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PRATICA PREVIDENCIARIA: PESCADOR ARTESANAL

E SEGURO DEFESO.
A pesca artesanal caracteriza-se pela pratica em regime familiar, tanto
com embarcações pequenas ou até mesmo sem embarcações.
Habitualmente este trabalho e feito de forma manual, sem emprego de
tecnologia. Esta pratica e de grande importância na economia familiar
de diversas populações ribeirinhas e litorâneas. O sistema de economia
familiar foi admitido com a regulamentação da atividade somente com
Lei 11.959/2009.
Alvo de muitas de dúvidas por vários profissionais do direito, justamente por
conta de suas características e sua conceituação, o pescador artesanal se trata do
profissional que pratica a pesca de forma autônoma ou em regime de economia familiar,
com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, seja ela
desembarcada ou em embarcações de pequeno porte.
A atividade deste profissional abrange além da captura, a exploração, a
manipulação, o cultivo, a conservação, processamento, transporte, comercialização e
pesquisa de várias espécies de rios, lagos e mares, onde são consideradas atividades
pesqueiras artesanais, os trabalhos de confecções e de reparos de artes e petrechos de
pesca, os reparos realizados em embarcações de pequeno porte e o processamento do
produto da pesca artesanal.
O artigo 1º da Lei 11.959/2009, dá o conceito de pescador profissional como
sendo a pessoa física, brasileira ou estrangeira residente no País que, tendo licença pelo
órgão público competente, exerce a pesca com fins comerciais , atendidos os critérios
estabelecidos em legislação específica, onde estabelece ainda, criteriosamente os tipos
de pescas aceitas pela legislação, sendo elas divididas em dois incisos, o primeiro inciso
trata da pesca Comercial dividida em duas partes, onde a primeira parte trata da pesca
artesanal, ou seja, quando praticada diretamente por pescador profissional, de forma
autônoma ou em regime de economia familiar, com meios de produção próprios ou
mediante contrato de parceria, podendo então, como já disse anteriormente, utilizar
embarcações de pequeno porte. A segunda parte aborda sobre a pesca industrial,
caracterizada quando praticada por pessoa física ou jurídica podendo também envolver
pescadores profissionais, empregados ou em regime de parceria por cotas-partes,
utilizando-se embarcações de pequeno, médio ou grande porte, unicamente com
finalidade comercial.
Já no segundo inciso tratamos da pesca não comercial, dividindo-se, contudo,
em três partes, a primeira parte aborda a pesca científica ocorrendo quando praticada
por pessoa física ou jurídica, com a finalidade prioritária de pesquisa científica. A
segunda parte deste inciso fala da pesca amadora conceituada quando praticada por
brasileiro ou estrangeiro, com equipamentos ou petrechos previstos em legislação
específica, tendo por finalidade o lazer ou o desporto. Já na terceira parte fala-se da
pesca de subsistência, onde acontece quando praticada com fins de consumo doméstico
ou escambo sem fins de lucro e utilizando petrechos previstos em legislação específica.
Todas as classificações deixam claro que o exercício da pesca é feito por uma
pessoa habilitada e capaz de realizar as ações inerentes à pesca.
Quando o pescador comercializa o produto da pesca ele se torna
PROFISSIONAL, obrigatoriamente.
Outro ponto importante, é saber diferenciar entre pescador artesanal e pescador
industrial.
O pescador artesanal exerce a pratica de forma autônoma ou em regime de
economia familiar tanto por meios de produção próprios como por meio de contrato de
parceria, podendo, contudo, atuar de forma desembarcada com o também utilizar
embarcação de pesca com Arqueação Bruta menor ou igual a vinte.
O Pescador Profissional na Pesca Industrial e caracterizado como sendo aquele
que, na condição de empregado, exerce a atividade de pesca profissional em
embarcação de pesca com qualquer Arqueação Bruta segundo a Lei da Pesca.
A arqueação bruta não pode ser confundida com qualquer unidade física de
medida. É adimensional relacionada com o volume interno total de um navio. Sendo
assim, a Arqueação Bruta é calculada com base no volume moldado de todos os espaços
fechados do navio e é usada para determinar coisas como as regras de governo, manobra
e segurança da embarcação, bem como as taxas de registro e portuárias.
Por fim, assim como as demais categorias de segurado especial, os pescadores
artesanais possuem os seguintes benefícios previdenciários, quando preenchidos os
seguintes requisitos necessários, Benefício por incapacidade temporária; Benefício por
incapacidade permanente; Salário maternidade; Auxílio-acidente; Auxílio reclusão;
Aposentadoria por idade rural.
Percebemos, contudo, uma área promissora para o profissional da advocacia
previdenciária, sendo um a das áreas que terá um aumento substancial na demanda a
partir dos próximos anos, principalmente pelo crescimento da demanda como também
pela facilidade na atuação, facilidade esta, que não exclui uma boa capacitação, assim
como um aperfeiçoamento aprofundado no assunto.

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