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BIOMETRIA FLORESTAL
INTRODUÇÃO
2
Biometria Florestal
3
Biometria Florestal
Símbolos Significado
c circunferência
d diâmetro
f fator forma
g área basal a 1,30m
h Altura
i incremento
k quociente de forma
n Número (de árvores, anos, etc...)
p incremento em percentagem
t Idade
v Volume
idades de 10 e 15 anos, pode-se usar o símbolo i d10 −15 ou i d . A simbologia i d10 −15
2.2 Símbolos para definir a circunferência, diâmetro e área basal ao nível do peito
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Biometria Florestal
Símbolos Significado
Símbolos Significado
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Biometria Florestal
Símbolos Significado
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Biometria Florestal
Símbolos Significado
Símbolos Significado
As medições sem casca são, muitas vezes, indicadas com o subscrito “s”
e o respectivo símbolo, como apresentado na Tabela 7.
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Biometria Florestal
Símbolo Significado
Símbolos Significado
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Biometria Florestal
Símbolos Significado
i incremento anual de uma árvore.
I incremento anual por unidade de área.
_ incremento médio aritmético de “n” árvores em um ano.
i
i10 −15 incremento periódico anual de uma árvore entre as idades de
10 e 15 anos.
i10 −15 incremento periódico de uma árvore entre as idades de 10 e
15 anos.
id incremento anual de diâmetro da árvore.
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
calculado será 0,00294 m³, aparecendo, então, o primeiro dígito significante na terceira
casa decimal.
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Biometria Florestal
ninguém conseguirá medir esta precisão, sete casas decimais. Deve-se proceder ao
arredondamento do número, registrando-o com uma casa decimal.
Seguindo o mesmo raciocínio, sugere-se que as demais variáveis
dendrométricas devam ter os resultados apresentados conforme indicado na Tabela
10.
Diâmetro 1
Altura 1
Volume da árvore 4
Volume por unidade de área 1
Área basal da árvore 4
Área basal por unidade de área 1
Fator forma 4
Cociente de forma 4
Fator casca 4
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Biometria Florestal
4 MEDIÇÕES FLORESTAIS
Sendo a biometria, por definição, a parte da ciência florestal que trata das
medições das árvores, com o objetivo de avaliar os seus volumes e estudar as leis que
regem o seu crescimento ao longo do tempo, fica implícita a necessidade de se conhecer,
com precisão, as estimativas do diâmetro, altura, espessura de casca, fator de forma etc.
A busca dessas informações tem levado os florestais a melhorarem,
adaptarem e desenvolverem aparelhos e instrumentos específicos capazes de
fornecerem as variáveis desejadas com maior precisão, menor custo, no menor espaço
de tempo e com segurança.
Desse modo, existe uma variedade de dendrômetros utilizados nas
medições florestais, dentre os quais pode se destacar as sutas, as fitas dendrométricas,
os hipsômetros, os relascópios de Bitterlich e os medidores de casca, entre outros.
O emprego de um ou outro dendrômetro depende do estudo a ser realizado,
da precisão e da rapidez desejada nas medições, dos recursos disponíveis, bem como
das características da floresta.
Caso não existam instrumentos disponíveis, o Engenheiro Florestal, quando
pertinente, deverá usar sua criatividade e construir um instrumento capaz de solucionar o
problema. Por esse motivo, também são apresentados aqui, os princípios matemáticos
empregados na sua constituição.
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Biometria Florestal
trata de uma dimensão diretamente mensurável, a partir da qual se pode calcular a área
da secção transversal e o volume de uma árvore.
altura total.
Em terrenos planos a posição para a tomada do dap é facilmente
determinada, conforme mostra a Figura 1a. Já em terrenos inclinados (Figura 1b), esta
posição é determinada pelo nível médio do solo, tomando a distância de 1,3 m ao longo
do eixo da árvore. Nesta mesma situação, pode-se tomar como ponto de referência a
parte superior do declive, pois, segundo seus defensores, corresponde à altura do toco
após o abate.
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
A aproximação para 0,5 cm, por outro lado, não deverá influenciar na
precisão do diâmetro médio da unidade, pois, conforme descrito pela Lei de Gauss, os
erros de excesso e de falta, em medições sucessivas, tendem a se anular.
No anexo 1, encontra-se o formulário para coleta de informações
dendrométricas em florestas implantadas utilizado pela Engenharia Florestal da UFSM.
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Biometria Florestal
Sua medição a campo é feita com a projeção dos limites da copa sobre o
terreno, seguida pela medição de “n” raios. O número de raios que permite obter um
estimador consistente do diâmetro da copa depende da sua irregularidade. Em geral, o
emprego de 6 a 8 raios trazem bons resultados.
Para a projeção dos limites da copa sobre o terreno, o medidor pode valer-
se de prismas ou utilizar um clinômetro que permita a determinação do ângulo de 90º.
As determinações do diâmetro da copa nas fotografias aéreas são mais
facilmente realizadas do que as medições das projeções da copa sobre o solo, embora
haja a tendência de que os diâmetros medidos nas fotos sejam, em geral, menores que
os medidos no solo. Isso se deve às partes das copas que não são visíveis nas fotos.
Entretanto, as medições nas fotografias aéreas são provavelmente as melhores medidas
do espaço de crescimento e são bem correlacionadas com a árvore e seu volume.
O cálibre ou suta é, em geral, usado para medir diâmetro quando este for
menor que 60 centímetros. Cálibres de grandes dimensões são incômodos para
transportar e mais difíceis de manusear.
A suta é geralmente construída em alumínio, existindo também exemplares
antigos em ferro ou madeira, apresentando características inerentes ao material como
peso, dureza, resistência às intempéries, entre outras.
De qualquer modo, as características desejáveis de uma suta são:
a) material duro e leve;
b) à prova de intempéries;
c) fácil limpeza;
d) fácil leitura e manuseio.
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
4.1.4.4 Fitas
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d2.L
S=
L+d
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
b) A barra graduada está no ponto exato (1,30 m), porém inclinada, fazendo
com que um braço da suta esteja abaixo e o outro acima de 1,30 m, como mostra a
Figura 10.
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
e) Altura do primeiro galho vivo: é a distância tomada ao longo do eixo da árvore, entre
o nível do solo e o ponto de inserção do primeiro galho vivo;
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
AB oA oA x ab
= logo h = AB =
ab oa oa
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Biometria Florestal
Ab = comprimento da vara.
Logo, se ab = 20 cm tem-se:
oA x 20 oA 1 dist.
h= h= . = .
oa oa 5 5 x comp .braço
oA × ab
h = AB = = oA .
oa
Onde ab = ao;
h = oA = distância do observador à árvore.
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Biometria Florestal
A régua possui janela visora, colocada entre 1,60 e 1,70 m, o que permite
as leituras sempre ao nível dos olhos do operador. As medidas inferiores a 1,80 m são
feitas diretamente na lateral da primeira secção do instrumento.
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
AB OC
=
A 'B' OC'
AC OC
=
A 'C' OC'
AB AC
= ou
A 'B' A 'C'
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Biometria Florestal
A 'B'×.AC
AB = , portanto:
A 'C'
AC × A 'B'
h = AB =
A 'C'
AC × A 'B' AC × A 'B'
A 'C'= =
AB h
Onde: A’C’ = distância tomada a partir da base da reentrância onde será gravada a
altura;
AC = altura da régua a ser encostada à árvore;
AB = h = altura da árvore;
A’B’ = comprimento da reentrância (0,30 m)
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Biometria Florestal
Sendo: A’B’ = 30 cm
A’C’ = 3 cm Logo: h = AC × 10 .
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
BC bc
= ; por tanto,
EC ec
EC × .bc '
BC = .
ec
Onde: BC = altura h1 ;
EC = distância do observador ao objeto;
bc = leitura na escala graduada;
ec = (altura da prancheta).
EC × ac
AC = .
ec
D
h2 = ⋅ l2
10
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Biometria Florestal
h = h1 ± h2
D
h= ⋅ (l1 + l2 )
10
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Biometria Florestal
BC
tg α1 = ; portanto, BC = D ⋅ tg α1 = h1 .
D
CA
Da mesma forma, tg α 2 = ; portanto:, CA = D ⋅ tg ∞ 2 = h2 .
D
AB = BC + CA ou seja: h = h1 + h2 ou h = D ⋅ (tg α1 + tg α 2 )
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Biometria Florestal
AB = D ⋅ (tg α1 − tg α 2 ) , pois:
AB = BC − CA , ou h = h1 − h2
AB = CA − BC ou h = h2 − h1 .
41
Biometria Florestal
Resumindo, tem-se:
Assim, tem-se:
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Biometria Florestal
percentagem α
tg α = .
100
D
h= ⋅ (percentagem α1 + percentagem α2) .
100
topo α
tg α =
66
D
h= ⋅ (topo α1 + topo α 2 )
66
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Biometria Florestal
linhas apresentarem uma leitura na régua igual a 8 cm, somente a linha A tem essa
medida. As linhas B e C tem medidas menores, as quais dependem do ângulo de
inclinação, conforme mostra a Figura 21.
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Biometria Florestal
Onde: = altura dos olhos do observador; por convenção pode ser usado 1,3 m.
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Biometria Florestal
Como regra geral, o operador deve, ainda, para obter maior precisão devido
a melhor visualização da árvore e menor erro de operação (menor inclinação do
aparelho), medir a árvore a uma distância no mínimo igual à altura da mesma.
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Biometria Florestal
- Declividade = 9° = 15,84%;
29 23 52
+ = = 0,52
100 100 100
Cos 9° = 0,9877
= 0,9877x13
= 12,84 m 12,8 m
0,9877 x 25 = 24,69 m
29 23
+ = 0,52 0,52 x 24,69 m = 12,8 m.
100 100
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Biometria Florestal
anteriormente.
A correção da distância para a projeção horizontal ou diretamente da altura
aparente para a altura corrigida pode ser realizada por redução através do cosseno do
ângulo de inclinação do terreno, conforme demonstrado em 4.2.2.1 ou através de
nomograma (Figura 27 a e b).
Para a correção da altura medida a qualquer distância, através do
nomograma, usa-se uma régua para unir a escala da esquerda (representa o ângulo de
inclinação do terreno em graus) com a escala da direita, a qual representa a altura
aparente (altura medida). A altura corrigida será lida no ponto onde a régua cruza a
escala central.
Para uma distância sobre o terreno de 20,0 m (distância aparente), não é
necessário determinar o ângulo de inclinação do terreno. Usando o nomograma para a
distância de 20,0 m (Figura 27 b) ,entra-se com valor em % lido na base da árvore na
escala da esquerda, e une-se este valor com a altura lida para a árvore. A altura
corrigida ficará também determinada no ponto de cruzamento da régua com a escala
central.
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Biometria Florestal
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A 'B2 = 775
A' B = 27,8 m
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verdadeira altura.
Neste caso, a correção da altura pode ser obtida, segundo Husch et al.
(1982), determinando-se o ponto sobre o solo correspondente à projeção do ápice da
árvore e tomando-se esse ponto para a determinação da distância para medição da
altura da árvore.
De outra forma, para determinar a altura correta, mede-se o ângulo de
inclinação Ø e multiplica-se a altura medida pela secante do ângulo conforme mostra a
Figura 30. Na prática, entretanto, o ângulo é difícil de ser obtido.
h=B⋅
(% θ )2 +1
100
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
4.2.2.2.7.4 Erros relacionados com o aparelho, com o observador e com fatores que
impedem a visualização da base da árvore
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Biometria Florestal
Por exemplo, no Blume-Leiss pode ocorrer com o uso continuado, folga no ponto de
inserção do pêndulo, deixando-o fora de centro e, em conseqüência, raspando nas
escalas, não tendo livre movimentação. Outro exemplo que merece menção é a
interferência eletrônica sobre o Vertex ocasionando erros grosseiros na determinação
da distância e alturas. Essa interferência pode ser sentida quando dois aparelhos são
operados próximos um do outro, como em uma unidade amostral.
Os erros relacionados com o observador são aqueles ocasionados pela
tomada de um ponto incorreto de medição onde ocorre uma má visualização da copa
ou base da árvore; pela falta de firmeza nas mãos e/ou treinamento inadequado do
operador, entre outros.
Caso o sub-bosque ou outro fator impeça a observação da base da árvore,
pode-se usar o artifício de visar o tronco a uma altura conhecida, como, por exemplo, o
dap e após acrescer esta altura na medição, como mostra a Figura 33.
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
b1 = coeficiente angular;
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Biometria Florestal
IDADE b0 b1
35 0,233 0,497
45 0,210 0,501
55 0,194 0,545
65 0,178 0,705
75 0,172 0,659
85 0,168 0,566
95 0,165 0,546
115 0,158 0,677
125 0,156 0,747
135 0,157 0,602
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
Equação MODELOS
01 1
h= + 1,3
(b0 + b1 / d)2
02 1 1
= b0 + b1
h − 1,30 d
04 h = b0 + b1d + b2d2
05 h = b0 + b1d + b2d2 + b3d3
06 1
h = b0 + b1
d
07 1 1 1
− 1,30 = b0 + b1 + b2 2
h d d
08 d2
− 1,30 = b0 + b1d + b2d2
h
09 1
log(h − 1,30 ) = b0 + b1
d
10 h − 1,30 = b0 + b1d
11 log h = b0 + b1d
12 h = b0 + b1d
13 log h = b0 + b1 log d
16 d
log(h − 1,30 ) = b0 + b1 log
1+ d
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
d (cm) h (m)
8,5 7,0
24,0 23,8
28,5 27,1
. .
. .
.
1
a) h − 1,3 = ;
(β0 + β1 / d)2
1
b) h − 1,3 = ;
(β0 + β1 / d)2
1
c) = β0 + β1 / d ;
h − 1,3
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Biometria Florestal
1
d) = β0 + β1 / d .
h − 1,3
73
Biometria Florestal
capítulo 11).
Sendo o coeficiente angular da equação de regressão constante, o par de
dados d e h, medidos na árvore média, possibilitará o cálculo do nível em que passa
a curva de relação hipsométrica, conforme o seguinte exemplo.
1
Considerando-se o modelo = b0 + b1 / dap, calculado por Finger
(h − 1,3)
(1991) para Eucaliptus saligna e Eucaliptus grandis e os valores de diâmetro e altura
da árvore média, medidos em uma unidade amostral, respectivamente 24,0 cm e
28,0 m e, sendo o valor do coeficiente angular igual a 1,04909, tem-se:
1 1,04909
= b0 +
(28,0 − 1,30 ) 24,0
b0 = 0,19353-0,04371
amostral
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Biometria Florestal
1 1,04909
= 0,14982 +
(28,0 − 1,30) dap
1
h= 2
+ 1,3 .
1,04909
0,14982 +
dap
75
Biometria Florestal
6 ÁREA BASAL
A determinação da área basal pode ser feita através dos seguintes métodos:
a) Medição direta de todos os diâmetros com cálculo da área basal de cada
76
Biometria Florestal
A área basal pode ser rapidamente conhecida pelo emprego das seguintes
fórmulas:
π.d 2 c2
g= ou g=
4 4.π
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Biometria Florestal
Equação Modelo
1 V G = b 0 + b 1 .h
2 V G = b 0 + b 1 + b 2 .h 2
3 2
G = b 0 + b 1h 100 + b 2 .t + b 3 h 100 .t + b 4 h 100
4 G = b + b 1N + b 2 N 2
0
5 (
G = exp b 0 + b 1 . log h g + b 2 . log 2 h g )
78
Biometria Florestal
7.1 Introdução
79
Biometria Florestal
partes deste. Os protótipos são obtidos pela rotação da curva geral y 2 = p ⋅ w r ao redor do
eixo “X”.
Para fins de estudo, considera-se na Biometria Florestal:
gw = p ⋅ wr e g w = d w2 .π / 4
A forma do sólido de revolução de acordo com o valor assumido por “r” varia
conforme exemplificado na Figura 41.
80
Biometria Florestal
Para os valores do expoente de forma “r” apresentados na Tabela 18, são gerados
diferentes sólidos de revolução.
r Designação
0 Cilindro
1 Parábola quadrática
2 Cone
3 Neilóide
81
Biometria Florestal
h
1
v = ⋅ p ⋅ w r +1
r +1 0
1
v= ⋅ p ⋅ hr ⋅ h
r +1
1
v= ⋅ gu ⋅ h fórmula da área terminal.
r +1
gu = p ⋅ h r
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Biometria Florestal
∂ = p ⋅ (h / 2) = p ⋅ hr .(1/ 2) = gu ⋅ (1/ 2)
r r r
, logo se:
∂ = g u ⋅ (1 / 2 )
r
, então gu = ∂ ⋅ 2r
1
v= ⋅ h ⋅ ∂ ⋅ 2r Fórmula para a metade da altura.
r +1
O fator de forma (f) é definido como um fator que reduz o volume do cilindro
formado pela área basal e altura para o verdadeiro volume do sólido de revolução.
A derivação do fator forma para o sólido de revolução permite conhecer a
magnitude e a variação desta variável.
Considerando-se as fórmulas de volume para área terminal v = (1/ (r + 1)) ⋅ gu ⋅ h
1 / (r + 1) ⋅ gu ⋅ h
fu = ,
gu ⋅ h
fu = 1/ (r + 1) .
83
Biometria Florestal
(Sterba , 1986)
2r
f (1 / 2 ) =
r +1
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Biometria Florestal
85
Biometria Florestal
gR = g u / 4 e p ⋅ w r = p ⋅ h r / 4
logo: w r = hr / 4 e, assim, w = h ⋅ r (1 / 4 ) .
86
Biometria Florestal
(
R = h. 1 − r (1/ 4 ) )
Verifica-se que para valores de “r” entre 1 e 3, a altura formal vale 2/3 do
valor de R ou seja:
f u / (R / h) = (f u ⋅ h) / R ≈ 2 / 3
87
Biometria Florestal
Conforme Husch et al. (1982), os troncos de coníferas raras vezes são cones,
parabolóides ou neilóides padrões, eles geralmente assumem formas intermediárias entre
o cone e o parobolóide. Já a parte comercial do fuste das folhosas são teoricamente
considerados como semelhantes a troncos de cones neilóides, parabolóides e,
ocasionalmente, cilíndricos, mas, em geral, tem a forma variando entre o tronco de cone e
o tronco de um parabolóide. O mais correto, segundo os autores, é considerar o tronco de
qualquer árvore composto de vários sólidos geométricos (Figura 44).
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Biometria Florestal
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Biometria Florestal
Y b0 b1 X
90
Biometria Florestal
h d g y x y² x² x.y
6,8 18,0 0,0254 - 3,6712 1,9169
10,8 21,0
14,8 23,0
20,3 29,0
-12,93225 10,00172 42,2883 25,6617 - 31,7916
b0 = - 5,318020;
b1 = 0,833840;
1
⋅ gu ⋅ h
r + 1 1
fu = = 0,5453
gu ⋅ h 0,833840 + 1
1
Fórmula na metade da secção: v= ⋅ h ⋅ 2r ⋅ g(1 / 2 )
r +1
91
Biometria Florestal
1
⋅ h ⋅ 2r ⋅ g(1 2 )
r + 1 1
f(1 2 ) = ⋅ 2r
h ⋅ g(1 2 ) r +1
1
f(1 2 ) = ⋅ 20,833840 0,9719
0,833840 + 1
valor estimado nesta posição foi menor que o medido ao dap. Este resultado decorre
da dificuldade do modelo descrever a variação da forma da árvore visto ser composta
por vários sólidos de revolução justapostos). Interpolando tem-se:
h* d
21,6 m --- 0,00
x --- 14,22
14,8 m --- 18,00
92
Biometria Florestal
R = 16,2 m do solo
w d
0,0 − − − 0,0 6,8 − − − 18,00
∆x − − − 14,22 ∆x − − − 14,22
6,8 − − − 18,00 ∆x = 5,36 m do ápice R = 21,6 − 5,36 = 16,24 m
R = 16,2m.
(
R = h 1 − r (1 4 ) )
(
R = 21,6 1 − 0,833840 0,25 )
R = 17,5 m
1
v= ⋅ gu ⋅ h
r +1
v=
1
1,83384
( )
⋅ 0,2844 2 ⋅ (π 4 ) ⋅ 21,6 = 0,748123 ≈ 0,7481 m3
93
Biometria Florestal
1
v= ⋅ h ⋅ 2r ⋅ g1 2
r +1
v=
1
1,83384
( )
⋅ 21,6 ⋅ 20,83384 ⋅ 0,212 ⋅ (π 4 ) = 0,7272 m3
( )
v = 0,284462 ⋅ (π / 4 ) ⋅ (2 / 3) ⋅ 16,23 = 0,6876 m3
0,7481 m3 − − − 100
que corresponde a diferença de
0,6876 m3 −−− x − − − −− → 91,91%
8,1%
Xm distância do ápice
10 cm
94
Biometria Florestal
gw r gw
Sendo: g w = p ⋅ wr = wr e w=
p r p
0 ,83384
π 4 ⋅ (0,10)2 0,002990
w= w= w = 1,76 m do ápice
0 ,83384
0,004902 0,001699
Sendo v u = 0,7481 m3 e,
1 1
v<10 = ⋅g ⋅h = ⋅ 0,00785398 ⋅ 1,76 v<10 = 0,007538 m3 .
r +1 1,83384
O volume comercial será dado pela diferença entre o volume até a base e o
volume até o d10 .
95
Biometria Florestal
n
v t = v0 + vi + vc .
i =1
96
Biometria Florestal
vi =
(gi + gi+1) ⋅ l volume das secções intermediárias,
i
2
1
vc = gn ⋅ ln volume do cone.
3
onde: v 0 = g0 ⋅ l0 ;
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Biometria Florestal
v i = gmi ⋅ li ;
1
vc = gn ⋅ ln .
3
onde: v 0 = g0 ⋅ l0 ,
1
vC = gn ⋅ ln
3
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Biometria Florestal
99
Biometria Florestal
100
Biometria Florestal
ou ainda pode ser calculado em função dos quocientes de forma, os quais são
expressos pela razão entre os diâmetros de Hohenadl e o diâmetro d0,1:
[
v = 0,2 ⋅ h ⋅ π / 4 ⋅ d 02,1 ⋅ (d 0,9 / d 0,1 ) + (d 0,7 / d 0,1 ) + (d 0,5 / d 0,1 ) + (d 0,3 / d 0,1 ) + 1
2 2 2 2
]
d 0 ,i
n 0 ,i = .
d 0 ,1
d 0 ,3
n 0 ,3 = .
d 0 ,1
101
Biometria Florestal
h = altura total;
d0,i = diâmetros relativos de Hohenadl;
102
Biometria Florestal
8 FATOR FORMA
8.1 Introdução
v = g⋅h⋅ f
103
Biometria Florestal
Genericamente, este fator pode ser obtido pela razão entre o volume
rigoroso da árvore (total ou parcial), tomado em relação ao volume de um cilindro, cuja
altura e diâmetro (medido a 1,30 m da base da árvore) sejam iguais aos da árvore
considerada.
Volume rigoroso
f1,3 = .
Volume do cilindro com diâmetro a d1,3
v = g ⋅ h ⋅ f1,3 ,
π⋅d
v= ⋅ h ⋅ f1,3 .
4
( )
O produto π ⋅ d2 / 4 ⋅ h corresponde ao volume do cilindro de mesmo
diâmetro e altura que a árvore, portanto:
v = v cilindro ⋅ f1,3 .
104
Biometria Florestal
n
fi
f1,3 = i =1
ou f1,3 = ( vr ) ( vc ) ,
n
Volume rigoroso
f0,1 =
Volume do cilindro com diâmetro a d0* ,1h
(
f0,1 = 0,2 ⋅ 1 + n 02,3 + n 02,5 + n 02,7 + n 02,9 )
106
Biometria Florestal
MODELO
f = b0 + b1 d + b2 d2
f = b0 + b1 h + b2 h / d
f = b0 + b1 (d0,3 / d) + b2 hc / dh + b3 h / d2
2
b11 hg hg
f1 = b0 + 2
+ b2 + b3 2 .
dg dg dg
107
Biometria Florestal
cont ....
Obs: Para ver a continuidade da tabela, consultar Finger (1997).
v = g⋅h⋅K
108
Biometria Florestal
onde : K = d0,5h d
d = dap
h = altura
k = cociente de forma artificial
K a = d' / d1,3
109
Biometria Florestal
K G = d5,27 / h ,
110
Biometria Florestal
9 ESTUDO DA CASCA
9.1 INTRODUÇÃO
111
Biometria Florestal
Por esse processo, faz-se a medição dos diâmetros com e sem casca em
cada secção e, posteriormente, por subtração, obtém-se a dupla espessura de casca.
Ei = di c c − di s c
112
Biometria Florestal
paquímetro. Também, neste caso, deve-se obter, no mínimo, mais uma medida, retirando
outra porção de casca na mesma posição de cubagem, mas em lado oposto do tronco.
O método, entretanto, não pode ser usado em espécies que não mantêm a
casca aderida ao tronco quando do corte (seccionamento do tronco).
Para maior precisão nas leituras, é comum usar uma outra régua,
tangencialmente ao tronco, sendo que esta proporcionará uma melhor visualização do
ponto de medição da espessura de casca.
A medição da espessura de casca estará sujeita a menor erro quando obtida
em secções cortadas, seguido da medição direta da casca.
113
Biometria Florestal
a) As medições devem ser feitas com extremo cuidado, devido à pequena espessura
da casca;
b) Algumas espécies apresentam casca macia e fácil de serem perfuradas pelo
medidor, enquanto outras apresentam casca dura, o que requer mais esforço,
proporcionando maior possibilidade de introdução da lâmina no lenho e de obter
sobre estimativas;
c) Se a medição for feita durante a estação de crescimento, a lâmina poderá penetrar
mais facilmente no lenho primaveril;
114
Biometria Florestal
Vol casca = v cc − v sc ;
v cc − v sc
% casca = × 100
v cc
115
Biometria Florestal
116
Biometria Florestal
Observa-se pela tendência dos dados plotados na Figura 55, que haverá um
baixo coeficiente de determinação para relação espessura de casca em função do
diâmetro, gerado pela pequena inclinação da linha de regressão em relação a abcissa.
Baixos coeficientes de determinação foram também encontrados por Schneider e Silva
(1979) na seleção de modelos para espessura de casca de Acácia Negra (Tabela 25).
EQUAÇÃO R²
117
Biometria Florestal
dsc = dcc − 2 ⋅ b ,
Com valores de dsc e dcc , pode-se calcular o fator de casca (K) médio para
uma série de dados pelas expressões a seguir:
K=
(dcc ⋅ dsc ) , portanto K=
dsc
2
dcc dcc
também.
Sendo determinado o fator de casca (K), pode-se obter dsc a partir de
dsc = dcc ⋅ K .
118
Biometria Florestal
b = 1 2 (dcc − dsc ) ;
b = 1 2 (dcc − K ⋅ dcc ) ;
b = 1 2 dcc (1 − K )
O mesmo valor médio de K pode ser usado para obter o volume cúbico de
casca ( v b ) e volume cúbico de madeira sem casca (v cc ) a partir do volume cúbico com
casca (v cc ) .
π d cc2 π d sc2
vcc = ⋅L e vsc = ⋅L
4 4
π ⋅ (dcc ⋅ K )
2
v sc = ⋅L
4
v b = v cc − v sc
v b = v cc − K 2 ⋅ v cc
(
v b = v cc ⋅ 1 − K 2 * ) e, em percentagem, tem-se:
(
v b (%) = 1 − K 2 ⋅ 100 )
119
Biometria Florestal
( )
v b = 0,8 ⋅ v cc ⋅ 1 − K 2 .
O fator 0,8 não deve ser usado indiscriminadamente para outras espécies, sendo
necessário estudar a necessidade e o valor do fator de correção a ser aplicado.
poderá ser linear ou aproximadamente linear com intercepto zero ou próximo a zero,
assumindo, a equação de regressão, a forma dsc = K ⋅ d , onde (K = b1 ) .
Segundo Husch et al. (1982) a magnitude do fator varia com a espécie, idade
e sítio, sendo que a maior variação ocorre em relação à espécie.
Na apresentação do fator de casca (K), este foi considerado constante para
todas as alturas; embora, para muitas espécies, esses fatores de casca não são
freqüentemente os mesmos na base e na parte superior da árvore, devendo-se, nesse
caso, usar regressão múltipla para descrever o fator. Na Tabela 26, são apresentados,
como exemplo, os fatores de casca e erro (%), considerando-se o fator de casca médio
para diferentes espécies e regiões.
120
Biometria Florestal
TABELA 26 - Fatores de casca (K) e erro (%) para diferentes espécies e regiões
(Schneider e Silva,1979)
121
Biometria Florestal
dcc 2b
30,8 2,2
14,7 1,1
24,8 1,2
20,0 0,8
21,7 1,1 (dcc ⋅ dsc ) = 7.179,2
2
7,9 0,4 dcc = 7.628,93
15,8 1,1 K = 0,9411
12,7 1,3
18,6 1,0
17,0 1,0
26,1 0,8
28,1 1,7
10,6 0,6
6,1 0,4
29,4 1,6
15,1 0,8
21,5 2,3
22,0 1,2
11,4 0,7
9,0 0,3
122
Biometria Florestal
10 TABELAS DE VOLUME
10.1 Introdução
123
Biometria Florestal
124
Biometria Florestal
TABELA 28 - Modelos para determinação de tabelas de volume local (Loetsch et al., 1973)
MODELO AUTOR
v = b0 + b2 d2 Kopezky-Gehrhardt
v = b1 + b2 d2 Dissescu-Meyer
v = b0 + b1 d + b2 d2 Hohenadl-Krenn
v = b0 ⋅ b1 Husch,1952
v = b0 ⋅ db1 ⋅ (1 d)
b2
Brenac
125
Biometria Florestal
MODELO AUTOR
v = d2 (b0 + b1 h) Ogaya
v = b0 + b1 d + b2 d2 + b3 dh + b 4 d2h Meyer
( )
v = b0 d2h
b1
Spurr (variável
combinada logarítmica)
v = b0 ⋅ db1 ⋅ hb 2 Schumacher-hall
outras, como o cociente de forma de Girard, o qual serve de variável de seleção da tabela
a ser usada.
126
Biometria Florestal
MODELO AUTOR
v = b1 d 2 + b 2 d 2 h + b 3 dh 2 + b 4 h 2 + b 5 d 2 hc Näslund
v = b1 d 2 + b 2 d 2 h + b 3 dh 2 + b 4 h 2 hc + b 5 dhB Näslund
v = b1 d 2 + b 2 d 2 h + b 3 dh 2 + b 4 h 2 + b 5 dhB Näslund
v = b 0 + b1 Kd 2 h = b 0 + b1 di d h Spurr
v = b 0 + b1 K + b 2 d 2 h + b 3 Kd 2 h Spurr
v = d 2 h (b 0 + b1K + b 2 ⋅ 1/ Kh ) Schiffel
v = b 0 + b1 d 0,5h ⋅ dh Ogaya
(
v = π / 4 ⋅ b 0 d 2 h + b1 d 0,3h + b 2 h 2 ) Pollanschutz
v = b 0 + b1 d + b 2 h + b 3 d 7 + b 4 dh + b 5 d 2 + b 2 h 2 + (Schmid)
b 7 d 72 + b 8 hd 72 + b 9 d 2 d 7 + b10 dh 2 d 7
127
Biometria Florestal
v = b 0 ⋅ (di ⋅ dh)
b1
Classe de forma
logarítmica de Spurr.
h = altura total;
h C = altura do ponto de inserção da copa;
128
Biometria Florestal
n / classe = t 2 ⋅ S 2 E 2
_
Onde: E = erro admitido ( E = LE% ⋅ X );
S 2 = variância;
t = valor de “ t ” tabelado;
LE = limite do erro admitido;
_
X = volume médio.
129
Biometria Florestal
130
Biometria Florestal
dap (cm) VOLUME (m³ cc) dap (cm) VOLUME (m³ cc)
8 0,030 26 0,664
10 0,042 28 0,815
12 0,067 30 0,925
14 0,106 32 1,040
16 0,160 34 1,233
18 0,253 36 1,365
20 0,313 38 1,503
22 0,413 40 1,647
24 0,530 42 1,897
131
Biometria Florestal
TABELA 32 - Tabela de volume com casca para Eucalyptus saligna, primeira rotação -
tabela de dupla entrada (Finger,1997)
cont...
Obs.: Para ver a continuidade da tabela, consultar Finger(1997).
132
Biometria Florestal
11 RELASCOPIA
11.1 Introdução
circular, dividido em duas partes por uma linha horizontal, denominada de linha de
pontaria, ou linha de mira (Figura 57a). Através do semicírculo superior, observar os
objetos, enquanto, na parte inferior, aparecem as escalas formadas por um conjunto de
faixas brancas e pretas, cortadas pela linha horizontal de pontaria.
135
Biometria Florestal
136
Biometria Florestal
138
Biometria Florestal
. d2 / 4
Gu.a = G / S = 2
= 1 / 4 (d / R )2
. .R
G = 10 4.1 / 4 (d / R )2 .
K = 10 4.1 / 4 (d / R )2 .
139
Biometria Florestal
G / u.a = 1 / 4 (d / R )2. N .
Expressando-se a área basal por hectare, tem-se:
G = 10 4. 1 / 4 (d / R )2. N .
G = K .N,
140
Biometria Florestal
K = 10 4.1 / 4 (d / R )2 .
1/ 4
d/R = , portanto, d / R = 1 / 200 .
50
K = 10 4.1 / 4 (1 / 200)2 ,
K = 1 / 16.
3/4
d/R = → d / R = 3 / 200 .
50
K = 9 / 16.
142
Biometria Florestal
Para cinco faixas estreitas, o K pode ser calculado com base na banda 4,
que possui largura equivalente a oito faixas estreitas e d / R = 5 / 200 . Portanto:
5/8
d/R = → d / R = 5 / 200 .
25
K = 10 4.1 / 4 (5 / 200 )2 ;
K = 25 / 16.
Se em vez de uma ACA com banda 1 forem tomadas duas com a banda 2,
obter-se-á melhor recobrimento da área.
Com o mesmo raciocínio, melhores resultados serão obtidos se, em vez de
duas ACA com banda 2 forem tomadas quatro ACA com a banda 4, regularmente
distribuídas pelo povoamento.
Assim, se em uma ACA forem contadas vinte e sete árvores com a banda 1,
nesta mesma área serão encontradas treze árvores se o levantamento for efetuado com a
banda 2.
O mesmo raciocínio é válido para a banda 4 e as bandas de quatro quartos.
G = K .N.
Desse modo, para realizar uma ACA, basta fazer um giro de horizonte, no
sentido anti-horário, em torno de um ponto fixo, onde se situa o operador, visar e contar
todos os dap’s das árvores, classificando-os segundo o ângulo de visada da seguinte
forma:
a) árvore com dap maior que o ângulo alfa (Figura 59 a);
b) árvore com dap menor que o ângulo alfa (Figura 59 b);
c) árvore com dap igual ao ângulo alfa (Figura 59 c).
As árvores com dap maior que o ângulo alfa são contadas e recebem o
valor 1 (um).
As árvores limites devem ter suas distâncias horizontais controladas.
As árvores com dap menor que o ângulo alfa são desconsideradas ou
recebem o valor zero.
145
Biometria Florestal
Caso uma árvore não possa ser visualizada por se encontrar exatamente
atrás de outra, deve-se medir o diâmetro da mesma com a suta e, após, colocá-la com a
abertura igual ao diâmetro medido em posição onde possa ser visualizada, conservada a
distância do observador à árvore (centro da árvore), como ao lado da árvore, sendo então
definida a inclusão ou não desta pela visada na suta.
Na Figura 60, estão representadas as situações de contagem das árvores
durante a execução de uma ACA com a banda 4 (bandas 1 e 4/4 tomadas em conjunto),
segundo a classificação apresentada na Figura 59 a, b, c.
isolando R, tem-se:
R = d . 25;
R = 40 × 25 = 1.000 cm = 10,0 m.
Conclui-se que a árvore deve ser incluída na ACA, pois a distância do centro
da mesma até o observador é maior que a distância de controle. Isto implica que, à
distância de 10,0 m tem-se uma abertura de 40,0 cm para o ângulo da banda 4. Como a
árvore tem 40,0 cm de dap e se encontra exatamente a 9,86 m, nesta posição o diâmetro
da árvore é maior que o ângulo. Assim, pode ser afirmado que a distância ótica (obtida
pelo produto do ângulo crítico e o dap) é a distância na qual a abertura do ângulo crítico é
igual ao diâmetro; e, para qualquer distância menor, o dap será maior que a abertura do
ângulo, satisfazendo o critério de seleção.
Com a mesma relação d/R, é possível calcular o diâmetro que corresponde
ao ângulo de visada da banda em questão a uma distância igual a distância no terreno.
Assim: d / R = 1 / 25 ;
d / 9,86 = 1 / 25 ;
d = 39,44 cm .
149
Biometria Florestal
Para esse fim, foi construída uma base de 2 m de comprimento que será
fixada verticalmente no tronco da árvore através de dois pinos.
Na falta dessa base, pode-se usar uma vara, bambu ou mesmo uma fita
métrica. É necessário que essa base, além do comprimento de 2 m, tenha marcada, de
forma visível, as extremidades e o centro.
Com a base vertical fixada à árvore, o medidor afasta-se da árvore até atingir
um ponto provisório de estação mais ou menos igual à distância procurada.
Segurando o aparelho em posição normal, faz uma visada ao ponto central
da base vertical de modo que a linha de visada sobreponha exatamente o centro da
mesma.
Esta posição será rapidamente obtida, comprimindo e soltando o botão das
escalas.
Após, o medidor imprime ao aparelho uma rotação de 90°, no sentido anti-
horário, ficando a linha de pontaria na posição vertical, como demonstrado na Figura 62.
150
Biometria Florestal
Segundo Silva (1977), pelo princípio da ACA, resulta que cada árvore
contada representa uma quantidade de área basal em metros quadrados por ha,
correspondendo ao fator de numeração K utilizado. Caso seja contada apenas uma árvore
de área basal (g) com fator K, a área basal será dada por:
151
Biometria Florestal
1 × K = G m2 / ha .
ni = K gi .
n m
N ha = K n . . 1 gij ;
j =1 i =1
152
Biometria Florestal
A medição das alturas com o relascópio segue o mesmo princípio usado pelo
Blume-Leiss, Haga e Suunto, ou seja, da resolução de tangentes de ângulos (cf. as
Figuras 18, 19, 20).
Para a medição de altura, as leituras são realizadas nas escalas
hipsométricas, sendo que os valores lidos, como no Blume-Leiss, representam o produto
da tangente do ângulo pela distância. Entretanto, com o relascópio, não será necessário
realizar nenhuma correção de declividade, pois as escalas de distância já foram reduzidas
pelo cosseno do ângulo de inclinação do terreno, devendo-se, neste caso, para auferir
esta vantagem, determinar a distância do observador à árvore com o uso de aparelho e
não com trena.
O aparelho apresenta escalas de tangentes para as distâncias fixas de 20,
25 e 30 metros. Na determinação das alturas a 15 metros de distância, usa-se a escala de
30 m para realizar a leitura e divide-se o resultado por dois.
O procedimento de campo consiste em determinar a distância horizontal
entre o observador e a árvore a ser medida (processo ótico) e realizar as medições na
escala de tangente correspondente. Nessa escala, os valores gravados são a tangente do
ângulo de inclinação multiplicado pela distância, sendo as alturas lidas diretamente em
metros.
Como em qualquer operação com o relascópio, a medição é realizada
sempre sobre a linha de pontaria.
153
Biometria Florestal
Considerando que o ângulo crítico desta banda é 1/50, pois a soma das
quatro bandas estreitas é igual a banda 1; a metade desta será 1/100 e um quarto da
metade será de 1/200.
Dessa forma, verifica-se que a metade da banda 1 fornece uma largura em
centímetros, que corresponde a uma distância horizontal em metros de mesmo valor
absoluto, pois sendo o ângulo crítico igual a 1/50, tem-se, conforme descrito para a
metade da banda 1, d / R = 1 / 100 .
Por este princípio, fica fácil determinar os diâmetros a qualquer nível do
tronco. Por exemplo, o valor da banda de 4/4 e cada uma de suas faixas em uma distância
horizontal de 20,0 m será dada por:
d / R = 1 / 50
d / 20 = 1 / 50 d = 20 / 50 = 0,40 m
40,0 cm / 4 = 10,0 cm
154
Biometria Florestal
10 10
15 15
20 20
25 25
30 30
d / R = 1 / 25 → banda 4
logo: d = R / 25 = 20 / 25 = 0,80 m .
155
Biometria Florestal
Assim, na Figura 63, o diâmetro a 1 m do solo foi coberto por cinco faixas
estreitas (banda 1 + 1 faixa estreita), sendo seu valor igual a 5 x 10,0 = 50,0 cm.
Na segunda leitura, o aparelho foi inclinado até a posição onde, na escala
hipsométrica de 20,0 m, foi lido o valor 5. Nessa posição, 4,5 faixas estreitas cobriram o
diâmetro da árvore, correspondendo a 45 cm (4,5 x 10,0 = 45 cm).
156
Biometria Florestal
d / R = 1 / 25 ∴ d = 16,5 / 25 = 0,66 m ;
157
Biometria Florestal
16,5
x = −1,2 × = −0,99 m.
20
Logo:
valor corrigido
Valor lido =
fc
Como na base da árvore foi lido o valor de –1,20 m, a posição do dap será
encontrada quando a linha de visada estiver apontando para o valor de 0,38 m; ou seja,
1,58 m – 1,20 = 0,38 m; o que corresponde a uma distância de 1,3 m a partir da base da
árvore.
158
Biometria Florestal
Sendo a altura de Lorey a altura média obtida pela ponderação das alturas
das árvores com as respectivas áreas basais, ou também dita da ponderação da área
basal correspondente ao centro de classe e à altura média da classe, sua determinação
na relascopia é muito fácil, pois será expressa pela média aritmética das alturas conforme
demonstrado a seguir.
n
hi.gi
i =1
Sendo G = K . N e sendo a altura de Lorey dada por: hL = n
pode-se escrever
gi
i =1
n
hi.gi
para o hectare que: hL = i =1 .
G
Sendo válido para a relascopia que G = K . N , ou seja, cada árvore
selecionada como pertencente à ACA, independente de seu dap, representa a mesma
área basal “K” por hectare; assim, a hL será expressa por:
n n
hi . K hi −
h . K + h2 . K + ......... + hn . K i =1 i =1
hL = 1 = = = h
K + K + ........ + K n.K n
159
Biometria Florestal
A altura formal é obtida pelo produto do fator de forma e altura (f x h), sendo
relascopicamente determinada a partir da altura diretriz de Pressler, utilizando-se uma das
seguintes relações, conforme Figura 64.
160
Biometria Florestal
fh / d = (L1 + L 2 ) ⋅ 2 / 3 ;
fh / d = (2 + 52) ⋅ 2 / 3 ;
fh / d = 54 ⋅ 2 / 3 ;
fh / d = 36,0 altura formal relativa .
161
Biometria Florestal
fh = fh / d × d ;
fh = 36,0 × 0,265 m ;
fh = 9,54 m ≅ 9,5 m .
FH = (V / G) = (g × fh) / g
fh / d
f=
h/d
*
Os sinais “- e +” diante das alturas lidas representam, respectivamente, alturas lidas abaixo e acima de zero (referencial
da linha do horizonte) e servem apenas para indicar a situação do observador no terreno (veja as Figuras 18, 19 e 20).
162
Biometria Florestal
b) a2 = 58 + 2 S ;
c) a1 = 68 + 2 S .
163
Biometria Florestal
Para fins de exemplo, suponha uma floresta com 676,0 ha, na qual serão
instaladas unidades relascópicas utilizando a banda 4, a intensidade de amostragem será
dada por:
a 4 = 48 + 2 676,0
a4 = 100 m de distância entre cada ACA .
a1 = 68 + 2 676,0 ;
a1 = 120 m entre cada ACA.
n = 10.000 / a2
164
Biometria Florestal
FP = FK / (FK − FS ) ;
Onde: FK = r 2 ⋅ ;
(
r = d ⋅ 50 / K , ) pois: K = 10 4 ⋅ (1 / 4 ) ⋅ (d / R )2 .
165
Biometria Florestal
K = 10 4 ⋅ (1 / 4 ) ⋅ (d / R )2 ;
4 = 2.500 ⋅ (0,595 / R )2
;
R = r = 14,875 m.
166
Biometria Florestal
( )
FS = 14,8752 ⋅ ⋅ (2 arc cos (8 / 14,875 ) / 360°) − 8 ⋅ 14,875 2 − 82 ;
FS = 121,5945 m2 .
FK = r 2 ⋅ ;
FK = 14,8752 ⋅ ;
FK = 695,1265 m2 .
FP = FK / (FK − FS ) ;
FP = 695,1265 / (695,1265 − 121,5945 ) ;
FP = 1,212 .
G = K ⋅ FP ;
G = 4 × 1,212 ;
G = 4,848 m2 / ha .
Logo esta árvore não representa 4,0 m2 , como normalmente (fator de área
167
Biometria Florestal
168
Biometria Florestal
h h
f = 0,32744 + 34,98243 / d2 + 0,25389 ⋅ − 4,41335 ⋅ 2 ;
d d
e
h = 4,83514 + 0,92411 ⋅ d .
TABELA 37 - Cálculo dos volumes por medição completa dos diâmetros e alturas em
uma ACA
169
Biometria Florestal
G / ha = 4 × 9 = 36 m2
h h
1 – f = 0,32744 + 34,98243 / d2 + 0,25389 ⋅ − 4,41335 ⋅ 2
d d
2– 4 ((0,125 2
× ) 4) = 325,9 árvores
e, sendo o fator de forma médio obtido para a árvore de área basal central “dz” cujo
diâmetro é 25,5 cm e a altura 28,5 m foi de 0,47005.
A árvore de diâmetro de área basal central dz é facilmente identificada pela
eliminação sucessiva dos pares de dados de menor e maior diâmetro; neste caso como:
12,5; 15,7; 18,9; 22,3; 25,5; 26,4; 28,2; 30,9; 31,0;
dz = 25,5 cm
170
Biometria Florestal
h = b0 + 0,92411× d ;
b0 = h − 0,92411× b ;
b0 = 4,935195 .
171
Biometria Florestal
árvores da ACA (Tabela 39), pois cada árvore selecionada representa 4 m² de área basal
por hectare .
hPoll = (34,0 + 30,0 + 34,0 ) / 3 = 32,7 m
Árv. Núm. d h
01 12,5
02 22,3
03 30,9 34,0
04 28,2 30,0
05 18,9
06 25,5
07 31,0 34,4
08 15,7
09 26,4
172
Biometria Florestal
b) Volume tabelado:
c) Grau de estoqueamento:
d) Volume / ha :
173
Biometria Florestal
174
Biometria Florestal
175
Biometria Florestal
d h n n ng ng n.g.h
−
12.1.1 Diâmetro médio aritmético ( d )
176
Biometria Florestal
177
Biometria Florestal
De acordo com a Figura 66, desbastes por baixo elevam o valor do diâmetro
médio, ocorrendo o inverso quando o desbaste for pelo alto.
Considerando os dados apresentados na Tabela 41, mensurados em uma
unidade amostral, o diâmetro médio aritmético será:
−
d = ((15 × 9 ) + (22 × 11) + ..... + (1 × 25 )) / 254 = 15,3 cm .
n
− gi −
g= i =1
e g = (π / 4 ) ⋅ d 2g ,
n
−
onde: g = média aritmética da área basal;
n = número de árvores;
d g = diâmetro da árvore de área basal média.
Portanto:
−
4 − 4⋅g
⋅ g = d 2g e, dg = .
π π
n
d i2
i =1
dg = .
n
178
Biometria Florestal
aritméticos. Da relação existente entre média aritmética, média geométrica e desvio padrão,
é possível demonstrar que (Figura 67):
−
FIGURA 67 – Relação entre d g , d e S.
d 2g = d 2 + S 2 ,
dg = (d 2
)
+ S2 .
−
A equação indica ser o d g sempre maior do que d , e que esta diferença
179
Biometria Florestal
dg =
(9 2
) ( )
× 15 + 112 × 22 + ...... + (25 ) × 1
2
= 15,7 cm ,
254
n
x2 −
( x)
2
S2 = i =1 n ,
n −1
( ) ( ) (
x 2 = 9 2 × 15 + 112 × 22 + ..... + 25 2 × 1 = 62.294 , )
3892 2
62.294 −
S2 = 254 = 10,504061 ,
253
logo:
180
Biometria Florestal
181
Biometria Florestal
d− = d − S ,
d+ = d + S .
182
Biometria Florestal
−
12.2.1 Altura média aritmética ( h )
− n
h = 1/ n . hi .
i =1
183
Biometria Florestal
− h − + h+
h= ,
2
onde: h− e h+ são as alturas das árvores d− e d+ de Hohenadl tomadas sobre a relação
hipsométrica.
2
1
h = 1,3 + = 18,3 m.
0,13271 + 1,67671 / 15,3
A diferença entre 17,9 m, obtido com os valores da tabela, e 18,3 m obtido com
a relação hipsométrica, deve ser atribuída ao ajuste da equação matemática.
diâmetro (dg). Essa altura é também determinada pela curva de relação hipsométrica.
184
Biometria Florestal
hg = 18,7 m.
hW = 19,0 m.
hZ = 19,6 m.
185
Biometria Florestal
hL =
(g1 ⋅ h1 ) + (g2 ⋅ h2 ) + .... + (gn ⋅ hn ) =
gi ⋅ hi
,
g1 + g2 + .... + gn gi
hL =
(n1 ⋅ g1 ⋅ h1 ) + (n2 ⋅ g2 ⋅ h2 ) + ..... + (nZ ⋅ gZ ⋅ hZ )
,
gi
ou seja:
k
ni ⋅ gi ⋅ hi
hL = i =1
k
,
ni ⋅ gi
i =1
186
Biometria Florestal
hL =
((11,5 × 0,0954 ) + (13 × 0,2091) + .... + (28 × 0,0491)) = 93,9439 = 19,2 m .
(0,0954 + 0,2091 + .... + 0,0491) 4,8926
187
Biometria Florestal
h100 .
h100 = 23,9 m.
Essa altura pode também ser definida como a altura de Lorey das 100 maiores
árvores por hectare, assim:
188
Biometria Florestal
A altura média aritmética das 15 maiores árvores também pode ser usada para
representar a altura dominante de Assmann.
h100 = 23,5 m.
g20% = 0,0313 m2 .
189
Biometria Florestal
h20% = 22,6 m.
Calculando com a fórmula de Lorey, a altura média das 20% maiores árvores,
tem-se:
h20% =
(1,3744 + 2,1439 + 12,6352 + (21,9451 / 36 ) × 31,8) ,
(0,0491 + 0,0831 + 0,5542 + (1,0207 / 36 ) × 31,8)
h20% = 22,4 m
12,0 m 2 − 10.000
x − 1.500
x = 1,8 m 2 .
Verifica-se que a área basal das classes 25 a 19 somam 1,7071, faltando ainda
0,0929 m2 que pertencem à classe 17 para atingir o valor de área basal correspondente.
190
Biometria Florestal
191
Biometria Florestal
192
Biometria Florestal
na ponta fina, visando a descontar a parte relativa às costaneiras (Silva e Paula Neto,
1979).
Para qualquer método de cálculo do volume comercial, a percentagem de
aproveitamento da tora será dada pela relação entre o volume esquadrejado ou
descontado e o volume da tora.
Assim, sendo A(%) = percentagem de aproveitamento da tora; Ve = volume
esquadrejado; Vr = volume rigoroso da tora calculado, por exemplo, por Smalian ou
Huber tem-se:
193
Biometria Florestal
Ve = (D1 − 2 ⋅ n) ⋅ (D2 − 2 ⋅ n) ⋅ L ,
194
Biometria Florestal
Ve = 1 / 2 . d2 . L ,
O lado do quadrado inscrito na face da tora, como mostra a Figura 70, pode
ser determinado pela relação de Pitágoras.
Considerando-se o triângulo dSS inscrito em um círculo, tem-se:
d2 = S2 + S2 ,
d2 = 2 . S2 ,
S2 = d2 / 2 ,
195
Biometria Florestal
S= (d / 2) .
2
Logo:
v = S2 ⋅ L ,
v = d2 / 2 ⋅ L .
196
Biometria Florestal
v f = (C / 4 )2. L ,
fc = v f v c ,
v f = volume de Frankon em m3 ;
v c = volume do cilindro em m3 .
C2 1
⋅L
(C / 4)2 ⋅ L
fc = 2 =
2
fc = 4 2 = 4 =
π
= 0,7854 ,
C /[4 ⋅ π] ⋅ L C 1 4
⋅L
4⋅π π
Portanto,
v f = 0,7854 . v c ,
v f = 0,7854 ⋅ g ⋅ L .
197
Biometria Florestal
v f = (C 5 )2 ⋅ L , portanto, fc = 0,5026 ,
v f = (C 6 )2 ⋅ L , portanto, fc = 0,3490 .
Vol. serrado = v r . fa ,
v r = (g1 + g2 ) / 2 . L ,
198
Biometria Florestal
ou também
pois, como mencionado no início deste capítulo, uma dúzia de tábuas apresenta um
199
Biometria Florestal
D = diâmetro da tora;
e = espessura do laminado;
L = comprimento.
v l = ⋅ D2 / 4 . L − ⋅ d2 / 4 . L ,
(
v l = 0,7854 . L D2 − d2 , )
onde: D = diâmetro da tora na ponta fina;
d = diâmetro mínimo laminável;
q = (v l / L ) / e ,
S = q.L.
200
Biometria Florestal
O fator de cubicação (Fc) pode ser interpretado como um fator de forma para
a pilha, pois reduz o volume aparente para o volume sólido. Este fator pode ser
determinado por diversos métodos que serão descritos a seguir.
201
Biometria Florestal
V= h. p. L.
O fator de cubicação (FC) é, então, dado pela razão entre o volume sólido
da pilha e o seu respectivo volume aparente empilhado, ou seja:
. FC = Vr / Va
Classe de dap Fc
5 – 9,9 0,52
10 – 14,9 0,61 −
FC = 0,67
15 – 19,9 0,66
20 – 24,9 0,71
25 – 29,9 0,71
30 – 35,0 0,71
202
Biometria Florestal
FC = 56 / 100 = 0,56 .
A explicação para este fato está na teoria da relascopia onde o fator de área
basal para superfícies circulares é:
K = sen2 ∞ / 2
sen ∞ / 2 = (0,5 . d) / (5 . d) = 0,1 portanto,
203
Biometria Florestal
204
Biometria Florestal
O autor cita que o valor da constante na fórmula, 0,0728, foi apresentado por
Matheron, em 1985, e introduzida na literatura florestal por Bouchon (1975)¹ e
Chevrou(1979)².
O coeficiente de variação, baseado na área A e no número de pontos
contados na fórmula anterior foi apresentados por Gunderren e Jensen (apud Garcia
1995), pela expressão:
P 0,5
0,27.( )
τ A
CV = = 3
.
A N 4
P
O coeficiente tem um mínimo de 2 π para círculos e alcançam 33
A
3
para figuras de forma heterogênea; o que reflete no CV em amplitude entre 0,5 N 4
à
3
1,5 N 4
.
205
Biometria Florestal
206
Biometria Florestal
p peso seco
DB = = ,
V volume verde
P− p
TU % = .100 ,
p
207
Biometria Florestal
208
Biometria Florestal
14.1 Incremento
209
Biometria Florestal
ICA = y (m ) − y (m −1) ,
IP = y ( m ) − y ( m −n ) ,
y(m )
IMA = ,
m
m = idade.
210
Biometria Florestal
n = período de tempo.
211
Biometria Florestal
212
Biometria Florestal
senil
adulta
juvenil
As curvas dos incrementos corrente anual (ICA) e médio anual (IMA) podem
ser derivadas da curva de crescimento para idades escolhidas, “plotando-se” os
incrementos sobre a idade. Analiticamente, podem ser obtidas pela função diferencial da
curva de crescimento; ou seja, a derivada primeira da função de crescimento descreve o
incremento corrente, e a derivada segunda, o incremento médio.
Observando-se a Figura 75 (b), verifica-se que o IMA culmina quando é igual
ao ICA e que, quando o ICA culmina (ponto de máxima aceleração de crescimento),
ocorre a inflexão na curva de crescimento.
É importante lembrar que cada espécie e cada fase de desenvolvimento
apresenta um tempo fisiológico diferente. Assim, por analogia, uma árvore de Pinus
poderá ser fisiologicamente bem mais velha que uma Araucaria de mesma idade, pois o
Pinus desenvolve-se mais rapidamente que a Araucaria (Figura 76).
As medições para a construção das curvas de crescimento são, em geral,
feitas através de inventário em parcelas permanentes e/ou análise de tronco. Quando
forem usadas parcelas permanentes, deve-se ter os pontos de medição marcados em
cada árvore (dap) para se obter maior precisão nas estimativas.
213
Biometria Florestal
214
Biometria Florestal
Burk (1992) apud Kiviste (2002), que o modelo mostre estimativas com comportamento
lógico. Por exemplo, que a curva de altura passe pela origem e que o diâmetro seja zero
quando a altura atingir 1,3 m; que tenha base biológica, isto é, seja derivada do
conhecimento teórico sobre a variável. Outra característica desejável é que o modelo
tenha bom ajuste e precisão a diferentes conjuntos de dados.
Segundo Assmann (1961), o estudo da produção deve quantificar o
crescimento da floresta na dependência do tempo, do sítio e de interferências técnicas e
econômicas. Entretanto, deve ser observado que os conceitos de leis de crescimento
emitidos são apenas relações biológicas que se diferenciam das leis físicas clássicas em
dois sentidos:
Estocástico: tratam-se de relações mais ou menos fracas, nas quais a
formulação matemática não é facilmente reconhecida;
As condições biológicas apresentam-se complexas e são facilmente
alteradas.
A descrição matemática do crescimento pode ser feita, em geral, com uma
função apropriada, empregando-se as técnicas de regressão múltipla, linear ou não-linear.
Diversos autores abordam o ajuste de modelos matemáticos a dados de crescimento,
dentre os quais destacam-se: Stevens (1951); Gomes (1953); Patterson (1956); Richards
(1959); Prodan (1968); Rawat e Franz (1973); Sterba (1974), Schneider (1984), Finger
(1991).
Kiviste et al. (2002) estudaram 74 modelos matemáticos mais empregados
na descrição do crescimento, classificando-os em oito grupos distintos.
Alguns modelos empregados para descrever o crescimento são: função
alométrica, função exponencial, função de Gram, função de Korsun, polinômio do 30 grau,
função de Backman, função de Mitscherlich e função de Richards.
Y = b0 . t b2 ,
215
Biometria Florestal
Essa função passa pela origem, é sempre crescente (não apresenta ponto
de máximo), não tem ponto de inflexão e nem assíntota.
b t
Y = b . e ,
1
0
A função não tem ponto de máximo, não passa pela origem, não tem ponto
de inflexão e nem assíntota.
(b 0 + b 1 ln t + b t )
Y = e 2
,
A função não passa pela origem, mas apresenta ponto de máximo, ponto de
inflexão e assíntota.
216
Biometria Florestal
(b 1 ln t + b 2 ln 2 t )
Y = A .e ,
apresenta-se:
(
Y = A 1−e(b0 +b1t +b2 t )
2
)
.
ln {(A − Y ) / A} = b0 + b1 t + b2 t 2 .
O polinômio de terceiro grau é outro modelo que pode ser ajustado para
descrever o crescimento em função da idade através do método de mínimos quadrados.
Y = b0 + b1 t + b2 t 2 + b3 t 3 ,
A função não passa pela origem, não tem assíntota, mas apresenta máximo
e ponto de inflexão.
217
Biometria Florestal
A função não passa pela origem, tem assíntota, apresenta máximo e ponto
de inflexão.
A integração desta função é, em essência, a função de crescimento de
Petterson, que corresponde à integral da distribuição de Gauss (Prodan,1968).
A função de Backman, também denominada lei de Backman, formulada com
base na observação de que um ser vivo apresenta, em seu desenvolvimento, três fases
distintas: juventude, adulta e senil, baseia-se no tempo biológico e não físico,
apresenta o seguinte enunciado:
218
Biometria Florestal
Idade h ICA %
• • • •
219
Biometria Florestal
{
Y = A . 1 − 10 − C(t + b ) , }
(
Y = A . 1− b . e−Kt )(
1 / 1−m)
,
220
Biometria Florestal
(
Y = A . 1 − e − Kt )(
1 / 1− m )
.
221
Biometria Florestal
222
Biometria Florestal
223
Biometria Florestal
15 ANÁLISE DE TRONCO
224
Biometria Florestal
225
Biometria Florestal
⇐ Crescimento do ano de
2001.
226
Biometria Florestal
Algumas vezes esta diferenciação torna-se difícil para o medidor, que fica
em dúvida para a sua caracterização. A certeza da inclusão ou exclusão do anel de
medição poderá ser obtida por ocasião do traçado de perfil longitudinal da árvore e/ou
quando da comparação/união dos anéis sucessivos em diferentes níveis de medição.
.
15.2.1 Amostragem
227
Biometria Florestal
Quando algum fator impedir a retirada da fatia nesta posição, esta deve ser
retirada em posição tal que ainda permita conter todos os anéis de crescimento, o que só
é conseguido na parte inferior do tronco, próximo ao solo.
228
Biometria Florestal
A prática tem demonstrado que fatias finas racham com mais facilidade e
fatias muito grossas são mais difíceis de secar e de manusear. Assim, normalmente são
empregadas fatias com espessura entre 3,0 a 5,0 cm.
229
Biometria Florestal
230
Biometria Florestal
A medição dos anéis é feita em cada uma das fatias sobre raios traçados a
partir da medula.
À medida que se aumenta o número de raios, obtém-se maior precisão na
estimativa da dimensão média, porém, na prática, o aumento excessivo do números de
raios medidos pode não apresentar grandes vantagens.
Em pesquisa para determinação da área basal e dos diâmetros a cada nível
de medição, são tomados quatro raios perpendicularmente dispostos. A média aritmética
dos raios medidos fornece o estimador do raio ou diâmetro da fatia em uma determinada
idade.
Prodan (1965) recomenda a marcação de quatro (ou oito) sobre os quais
serão medidos os anéis de crescimento. O processo inicia com o maior raio da secção (r
máx), tomando-se a medula como centro. A partir do maior raio serão marcados dois
outros, formando um ângulo de 45° com r máx e deles projetados outros dois em sentidos
opostos.
A determinação do incremento com a medição sobre vários raios é
justificada, pois a largura dos anéis pode variar em uma ou mais direções no tronco.
Nas espécies em que os anéis de crescimento não são bem definidos,
pode-se usar produtos químicos para melhorar a visualização do conjunto – lenho
primaveril e outonal. Esses produtos são, por exemplo, Fuccina 1%, azul de metileno;
Floroglucinol em mistura com ácido clorídrico; e Vermelho do Congo à base de sódio de
potássio.
231
Biometria Florestal
De posse da altura total da árvore, das alturas das quais foram retiradas as
fatias e das dimensões dos anéis, pode-se construir o perfil longitudinal da árvore.
Para isso, usa-se papel milimetrado, sobre o qual é marcado um sistema de
eixos coordenados. Em geral, é utilizada uma escala maior no eixo vertical e uma escala
menor no eixo horizontal; como, por exemplo, 1:30 e 1:100, respectivamente.
O eixo y será considerado como a medula da árvore, no qual serão
marcadas as alturas onde foram retiradas as fatias de madeira e a altura total.
232
Biometria Florestal
Sobre cada posição da fatia, será marcado o raio médio, obtido pela média
aritmética dos quatro raios medidos, à esquerda e à direita da medula, formando, assim,
o diâmetro em cada idade e posição do tronco. Após marcado o diâmetro de todos os
anéis em cada nível de medição (fatia), une-se os pontos de forma a completar cada anel
ao longo do eixo da árvore.
A união dos pontos é iniciada externamente, isto é, pelos pontos da casca,
se tiver sido medida, e aí, sucessivamente, para o interior da árvore (direção da medula).
A determinação do ponto em que termina cada anel na porção superior do
tronco em cada idade é feita tomando-se uma paralela ao anel externo anteriormente
traçado.
Completado o traçado do perfil, com a determinação do ponto exato do
término de cada anel, pode-se ler, no gráfico, a altura alcançada pela árvore em cada ano
(Figura 81).
O cálculo dos raios médios, bem como o traçado do perfil longitudinal da
árvore pode ser facilmente feito em computador e plotter.
233
Biometria Florestal
234
Biometria Florestal
Onde FFCOM = fator forma artificial; FFHOH = fator forma natural; DHOH = diâmetro natural d0,1h.
235
Biometria Florestal
15.3.1 Amostragem
236
Biometria Florestal
237
Biometria Florestal
id = 2/ n
em percentagem,
pd = 2/ (n . d) x 100
pg = 4/ (n . d) x 100 ,
238
Biometria Florestal
239
Biometria Florestal
16 DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA
240
Biometria Florestal
< 50 5 10
100 8 16
200 10 20
300 12 24
500 15 30
>1.000 20 40
nc = 1 + 3,3 log n,
241
Biometria Florestal
tenderá a ser mais evidente quanto maior for o intervalo de classe considerado e menor
a freqüência de árvores incluída na referida classe. Por outro lado, tenderá a ser
desprezível com a inclusão de um grande número de árvores na classe em decorrência
da anulação dos erros de excesso e falta.
242
Biometria Florestal
243
Biometria Florestal
244
Biometria Florestal
( x− µ )2
−
1 2σ 2
fx = e
2 πσ 2
2
+∞ − ( x − µ )
1
= = 1 ;
2
2 σ
A .e d x
− ∞ 2 πσ 2
245
Biometria Florestal
246
Biometria Florestal
( x − µ )2
−
1 2σ 2
Sendo:
fx = e
2 πσ 2
e,
σ = S = 2,31
µ = X = 13,22 e,
N = 233 tem-se:
( 8 − 13 , 22 ) 2
−
1 2 . 2 , 31 2
Y = e
2 π 2 , 31 2
Y = 0,01344
(x − x)
Z = (x - µ) / σ expresso por Z= ,
S
247
Biometria Florestal
x = média da amostra;
µ = média da população;
S = desvio padrão;
σ = desvio padrão da população.
248
Biometria Florestal
249
Biometria Florestal
250
Biometria Florestal
251
Biometria Florestal
1,08 ↔ 0,859929
x ↔ 0,86
1,09 ↔ 0,862143
252
Biometria Florestal
Loetsch et al. (1973) citam que o uso da Função Beta gera subestimativas
nas classes de maior diâmetro, ou seja, perto da extrema direita da distribuição devido ao
estreitamento do limite superior imposto pelo valor “b”.
Esta subestimativa pode ser contornada pelo aumento do valor de “b”. Este
aumento é justificado estatisticamente como um aumento de amostra, aumentando a
probabilidade da ocorrência de um diâmetro maior.
O valor de “b” será, então, obtido por:
b = (Xs + IC/ 2) + E,
e, na fórmula geral
Y= b0 + b1X1 + b2 X2,
onde: y = ln {f(x)};
X1 = log (x - a);
X2 = log (b - x).
254
Biometria Florestal
N2/ N1 = N3 / N2 = N4 /N3 = q
255
Biometria Florestal
Nj = k. e -β . di² .
Nj = k .e -β. di.
256
Biometria Florestal
ln Nj = ln k. -β . di ,
onde: Y = ln Nj;
x = di;
b0 = ln k;
b1 = β.
onde: p = probabilidade;
n = número de tentativas;
k = número de sucessos;
p = probabilidade de um sucesso;
q = probabilidade de insucesso;
q =(1 – p).
n n!
k ! (n − k ) !
A combinação de = nCk =
k
x = n. p,
S² = n. p. q.
x = n. p = 5. (4/10) = 2
P (4) = 0,0768,
P (5) = 0,0102.
P = 12/ 42 = 0,2857,
258
Biometria Florestal
q = 1 - p = 0,7143.
0 6
P(0,6) = 6! / (0! .(6 – 0)! ). 0,2857 . 0,7143
P(0,6) = 0,1328.
1 1 5
2 2 4
3 1 5
4 4 2
5 3 3
6 1 5
7 0 6
12 30
259
Biometria Florestal
S² = n. p. q
sendo:
S² = n. ( x / n). (1 – ( x /n)),
S² = x .
260
Biometria Florestal
n = 10,
p = 5/ 1000 = 0,005,
x = n. p,
x = 10. 0,005,
x = 0,05.
261
Biometria Florestal
262
Biometria Florestal
17 REVISÃO DE ESTATÍSTICA
17.1 Experimento
263
Biometria Florestal
17.3 Probabilidade
n
xi
j=1
x = ,
n
n = número de observações.
3,0 – 5,0 – 7,0 – 8,0 – 9,0 – 11,0 – 12, - 13,5 – 25,0 – 32,0
265
Biometria Florestal
n 2
( xi − x )
S2 = i =1
,
n −1
o que equivale a:
n n
2
xi − ( xi ) 2
i =1 i =1
S2 = ,
n −1
onde: S² = variância;
x i = variável aleatória;
x = média;
n = número de observações.
nc nc
2
( f i .x c ) − ( f i .x c ) 2
i =1 i =1
S2 = nc
,
f i −1
i =1
266
Biometria Florestal
f i = freqüência de classe i ;
nc = número de classes.
S = S2 ,
onde: S² = variância;
S = desvio padrão.
S
CV % = 100
x
S2
Sx = ,
n
onde: S² = variância;
n = número de observações.
267
Biometria Florestal
IC = ( x − S x .t µ x .S x t ) = P % ,
IC = ( N . x − N .S x
.t Y N . x .S x
.t ) = P % ,
17.7 Covariância
n n
n
x. y
xy − i =1 i =1
n
S 2
xy = i =1
,
n −1
268
Biometria Florestal
17.8 Amostragem
( S x .t )
E% = .100 ,
x
269
Biometria Florestal
18 ANÁLISE DE REGRESSÃO
O autor cita que a escolha das variáveis para um modelo de regressão deve
ser feita a partir da correlação existente elas. Assim, a variável dependente é
equacionada como função das variáveis correlatas. A precisão das estimativas do modelo
depende do grau de associação entre as variáveis.
270
Biometria Florestal
y = β o .β1
X
,
y = β 0 .β1 1 .β 2
X X2
,
1
− β1 X 1 1− β 2 .
y = β 0 (1 − exp )
Muitas vezes, uma equação não-linear pode ser transformada em linear por
Y = β o .β1
X
processo matemático. Por exemplo, a equação não linear
271
Biometria Florestal
b1 = ln β1,
Y = ln Y ,
segue:
ln Y = ln β o + ln β1. X 1 + ln β 2 . X 2
que resulta em:
y = b0 + b1 X 1 + b2 X 2
pois não se pode resolver soma de variáveis na forma exponencial. Essas equações não-
lineares são resolvidas com técnicas de regressão não-linear como o processo interativo.
Já os modelos lineares ou linearizados, podem ser solucionados pelo método de mínimos
quadrados.
272
Biometria Florestal
Esta equação pode assumir forma diferente de acordo com o sinal dos
coeficientes β1, β2, como mostra a Figura 91.
273
Biometria Florestal
Y i = (β0 + β1X1) + Ei
274
Biometria Florestal
( ) representados pela reta, tem-se, para cada Xi, um valor médio Y j . Dessa maneira
verifica-se que a reta passa pelos pontos médios, representando, portanto, a média em
movimento.
Yi = µ x + Ei .
e, portanto, Ei = Yi - µ x .
n n
S2 = Ei2 = (Yi 2 + β 02 + β12 X 12 + 2β 0 β1 X 1 − 2Yi β 0 − 2Yi β1 X 1 ) .
i =1 i =1
275
Biometria Florestal
∂s n
= −2 Xi (Yi − β0 − β1 X1 ) .
∂β1 i=1
n n
(Yi − b0 − b1 X 1 ) = 0 e X i (Yi − b0 − b1 X 1 ) = 0 ,
i =1 i =1
ou seja,
n n n n
Yi − b0 n − b1 X1 = 0 e X iYi − b0 X i − b1 X 12 = 0 ,
i =1 i =1 i =1 i =1
portanto,
n n n n
Yi = b0 n + b1 X1 e X iYi = b0 X i + b1 X 12 .
i =1 i =1 i =1 i =1
276
Biometria Florestal
n n n
X iYi = β 0 X i + β1 X 12 Segunda equação normal.
i =1 i =1 i =1
ΣYi = b0 n + b1 ΣXi ,
bo n + b1 Xi Yi
.
b0 X i + b1 X i2 X iYi
Pré-multiplicando a matriz dos somatórios(X’X) pelo vetor dos coeficientes (b’), tem-se:
n+ Xi b0 Yi
x = ,
Xi + X i
2
b1 X i Yi
277
Biometria Florestal
2° Passo: Cálculo de b1
Para a determinação de b1, faz-se, primeiramente, a substituição da coluna
correspondente a b1 na matriz X’X pelo vetor X’Y. A seguir calcula-se o determinante da
nova matriz, o qual é chamado de determinante b1. Assim, tem-se:
n + Yi
,
X i + X i Yi
3° Passo: Cálculo do b0
Segue-se o mesmo procedimento apresentado para b1, substituindo-se
apenas a coluna de b0 em X’X pelo vetor X’Y. Assim, a nova matriz será:
Yi + Xi
.
X i Yi + X i2
278
Biometria Florestal
.
Conhecido o valor de ∆ b0, o valor de b0 será dado por:
∆b0
b0 = ,
∆
ou seja,
Xi X i2 − Xi. X i Yi
b0 = .
n. X −(
i
2
Xi) 2
_
onde: (Yi − Y ) = desvio total;
^ _
(Y i − Y ) = desvio do valor ajustado sobre a média;
^
(Yi − Y ) = desvio do valor observado sobre o ajustado.
279
Biometria Florestal
Regressão(b0/b1) p –1 ^ _
SQreg QMreg
(Y i − Y ) 2
glreg QMres
Resíduo n-p Diferença SQres
glres
Onde: n = número de observações; p = número de coeficientes do modelo.
^ _ _
Se Yi = b0 + b1 X i e b0 = Y − b1 X ,
Substituindo-se
^ _ _ _ _
Σ (Y i − Y ) 2 = (Y − b1 X + b1 X i − Y ) 2 ,
_ _ _
(Y − b1 ( X − X i ) − Y ) 2 .
Simplificando, resulta:
_ _
(−b1 ( X − X i )) 2 multiplicando por –1 resulta (b1 (− X + X i )) 2 ,
280
Biometria Florestal
_
o que equivale à (b1 . ( X i − X )) 2 .
Sendo:
Yi . Xi
n. X iYi − Yi . Xi X iYi −
b1 = = b1 = n ,
n. X −(
i
2
Xi) 2
( X i )2
X −
i
2
Tem-se:
2
Yi . Xi
X iYi − ( X i )2
. n . Xi − ,
( X i )2 n
X − i
2
2
Yi . Xi Yi . Xi
X iYi − X iYi − ( X i )2
. n . n . Xi − ,
( X i )2 ( X i )2 n
X −
i
2
X −
i
2
n n
^ _ Yi . Xi
(Y i − Y ) 2 =b1 . X iYi − .
n
( Y )2
_
Y − 2
^ (Yi − Y ) 2 n SQresíduo
MQresíduo = S 2 yx = = = .
n− p n− p n− p
281
Biometria Florestal
^
O erro padrão ou desvio padrão ( S yx ) é obtido por:
^ ^
S yx = QMresíduo = S 2 yx ,
ou, em percentagem:
^
^ S yx
S yx(%) = _
.100 ,
Y
_
onde: Y = média da variável dependente Y.
^
O erro padrão de regressão ( S yx ) possibilita ainda a delimitação da
amplitude de variação em cada lado da linha de regressão, com uma probabilidade de
68% de que todos os pontos estejam dentro do intervalo de ±1 desvio padrão.
r² = (SQregressão)/(SQtotal) ,
Yi . Xi
b1 . X iYi −
r2 = n .
( Yi ) 2
Y 2
i −
n
282
Biometria Florestal
absurdo, é necessário trabalhar com maior número de dígitos após a casa decimal.
Assim, aconselha-se usar no mínimo cinco dígitos.
18.3 Exercício
Considerar os dados de uma floresta de Pinus elliottii, apresentados na
Tabela 49, para os quais se deseje ajustar a relação hipsométrica h = b0 + b1.d
No modelo tem-se: h = Y e d = X.
bo n + b1 Xi Yi
,
b0 X i + b1 X i2 X iYi
283
Biometria Florestal
^
Onde: Y = valores de altura estimados após o cálculo dos coeficientes do modelo de regressão.
Obs: Os valores correspondentes ao diâmetro e a altura foram registrados na floresta com uma casa
decimal; motivo pelo qual, foram tabulados com o mesmo número de casas depois da vírgula. Para
os cálculos, entretanto, foram registradas cinco casas decimais.
a) Determinante principal:
∆ = n. Xi² - ΣXi . ΣXi ,
b) Coeficiente b1:
b1 = (1/∆) . [n . ΣXiYi - ΣXi. ΣYi],
b1 = (1 / 7.790,00000) . [(15 . 5.019,50000) – (260,00000 . 264,50000)],
b1 = (1 / 7.790,00000) . [75.292,50000 – 68.770,00000],
b1 = 0,83729.
c) Coeficiente b0:
∆b0
Sendo ∆b0 = ΣXi . ΣXi² - ΣXi . ΣXiYi e o valor de b0 dado por b0 = , tem-se:
∆
ou seja:
Xi X i2 − Xi. X i Yi
b0 = ,
n. X −(i
2
Xi) 2
d) Coeficiente de determinação:
r² = (SQ Regressão)/(SQ Total),
SQ Regressão = 0,83729 x (5.019,50000 – (260,00000 x 264,50000)/15),
SQ Regressão = 364,08165.
284
Biometria Florestal
SQ Total = 382,23333.
r² = 364,08165 = 0,95251.
382,23333
e) Análise de variância:
ou em percentagem da média:
^
S yx (%) = 1,18163 . 100 = ± 6,7%.
17,6333
_
Transformando-se o eixo Y para a média X , o coeficiente b0 cortará o eixo
_
X exatamente em Y , conforme apresentado na Figura 92. Desse modo, todas as
_ _ _
observações de X serão defasadas de X , ou seja (Y – X ), e (Y – Y ).
285
Biometria Florestal
Considerando ser:
_
X = (X1 + X2 + X3 +.... +Xn) / n = ΣXi/n,
_
Y = (Y1 + Y2 + Y3 + .....+ Yn)/n = ΣYi/n,
Considerando-se a matriz:
bo n + b1 Xi Yi
,
b0 X i + b1 X i2 X iYi
286
Biometria Florestal
2
sendo rescrita com b1. xi = xi y i .
xi y i
b1 = 2
,
xi
_ _
e o intercepto passa a ser expresso por: b0 = Y – b1 X .
Yi = µ r + Ei .
287
Biometria Florestal
Yi = β0 + β1X1 +β2X2 + Ei ,
Ei = Yi - µ r ,
n n
Ei = (Yi − µ r ) = 0 ,
i =1 i =1
n n
E 2i = (Yi − µ r ) 2 = mínimo e positivo,
i =1 i =1
n n
S= E 2i = (Yi − β 0 + β1 X 1 + β 2 X 2 ) 2 ,
i =1 i =1
n n
S= E 2i = (Y 2 i + β 0 2 + β12 X12 + β 2 2 X 2 2 − 2Yi β 0 − 2Yi β1 X 1 − 2Yi β 2 X 2 + 2β 0 β1 X1 + 2β 0 β 2 X 2 + 2β1 X1β 2 X 2 ) ,
i =1 i =1
n n n n n n n n n n n
S = E2i = Y2i + β02 + β12 X12 + β22 X22 −2β0 Yi −2β1 Yi X1 −2β2 Yi X2 +2β0β1 X1 +2β0β2 X2 +2β1β2 X1X2) .
i=1 i=1 i=1 i=1 i=1 i=1 i=1 i=1 i=1 i=1 i=1
∂s n n n n
= 2 β 0 − 2 Yi + 2β 1 X 1 + 2β 2 X 2 = 0 .
∂ β0 i =1 i =1 i =1 i =1
288
Biometria Florestal
n n n n
β1 : Yi X 1 = β 0 X i + β1 X 1 2 +β 2 X1X 2 ,
i =1 i =1 i =1 i =1
n n n n
β2 : Yi X 2 = β 0 X 2 + β1 X 1 X 2 +β 2 X 22 .
i =1 i =1 i =1 i =1
n n n n
X 1Yi = β 0 X 1 + β1 X 12 + β 2 X1X 2 Segunda equação normal;
i =1 i =1 i =1 i =1
289
Biometria Florestal
a) Matriz principal
n X1 X2
2 Yi
X1 X1 X1 X 2
(X’X) = 2 X’Y = X 1Yi ;
X2 X1X 2 X2
X 2Yi
290
Biometria Florestal
291
Biometria Florestal
f) Cálculo dos coeficientes b0, b1 e b2: os coeficientes b0, b1 e b2 são obtidos pelo
cociente do determinante ∆ bi pelo determinante da matriz principal (∆ ), ou seja:
b0 = (∆b0) / ∆ ,
b1 = (∆b1) / ∆ ,
b2 = (∆b2) / ∆ .
292
Biometria Florestal
n n n 2 ( X i )2
−
xi2 = (X i − X ) = 2
Xi − i =1
,
i =1 i =1 i =1 n
n n 2 ( X 2 )2
x 22 = X2 − i =1
,
i =1 i =1 n
n
n n 2 ( X 3 )2
x32 = X3 − i =1
,
i =1 i =1 n
n n
n n
( X 1i . Yi )
x1 y = X 1Yi − i =1 i =1
,
i =1 i =1 n
n n
n n
( X 2i . Yi )
x2 y = X 2Yi − i =1 i =1
,
i =1 i =1 n
293
Biometria Florestal
n n
n n
( X 3i . Yi )
x3 y = X 3Yi − i =1 i =1
,
i =1 i =1 n
n n
n n
( X 1i . X 2i )
x1 x 2 = X 1i X 2 i − i =1 i =1
,
i =1 i =1 n
n n
n n
( X 1i . X 3i )
x1 x3 = X 1i X 3 i − i =1 i =1
,
i =1 i =1 n
n n
n n
( X 2i . X 3i )
x 2 x3 = X 2i X 3 i − i =1 i =1
,
i =1 i =1 n
n n 2 ( Yi ) 2
2
y = Yi − i =1
.
i =1 i =1 n
A solução do sistema pode, agora ser feita por Cramer, substituindo-se o vetor dos
somatórios de “xiy” pela coluna do coeficiente a estimar, seguido do cálculo do
determinante pela regra de Sarrus, conforme demonstrado anteriormente.
294
Biometria Florestal
SQregressão
R2 = ,
SQtotal
S xy = QM resíduo e,
S xy
S xy % = −
.100 .
Y
para linearizar o modelo, será necessário passar os coeficientes para o expoente 1, pois
se encontram com expoente –1.
d2
h − 1,3 = ,
(b 0 + b1 d + b2 d 2 ) 2
d2
(b 0 + b1 d + b2 d 2 ) 2 = ,
h − 1,3
d2
= b 0 + b1d + b2 d 2 .
h − 1,3
d2
y= ,
h − 1,3
X1 = d e
X2 = d² .
295
Biometria Florestal
d2
N d h h − 1,3 d2
2 2
x1 Y Y X1 X2 X22 X1X2 X1Y X2Y
1 10,0 11,0 3,21081 10,30928 100,00000 100,00000 10000,00000 1000,00000 32,10806 321,08065
2 13,0 15,0 3,51223 12,33577 169,00000 169,00000 28561,00000 2197,00000 45,65900 593,56703
3 15,0 17,0 3,78566 14,33121 225,00000 225,00000 50625,00000 3375,00000 56,78488 851,77316
4 20,0 19,0 4,75383 22,59887 400,00000 400,00000 160000,00000 8000,00000 95,07654 1901,53075
5 21,0 21,0 4,73136 22,38579 441,00000 441,00000 194481,00000 9261,00000 99,35860 2086,53066
6 25,0 23,0 5,36673 28,80184 625,00000 625,00000 390625,00000 15625,00000 134,16837 3354,20930
7 28,0 27,0 5,52321 30,50584 784,00000 784,00000 614656,00000 21952,00000 154,64985 4330,19578
8 22,0 21,0 4,95666 24,56853 484,00000 484,00000 234256,00000 10648,00000 109,04663 2399,02586
9 19,0 21,0 4,28076 18,32487 361,00000 361,00000 130321,00000 6859,00000 81,33437 1545,35297
10 9,0 9,0 3,24337 10,51948 81,00000 81,00000 6561,00000 729,00000 29,19037 262,71336
11 16,0 18,0 3,91527 15,32934 256,00000 256,00000 65536,00000 4096,00000 62,64432 1002,30919
12 13,0 15,0 3,51223 12,33577 169,00000 169,00000 28561,00000 2197,00000 45,65900 593,56703
13 25,0 23,0 5,36673 28,80184 625,00000 625,00000 390625,00000 15625,00000 134,16837 3354,20930
14 9,0 10,0 3,05129 9,31034 81,00000 81,00000 6561,00000 729,00000 27,46157 247,15415
15 15,0 14,5 4,12861 17,04545 225,00000 225,00000 50625,00000 3375,00000 61,92921 928,93818
63,33876 277,50422 5026,00000 5026,00000 2361994,00000 105668,00000 1169,23916 23772,15738
260,00000 264,50000
Observação: No cálculo manual devem ser mantidos, no mínimo, cinco dígitos após a vírgula para evitar grandes
erros de arredondamento. Os valores apresentados nesta tabela foram registrados com menos dígitos por
motivo de espaço.
296
Biometria Florestal
a) Equações normais:
Onde:
Σx1² = ΣX1² - (ΣX1)²/n,
Σx1² =5.026,00000– (260,00000)² / 15,
Σx1² = 519,33333.
270
Biometria Florestal
e) Equação ajustada:
h= d² + 1,30 ,
(1,84427+ 0,13696.d +0,000012961.d²)²
271
Biometria Florestal
f) Coeficiente de determinação:
R² = b1 . Σx1y + b2 Σx2y ,
Σy²
R² = (0,13696 x 71,36732) + (0,000012961x 2.549,45020) ,
10,05099
R² = 0,97578.
g) Erro padrão:
S xy = QM resíduo ,
S xy = y 2 − b1 . x1 y + b 2 . x2 ,
Sxy = 0,14244.
S xy
S xy % = −
.100 ,
Y
0,14244
S xy % = −
.100 ,
63,33876
15
S xy % = 3,37 %.
272
Biometria Florestal
R² = SQ Regressão .
SQTotal
S xy = QM resíduo , ou seja, S xy = y 2 − b1 . x1 y + b 2 . x2 .
274
Biometria Florestal
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