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10/01/2017 Diagramação 

no Brasil: conceitos e histórico

Modelos de TCC e monografia conforme ABNT
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Meira da Rocha Jornalismo Online, Planejamento Gráfico, mídias digitais

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Diagramação no Brasil: conceitos e histórico
Por
José Antonio Meira da Rocha
– 13 de junho de 2007Publicado em: Design Gráfico, Diagramação, Editoração, Jornalismo

Compilação por prof. MS. José Carlos Hofmeister

Pelo Conceito técnico (até início da década de 90, diagramar é criar e executar, segundo as linhas Conceição
de Ibitipoca Paraty Chalés Picharro
fundamentais do planejamento gráfico e de acordo com critérios jornalísticos e artístico­visuais, a Janela do Céu
Casa Cachoeira
Poço da Laje
distribuição gráfica das matérias a serem publicadas em veículo impresso e prepará­las para as From From

R$243 R$140
oficinas.

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A diagramação é uma arquitetura de formas. É uma arte artesanal cujo resultado(..)nos dará a
mensagem da comunicação visual, qualitativamente distinta da mensagem específica de cada
componente da mesma página. É a comunicação linear consagrando o dinamismo pela associação
de imagens.
Isto é a média de quanto o Brasil está
perdendo com a sonegação de impostos,
de 01/01/2017 até 10/01/2017
Clara Conti

De forma geral, diagramar consistia em: 139.824.092.96,28
1. Elaborar ráfis e/ou layouts para o material recebido pelo editor, depois de ter discutido com Saiba mais em sonegometro.com
ele, quando necessário, possíveis alterações;
2. Calcular o espaço que as diversas matérias ocupariam quando impressas, adequando­as ao
espaço real existente, mediante cortes e acréscimos sugeridos pelo/ao editor;
3. Riscar o diagrama (ou espelho) com as representações específicas para as matérias;
4. Marcar nos originais de texto, família, corpo, entrelinhado, número de paicas e todos os outros Novidades
recursos que se queria utilizar;
5. Marcar também nos originais de ilustrações o tamanho de sua reprodução e as características Todo dia é dia de rádio
com que serão impressas; Conteúdo 3D na Web
6. Retrancar todos os originais e os espaços onde foram representados no diagrama, liberando­os Instituto Brasileiro de
para as oficinas. (Retrancar, neste contexto, era colocar nos originais e no diagrama indicações Planejamento e Tributação
que linquem o material com a página correta). (IBPT) manipula a imprensa
Como achei a fazenda da
Hoje, diagramador e editor devem se reunir para desenhar a página antes de qualquer matéria ser senadora golpista Ana Amélia
escrita. Com a técnica de pré­diagramação, o editor sabe exatamente quantos caracteres escrever e as Como modificar a ROM de tablet
proporções das fotos ou desenhos. Allwinner A10 (Wei Wide Pro
BC1003)
Primórdios da diagramação no Brasil
Editorias
“Muito nova,(…) é a diagramação no Brasil. Durante a Segunda
Guerra Mundial, um novo padrão de gosto circulou aqui nas Diagramação é a 3D
revistas que relatavam o esforço de guerra, impressas em consciência dos ABNT
português nos Estados Unidos. O prestígio das técnicas de elementos gráficos Academia
diagramação data desse tempo; em particular, de 1941, quando o com a estética, o ADSL
argentino Guevara veio ao Brasil para trabalhar no jornal Meio liame (ligação) entre Android
Dia. Antes disso, os secretários de jornal costumavam entregar à a técnica do jornal e Banda larga
oficina um boneco (ou boneca), espelho falso desenhado em uma a arte de Celular
lauda com oito dobras ou traços verticais, querendo marcar as apresentação. Em Cibercultura
colunas. Ali figuravam os títulos principais, mas não havia outra palavras, a Cibernética
possibilidade de cálculo gráfico e a unidade da página se diagramação busca Computadores
prejudicava. Toda vez que se impunha obedecer ao boneco, eram dar o padrão de Comunidades
inevitáveis os cortes com remissão a outras páginas. A escolha de representação CSS
tipos cabia ainda em geral à oficina, de vez que não vigoravam gráfica, ligando Database
padrões de uniformidade tipográfica.”O boneco é, de certa harmonia e técnica. Design Gráfico
forma, uma técnica pré­industrial que fica entre a antiga
Diagramação
http://meiradarocha.jor.br/news/2007/06/13/diagramacao­no­brasil­conceitos­e­historico/ 1/4
10/01/2017 Diagramação no Brasil: conceitos e histórico
paginação (presa à tradição de raízes medievais, atulhada de Direito
regras mais ou menos arbitrárias e repetidas sempre, com zelo, Juarez Bahia Editoração
sem críticas, pelo artífice­paginador das ramas), e o moderno Educação
planejamento visual, que leva em conta os elementos estéticos e Fontes
semânticos do discurso gráfico, com aberturas para a inovação e a definição orgânica de Forth
estilos. De resto, na antiga oficina em que se paginava pelo método tradicional, a própria fotografia
estrutura industrial impediria a fabricação de produto diferente: a qualidade da empresa Games
se media pelo tamanho do catálogo de tipos, fios e enfeites. Apesar das linotipos, serras Geral
e calandras, predomina um espírito artesanal que continuava a própria aventura boêmia GIS
do jornalismo. Google Earth
Impressora
“A diagramação dos argentinos também não representou um passo definitivo. Ainda na InDesign
década de 50, predominava uma ditadura que propunha um duvidoso conceito do “belo” Internet
sobre a conveniência funcional do veículo. Caso muito comum era desenhar o diagrama Investigação
da primeira página na antevéspera para dar tempo à desaparelhada oficina de realizá­lo, Jornalismo
assim transferindo ao talento do secretário a incumbência de colocar na grande manchete Jornalismo Online
ou no pequeno título as matérias do dia, houvesse ou não matérias que merecessem tanto LibreOffice
ou tão pouco destaque. Links
Linux
“Na mesma época de 50, as técnicas de diagramação avançaram pouco a pouco, Livros
sobretudo nas revistas ilustradas, com o lançamento de Manchete e as formas gráficas de Macintosh
O Cruzeiro. Mas o episódio marcante foi, sem dúvida, a renovação do Jornal do Brasil, Mapas
inspirada em modelos formais da arte concretista e com certa preocupação funcional que Mídia
não esqueceu os novos estilos de redação, a valorização das fotografias e o Mídias digitais
aprimoramento do cálculo gráfico, de modo a eliminar cortes e espacejamentos. A Mobilidade
maioria dos jornais brasileiros adotou a diagramação a partir dos êxitos alcançados, em Modelos
prestígio e eleitores “de qualidade”, pelo Jornal do Brasil. Monografia
Moodle
“A grande invenção do Jornal do Brasil foi despojar o espaço do jornal de elementos Net Virtua
estéticos irracionais, que apenas acrescentavam ruído à informação léxica. Os postulados OLPC
dessa diagramação, no entanto, com as limitações mesmas da escola artística que a PageMaker
gerou, aproximam­se em demasia de uma camisa­de­força atando a criatividade. Política
Observe­se que o Jornal do Brasil, tanto o que foi planejado por Amilcar de Castro, PostScript
quanto o que se faria posteriormente, com contribuições de Reinaldo Jardim, Alberto Press Release
Dines e outros, incorpora muitos dois princípios defendidos por Jack Z.Sissors, Programação
professor de Jornalismo da North­Western University, em artigo no The Bulletin. Ora, Python
esses princípios derivam servilmente da arte grega e nada há que os torne imperiosos. Rádio
Na realidade, tanto do ponto de vista artístico quanto de uma perspectiva mais própria da Scribus
comunicação, pouco importa se consideramos o estilo de O Dia, de O Globo, do Jornal Sistemas Geográficos
do Brasil, do Jornal da Tarde ou dos tablóides sulinos como Zero Hora; sempre há que se software livre
fazer bem feito o trabalho. (…)” Tecnologia
Telefonia
* MATTOS, Manoel José de. Percepção e diagramação criadora. In: Comum, Rio de Janeiro, Tipografia
julho/setembro de 1978, v.1, nº3, p.6 TV
Video
Breve retrospectiva da diagramação no Brasil Web
WiFi
Início dos anos 40 Windows

O argentino GUEVARA veio ao Brasil para trabalhar no jornal MEIO­DIA, no Rio, em 1941. Administração
Tenta introduzir o cálculo de texto.
Ele e mais outro argentino, Parpagnoli, constituíram a chamada “escola argentina” de Fazer login
paginação no jornalismo brasileiro. Posts RSS
A escola argentina era uma imitação de escolas clássicas como inglesas e francesas. Usavam e RSS dos comentários
abusavam de ornamentos e negativos, grisês, excessos de fios, boxes etc. WordPress.org
Ainda no final da década de 40 e meados de 50, a lauda padronizada era raridade e a contagem
praticamente inexistia.

Início dos anos 50 Sobre o Tema Arras para WordPress
Aparece a escola CONCRETISTA. Desenvolve­se entre artistas soviéticos no início do século Copyright Meira da Rocha. All Rights Reserved.
e se caracteriza pela disposição RIGIDAMENTE FORMAL do espaço, das massas e dos
volumes, e com a utilização de materiais e técnicas industriais modernas (plásticos, vidros etc).
É o despojamento, a simplificação da apresentação e arranjo dos recursos gráficos.
Valoriza­se o branco. Eliminam­se vinhetas, fios e enfeites.
Revistas brasileiras foram as primeiras a receber influência, em especial a Manchete, em 1955,
que inspirou a reforma do JB, marcando o início verdadeiro da valorização da linguagem
visual no país.
“A origem de tudo está na experiência espacial dos artistas concretos(…)”, diz Gullar.

Final da década de 50
Mudanças propostas e colocadas em prática por AMILCAR DE CASTRO, um escultor
brasileiro que circulava por galerias de arte americanas.
Castro foi descoberto por OTTO LARA RESENDE, seu colega na Faculdade de Direito de
Belo Horizonte, que o levou para a revista Manchete.
O despojamento gráfico aparece no jornal diário com a reforma do JORNAL DO BRASIL na
fase de Odylo Costa (filho). JANIO DE FREITAS leva Castro para o JB. A inspiração de
Amilcar é a paginação do Paris­Match. (Não esquecer a leitura obrigatória: LESSA,

http://meiradarocha.jor.br/news/2007/06/13/diagramacao­no­brasil­conceitos­e­historico/ 2/4
10/01/2017 Diagramação no Brasil: conceitos e histórico
Washington Dias. Dois estudos de comunicação visual. Rio de Janeiro: Univ. Fed. Rio de
Janeiro, 1995. (1ª parte)

Obs. A possibilidade do cálculo gráfico — o pré­estabelecimento do tamanho que os textos ocuparão
na página — só se configurou após a adoção generalizada das LAUDAS.

As mudanças implantadas por Amilcar de Castro
propõe páginas com a verticalidade da composição num confronto com a horizontalidade;
cria jogos de matérias simétricas com outras assimétricas;
retira quase todos os fios;
amplia o claro (canal) entre as colunas;
adota títulos em caixa baixa;
padroniza o tamanho e tipo de fontes;
matérias e títulos sem dobras ou joelhos que prejudiquem a forma retangular da composição;
no projeto original, as matérias não passariam de uma lauda e meia (na tipografia, resultava
retângulos próximos à proporção áurea, em duas colunas)
uso da lauda padrão de 30 linhas com 72 batidas;
valorização do material fotográfico, cuja retícula escura servia para trabalhar o equilíbrio
estético.

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Sobre José Antonio Meira da Rocha

Jornalista, professor de Planejamento Gráfico e Mídias Digitais da Universidade Federal de Santa
Maria, campus da cidade de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil. Doutorando em
Design na UFRGS, Porto Alegre, Brasil, 2014.

6 Comments

1.  Responder

 jusseli Maria Rocha
Publicado julho 2, 2011 em 2:11 PM

Obrigada pelo material sobre diagramação. Sou acadêmica do primeiro ano de Artes Visuais
(FURG, Rio Grande,RS) e vou apresentar seminário sobre “Artes Plásticas e Desenho
Gráfico:Amilcar de Castro e Joseph Beuys”. Será muito útil. Jusseli

2.  Responder

 Sandra
Publicado maio 11, 2009 em 11:33 PM

José Antônio, você poderia me indicar textos que trabalhem a perspectiva de leitura crítica de
jornais a partir da arquitetura gráfica?
Confesso que a pergunta pode estar errada, posso não saber, na realidade, focar meu interesse.
Mas, a idéia é pensar que – respeitada as regras definidas para uma edição – há um campo,
mínimo que seja, em que o diagramador pode escolher determinados elementos. Existe um
momento anterior (que é do próprio sujeito, percepção, preconcepções, predefinições, não sei)
em que ele faz as suas escolhas. Vamos nos falando, será possível?

3.  Responder

 Cesar Medeiros
Publicado fevereiro 9, 2009 em 4:27 PM

José Antonio Meira da Rocha,

Parabéns por rememorar, com tua matéria, o grande protagonista das artes gráficas no Brasil,
Amilcar de Castro.

4.  Responder

 Sandra
Publicado novembro 10, 2008 em 10:09 AM

http://meiradarocha.jor.br/news/2007/06/13/diagramacao­no­brasil­conceitos­e­historico/ 3/4
10/01/2017 Diagramação no Brasil: conceitos e histórico
Caríssimo
Sou uma apaixonada pela arte da diagramação, apesar de ter trabalhado somente em jornal
impresso. Gostei muito das dados sobre a subjetividade discursiva da arquitetura gráfica, você
poderia me ajudar.
obrigada

5.  Responder

 Abner Rabelo
Publicado setembro 11, 2008 em 3:33 PM

Prezado Meira, esse Guevara que trouxe técnicas novas de diagramação para o Brasil – foi o
mesmo Che Guevara?

Responder

 José Antonio Meira da Rocha
Publicado setembro 11, 2008 em 4:43 PM

Olá, Abner.
Este era outro Guevara. Talvez parentes, não sei dizer…

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