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1

Li
çãoNᵒ
1
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Lei
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i
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ver
sidade,i
nter
disci
pli
nar
idadenasCi
ênci
asSoci
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uracom o
sensocomum,
nost
ext
osdeSANTOS,
Boav
ent
uradeSousa.Um Di
scur
sosobr
easCi
ênci
as.
11ªed.Por
to,Edi
çõesAf
ront
ament
o,1999eAPPOLI
NÁRI
O,Fábi
o.Met
odol
ogi
adaCi
ênci
a:
f
il
osof
iaepr
áti
cadapesqui
sa.S.Paul
o,Pi
onei
raThomsonLear
ning,
2006.

Exer
cíci
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a Ger
alé obv
iament
e compl
exa.El
a env
olv
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o de especi
ali
zações que
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obam aspectosdenatur
ezafí
sica,eminent
ement
esocial
,mast
ambém osaspectosqueabarcam
asdif
erent
esf acet
asdav i
dahumana,comoasuai nt
erv
ençãonanat
ureza,assuasrel
açõescom o
mundooculto,
etc.(PEDRO&SIQUI
SSE: 26)
.

a) Porquehouv
eanecessi
dadedaemer
gênci
ademui
tosr
amosdaAnt
ropol a?
ogi

2.Segundo a t
radi
ção est
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eci
da porDi
l
theye Weber
,há doi
sti
posde ci
ênci
as
di
sti
ntas:
asci
ênci
asnomot
éti
caseasci
ênci
asi
deogr
áfi
cas.
a)Quai
ssãooscamposdeest
udodecadaumadel
as?
b)Em quet
ipodeci
ênci
asseenquadr
aadi
sci
pli
naem est
udo?Por
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Bi
bli
ogr
afi
a
JACCARD,
Pier
re.I
ntr
oduçãoàsCi
ênci
asSoci
ais.Li
sboa,
Liv
rosHor
izont
es,
1974;
es.I
BARATA,ÓscarSoar ntr
oduçãoàsCi
ênci
asSoci
ais.10ªed.
,Li
sboa,Ber
nar
diEdi
tor
a,
2002.
3
4

Li
çãoNᵒ
2
AANTROPOLOGI
AGERALNODOMI
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ÊNCI
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AIS:
Def
ini
ção,
Obj
ect
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dagem
Et
imol
ogi
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ermo Ant
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avem de doi
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s gr hropos,que
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fcahomem eLogos,quesi
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ado,di
scur
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ênci
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ênci
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stór
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a,et
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i
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candoost
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car
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tos;
-Nãoexi
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tur
assuper
ior
es,
massi
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asdi
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es;
-Todososgr
uposhumanospossuem cost
umespr
ópr
iose,t
aiscost
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i
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sai
s;
-Av
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ashumanasnãoépaut
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mas,
si
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alment
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-Todas as soci
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fi
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oduzi
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adoout
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Exer
cíci
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1.Todas as Ci
ênci
as Soci
ais são Ant
ropol
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da com a af
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mação?
Fundament
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cionament
ocom quat
roexempl
os.

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pli
naouci
ênci
aindependent
eoui
sol
adadoi
nter
essedas
out
ras,numadet
ermi
nadaár
eadeconheci
ment
o.Aoabor
dar
mosaAnt
ropol
ogi
aCul
tur
alno
cont
ext
o dasci
ênci
associ
aisehumanaspr
etendemosf
azerai
nter
disci
pli
nar
idade.Que
r
elaçãoexi
steent
reaAnt
ropol
ogi
aCul
tur
aleaHi
stór
ia?

3.A Ant ropologi


a Ger alé obv iament e complexa. Ela env olve um conj unt
o de
especiali
zaçõesqueengl obam aspect osdenat urezaf í
sica,emi nentement
esoci al
,
mast ambém aosaspect osqueabar cam asdiferentesfacetasdav idahumana;daí
quepodemosdi st
inguirt
rêssubdi sci
pli
nas:AntropologiaPsi canalí
ti
ca;Antr
opologia
Apli
cada; e Ant r
opologi
a Rel igi
osa ( PEDRO & SI QUISSE: 26) . Qual dessas
subdiscipli
nasantr
opológi
casdev iaestudar:
a)Anecessi dadedei nt
egraçãodasmi noriasét
nicasestrangeirasem Moçambi que?
b)Osnov osfenómenosdecr ençasem Moçambi que?
c)Of enómenode“ chupa-
sangue”f r
equentenoNor tedeMoçambi que?
8

Li
çãoNᵒ
3
MÉTODOSETÉCNI
CASDEI
NVESTI
GAÇÃOEM ANTROPOLOGI
A:et
nogr
afi
a,t
rabal
hode
campoeobser
vaçãopar
ti
cipant
e
1.Et
nogr
afi
a
Ot
ermoet
nogr
afi
apr
ov egoét
ém dogr hnos,quesi
gni
fi
car oegr
aça,pov aphei
n,descr
ever
.
Assi
m,aEt
nogr
afi
aéum dosmét
odospr
ivi
l
egi
adosdaAnt
ropol
ogi
aqueconsi
steem
descr
everosusosecost
umesdospov
os.Const
it
uinadamenosdoqueor
egi
stodef
act
os
obser
vados dur
ant
eo t
rabal
ho de campo.É pur
ament
e descr
it
iva,poi
srepr
esent
a um
moment
odaet
nol
ogi
a.Nar
eal
i
zaçãodest
emét
odout
il
izam-
seger
alment
east
écni
casde
i
nquér
it
oext
ensi
vo,queconsi
steem obser
varomai
ornúmer
opossí
veldeel
ement
osnuma
det
ermi
nadaár
eaenum det
ermi
nadoper
íododet
empo,eat
écni
cadei
nquér
it
oint
ensi
vo,
queconsi
stenaobser
vaçãoapr
ofundada,compl
eta,sem nadaomi
ti
r,deum dadogr
upo
soci
al.Est
aúl
ti
mat
écni
cadeobser
vaçãoéamai
srecomendáv
el.
2.Tr
abal
hodeCampo
Ot
rabal
ho ou a pesqui
sa de campo consi
ste na obser
vação e r
egi
sto de f
act
os ou
f
enómenost
alcomoocor
rem nar
eal
i
dade.El
e/aexi
geousodei
nst
rument
osquesi
rvam de
cont
rol
oe,
def
ini
çãodeobj
ect
ivosquedescr
imi
nam oquedev
esercol
ect
ado.
Apesqui
sadocampoéant
eci
padapel
apesqui
sabi
bli
ogr
áfi
cacom v
ist
aasesaberem que
est
adoseencont
raopr
obl
ema,quet
rabal
hosf
oram r
eal
i
zadosar
espei
todot
emaequai
s
sãoasopi
niõesr
einant
essobr
eoassunt
o.I
ssoper
mit
equeseest
abel
eçaum model
o
t
eór
ico-
ref
erenci
ali
nici
alqueaux
il
ienadet
ermi
naçãodasv
ari
ant
eseel
abor
açãodopl
ano
ger
aldapesqui
sa.Dei
gualmodo,aj
udaadet
ermi
narast
écni
casdecol
ect
adedados;a
amost
rar
epr
esent
ati
vaeast
écni
casdeanál
i
sedosr
esul
tadoscol
hidosdur
ant
eapesqui
sa.
3.Obser
vação
A obser
vaçãoéumat
écni
cadecol
ect
adedadosqueut
il
izaossent
idos.Nãoconsi
ste
apenasem v
ereouv
ir,mast
ambém em exami
narf
act
osouf
enómenosquesedesej
am
est
udar
.Éum el
ement
obási
codei
nvest
igaçãoci
ent
íf
ica,ut
il
izadonapesqui
sadecampoe
seconst
it
uinat
écni
caf
undament
aldaAnt
ropol
ogi
a.
Est
atécni
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udaopesqui
sadorai
dent
if
icareaobt
erpr
ovasar
espei
todeobj
ect
ivossobr
e
osquai
sosi
ndi

duosnãot
êm consci
ênci
a,masqueor
ient
am seucompor
tament
o.Éo
pont
odepar
ti
dadai
nvest
igaçãosoci
al,poi
sobr
igaoi
nvest
igadorat
erum cont
act
odi
rect
o
9

com ar
eal
i
dade.

3.
1.Vant
agens:
-Possi
bil
i
tamei
osdi
rect
osesat
isf
atór
iospar
aest
udarumaampl
avar
iedadedef
enómenos;
-Exi
gemenosdoobser
vadordoqueout
rast
écni
cas;
-Per
mit
eacol
ect
adedadossobr
eum conj
unt
odeat
it
udescompor
tament
aist
ípi
cas.
-Dependemenosdai
ntr
ospecçãooudar
efl
exão;
-Per
mit
eaev
idênci
adedadosnãoconst
ant
esdor
otei
rodeent
rev
ist
asoudoi
nquér
it
o.
3.
2.Li
mit
ações
-Oobser
vadort
endeacr
iari
mpr
essõesf
avor
ávei
soudesf
avor
ávei
snoobser
vado;
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rênci
aespont
âneanãopodeserpr
evi
sta,oquei
mpl
i
ca,mui
tasv
ezes,oobser
vador
depr
esenci
arof
act
o;
-Fact
oresi
mpr
evi
stospodem i
nter
fer
irnat
aref
adopesqui
sador
;
-Adur
açãodosacont
eci
ment
osév
ari
ável
:podeserr
ápi
daoudemor
adaeosf
act
ospodem
ocor
rersi
mul
taneament
e.Nosdoi
scasos,
tor
na-
sedi

cil
acol
ect
adedados;
-Vár
iosaspect
osdav
idaquot
idi
ana,
par
ti
cul
ar,
podem nãoseracessí
vei
saopesqui
sador
.
3.
3. Ti
posdeObser
vação
Nai
nvest
igaçãoci
ent
íf
icasãoempr
egadasv
ári
asmodal
i
dadesdeobser
vação,
quev
ari
am de
acor
docom asci
rcunst
ânci
as.
a)Segundoosmei
osut
il
izados:
-Obser
vaçãonãoest
rut
urada(
assi
stemát
ica,espont
ânea,i
nfor
mal
,or
dinár
ia,si
mpl
es,l
i
vre,
ocasi
onal
ouaci
dent
al)
-Obser
vaçãoest
rut
urada(
sist
emát
ica,
plani
fi
cadaoucont
rol
ada)
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ti
cipaçãodoobser
vador
:
-Obser
vaçãonãopar
ti
cipant
e
-Obser
vaçãopar
ti
cipant
e
c)Segundoonúmer
odeobser
vador
es:
-Obser
vaçãoi
ndi
vi
dual
;
-Obser
vaçãoem equi
pe.
d)Segundool
ugarondeser
eal
iza:
-Obser
vaçãoef
ect
uadanav
idar
eal
(tr
abal
hodecampo)
;
10

-Obser
vaçãol
abor
ator
ial
(Est
udoDocument
al)
De ent
re ost
iposdeobser
vação,f
ocar
emosa obser
vação segundo a par
ti
cipação do
obser
vador(
obser
vação nãopar
ti
cipant
eeobser
vação par
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cipant
e)porser
em asmai
s
usuai
sem Ant
ropol
ogi
a.Naobser
vaçãonãopar
ti
cipant
e,opesqui
sadort
omacont
act
ocom
acomuni
dade,
grupoour
eal
i
dadeest
udada,
sem i
ntegr
ar-
seael
a,ousej
a,per
manecendode
f
ora.Pr
esenci
aof
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o,masnãopar
ti
cipadel
e;nãosedei
xaenv
olv
erpel
assi
tuações;f
az
mai
s o papelde espect
ador
.Isso,por
ém,não querdi
zerque a obser
vação não sej
a
consci
ent
e,di
ri
gidaouor
denadapar
aum f
im det
ermi
nado.O pr
ocedi
ment
otem car
áct
er
si
stemát
ico.Al
gunsaut
oresdãoadesi
gnaçãodeobser
vaçãopassi
va,sendoopesqui
sador
um el
ement
oamai
s.
Aobser
vaçãopar
ti
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econsi
stenoenv
olv
iment
orealdopesqui
sadorcom acomuni
dade
ougr
upo.El
esei
ncor
por
aaogr
upo,f
unde-
secom el
e.Fi
cat
ãopr
óxi
moquant
oum membr
o
dogr
upoqueest
áest
udandoepar
ti
cipadasact
ivi
dadesnor
mai
sdest
es.O obser
vador
par
ti
cipant
eenf
rent
agr
andesdi
fi
cul
dadespar
amant
eraobj
ect
ivi
dade,
pel
ofact
odeexer
cer
i
nfl
uênci
anogr
upo,
seri
nfl
uenci
adoporant
ipat
iasousi
mpat
iaspessoai
s,epel
ochoquedos
quadr
osder
efer
ênci
aent
reobser
vadoreobser
vado.O obj
ect
ivoi
nici
alser
iaganhara
conf
iançadogr
upo,f
azerosi
ndi

duoscompr
eenderai
mpor
tânci
adai
nvest
igação,sem
ocul
taroseuobj
ect
ivoousuami
ssão,mas,em cer
tasci
rcunst
ânci
as,háv
ant
agem no
anoni
mat
o.
Em ger
alsão apont
adas duas f
ormas de obser
vação par
ti
cipant
e:nat
ural
,em que o
obser
vadorper
tenceàmesmacomuni
dadeougr
upoquei
nvest
igaear
ti
fi
cialem queo
obser
vadori
ntegr
a-seaogr
upocom af
inal
i
dadedeobt
eri
nfor
mações.

Exer
cíci
os
1.Dosmét
odosdei
nvest
igaçãoant
ropol
ógi
casdi
sti
nguem-
se:aet
nogr
afi
aeot
rabal
ho
decampo.Quer
elaçãoexi
steent
reest
esmét
odos?
2.Por
quêénecessár
iout
il
izarmét
odosnumai
nvest
igaçãoci
ent
íf
ica?
3.Quai
s são os pr
ocedi
ment
os par
aar
eal
i
zação excel
ent
e de uma obser
vação
par
ti
cipant
e.
Bi
bli
ogr
afi
a
LI
MA,A.Mesqui
tel
a;MARTI
NEZ,Beni
t LHO,J.Lopes.I
o;FI ntr
oduçãoàAnt
ropol
ogi
aCul
tur
al.
11

Li
sboa,
Edi
tor
ial
Presença,
1979.
BERNARDI
,Ber do.Ant
nar ropol
ogi
a.Li
sboa,
Edi
tor
ial
Teor
ema,
1989.
RI
CHARDSON,Rober
toJer
ryecol
abor es.Pesqui
ador sasoci
al:mét
odoset
écni
cas.3ed.r
ev.
Eampl
.S.Paul
o,At
las,
1999.
Li
çãoNᵒ
4
PRI
NCÍ
PIOSDOSMÉTODOSANTROPOLÓGI
COS
1.Pr
incí
piohol
íst
ico

Ot
ermohol
íst
icoéder
ivadodov
ocabul
ári
ogr
egoól
os,quesi
gni
fi
ca:t
otal
,compl
etoou
gl
obal
.Assi
m,est
epr
incí
piodef
endequeoest
udoant
ropol
ógi
codev
eabr
angerpl
enament
e
t
odasaspecul
i
ari
dadeseat
ri
but
ospossí
vei
sdoserhumano,ousej
a,dev
e-sei
nter
essar
t
ant
oporel
ement
oscomunscomodosel
ement
osdi
fer
ent
es;
dev
epr
ocur
arcompr
eenderos
ser
eshumanosdet
odoot
empoeespaço;
dev
econcent
raroseuest
udonogr
upohumanoe
nãonoi
ndi
vi
duoe;
dev
ecoor
denar
,si
stemat
izarei
ntegr
arasdi
ver
sasv
isõesdoserhumano.
Ar
azãodeserdest
epr
incí
piodev
e-seaof
act
odequeconcent
randooest
udonum aspect
o
especí
fi
co,
pode-
set
erumav
isãodef
ormadaei
ncompl
etadeumadet
ermi
nadacul
tur
aoude
um seuel
ement
o.Por
tant
o,apel
aaconsi
der
açãoeanál
i
sedet
odasasconcepções,os
model
oseaspect
ospossí
vei
sdacul
tur
aem quest
ão,pondoem r
elaçãoent
resiev
endo
comoumaúni
car
eal
i
dade.
2.Pr
incí
pioHi
stór
ico

Todosospov
oscami
nham,t
em um passadomi
ntoant
igo,um passadomai
srecent
e,um
pr
esent
eeum f
utur
o pr
oject
adopar
aal
ém der
eal
i
zar
em cont
act
oscom out
rospov
os
at
rav
ésdot
empoeespaço,pel
oquenosest
udosant
ropol
ógi
cosénecessár
iot
erem cont
a
asv
ári
aset
apasdahi
stór
iadospov
osem quest
ão.Ahi
stór
iaf
azoseuest
udoor
ient
ando-
se
pordoi
ssent
idos:osi
ncr
óni
co,queconsi
der
aoconj
unt
odef
act
osdeum pr
eci
somoment
o
i
ndependent
ement
edoseudesenv
olv
iment
onot
empoe,
osent
idodi
acr
óni
co,
queconsi
der
a
osf
act
osdopont
odev
ist
adasuaev
oluçãonot
empo.
3.Pr
incí
pioCompar
ati
vo

Est
epr
incí
pior
efer
e-seaoconf
ront
odosf
enómenosqueper
tencem aambi
ent
ecul
tur
al,
geogr
áfi
ca e hi
stor
icament
e di
sti
ntos.Ao est
udar uma soci
edade aut
omat
icament
e
conf
ront
amosacul
tur
aqueest
amosaest
udareascul
tur
asquej
áconhecemos,acomeçar
12

pel
a nossa pr
ópr
ia cul
tur
a.Por
tant
o,com est
epr
incí
pio,v
eri
fi
cam-
seeanal
i
sam-
seas
semel
hançasedi
fer
ençasent
ret
raçosdeumacul
tuareost
raçosdascul
tur
asdev
ári
as
soci
edades.
4.Pr
incí
pioI
nter
disci
pli
nar

Apesqui
saant
ropol
ógi
cat
omaem cont
a,porum l
ado,oest
adoact
ualdosr
amosdosaber
,
ousej
a,oqueéqueasout
rasdi
sci
pli
nasnosdi
zem sobr
eohomem,especi
alment
eas
ci
ênci
associ
aisehumanascomo:asoci
ologi
a,psi
col
ogi
a,bi
ologi
a,hi
stór
iaef
il
osof
iae,por
out
ro,consi
der
aqueum ant
ropól
ogosozi
nhooui
ndi
vi
dual
ment
e,nãopoder
áapr
ofundar
t
odos os aspect
os de uma det
ermi
nada cul
tur
a,daía necessi
dade de um t
rabal
ho
coor
denadopordi
ver
sosest
udi
osos.

Exer
cíci
os
1. Compl
eteosespaçosv
azi
os.

Expli
caroobject
odeestudoapoiando-
seem
técni
caseest
udosdeout
rasci
ênci
associai
s.
Estabel
ecerregulari
dades,depoi
sder el
aci
onar
ar eali
dade estudada com outras r
eali
dades
conhecidas.
Apreender a r eal
i
dade social a partir do
cr
uzament o dos aconteci
mentos t
ransversai
s
ou si ncrónicos e os acont ecimentos
l
ongitudinaisoudiacróni
cos.

Pr
incí
pioHol
í
sti
co

2.Com pal
avr
assuas,
expl
i
queoqueent
endesporpr
incí
piohol
í
sti
codandoum exempl
o
concr
eto.

Bi
bli
ogr
afi
a
LI
MA,A.Mesqui
tel
a;MARTI
NEZ,Beni
t LHO,J.Lopes.I
o;FI ntr
oduçãoàAnt
ropol
ogi
a
Cul
tur
al.Li
sboa,
Edi
tor
ial
Presença,
1979.
BERNARDI
,Ber do.Ant
nar ropol
ogi
a.Li
sboa,
Edi
tor
ial
Teor
ema,
1989.

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