regime laminar para turbulento (2300 < Re < 4000) é
indicada pela área sombreada no diagrama de Moody. O escoamento na região
pode ser laminar ou turbulento, dependendo de distúrbios no escoamento, ou
pode alternar entre laminar e turbulento e, portanto, o fator de atrito também
pode alternar entre os valores de escoamento laminar e turbulento. Os dados no
intervalo são os menos confiáveis. Em pequenas rugosidades relativas, o fator de
atrito aumenta na região de transição e se aproxima do valor para tubos lisos.
127
• Existe uma relação entre a perda de carga distribuída com o fator de atrito de
Darcy (fD) e outros parâmetros da tubulação.
• O cálculo do fator de atrito de Darcy (fD) pode ser efetuado com base no uso
do diagrama de Moody ou das equações empíricas, sendo as mais comuns a
equação de Colebrook-White (1939), Churchill (1973) e Haaland (1983).
128
1 Uma tubulação de aço para condução de água é constituída por três trechos
em série:
Trecho 1: D1 = 250mm; L1 = 1000m
Trecho 2: D2 = 200mm; L2 = 1800m
Trecho 3: D3 = 150mm; L3 = 2500m
3 A água de processo utilizada em uma indústria escoa a uma vazão de 56,6 L/s
por um velho e enferrujado tubo com diâmetro interno de 6 in. A rugosidade
relativa do tubo é de 0,01. Os operadores da fábrica sinalizam que a perda de
pressão da água ao longo do comprimento do escoamento é muito alta no
tubo velho. Um engenheiro, então, propõe que se o velho tubo for forrado
em sua superfície interna com uma camada fina e lisa de um determinado
polímero, com rugosidade relativa igual a zero, a queda de pressão ao longo
do comprimento do tubo pode ser reduzida. Contudo, se o tubo for forrado
com a camada de material plástico, o seu diâmetro interno reduzirá para 5
in, conforme ilustra a figura a seguir. O supervisor da fábrica orienta que a
vazão do escoamento não pode mudar com a aplicação da camada lisa de
plástico no tubo e que o projeto só será aceito se o procedimento sugerido
reduzir a queda de pressão para cada 100m de comprimento em, no mínimo,
10%. Com base na situação, avalie:
129
130
Joelho
kacessório = 0,9
131
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO E
DETERMINAÇÃO DAS PERDAS DE CARGA
– PARTE II
1 INTRODUÇÃO
Ao final da unidade, após serem apresentadas as definições de conceitos,
deduções de equações e aplicações práticas, algumas considerações sobre a
dinâmica dos fluidos devem ser relembradas.
FONTE: A autora
134
E
IMPORTANT
135
FONTE: O autor
137
3 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Nesta seção, exemplos de aplicação dos problemas do tipo I, II e III serão
resolvidos e comentados.
Propriedades do fluido:
T = 15 ºC
ρ = 999,83kg/m³
μ = 0,0011204 Pa·s
Hipóteses simplificadoras:
139
140
141
Cotovelo:
142
Bocal:
E
IMPORTANT
143
Podemos analisar também que uma parte das perdas que causa a queda
de pressão no escoamento entre os pontos 1 e 2 é totalmente reversível, não
sendo, efetivamente, “perda”. As perdas de carga reversíveis são aquelas devido
à variação de carga de elevação e à variação da energia cinética, enquanto as
perdas de carga irreversíveis são aquelas devido ao atrito (distribuídas) e aos
acessórios (localizadas). Nos casos, a dissipação da carga do escoamento (energia)
será por calor, impossibilitando a sua recuperação. A queda de pressão total no
escoamento é detalhada a seguir:
144
E
IMPORTANT
FIGURA 18 – TURBINA EXTRAI 50CV DE POTÊNCIA DA ÁGUA QUE ESCOA (POTÊNCIA TOTAL)
145
ou
(*)
(**)
(***)
146
148
(*)
149
(**)
(***)
(****)
150
fD=0,02291
100 = 14,55%
Iteração 1: fD=0,02291
fD=0,02295
100 = 0,37%
Iteração 2: fD=0,02295
151
fD=0,022954
100=0,017%
E
IMPORTANT
(*)
153
(**)
(***)
(****)
E
IMPORTANT
154
(*****)
Com ‘Re’ e ‘ε/D’ no diagrama de Moody (ou com uso de uma equação
empírica para cálculo do fator de atrito), encontramos o fator de atrito:
155
Iteração 1: D=0,4965m
Iteração 2: D=0,4972m
156
Iteração 3: D=0,4971m
E
IMPORTANT
157
E
IMPORTANT
158
• Cada tipo de problema de escoamento de fluidos (tipo I, tipo II e tipo III) possui
particularidades e pode ser necessária a aplicação de métodos iterativos de
cálculo para resolução do problema.
159
FONTE: Adaptado de: FOX, R. W.; McDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J.; MITCHELL,
J. W. Introdução à mecânica dos fluidos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. p. 371.
Informações adicionais:
160
FONTE: Adaptado de: FOX, R. W.; McDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J.; MITCHELL, J. W.
Introdução à mecânica dos fluidos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. p. 374.
FONTE: Adaptado de: FOX, R. W.; McDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J.; MITCHELL, J. W.
Introdução à mecânica dos fluidos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. p. 376.
161
ρ = 870 kg/m³
μ = 0,007917 Pa·s
ν = 9,1·10-6 m²/s
162
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades que têm o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
163
1 INTRODUÇÃO
Bombas centrífugas são usadas para transporte de líquidos através
de sistemas de tubulação. As máquinas hidráulicas devem entregar o volume
desejado de fluido enquanto fornecem o total de carga hidráulica necessária para o
fluido escoar em regime permanente. É preciso levar em conta as necessidades de
energia mecânica para o escoamento devido a mudanças de elevação, diferenças
de pressão e variações de velocidade no sistema, além de toda a energia dissipida
devido às perdas de carga por atrito e aos acessórios da tubulação.
165
166
167
168
169
170
• Selecionar uma bomba centrífuga que atenda aos requisitos do sistema com
base nos parâmetros de carga hidráulica necessária e vazão volumétrica
de escoamento. Assim, é possível garantir que a bomba opere próxima de
seu melhor ponto de eficiência (BEP) e evita-se o superdimensionamento da
bomba, fazendo com que ela opere com uma eficiência muito baixa. Sempre que
possível, devemos usar uma bomba mais eficiente para a aplicação e operar a
bomba o mais próximo possível do seu melhor ponto de eficiência (BEP).
• Não operar a bomba com a linha de sucção ‘seca’. A escorva da bomba deve
ser feita inserindo líquido na tubulação de sucção até a bomba. A escorva
elimina o ar existente no interior da bomba e da tubulação de sucção. A
entrada de ar na linha de sucção deve ser evitada com o projeto adequado
das conexões entre a linha de sucção da bomba e o reservatório ou tanque.
E
IMPORTANT
173
175
O gráfico também ilustra que, para uma carcaça padronizada, quanto maior
o diâmetro de rotor maior é a eficiência máxima da bomba. Entretanto, escolher
a bomba de maior eficiência nem sempre é a melhor opção, pois cada aplicação
exige uma combinação de dois parâmetros hidráulicos (carga hidráulica da bomba
e vazão volumétrica). Se os parâmetros hidráulicos requisitados coincidem com
um determinado diâmetro de rotor de bomba, é válido escolher uma bomba de
menor eficiência para contemplar o requisito hidráulico, pois as bombas com
maior diâmetro de rotor e maior eficiência demandam maior potência instalada,
o que significa um maior consumo de energia e custo de operação.
176
E
IMPORTANT
177
178
179
E
IMPORTANT
Se o NPSH disponível
> NPSH requerido
(dado pelo fabricante), a bomba não
cavitará.
E
IMPORTANT
A altura de sucção pode ser negativa (quando o nível de sucção está abaixo da
bomba) ou positiva (quando o nível de sucção está acima da bomba).
181
Fabricante:_______________
Modelo:______________
Estágios:_______________
Altura Manométrica Total (Hbomba)_______________(m c.a. ou bar)
Capacidade (Vazão)_______________(m³/h)
Potência instalada:_______________(cv ou kW)
Pressão máxima sem vazão (carga de fechamento):_______________(m c.a. ou bar)
Altura máxima de sucção:_______________(m c.a.)
Diâmetro de sucção recomendado: _______________(pol. ou mm)
Diâmetro de recalque recomendado: _______________(pol. ou mm)
Diâmetro do rotor:_______________(pol. ou mm)
Tipo de rotor:_______________
Eficiência:_______________(%)
NPSH requerido:_______________(m c.a. ou bar)
Tipo de motor elétrico disponível:_______________
Rotação nominal:_______________(RPM)
Frequência:_______________(Hz)
4 EXEMPOS DE APLICAÇÃO
1) Em uma instalação industrial de produção de alimentos, a água do processo
proveniente de um tanque-pulmão aberto sob a pressão atmosférica necessita
ser transferida para um reservatório também aberto sob a pressão atmosférica,
de acordo com o diagrama esquemático a seguir. A bomba deve ter capacidade
de enviar 60m³ de água em um tempo de 1h. Considere que a água do processo
está a uma temperatura média de 55ºC (Pvapor=15763Pa; γ=9832N/m³; μ=0,466
cP). A tubulação de sucção e recalque é de aço inoxidável (ε=0,002mm), sendo
que o diâmetro de sucção é 3” e o diâmetro de recalque é 2”. Para o sistema de
transporte de líquido, faça o dimensionamento hidráulico conforme solicitado
nos itens a seguir:
183
FONTE: O autor
184
185
T = 55°C
Pvapor= 15763Pa
γ = 9832 N/m³
µ = 0,466 cP =0,000466Pa·s
Dados da tubulação:
Dsucção = 3” = 0,0762 m
Drecalque = 2”=0,0508m
ε aço inoxidável = 0,002mm
Bomba centrífuga:
186
(
( 2
187
188
(
( 2
189
E
IMPORTANT
ou
190
Como NPSH disponível (6,47 m c.a.) é maior do que o NPSH requerido (5m c.a.)
pela bomba, ela não sofrerá cavitação durante a operação, pois a pressão na
linha de sucção ficará acima do valor da pressão de vapor do líquido, na sua
temperatura de operação. A bomba centrífuga terá seu sistema de sucção com
carga hidráulica disponível suficiente para a sucção do líquido.
FONTE: O autor
192
193
Dados da tubulação:
Bomba centrífuga:
194
(
( 2
195
196
(
( 2
197
E
IMPORTANT
Como NPSH disponível (12,35 m c.a.) é maior pela bomba, ela não sofrerá
cavitação durante a operação, pois a pressão na linha de sucção ficará acima do
valor da pressão de vapor do líquido, na sua temperatura de operação. A bomba
centrífuga terá seu sistema de sucção com carga hidráulica disponível suficiente
para a sucção do líquido.
198
199
200
1 INTRODUÇÃO
A medição do fluxo de escoamento refere-se à capacidade de medir a
velocidade, vazão volumétrica ou vazão mássica de líquidos ou gases. O controle
e a precisão na medição do fluxo de escoamento de um fluido são essenciais para
o controle de processos industriais, controle de consumo de fluidos e cálculos dos
custos associados, avaliação do desempenho de motores, sistemas de refrigeração
e outros processos industriais que empregam fluidos em movimento.
2 CONCEITO
A medição de vazão é uma função importante em qualquer indústria que
emprega fluidos para realizar suas operações. A medição de vazão é empregada
em diversas situações do cotidiano, como quando abastecemos o carro com
gasolina. A bomba do sistema de recalque do posto de combustível inclui um
medidor de vazão para indicar quantos litros de combustível foram abastecidos
no carro para que você pague corretamente pelo volume comprado. A quantidade
de combustível vendida também é registrada pelo posto para controlar o volume
total vendido em um dia. As ações ajudam no gerenciamento da necessidade
de reabastecimento do estoque de combustível no posto. Mott e Untener (2015)
elencam outras situações em que a medição de vazão de fluido é essencialmente
aplicada na Engenharia e na Medicina:
203
desempenho do motor pode ser feita medindo a potência do motor (energia por
unidade de tempo) em relação à taxa de combustível utilizada (litros por hora).
A ação está diretamente relacionada à eficiência de combustível medida que é
usada para determinar o consumo do veículo, por exemplo, em quilômetros
percorridos por litro de combustível utilizado.
• Controle de processo industrial: qualquer indústria que usa fluidos em seus
processos deve monitorar o escoamento de fluidos. Por exemplo, bebidas são
misturas de vários constituintes que devem ser precisamente controlados para
haver o sabor que o cliente espera. O monitoramento e o controle contínuo da
vazão de cada constituinte de um sistema de mistura são fundamentais para a
garantia da qualidade dos produtos.
• Tratamento médico: o fluxo de oxigênio, transfusão de sangue ou
medicamento líquido deve ser cuidadosamente monitorado e controlado
para garantir que o paciente receba as dosagens adequadas. Medições
imprecisas podem ser perigosas.
(1)
(2)
207
(3)
ou
(4)
(5)
208
209
E
IMPORTANT
Balanço de massa
211
(*)
Balanço de energia
(**)
sendo
Vazão teórica
Vazão real
212
Placa Orifício
Válida para 0,25 < β < 0,75 e 104 < Re < 107
Tubo de Venturi
Bocal
Válida para 0,25 < β < 0,75 e 104 < Re < 107
213
214
215
E
IMPORTANT
FONTE: O autor
216
217
218
E
IMPORTANT
Faça uma pesquisa nas referências do livro didático sobre a aplicação, princípio
de funcionamento e aspecto construtivo de outros tipos de medidores de velocidade e
vazão de fluido, tais como medidores de vazão de deslocamento positivo, medidor mássico
do tipo Coriolis, medidores do tipo turbina, eletromagnéticos, de vórtice e anemômetros
de pás. Consulte também nas referências as técnicas disponíveis para criação de imagens
de fluidos para representarmos a distribuição de velocidade em escoamentos complexos
de fluidos. Algumas das técnicas mais modernas incluem a anemometria térmica
(anemômetros térmicos de fio quente e filme quente), velocimetria por imagem de
partícula (PIV), fluidodinâmica computacional (CFD), anemometria laser Doppler (LDA) e
técnicas de fluorescência induzida por laser (LIF).
5 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
1 Um medidor do tipo Venturi é equipado com um medidor de pressão
diferencial, conforme ilustrado a seguir. O dispositivo mede a vazão de
água com densidade 999,1kg/m³ através de um tubo horizontal com 5cm de
diâmetro. O diâmetro da garganta do tubo de Venturi é de 3cm e a perda de
220
Sendo
221
Sendo
223
LEITURA COMPLEMENTAR
225
226
227
ANÁLISE DIMENSIONAL
1 INTRODUÇÃO
A maioria dos problemas que envolvem modelagem matemática na
mecânica dos fluidos exige a obtenção de dados experimentais para o encontro
de uma solução analítica ou computacional que foi proposta pelo modelo. Assim,
devemos planejar criteriosamente os experimentos e interpretar adequadamente
os dados obtidos.
DICAS
230
Uma vez que são obtidos os dados da influência de cada variável na queda
de pressão por unidade de comprimento, devemos encontrar uma relação global
(que considera o efeito combinado das variáveis) das variáveis para qualquer
sistema similar de escoamento de fluido em tubulações. Assim, devemos agrupar
as variáveis de influência do problema em grupos adimensionais, por exemplo:
E
IMPORTANT
231
232
Sendo “ui” a variável não repetida dependente das outras (por exemplo,
a queda de pressão do fluido por unidade de comprimento de tubo); “u1, u2 e
u3” são as variáveis repetidas do problema (variáveis independentes, tal como
234
Passo 8: Expressar a forma final dos termos π como uma relação de grupos
adimensionais de π da seguinte forma:
E
IMPORTANT
3 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
O exemplo a ser considerado é novamente a análise da queda de pressão
do fluido por comprimento de tubulação, discutido no início do Tópico 3. Um
escoamento em regime permanente de um fluido newtoniano incompressível
através de uma tubulação longa, de paredes lisas e horizontal. O objetivo do
problema é avaliar a influência de certas variáveis na queda de pressão sofrida
pelo fluido ao longo do escoamento. Assim, aplicaremos os passos descritos no
método de repetição de variáveis para definição dos termos π.
235
E
IMPORTANT
236
237
E
IMPORTANT
Cada uma das variáveis repetidas escolhidas possui uma dimensão que a
outra variável não possui, por isso não formam grupos adimensionais de um produto.
Escolher densidade e viscosidade como variáveis repetidas não é possível, pois ambas as
propriedades possuem as mesmas unidades básicas (força, tempo e comprimento).
Assim, os valores dos expoentes “a”, “b” e “c” foram definidos. Então, o
primeiro termo π é definido como:
238
Passo 6: repetir o Passo 5 para cada uma das variáveis repetidas restantes.
Assim, os valores dos expoentes “a”, “b” e “c” foram definidos. Então, o
segundo termo π é definido como:
239
• O teorema dos Pi (π’s) de Buckingham pode ser usado para gerar parâmetros
adimensionais.
241
242
BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. revisada. São Paulo: Blücher, 2008.
FOX, R. W. et al. Introdução à mecânica dos fluidos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2018.
244
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245