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067 - Missionários Notáveis (2):

William Carey (1761-1834); 245º aniversário de nascimento


15 AGOSTO 2006

Em seu leito de morte, William Carey solicitou a Alexandre Duff (1806-


1878), missionário escocês na Índia: “Quando eu me for, não diga nada
acerca do Dr. Carey. Fale acerca do Salvador de Dr. Carey”. Duff atendeu
apenas à segunda parte do pedido, assim como muitos após ele.

Filho primogênito de Edmund Carey (m. 1816) e Elizabeth Wells (m. 1787),
William Carey nasceu em uma humilde cabana em 17 de agosto de 1761,
na pequena vila de Paulerspury, em Northamptonshire, na Inglaterra. Em
toda a sua vida, sempre lutou com dificuldades de todo gênero, porém
jamais se deixando vencer por elas. Seus companheiros diziam dele: “O
que Carey começa, sempre termina”. Quando ainda menino, Carey subiu
numa árvore para observar um ninho de pássaros. Escorregou e caiu. Com
algumas contusões e arranhões, voltou para casa; sua mãe tratou de aplicar-lhe os curativos
e colocou-o na cama. Entretanto, sua mãe logo notou a ausência do menino e, quando viu, lá
vinha ele chegando com o ninho de pássaros na mão. O menino Carey tinha Cristóvão
Colombo (1451-1506) como seu herói favorito, a ponto de receber o apelido de “Colombo”.
Amava a natureza, colecionava e estudava pássaros, insetos e plantas que encontrava nos
campos. Acima de tudo, porém, amava os livros, especialmente os que falavam de viagens e
aventuras. Em Piddington, aos quatorze anos, William aprendeu o ofício de sapateiro.

Apesar de nascer em um lar anglicano, sua primeira identificação com a fé genuína foi através
de seu companheiro de trabalho, John Warr, filho de um desertor da Igreja Estatal. Em 1779,
aos 18 anos, quando ainda estava identificado com a igreja oficial da Inglaterra, experimentou
o novo nascimento, passando a freqüentar uma pequena igreja batista. Logo começou a se
preparar para pregar. Acumulou muitos conhecimentos, tornando-se poliglota; dominou o
latim, grego, hebraico, italiano, francês e holandês, além de diversas ciências. A fim de
estudar hebraico caminhava catorze quilômetros para se encontrar com o professor. Assim,
aos poucos, entendeu que o mundo era bem maior do que as Ilhas Britânicas e sentiu, como
todo o crente verdadeiro deve sentir, a perdição de uma humanidade sem um Salvador.

Em junho de 1781, casou-se com a jovem Dorothy Plackett (1756-1807), com a qual teve
sete filhos (Ann, Felix, William Jr., Peter, Lucy, Jabez, e Jonathan), e com quem permaneceu
casado por vinte e seis anos. Charlotte Von Rumohr (1761-1821), a quem Carey conheceu em
Serampore, Índia, foi sua segunda esposa, e com quem conviveu por treze anos numa união
muito feliz. Sua vida muito espiritual e intelectual foi de grande encorajamento e ajuda para
Carey em seu trabalho. Grace Hughes (1777-1835) foi sua terceira esposa; era uma viúva de
quarenta e cinco anos quando se casaram, e, como uma devotada companheira, cuidou de
Carey durante os seus últimos onze anos. Grace teve uma filha de seu primeiro casamento.

No ano de 1775, Carey foi grandemente impactado pelo avivamento liderado pelos também
britânicos John Wesley (1703-1791) e George Whitefield (1714-1770). Apesar de ter sido
batizado quando criança, William Carey sentiu a necessidade de confessar sua fé
publicamente. Sendo assim, foi batizado nas águas do rio Nene, em Northampton, no dia 5
de outubro de 1783, pelo pastor John Ryland Jr. (1753-1825), que se tornou um grande
amigo e apoiador da obra missionária que Carey veio a realizar. Em 1787, William Carey foi
consagrado e começou a pregar sobre a necessidade missionária no mundo, e não só na
Inglaterra. Como os membros de sua congregação eram pobres, provendo-lhe o módico
ordenado de 15 libras anuais, Carey teve por necessidade continuar trabalhando para ganhar
o seu sustento. Costumava dizer: “Meu negócio é estender o Reino de Cristo. Fabrico e
remendo sapatos unicamente para ajudar a cobrir minhas despesas”. O Sr. Robert Hall (1728-
1791), pastor em Arnesby, Leicestershire, foi um dos mentores de Carey no ministério. A
Associação Batista de Northamptonshire fora fundada em 1765.
Na sua pequena oficina Carey pendurou um mapa-múndi feito pelas suas próprias mãos.
Neste mapa, ele incluiu todas as informações disponíveis: população, flora, fauna,
características do povo, etc. Enquanto trabalhava, olhava para ele, orava, sonhava e agia! Foi
assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus em sua vida. Quando quis introduzir o
assunto de missões na associação local de pastores, Carey teria sido repreendido pelo
reverenciado presidente John Collett Ryland (1723-1792), pastor batista em Northampton, o
qual teria rebatido seu desejo de enviar missionários para terras remotas. Mas Carey
continuou a sua propaganda pró-missões estrangeiras, e tomando Isaías 54.2 como texto,
pregava sobre o tema: "Esperai grandes coisas de Deus; praticai proezas para Deus."

O resultado foi que um grupo de doze pastores batistas, reunidos na casa de Sra. Beeby
Wallis, formaram a Baptist Missionary Society (Sociedade Missionária Batista), no dia 2 de
outubro de 1792. Originalmente, o nome da organização era Particular Baptist Society for the
Propagation of the Gospel Amongst the Heathen (Sociedade Batista Particular para a
Propagação do Evangelho entre os Pagãos). Carey se ofereceu para ser o primeiro
missionário. Através do testemunho do Dr. John Thomas (1757-1800), um missionário e
médico que trabalhou por vários anos em Bengali, na Índia, William Carey recebeu
confirmação de sua chamada no dia 10 de janeiro de 1793. Andrew Fuller (1754-1815),
pastor batista em Kettering, tornou-se o principal teólogo do movimento missionário, aliando
a profunda teologia da escola calvinista de Jonathan Edwards (1703-1758) com um fervoroso
zelo missionário e uma ação pastoral prática e piedosa. Homens como os pastores batistas
Samuel Pearce (1766-1799) e John Sutcliff (1752-1814), e John Newton (1725-1807), o
conhecido clérigo anglicano e escritor de hinos, foram grandes encorajadores da obra
missionária que ele se propôs a realizar.

Apesar de Carey ter certeza de sua chamada,


sua esposa recusou-se a deixar a Inglaterra.
Isto muito doeu em seu coração. Foi decidido,
no entanto, que seu filho mais velho, Felix, o
acompanharia à India. Além deste fator, outro
problema que parecia insolúvel era a proibição
de qualquer missionário na Índia. Sob tais
circunstâncias era inútil pedir licença para
entrar, mas mesmo assim, conseguiram
embarcar sem o documento no dia 4 de abril de
1793. Ao esperar na Ilha de Wight por outro
navio que os levaria à Índia, o comandante
recusou levá-los sem a permissão necessária.
Com lágrimas nos olhos e o coração apertado,
William Carey viu o navio partir e ele ficar. Sua
jornada missionária para Índia parecia terminar ali. Porém, Deus, que tem todas as coisas sob
controle, tinha outro propósito.

Ao regressar à Londres, a Sociedade Missionária conseguiu reunir recursos e comprar as


passagens em um navio dinamarquês. Uma vez mais, Carey rogou à sua esposa que o
acompanhasse. Ela ainda persistia na recusa, e ao despedir-se pela segunda vez disse: "Se eu
possuísse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos
filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não
posso voltar atrás sem incorrer em culpa para minha alma." Ao se preparar para partir, um
dos amigos que iria viajar com Carey, Dr. Thomas, voltou e conversou com Dorothy, esposa
de William Carey, e, como que por um milagre, ela decidiu acompanhá-lo. Foi uma imensa
alegria para ele, quando viu sua esposa e filhos com as malas prontas a lhe acompanhar!
Agora ele compreendia a razão de não haver viajado no primeiro navio. O comandante do
navio comoveu-se a ponto de permitir que a família viajasse sem pagar as passagens.
Finalmente, no dia 13 de junho de 1793, a bordo do navio Kron Princesa Maria, William Carey,
com trinta e três anos, deixou a Inglaterra e nunca mais voltou, partindo para a Índia com sua
família, onde, em condições dificílimas e de oposição, trabalhou durante quarenta e um anos.
Durante sua viagem, aprendeu suficiente o Bengali, e ao desembarcar, já comunicava com o
povo.

Alguns biógrafos dizem que William Carey “não foi dotado de inteligência superior e nem de
qualquer dom que deslumbrasse os homens”. Entretanto, todos identificam “seu caráter
perseverante, com espírito indômito e inconquistável, que completava tudo quanto iniciava”.
O fato, porém, é que apesar de não haver recebido educação formal em sua mocidade, Carey
chegou a ser um dos homens mais eruditos do mundo, no que diz respeito à lingua sânscrito e
a outros idiomas orientais. Distinguiu-se notavelmente no campo da lingüística, e suas
gramáticas e dicionários são usados ainda hoje.

Durante seu primeiro ano na Índia, todos seus familiares adoeceram, um após outro. Seu filho
Peter, de cinco anos, foi vitimado pela febre e morreu. Para manter-se, Carey trabalhava
como gerente de uma fábrica de corante anil. Decorridos sete anos, o primeiro convertido foi
batizado, Krishna Pal (m. 1822), um carpinteiro. Outros missionários se juntaram a Carey. Em
1799, William Ward (1769-1823) e Joshua Marshman (1768-1837) vieram somar esforços.
Juntos eles fundaram 26 igrejas, 126 escolas com 10.000 alunos, traduziram as Escrituras em
44 línguas, produziram gramáticas e dicionários, organizaram a primeira missão médica na
Índia, seminários, escola para meninas, e o jornal na língua Bengali. Além disso, William
Carey foi responsável pela erradicação do costume "suttee", o qual queimava a viúva
juntamente com o corpo do defunto numa fogueira. Foi também responsável pela cessação do
sacrifício de crianças, que eram atiradas às águas do rio Ganges. Entre os efeitos de seu
trabalho estão vários experimentos agrícolas; a fundação da Sociedade de Agricultura e
Horticultura na Índia em 1820; a primeira imprensa, fábrica de papel e motor à vapor na
Índia; e a tradução da Bíblia em Sânscrito, Bengali, Marati, Telegu e nos idiomas dos Sikhs.

Calcula-se que William Carey traduziu a Bíblia para a


terça parte dos habitantes do mundo. Alguns
missionários, em 1855, ao apresentarem o Evangelho
no Afeganistão, acharam que a única versão que esse
povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por
Carey. Durante mais de trinta anos, William Carey foi
professor de línguas orientais no Colégio de Fort
Williams. Fundou, também, o Serampore College para
ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio
prosperou, preenchendo um grande vácuo na
evangelização do país. Os seus esforços, inspiraram a
fundação de outras missões, dentre elas: a Associação
Missionária de Londres, em 1795; a Associação
Missionária da Holanda, em 1797; a Associação
Missionária Americana, em 1810; e a União Missionária Batista Americana, em 1814.

Carey morreu aos setenta e três anos, na manhã de 9 de junho de 1834, respeitado por todo
o mundo, e considerado por muitos como “o pai de um grande movimento missionário”. Seu
corpo foi sepultado no “campo missionário”. Ao chegar à Índia, os ingleses negaram-lhe
permissão para desembarcar. William Wilberforce (1759-1833), o denodado líder do
Parlamento (que empenhou-se pelo fim do tráfico negreiro), defendeu o direito de Carey e
outros missionários de levarem adiante a pregação do Evangelho na índia. Ao morrer Carey,
porém, o governo britânico mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que
fizera mais para a Índia do que todos os generais britânicos.

Carey acreditava que os missionários devem estudar o pano de fundo e a maneira de pensar
dos povos não-cristãos aos quais servem, treinando um ministério indígena o mais
prontamente possível. Assim, quando Carey faleceu, os próprios crentes indianos puderam dar
continuação à obra, pois havia uma liderança formada.

Para uma breve biografia em Língua Inglesa, recomendo a que foi escrita pelo Dr. Michael
Haykin, online, “A Wretched, poor, and Helpless Worm”: The Life and Legacy of William Carey
(1761-1834)”. Para uma biografia em Português, recomendo o livro de Dr. Timothy George,
Fiel Testemunha; Vida e Obra de William Carey, publicado por Edições Vida Nova. Para uma
leitura acerca dos amigos de Carey, bem como o cenário batista em sua época, recomendo o
livro de Dr. Haykin, One Heart and One Soul; John Sutcliff of Olney, his friends and his times,
publicado por Evangelical Press. O maior acervo online acerca de William Carey encontra-se
no Center for Study of the Life and Work of William Carey. Outras informações online em:
http://www.wholesomewords.org/biography/biorpcarey.html.

Cronologia:

Nasce na Inglaterra, na pequena vila de Paulerspury, em Northamptonshire,


1761 no mês de agosto. Era de família pobre, seus pais eram os anglicanos:
Edmund e Elizabeth Carey.
Aos 14 anos aprende a profissão de sapateiro, que iria exercer durante boa
1775
parte de sua vida.
As mensagens de avivamento de John Wesley e George Whitefield atingem o
1775
coração do adolescente William Carey.
Aos 18 anos ocorre sua conversão, quando passa a freqüentar uma pequena
1779
igreja batista da Inglaterra.
Logo após sua conversão, passa a dedicar-se aos estudos, aprendendo
1779 diversas ciências e idiomas, como o latim, o grego, o hebraico, o italiano, o
francês e o holandês.
1781 Casa-se com a jovem Dorothy Placket, com quem teve os seus filhos.
1783 Aos 22 anos é batizado pelo pastor John Ryland, no dia 5 de outubro.
Foi consagrado e começou a pregar sobre a necessidade missionária em todo o
1787
mundo.
Continuou trabalhando como sapateiro, pois os membros de sua igreja
1787 dispunham de poucos recursos financeiros. Colocou um mapa-múndi na sua
sapataria, onde sempre orava pela evangelização mundial.
1792 Funda a Sociedade Missionária Batista. Tinha 31 anos.
No dia 13 de junho embarca no navio Kron princess Mary para a Índia e nunca
1793 mais volta para a Inglaterra. Durante a viagem, aprendeu o bengali, dialeto
local da Índia, chegando ao país já evangelizando a população.
1801 Publica o Novo Testamento em bengali (idioma indiano).
Morre aos 73 anos. Pelo que se tem registro, Carey foi o 1° missionário a
batizar um hindu convertido à fé cristã. Foi também professor de milhares de
1834 seminarista indianos e ajudou a fundar muitas escolas e seminários teológicos.
Por dados estatísticos, estima-se que tenha traduzido a Bíblia para a terça
parte do mundo
Hudson Taylor
Nascido em Barnsley, Inglaterra e 1832

A oração era uma das mais preeminentes marcas de seu serviço e


ministério.

Veja os livros de Hudson Taylor


Veja outros autores

James Hudson Taylor nasceu em 1832, em Barnsley, Inglaterra, filho de um sacerdote metodista.
Com dezesseis anos, creu em Cristo como seu Salvador, numa tarde em que estava sozinho em
casa e entediado. A vida religiosa dos pais não o atraía e ele desejava muito os prazeres do
mundo. Passando os olhos pela biblioteca do pai, procurando algo com que se distrair, pegou um
livro que falava sobre o Evangelho e começou a lê-lo. No mesmo instante, sua mãe, a mais de
cem quilômetros de distância, era conduzida por Deus para orar pela salvação do filho. Taylor
orou e a oração de sua mãe foi respondida: ele se rendeu ao Senhor. Oração tornou-se,
posteriormente, uma das mais preeminentes marcas de seu serviço e ministério.

Desde então, sentiu-se chamado para pregar o Evangelho na China. Por isso, passou a preparar-
se dormindo sobre uma esteira, abrindo mão de qualquer luxo, vivendo com o mínimo de alimento
necessário e dependendo exclusivamente do Senhor para seu sustento. Assim, aos dezenove
anos, Taylor aprendeu que poderia confiar em Deus e obedecer-Lhe em qualquer área de sua
vida -- aprendeu que se pode levar a sério Deus e Sua Palavra.

Após estudar medicina e teologia, foi para a China em 1854 como um missionário assalariado
pela Sociedade para Evangelização da China.

Em 20 de janeiro de 1858, após trabalhar num hospital por quatro anos, ele casou com Maria Dyer
(1837? - 1870), missionária, filha de um dos primeiros missionários para a China. Eles tiveram oito
filhos, quatro dos quais morreram com menos de dez anos. Por ser ela fluente no dialeto ningpo,
ajudou Hudson no trabalho de tradução do Novo Testamento, no que ele investiu cinco anos.
Essa tradução foi realizada na Inglaterra e, em 1866, Taylor retornou a China com dezesseis
outros missionários e fundou a Missão para o Interior da China (MIC).

Em 1870, sua esposa e dois de seus filhos morreram de cólera. Maria era uma torre forte e um
conforto para o marido. Nas palavras dela, ela era "mais intimamente instruída que qualquer outra
pessoa com as provações, as tentações, os conflitos, as falhas e quedas e as conquistas" do
marido.

Em 1871, Taylor casou-se com Jennie Faulding (1843 - 1903), missionária da MIC. Eles tiveram
dois filhos, incluindo Howard, o biógrafo do pai e autor de O Segredo Espiritual de Hudson Taylor
(Editora Mundo Cristão). Jennie cuidou do marido em meio a injúrias e doenças, editou o periódico
China’s Millions da MIC e tinha um ministério especial entre as mulheres. Nos últimos anos de
vida, ela viajou com Hudson, além de falar e escrever e organizar o trabalho da Missão. Partiu
para o Senhor em 1904.

Hudson permaneceu na China e quando dormiu no Senhor, em Changsha, em 1905 (antes que os
comunistas tomassem o país que ele tanto amava), havia lá deixado 250 pontos missionários com
849 missionários da Inglaterra e 125.000 chineses cristãos dando testemunho do Evangelho. Sua
vida é um dos mais impressionantes registros da história do evangelismo e um dos maiores
testemunhos da fidelidade do Senhor e a Ele.

(Extraído do livro Cântico dos Cânticos - O Misterioso Romance. (c) CCC Edições, 2002.)

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