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Curso de Tolerâncias

Geométricas (GD&T)
T THIMOTEO CONSULTORIA EM ENGENHARIA
Escopo do treinamento
Dia 01 (21/Nov/2015)
o Definição de tolerância geométricas;
o Apresentação das vantagens da metodologia GD&T;
o Dificuldades no uso e entendimento do GD&T na indústria brasileira;
o Conceito e diferentes simbologias de GD&T (ABNT);
o Referencias (Datums) para montagem e determinação do controle.

Dia 02 (05/Dez/2015)
o Cálculo e aplicação dos diferentes tipos de GD&T;
o Definição de GD&T em exemplos práticos (03 a 04 casos).

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Definição de tolerância geométricas

CONCEITO #1: Tolerâncias geométricas (GD&T) pode ser definido como as


tolerâncias de forma, perfil, posição e orientação.

CONCEITO #2: O GD&T consiste no dimensionamento e tolerâncias de um


desenho que consideram a FUNÇÃO de uma peça e como a mesma se relaciona
com demais peças / sistemas ao seu redor. Isso gera num desenho maior precisão
sem restringir as tolerâncias lineares.

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Por que o eixo conforme desenho não entra no
furo que também está conforme desenho?
ANÁLISE DAS TOLERANCIAS:
MMC  Máximo material  Mínima folga

LMC  Mínimo material  Máxima folga

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Por que o eixo conforme desenho não entra no
furo que também está conforme desenho?
NÃO TEM CONTROLE DE FORMA (GD&T)

Dobrado Restringido

Barril Piramidal

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Esquema de uma peça
conforme tolerâncias lineares,
mas sem GD&T no desenho

Possíveis problemas de montagem:


- Peça não assenta na superfície de
montagem;
- Eixo entra no furo de ø3.012 mas não
entra no furo de ø5.496

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E o que acontece na produção?

Montagem forçada Retrabalho Aumenta a


tolerância

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Quais as vantagens trazidas pelo GD&T?
Economiza $$$ para a empresa
◦ Diminui retrabalhos  controle de qualidade mais assertivo;
◦ Diminui tempo de montagem  reduz / elimina uso de martelos, discos de ajuste na montagem;
◦ Diminui inspeções e correções nos produtos finais  identifica não conformidades antes da máquina ser
completamente montada.

Assegura que a função da peça ocorra conforme condições previstas pelo


projetista: tolerâncias são definidas conforme condições de produção e
funcionalidade final necessária;
Assegura a troca de componentes no Mercado de reposição: repetibilidade
Compreensão universal da peça: melhora comunicação entre engenharia,
qualidade e produção

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Quais dificuldade existem em aplicar o GD&T?
Falta de conhecimento dos projetistas e
metrologistas;

Metrologista não participa da etapa de


definição do produto;

Definição de procedimentos de medição


incompatíveis com referências e
tolerâncias.

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Quais dificuldade existem em aplicar o GD&T?
(cont.)
Desconsiderar a variação geométrica ao longo de todo o elemento tolerado.
O GD&T considera que a tolerância aplicada a um elemento geométrico tem que ser atendida ao
longo de todo o seu comprimento. A posição aplicada ao furo da peça mostrada na figura abaixo
deve ser atendida ao longo de todo o elemento tolerado, e não somente em uma altura, como é
prática.

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Normas técnicas
A norma técnica brasileira que rege o GD&T é a NBR 6409

A norma técnica Americana é a mais utilizada: ASME Y14.5M-2009

A norma técnica internacional é ISO/DIN 1101/2012

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Definições e terminologias
 Condição de máximo material (MMC);

 Condição de mínimo material (LMC);

 Condição de tolerância projetada;

 Zona de controle de tolerância no diâmetro;

 DATUM: Superfície de referencia para controle

 Símbolo de controle da tolerância geométrica

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Definições e terminologias (cont.)
Símbolos modificadores das Datum primário
tolerâncias Datum Secundário
Datum Terciário
Valor da tolerância
Símbolos de modificadores
Característica de condição de material dos
geométrica Datum

1. 2. 3. 4. 5.
COMPARTIMENTOS

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Datum
Definição: é o ponto, eixo, plano ou superfície derivada de um elemento da peça real.
- O Datum é a origem de localização ou característica geométrica originada a partir de uma peça.
- Símbolo: através de uma letra ou 2 letras numa caixa junto ao elemento da peça no desenho ou
junto à linha de chamada da cota que define o mesmo elemento.

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Processo de definição de Datums e GD&T

Definição das
Característica Definição do Datum
referencias
funcional da peça a (posicionamento &
necessárias para o
ser verificada Símbolo)
GD&T

Elemento da peça
Definição do valor
Definição do tipo de para referencia
da GD&T para zona
GD&T a ser utilizada (superfície, eixo,
de tolerância
ponto, etc.)

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Definição do Datum
 Superfícies planas: faces de apoio em
montagens, faces de assentamento, etc. Quanto
maior a superfície melhor, e evitar superfícies
fundidas ou forjadas brutas.
o Bloqueiam apenas 1 grau de liberdade translacional e
2 graus de liberdade de rotação

• Furos ou eixos: furos / eixos de posicionamento,


furos de montagem de parafusos, furos / eixos de
centro. Quanto maior o diâmetro e mais longo
melhor, evitar superfícies fundidas, forjadas ou
com muitas irregularidades.
o Bloqueiam 2 graus de liberdade translacionais e 2 graus
de liberdade de rotação

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Definição do Datum (cont.)

 Para se adquirir total estabilidade de uma peça, é necessário definir os Datums de


acordo com sua posição e interface de montagem;

 Nem sempre é necessário utilizar 3 Datums perpendiculares entre si, depende da


função e geometria da peça;

 Para definição de dispositivos de controle na produção, a definição de Datums


utilizando MMC ou LMC é fundamental

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Definição do Datum (cont.)
Mas, como considerar o
Datum na peça física?

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Definição do Datum (cont.)
Na condição de máximo material,
se garante que a referencia será
conforme o MMC:
 mínimo diâmetro para furos e;
 máximo diâmetro para eixos.

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Definição do Datum (cont.)

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Condição comum de definição de Datums

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Tipos de GD&T
Elemento Tipo Nome Símbolo

Planicidade

SIMPLES Retitude
FORMA
(sem referencia com DATUM)
Circularidade
Cilindricidade

Perfil de linha
SIMPLES OU RELACIONADA PERFIL
Perfil de superfície

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Exercício #01 (10 min em trios) A

Assentamento
Local de apoio com
sobre base
solda rolamento (0.05)
(0.02)

Perfil importante
para encaixe na
base.
A
Determine as tolerâncias de forma necessárias para o correto
funcionamento da peça Segundo as informações acima.

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Tipos de GD&T (cont.)
Elemento Tipo Nome Símbolo

Perpendicularidade
RELACIONADAS A
ORIENTAÇÃO
DATUMS Angularidade

Paralelismo

Batimento radial / axial


SIMPLES OU (plano)
BATIMENTO
RELACIONADA
Batimento total

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Exercício #02 (10 min em trios)
Pino de montagem entre
Peça #2 as peças

Determine as tolerâncias de orientações


necessárias para o correto
funcionamento da peça Segundo as
informações.

Peça #1

Superfície de apoio

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Tipos de GD&T (cont.)
Elemento Tipo Nome Símbolo

Posição

RELACIONADAS A UM Concentricidade /
LOCALIZAÇÃO
DATUM Coaxialidade (eixos)

Simetria

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Exercício #03 (10 min em trios)

Escolha uma peça com furos e/ou eixos soldados de uma


máquina Marispan e defina o GD&T.

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Tolerância de forma: RETITUDE
o Definição: Verifica se uma aresta ou uma
superfície se encontra ao longo do comprimento
entre 2 linhas / superfícies paralelas distantes
entre si pelo valor de tolerância especificado.
 Utilização: sem Datums de referencia, quando
se quer verificar a forma, normalmente
associada com outra tolerância geométrica.
 Aplicação direta: em eixos e superfícies
deslizantes;
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

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Tolerância de forma: RETITUDE
CONDIÇÃO:

MMC no diâmetro!

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Tolerância de forma: PLANICIDADE
o Definição: Verifica se um plano / superfície se
encontra ao longo da área entre 2 planos /
superfícies paralelos distantes entre si pelo valor
de tolerância especificado.
 Utilização: sem Datums de referencia, quando
se quer verificar a forma, normalmente
associada com outra tolerância geométrica.
 Aplicação direta: em superfícies de apoio
entre peças.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

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Tolerância de forma: PLANICIDADE

CONDIÇÃO:

MMC

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Tolerância de forma: CIRCULARIDADE
o Definição: Verifica se a seção está
contida dentro de 2 círculos concêntricos
com diferença de raio Segundo a
tolerância especificada.
 Utilização: sem Datums de referencia,
quando se quer verificar a forma,
normalmente associada com outra
tolerância geométrica.
 Aplicação direta: em locais de interface
com rolamentos e mancais.
 Cota: com seta diretamente sobre a
aresta / superfície ou junto à cota da Não aceita
dimensão. MMC/LMC

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Tolerância de forma: CIRCULARIDADE
CONDIÇÃO: ESTADO LIVRE (PEÇAS DE MATERIAL NÃO RÍGIDO – BORRACHAS, NEOPRENES, ETC.)

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Tolerância de forma: CILINDRICIDADE
o Definição: Verifica se a superfície do cilindro
está contida dentro de 2 cilindros
concêntricos com diferença de raio Segundo a
tolerância especificada.
 Utilização: sem Datums de referencia,
quando se quer verificar a forma,
normalmente associada com outra tolerância
geométrica.
 Aplicação direta: em eixos deslizantes ou
com montagem em furos de espessura
considerável;
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
Não aceita
superfície ou junto à cota da dimensão.
MMC/LMC

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Tolerância de perfil: DE LINHA
o Definição: Verifica se um perfil da peça ao longo de
uma linha está de acordo com o perfil do desenho,
considerando os pontos ortogonalmente distribuídos
 Utilização: pode se relacionar com Datums de
referencia mas não obrigatoriamente, quando se quer
verificar o perfil de uma peça.
 Aplicação direta: em peças onde um local específico
ou a aresta de uma superfície externa é importante
para a função, como uma faca ou seção de encaixe;
 Cota: somente com seta diretamente sobre a aresta /
superfície.
 Pode ser citada nas notas gerais, onde a tolerância
será aplicada sobre todas as arestas/superfícies da
peça.

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Tolerância de perfil: DE SUPERFÍCIE
o Definição: Verifica se um perfil da peça ao longo
Do comprimento está de acordo com o perfil do
desenho, considerando os pontos
ortogonalmente distribuídos
 Utilização: pode se relacionar com Datums de
referencia mas não obrigatoriamente, quando se
quer verificar o perfil de uma peça.
 Aplicação direta: em peças onde a superfície
externa é importante para a função, como uma
asa de avião;
 Cota: somente com seta diretamente sobre a
aresta / superfície.
Pode ser citada nas notas gerais, onde a tolerância
será aplicada sobre todas as arestas/ superfícies da
peça.

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Tolerância de perfil: DE SUPERFÍCIE

Alternativa

Tolerância bilateral Tolerância unilateral

Alternativa Alternativa

Tolerância unilateral p/ fora Tolerância bilateral distinta

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Tolerância de perfil: DE SUPERFÍCIE

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Tolerância de orientação: PERPENDICULARIDADE
o Definição: verifica se um plano, superfície ou
centro de um eixo está ortogonalmente dentro
de uma tolerância em relação a um Datum.
 Utilização: para checar por todo o
comprimento da superfície ou eixo de centro
para alinhamento ortogonal de 2 planos ou eixos
entre si dentro da tolerância especificada;
Possível desvio da superfície
 Aplicação direta: montagem de componentes,
soldagem de múltiplas peças, furos, eixos em Faixa de tolerância
relação a Datums de referencia, etc.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

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Tolerância de orientação: PERPENDICULARIDADE

Faixa de
tolerância Possível
MMC somente
desvio de
para eixos
orientação
do eixo

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Tolerância de orientação: ANGULARIDADE
o Definição: verifica se um plano, superfície ou
centro de um eixo está dentro de uma tolerância
angular em relação a um Datum.
 Utilização: para checar por todo o
comprimento da superfície ou eixo de centro
para alinhamento angular entre 2 planos ou
eixos entre si dentro da tolerância especificada;
 Aplicação direta: montagem de componentes,
soldagem de múltiplas peças, furos, eixos em
relação a Datums de referencia, etc.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

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Tolerância de orientação: ANGULARIDADE

Faixa de
Possível tolerância
desvio de
orientação
do eixo

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Tolerância de orientação: PARALELISMO
o Definição: verifica se um plano, superfície ou
centro de um eixo está dentro de uma tolerância
paralelamente em relação a um Datum.
 Utilização: para checar por todo o
comprimento da superfície ou eixo de centro
entre 2 planos ou eixos paralelos entre si dentro
da tolerância especificada;
 Aplicação direta: montagem de componentes,
soldagem de múltiplas peças, furos, eixos em
relação a Datums de referencia, etc.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

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Tolerância de orientação: PARALELISMO

MMC somente
para eixos e
espessuras

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Tolerância de orientação: PARALELISMO

Plano tangente:

- Plano que tangencia os extremos da


superfície medida, em vez de
considerar a superfície média dos
pontos medidos para a realização da
medição.

Por que utilizar?


Quando se quer garantir folgas ou apoios
mais precisos em superfícies.

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Tolerância de batimento: circular
o Definição: é a tolerância entre um Datum e um
eixo de rotação numa seção transversal.
 Utilização: para checar como o perímetro
externo de uma superfície de revolução varia em
torno de um eixo de rotação;
 Aplicação direta: eixos de motor, turbinas,
rodas, controle de vibrações, etc.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.
MMC não
se aplica

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Tolerância de batimento: total
o Definição: é a tolerância entre um Datum e um
eixo de rotação por todo um perfil.
 Utilização: para checar como a superfície
externa revolução varia em torno de um eixo de
rotação;
 Aplicação direta: eixos de motor, polias,
turbinas, rodas, controle de vibrações, etc.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

MMC não
se aplica

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Tolerância de localização: Posição verdadeira
o Definição: é a tolerância da posição do centro
de um elemento em relação a um Datum.
 Utilização: para checar como o centro de um
furo ou conjunto de elementos com centro
definido variam da posição teórica definida em
desenho.
 Aplicação direta: furos de posicionamento,
furos utilizados para montagem de pinos,
parafusos, etc.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

A definição da posição teórica deve ser definida com cotas de


referencia no desenho (sem tolerância linear)

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Tolerância de localização: Posição verdadeira
Zona de tolerância para dimensões lineares Zona de tolerância para GD&T

Diagonal =
0,014

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Tolerância de localização: Posição verdadeira

• Cota do furo: Ø 48+/- 0.1


• MMC: Ø 47.9
• Tolerância posição: 0.05 (M)
• Medição: Ø 47.95
• Bônus = 47.95 – 47.9 = 0.05
• Tolerância final permitida = 0.05 + 0.05 = 0.10

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Tolerância de localização: Posição verdadeira

Exemplo de
tolerância de dupla
referencia:

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Tolerância de localização: Posição verdadeira

Tolerância de 0.8 relacionada à primeira


GD&T (limitada na translação e rotação da
peça)

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Tolerância de localização: Posição verdadeira
Tolerância de 0.25 relacionada à segunda
GD&T (limitada na rotação Datum A)
50 do
Datum C

Exemplo de uma possibilidade


de posição de centros para
entendimento da segunda
GD&T

125 do Posições de centro devem


Datum B coincidir com as 2 condições
virtuais
Tolerância de 0.8 relacionada à
primeira GD&T (limitada na
translação e rotação da peça)

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Tolerância de localização: Concentricidade
o Definição: é a tolerância da mediana das
posição de centro medidas de uma superfície
em relação ao centro de um Datum circular.
 Utilização: para checar como dois furos, ou
eixos se relacionam em relação ao centro do
furo / eixo de referência.
 Aplicação direta: Mancais, apoios de eixo,
furos guias, etc.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

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Tolerância de localização: Concentricidade

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Tolerância de localização: Simetria
o Definição: condição em que superfícies ou
entidades devem ser controladas com entidades
semelhantes opostas entre si por um Datum de
simetria.
 Utilização: para checar se a peça é simétrica
dentro de critérios de tolerâncias específicas.
 Aplicação direta: peças com sensibilidade à
vibração ou perfil de encaixe restrito.
 Cota: com seta diretamente sobre a aresta /
superfície ou junto à cota da dimensão.

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Curso de Tolerâncias
Geométricas (GD&T) – Dia 2
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Cálculo de planicidade
Aplicação: para garantir o apoio das superfícies e para garantir o desgaste
uniforme das mesmas
Exemplo de forma de cálculo utilizando o fator de segurança:
◦ Planicidade = tolerância dimensional espessura/fator de segurança
◦ Exemplo:
◦ Fator de segurança utilizado: 2,0
◦ Faixa tolerância da espessura = 0,18
◦ Planicidade = 0,09

No caso de desgaste, favor considerar


informações do histórico de
aplicações semelhantes
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Cálculo de retitude
Aplicação: para garantir que um eixo seja retilíneo para permitir montagem e
evitar vibrações
Exemplo de forma de cálculo:
◦ Retitude = Folga MMC/2
◦ Exemplo:
◦ Dimensão do diâmetro do eixo: 9,5 +/0,5
◦ Diâmetro do furo: 10,5-0,3
◦ Folga na pior condição (MMC): 10,3-10,0 = 0,3
◦ Retitude = 0,15

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Cálculo de circularidade
Aplicação: para garantir que o perímetro de um eixo / furo tenha superfície
interface controlada com um rolamento, mancal, pistão. Bastante utilizado para
controlar o desgaste de interface. Também utilizada em rotores para limitar a
vibração gerada na rotação.
Exemplo de forma de cálculo:
◦ Circularidade = Tolerância diâmetro * Fator de segurança/ (3,1416*Diâmetro MMC)
◦ Dimensão do diâmetro do eixo: 9,5 +/-0,5
◦ Fator de segurança: 2
◦ Circularidade: 0,064

No caso de desgaste, favor considerar


informações do histórico de aplicações
semelhantes
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Cálculo de cilindricidade
Aplicação: para garantir que um eixo deslize em uma bucha, camisa de pistão,
etc.
Exemplo de forma de cálculo:
◦ Cilindricidade = Tolerância diâmetro * Fator de segurança/ (3,1416*Diâmetro MMC)
◦ Dimensão do diâmetro do eixo: 9,5 +/-0,5
◦ Fator de segurança: 2
◦ Cilindricidade: 0,064

No caso de desgaste, favor considerar


informações do histórico de aplicações
semelhantes
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Cálculo de perfil (linha e superfície)
Aplicação: para garantir que o perfil de uma peça se encaixe com outro perfil
semelhante, ou perfil de peças fundidas / forjadas ou em superfícies complexas
(asas de avião, chapas externas de veículos, etc.)

Definição geométrica pelas


tolerâncias da contra peça.
Utilizar o Solidworks para
simular o pior caso.

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Cálculo de orientação
Aplicação: para garantir o correto posicionamento e montagem das peças entre
si.

Para garantir que uma engrenagem mantenha o contato em ambos os lados


e tenha o mesmo carregamento distribuído!

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Cálculo de orientação
Perpendicularidade de superfícies:

Perpendicularidade
Alpha

Braço: L

Alpha = arctan (perpendicularidade / L)

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Cálculo de orientação

Perpendicularidade = Diâmetro MMC furo – (Max diâmetro pino + folga desejada no raio)
Tolerância bônus = Dimensão da peça real – Dimensão MMC

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Cálculo de batimento
Batimento radial = Concentricidade + circularidade

Exemplo de eixo e apoio de rolamento:

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Cálculo de posição verdadeira
Aplicação: para garantir o correto posicionamento de pinos e parafusos em furos.

Posição <= 2* [(Yreal – Ydes)²+(Xreal-Xdes)²]

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Cálculo de posição verdadeira

• Cota do furo: Ø 48+/- 0.1


• MMC: Ø 47.9
• Tolerância posição: 0.05 (M)
• Medição: Ø 47.95
• Bônus = 47.95 – 47.9 = 0.05
• Tolerância final permitida = 0.05 + 0.05 = 0.10

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Cálculo de Concentricidade
Cálculo: relativo aos aspectos de funcionalidade e encaixes necessários de acordo com as
contra peças e pinos de encaixe.

• Diâmetro furo: 40 + 0,3


• Diâmetro eixo: 39,9-0,2
• Folga mínima: 0,1

Concentricidade dos dois lados do eixo < 0,05


E
Concentricidade dos dois furos < 0,05

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Cálculo de Simetria
Cálculo: relativo aos aspectos de funcionalidade e encaixes necessários de acordo com as
contra peças e pinos de encaixe.

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Bibliografia
 ASME Y14.5M-2009 (Disponível em: http://mach.jlu.edu.cn/jxcx/standars/AGMA-ANSI/ASME%20Y14.5M-
2009.pdf)
 NBR6409-1997 (Disponível em:
http://www.daelt.ct.utfpr.edu.br/professores/cassilha/NBR%206409%20%20-
%20Tolerancias%20geometricas.pdf )
 DRAKE, Paul J. Dimensioning and Tolerancing Handbook. Mc Graw Hill, Nova Iorque: 1999. ISBN: 0-07-
018131-4
 ROMUDAS, Luis M. GD&T – Dimensionamento Geométrico e Tolerânciamento. Centro de Formação
Profissional de Évora, Evora: 2012.
 YOUNT, M. An Introduction to Geometric Dimensioning and Tolerancing (GD&T). Proof engineering,
Gibert:2014
 SOUZA, André R. Deficiências da metrologia industrial no Brasil no correto entendimento do GD&T e na
definição de estratégias de medição consistentes para o seu controle geométrico. V CONGRESSO BRASILEIRO
DE METROLOGIA, Salvador: 2009 (Disponível em: http://www.forma3d.com.br/downloads/Artigo%20-
%20Sousa,%20Andre;%20Wandeck,%20Mauricio.pdf)
 GD&T Basics (Disponível em: http://www.gdandtbasics.com/)

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