2022/1

GEOTECNIA I

Prof.ª Ma. Jéssica Dias

Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA
Campus Ceres
NORMAS TÉCNICAS
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR
6457: amostras de solo – preparação para os ensaios de
compactação e caracterização. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1986.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR

6458: grãos de pedregulho retidos na peneira 4,8mm –
determinação da massa específica, massa específica aparente e
absorção de água. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1984.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR

6459: solo – determinação do limite de liquidez. Rio de Janeiro, RJ:
ABNT, 1984.
INTRODUÇÃO
Qualquer obra de engenharia, de pequeno
ou grande porte, de
Geotecnia maior ou menor grau de risco ou de
complexidade, baseia-se em
um projeto Geotécnico.
Problemas de engenharia que envolvem geotecnia:
• Fundações;
• Aterros sobre solos compressíveis;
• Estabilidade de taludes;
• Escavações;
• Estruturas de contenção;
• Solos como material de construção;
• Solos como elemento para disposição de resíduos.
INTRODUÇÃO
EXISTEM OBRAS QUE SÃO:
• Apoiadas na superfície do solo: Fundações de edifícios,
pontes;
• Inseridas no subsolo: Tuneis, subterrâneos;
• Executadas com solos como material de construção:
Estradas, Aterros, Barragens;
• De suporte a situações geométricas de desníveis: Muros de
arrimo e contenções.
INTRODUÇÃO
TRATA-SE DE UMA DISCIPLINA QUE PERMITE PARTIR DE
CONCEITOS BÁSICOS PARA ENTENDER QUESTÕES
IMPORTANTES ASSOCIADAS À SEGURANÇA DE OBRAS DE
ENGENHARIA:
• Perfil de intemperismo e suas propriedades;
• Estabilidade de taludes;
• Fundações;
• Pavimentação;
• Erosões.

É comum o solo estar associado a insucessos da Engenharia?

INSUCESSOS EM OBRAS DE SOLOS
ANTIGUIDADE – SÉCULO XVIII:
Experimentos sem nenhum caráter científico. Obras incluíam
taludes de estrada, diques de irrigação e construção de grandes
estruturas (algumas ruíram, outras encontram-se firmes).

Torre de pisa
Construção teve início em 1173 e durou 200 anos. A
estrutura pesa 15.700 ton, sendo suportada por uma
base de 20,0m, apoiada sobre argila mole
(11,0m de prof.).
Chegou a estar 5,0m fora de prumo!
Obras de contenção estabilizaram o monumento.
INSUCESSOS EM OBRAS DE SOLOS
• Escavações, construção de túneis:

Desabamento durante construção da Linha 4 do Metrô SP (2007)

INSUCESSOS EM OBRAS DE SOLOS
• Fundações com recalques exagerados:
INSUCESSOS EM OBRAS DE SOLOS
• Fundações com recalques exagerados:
INSUCESSOS EM OBRAS DE SOLOS
• Contenção de taludes:

Angra dos Reis, 2010

PERFIL DE INTEMPERISMO
Entender os solos tropicais requer entender o perfil de
intemperismo:
Lixiviação
Minerais 1:1 laterítico
Solo (caulinita)
Solo laterítico Óxi-hidróxido de alumínio
Pedolização
Saprólito a solo saprolítico colapsável ou não.
Óxi-hidróxidos de ferro vão
Bioturbação
se fazendo presentes ao
Concreções
longo lateríticas
do perfil como
Laterização um todo

Transição Minerais 1:1e 2:1; Expansão?

Minerais de argila 2:1

Solo expansivo ou
Saprólito a solo saprolítico
Ilita, Montmorilonita,
não etc.

Minerais Primários
Rocha sã a alterada
Feldspato, Quartzo, etc.
Observem a variação da estrutura do solo com a profundidade no
perfil. Qual a sua importância para o comportamento do solo?
Comportamento hidráulico? Mecânico? Fundações? Aterros? Barragens?

•Estrutura de um perfil de alteração típico do Distrito Federal

Já os solos tropicais pouco intemperizados são marcados pela
distribuição de poros uniforme ou bem graduada.
ESTABILIDADE DE
TALUDES
Casos de instabilidade de
taludes de escavação em
Águas Claras, DF:
Geometria côncava: instável.

Geometria convexa: estável. Geometria côncava: instável.

ESTABILIDADE DE TALUDES
Afetam a estabilidade dos taludes:
• A morfologia do terreno;
• As alterações químicas impostas ao solo pelos usos
urbanos e agrícolas;
• As alterações químicas dos solos impostas por novas
condições de drenagem;
• As mudanças nas propriedades químicas da água da
chuva.
PROJETOS DE FUNDAÇÃO
Os projetos de fundação geralmente se fundamentam em
ensaios de campo e mais raramente em ensaios de
laboratório. São ensaios usados:
• SPT (Medir a resistência do solo, amostras para a
determinação do perfil estratigráfico do solo,
profundidade do nível do lençol freático);
• Raramente SPT-T (Medir torque máximo e residual);
• Pressiômetro (Previsão de recalques);
• Cone (Mede continuamente a resistência necessária para
penetrar no solo, pressão da água presente);
• Dilatômetro (Mede resistência: medições de pressão de ar
introduzindo o instrumento a uma dada profundidade).
PROJETOS DE FUNDAÇÃO
SPT, SPT-T e perfil de umidade – Anápolis (Guimarães, 1998)
0
0 0
1 1 1

2 2 2

3 3 3
Profundidade (m)

4 4 4
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
0 10 20 30 0 10 20 30 22 24 26 28
N Torque (kgf m ) w (%)

Norma Bico Grosso

OBS: O bico grosso é um amostrador fora dos padrões da norma

PAVIMENTAÇÃO
Os projetos de estruturas de pavimento, quase sempre levam
em conta apenas as particularidades ligadas a estrutura de
pavimento propriamente dita, e a capacidade portante do
solo.

Vejamos um exemplo em que apenas o dimensionamento

clássico não resolveu o problema.
Um caso de estrutura de pavimento: Urucu.
PAVIMENTAÇÃO
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA LOCAL:
• Trincas espaçadas de forma regular;
• Trincas transversais surgem a partir da borda do
pavimento;
• Trincas longitudinais estão espaçadas do bordo de modo
bem distribuído;

Evidências indicam que o processo de formação das trincas

está associado com as variações de umidade/sucção e volume
do solo expansivo da fundação.
 Urucu

Trincas oriundas das variações de umidade/sucção do solo

PAVIMENTAÇÃO

Nem todos os problemas de engenharia podem

ser resolvidos pelas concepções de projeto
clássicas, portanto, o engenheiro deve ser
capacitado para uma reflexão mais ampla, um
olhar voltado para além dos livros, manuais e
normas.