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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Instituto de Florestas
Departamento de Silvicultura
Laboratório de Mensuração e Manejo Florestal

Aula 1: Introdução à Dendrometria

DENDROMETRIA (IF 228)


Professor: Emanuel José Gomes de Araújo

Seropédica - RJ
Sumário
1.0. Conceitos
1.1. Evolução Histórica
1.2. Importância e Aplicações
1.3. Tipos de Medidas
1.4. Tipos de Erros
1.5. Precisão e Exatidão
1.6. Unidades de Medidas
1.7. Exercício de Fixação
1.8. Atividade
1.9. Referências
1.0 Conceitos
✓A Dendrometria é uma parte importante e fundamental da ciência
florestal, constituindo-se em uma disciplina básica e primordial para o
engenheiro florestal.

✓A maioria das outras disciplinas, trabalhos técnicos e científicos


envolvem o conhecimento da Dendrometria.

✓DENDROMETRIA:
dendron (Grego) + metria (Latim) = MEDIDA DA ÁRVORE
1.0 Conceitos
✓A Dendrometria envolve a medida das dimensões, volume ou peso de
todas as formas de produtos florestais, seja de árvores derrubadas ou
em pé, ou mesmo da floresta, bem como do crescimento e produção
da árvore e do povoamento e de suas relações dendrométricas.

✓Três situações de medição de produtos madeireiros da floresta:


a) Árvore em pé na floresta;
b) Medição da tora ou de todo o fuste após a derrubada da árvore;
c) Medir produtos acabados ou manufaturados

✓Dendrometria -> Inventário Florestal -> Manejo Florestal


1.0 Conceitos
✓MACHADO e FIGUEIREDO FILHO (2009): A Dendrometria é a parte da
ciência florestal que trata do estudo, pesquisa e desenvolvimento de
métodos e técnicas para:
a) Determinação das dimensões, volume e peso de árvores em pé
ou derrubadas e dos produtos das mesmas, bem como de todo
povoamento florestal.
b) Estudo da forma e relações dendrométricas a nível de árvore e do
povoamento florestal.
c) Determinação da idade, crescimento e produção da árvore e da
floresta.
1.1 Evolução Histórica
✓Inicialmente eram desnecessárias medidas exatas sobre quantidades
de madeira, tendo em vista a abundância de florestas.
✓Com a redução gradativa dos maciços florestais, notadamente na
Europa, berço da Dendrometria, com consequente elevação do valor
da madeira e seus produtos, tanto vendedores como compradores
almejavam conhecer, com suficiente precisão, aquilo que vendiam ou
que compravam.
✓Foram e ainda continuam sendo desenvolvidas e aperfeiçoadas
técnicas e métodos de medição.
✓A floresta representava um capital e que se tratada adequadamente
poderia render juros permanentes -> MANEJO SUSTENDADO.
1.1 Evolução Histórica
✓PLANOS DE MANEJO:
a) necessidade de informações sobre a floresta no que tange a
avaliação do estoque atual (volume e número de árvores),
qualidade do estoque (diâmetro, altura, defeitos) e produtividade
do estoque em crescimento.
b) Necessidade de avaliar a capacidade produtiva do sítio florestal,
quantificar a produção e crescimento por unidade de área e fazer
predições para o futuro.
✓Assim é possível calcular o que se pode retirar da floresta
para evitar a exaustão (retirar mais do que produz) ou a
super estocagem (retirar menos do que o crescimento).
1.1 Evolução Histórica
✓A maioria dos aparelhos medidores de diâmetro e altura, fórmulas de
cubagem e de quocientes e fatores de forma foram idealizados em
países da Europa.
✓Professores Chapman, Schumacher e Meyer deram grande
contribuição ao conhecimento da mensuração florestal e do manejo.
✓Turnbull introduziu diversos modelos matemáticos de natureza
biológica para estimar crescimento e produção florestal.
✓Clutter ficou conhecido pelo seu trabalho pioneiro em 1963 com
modelos compatíveis de crescimento e produção.
✓A Engenharia Florestal no Brasil começou em 1960 com a criação da
Escola Nacional de Florestas.
1.2 Importância e Aplicações
✓No setor florestal, o conhecimento sobre os recursos existentes se dá
através da medição ou estimação de atributos das árvores e das
florestas, além de muitas características das áreas sobre as quais as
árvores estão crescendo, por meio de instrumentos e métodos
apropriados (SOARES et al., 2011).

✓A qualidade das medições é importante para: quantificar os estoques;


o crescimento de uma variável; predição e projeção; definir o
momento ótimo de desbastes; construção de curvas de sítio; dentre
outros (SCOLFORO e THIERSCH, 2004).
1.3 Tipos de Medidas
✓As medidas podem ser Básicas (diâmetro, circunferência, altura e peso)
ou Derivadas (área transversal, volume e forma). Dentro deste
contexto as medidas podem ser assim consideradas:
a) Medidas Diretas: medidas ao alcance direto do operador portando um
instrumento medidor ou escala. Ex.: diâmetro da árvore medido com suta.

b) Medidas Indiretas: aquelas feitas sem que haja contato direto do operador
com o objeto medido. Ex.: altura da árvore medida com hipsômetro.

c) Medidas Estimadas: consiste em estimativas de variáveis direta ou


indiretamente medíveis de uma árvore ou de povoamentos florestais. Ex.:
estimar a altura em função do diâmetro aplicando equação
1.3 Tipos de Medidas
1.4 Tipos de Erros
✓Erro significa o desvio do valor real, estando associado à ideia de
inacurado ou inexato e não a ideia de errado.
✓As principais fontes de erros são: instrumento, topografia, fatores
físicos, imperfeição humana.
✓De modo geral os erros podem ser classificados em:
a) Erros Sistemáticos: repetem-se no mesmo sentido. Tendencioso.
b) Erros Compensantes: produzidos ao arredondar ou aproximar.
c) Erros de Estimativa: inerentes ao processo de amostragem.
d) Erros Acidentais: cometidos por engano ou descuido do operador.
1.5 Precisão e Exatidão
✓Precisão: Capacidade de gerar valores próximos entre si.

- Refere-se ao erro padrão, o qual é calculado medindo um indivíduo


várias vezes. A precisão em mensuração florestal em geral expressa o
grau de concordância entre valores numa série de medidas (HUSCH et
al., 1972)

- Dentre vários aparelhos de medição, aquele que apresentar o menor


erro padrão ao medir várias vezes um mesmo objeto, será considerado
como sendo o mais preciso.
1.5 Precisão e Exatidão
✓Exatidão: Capacidade de gerar valores próximos do real.

- É sinônimo de acuracidade.

- Um aparelho medidor de altura graduado em decímetro é mais exato


do que outro com graduação de meio em meio metro.
1.5 Precisão e Exatidão Preciso e
Não Exato
Preciso e
Exato

Não Preciso Não Preciso


e Exato e Não Exato
1.6 Unidades de Medidas
✓Unidades em Mensuração Florestal - SI

Grandeza Nome da unidade singular (plural) Símbolo da Unidade

comprimento Metro m
área metro quadrado m²
volume metro cúbico m³
ângulo plano radiano rad
tempo segundo s
velocidade metro por segundo m/s
massa kilograma* kg
densidade, massa específica kilograma por metro cúbico kg/m³
Fonte: MensuFlor 2021 - Padronização da simbologia em Mensuração e Manejo Florestal
1.6 Unidades de Medidas
✓Unidades em Mensuração Florestal – Fora do SI
Nome da unidade Símbolo da
Grandeza Valor em unidades SI
singular (plural) unidade
tempo minuto (minutos) min 1 min = 60 s
hora (horas) h 1 h = 60 min = 3600 s
dia (dias) d 1 = 24 h = 86400 s
ângulo plano grau (graus) ° 1° = (π/180) rad
O hectare é utilizado para exprimir áreas
área hectare (hectares) ha
agrárias. 1 ha = 1 hm² = 104 m².
O símbolo L (ele maiúsculo) foi adotado como
alternativa para evitar o risco de confusão entre
volume litro (litros) l, L
l e o algarismo um (1) 1 L = 1 l = 1 dm³ = 10³ cm³
= 10-³ m³
tonelada
massa t 1 t = 10³ kg
(toneladas)
Fonte: MensuFlor 2021 - Padronização da simbologia em Mensuração e Manejo Florestal
1.6 Unidades de Medidas
✓Tabela de Prefixos

Fonte: https://www.todamateria.com.br/conversao-de-unidades/
1.6 Unidades de Medidas
✓Conversão de Unidades
Distância
1 L = 1 dm³ = 1.000 cm³

1.000 kg = 1 t

Área 1 ha = 10.000 m²

1 g/cm³ = 1.000 kg/m³ = 1 t/m³

Volume

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/conversao-unidades.htm
1.7 Exercício de Fixação
[PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDONÓPOLIS, MT (2016)]. A precisão
dos inventários florestais é mensurada pelo erro padrão da estimativa e
geralmente não considera os erros não amostrais e é expressa em
relação à magnitude dos desvios da amostra referentes à média
estimada. A acurácia, no entanto, refere-se ao tamanho desses desvios
da estimativa amostral em relação à média paramétrica da população,
incluindo, portanto, os erros não amostrais. A coluna da esquerda
apresenta características de acurácia e precisão e da direita, imagens
ilustrativas dessas características, segundo Sanquetta et al., 2014.
Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1.7 Exercício de Fixação
1.7 Exercício de Fixação
1.7 Exercício de Fixação
[PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO PRETO, MG (2011)]. Segundo Prodan (1957), a dendrometria
ou mensuração florestal trata dos métodos de medição e de como quantificar grandezas que
definem o volume de sua forma e a estimativa de crescimento das árvores e do povoamento.
Conforme Pondé e Bouehon (1998), a dendrometria tem como objetivo a medida das
dimensões, o estudo de forma e estimativa de seu volume ou peso. Podemos então afirmar que
mensuração florestal é o ramo da ciência florestal que:

a) apresenta as espécies florestais que ocorrem por não se medir todas as arvores que compõe
as florestas.
b) estudam a falta de habilidades sistemáticas tomadas originária que compõe as florestas.
c) possibilita a determinação ou estimação por não se fazer um levantamento do paralelismo
florestal, medindo as árvores que compõe, considerando a unidade amostral.
d) possibilita a determinação e estimação das características de um dado recurso florestal, tais
como diâmetro e altura, quer seja da árvore ou florestas, com precisão, o volume, o peso, a
idade, o crescimento, a produção e o sortimento do referido recurso florestal.
1.7 Exercício de Fixação
[PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO PRETO, MG (2011)]. Segundo Prodan (1957), a dendrometria
ou mensuração florestal trata dos métodos de medição e de como quantificar grandezas que
definem o volume de sua forma e a estimativa de crescimento das árvores e do povoamento.
Conforme Pondé e Bouehon (1998), a dendrometria tem como objetivo a medida das
dimensões, o estudo de forma e estimativa de seu volume ou peso. Podemos então afirmar que
mensuração florestal é o ramo da ciência florestal que:

a) apresenta as espécies florestais que ocorrem por não se medir todas as arvores que compõe
as florestas.
b) estudam a falta de habilidades sistemáticas tomadas originária que compõe as florestas.
c) possibilita a determinação ou estimação por não se fazer um levantamento do paralelismo
florestal, medindo as árvores que compõe, considerando a unidade amostral.
d) possibilita a determinação e estimação das características de um dado recurso florestal, tais
como diâmetro e altura, quer seja da árvore ou florestas, com precisão, o volume, o peso, a
idade, o crescimento, a produção e o sortimento do referido recurso florestal.
1.8 Atividade
✓Resolver tarefas disponibilizadas no SIGAA

✓Prazo de uma semana


1.9 Referências
✓ HUSCH, B.; MILLER, C. I.; BEERS, T. E. Forest Mensuration. 2 ed. New York: Ronald Press, 1972.
410 p.

✓ MACHADO, S. A.; FIGUEIREDO-FILHO, A. Dendrometria. 2 ed. Irati: Unicentro. 2014. 316 p.

✓ PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDONÓPOLIS, MT (2016).

✓ PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO PRETO, MG (2011).

✓ SCOLFORO, J. R. S.; THIERSCH, C. R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria.


Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p.

✓ SOARES, C. P. B.; NETO, F. P.; SOUZA, A. L. Dendrometria e Inventário Florestal. Viçosa:


EDITORA UFV. 2011. 272 p.
OBRIGADO!

ejgaraujo@gmail.com

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