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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

O QUE É SACRIFÍCIO ANIMAL? 7


Por Alexandre Cumino

ERVAS E SEUS USOS POR EXUS,


POMBAGIRAS E EXUS MIRINS 11
Por Adriano Camargo, o Erveiro

IMPORTÂNCIA DA CURIMBA 17
Por Engels de Xangô

BULLYING NOS TERREIROS 20


Por Jorge Scritori

DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVER


A MEDIUNIDADE? 23
Por Marcel Oliveira

MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE


E FUNERAL NA UMBANDA 28
Por Rodrigo Queiroz

02

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda


SUMÁRIO

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA 36
Por Rubens Saraceni

ESCONDENDO-SE ATRÁS DA MEDIUNIDADE 40


Por Conversa entre Adeptus

COMO SE TORNAR UM MÉDIUM EM


DESENVOLVIMENTO? 44
Por Umbanda, eu curto!

A UMBANDA E O MEIO AMBIENTE 47


Por Umbanda Sustentável

03

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda


Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Introdução
INTRODUÇÃO

O Umbanda, eu curto! foi criado em outubro de 2011 como uma fan


page e hoje é o maior portal de informação para umbandistas na
internet. Reunimos alguns dos maiores nomes da Umbanda, além
de muita notícia, interatividade e conhecimento relacionado à
religião. E é justamente este foco no conhecimento que nos levou a
explorar uma nova e moderna forma de conhecer a Umbanda: os
e-books.

Os e-books (ou livros digitais) podem ser lidos em seu computador,


tablet ou smartphone, sem complicação. Para nós, que somos
totalmente digitais, oferecer e-books com temas variados é quase
um dever!

Neste primeiro, você encontra textos de nossos colaboradores fixos


que tratam de temas que geraram bastante discussão quando
publicados pela primeira vez. Sacrifício animal, ervas para Exu,
intolerância religiosa e outros, são temas que merecem atenção e
discussão.

Este primeiro e-book é seu, totalmente gratuito. Leia, divulgue,


compartilhe e comente! A Umbanda é feita por todos nós!

Boa leitura!

Editores
Umbanda, eu curto!

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda


Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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O que é sacrifício animal?


Por Alexandre Cumino
O QUE É SACRIFÍCIO ANIMAL?
Por Alexandre Cumino

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que,


primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos
carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do
momento em que conscientiza-se de que alguém mata
animais para você se alimentar, então deve-se tomar
conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois,
busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter
sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para
entender este processo e até onde é natural comer carne.
Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde
sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o
pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado
neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício


animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo
milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha
nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com
pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida,
tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A
única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era
a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família
seria também compartilhada com Deus, tornando aquele
momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em
vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda


O QUE É SACRIFÍCIO ANIMAL?
Por Alexandre Cumino

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele


vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio
de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma
primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade
relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra,
como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à
divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.)
ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a


ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de
seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-
dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na
mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção
da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações
para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o
sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus,


candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na
Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e
nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos
umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os
umbandistas que carregam maior influência dos cultos de
nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda


O QUE É SACRIFÍCIO ANIMAL?
Por Alexandre Cumino

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de


Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista,
Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda
Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”,
corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da
comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá
manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum
em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu,
Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa.


Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o
mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto
sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora
o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o
sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre
conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal


recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um
matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são
injetados nos amimais de carne vermelha e branca.
Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento
pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo
apenas da tradição, método e contexto em que está.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Ervas e seus usos por


Exus, Pombagiras e Exu Mirins
Por Adriano Camargo, o Erveiro
ERVAS E SEUS USOS POR EXUS,
POMBAGIRAS E EXUS MIRINS
Por Adriano Camargo, o Erveiro

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas. Que a


benção de Mamãe Natureza seja em vós todos como é em
mim. O maior desafio de escrever sobre as ervas é passar
para o papel, transformar em palavras, o sentimento que
aflora ao manipulá-las.
Sabemos que no contexto religioso há regras para essa
manipulação. O preparo dos banhos e defumações requer
ligação a esse contexto e respeito a essas regras. No entanto,
as ervas estão à disposição dos que se conduzem pelo amor e
bom senso. Respondem ao propósito do seu manipulador e
colocam-se como poder realizador na vida humana.

Chás e preparos terapêuticos tem encantado a humanidade


desde que o mundo é mundo. Dos egípcios aos gregos e dos
orientais aos africanos, temos herdado o conhecimento de
forma empírica, no boca a boca, e temos usado as ervas
muitas vezes respeitando dogmas que não são da religião que
praticamos. Identificar a relação Erva x Orixá é uma arte e os
grandes artistas tem contribuído significativamente para
nossa cultura. É importante lembrarmos que o que vale nessa
identificação é o ponto de vista.
A partir do ponto de vista é que se estabelece essa relação. Se
o manipulador, em seu contexto religioso, não cultua nossa
amada mãe Orixá Egunitá, como poderia identificar uma erva
ligada a Ela?

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
ERVAS E SEUS USOS POR EXUS,
POMBAGIRAS E EXUS MIRINS
Por Adriano Camargo, o Erveiro

Muito da identificação das ervas passou pelo crivo do bom


senso, cultura, ponto de vista, conhecimentos, habilidade e
atitudes dos seus identificadores. Uma erva que foi usada em
seu aspecto negativo para paralisar a evolução de alguém,
naturalmente pode ser associada erroneamente a Exu, pois a
Ele se atribuem todos os aspectos negativos dos seus evoca-
dores humanos. No entanto, essa erva pode pertencer a um
Orixá positivo, a Oxalá por exemplo, e ser manipulada por
Exu apenas em seu aspecto negativo. Isso é mais comum do
que imaginamos.

Associar, atribuir e definir uma erva como sendo de Exu,


Pombagira ou Exu Mirim é no mínimo passível de análise
mais profunda, pois esses Mistérios Divinos respondem pelos
aspectos negativos de toda Criação. Podemos sim associar
ervas a essas entidades e defini-las como “preferenciais”. Essa
preferência se dá principalmente pela velocidade que
responde em sua ativação. Existem ervas que respondem mais
ou menos rápido, dependendo do Orixá, Linha de trabalho, ou
melhor, a energia de propósito a qual é submetida.

Vou dar um exemplo: a rosa branca é atribuída a Oxalá,


tradicionalmente certo? Todas as rosas são de Oxum. O que
define seu melhor (ou mais rápido) envolvimento vibratório é
o pigmento contido em suas pétalas, que indicam seu campo

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
ERVAS E SEUS USOS POR EXUS,
POMBAGIRAS E EXUS MIRINS
Por Adriano Camargo, o Erveiro

energético de ação. Resumindo, seu Orixá. Então, temos que


rosa branca é de Oxum e de Oxalá.

Por definição, oferendamos também Mãe Iemanjá com rosas


brancas. Mas nós não podemos dizer categoricamente que as
rosas brancas são de Iemanjá, mas ela “aceita” essa oferenda,
assim como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças aceitam rosas
brancas em seus fundamentos e oferendas. Podemos então
concluir, a partir do nosso ponto de vista e bom senso que, as
rosas brancas são de Oxalá quando oferendadas a Oxalá; de
Iemanjá quando oferendadas a Oxalá, e a Oxum e Oxalá por
definição energética.

Assim funciona uma erva de Exu. Sendo o manipulador dos


aspectos energo-magnéticos negativos dos elementos, poderia
até manipular uma rosa branca. Mas a velocidade que essa
rosa responderia iria contra os propósitos de Exu.

Já a rosa vermelha é exatamente igual. Pertence a Oxum por


definição, manipulada por Pombagira em seu aspecto “estimu-
lador”, mas pode ser associada também às vibrações ígneas.
As Pombagira tiram das rosas vermelhas em velocidade
incrível aquilo que precisam para seus trabalhos no plano
material. Sendo assim, a associação natural de rosa vermelha
com Pombagira está corretíssima.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
ERVAS E SEUS USOS POR EXUS,
POMBAGIRAS E EXUS MIRINS
Por Adriano Camargo, o Erveiro

Mas podemos oferendar Mãe Oxum e outras mães Orixás


com rosas vermelhas, ok? Vamos dar algumas ervas prefer-
enciais dessas vibrações à esquerda:

Orixá Exu
Ervas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo,
dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.
Verbos atuantes: Vitalizar, desvitalizar, escurecer, sufocar, extin-
guir, arrastar, atrofiar, separar, dividir, cair, cobrar, convencer,
obstruir, tapar, entre muitos outros.

Orixá Pombagira
Ervas preferenciais: Patchouly, malva rosa, rosa vermelha,
canela, amora, hibisco, pitanga, entre muitas outras.
Verbos atuantes: Estimular, desestimular, desenvolver, alegrar,
esterilizar, excitar, entre muitos outros.

Orixá Exu Mirim


Ervas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, carapiá,
laranja seca, limão, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre
muitas outras.
Verbos atuantes: Ganhar, ocultar, complicar, descomplicar,
desenrolar, entre muitos outros.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
ERVAS E SEUS USOS POR EXUS,
POMBAGIRAS E EXUS MIRINS
Por Adriano Camargo, o Erveiro

Não vamos aqui limitar a atuação desses Mistérios Divinos,


apenas pontuar alguns elementos que são adequados à sua
vibração, em velocidade e tempo de resposta.
É isso, leiam e releiam esse texto e compreendam nas linhas e
entrelinhas o uso das ervas para nossos amados Exus,
Pombagiras e Exus Mirins.

Que Eles, em nome de Nosso Pai Criador, possam nos


abençoar em vitalidade, estímulo e ganho verdadeiro.

Sucesso, saúde e muita alegria a todos!

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Importância da Curimba
Por Engels de Xangô
IMPORTÂNCIA DA CURIMBA
Por Engels de Xangô

Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos


toques e cantos sagrados dentro de um Terreiro de Umbanda.
São eles que tocam os atabaques e também cantam os pontos
cantados, sendo de suma importância para o bom andamento
das Giras.

As funções dos pontos cantados são: Ritualística, onde os


pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa como a
defumação, abertura das Giras, entre outras; Concentradora,
pois auxilia na concentração e foco dos médiuns para o
atendimento, pois os toques assim como os cantos envolvem
suas mentes e o preparam para o trabalho espiritual.

As ondas energéticas sonoras emitidas pela Curimba vão se


espalhando por todo o Terreiro e vão dissolvendo energias
negativas e pesadas, diluindo miasmas, limpando e criando
uma atmosfera psíquica com condições ideais para a
realização das Giras. A Curimba transforma–se em um
verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do Terreiro,
potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.

Os pontos são como “orações cantadas”, com alto poder de


realização e auxiliam também na manutenção da ordem nos
trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das
linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Ela ajuda a
sustentar a manifestação dos Guias, pois o que realmente

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
IMPORTÂNCIA DA CURIMBA
Por Engels de Xangô

invoca os Guias e os Orixás são os nossos pensamentos e


sentimentos positivos vibrados.

O atabaqueiro, curimbeiro ou simplesmente “ogã”, como


popularmente as pessoas chamam na Umbanda é
fundamental dentro do ritual, pois sua intuição vai ajudá-lo
a comandar o andamento dos trabalhos. Por isso é tão
importante que os interessados em tocar e cantar procurem
uma escola de Curimba onde aprenderão os fundamentos, os
toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar. Mulheres
também podem ser atabaqueiras e curimbeiras!

Quando os Guias incorporados fazem sua saudação à frente


dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam e estão
pedindo também para que as forças movimentadas pela
Curimba sejam benéficas a todos. E ainda assim, mesmo com
tanta importância, muitos chegam a defender a abolição dos
atabaques dos Centros de Umbanda!

Mas os próprios Guias e mentores de Umbanda respondem a


isso incentivando os toques e trazendo mentores nesse
“campo”. Afinal, como explicamos, o atabaque quando bem
utilizado é ótima ferramenta para o desenvolvimento
mediúnico. Além disso, que graça teria uma Gira sem música?

Essa eu quero ver responder!

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Bullying nos Terreiros


Por Jorge Scritori
BULLYING NOS TERREIROS
Por Jorge Scritori

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de


violência física e/ou psicológica, intencionais e repetidos,
praticados por um indivíduo (do inglês bully, “tiranete” ou
“valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de
intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos)
incapaz (es) de se defender.

Recentemente, o termo entrou em evidência com o apoio da


mídia e com a declaração das vítimas, que vem assumindo
um papel importante para o controle desta situação. Pois bem!
Como Umbandista, procuro enxergar de dentro pra fora da
religião e percebo, junto a relatos de frequentadores e
trabalhadores de casas umbandistas, que a prática do bullying
é bem clara e tratada de forma distorcida.

Boa parte da prática do bullying é endossada ou justificada


pelo ‘’Guia’’. O Guia fez, o Guia falou, o Guia mandou, tudo isso
em abraço com a tal da inconsciência. São casos de exposição,
de ameaças, de repressão e de medo, fornecidos de forma
gratuita. Todo médium que aceita essa condição não pode ser
encarado como vitima, e sim como consorte da situação.

Alguns alegam um medo extremo da situação e não têm


coragem de dar queixa ou abandonar a casa. Outros, em um
devaneio de fé (?), acham tudo normal e totalmente espiritual,

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
BULLYING NOS TERREIROS
Por Jorge Scritori

o que acaba assim fortalecendo o processo dentro da casa.


Entidade ou Guia orienta; não aponta o dedo. Entidade ou
Guia sabe o que significa o voto de sigilo mediúnico, sendo
assim, não expõe a vida do outro como se fosse um palco para
alguns rirem e outros se amedrontarem. Entidade ou Guia
não denigre, não ofende, não xinga e nem passa por cima do
próximo; faz simplesmente o bem sem olhar a quem.

O processo mediúnico, religioso e espiritual dentro da


Umbanda, cria condições para todos tratarem os seus
excessos e as suas limitações. Há aqueles que abusam deste
mecanismo, fazendo da sua sombra interior o coadjuvante
perfeito para esta prática hedionda.

Não aceite!

Diga não ao bullying!

Denuncie!

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Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Desenvolver ou não
desenvolver a mediunidade?
Por Marcel Oliveira
DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVER
A MEDIUNIDADE?
Por Marcel Oliveira

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como


Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca
onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um
dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico
em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores
em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em


que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente
vivenciadas para que todos os que queiram ter uma
experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda
possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa
religião e também a abertura de todas as suas faculdades
mediúnicas para que possam entrar em contato com seu
mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso
de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir
do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa
toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de
nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos


neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos
para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVER
A MEDIUNIDADE?
Por Marcel Oliveira

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para


fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que
possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim
por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força


de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente
e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta
encarnação. É certo que muitas decisões são também
tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de
evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz
de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que


almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma
decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a
responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para
que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for
em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a


diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é
entender que na espiritualidade devemos também tomar
como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de
nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVER
A MEDIUNIDADE?
Por Marcel Oliveira

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente a


ferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar,
fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual
umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com


certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que
este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar
no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos,
Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e
uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o
médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao
Templo para incorporar, como para os guias que não
conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme
a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é


apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam
espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é
para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um
caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVER
A MEDIUNIDADE?
Por Marcel Oliveira

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente


mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para
um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de
desenvolvimento também deve ensinar a quem não
incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo.
Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Morte e Vida Umbandista: Crença


Pós-Morte e Funeral na Umbanda
Por Rodrigo Queiroz
MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA
PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA
Por Rodrigo Queiroz

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou


Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso
para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na
Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é
quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da
Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega


intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos
comportar enquanto encarnados para então, quando chegar
a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas
espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a
importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade
regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida.


Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem
encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado,
este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente
com seus atos e vibração emocional acumulada durante a
passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa
esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção.
Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais
pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais.
Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA
PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA
Por Rodrigo Queiroz

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar


agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno
Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo
que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que
criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a
que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o


corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra.
Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo
espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja,
quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano
etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se
preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar
do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num


Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez
que ela prega a transcendência individual que cada ser deve
alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu
quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do
resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de
Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto
ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos
antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA
PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA
Por Rodrigo Queiroz

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado


estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões
emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser
oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver
em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas
vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos
antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da


Divindade e o que o mesmo representa, pois como
entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está
presente apenas na tão temida morte física, gerando uma
imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se
faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por
exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o
rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de
convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração


deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus
caminhos individuais. Também posso citar mudança de
emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em
situações principalmente de rompimentos ou encerramentos
de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos
envolvidos.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA
PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA
Por Rodrigo Queiroz

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária


após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a
preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a
cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com
ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens


Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da
Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação


do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença
do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia
social para encomenda do espírito realizada no velório e no
túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do
desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a


purificação energética do corpo físico e do espírito que na
maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não
esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o
espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas
queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades
purificadoras e imantadoras do espírito;
• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA
PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA
Por Rodrigo Queiroz

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer


energia material ainda presente no corpo e no espírito do
desencarnado;
• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz
uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das
mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos
feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos
iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;
• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato
de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que
libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças
purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento
por alguém que se acha superior querendo prejudicar o
desencarnado;
• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o
corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do
espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético;

Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será


vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do
enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda
do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá


ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA
PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA
Por Rodrigo Queiroz

do desencarnado;
• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna:
Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito
de pós-morte;
• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);
• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma
música em louvor a Oxalá;
• Hino da Umbanda;
• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que
receba e encaminhe o desencarnado;
• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja
umbandista;
• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se
despedem do falecido;
• Fechamento do Caixão;
• Transporte do corpo ao cemitério;
• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o
Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-
sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se
cobre com a terra;
• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o
túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de
pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende
quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na
cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA
PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA
Por Rodrigo Queiroz

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo


e do espírito para que não seja profanado por espíritos
malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria,


pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora
das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma
consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai


Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na
Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na


Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).
* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni
no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios
coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de
Umbanda” da Editora Madras.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Intolerância Religiosa
Por Rubens Saraceni
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Por Rubens Saraceni

Muito se fala sobre a intolerância religiosa, na maioria


praticada por seguidores de determinadas religiões cujos
seguidores se acreditam os únicos ungidos e amparados por
Deus, mas pouco se tem falado na intolerância praticada pelo
poder público, que se mostra solícito com as manifestações
dos seguidores das religiões cristãs (católicos e evangélicos),
franqueando-lhes espaço público em estádios praças e
avenidas, proporcionando-lhes os mais variados serviços
públicos (desde proteção policial até médicos, seguranças e
fiscalização) para que possam realizar seus eventos com toda
tranquilidade e segurança, não cobrando nada, por maiores
que sejam os gastos que realizam.

Contudo, quando é a vez da Umbanda promover seus eventos


religiosos em homenagem a Iemanjá, tudo muda. Aí, as
tendas, além de serem obrigadas a pagarem taxas de uso do
solo, em terreno da Marinha do Brasil, têm de pagar para
entrarem com ônibus até a beira do mar, sendo tratados como
indesejáveis pelos respectivos prefeitos das cidades litorâneas.
Dois pesos e duas medidas, esta é a verdade!

Nossa homenagem, aqui em São Paulo, já é tradicional e vem


sendo realizada há varias décadas e, se no passado o poder
público era receptivo devido ao grande afluxo de pessoas às
suas cidades nos dias em que eram realizados os eventos,

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Por Rubens Saraceni

quando o comércio local era beneficiado, hoje a realidade é


outra e somos vistos e tratados como uma praga, como um
estorvo pelo poder público das cidades litorâneas, com muitos
nos acusando de “sujarmos as suas praias”, a maioria delas
reprovadas para banho pela CETESB, que as consideram
impróprias e até publicam a relação das que devem ser
evitadas, devido ao perigo para os banhistas.

Nós só vamos em dezembro para as festas em homenagem


a Iemanjá e, se deixamos os restos das oferendas na areia é
porque não tem outro jeito de se fazer as oferendas. Não dá
para inventar ou substituir esta prática milenar de se
oferendar na natureza as forças e os poderes dos Orixás.
Mas, e a sujeira e as depredações que acontecem nos grandes
eventos das outras religiões, e que ninguém sequer comenta,
porque é tabu falar?
Muito se fala sobre intolerância nos dias de hoje, uma coisa
que sempre existiu e infelizmente demorará pra deixar de
existir, porém as mais evidentes são a racial e a religiosa.

Quando será que entenderemos que as diversas etnias


existem por questões naturais e de sobrevivência? O corpo
se adapta ao meio em que vive, não há melhor ou pior; há
apenas a adaptação do próprio organismo ao ambiente.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Por Rubens Saraceni

Nas religiões, não é diferente. Cada ser procura a


religiosidade que melhor atende suas necessidades evolutivas,
espirituais e humanas; não há religião melhor ou pior, o que
há são Homens querendo ter mais poder que o outro, um
dominar o outro, um se colocar mais sábio que outro, não
entendem que todos estamos na mesma estrada evolutiva.

Nós somos criticados e tratados como estorvos e cidadãos de


2ª categoria, tanto pelo poder público quanto pelos moradores
das cidades litorâneas. Os restos de oferendas são descritos
como poluidores de suas “maravilhosas” praias que, na
verdade, estão muito poluídas e oferecem risco para a saúde
dos turistas banhistas, ou que só caminham pelas praias,
oferecendo-lhes desde micoses até doenças infecciosas
graves, mas isto eles ocultam, porque querem o nosso
dinheiro quando vamos às suas cidades só como turistas,
não é mesmo? Hipocrisia!

A intolerância se mostra de muitas formas e esta é só mais


uma delas. As outras religiões até recebem incentivos dos
poderes públicos (devido os políticos eleitos por seus
seguidores), e seus eventos são vistos e tratados com respeito
e reverência. Já os nossos, são vistos como perturbação dos
seus habitantes e como poluidores de suas praias, como se
fosse possível poluí-las ainda mais do que já estão. Para os
seguidores das outras religiões, tudo!

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Escondendo-se atrás da mediunidade


Por Conversa entre Adeptus
ESCONDENDO-SE ATRÁS DA MEDIUNIDADE
Por Conversa Entre Adeptus

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas


também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem
atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como
usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos
vários tratados existentes no mercado literário e também
cursos em diversas instituições para o desenvolvimento
pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a
SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.


Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica
organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os
médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da
abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma
o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas
vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos
médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da
egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria


identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo
portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não
consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou
eu ou a Entidade?

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
ESCONDENDO-SE ATRÁS DA MEDIUNIDADE
Por Conversa Entre Adeptus

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.


É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver
que através das suas forças espirituais muitos conseguem
recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas
e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que
começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está
passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para


diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e
Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente
tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.
A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o
médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria
negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante


também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá
ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito
Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis
naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu
definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito
bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
ESCONDENDO-SE ATRÁS DA MEDIUNIDADE
Por Conversa Entre Adeptus

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a


prática da caridade.
Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma
caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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Como se tornar um médium


em desenvolvimento?
Por Umbanda, eu curto!
COMO SE TORNAR UM MÉDIUM
EM DESENVOLVIMENTO?
Por Umbanda, eu curto!

Entenda alguns caminhos possíveis para se tornar médium


na Umbanda:

Quem tem interesse em ser mais do que consulente na


Umbanda pode ir às Giras e conversar com o Sacerdote
responsável sobre o seu desejo de “trabalhar” pela
espiritualidade. Mediunidade todos temos; alguns a tem
mais “aflorada” do que outros, mas todos temos esta
capacidade em nós.

Assim, é a vontade, o desejo da pessoa em se doar para a


religião que vai determinar o início do seu desenvolvimento.
Os que se tornarão médiuns poderão frequentar as Giras de
desenvolvimento mediúnico, que são sessões de iniciação
fechadas ao público, nas quais os ogãs podem entoar cânticos
chamando as entidades espirituais. Em muitos Centros, o
desenvolvimento se dá diretamente nas Giras públicas, sendo
que muitos dos Sacerdotes responsáveis recomendam que o
médium em questão trabalhe, incialmente, como cambone
(isso também varia de Casa para Casa).

O iniciante deve sempre se dedicar aos trabalho propostos,


oferendas, banhos de ervas e estudos;Quando o médium
iniciante começa a incorporar ele aprende a ritualística de
seu Terreiro, de acordo com a estrutura que o Sacerdote

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
COMO SE TORNAR UM MÉDIUM
EM DESENVOLVIMENTO?
Por Umbanda, eu curto!

responsável orienta. Exemplo: em algumas Casas, os


iniciantes, incorporados, riscam símbolos no chão (Ponto
riscado), acendem velas e conversam com o Sacerdote sobre
sua forma de trabalho, e só passam a atender quando
estiverem mais afeitos a toda a ritualística da Casa.

Superada esta fase inicial, o médium passará então a fazer


parte da corrente de atendimento aos consulentes de seu
Terreiro. Os “passes energéticos” e os aconselhamentos são
alguns dos artifícios utilizados para a comunicação com os
umbandistas que freqüentam a Casa.

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
Umbanda é Religião, Passe Adiante!
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A Umbanda e o Meio Ambiente


Por Umbanda Sustentável
A UMBANDA E O MEIO AMBIENTE
Por Umbanda Sustentável

O Brasil é um país privilegiado, pois há em seu vasto


território recursos em abundância, sejam minerais, hídricos e
vegetais. Talvez não tenha sido por acaso que a Umbanda
surgiu por aqui. Os Orixás da Umbanda vinculam-se às
forças da natureza e, assim, o ar é de Oxalá, as pedreiras são
de Xangô, o mar azul é de Iemanjá, os rios e cachoeiras são de
Oxum, as chuvas de Iansã, as matas e a fauna de Oxóssi, os
metais ferro e manganês de Ogum.

Além da natureza, outro elemento fundamental para


entendermos a Umbanda é o povo brasileiro. Nosso povo
possui, na sua formação, uma enorme religiosidade. A
miscigenação, entre estrangeiros e nativos, nos trouxe, entre
outras dádivas, nossa criatividade. Nossa alegria brota das
Crianças, a religiosidade e simplicidade e a religiosidade dos
nativos, a humildade e musicalidade dos Negros. Daí o
resultado da tríade da Umbanda: Crianças (pureza), Caboclos
(simplicidade) e Pretos Velhos (humildade).

O brasileiro tem as feições de todo o planeta, razão pela qual


ensinaremos a espiritualidade para o mundo, essa
espiritualidade brota da Umbanda.

Falemos então das energias. A Umbanda manipula as


energias naturais, assim, pelo fato de em nosso país ter um

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10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda
A UMBANDA E O MEIO AMBIENTE
Por Umbanda Sustentável

enorme potencial energético, estamos preparados para toda


uma programação astral em que essas energias serão
trabalhadas em prol da humanidade e do planeta. Caso
continue o ritmo de consumo e a destruição da natureza, em
breve os recursos serão escassos e logo a população humana
poderá sucumbir (e isso é preocupante!)

A poluição dos rios, dos mares, a falta de recursos vegetais, a


extinção das espécies animais, a queima de combustíveis
fósseis e a diminuição da camada de ozônio e o conseqüente
derretimento das calotas polares com profundas alterações
climáticas são desequilíbrios que devem ser minimizados e
que todos nós podemos contribuir diariamente.

Sempre é bom lembrar que umbandista respeita o meio


ambiente, não pratica sacrifícios animais e, sua profunda
ligação com a natureza e suas energias o fazem um defensor
de primeira ordem do nosso meio.
Assim, preservar a natureza é fundamental, pois a
sobrevivência do planeta está em jogo. Escolha produtos
biodegradáveis e naturais para suas oferendas e obrigações.
Discuta estes temas em seu Terreiro, conscientize; seja agente
motivador e modificador em prol do meio que nos cerca!

Adaptado de artigo escrito por Claudio Henrique de Castro

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