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O livro que eu escolhi, como podem ver, chama-se «Fala-lhes de Batalhas, de Reis e de

Elefantes». É um romance que foi escrito por Mathias Énard e publicado pela primeira vez em
França em 2010 e só mais tarde, em 2013 é que esta obra foi traduzida e publicada em
Portugal. Ganhou dois prémios…

Mathias Énard nasceu em 1972, estudou persa e árabe, e viveu largos períodos no Médio
Oriente. É actualmente professor de árabe na Universidade de Barcelona. As suas principais
obras são os romances La perfection du tir, Remonter l’Orénoque e Zona, que ganharam os
prémios que vocês podem observar no ppt.

Depois de várias intrigas que envolvem escultores, pintores e arquitetos, Miguel


Ângelo deixa Roma, enfurecido com o papa Júlio II, acusando-o de não lhe pagar o que lhe
prometeu pelo seu trabalho.

Miguel Ângelo é um escultor que, em maio de 1506 desembarca em Constantinopla, onde


recebe a visita de dois frades franciscanos que são portadores de um convite do sultão:
desenhar uma ponte sobre o Corno de Ouro que unirá as partes ocidental e oriental da capital
do império otomano.

O Corno de Ouro é um estuário que divide o lado europeu da cidade de Istambul. Na época do
Império Romano, quando a cidade já tinha sido renomeada para Constantinopla, foram
construídas muralhas ao longo da costa para proteger a cidade de ataques navais. Na entrada
do Corno de Ouro havia uma barreira flutuante, de Constantinopla à Torre da Gálata, para
evitar a entrada de navios indesejados no porto.

Miguel Ângelo hesita, mas o dinheiro que lhe oferecem é 5 vezes superior ao que Júlio II estava
disposto a pagar-lhe e, além disso, é-lhe dito que o trabalho durará apenas cerca de um mês.
No entanto, o que mais o incentivou a aceitar o convite, foi o facto desta proposta já ter sido
lançada a Leonardo da Vinci, que a recusou porque segundo ele, o projeto era «inventivo, mas
impossível de construir».

Num momento inicial da sua estadia, Miguel Ângelo fica no quarto a desenhar. Depois, aos
poucos, o escultor guiado pelo poeta Mesihi, vagueia por Constantinopla com a intenção de
assimilar um pouco da cultura otomana, para conseguir desenhar a ponte.

Este poeta leva Miguel para as tabernas, onde uma bailarina acaba por chamar a sua atenção.

Ao longo do livro, acompanhamos a forma como Miguel Ângelo supera os bloqueios e


consegue desenhar a ponte sonhada pelo sultão, sem se dar conta dos desenlaces trágicos que
foram acontecendo à sua volta, antes do seu regresso a Florença.

A parte que eu mais gostei foi quando para convencer Miguel Ângelo a aceitar a proposta, o
sultão lhe disse «………………». Basicamente, Miguel encara isto como um desafio que, caso ele
conseguisse cumprir, mostraria que era melhor do que Da Vinci, coisa que conseguiu fazer.

Eu gostei bastante do livro, porque é um romance com capítulos curtos, o que torna a sua
leitura mais fácil e aborda os temas do amor, da amizade e do sentimentalismo e também é
fascinante pelo facto de ser baseado em factos reais, que foi o que mais me cativou a ler esta
obra.

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