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Curso de Design de Comunicação

Unidade Curricular Obrigatória: Técnicas da Imagem em Movimento

Área Científica: Design - Tipo: Semestral

Ano letivo: 2021- 2022

Ciclo: 1º - Ano: 1º - Semestre: 2º - Tipologia: 2T - ECTS: 3

Docente: Cátia Peres

Relatório

Ariana León a75989

Junho, 2022
Introdução
A descoberta da persistência da retiniana que contribuiu bastante com o desejo de presenciar o
movimento das imagens. Foi através do seu estudo que foi possível a invenção dos brinquedos óticos que
eventualmente ficaram muitos famosos no início do século XIX. Estes brinquedos óticos são muito
importantes para a evolução do cinema de animação e até hoje, alguns deles, são utilizados como forma
de entretenimento, mesmo tendo nomes bem diferentes, tais como: taumatrópio, fenacistoscópio,
zootrópio, praxinoscópio, e o flipbook. Cada invenção era inspirada na maneira em que brinquedo anterior
funcionava, o que permitia cada vez mais um melhoramento da ilusão do movimento.
Taumatrópio
Este brinquedo, também conhecido como “Maravilha Giratória” (em inglês, Wonderturner) teve como
objetivo justificar um fenómeno de ilusão ótica denominada persistência retiniana. Em 1824, o médico
britânico, teólogo e lexicógrafo Peter Mark Roget, publicou um artigo na Royal Society de Londres
intitulado The Persistence of Vision with Regard to Moving Objects (“A persistência da Visão no que
Concerne à Objetos em Movimento”) um estudo onde mostrava como o olho humano era capaz de reter
uma imagem por uma fração de segundo na nossa retina. O Peter demonstrou que ao combinar várias
imagens vistas em sequência, com uma pequena alteração entre elas, o nosso corpo consegue ver as

imagens como se estivessem em movimento.

Por volta de 1825, o taumatrópio foi construído para demonstrar a teoria do Princípio da Persistência
Retiniana, que consiste num fenómeno ou numa ilusão provocada por um objeto visto pelo olho humano e
que persiste na retina por uma fração de segundo após a sua perceção. E para demonstra-lo utilizou
desenhos de um pássaro e uma gaiola vazia para causar a ilusão de que o pássaro estava dentro da
gaiola.

O Taumatrópio é um jogo muito simples e de pouca dificuldade de execução. Consiste num disco
giratório com imagens diferentes em ambos os lados e um pedaço de fio em cada um dos lados do disco.
Esticando o fio entre os dedos, ambas as imagens se unem fazendo com que o disco gire e mude de lado
rapidamente. A rapidez do movimento giratório produz, oticamente, a ilusão de que ambas imagens estão
juntas e se fundem criando apenas um desenho.

Uma boa vantagem deste invento é a rapidez com que pode ser realizado e a sua desvantagem é que
só consegues realmente ver o efeito da ilusão se esta em constante movimento, este movimento tem der
ser rápido já que o objetivo deste é ver só uma imagem.
Fenacistoscópio

Considerado um dos primeiros métodos de animação através da imagem. Seu nome é derivado do
grego, significa espectador ilusório. É um dispositivo inventado por Joseph Plateau, físico e matemático
belga, para demonstrar a sua teoria da persistência na retina em 1829. Pouco depois da sua invenção,
Plateau descobriu que o número de imagens para criar uma ilusão de movimento ótima era 16, o que
posteriormente utilizariam os primeiros cineastas usando 16 fotogramas por segundo para as primeiras
películas.

O fenacistoscópio consiste em vários desenhos de um mesmo objeto, em posições ligeiramente


diferentes, distribuídos por uma placa circular lisa. Quando essa placa gira em frente a um espelho, cria-se
a ilusão de uma imagem em movimento.

Esta invenção inspirou a vários acadêmicos da área ótica, tal como Eadwaeard Muybridge, considerado
por muitos como o pai do cinema devido aos seus estudos sobre movimento relacionados a imagem, com
estudos de movimentos. O Muybridge criou uma outra versão deste aparato, o Zoopraxiscópio, que usava
fotografias no lugar da ilustração. Um exemplo famoso sendo a sequência rápida de fotografias para
captar o andar de um cavalo. O princípio do cinema é o mesmo da animação: A imagem em movimento, o
diferencial é o mesmo das invenções de Plateau e Muybridge, um vem do desenho, outro da fotografia.

O fenacistoscópio só consegues ver o desenho a funcionar através de um espelho, ou seja, precisa


sempre do tal objeto para conseguir ver o movimento. Outra delas é ter que realizar uma sequência de
imagens que façam sentido numa base circular. Mas tem também
Folioscópio

O primeiro Flipbook (ou Folioscópio) foi inventado por John Barnes Linnett, impressor litográfico
britânico. Embora o francês Pierre-Hubert Desvignes seja creditado como o inventor do flipbook, Linnett foi
o primeiro a patentear a invenção, em 1898, com o nome de ‘e’kineógrafo. Foi a primeira forma de
animação de imagens a usar uma sequência linear, substituindo a sequência circular dos outros óticos.

O Flipbook é um livro de pequenas dimensões com um conjunto de imagens (em desenho ou


fotografia) que variam ligeiramente de página para página. Quando se desfolha rapidamente o livro, as
imagens criam um efeito de animação, como se estivessem em movimento. Tal como outros brinquedos
óticos, baseia-se no princípio da “persistência retiniana” para dar uma noção de movimento. Esta ilusão só
funciona se as páginas mudarem muito rapidamente. O modo mais comum de ‘ler’ um Flipbook é segurar
o livro numa mão e desfolhar rapidamente (usando o polegar da outra mão).

Os Flipbooks tiveram bastante divulgação, funcionando também como artigos de marketing para
publicitar os mais variados produtos. Em 1895, Herman Casler patenteou uma forma mais complexa,
montando as fotografias num cilindro rotativo dentro de uma caixa, por onde o espectador espreitava,
depois de introduzir uma moeda (tal como no cinescópio de Edison), sendo este o “Mutoscópio” e
manteve-se muito popular até meados do século XX. Nos finais deste ano foi instalado um sistema de
espelhos no Mutoscópio permitindo a projeção de imagens fotográficas animadas. O resultado foi um novo
instrumento chamado Biógrafo.

Esta ilusão ótica é muito demorada e trabalhosa dado a que tens de realizar cada fragmento do
movimento em folhas diferentes para assim criar a ilusão de que tal desenho se encontra em movimento,
tens de ter cuidado com a centralização das folhas para que faça sentido. Por outro lado, levou a grandes
invenções.
Pixilação

  A pixilação existe desde os primeiros filmes, em suas primeiras formas poderá ser visualizada na década
de 1910. Embora não decolou até os anos 1950 com um homem chamado Norman McLaren, este foi um
dos importantes animadores escoceses voltados para a animação artística, e este realizou o filme mais
famoso em pixilação “Neighbours”. A trama do filme reflete temas antiguerra por meio de dois vizinhos
rivais, dois homens, Jean-Paul Ladouceur e Grant Munro , vivem pacificamente em casas de papelão
adjacentes. Quando uma única pequena flor desabrocha entre suas casas, eles lutam até a morte pela
posse daquela flor. A moral do filme é, simplesmente, ame o seu próximo.

É uma técnica de animação em movimento onde atores ao vivo são filmados quadro a quadro, posando
repetidamente enquanto um ou mais quadros são tirados e mudando a pose ligeiramente antes do
próximo quadro ou quadros. É um efeito especial que cria uma aparência de magia: personagens que
voam, se deslizam sem mover as pernas, objetos ou personagens que aparecem de repente, movimentos
impossíveis na realidade, etc. É uma técnica que é frequentemente utilizada como uma forma de misturar
atores ao vivo com personagens animados em um filme, como em As Aventuras Secretas de Tom
Thumb dos Irmãos Bolex.

Este processo é semelhante com o flipbook, mas este é realizado através fotos, cada fragmento
tem de ser capturado numa foto para conseguir o efeito desejado, é igual de trabalhoso, mas este já é
realizado com atores ou mesmo com objetos.

Um dos primeiros exemplos da pixilação é Hôtel électrique de 1908 e o filme de Émile Cohl de
1911, Jobard ne peut pas voir les femmes travailler (Jobard não consegue ver as mulheres trabalhando).

Em Hôtel électrique (1908), os cabelos de Julienne


Mathieu parecem escovar-se, um dos primeiros usos
da animação pixilação no cinema.
Stop-motion

O stop motion começou com o ilusionista e cineasta francês George Mélies (cujo nome de bautismo é
Marie George Jean Mélies) famoso por liderar muitos desenvolvimentos técnicos e narrativos no nascer do
cinema. O cineasta George gravou um stop motion sem querer enquanto gravava um filme e passou a
utilizar a técnica. Posteriormente, ele gravou o famoso filme Viagem à Lua, em 1902, que conta sobre a
viagem dos humanos desembarcando no satélite.

Stop-Motion é uma técnica usada para animar objetos de qualquer tipo, normalmente feito com
materiais que pudessem durar meses como plasticina ou madeira já que este tipo de animação demora
meses a ser realizado. Criava-se um sistema que permitisse capturar imagens estáticas e reproduzi-las
em sequência. A princípio esta técnica foi utilizada para criar efeitos visuais em filmes com atores, mas
neste caso, utilizava-se bonecos com um sistema de articulações internas que permitiam movimentos de
juntas, estes bonecos eram posicionados em maquetes que reproduziam cenários reais, posteriormente os
bonecos eram submetidos a pequenos movimentos, uma câmara capturava as imagens e a seguir o
animador submetia o boneco a outro movimento, repetia-se este mesmo procedimento até a produção do
movimento completo da cena. Estas imagens eram montadas numa sequência para gerar a ilusão de
movimento.

Este processo é detalhado e com um grau grande de dificuldade já que se falhas num quadro o filme
inteiro pode ficar estragado. O stop-motion por outro lado deu inicio ao mundo do cinema graças a junção
de fotografias.

 Cientificamente, é uma ilusão de ótica na qual o cérebro humano é exposto quando vê doze quadros
por segundo ou mais, num fenômeno conhecido como Persistência Retiniana. Com o tempo, os filmes
tiveram um número maior de quadros e, são atualmente utilizados, em média, 24 quadros por segundo de
animação. Ou seja, para fazer um minuto de filme, são necessárias 1.440 fotos.
Le Voyage dans la lune  ( a Viagem à Lua) é
um filme francês do ano de 1902. Foi baseado em dois
romances populares de seu tempo: De la Terre à la Lune,
de Julio Verne e The First Men in the Moon, de H. G.
Wells.

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