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Guia de Compra – Honda Fit

O que é importante de se saber na


hora de decidir pela escolha
da minivan da marca
japonesa, que é um dos
carros mais premiados do
país.

Texto: André Ramos/Mídia Motor


Fotos: Divulgação

(04-04-11)– Neste ano, mais precisamente em junho, serão comemorados os 10 anos do


Honda Fit, um dos carros mais premiados da história automotiva moderna. O Fit, que em inglês
quer dizer justo, adequado, exato, surgiu em uma época em que o consumidor japonês
demandava carros pequenos por fora mas espaçosos internamente e com uma motorização
econômica e preocupada em atender a baixas emissões de poluentes.

Após o sucesso em sua terra pátria, os executivos da marca decidiram que era hora de
expandir as vendas – e a produção – do carro para além de seus domínios e com isso, o carro
também recebeu o nome de Jazz em alguns países da Europa. Atualmente, o carro é vendido
em nada menos que 115 países e já alcançou a marca de 3,5 milhões de unidades
comercializadas ao redor do globo. Por aqui, o carro foi um sucesso imediato a ponto de
apenas no primeiro ano (2003) ter vendido 300 mil unidades; eram emplacados cerca de 3.000
por mês.

Além de possuir um design atraente, interior versátil e com soluções inteligentes, motor
econômico e com revisões e peças de reposição relativamente baratos, o Fit produzido na
planta de Indaiatuba da Honda, apresentava mesmo em sua versão básica, a LX, itens que o
deixavam muito bem equipado. Ar condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, air bag para o
motorista, alarme e preparação para som vinham de série. Dentro do capô, um motor i-DSI
(Intelligent-Dual Sequential Ignition) 1.4 de 80 cv a 5.700 rpm tinha como opção trabalhar com
câmbio manual de cinco velocidades ou com o CVT (transmissão continuamente variável), o
que tornava o Fit o primeiro carro nacional a contar com este tipo de câmbio. A versão LXL
ainda trazia rodas de liga leve, duplo air bag, freios ABS e CD player no painel.

Apresentando grande área envidraçada, contribuindo para a maximização da visão a partir de


seu interior, o Fit trazia muito espaço interno. Com um sistema de arquitetura de bancos
batizado de ULT (Utilitário, longo e alto, na sigla em inglês), que possibilitava diversas
disposições, apresentava capacidade de 353 litros com a tampa do porta-malas e com os
bancos em sua posição convencional, 380 litros sem a tampa do porta-malas e este número
poderia chegar a impressionantes 1.321 litros com os bancos rebatidos.

Dois anos depois, a Honda apresentava mais uma versão do carro, a EX, considerada a mais
requintada de todas. Dotada de motorização VTEC 1.5 de 105 cv a 5.800 rpm, vinha para dar
um fôlego extra no trânsito urbano. A marca desta característica era o pingo da palavra Fit
pintado de azul – no 1.4 é vermelho. Com comando de válvulas capaz de variar tanto o tempo
como a profundidade da abertura das válvulas, o motor conferia elevada eficiência e entrega de
força e potência, tanto em baixos como em altos regimes de rotação.

Independentemente da versão, o fato é que o Fit sempre foi conhecido entre seus proprietários
por ser um carro econômico, tanto em razão de seu consumo de combustível relativamente
baixo – há quem diga que a versão 1.4 chegue a fazer 18 km/l na estrada – quanto pelo ameno
valor de suas revisões e peças de reposição.

Depois de uma leve reestilização sofrida em 2007, na qual foram substituídas a grade, os para-
choques e incluídas luzes de direção nos espelhos retrovisores, no ano seguinte o carro
receberia sua grande remodelada, impulsionada por pesquisas de mercado que apontavam
que o Fit ainda tinha outros nichos de mercado para conquistar.
Esta segunda geração também passou a ser conhecida por Plataforma GE e batizada de New
Fit, trouxe um novo fôlego ao carro, conferindo-lhe uma aparência mais robusta e esportiva,
algo que certamente contribuiu para atrair uma fatia de mercado composta por homens jovens
– até então, o Fit era comprado majoritariamente por mulheres (57%). Além da estética, duas
novas motorizações foram adotadas, ambas flex: 1.3 i-VTEC (conhecido por aqui como 1.4 e
que eauipa as versões LX e LXL) e 1.5 i-VTEC (que equipa as versões EX e a nova EXL),
respectivamente chamados de GE 6 e GE 9. Com isso, o New Fit ficou 21,6% mais potente na
versão 1.4 e ganhou 10% a mais de fôlego na versão 1.5. Rodando no álcool, o 1.4 chega a
101 cv a 6.000 rpm e na gasolina entrega 100 cv a 6.000 rpm; a versão 1.5 alcança 116 cv a
6.000 rpm (álcool) e 115 cv a 6.000 rpm (gasolina). Outro ponto de destaque na versão EX 1.5
é o câmbio Paddle Shift , com as alavancas de câmbio instaladas no volante.
Para se ter uma ideia da longevidade do motor do carro, a Honda informa no manual do New
Fit que a troca do fluido do radiador é recomendada somente quando o veículo atingir 8 anos
de idade ou 200.000 km, enquanto que há proprietários que afirmam estar com o carro com
mais de 140.000 km sem com que este apresente defeitos crônicos.

O que observar na hora da compra?

Um dos pontos importantes a se deixar claro a respeito do Fit é que as primeiras versões do
veículo não contavam com filtro de ar para o ara condicionado. Isso somente foi revisto a partir
da versão vendida em 2007, mas é possível de se fazer a instalação.

“Algo que sugiro que os interessados em um Fit observe é a parte de baixo da frente do carro e
também o seu assoalho”, orienta Fábio Filtrin, da Filtrin Serviços Automotivos. “A primeira
geração do carro é muito baixa e quem não é muito cuidadoso, costuma raspar a frente do
carro em depressões e o assoalho em lombadas mais altas”, reforça.

Algo que também o mecânico destaca é quanto à inspeção veicular, exigida na cidade de São
Paulo e que expande-se rapidamente paa outras cidades. “O Fit primeira geração pode
apresentar dificuldade em atingir os níveis exigidos pela inspeção veicular de uma de suas 8
bobinas apresentar defeito”, explica. “Muitas vezes o carro nem está muito rodado, mas pode
acontecer, portanto, é bom ficar atento e questionar isso junto ao atual proprietário. O que
conta com o câmbio CVT, tem motor apenas a gasolina e este é mais suscetível de empacar
na inspeção caso apresente problema na bobina. Já os que têm motores flex, não tenho
conhecimento de terem este tipo de contratempo”, orienta.

A entrada de água nos faróis é algo que pode ser diagnosticado nos primeiros Fit, além de
eventuais ruídos nos vidros, quando estes estão baixados somente até a metade. Na época,
isso chegou a gerar até mesmo um boletim de serviços dentro dos concessionários da marca,
além de um rangido nos bancos, que também despertou a mesma necessidade de um boletim
de serviços.

Recalls

A Honda informa que até hoje o Fit foi convocado para somente dois recalls. O primeiro
contemplava modelos entre 2003 e 2008 para a aplicação de uma proteção adicional no
interruptor principal do comando dos vidros elétricos. Isso visava impedir que em algumas
unidades, entrasse umidade no sensor, o que poderia danificar o funcionamento do sistema e
até mesmo, provocar um curto-circuito, com risco de incêndio.

O segundo, destinado a veículos fabricados entre 2009 e 2011, tinha por objetivo a instalação
de uma proteção suplementar no sensor do pedal do acelerador, para impedir que eventuais
detritos viessem a se alojar junto ao sensor.

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