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Grupo I
A cavitação, ou embolismo, é um fenómeno que resulta da formação e acumulação de gotas de ar, no
interior dos vasos de xilema, que interrompem o fluxo da seiva.
Foram selecionados ramos de duas árvores de salgueiro-francês (Salix viminalis). Um desses ramos
foi sujeito, no início da primavera, a variações de pressão entre os 1,5-2,8 MPa. A pressão foi exercida
através de um anel adaptado em torno do ramo e ligado a uma garrafa de ar comprimido, para
aplicação da pressão (fig. 1A). Estas plantas foram
sujeitas a um período de várias horas de aclimatação
ao anel. A extensão da cavitação foi determinada
através de medições do potencial de água nas folhas
e por um monitor de emissão de ultrassons que
recebia sinais de sensores aplicados acima do anel
de pressão. As emissões acústicas detetadas surgem
quando há acumulação de gotas de ar nos vasos
xilémicos.
O gráfico B representa o número de emissões
acústicas acumuladas (EAA) entre as 11 horas e as
16 horas, quando os sensores acústicos foram
colocados 5 cm à frente do anel de pressão e a 30 cm
à frente desse anel. O gráfico C indica os resultados
do potencial de água nas folhas do ramo de controlo e
do ramo pressurizado.
Figura 1. (A) Montagem experimental. (B) Número de emissões acústicas acumuladas. (C) Variação do
potencial hídrico nas folhas do ramo de controlo e do ramo sujeito a pressurização. (Nota: Os valores indicados
pelas setas referem-se às diferentes pressões aplicadas.)
2. A análise do gráfico C mostra que no ramo _____, ao longo da experiência, o potencial de água da
folha ______.
(A) de controlo … se manteve (C) experimental … se manteve
(B) de controlo … aumentou (D) experimental … aumentou
3. O aumento da pressão aplicada no ramo provoca _____ das emissões acústicas, indicador(a) de
um _____ número de vasos xilémicos embolizados.
4. A redução do potencial hídrico nas folhas dos ramos sujeitos a pressão resultou
(A) do aumento do fluxo de seiva bruta no xilema das folhas.
(B) da pressão gerada ao nível da raiz das plantas.
(C) da ocorrência da transpiração foliar.
(D) da variação da coesão entre as moléculas de água.
5. A absorção ______ de sais minerais pelas células da epiderme da raiz conduz à entrada de água
por osmose, o que gera uma _____radicular.
6. As afirmações seguintes referem-se aos resultados expressos no gráfico B.Escolha a opção que as
avalia corretamente.
I. A cavitação dos vasos de xilema é maior quanto mais afastados estão os vasos do anel de
pressão.
II. O número acumulado de emissões acústicas foi maior para pressões superiores a
2,5 MPa em ambas as distâncias a que se localizou o sensor.
III. Valores de pressão inferiores a 1,5 MPa não provocam a formação de gotas de ar nos vasos
do xilema.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II é falsa; I e III são verdadeiras.
(B) I é falsa; II e III são verdadeiras. (D) III é falsa; I e II são verdadeiras.
7. Faça corresponder a cada letra da coluna I, referente aos processos de transporte nas plantas, um
número da coluna II, relativo ao conceito com que se relaciona.
Coluna I Coluna II
(a) Os pelos radiculares aumentam a área de entrada de água por
osmose.
(b) As ligações das moléculas de água às paredes dos vasos facilitam
1. Tensão
a subida da seiva bruta.
2. Pressão radicular
(c) A entrada de um elevado volume de água no interior da raiz
3. Adesão
impulsiona a seiva bruta do xilema no sentido ascendente.
4. Absorção radicular
(d) A saída de água através das folhas cria o movimento ascendente
5. Coesão
da coluna de água nos vasos do xilema.
(e) Na cavitação, as gotas de ar no interior dos vasos quebram as
ligações entre as moléculas de água.
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8. Ordene as afirmações de A a E, de modo a reconstituir o mecanismo de translocação da seiva
floémica.
A. Remoção de sacarose dos tubos crivosos.
B. Redução da pressão osmótica e saída de água para vasos lenhificados.
C. Fluxo em massa de sacarose através de placas crivosas.
D. Carregamento ativo dos tubos crivosos em órgãos de produção.
E. Aumento da pressão osmótica dos elementos crivosos.
9. Identifique as ligações químicas responsáveis pela elevada coesão entre as moléculas de água.
10. Explique, tendo em conta os dados do gráfico C, a variação do potencial de água das folhas, após
a aplicação de uma pressão de 0 MPa.
Grupo II
O míldio (Plasmopara viticola) é um fungo parasita da videira que penetra nas folhas através dos
estomas e desenvolve, no mesófilo da folha, os seus haustórios – estruturas que penetram nas células
de onde obtêm o alimento (fig. 2A).
Estacas de videira (Vitis vinifera), infetadas por P. viticola, murcham mais rapidamente do que as
saudáveis, quando submetidas a escassez de água, o que sugere a existência de uma relação
funcional entre as células-guarda e o fungo.
Foram usadas observações microscópicas de termografia de infravermelhos para investigar a
abertura/fecho dos estomas em resposta à infeção (fig. 2B). Em folhas infetadas, os estomas
permaneceram abertos na ausência de luz, durante o stresse hídrico, apenas na área afetada pelo
fungo. Ao contrário do que acontece em folhas saudáveis, o fecho estomático em folhas infetadas
removidas da planta não pode ser induzido por um défice de água ou pelo tratamento com ácido
abscísico (ABA), uma hormona vegetal que provoca o fecho dos estomas. Estes dados indicam que o
fungo desregula o funcionamento das células-guarda, causando perdas significativas de água.
Estudos citológicos indicaram que o bloqueio do fecho dos estomas não era devido a forças
mecânicas resultantes da presença do fungo.
Figura 2B Fotografia de uma folha de videira parcialmente infetada com míldio, sete dias após
a infeção. Imagem térmica dessa folha à direita (valores em oC).
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1. Nas regiões das folhas de videira infetadas por P. viticola, o _____ potencial de água é devido a um
aumento da _____ de água.
(A) maior … absorção (C) menor … transpiração
(B) maior … transpiração (D) menor … absorção
2. A imagem térmica da folha de videira ____ mostra que a área infetada pelo fungo apresenta uma
temperatura ____ comparativamente com as áreas envolventes.
(A) na escuridão … superior (C) à luz … superior
(B) na escuridão … inferior (D) à luz … inferior
8. Nas áreas das folhas não infetadas pelo míldio, as trocas gasosas
(A) de CO2 aumentam durante os períodos de ausência de luz.
(B) de CO2 diminuem durante os períodos de ausência de luz.
(C) não são afetadas, uma vez que ocorrem através da superfície da epiderme.
(D) de oxigénio diminuem, devido ao aumento da taxa da fotossíntese.
9. A poda tardia dos caules da videira provoca a perda de água por _____, um fenómeno que decorre
da _____.
(A) gutação … pressão radicular (B) exsudação … tensão foliar
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(C) gutação … tensão foliar (D) exsudação … pressão radicular
10. Explique, a partir dos dados do texto, de que modo a infeção pelo fungo P. viticola faz variar a
capacidade de resistência das videiras à escassez de água no solo.
Grupo III
Tartarugas de água doce de várias espécies, como, por exemplo, Chrysemys picta, que habita regiões
de elevada latitude no hemisfério norte, hibernam durante vários meses no inverno, nos seus habitats
aquáticos cobertos de gelo, onde permanecem submersas e sem respirar. Nestas circunstâncias, em
que as quantidades de oxigénio da água são muito reduzidas (hipoxia) ou mesmo nulas (anoxia), as
tartarugas diminuem bastante as suas taxas metabólicas e passam a depender da energia produzida
através de fermentação. Durante o estado de anoxia, apenas a glicose e o glicogénio são utilizados
como substratos para a produção de energia. O glicogénio está acumulado no fígado bem como nos
músculos esqueléticos e no coração. Enquanto nos tecidos musculares as células utilizam glicogénio
acumulado nos músculos de que fazem parte, noutros órgão, como os do sistema nervoso, dependem
do glicogénio acumulado no fígado.
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2. A via ______ que permite a produção de energia para a tartaruga C. picta durante a hibernação
implica a oxidação ______ das moléculas utilizadas no processo.
3. Para que possa ser utilizado nos processos de produção de energia, o glicogénio deve sofrer _____
em ____ simples.
Coluna I Coluna II
1. Libertação de dióxido de carbono
(a) Glicólise
2. Formação de água
(b) Ciclo de Krebs
3. Oxidação de NADH
(c) Cadeia de transporte de eletrões e
4. Produção de ácido pirúvico
fosforilação oxidativa
5. Redução de oxigénio
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9. A entrada em hibernação das tartarugas é desencadeada _____ da temperatura ambiente, que
provoca _____ da taxa metabólica dos animais.
10. Escreva uma equação geral do processo de produção de energia nos animais indicados, em
situação de ausência de oxigénio.