Propriedades Dos Fluidos Teste

05/11/2023, 10:01 Propriedades dos fluidos
Propriedades dos fluidos

Prof. Fábio Bicalho Cano
Descrição
A interpretação dos conceitos básicos e das propriedades dos fluidos

na análise de escoamentos.
Propósito
Os conceitos da mecânica dos fluidos e o conhecimento dos princípios

básicos são importantes em diversas aplicações da engenharia, como a
sustentação aerodinâmica, o projeto e a operação de bombas, as
turbinas, os motores de combustão interna, os equipamentos de
controle de poluição, os sistemas de tubulação e as operações unitárias
de separação mecânica, de transferência de energia e de transferência
de massa.
Preparação
Antes de iniciar o estudo deste conteúdo, tenha em mãos uma

calculadora científica ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.
Objetivos
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04386/index.html# 1/95
Módulo 1
Dimensões e unidades
Identificar os principais sistemas de unidades.
Módulo 2
Acurácia e algarismos significativos
Analisar a acurácia e os algarismos significativos.
Módulo 3
Análise dimensional
Reconhecer a homogeneidade dimensional.
Módulo 4
Propriedades termodinâmicas dos fluidos
Analisar as propriedades termodinâmicas dos fluidos.
meeting_room
Introdução
Neste vídeo, o especialista listará os conceitos que serão
desenvolvidos ao longo dos módulos: dimensões fundamentais e
derivadas, sistemas de unidades, acurácia, precisão e algarismos
significativos, homogeneidade dimensional, teorema Π de
Buckingham, parâmetros adimensionais comuns à mecânica dos
fluidos e principais propriedades termodinâmicas dos fluidos.
1 - Dimensões e unidades
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os principais sistemas de unidades.
Vamos começar!
video_library
O conceito de dimensão e unidades
Neste vídeo, o especialista apresentará as definições de dimensões
fundamentais e derivadas, os principais sistemas de unidades: SI, CGS,
BG, EA e MKS* e a importância da constante gravitacional na aplicação
correta da segunda lei de Newton.
Conceito de dimensão e de unidade

Na Engenharia, devemos ser capazes de nos expressarmos não só com
palavras, mas também com expressões numéricas adequadas, uma vez
que as quantidades físicas requerem descrições quantitativas. Por
exemplo, a grandeza física “massa específica" de uma substância mede
a massa dessa substância contida em uma unidade de volume.
O que é uma dimensão?
A dimensão é a expressão quantitativa definidora da grandeza física. De

forma mais abrangente, podemos dizer que a dimensão é uma
necessidade de medida. Logo, se existe a necessidade de medir a
massa, o volume, o tempo, o comprimento, a pressão, a velocidade, a
viscosidade etc., então esses mesmos elementos são dimensões.
O que é uma unidade?
A unidade é a expressão numérica da dimensão. Por exemplo, a

dimensão "comprimento" pode ser numericamente expressa em várias
unidades: metros, centímetros, quilômetros, angstrons, pés, polegadas
etc. Assim, o valor numérico da dimensão está intimamente relacionado
à unidade empregada, que deve ser compatível com o objeto em análise.
Ou seja, não tem sentido prático, por exemplo, medir o comprimento de
uma mesa de jantar em quilômetros e, muito menos, em angstrons
˚ −10
(1A × 10 m).
Dimensões fundamentais e derivadas

As dimensões podem ser divididas em dois grupos:
Dimensões fundamentais, primárias ou básicas expand_more
São medidas de forma independente das outras dimensões, ou

seja, não têm relação com as outras dimensões.
Por exemplo: comprimento, tempo, temperatura.
Dimensões derivadas ou secundárias expand_more
Podem ser desenvolvidas a partir das dimensões fundamentais.
Por exemplo: velocidade (espaço percorrido por unidade de

tempo), pressão (força normal compressiva por área de
atuação), viscosidade (tensão de cisalhamento por taxa de
deformação).
Geralmente, as dimensões são escritas entre colchetes ou entre chaves

e com letras maiúsculas. As dimensões fundamentais comumente
empregadas na mecânica dos fluidos estão relacionadas na tabela a
seguir:
Força [F ] ou {F }
Massa [M ] ou {M }
Comprimento (termo em inglês: Length) [L] ou {L}
Tempo [T ] ou {T }
Temperatura [θ] ou {θ}
Tabela: Dimensões fundamentais adotadas na mecânica dos fluidos.

Fábio Bicalho Cano.
As dimensões derivadas, que são escritas como combinações das

dimensões fundamentais, seguem a formulação física mais simples
possível da propriedade, conforme as definições apresentadas na tabela
a seguir.
Grandezas
Expressão matemática Dimensõ
físicas
Velocidade → ç
Espa o percorrido
→
V = [V ] =
(média) Intervalo de tempo
Aceleração →
a =
Variação de velocidade
Intervalo de tempo
→
[a] =
Grandezas
Expressão matemática Dimensõ
físicas
Energia E = Força ⋅( Deslocamento

[E] = F
(trabalho) )
Área (de
A = ( Lado ) × ( Lado ) [A] =
quadrado)
Volume (de V = ( Lado ) × ( Lado

[V ] =
cubo) ) × (Lado )
ç
For a
Tensão Tensão = Área
[ Tensão ]
ç
For a normal compressiva
Pressão P =
Área
[P ] =
Energia
Potência Pot = Tempo
[P ot] =
Massa ρ =
Massa
[ρ] =
específica Volume
Peso
γ = ρ × g [γ] =
específico
Quantidade →
de
Q = ( Massa ) × ( → M
[Q] =
movimento Velocidade )
Impulso I = ( Força ) × ( Tempo ) [I ] = F
Capacidade Quantidade de calor F

C = [C] =
calorífica Varia ção de tempertura
ã
Tens o de cisalhamento F /L
2
Viscosidade μ =
→ [μ] =
(L/T )/L
dV /dy
Viscosidade viscosidade absoluta M /(L⋅T

v = [v] =
cinemática massa espec f icaí M /L
3
Vazão Volume transf erido

V̇ = [V̇ ] =
volumétrica Intervalo de tempo
Vazão ṁ =
Massa transf erida
[ṁ] =
mássica Intervalo de tempo
Tabela: Dimensões derivadas.

Principais sistemas de unidades –

sistemas métricos
Os sistemas de unidades foram criados para padronizar as unidades

utilizadas na quantificação das grandezas físicas.
Quando se define um sistema de unidades, automaticamente, são

eleitas algumas dimensões como fundamentais, junto com suas
unidades. Essas dimensões fundamentais, quando combinadas, irão
gerar as demais dimensões do sistema, ou seja, as dimensões
derivadas.
straighten Sistema Internacional de Unidades (SI)
É o mais importante, pois existe uma tendência na

comunidade científica de convergência para esse
sistema.
straighten Sistema CGS de Unidades
É um sistema obsoleto, mas com unidades de

viscosidade ainda em prática.
straighten Sistema Gravitacional Britânico de Unidades

(BG)
É um sistema utilizado em alguns países, onde

diversas grandezas se encontram representadas no
mesmo
straighten Sistema Americano de Unidades de

Engenharia (EA)
É equivalente ao Sistema Inglês de Engenharia (EE).
straighten Sistema MKS Técnico Híbrido (MKS*)
É i t d id d d did fí i d
É um sistema de unidades de medidas físicas, onde
o metro é a unidade-base para comprimento.
Os sistemas métricos são aqueles em que as unidades estão

relacionadas por uma potência de 10.
Vejamos, a seguir, as definições dos principais sistemas de unidades

métricos.
Sistema Internacional de Unidades (SI)

O sistema SI é formado pelas seguintes dimensões fundamentais e
unidades:
Dimensões M L T
Fundamentais (Massa) (Comprimento) (Tempo)
Unidades kg m s
Com essas definições, podemos dizer que o Sistema Internacional (SI) é

um sistema MLT θ, uma vez que essas dimensões fundamentais
formam a base do sistema de unidades.
Devemos observar que no SI a Força (F ) é uma dimensão derivada,

pois não está relacionada no rol das dimensões fundamentais.
Qual é a dimensão de força?
Para responder a essa pergunta, precisamos identificar uma equação

que relacione a força às dimensões fundamentais. Essa equação é a
Segunda Lei de Newton, que no SI é escrita como:
→ →
→
F =
d(m ⋅ V )
= m
dV
= m ⋅ a →
dt dt
Assim, temos:
M ⋅ L
[F ] = [m ⋅ a] =
2
T
Qual é a unidade de força?
Considerando a dimensão de força:
kg ⋅ m
F [=] = N (newton)
2
s
Em que o símbolo [=] significa "têm unidade de" e 1 (um) newton,

unidade intrínseca do SI, é a força necessária para que uma massa de
1kg seja deslocada com uma aceleração de 1m/s 2 .
Como unidades intrínsecas do SI, temos as seguintes unidades para:
Pressão P
N
P [=] = P a( pascal )
2
m
Energia E
E[=]N ⋅ m = J (joule)
Potência P ot
N ⋅ m J
P ot[=] = = W (watt)
s s
Viscosidade μ
N ⋅ s kg
μ[=] = Pa ⋅ s =
2
m m ⋅ s
Sistema CGS de Unidades

O sistema CGS (sigla para centímetro, grama, segundo) é formado pelas
seguintes dimensões fundamentais e unidades:
Dimensões M L T
Fundamentais (Massa) (Comprimento) (Tempo)
Unidades g cm s
O sistema CGS de unidades é um sistema MLT θ. Como unidades

intrínsecas do CGS, temos:
Força F
g ⋅ cm
F [=] = dina
2
s
Viscosidade μ
dina ⋅ s g
μ[=] = = P (poise)
2
cm cm ⋅ s
Viscosidade cinemática v
2 2
μ M /(L ⋅ T ) L cm
[v] = = = [=] = St(stokes)
3
ρ M /L T s
Sistema MKS técnico-híbrido de unidades (MKS*)

O sistema MKS* é formado pelas seguintes dimensões fundamentais e
unidades:
Dimensões F M L
Fundamentais (Força) (Massa) (Compriment
kgf
Unidades (quilograma- kg m
força)
O sistema MKS* é um sistema FMLT θ.
Uma pergunta importante aqui é: para esse sistema, podemos escrever:

F = m ⋅ a ?
Não. Como esse sistema apresenta as dimensões fundamentais

F , M , L, T , e θ, qualquer uma dessas dimensões não pode ser escrita
como combinação das demais. Assim, supondo F = m ⋅ a,
poderíamos escrever para a dimensão de força:
M ⋅ L
[F ] =
2
T
O que não é permitido nesse sistema de unidades.
Na verdade, a segunda lei de Newton, aplicável a qualquer sistema de

unidades, deve ser escrita como:
→ → →
F =
→ 1 d(m ⋅ V )
=
1
m
dV
=
m ⋅ a
gc dt gc dt gc
Em que g c é a constante gravitacional que possui a seguinte dimensão:
M ⋅ L
[g c ] =
2
T ⋅ F
A denominação de constante gravitacional se deve ao fato de que,

numericamente, a constante gravitacional tem o mesmo valor da
aceleração normal da gravidade. Logo, para o MKS*:
2
g = 9, 80665m/s
kg ⋅ m
g c = 9, 80665
2
s ⋅ kgf
Geralmente, adota-se o arredondamento:
kg ⋅ m
g c = 9, 81
2
s ⋅ kgf
Com esse valor numérico de g c , o valor numérico da massa é igual ao

valor numérico do peso, ou seja:
m ⋅ g N
P eso = = m
gc
Portanto, no sistema MKS*, se a massa corporal de uma pessoa é igual

a 79kg, o seu peso correspondente é de 79kgf.
Observação
Nos sistemas SI e CGS, temos para a constante gravitacional g c :
kg ⋅ m
gc = 1 = 1
2
s ⋅ N
g ⋅ cm
gc = 1 = 1
2
s ⋅ dina
Os prefixos comumente empregados na mecânica dos fluidos são

apresentados na tabela a seguir.
Fator de multiplicação Prefixo Símbolo
1012 tera T
109 giga G
106 mega M
103 quilo k
10-2 centi c
10-3 mili m
10-6 micro μ
10-9 nano n
10-12 pico p
Tabela: Prefixos mais empregados na engenharia.

Principais sistemas de unidades –

sistemas britânico e americano
Sistema Gravitacional Britânico de Unidades (BG)
O sistema BG é formado pelas seguintes dimensões fundamentais e

unidades:
Dimensões F L T
Fundamentais (Força) (Comprimento) (Tempo)
lb f
Unidades (libra- ft (foot) s
força)
Dessa forma, o sistema BG é um sistema FLT θ.
Para esse sistema, qual é a dimensão de massa?
Para a determinação da dimensão de massa, devemos empregar uma

equação geral que relaciona a massa com as dimensões fundamentais.
Essa relação é descrita pela segunda lei de Newton:
⇀ ⇀
⇀ d(m ⋅ V ) dV ⇀
F = = m = m ⋅ a
dt dt
No sistema BG, g c = 1. Assim:
F
[m] =
2
L/T
2
lb f ⋅ s
m[=] = slug
ft
Ou seja, 1 (um) slug é a massa que, quando submetida a uma força de

1lb f , desloca-se com uma aceleração de 1f t/s 2 .
Sistema Americano de Unidades de Engenharia (EA) ou Sistema

Inglês de Engenharia (EE)
O sistema EA é formado pelas seguintes dimensões fundamentais e
unidades:
Dimensões F M L
Fundamentais (Força) (Massa) (Comprimento)
lb m
Unidades lb f (libra- ft (foot)
massa)
O sistema EA é um sistema FMLT θ, portanto:
⇀ ⇀
⇀
⇀ 1 d(m ⋅ V ) 1 dV m ⋅ a
F = = m =
gc dt gc dt gc
Em que g c é denominada constante gravitacional e tem a seguinte

dimensão:
M ⋅ L
[g c ] =
2
T ⋅ F
Assim, podemos observar a consistência dimensional da segunda lei de

Newton:
⇀ 2
⇀ m ⋅ a M ⋅ L/T
[F ] = [ ] = = F
2
gc M ⋅ L/ (T ⋅ F)
Neste sistema:
2
g = 32, 174f t/s
lb m ⋅ f t
g c = 32, 174
2
s ⋅ lb f
Portanto:
m ⋅ g N
P eso = = m
gc
Então, no sistema EA, se a massa corporal de uma pessoa é igual a

174lb m , o seu peso correspondente é de 174lb f .
Conversão de unidades
As operações matemáticas entre as grandezas físicas são consistentes
quando realizadas em um único sistema de unidades. Assim, se as
operações envolvem grandezas quantificadas em sistemas de unidades
distintos, devemos converter as unidades para um único sistema.
Na execução dos cálculos, para qual sistema devo

converter as unidades?
A princípio, podemos executar os cálculos em qualquer sistema de

unidades, mas é aconselhável trabalhar nos sistemas em que g c = 1,
ou seja, no SI, preferencialmente, ou no gravitacional britânico (BG).
Para as devidas conversões entre os sistemas de unidades, devemos

empregar uma tabela de conversão de unidades, como exemplificado na
imagem a seguir:
Fatores de conversão de unidades.
Demonstração
Vamos desenvolver uma expressão geral, aplicável em qualquer sistema
de unidades, que relaciona a viscosidade dinâmica com a viscosidade
cinemática.
Vamos considerar a equação de fluido newtoniano:
τ
μ =
⇀
dV /dy
Considerando a segunda lei de Newton, essa equação, em termos

dimensionais, passa a ser escrita como:
F 1 M ⋅L 1
2
× 2
2 [g c ] T L
L
[μ] = =
L/T 1
L T
Ou seja:
1 M ⋅ L 1 L 1 M ⋅ L 1
[μ] = × × T = ( ) × × × T
2 2 2 2
[g c ] T L L [g c ] T L
Reagrupando as dimensões, temos:
2
1 M L
[μ] = × ×
3
[g c ] L T
Reescrevendo agora a equação acima com base nas grandezas físicas

equivalentes, temos:
1
μ = × ρ × v
gc
Finalmente, temos:
μ
v = × gc
ρ
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Que tipo de sistema é o Sistema Internacional de Unidades (SI)?
A FMLTθ
B FLTθ
C MLTθ
D FMTθ
E FMLθ
Parabéns! A alternativa C está correta.
No SI, as dimensões fundamentais são: massa, comprimento,

tempo e temperatura, ou seja, o SI é um sistema MLTθ.
Questão 2
Para qualquer sistema de unidades, podemos escrever para a

energia cinética (E c ):
⇀2
1 mV
Ec =
2 gc
Sabendo que um carro de passeio de massa 1800kg trafega em

uma rodovia com uma velocidade de 12mi/h, a energia cinética
em lb f ⋅ ft é aproximadamente igual a:
A 52001lb f ⋅ f t
B 47701lb f ⋅ f t
C 33000lb f ⋅ f t
D 28200lb f ⋅ f t
E
19101lb f ⋅ f t
Parabéns! A alternativa E está correta.
Assista ao vídeo para conferir a resolução da questão.
Questão 3
Para qualquer sistema de unidades, podemos escrever para a

energia potencial (E p ) :
mgh
Ep =
gc
Sabendo que um drone de massa 4,7kg se localiza a uma altura de

120m em relação ao solo e que g = 9, 81m/s
2
, a energia
potencial desse drone no sistema BG é aproximadamente igual a:
A 4079slug ⋅ f t /s
2 2
B 2049slug ⋅ f t /s
2 2
C 4079lb m ⋅ f t /s
2 2
D 2049lb f ⋅ f t
E 3333lb f ⋅ f t
Parabéns! A alternativa A está correta.
O sistema BG é um sistema F LT θ com unidades lb para força, f t f
para comprimento, s para tempo e R para a temperatura.
No BG, temos:
2
g = 32, 174f t/s
1slug
m = 4, 7kg × = 0, 322slug
14, 594kg
1f t
h = 120m × = 393, 7f t
0, 3048m
gc = 1
Portanto:
mgh 0, 322 × 32, 174 × 393, 7

2 2
Ep = = = 4079slug ⋅ f t /s
gc 1
Questão 4
O ângulo em radianos é quantificado pela razão entre comprimento

de um arco e seu raio. Qual é a dimensão da velocidade angular?
A L/T
B 1/T
C L/T
2
D 1/T
2
E 1
Parabéns! A alternativa B está correta.
Temos:
Varia ção angular

ω ≡ Velocidade angular =
Intervalo de tempo
Logo:
Δ(arco/raio) 1
[ω] = [ ] =
ΔT T
Questão 5
Qual é a massa de um galão de gasolina que pesa 5, 61lb f ?
A 0, 174lb m
B 1, 74lb m
C 3, 49slug
D 5, 61lb m
E 5, 61slug
Parabéns! A alternativa D está correta.
Libra-força é a unidade de força no Sistema Americano de

Engenharia (EA) e do Sistema Gravitacional Britânico (BG).
Para o sistema EA, o valor numérico do peso é igual ao valor

numérico da massa, ou seja, m = 5, 61lb m .
Para o sistema BG, a massa é medida em slug e g c = 1 . Portanto:
F 5, 61
m = = = 0, 174 slug
a 32, 174
Questão 6
Em um escoamento, a taxa representa a quantidade da grandeza

física transferida em um intervalo de tempo. Sabendo que o fluxo é
a taxa por unidade de área transversal ao escoamento, qual é a
dimensão do fluxo de massa em um sistema F LT θ?
A MT
−1
B ML
−2
T
−1
C
−2 −1
FL T
D FTL
−3
E FL
−1
T
−1
Temos:
ṁ [massa]
[ ] =
Área T ⋅ L
2
No sistema F LT θ, a massa é uma dimensão derivada e g c = 1 .
ç
[F or a] F F ⋅ T
2
[massa] = = =
[acelera ção] L/T
2
L
Portanto:
2
ṁ [massa] F ⋅ T /L F ⋅ T
[ ] = = =
Área T ⋅ L
2
T ⋅ L
2
L
3
Sendo assim: F T L −3
note_alt_black
Teoria na prática
A viscosidade absoluta μ de um líquido pode ser determinada
considerando o escoamento laminar em um tubo capilar de diâmetro
interno D e comprimento L, por meio da equação:
4
πD ΔP
μ =
128LQ
Em que ΔP = P1 − P2 é a queda de pressão no escoamento para

uma vazão Q, conforme a representação a seguir.
Queda de pressão em escoamento laminar.
Para um escoamento laminar, em um tubo capilar de comprimento

0,082ft e diâmetro interno 0,158in, a queda de pressão em função da
vazão segue o gráfico a seguir.
Gráfico queda de pressão versus vazão volumétrica.
Nessas condições de escoamento, qual é a viscosidade do líquido?
Mostrar solução expand_more
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual é o valor da constante gravitacional g c no Sistema

Gravitacional Britânico de Unidades (BG)?
A 32, 174lb m ⋅ f t/s

2
⋅ lb f
B 32, 174slug ⋅ f t/s

2
⋅ lb f
C 2
1lb m f t/s lb f
D 1slug ⋅ f t/s
2
⋅ lb f
E
2
9, 81slug ⋅ f t/s ⋅ lb f
O sistema BG é um sistema F LT θ, em que g c = 1slug ⋅ f t/s

2
⋅ lb f
Questão 2
Sabe-se que o fluxo de calor é a quantidade de energia na forma de

calor transferida por unidade de tempo e por unidade de área.
Qual é a unidade do fluxo de calor no Sistema Internacional de

Unidades (SI)?
A kJ / (h ⋅ m )
2
B
2
W /m
C
2
N /m
D N ⋅ s/m
2
E J /s
Comentário: O sistema SI é um sistema M LT θ, em que

g c = 1kg ⋅ m/s
2
⋅ N Assim, a dimensão de fluxo de calor será:
q̇ Energia F ⋅ L F
[ ] = [ ] = =
Área Tempo ⋅ Área T ⋅ L
2
LT
Portanto:
q̇ N J W
[=] = =
Área m ⋅ s s ⋅ m
2
m
2
2 - Acurácia e algarismos significativos

Ao final deste módulo, você será capaz de analisar a acurácia e os algarismos significativos.
Vamos começar!
video_library
Os conceitos de acurácia, precisão e
as operações com algarismos
significativos
Neste vídeo, o especialista apresentará os conceitos de acurácia,

precisão e algarismos significativos com suas respectivas as operações
algébricas.
Exatidão e precisão
Um engenheiro deve sempre se preocupar em apresentar respostas
acuradas, ou seja, exatas ou próximas o bastante do valor verdadeiro.
Existem inúmeras formas de introduzir erros nos cálculos. Assim, a
capacidade de eliminá-los ou reduzi-los é um atributo importante do
bom engenheiro.
Ao executar os cálculos, independentemente do

sistema de unidades empregado, os engenheiros
devem trabalhar com os números, considerando os
conceitos da acurácia (ou exatidão), de precisão e dos
algarismos significativos.
Podemos, fazer a seguinte associação:
Exatidão Precisão
Veracidade das Reprodutibilidade das

medidas. medidas.
A exatidão de uma Está relacionada com a

medida define o quão concordância das
close
próximo o valor medido medidas entre si, isto é,
está do valor verdadeiro quando maior a
da grandeza. dispersão dos valores
obtidos, menor é a
precisão.
A acurácia e a precisão podem ser diferenciadas considerando a

ilustração dos resultados de lançamentos dardos, conforme as imagens
a seguir:
Na imagem, podemos observar a dispersão dos dardos no alvo,

representando resultados não precisos.
Na imagem, podemos observar um resultado exato. O

resultado desejado, ou verdadeiro, é alcançado quando o dardo
atinge o centro do alvo. Portanto, os resultados apresentados
também são inexatos.
Devemos observar que a precisão não implica, obrigatoriamente, a

acurácia ou a exatidão, uma vez que um conjunto de medidas pode ser
preciso, mas inexato, indicando que os valores ou resultados obtidos
concordam entre si, mas discordam do valor verdadeiro. A imagem a
seguir ilustra possíveis combinações para a acurácia e a precisão.
Os erros que acompanham uma medida podem ser dos seguintes tipos:
Erros determinados ou sistemáticos

São erros que possuem valores definidos e, de forma geral, podem ser
medidos e quantificados no resultado. Os erros sistemáticos mais
importantes são:
Erros de método expand_more

A metodologia empregada na obtenção dos resultados pode

induzir a erros inerentes ao próprio método, não importando
quão cuidadosamente se trabalhe. Os erros inerentes a um
método são os mais sérios dentre os erros sistemáticos, uma
vez que são os mais difíceis de serem detectados. Como
exemplo, na análise volumétrica, a utilização de um indicador
inadequado de ponto de viragem é um erro de metodologia.
Erros operacionais expand_more
São os erros relacionados com as manipulações realizadas

durante as análises. Eles não dependem das propriedades
físicas e químicas do sistema, nem dos instrumentos utilizados,
mas somente da capacidade técnica do operador. Por exemplo,
em análises volumétricas e de gravimetria, deixar o béquer com
a amostra destampado permite a introdução de poeira.
Erros pessoais expand_more
São erros relacionados à inaptidão de pessoas em realizar

observações corretamente. Um erro pessoal muito grave é o
chamado erro de pré-julgamento ou de preconceito. Esse erro
ocorre quando o experimentador, após a realização de uma
determinação, força os resultados de determinações
subsequentes, de modo a obter resultados concordantes entre
si.
Erros devido a instrumentos e materiais expand_more
São erros relacionados com as imperfeições dos instrumentos,

aparelhos e materiais.
Erros indeterminados
São erros que não possuem valor definido, não são mensuráveis e
flutuam de modo aleatório. Portanto, não podem ser corrigidos e devem
ser tratados estatisticamente, de forma a determinar o valor mais
provável para esse erro e a precisão de uma série de medidas.
Notação científica e algarismos

significativos
Todas as medidas físicas apresentam um certo grau de incerteza. A
importância dos algarismos significativos surge quando é necessário
expressar o valor de uma grandeza determinada experimentalmente,
através de medida direta ou indiretamente, por manipulação algébrica, a
partir dos valores de outras grandezas medidas.
Quando pensamos no número de algarismos significativos de uma

grandeza, raciocinamos com os dígitos que representam o resultado, de
modo que apenas o último algarismo seja o algarismo duvidoso. Assim:
O número de algarismos significativos expressa a

precisão de uma medida.
Uma forma conveniente de expressar números muito grandes ou

números muito pequenos, juntamente com seus algarismos
significativos, é por meio da notação científica, em que o valor numérico
é expresso como um produto de um número (comumente entre 0,1 e 10)
e uma potência de 10. Veja os exemplos:
straighten Número: 6243
Notação científica: 6,243 × 103 (ou 0,6243 × 104)
Número de algarismos significativos: 4 algarismos.
Notação científica: 9,65 × 104 (ou 0,965 × 105)
straighten Número: 0,001285
Notação científica: 1,285 × 10-3 (ou 0,1285 × 10-2)

Nú d l i i ifi ti 4 l i
Notação científica: 6,02214 × 1023
Notação científica: 9,8600 × 10-6 (ou 0,98600 × 10-5)
Observação: Os algarismos significativos de um número são os dígitos

a partir do:
primeiro dígito diferente de zero à esquerda; ou
último dígito diferente de zero à direita, se não existe vírgula

decimal; ou
último dígito, zero ou diferente de zero, à direita, se existe uma

vírgula decimal.
Veja agora as regras para o número de algarismos significativos de uma

propriedade determinada mediante a álgebra matemática:
Multiplicação ou divisão
Quando duas ou mais grandezas físicas são combinadas por
multiplicação ou divisão, o número de algarismos significativos do
resultado deve ficar restrito ao menor número de algarismos
significativos dentre os fatores ou divisores envolvidos na operação.
Por exemplo, o escoamento de gasolina em um duto de seção reta

circular nas seguintes condições:
massa específica ρ = 680kg/m

3
(dois algarismos significativos)
viscosidade μ = 2, 87 × 10
−4
Pa ⋅ S (três algarismos
significativos)
diâmetro D = 5, 574 × 10
−4
m
2
(quatro algarismos
significativos)
velocidade v = 3, 65m/s (três algarismos significativos)
O número de Reynolds para esse escoamento será calculado por:
−4
ρvD 680 × 3, 65 × 5, 574 ⋅ 10
Re = = = 4820, 441812
−4
μ 2, 87 ⋅ 10
Com base nos algarismos significativos dos fatores e dos divisores, o

número de Reynolds deverá ser escrito com dois algarismos
significativos, ou seja, considerando o fator de menor precisão.
Portanto:
−4
ρvD 680 × 3, 60 × 5, 574 ⋅ 10
Re = = = 4800
−4
μ 2, 87 ⋅ 10
Soma ou subtração
Quando duas ou mais grandezas físicas são somadas ou subtraídas, a
posição dos algarismos significativos de cada grandeza deve ser
comparada. Dentre essas posições, aquela mais afastada à esquerda é
a posição do último algarismo significativo do resultado.
Por exemplo, vamos considerar a soma das pressões abaixo, em que as

setas indicam a posição do último algarismo significativo em cada uma
das parcelas e na soma:
Observação:
No arredondamento de resultados:
Se o dígito a ser rejeitado é maior que 5, devemos aumentar de 1 o

dígito do número arredondado; caso contrário, mantemos o dígito.
Por exemplo: 3, 64 ⇒ 3, 6 , ou ainda, 3, 66 .
⇒ 3, 7
Se o dígito a ser rejeitado é igual a 5, o dígito do número

arredondado deve ser par. Por exemplo: 3, 65 ⇒ 3, 6 , ou ainda,
3, 75 ⇒ 3, 8 .
Analisando uma demonstração

A válvula de uma panela de pressão sobe, liberando o vapor de água de
cocção, quando a pressão interna da panela (P interna ) for ligeiramente
superior à soma da pressão atmosférica local (Patm) com a pressão
exercida pelo peso da válvula sobre a área do furo de abertura na tampa
da panela (A f uro ):
m válvula × g
P interna ≥ Patm +
A f uro
Para uma panela de pressão com massa da válvula de 42, 6g e área

transversal do furo de abertura de 4, 5mm 2 , determine a pressão
interna mínima na panela necessária para a abertura da válvula.
Dados: g = 9, 807m/s
2
e Patm = 101325P a.
Solução
Com base nas informações fornecidas e adotando o SI, temos:
m válvula ×g 0, 0426 × 9, 807

P interna ≥ Patm + = 101325 +
−6
A f uro 4, 5 × 10
Considerando o número de algarismos significativos:
Portanto:
P interna ≥ 194000P a = 194kP a
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Esse conjunto de lançamento de flechas pode ser classificado

como:
A Exatos e imprecisos
B Exatos e dispersos
C Inexatos
D Dispersos
E Exatos e precisos
Acurácia, ou exatidão, traduz a proximidade do valor obtido em

relação ao valor verdadeiro. Já a precisão traduz a concordância
das medidas entre si.
Questão 2
Considere a operação:
3
8, 351 × 10
55, 0
Assinale a opção que apresenta o resultado com o correto número

de algarismos significativos.
A 151,8363636
B 151,8
C 1,5184 × 103
D 1,52×102
E 150
Nas operações de divisão e de multiplicação, a resposta da

operação fica vinculada ao menor número de algarismos
significativos envolvidos na operação.
3
8, 351 × 10
ê
= 152 (tr s algarismos signif icativos)
55, 0
Ou seja: 1,52 × 102
Questão 3
Considere a operação:
4 3 2
6, 28 × 10 − 7, 44 × 10 + 8, 314 × 10
Assinale a opção que apresenta o resultado com o correto número

de algarismos significativos.
A 56191,4
B 56200
C 56191
D 56190
E 56000
Considerando a posição mais à esquerda do algarismo significativo,

temos:
Questão 4
Um corpo pesa 572N na Terra, onde g = 9, 807m/s

2
. Qual é o
peso desse corpo em Marte, onde g = 3, 72076m/s
2
?
A 572N
B 216, 92N
C 217N
D 58, 32N
E 58, 3N
Questão 5
Considere os alvos dos atiradores esportivos A e B, conforme a

representação a seguir.
Podemos dizer que
A o atirador B é mais preciso que o atirador A.
o atirador B é menos exato e mais preciso que o

B
atirador A.
C o atirador A é mais exato que o atirador B.
D o atirador A é mais preciso que o atirador B.
E o atirador A tem a mesma precisão do atirador B.
A precisão está relacionada à concordância das medidas entre si,

como observamos no atirador A em relação ao B.
Questão 6
Considere os cinco números reais:
−2
2285; 88, 35; 3, 665 × 10 ; 7475, 0 e 0, 002295
Esses números arredondados com três algarismos significativos

são escritos como:
A 228; 88, 4; 3, 66 × 10
−2
; 748 e 0, 00230
B 228; 88, 4; 3, 67 × 10
−2
; 7480 e 0, 002
C 2280; 88, 4; 3, 66 × 10
−2
; 7480 e 0, 00230
D 2280; 884; 3, 66 × 10
−2
; 748 e 0, 002
E 228; 88, 4; 3, 67 × 10
−2
; 7480 e 0, 00230
De acordo com as regras de arredondamento com dígito a ser

rejeitado igual a 5, temos:
−2
2280; 88, 4; 3, 66 × 10 ; 7480 e 0, 00230
note_alt_black
Teoria na prática
Nos escoamentos impulsionados por bombas centrífugas, o NPSH
disponível é um parâmetro empregado na análise da adequação da
bomba para o sistema de escoamento.
Bombas centrífugas no escoamento.
Para o sistema de escoamento acima, o NPSH disponível será

determinado por:
P atm − P vapor
N P SH = − h L,sucção − h
γ
Onde:
P atm : pressão atmosférica local
P vapor : pressão de vapor do líquido transportado
γ : peso específico do líquido
h L,sucção : perda de carga na sucção quantificada em

comprimento de coluna de fluido
h : diferença de cota entre o nível do reservatório de

bombeamento e a entrada bomba.
Para um sistema de escoamento de água em que:
3
γ água = 9770N /m
P vapor,água = 4, 246kP a ,
h L,succção = 1, 745m
h = 3, 58m
P atm = 101kP a
Determine, considerando o número adequado de algarismos

significativos, o NPSH disponível.
NPSH
NPSH (Net Positive Suction Head) é um parâmetro fornecido
pelos fabricantes de bombas, definindo a carga exigida pela
bomba para aspirar o fluido.
Questão 1
Os resultados de lançamentos de flechas no alvo A apresenta
A baixa acurácia e baixa precisão.
B alta acurácia e baixa precisão.
C alta acurácia e alta precisão.
D baixa acurácia e alta precisão.
E inexatos e precisos.
Na imagem A, observamos baixa acurácia (exatidão) e baixa

precisão. A acurácia relaciona a proximidade do valor obtido com o
valor verdadeiro, já a precisão tem relação com a concordância das
medidas entre si.
Questão 2
A solução de um problema se reduz ao seguinte cálculo:
4
1 0, 0820 ⋅ 724, 990 ⋅ 4, 648 × 10
Z = ×
5
2 3, 141516 ⋅ 0, 5772 × 10
Sabe-se que 1 / 2 é um número puro. O valor de Z com o número

correto de algarismos significativos é igual a:
A 7,619323163
B 7,61932
C 7,6193
D 7,619
E 7,62
Realizando o cálculo, temos:
Z = 7,619323163
O fator 0,0820 apresenta três algarismos significativos, o menos

preciso dentre os fatores, restringindo a resposta para 3 (três)
algarismos significativos.
3 - Análise dimensional
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a homogeneidade dimensional.
Vamos começar!
video_library
A homogeneidade dimensional
Neste vídeo, o especialista apresentará o conceito de homogeneidade
dimensional, a aplicação do teorema Π de Buckingham e a identificação
dos parâmetros adimensionais usualmente empregados na mecânica
dos fluidos.
Compreendendo a homogeneidade
dimensional
As equações que regem os fenômenos físicos têm como premissa

básica a lei matemática global e fundamental conhecida como lei da
homogeneidade dimensional, que estabelece:
Todos os termos de uma equação têm as mesmas

dimensões.
Isso significa, fisicamente, estabelecer que não é possível somar uma

pressão com uma viscosidade ou mesmo reduzir de uma força uma
velocidade, pois estas são dimensões diferentes. Entenda a seguir:
Só é possível somar Da mesma forma, só

pressão com pressão, podemos igualar
arrow_forward
viscosidade com termos que fisicamente
viscosidade, força com são equivalentes, ou
força, velocidade com seja, apresentam as
velocidade, e assim, mesmas dimensões.
sucessivamente.
Para ilustrar, vamos considerar uma equação dimensionalmente

homogênea, a equação de Bernoulli:
2 2
P1 v P2 v
1 2
+ + z1 = + + z2
γ 2g γ 2g
Nessa formulação da equação de Bernoulli, cada termo da equação tem

dimensão de comprimento, daí as denominações: carga de pressão
(P /γ), carga cinética (v 2 /2g) e carga de elevação (z). Veja a
igualdade dimensional de cada uma dessas cargas:
[z] = [z 1 ] = [z 2 ] = L
2
2 2 2 L 2 2
v v v ( ) L T
1 2 T
[ ] = [ ] = [ ] = = × = L
L 2
2g 2g 2g 1 × T L
2
T
F 3
P P1 P2 L2
F L
[ ] = [ ] = [ ] = = × = L
F 2
γ γ γ L F
3
L
Comentário
Se a dimensão derivada apresenta em sua composição a dimensão

força, mantenha essa dimensão e simplifique-a, caso possível, nas
operações algébricas. Após as devidas simplificações, se houver
interesse, e a dimensão força ainda estiver presente, substitua-a com
base na segunda lei de Newton.
A equação de Bernoulli também pode apresentar a seguinte formulação:
2 2
ρv ρv
1 2
P1 + + γZ 1 = P 2 + + γZ 2
2 2
Em que cada termo dessa equação tem dimensão de pressão:
pressão estática (P )
pressão dinâmica (ρv 2 /2)
pressão de coluna (γz)
Podemos verificar a homogeneidade dimensional da equação acima por

meio da igualdade dimensional dos termos somados e igualados:
F SI M ⋅ L 1 M
[P ] = [P 1 ] = [P 2 ] = = × =
2 2 2 2
L T L L ⋅ T
2
2 2 2 M L
ρv ρv ρv 3
× ( ) M
1 2 L T
[ ] = [ ] = [ ] = =
2
2 2 2 1 L ⋅ T
F F SI M ⋅ L 1 M
[γz] = [γz 1 ] = [γz 2 ] = × L = = × =
3 2 2 2 2
L L T L L ⋅ T
Equações inconsistentes
Muitas equações empíricas, cujas expressões são determinadas por
ajustes dos dados experimentais, podem apresentar parâmetros
(números) adimensionais ou dimensionais. Nos casos dos parâmetros
de ajuste dimensionais, geralmente, seus valores numéricos são
apresentados sem unidades, acarretando, em uma análise inicial, a não
observância da homogeneidade dimensional. Essas equações de cunho
prático são denominadas de equações dimensionalmente
inconsistentes.
As equações inconsistentes podem ser utilizadas, respeitando o

sistema de unidades em que foram geradas. No caso do ajuste da
equação para um outro sistema de unidades, devemos atribuir à
constante uma dimensão e, consequentemente, uma unidade, que pode
ser convertida conforme o interesse.
Para exemplificar o caso de uma equação inconsistente, vamos

considerar o escoamento em canal aberto, conforme as ilustrações a
seguir:
Canal aberto sem escoamento, fora de

operação
Canal aberto com escoamento, em

operação
Para canais abertos com escoamentos sujeitos ao efeito do campo
gravitacional, foi proposta a seguinte equação para a determinação da
velocidade de escoamento, V , com unidades conforme o sistema
Gravitacional Britânico (BG):
2/3 1/2
R S
H
V = 1, 49
n
Onde:
S : a inclinação do canal
n : a rugosidade relativa do material de construção do canal (razão

entre a profundidade média das imperfeições superficiais e um
comprimento de referência)
RH : o raio hidráulico definido pela razão entre a área da seção reta

de escoamento e o dobro do perímetro molhado pela água.
Devemos observar para a equação:
2/3 1/2
R S
H
[V ] = [1, 49 ]
n
Em que:
[R H ] = L.
[S] = 1 , uma vez que a inclinação é um parâmetro adimensional,

pois se o ângulo for medido em graus, tg S = cateto oposto/cateto
adjacente, ou se o ângulo for medido em radianos, S = arco / raio.
[n] = 1 , pois é uma razão entre comprimentos.
L
[V ] = .
T
Supondo, inicialmente, a constante com dimensão 1, temos:
2/3 1/2 2/3 1/2

R S L ⋅ 1
H 2/3
[1, 49 ] = 1 × = L
n 1
Portanto, a equação não é dimensionalmente homogênea, pois os

termos igualados não apresentam a mesma dimensão.
Como determinar a dimensão da constante?
Refazendo a análise dimensional.
Assim, temos:
L
2/3
= [1, 49] × L
T
1/3
L
⇒ [1, 49] =
T
Essa equação pode ser empregada, sem preocupação, se as unidades

dos parâmetros estiverem no sistema BG.
Mas podemos trabalhar com essa equação do SI?
Sim, realizando a conversão da unidade para o SI. Veja:
1/3 1/3 1/3

ft (0, 3048m) m
1, 49 = 1, 00
s s s
Agora, a equação empírica no sistema internacional de unidades (SI)

passa a ser escrita como:
2/3 1/2
R S
H
V = 1, 00
n
Em que a todos os parâmetros são expressos no SI.
Teorema Π de Buckingham
A análise dimensional é uma metodologia de redução de complexidade
e de redução do número de variáveis experimentais empregadas no
estudo do fenômeno físico de interesse.
As variáveis e constantes que interferem em um experimento, ou no

fenômeno sob investigação, podem ser divididas nas seguintes
categorias:
flag Variáveis dimensionais
São grandezas dimensionais que variam ou podem

ser alteradas no experimento ou fenômeno.
flag Variáveis adimensionais
São grandezas adimensionais que variam ou

podem ser alteradas no experimento ou fenômeno.
flag Constantes dimensionais
São parâmetros que apresentam dimensão, mas

são mantidos constantes durante o experimento.
flag Constantes puras
São parâmetros decorrentes da manipulação

matemática e que não têm dimensão.
Os trabalhos experimentais demandam muito tempo e dinheiro. Com o

objetivo de se obter o máximo de informações com o mínimo de
experimentos, a análise dimensional apresenta-se como uma
ferramenta poderosa, capaz de agrupar as variáveis que interferem no
fenômeno em grupos adimensionais.
A principal abordagem empregada na análise

dimensional é o teorema Π de Buckingham, ou de
Vaschy-Buckingham, fundamentado no método das
variáveis repetidas que organiza os passos
metodológicos para assegurar a homogeneidade
dimensional.
Assim, com algum conhecimento do fenômeno investigado, podemos

supor a existência de uma função que relaciona a dependência de uma
variável x 1 das demais variáveis independentes relacionadas ao
fenômeno, ou seja:
x 1 = f (x 2 , x 3 , ⋯ , x n )
Em que n representa o número total de variáveis intrínsecas do

fenômeno sob investigação.
Demonstra-se que existe uma outra função do tipo:
Π 1 = ϕ (Π 2 , Π 3 , ⋯ , Π n−m )
Rigorosamente equivalente à anterior, onde são observados (n − m)

grupos adimensionais Π independentes, formados, respectivamente,
pelas variáveis x 1 , x 2 , x 3 , … , x n , em que, m é o número dimensões

fundamentais presentes nos agrupamentos independentes gerados pela
dimensionalização das variáveis que afetam o fenômeno sob
investigação.
Para ilustrar a aplicação do teorema Π de Buckingham, vamos

considerar a queda de pressão em uma válvula gaveta quando
submetida a um escoamento de fluido, conforme a representação a
seguir.
Válvula gaveta em corte
Válvula gaveta instalada na tubulação
Condição de escoamento através da

válvula gaveta
Para esse problema, podemos supor que a queda de pressão na válvula

é uma função da velocidade média na tubulação, V , da massa
específica do fluido, ρ, da viscosidade do fluido, μ, do diâmetro interno
da tubulação, D, e da altura da abertura, h.
ΔP = f (V , ρ, μ, D, h)
Nessa metodologia, adotamos o sistema MLTθ (SI) ou o sistema FLTθ

(BG). Considerando o SI, temos:
Número total de variáveis: n = 6
m = 3(M , L, T )
Variáveis/Dimensões
Variáveis ΔP V ρ μ D
Dimensões M
L⋅T 2
L
T
M
L3
M
L⋅T
L
Fábio Bicalho Cano
Dessa forma, o número de grupos adimensionais independentes, k, para

esse problema será dado por:
k = n − m = 6 − 3 = 3
Para que o sistema seja possível e determinado, o número de equações

(traduzidas pelas equações de homogeneidade dimensional associada
a cada dimensão fundamental no número adimensional independente)
deve ser igual ao número total de incógnitas do problema. Assim, para
esse problema, devemos fixar 3 (três) variáveis, ou seja, devemos
considerar a repetição de três variáveis.
Quais variáveis, dentre as que interferem no fenômeno,

devemos fixar?
A princípio, com exceção da variável dependente, a escolha sensata dos

parâmetros repetidos, para a maioria dos problemas de escoamento em
mecânica dos fluidos, recai sobre um comprimento, uma velocidade e
uma massa (ou massa específica).
Assim, vamos fixar para esse problema: D, V e ρ.
Logo, podemos escrever os seguintes números adimensionais

independentes, Π :
05/11/2023, 10:01
⎪
M
⎩
M
T :
⎧M :
P ara Π 2 : ⎨L :
⎩
T :
⎧M :
Para Π 3 : ⎨ L :
0
T :
0
L T
0
L T
0
Π1 = D V
0
L T
Π2 = D V
Π3 = D V
= L (
= L (
0
a
= L (
a
Considerando a homogeneidade dimensional, temos:
g
d
Considerando os expoentes das dimensões fundamentais
⎧M :
P ara Π 1 : ⎨L :
0 = c + 1 ⇒ c = −1
0 = −b − 2 ⇒ b = −2
0 = f + 1 ⇒ f = −1
b
) (
) (
T
Propriedades dos fluidos
determinamos para cada número adimensional independente, são

gerados os seguintes sistemas de equações:
0 = a + b − 3c − 1 ⇒ a = 0
0 = d + e − 3f − 1 ⇒ d = −1
0 = −e − 1 ⇒ e = −1
0 = j ⇒ j = 0
0 = g + i − 3j + 1 ⇒ g = −1
0 = −i ⇒ i = 0
Logo, podemos escrever a seguinte relação de dependência:
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04386/index.html#
c
e
× ΔP
) (
× μ
× h
i
3
L
3
L
)
3
c
f
M
L ⋅ T
L ⋅ T
) L
2
Π1 =
Π2 =
Π3 =
ΔP
ρV
D
2
ρV D
=
1
Re
51/95
ΔP h
= ψ (Re, )
2
ρV D
Parâmetros adimensionais usuais no

escoamento de fluidos
Alguns números adimensionais independentes aparecem
frequentemente na análise do escoamento de fluidos. Esses grupos
adimensionais têm significado físico relacionado diretamente com a
razão entre as seguintes forças:
Força de pressão expand_more
2
F P = Δp ⋅ A ≡ Δpℓ
Força viscosa expand_more
du V
2
Fμ = τ ⋅ A = μ ⋅ A ≡ μ ℓ = μV ℓ
dy ℓ
Força gravitacional expand_more
3
F g = mg ≡ ρℓ g
Força inercial expand_more
dV V
3 2 2
F ℓ = mV ≡ ρℓ V = ρℓ V
dS ℓ
Força centrífuga expand_more
2 3 2 4 2
F ω = mrω ≡ ρℓ ℓω = ρℓ ω
Força de tensão superficial expand_more
F σ = σℓ
Dessa forma, podemos identificar os seguintes grupos adimensionais

de grande importância para a mecânica dos fluidos:
flag Número de Reynolds (Re)
Grupo adimensional relevante nos escoamentos

influenciados por efeitos viscosos:
ç
For a inercial ρℓ V
2 2
ρV ℓ
Re = ≡ =
ç
For a viscosa μV ℓ μ
flag Número de Euler (Eu)
Grupo adimensional relevante nos escoamentos em

que a queda de pressão é significativa:
ç
For ade press o ã Δpℓ
2
Δp
Eu = ≡ =
ç
2 2
ρV
2
flag Número de Froude (F r)
Grupo adimensional relevante nos escoamentos

influenciados pela ação da gravidade:
ç
2 2
V
2
Fr = ≡ =
ç
For a gravitacional ρℓ g
3
ℓg
flag Número de Strouhal (St)
Grupo adimensional relevante nos escoamentos com

uma componente não permanente, mas que se
repete periodicamente:
ç
For a centr f uga í ρℓ ω
4 2
ρℓ ω
4
St = ≡ ≡
ç
2 2 2
ρℓ (ωℓ
flag Número de Weber (W e)
Grupo adimensional relevante nos escoamentos em

que a tensão superficial do fluido tem efeito
significativo no escoamento:
ç
2
We = ≡
ç ã
For a de tens o superf icial σℓ
Demonstração
A massa específica de um fluido pode ser quantificada pela seguinte
equação empírica:
−7
ρ = 1130 exp (1, 20 × 10 P)
Em que ρ é a massa específica em kg/m 3 e P é a pressão em kP a.
Determine:
As unidades de 1130 e 1, 20 × 10 −7 .
A equação para a massa específica em lb m /f t 3 em função da

pressão em lb f /in 2 .
Solução
O cálculo de exponenciais e logaritmos é realizado com números puros,

ou seja, sem dimensões e, consequentemente, sem unidades. Dessa
forma, temos para a exponencial da equação:
2 2
L SI LT
−7
[1, 20 × 10 ] = =
F M
Considerando a homogeneidade dimensional:
[ρ] = [1130]
Assim, temos para as constantes:
a) 1330kg/m 3 e 1, 20 × 10 −7 kP a −1
Convertendo as unidades das constantes, temos:
3
1lb m /f t
3 3
1330kg/m × = 83, 0lb m /f t
3
16, 0185kg/m
1 6, 895kP a
−10 −7 2
1, 20 × 10 × = 8, 27 × 10 lb f /in
2
kP a 1lb f /in
b) ρ = 83, 0 exp (8, 27 × 10

−7
P)
Em que:
2 3
P [=]lb f / in e ρ[=]lb m /f t
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
A permeabilidade ϕ de um escoamento laminar em meio poroso

pode ser determinada pela expressão:
QμL
ϕ =
AΔP
Em que Q é a vazão volumétrica do fluido, μ é a viscosidade do

fluido, L é o comprimento do meio poroso, A é a área de
escoamento e ΔP é a queda de pressão no escoamento. Qual é a
dimensão da permeabilidade ϕ ?
A L
4
B
2
L
C
−3
ML
D ML
2
E
−1
M LT
3 2 2
QμL L /T × F T /L × L FL
2
[ϕ] = [ ] = = = L
2 2
AΔP L × F /L F
Questão 2
Considere a equação empírica de medida de vazão volumétrica Q :
1/3 1/2
Q = 75AR S
Em que A ≡ área, R ≡ raio e S ≡ inclinação.
A dimensão da constante 75 é igual a:
A
2/3 −1
L T
B
2/3
ML T
C
1/3 −1
ML T
D
−2/3
ML T
E 1
1/3 1/2
[Q] = [75AR S ]
Assim:
3
L
2 1/3 1/2
= [75] × L × L × 1
T
Portanto:
2/3
L
2/3 −1
[75] = = L T
T
Questão 3
Seja a expressão matemática que apresenta consistência física:
2
d y dy
m + κ + εy = ϕ(t)
2
dt dt
Em que m é dado em quilogramas, y em metros e t em segundos.
As unidades de κ, ε e ϕ(t), são iguais, respectivamente, a:
A kg, m/s es
B kg ⋅ s, m/s es
C m/s, kg ⋅ s e kg
D kg/s, kg/s
2
e kg ⋅ m/s 2
E 2
kg/s , kg/s e kg ⋅ m/s 2
Questão 4
Considere a propriedade X determinada pela expressão

dimensionalmente homogênea:
ΔP
X = c√
ρ
Em que c representa um número puro, ΔP uma variação de

pressão e ρ a massa específica. Fisicamente, X representa uma:
A Força
B Aceleração
C Vazão
D Tensão
E Velocidade
A equação dimensionalmente homogênea é:
1/2 1/2
⎡ ⎤ 2 2
ΔP F /L M L/T
[X] = [c] × √ = 1 × ( ) = ( ) =
3
⎣ ρ ⎦ M /L M /L
Questão 5
Seja a expressão para o cálculo da taxa de transferência de calor q̇ :
0,6
0, 026G
q̇ =
0,4
D
Em que G ≡ fluxo de massa e D ≡ diâmetro.
A unidade da constante 0,026 no SI, é igual a:
A
0,4 3,6 2,4
kg m /s
B
0,4 2,6 1,4
kg m /s
C kg
3,6
m
0,4
/s
2,4
D
2,4 3,6 0,4
kg m /s
E
1,4 2,6 0,4
kg m /s
Considerando a homogeneidade dimensional:
0,6 0,6
0, 026G M 1
[q̇] = [ ] = [0, 026] × ( ) ×
0,4 2 0,4
D L T L
Ainda temos:
FL
[q̇] =
T
Portanto:
1,2 0,6 2,6 0,4 3,6

FL L T 0,4
FL SI M L
[0, 026] = × ( ) × L = =
0,6 0,6 0,4 2,4
T M M T T
Assim, a constante deve ser escrita no SI como:
0,4 3,6 2,4

0, 026kg m /s
Questão 6
O número de Reynolds (Re) é um grupo adimensional definido pela

razão:
ç
For a inercial ρL V
2 2
ρV D
Re = ≡ =
ç
For a viscosa μV L μ
O número de Weber definido por Força inercial/Força de tensão

superficial, o número de Euler definido por Força de pressão/Força
inercial, e o número de Froude definido por Força inercial/Força
gravitacional, podem ser expressos, respectivamente, por:
A
2 2
Lω/V , ΔP /ρV , ρLV /σ
B ΔP /ρV
2
, ρLV
2
/σ, Lω/V
C
2 2 2
ρLV /σ, ΔP /ρV ,V /Lg
D
2 2 2
V /Lg, ΔP /ρV , ρLV /σ
E ΔP /ρV
2
,V
2
/Lg, ρLV
2
/σ
Considerando os termos da definição do número de Reynolds,

temos:
2 2 2
ρL V ρLV
We = =
σL σ
2
ΔP L ΔP
Eu = =
2 2 2
ρL V ρV
2 2 2
ρL V V
Fr = =
3
ρL g Lg
note_alt_black
Teoria na prática
A força de arrasto F D , que atua em uma partícula esférica de
diâmetro D, e que se desloca lentamente com velocidade constante
V em um líquido com viscosidade μ, é determinada pela equação:
F D = 3πμDV
a. Essa equação é dimensionalmente homogênea?
b. Qual é a dimensão de 3π?
Questão 1
Considere o parâmetro σ c , determinado por:
P atm − P vap
σc =
2
1/2ρV
Em que P atm é a pressão atmosférica local, P vap é a pressão de

vapor do fluido, V é a velocidade de escoamento do fluido e ρ é a
massa específica do fluido.
A dimensão de σ c , com base no SI , é igual a:
A 1
B L
2
C ML
−1
T
−1
D ML
−2
T
E ML
−2
T
−2
2
P atm − P vap F /L
[σ c ] = [ ] =
2 3 2
1/2ρV 1 × M /L × (L/T )
2 2 2
F /L F /L M / (LT )
[σ c ] = = = = 1
3 2 2 2
1 × M /L × (L/T ) M / (LT ) M / (LT )
Questão 2
O número adimensional ψ é definido pela razão:
ç
For a de press o ã
ψ =
ç ã
For a de tens o superf icial
Se σ é a tensão superficial, ψ pode ser escrito como:
A ψ = ΔP /σ
B ψ = ΔP ℓ /σ
2
C ψ = ΔP ℓ/σ
D ψ = ΔP ℓ /σ
3
E ψ = ΔP ℓ /σ
4
Comentário: Temos, que:
2
ΔP ℓ ΔP ℓ
ψ = =
σℓ σ
4 - Propriedades termodinâmicas dos fluidos

Ao final deste módulo, você será capaz de analisar as propriedades termodinâmicas dos
fluidos.
Vamos começar!
video_library
As principais propriedades
termodinâmicas dos fluidos
Neste vídeo, o especialista conceituará as propriedades termodinâmicas
dos fluidos: massa específica, densidade, peso específico, gravidade
específica, viscosidade, tensão superficial e ascensão capilar,
coeficientes de compressibilidade e de expansão térmica.
O fluido como meio contínuo
Na maioria das aplicações de engenharia, estamos interessados nos

efeitos médios ou macroscópicos de muitas moléculas, e não no
comportamento microscópico caracterizado pelo movimento molecular
individualizado. São justamente os efeitos macroscópicos que
geralmente percebemos e medimos. Assim, na quantificação das
propriedades dos fluidos, vamos considerar o fluido como uma
substância infinitamente divisível e contínua, pois a quantidade de
moléculas é grande o suficiente para manter a média estatística das
propriedades reprodutíveis. Nesse contexto, vamos considerar a
medição da pressão.
O que gera a grandeza física pressão?
O bombardeamento molecular da parede do recipiente, conforme pode

ser observado na imagem a seguir.
Bombardeamento molecular da parede do recipiente por um gás.
Na imagem acima, quando a molécula choca perpendicularmente com a

parede do recipiente, ela sofre uma variação de quantidade de
movimento e, pela segunda lei de Newton, temos:
⇀ d(mV )
F =
dt
Existe uma forma quando existe uma variação na quantidade de

movimento. Considerando a terceira lei de Newton, no choque, a
molécula empurra a parede, comprimindo-a, e a parede reage
empurrando a molécula de volta. Para um intervalo de tempo em uma
determinada área de parede, considerando o número total de choques,
podemos quantificar a pressão:
ç
For a total normal compressiva
P =
Área de bombardeamento
Vamos considerar, agora, um ponto de tomada de pressão no

reservatório de um gás, conforme a imagem a seguir, que apresenta um
manômetro acoplado.
Ponto de tomada de pressão de um manômetro instado em um recipiente contendo gás.
Considerando a imagem acima, a pressão medida pelo manômetro

(acoplado em uma pequena área da parede do recipiente) é igual à
pressão total sentida por toda a área do reservatório de confinamento?
Resposta
Sim. Quando diminuímos a área, diminuímos a quantidade de choques,

mantendo constante a razão Força/Área. Como a quantidade de
espécies químicas que chocam com a parede é muito grande, a média
estatística da razão Força/Área se mantém, definindo um valor
constante para a pressão, independentemente da área considerada.
Quando a área em questão, atinge medidas microscópicas, os
movimentos individualizados das espécies químicas devem ser
considerados, fazendo com que a média estatística da razão Força/Área
não seja mais mantida. O limite onde a média estatística da propriedade
é reprodutível é denominado limite do contínuo (δA).
O limite onde a média estatística da propriedade é reprodutível é

denominado limite do contínuo (δA), conforme a representação da
imagem a seguir.
Representação do limite do contínuo δA para a pressão.
Assim, podemos definir a pressão, considerando o limite do contínuo:
ΔF Normal
P = lim
ΔA→δA ΔA
Como o limite do contínuo tende a zero, podemos escrever ainda:
ΔF Normal
P = lim
ΔA→0 ΔA
As demais grandezas físicas apresentam comportamento semelhante

ao observado para a pressão, apresentando média estatística do valor
da propriedade reprodutível, no domínio do contínuo.
Massa específica, densidade e

gravidade específica
A massa específica é definida como a massa da substância que
preenche um volume unitário. Essa propriedade permite associar uma
massa conhecida a um volume, ou ainda, a um volume conhecido com
uma massa.
Considerando os efeitos médios macroscópicos das muitas moléculas

que compõem a matéria, em que o comportamento microscópico
caracterizado pelo movimento molecular individualizado da matéria não
é considerado, podemos definir a massa específica com base na

representação a seguir:
Δm
ρ = lim
ΔV →δV ΔV
Limite do contínuo δV para a massa específica.
A densidade (d) é uma propriedade adimensional definida pela razão de

massas específicas, ou seja:
ρ ρ
d = =
∘
ρ ref erência ρH (4 C)
2o
Usualmente, a massa específica de referência é a massa específica da

água a 4oC, que equivale a:
3 3 3 3
1000kg/m = 62, 43lb m /f t = 1g/cm = 1, 940slug/f t
A densidade é uma função da temperatura. Assim, geralmente, os dados

tabelados são reportados com indicação da temperatura da substância,
conforme o exemplo do mercúrio (H g):
∘
ρ H g (T ) 20 C
dHg = = 13, 546
∘ ∘
ρ H 2 O (4 C) 4 C
Na indústria do petróleo, a densidade relativa do óleo cru (e seus

derivados) é normalmente determinada em termos de uma escala
chamada ∘ AP I (graus API), definida pela relação:
141, 5
∘
AP I = ∘
− 131, 5
60 F
d ∘
60 F
No caso especial da densidade °API, devemos observar que a

temperatura de referência da água é de 60°F (15,56°C) e não 4°C, como
usualmente considerado.
O peso específico γ é definido como o peso do fluido por unidade de

volume. Assim, temos:
g
m
gc g
γ = = ρ
V gc
No SI, g c = 1. Portanto:
γ = ρg
A gravidade específica (GE), tradução do termo em inglês specific

gravity (sg), é a razão entre o peso específico da substância e o peso
específico de referência:
g
ρ
γ gc ρ
GE = = = = d
g ∘
γ ref erência ρ ref erência ρH (4 C)
2o
gc
Viscosidade
Os estados de agregação líquido e gasoso são enquadrados na
mecânica dos fluidos como fluido, com base na definição:
Fluido é a matéria que se deforma continuamente

quando submetido a uma tensão de cisalhamento.
Conforme a representação da imagem a seguir, quando uma força F→

aplicada a uma placa que se desloca suavemente com um velocidade
constante V→ sobre a superfície de um fluido inicialmente em repouso,
gera, na superfície desse fluido, uma tensão de cisalhamento τ →
= F /(
Área da placa), que promove uma deformação angular no fluido que

progride no tempo, t 0 , tempo inicial, t 1 , t 2 , etc. Em termos práticos, a
taxa de deformação angular é proporcional à tensão de cisalhamento
aplicada, o que nos permite escrever:
dθ
τ ∝
dt
A imagem a seguir apresenta a deformação angular θ de um elemento

de fluido como resposta à ação de uma tensão de cisalhamento τ ,
gerada pela aplicação de uma força tangente à superfície do elemento
de fluido.
Deformação angular θ de um elemento de fluido.
Vamos considerar, agora, a notação vetorial em coordenadas

cartesianas. Um plano x, y, ou z é denominado como tal, quando todos
os pontos desse plano apresentam o mesmo valor da coordenada x,
para o plano x, da coordenada y, para o plano y e da coordenada z,
para o plano z. Dessa forma, produz:
Tensão normal σ
Gerada por uma força normal ou perpendicular à superfície dividido pela
área de atuação, representada por σ ii .
Em que:
o primeiro subscrito i indica o plano de atuação da força normal.
o segundo subscrito i indica a direção da força.
Tensão de cisalhamento τ
Gerada pela divisão entre força tangente e a área de atuação,
representada por τ ij .
Em que:
o primeiro subscrito i indica o plano de atuação da força tangente.
o segundo subscrito j indica a direção da força.
A imagem a seguir apresenta as notações das tensões normais e de

cisalhamento em seus respectivos planos de atuação.
Notações vetoriais para as tensões normais σ_ii e para as tensões de cisalhamento τ_ij em
coordenadas cartesianas.
Pelo princípio da aderência ou do não-escorregamento, temos:
O fluido em contato íntimo com a superfície apresenta

a mesma velocidade da superfície.
Dessa forma, vamos considerar um fluido, confinado entre placas,

conforme a imagem a seguir. Nesta imagem, temos a orientação
cartesiana indicada, um perfil de velocidades estacionário no fluido, que
apresenta velocidade máxima U , igual à velocidade da placa superior e
que se apresenta de forma linear, perfil observado quanto menor for o
espaçamento b entre as placas.
Cisalhamento de um fluido com geração de um perfil de velocidades.
Com base na imagem acima, considerando variações infinitesimais,

após um intervalo de tempo δt, a placa superior irá deslocar δs, em
relação a placa inferior, o que nos permite estabelecer:
δs
tg δθ =
b
Para variações infinitesimais, temos pequenos ângulos, em que:
tg δθ ≅ δθ
Como:
δs
U =
δt
Temos:
U δt δθ U U − 0 du dV x
δθ = ⇒ = = = =
b δt b b dy dy
Sabendo que:
dθ
τ ∝
dt
Podemos eliminar a proporcionalidade associando uma constante de

proporcionalidade μ, que é denominada de viscosidade absoluta, ou
viscosidade dinâmica ou, somente, viscosidade. Assim, com base nas
coordenadas cartesianas:
dV x
τ yx = μ
dy
A viscosidade μ representa, fisicamente, uma resistência ao

escoamento, em que quanto maior a viscosidade maior é a resistência
ao escoamento.
Os fluidos podem ser classificados, de um modo geral, de acordo com a

relação entre a tensão de cisalhamento aplicada e a taxa de deformação
observada. Para vários fluidos, a tensão de cisalhamento é diretamente
proporcional à taxa de deformação, independentemente do nível de
tensão aplicada, conferindo-lhes a denominação de fluidos
newtonianos. Já os não-newtonianos, em menor quantidade, não

apresentam esse comportamento.
Fluidos newtonianos
Fluidos não-newtonianos
A imagem a seguir apresenta os comportamentos dos diferentes tipos
de fluidos.
Comportamento para os diferentes tipos de fluidos: (a) tensão de cisalhamento versus taxa de
deformação; (b) efeito transiente sobre a tensão de cisalhamento aplicada para uma taxa de
deformação constante.
Quando cisalhados, os fluidos:
Plásticos e pseudoplásticos
Apresentam redução de viscosidade.
Dilatantes
Apresentam aumento de viscosidade.
As denominações reopético e tixotrópico referem-se a efeitos

observados com o tempo de cisalhamento. Sendo assim, os fluidos:
Ropéticos
Apresentam aumento de viscosidade ao longo do tempo de
cisalhamento
Tixotrópicos
Apresentam redução de viscosidade ao longo do tempo de
cisalhamento.
Um fato importante que devemos observar é que o efeito da

temperatura na viscosidade de líquidos não é igual ao observado em
gases, sendo estes efeitos antagônicos.
Resumindo
Nos líquidos, o aumento da temperatura diminui a viscosidade,

enquanto nos gases, o aumento da temperatura aumenta a viscosidade.
O gráfico a seguir ilustra o efeito da temperatura em óleos, líquidos

viscosos, em solventes, líquidos menos viscosos e, em gases,
substâncias menos viscosas ainda.
Gráfico: Efeito da temperatura na viscosidade em vários tipos de fluidos.
Devemos observar na imagem a tendência dos perfis de viscosidade

versus temperatura, em que para os líquidos as funções são
decrescentes, indicando uma redução na viscosidade com o aumento
da temperatura, e para os gases, as funções são crescentes, indicando
para o aumento da temperatura um aumento na viscosidade.
Coeficientes de compressibilidade e
de expansão térmica
Todos os fluidos, quando submetidos a um aumento de pressão, são
comprimidos, promovendo um aumento em sua massa específica.
Assim, esse efeito de compressibilidade pode ser quantificado pelo
coeficiente de compressibilidade isotérmico β, que é um parâmetro
sempre positivo, definido com base na variação do volume V ou do
volume específico v com a pressão P , pela expressão:
1 ∂V 1 ∂v
β = − ( ) = − ( )
V ∂P v ∂P
T T
Como v = V /m = 1/ρ, pela regra de diferenciação temos, ainda, para

o coeficiente de compressibilidade isotérmico:
1 ∂ρ
β = ( )
ρ ∂P
T
Os fluidos também têm seu volume afetado pela temperatura em um

processo a pressão constante. Assim, o efeito da temperatura T no
volume V , ou no volume específico v, pode ser determinado pelo
coeficiente de expansão térmica α definido por:
1 ∂V 1 ∂v
α = ( ) = ( )
V ∂T v ∂T
P P
Como v = 1/ρ, considerando as regras de diferenciação, temos para o

coeficiente de expansão térmica:
1 ∂ρ
α = − ( )
ρ ∂T
P
Tensão superficial e efeito de

capilaridade
A tensão superficial, geralmente representada pela letra σ, é uma
grandeza física associada com as forças atrativas entre as moléculas
que compõem a matéria. Esta propriedade é, geralmente, observada nas
interfaces líquido-gás como resultado de um desequilíbrio de forças
intermoleculares, promovendo uma força resultante na direção do corpo
líquido, conforme a representação a seguir:
Tensão superficial na interface líquido-gás.
Ainda considerando a imagem acima, no seio do fluido, as forças

atrativas intermoleculares atuam igualmente em todas as direções,
estabelecendo um equilíbrio de forças, tornando a força resultante igual
a zero.
A tensão superficial σ é o trabalho necessário δw para modificar a

superfície de um corpo de prova, de uma grandeza ΔS. Assim, temos:
δW
σ = lim
ΔS→δS ΔS
Considerando a homogeneidade dimensional da expressão acima,

podemos escrever:
F ⋅ L F
[σ] = =
2
L L
Para a determinação da tensão superficial, vamos considerar a imagem

a seguir.
Tensão superficial associada ao estiramento de um filme líquido.
Assim, temos para o cálculo do trabalho necessário ao estiramento do

filme líquido:
x+Δx x+Δx
δW = ∫ F dx = ∫ 2lσdx
x x
Em que o valor 2 decorre do fato de que, no estiramento do filme, o

aumento de área é dobrado, uma vez que a película apresenta duas
faces, a da frente e a detrás.
Logo:
δW
σ =
2lΔx
O efeito da tensão superficial pode ser ilustrado considerando o

equilíbrio de forças na metade de uma gotícula e na metade de uma
bolha livre de outras e livre do campo gravitacional, em que o arame
corrediço imaginário corresponde, agora, a uma circunferência de
comprimento 2πR, conforme a representação das imagens a seguir.
Meia gota
Equilíbrio de forças em meia gota, apresenta uma interface
líquido-gás externa.
2σ
2
p ⋅ πR = 2πR ⋅ σ ⇒ p =
R
Meia bolha
Equilíbrio de forças em meia bolha, apresenta duas interfaces
líquido-gás, uma externa e uma interna.
4σ
2
p ⋅ πR = 2 × 2πR ⋅ σ ⇒ p =
R
Uma consequência da tensão superficial é o efeito de capilaridade,

responsável pela subida ou descida de um líquido contido em um tubo
de pequenas dimensões. Há duas situações possíveis: uma na qual o
fluido molha a superfície e, outra na qual o fluido não molha a superfície.
O fato de molhar ou não molhar depende do ângulo de contato, θ, que é
o ângulo que a interface líquido-ar faz com a superfície de apoio. Veja a
seguir.
Superfície molhada
Quando 0° ≤ θ ≤ 90°, o líquido mola a superfície.
Superfície não molhada

Quando 90° < θ ≤ 180°, o líquido não molha a superfície.
A ascensão capilar e a depressão capilar têm relação direta com o

ângulo de contato. Os líquidos que molham a parede interna do capilar
apresentam ascensão capilar e os que não molham a parede interna do
capilar apresentam depressão capilar, conforme observado na imagem
a seguir.
Ascensão capilar
(θ < 90)
Depressão capilar
(θ > 90)
Demonstração
Determine uma expressão para a altura h alcançada pela água em um
tubo capilar vertical pelo efeito de capilaridade em função do diâmetro
D do tubo, do ângulo de contato θ, da tensão superficial σ e do peso
específico da água γ, conforme a representação a seguir.
Determinação de altura em capilaridade.
Solução
No equilíbrio vertical, a força devido ao efeito capilar, projetada na

direção vertical, deve ser equilibrada com o peso da coluna de água.
Assim, temos:
2
πD
σπD × cos θ = ρ ( × h) × g
4
Portanto:
4σπD × cos θ 4σ cos θ

h = =
2
ρgπD ρgD
Ou seja:
4σ cos θ
h =
γD
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Considere como referência o perfil de velocidades associado ao

escoamento de isotérmico de um fluido viscoso, conforme a
representação a seguir:
Com alterações na temperatura do fluido, o perfil de velocidades

passa a ser representado por I ou por II.
Assinale a alternativa que lista corretamente o perfil de velocidades

para sequência de fluidos: Líquido aquecido, líquido resfriado, gás
aquecido e gás resfriado.
A I, II, II, I.
B I, I, II, II.
C I, II, I, II.
D II, II, I, I.
E II, I, II, I.
Para líquidos:
o aumento da temperatura diminui a viscosidade, diminuindo o

efeito de parede, conforme o perfil I.
Para gases:
o aumento da temperatura aumenta a viscosidade,

aumentando o efeito de parede, conforme o perfil II.
Questão 2
A viscosidade de um líquido pode ser medida no dispositivo a

seguir:
Nesse dispositivo, um cilindro de peso igual a 15N com 8,0cm de

diâmetro e 10,0cm de comprimento, desce verticalmente no interior
do tubo pela ação do campo gravitacional com velocidade
constante de 1,0m/s. Para um filme de óleo de 0,30mm entre o
cilindro e a parede interna do tubo, a viscosidade desse óleo no SI é
igual a:
A 0,010
B 0,018
C 0,080
D 0,10
E 0,18
Identificando o perfil de velocidades, temos:
Peso dV
τ = = μ
A dy
P eso/πDL 15/(3, 14 × 0, 080 × 0, 10)

μ = = = 0, 17914 Pa.
dV /dy (1 − 0)/0, 00030
μ = 0, 18 Pa.s (2 algarismos signif cativos)
Questão 3
Um líquido de densidade 1,59 ocupa um volume. Se a massa total

do líquido de preenchimento é de 145,94kg, qual é o valor desse
volume em litros?
A 91,8L
B 99,2L
C 103L
D 111L
E 122L
Temos:
ρ ρ
d = ∘
=
4 O 3
ρ 1000kg/m
H2 O
3
ρ = 1590kg/m
m m 145, 94
3
ρ = ⇒ V = = = 0, 0918m = 91, 8L
V ρ 1590
Questão 4
O sinal de menos pode ser introduzido na equação de fluido

newtoniano para enfatizar que a transferência da quantidade de
movimento é contrária ao gradiente de velocidade:
du
τ = −μ
dy
Considere o perfil de velocidades a seguir.
A adequada notação vetorial para a equação de fluido newtoniano é

representada por:
dV x
A τ yx = −μ
dy
dV z
B τ yz = −μ
dy
dV z
C τ zy = −μ
dz
dV y
D τ xy = −μ
dz
dV y
E τ zy = −μ
dz
Notação: o 1° subscrito representa o plano e o 2° subscrito

representa a direção. O gradiente da velocidade (Grad V→ ) é um
vetor que se orienta do menor valor da velocidade para o maior
valor da velocidade. A transferência da quantidade de movimento
para o fluido ocorre da placa móvel (pelo princípio da aderência) até
a base fixa.
Questão 5
A velocidade do som c em um fluido pode ser determinada pela

equação:
a b
c = β ρ
Em que β é o coeficiente de compressibilidade isotérmico, ρ é a

massa específica do fluido e a e b são constantes determinadas
experimentalmente.
Para que a equação seja dimensionalmente homogênea, quais são,

respectivamente, os valores das constantes de a e b?
A 1/2, 1/2
B −1/2, −1/2
C −1/2, 1/2
D 1/2, −1/2
E 3/2, 3/2
Questão 6
Considere dois tubos de mesmo diâmetro um contendo água e

outro mercúrio, conforme a imagem a seguir.
Podemos afirmar que:
As forças coesivas na água são maiores que as

forças de adesão entre as moléculas de água e a
A
superfície de vidro, promovendo um ângulo de
contato > 90°.
As forças coesivas na água são iguais às forças de

B adesão entre as moléculas de água e a superfície de
vidro, promovendo um ângulo de contato < 90°.
As forças coesivas no mercúrio são maiores que as
C forças de adesão entre os átomos de mercúrio e a

contato > 90°.
As forças coesivas no mercúrio são menores que as

forças de adesão entre os átomos de mercúrio e a
D
contato < 90°.
As forças coesivas na água são menores que as

forças de adesão entre as moléculas de água e a
E
contato > 90°.
Quando as forças coesivas no líquido são maiores que as forças de

adesão entre as moléculas ou átomos do líquido com a superfície
de vidro, o ângulo de contato é superior a 90°, formando um
menisco convexo (situação do mercúrio).
Quando as forças coesivas no líquido são menores que as forças

de adesão entre as moléculas ou átomos do líquido com a
superfície de vidro, o ângulo de contato é menor que 90°, formando
um menisco côncavo (situação da água).
note_alt_black
Teoria na prática
Determine uma expressão para o cálculo do torque necessário para
girar o cilindro interno de um dispositivo composto por dois cilindros
concêntricos em que a cavidade anular é preenchida completamente
com um líquido viscoso, conforme as notações das representações
a seguir, em que o cilindro externo é estacionário, ω é a velocidade
angular do cilindro interno de raio R e comprimento L, h é o
espaçamento entre cilindros e o perfil de velocidades é linear, o que
na prática é garantido quando h ≪ R.
Questão 1
As superfícies das folhas geralmente apresentam-se brilhosas em

função de seu enceramento natural. Considere a imagem de uma
folha após a ocorrência de uma chuva.
Com base na imagem, podemos afirmar que
A a água “molha” a superfície da folha.
B a água “não molha” a superfície da folha.
C a tensão superficial da água é desprezível.
D o ângulo de contato nesse caso é menor que 90°.
o acabamento superficial da folha não interfere no

E
ângulo de contato.
O líquido molha a superfície quando temos para o ângulo de

contato: 0 ∘
≤ θ ≤ 90
∘
.
As gotas da imagem apresentam θ > 90

∘
, ou seja, não molham a
superfície.
Alterações superficiais, como enceramento, lixamento etc., alteram

o ângulo de contato, uma vez que as forças de aderência na
superfície são alteradas.
Questão 2
Considere o escoamento representado a seguir, em que duas

camadas de fluido são arrastadas pelo movimento da placa
superior, sendo a inferior estacionária.
Se a tensão de cisalhamento resultante na placa intermediária for

igual a zero, a velocidade U da placa superior, em m/s, é igual a:
A 3,5
B 4,0
C 4,5
D 5,0
E 5,5
Na placa intermediária, atuam as seguintes tensões de

cisalhamento:
Como a tensão resultante é zero, temos:
0, 04 × (U − 3) 0, 02 × 3
τ1 = τ2 ⇒ =
0, 015 0, 015
Portanto:
U = 4, 5m/s
Considerações finais
Iniciamos o estudo de dimensões unidades, abordando os conceitos e
os sistema fundamentais e derivados. Na sequência, foram descritos os
principais sistemas de unidade: métrico, britânico e americano, bem
como os fatores de conversão entre os sistemas. Os algarismos
significativos foram apresentados além da notação científica. Também
foram descritos vários erros. Avançando no conteúdo, realizamos a
análise dimensional de equações homogêneas.
Descrevemos o Teorema Π de Buckingham e suas aplicações nas

equações dimensionais. Ademais, foram apresentados parâmetros
adimensionais (sem unidades) utilizados no estudo dos fluidos, como
por exemplo o número de Reynolds. Na última etapa, analisamos as
propriedades termodinâmicas dos fluidos, como a densidade, a massa
específica, a gravidade específica, a viscosidade etc. E, por fim, foram
apresentados os efeitos de capilaridade e da tensão superficial dos
fluidos.
headset
Podcast
Neste podcast, o especialista chamará a atenção para alguns conceitos
importantes da mecânica dos fluidos associados a constante
gravitacional, os conceitos de acurácia e precisão, a interpretação física
da homogeneidade dimensional, o teorema Π de Buckingham e a
propriedade tensão superficial.
Explore +
Sugerimos a leitura do artigo Análise dimensional e aplicação hidráulica
do Teorema PI de Buckingham, de Gean Henrique Sabino Freitas, Flavio
Santana Michels e Wilson Espindola Passos, que apresenta a
importância dos conhecimentos de mecânica dos fluidos na
determinação de parâmetros coerentes ao escoamento sob
investigação.
Referências
ATKINS, P.; JONES, L.; LAVERMAN, L. Princípios de química:

questionando a vida moderna e o meio ambiente. 7. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2018.
BACCAN, N.; DE ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S.

Química analítica quantitativa elementar. 2. ed. São Paulo: Blucher,
1985.
CARNEIRO, F. L. Análise dimensional e teoria da semelhança e dos

modelos físicos. 2. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 1993.
ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e

aplicações. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.
FOX, R. W.; MCDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J.; MICHTELL, J. W.

Introdução à mecânica dos fluidos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
MORAN, M. J.; SHAPIRO, H. N.; BOETTNER, D. D.; BAILEY, M. B.

Fundamentals of engineering thermodynamics. 7. ed. New Jersey: John
Wiley & Sons, 2011.
MUNSON, B. R. Fundamentos da mecânica dos fluídos. 4. ed. São Paulo:

Blucher, 2004.
POTTER, M. C.; WIGGERT, D. C.; RAMADAN, B. H. Mecânica dos fluídos.

4. ed. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2014.
WHITE, F. M. Mecânica dos fluidos. 6. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011.
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05/11/2023, 10:01 Propriedades dos fluidos

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Dimensões fundamentais, primárias ou básicas expand_more

São medidas de forma independente das outras dimensões, ou

Por exemplo: comprimento, tempo, temperatura.

Dimensões derivadas ou secundárias expand_more

Podem ser desenvolvidas a partir das dimensões fundamentais.

Por exemplo: velocidade (espaço percorrido por unidade de

Geralmente, as dimensões são escritas entre colchetes ou entre chaves

Comprimento (termo em inglês: Length) [L] ou {L}

Temperatura [θ] ou {θ}

Tabela: Dimensões fundamentais adotadas na mecânica dos fluidos.

As dimensões derivadas, que são escritas como combinações das

Energia E = Força ⋅( Deslocamento

Volume (de V = ( Lado ) × ( Lado

Impulso I = ( Força ) × ( Tempo ) [I ] = F

Capacidade Quantidade de calor F

Viscosidade viscosidade absoluta M /(L⋅T

Vazão Volume transf erido

Tabela: Dimensões derivadas.

Principais sistemas de unidades –

Os sistemas de unidades foram criados para padronizar as unidades

Quando se define um sistema de unidades, automaticamente, são

straighten Sistema Internacional de Unidades (SI)

É o mais importante, pois existe uma tendência na

straighten Sistema CGS de Unidades

É um sistema obsoleto, mas com unidades de

straighten Sistema Gravitacional Britânico de Unidades

É um sistema utilizado em alguns países, onde

straighten Sistema Americano de Unidades de

É equivalente ao Sistema Inglês de Engenharia (EE).

straighten Sistema MKS Técnico Híbrido (MKS*)

Os sistemas métricos são aqueles em que as unidades estão

Vejamos, a seguir, as definições dos principais sistemas de unidades

Sistema Internacional de Unidades (SI)

Fábio Bicalho Cano.

Com essas definições, podemos dizer que o Sistema Internacional (SI) é

Devemos observar que no SI a Força (F ) é uma dimensão derivada,

Qual é a dimensão de força?

Para responder a essa pergunta, precisamos identificar uma equação

Qual é a unidade de força?

Considerando a dimensão de força:

Em que o símbolo [=] significa "têm unidade de" e 1 (um) newton,

Como unidades intrínsecas do SI, temos as seguintes unidades para:

Sistema CGS de Unidades

Fábio Bicalho Cano.

O sistema CGS de unidades é um sistema MLT θ. Como unidades

Sistema MKS técnico-híbrido de unidades (MKS*)

Fábio Bicalho Cano.

O sistema MKS* é um sistema FMLT θ.

Uma pergunta importante aqui é: para esse sistema, podemos escrever: