Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FICHAMENTO:
a Linguística Aplicada, na segunda metade do século XX, foi concebida como usuária
de construtos da Linguística teórica (concepção aplicacionista e fracionada)
reflexões sobre práticas de investigação nesse campo, e que tem potencializado uma
nova compreensão sobre essa prática
conflito de posições e definições no que tange ao caráter inter, multi, pluri, trans
ou indisciplinar das pesquisas
FICHAMENTO:
FICHAMENTO:
FICHAMENTO:
FICHAMENTO:
cabe a esse ramo de estudos evoluir da condição de mediador das relações entre a
Linguística, tomada em seu isolamento científico, e a sociedade, marcada pela
necessidade de soluções práticas para seus problemas
FICHAMENTO:
UNIDADE B:
O ENSINO E A APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ÂMBITO DA
LINGUÍSTICA APLICADA
Objetivos da unidade:
identificar o ensino e a aprendizagem de língua materna como uma das áreas de
atuação do linguista aplicado; área tomada sob o enfoque dos problemas
linguísticos socialmente relevantes que hoje compõem o objeto de estudo da
Linguística Aplicada. (cap5)
reconhecer o percurso de constituição histórica da disciplina de Língua
Portuguesa no processo de escolarização (cap6)
identificar o comprometimento, no ensino dessa disciplina, com a linguagem nos
processos socio interacionais. (cap7)
Paula Ramos Ghiraldelli
Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa
Letras – português
UFT – semestre 2020/1
FICHAMENTO:
CAPÍTULO 4:
ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA MATERNA: CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
LA no ensino de LP:
O ensino de línguas, nunca deixou de ser um território privilegiado no campo dos
estudos do linguista aplicado
decorre da compreensão acerca da premência de uma reflexão teórica, com
implicações praxiológicas, acerca, sobretudo, da formação do leitor e do produtor
de textos na escola
Visa qualificar licenciandos para uma atuação consequente, significativa,
teoricamente ancorada e de excelência na ação como professor(a) de Língua
Portuguesa.
Paula Ramos Ghiraldelli
Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa
Letras – português
UFT – semestre 2020/1
FICHAMENTO:
CAPÍTULO 5:
O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA NO BRASIL:
UM PROBLEMA LINGUÍSTICO SOCIALMENTE RELEVANTE?
se dispomos de um conjunto expressivo de anos de escolarização para tal, por que não
temos tido, em inúmeros contextos, o êxito esperado no que respeita ao
desenvolvimento da leitura e da escrita?
FICHAMENTO:
temos tratado essa dissensão nas interações pela acepção genérica problemas de
disciplina, mas entendemos que não se trata de disciplinamento quando a discussão
está no âmbito dos estudos linguísticos.
O foco, sob o ponto de vista da Linguística Aplicada, não é a formação de
disciplinamentos comportamentais – cerceamentos de qualquer ordem –, mas
a adesão ou não a uma proposta interacional mediada pela linguagem. Quando
essa adesão não ocorre, a aula não ocorre porque, embora as pessoas estejam
ocupando um mesmo espaço físico por um mesmo período de tempo, não
estão engajadas em um mesmo propósito interacional.
Por que as interações não convergem para um mesmo fim? Por que, em muitos
ambientes escolares, parece tão difícil conquistar a adesão dos alunos para as
interações propostas por meio da língua escrita? Em nosso entendimento, não raro,
muitos dos gêneros do discurso que compõem a aula de Língua Portuguesa (como
gênero por si mesma) correspondem a propostas de eventos de letramento para os
quais as práticas de letramento dos alunos não oferecem suporte
FICHAMENTO:
FICHAMENTO:
nosso papel como professores de Língua Portuguesa é empreender uma ação que
incida sobre a zona de desenvolvimento imediato de cada qual de nossos alunos,
condição individual e sensivelmente volátil, porque, em tese, capaz de mudar
constantemente no processo de relações intersubjetivas que o sujeito empreende na
dinâmica de sua vivência cotidiana
zona de desenvolvimento real: conhecimentos/ habilidades já consolidados/as,
àquilo que o sujeito é capaz de realizar sem a ajuda de outrem
Nos espaços escolares em que esse processo tende a não acontecer, esse fato pode ser
atribuído ao:
não domínio dos conhecimentos científicos dos quais nos cabe nos
apropriarmos em nosso processo de formação, ou seja, não conhecermos
suficientemente a ciência linguística e a ciência literária que embasam nosso
fazer
ou à nossa imperícia em procedermos a uma elaboração didática pautada
nesses conhecimentos, fazendo-o com base no perfil de nossos alunos e nos
desafios que esse perfil nos impõe cotidianamente.
FICHAMENTO:
CAPÍTULO 6:
CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA: DA
GRAMÁTICA CONCEITUAL AOS USOS SOCIAIS DA LINGUAGEM
Para abordar com propriedade os usos sociais da língua oral e da língua escrita e a
análise linguística como conhecimento de natureza operacional e reflexivo para tais
usos, concebendo leitura, escuta e produção textual oral e escrita como conteúdo de
ensino e aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa na atualidade, é necessário
compreendermos o processo histórico de constituição dessa disciplina na esfera
escolar, o que inclui refletirmos sobre a quem é dirigida a ação didático pedagógica
nas diferentes escolas e a que alunos, sócio historicamente situados, a disciplina
atende e, por via de consequência, que objetivos norteiam o seu desenvolvimento
(finalidade da disciplina).
FICHAMENTO:
até metade do século XVIII, a língua portuguesa não se constituía nem como
disciplina, nem como conteúdo curricular. Ela era apenas um instrumento para a
alfabetização. Após a alfabetização, os alunos passavam diretamente ao estudo do
latim.
As causas apontadas para esse modelo de ensino são:
os poucos alunos que estudavam pertenciam às classes privilegiadas, cujo
interesse era seguir o modelo educacional da época (aprendizagem do latim e
por meio do latim);
FICHAMENTO:
fins do século XIX, criação da disciplina Português manteve no seu bojo a tradição e
os conteúdos dos estudos das disciplinas de Gramática, Retórica e Poética: persistia o
estudo da gramática da língua portuguesa, em processos de ensino e aprendizagem
focados na língua como sistema, ou melhor, processos sobre a língua e não da língua;
e prosseguia a análise de textos de autores consagrados, conteúdos abordados nas
disciplinas de Retórica e Poética, mas com a tônica em estudos estilísticos e não mais
focando a arte do bem falar, mas do bem escrever (na perspectiva do beletrismo e não
da proficiência dos uso Sociais da linguagem)
década de cinquenta no século XX, acesso a novas escolas por parte dos filhos de
famílias das classes trabalhadoras.
FICHAMENTO:
1970: intervenção feita pelo governo do regime militar instaurado em 1964: essa
mudança não se processou como resposta às transformações sociais e culturais do
país, mas reformulou o ensino primário e médio segundo os objetivos e a ideologia do
regime militar, a serviço do desenvolvimento [da nação]; a língua, no contexto desses
objetivos e dessa ideologia, passou a ser considerada instrumento para esse
desenvolvimento.
Paula Ramos Ghiraldelli
Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa
Letras – português
UFT – semestre 2020/1
FICHAMENTO:
FICHAMENTO:
a nova crítica ao ensino de línguas: duas correntes distintas. Uma delas, de que fazem
parte Mário Perini, Mary Kato e Miriam Lemle, por exemplo, defende uma nova
proposta do ensino de gramática sistematizada no processo de escolarização, mas
pautada nos estudos de gramática empreendidos pela Linguística. A outra, defendida
por Carlos Franchi, João Wanderley Geraldi, Rodolfo llari e Sírio Possenti, por
exemplo, propõe outro objeto de ensino para a disciplina de Língua Portuguesa, um
ensino da linguagem de natureza operacional e reflexivo, balizado em outras
finalidades para essa disciplina escolar e em uma nova concepção de linguagem e de
sujeito
FICHAMENTO:
operacional e reflexivo, pois ambos se voltaram para a escola de que fazem parte.
para a natureza situada da realidade social e para necessidades de nossos alunos,
salvaguardados os diferentes contextos em que esses mesmos alunos vivem, suas
especificidades microculturais e suas práticas de letramento. como objetos de ensino e
aprendizagem nas aulas de Língua Portuguesa
essa proposta tem como característica o seu relativo acabamento, o que permite que
novas formulações sejam consideradas, ou antigas formulações sejam revistas. Como
Paula Ramos Ghiraldelli
Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa
Letras – português
UFT – semestre 2020/1
FICHAMENTO:
Para Geraldi (1985, 1993), dois grandes eixos norteadores dos conteúdos passam a
ser:
o uso da linguagem, concretizado por meio das práticas de escuta, leitura e
produção de textos (orais, escritos):
a reflexão sobre a linguagem, concretizada por meio das práticas de análise
linguística.
FICHAMENTO:
FICHAMENTO: