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COMPONENTE CURRICULAR: ARTE PERÍODO: 07/06/2021A 011/06/2021 TURMA: 8°E 9° ANO

HABILIDADES:
(EF69AR03P9) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens
audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações detextos diversos etc.),
cenográficas, coreográficas, musicais etc.
(EF69AR03P8) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens
cenográficas, coreográficas, musicais etc.

DESENVOLVIMENTO DA AULA:

1ª Atividade: leia o texto.

A História do Cinema Brasileiro


A história do cinema no Brasil começa em julho de 1896, quando ocorre a primeira
exibição de cinema no país, na cidade do Rio de Janeiro.
A história do cinema brasileiro pode ser dividida em épocas muito distintas, que de certa
forma moldaram as produções nacionais no decorrer de mais de um século da sétima arte no
país. Em nossa historiografia cinematográfica, esses períodos incluem os primeiros filmes e o
domínio de Hollywood, o surgimento do cinema sonoro, as chanchadas, o Cinema Novo e o
“udigrúdi”, a Embrafilme, a crise dos anos 1980, a Retomada e a Pós-Retomada.

O cinema teve seu pontapé inicial no Brasil em 1896, quando foram exibidos no Rio de
Janeiro uma série de filmes curtos retratando o cotidiano nas cidades europeias. Depois dessa
primeira exibição, o país construiu uma história cinematográfica rica e variada, que atravessou
muitas fases e conquistou reconhecimento ao redor do mundo. Ao longo de seus diferentes
períodos históricos, as obras cinematográficas brasileiras acompanharam e incorporaram
influências do contexto social, econômico, cultural e político do país.
Primeiros filmes
Os irmãos italianos Paschoal Affonso e Segreto podem ser considerados os primeiros
cineastas do país, já que realizaram gravações da Baía de Guanabara em 19 de junho de 1898.
Embora não exista registro desse material, a data é considerada, até hoje, o Dia do Cinema
Brasileiro.
A estruturação do mercado exibidor no país se deu entre 1907 e 1910. Naquela época, a
falta de eletricidade dificultava a implantação de salas de cinema, muitas das quais possuíam
suas próprias equipes de filmagem. A maior parte dos filmes exibidos, no entanto, era importada
de outros países – principalmente da Europa.
Os primeiros filmes gravados no país foram, em sua maioria, documentais. O curta-
metragem Os Estranguladores (1908), de Francisco Marzullo e Antônio Leal, é considerado a
primeira película de ficção do Brasil. Já o primeiro longa-metragem foi O Crime dos Banhados
(1914), dirigido por Francisco Santos.
As produções de ficção, conhecidas como filmes “posados”, eram realizadas pelos
proprietários das salas de cinema do Rio de Janeiro e São Paulo. Muitas das histórias eram
inspiradas em crimes reais, mas havia algumas comédias. Os chamados filmes “cantados”, nos
quais os atores dublavam a si mesmos por trás da tela, também fizeram sucesso nesse período.
Outra fórmula bem-sucedida junto ao público eram as adaptações para o cinema de obras
literárias.
O mercado nacional sofreu mudanças estruturais durante a Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). Com a diminuição da produção europeia, as salas de exibição brasileiras
passaram a ser dominadas pelos filmes de Hollywood (que entravam no país isentos de taxas
alfandegárias), fator esse que também enfraqueceu o cinema produzido localmente.
Já na década de 1930, foi criado o primeiro grande estúdio do Brasil: a Cinédia. Os filmes
brasileiros mais relevantes desse período foram Limite (1931), de Mario Peixoto, A Voz do
Carnaval (1933), de Ademar Gonzaga e Humberto Mauro, e Ganga Bruta (1933) de Humberto
Mauro. Foi também nessa época que se propagou no país o cinema sonoro, cujo filme nacional
pioneiro foi a comédia Acabaram-se os Otários (1929), de Luiz de Barros.

A crise dos anos 1980

A popularização do videocassete fez


com que o cinema nacional entrasse em
declínio. Além disso, a situação econômica
no país piorava a cada dia e a dívida
externa atingia números alarmantes. Não
havia recursos nem para que os cineastas
produzissem filmes, nem para que os
espectadores pudessem pagar os
ingressos. Nesse contexto, os proprietários
das salas de cinema passaram a lutar contra
a lei da obrigatoriedade da exibição de
filmes brasileiros.
Uma nova geração de cineastas
apareceu, então, na cidade de São Paulo,
entre eles Sérgio Bianchi, Hermano Penna,
André Klotzel e Sérgio Toledo, assim como
o documentarista Eduardo Coutinho (Cabra
Marcado Para Morrer), mas seus filmes
acabam se limitando ao público dos festivais
de cinema. Naquele período, o Festival de
Gramado era considerado o mais importante
do país.
Em 1990, com a eleição de Fernando Collor, a Embrafilme cessou suas atividades. O
novo presidente também extinguiu o Ministério da Cultura, o Concine, a Fundação do Cinema
Brasileiro, acabando com as leis de incentivo à produção e com a regulamentação do mercado.
Para se ter uma ideia da difícil situação em que se encontrava a produção cinematográfica, em
1992 (ano em que Collor sofreu o impeachment) somente três filmes brasileiros foram lançados
nos cinemas. Grandes destaques desse período são O Quatrilho (1995), de Fábio Barreto, O
Que é Isso, Companheiro? (1997), de Bruno Barreto, e Central do Brasil (1998), de Walter Salles,
todos indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro – em 1996, 1998 e 1999, respectivamente,
sendo que o último também levou uma indicação na categoria de melhor atriz, para Fernanda
Montenegro (a primeira latino-americana, a única brasileira e também a única atriz já indicada
ao prêmio por uma atuação em língua portuguesa).
“A dita retomada do cinema brasileiro trouxe a ‘cosmética da fome’, segundo Ivana
Bentes, para designar a onda de estetização da miséria nas telas brasileiras”, salienta Lucilene.
Essa estética projetou os filmes nacionais internacionalmente, mas não foi capaz de levar, de
fato, o público brasileiro aos cinemas. A luta contra a dominação do mercado pelas distribuidoras
estrangeiras é uma constante, com os realizadores sempre em busca de mecanismos para atrair
mais espectadores.
O longa Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles, marcou o final da retomada do
cinema brasileiro. O filme foi indicado a quatro Oscars: melhor diretor, melhor roteiro adaptado,
melhor direção de fotografia e melhor edição; além de ter recebido o Globo de Ouro como melhor
filme estrangeiro. O sucesso de crítica e de público deu novo fôlego ao cinema contemporâneo
brasileiro.

Curiosidade
Algumas curiosidades do cinema nacional:

Em 1973, o Brasil criou o Festival de


Gramado, realizado anualmente na cidade de
mesmo nome, na Serra Gaúcha. O troféu,
conhecido como “kikito” é uma figura risonha,
esculpida em bronze.
No dia 19 de junho comemora-se o Dia
do Cinema Brasileiro, porque nesta data, em
1898, ocorreu a primeira filmagem no Brasil,
feita pelo italiano Afonso Segreto que filmou a
Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. Mas,
algumas pessoas comemoram esse dia em 5
de novembro, pois nesta data, em 1896,
ocorreu a primeira exibição pública de um
filme em terras brasileiras na cidade do Rio de
O filme brasileiro que teve maior bilheteria
em todos os tempos foi Tropa de Elite 2 (2011)
com público de 11 milhões.
Selos em homenagem ao cinema brasileiro exibem
imagens de Adhemar Gonzaga, Carmen Miranda,
Carmen Santos e Oscarito (1990)

Fonte:
https://www.aicinema.com.br/a-historia-do-cinema-brasileiro/
https://www.smartkids.com.br/trabalho/cinema-brasileiro
https://recreio.uol.com.br/images/original/2020/11/05/dia-do-cinema-brasileiro-8-filmes-nacionais-para-assistir-no-prime-video-
1225038.png
https://www.todamateria.com.br/historia-do-cinema-brasileiro/
2ª ATIVIDADE: RESPONDA EM SEU CADERNO

2. Você viu que no texto acima temos algumas curiosidades, agora queremos saber se
você já assitiu algum filme brasileiro se sua resposta for sim, queremos saber qual e que faça
um pequeno relato da historia do filme. Observando os seguintes dados abaixo:

(a) Qual o tema do filme?


(b) O que os realizadores do filme tentaram nos contar?
(c) Você assimilou/aprendeu alguma coisa com este filme? O que?
(d) Do que você mais gostou neste filme? Por quê?
(e) Qual o seu personagem favorito no filme? Por quê?

3. Quando e onde foi criado o primeiro Festival de Cinema brasileirode cinema? Qual o
nome do festival e como ele acontece?

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4. Explique como foi a “retomada do cinema brasileiro.”

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