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Bacia do Acre
Paulo Roberto da Cruz Cunha
207
Bacia do Solimões
Joaquim Ribeiro Wanderley Filho | Jaime Fernandes Eiras | Pekim Tenório Vaz
217
Bacia do Amazonas
Paulo Roberto da Cruz Cunha | José Henrique Gonçalves de Melo | Osvaldo Braga da Silva
227
Bacia do Parnaíba
Pekim Tenório Vaz | Nélio das Graças de Andrade da Mata Rezende | Joaquim Ribeiro Wanderley Filho | Walter Antônio Silva Travassos
253
Bacia do Paraná
Edison José Milani | José Henrique Gonçalves de Melo | Paulo Alves de Souza | Luiz Alberto Fernandes | Almério Barros França
265
Bacia do Tacutu
Pekim Tenório Vaz | Joaquim Ribeiro Wanderley Filho | Gilmar Vital Bueno
289
Bacia da Foz do Amazonas
Jorge de Jesus Picanço de Figueiredo | Pedro Victor Zalán | Emilson Fernandes Soares
299
Bacia do Marajó
Pedro Victor Zalán | Nilo Siguehiko Matsuda
311
Bacia do Pará-Maranhão
Emilson Fernandes Soares | Pedro Victor Zalán | Jorge de Jesus Picanço de Figueiredo | Ivo Trosdtorf Junior
321
Bacia de Barreirinhas
Ivo Trosdtorf Junior | Pedro Victor Zalán | Jorge de Jesus Picanço de Figueiredo | Emilson Fernandes Soares
331
Bacias de Bragança-Viseu, São Luís e Ilha Nova
Pedro Victor Zalán
341
Bacia do Ceará
Valéria Cerqueira Condé | Cecília Cunha Lana | Otaviano da Cruz Pessoa Neto | Eduardo Henrique Roesner |
347
João Marinho de Morais Neto | Daniel Cardoso Dutra
Bacia Potiguar
Otaviano da Cruz Pessoa Neto | Ubiraci Manoel Soares | José Gedson Fernandes da Silva | Eduardo Henrique Roesner |
357
Cláudio Pires Florencio | Carlos Augusto Valentin de Souza
Bacia do Araripe
Mario Luis Assine
371
Bacia de Pernambuco-Paraíba
Valéria Centurion Córdoba | Emanuel Ferraz Jardim de Sá | Debora do Carmo Sousa | Alex Francisco Antunes 391
Bacia de Sergipe-Alagoas
Oscar Pessoa de Andrade Campos Neto | Wagner Souza Lima | Francisco Eduardo Gomes Cruz 405
Bacia de Jacuípe
José Carlos Santos Vieira Graddi | Oscar Pessoa de Andrade Campos Neto | José Maurício Caixeta 417
Bacia do Recôncavo
Olívio Barbosa da Silva | José Maurício Caixeta | Paulo da Silva Milhomem | Marilia Dietzsch Kosin 423
Sub-bacias de Tucano Sul e Central
Ivan Peixoto Costa | Paulo da Silva Milhomem | Gilmar Vital Bueno | Hélio Sérgio Rocha Lima e Silva | Marília Dietzsch Kosin 433
Sub-bacia de Tucano Norte e Bacia de Jatobá
Ivan Peixoto Costa | Gilmar Vital Bueno | Paulo da Silva Milhomem | Hélio Sérgio Rocha Lima e Silva | Marília Dietzsch Kosin 445
Bacia de Camamu
José Maurício Caixeta | Paulo da Silva Milhomem | Robson Egon Witzke | Ivan Sérgio Siqueira Dupuy | Guilherme Assunção Gontijo 455
Bacia de Almada
Guilherme Assunção Gontijo | Paulo da Silva Milhomem | José Mauricio Caixeta | Ivan Sérgio Siqueira Dupuy | Paulo Eduardo de Lemos Menezes 463
Bacia de Jequitinhonha
Hamilton Duncan Rangel | José Luiz Flores de Oliveira | José Maurício Caixeta 475
Bacia de Cumuruxatiba
Norberto Rodovalho | Rogério Cardoso Gontijo | Clovis Francisco Santos | Paulo da Silva Milhomem 485
Bacia de Mucuri
Rosilene Lamounier França | Antonio Cosme Del Rey | Cláudio Vinícius Tagliari | Jairo Rios Brandão |Paola de Rossi Fontanelli 493
Bacia do Espírito Santo
Rosilene Lamounier França | Antônio Cosme Del Rey | Cláudio Vinícius Tagliari | Jairo Rios Brandão | Paola de Rossi Fontanelli 501
Bacia de Campos
Wilson Rubem Winter | Ricardo Jorge Jahnert | Almério Barros França 511
Bacia de Santos
Jobel Lourenço Pinheiro Moreira | Cláudio Valdetaro Madeira | João Alexandre Gil | Marco Antonio Pinheiro Machado 531
Bacia de Pelotas
Gilmar Vital Bueno | Angélica Alida Zacharias | Sergio Goulart Oreiro | José Antonio Cupertino | Frank U. H. Falkenhein | Marcelo A. Martins Neto 551
Bacia do São Francisco
Pedro Victor Zalán | Paulo César Romeiro Silva 561
Mapa das bacias sedimentares brasileiras e suas cartas estratigráficas - Poster
Edison José Milani (Coordenador) | Hamilton Duncan Rangel | Gilmar Vital Bueno | Juliano Magalhães Stica | Wilson Rubem Winter |
572
José Maurício Caixeta | Otaviano da Cruz Pessoa Neto
Bacias Sedimentares Brasileiras - Cartas
Estratigráficas
Introdução
Edison José Milani1 (Coordenador), Hamilton Duncan Rangel2, Gilmar Vital Bueno3,
Juliano Magalhães Stica2, Wilson Rubem Winter4, José Maurício Caixeta5,
Otaviano da Cruz Pessoa Neto6
Os mais de 50 anos de trabalho exploratório daram, de modo que mesmo para esses casos as car-
cumulativo empreendido pela Petrobras nas bacias tas agora apresentadas mostram-se diferentes das an-
sedimentares brasileiras propiciaram a compilação teriores, o que por si só constitui um estimulante mate-
de um enorme acervo de informações geológico- rial para alimentar o debate técnico-científico que, cer-
geofísicas, que permitem hoje uma compreensão se- tamente, é por ele suscitado.
gura do arcabouço estratigráfico e estrutural dessas As cartas ora publicadas, além de um conteúdo
áreas. Apoiados pelas pesquisas em bioestratigrafia atualizado, incorporam alterações em sua forma quan-
e sedimentologia sobre dados de poços e afloramen- do cotejadas às de 1994. A mais expressiva das mudan-
tos, e com um importante suporte da sísmica de re- ças foi a supressão da coluna relativa ao zoneamento
flexão, aos geólogos da Companhia é possível re- bioestratigráfico, uma informação proprietária de inesti-
presentar o arranjo estratigráfico das várias provín- mável valor estratégico no processo exploratório e cuja
cias geológicas na forma de diagramas cronoestrati- atualização permanente é fonte de inequívoca vanta-
gráficos, as comumente denominadas cartas estrati- gem competitiva da Petrobras no estudo das bacias se-
gráficas, representativas dos atributos fundamentais dimentares brasileiras. Mas se o detalhado biozonea-
do preenchimento sedimentar-magmático de cada mento realizado pela empresa não é aqui apresentado,
uma das bacias pesquisadas para petróleo no País. ele serviu de base ao posicionamento das seções sedi-
Embora apresentadas de maneira isolada em publi- mentares das bacias brasileiras em escalas
cações diversas desde os anos 60, foi no Boletim de geocronológicas internacionais. A referência de idades
Geociências da Petrobras v. 8, n. 1, de 1994, que as absolutas utilizada foi a de Gradstein et al. (2004), de
cartas de todas as bacias foram padronizadas e apre- quem foram emprestadas também as cores padroniza-
sentadas em conjunto. das de cada intervalo de tempo geológico. Os desenhos
Nos últimos três anos, os geólogos da Petrobras se acomodam em escalas verticais variáveis, adaptadas
novamente se mobilizaram para um processo extensi- aos diferentes tipos de bacia apresentados e à amplitu-
vo de revisão das cartas estratigráficas. Diversas bacias de temporal de seu registro estratigráfico.
tiveram uma enorme evolução do conhecimento des- Uma segunda alteração importante na forma das
de 1994, pela aquisição de um volume muito grande cartas ora disponibilizadas se relaciona a uma diferen-
de novos dados geológicos e geofísicos e pela evolu- ciação gráfica imposta às seções sedimentares, conso-
ção natural do conhecimento acumulado. Em outras, ante em seu relacionamento - pleno ou secundário - a
nada ou muito pouco foi feito em termos de atividade uma determinada bacia. É assim que, no desenho das
exploratória desde a publicação da versão anterior das cartas cronoestratigráficas, foram representadas, em
cartas, mas as equipes de interpretação das bacias mu- cores, as unidades rochosas que dizem respeito ao pre-
1
Centro de Pesquisas da Petrobras/P&D de Exploração/Geologia Estrutural & Geotectônica - e-mail: ejmilani@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios/NNE
3
E&P Exploração/Geologia Aplicada a Exploração/Modelagem de Sistema Petrolífero
4
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Campos/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
5
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Leste/Interpretação
6
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação da Margem Equatorial e Bacias Interiores/Interpretação
BACIA X
BACIA Y
BACIA Z
BACIA Z
GEOCRONOLOGIA
Ma
ÉPOCA IDADE
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
SUP.
60 S E LAN D I AN O
E10-
N50
INF. DAN I AN O T10
K120
70
(S EN ON IAN O )
K110
CAM PAN IAN O
SUPERIOR
80
CRETÁCEO
K100
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O K90
90
T U R O N I AN O
K80
C E N O MA N IA N O
100
K70
INFERIOR
AL B I AN O
K60
( GÁ LI CO )
110
K50
APTIANO ALAGOAS K50
Figura 2 – Critérios de correlação e nomenclatura das Figure 2 – Correlation and nomination criteria for
seqüências estratigráficas. Observar que um determinado stratigraphic sequences used in this volume.
intervalo de tempo geológico corresponde, em diferentes
bacias, a um número variável de seqüências.
Um outro assunto em que o entendimento dos na forma de almofadas, domos e diápiros, mui-
geológico evoluiu muito pós-1994 é o dos evaporitos tos destes com mais de sete quilômetros de altura,
do Andar Alagoas da margem leste brasileira, tema tendo assumido a halocinese um fundamental pa-
apresentado e discutido em detalhes na obra “Sal - pel na história das bacias da margem continental,
geologia e tectônica”, organizado por Mohriak et inclusive em sua Geologia do Petróleo. Na escala
al. (2008) e patrocinado pela Petrobras. Um aspecto de tempo em que são construídas as cartas estrati-
em particular - com impacto no desenho das cartas gráficas, a seção salina aptiana aparece como es-
estratigráficas - é o da taxa de acumulação salina, treito intervalo, sendo esta, todavia, a representa-
estimando-se que o empilhamento original de alguns ção mais fiel do entendimento presente dos aspec-
milhares de metros de sal, encontrado em algumas tos cronogenéticos dessa importante seção das ba-
regiões das bacias brasileiras, possa ter se produzido cias brasileiras. Esta situação é bem exemplificada
em menos de um milhão de anos. Com a evolução na carta da Bacia de Santos (fig. 3), em que espes-
posterior da margem, os evaporitos foram mobiliza- suras similares - da ordem dos 4 mil metros - de
evaporitos (Formação Ariri) e da seção carbonática tar-magmático e o contexto tectônico em que se de-
“pré-sal” (formações Barra Velha, Itapema e Piçar- senvolveram: Sinéclises Paleozóicas, Bacias Meso-
ras) contrastam expressivamente quando numa re- Cenozóicas de Margem Distensiva, Bacias Meso-
presentação em escala de tempo geológico. Cenozóicas de Margem Transformante, Riftes
É notável a evolução experimentada na Mesozóicos Abortados e Bacias de Antepaís Andino
capacitação em Estratigrafia das universidades bra- (fig. 4). A Bacia do Acre é a singular representante,
sileiras. Diversos já são os projetos e as linhas de em território brasileiro, das bacias dessa última clas-
investigação conduzidas e os programas de pós-gra- se. Na realidade, esta bacia tem história complexa,
duação nacionais focados nessa vertente particular policíclica, alojando unidades sedimentares a partir
do conhecimento geocientífico. Diante deste qua- do Eopaleozóico, quando era parte do contexto mar-
dro, reafirma-se neste volume a tradicional vocação ginal do Gondwana. Durante o Meso-Cenozóico, com
para parcerias que a Petrobras mantém com a co- a instalação da Cordilheira Andina, a Bacia do Acre
munidade acadêmica do país: convidadas a partici- experimentou uma importante fase de subsidência
par, a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e a flexural assimétrica, aprofundando para oeste no sen-
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) tido das vizinhas calhas deposicionais peruanas de
se fazem presentes com artigos atualizados sobre, Marañon e Ucayali. Nessa etapa, alguns milhares
respectivamente, as bacias do Araripe (M. Assine) e de metros de sedimentos terrígenos a ela aportaram.
Pernambuco-Paraíba (V. Córdoba e colaboradores). Localmente, o território interior do país abriga
resquícios sedimentares com pequena área de ocor-
rência, remanescentes de ciclos deposicionais preté-
ritos de idades variadas e, hoje, sobreviventes do
extensivo processo de denudação que modela o con-
Bacias Sedimentares tinente sul-americano. Tais seções podem apresen-
tar uma expressão geográfica significativa quando
do Brasil - contexto foram recobertas por sucessões sedimentares mais
NEO
CRETÁC EO
EO
JURÁSSICO
NEO
MESO
EO
TRIÁSSICO
NEO
MESO
EO
LO PIN G IAN O
PERMIANO
C I SU RAL I ANO
CAR BO N ÍFE RO
D E V ON IAN O
NEO
MESO
EO
WENLOCK
LIANDOVERY
ORDOVICIANO
NEO
MESO
EO
CAM B RIANO
Figura 5– Cartas estratigráficas das sinéclises paleozóicas. Figure 5 – Stratigraphic charts of Brazilian Paleozoic basins.
NEÓGENO
10
20
30
PALE Ó G E NO
40
EOCENO
50
60
PALEOCENO
70
80
NEO
90
100
CRETÁCEO
110
120
EO
130
140
150
250
300
350
490
542
Figura 6 – Cartas estratigráficas das bacias meso-cenozóicas de margem Figure 6 – Stratigraphic charts of Brazilian Mesozoic-Cenozoic, extensional
distensiva - segmento setentrional. Bacia do Araripe Interior, também incluída. margin-northern segment. Interior Araripe Basin also included.
NEÓGENO
PALE Ó GE N O
EOCENO
PALEOCENO
NEO
CRETÁCEO
EO
Figura 7 – Cartas estratigráficas das bacias Meso- Figure 7 – Stratigraphic charts of Brazilian, Mesozoic-
Cenozóicas de margem distensiva - segmento central. Cenozoic extensional margin - central segment.
NEO
EO
MESO
EO
Figura 8 – Cartas estratigráficas das bacias meso- Figure 8 – Stratigraphic charts of Brazilian, Mesozoic-
cenozóicas de margem distensiva - segmento meridional. Cenozoic extensional margin - southern segment.
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
194
200
235
350
400
542
+
+
Figura 9 – Cartas estratigráficas das bacias meso- Figure 9 – Stratigraphic charts of Brazilian
cenozóicas de margem transformante. Mesozoic-Cenozoic transform margin.
210
250
300
350
400
416
443
450
500
550
bibliografia
FEIJÓ, F. J. Introdução. Boletim de Geociências
da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 5-8,
jan./mar. 1994.
webgrafia
KAZLEV, M. Alan. Geological time. In: Palaeos: the
trace of life on earth. 2002. Disponível em: <http://
www.palaeos.com/Timescale/default.htm>. Acesso
em: 25 out. 2007.
Introduction
Edison José Milani1 (Coordenador), Hamilton Duncan Rangel2, Gilmar Vital Bueno3,
Juliano Magalhães Stica2, Wilson Rubem Winter4, José Maurício Caixeta5,
Otaviano da Cruz Pessoa Neto6
More than 50 years of cumulative exploratory charts now presented are different from the earlier
work undertaken by Petrobras in the Brazilian ones, which by itself is certainly material to rouse
sedimentary basins has generated the compilation and sustain the technical debate.
of an enormous geological-geophysical data bank The charts published here, besides having up-
that today allows a firm understanding of the to-date content, incorporate alterations to their format
stratigraphic and structural framework of these areas. when compared to those of 1994. The most significant
The Company’s geologists, assisted by the change was the suppression of the column related to
biostratigraphic and sedimentary research of well data the biostratigraphic zoning. This piece of information
and outcrops, and the important support of seismic is of invaluable strategic value to the exploratory
images, are able to represent the stratigraphic process and whose permanent update is a source of
arrangement of the various geological provinces in the unequivocal Petrobras competitive advantage in
the form of chronostratigraphic diagrams. These are Brazilian sedimentary basin studies. But if the detailed
usually called stratigraphic charts, representative of biozoning made by the company is not shown here,
the fundamental sedimentary-magmatic characteristic it serves as a basis for the sedimentary section
deposits of each basin prospected for petroleum positioning of the Brazilian basins in international
throughout the Country. Although these have been geochronological scales. Gradstein et al. (2004),
shown in an isolated manner in diverse publications reference was used for the absolute ages from which
since the 60s, it was in the Petrobras Geosciences were also taken the standardized colors of each
Bulletin v. 8, n. 1, in 1994, that all the basin charts geological time interval. The drawings appear in
were standardized and published together. variable vertical scales, adapted to the different types
During the last three years, Petrobras geologists of featured basin and to the temporal amplitude of
again organized an extensive revision process of the its stratigraphic record.
stratigraphic charts. Various basins have had an A second important alteration to the chart
enormous information evolution since 1994, through format made available herein, relates to a graphic
the acquisition of a very large volume of new differentiation imposed on the sedimentary sections,
geological and geophysical data and by the natural according to its relationship - full or secondary - to a
evolution of the accumulated knowledge. In others, particular basin. In this way, in the chronostratigraphic
nothing or very little had been done in terms of chart drawings, the rock units that were deposited in
exploratory activity since the chart’s previously that specific basin are represented in colors. Whereas,
published version. However, the basin interpretation the preexisting sedimentary sections that occupied
teams have changed, so that even in these cases the the same geographical context in previous cycles but
bibliographical
references
ASMUS, H. E.; PONTE, F. C. The brazilian marginal
basins, In: Nairn, A. E.; Stehli, F. G. (Ed.). The ocean
basins and margins: the south atlantic. New York:
Plenum, 1973. V. 1, p. 87-132.
bibliography
FEIJÓ, F. J. Introdução. Boletim de Geociências
da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 5-8, jan./
mar. 1994.
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sudeste/Pólo Norte – e-mail: pcunha@petrobras.com.br
Cenomaniano mação Rio Azul que poderiam retratar uma outra su-
perfície de inundação máxima do Neosantoniano e
por raros arenitos intercalados.
Esse período temporal é caracterizado por
quietude tectônica. Após extensa peneplanização, Formação Rio Azul: constitui-se de folhelhos
depositou-se essa seqüência, constituída por se- cinzentos e castanhos e de arenitos finos.
dimentos clásticos grossos, na base devido ao
aporte de sedimentos oriundos dos escudos Bra-
sileiro e das Guianas.
Corresponde à base do Grupo Jaquirana,
constituído pelos sedimentos flúvio-deltaicos e Seqüência Campaniano
neríticos da porção inferior da Formação Moa,
depositados em bacia foreland adjacentes ao
Inferior/Eoceno Inferior
cinturão andino. Seu limite inferior é discordante
com a Formação Juruá Mirim. Representada pelos arenitos fluviais basais da
Formação Divisor, em contato abrupto sobre os fo-
Formação Moa (inferior): constitui-se, essen- lhelhos marinhos e transicionais da Formação Rio Azul
cialmente, de arenitos finos a médios. e pelos sistemas deposicionais transgressivos associa-
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
M E S S I N I AN O
NEO
10 TORTONIANO
FLÚVIO - L ACUSTRE
S E R R AVAL IA N O
MESO
LAN G H I AN O
CONTINENTAL
SOLIMÕES
B U R D I GAL IA N O
20 EO
AQ U I TAN IA N O
2200
NEO C HAT T IAN O
30 EO R U P EL IA N O
NEO P R I AB O N I AN O
PALE ÓGE N O
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
50
EO Y P R E S I AN O
CAMPANIANO INF. /
T HAN E T I AN O
NEO
EOCENO INF.
60 PALEOCENO S E LAN D I AN O RASO RAMON
EO DAN I AN O
70
( SE NO NIANO )
DIVISOR
FLÚVIO - DELTAICO
JAQUIRANA
80
CONTINENTAL
NEO
1000
SAN T O N I AN O
RIO AZUL
CRETÁCEO
C O N I AC I AN O
90
T U R O N I AN O
C E N O MA N IA N O
( GÁ LIC O )
100
MOA
AL B I AN O
EO
110
NEOJURÁSSICA
JURUÁ MIRIM
MESO
EO
3000
200 RESTRITO
SABKHA
NEO FLÚVIO-LACUSTRE
CONT. / MARINHO
RESTRITO
SABKHA
MESO
ESTUÁRIO
250 EO
NEOPERMIANA
RIO DO
PLAT. RASA
MOURA
LAGUNAR
300
APUÍ 250
350
NEO INOMINADO
MESO
400
EO
INOMINADO
542
Joaquim Ribeiro Wanderley Filho1, Jaime Fernandes Eiras2, Pekim Tenório Vaz3
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Amazônia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica
e-mail: jwand@petrobras.com.br
2
Ex-funcionário
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Amazônia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
SOLIMÕES
CONTINENTAL
CAM PAN IAN O
JAVARI
NEO SAN T O N I AN O ALTER
CRETÁCEO
C O N I AC I AN O
T U R O N I AN O DO
C E N O MA N IA N O
CHÃO
AL B I AN O
AP T IAN O
EO
BAR R E M IA N O
HAU T E R I V I AN O
VALAN G I N I AN O
B E R R I AS I AN O
T I T H O N I AN O
JURÁSSICO
NEO
O X F O R D IAN O
CALLOVIANO
MESO BATHONIANO
BAJOCIANO
AALENIANO
T OAR C I AN O
EO
S I N E M U R I AN O
HETTANGIANO
R HAE T I AN O
TRIÁSSICO
N O R I AN O
NEO
CAR N IAN O
LAD I N IAN O
MESO
AN ISIANO
OLENEKIANO
EO I NDUANO
LO PIN G IAN O
PERM IAN O
CAP I TA N IAN O
AR T I N S K IA N O
C I SU RAL I ANO
SAKMARIANO
AS SELIANO
G Z H E L I AN O FONTE BOA 220
TEFÉ
CAR B ON ÍFE R O
KASIMOVIANO
M O S C O V IAN O CARAUARI 1300
BAS H K I R I AN O
JURUÁ 200
CONTINENTAL / MARINHO
V I S EAN O
DEV. MÉDIO/
T O U R NA I S I AN O
MARIMARI
CARB. INF
JANDIATUBA
UERÊ
470
DE V ON IANO
FAM E N IAN O
JARAQUI
NEO
F RA S N IA N O
G I V E TI AN O ARAUÁ
MESO
E I F E L IAN O
E M S I AN O
EO
P RAG U I AN O
L O C H K O V I AN O
LUDF O RDIANO
JUTAÍ 150
WENLOCK BIÁ
TE LYC H IAN O
LIANDOVERY
ORDOVICIANO
NEO KAT I AN O
SAN D B IA N O
DAR R I W I L I AN O
MESO DAP I N G IA N O
BENJAMIN
120
EO CONSTANT
CAM BR IANO
Paulo Roberto da Cruz Cunha1, José Henrique Gonçalves de Melo2, Osvaldo Braga da Silva1
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sudeste/Pólo Norte
e-mail: pcunha@petrobras.com.br
2
Centro de Pesquisas da Petrobras/P&D de Exploração/Bioestratigrafia e Paleoecologia
CORDANI, U. G.; SATO, K.; TEIXEIRA, W.; EIRAS, J. F.; BECKER, C. R.; SOUZA, E. M.; GONZAGA,
TASSINARI, C. C. G.; BASEI, M. A. S. Crustal F. G.; SILVA, J. G. F.; DANIEL, L. M. F.; MATSUDA, N.
evolution of the South American Plataform. In: S.; FEIJÓ, F. J. Bacia do Solimões. Boletim de
CORDANI, U. G.; MILANI, E. J.; THOMAZ FILHO, Geociências da Petrobrás. Rio de Janeiro, v. 8, n. 1,
A., CAMPOS, D. A. (Ed.). Tectonic Evolution of p. 17-45. jan./mar. 1994
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19-40. International Geological Congress, 31., 2000, GALVÃO, M. V. G. Bacias sedimentares brasileiras:
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Phoenix, 2004. (Série Bacias Sedimentares, ano 6, n. 67).
COSTA, A. R. A. Tectônica cenozóica e movimen-
tação salífera na Bacia do Amazonas e suas re- GRADSTEIN, F.; OGG, J.; SMITH, A. A geologic time
lações com a geodinâmica das placas da Améri- scale. Cambridge: University Cambridge, 2004. 589 p.
ca do Sul, Caribe, Cocos e Nazca. 2002. 238 p.
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Belém, 2002. taxonomy and biostratigraphy of the Trombetas Group,
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COSTA, M. G. F. Fácies deposicionais e ambien- Geosciences, Prague, v. 80, n. 4, p. 245-276, 2005.
tes de sedimentação da Formação Monte Alegre
(neocarbonífero) na área de Autás Mirim e HORBE, A. M. C.; NOGUEIRA, A. C. R.; HORBE, M. A.;
adjacências, Bacia do Médio Amazonas. 1984. 90 COSTA, M. L.; SUGUIO, K. A laterização na gênese
p., il. Tese (Mestrado) – Universidade Federal de Per- das superficies de aplainamento da região de Presiden-
nambuco, Recife, 1984. te Figueiredo-Balbina, nordeste do Amazonas. In: REIS,
Grupo Urupadi/Formação
Maecuru
O Grupo Urupadi, inicialmente proposto e de-
nominado por Santos et al. (1975) in Caputo (1984),
abrangendo as formações Trombetas, Maecuru e
Ererê, foi redefinido por Caputo (1984) constituído
pelas formações Maecuru e Ererê. A Formação
Figura 2 – Perfil-tipo da Formação Jatapu. Figure 2 – Jatapu Formation reference
Maecuru era dividida nos Membros Jatapu e Lontra. section.
Neste trabalho, é redefinido mais uma vez este
grupo, considerando as formações Maecuru e Ererê,
Tapajós
bioestratigráficos e de correlações estratigrá-
Gr.
ficas regionais, esta unidade pode ser correla- 3176
Fm. Faro
cionada com as formações Jandiatuba/Uerê –
3200
porção inferior (Bacia do Solimões), Itaim – 3209
Fm. Oriximiná
porção superior /Pimenteira – porção inferior
(Bacia do Parnaíba), Huamampampa
(Subandina Boliviana e Ponta Grossa – porção 3250
á
03o 17’ 06" S e 59º 52’ 24" W) perfurado em
1959 (fig. 3);
u
3350
r
lhelhos fossilíferos bioturbados, comumente apre-
u
sentando estruturas wavy-linsen e hummocky nos 3400
C
3407
psamitos. Pelitos predominam na porção meso- Fm. Barreirinha
Mb. Urariá
inferior e os psamitos na porção superior;
G r.
3450
• distribuição: ocorre em toda a bacia, inclusive 3463
Gr. Urupadi
cordante com a Formação Barreirinha, salvo Fm. Ererê
Grupo Curuá/Formação
Barreirinha/Membro Abacaxis
Figura 4 – Perfil-tipo do Grupo Curuá. Figure 4 – Curuá Group reference section.
Neste trabalho, é proposta a redefinição do Gru-
po Curuá, com a exclusão formal da Formação Faro
desse grupo estratigráfico, que passa a ser constituído
Grupo Curuá/Formação
Barreirinha/Membro Urubu
• nome: o nome do Membro Urubu (da Forma-
ção Barreirinha) que está sendo proposto for-
malmente, aqui, neste trabalho, deriva do Rio
Urubu, no Estado do Amazonas;
• equivalência regional: com base em dados
bioestratigráficos e de correlações estratigráfi-
cas regionais, esta unidade pode ser
correlacionada com as formações Jandiatuba –
porção mediana (Bacia do Solimões), Pimentei-
ra – porção superior (Bacia do Parnaíba), Iquiri –
porção mediana (Suabandina Boliviana) e Mem-
bro São Domingos da Fm. Ponta Grossa – por-
ção superior (Bacia do Paraná);
• seção tipo: como perfil-tipo para o Membro
Urubu, indica-se, aqui, o intervalo entre 1.895
m/1.965 m do poço Rio Urubu no. 1 (1-UR-1-
AM; 03º 05’ 53" S e 58º 51’ 47" W) perfura-
do em 1958 (fig. 6);
• litologia: é constituída por folhelhos escuros,
pouco físseis, menos radioativos e menos ri-
cos em matéria orgânica que o Membro Aba-
caxis, com níveis subordinados de siltitos;
• distribuição: ocorre em quase toda a bacia,
inclusive aflorando nas bordas norte e sul, se-
melhante ao membro subjacente, sendo depo-
sitado sob regime de sedimentação em ambi-
ente marinho distal passando para raso, no topo;
• contato e relações estratais: os sedimentos
dessa unidade assentam-se concordantemente
aos da unidade subjacente, o Membro Abacaxis
da mesma Formação Barreirinha. O contato su- Figura 6 – Perfil-tipo do Membro Urubu. Figure 6 – Urubu Member reference section.
perior apresenta-se também concordante com o
Membro Urariá da mesma Formação Barreirinha;
Grupo Curuá/Formação
Barreirinha/Membro Urariá
Essa unidade, correspondente ao terço supe-
rior da Formação Barreirinha, era antes atribuída à
parte inferior da Formação Curiri, e que vinha sendo
referida por alguns autores como “Curiri inferior” (Lo-
boziak et al. 1997a, 1997b; Melo e Loboziak, 2003).
É aqui proposta como novo membro (terço superior)
da Formação Barreirinha.
Com a exclusão da antiga seção considera- GR (gr API) RILD (ohm.m) Dt (us/ft)
da por vários estudiosos como “Curiri-inferior”, ago- Prof. (m) 0 150 0 20 140 40
3150
Fm. Monte Alegre
Tapajós
ra denominada como Membro Urariá da Formação
Gr.
Barreirinha, torna-se necessária a redefinição da For- 3176
Fm. Faro
mação Curiri, separada da unidade subjacente por
3200
uma discordância temporal de curta duração, relacio- 3209
Fm. Oriximiná
nada à brusca queda glácio-eustática do nível do mar
àquela época.
3250
• nome: o nome Curiri deriva do Igarapé Curiri,
afluente do Rio Urupadi, no Estado do Pará e 3285
foi proposto por Lange (1967); Fm. Curiri
3300
á
correlacionada com as formações Uerê – por-
u
ção superior (Bacia do Solimões) e Longá (Ba-
r
cia do Parnaíba);
u
3400 3407
C
• perfil de referência: como perfil de referên- Fm. Barreirinha
Mb. Urariá
cia para a Formação Curiri, indica-se aqui o
G r.
intervalo entre 3.285 m/3.407 m do poço Aba- 3450
3463
caxis no. 1 (1-AX-1-AM; 04º 16’ 25" S e 58º Fm. Barreirinha
Mb. Urubu
42’ 46" W) perfurado em 1973 (fig. 8);
• litologia: é constituída essencialmente por dia- 3500
Gr. Urupadi
Fm. Ererê
tação em ambiente glácio-marinho com fácies
pelíticas e fácies de leques deltaicos com for-
te influência glacial junto às margens, devido 3650
Diamictito Arenito
à regressão máxima do final do Devoniano; Folhelho Siltito
Formação Faro
Após a deposição da Seqüência Devono-
Tournaisiana, uma intensa atividade tectônica
atuou nas margens da Placa Sul-Americana: a
orogenia Acadiana ou Chanica, ocasionando soer-
guimento e erosão dessa seqüência, e originando
a discordância que a separa da unidade sobrepos-
ta, a Formação Faro. Conforme já mencionado, a
duração desse hiato pode atingir 14 Ma, segundo
recentes datações palinológicas (Melo e Loboziak,
2003). A Formação Faro, isoladamente, constitui
a ora chamada Seqüência Neoviseana.
Javari
500 Fm. Alter do Chão
Gr.
mente, sais mais solúveis como silvita, impor-
590
tante mineral para a indústria de fertilizantes; 600
Fm. Andirá
• distribuição: ocorre em quase toda a bacia, 700
desde as proximidades dos afloramentos 780
800
permocarboníferos, nas bordas norte e sul da Fm. Nova Olinda
bacia, registrando uma contração de sua dis- 900 Mb. Arari
tribuição em área, para oeste, ao se subir na 1000
seção temporal, em subsuperfície. Esses se-
dimentos, essencialmente químico- 1100
evaporíticos, foram depositados em ambien- 1200
1181
tes: marinho raso, de planícies de sabkha e Fm. Nova Olinda
1300 Mb. Fazendinha
lagos hipersalinos;
s
• contato e relações estratais: os sedimen- 1400
ó
tos dessa unidade assentam-se concordante- 1500
mente aos da unidade subjacente, a Forma-
j
1600
ção Itaituba. O contato superior é também
a
concordante com o Membro Arari; 1700
p
• idade: o Membro Fazendinha tem idade 1800
a
desmoinesiana (Moscoviano), abrangendo as
1900
T
palinozonas Striatosporites heyleri e Raistrickia
cephalata de Playford e Dino (2000). 2000
G r.
2075
2100
Fm. Itaituba
Formação Nova Olinda/ 2200
2400 2418
• nome: o nome Arari deriva da área do Rio Arari, Fm. Monte Alegre
2500 Fm. Faro 2471
afluente do Rio Maués, no Estado do Amazo- Fm. Oriximiná 2494
nas, próximo à área de Fazendinha, onde ocor-
Gr. Curuá
2600
Fm. Curiri 2589
re grande jazida de sais de interesse econômi-
2700
co, conforme mencionado anteriormente;
2800 Fm. Barreirinha 2750
• equivalência regional: com base em dados
Siltito Calcário Halita Diamictito
bioestratigráficos e de correlações estratigrá-
Arenito Folhelho Anidrita Diabásio
ficas regionais, esta unidade pode ser corre-
lacionada com as formações Carauari – por-
ção mediana-superior (Bacia do Solimões) e
Piauí (Bacia do Parnaíba);
• perfil tipo: como perfil-tipo para o Membro Figura 11- Perfil de referência do Grupo Figure 11 – Tapajós Group reference section.
Arari, indica-se, aqui, o intervalo entre 940 m/ Tapajós.
1.710 m do poço Arari no. 1A (1-AR-1A-AM;
0
65
CONTINENTAL
ALTER DO CHÃO
CAM PAN IAN O
CRETÁCEA
NEO
JAVARI
SANTONIANO
1250
FLUVIAL
CRETÁCEO
TURONIANO
100
C E N O MA N IA N O LACUSTRE
AL B I AN O
M E S O Z Ó I C O
AP T IAN O
EO
BAR R E M IA N O
HAUT E R I V I AN O
VALAN G I AN O
B E R R I AS I AN O
T I T H O N I AN O
150
NEO
JURÁSSICO
O X F O R D IAN O
CALLOVIANO
MESO BATHONIANO
BAJOCIANO
AALENIANO
T OAR C I AN O
EO
S I N E M U R I AN O
HETTANGIANO
200 R HAE T I AN O
TRIÁSSICO
N O R I AN O
NEO
CAR N IAN O
LAD I N IAN O
MESO
AN ISIANO
OLENEKIANO
250 EO I NDUANO
CONTINENTAL
PENSILVANIANO -
LO PIN G IAN O
PERM IANO
ANDIRÁ
CAP I TA N IAN O
PERMIANA
700
TAPAJÓS
AR T I N S K IA N O
C I SU RAL I ANO
SAK MAR I AN O
AS SELIANO
300 G Z HE L I AN O LACUSTRE-PLAT. RASA ARARI 500
NOVA OLINDA
D EV O NIANO CARB O NÍ FE RO
PRÉ-PENSILVANIANA FARO
CONTINENTAL / MARINHO
V I S EAN O
350
TOURNAISIANA
T O UR NA I S I AN O FLUVIAL- EO - MISSISSIPIANA ORIXIMINÁ
150
DEVONO -
CURUÁ
GLACIAL URARIÁ
FAME N IAN O 100
NEO URUBU 100
BARREIRINHA
ABACAXIS 150
F RA S N IA N O PLATAFORMA DISTAL
G I VE TI AN O
MESO PLATAFORMA RASA ERERÊ
E I F E L IAN O URUPADI
400 E M S I AN O
EO P RAG U I AN O JATAPU
PLATAFORMA RASA
TROMBETAS
L O C H K O V I AN O
DELTAICO PITINGA SUP.
WENLOCK
PITINGA
LIANDOVERY TE LYC H IANO PLATAFORMA DISTAL INF.
G LAC I AL NHAMUNDÁ
PLATAFORMA RASA
450 NEO KAT I AN O
SAN D B IA N O
DAR R I W I L I AN O
MESO DAP I N G IA N O
EO
530
540 M PLATAFORMA
PURUS
C PROSPERANÇA
550
E MBASAMENTO
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Amazônia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
e-mail: pekimvaz@petrobras.com.br
2
Ex-funcionário
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Amazônia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica
DELLA FÁVERA, J. C. Tempestitos na Bacia do MILANI E. J.; THOMAZ FILHO, A. Sedimentary basins
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NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
65
CAM PA N IAN O
NEO
SANTONIANO
CRETÁCEO
TURONIANO
C E N O MA N IA N O ESTUARINO-
100 C/M LAGUNAR ITAPECURU 724
AL B I AN O
AP T IAN O
C/M 266
M E S O Z Ó I C O
EO
BAR R E M IA N O SARDINHA
HAU T E R I V I AN O
VALAN G I AN O
B E R R I AS I AN O
150 T I T H O N I AN O
NEO
JURÁSSICO
OXF OR DIAN O
CALLOVIANO C FLÚVIO-LACUSTRE PASTOS BONS 77
MESO BATHONIANO
BAJOCIANO
AALENIANO
T OAR C I AN O
EO
S I N E M U R I AN O EXTRUSIVAS
HETTANGIANO E INTRUSIVAS MOSQUITO 193
200 R HAE T I AN O
TRIÁSSICO
N O R I AN O
NEO
CAR N IAN O
LAD I N IAN O
MESO DESÉRTICO SAMBAÍBA 440
AN ISIANO
OLENEKIANO
EO
250 I NDUANO DESÉRTICO / LACUSTRE
BALSAS MOTUCA 280
LO PIN G IAN O
PERM IANO
CAP I TA N IAN O
PLAT. RASA
PEDRA
FOGO
LITORÂNEO
DE
TEMPESTADES 240
AR T I N S K IA N O
C I SU RAL I ANO SABKHA
SAK MAR I AN O
MARINHO / CONTINENTAL
AS SELIANO
300 G Z H E LI AN O FLUVIAL DESÉRTICO
PIAUÍ 340
CAR BO N ÍFE RO
KASIMOVIANO
M O S C O V IAN O LITORÂNEO
BAS H K I R I AN O
DELTAS E PLAN. DE
V I S EAN O
MARÉS-TEMPESTADE POTI 320
350 T O U R NA I S I AN O
CANINDÉ
PLATAFORMA
DOM. TEMPESTADE LONGÁ 220
P A L E O Z Ó I C O
FAM E N IA N O
D EVONIANO
PLATAFORMA DOM.
NEO MARÉS, CABEÇAS 350
F RA S N IA N O FLÚVIO-ESTUARINO, PIM
PERIGLACIAL EN
TE
G I V E TI AN O PLATAFORMA I RA 320
MESO DOM. TEMPESTADE S
E I F E L IAN O
400 E M S I AN O
DELTA-MARÉS- ITAIM 260
TEMPESTADES
EO
JAICÓS
P RAG U I AN O
L O C H K O V I AN O
GRANDE
FLUVIAL
SERRA
ENTRELAÇADO 380
WENLOCK
TE LYC H IAN O
LIANDOVERY PLAT. RASA TIANGUÁ 200
GLÁCIO-FLUVIAL
LEQUE DELTAICO
450 NEO KAT I AN O
SAN D B IA N O
DAR R I W I L I AN O
MESO
DAP I N G IA N O
EO
CAM BR IANO
500
CONT.
FLUVIAL
ALUVIAL JAIBARAS 120
LACUSTRE
540
E M B A S A M E N T O
Edison José Milani1, José Henrique Gonçalves de Melo2, Paulo Alves de Souza3,
1
Centro de Pesquisas da Petrobras/P&D de Exploração/Geologia Estrutural & Geotectônica
e-mail: ejmilani@petrobras.com.br
2
Centro de Pesquisas da Petrobras/P&D de Exploração/Bioestratigrafia e Paleoecologia
3
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/IG) - Porto Alegre - RS
4
Universidade Federal do Paraná (UFPR/DG) - Curitiba - PR
5
E&P Exploração/Geologia Aplicada a Exploração/Modelagem de Sistema Petrolífero
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Formation (Paraná Basin, eastern Paraguay). Geologica
Acta, Barcelona, v. 6, n. 2, p. 181-190, 2008.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
65
RIO PR.
NEO SAN T O N I AN O 260
CRETÁCEO
C O N I AC I AN O
T U R O N I AN O
C E N O MA N IA N O
100
AL B I AN O
AP T IAN O
EO
BAR R E M IA N O SERRA
HAU T E R I V I AN O GERAL N. PRATA 1700
M E S O Z Ó I C O
VALAN G I AN O GONDWANA
B E R R I AS I AN O
BOTUCATU 450 III
150 T I T H O N I AN O
NEO
JURÁSSICO
OXF OR DIAN O
CALLOVIANO
MESO BATHONIANO
BAJOCIANO
AALENIANO
T OAR C I AN O
EO
S I N E M U R I AN O
HETTANGIANO
200 R HAE TI AN O
TRIÁSSICO
N O R I AN O
NEO
CAR N IAN O
CONT.
300
LAD I N IAN O
MESO
AN ISIANO
OLENEKIANO
CONTINENT.
250 EO I NDUANO
LO PIN G IAN O 650
PASSA
GONDWANA I
PERMIANO
CAP I TA N IAN O
DOIS
G UADALU PIAN O 850
100
AR T I N S K IA N O
MARINHA
C I SU RAL I ANO
SAK MAR I AN O 350
AS SELIANO
300 G Z H E L I AN O 1500
CARB O NÍ FE RO
KASIMOVIANO
M O S C O V IAN O
BAS H K I R I AN O
V I S EAN O
350 T O U R NA I S I AN O
P A L E O Z Ó I C O
FAM E N IAN O
D E VO N IAN O
NEO
PARANÁ
PARANÁ
MARINHA
F RA S N IA N O
660
G I V E TI AN O
MESO
E I F E L IAN O
400 E M S I AN O
EO
P RAG U I AN O
L O C H K O V I A N O C. M. 337
PRIDOLI
LUDLOW
WENLOCK
MAR.
RIO IVAÍ
70
CONT./
MAR.
EO
CAM B RIANO
500
E M BASAM E N T O
Pekim Tenório Vaz1, Joaquim Ribeiro Wanderley Filho2, Gilmar Vital Bueno3
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Amazônia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
e-mail: pekimvaz@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Amazônia/Exploração/Avaliação de Bloco e Interpretação Geológica
3
E&P Exploração/Geologia Aplicada a Exploração/Modelagem de Sistema Petrolífero
Seqüências N50-N60
Esta unidade (Pleistoceno a Holoceno) foi
referências
definida por Ramos (1956). Predominam arenitos,
secundariamente observam-se lateritos, argilitos e
bibliográficas
níveis conglomeráticos. São depósitos de ambientes
continentais fluvial, lacustre e eólico. Esta formação
recobre discordantemente não só as rochas das For- BERRANGÉ, J. P.; DEARNLEY, R. The apoteri volcanic
mações Tucano, Tacutu e Apoteri, mas também as formation – tholeiitic flows in the North Savannas
rochas proterozóicas adjacentes ao gráben. Gráben of Guyana and Brazil. Geologische
Suas maiores espessuras são encontradas nos Rundschau, Sttutgart, v. 64, n. 1, p. 883-899, 1975.
blocos rebaixados das grandes falhas das bordas, onde
dados sísmicos indicam espessuras de até 120 m. Na CORDANI, U. G.; NEVES, B. B. DE B.; FUCK, R. A.;
ausência de informações bioestratigráficas capazes PORTO, R.; THOMAZ FILHO, A.; CUNHA, F. M. B.
de datar esta unidade, presume-se que a mesma DA. Estudo preliminar de integração do pré-
tenha sido depositada no fim do Pleistoceno (Eiras cambriano com os eventos tectônicos das bacias
bibliografia
ALMEIDA, F. F. M. Origem e evolução da Plata-
forma Brasileira. Rio de Janeiro: Divisão de Geo-
logia e Mineralogia, 1967. 37 p. (Brasil. Departa-
mento Nacional da Produção Mineral. DGM. Bo-
letim, 241).
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
CONT. FLUVIAL
10 NEO
MESO
20 EO
100 NEO
105 ALBIANA
FLÚVIO-DELTAICO
110
TUCANO
2200
CRETÁCEO
115
LEQUES ALÚVIO-DELTAICOS
CONTINENTAL
120
EO
125
REWA
130
LACUSTRE
TACUTU
2700
135
140
145
OXIFORDIANO
160
CALLOVIANO
165
BATHONIANO
MESO
JURÁSSICO
170 BAJOCIANO
ALENIANO
175
180 TOARCIANO
185
PLIENSBACHIANO
EO
190
SINEMURIANO
195
HETTANGIANO
200
RHAETIANO
205 NORIANO
542
PRÉ - CAMBRIANO EM BASAME NTO
Jorge de Jesus Picanço de Figueiredo1, Pedro Victor Zalán2, Emilson Fernandes Soares1
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação da Margem Equatorial e Bacias Interiores/Interpretação
e-mail: picanco@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios/NNE
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
TUCUNARÉ
PLATAFORMA
REGRESSIVO
N40 - N60
GE
RUC
UDE
9000
EO ZAN C LE AN O
ORAN
M E S S I N I AN O
PIRA
NEÓGENO
TAL
F.
PRO
NEO
T O R T O N IA N O
10
N20-
S E R R AVAL IA N O
N30
MESO
LAN G H I AN O
B U R D I GAL IA N O
E80 - N10
20 EO
AQ U I TAN IA N O
TRAVOSAS
NEO C HAT T IAN O
TRANSGRESSIVO
PLATAFORMA
PROFUNDO
30
EO RUPELIANO
E70
TALUDE
AMAPÁ
4000
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G E NO
E60
BAR T O N I AN O
MARAJÓ
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
E30 - E50
50
EO Y P R E S I AN O
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
PLATAFORMA
EO DAN I AN O
70
(S EN ON IAN O )
CAM PA N IAN O
LIMOEIRO
2500
80
NEO
K88-K90
PLATAFORMA
REGRESSIVO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
TALUDE
T U R O N I AN O
K82-K86
C E N O MA N IA N O
CRETÁCEO
100
K70
4000
MARINHO
(GÁLICO)
AL B I AN O
PLATAFORMA CASSIPORÉ K60
110
CONTINENTAL
CASSIPORÉ
LACUSTRE/
DELTAICO/
FLUVIAL/
JIQUIÁ
ALUVIAL
K20-K40
BARRE- BURACICA
5500
MIANO
130
(NEOCOMIANO)
ARAT U
HAUTE-
RIVIANO
RIO
VALAN- DA
GINIANO SERRA
140
194
200
T-J
1
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios/NNE – e-mail: zalan@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Geologia Aplicada à Exploração/Estratigrafia e Sedimentologia
N20 - N50
EO ZAN C LE AN O
NEÓGENO
M E S S I N I AN O
NEO 500
10 T ORTONIANO FLUVIAL
S E R R AVAL IA N O
MESO
LAN G H I AN O
ESTUARINO
B U R D I GAL IA N O
20 EO
AQ U I TAN IA N O
MARAJÓ
30
E40 - E80
EO R U P E L IA N O
2000
NEO P R I AB O N I AN O
PALE ÓG E N O
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
50
EO Y PR ES I ANO
MARINHO
COSTEIRO
E10 - E30
T HAN E T I AN O
NEO
60 PALEOCENO S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
LIMOEIRO
K100 - K130
70 3000
(S ENO N IAN O)
80
NEO
K88 - K90
SAN T O N I AN O
C ON I ACI AN O
90
T UR ON I ANO
K70 -
PLATAFORMA /
K86
C E N O MA N IA N O
ANAJÁS 1200
CRETÁC EO
100 PROFUNDO
AL B I AN O
(GÁLICO)
COSTEIRO /
K50 -
4000
JAC
K60
500
110 FLUVIAL /
ALUVIAL /
120 K40
CONTINENTAL
FLUVIAL / BREVES
EO
JI QUIÁ LACUSTRE
BARRE- BURACICA
MIANO
130
JACAREZINHO
ARAT U
BREVES
HAUTE-
ALUVIAL /
K10 - K30
1000
4000
RIVIANO
FLUVIAL /
VALAN- RIO
GINIANO DA
LACUSTRE
140
SERRA
BERRIA-
SIANO
DOM
TITHO-
JOÃO
NIANO
150
416
TROMBETAS
MARINHO
MANACAPURU
1300
PITINGA
443 NHAMUNDÁ /
AUTÁS. MIRIM
488
542
EM BASAME NTO
Emilson Fernandes Soares1, Pedro Victor Zalán2, Jorge de Jesus Picanço de Figueiredo1,
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação da Margem Equatorial e Bacias Interiores/Interpretação
e-mail: emilsonsoares@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios
Seqüência N20-N30
A discordância que marca o topo desta seqüência é
agradecimentos
uma das mais expressivas da Margem Equatorial. Sendo bem
identificada na sísmica e confirmada por dados de poços, ela Ao colega Arnaldo Tanaka pelas inestimáveis
também é observada em superfície (Rossetti, 2001). contribuições feitas a este trabalho, tanto no desenho
A Seqüência N20-N30 está quase que totalmente res- quanto no texto. Também agradecemos aos editores
trita ao Mioceno Médio (andares Langhiano e Serravaliano). do Boletim de Geociências da Petrobras pela oportuni-
Nesta seqüência também ocorre um magmatismo dade e incentivo dispensado.
básico estimado como Mesomiocênico. A datação dessas
rochas ígneas foi feita por correlação estratigráfica com es-
tratos de idade inferida, que se encontram sismicamente
em situação de onlap sobre os corpos ígneos. Através dos
mesmos critérios citados na interpretação da ocorrência
magmática da Seqüência E60-E70, podemos inferir que se
referências
trata também de um evento vulcânico, embora não se pos-
sa afirmar pela falta de dados mais conclusivos.
bibliográficas
AUBRY, M. P. From cronology to stratigraphy:
Seqüência N40-N50 interpreting the lower and middfe eocene stratigraphic
record in the atlantic Ocenan. In: BERGREN, W. A.;
Esta seqüência, que perfaz um intervalo de tem- KENT, D. R.; AURBRY, M. P.; HARDENBOL, J. (Ed.).
po de 10 Ma, é caracterizada pelo avanço da plataforma Geochronology time scale and global
carbonática, que ultrapassa os limites da bacia se con- stratigraphic correlations. Tulsa, Okla.: Society for
fundindo com a sedimentação de mesma característica Sedimentary Geology, 1995. p. 213-274. (SSG. Special
da Bacia de Barreirinhas. Puvlications, 54).
No intervalo dessa seqüência também ocorre uma
importante progradação dos sistemas deposicionais cos- BRANDÃO, J. A. S. L.; FEIJÓ F. J. Bacia do Pará-
teiros. Com abrangência em toda a Margem Equatorial, Maranhão. Boletim de Geociências da Petrobras,
esta litofácies é conhecida como Formação Barreiras Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 101-102, jan./mar. 1994
(Rossetti, 2001).
ROSSETTI, D. F. Late cenozoic sedimentary evolution TANAKA, A. Interação entre os processos gravitacio-
in northeastern Pará, Brazil, within the context of sea nais e a ação das correntes de fundo no Talude Con-
level changes. Journal of South American Earth tinental da Bacia do Pará-Maranhão dentro do
Science, Oxford, v. 14, n. 1, p. 77-89, Apr. 2001. Neogeno. 2006. Tese (Mestrado) – Universidade Fede-
ral Fluminense, Niterói, 2006.
SILVA, C. P. Estudo sobre foraminíferos e
radiolários do Cretáceo, Bacia Pará-Maranhão,
Margem Equatorial Brasileira. 2007. 127 p. Tese
(Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2007.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
N60
N40 - N50
EO ZAN C LE AN O
M E S S I N I AN O
NEÓGENO
MARINHO AGRADACIONAL
NEO
TALUDE / PROFUNDO
TORT ONIANO
10
HUMBERTO DE CAMPOS
N20-
S E R R AVAL IA N O
PLATA FORMA
N30
MESO
LAN G H I AN O
ILHA DE SANTANA
TRAVOSSAS
B U R D I GAL IA N O
AREINHAS
E80 - N10
EO
20
AQ U I TAN IA N O
566
COSTE IRO
30
EO R U P E L IA N O
E60 - E70
4348
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G E NO
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
E40 - E50
MESO
CO ST EIR O
L UT E T I AN O
3500
50
MAR. REGRESSIVO
EO Y P R E S I AN O
E30
RM A
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
60
PL ATAFO
S E LAN D I AN O
K130 - E20
PROFUNDO
EO DAN I AN O
TALUDE /
70
(S EN ON IAN O )
K100-
K120
CAM PA N IAN O
80
NEO
K88-K90
MAR. TRANSG.
PROFUNDO
OR MA
SAN T O N I AN O
TALUDE /
C O N I AC I AN O
90
CRETÁCEO
PL ATA F
T UR O N I AN O
COS TE IR
C E N O MA N IA N O
K70-
K82
100 CAJU
BREAK-UP
MARINHO
( G ÁLI CO )
2200
AL B I AN O
PLATAFORMA INDIVISO K60
110
230
EO
CODÓ K50
APTIANO ALAGOAS
CONT.
3000
JIQUIÁ
BARRE-
MIANO BURACICA
350
PLATAFORMA CABEÇAS
PALEOZÓICA
CANINDÉ
400
PROFUNDO / PIMENTEIRAS
400 PLATAFORMA
ITAÍM
542
PRÉ - CAMBRIANO EM BASAME NTO
Ivo Trosdtorf Junior1, Pedro Victor Zalán2, Jorge de Jesus Picanço de Figueiredo1,
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação da Margem Equatorial e Bacias Interiores/Interpretação
e-mail: trosdtorf@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios/NNE
Superseqüência Rifte
embasamento Seqüência K40
A Bacia de Barreirinhas desenvolveu-se sobre três A Seqüência K40 (Rifte II) corresponde a arenitos
grandes elementos do embasamento, de oeste para les- e folhelhos de idade aptiana que ocorrem somente na
te: Cráton de São Luís (parte arqueana), Faixa Gurupi parte marítima da Bacia de Barreirinhas. Seu mapa de
Seqüência E80-N10
A Seqüência E80-N10 foi individualizada entre
as discordâncias do Oligoceno Inferior (~ 28,5 Ma) e
agradecimentos
a do Mioceno Inferior (~ 16,5 Ma). Evidências sobre a
presença da discordância do Mioceno Inferior tam- Os autores agradecem aos colegas Anna Rosa
bém são encontradas na Bacia da Foz do Amazonas. do Amaral Lira, Edgar Liandrat e João Luiz Caldeira,
Neste contexto, a Seqüência E80-N10 apresenta du- pela leitura e críticas sempre construtivas feitas ao
ração aproximada de 12 Ma. texto e à carta. Também agradecemos aos editores
Durante a deposição da Seqüência E80-N10, do Boletim de Geociências da Petrobras pela oportu-
ocorre um grande evento transgressivo em toda a Mar- nidade e incentivo dispensado.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0 N60
MARINHO TRANSGRESSIVO
N40-N50
EO ZAN C LE AN O ?
PIRABAS
NEÓGENO
M E SS I N I AN O
NEO
10 T ORT ONIAN O
683
N20-
TA LU DE
S E R R AVAL IA N O
N30
MESO
LAN G H I AN O
B U R D I GAL IA N O
E80 - N10
20 EO
AQ U I TAN IA N O
3303
PLATAFORMA
30
EO R U P E L IA N O
E60 - E70
ILHA DE SAN TANA
NEO P R I AB O N I AN O
PALE ÓG E N O
BAR T O N I AN O
40
MARINHO REGRESSIVO
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
E30 - E50
1188
50
HUMBERTO DE CAMPOS
EO YP R ES I AN O
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
TRAVOSAS
AREINHAS
60 S E LAN D I AN O
K130 - E20
PROFUNDO
EO DAN I AN O
70
(S EN ON IAN O )
K100-
K120
CAM PA N IAN O
80
MARINHO TRANSGRESSIVO
PROFUNDO
NEO
K88-K90
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
CRETÁCEO
T U R ON I AN O
K84-
K86
BONFIM
CAJU
1188
1067
C E N O MA N IA N O
K82
100 K70
1048
BONFIM
BARRO
CANÁRIAS /
MARINHO
DURO
3500
AL B I AN O
CAJU
PLATAFORMA K60
(G ÁLI CO )
APTIANO
120 INOMINADO K40
JI QUIÁ
BARRE-
MIANO BURACICA
350
PALEOZÓICA
PLATAFORMA
PROFUNDO /
400 PLATAFORMA
542
Palavras-chave: Bacias de Bragança-Viseu, São Luís e Ilha Nova l Estratigrafia l carta estratigráfica
Keywords: Bragança-Viseu, São Luís and Ilha Nova Basins l Stratigraphy l stratigraphic chart
1
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios/NNE – e-mail: zalan@petrobras.com.br
342 | Bacias de Bragança-Viseu, São Luís e Ilha Nova - Pedro Victor Zalán
(Lima et al. 1994). O ambiente deposicional inter-
pretado para esta unidade é lagunar, ligado a um Superseqüência Drifte
mar epicontinental raso e anóxico, eventualmente
restrito a ponto de originar precipitações de evapori- Sedimentos pós-rifte são praticamente ausen-
tos (anidrita e, mais raramente, halita). Esta seqüên- tes nas bacias de Bragança-Viseu e São Luís. Na Ba-
cia pode ser dividida em três intervalos distintos: Codó cia de Ilha Nova, próximo à passagem para a Bacia
Inferior, Médio e Superior. de Barreirinhas, duas seqüências sedimentares po-
O Codó Inferior é predominantemente are- dem ser encontradas (Lima et al. 1994).
noso, o Codó Médio pelito-carbonático-evaporítico
e o Codó Superior é formado por folhelhos, carbo-
natos, arenitos e evaporitos. Em termos deposi- Seqüência K82-K86
cionais, os três intervalos representam dois ciclos
evaporíticos, sendo o primeiro constituído pelo A Formação Periá do Grupo Caju foi definida
Codó Inferior e Médio, e o segundo ciclo, pelo na Bacia de Barreirinhas e designa as fácies clásticas
Codó Superior. A Superseqüência Pré-Rifte apre- (arenitos e folhelhos) depositadas em leques costei-
senta uma sismofácies que constitui um horizon- ros. À medida que se avança para nordeste, em dire-
te-guia nas linhas sísmicas, com seu topo muito ção à Bacia de Barreirinhas, intercalações de fácies
bem evidenciado por refletores fortes e paralelos, carbonáticas tornam-se mais freqüentes.
resultantes do grande contraste de impedância
acústica originado pela interdigitação de carbona-
tos, anidritas e folhelhos. Suas maiores espessuras Seqüência K88-K90
localizam-se na Bacia de Bragança-Viseu.
A Formação Areinhas é formada por areni-
tos finos e muitos finos, depositados sob condição
de mar franco.
Superseqüência Rifte
Seqüência N30-N40 e N50
Seqüência K60 A Formação Pirabas é composta por arenitos,
argilas variegadas e calcários de idade miocênica
A Seqüência K60, de idade albiana, abran- sobrepostos discordantemente às unidades cretácicas.
ge a unidade litoestratigráfica denominada de For- Ocorre nos extremo nordeste e noroeste, respectiva-
mação Itapecuru. Ela é constituída por arenitos mé- mente, das bacias de Ilha Nova e de Bragança-Viseu.
dios e finos, conglomerados, folhelhos e siltitos de
cor cinza e vermelha. De sul para norte, o am-
biente deposicional interpretado para esta forma-
ção é basicamente fluvial, com intercalações de
arenitos exibindo feições de depósitos marinhos referências
rasos influenciados por maré. É possível dividir esta
superseqüência em duas unidades sismo-estrati- bibliográficas
gráficas: Albiano Inferior e Albiano Médio/Supe-
rior. A primeira apresenta maiores espessuras no
FEIJÓ, F. J. Bacia de Barreirinhas. Boletim de
norte da Bacia de São Luís (Baixo de Bacuri), en-
Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1,
quanto que a segunda apresenta seus depocentros
p. 103-105, jan./mar. 1994.
nas partes centrais das bacias de São Luís (Baixo
de Maracaçumé) e Bragança-Viseu. O topo desta
superseqüência corresponde à discordância de LIMA, H. P.; ARANHA, L. G. F.; FEIJÓ, F. J. Bacias de
breakup na margem equatorial. Bragança-Viseu, São Luís e Gráben de Ilha Nova.
Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Ja-
neiro, v. 8, n. 1, p. 111-116, jan./mar. 1994.
EO
NEO
MESO
EO
NEO
EO
NEO
MESO
EO
NEO
EO
NEO
EO
344 | Bacias de Bragança-Viseu, São Luís e Ilha Nova - Pedro Victor Zalán
B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 341-345, maio/nov. 2007 | 345
Bacia do Ceará
Valéria Cerqueira Condé1, Cecília Cunha Lana2, Otaviano da Cruz Pessoa Neto1,
Eduardo Henrique Roesner3, João Marinho de Morais Neto1, Daniel Cardoso Dutra1
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação da Margem Equatorial e Bacias Interiores/Interpretação
e-mail: valeria.conde@petrobras.com.br
2
Centro de Pesquisas da Petrobras/P&D de Exploração/Bioestratigrafia e Paleoecologia
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
BELTRAMI, C. V.; ALVES, L. E. M.; FEIJÓ, F. J. Bacia SOUZA, S. M. Atualização da litoestratigrafia da Bacia
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Bacia do Ceará. Phoenix, Aracaju, v. 57, p. 1-6, 2003.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
1550
EO ZAN C LE AN O
NEÓGENO
M E S S I N I AN O
NEO
10 T O R T O N IA N O
S E R R AVAL IA N O MIOCENO
MESO
LAN G H I AN O
820
B U R D I GAL IA N O
20 EO
AQ U I TAN IA N O
30 OLIGOC. SUP
EO R U P E L IA N O
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó GE N O
800
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
50 EOCENO MED.
EO Y P R E S I AN O
PALEOCENO
300
T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
INTERNA MAAST. SUP
70 BASE MAASTRICHTIANO
( SE NO NIAN O)
510
MARINHO TRANGRESSIVO
CAM PA N IAN O
80
NEO
CAMPANIANO
295
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
T U R O N I AN O
TURONIANO
250
C E N O MA N IA N O
CENOMANIANO MÉDIO
199
CRETÁCEO
PLATAFORMA 375
(G ÁLI CO )
110
FLUVIO BASE DO ALBIANO
PARACURU TRAIRI 1018
DELTAICO
CONT.
ALAGOAS
APTIANO FLUVIO-LACUSTRE
120 LEQUES ALUVIAIS MUNDAÚ 2423
EO
JIQUIÁ
BARRE- BURACICA
MIANO
130
ARAT U
( NE OC O MIANO )
HAUTE-
RIVIANO
VALAN-
GINIANO RIO
140 DA
SERRA
BERRIA-
SIANO
DOM
TITHO- JOÃO
NIANO
150
542
EM BASAME NTO
Otaviano da Cruz Pessoa Neto1, Ubiraci Manoel Soares2, José Gedson Fernandes da Silva3,
Eduardo Henrique Roesner3, Cláudio Pires Florencio3, Carlos Augusto Valentin de Souza2
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação da Margem Equatorial e Bacias Interiores/Interpretação
e-mail: otaviano@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará/Exploração/Avaliação de Blocos
e Interpretação Geológica e Geofísica
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
Figura 3 – Perfil-tipo do Membro Canto do Amaro. Figure 3 – Canto do Amaro Member reference section.
Areia Branca).
Unidade litoestratigráfica proposta para desig-
nar os depósitos carbonáticos lacustres que ocorrem
no topo da Formação Pescada.
• nome: O nome Membro Cristóvão deriva de
uma localidade de mesmo nome, situada na
região costeira do município de Areia Branca,
na porção noroeste do Estado do Rio Grande
do Norte.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
N40 - N50
1000
EO ZAN C LEA N O
NEÓGENO
M E S S I N I AN O
NEO
TOR T ONIAN O
10
S E R R AVAL IA N O MIOCENO SUPERIOR
N20-
850
N30
MESO
GUAMARÉ
LAN G H I AN O
B U R D I GAL IA N O
TIBAU
EO MIOCENO INFERIOR
E80 - N10
20
AQ U I TAN IA N O
850
NEO C HAT T IAN O
30 OLIGOCENO SUPERIOR
EO R UPELIAN O
M AC AU
E40 - E70
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G E NO
1300
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
GU AM AR É
50
EOCENO MÉDIO
E20 - E30
EO YPRE SIANO
400
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
EO PALEOCENO SUPERIOR
DAN I AN O
K100 - E10
1250
70
( SEN O NIANO )
80 CAMPANIANO SUPERIOR
JANDAÍRA
550
NEO
K90
PORTO DO MANGUE
SAN T O N I AN O
SANTONIANO SUPERIOR
QUEBRADAS
C O N I AC I AN O
90
350 K88
APODI
T U R O N I AN O
TURONIANO SUPERIOR
150 K86
CENOMANIANO SUPERIOR
CRETÁCEO
C E N O MA N IAN O REDONDA
1050
100 CENOMANIANO INFERIOR
630 K70
ALBIANO SUPERIOR
AÇU
600
AL B I AN O
( GÁ LI CO )
K60
110
ALBIANO INFERIOR
GALINHOS
FLUVIAL-
650
K50
ALAGOAS DELTAICO UPANEMA
AREIA BRANCA
APTIANO
1500
EO
BARRE- BURACICA
MIANO
BURACICA INFERIOR K36
6500
130
ARAT U ARATU SUPERIOR
(N EO CO M IAN O)
HAUTE-
RIVIANO K34
RIO DA SERRA SUPERIOR
VALAN-
RIO K20
GINIANO
140 DA
SERRA RIO DA SERRA MÉDIO
BERRIA-
SIANO
DOM
TITHO- JOÃO
NIANO
150
542
1
Universidade Estadual Paulista/Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro/Departamento de Geologia Aplicada
e-mail: assine@rc.unesp.br
UÍ
PIA
Á
BACIA DE
AR
VALENÇA
CE
Santana BACIA DE BARRO
do Cariri
D Juazeiro
Crato do Norte Missão
Velha
2-AP-1-CE Q
Q Q Q
B CH Q Barbalha Q E
C AP Q
AD Q
A
PIAUÍ CEARÁ
CH DO
PERNAMBUCO AP
AD AR
A CE AR
AR
DO PE
RN
AM
Á IPE
BU
CO
-7º30’ AR Exu -7º30’
A AR
IP Conceição
E
Á
AR
F
CE
Jardim
Araripina
BU
PERNAM C PAR
A
ÍBA
Bodocó BACIA DE
Cidade CEDRO
Trindade
Divisa interestadual
PE
RNAMBUCO
Escarpa
Ouricuri A
F
Seção geológica BACIA DE
PIAUÍ
SÃO JOSÉ DO
10 km BELMONTE
BACIA DE SOCORRO/
SANTO IGNÁCIO
Serrita
Figura 1 - Mapa Geológico da Bacia do Araripe (Assine 1990). Figure 1 – Araripe Basin Geological Map (Assine 1990).
A Bacia do Araripe estende-se também para mentais de Beurlen, muitos outros trabalhos e pro-
leste, para além dos limites atuais da chapada, ocu- postas estratigráficas foram publicados nas últimas
pando a depressão do Vale do Cariri (sub-bacia do quatro décadas, a grande maioria baseada unica-
Cariri) onde afloram unidades das seqüências mente em dados de superfície.
paleozóica, pré-rifte e rifte. Tais unidades não aflo- A moderna concepção da estratigrafia da Ba-
ram na sub-bacia de Feira Nova (fig. 1), que foi des- cia do Araripe foi delineada na década de 80, quan-
coberta por métodos geofísicos e amostrada pelo do a bacia foi objeto de intensa pesquisa visando a
poço 2-AP-1-CE, que atingiu o embasamento crista- avaliação de seu potencial petrolífero. O ponto de
lino na profundidade de 1.498 m (fig. 2). partida foi o levantamento gravimétrico de Rand e
As sub-bacias do Cariri e de Feira Nova são Manso (1984), que mostrou uma bacia com espes-
estruturadas por falhas de direção NE e WNW. Tal sura sedimentar muito maior que os 850 m estima-
estruturação foi conseqüência da propagação conti- dos por Beurlen (1962; 1963). Trabalhos de
nente adentro dos eventos tectônicos relacionados à mapeamento geológico (Ghignone et al. 1986) pro-
fase rifte das bacias da margem atlântica brasileira piciaram grande avanço no conhecimento da
(Assine, 1990; Matos, 1992; Ponte e Ponte Filho, 1996). estratigrafia da bacia, que foi consolidado nos traba-
As bases da litoestratigrafia da bacia foram lhos de Ponte e Appi (1990) , Assine (1990; 1992) e
estabelecidas por Beurlen (1962; 1963), que definiu Ponte e Ponte Filho (1996).
as formações Cariri, Missão Velha, Santana e Exu, Muitos trabalhos foram publicados desde en-
para as quais estimou uma espessura sedimentar to- tão, mas como apontado por Arai (2006), “o
tal de cerca de 850 m. A partir dos trabalhos funda- arcabouço basilar para a Bacia do Araripe foi esta-
MB. ROMUALDO
nominação sub-bacia de Feira Nova (Matos, 1992), em
detrimento das denominações Serrolândia (Assine,
500
1992) e Feitoria (Ponte e Ponte Filho, 1996).
PÓS-RIFTE I FM. SANTANA
MB. CRATO
Devido à natureza incompleta do registro sedi-
mentar da Bacia do Araripe e ao número reduzido de
FUP
600 informações de subsuperfície, a análise de
Camadas Batateira (?)
FM. BARBALHA paleocorrentes tem sido uma ferramenta de grande
potencial para a reconstituição de sua evolução tectono-
FUP 700
sedimentar (Assine, 1994). Sua importância é vital por-
que, à exceção dos sedimentos marinhos da Formação
RIFTE FM. ABAIARA
Santana, o preenchimento sedimentar da bacia é ca-
800
racterizado por sistemas deposicionais continentais,
sobretudo de origem aluvial, nos quais o declive topo-
900
gráfico controla o sentido de fluxo das águas em super-
FM.
MISSÃO VELHA
fície, de forma que as paleocorrentes medidas indicam
o mergulho deposicional, permindo reconhecer mudan-
1000 ças de áreas-fonte, interpretar movimentações
tectônicas, esboçar cenários paleogeográficos a partir
da integração com os dados disponíveis na literatura
1100
sobre as bacias adjacentes. Desta forma, contribui para
PRÉ-RIFT
a reconstituição da paleodrenagem continental à épo-
1200
ca da sedimentação das diferentes seqüências.
FM.
BREJO SANTO
1300
Seqüência paleozóica
1400
1500
de litoestratigráfica, denominada Formação Cariri por
EMBASAMENTO PRE-CAMBRIANO
ambiental, substituídos por planícies fluviais de ca- por falhas normais de direção principal NE. Esta dispo-
nais entrelaçados. Paleocorrentes medidas nos are- sição enquadra-se no esquema tectônico de distensão
nitos fluviais mostram paleofluxo constante para SSW, regional NW-SE, apresentado por Matos (1992).
permitindo concluir que o cenário paleogeográfico Como não foram encontradas até o momento
do Andar Dom João não foi alterado no Eocretáceo seções pertencentes aos andares Buracica e Jiquiá, nem
e que a Bacia do Araripe fazia parte de uma paleo- tampouco fácies de conglomerados de leques aluviais
bacia hidrográfica cujos rios corriam para sul em di- dominados por fluxos de detritos nos blocos baixos das
reção à Bacia do Recôncavo-Tucano (Assine, 1994). falhas, com rejeitos que alcançam os 1.000 m no
As sub-bacias do Cariri e de Feira Nova apre- gráben de Crato-Juazeiro, considera-se que a
sentam-se estruturadas em horsts e grábens definidos estruturação rúptil, delineada em horstes e grábens,
lações de folhelhos calcíferos de cor verde que se tor- sentes, entre outros, em insetos, ostracodes, crustáceos,
nam dominantes no topo da Formação Barbalha. aracnídeos, pequenos peixes (pouca diversidade, sobres-
O segundo ciclo de granodecrescência ascendente saindo-se o onipresente Dastilbe elongatus), quelônios,
termina com os calcários micríticos laminados do Mem- lagartos e pterossauros. Rica associação fossilífera nos
bro Crato da Formação Santana, que formam bancos calcários laminados e folhelhos associados, caracteriza-
descontínuos com espessuras que ultrapassam duas de- da pela ausência de formas marinhas, indica ambientes
zenas de metros, interdigitados lateralmente com folhe- de sedimentação lacustres (Newmann, 1999).
lhos verdes. O registro fossilífero é abundante e muito Sobre a seção de calcários laminados ocorrem
diversificado (Mabesoone e Tinoco, 1973), estando pre- camadas descontínuas de gipsita, com espessura má-
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GHIGNONE, J. I. Ensaio de paleogeografia do Nor-
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SO BRASILEIRO GEOLOGIA, 26., 1972, Belém. Anais. Abordagem preliminar sobre paleotemperatura e evo-
Belém: Sociedade Brasileira de Geologia, 1972. v. 3, lução do relevo da Bacia do Araripe, Nordeste do Bra-
p. 21-28. sil, a partir da análise de traços de fissão em apatita.
Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janei-
GHIGNONE, J. I.; COUTO, E. A.; ASSINE, M. L. ro, v. 14, n. 1, p. 113-119, nov. 2005/maio 2006.
Estratigrafia e estrutura das bacias do Araripe,
Iguatu e Rio do Peixe. In: CONGRESSO BRASILEI- NASCIMENTO, M. A. L.; SOUZA, Z. S.; LIMA FILHO,
RO DE GEOLOGIA, 34., 1986, Goiania. Anais. M. F.; JARDIM DE SÁ, E. F.; CRUZ, L. R.; FRUTUOSO
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
90
T U R O N I AN O
NEO
95
CONTINENTAL
FLUVIAL
C E N O MA N IA N O
EXU
100
ALBIANO SUPERIOR
ALUVIAL
ARARIPE
CONT.
105
ALB I ANO
ARARIPINA 100
( GÁ LIC O )
ALBIANO
COQUINAS
110 PLATAFORMAL
CONCREÇÕES ROMUALDO
COSTEIRO SANTANA
CAMADAS IPUBI
LACUSTRE CRATO
FLUVIAL
115 LACUSTRE BARBALHA
CAMADAS BATATEIRA
ALAGOAS FLUVIAL
CRETÁCEO
APTIANO
120
EO
JI QUIÁ
125
BURACICA
BARRE-
MIANO
130
ARAT U
HALTE- PRÉ-ALAGOAS
CONTINENTAL
RIVIANO
LACUSTRE
(N EO CO M IAN O )
ABAIARA
FLUVIO -
135
VALE DO CARIRI
VALAN-
GINIANO
RI O
140 DA
SERRA
BERRIA-
SIANO
145
CONT.
150
K I M M E-
R I D G IA N O
300
350
400 PALEOZÓICA
FLUVIAL CARIRI
450
500
550
EM BASAME NTO
Valéria Centurion Córdoba1, Emanuel Ferraz Jardim de Sá2, Debora do Carmo Sousa2,
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Centro de Ciências Exatas e da Terra/Departamento de Geologia.
e-mail: vcordoba@ufrnet.br
2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Centro de Ciências Exatas e da Terra/Departamento de Geologia.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
SPA
BARREIRAS
EO ZAN C LEAN O
N20 - N50
1.200
M E S S I N I AN O
NEÓGENO
NEO
TORT ONIANO
10
S E R R AVAL IA N O
MESO
LANG H I AN O
MARITUBA
MAR I N H O R E G R E S S I VA
B U R D I GAL IA N O MIOCENO INFERIOR
20 EO
AQ U I TAN IA N O
HA
NEO C HAT T IAN O
MARIA FAR IN
30
EO R U P E L IA N O
NEO OLIGOCENO
E10 - N10
P R I AB O N I AN O
ALGODOAIS
1.500
PALE Ó G E NO
BAR T O N I AN O
CALUMBI
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
50
EO Y P R E S I AN O
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
MAASTRICHTIANO/DANIANO
CONT. / MARINHO TRANSG.
70
GRAMAME
( SE NO NIANO )
K88 - K130
ACÁ
2.000
COSTEIRO
CAM PA N IAN O
EOCAMPANIANO
BEBERIBE
R
80
ITAM A
NEO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
T U R O N I AN O FLUVIO- NEOTURONIANO
700
K82-
ESTUARINO
K86
/ RAMPA ESTIVA
C E N O MA N IA N O CARBONÁTICA
100
CRETÁCEO
SUÍTE
JUCA
NEO-ALBIANO
IPO-
LEQUES ALUVIAIS
CONTINENTAL
/ LACUSTRE
AL B I AN O
K40 - K70
( GÁ LIC O )
110
CAB O
ALAGOAS
APTIANO
120
EO
PRÉ-ALAGOAS SUPERIOR
JI QUIÁ
BARRE- BURACICA
MIANO
130
ARAT U
(N EO CO M IAN O )
HAUTE-
RIVIANO
VALAN-
GINIANO RIO
140 DA
BERRIA- SERRA
SIANO
DOM
TITHO-
JOÃO
NIANO
150
542
EM BASAME NTO
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
e-mail: oscarcampos@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção de Sergipe e Alagoas/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação
Geológica e Geofísica
3
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sul/Pólo Sul
GOMES, P. O. Distensão crustal, implantação de SILVA F., M. A.; SANTANA, A. C.; BONFIM, L. F. C.
crosta oceânica e aspectos evolutivos das zonas Evolução tectono-sedimentar do Grupo Estância: suas
de fratura e da sedimentação no segmento nor- correlações. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLO-
deste da margem continental brasileira. 2000. GIA, 30., 1978, Recife. Anais. São Paulo: Sociedade
130 p. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado Brasileira de Geologia, 1978. v. 2, p. 685-699.
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000.
SOUZA-LIMA, W.; ANDRADE, E. J.; BENGTSON, P.;
HAMSI JÚNIOR, G. P.; KARNER, G. D.; BARROS, F. A. GALM, P. C. A Bacia de Sergipe-Alagoas: evolu-
R. A crosta transicional da Bacia Sergipe-Alagoas. In: ção geológica, estratigrafia e conteúdo fóssil.
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 43., 2006. Aracaju: Fundação Paleontológica Phoenix, 2002.
Aracaju. Anais. Bahia: Sociedade Brasileira de Geo- 34 p. Edição especial, 1.
logia, 2006, p. 17.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0 N60
PLATAFORMA RASA
BAR
COSTEIRO
EO ZAN C LE AN O N50
NEÓGENO
ME S S I N I AN O
N20 - N40
NEO
10 TO R T O N IA N O
S E R R AVAL IA N O
MESO
LAN G H I AN O
B U R D I GAL IA N O
MIOCENO MÉDIO
20 EO
CALUMBI
E70 - N10
AQ U I TAN IA N O
MOSQUEIRO
1500
M A R I N H O REGRESSIVO
30
EO R U P E L IA N O
MARITUBA
OLIGOCENO INFERIOR E60
1500
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G E NO
TALUDE
E50
MESO
3000
L UT E T I AN O
PIAÇABUÇU
EOCENO MÉDIO
E30 -
50
E40
EO Y P R E S I AN O
T HAN E T I AN O PALEOCENO
NEO E20
60 S E LAN D I AN O
PALEOCENO PALEOCENO SUPERIOR
EO DAN I AN O E10
CRETÁCEO
K130
70
(S EN ON IAN O )
CAMPANIANO
PROFUNDO
K120
CAM PA N IAN O
80
NEO
K90
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O SUB-FM. CALUMBI ARACAJU
MARINHO TRANSGRESSIVO
TALUDE /
K86-
1050
K88
90
T U R O N I AN O
PROFUNDO COTINGUIBA
SAPUCARI
SERGIPE
K70-K84
C E N O MA N IA N O
RIACHUELO
TAQUARI
MARUIM
100 LEQUES ALUVIO-
CRETÁC EO
ANGICO
2800
DELTAICOS /
AL B I AN O PLATAFORMA /
( GÁ LIC O )
TALUDE K64
110
K62
MURIBECA 1150 K50
ALAGOAS
PRÉ-NEO-ALAGOAS
APTIANO
120 MACEIÓ 1450 K40
CORURIPE
EO
ALÚVIO-FLUVIAL K38
1700
JIQUIÁ 1700
DELTAICO-LACUSTRE
BARRE- BURACICA
ALÚVIO
CONTINENTAL
MIANO BARRA
1200
K34-
PENEDO
K36
130 FLUVIAL C O DE
ARAT U
AI
900
HAUTE- ITIÚBA
LT
DE
RIVIANO
RE
VALAN- ST PRÉ-ARATU
CU
K10-
600
RIO
K20
GINIANO
140 DA LA FELIZ
DESERTO
BERRIA- SERRA
SIANO PRÉ-RIFT
FLUVIAL SERRARIA 130
J20-
K05
250
IGREJA NOVA
CONTINENTAL
DESÉRTICO/LITORÂNEO/
P
DELTAICO ARACARÉ
GLACIAL
350
490
C
ESTÂNCIA
542
E M BASAM E NTO
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
170
COSTEIRO
EO ZAN C LEA N O
NEÓGENO
M E SS I N I AN O
PLATAFORMA
NEO
10 T O R T O N IA N O
S E R R AVAL IA N O
MESO
LAN G H I AN O MIOCENO MÉDIO
B U R D I GAL IA N O
20 EO
AQ U I TAN IA N O
30
MOSQUEIRO
EO R U P E L IA N O
NEO P R I AB O N I AN O
TALUDE
2800
850
BAR T O N I AN O EOCENO SUPERIOR
650
40
EOCENO
MESO E50
L UT E T I AN O
MARITUBA
CALUMBI
50 EOCENO MÉDIO
EO YP R ES I ANO
PIAÇABUÇU
T HAN E T I AN O PALEOCENO
NEO E20
60 PALEOCENO S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O E10
CRETÁCEO
K130
70
( SEN O NIANO )
CAMPANIANO
PROFUNDO
K90 - K120
CAM PAN IAN O
80
NEO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
MARINHO TRANSGRESSIVO
SUB-FM. CALUMBI
K86-
K88
220
90 TALUDE /
T U R ON I AN O
PROFUNDO
COTINGUIBA ARACAJU
SERGIPE
C E N O MA N IA N O
RIACHUELO
TAQUARI
100 LEQUES
CRETÁCEO
MARUIM
ANGICO
1500
ALUVIAIS /
AL B I AN O PLATAFORMA /
( G ÁLI CO )
TALUDE K64
110
K62
IBURA
DELTAICO
CARMÓPOLIS
ALAGOAS NEO-ALAGOAS
2000
120
APTIANO MACEIÓ PONTA VERDE
K40
CORURIPE
EO
1300
PENEDO
K34-
ÚV IAL
1570
K36
MIANO
130 L O
ARAT U A U V IC
HAUTE-
FL TA L RE
DE
RIVIANO
T ARATU
VALAN- US
AC
K10-
FELIZ
700
K20
GINIANO RIO
140 DA L
BERRIA- S E R R A
DESERTO
SIANO PRÉ-RIFT
FLUVIAL PERU- SERRARIA 130
J20-
K05
DOM
TITHO-
NIANO JOÃO LACUSTRE CABA BANANEIRA 180
150 F LU V IAL CANDEEIRO 80
250 DESÉRTICO/LITORÂNEO/
P
DELTAICO ARACARÉ
IGREJA
NOVA
300 LEQUES
BATINGA BOACICA
C
350
542
EM BASAME NTO
José Carlos Santos Vieira Graddi1, Oscar Pessoa de Andrade Campos Neto1,
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
e-mail: graddi@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Leste/Interpretação
Seqüência K90-K130
Posteriormente à sedimentação carbonática da
seqüência K60-K80, mais precisamente, do Santoniano referências
ao Maastrichtiano, um evento transgressivo proporcio-
nou a deposição dos folhelhos da Formação Urucutu- bibliográficas
ca, que representam a seqüência K90-K130. Arenitos
turbidíticos associados a flutuações do nível do mar
são comuns nas bacias circunvizinhas de Camamu, ALMEIDA, F. F. M.; HASUY, Y. O pré-cambriano do
Jequitinhonha e Sergipe-Alagoas, e devem ser comuns Brasil. São Paulo: Blucher, 1984. 378 p. il.
também na Bacia de Jacuípe, que ainda não teve
poços perfurados que amostrassem a seqüência do
CAMPELO, R. C. Integração de métodos geofísicos na
Cretáceo Superior. Outros argumentam, até mesmo,
caracterização de um limite entre as Bacias de Sergipe-
a hipótese de ali não existir o registro do Cretáceo
Alagoas e Jacuípe. In: CONGRESSO INTERNACIONAL
Superior, que estaria ausente por erosão decorrente
DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOFÍSICA, 9., 2005,
de um soerguimento regional.
Salvador. Anais. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira
de Geofísica, 2005. 1 CD-ROM.
Seqüência E10-N50
DIAS, J. L. Tectônica, estratigrafia e sedimentação no
Durante o Paleógeno (Seqüência E10-N50), as- Andar Aptiano da margem leste brasileira. Boletim
sim como no restante das bacias da margem leste brasi- de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 13,
leira, persistiu o regime marinho transgressivo, com a n. 1, p. 7-25, nov. 2004/maio 2005.
sedimentação dos folhelhos batiais da Formação Urucu-
tuca. Somente no Neo-Oligoceno e no decorrer de todo NETTO, A. S. T.; WANDERLEY FILHO, J. R.; FEIJÓ, F. J.
o Neógeno, desenvolveu-se uma plataforma estreita com Bacias de Jacuípe, Camamu e Almada. Boletim de
arenitos da Formação Rio Doce e carbonatos da Forma- Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1,
ção Caravelas indicativos da regressão marinha, tam- p. 173-175, 1994.
bém reconhecida ao longo de toda a costa brasileira.
Vários eventos vulcânicos foram observados
SOUZA-LIMA, W.; ANDRADE, E. J.; BENGTSON, P.;
por diferentes pesquisadores, que puderam caracte-
GALM, P. C. A Bacia de Sergipe-Alagoas: evolu-
rizar sismicamente vários corpos magmáticos inter-
ção geológica, estratigrafia e conteúdo fóssil. Aracajú:
postos às rochas sedimentares na Bacia de Jacuípe.
Fundação Paleontológica Phoenix, 2002. 34 p. Edi-
Analisando os truncamentos e as deformações
ção especial n. 1.
provocadas nos refletores sísmicos, atribui-se que
esses eventos ocorreram ao final do Alagoas e início
do Albiano, sendo reativados no Paleógeno.
Seqüência N60
A Seqüência N60 diz respeito aos sedimentos
de praias e aluviões (SPA) que englobam os sedimen-
tos clásticos do Pleistoceno e do Holoceno e que com-
põem a fisiografia atual da bacia. São arenitos e folhe-
lhos da planície de inundação dos rios Joanes, Jacuípe
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
N60
COSTEIRO
EO ZAN C LEAN O
PLATAFORMA
NEÓGENO
MESSINIANO
CARAVELAS
RIO DOCE
NEO
TORTONIANO
10
70
SERRAVALIANO
MESO
LANGHIANO
BURDIGALIANO
20 EO
AQUITANIANO
NEO CHATTIANO
E10 - N50
30
EO RUPELIANO
TALUDE
NEO PRIABONIANO
ESPÍRITO SANTO
PALE Ó G E NO
BARTONIANO
40
EOCENO
MESO
LUTETIANO
URUCUTUCA
50
EO YPRESIANO
1500
PALEOCENO
THANETIANO
NEO
60 SELANDIANO
MARINHO
PROFUNDO
EO DANIANO
PALEOCENO
70
(S EN ON IAN O )
K90 - K130
CAM PA N IAN O
80
NEO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
SUB-FM.URUCUTUCA
90
T U R O N I AN O
PLATAFORMA
ALGODÕES
C E N O MA N IA N O
K60 - K80
CRETÁCEO
300
CAMAM U
100
( GÁ LIC O )
AL B I AN O
110
PRÉ-NEO-ALAGOAS
LACUSTRE
DELTAICO/
APTIANO
120
ALÚVIO/
JI QUIÁ
ALMADA
BARRE- BURACICA
2400
MIANO
130 K30
ARAT U
( NE OC OM IANO )
HAUTE-
RIVIANO
VALAN-
GINIANO RI O
140 DA
BERRIA- SERRA
SIANO
TITHO- DOM
NIANO JOÃO
150
542
E MBASAME NTO
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
e-mail: oliviosil@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Leste/Interpretação
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
Paleozóica
Seqüência Permiana Superseqüência Pré-Rifte
O Eratema Paleozóico é representado pelos
membros Pedrão e Cazumba da Formação Afligidos. Seqüência J20-K05
Depositadas sob paleoclima árido e em contexto de
bacia intracratônica, as associações faciológicas que A Seqüência J20-K05 reúne depósitos relacio-
caracterizam estas unidades ilustram uma tendência
nados ao estágio inicial de flexura da crosta, em res-
geral regressiva, com transição de uma sedimenta-
posta aos esforços distensionais que originaram o sis-
ção marinha rasa, marginal, a bacias evaporíticas iso-
tema de riftes do Eocretáceo. Esta sedimentação pré-
ladas, ambientes de sabkha continental e, por fim,
rifte engloba três grandes ciclos flúvio-eólicos, repre-
sistemas lacustres (Aguiar e Mato, 1990). Arenitos
sentados, da base para o topo, pelo Membro Boipeba
com feições de retrabalhamento por onda, laminitos
da Formação Aliança e pelas formações Sergi e Água
algais e evaporitos, principalmente anidrita, caracte-
Grande. Transgressões lacustres de caráter regional
rizam o Membro Pedrão. No Membro Cazumba, pre-
separam esses ciclos e são expressas pela sedimenta-
dominam pelitos e lamitos vermelhos lacustres, com
ção dominantemente pelítica que caracteriza o Mem-
nódulos de anidrita na base da seção.
bro Capianga (Formação Aliança) e a Formação
Dados palinológicos atribuem uma idade
Itaparica. Uma parte do registro, correspondente às
permiana ao Membro Pedrão, que se correlaciona
formações Aliança e Sergi (Andar Dom João), tem sido
com o Membro Ingá da Formação Santa Brígida (Sub-
relacionada ao Neojurássico. As formações Itaparica
bacia do Tucano Norte) e com as formações Aracaré
e Água Grande (Andar Rio da Serra inferior) são de
(Bacia de Sergipe-Alagoas) e Pedra de Fogo (Bacia
idade eocretácea (Eoberriasiano), como o indicam as
do Parnaíba). A idade do Membro Cazumba é objeto
análises micropaleontológicas.
de discussão, contribuindo para tanto a pobreza do
registro fossilífero. Aguiar e Mato (1990) admitem uma
possível extensão dessa unidade ao Triássico, tam-
bém com base no resultado de análises palinológicas.
Ainda segundo estes autores, seu contato com o
Membro Boipeba (Formação Aliança) é discordante
Superseqüência Rifte
na maior parte do Recôncavo, mas considerado
transicional no sudoeste da bacia, o que reforça o O limite entre os estágios pré-rifte e rifte tem
problema de posicionamento cronoestratigráfico do sido objeto de discussão (Magnavita, 1996; Da Silva,
intervalo. Adota-se, aqui, a interpretação de Caixeta 1996). Segundo Ghignone (1979), a configuração
et al. (1994), que restringem ao Permiano a deposi- atual da Bacia do Recôncavo já se esboçava ao tem-
ção da Formação Afligidos. po de deposição da Formação Itaparica e mais no-
Seqüência K30
A porção inferior da Seqüência K30 registra a Superseqüência Pós-Rifte
expansão dos sistemas deltaicos ao longo da bacia,
com progressivo recuo, para sul, dos sítios deposicio-
nais eminentemente lacustres, representados pela For- Seqüência K50
mação Maracangalha. A seção basal, relacionada ao
Membro Catu da Formação Marfim, depositou-se em A Seqüência K50 é representada pelos clásticos
onlap sobre as áreas plataformais antes sujeitas à ero- grossos (conglomerados e arenitos), folhelhos e
são e/ou bypass. Apenas ao final do Neo-Rio da Serra calcários pertencentes à Formação Marizal, de idade
(Eohauteriviano), os arenitos deltaicos dessa unidade Neo-alagoas (Neo-aptiano). Sua deposição relacio-
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
M E S S I N I AN O
10 NEO TOR T ONIANO
MESO
20 EO B U R D I GAL IA N O
AQ U I TAN IA N O
NEO C E N O MA N IA N O
100
105 AL B I AN O
110
115
(GÁLICO)
ALAG O AS
PRÉ-MARIZAL
APT I AN O
CRETÁCEO
120
EO
JIQUIÁ
125 SÃO
MASSACARÁ
BURACICA SEBASTIÃO
BAR R E -
M I AN O
TAQUIPE
130
AR ATU
HA U TE R I V I AN O
ILHAS
POJUCA
MARACANGALHA
SESMARIA
SALVADOR
(N EO C OM IANO )
CARUAÇU
PITANGA-
135
2000
MARFIM
GI NIANO
V A L A N-
R I O DA S E R RA
SANTO AMARO
140
GOMO
B E R R I-
AS I AN O
145 ITAPARICA
SERGI
DOM BROTAS
JOÃO CAPIANGA
ALIANÇA
150 T I T H O N I AN O
250
CAZUMBA
MAR. RESTRITO A MARGINAL AFLIGIDOS
300
350
400
450
500
550
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Programação e Controle da Exploração
e-mail: peixotocosta@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
3
E&P Exploração/Geologia Aplicada a Exploração/Modelagem de Sistema Petrolífero
4
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
Seqüência N60
Superseqüência Pós- A Seqüência N60 engloba os aluviões
quaternários presentes ao longo dos principais rios
Rifte que atravessam a Bacia de Tucano.
Seqüência K50
referências
O estágio de subsidência térmica pós-rifte
é representado pela Seqüência K50, que com- bibliográficas
preende os depósitos aluviais (conglomerados e
arenitos) da Formação Marizal. Esta unidade re-
cobre grande parte da Bacia de Tucano, ocu- AGUIAR, G. A.; MATO, L. F. Definição e relações es-
pando quase toda a porção central dessa bacia, tratigráficas da Formação Afligidos nas bacias do Re-
onde se sobrepõe aos depósitos estruturados da côncavo, Tucano Sul e Camamu, Bahia, Brasil. In:
fase rifte através de discordância angular. A se- CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 36., 1990,
dimentação teria ocorrido em uma bacia do tipo Natal. Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Geo-
sag, durante o Neo-Alagoas (Neo-aptiano). Con- logia, 1990. v. 1, p. 157-170.
forme Magnavita et al. (2003), a discordância
que define o limite entre os estágios rifte e pós-
rifte (base da Formação Marizal) constitui um AMORIM, J. L. de Evolução do preenchimento do
evento regional, reportado não apenas no Rifte Cânion de Taquipe, Neocomiano da Bacia do Re-
Recôncavo-Tucano-Jatobá, mas também em ba- côncavo, sob o enfoque da Estratigrafia Moder-
cias da margem leste (Kiang et al. 1988) e na na. 1992. 114 p. Tese (Mestrado) – Universidade Fe-
costa oeste da África (Teisserenc e Villemin, 1989 deral do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1992.
apud Magnavita et al. 2003). A seção
conglomerática presente na base da Formação ARAGÃO, M. A. N. F.; PERARO, A. A. Elementos es-
Marizal correlaciona-se ao Membro Carmópolis truturais do rifte Tucano/Jatobá. In: SIMPÓSIO SOBRE
da Formação Muribeca (Magnavita et al. 2003), O CRETÁCEO DO BRASIL, 3., 1994, Rio Claro. Bole-
depositado ainda no contexto de uma bacia rifte, tim. Rio Claro: Universidade Estadual Paulista, 1994.
nas bacias de Sergipe e Alagoas. p. 161-165.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
NEO T O R T O N IA N O
10
MESO
EO B U R D I GAL IA N O
20 AQ U I TAN IA N O
C HAT T IAN O
NEO C E N O MA N IA N O
100
105
AL B I ANO
110
(G ÁLI CO )
115
ALAGOAS
CRETÁCEO
APTIANO
120
EO
JI QUIÁ
125
O ÃO
SÃ STI
MASSACARÁ
1630
BURACICA
BARRE- A
MIANO
S EB
130
POJUCA /
SALVADOR
TAQUIPE
ARAT U
900
2400
HAUTE-
RIVIANO
135
( NE OC O MIANO )
ILHAS
MARFIM
250
VALAN-
GINIANO
CANDEIAS
RIO
140 DA
1000
SERRA
AMARO
SANTO
BERRIA-
SIANO 100
TAUÁ
145 ITAPARICA
SERGI 315
DOM
JOÃO
ALIANÇA CAPIANGA 160
150 T I T H O N I AN O
NEO
250
AFLIGIDOS
P
300
350
400
450
500
550
Keywords: Tucano North Sub-Basin and Jatobá Basin l Stratigraphy l stratigraphic chart
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Programação e Controle da Exploração
e-mail: peixotocosta@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Geologia Aplicada a Exploração/Modelagem de Sistema Petrolífero
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
4
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
embasamento
O embasamento da Sub-bacia do Tucano
Superseqüência
Norte é representado pelos terrenos Canindé-
Marancó e Pernambuco-Alagoas, a noroeste e les-
Paleozóica
te-nordeste, pelos metassedimentos da Faixa de
Dobramentos Sergipana, a oeste-sudoeste e sudes- Três seqüências subdividem a seção paleozóica,
te, e pelas rochas sedimentares da Bacia Juá, a su- tendo atuado como embasamento para as bacias de
deste. A Bacia do Jatobá instalou-se integralmente Jatobá e de Tucano Norte. O registro sedimentar
sobre o terreno Pernambuco-Alagoas. abrange estratos do Siluriano/Devoniano (Formações
Conforme Delgado et al. (2003), os terrenos Tacaratu e Inajá), Carbonífero (Formação Curituba)
Canindé-Marancó e Pernambuco-Alagoas com- e Permiano (Formação Santa Brígida). Sua caracteri-
preendem rochas metavulcânicas e metassedimen- zação baseia-se, principalmente, em afloramentos
tares de idade mesoproterozóica (1.2-1.0 Ma), situados na borda flexural de ambas as bacias, uma
intrudidas por inúmeros batólitos graníticos, data- vez que poucos poços amostraram o intervalo. Este
dos do Mesoproterozóico (1.0 Ma) e do Neoprote- fato contribui para as incertezas existentes quanto à
rozóico (650-600 Ma). O terreno Canindé-Marancó distribuição das diferentes unidades e para a dificul-
caracteriza-se por duas seqüências metavulcano-se- dade de definição de suas relações estratigráficas.
dimentares, cuja origem relaciona-se a arcos
magmáticos. Uma faixa de gnaisses migmatíticos
separa estas duas seqüências. O terreno
Seqüência Siluro-Devoniana
Pernambuco-Alagoas subdivide-se nos complexos
Cabrobó e Belém do São Francisco. O primeiro reú- Rochas sedimentares pertencentes ao Grupo
ne duas seqüências, uma metassedimentar e outra Jatobá (formações Tacaratu e Inajá) caracterizam a
metavulcânica. Ortognaisses graníticos-tonalíticos e Seqüência Siluro-devoniana, que aflora a S-SE da
migmatizados constituem o segundo. Dentre os Bacia de Jatobá e a leste da Sub-bacia de Tucano
batólitos graníticos destacam-se as suítes Xingó e Norte, no Gráben de Santa Brígida. Em subsuperfí-
Chorochó, por suas grandes dimensões. cie, a unidade foi amostrada por apenas um poço,
A Faixa de Dobramentos Sergipana teve sua perfurado na Bacia de Jatobá. A Formação Tacaratu
evolução relacionada a um contexto de margem é representada predominantemente por clásticos gros-
passiva. Sua origem, deformação e metamorfismo sos (conglomerados e arcósios conglomeráticos), de-
deram-se durante o Neoproterozóico (850-650 Ma). positados no Siluriano, através de um sistema de le-
Rochas metassedimentares pelíticas e psamíticas de ques aluviais coalescentes (Ghignone, 1979; Menezes
natureza turbidítica caracterizam o subdomínio Filho et al. 1988). Ghignone (1979) sugere uma pos-
Macururé. O subdomínio Vaza-Barris é composto sível extensão da unidade ao Devoniano, tendo por
pelos Grupos Miaba (conglomerados, metagrauvacas, base dados palinológicos obtidos por Regali (1964).
metavulcânicas, metacarbonatos e metapelitos); Si- A Formação Inajá, cuja ocorrência restringe-se à Ba-
mão Dias (metassiltitos, filitos e metarenitos cia de Jatobá, inclui arenitos finos a grossos, caulínicos,
interestratificados, contendo lentes de rochas de origem fluvial, aos quais se intercalam pelitos ver-
metavulcânicas) e Vaza-Barris (diamictitos e filitos melhos. Sua deposição teria ocorrido no Devoniano,
seixosos sotopostos a metacarbonatos e raros filitos). como o indicam dados palinológicos (Regali, 1964
apud Ghignone, 1979; Brito, 1967a, 1967b apud Costa
referências
bibliográficas
Superseqüência Pós-
Rifte AGUIAR, G. A.; MATO, L. F. Definição e relações es-
tratigráficas da Formação Afligidos nas bacias do Re-
côncavo, Tucano Sul e Camamu, Bahia, Brasil. In:
Seqüência K50 CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 36., 1990,
Natal. Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de
A Seqüência K50 reúne depósitos relacionados Geologia, 1990. v. 1, p. 157-170.
ao estágio pós-rifte, identificando um contexto de sub-
sidência térmica, em bacia do tipo sag. O registro sedi-
BRITO, I. M. Contribuição ao conhecimento dos
mentar inclui as associações de fáceis aluviais que ca-
microfósseis devonianos de Pernambuco: I-
racterizam a Formação Marizal, representadas sobre-
Archaeotriletes. Anais da Academia Brasileira de
tudo por clásticos grossos (conglomerados e arenitos)
Ciências, Rio de Janeiro, v. 39, n. 2, p. 281-283, 1967.
de idade Neo-Alagoas (Neo-aptiano). Na Serra do Tonã
(Sub-bacia de Tucano Norte) são descritos ainda folhe-
lhos esverdeados e calcários escuros albo-aptianos, para BRITO, I. M. Contribuição ao conhecimento dos
os quais se sugere uma correlação com a Formação microfósseis devonianos de Pernambuco: II-Acritarcha.
Santana, na Bacia do Araripe (Bueno, 1996a; Magna- Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de
vita et al. 2003). Não há uma designação formal e Janeiro, v. 39, n. 2, p. 285-287, 1967.
específica para estes depósitos, que foram relaciona-
dos à Formação Marizal por Ghignone (1979). A seção BUENO, G. V. Serra do Tonã: um elo estratigráfico
pós-rifte recobre grande parte do Tucano Norte e da entre as bacias de Tucano Norte (BA) e Araripe
Bacia de Jatobá, sobrepondo-se aos depósitos (CE), Nordeste do Brasil. In: SIMPÓSIO SOBRE O
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
NEÓGENO
10 NEO T O R T O N IA N O
MESO
20 EO B U R D I GAL IA N O
AQ U I TAN IA N O
NEO C E N O MA N IA N O
100
105
AL BI ANO
110
(GÁLICO)
115
ALAGOAS
APTIANO
CRETÁCEO
120
C O N T I N E N TAL
EO
JIQUIÁ
125
BURACICA
BARRE-
SÃ O SE BASTIÃ O
MIANO
MASSACARÁ
K30
SALVAD OR
F LUV IAL
130
FAN-DELTAS
ARAT U
4000
3025
HAUTE-
RIVIANO
( NEO C OM IANO )
135
K10 - K20
VALAN-
GINIANO
RIO
140
ILHAS
DA 585
SERRA
DELTAICO
800
BERRIA-
AMARO
SANTO
SIANO
LACUSTRE CANDEIAS
145
J20 - K05
LACUSTRE
BROTAS
DOM
FLÚVIO-EÓLICO SERGI 105
JOÃO LACUSTRE ALIANÇA CAPIANGA 180
FLÚVIO-EÓLICO BOIPEBA 120
NEO
150
250
RESTRITO A LITORÂNEO SANTA
MARINHO
500
550
EM BASAME NTO
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Leste/Interpretação - e-mail: jmcaixeta@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
Seqüência N60
A Seqüência N60 diz respeito aos sedimen-
tos de praias e aluviões (SPA) do Pleistoceno e do
Holoceno, que compõem a fisiografia atual da Ba-
cia de Camamu. São areias e argilas da planície
de inundação dos rios Jiquiriçá e Jaguaripe, bem
como depósitos da foz desses rios. Insere-se, tam-
bém, a sedimentação de argilas, ainda inconsoli-
dadas, que recobrem toda a extensão da porção
submersa da bacia.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
E
MA
C
EO ZAN C LE AN O
O
NEÓGENO
OR
D
ME S S I N I AN O
IO
S
NEO
AF
T OR T O N IA N O
LA
R
AT
VE
S E R R AVAL IA N O
PL
RA
MESO
LAN G H I AN O
CA
UD
B U R D I GAL IA N O
EO
L
TA
AQ U I TAN IA N O
EO R U P E L IA N O
E SPÍRITO SANTO
NEO P R I AB O N I AN O
PALE ÓG E NO
BAR T O N I AN O
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
URUCUTUCA
EO Y P R E S I AN O
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
( SEN ON IANO )
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
T U R O N I AN O
C E N O MA N IA N O
ALGODÕES
GERMÂNIA
QUIEPE
CRETÁCEO
PL IN
AT TE
CAMAMU
AF R N
AL B I AN O
O A
(GÁLICO)
RM
A
IGRAPIÚNA/
TAIPUS-
SERINHAÉM
MIRIM
ALAGOAS
APTIANO
ITACARÉ
EO
JIQUIÁ
CONTAS
MUTÁ
RIO DE
ILHÉUS
( NE OC OM IANO )
ARAT U
HAUTE-
RIVIANO
VALAN- TINHARÉ
GINIANO RIO MORRO DO
DA BARRO JIRIBATUBA
BERRIA- SERRA
SIANO CANDEIAS
T AU Á
AGUA GRANDE
ITAPARICA
DOM SERGI
TITHO- CAPIAN GA
JOÃO
NIANO ALIANÇA
CAZUMBA
AFLIGIDOS
E MBASAME NTO
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
e-mail: basco@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
3
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Leste/Interpretação
4
Ex-funcionário
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
EO ZAN C LE AN O
NEÓGENO
M E SS I N I AN O
NEO
10 T O RT O N IA N O
S E R R AVAL IA N O
MESO
LAN G H I AN O
B U R D I GAL IA N O
EO
20
AQ U I TAN IA N O
30
EO R UP E L IA N O
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G E N O
ESPÍRITO SANTO
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
URUCUTUCA
50
EO Y PR E S I AN O
T HAN E T I AN O
NEO
60 PALEOCENO S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
70
( SEN O NIANO )
CAMPAN IAN O
80
NEO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
T U R O N I AN O
ALGODÕES
C E N O MA N IA N O
QUIEPE
GERMÂNIA
CRETÁCEO
100
CAMAMU
AL B I AN O
( G ÁLI CO )
110
IGRAPIÚNA
TAIPUS-
MIRIM
ALAGOAS
APTIANO
120
ITACARÉ
EO
JI QUIÁ
ILHÉUS
MUTÁ
BARRE- BURACICA
ALMADA
MIANO
130
ARAT U
( NE OC OM IANO )
HAUTE-
RIVIANO
BARRO
TINHARÉ
M. DO
1300
VALAN-
GINIANO RIO JIRIBATUBA
140 DA
SERRA
BERRI-
ASIANO ITAÍ PE
BROTAS 230
TITHO- DOM
JOÃO
SERGI
NIANO
150
542
Hamilton Duncan Rangel1, José Luiz Flores de Oliveira2, José Maurício Caixeta2
1
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios/NNE – e-mail: hdrangel@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Leste/Interpretação
embasamento
O embasamento da Bacia de Jequitinho- Superseqüência Pós-Rifte
nha é constituído predominantemente por rochas
do Proterozóico Superior, constituídas por meta-
carbonatos, metapelitos, metarenitos com baixo
Seqüência K40
grau de metamorfismo pertencentes ao Grupo
Rio Pardo e foi amostrado por vários poços no Outra característica singular na bacia ocor-
Alto de Olivença. reu durante o Aptiano médio e superior (equivalen-
te ao andar local Alagoas médio e superior), pois a
seção do Andar Alagoas, muito espessa na parte
terrestre, parece acunhar-se na porção média da
bacia, conforme evidenciado pelas linhas sísmicas.
Superseqüência Rifte Os sedimentos atravessados pelos poços são consti-
tuídos por camadas espessas de arenitos e folhe-
lhos pertencentes à Formação Mariricu/Membro
Seqüência K30 Mucuri (parte superior do Grupo Nativo), com es-
pessura atravessada por poço de 2.380 metros, um
A Bacia de Jequitinhonha apresenta carac- dos maiores registros dessa unidade estratigráfica
terísticas estrutural-sedimentares que a diferen- ao longo das bacias marginais brasileiras.
cia das demais bacias da costa leste e sudeste O acunhamento do Membro Mucuri na parte
brasileira, inclusive na seção rifte: a seção dos média da bacia propicia a deposição dos evaporitos
andares Barremiano ao Aptiano inferior (andares (Membro Itaúnas) do Andar Alagoas (Seqüência
locais Aratu, Buracica e Jiquiá) ocorre provavel- K50) diretamente sobre coquinas e folhelhos (For-
mente na porção média e distal da bacia. Atra- mação Cricaré/Membro Sernambi) do andar Jiquiá
vés das linhas sísmicas pode-se prever a presen- (Seqüência K30). O topo dessa unidade é capeado
ça da Seqüência K30 (do Andar Aratu ao Andar por discordância, principalmente na parte média da
Jiquiá), constituída pela Formação Cricaré, Mem- bacia, diferentemente do que acontece em outras
bros Jaguaré (arenitos e folhelhos) e Sernambi bacias da margem leste e sudeste do Brasil, onde a
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
N30 - N50
NEÓGENO
EO ZAN C LE AN O
M E S S I N I AN O
NEO
T ORT ONIAN O
CA RAV EL AS
10
S E R R AVAL IA N O
MESO
B U R D I GAL IA N O
E80 - N20
RIO DOCE
EO
MARINHO REGRESSIVO
20
2578
AQ U I TAN IA N O
30
EO R U P E L IA N O
E70
SANTO
PALE Ó G ENO
NEO P R I AB O N I AN O
UR UC UTU CA
BAR T O N I AN O E60
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
E50
ESPÍRITO
E40
50
EO YP R ES I AN O
E10 - E30
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
K120-
K130
PLATAF. / TALUDE / PROFUNDO
70
(S EN ON IAN O )
MARINHO TRANSGRESSIVO
K100-
K110
CAM PA N IAN O
80
K88-K90
NEO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
T U R ON I AN O K86
K82-
K84
ATE US
CRETÁCEO
BARRA NOVA
C E N O MA N IA N O
REGÊNCIA
100
1337
2177
K70
SÃ O M
AL B I AN O
( G ÁLI CO )
PLATAFORMA K60
110 RASA
ITAÚNAS 170 K50
MARIRICU
CONTINENTAL
APTIANO
120
EO
JI QUIÁ SERNAMBI
BARRE- BURACICA LACUSTR E CRICARÉ K30
MIANO JAGUARÉ
130
ARAT U
( NE OC O MIANO )
HAUTE-
RIVIANO
VALAN-
GINIANO RI O
140 DA
BERRIA- SERRA
SIANO
DOM
TITHO-
JOÃ O
NIANO
150
542
EM BASAME NTO
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
e-mail: norba@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sudeste/Pólo Centro
3
Internacional Americas África e Eurásia/Un-Colômbia/E&P Un-Col
4
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
Superseqüência Rifte
Superseqüência Na Fase Rifte foram discriminadas as Seqüên-
Pré-Rifte cias K10-K20 e K30, que contém os sedimentos da
Formação Cricaré, do Grupo Nativo. Durante a fase
Rifte desenvolveram-se as falhas de gravidade, de
Diferente do adotado por Santos et al. direção N20o-30oE, decorrentes da abertura e do
1994, neste trabalho está se propondo que a Se- rifteamento da bacia e que estariam relacionadas à
qüência J20-K05, que contém o Grupo Cumuru- reativação de estruturas do Ciclo Transamazônico.
xatiba (formações Monte Pascoal e Porto Segu- Os lineamentos transversais às citadas falhas, de di-
ro), seja de idade Neodom João (Neotithoniano) reção N35o-45oW, coincidem com faixas cisalhadas
a Eorio da Serra (Eo/Mesoberriasiano), conforme do embasamento, posicionadas ao longo dos limites
estudos anteriores para a seção arenosa do Gru- do Cráton do São Francisco e da Faixa Araçuaí. As
po Cumuruxatiba. Não existem fósseis diagnósti- falhas de Porto Seguro e Itaquena são interpretadas
cos que permitam posicionar a Formação Monte como a continuidade, mar adentro, das falhas de
Pascoal no Andar Dom João. Entretanto, a Poções-Tororó e Planalto-Potiraguá, mapeadas em
subzona de ostracodes NRT-002.2 nos folhelhos afloramentos do embasamento adjacente, no limite
da Formação Porto Seguro correlaciona-se aos da faixa móvel com o cráton. Nesse contexto tectô-
folhelhos da Formação Itaípe nas bacias de Ca- nico se deu a sedimentação dessas seqüências.
Seqüência K40-K50
Seqüência K86-K90
Contém as rochas da Formação Mariricu, que
possui o Membro Mucuri, constituído por clásticos De idade Eoturoniano a Mesocampaniano, a
flúvio-lagunares, finos a grossos, de idade Eo- a Neo- seqüência é representada pelos sedimentos basais da
Alagoas (Eo- a Neo-Aptiano?), e o Membro Itaúnas, Formação Urucutuca (Grupo Espírito Santo). Exceto nas
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
?
EO ZAN C LEA N O
NEÓGENO
M E S SI N I AN O
NEO
T O R T O N IA N O
10
S E R R AVAL IA N O
MESO
LAN G H I AN O
30
EO RUPELIANO
NEO P R I AB O N I AN O
SANTO
PA L E Ó G E N O
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
ESPÍRITO
50
EO YP R E S I AN O
PALEOCENO
T HANE T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
URU CUTU CA
EO DAN I AN O
PLATAF. RASA / TALUDE / PROFUNDO
70
(S EN ON IAN O)
MARINHO TRANSGRESSIVO
80
NEO
SANT O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
T U R O N I AN O
C E N O MA N IA N O
CRETÁCEO
100
AL B I AN O
( GÁLI CO )
110
FLUVIO - LAGUNAR
ALAGOAS
APTIANO
120
EO
JIQUIÁ
CONTINENTAL
BARRE- BURACICA
MIANO
130
ARAT U
(N EO CO M IAN O )
HAUTE- FLUVIO-
RIVIANO LACUSTRE
VALAN-
GINIANO RIO
140 DA
BERRIA- S E R R A
SIANO
DOM
TITHO- JOÃO
NIANO
150
Rosilene Lamounier França1, Antonio Cosme Del Rey2, Cláudio Vinícius Tagliari1,
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Espírito Santo/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e
Geofísica e Ring Fence – e-mail: rosilene.l@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Espírito Santo/Engenharia de Produção/Caracterização e Estudos Especiais
de Reservatórios
Superseqüência Rifte
Superseqüência Pós-Rifte
A fase rifte da Bacia de Mucuri foi subdividida
em duas seqüências baseadas na correlação com a A Formação Mariricu engloba as Seqüências
Bacia do Espírito Santo, porque ela não foi amostrada K40 e K50, representadas pelos membros Mucuri e
pelos poços perfurados. Na parte terrestre porque Itaúnas, respectivamente.
Seqüência N60
Ocorre na parte emersa da bacia, constituída
pelas planícies do Rio Mucuri e por cordões litorâneos
ao longo da costa.
referências
bibliográficas
ASMUS, H. E.; GOMES, J. B.; PEREIRA, A. C. B.
Integração geológica regional da Bacia do Espírito
Santo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,
25., 1971, São Paulo. Anais. São Paulo: Sociedade
Brasileira de Geologia, 1971. v. 3, p. 235-252.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
FLUVIAL A MARINHO
PROFUNDO
80
EO ZAN C LE AN O
NEÓGENO
M E SS I N I AN O
NEO
10 T O R T O N IA N O
S E R R AVAL IA N O
MESO
30
EO R U P E L IA N O
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G E NO
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
50
EO YP R ES I AN O
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
70
K90 - K130
PROFUNDO
( SE NO NIANO )
CAM PA N IAN O
MARI N H O
80
NEO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
T U RO N I ANO K80
C E N O MA N IA N O
CRETÁCEO
100
PLATAFORMA
( GÁ LI CO )
AL B I AN O
RASA
110
SABKA/FLÚVIO- K40
ALAGOAS DELTAICO
APTIANO
120
EO
JIQUIÁ
CONTINENTAL
BARRE- BURACICA
MIANO
K30
ALUVIAL/FLÚVIO-
130 LACUSTRE
ARAT U
( NE O CO M IAN O)
HAUTE- VULCANISMO
RIVIANO ASSOCIADO
K20
VALAN-
GINIANO RIO
140 DA
SERRA
BERRIA-
SIANO
DOM
TITHO- JOÃO
NIANO
150
542
Rosilene Lamounier França1, Antônio Cosme Del Rey2, Cláudio Vinícius Tagliari1,
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Espírito Santo/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação
Geológica e Geofísica e Ring Fence – e-mail: rosilene.l@petrobras.com.br
2
Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Espírito Santo/Engenharia de Produção/Caracterização e
Estudos Especiais de Reservatórios
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
FLUVIAL A MARINHO
PROFUNDO
80
EO ZAN C LE AN O
BAR
NEÓGENO
ME S S I N I AN O
NEO
MARINHO / CONTINENTAL
10 T OR T O N IA N O
S E R R AVAL IA N O
MESO
B U R D I GAL IA N O
EO
20
AQU I TAN IA N O
PROFUNDO
NEO C HAT T IAN O
30
EO RU P E L IA N O
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G E NO
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
MESO
L UT E T I AN O
50
EO Y P R E S I AN O
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
COM MAGMATISMO ASSOCIADO
NEO
60 S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
PROFUNDO
70
( SEN O NIANO )
CAM PA N IAN O
MARINHO
80
NEO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
T U R O N I AN O
C E N O MA N IA N O
100
REGÊNCIA
CRETÁCEO
PLATAFORMA
( GÁ LI CO )
AL B I AN O
RASA
SÃO MATEUS
110
RESTRITO
SABKA/FLÚVIO-
ALAGOAS DELTAICO
APTIANO
120
CONTINENTAL
EO
JIQUIÁ I
CABIÚNAS
BARRE- BURACICA MB
MIANO RNA
130
ALUVIAL/FLÚVIO- SE
ARAT U LACUSTRE
( NE OC O MIANO )
HAUTE- VULCANISMO
RIVIANO ASSOCIADO JAGUARÉ
VALAN-
GINIANO RIO
140 DA
SERRA
BERRIA-
SIANO
DOM
TITHO- JOÃO
NIANO
150
542
E M BASAM E N T O
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Campos/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
e-mail: winter@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sudeste/Pólo Centro
3
E&P Exploração/Geologia Aplicada a Exploração/Modelagem de Sistema Petrolífero
Figura 2 – Seção Tipo da Formação Atafona – Grupo Lagoa Feia. Figure 2 – Atafona Formation Reference Section – Lagoa Feia Group.
Grupo Macaé/Formação
Imbetiba
A porção superior do Grupo Macaé está caracte-
rizada por sedimentos pelíticos com ampla predominân-
cia de margas, depositados no Andar Cenomaniano.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
PLEISTOCENO
EMBORÊ
PLIOCENO EO ZAN C LE AN O
SAÍ
NEÓGENO
M E S S I N I AN O
BARREIRAS
NEO
MIOCENO
SÃO TOMÉ
GRU S
10 TO RTONIAN O
S E R R AVAL IA N O
B U R D I GAL IA N O
20 EO
MARINHO REGRESSIVO
AQ U I TAN IA N O
SIRI
OLIGOCENO
UBAT UBA
30
EO R UP ELIANO
Í
G RU SSA
NEO P R I AB O N I AN O
PAL E Ó G E N O
BAR T O N I AN O
40
EOCENO
EMBORÊ
MESO
L UT E T I AN O
50
EO Y P R E S I AN O
2940
GERIBÁ
CAMPOS
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
70
( SEN O NIANO )
MARINHO TRANSGRESSIVO
2250
1500
CARAPEBUS
CAM PAN IAN O
80
PROFUNDO
NEO
SAN T O N I AN O
K90
C O N I AC I AN O
K86-
K88
90
T U R O N I AN O
NAMORADO
K82-
K84
C E N O MA N IA N O IMBETIBA
GOITACÁS
500
CRETÁCEO
MACAÉ
100
OUTEIRO K70
AL B I AN O
( GÁ LI CO )
500
LAGOA FEIA
LAGUNAR K46
ALAGOAS
CONTINENTAL
APTIANO
EO
120
ITABAPOANA
JIQUIÁ
COQUEIROS 2400 K38
BARRE- BURACICA
MIANO LACUSTRE ATAFONA 2000 K36
130
ARAT U
(N EO CO M IAN O )
650
K20-
K34
HALTE-
RIVIANO
CABIÚNAS
VALAN-
GINIANO RIO
140 DA
BERRIA- SERRA
MIANO
TITHO- DOM
NIANO JOÃO
150
542
PRÉ-CAMBR IANO E M B A S A M E N T O
TECTÔNICA E MAGMATISMO Ma
10
20
30
40
50
60
70
80
90
DRIFTE
100
110
120
130
140
150
542
Jobel Lourenço Pinheiro Moreira1, Cláudio Valdetaro Madeira2, João Alexandre Gil3,
introdução embasamento
A Bacia de Santos situa-se na região sudeste O embasamento cristalino da Bacia de Santos
da margem continental brasileira, entre os paralelos aflorante na região de São Paulo é caracterizado por
23o e 28o Sul, ocupando cerca de 350.000 km2 até a granitos e gnaisses de idade pré-cambriana perten-
cota batimétrica de 3.000 m. Abrange os litorais dos centes ao Complexo Costeiro e metassedimentos da
Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e San- Faixa Ribeira.
ta Catarina, limitando-se ao norte com a Bacia de O embasamento econômico da Bacia de San-
Campos pelo Alto de Cabo Frio e ao Sul com a Bacia tos é definido pelos basaltos da Formação Camboriú,
de Pelotas pela Plataforma de Florianópolis. que cobrem discordantemente o embasamento pré-
A litoestratigrafia da Bacia de Santos foi inicial- Cambriano, constituindo a Seqüência K20-K34.
mente definida na década de 70. Em seguida, Perei- Uma importante feição do embasamento da
ra e Feijó (1994), com poucos poços disponíveis, es- bacia é a charneira cretácica ou charneira de Santos
tabeleceram um excelente arcabouço crono-estrati- que limita os mergulhos suaves do embasamento a
gráfico em termos de seqüências deposicionais. oeste, dos mais acentuados a leste. A sedimentação
Este trabalho visa atualizar o arcabouço crono- cretácica ocorre somente costa afora dessa feição.
litoestratigráfico da bacia com ênfase na individuali- O limite da crosta oceânica com a crosta continental
zação em seqüências deposicionais, em função do estirada ocorre imediatamente a leste da feição
grande volume de dados obtido nos últimos anos. fisiográfica denominada de platô de São Paulo.
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sul/Pólo Norte - e-mail: jobel@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sudeste/Pólo Norte
3
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sul/ Pólo Centro
Figura 3 – Seção–Tipo do Membro Maresias da Figure 3–Reference Section of the Maresias Member of
Formação Marambaia – Grupo Itamambuca. the Marambaia Formation – Itamambuca Group.
Figura 4– Seção–Tipo do Membro Tombo Figure 4 – Reference Section of the • contatos e relações estratais: os sedimen-
da Formação Itanhaém – Grupo Camburi. Tombo Member of the Itanhaém tos arenosos do Membro Tombo encontram-
Formation – Camburi Group.
se interacamadados com os pelitos da Forma-
Grupo Guaratiba/Formação
Barra Velha
Esta unidade engloba os sedimentos depo-
sitados no estágio em que as falhas mestras do
rifteamento haviam cessado sua atividade ou so-
friam raras reativações e toda a bacia rifte iniciou
sua subsidência térmica. A geometria das refle-
xões tende a ser plano-paralela com pouca varia-
ção nas isópacas. É composta por calcários estro-
matolíticos, laminitos microbiais, microbiolitos ri-
cos em talco e argilas magnesianas e folhelhos
carbonáticos. Subordinadamente ocorrem coquinas
e basaltos datados em 118 Ma.
• seção tipo: a Formação Barra Velha ocorre Figura 5 – Seção–Tipo da Formação Figure 5 –Reference Section of the Barra
apenas em subsuperfície e está definida no Barra Velha – Grupo Guaratiba. Velha Formation – Guaratiba Group.
poço Rio de Janeiro 625 (1-RJS-625, 240 08’
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0 SEPETIBA
EO ZAN C LE AN O
NEÓGENO
M E S S I N I AN O
NEO
TOR TONIANO
10
I G UAPE
S E R R AVAL IA N O
MESO
LAN G H I AN O
B U R D I GAL IA N O
EO
20
AQ U I TAN IA N O
MARE SIAS
MARAM BAIA
NEO C HAT T IAN O
ITAMAMBUCA
30 EO R U P E L IA N O
NEO P R I AB O N I AN O
PALE Ó G EN O
COSTEIRO / PLATAFORMA /
BAR T O N I AN O
40
TALUDE / PROFUNDO
EOCENO
MESO
PONTA AGUDA
L UT E T I AN O
MARINH O
50
EO Y PR ES I AN O
PALEOCENO
T HAN E T I AN O
NEO
60 S E LAN D I AN O
EO DAN I AN O
70 J U R É IA
(S EN ON IAN O )
I LHAB ELA
SANTOS
I TAJAÍ - AÇ U
FRADE
CAM PA N IAN O
80
NEO
SAN T O N I AN O
C O N I AC I AN O
90
T UR ON I ANO
TOMBO
ITANHAÉM
FLORIANÓPOLIS
C E N O MA N IA N O
CAMBURI
100
CRETÁCEO
AL B I AN O PLATAFORMA
RASA -
( GÁLI CO)
110
TALUDE
AR I R I
VELHA
GUARATIBA
120
EO
JI QUIÁ ITAPEMA
BARRE- BURACICA
MIANO LACUSTRE PIÇARRAS
130 ARAT U
(N EO CO M IAN O )
HAUTE-
RIVIANO CAMBORIÚ
VALAN-
GINIANO RIO
140 DA
SERRA
BERRIA-
SIANO
DOM
TITHO-
JOÃO
NIANO
150
542
E M BASAM E N T O
1
E&P Exploração/Geologia Aplicada a Exploração/Modelagem de Sistema Petrolífero - e-mail: gilmarvb@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Interpretacao e Avaliação das Bacias da Costa Sul/Pólo Sul
3
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Leste
4
E&P/Assessor DE&P
5
Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto
Superseqüência Pré-Rifte
Superseqüência
A natureza dos estratos pré-rifte está intima-
Paleozóica-Mesozóica mente relacionada ao comportamento de ascensão
da astenosfera. Milani (1987) constatou que para os
riftes do Nordeste do Brasil, a sedimentação pré-rifte
foi o resultado de uma lenta e progressiva subsidên-
Seqüência Permo-Triássica cia da região. Este processo difere do observado nos
riftes do sul-sudeste da margem continental brasilei-
Três formações desenvolvidas em ambiente ra, onde o volumoso vulcanismo basáltico da Provín-
marinho (formações Rio Bonito, Palermo e Irati) cons- cia do Paraná precedeu o rifteamento do Atlântico
tituem a base da Seqüência P-Tr. A porção superior Sul. Este distinto comportamento litosférico foi res-
é formada por duas formações (Teresina e Rio do pectivamente classificado por Sengör e Burke (1978)
Rastro) depositadas em ambiente flúvio-lacustre-ma- como rifte passivo e ativo. O primeiro gerado por ten-
rés (Milani et al. 1994). sões horizontais devido a movimentos de placas, en-
Zalán et al. (1990) consideraram que as três pri- quanto que o segundo seria o produto da atividade
meiras formações representam ciclos transgressivos-re- de plumas mantélicas e fusão do manto por descom-
gressivos regidos pela variação do nível do mar e esfor- pressão, no caso o hot spot Tristão da Cunha.
EO
NEO
MESO
EO
NEO
EO
NEO
MESO
EO
NEO
EO
NEO
EO
MESO
EO
MESO EO
1
E&P Exploração/Gestão de Projetos Exploratórios/NNE – e-mail: zalan@petrobras.com.br
Com o final da deposição da Superseqüência atual região da Serra do Espinhaço, bem como a
Rifte, seguem-se os movimentos orogenéticos indi- inversões de falhas normais no substrato da Bacia
cadores da aglutinação (Colagem Orogênica do São Francisco, visíveis em linhas sísmicas. Há um
Uruaçuana?) do Supercontinente Rodínia, em torno hiato deposicional de cerca de 500 Ma entre o topo
de 1,300-1,000 Ma (Alkmim e Martins-Neto, 2001), do Supergrupo Espinhaço e a base da próxima su-
levando à inversão total dos riftes estaterianos na perseqüência, a ele sobreposta (fig. 2).
Figura 2 - Seção sísmica regional da Bacia do São Francisco Figure 2 – seismic section of the São Francisco Basin showing
mostrando as principais unidades litoestratigráficas, estruturas e o the principal lithostratigraphic structures and the seismic line
mapa de localização das linhas sísmicas apresentadas neste trabalho. localization map presented in this study.
AZMY, K.; KENDALL, B.; CREASER, R. A.; HEAMAN, MARTINS-NETO, M. A. O Supergrupo Espinhaço em
L.; OLIVEIRA, T. F. Global correlation of the Vazante Minas Gerais: registro de uma bacia rifte-sag do paleo/
Group, São Francisco Basin, Brazil: Re-Os and U-Pb mesoproterozóico. Revista Brasileira de
radiometric age constrainsts. Precambrian Research, Geociências, São Paulo, v. 28, p. 151-168, 1998.
Amsterdam, v. 164, p. 160-172, 2008.
MARTINS-NETO, M. A. Tectonics and sedimentation
BABINSKY, M.; KAUFMAN, A. J. First direct dating of in a paleo/mesoproterozoic rift-sag basin (Espinhaço
a Neoproterozoic post-glacial cap carbonate. In: SOUTH Basin, southeastern Brazil). Precambrian Research,
AMERICAN SYMPOSIUM ON ISOTOPE GEOLOGY, 4., Amsterdam, v. 103, p. 147-173, 2000.
2003. Short Papers. Salvador: Companhia Baiana de
Pesquisa Mineral, 2003. v. 1, p. 321-323. MARTINS-NETO, M. A.; ALKMIM, F. F. Estratigrafia e
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BRAUN, O .P. G. Novas contribuições à estratigrafia e paleocontinente São Francisco e suas margens: registro
aos limites do Grupo Bambuí. In: CONGRESSO BRA- da quebra de Rodínia e colagem do Gondwana. In: PIN-
SILEIRO DE GEOLOGIA, 32., 1982, Salvador. Anais. TO, C. P.; MARTINS-NETO, M. A. (Ed.). Bacia do São
São Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia, 1982. Francisco: geologia e recursos naturais. Belo Horizonte:
p. 260-268. Sociedade Brasileira de Geologia, 2001. p. 31-54.
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
CENOZÓICO MATA DA
65 CORDA
DESÉRTICO 220 360
CONT.
100 GP. URUCUIA
MESOZÓICO CRETÁCEO TRÊS BARRAS
DESÉRTICO AREADO QUIRICÓ 270
ABAETÉ
150
270 PERMIANO
MAR.
COSTEIRO SANTA TABULEIRO
270
300 PALEOZÓICO GLACIAL FÉ FLORESTA
320
545
ANTEPAÍS
DELTAICO
NEOPROTEROZÓICO
BAMBUÍ
INTRA. /
SERRA DA SAUDADE
MAR.
PROFUNDO /
700
PLATAFORMA
GLACIAL JEQUITAÍ
MACAÚBAS / PARANOÁ
INTRACRATÔNICA
COSTEIRO /
800
MARINHO
PROFUNDO / 2000
TONIANO
PLATAFORMA /
900 PROFUNDO /
P R O T E R O Z Ó I C O
CONT. GLACIAL ?
1000
E S T E N IAN O
1100
MESOPROTEROZÓICO
1200
ECTASIANO
1300
1400
CALIMIANO
1500
SUPERGRUPO GP.
ESPINHAÇO / ARAÍ
CONT. / TRANS.
1600 DELTAICO /
RIFTE
EÓLICO / 5000
ESTATERIANO
PROTEROZÓICO
FLUVIAL /
ALUVIAL
PALEO
1700
1800
OROSIRIANO