Você está na página 1de 4

Ficha de trabalho nº 5

Assunto: Movimentos transmembranares; Membrana Plasmática (continuação)

1. A redução da síntese proteica em situação de malnutrição leva à diminuição da quantidade de


proteínas do plasma sanguíneo, baixando a sua pressão osmótica. A doença de Kwashiorkor, que vitima
essencialmente crianças após o desmame, é um caso de deficiência calórico-proteica severa em que
ocorre edema (retenção de líquidos) essencialmente na zona abdominal, vulgarmente designada como
«barriga de água».

Um organismo saudável faz a regulação da pressão osmótica do sangue, mantendo-a aproximadamente


constante. Relacione a formação do edema abdominal, em casos de doença de Kwashiorkor, com a
necessidade de regulação da pressão osmótica do sangue.

2. Em Portugal, uma parte da floresta de pinheiro encontra-se no litoral. Explique de que modo a
subida do nível do mar poderá afetar a absorção de água pelas raízes destas plantas.

3. Laboratório de membranas

A fluidez das membranas – condição essencial à sua funcionalidade – é afetada pela temperatura e
pela respetiva composição química. Face a alterações do meio, as células regulam a composição
lipídica da membrana plasmática, de forma que esta mantenha uma fluidez constante.
Com vista a determinar a influência de fatores externos na fluidez da membrana, comparou-se esta
propriedade na membrana das plaquetas de sete pacientes dependentes de álcool com um grupo de
controlo composto pelo mesmo número de indivíduos. A fluidez das membranas foi determinada,
recorrendo-se à anisotropia fluorescente: quanto mais altos forem os seus valores, menos fluida é a
membrana. Para cada grupo, foram efetuadas duas determinações da fluidez, no 1.º e no 14.º dias do
estudo. A seguir à 1.ª determinação, os pacientes dependentes de álcool foram privados do seu
consumo. Os resultados obtidos encontram-se registados no gráfico da figura 1. Durante a discussão
dos resultados, o autor deste estudo colocou várias reservas relativamente à possibilidade de
generalizar as conclusões.

3.1. Na seleção dos indivíduos do grupo que serviu de controlo, procurou-se que estes...
(A) ... apresentassem diferentes graus de dependência do álcool.
(B) ... constituíssem uma amostra aleatória da população.
(C) ... apresentassem a mesma distribuição de idade e de sexo que o grupo de pacientes.
(D) ... fossem medicados com substâncias que afetam a fluidez da membrana.

1
Biologia e Geologia
____________________________________________________________________
3.2. De acordo com os dados do gráfico, ocorreu um aumento da fluidez da membrana _____. Em
consequência, no fim do estudo, as membranas das plaquetas do grupo que serviu de controlo
encontravam-se _____ fluidas que as dos pacientes dependentes de álcool.
(A) no grupo que serviu de controlo […] menos
(B) nos pacientes dependentes de álcool […] mais
(C) no grupo que serviu de controlo […] mais
(D) nos pacientes dependentes de álcool […] menos

3.3 Colocaram-se reservas relativamente à possibilidade de generalizar as conclusões deste estudo


dado que...
(A) ... se aplicou a mesma técnica de medição da fluidez da membrana nos dois grupos.
(B) ... se selecionou um reduzido número de indivíduos para qualquer dos grupos.
(C) ... se determinou a fluidez da membrana, nos dois grupos, nos mesmos dias.
(D) ... se privou do consumo de álcool, no mesmo dia, todos os pacientes dependentes de álcool.

4. A exposição contínua ao oxigénio (O2), fator essencial à sobrevivência de formas de vida aeróbias,
tem como consequência a formação nos seres vivos de vários tipos de moléculas e de radicais – entre
os quais se encontra o peróxido de hidrogénio (H2O2). Considera-se que existe stresse oxidativo
quando ocorre um desequilíbrio entre concentrações de moléculas oxidantes e antioxidantes a favor
da concentração das moléculas oxidantes, criando uma situação de dano potencial. Apesar de as
células terem evoluído no sentido de desenvolverem mecanismos protetores, o stresse oxidativo está
relacionado com diversas doenças, como, por exemplo, no caso da espécie humana, o cancro e a
doença de Parkinson.
Um dos efeitos mais interessantes na resposta ao stresse oxidativo por parte dos organismos,
denominado «resposta adaptativa», consiste num aumento da capacidade de sobrevivência à
exposição a uma dose letal quando um organismo é previamente exposto a uma dose subletal.
Considera-se uma dose letal a que provoca a morte de uma percentagem elevada de organismos de
uma população.
No Gráfico 1, apresentam-se os resultados de um estudo de sobrevivência de células de leveduras
sujeitas a uma concentração de 600 μM de H2O2 durante 30 minutos e durante 90 minutos. Neste
estudo, compararam-se células não adaptadas (controlo) com células adaptadas a 150 μM de H2O2.
Com o objetivo de se investigar a resposta adaptativa em leveduras da espécie Saccharomyces
cerevisiae, foi estudada a relação entre as alterações de permeabilidade e a fluidez da membrana
plasmática durante a sua adaptação a uma dose subletal de H2O2. A fluidez da membrana plasmática
foi determinada através da anisotropia de fluorescência, sabendo-se que, quanto mais altos forem os
valores, menos fluida é a membrana plasmática. As medições da anisotropia de fluorescência,
traduzidas nos Gráficos 2A e 2B, foram realizadas aos 30 e aos 60 minutos, em células de controlo e
em células cultivadas num meio contendo uma dose subletal de 150 μM de H2O2. Nas medições foram
utilizadas duas sondas distintas, uma colocada na zona mais interna da membrana – zona apolar da
bicamada – (Gráfico 2A) e a outra localizada mais à superfície da membrana (Gráfico 2B).

2
Biologia e Geologia
____________________________________________________________________
4.1. Na experiência cujos resultados estão traduzidos no Gráfico 1, o controlo contém células de
leveduras que foram colocadas, sequencialmente,
(A) num meio sem adição de H2O2 e num meio com uma dose subletal de H2O2.
(B) em dois meios, ambos com uma dose subletal de H2O2.
(C) em dois meios, ambos sem adição de H2O2.
(D) num meio sem adição de H2O2 e num meio com uma dose letal de H2O2.

4.2. Os resultados traduzidos no Gráfico 1 permitem afirmar que


(A) as células adaptadas apresentam um aumento na capacidade de sobrevivência ao longo do tempo.
(B) as células de controlo mostram uma maior capacidade de adaptação em situação de stresse
adaptativo.
(C) a sobrevivência vai diminuindo ao longo do tempo, independentemente das condições do meio.
(D) a exposição a uma dose subletal de H2O2 diminui a capacidade de sobrevivência das células.

4.3. Na membrana plasmática, o transporte mediado de água e de peróxido de hidrogénio ocorre


através da zona
(A) hidrofílica de proteínas intrínsecas. (C) hidrofílica de proteínas extrínsecas.
(B) hidrofóbica de proteínas intrínsecas. (D) hidrofóbica de proteínas extrínsecas.

4.4 Segundo o modelo de mosaico fluido, proposto por Singer e Nicholson em 1972, a membrana
plasmática apresenta
(A) uma distribuição homogénea de proteínas.
(B) moléculas lipídicas com grande mobilidade lateral.
(C) proteínas transportadoras que ocupam posições fixas.
(D) glúcidos associados a lípidos na superfície interna.

4.5. No momento em que células de S. cerevisiae são colocadas em meio hipotónico, verifica-se
predominantemente a
(A) saída de sais por difusão, uma vez que a pressão osmótica é maior no meio extracelular.
(B) entrada de água por osmose, uma vez que a pressão osmótica é maior no meio intracelular.
(C) entrada de sais por difusão, uma vez que a pressão osmótica é maior no meio intracelular.
(D) saída de água por osmose, uma vez que a pressão osmótica é maior no meio extracelular.

4.6 Explique, com base nos resultados traduzidos nos Gráficos 2A e 2B, de que modo a variação da
fluidez da membrana plasmática pode contribuir para regular o fluxo de H2O2 durante a resposta
adaptativa em S. cerevisiae.

3
Biologia e Geologia
____________________________________________________________________
Euglena gracilis

As euglenófitas são algas unicelulares dotadas de mobilidade que vivem, predominantemente,


em água doce, embora possam também ser encontradas em ambiente marinho.
Cerca de um terço dos 40 géneros conhecidos são fotoautotróficos, enquanto os restantes géneros são
quimio-heterotróficos. Mesmo os géneros fotoautotróficos podem sobreviver em heterotrofia,
ilustrando, claramente, a impossibilidade de incluir as euglenófitas no grupo dos protistas semelhantes
a plantas ou no grupo dos protistas semelhantes a animais.
A alga Euglena gracilis, representada na Figura, é um protista que possui, além de estruturas
celulares comuns à maioria dos eucariontes, dois flagelos que partem do reservatório. Esta estrutura é
responsável pela fagocitose e pelo armazenamento de alimento, sob a forma de paramilo, um glúcido
de reserva. A pressão osmótica desta alga é regulada pela ação do vacúolo contráctil, que recolhe o
excesso de água de todas as partes da célula e a lança para o exterior, através do reservatório. O
periplasto, uma película estriada e flexível, permite-lhe a mudança de forma. Euglena gracilis pode
tornar-se exclusivamente quimio-heterotrófica se for colocada em ambientes privados de luz. Nessa
condição perde a sua coloração esverdeada, mas recupera-a se for, de novo, colocada em ambientes
iluminados.
Diversas experiências revelam que, submetida a antibióticos ou a agentes mutagénicos,
Euglena gracilis perde definitivamente os seus pigmentos fotossintéticos. O tipo selvagem Euglena
gracilis estirpe Z tem, entre outras, a particularidade de apresentar uma capacidade fotossintética 60
vezes superior à da planta do arroz.

1. A característica que impede as euglenófitas de serem consideradas, entre os protistas, como


organismos semelhantes a plantas ou semelhantes a animais é a presença ou a ausência de
(A) vacúolos. (C) flagelos.
(B) cloroplastos. (D) mitocôndrias.

2. Em Euglena gracilis, as macromoléculas alimentares


(A) atravessam a membrana plasmática pela bicamada fosfolipídica.
(B) passam para o meio intracelular envolvidas pela membrana plasmática.
(C) são transportadas através de proteínas da membrana plasmática.
(D) ligam-se a glicolípidos, passando ao meio intracelular por difusão facilitada.

3. O paramilo é um
(A) polímero do grupo dos ácidos gordos.
(B) monómero do grupo dos glúcidos.
(C) polímero do grupo dos hidratos de carbono.
(D) monómero do grupo das proteínas.

4. Nas algas euglenófitas de água doce, é de esperar que a pressão osmótica intracelular,
relativamente à pressão osmótica extracelular, seja
(A) menor, o que provoca a saída de água por osmose.
(B) menor, o que provoca a entrada de água por osmose.
(C) maior, o que provoca a saída de água por osmose.
(D) maior, o que provoca a entrada de água por osmose.

5. Em Euglena gracilis, o periplasto é uma estrutura que substitui


(A) a membrana celular.
(B) a parede celular.
(C) o complexo de Golgi.
(D) o citoplasma.

6. Explique de que modo a passagem da autotrofia para a heterotrofia permite a sobrevivência de


Euglena gracilis quando submetida a antibióticos.

4
Biologia e Geologia
____________________________________________________________________

Você também pode gostar