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PROJETO DE PESQUISA
São Paulo
2021
FACULDADES INTEGRADAS CAMPOS SALLES – FICS
São Paulo
2021
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
1.1 TÍTULO
Violência Doméstica contra a Mulher
Durante a pandemia do novo Corona-vírus
2019.
1.2
PROFESSOR Prof. Ms. Laerte Dias
ORIENTADOR
2.2 INTRODUÇÃO
O Brasil foi denunciado por não tomar medidas efetivas e necessárias para processar e
punir os agressores por mais de 15 anos, apesar de haver denúncias efetuadas internamente, sendo
assim acusado de violar direitos a garantia judicial, proteção judicial, igualdade perante a lei e
obrigação de respeitar direitos, como previsto na Convenção Americana e na Declaração
Americana de Direitos Humanos. Diante disso, a Corte recomendou o prosseguimento eficaz para
a investigação do caso com o fim de aderir responsabilidade ao Heresia Viveiros e condená-lo por
violações ao direito da mulher, além de indenizar por danos materiais e imateriais a então vítima,
Maria da Penha. Ademais, intensificar o processo de reforma para evitar o tratamento
discriminatório em relação à violência contra a mulher no Brasil e a tolerância estatal, como por
exemplo, multiplicar o número de delegacias.
Deste modo, a Lei de n° 11.340/06, que tem como objeto jurídico a incolumidade física
e psicológica da mulher, conhecida como “Lei Maria da Penha”, trata-se de resposta imediata às
recomendações da CIDH, visando intensificar a punição em caso de agressões domésticas contra
a mulher.
No entanto, a eficácia normativa da referida lei passa a ser questionada uma que vez
que essa se mostra insuficiente do ponto de vista prático no combate à essas violações, embora traga
em seu texto normativo o estabelecimento de medidas cautelares e sanções severas em desfavor do agressor.
No final de 2019 na China surgiu o vírus da covid-19, a que tudo indica de origem
animal (morcegos). No início de 2020 este vírus foi responsável pela maior crise sanitária já
enfrentada pela humanidade pois evoluiu para uma pandemia mundial.
Conforme lições de Bento de Farias, ocorre a pandemia “quando vários países são
assolados pela mesma doença”, ou, como disserta Noronha, “se sua disseminação se dá por
extensa área do globo terrestre”, a exemplo do que ocorreu com a chamada “gripe espanhola”,
que matou mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo entre os meses de setembro e
novembro de 19181.
Em resposta a esse colapso, e visando tutelar a saúde pública, Governo de São Paulo
adotou medidas extremas de isolamento social, como forma de prevenção contra a disseminação
do vírus, já que a infecção é transmitida pelo toque das mãos, ou pequenas gotículas de salivação,
e com isso o problema parecia estar sobre controle, porém se agravam ainda mais situações que
já eram pontuais.
Ocorre que, no Brasil foram registradas 105 mil denúncias de violência doméstica,
o que correspondeu a 30% de 349 mil denúncias recebidas pelos canais do MMFDH2. Esse fator
pode encontrar relação com circunstâncias meramente sociais, visto que grande parte das vítimas
tem sua renda familiar menor do que um salário-mínimo, ou sequer possuem o ensino médio
completo3, presumindo-se então que a violência está vinculada à fatores estritamente
1
GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral - v. 1. 17. ed. Niterói: Impetus, 2015. 885 p. ----
Localização: 343.2(81) / G799c / v.1 / 17.ed
2
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Fonte: < https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-
social/2021/03/canais-registram-mais-de-105-mil-denuncias-de-violencia-contra-mulher-em-2020>
3
Ibidem.
6
econômicos, criando dependência entre a vítima e seu agressor, o que pode ser considerado um
impasse para que esta se desvencilhe de atos violentos.
7
Diante de tanta impunidade observamos que a lei Maria da Penha, que protege
mulheres contra agressões sofridas em seus lares não inibe mais o agressor de continuar ferindo as
vítimas, e, em muitos casos, não há somente a agressão verbal, psicológica, ou física, mas também
resulta em morte. Apesar do número crescente, dados apontam que muitas mulheres nesse período
de pandemia não deram queixa de seus companheiros devido não terem onde se abrigarem, ou por
sofrerem coação psicológica, o que se torna um problema difícil de ser resolvido apenas com a
força da lei. Os Meios de prevenção e educação em sala de aula, por exemplo poderiam ser uma
forma de prevenir e educar a sociedade no trato com as mulheres. Pois sabemos que o problema é
cultural e não somente no brasil, mas no mundo
Ante o exposto, é possível verificar que a lei em sua aplicabilidade não abrange ao
todo os interesses da mulher ou se mostra insuficiente na adoção de medidas que resguarde seus
direitos, uma vez que na grande maioria dos casos, o agressor vem a descumprir medidas
protetivas impostas judicialmente para repelir a violência, e, não obstante, a consumar práticas
de feminicídio, culminando para o aumento de casos como expostos anteriormente.
Após a análise de inúmeros projetos de lei, inúmeros dispositivos legislativos, números
de denúncias, e quantias de medidas protetivas aplicadas, chega-se ao entendimento de que a
violência no âmbito doméstico saltou de forma extremamente elevada no período da pandemia.
Muitas mulheres se privaram de prestar queixa, pois, existe uma notória dependência
financeira do parceiro que a violenta, e no período de pandemia, os índices de desemprego ficaram
ainda maiores, logo, encontraram-se em situação de hipossuficiência caso divorciasse do
companheiro, e, os serviços públicos funcionaram de maneira pior do que o de praxe, sendo
impossível socorrer-se à Administração.
A única hipótese para a mulher em tal situação seria socorrer-se de familiares que a
pudessem acolher. E após a hospitalidade, buscar o atendimento do serviço público, como a Policia
Civil.
Quando se vai ao hospital não existe a certeza da cura das marcas de socos, abusos
sexuais, e desesperos que seus parceiros causam. Mas sim, a total possibilidade de se contaminar
com o novo vírus quando ir frequentar o âmbito hospitalar.
8
3.1 GERAIS
3.2 ESPECÍFICOS
Medidas que tendem a repelir ou aumentar tais atos de violência praticado em razão
da convivência familiar a partir do confinamento.
4. METODOLOGIA
Ao conviver por anos com esta dura dificuldade, sabe quais os traumas que não somente a
dona de casa, mas além disso seus filhos carregam em suas vidas, pelas agressões e abusos sofridos.
6. JURISPRUÊNCIA
Nessa Jurisprudência em questão, o relator exemplifica que o Habeas Corpus não tem como
objetivo a descaracterização do crime, e que o réu preso por agressividade demostrou causar risco
11
caso fosse solto, em face de já ter ido até a casa da vítima, ter desferido tapas, arranhões e incêndio
na residência e nos bens moveis, sendo assim a fica constatado a violência física e psicológica do
paciente em desfavor da sua ex-companheira. Nesse contexto se fundamenta a prisão preventiva para
garantia da ordem pública e que o risco de contagio trazidos pela covid-19 não é fundamento hábil a
autorizar a revogação automática de toda custodia cautelar, sendo necessário que o réu esteja inserido
na população com maior risco a infecção. Sendo assim por não está inserido em nenhum grupo de
risco, e sendo acusado por crime no contexto de violência doméstica contra a mulher, afasta o art. 5-
a da recomendação 62 do CNJ e impedindo a revogação de prisão preventiva ou prisão domiciliar
julgando improcedente o HC impetrado.
7. DOUTRINA
Segundo o Rel. Min. Marco Aurélio Mello, “a mulher é eminentemente vulnerável quando se
trata de constrangimentos físicos, morais e psicológicos sofridos em âmbito privado. Não há dúvidas
sobre o histórico de discriminação e sujeição por ela enfrentado na esfera afetiva. As agressões
sofridas são significativamente maiores do que as que acontecem contra homens em situação similar.
Além disso, mesmo quando homens, eventualmente, sofrem violência doméstica, a pratica não
decorre de fatores culturais e sociais e da usual diferença de força física entre os gêneros”. Na referida
ação, o Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, reconheceu a constitucionalidade dos artigos 1º,
33 e 41 da LEI nº 11.340/2006, conforme se depreende das ementas da decisão: “VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA – LEI Nº 11.340/06 – GÊNEROS MASCULINOS E FEMININOS – TRATAMENTO
DIFERENCIADO. O artigo 1º da Lei nº 11.340 /06 surge, sob o ângulo do tratamento diferenciado
entre gêneros – mulher e homem -, harmonia com a Constituição Federal, sendo necessária a proteção
entre as peculiaridades física e moral da mulher e a cultura brasileira. ” 4
4
“BARROSO, Luiz Roberto. O Direito Constitucional e a efetividade de suas normas. Limites e possibilidade da
Constituição brasileira. Ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.p.87”
12
dado pela Constituição Federal à licença maternidade e à licença paternidade
(Artigo. 7º
, XVIII e XIX)
“Reflete com toda a nitidez a tradicional divisão dos papéis sociais reservados aos
homens e mulheres, em matéria de direitos sociais”.
Valéria Diez Scarance Fernandes‘’ Lei Maria da Penha processo no caminho da efetividade ‘’
O Decreto nº 6.387, de 05 de março de 2008 foi revogado pelo Decreto nº 7.959, de 2013.
Campos, Carmen Hein de. Op. cit., p. 258. 21. STF, Plenário, ADC 19/DF, Rel. Min.
Marco Aurélio Mello, j. 09/02/2012.
Maria Berenice Dias. A Lei Maria da Penha na justiça: A efetividade da Lei 11.340/2006
de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais: 2010. p. 85/86:
“A Lei Maria da Penha – lei da mesma hierarquia – afastou a violência doméstica da égide da
Lei 9.099/95. Assim, se a vítima é mulher e o crime aconteceu no ambiente doméstico, não pode
ser considerado de pouca lesividade e não mais será apreciado pelos Juizados Especiais
Criminais – JECrims. Mesmo que tenha o legislador usado a expressão ‘crimes’ para repudiar
os Juizados Especiais, nem as contravenções penais continuam nesses juizados. De todo
descabido que a lesão corporal e os demais crimes sejam encaminhados aos JVDFMs, e
as contravenções de vias de fato, importunação ofensiva ao pudor e perturbação da
tranquilidade, por exemplo, persistam sendo apreciadas nos JECrims. (...)” (páginas
85/86)
13
Guilherme de Souza Nucci. Leis Penais e Processuais Penais Comentadas. 5. ed. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais: 2010. p. 1284.
8. PROJETO DE LEI
Projeto que beneficia mulheres vítimas de violência em programas habitacionais vai à Câmara
Projeto de Lei 4692/2019
O Senado aprovou nesta quinta-feira 06/05/2021 o Projeto de Lei (PL) 4.692/2019, que concede
prioridade às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar nos programas sociais de acesso à moradia
financiados por recursos públicos como o Minha Casa, Minha Vida. O texto, de autoria do senador Ciro
Nogueira (PP-PI), segue agora para análise na Câmara dos Deputados.
Pelo projeto, 10% das unidades edificadas nos programas habitacionais públicos ou subsidiados
com recursos públicos serão reservados para atendimento prioritário à mulher vítima de violência doméstica e
familiar. Para a concessão da prioridade, a situação de violência deverá ser comprovada por meio de inquérito
policial instaurado, de medida protetiva aplicada ou de ação penal baseada na Lei Maria da Penha (Lei 11.340,
de 2006). Além disso, para se obter a prioridade, também é necessário relatório do Centro de Referência de
Assistência Social.
Ciclo de violência O
relator da matéria, senador Marcelo Castro (MDB-PI), foi favorável à proposta. Para ele, a prioridade no acesso
a programas sociais de moradia é ainda mais relevante diante do cenário de pandemia, quando a violência
doméstica e familiar cresceu consideravelmente. Segundo o senador, “o maior convívio familiar causado pelo
isolamento social e o acúmulo de frustrações e ansiedade aumentaram os pretextos para agressões”.
Na sua justificativa do projeto, Ciro Nogueira informou que, em 2018, 16 milhões de mulheres
sofreram algum tipo de violência, sendo a moradia o palco de 40% dos casos. O autor da proposta observou
que muitos estados e municípios já adotam a iniciativa de estabelecer prioridade para as vítimas da violência
doméstica no acesso à moradia digna. “Precisamos alcançar aquelas mulheres que estão em situação mais
vulnerável, maltratadas pela pobreza econômica e pela violência doméstica”.
Mulheres chefes de família O
relator acatou emenda apresentada pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES) para que a mulher chefe de família
também seja contemplada com o benefício da prioridade em programas habitacionais medida solicitada
também nas emendas de Rogério Carvalho (PT-SE) e Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Outras emendas Marcelo
Castro também acatou emenda do senador Jayme Campos (DEM-MT) para utilizar a expressão “violência
doméstica e familiar”, consagrada na Lei Maria da Penha, no lugar de “violência doméstica”. O relator
acrescentou ainda um dispositivo para garantir o sigilo dos dados das vítimas de violência na divulgação da
relação de beneficiários dos programas habitacionais. Outras quatro emendas foram rejeitadas.5
Violência contra a mulher: Sinal Vermelho está prestes a virar lei federal
5
SENADO FEDERAL
15
Projeto de Lei n. 741/2021
O Senado Federal aprovou nessa quinta-feira (1º/7) o Projeto de Lei n. 741/2021, que cria o
programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica. O projeto ainda insere no Código Penal o crime de
violência psicológica contra a mulher. Com isso, após sanção da Presidência da República, a campanha lançada
há pouco mais um ano pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros
(AMB) para reforçar o combate à violência contra a mulher irá se tornar lei nacional. A Sinal já se tornou lei
estadual em 10 estados: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Paraná, Rio de
Janeiro, Rondônia e Sergipe.
A campanha foi lançada em junho do ano passado pelo CNJ em parceria com a Associação dos
Magistrados Brasileiros (AMB) para oferecer às vítimas de agressões familiares durante a pandemia da nova
corona vírus um canal de denúncia de maus-tratos e de violência doméstica.
De acordo com a relatora do projeto, senadora Rose de Freitas, o índice de violência contra a
mulher no Brasil aumentou cerca de 75% durante a pandemia da Covid-19 que ainda não acabou. Por isso,
destacou, “nos deparamos com a necessidade de que esta lei entre em vigor o quanto antes”. Rose cobrou mais
Justiça para evitar a violência contra as mulheres. “A gente sabe que cada dia é um dia, cada luta é uma luta.
Mas vamos vencer pela cultura, pela educação e pela obstinação das mulheres. ”
Sinal Vermelho
O texto prevê que o Executivo, o Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública e órgãos
de segurança pública poderão estabelecer parceria com estabelecimentos comerciais privados para o
desenvolvimento do programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica e Familiar. O programa define,
entre outras medidas, que a letra X escrita na mão da mulher, preferencialmente na cor vermelha, funcionará
como um sinal de denúncia de situação de violência.
Violência psicológica
O projeto aprovado pelo Senado inclui no Código Penal o crime de violência psicológica contra
a mulher, a ser atribuído a quem causar dano emocional que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento
ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Isso pode ocorrer por meio
de ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, limitação do direito de ir e vir
ou qualquer outro método. A pena será de reclusão de seis meses a dois anos e multa.
A proposta ainda inclui na Lei Maria da Penha o critério de existência de risco à integridade
psicológica da mulher como um dos motivos para que juízes e juízas, delegado e delegadas ou mesmo policiais
quando não houver delegado afastem imediatamente o agressor do local de convivência com a ofendida.
Atualmente isso só pode ser feito em caso de risco à integridade física da vítima.6
9. DISPOSITIVOS LEGAIS
Diante do exposto se fez necessário a criação de mais uma lei que pudesse cessar as ações de
violência doméstica no Brasil. Publicada no Diário Oficial em 28 de Julho de 2021, a Lei nº14.188
define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica como uma das
medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher previstas na Lei nº
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal), em todo o território nacional; para modificar a modalidade da pena da lesão
corporal simples cometida contra a mulher por razões da condição do sexo feminino e para criar o
tipo penal de violência psicológica contra a mulher.
A nova legislação altera o parágrafo 13 do artigo 129 do Código Penal. Com isso, se a lesão
contra a mulher for por razões da condição do sexo feminino, a pena é de reclusão de um a quatro
anos. Outra mudança interessante é a criação do artigo 147-B no Código Penal. Sua redação é:
“Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou
que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do
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direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e
autodeterminação.
A pena para o agressor se a conduta não constituir crime mais grave é de seis meses a dois
anos de reclusão e multa.
Vale salientar que este conceito de violência psicológica já vinha definido no inciso 2, art.7º
da lei Maria da Penha. Também vale ressaltar o artigo 41 da Lei Maria da Penha. Como a violência
psicológica constitui uma espécie de violência, não se aplica a lei 9.099/95. “Ou seja, não há o que se
falar em termos circunstanciais, vai ter prisão em flagrante sim”. Por fim, também há alteração no
artigo 12-C da lei Maria da Penha. Ele passa a vigorar com a seguinte norma: “Verificada a existência
de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de
violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do
lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021.
I – Pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019);
II – Pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou (Incluído pela
Lei nº 13.827, de 2019);
III – pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado
disponível no momento da denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019) ”;
Lesão grave
Quando resulta em:
-Sequelas temporária por mais de 30 dias
-Perigo de vida
- Fragilidade de membro, sentido ou função
-Aceleração do parto
Pena – de 1 a 5 anos de reclusão
Artigo 129, § 1º
Lesão gravíssima
Quando resulta em:
-Incapacidade permanente para o trabalho;
-Enfermidade incurável;
-Perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
- Deformidade permanente;
- Aborto
Pena – 2 a 8 anos de reclusão
Artigo 129, § 2º
Lembrando que dependendo das qualificadoras o causador pode pegar a pena máxima que é
de 30 anos, de acordo com o código penal brasileiro.
O tema da violência doméstica pode e deve, ainda, ser discutido quando essa Pandemia passar,
sempre. Infelizmente, como foi dito, a violência é um fenômeno multicausal e deve sempre receber
atenção. Entendemos que não há saúde, sem saúde mental. Certamente, não há saúde mental em meio
a um ciclo de violência.
Certamente que a sociedade deve sempre provocar o judiciário e os seus legisladores para que
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as mudanças ocorram, de tempos em tempos os conceitos mudam e temos que estar preparados para
as mudanças.
6 - CRONOGRAMA DE PESQUISA
7. REFERÊNCIAS
2. 11 ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010. Página 339. 117 ALVES, Deyvis de Oliveira
Marques. Violência doméstica e familiar contra a mulher [Livro Digital]. Editora FONAVID.
Natal, 2017. Pág. 51. Disponível em: https://www.amb.com.br/fonavid/files/livro-
fonavid.pdf&ved= https://cidh.oas.org/annualrep/2002port/brasil122
3. GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral - v. 1. 17. ed. Niterói: Impetus,
2015. 885 p. ---- Localização: 343.2(81) / G799c / v.1 / 17.ed
7. DISPOSITIVOS LEGAIS
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.022-de-7-de-julho-de-2020-265632900;
https://www.sejus.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2021/01/violencia-domestica-em-tempos-de-
pandemia.pdf;
https://folhadirigida.com.br/blog/lei-14188-2021/;
https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-96-15-1940-12-07-2848-
PET1C2;
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/04/05/lei-que-criminaliza-stalking-e-
sancionada;
https://www.tjdft.jus.br/@@search?selected=Document&portal_type%3Alist=Folder&portal_type
%3Alist=Document&SearchableText=lei+14.188