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O que é consumismo?

O consumismo é o hábito de adquirir produtos e serviços sem precisar


deles. É a compra pelo desejo, e não pela necessidade.
Geralmente, é marcado pelas compras por impulso e estimuladas
pela ansiedade. Em casos mais graves, pode vir a se tornar
uma compulsão.
Além disso, o consumismo está ligado à noção de que comprar
mais vai trazer sensações de felicidade e prazer momentâneo.

É também resultado da influência de propagandas abusivas, que


insistem em relacionar o consumo à felicidade e, muitas vezes, criam
uma imposição de necessidades, mostrando como certos produtos ou
serviços são capazes de tornar a vida das pessoas melhor.
O maior problema surge quando o consumismo fica tão intenso
que evolui para um comportamento compulsivo.
Por exemplo: há quem use as compras como um gatilho para
ajudar a melhorar o humor e, por isso, frequentam o shopping sempre
que se sentem estressados ou angustiados.
São consumidores que precisam de ajuda, porque muitas vezes se
endividam devido à falta de planejamento financeiro e de prioridade de
despesas.
Inclusive, o consumismo tem uma outra face — também
problemática —, que é o consumismo infantil.
Quando os produtos são associados a brindes, a personagens
famosos ou a campanhas de publicidade que focam em despertar a
atenção das crianças, os pequenos conseguem facilmente influenciar a
decisão dos pais, especialmente em datas comemorativas.
Mas sabemos que não é só no Dia das Crianças e no Natal que os
consumidores compram além do necessário.
O Dia das Mães, o Dia dos Pais e o Dia dos Namorados também
são exemplos de datas em que as pessoas se sentem induzidas a irem
às compras.

Pergunta: Como você se comporta, enquanto consumidor, nas datas


comemorativas, em que as pessoas se sentem induzidas a comprar?

São muitas as marcas conhecidas

São muitas as marcas conhecidas.


Algumas são os nomes das firmas que fabricam os
produtos; outras, os nomes dos próprios produtos; outras,
ainda, um simples desenho, um símbolo, uma letra, que
fazem a gente imediatamente identificar o produto.
Esses desenhos, essas letras, esses símbolos são
chamados de logotipos. E são criados e desenhados por
artistas especializados em comunicação visual.
Pela TV, [...] os programas mostram as marcas das
formas mais variadas e movimentadas. Andando na rua,
basta observar, as marcas estão em todos os lugares, na
frente dos bancos, dos postos de gasolina, das farmácias,
das lojas, dos supermercados.
E estão também nos automóveis, nas camisetas que
as pessoas usam, nas calças, nos sapatos, nas bolsas...
Sem dúvida, existem marcas boas, que oferecem
qualidade e preço justo do produto, nas quais o
consumidor adquire confiança.
Como também existem as marcas que se
aproveitam de certas modas ou da fama e cobram muito
mais do que realmente o produto vale.
Será que vale a pena fazer grandes sacrifícios,
pagar muito dinheiro, só para ter uma determinada marca
e se exibir para sua turma?
Ou será que você também é um produto que vai ser
vendido, e a marca que você comprou funciona como sua
embalagem?

O menino e o arco-íris

Era uma vez um menino curioso e entediado. Começou assustando-se


com as cadeiras, as mesas e os demais objetos domésticos. Apalpava-
os, mordia-os e jogava-os no chão: esperava certamente uma resposta
que os objetos não lhe davam. Descobriu alguns objetos mais
interessantes que os sapatos: os copos – estes, quando atirados ao
chão, quebravam-se. Já era alguma coisa, pelo menos não
permaneciam os mesmos depois da ação. Mas logo o menino (que era
profundamente entediado) cansou-se dos copos: no fim de tudo era
vidro e só vidro.
Mais tarde pôde passar para o quintal e descobriu as galinhas e as
plantas. Já eram mais interessantes, sobretudo as galinhas, que
falavam uma língua incompreensível e bicavam a terra.
Conheceu o peru, a galinha-d´Angola e o pavão. Mas logo se
acostumou a todos eles, e continuou entediado como sempre.
Não pensava, não indagava com palavras, mas explorava sem cessar a
realidade.
Quando pôde sair à rua, teve novas esperanças: um dia escapou e
percorreu o maior espaço possível, ruas, praças, largos onde meninos
jogavam futebol, viu igrejas, automóveis e um trator que modificava um
terreno. Perdeu-se. Fugiu outra vez para ver o trator trabalhando. Mas
eis que o trabalho do trator deu na banalidade: canteiros para flores
convencionais, um coreto etc. E o menino cansou-se da rua, voltou para
o seu quintal.
O tédio levou o menino aos jogos de azar, aos banhos de mar e às
viagens para a outra margem do rio. A margem de lá era igual à de cá.
O menino cresceu e, no amor como no cinema, não encontrou o que
procurava. Um dia, passando por um córrego, viu que as águas eram
coloridas. Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!
Desde então, todos os dias dava um jeito de ir ver as cores do córrego.
Mas quando alguém lhe disse que o colorido das águas provinha de
uma lavanderia próxima, começou a gritar que não, que as águas
vinham do arco-íris. Foi recolhido ao manicômio.
E daí?

Capitães de Areia - Fragmento


Jorge Amado

O romance Capitães da Areia, de Jorge Amado, é um documento


sobre a vida dos meninos de rua de Salvador. A sua primeira edição
(1937) foi apreendida e queimada em praça pública pouco depois de
implantada a ditadura de Getúlio Vargas. No trecho a seguir, o narrador
nos conta como Pedro Bala, aos quinze anos, assumiu a liderança de
um grupo que dormia num velho armazém abandonado do cais do
porto.
"É aqui também que mora o chefe dos Capitães da Areia: Pedro
Bala. Desde cedo foi chamado assim, desde seus cinco anos. Hoje tem
quinze anos. Há dez que vagabundeia nas ruas da Bahia. Nunca soube
de sua mãe, seu pai morrera de um balaço. Ele ficou sozinho e
empregou anos em conhecer a cidade. Hoje sabe de todas as suas
ruas e de todos os seus becos. Não há venda, quitanda, botequim que
ele não conheça. Quando se incorporou aos Capitães da Areia (o cais
recém-construído atraiu para suas areias todas as crianças
abandonadas da cidade) o chefe era Raimundo, o Caboclo, mulato
avermelhado e forte.
Não durou muito na chefia o caboclo Raimundo. Pedro Bala era
muito mais ativo, sabia planejar os trabalhos, sabia tratar com os
outros, trazia nos olhos e na voz a autoridade de chefe. Um dia
brigaram. A desgraça de Raimundo foi puxar uma navalha e cortar o
rosto de Pedro, um talho que ficou para o resto da vida. Os outros se
meteram e como Pedro estava desarmado deram razão a ele e ficaram
esperando a revanche, que não tardou. Uma noite, quando Raimundo
quis surrar Barandão, Pedro tomou as dores do negrinho e rolaram na
luta mais sensacional a que as areias do cais jamais assistiram.
Raimundo era mais alto e mais velho. Porém Pedro Bala, o cabelo loiro
voando, a cicatriz vermelha no rosto, era de uma agilidade espantosa e
desde esse dia Raimundo deixou não só a chefia dos Capitães da
areia, como o próprio areal. Engajou tempos depois num navio.
Todos reconheceram os direitos de Pedro Bala à chefia, e foi
dessa época que a cidade começou a ouvir falar nos Capitães da areia,
crianças abandonadas que viviam do furto."

Entendendo o romance:

01 – Pela leitura do texto, pode-se concluir que o


romance pretende denunciar que tipo de problema?

02 – Que fato da vida de Pedro Bala pode ser


considerado como o elemento desencadeador de sua
vida de menino de rua?

03 – Que características de Pedro Bala fizeram dele líder


do grupo?

04 – Mesmo sendo um grupo de marginalizados, os


meninos demonstravam senso de justiça entre os
membros do grupo. Que fato narrado comprova essa
afirmação?

O QUE É DENGUE?

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução


benigna na maioria dos casos. O seu principal transmissor é o mosquito
Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. No
Brasil, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes
aegypti possibilitaram o avanço da dengue.
O vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1,
DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção
permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e
temporária contra os outros três.
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A
transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias
contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus
da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do
seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes
com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de
uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos
adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em
velocidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45
dias.
Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se
tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue,
que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
O indivíduo não percebe a picada do mosquito, pois não dói e nem coça
no momento.
Os sintomas mais comuns são: febre, dores no corpo
(principalmente nas articulações) e dor de cabeça. Também podem
aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos,
sangramento, mais comum nas gengivas.
Para evitar o mosquito da dengue, é preciso eliminar os focos de
reprodução. Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é
preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros
desse inseto. Por exemplo: uma bacia no pátio de uma casa é um risco,
porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá
depositar os ovos neste local. Então, o único modo é limpar e retirar
tudo que possa acumular água e oferecer risco. Em 90% dos casos, o
foco do mosquito está nas residências.

1) De acordo com o texto, dengue é:


( ) uma doença.
( ) um mosquito.
( ) uma pessoa infectada.

2) Aedes aegypti, por sua vez, é como chamamos:


( ) a doença.
( ) o mosquito transmissor da doença.
( ) a pessoa infectada pela doença.

3) Segundo o texto, como a dengue é transmitida?

4) Releia: “A dengue é uma doença febril aguda”. O que


significa o adjetivo febril nesse trecho?

5) Quais são os sintomas da doença?

6) Como podemos ajudar a prevenir a doença?

7) Qual a importância desse texto informativo?


De olho no meio ambiente


Você toma banho, viaja, compra coisas, come, vai à escola e faz as
mesmas coisas que quase todo mundo faz. E a gente pode não
perceber, mas todas essas ações causam impacto na natureza.
Faz pouco tempo que a humanidade começou a se preocupar com
isso. Antigamente, as pessoas não tinham consciência de que suas
ações afetavam a vida de outros seres. A população era bem menor, e
o modo de vida era muito diferente.
Assim, usar madeira de uma árvore para fazer uma casa não seria
um problema. Mas, para erguer uma cidade, uma floresta inteira
poderia ser destruída, mudando a vida de muitos seres. Além disso,
com uma população maior, há mais interferência no ambiente para ter
plantações, ruas, indústrias e fontes de energia.
Graças aos avanços da ciência, pouco a pouco, o homem foi
percebendo que causava desequilíbrio no ambiente e descobrindo
quanto isso era grave.
Preocupado, em 1866, o alemão Ernest Haeckel criou um termo
para definir uma ciência que estava surgindo: a ecologia, que estuda a
relação dos seres vivos com o meio ambiente.
Mas foi só no século 20 que o assunto passou a ser mais
discutido. Em 5 de junho de 1972, foi realizada a primeira Conferência
Mundial sobre Meio Ambiente para destacar a importância de proteger a
natureza e melhorar as condições de vida do planeta. A data foi
escolhida como Dia Mundial do Meio Ambiente. Hoje, todos sabem que
é importante preservar a natureza, e a data serve para lembrar que
devemos pensar sobre o problema.
A cada ano, nascem 77 milhões de pessoas. É mais gente
consumindo produtos e recursos naturais. Aí, as indústrias produzem
mais, muitas poluem o ar, as águas e o solo. Lixo, contaminação dos
mares e poluição do ar e do solo não são ruins só para os humanos. Se
outros seres vivos ficam sem alimento ou casa, podem desaparecer,
piorando o desequilíbrio ecológico.
Além de tentar recuperar o que foi destruído, temos de encontrar
soluções para que as pessoas vivam bem sem prejudicar a natureza.
Hoje, há cerca de 6,5 bilhões de pessoas na Terra. Calcula-se que, em
2050, sejam mais de 9 bilhões. Se toda essa turma ajudar, a Terra
poderá se tornar um lugar melhor para os habitantes de todas as
espécies.

1) Esse é um exemplo de texto informativo. Qual o assunto dele?

2) Releia a frase: “E a gente pode não perceber, mas todas essas


ações causam impacto na natureza.” (linhas 2-3). A expressão essas
ações retoma uma informação anterior. Que ações são essas?

3) O autor do texto afirma que, por alguma razão, o homem tomou


consciência de que suas ações prejudicavam a natureza. Qual o trecho
que aponta essa razão?
( ) “Antigamente, as pessoas não tinham consciência de que suas
ações afetavam a vida de outros seres.”
( ) “Graças aos avanços da ciência, pouco a pouco, o homem foi
percebendo que causava desequilíbrio no ambiente e descobrindo
quanto isso era grave.”
( ) “Mas foi só no século 20 que o assunto passou a ser mais
discutido.”

4) Releia: “Você toma banho, viaja, compra coisas, come, vai à escola e
faz as mesmas coisas que todo mundo faz” (linhas 01-02). Podemos
dizer que no trecho predomina:
( ) uma sequência de acontecimentos; verbos de ação.
( ) a descrição de como algo é ou era; estados permanentes ou
momentâneos.

5) Já no trecho: “A população era bem menor, e o modo de vida era


muito diferente” (linhas 5-6). Podemos dizer que no trecho predomina:
( ) uma sequência de acontecimentos; verbos de ação.
( ) a descrição de como algo é ou era; estados permanentes ou
momentâneos.

TEXTO INFORMATIVO: UM TERÇO DOS JOVENS SE


ARREPENDE DO QUE ESCREVE EM REDES SOCIAIS

Você é desses que posta e vai correndo apagar antes


que vejam?

Desde que as redes sociais foram criadas, há pelo


menos uma sensação negativa recorrente em uma boa
parcela de usuários: o arrependimento. Quem nunca
falou algo no calor da emoção – ou com a coragem do
álcool – no Orkut, Twitter, Facebook e pensou, momentos
mais tarde: “Putz! Não devia ter postado isso”? Se você
faz parte desse grupo, relaxe: você não está sozinho.
Uma pesquisa feita pelo site FindLaw.com com mil
pessoas entre 18 e 34 anos de idade mostrou que 29%
deles têm medo que uma foto, comentário ou outro tipo
de informação pessoal postada em redes sociais possa
lhes comprometer na hora de buscar um emprego.

De acordo com o estudo, esse temor fez com que 74%


dos entrevistados eliminasse algum post no Twitter,
Facebook, Instagram, Pinterest ou Tumblr para evitar
reações negativas de futuros superiores. Entre adultos
mais velhos, entre 35 e 64 anos de idade, o medo é bem
menos presente: apenas 36% já deletaram algum
conteúdo por essas razões.
“O melhor é pensar que tudo o que você posta pode
viver para sempre na internet e pensar bem nisso antes
de apertar o botão Postar”, disse Stephanie Rahlfs,
advogada e editora no FindLaw.com.

1) O texto “Um terço dos jovens se arrepende do que


escreve em redes sociais” apresenta:
( ) uma notícia.
( ) um resultado de pesquisa.
( ) um conjunto de instruções.

2) Segundo o texto, por que as pessoas se


arrependem de ter postado algo coisa nas redes sociais?

3)Você utiliza alguma rede social ou site de


compartilhamento de fotos e/ou vídeos como o Facebook,
Twitter, Youtube, Instagram, etc.? Se sim, já se
arrependeu de ter postado algo? Por quê?

4) O que você acha da exposição da vida das pessoas


na internet? Quais as vantagens e desvantagens de
participar de uma rede social?

5) Releia o título: “Um terço dos jovens se arrepende


do que escreve em redes sociais”. O termo em destaque
é um exemplo de:
( ) pronome.
( ) advérbio.
( ) numeral.

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