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10.

000 Questões – Ciências Básicas


Nordon et al.

2014: TARO, TEOT


2015: R2, R2 anual, TARO
2016: R3, R2, R2 anual, TARO, TEOT
2017: Encontro de Residentes
1000 questões

01. (TARO 2016)


a)
b)
c)
d)

Discussão:
Resposta:
Embriologia/Histologia
34. O anel pericondral de Lacroix é responsável
a) pela nutrição metafisária
b) pelo crescimento periférico da placa fisária
c) pela estabilização mecânica da placa fisária
d) pela nutrição da cartilagem hialina articular

Discussão:
O anel de Lacroix é uma estrutura fibrosa, que envolve a zona de Ranvier e conecta o periósteo
da zona metafisária à epífise cartilaginosa. Estabiliza a placa fisária.
Resposta:

51. O osteoblasto é uma célula:


a) ovalada, mononucleada e com múltiplos longos processos citoplasmáticos
b) cuboide, mononucleada e com grande volume de membrana de Golgi
c) de forma irregular, multinucleada e com pregueamento da membrana citoplasmática
d) esférica, multinucleada e com granulações negras de mineral no interior do citoplasma.

Discussão:
Osteócitos são ovalados com longos processos citoplasmáticos.
Osteoclastos são grandes células irregulares com numerosos núcleos.
Osteoblastos são células cuboides com um só núcleo, habitualmente em posição excêntrica,
contendo grande volume de organelas de síntese – retículo endoplasmático e membrana de
Golgi.
Resposta: B

27. Prova de Básicas R2 2015. Defina a sequencia correta do tipo de colágeno presente nas
estruturas abaixo: Ossos – tendões – cartilagem hialina – menisco – pele
a) I – I – II – II - II
b) II – I – I – II – I
c) I – I – II – I – I
d) I – I – I –II – II

Discussão:
O osso possui colágeno tipo I  o osso é o mais importante no corpo, logo é I.
A cartilagem fibrosa possui colágeno tipo I, e a hialina, tipo II  ordem alfabética.
O tendão é formado por colágeno tipo I, agrupado em microfibrilas, que se juntam para formar
subfibrilas, que formam fibrilas, envolvas por endotendão.
O menisco é composto principalmente por colágeno tipo I.
A pele é composta por colágeno tipo I.
O colágeno tipo I forma feixes; o colágeno tipo II, não.
Sendo assim, a resposta correta seria: I – I – II – I – I.
Resposta: C

07. Prova R3 2016. As fibras de colágeno são mãos resistentes às forças de compressão e de
tensão, respectivamente, quando se dispõem de maneira:
a) perpendiculares e paralelas
b) paralelas e perpendiculares
c) ambas perpendiculares
d) ambas paralelas

Discussão:
O que talvez deixe a pergunta confusa é que está se referindo à orientação do colágeno em
relação à articulação, e não entre si; sendo assim, a camada mais externa possui fibras em
orientação paralela à articulação e estas resistem ao cisalhamento (tensão). A camada média
possui fibras em orientações aleatórias; e a camada mais profunda, fibras em orientação
perpendicular à articulação, resistindo a forças de compressão.
Resposta: A

83. Prova Anual R2 2016. AS fibras colágenas na cartilagem hialina são:


a) paralelas à superfície na zona profunda e perpendiculares à superfície na zona superficial
b) paralelas à superfície na zona superficial e paralelas à superfície na zona profunda
c) paralelas à superfície na zona superficial e perpendiculares à superfície na zona profunda
d) perpendiculares à superfície na zona superficial e perpendiculares à superfície na zona
profunda

Discussão:
Profunda: perpendiculares, resiste à compressão.
Superficial: paralela, resistem à tensão e cisalhamento
Resposta: C

49. (TARO 2016) O anel pericondral de LaCroix é uma estrutura:


a) fibrosa, localizada na epífise
b) cartilaginosa, localizada na epífise
c) fibrosa, que prende a epífise à metáfise
d) cartilaginosa, que prende a epífise à metáfise

Discussão:
O anel pericondral é uma forte estrutura fibrosa que une a epífise à metáfise.
Resposta: C

76. (ER 2017) EM qual fase de cicatrização do musculo esquelético as células removem o
excesso de matriz colágena para orientação das fibras cicatriciais?
a) inflamação
b) reparo
c) remodelação
d) consolidação

Discussão:
Recuperação da função deslizante do tendão depende da dissolução e reformação das fibras
colágenas durante a fase de remodelamento da cicatriz. Inicia-se ao redor do 15º dia e pelo
28º a maioria dos fibroblastos e colágeno entre as pontas dos tendões estão orientados
longitudinalmente. A maturação e remodelamento do colágeno se iniciam na terceira semana
e podem durar até 1 ano após a lesão.
Fases: hemorragia, inflamação, reparo e remodelação.
Resposta: C

78. (TEOT 2014) Esta camada apresenta metabolismo aeróbico, grande produção de matriz
extracelular, alto teor de oxigênio, glicogênio intracelular, corresponde a:
a) 1 – germinativ a
b) 2 - proliferativa
c) 3 - hipertrofica
d) 4 - calcificada

Discussão:
A zona proliferativa apresenta níveis maiores de proliferação celular e produção de MEC, o que
contribui para o crescimento longitudinal Os condrócitos são achatados e alinhados em
colunas longitudinais. O citoplasma cora positivamente para glicogênio. Com poucas exceções,
condrócitos na zona proliferativa são as principais células que se dividem.
Com a fronteira entre a zona de reserva e o topo da zona proliferativa sendo a verdadeira zona
germinativa da placa de crescimento, a célula do topo de cada coluna representa a célula mãe
de cartilagem para cada coluna.
Resposta: B
Osteometabólicas
32. Na osteoporose primária, a fosfatase alcalina e o cálcio sérico estão, respectivamente:
a) normal e aumentado
b) normal e normal
c) aumentada e normal
d) aumentada e aumentado

Discussão:
Não ocorre alteração de nenhum destes valores na Osteoporose.
Resposta: B

475. O exame padrão-ouro para o diagnóstico da osteoporose é a:


a) Ultrassonografia quantitativa (QUS)
b) Radiografia simples (RX)
c) Densitometria óssea (DXA)
d) Ressonância nuclear magnética (RM)

Discussão:
A DMO é o exame padrão-ouro para o diagnóstico de osteoporose. Avalia-se pelo T-score –
desvios padrão em relação à massa óssea de indivíduos com 25 anos de idade.
Resposta:

476. De acordo com o relatório de 1994 da OMS, osteoporose é definida como DMO de
a) T-score abaixo de -1
b)T-score abaixo de -2,5
c) T-score entre -1 e -2,5
d) T-score abaixo de -1,5

Discussão:
T-score normal: > -1.
Osteopenia: ]-2,5;-1[
Osteoporose: <-2,5
Osteoporose grave: + fratura.
Resposta: B

477. Entre os tratamentos para osteoporose, os fármacos abaixo são reabsortivos, exceto:
a) ibandronato
b) ácido zolendrônico
c) teriparatida
d) risedronato

Discussão:
A teriparatida é PTH humano recombinante, um agente anabólico. Todos os outros
medicamentos agem impedindo o funcionamento dos osteoclastos.
Resposta: C

478. A margem de segurança (dose em unidade internacional) para que não ocorra um quadro
de intoxicação por vitamina D é de:
a) acima de 7000UI/dia
b) acima de 8000UI/dia
c) acima de 3000UI/dia
d) acima de 10000UI/dia

Discussão:
A dose limite é 10.000UI/dia. De qualquer forma é quase impossível ter intoxicação por
vitamina D nas doses recomendadas.
Resposta: D

479. O local de escolha no exame de densitometria óssea nos casos em que a coluna ou o
quadril não podem ser avaliados é o:
a) corpo total
b) Rádio esquerdo
c) Calcâneo
d) Rádio direito

Discussão:
Pela norma, é realizada avaliação do rádio esquerdo.
Resposta: B

480. Não constitui contraindicação para realização de DMO:


a) crianças
b) grávidas
c) uso recente de contrastes radiopacos, de forma oral ou venosa
d) uso recente de contrastes radioativos

Discussão:
O uso de contrastes radioativos e radiopacos altera a avaliação do exame.
Embora a emissão de RX seja pequena, grávidas não devem realizar este exame.
Não há contraindicação formal com relação a idade.
Resposta: A

481. O exame de DMO pode ser empregado na prática clinica diária para:
a) avaliar o grau de soltura de uma prótese de quadril
b) avaliar com precisão uma lesão osteolítica
c) avaliar ONCF
d) avaliar ON côndilo femoral medial

Discussão:
A DMO pode ser usada para avaliar a massa óssea ao redor da prótese, de forma mais precoce
que o RX, sendo um sinal precoce de afrouxamento.
Resposta: A

482. A tríade da atleta feminina é a associação de:


a) desordem alimentar, irregularidade menstrual ou amenorreia e osteoporose
b) balanço adequado alimentar, ciclo menstrual normal e atividade óssea normal
c) balanço alimentar inadequado, ciclo menstrual normal e atividade óssea normal
d) balanço adequado alimentar, amenorreia e osteoporose

Discussão:
O baixo peso, as desordens nutricionais e a irregularidade menstrual leva a perda óssea em
mulheres atletas.
Resposta: A

483. Em média, a necessidade diária de cálcio para homens e mulheres após os 50 anos de
idade é de:
a) 500-850mg/dia
b) 550-850mg/dia
c) 650-850mg/dia
d) 1000-1500mg/dia

Discussão:
Necessidades diárias de cálcio:
1-3 anos: 500
4-8: 800
9-18: 1000 a 1500
>50: 1200-1500
Vit D: 800-1000.
Resposta: D

484. Nos homens, cerca de 50% dos casos de osteoporose são de causas:
a) primárias e etiologia única
b) secundárias e de etiologia tanto única como múltipla
c) homens não apresentam osteoporose
d) primárias e de etiologias diversas

Discussão:
As principais causas de osteoporose no homem são secundárias (estima-se em 60%),
principalmente alcoolismo, excesso de glicocorticoides, hipogonadismo. A causa primária
atinge o resto e se associa a queda de testosterona. Neoplasias e cirurgias gástricas também
são causas secundárias.
Resposta: B

485. Os fármacos abaixo são indicados para tratar osteoporose no homem, exceto:
a) raloxifeno
b) alendronato
c) risedronato
d) ácido zoledrônico

Discussão:
Raloxifeno é um modulador seletivo para receptores de estrógeno. Agonista de estrógeno no
osso e sistema cardiovascular, e antagonista no útero e mamas, não causando, assim, risco de
câncer de mama ou útero.
Não é indicado para homens.
Os outros agem nos osteoclastos.
Resposta: A

486. Os fatores de risco para osteoporose são intrínsecos ou imutáveis, exceto:


a) idade
b) sexo
c) propriedades físicas do osso
d) sedentarismo

Discussão:
Sedentarismo é a única coisa mutável dentre as opções acima.
Poder-se-ia afirmar que sexo é mutável, mas mesmo cirurgias de mudança de sexo não
modificam a genética.
Resposta: D

487. A finalidade dos exames laboratoriais em osteoporose é:


a) avaliar o grau de osteoporose e de fraturas
b) avaliar o risco de fraturas e o status nutricional
c) avaliar o status nutricional, o metabolismo e a terapêutica adequada
d) avaliar o grau de osteoporose e o metabolismo ósseo

Discussão:
Exames laboratoriais são utilizados para avaliar o metabolismo de vitamina D e cálcio, o status
nutricional do paciente, e se a terapêutica está adequada. Devem ser solicitadas de acordo
com as hipóteses diagnósticas.
Resposta: C

488. Os marcadores biológicos, tanto de formação quanto de reabsorção óssea:


a) auxiliam o diagnóstico e tratamento da osteoporose em conjunto com a densitometria
b) não fazem parte da pesquisa para osteoporose
c) não apresentam vantagens significativas para o tratamento da osteoporose
d) são úteis apenas no diagnóstico da osteoporose

Discussão:
São exames realizados em grandes centros e apresentam alto custo; entretanto, são excelente
opção no tratamento da osteoporose. Idealmente, devem ser solicitados.
Resposta: A

489. Em relação à classificação de osteoporose, ela se divide em:


a) primária e secundária
b) pós menopausa e senil
c) nenhuma classificação
d) pós menopausa e idiopática

Discussão:
Tradicionalmente a osteoporose pode ser dividida em primária (alterações intrínsecas do
metabolismo) e secundária (doença sistêmica).
Também pode ser classificada em pós menopausa e senil (após 70 anos). Esta divisão é mais
interessante pela diferenças entre si:
Pós menopausa Senil
Idade 50-70 >70
Ossos afetados Quase exclusivamente trabecular Trabecular > cortical
Ossos fraturados Rádio distal e vértebras Quadril e pelve
Efeitos no cálcio Alterações negativas por diminuição Pouca absorção
da absorção e aumento da excreção
Efeitos na vitamina D Redução de níveis circulantes totais
(mas não livres)

Resposta: A
490. Existem vários medicamentos que causam o aparecimento de perda óssea e
consequentemente a osteoporose. Dos fármacos abaixo, não apresentam tal características:
a) os corticoides
b) a heparina
c) os anticonvulsivantes, lítio
d) os anticoagulantes

Discussão:
Medicações que podem causar osteoporose:
- Fenitoina – diminui metabolismo da vitamina D
- Drogas citotóxicas/antineoplásicas
- ISRS
- TARV
- Ciclosporina
- Furosemida
- MTX alta dose
- Supersuplementação de T4
- Omeprazol
- Corticoides
- Heparina (NF ou HBPM)
- Vitamina A
- Tiazolidinedionas (rosiglitazona)
Resposta: D

491. Os principais efeitos direto no osso quando a vitamina A está em excesso são:
a) estimulação do osteoblasto, aumento da formação e hipocalcemia
b) estimulação do osteoblasto, aumento da reabsorção e hipercalcemia
c) estimulação do osteoclasto, aumento da reabsorção e hipercalcemia
d) nulos, a vitamina A não apresenta nenhuma influência sobre o metabolismo ósseo.

Discussão:
Vitamina A atua no osteoclasto, provocando reabsorção e hipercalcemia.
Resposta: C

492. A dose de vitamina D3 adequada para o controle da osteoporose não deve ser menor
que:
a) 700-800 UI/dia
b) 200-400 UI/dia
c) 400-600 UI/dia
d) 200 UI/dia

Discussão:
A dose mínima utilizada para o controle da osteoporose é 800. 400 é utilizado em crianças
para prevenção do raquitismo.
Resposta: A

493. Os estudos que analisam a relação entre saúde óssea e vitamina D estimam que a
concentração desejável de 25(OH)Dé de, no mínimo,
a) 10ng/ml
b) 30ng/ml
c) 20ng/ml
d) 15ng/ml
Discussão:
30 é o valor desejável. <20 é muito baixo.
Resposta:B

494. A hipovitaminose D é mais comumente encontrada nos idosos. Na maioria das vezes essa
diminuição ocorre de forma assintomática, porém o paciente pode apresentar fraqueza
muscular, com risco de quedas e fraturas. Na deficiência severa, o paciente pode apresentar
dor óssea difusa acompanhada de:
a) hipocalcemia e osteomalácia
b) hipercalcemia e osteomalácia
c) hipercalcemia e fosfatemia
d) hipocalcemia e fosfatemia

Discussão:
Falta de vitamina D provoca hipocalcemia e osteomalácia, com dor óssea difusa.
Vale lembrar o Bizu:
PTH: já tem P no nome, então diminui P e aumenta Ca. Estimula produção de vitamina D;
aumenta reabsorção renal de Ca e excreção de P; indiretamente promove aumento da função
do osteoclasto.
Calcitonina: já tem Ca no nome, então aumenta P e diminui Ca. Aumenta excreção renal de
cálcio; inibe reabsorção óssea por inibição da diferenciação dos osteoclastos.
Vitamina D: Não tem nenhum dos dois no nome, então aumenta P e Ca. Estimula a absorção
intestinal e a reabsorção óssea.
Resposta: A

495. A ação antirreabsortiva dos bisfosfonatos ocorre em decorrência:


a) da inibição de uma enzima (FPP sintase), ocasionando a apoptose osteoclástica
b) da inibição de uma proteína que atua na osteoclastogênese
c) da inibição de uma proteína que atua no osteoblasto
d) da estimulação da ação dos osteoblastos

Discussão:
OS bisfosfonatos agem inibindo a enzima farnesil difosfato sintase (FPP sintase), que atua no
osteoclasto pela via do mevalonato, inibindo sua ação e levando a apoptose.
Resposta: A

497. O exame de USG do calcâneo apresenta como finalidade:


a) diagnóstico de osteoporose
b)diagnóstico de osteoporose localizada
c) triagem, título de saúde pública
d) não apresenta nenhuma finalidade para a osteoporose

Discussão:
É considerado como um exame de triagem para saúde pública, indicando pesquisa clínica da
doença.
Resposta: C

498. A homeostase do cálcio é assegurada pelos seguintes órgãos e sistemas orgânicos:


a) intestinos, paratireoides e rins
b) paratireoides, rins e tireoide
c) esqueleto, tireoide e rins
d) esqueleto, intestinos e rins

Discussão:
Os intestinos promovem absorção do cálcio; os rins filtram e reabsorvem ou excretam; o
esqueleto serve de estoque. Paratireoide não deixa de ser um participante, porém atua mais
na organização, e de uma forma menos intensa que os outros órgãos responsáveis pela
homeostase.
Resposta: D

499. As seguintes doenças são mediadas pelos osteoclastos, exceto:


a) doença de Paget
b) osteoporose
c) osteoartrose
d) osteomalácia

Discussão:
Osteoartrose é uma doença degenerativa da cartilagem e subsequentemente do osso. Os
osteoclastos agem nas outras doenças.
Resposta: C

500. Os mecanismos abaixo estão relacionados à explicação do aumento da DMO pelo


estímulo mecânico, exceto:
a) diminuição do fluxo sanguíneo do osso
b) liberação de prostaglandinas
c) liberação de hormônios
d) formação em resposta a microtraumas

Discussão:
Liberação de hormônios, prostaglandinas e formação óssea por microtraumas, seguindo a lei
de Wolff, aumentam a DMO pelo estímulo mecânico. Entretanto, é necessária boa
vascularização, portanto, aumento do fluxo sanguíneo.
Resposta: A

22. Prova básicas R2 2015. No metabolismo do cálcio, sobre a função do PTH, está correto
afirmar que:
a) facilita o transporte de cálcio nos órgãos chave
b) age apenas no osso e túbulo renal
c) estimula a reabsorção de fosfato no rim
d) seu aumento é resposta direta a altas concentrações de cálcio

Discussão:
O bizu para lembrar as funções da calcitonina, vitamina D e PTH é:
Tudo que aumenta cálcio age nos intestinos. Todos agem também nos ossos. Só a vitamina D
não age nos rins.
Calcitonina: já tem Ca no nome. Portanto, sua função é baixar o cálcio sérico (provocando
depósito). Estimulado por Ca elevado, inibido por Ca diminuído. Como baixa o cálcio, não age
nos intestinos. Aumenta excreção renal de cálcio, inibe reabsorção óssea.
Vitamina D: Não tem nem Ca, nem P no nome, portanto age aumentando os dois. Sendo
assim, fatores que estimulam sua produção é Ca e P diminuídos e PTH elevado. O oposto inibe.
Como quer aumentar cálcio, age nos intestinos aumentando a absorção de Ca e P. Da mesma
forma que o PTH, estimula reabsorção óssea. Não age nos rins.
PTH: Tem P, mas não tem Ca no nome, portanto aumenta cálcio e diminui fósforo. Estimulado
por Ca diminuído, inibido por Ca ou vit D elevados. Age indiretamente no intestino através da
vitamina D. Estimula conversão de vitamina D nos rins, aumenta reabsorção de Ca e excreção
de P. Aumenta indiretamente reabsorção óssea (através de IL-6). Tem efeito anabólico no
osteoblasto.
Resposta: A

36. Prova R3 2016. Sobre a osteoporose, assinale a correta:


a) São subdivididas em 3 tipos
b) O tipo 2 tem incidência semelhante entre homens e mulheres
c) O subtipo 1 apresenta calciúria aumentada e atinge faixas etárias mais jovens
d) O objetivo principal do tratamento é a reversão da osteoporose estabelecida

Discussão:
Osteoporose
Dividida em Primária (idiopática, mais comum) e Secundária.
A primária ainda é dividida em dois subtipos: 1 – pós menopausa; 2 – senil.
Fatores/Tipos Tipo 1 Tipo 2
Idade 55-75 >70 (M), >80 (H)
Sexo 6:1 (M:H) – pois é, não faz 2:1 (M:H)
sentido! É só mulher!
Ritmo de perda Rápido Lento
DMO <-2,5 Valor normal-inferior
Local Vértebra, Punho Vértebras, quadril
Calcio sérico Normal Normal
Calciúria Aumentada Nomral
Prevenção Estrogênio, Cálcio, vitamina Diminuir fatores de risco,
D, bisfosfonatos cálcio, vitamina D,
bisfosfonatos
Secundári: distúrbio endócrino ou metabólico. Hiperpara, DM< uso de CTC, menopausa
cirúrgica, tumor de medula óssea, mieloma.
Fatores de risco comportamentais e ambientais:
Alcool e tabaco, inatividade, sedentarismo, má nutrição (baixa ingestão de cálcio), amenorreia
por exercícios físicos, dieta com alta ingestão de fibras, fosfatos e proteínas.
É impossível reverter a osteoporose estabelecida, de fomra que o tratamento é prevenir
quando precoce, ou alterar a progressão quando tardio.
Resposta: C

01. Prova R2 2016. Não é característica da osteoporose senil (tipo 2)


a) Mais comum em mulheres
b) Cálcio sérico normal
c) calciúria aumentada
d) Cifose dorsal

Discussão:
A osteoporose senil é mais comum em mulheres, mas apresenta cálcio sérico normal. Na pós
menopausa (tipo I), a calciúria é aumentada.
Resposta: C
17. (TARO 2016) Na AR, o paciente que está limitado a executar pouca atividade diária é
categorizado, segundo o escore de capacidade funcional da Associação Americana de
Reumatologia, como classe:
a) I
b) II
c) III
d) IV

Discussão:
Escore de Capacidade Funcional da AAR:
I – Habilidade completa de executar todas as funções usuais sem deficiências.
II – Adequado para atividades normais apesar de deficiências pelo desconforto ou mobilidade
limitada de uma das articulações
III – Limitada ou nenhuma das atividades usuais ocupacionais ou de auto cuidados.
IV – Incapaz, grandemente ou totalmente acamado ou confinado a uma cadeira de rodas, com
pouco ou nenhum autocuidado.
Resposta: C

51. (TARO 2016) Na osteoporose pós menopausa, a diminuição abrupta da massa óssea tem
relação com níveis decrescentes de:
a) tiroxina
b) estrogênio
c) calcitonina
d) progesterona

Discussão:
Osteoporose tipo I (pós menopausa) afeta primariamente mulheres de 55 a 65 anos, é
relacionada a deficiência de estrogênio e resulta principalmente em perda de osso trabecular,
manifestando-se com fraturas axiais.
Osteoporose tipo II, ou senil, afeta tanto homens quanto mulheres (1:2), com 65 anos de idade
ou mais, e se relaciona à perda crônica de cálcio ao longo da vida. Resulta em perda óssea
cortical e leva a fraturas de ossos longos.
Resposta: B
Osteomielite/Infecções
40. Na osteomielite hematogênica aguda, a velocidade de hemossedimentação, em
comparação com a proteína C reativa:
a) é mais específica
b) é menos sensível
c) normaliza-se mais precocemente com o tratamento
d) tem os seus valores elevados mais precocemente

Discussão:
Ambos os valores são pouco específicos, mas bastante sensíveis. Em situações inflamatórias, a
PCR aumenta mais rápido do que a VHS e normaliza-se mais rápido, também. No gabarito
oficial, a resposta correta é a C, provavelmente porque a diferença entre ambas é muito
importante com relação à diminuição com a resposta ao tratamento, mas não tão significante
com relação à elevação.
Resposta: C

45. Na infecção pós-osteossíntese, o biofilme é mais bem descrito como:


a) comunidade de bactérias sésseis com glicocálix
b) colônia de estafilococos meticilina-resistentes
c) corrosão induzida por liberação de debris
d) metalose imunológica do hospedeiro

Discussão:
O biofilme é considerado como uma comunidade de bactérias sésseis com um glicocálix ao seu
redor de matéria extracelular. Forma-se após duas a três semanas da infecção inicial e
geralmente só pode ser removida com a excisão do tecido/material infectado.
Resposta: A

48. Na fratura exposta, o gás no subcutâneo pode ser produzido por Clostridium perfringens
ou:
a) P aeruginosa
b) Aztobacter vinelandii
c) Bacillus anthracis
d) E coli

Discussão:
Geralmente o ar encontrado em lesões expostas, agudamente, deve-se à entrada de ar com a
lesão inicial. Entretanto, após algum tempo, considera-se possível que venha de infecções,
produzidos principalmente por C perfrigens e E coli.
Resposta:

52. Na osteossíntese intramedular das fraturas diafisárias, o material de síntese com maior
possibilidade de infecção é a haste:
a) sólida em aço
b) canulada em aço
c) sólida em titânio
d) canulada em titânio.

Discussão:
O titânio torna a formação de biofilme mais difícil do que o aço.
As hastes canuladas apresentam maior superfície para fixação das bactérias.
Resposta: B

17. Prova básicas R2 2015. Em relação a epidemiologia da osteomielite hematogênica aguda,


está incorreto afirmar que:
a) S aureus e o patógeno mais comum
b) Afeta mais comumente a tíbia (27%), depois o fêmur (22%)
c) A maioria ocorre em crianças abaixo de 5 anos
d) No úmero é mais frequente que no rádio

Discussão:
OM hematogênica aguda é o tipo mais comu, geralmente em crianças. Bimodal (menores de 2
anos e 8-12 anos). 50% têm menos de 5 anos. Em menores de 2 anos o risco é maior na MF, e,
em maiores de 2, na DF.
Agente mais comum: S aureus.
Quadril é a articulação mais comumemente afetada. Úmero proximal é mais comum que rádio
próximal e, por fim, fíbula distal.
Resposta: B

18. Prova básicas R2 2015. Uma osteomielite localizada com comprometimento sistêmico do
doente está classificada como Cierny Mader:
a) 1A
b) 2B
c)3B
d) 3A

Discussão:
Classificação de Cierny Mader para OMC:
Critérios fisiológicos: A – normal; B – comprometido; C – proibitivo
Critérios anatômicos: 1 – Lesão medular; 2 – Lesão superficial; 3 – Lesão localizada; 4 – lesão
difusa.
Resposta: C

17. Prova R3 2016. Qual a classificação de Cierny-Mader


para a figura ao lado?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

Discussão:
1 – Profunda, 2 – superficial, 3 – localizada, 4 – difusa.
Critérios fisiológicos: A – normal, B – comprometido, C – proibitivo.

Resposta: B

18. Prova R3 2016. Numa pioartrite de uma criança <2 anos de idade, após o Staphylococcus
aureus, qual o segundo microorganismo mais frequente causador da infecção?
a) Salmonella
b) Pseudomonas aeruginosa
c) Neisseria gonorrhoeae
d) Haemophilus influenza

Discussão:
Salmonella é mais comum em AF e Imunossuprimidos (depois do s aureus); pseudômonas, em
usuários de drogas EV; neisseria, nos pacientes com comportamento sexual de risco. Para
crianças nesta faixa etária, devido ainda à cobertura vacinal incompleta, é o Haemophilus
influenza.
Nota: se perguntarem na prova qual o mais comum em AF e LES, não brigue com a prova.
Sempre coloque salmonela, a não ser que você efetivamente possa entrar com recurso depois,
porque no Campbell fala claramente que S aureus é mais comum em todos, mas a proporção
de salmonela é aumentada nestes casos.
Resposta: D

03. Prova R2 2016. O paciente com LES apresenta maior predileção que o restante da
população para artrite séptica por qual patógeno?
a) Pseudomonas
b) Salmonella
c) Kingella
d) Haemofilus

Discussão:
Salmonela, assim como falciforme.
Resposta: B

13. Prova R2 2016. Na artrite séptica hematogênica:


a) o infiltrado inflamatório inicial é pobre em leucócitos mononucleares
b) a degradação da cartilagem não tem relação com a concentração de linfócitos T
c) sua fisiopatologia está relacionada à ausência de membrana basal nos capilares
d) a fagocitose da bactéria é estimulada pela presença de fibroblastos sinoviais

Discussão:
A infecção se inicia com uma bactéria que invade a junção sinóvia-cartilagem e se dissemina
pelo líquido sinovial. Há reação inflamatória inicialmente com PMN e depois LMN (nas
próximas 3 semanas). Destruição articular aparente após 4-6 dias. Ocorre após 2 dias da
inoculação da bactéria, pela produção de toxinas, enzimas inflamatórias e linfócitos T.
Toxinas bacterianas estimulam a proliferação de linfócitos T.
Destruição completa ocorre em aproximadamente 4 semanas.
Resposta: C

18. Prova R2 2016. No mal de POtt, a região da coluna mais comumente acometida é a:
a) cervical
b) torácica alta
c) transição toracolombar
d) transição lombossacral

Discussão:
O mal de pott acomete principalmente a transição toracolombar. Mais informações no 1000
questões de coluna.
Resposta: C

19. Prova R2 2016. Na infecção pós osteossíntese, o biofilme é mais bem descrito como:
a) comunidade de bactérias sésseis com glicocálix
b) colônia de estafilococos meticilina resistentes
c) corrosão induzida por liberação de debris
d) metalose imunológica do hospedeiro

Discussão:
O biofilme é uma comunidade de bactérias sésseis com glicocálix. A paixão dos infectologistas
ortopédicos, sua razão existencial. Alguns enchem a boca para falar disso. Glicocálix: a
fronteira final da infectologia.
Desculpem, me empolguei.
Resposta: A

22. (TARO 2016) No tratamento da infecção pós-osteossíntese, o uso local de antibiótico


associado ao PMMA requer que a droga escolhida seja:
a) termolábil
b) lipossoluvel
c) termoestável
d) hidrossolúvel

Discussão:
O medicamento adicionado ao cimento deve ser termoestável, pois, durante o processo de
polimerização, o efeito exotérmico tornaria um medicamento termolábil inútil.
Resposta: C

72. TARO 2016. Numa criança com limitação para o apoio do membro e leucocitose de
13.000/ml, a probabilidade de artrite séptica do quadril é de aproximadamente:
a) 10%
b) 40%
c) 70%
d) 90%

Discussão:
Critérios de Kocher para artrite séptica:
História de febre
Incapacidade de apoiar o membro
VHS de pelo menos 40
Leucócitos de mais de 12.000
0 preditores = 0,2%
1 = 3%
2 = 40%
3 = 93,1%
4 = 99,6%
Resposta: B

34. (TEOT 2016) Qual a bactéria mais comum na discite de um paciente usuário de drogas?
a) Pseudomonas
b)
c)
d)

Discussão:
Principal agente etiológico da discite: S. aureus. No usuário de drogas EV: P. aeruginosa.
M. tubercolosis: principal agente não piogênico.
Resposta: A

32. (TARO 2014) A infecção pós osteossíntese do tipo precoce geralmente é causada pelo
staphylococcus
a) aureus e streptococcus sp
b) aureus e BGN
c) coagulase negativo e streptococcus sp
d) coagulase negativo e BGN

Discussão:
Infecção precoce, que ocorre dentro de duas semanas: predominantemente adquirida durante
o trauma ou na cirurgia do implante, causada por organismos altamente virulentos, como S
aureus e BGN.
Resposta: B

46. (ER 2017) Na osteomielite hematogênica pode-se afirmar que:


a) Deve-se esperar o resultado das culturas para inicair o tratamento empírico com
antibióticos.
b) Não deve ser colhida amostra para exame AP devido ao risco de se confundir com sarcoma
de Ewing.
c) O tratamento cirúrgico deve ser realizado em todos os casos, mesmo naqueles sem abscesso
e com boa resposta ao tratamento com antibióticos.
d) A positividade da cultura do osso é maior que da hemocultura.

Discussão:
Vamos analisar os itens, sem considerar nenhum conhecimento, apenas bom senso:
a) Se você vai esperar culturas, não é mais empírico. A resposta não faz sentido.
b) É melhor comer bola do sarcoma de Ewing, então? Brilha lá no tribunal depois.
c) Se tem uma coisa que aprendi no IOT, depois de inúmeras limpezas, é: se está dando
certo, você vai operar por quê? Para purgar?
d) Realmente, hemocultura é um lixo. Com certeza, pegar um fragmento do local
infectado terá mais chances de resultados positivos do que esperar achar o bicho na
corrente sanguínea.
Agora, com um background de livros texto:
Cirurgia não é necessária sempre, mas é essencial quando se obtem pus na aspiração, ou
quando há alterações radiográficas de osteomielite, indicando pus, material necrótico e
inflamação crônica. Se estes não estão presentes, pode-se indicar uma tentativa de
tratamento com antibiótico, mas apenas após a obtenção de material para cultura. Se o
paciente não responder em 36 48 horas, ou o antibiótico está errado, ou se formou um
abscesso.
O agente causal pode ser identificado em 50% dos pacientes através de hemocultura;
aspiração óssea, por outro lado, na maioria das vezes identifica o organismo. Deve-se realiza-la
na área de inchaço e sensibilidade máximas, geralmente na metáfise. Aspira-se o subperiósteo
primeiro.
Resposta: D

84. (ER 2017) Na artrite séptica poliarticular causada pelo S aureus, é mais grave quando
associada com:
a) AR ou herpes zoster
b) AR ou hemofilia
c) Herpes zoster ou pancreatite
d) imunossupressão ou pancreatite
Discussão:
Poliartrite séptica causada por S aureus é extremamente grave em pacientes com AR,
hemofilia ou imunossupressão, e a mortalidade relatada é de 56%.
Resposta: B

39. (TEOT 2014) Na infecção pós osteossíntese, o tratamento cirúrgico depende de:
a) tipo, estabilidade, germe
b) tempo, estabilidade, necrose óssea
c) estado geral do paciente, estabilidade do MS e necrose
d) estado geral, germe, tempo

Discussão:
Não há uma bibliografia específica para esta questão. Entretanto, fatores que são levados em
consideração em uma infecção pós osteossíntese para nortear o tratamento cirúrgico:
Tempo – quanto mais precoce a infecção, maior a intenção de se manter o material de síntese.
Estabilidade – material de síntese instável deve ser removido.
Necrose óssea – a presença de sequestro ósseo indica intervenção para limpeza e
desbridamento.
Estado geral do paciente – pacientes em sepse por infecção pós operatória indicam
tratamento imediato, enquanto nos pacientes estáveis o tratamento pode ser eletivo.
Resposta: B e C são possíveis. Eu consideraria correta a C, uma vez que o estado geral do
paciente seria mais importante que o tempo de implante.
Trauma
21. Entende-se por consolidação primária a:
a) que ocorre naturalmente, sem intervenção
b) obtida sob condições de estabilidade absoluta
c) obtida sob condições de estabilidade relativa
d) obtida com fixação de placas

Discussão:
A consolidação óssea respeita três fases:
Fase inflamatória – formação de hematoma. Células inflamatórias  fibroblastos 
condroblastos  células osteoprogenitoras
Fase de reparação: composta por formação de calo mole (colágeno, cartilagem, osteoide) e
formação de calo duro (mineralização e transformação em tecido ósseo primário
imaturo/fibroso).
Fase de remodelamento: transformação do tecido fibroso em osso lamelar.
A consolidação primária ocorre quando a redução é anatômica e a estabilidade é absoluta,
sem formação de calo – as lamelas ósseas cruzam a linha de fratura. Baixo strain.
A consolidação secundária ocorre com redução funcional e estabilidade relativa, através da
formação de calo ósseo. Alto strain.
Resposta:

22. Na síndrome compartimental na perna, com diminuição da sensibilidade da região


dorsolateral do pé, indica envolvimento do compartimento:
a) anterior
b) lateral
c) posterior superficial
d) posterior profundo

Discussão:
A região dorsolateral do pé é inervada pelo nervo sural, que é ramo do nervo tibial.
Pelo Netter, o nervo tibial faz parte do compartimento posterior profundo (ele não cita onde
fica o sural entre os compartimentos). Entretanto, a bibliografia da questão é o Rockwood 6; e,
mesmo no 8, ele apresenta diferentes áreas de parestesia de acordo com o compartimento
comprimido:

Resposta: C
23. A curvatura anterior do fêmur no adulto é menor em:
a) brancos
b) negros
c) asiáticos
d) índios

Discussão:
Por um estudo realizado, a curvatura anterior se mostrou maior na raça negra. A bibliografia
da questão é o Rockwood 6. O 8 não menciona mais este fato.
Resposta: B

975. Sobre a fixação externa na fratura exposta de ossos da perna, assinale a alternativa falsa:
a) permite o controle do dano local em fraturas com grave lesão de partes moles
b) provê estabilidade absoluta
c) pode ser usada no tratamento definitivo das fraturas
d) provoca menos dano ao suprimento sanguíneo ósseo

Discussão:
Todas as afirmativas são verdadeiras, mas o fixador externo não provê estabilidade absoluta.
Resposta: B

976. Com relação às montagens do fixador externo, é correto afirmar, exceto:


a) a distância dos fios/pinos de Schanz do foco de fratura: quanto mais perto, mas rígido
b) quanto mais distantes entre si os pinos de Schanz forem inseridos em cada fragmento
principal, mas rígido
c) a distância do tubo longitudinal (barra) de conexão: quanto mais próxima do osso, mais
rígido
d) a combinação de fixador externo com fixação interna limitada (parafuso de tração) é
altamente indicada

Discussão:

Resposta:

977. Sobre as pseudoartroses pós traumáticas:


a) é a não consolidação de uma fratura
b) é o retardo de consolidação de uma fratura
c) presença de neuropatia não interfere na consolidação
d) todas estão corretas

Discussão:
Pseudoartrose indica que ainda há fratura e não ocorreu consolidação. Tecnicamente existem
diferenças entre atraso da consolidação (quando demora mais do que o tempo esperado para
consolidar), não consolidação (quando a fratura não consolida) e pseudoartrose (uma fratura
não consolidada com formação de cápsula e presença de líquido articular no foco de fratura).
No nível celular, é considerada como interrupção do processo de reparação periosteal antes de
formar uma ponte óssea no foco de fratura.
Fatores causais:
Características da fratura: osso, local anatômico (vascularização local), lesão de partes
moles, perda óssea, risco de infecção (fraturas expostas).
Características do paciente: DM, tabagismo, desnutrição, imunossupressão, câncer,
esteroides, uso abusivo de AINE, idade avançada (não totalmente comprovado).
Características do tratamento: técnicas de estabilidade, emprego adequado da técnica,
desvitalização dos tecidos.
Infecção.
Classificação:
Séptica ou asséptica
Pela atividade biológica:
Atrófica: desvitalização de tecidos ao redor; ausência de eventos biológicos de cura;
precisa de estímulo biológico para o tratamento.
Oligotrófica: intermediária entre atrófica e hipertrófica; pode ser diferenciada pela
cintilografia (capta marcador).
Hipertrófica: hipervascular, vital, viável; instabilidade da fratura – boa biologia.
Pseudoartrose franca: propriedades de hipertrófica, criando uma articulação
verdadeira.
Resposta: A

978. Com relação à classificação de Willeneger e Roth:


a) é utilizada para pseudoartroses, sendo dividia em infectada e não infectada, com ou sem
perda óssea, vascular ou avascular
b) é utilizada para classificar osteomielites: subdivide-se em aguda, subaguda ou crônica
c) classifica as infecções pós fixação interna
d) classifica as infecções pós fixação externa.

Discussão:
Classificação de WIlleneger e Roth: Infecções após fixação interna.
Precoce – dentro de duas semanas.
Retardada: 3ª a 10ª semanas.
Tardia: após 10 semanas.
Resposta: C

979. Fixadores externos são dispositivos que suportam carga, parte desta é transferida para os
pinos de Schanz transcorticais que são submetidos predominantemente às forças de tração e
flexão. Assinale a alternativa correta:
a) os pinos de Schanz apresentam maior resistência à tração quanto maior for a diferença
entre os diâmetros externo e interno
b) a resistência à força de arranchamento independe dos diâmetros externo e interno do pino
de Schanz
c) pinos de Schanz cônicos apresentam maior resistência às forças de tração
d) pinos de Schanz cilíndricos apresentam maior resistência às forças de tração.

Discussão:
Não há diferença entre a forma dos Schanz e a sua resistência.
Schanz com maior diferença entre os diâmetros apresentam roscas mais profundas e,
portanto, melhor fixação óssea.
Resposta: A

980. O fixador externo linear, aplicado na emergência, provê estabilidade temporária de um


membro, permitindo que os tecidos moles se recuperem. Sobre a conversão para síntese
interna é correto:
a) evidência de infecção no trajeto do pino, quando a conduta mais adequada é a remoção do
fixador e fixação interna definitiva
b) a conversão é aceita mesmo na vigência de partes moles inadequadas
c) após a conversão, o local de inserção dos pinos deve ser suturado
d) a conversão é considerada segura se realizada até 2 semanas após a fixação externa, desde
que os trajetos dos pinos estejam sem sinais de infecção.

Discussão:
Se sinais de infecção no trajeto do pino, pode-se considerar trocar da posição do fixador,
antibióticos, curetagem, e conversão quando não houver mais sinais de infecção. Partes moles
inadequadas contraindicam infecção. Não se sutura o local de inserção dos pinos por ser
considerado contaminado.
Resposta: D

981. Sobre o fixador externo modular uniplanar (técnica proposta pelo grupo AO)
a) apresenta menor estabilidade que o fixador uniplanar de tubo único
b) é de difícil execução e exige uso acentuado de fluoroscopia
c) apresenta vantagens em fraturas com desvios acentuados e extensa lesão de partes moles
d) a redução deve ser obtida antes do posicionamento dos pinos de Schanz

Discussão:
É a técnica conhecida como tubo a tubo. Permite a colocação de pinos de Schanz nas posições
ais convenientes nos fragmentos, manipulação para redução sem lesão de partes moles, e
depois fixação com conectores. Não necessita de uso excessivo de fluoroscopia. Apresenta
maior estabilidade que o uniplanar de tubo único, mas teoricamente igual ao uniplanar de
tubo duplo.
Resposta: C

982. Na comparação do comportamento mecânico de diferentes sistemas de fixação externa,


observamos:
a) fixador uniplanar de tubo duplo (duas barras) apresenta maior estabilidade que fixador
biplanar
b) o uso de pinos e fios transfixantes agrega estabilidade ao sistema
c) o fixador uniplanar de tubo único apresenta estabilidade semelhante ao fixador uniplanar de
tubo duplo, sendo desnecessária a adição da segunda barra
d) fixador modular uniplanar apresenta maior estabilidade que o fixador uniplanar linear de
tubo duplo

Discussão:
Em ordem crescente de estabilidade: fixador uniplanar nilateral de tubo único, fixador modlar
uniplanar de tubo único, fixador uniplanar unilateral de tubo duplo, armação biplanar
unilateral (delta), armação bilateral com pinos transifxantes e fixador externo circular.
Proximidade da barra ao osso e mais de uma barra são fatores que agregam estabilidade.
Resposta: B

983. EM relação ao tratamento de PSa infectada de ossos longos, é correto:


a) o uso de fixadores externos mostrou-se ineficaz para a consolidação da PSA, sendo
adequado aguardar a resolução da infecção e realizar síntese interna com enxerto ósseo
b) o encurtamento agudo (após ressecção dos tecidos infectados e desvitalizados) não deve
ser realizado, sendo adequada a realização do transporte ósseo.
c) o método de ilizarov, associado ao encurtamento agudo com subsequente alongamento
ósseo, mostrou-se eficaz para o tratamento de psa infectada.
d) após a ressecção dos tecidos infectados, o uso de enxerto ósseo é fundamental para a
consolidação da PSA
Discussão:
O método de ILZ (desbridamento, encurtamento, alongamento) é adequado para o tratamento
de PSA infectada. Fixadores externos são uma opção válida para o tratamento de PSA
infectada, uma vez que a síntese interna está contraindicada na vigência de infecção. Evita-se
usar enxerto ósseo em PSA infectadas, devido ao risco de infecção pelo material biológico.
Resposta: C

984. Segundo ILZ, a corticotomia adequada para realização de alongamento ósseo ou


transporte deve ser feita, preferencialmente:
a) com osteótomo/formões largos, finos e retos
b) com osteótomo estreito, curvo e grosso
c) com serra, em corte único, incluindo o periósteo
d) com múltiplas perfurações no periósteo, seguida do uso de formões para completar o corte

Discussão:
A técnica modificada por ILZ promove a preservação de periósteo e medula óssea. Utiliza-se
um osteótomo estreito, curvo e grosso, evitando-se separação e clivagem do periósteo no
lugar inicial do corte. Fazem-se as corticotomias anterior, lateral e medial, posteriormente
realizando-se a posterior com o giro do osteótomo.
Resposta: B

985. Em um fixador externo circular o posicionamento, a orientação e o número de dobradiças


são fatores críticos para a correção da deformidade. É correto afirmar que:
a) dobradiças situadas no lado côncavo da deformidade angular depois da retificação causam
um efeito de tração
b) quanto mais próximo do centro de rotação da angulação, maior será o alongamento
c)dobradiças situadas no lado convexo resultam em compressão
d) dobradiças posicionadas na borda, do lado convexo da deformidade, produzem cunha de
abertura após a retificação dos anéis

Discussão:
Dobradiças situadas no lado côncavo: compressão.
No lado convexo: abertura em cunha. Com alguma distância do lado convexo: tração e
alongamento.
Quanto mais disatnte do CORA, sobre a sua bissetriz, maior será o alongamento.
Resposta: D

986.Na montagem de um fixador externo circular, é correto:


a) durante a introdução do fio, quando este atravessa a musculatura flexora, o membro deve
estar estendido, e quando o fio passa no grupo muscular do lado oposto, o membro deve estar
flexionado.
b) o uso apenas de fios, sem o uso de pinos, não confere estabilidade adequada
c) o uso de fios olivados não previne fuga lateral do sistema, sendo utilizados pinos para esta
função
d) infecção no trajeto dos fios ocorre geralmente por germes hospitalares, sendo de difícil
resolução. O tratamento envolve antibioticoterapia prolongada.

Discussão:
Os fios são introduzidos como em (a), permitindo maior amplitude de movimentos.
ILZ utilizava apenas fios, e isso dava estabilidade suficiente ao sistema.
Fios olivados passados de medial para lateral e vice-versa apresentam bom controle de fuga
lateral.
A infecção envolve geralmente germes de pele, e apresenta dificuldade de resolução pela
presença de biofilme.
Resposta: A

987. A sequencia da montagem proposta pelo grupo AO do fixador externo linear para
controle de dano em ossos longos segue os seguintes passos:
a) fixação dos pinos centrais o mais próximo da fratura, união deste pinos com duas barras,
sendo a primeira proxima da pele, fixação dos pinos de schanz das extremindades, com o
máximo de distância da fratura.
b) fixação dos pinos de Schanz das extremidades, com o máximo de distância da fratura; união
destes pinos com duas barras, sendo a primeira proxima da pele; fixação dos pinos centrais o
mais próximo da fratura
c) fixação dos pinos da extremidade; união com uma barra proxima da pele; fixação dos pinos
centrais o mais próximo da fratura; colocação da segunda barra
d)fixação dos pinos mais distantes; união com uma barra; fixação dos pinos centrais distantes
do foco de fratura para aumento da área de trabalho; colocação da segunda barra.

Discussão:
Redução - Dois schanz mais distantes – Barra proxima da pele – segunda barra – schanz mais
próximos do fragmento. O conector serve como guia. Pode ser realizada rapidamente até
mesmo sem escopia.
Resposta: B

988.Em relação ao estresse mecânico ao qual os fixadores externos são submetidos, é correto
afirmar:
a) a carga imposta ao fixador externo é distribuída uniformemente por toda a montagem
b) a interface pino osso é o local de menor concentração de forças na montagem do fixador
externo
c) o estresse mecânico imposto aos pinos de schanz concentra-se em sua porção fixa aos
anéis/tubos
d) o talo liso apoiado na cortical cis aumenta a resistência dos pinos ás forças de flexão.

Discussão:
O estresse mecânico ocorre na porção rosqueada na interface pino/osso, um local de
deformação quando submetido a flexão. Nestes locais ocorre soltura e infecção.
O talo liso na cortical cis determina resistência significativamente maior a flexão sem que se
perda resistência a tração.
Resposta: D

989. Para perdas ósseas da tíbia de até 7cm,e stá indicada a técnica de:
a) transporte ósseo externo
b) transporte ósseo interno
c) transporte ósseo combinado
d) nda

Discussão:
Transporte ósseo externo está indicado quando a distância não ultrapassar 5 a7 cm. Passam-se
FK transversalmente aos fragmentos e por mudanças dos anéis aos quais estão fixados,
permite-se o alongamento e correções e deformidades.
Resposta: A

990. o local mais indicado par se realizar a corticotomia dos ossos longos para alongamento
ósseo é na região:
a) diafisária
b) metafisária
c) epifisária
d) cicatriz fisária

Discussão:
Áreas metafisárias, uma camada compacta relativamente fina, situada na transição da
cavidade medular para o osso trabecular são os melhores locais para a corticotomia. Devem
distar 6 a 7 cm da articulação.
Resposta: B

991. No alongamento ósseo da tíbia, deve ser realizada a ressecção de um segmento fibular
para permitir alongamento? Em que nível?
a)não é necessário
b) sim, no nível da corticotomia tibial
c) sim, em nível diferente da corticotomia tibial
d) sim, em dois níveis, proximal e distal à corticotomia tibial

Discussão:
Sempre deve ser realizada fibulotomia, preferencialmente em nível diferente, para evitar
desvio tibial, e convém realizar fibulectomia de 0,5-1cm, pelo para evitar consolidação
precoce.
Resposta: c

992. em relação à velocidade de correção das deformidades angulares dos ossos longos e à
taxa de regeneração óssea diária, podemos afirmar que:
a) a correção deve ser aguda e a taxa de regeneração óssea diária é de 1,2-1,5mm
b) a correção deve ser progressiva e a taxa de regeneração é 0,8-1,2mm
c) aguda, 0,8-1,2mm
d) progressiva, 1,2-1,5mm

Discussão:
A deformidade angular deve ser corrigida sempre de forma progressiva. O tecido ósseo se
regenera numa taxa de 0,8-1,2mm/dia, e os tecidos moles, 3mm/dia.
Resposta: B

993. Para realização de alongamento ósseo, deve ser levado em conta todos os fatores abaixo,
exceto:
a) o suprimento sanguíneo do fragmento ósseo
b) a rigidez da fixação dos fragmentos osteotomizados
c) ritmo de distração
d) independe da manutenção da função do membro a ser alongado

Discussão:
A funcionalidade do membro tem de ser preservada, se não, não há benefício na realiação de
um alongamento. Suprimento sanguíneo, rigidez da fisação e ritmo de distração também
devem ser levados em conta.
Resposta: D
994. a complicação mais comum nos alongamentos ósseos, no caso de braquimetatarsia, é:
a) rigidez da primeira articulação mtf
b) psa do 1 mt
c) dor na cabeça do 1 mt
d) OA da 1 mtf

Discussão:
Braquimetatarsia acomete principalmente primeiro e quarto MTT.
Complicações mais comuns: rigidez da 1 mtf; deformidade em cavo do pé, hálux valgo, fratura
do osso regenerado.
Resposta: A

995. Pode-se dizer que após a retirada do fixador externo durante o alongamento ósseo dos
membros inferiores:
a) há uma diminuição da força muscular permanente após a retirada do fixador externo
b) há uma diminuição da força muscular temporária após a retirada do fixador externo,
normalizando-se em dois anos
c) não há uma diminuição da força muscular após a retirada do fixador externo
d) há uma diminuição da força muscular temporária após a retirada do fixador externo,
normalizando-se em 3 anos

Discussão:
Após 2 anos da retirada do fixador, a musculatura volta aos níveis pré-alongamento, sem
limitações para atividades funcionais.
Resposta: B

996. O principal fator limitante para o alongamento ósseo é:


a) qualidade óssea
b) condições de partes moles
c) contraturas articulares
d) força muscular

Discussão:
Partes moles são o principal limitante: podem causar contraturas musculares, rigidez articular,
subluxação e desvios axiais.
Resposta: B

997. O desvio mais comum da tíbia, quando se realiza o alongamento ósseo pelo método de
ILZ, e a porcentagem de alongamento em que há um aumento da taxa de complicações são:
a)varo, 35%
b) valgo, 25%
c) valgo, 35%
d) varo, 25%

Discussão:
Desvio em valgo é o mais comum no alongamento por IZ, e alongamentos acima de
25%aumentam consideravelmente a taxa de complicações.
Resposta: B
998. Durante a distração óssea, o maior contribuinte para o crescimento ósseo, visto que a
cortical está rompida para o alongamento, é:
a) o periósteo
b) a medular
c) as partes moles
d) nda

Discussão:
O periósteo é o principal contribuinte para a osteogênese. As partes moles, o principal
bloqueio.
Resposta: A

999. A partir de qual porcentagem de alongamento ósseo, em relação ao comprimento inicial,


a musculatura passa a sofrer dano histológico:
a) 10%
b) 20%
c) 30%
d) 40%

Discussão:
Ocorrem mudanças histopatológicas significativas nos músculos com mais de 30% de
alongamento.
As lesões de vasos e nervos também ocorrem, mas são temporárias (2 meses).
Resposta: C

1000. Qual osso possui consolidação mais acelerada quando sofre alongamento ósseo: fêmur
ou tíbia? E qual consolida mais rapidamente quando o alongamento é bifocal?
a)fêmur e fêmur
b) fêmur e tíbia
c) tíbia e fêmur
d) tíbia e tíbia

Discussão:
O fêmur apresenta consolidação mais rápida que tíbia no alongamento; e a tíbia consolida
mais rápido com corticotomia bifocal.
Resposta: B
20. Prova básicas R2 2015. Qual o diâmetro externo de um parafuso esponjoso de 6.5?
a) 4.5
b) 7.0
c) 6.5
d) 7.5

Discussão:
Tipo Diâmetro externo Broca Alma
6.5mm 6.5mm 4.5mm 4.3mm
4.5mm 4.5mm 3.2mm 3.0mm
3.5mm 3.5mm 2.5mm 2.4mm
Diâmetro externo = diâmetro da rosca
Alma = diâmetro “interno” do parafuso (parte lisa)
Broca = geralmente 0.1 ou 0.2mm maior que a alma.
Resposta: C
21. Prova básicas R2 2015. Quantos graus de inclinação uma palca DCP permite na direção
transversa e longitudinal?
a) 7 graus e 25 graus
b) 10 graus e 30 graus
c) 15 graus e 7 graus
d) 10 graus e 15 graus

Discussão:
A placa DCP permite uma inclinação de 25 graus na direção longitudinal e 7 graus na direção
transversa.
Resposta: A

23. Prova de básicas R2 2015. Em uma SCA da mão, há necessidade descomprimir todos os
compartimentos. Quantos são no total?
a) 8
b) 9
c) 10
d) 11

Discussão:
São 10 compartimentos na mão: Tenar (músculos abdutor curto do polegar, flexor curto do
polegar, oponente do polegar); hipotênar (ad. Dmin, fcdmin, oponente dmin); Adutor (adutor
do polegar); interósseo palmar (3); interósseo dorsal (4). Acessíveis por duas incisões dorsais
(sobre 2 e 4 MC) e uma medial (túnel do carpo).
Resposta: C

24. Prova de básicas R2 2015. Em casos de pseudoartrose oligotrófica, sua estratégia de


tratamento será:
a) melhora da redução e enxerto ósseo
b) aumento da estabilidade
c) antibiótico
d) compressão do foco

Discussão:
Classificação de Weber e Cech de pseudoartrose:
Capazes de reação biológica: Pata de elefante, Pata de Cavalo, Oligotrófica.
Incapazes de reação biológica: Fratura em asa distrófica; necrótica (segmento avascular);
defeito ósseo; atrófica.
Em pseudoartroses capazes de reação biológica, a melhora da redução e estabilidade pode
resolver o defeito. Entretanto, a oligotrófica é quase incapaz de reação, sendo considerável,
também, a utilização de enxerto ósseo. Não uniões atróficas podem vir a necessitar de
enxertos vascularizados.
Resposta: A

25. Prova básicas R2 2015. Na classificação AO de lesões de partes mooles, no caso de fratura
fechada com contusão, acometimento de apenas um compartimento e sem lesão nervosa,
está correto:
a) IC2, MT2, NV1
b) IC1, MT0, NV0
c) IC2, MT1, NV0
d) IC2, MT0, NV1
Discussão:
Classificação AO de lesões de partes moles:
Bizu: não tem nenhum zero. Exceto pela exposta, todas começam com sem lesão. Todas vão
até 5. A NV segue ordem alfabética.
Lesões fechadas de pele
IC1 Sem lesão
IC2 Contusão
IC3 Desluvamento circunscrito
IC4 Desluvamento fechado extenso
IC5 Necrose da contusão

Lesões de pele abertas


IO1 Lesão de pele de dentro para fora
IO2 Lesão de pele de fora para dentro <5cm, pontas contundidas
IO3 Lesão de pele de fora par adentro >5cm, aumento da contusão,
pontas desvitalizadas
IO4 Contusão considerável de profundidade total, desluvamento
aberto extenso, perda de pele
IO5 Desluvamento extenso

Lesões de músculo e tendões


MT1 Sem lesões
MT2 Circunscrita, 1 compartimento
MT3 Considerável, 2 compartimentos
MT4 Defeito muscular, laceração tendíneas, contusão muscular
extensa
MT5 SCA/lesão por esmagamento

Lesão de nervos e vasos


NV1 Sem lesão
NV2 Lesão nervosa isolada
NV3 Lesão vascular localizada
NV4 Lesão vascular extensa
NV5 Lesão combinada, com amputação subtotal ou total.

Resposta: A

26. Prova básicas R2 2015. São critérios de definição do paciente politraumatizado, exceto:
a) ISS>16
b) Lesão pulmonar
c) Coagulopatia
d) TCE

Discussão:
Politrauma: pacientes que sofreram lesões em mais de uma região do corpo e em mais de um
órgão, com pelo menos uma dessas lesões representando risco de morte.
ISS> 16 = politrauma.1-8: pequenas lesões
9-15: moderadas
16-24: graves (politrauma)
>24 = muito graves
Resposta: A

01. Prova R3 2016. Qual a porcentagem de tratamento conservador das fraturas em geral?
a) 35%
b) 50%
c) 67%
d) 90%

Discussão:
Um estudo em 2000 mostrou: 67,6% das fraturas foram tratadas conservadoramente, sendo
63% em mulheres e 72,8% em homens. 81,7% dos MMSS, 46,8% dos MMII. 84,3% das fraturas
da pelve (mas a grande maioria era fraturas de ramos púbicos de idosos).
Apenas 7,3% dos pacientes menores de 5 anos foram tratados cirurgicamente, contra 56,9%
em pacientes de 95 anos ou mais. A maior incidência de tratamento cirúrgico – 67,4% - foi com
pacientes entre 90 e 94 anos.
Resposta: C

02. Prova R3 2016. Qual o nome da tração demonstrada na figura ao lado?


a) Braun
b) Perkins
c) Thomas
d) Fisk

Discussão:

A: Órtese de Thomas com peça de joelho de Pearson presa a ele.


B: Tração de Braun.
C: Hamilton Russell – não controla adequadamente os fragmentos femorais.
D: Perkins – mal controle do alinhamento femoral, consolidação viciosa era comum.
E: Fisk – órtese de thomas curta e uma peça de joelho articulada. Era passado um pino na tíbia
proximal, mas o paciente podia fletir o quadril e joelho puxando uma corda separada.
F: 90-90. Utilizado principalmente para fraturas proximais; ainda pode ser usado em crianças.
A vantagem é não ter a influencia da gravidade causando translação posterior.
Resposta: A

03. Prova R3 2016. A respeito da fratura ao lado é correto afirmar:


a) Apresenta alto strain e deve ser tradada por método de estabilidade
absoluta
b) Apresenta baixo strain e deve ser tratada pelo método de
estabilidade relativa
c) Apresenta alto strain e deve ser tratada pelo método de estabilidade
relativa
d) Apresenta baixo strain e deve ser tratada pelo método de
estabilidade absoluta

Discussão:
Quanto menor o número de fragmentos, maior o strain entre eles. E, quanto maior o strain,
mais rígida você opta por ser a sua fixação, pois o strain atrapalha a consolidação. Fraturas
multifragmentadas apresentam baixo strain e são normalmente tratadas com método de
estabilidade relativa, uma vez que é impossível conseguir redução anatômica e fixação rígida
em fraturas cominutas.
Resposta:B

04. Prova R3 2016. Qual o nome da pinça de redução ao lado?


a) Jungbluth
b) Farabeuf
c) Queen tong
d) Ice tong

Discussão:
Pinça de redução periarticular, Ice Tong.

Pinça pélvica com ponta bola: Queen tong.

Pinça de redução pélvica: Farabeuf (Jacaré)

Pinça de redução pélvica angulada: Matta


Pinça de redução colinear

Jungbluth é a mostrada acima, que usa parafusos para realizar a redução.


Resposta: A

05. Prova R3 2016. Qual função a placa do esquema ao lado está


desempenhando?
a) Compressão axial
b) Placa em ponte
c) Placa de neutralização
d) Banda de tensão

Discussão:
Quando colocada na face de tensão do osso, contanto que respeitados os
princípios da banda de tensão (redução anatômica, parede contralateral
preservada, sem falhas), a placa age como uma banda de tensão. Ela não deixaria de agir como
compressão axial na figura do meio, mas tem o adicional de servir como banda de tensão, o
que não ocorre na figura da direita.
Resposta: D

06. Prova R3 2016. A curva ao lado demonstra o ensaio mecânico de um certo material
pertencente a uma placa de fixação ortopédica segundo as variáveis de stress e strain. Qual
letra no gráfico representa o módulo de Young do material?

a) A
b) B
c) C
d) D

Discussão:
O módulo de Young é obtido dividindo o Stress aplicado pelo Strain obtido. É a curva
representada. A é o ponto de “redenção” (Yield point), em que a deformidade para de ser
elástica e se torna plástica. C é a última força, e D é o ponto de quebra. A área sob a curva é a
área em que o material age de forma elástica, ou seja, em que ele retorna à sua forma inicial,
ou que ele mantém sua deformidade plástica sem falhar.
Resposta: B

08. Prova R3 2016. Preencha o espaço com a informação adequada: “Quando se realiza o
macheamento de um osso cortical para a inserção de um parafuso, cerca de ___ do torque
aplicado se transforma em forças de compressão, enquanto quando não se realiza o
macheamento, apenas __ se transformam em forças de compressão”.
a) 60/40%
b) 65/5%
c) 80/50%
d) 75/25%

Discussão:

Como se pode ver na figura, em um furo não macheado, 5% do torque é utilizado para gerar
força compressiva, contra 65% do macheado, enquanto 50% são perdidos na fricção de
interface (30%), 10% na fricção da rosca (5%), e 35% cortando osso (0%). Isto não se aplica a
osso esponjoso e nem a parafusos automacheantes.
Resposta:B

09. Prova R3 2016. Qual das alternativas não apresenta um fator que aumenta a estabilidade
de um fixador externo circular?
a) Maior grossura do fio
b) Cruzamento dos fios num ângulo mais próximo de 90
c) maior diâmetro dos aneis
d) maior tensão no fio

Discussão:
Quanto mais próximos os anéis estiverem do osso, maior a estabilidade do fixador externo. O
resto está correto.
Resposta: C

10. Prova R3 2016. Segundo ILZ, a maneira mais adequada de realizar uma osteogênese por
distração é seguir uma taxa e um ritmo de distração de:
a) 1mm em 4X/d
b) 1mm em 2X/d
c) 2mm em 4X/d
d) 2mm em 2X/d

Discussão:
A tjaxa de reformação óssea é 1mm/dia. Dividir em 4 progressões (0,25mm por vez) seria a
forma mais homogênea factível (a não ser que houvesse uma máquina de progressão
contínua).
Resposta: A

12. Prova R3 2016. Paciente de 35 anos de idade sofre trauma de moderada energia há 8
horas, hemodinamicamente estável durante todo o atendimento, apresenta lesão por
esmagamento em perna direita, na qual está sem pulso e com perfusão periférica diminuída.
Na dúvida de qual conduta tomar, você opta por calcular o escore de MESS para auxilia-lo na
decisão. Qual é o valor e qual conduta ele sugere?
a) 7 - preservar
b) 7 - amputar
c) 8 - preservar
d) 9 - amputar

Discussão:
Escore de MESS para membro mutilado:
<7 Salva
> 7 amputa
Pontos Partes moles Hemodinâmica Perfusão (X2 se Idade
>6h)
0 Estável Normal <30
1 Baixa energia Estável após Pulso diminuído 30-50
medidas
2 Moderada Instável Sem pulso com >50
perfusão
3 Alta com lesões Sem pulso e sem
neurovasculares perfusão
4 Amputação parcial
ou total
Total: 14.
É bom saber que existe o escore do hospital da Ganga, que faz parte do Rockwood 8. Em
algum momento alguém vai se tocar e colocar ele na prova. Aí, o sonho acabou.
Lembrar: 14 ou menos, preservar, 17 ou mais, amputar. 15-16 zona cinzenta, a ser avaliada de
a cordo com cada paciente.
h
Resposta: B

13. Prova R3 2016. Numa amputação trasntibial de um membro que não apresenta doença
isquêmica, qual é o tamanho ideal do coto distal ao joelho para melhor função do mesmo?
a) 7,5-12,5cm
b) 12,5-17,5cm
c) 15-20cm
d) 17,5-22,5cm

Discussão:
A indicação tradicional de uma amputação eletiva é
12,5-17,5cm da articulação. Entretanto, vale lembrar
que em amputações com função vascular ruim, o que
dita é o ponto de melhor vascularização para poder
fechar o coto. E, em amputações traumáticas, quanto
mais longo o coto, melhor.

Resposta: B

14. Prova R3 2016. Qual o nome da amputação


mostrada na figura ao lado?
a) Boyd
b) Pirogoff
c) Syme
d) Wagner

Discussão:
A amputação de Syme é realizada no nível dos maléolos, com ressecção destes. É importante
realizar uma tenodese entre o tibial anterior e o tendão calcâneo (e também fixar transósseo),
para manter o coxim plantar no lugar.
A amputação de Pirogoff é semelhante à amputação de Boyd, em que ambas mantém apenas
o calcâneo, mas há diferença no corte.
Resposta: C

15. Prova R3 2016. Em relação à questão anterior, qual a complicação típica que pode ocorrer
de 7,5 até 45% das vezes?
a) Migração do coxim calcâneo
b) Tendinopatia do tendão calcâneo
c) Sinostose tibiofibular
d) Tendinopatia do tibial anterior

Discussão:
A complicação mais comum é a migração do coxim calcâneo. Por isso se deve sempre fazer a
tenodese do tendão, para tentar manter o coxim o mais fixo possível. É uma complicação que
não ocorre com uma amputação supramaleolar, ou com Boyd/Pirogoff.
Resposta: A

34. Prova R3 2016. No paciente politraumatizado, o que não caracteriza SIRS?


a) Temperatura menor que 36
b) PaCO2 < 32
c) Bastões >12%
d) FC > 90

Discussão:
Critérios de SIRS
T<36 ou >38
FC > 90
FR>20 ou PaCO2 < 32
Leuco > 12000 ou <4000 ou >10% bastões

Resposta: O gabarito oficial é C, mas, como pode ver, a questão deveria ter sido anulada. Acho
que todo mundo acertou e ninguém se deu ao trabalho de reclamar.

35. Prova R3 2016. Sobre os pacientes politraumatizados, assinale a alternativa errada:


a) Pacientes com fratura de fêmur bilateral são classificados como borderline
b) O paciente considerado borderline não deve receber o tratamento definitivo no primeiro
momento cirúrgico
c) IL-6 acima de 500 representa fator de mau prognóstico
d) No trauma de pelve grave sendo estabilizado com o lençol, este só deve ser retirado após a
fixação externa.

Discussão:
Pacientes borderline pode ser submetidos a ETC, entretanto, isto deve ser pesado. Alguns
podem se beneficiar de Damage Control.
Resposta: B
37. Prova R3 2016. Os sítios que mais acarretam SCA são, em ordem de maior para menor
frequência:
a) diáfise da tíbia, rádio distal, diáfise do antebraço
b) Radio distal, fêmur distal, diáfise da tíbia
c) Diáfise da tíbia, fêmur distal, rádio distal
d) Diáfise da tíbia, radio distal, fêmur distal

Discussão:
Os locais onde mais ocorre SCA: Diáfise da tíbia 36% > rádio distal 9,8% > diáfise do antebraço
7,9%
Resposta: A

38. Prova R3 2016. Sobre a SCA, assinale a correta:


a) Ausência de pulso é a primeira manifestação da SCA
b) A medida da PIC deverá ser feita a mais de 5cm do foco de fratura
c) As fibras brancas são mais sujeitas a isquemia e necrose
d) Os limites de pressão critica situam-se 10-20mmHg abaixo da pressão diastólica arterial, ou
25-30mmHg abaixo da PAM.

Discussão:
A primeira manifestação é dor, geralmente desproporcional.
Atinge 10 homens para cada mulher.
Fibras tipo 1 – vermelhas. Contração lenta, metabolismo aeróbico. Mais sujeitas a isquemia e
necrose.
Fibras tipo 2 – brancas. Contração rápida, mais resistentes a isquemia, metabolismo aeróbico.
Paralisia e pulso diminuído são sinais tardios de SCA.
A medida da PIC é realizada em até 5cm da lesão.

Resposta: D

39. Prova R3 2016. O pé é composto de quantos compartimentos?


a) 8
b) 9
c) 10
d) 3

Discussão:
Pé: 9
Mão: 10
Resposta: B

40. Prova R3 2016. Qual o nível crítico do strain do osso, em porcentagem?


a) 5
b) 0
c) 2
d) 10

Discussão:
2% é o nível crítico para permitir a consolidação óssea.
Resposta: C
41. Prova R3 2016. Defina o subtipo de pseudoartrose e o melhor tratamento direcionado para
a sua causa:
a) Pata de elefante – hipertrófica – rigidez e estabilidade
b) pata de cavalo – hipertrófica – rigidez e estabilidade
c) pata de cavalo – oligotrófica - imobilização
d) pata de elefante – oligotrófica – debridamento (otimizar estímulo biológico)

Discussão:
A não união hipertrófica tem os requisitos biológicos adequados, mas é
insuficiente em estabilidade. Necessita que se aumentem rigidez e estabilidade
do sistema.
A não união artrófica e PSA franca não têm estimulo biológico adequado, então necessitam de
desbridamento no foco de fratura até obter osso sangrante e enxerto ósseo.
Na oligotrófica, como é intermediária, na dúvida devem-se providenciar ambos.
Resposta:A

04. Prova R2 2016. Uma fratura diafisária de fêmur em um adulto com 1 cm de exposição, sem
lesão vascular, pode ser classificada segundo Gustilo e Anderson como do tipo:
a) I
b) II
c) IIIA
d) IIIB

Discussão:
Poder-se-ia argumentar que é uma lesão tipo II, pois apresenta critérios de lesão tipo I
(pequena exposição) e lesão tipo III (alta energia). Visto que a classificação de Gustillo e
Anderson não apresenta alta reprodutibilidade interavaliadores, especialmente nestes casos
borderline, é melhor seguir pelo clássico: apresentou um item que o classifica como pior, siga
por ele. Portanto, fêmur = alta energia = 3. Sem lesão vascular, é B ou A. Exposição pequena,
logo provavelmente será fechada primariamente, = A. Não se esqueça de que é uma
classificação dinâmica que pode mudar no intra ou pós-operatório.
Resposta: C

05. Prova R2 2016. Assinale a associação incorreta em relação à colocação do cateter para
monitorização da PIC nas diferentes regiões do corpo:
a) Coxa – compartimento anterior
b) Antebraço – compartimento extensor
c) Mão – compartimento interósseo
d) Perna – compartimento anterior

Discussão:
A avaliação da PIC do antebraço é feita no compartimento flexor
Resposta: B

06. Prova R2 2016. Não é uma indicação de Early Total Care:


a) Estabilidade hemodinâmica
b) Coagulação normal
c) Débito urinário maior que 1ml/kg/h
d) Lactato menor que 5mmol/L

Discussão:
Para ETC, lactato tem de ser menor que 2. Além disso: sem hipoxemia, normotermia.
Resposta: D

09. Prova R2 2016. Nas amputações, o corte da musculatura deve estar normalmente a que
distância do corte ósseo?
a) Mínimo 2cm
b) Mínimo 5cm
c) Mínimo 8cm
d) Mínimo 12cm

Discussão:
O corte deve ser de no mínimo 5 cm, para a musculatura conseguir cobrir o osso através da
miodese.
Resposta: B

12. Prova R2 2016. Na SCA da perna com diminuição da sensibilidade na região dorsolateral do
pé indica envolvimento do compartimento:
a) anterior
b) lateral
c) posterior superficial
d) posterior profundo

Discussão:
A região dorsolateral do pé é inervada pelo nervo sural, que pode ser comprimido por sca do
compartimento posterior profundo.
Resposta: D

22. Prova R2 2016. Qual o diagnóstico da radiografia ao lado?


a) Pseudoartrose hipertrófica
b) Pseudoartrose atrófica
c) Pseudoartrose em chama de vela
d) Consolidação viciosa

Discussão:
Observa-se claramente uma não consolidação com crescimento ósseo ao redor
– pseudoartrose hipertrófica.
Resposta: A

23. Prova R2 2016. Qual o melhor tratamento para o paciente com a


radiografia acima, 6 meses após a cirurgia?
a) RMS + fresagem do canal + haste de maior diâmetro
b) Desbridamento do foco + enxerto ósseo esponjoso
c) Imobilização com brace
d) Observação, pois está formando calo

Discussão:
Em uma pseudoartrose hipertrófica, precisa-se dar rigidez. Portanto, trocar a haste por uma de
maior diâmetro ajudará. Fresar ajuda também com o estímulo biológico, além de ser
importante para a haste conseguir passar neste canal.
Em tempo: não tem esta opção, mas a tíbia já está com uma haste basicamente do tamanho
do canal. Seria possível retirar a haste, fresar o canal, desbastar o foco de fratura e dar
compressão com um fixador externo circular, o que talvez seja melhor.
Resposta: A
25. Prova R2 2016. O CORA pode ser definido como?
a) Centro do eixo mecânico do membro
b) Centro do eixo mecânico do osso
c) Centro de rotação do osso com deformidade
d) Intersecção do eixo proximal e distal de um osso deformado

Discussão:
É a intersecção de dois eixos do osso, dos segmentos deformados. Geralmente feito com o
eixo anatômico, mas pode ser aplicado ao eixo mecânico também.
Resposta: D

02. Prova Anual R2 2016. As seguintes lesões de pele (escoriações, hematomas, edema) são
sugestivas de maus tratos:
a) Lesões em áreas de proeminências ósseas
b) Lesões em crianças que deambulam
c) Lesões em áreas como face, dorso, abdome, região glútea e orelhas
d) Lesões em áreas que não são cobertas pelas roupas

Discussão:
São indicativas de maus tratos lesões em áreas que podem ser cobertas pelas roupas, marcas
de queimaduras circulares como de bituca de cigarro ou em forma de ferro de passar;
queimaduras circulares em nádegas e tornozelos, como se a criança tivesse sido forçada a
sentar na água quente. Áreas como face, dorso, abdome, glúteos e orelhas indicam maus
tratos (tapas, empurrões, puxões de orelha, etc).
Lesões em áreas de proeminências ósseas e em crianças que deambulam são geralmente
acidentais.
Resposta: C

80. Prova Anual R2 2016. Assinale a incorreta a respeito das artrites sépticas:
a) a drenagem artroscópica é o tratamento de preferência para artrite séptica do joelho em
adultos.
b) Uma das vantagens da via de Klein para a drenagem do joelho é o acesso direto a bursa
entre o tendão do semimembranoso e a cabeça medial do gastrocnêmio, que geralmente se
comunica com a articulação.
c) a artrite séptica do quadril aumenta o risco de ONCF
d) o exame diagnóstico mais sensível para artrite séptica da articulação sacroilíaca é a RNM

Discussão:
O melhor exame para o diagnóstico de artrite séptica da sacroilíaca é a TC.
Resposta: D

81. Prova Anual R2 2016. Sobre a epidemiologia da SCA:


a) Mais frequente em homens jovens, na proporção H:M 2:1
b) Mais frequente em idosos do sexo masculino
c) Mais associado a idosos com DM, hipotireoidismo e uso de anticoagulantes ou homens
jovens.
d) Mais frequente em idosos que em jovens, com prevalência maior no sexo masculino que no
feminino na proporção 10:1.

Discussão:
Mais comum em jovens (30 anos homens, 44 anos mulheres); acomete 10 homens para cada
mulher. Diáfise tibial >>> rádio distal > diáfise do antebraço.
Resposta: C

21. (TARO 2016) Na fixação externa circular, o aumento da estabilidade é obtido com:
a) o uso de fios olivados
b) o aumento do diâmetro dos anéis
c) a menor angulação entre os pinos
d) o posicionamento excêntrico do osso

Discussão:
Quanto mais próximo do osso e mais cêntrico o osso estiver, mais estável será o fixador. A
angulação entre os pinos deve ser idealmente de 90 graus. Fios olivados, em relação a não
olivados, com maior tensão, e Schanz de diâmetro maior também aumentam a estabilidade.
Resposta: A

50. (TARO 2016) Na retirada de aparelhos gessados, recomenda-se a utilização de serras:


a) afiadas, movendo-se a lâmina de forma contínua
b) afiadas, movendo-se a lâmina de forma intermitente
c) pouco afiadas, movendo-se a lâmina de forma contínua
d) pouco afiadas, movendo-se a lâmina de forma intermitente

Discussão:
Estudos mostraram que aumento da grossura do gesso, pouco acolchoamento e aumento de
uso da lâmina resultam em maiores temperaturas. Sendo assim, as lâminas têm de ser
checadas e trocadas frequentemente, pois lâminas cegas podem aumentar o calor gerado e
potencial para morbidade.
Um erro comum é deslizar a serra ao longo do gesso, assim aumentando a chance de corte ou
queimadura. A técnica adequada indica que a lâmina seja usada alternando pressão firme com
relaxamento no material e depois retirar e recolocar em outro local. Além disso, deve-se sentir
a lâmina e pausar durante o processo de remoção quando necessário para que ela esfrie.
Resposta: B

64. TARO 2016. Na correção de uma deformidade na diáfise da tíbia, se o CORA, o eixo de
correção e a linha de osteotomia estão no mesmo ponto, devemos realizar:
a) rotação
b) angulação
c) translação
d) translação e angulação

Discussão:
Resultados possíveis utilizando-se osteotomia para correção de deformidade:
O Cora, o eixo de correção e a osteotomia estão todas no mesmo ponto: corrige-se com
angulação.
O CORA e o eixo de correção estão no mesmo ponto, mas a ostoetomia é proximal ou distal ao
local: o osso corrige com angulação e translação.
O CORA e o eixo de correção e a o steotomia estão todos em pontos diferentes: correção da
angulação gerará uma deformidade translacional iatrogênica.
Lembrar que quando o CORA está em níveis diferentes no AP e no Perfil, uma deformidade
translacional está presente em associação a uma deformidade de angulação.
Em deformidades multiapicais, uma linha do eixo anatômico do segmento mais próximo a uma
articulação gera a terceira linha que interceptará os outros ápices.
Deformidade rotacional é avaliada clinicamente através dos ângulos: coxa pé ou tíbia pé (para
torção tibial) e amplitude de rotação do fêmur (para torção femoral).
Translação é medida como a distância do eixo anatômico entre o segmento proximal e o
segmento distal, a partir da parte proximal do segmento distal.
Enquanto o CORA é definido pelo tipo, direção e magnitude da deformidade, o eixo de
correção depende da localização e tipo de osteotomia, as partes moles, e a escolha de fixação.
Redução após osteotomia prouz uma das três possibilidades: realinhamento através de
angulação isoladamente, realinhamento através de angulação e translação, e realinhamento
através de angulação e translação com anormalidade translacional iatrogênica residual.
Quando o CORA e o eixo de correção estão no mesmo local, podem estar no córtex convexo
(osteotomia em cunha de abertura com alongamento ósseo), no meio (osteotomia em cunha
neutra, sem alongamento ou encurtamento), ou no córtex côncavo (osteotomia de
fechamento com encurtamento).
Estes princípios também ocorrem mesmo se a osteotomia for proximal ou distal ao local de
CORA e eixo de correção, exceto que, nestes casos, o realinhamento ocorre através de
angulação e translação.
Na osteotomia em domo, a osteotomia nunca passa pelo CORA e eixo de correção. Desta
forma, sempre ocorrerá translação quando se faz uma osteotomia em domo para correção.
Os mesmos princípios com relação à localização do CORA na parte côncava, convexa ou meio
servem para a osteotomia em domo.
Para técnica de alongamento, conforme descrito por ilizarov, deve-se realizar uma
corticotomia metafisária com distração de 1mm por dia, sendo um ritmo de 0.25mm 4 vezes
por dia.
Para correção da angulação da diáfise, é melhor a utilização de osteotomia em cunha no
mesmo level que o eixo de correção e CORA. Para angulação justa articular, ambos podem
estar muito próximos da articulação para permitir uma osteotomia em cunha, sendo preferível
uma osteotomia em domo.
A correção de uma deformidade em rotação deve levar em conta outros fatores, como linha
de empuxo de músculos e tendões, localização de estruturas neurovasculares e partes moles.
Pode-se realizar osteotomia com correção aguda e fixação interna ou externa, ou correção
gradativa com fixador externo.
Deformidades translacionais podem ser corrigidas de três formas: 1) osteotomia única
transversa para corrigir translação sem angulação; não precisa ser no nível da deformidade. 2)
osteotomia única oblíqua pode ser feita no nível da deformidade para restaurar alinhamento e
ganhar comprimento. 3) duas deformidades em cunha no nível dos CORAS respectivos e
correções angulares de magnitudes iguais em direções opostas podem ser usadas para corrigir
uma deformidade translacional.
Resposta: B

65. TARO 2016. Na SCA após fratura exposta da tíbia, a lesão de partes moles corresponde,
segundo a classificação de Tscherne, ao grau:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

Discussão:
Classificação de Tscherne para fraturas expostas
Grau 1: lacerações de pele causadas por fragmento ósseo de dentro, pequena ou nenhuma
contusão de pele
Grau 2: algum tipo de laceração de pele com contusão de pele circunscrita ou partes moles e
moderada contaminação; pode ocorrer com qualquer tipo de fratura.
Grau 3: deve ter dano grave de partes moles, geralmente com lesão maior de vasos ou nervos
ou ambos; todas as fraturas acompanhadas de isquemia e cominuição óssea grave pertencem
a este grupo e aqueles associados a SCA
Grau 4: Amputação subtotal e total, definida como uma separação de todas as estruturas
anatômicas importantes, especialmente vasos maiores com isquemia total; tecidos moles
restantes podem não exceder e um quarto da circunferência da extremidade (qualquer
revascularização é grau 3).

Resposta: C

17. (TEOT 2016) Qual paciente pode ser classificado como borderline?
a) ISS>40 sem trauma torácico
b) ISS<20 com trauma torácico
c) Contusão pulmonar unilateral com alterações radiográficas
d) XXX

Discussão:
Critérios de Borderline:
ISS > 40
Hipotermia abaixo de 35
Pressão média da artéria pulmonar inicial maior que 24mmHg ou aumento maior que 6mmH
durante intervenção cirúrgica
Múltiplas lesões (ISS > 20) em associação a trauma torácico (AIS > 2)
Mútliplas lesões associadas a lesão abdominal ou pélvica grave e choque hemorrágico à
apresentação.
Evidência radiográfica de contusão pulmonar
Fratura bilateral de fêmur
TCE moderado ou grave (IAS 3 oumais)
Resposta: há duas respostas corretas, A e C. Provavelmente houve erro na transcrição da
resposta.

23. (TEOT 2016) Dor fantasma é mais frequente em quais casos de amputação?
a) proximal e com dor prévia
b) distal e com dor prévia
c) proximal e sem dor prévia
d) distal e sem dor prévia

Discussão:
Na experiência do autor (Rockwood), dor fantasma é mais comum em amputações proximais
(braço, coxa); também é mais comum em pacientes que já sentiam dor antes.
Alguns investigadores sugerem que pode ser evitada iniciando anestesia epidural no dia
anterior à cirurgia.
Resposta: A
58. (TEOT 2016) Na inserção do pino de Schanz autoperfurante em relação ao normal:
a) Semelhante
b) Menos estável em 25%
c)
d)

Discussão:
Alguns estudos mostram uma perda de 25% de pega de Schanz autoperfurantes e
automacheantes, em comparação àqueles com perfuração prévia.
Resposta: B

68. (TEOT 2016) Qual o local mais comum de fratura por estresse na tíbia?
a) Posteromedial, em compressão, terço proximal
b)
c)
d)

Discussão:
O tipo mais predominante de fratura por estresse da tíbia é uma fratura de baixo risco do
córtex posteromedial (compressão). O mais incomum é o anterolateral do centro da diáfise
(terrível linha negra).
Lembrar a classificação nova:
Classificação de Kaeding Miller para fraturas por estresse:
Grau Dor Achados radiográficos
I - Evidência de fratura por estresse, mas sem linha de fratura
II + Evidência de fratura por estresse, mas sem linha de fratura
III + Linha de fratura não desviada
IV + Linha de fratura desviada (>2mm)
V + Não união

Locais anatômicos:
Alto risco: colo d o fêmur (tensão); patela (tensão); córtex tibial anterior; maléolo medial; colo
do talus; córtex dorsal tarsal do navicular; metáfise proximal do 5 meta; sesamoides do hálux.
Baixo risco: diáfise do fêmur, tíbia medial, costelas, diáfise da ulna, 1º ao 4º metas.
Geralmente ocorrem na face de compressão.

Condutas:
Grau I: Observação.
Grau II: Baixo risco = Repouso relativo. Alto risco = Repouso completo.
Grau III: Baixo risco = repouso completo. Alto risco = fixação cirúrgica.
Grau I|V: fixação cirúrgica.
Grau V: fixação cirúrgica com enxerto.
Resposta:

23. (TARO 2015) Na pseudoartrose após osteossíntese intramedular, o exame de imagem com
maior sensibilidade para o diagnóstico é a:
a) planigrafia
b) radiografia simples
c) RNM
d) TC
Discussão:
Dor persistente deve levantar a hipótese de não união. Radiografias simples podem não ser
suficientes para o diagnóstico a não ser que o diagnóstico seja óbvio. Definição formal de não
união atualmente geralmente requer TC com reconstrução multiaxial . Resultados falso
positivos ocorrem.
Resposta: D

98. (TARO 2015) Na SCA, o coeficiente Delta-P é obtido subtraindo-se a pressão:


a) arterial sistólica da pressão intracompartimental
b) intracompartimental da pressão arterial sistolica
c) arterial diastólica da pIC
d) PIC da arterial diastolica

Discussão:
Medida feita subtraindo-se a PIC da pressão arterial diastólica. Há perfusão inadequada e
isquemia quando a PIC está entre 10 e 30mmHg da diastólica.
Resposta: D

11. (TARO 2014) A osteólise pós-traumática acomete principalmente:


a) púbis e clavícula
b) escápula e tornozelo
c) trocanter maior e punho
d) cabeça do úmero e joelho

Discussão:
Osteólise pós traumática
Osteólise pós-traumática vvem sendo descrita nas mulheres idosas osteopênicas e na clavícula
distal de atletas, particularmente halterofilistas. A aparência radiográfica em ambas as
circunstancias pode simular um tumor ósseo maligno.
Resposta: A

23. (TARO 2014) A força de compressão axial obtida com um parafuso cortical de 4,5mm,
interfragmentário, é de:
a) 500N
b) 1000N
c) 2500N
d) 5000N

Discussão:
Testes com cirurgiões especialistas mostraram que parafusos de 4,5mm são apertados a um
torque que resulta em aproximadamente 2000 a 3000 N de compressão axial. Testes in vivo
mostram que a compressão aplicada ao osso vivo diminui com o passar dos meses, ou seja; ela
dura o suficiente para que haja consolidação óssea.
A soltura de parafusos bem colocados é induzida por micromovimentos na interface entre a
rosca e o osso. Ocorre mais com forças axiais pequenas do que grandes. Na maior parte das
vezes, soltura não resulta de sobrecarga mecânica ou necrose hipotética por pressão.
Em circunstâncias estáveis de fixação rígida, reabsorção óssea na interface não ocorrerá.
Resposta: C

25. (TARO 2014) A fratura de estresse da diáfise da tíbia ocorre com maior frequência na
região:
a) anterolateral
b) anteromedial
c) posterolateral
d) posteromedial

Discussão:
A mesma questão caiu no TEOT 2016!
A maior parte das fraturas por estresse são lesões de compressão posteromedial e ocorrem
usualmente nos terços proximal ou distal.
Inflamação nas origens aponeuróticas tenoperiosteais do tibial posterior e sóleo e das
inserções fasciais da borda posterior medial da tíbia produz dor na síndrome do estresse tibial
medial.
Resposta: D

62. (TARO 2014) Na lesão por mina terrestre, lacerações na coxa provocadas por estilhaços e
não por efeito direto da zona de explosão localizam-se, segundo Necchaev e colaboradores, na
zona:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

Discussão:
Existem três áreas de lesão:
Uma área de esmagamento ou avulsão (amputação traumática), que ocorre no Mediopé ou
tíbia distal.
Uma segunda área na qual os tecidos moles são separados do osso ao longo de planos frasciais
da perna (brisante). É uma área de penumbra em relação a sobrevivência de tecidos; o tecido
está comprometido, mas pode se recuperar. A área se estende de abaixo do joelho ao nível da
avulsão do pé ou perna distal.
Terceiro, mais proximalmente, lesões podem ocorrer por fragmentos ou debris impulsionados
pela mina terrestre mas não necessariamente por efeitos da explosão em si. O grau de lesão
depende do tamanho e forma do membro do indivíduo, o tipo de calçado e roupas usadas, a
quantidade e tipo de solo sobre a minha, e o tamanho da mina.
Resposta: C

68. (TARO 2014) Na SCA, segundo Matsen, existe alteração da função do nervo a partir de:
a) 10 min
b) 30 min
c) 60 min
d) 90 min

Discussão:
Alteração a partir de 30 minutos.
Perda irreversível em 12-24h.
Resposta: B

75. (TARO 2014) Na SCA da perna, são fatores predisponente o gênero:


a) feminino e idade maior que 55 anos
b) feminino, menor que 55 anos
c) masculino, maior que 55 anos
d) masculino, menor que 55 anos
Discussão:
Causas mais comuns: 1º fratura tibial; 2º contusão.
Necessidade de fasciotomia: em AVA, <1%; em FAF, 9%; tipo de lesão: fratura fechada: 2%;
com lesão vascular associada: 42%.
Fatores preditores independentes: homens, <55 anos.
Função: normal em 68% dos operados antes de 12 horas, e apenas 8% dos após.
Resposta: D

31. (ER 2017) Qual o intervalo de tempo após a fratura no qual os fragmentos deixam de se
mover de forma livre?
a) 3 a 7 dias
b) 7 a 14 dias
c) 14 a 21 dias
d) 21 a 28 dias

Discussão:
Calo mole: formado pela diferenciação de células progenitoras em condrócitos e osteoblastos.
Este estágio começa no fim da primeira semane termina tipicamente na terceira semana. Ao
final deste período, os fragmentos tipicamente não estão mais se movendo (aproximadamente
3 semanas após a fratura).
Resposta: C

49. (ER 2017) Paciente de 25 anos de idade, vítima de acidente de motocicleta, dá entrada com
fratura da diáfise do fêmur direito, contusão do hemitórax direito e Glasgow 8. Qual a melhor
conduta em relação à fratura da diáfise do fêmur.
a) Tração esquelética
b) Fixação externa
c) Osteossíntese com placa
d) HIM

Discussão:
A intenção desta questão é que se consiga avaliar a gravidade do quadro do paciente e a
indicação de CDO ou ETC. O TCE e a contusão pulmonar isoladamente já tornariam o paciente
borderline. A combinação de ambos faz pensar definitivamente em CDO, que seria mais bem
realizado com uma fixação externa – considerando que a tração esquelética é dificultosa
durante a internação.
Resposta: B

50. (ER 2017) Fraturas por estresse do membro inferior são verificadas com amis frequência
em:
a) 1º metatarso
b) 2º metatarso
c) navicular
d) tibia

Discussão:
Fraturas por estresse da tíbia representam 20 a 75% de todas as fraturas por estresse em
atletas.
Resposta: D

53. (ER 2017) A técnica de amputação de Pirogoff consiste em:


a) Remover toda a estrutura óssea do pé e utilizar o coxim do calcâneo para cobrir a tíbia
b) Promover a continuidade óssea entre a tíbia e o calcâneo rotacionado
c) Remover o antepé e mediopé, cobrindo o calcâneo e o tálus com pele plantar
d) Preservar tálus e calcâneo associado a artrodese tibiotársica e subtalar.

Discussão:
A amputação mais conheicda para preservar as capacidade de manutenção de carga do
membro é a Syme, mas há variações, como a de Pirogoff (que envolve artrodese
calcaneotibial), Boyd (similar a Pirogoff, muda só a angulação do corte e a rotação do
calcâneo), entre outras. É necessário haver um coxim plantar que seja capaz de promover um
fechamento e cobertura estáveis.
Na amputação de Syme, uma possível limitação é a migração do coxim plantar, que pode
ocorrer em 7,5 a 45% dos pacientes.
Na amputação de Pirogoff, os dois terços posteriores do calcâneo permanecem, sendo
anteriorizados e rodados para cima em 90 graus. É tecnicamente mais difícil e sem vantagem
em relação às anteriores.
Resposta: B

54. (ER 2017) O princípio de amputação que tem melhor impacto sobre a qualidade da
reabilitação é:
a) Preservação articular
b) Preservação de comprimento máximo
c) Determinar o nível no foco de fratura
d) Cuidados com partes moles

Discussão:
Não temos uma fonte oficial para a resposta desta questão. Entretanto, a qualidade das partes
moles é essencial para se iniciar o processo de reabilitação; uma vez cicatrizada a ferida
operatória e com diminuição do edema, pode-se considerar adequar o soquete e iniciar a
protetização.
Impacto sobre a qualidade da marcha relaciona-se ao comprimento preservado do membro.
Determinar o nível no foco de fratura é o que se utiliza no trauma, evitando-se a fixação de
fraturas em membros amputados, mas isto não tem relação com a reabilitação (no máximo,
atrasa). Por fim, preservação articular relaciona-se mais ao crescimento (em crianças) e à
qualidade da marcha do que à reabilitação em si.
Resposta: D

64. (ER 2017) A classificação de Tscherne para fraturas da diáfise da tíbia é baseada:
a) Na extensão da lesão aos tecidos moles nas fraturas fechadas
b) No grau de contaminação
c) No grau de exposição de partes moles
d) Na energia do trauma nas fraturas expostas

Discussão:
Classificação de Tscherne para fraturas expostas: tamanho da lesão, contaminação, padrão de
fratura.
Grau I: lesão puntiforme sem contusão de pele, contaminação mínima e padrão de
fratura de baixa energia.
Grau II: contusões pequenas de pele e partes moles, contaminação moderada, padrões
variáveis de fratura.
Grau III: contaminação grave, lesão extensa de partes moles e, frequentemente, lesões
nervosas ou arteriais associadas.
Grau IV: amputações incompletas ou completas.
Classificação de Tscherne para fraturas fechadas: grande ênfase na lesão de partes moles.
Grau 0: forças indiretas, lesão irrelevante de partes moles.
Grau I: mecanismso de energia baixa ou moderada, abrasões ou contusões superficiais
dos tecidos sobre a fratura.
Grau II: contusão muscular significativa e podem ter abrasões profundas e
contaminadas. Fraturas causadas por violência direta e lesões padrões de lesões osseas
moderadas a graves. Risco significativo de SCA.
Grau III: esmagamento extenso, desluvamento subcutâneo ou avulsão, lesão arterial,
SCA.
Fraturas fechadas da diáfise da tíbia podem ser classificadas de acordo com a classificação de
Tscherne, que é baseada na extensão de lesão de pares moles, características radiográficas da
fratura, lesão de vasos principais e a presença de desluvamento ou SCA.
Resposta: A

09. (TEOT 2014) Como se caracteriza a quebra por fadiga do material?


a) Alto estresse, ciclo alto
b) Baixo estresse, ciclo baixo
c) Alto estresse, ciclo baixo
d) Baixo estresse, ciclo alto

Discussão:
Fraturas por fadiga de implantes resultam de um alto número de ciclos com estresse
relativamente baixo.
Resposta: D

54. (TEOT 2014) A terrível linha na fratura por estresse da tíbia é:


a) linha transversal com extensão posterior
b) cunha anterior
c) traço longitudinal
d) póstero-medial

Discussão:
A terrível linha negra é uma fratura de alto risco no córtex anterolateral da diáfise central.
Resposta: B

77. (TEOT 2014) Na fratura exposta da tíbia com desperiostialização importante, há mais de 8
horas, qual a classificação?
a) 1
b) 2
c) 3A
d) 3B

Discussão:
Segundo a classificação de Gutillo e Anderson, o tipo 3 A seria: laceração extensa de partes
moles com cobertura adequada óssea; fraturas segmentares, FAF..
3B: lesão extensa de partes moles com desperiostialização e exposição óssea, geralmente
associada a contaminação maciça.
3C: lesão vascular que necessita de reparo.
Resposta: D
79. (TEOT 2014) Paciente com fratura fechada de diáfise do fêmur, exposta de perna, PA 11X7,
lactato <2,5, plaquetas 110.000
a) Limitrofe
b) estável
c) instavel
d) in extremis

Discussão:
Paciente estável: sem lesões que ameacem a vida imediatamente; apresentam resposta a
terpia inicial; estáveis hemodinamicamente sem suporte inotrópico; sem coagulopatia ou
complicação respiratória, sem desequilíbrio acido-basico, sem hipotermia. Podem ser
submetidos a ETC.
Paciente borderline: respondeu à ressuscitação inicial, mas tem combinações de lesões ou
características clínicas que são associadas a maus resultados e risco de deterioração rápida.
São eles: ISS>40; hipotermia <35; PAP >24 ou aumento 6mmHg durante intervenção cirúrgica;
ISS > 20 + trauma torácico; lesões múltiplas + lesão abdominal ou pélvica grave e choque à
entrada; evidência radiográfica de contusão pulmonar; fratura de fêmur bilateral; TCE
moderado ou grave.
Resposta: B

98. (TEOT 2014) Quando um projétil está alojado, qual o local pior para ter plumbismo?
a) Osso
b) Musculo
c) Articulação
d)

Discussão:
Rockwood 8, página 414. Lesões intra-articulares podem resultar em artrose secundária a
trauma, assim como efeitos degenerativos do chumbo, se houver um framento retido.
Enquanto níveis ´sericos elevados de chumbo podem estar presentes com ferimentos extra-
articulares, os relatos mais comuns são de fragmentos retidos intra-articulares.
Resposta: C
Outros
42. Prova R3 2016. Na escala de Beighton para hiperelasticidade, a pontuação máxima e valor
a partir do que se firma o diagnóstico de hiperelasticidade são:
a) 10 e 4
b) 9 e 4
c) 9 e 5
d) 10 e 5

Discussão:
Número total: 9
Valor de corte: 4
Critérios:
Hiperextensão ativa acima de 10 graus do cotovelo (2)
Joelhos (2)
Aposição passiva do polegar sobre antebraço (2)
Hiperextensão passiva acima de 90 graus do 5 dedo (2)
Capacidade de apoiar as palmas das mãos no solo, estando os MMII esticados (1)

Resposta: B

44. Prova R3 2016. Na biomecânica da mão, o desvio radial ocorre em cerca de 60 a 65 graus
na articulação:
a) Radiocarpiana
b) Ulnocarpiana
c) Mediocarpiana
d) Metacarpofalangiana

Discussão:
Não existe um desvio tão grande na mão. Possivelmente estavam falando em porcentagem,
considerando a flexão dorsal ou palmar.
A flexão palmar é de 70-80 graus e ocorre principalmente na radiocárpica.
A flexão dorsal é de 60-70 graus e ocorre principalmente na mediocárpica.
O desvio ulnar é de 45 graus e ocorre principalmente na radiocárpica.
O desvio radial é de 15 graus, e ocorrem 8 graus na radiocárpica, e 7 na mediocárpica.
O Tarcísio apresenta a divisão em graus de cada um.
Resposta: C

45. Prova R3 2016. A curvatura do fêmur é menor em:


a) Oompa Loompas
b) Brancos
c) ASiáticos
d) Negros

Discussão:
Oompa loompas são particularmente notáveis por terem as maiores angulações femorais,
tanto no plano sagital, quanto coronal, perdendo por pouco da osteogênese imperfeita, mas
muito mais do que raquitismo.
A curvatura é menor em negros e maior em asiáticos (ROckwood).
Resposta: D
02. Prova R2 2016. O padrão adulto da marcha se desenvolve em qual idade?
a) 3-5 anos, mais precoce nos meninos
b) 3-5 anos, mais precoce nas meninas
c) 5-7 anos, mais precoce nos meninos
d) 5-7 anos, mais precoce nas meninas

Discussão:
O padrão de marcha do adulto se desenvolve entre os 3 e 5 anos, sendo mais precoce nos
meninos.
Resposta: A

10. Prova R2 2016. A fise de crescimento que apresenta o maior crescimento médio em mm
por ano do corpo é:
a) Úmero proximal
b) Rádio distal
c) Fêmur distal
d) Tíbia proximal

Discussão:
O fêmur é o maior osso do corpo e, por consequência, o que mais cresce. A fise distal é
responsável por 80% do crescimento do osso.
Resposta: C

11. Prova R2 2016. Nas lesões musculares, o termo concêntrico é definido como:
a) ação dinâmica, produzindo movimentação articular
b) sem movimento, gerando força sem alterar seu comprimento
c) ação dinâmica, promovendo alongamento muscular
d) sem movimento, gerando força que altera seu comprimento

Discussão:
Exercícios isométricos: sem movimento, gera força sem alterar seu comprimento.
Exercício isocinético: ocorre movimento, com alteração do comprimento, porém a contração é
constante e lenta, igualando o peso que carrega. Quanto mais lenta, mais isocinético.
Exercício isotônico: dinâmico, com movimento, divididos em concêntricos (o músculo encurta
com a força gerada) e excêntrico (o músculo se alonga com a contração).
Resposta: A

20. Prova R2 2016. O osteoblasto é uma célula:


a) ovalada, mononucleada e com múltiplos longos processos citoplasmáticos
b) cuboide, mononucleada e com grande volume de membrana de golgi
c) de forma irregular, multinucleada e com pregueamento da membrana citoplasmática
d) esférica, multinucleada e com granulações negras de mineral no interior do citoplasma

Discussão: (Faloppa)
Osteoblasto: tem formato cuboide, um só núcleo, normalmente de posição excêntrica, com
grande volume de organelas de síntese – retículo endoplasmático e membranas de golgi.
Osteócitos: corpos ovalados ou lenticulados, com longos processos citoplasmáticos.
Osteoclastos: grande células irregulares multinucleadas.

Resposta: a) osteócitos; b) osteoblastos; c) osteoclastos. Portanto, B.


21. Prova R2 2016. Que tipo de colágeno compõe a cartilagem, dando a ela força tensil e
forma?
a) Tipo I
b) Tipo II
c) Tipo III
d) Tipo IV

Discussão:
Cartilagem hialina: presentes nas articulações de ossos longos.
Cartilagem fibrosa (fibrocartilagem): sínfise púbica, discos intervertebrais, algumas inserções
ligamentares e tendíneas.
O colágeno tipo I é encontrado na cartilagem no período intraútero, mas é removido
gradativamente com o crescimento até a sexta semana após o nascimento. Na cartilagem, 90%
é trocado por colágeno tipo II. Cartilagem tem em seu peso seco 40% de colágeno tipo II.O
colágeno tipo I está presente no osso e no ânulo fibroso dos discos intervertebrais, pele,
tendões e dentina, e promove resistência à tensão.
O colágeno tipo II está presente na cartilagem e corpo vítreo, e resiste à pressão.
Resposta: B

15. (TARO 2015) A Artralgia associada à picada do carrapato geralmente é observada no:
a) ombro
b) joelho
c) cotovelo
d) tornozelo

Discussão:
Doença de Lyme:
Sintomas musculoesqueléticos incluem câimbras das extremidades inferiores e predisposição
para miosite proximal dos MMII. Pode haver artrite monoarticular ou migratória. Apesar de ser
mais comum nos joelhos, pode acometer outras articulações como ombros e punhos e se
tornar recorrente ou crônica. Sinovite crônica com formação de Pannus foi descrita.
Não existe no Brasil, só para constar.
Resposta: B

24. (TARO 2015) A síndrome de Reiter se caracteriza por conjuntivite, uretrite e sinovite
a) simétrica na mulher
b) siméstrica no homem
c) assimétrica na mulher
d) assimétrica no homem

Discussão:
A sinovite geralmente afeta assimetricamente 4 ou menos articulações. Dor no calcanhar, dor
nas costas e deformidades ungueais podem ocorrer na síndrome, sendo as vezes difícil de
diferenciar de artrite psoriática. Afeta mais MMII que MMSS, 90% dos pacientes apresentam
remissão dos sintomas após várias semanas; ao redor de 10% pode se tornar crônica.
Tipicamente encontrada em homens jovens.
Resposta: D

51. (TARO 2014) Na marcha normal, as fases em que o centro de gravidade se encontra mais
baixo e mais alto são, respectivamente:
a) apoio do calcanhar e oscilação intermediária
b) apoio do calcanhar e acomodação intermediária
c) aplanamento do pé e oscilação intermediária
d) aplanamento do pé e acomodação intermediária

Discussão:
Na marcha nromal, o centro de gravidade do corpo descreve uma curva uniforme e regular no
plano vertical, para cima e para baixo, de forma sinusoidal, com variação média de 4,5cm (2
polegadas) entre altura máxima e mínima.
Ponto mais baixo: no momento do choque do calcanhar.
Ponto mais alto: na fase de acomodação intermediária.
Resposta: B

17. (TEOT 2014) Qual destes você não pode administrar em fase aguda de gota
a) colchicina
b) corticoide
c) alopurinol
d) nimesulida

Discussão:
Difícil achar a fonte correta.
Entretanto, medicação para baixar a uricemia não é utilizado agudamente na gota; dá-se
preferência pra anti-inflamatorios, não esteroidais, esteroidais ou colchicina.
Resposta: C

711. (TEOT 2014) Quais as linhas que formam o CORA?


a) eixo axial proximal e distal
b) eixo axial distal e eixo mecânico
c) eixo axial distal e eixo anatômico proximal
d)

Discussão:
O CORA é formado pelo eixo anatômico distal e proximal, ou pelo eixo mecânico proximal e
distal. Não se pode misturar um com o outro.
Resposta: A

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