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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
índice
Prefácio ............................................................................................................................................................................... 7
Introdução .......................................................................................................................................................................... 8
Actividade económica e a contabilidade........................................................................................................................ 8
CONHECENDO CONTABILIDADE ......................................................................................................................................... 8
Surgimento e Origem da Contabilidade ............................................................................................................................. 8
Objecto de estudo da Contabilidade ................................................................................................................................ 10
Conceito de Contabilidade ............................................................................................................................................... 11
Objectivos da Contabilidade............................................................................................................................................. 11
Contabilidade e suas funções ........................................................................................................................................... 12
Usuários da Contabilidade................................................................................................................................................ 13
Usuários internos e externos da contabilidade ............................................................................................................. 13
Princípios fundamentais de Contabilidade ...................................................................................................................... 13
Dos princípios e da sua observância............................................................................................................................. 13
Da conceituação, da amplitude e da enumeração ........................................................................................................... 14
São Princípios Fundamentais de Contabilidade: .............................................................................................................. 14
Arquivo ............................................................................................................................................................................. 16
O b j e t i v o d o a r q u i v o ......................................................................................................................................... 17
C o m p o s i ç ã o d o s a r q u i v o s .............................................................................................................................. 17
D i v i s õ e s d o s a r q u i v o s ...................................................................................................................................... 17
F u n c i o n a l i d a d e s .................................................................................................................................................. 18
I n v e s t i m e n t o s n e c e s s á r i o s ............................................................................................................................. 20
C e n t r a l i z a r o u d e s c e n t r a l i z a r o a r q u i v o ............................................................................................. 20
C e n t r a l i z a ç ã o ................................................................................................................................................... 20
D e s c e n t r a l i z a ç ã o ............................................................................................................................................ 21
Exercícios de Consolidação I ........................................................................................................................................... 21
Exercícios propostos: ........................................................................................................................................................ 22
Documentos Comerciais ................................................................................................................................................... 22
3.3 – ARQUIVO: ............................................................................................................................................................ 22
Condições de compra e venda ...................................................................................................................................... 23
➢ TRANSPORTE POR RODOVIA: .................................................................................................................... 23
• Que moeda a utilizar? ............................................................................................................................................ 24
▪ Os contraentes são do mesmo pais, logo a moeda a utilizar será do próprio pais; .................................. 24
DESCONTOS E ABATIMENTOS. ......................................................................................................................................... 24
II. - FASES E DOCUMENTAÇÃO DE COMPRA E VENDA .................................................................................. 25
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EXEMPLO ...................................................................................................................................................................... 33
RESOLUÇÃO: ............................................................................................................................................................... 34
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Nº2 ......................................................................................................................................... 42
Patrimônio ........................................................................................................................................................................ 44
2.1 Conceito e Definição................................................................................................................................................... 44
Quais são os principais tipos de patrimônio? ............................................................................................................... 44
Patrimônio bruto ....................................................................................................................................................... 44
Patrimônio bruto é um sinônimo de ativo. Ou seja, é um cálculo que só leva em conta as partes positivas (bens e
direitos), desconsiderando a parcela negativa, composta pelas obrigações. ............................................................ 44
Patrimônio líquido ............................................................................................................................................................ 44
Patrimônio de afetação ............................................................................................................................................. 44
O que compõe o patrimônio? .......................................................................................................................................... 44
Bens .......................................................................................................................................................................... 44
Direitos..................................................................................................................................................................... 45
Obrigações............................................................................................................................................................... 45
Como aumentar o patrimônio? ................................................................................................................................. 45
Planeje o seu futuro .................................................................................................................................................. 45
Invista ....................................................................................................................................................................... 45
Corra riscos ............................................................................................................................................................. 45
2.3 Patrimônio Líquido (PL) ............................................................................................................................................. 46
Fatos Contábeis ................................................................................................................................................................ 46
Permutativos, Qualitativos ou Compensativos .................................................................................................... 46
Modificativos ou Quantitativos ............................................................................................................................. 47
Mistos ou Compostos.............................................................................................................................................. 47
2.4 Cálculo Relacionado ................................................................................................................................................... 48
2.5 Exercícios de Consolidação II ...................................................................................................................................... 49
Método das partidas dobradas. Débito e Crédito ............................................................................................................ 51
Exemplo 2................................................................................................................................................................. 53
Exercícios básicos ............................................................................................................................................................. 54
Métodos de Escrituração.................................................................................................................................................. 55
Método das Partidas Simples ........................................................................................................................................... 55
Método das Partidas Dobradas ........................................................................................................................................ 55
Fórmulas de Lançamento ............................................................................................................................................. 56
Fórmulas de Lançamento ................................................................................................................................................. 56
Livros Contábeis................................................................................................................................................................ 57
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1. Livro Diário.................................................................................................................................................... 57
2. Livro Razão .................................................................................................................................................... 57
Balancete de Verificação ............................................................................................................................................ 58
Exemplo de Balancete de Verificação .............................................................................................................................. 59
Exercícios de aplicação ..................................................................................................................................................... 59
Operações com mercadorias ............................................................................................................................................ 60
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS .................................................................................................................................... 60
A principal fonte de receitas das empresas mercantis (ou comerciais) provém do resultado obtido nas transações com
mercadorias. Tal resultado é obtido utilizando-se a seguinte fórmula: ............................................................................ 60
TIPOS DE INVENTÁRIO ...................................................................................................................................................... 60
INVENTÁRIO PERIÓDICO................................................................................................................................................... 61
Conta mista de Mercadorias...................................................................................................................................... 61
Conta desdobrada de Mercadorias................................................................................................................................ 62
INVENTÁRIO PERMANENTE .............................................................................................................................................. 64
AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES ............................................................................................................................................. 65
MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES ................................................................................................................. 65
PEPS (OU FIFO) ............................................................................................................................................................. 66
UEPS (OU LIFO) ............................................................................................................................................................. 66
CUSTO MÉDIO PONDERADO (CMP) ............................................................................................................................. 67
RESULTADO OPERACIONAL BRUTO .................................................................................................................................. 68
FATOS MODIFICADORES DAS OPERAÇÕES DE COMPRAS ................................................................................................ 68
FATOS QUE MODIFICAM AS COMPRAS ............................................................................................................................ 69
Compras líquidas........................................................................................................................................................ 69
Devolução de mercadorias com fretes e seguros nas compras ..................................................................................... 70
No ato da compra.......................................................................................................................................................... 71
Após o recebimento das mercadorias pelo comprador ................................................................................................. 71
Abatimentos condicionais ou descontos financeiros obtidos ....................................................................................... 71
Exemplo de uma operação de compras ........................................................................................................................ 72
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 73
Impostos incidentes sobre vendes ................................................................................................................................ 74
Abatimentos / descontos incondicionais concedidos ................................................................................................... 75
Devoluções e anulações de vendas ............................................................................................................................... 75
Registro na ficha de estoque ......................................................................................................................................... 75
Devolução de vendas em que foram concedidos abatimentos incondicionais ao comprador ...................................... 76
AS CONTAS ‘DEVOLUÇÃO DE COMPRAS’ E ‘DEVOLUÇÃO DE VENDAS’ ................................................. 76
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Prefácio
Sinto-me muito lisonjeado e abençoado, mas também feliz e alegre por poder fazer este livro.
De certeza que esse livro servirá para dar sustento e ajudar diversas pessoas curiosas e ambiciosas a conhecer a
contabilidade intimamente, eu Alexandre Amaral Bila vejo muito sentido em gostar de estudar a contabilidade e saber fazer
as coisas por isso fiz com muito amor e carinho esse livro e usei as melhores bibliografias por me encontradas para descrever
tal matérias a ponto de fazê-los se apaixonar por contabilidade.
É uma fase muito bela a aprendizagem, por isso tentei ser mais calmo no processo de seleção de apontamentos e materiais
de contabilidade.
É simples se apaixonar por contabilidade basta tentar se consertar no processo de leitura e sempre resolver os exercícios e
problemas.
O Autor do livro:
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Introdução
Actividade económica e a contabilidade
A nossa vida quotidiana identifica-se com a actividade económica, visto que a maioria das tarefas e realizações do homem
visam a satisfação das necessidades através da utilização racional dos recursos escassos. É este o principal objetivo da
actividade económica.
Essa actividade económica das diferentes sociedades não pode ser interpretada da mesma maneira. Cada uma delas tem as
suas particularidades quanto à forma social da produção e quanto às técnicas e factores produtivos utilizados.
Para melhor introduzirmos e compreendermos o significado da Contabilidade, iniciaremos o nosso estudo com a referência
á noção de Empresa e a alguns conceitos a ela associadas.
As Empresas, podem ser definidas como sendo uma unidade económica organizada de meios materiais, financeiros e
humanos, que desenvolve uma actividade económica, tendo como objectivo a produção de bens e serviços, com vista a
satisfação das necessidades, assim como a maximização dos seus rendimentos.
a) Fase Institucional – em que se decide a sua criação, através da obtenção e combinação dos recursos necessários para
sua entrada em funcionamento.
b) Fase de Funcionamento ou Execução – na qual se desenvolve todo o processo de transformação, ou seja, o da
produção de bens e serviços, com vista á obtenção de certos resultados.
c) Fase de Liquidação – na qual se procede á extinção da empresa. Existem vários motivos que levam a liquidação:
A falência, A transformação e a Fusão.
CONHECENDO CONTABILIDADE
1.1 Introdução ao estudo de contabilidade financeira
A Contabilidade é a ciência que tem como finalidade registrar, coletar, resumir, informar e interpretar dados e fenômenos que
afetam as situações patrimonial, financeira e econômica de qualquer entidade. Possui três requisitos para ser considerada
Ciência: o campo de atuação que são as entidades; o objeto que é o patrimônio; e o método das partidas dobradas. São através
da Contabilidade que se evidenciam os aspectos qualitativo e quantitativo do seu patrimônio. O patrimônio pode ser um
conjunto de Bens, Direitos e Obrigações vinculados às entidades econômico-administrativas. Em contabilidade ele se
apresenta sob três formas: Ativo, Passivo Exigível e Patrimônio Líquido. O Ativo representa todos os Bens e os Direitos de
uma entidade, como por exemplo, dinheiro em Caixa ou em Bancos, Duplicatas a Receber, Estoque de Mercadorias, Móveis,
Veículos, Imóveis, Máquinas, etc. Já o Passivo Exigível representa todas as obrigações financeiras que uma entidade tem
para com terceiros. É tudo aquilo que a empresa deve; as dívidas que ela contraiu, como por exemplo, fornecedores, impostos
a pagar. Por fim, o Patrimônio Líquido é o valor aplicado pelos proprietários do patrimônio na entidade.
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do
direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de
propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A
herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores,
mesmo que estes não tivessem sido herdados.
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A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades
comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da
Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando
cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato.
Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio
contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual
a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume,
requerendo registros.
Foi o pensamento do “futuro” que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais
possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem
o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente,
empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo
(pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.
A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas governamentais da República
Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários,
perdas e diversões.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na
Itália que surge o termo Contabilitá.
• CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO – período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era
Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
• CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL – período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o
Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494,
enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra
que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
• CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO – período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra “La
Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche” , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo
governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
• CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO – período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.
PERÍODO ANTIGO
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A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o Patrimônio, representado pelos rebanhos e
outros bens nos seus aspectos quantitativos.
Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem. Como este é um ser pensante,
inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros, utilizando gravações e outros métodos
alternativos.
O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos bens, que eram
classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra “Conta” designa o agrupamento de itens
da mesma espécie.
As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem registrava os seus primeiros
desenhos e gravações.
Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila, retangulares ou
ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo
faces ligeiramente convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência se queria
controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O nome da conta,
“Matrizes” , por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto numérico se tornou mais qualificado,
com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à
“Aplicação”, se pudesse demonstrar, também, a sua “Origem” .
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro Gênesis, encontram-se,
em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita cuneiforme, onde estão registradas contas
referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo,
o homem já considerava fundamental apurar os seus custos.
O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e “Selos de Sigilo”. Os registros
se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros ou tábuas, no final de determinados
períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal
e o balanço anual.
O objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio das entidades, ou seja, o patrimônio de pessoas jurídicas (empresas) e
físicas (pessoas “naturais”). O patrimônio não é uma condição estável: está em constante movimento e requer técnicas para sua
apuração.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Na Contabilidade, cada entidade é uma pessoa distinta e terá o seu patrimônio. Nesse sentido, o patrimônio da empresa não se
confunde com o patrimônio de seus sócios, que são outras entidades.
O patrimônio, objeto da contabilidade, não se resume ao das pessoas jurídicas com fins lucrativos. Pessoas jurídicas de direito
público (como União, Estados e Municípios) e pessoas físicas também têm seus patrimônios, que são estudados pela ciência
contábil.
Conceito de Contabilidade
A contabilidade é um ramo das Ciências Sociais. Tem por objetivo estudar as variações quantitativas e qualitativas que
acontecem no patrimônio, isto é, o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
Entende-se entidade como qualquer pessoa, física ou jurídica, distinta das demais e que possui um patrimônio.
Por meio da contabilidade, os gestores podem transformar dados em informações relevantes para o controle gerencial e as tomadas
de decisões.
A contabilidade envolve um grupo de técnicas, normas e procedimentos usados para controlar o patrimônio das entidades. Essas
técnicas inspiram-se, inicialmente, em princípios, que são as bases que orientam a técnica contábil.
Objectivos da Contabilidade
O objetivo da contabilidade é contribuir para ocontrole do patrimônio e para o planejamento na tomada de decisões.
Controle e planejamento são duas das mais importantes funções administrativas. Neste sentido, a Contabilidade é uma ciência
relevante do ponto de vista gerencial, ao revelar informações quantitativas e qualitativas sobre a saúde econômica e
financeira de uma entidade.
A Contabilidade fornece informações relevantes para diversas pessoas. Essas pessoas podem ser internas (sócios, gestores,
empregados) ou externas (por exemplo, o governo) à entidade.
São interessados nas informações contábeis: os proprietários e sócios de empresas, os gestores ou administradores, os
empregados, os fornecedores, investidores e financiadores, os governos e o público em geral.
Os relatórios contábeis (como o balanço patrimonial e a demonstração de resultados do exercício) são analisados pelos gestores,
que transformam as informações contábeis em conhecimento gerencial, no sentido de compreender o status atual da entidade, supor
desdobramentos futuros e corrigir estratégias e táticas administrativas.
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Resumo: A finalidade da contabilidade é apurar e registrar os fatos contábeis e transformar esses dados em informações úteis sobre
o patrimônio (o objeto), que permitam a diversas pessoas (os usuários das informações) conhecer a saúde financeira e econômica
e, especialmente, permitam aos gestores alcançar seus objetivos, a saber, exercer as funções de planejamento (tomar decisões em
relação as informações apuradas) e controle (comparar o planejado com o realizado), com eficiência e eficácia.
As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio
em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico:
a) Registrar todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;
b) Organizar um sistema de controle adequado à empresa;
c) Demonstrar com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos, a situação econômica,
patrimonial e financeira da empresa;
d) Analisar os demonstrativos com a finalidade de apuração dos resultados obtidos;
e) Acompanhar a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem
recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas.
A contabilidade é indispensável para que todas as categorias de empresários possam saber com precisão a sua lucratividade por
segmento de operação e até por produto fabricado ou revendido, além de ter a rentabilidade do capital que ele investiu e a
produtividade da mão-de-obra e dos equipamentos que utiliza. A contabilidade possibilita ainda o perfeito conhecimento do
montante dos ativos (bens) e dos passivos (obrigações).
Através da análise das Demonstrações Financeiras são obtidos a situação líquida patrimonial da empresa nas diversas etapas do
negócio e ainda diversos índices de liquidez e de risco de crédito, por isso iremos estudar quais os cuidados e como elaborar
informes contábeis que são cada vez mais importantes na completa gestão empresarial.
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Usuários da Contabilidade
Os usuários da contabilidade são os grupos de pessoas que possuem interesse em avaliar a situação patrimonial de uma empresa,
sejam eles internos ou externos.
A avaliação dos documentos contábeis vem do interesse que as pessoas têm nas atividades de uma empresa e os dados apresentados
com a contabilidade.
Os potenciais acionistas de uma sociedade, por exemplo, utilizam os dados contábeis para saber se vale a pena adquirir as ações de
uma determinada empresa.
Os grupos de interesse da contabilidade podem ser considerados diferentemente entre usuários internos e externos.
Usuários internos são aqueles que estão diretamente relacionados à atividade rotineira da empresa e utilizam os dados contábeis
em suas funções. Podemos considerar:
• Administradores;
• Outros funcionários.
Usuários externos são aqueles que apenas se interessam pelos dados contábeis, sem participar ativamente dos processos da empresa.
Alguns deles são:
• Governo;
• Bancos;
• Fornecedores;
• Acionistas potenciais;
• Outros interessados.
O interesse pelos dados da empresa são variados, conforme quem necessita das informações. O governo, por exemplo, utiliza não
apenas para os cálculos dos impostos devidos, mas também tem o interesse em saber como anda a economia do país, juntando os
dados de todas as empresas.
A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC. Sua aplicação a situações concretas, a essência das transações deve
prevalecer sobre seus aspectos formais.
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b) Princípio da Continuidade;
c) Princípio da Oportunidade;
f) Princípio da Competência; e,
g) Princípio da Prudência.
Princípio da entidade
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a
necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer
a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade com ou sem fins lucrativos.
Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aquele dos seus sócios ou proprietários no caso de sociedade
ou instituição.
O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
Princípio da continuidade
A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável devem ser consideradas quando da
classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
A CONTINUIDADE influência o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o seu vencimento dos passivos,
especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.
A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito
de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e a formação do resultado, e de constituir dado
importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.
Princípio da oportunidade
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a) desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimonial deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir
razoável certeza de sua ocorrência;
c) o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um período de
tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a
valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando
configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
a) a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os
resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes;
b) uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se,
tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;
c) o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste;
d) os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e
complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada;
e) o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa
dos mesmos.
Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
a) a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
b) para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais é necessário atualizar sua expressão formal
em moeda nacional a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por
conseqüência, o do Patrimônio Líquido;
c) a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, o ajustamento dos valores originais para determinada
data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos, aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional
em um dado período.
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Princípio da competência
As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente
quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no
Patrimônio Líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio
da OPORTUNIDADE.
O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, e conseqüência natural do respeito ao período em que
ocorrer sua geração.
a) nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;
b) quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um
ativo de valor igual ou maior;
a) quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro.
Princípio da prudência
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do
PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem
o Patrimônio Líquido.
O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Observado o Princípio do Registro pelo Valor Original, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores
constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos as variações patrimoniais,
devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável.
Arquivo
O arquivo é o espaço destinado a fazer a guarda de todos os documentos pertencentes a uma instituição e, portanto, refletem
diretamente as funções e atividades que são desenvolvidas por uma instituição.
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Como exemplo, o Recursos Humanos é o departamento responsável por gerir a vida dos funcionários da instituição e, por essa
razão produzem documentos referentes a folha de pagamento dos funcionários, documentos referentes ao controle de entrada e
saída dos funcionários (cartões de ponto), controle de férias entre outras atividades concernentes a esse departamento.
D e f in iç ão de arq u ivo
Em arquivologia, arquivo é um conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma instituição, seja ela pública ou privada,
em decorrência de suas funções e atividades.
Documentos de arquivo são todos aqueles que são acumulados nas instituições, podendo estar no suporte analógico (o papel) ou
no suporte digital (originários das tecnologias digitais).
O arquivo é formado a partir de conjuntos de documentos e, nessa perspectiva, os documentos que são conhecidos por nós de
maneira habitual são os documentos textuais – ou seja, documentos manuscritos, digitados ou impressos – e os documentos digitais
(que são produzidos, tratados e armazenados em computador). Existem também outros tipos de documentos, tais como os
fotográficos, cartográficos, iconográficos, filmográficos, sonoros, entre outros.
Cabe ao arquivo receber e abrigar de maneira adequada os documentos que pertencem à instituição, para que a partir desse
tratamento informacional, essa documentação esteja sempre disponíve.
Objetivo do arquivo
Em relação a esse assunto, é necessário pontuar que o arquivo possui dois objetivos primordiais. O primeiro objetivo de um arquivo
é servir à própria instituição, atendendo suas necessidades que geralmente estão relacionadas à sua administração.
O segundo objetivo, inicia após o termino dessa atividade administrativa, onde os arquivos começam a estabelecer laços com a
história e cultura. No entanto, qualquer que seja a finalidade de um arquivo, as suas funções básicas são as mesmas: guardar e
conservar os documentos, de modo a serem utilizados para atender a interesses, seja esses administrativos, pessoais e/ou históricos.
Os arquivos compõem-se de inúmeros conjuntos documentais, como por exemplo, podemos citar os relatórios financeiros,
relatórios de venda, prontuários médicos, fotografias, mapas, plantas arquitetônicas e etc. Independente do porte e da finalidade
das instituições todas produzem e recebem documentos e, por isso, é necessário que essa instituição tenha um local adequado para
abrigar essa documentação.
Cabe também ressaltar que o termo arquivo também pode se referir aos mobiliários que são usados para fazer a guarda dos
documentos, mas nessa proposta, o termo arquivo será usado para designar o espaço físico que é destinado para abrigar os
documentos.
• Arquivos privados: referem-se aos arquivos originários de empresas, arquivos pessoais, escolas, igrejas, clubes dentre
outros.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Funcionalidades
• Receber os documentos;
• Registrar os documentos;
• Arquivar os documentos de acordo com os critérios estabelecidos (organização alfabética, cronológica, geográfica e
etc);
• Recuperar os documentos;
• Descartar os documentos;
Um arquivo bem estruturado permite que haja vantagens e também benefícios para as instituições. Nesse sentido podemos citar
uma melhor adequação física do espaço, agilidade nas consultas aos documentos, redução com custos de manutenção do espaço
físico, eliminação de documentos que não são mais necessários para as rotinas administrativas da instituição, dentre outros.
Sendo assim, a função básica do arquivo é tornar disponível os documentos que estão armazenados nos arquivos. Para que os
arquivos possam desempenhar suas funções, torna-se indispensável que os documentos estejam dispostos de forma a servir ao
usuário com precisão e rapidez.
Em contrapartida, quando um arquivo não recebe tratamento informacional adequado, ele se torna um depósito de papéis velhos,
pois, teremos um ciclo vicioso, que é melhor identificado conforme ilustração abaixo:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Através da ilustração acima, compreende-se que o arquivo receberá os documentos que advém dos mais diversos departamentos
da instituição, mas não existem critérios para organizar essa documentação e, por isso, as caixas com os documentos são apenas
depositadas nas estantes. Logo, o acúmulo dos documentos é inevitável porque não há tratamento informacional adequado, ou seja,
não há critérios referentes à organização e, com o passar do tempo, o arquivo tende a se tornar desorganizado. Assim, essa
desorganização refletirá diretamente nas solicitações que são recebidas pelo arquivo.
Nessa fase, dificilmente é possível atender às solicitações corretamente, o que contribui para perdas em relação a processos,
materiais, recursos humanos e tempo.
É por essa razão que, para exercer as atividades relacionadas aos arquivos, indica-se que o arquivo seja gerido pelo profissional
adequado: o arquivista. Cabe ao arquivista o planejamento, implantação, organização e direção dos arquivos.
O arquivista deve conduzir a gestão da informação, acompanhar o processo documental e informativo, identificar os
documentos, planejar o tratamento de novos documentos e controlar os meios de reprodução.
Nesse sentido, em muitas situações o arquivo acaba por se tornar um depósito de papéis, que fica esquecido em algum lugar das
instituições.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Investimentos necessários
Para que essa realidade seja mudada, é necessário, portanto, que os arquivos recebam investimentos para que possam desempenhar
de forma satisfatória as suas funções e, para tanto, requerem investimentos em instalações físicas, materiais e recursos humanos.
• Iluminação;
• Arejamento;
• Higienização;
• Índices de umidade;
Para que o arquivo desempenhe suas atividades é necessário também que os materiais e mobiliários sejam adequados. Nesse
sentido, indica-se o uso de caixas arquivo em poliondas para armazenar os documentos, além de estantes deslizantes que, além de
dar maior segurança em relação à armazenagem dos documentos, também contribuem em relação ao espaço físico destinado ao
arquivo.
Pensando na conservação dos documentos, indica-se também que não sejam utilizados materiais que possam oxidar com o passar
do tempo, isto é: grampos, clips, grampos trilhos e demais materiais que podem danificar o suporte analógico dos documentos, ou
seja, o papel.
A decisão de centralizar ou descentralizar o arquivo é uma decisão que caberá a administração da instituição, pois, essa decisão
deverá levar em conta as necessidades e também a estrutura da instituição.
Centralização
A centralização dos documentos da instituição em um único lugar indica que, além dos arquivos serem transferidos para um único
espaço físico, as atividades concernentes às rotinas administrativas do arquivo também serão centralizadas.
Dessa forma, com a centralização é comum que seja criado um departamento de protocolo, que será o responsável por receber,
controlar, registrar, distribuir, arquivar e expedir documentos.
A centralização do arquivo permite um maior controle sobre a documentação, mas também indica a necessidade de mão de obra
qualificada para que as atividades citadas acima sejam realizadas.
A má gestão de um arquivo centralizado pode acarretar grandes prejuízos a instituição, tais como desperdício de material de
escritório, demanda de tempo para localizar documentos etc.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Descentralização
Nos casos onde a instituição opta pela descentralização do arquivo, fica a cargo de cada departamento a responsabilidade de gerir
seus documentos.
Nesses casos, documentos originados de um departamento, por exemplo os Recursos Humanos, ficará dentro das dependências do
próprio departamento e, por isso, o departamento precisará ter um espaço adequado para abrigar a documentação, visando que ela
receba o tratamento adequado, para que os documentos sejam recuperados sempre que for necessário.
Com a opção pela descentralização, cada departamento deverá estabelecer um responsável para fazer a gestão dessa documentação,
pois o arquivista (caso a instituição tenha) não terá condições de realizar todo o controle do fluxo dos documentos devido as
dificuldades de atuar de forma que seja possível atender as especificidades de cada departamento.
Exercícios de Consolidação I
1) Fale em cinco linhas da origem e surgimento da Contabilidade?
2) Quem é o pai da Contabilidade?
3) Qual é o objeto de estudo de Contabilidade?
4) Qual é o conceito da Contabilidade?
5) Indique pelo menos três objetivos da Contabilidade?
6) Enumere exatamente todos os princípios de contabilidade estudados neste manual.
7) Fale dos usuários de contabilidade e necessidade de cada um.
8) Porquê é necessário arquivar?
9) Por quanto tempo deve ficar arquivado em documento?
10) Qual é o papel da Contabilidade na sociedade actual?
11) Explique o interesse de cada um dos destinatários pela informação contabilística.
Assuma que um círculo de negócio(envolvendo dois países) estão envolvidos 5 agentes económicos, nomeadamente: O
produtor que venda a um Importador que por sua vez vende a um Grossista e este vende ao Retalhista e por fim este vende ao
consumidor final(ao vender todos acrescenta além da margem o Iva), sendo que o produtor vende por 100.000,00Mts ao
Importador e o importador acrescenta uma margem de 25% ao vender ao Grossista, que acrescenta 20% ao vender e por fim o
Retalhista acrescenta 30% ao vender ao Consumidor final. Resolve o seguinte:
Resolução:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Resposta:.
Exercícios propostos:
a) Um produtor(Moz Maçã) produz em grande escala maçãs e no mês de Abril de 2021 venceu 50 caixas do produto á
234.000,00mt(Iva incluso) a um Grossista (Maçãeira Búzi Limitada) que vendeu 35 Caixas com acréscimo de 35% ao
um dos seus Retalhista (Bilfruit, SARL), o qual acrescentou margem de 50% ao vender para o consumidor final que
comprou 32 Caixas. (Todos susceptíveis de acréscimo do IVA): pretende-se:
b) A INUKA, produz na África do sul perfumes diversos e nos mês de Maio de 2021 enviou 5.000 caixas(cada caixa
com 100 perfumes) onde cada perfume custava 560,00Mts Importador (Fronteira Perfumes Lda) e o mesmo
acrescentou 11% ao vender ao Grossista (INUKA MAPUTO, SARL) o qual acrescenta 24,5% de margem ao
Retalhista (Beira INUKA, E.I) e o mesmo vendeu acrescido de uma margem 67,98%.
Documentos Comerciais
3.1 – DEFINIÇÃO:
❖ Documentos Comerciais – São comprovativos das transações comerciais e servem de base para os registos
contabilísticos.
3.2 - CLASSIFICAÇÃO:
Internos – São aqueles que justificam transações dentro da empresa. Ex: Requisições de matérias de um departamento
para o outro dentro da empresa, folhas de salários, etc.
Externos – São aqueles que justificam transações dentro e fora da empresa. Ex: Notas de Encomenda, Facturas,
Recibos, etc.
3.3 – ARQUIVO:
Nos escritórios modernos, está cada vez mais presente um centro de produção de informações e não apenas um registo de
transações.
Deve-se registar não só os factos históricos, mas também recorrer a novas formas de gestão que servirão de base as decisões
a serem tomadas pelos administradores.
Existem porém, várias funções que são indispensáveis no arquivo:
• Recolha de factos
• Selecção dos factos úteis para gestão
• Conservação ordenada dos factos recolhidos e classificados
• Procura dos factos recolhidos e conservados para consulta.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
O Arquivo é a secção indispensável na empresa sobre a qual devem incidir todas as atenções, é o lugar onde são ordenados,
conservados e consultados todos os documentos, de forma a obter dados para uma boa condução da empresa.
Para assegurar um bom funcionamento do arquivo é necessário executar as tarefas com regularidade, tendo sempre presente
a regras de ordenação e classificação de documentos.
Para que estes objectivos sejam atingidos é necessário que:
De acordo com o Plano Geral de Contabilidade (PGC), os documentos comprovativos das operações registadas nos livros de
contabilidade devem ser arquivados por um período de pelo menos 10 anos.
Para facilitar a consulta, normalmente os documentos são arquivados em pastas de acordo com a sua natureza e por ordem de
data ficando os mais recentes em cima, pois, estes são os mais solicitados.
3.4 - CONTRATO DE COMPRA E VENDA
A compra e venda, é um contrato pelo qual um dos Contraentes – Vendedor – transmite a propriedade de um bem ou de um
direito a outro Contraente – Comprador – mediante um preço previamente combinado.
É necessário, portanto proceder a escolha da mercadoria, quer em qualidade quer em quantidade, e fixar condições como:
prazo de entrega, local, preço, forma de pagamento, etc.
Para eliminar as dúvidas de quem paga despesas de transporte, de seguros, e a responsabilização da conservação, a Câmara
do Comercio Internacional publicou as definições que ficam conhecidas por INCOTERMS (International Commerce Trade
Terms), que inclui as abreviaturas a seguir indicadas:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
FAS – (Free Along Ship) – livre ao lado do navio no porto de embarque (ou no porto de destino)
- Todas as despesas até junto ao navio no porto de embarque (ou de destino) são da responsabilidade do vendedor.
FOB (Free On Board) – porto de embarque – livre a bordo no porto de embarque.
- Todas as despesas até a colocação das mercadorias dentro do navio no porto de embarque são da responsabilidade do
vendedor. O vendedor deverá encarregar-se pelas despesas de expedição (despacho) e carregamento no navio sem que para
tal tenha que pagar o frete. Esta abreviatura é usada somente para o transporte marítimo ou aquático.
CIF – (Cost, Insurance and Freight) – porto de destino – livre no porto de destino.
- Todas as despesas (frete, seguro, etc.) até ao porto de destino são por conta do vendedor. Significa que o vendedor é
responsabilidade no pagamento do frete, seguro e outras despesas para que a mercadoria este no porto de destino. É de
salientar que o vendedor deverá contratar um seguro com cobertura mínima.
Há que distinguir-se a responsabilidade das despesas abrangidas pelas expressões: CIF- Maputo, por exemplo.
▪ Na Alfândega do Porto de Origem (ou Porto do Destino) - Todas as despesas ate a alfândega do porto de origem ou
de destino são por conta do vendedor.
▪ A porta da Alfândega do Porto de Origem (ou Porto do Destino) - A responsabilidade do vendedor termina a porta
da Alfândega do porto de origem (ou de destino) correndo apartar dai todas as despesas por conta do comprador.
▪ No Armazém Geral ou no Entreposto - O vendedor entrega as mercadorias no armazém geral ou no entreposto,
ficando estas a disposição do comprador que terá de pagar direitos aduaneiros.
Existem outras formas de entrega de mercadorias:
▪ No armazém do vendedor
▪ No armazém do comprador
NOTA: Todas as despesas pagas pelo vendedor são incluídas na factura, pelo que o valor desta será igual ao valor da
mercadoria acrescido de todas as despesas pagas pelo vendedor conforme o incoterm acordado. E das diversas nomenclaturas
estudadas as que mais importância damos é FOB e CIF.
2- O Preço
▪ Os contraentes são do mesmo pais, logo a moeda a utilizar será do próprio pais;
▪ Os contraentes são de países diferentes – em regra deve-se considerar moeda de um dos países, aquela que oferece
maior estabilidade e segurança ou moeda de um terceiro pais, observando o factor estabilidade e segurança.
• Que quantidade de moeda?
Tratando-se do valor ou do próprio preço da mercadoria, a sua fixação obedece:
DESCONTOS E ABATIMENTOS.
Com o objectivo de incrementar as vendas, é corrente os vendedores, mediante certas condições, concederem aos seus
clientes descontos de natureza comercial e ou financeiro.
a) Descontos Comerciais
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
- São as reduções do preço (abatimento) que resultam da aquisição de grandes quantidades ou de fornecimento de um produto
ligeiramente diferente do encomendado. Estes descontos originam a redução do custo de aquisição, vulgarmente chamados de
abatimentos.
Desconto de Revenda – concedidos do Armazenista aos retalhista para possibilitar o lucro do intermediário;
Descontos de qualidade – concedido ao comprador quando a qualidade não corresponde a combinada;
Bónus – concedido ao comprador que ultrapasse determinado montante;
Bom peso – quantidades de mercadorias não facturadas, remetidas pelo fornecedor ao seu cliente com o objectivo de fazer
face a possíveis quebras.
b) Descontos Financeiros
- São Descontos Financeiros as reduções da divida por antecipação do pagamento. Estas reduções até podem ser de dividas que
não tenham sido originadas por transacções de mercadorias, poderão ter sido, por exemplo, de compra/venda de imobilizado (bens
para uso e não para a venda) ou de empréstimos de valores em dinheiro.
1ª ENCOMENDA
Nota de Encomenda
2ª ENTREGA
V
C
Guia de Remessa
E
O Talão de Recepção
3ª LIQUIDAÇÃO
N
M
Factura, N. Débito e Crédito
D
P 4ª PAGAMENTO
Recibo
E
R
A D
O R
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1ª Fase: ENCOMENDA
O comprador comunica ao vendedor a quantidade, qualidade e preço das mercadorias que deseja adquirir e combinam as
condições de entrega e pagamento.
Os principais documentos utilizados nesta fase são:
A Nota de Encomenda – é o documento onde o comprador especifica a quantidade da mercadoria pretendida, bem como
as condições de entrega e pagamento. Em regra geral, é preenchido em duplicado, sendo o original para o vendedor e o
duplicado para o comprador.
Outros documentos:
Nota de Venda – muita das vezes, a encomenda surge pelo contacto do representante do vendedor (caixeiro – viajante) com
o comprador, é preenchida em triplicado e é semelhante a nota de encomenda;
Requisição – é muito utilizada no comércio por retalho e serve para o comprador levantar de imediato as mercadorias no
armazém do vendedor;
Ordem de Compra – é o documento utilizado pelo comprador para mandar o seu comissário da compra de mercadorias.
Exemplo de uma Nota de Encomenda e de Requisição:
NOTA DE ENCOMENDA N.º ______
Encomend___ a __ Ilmo __ Sr
_____________________
______________________________________________
..................................................
Condições de entrega
Prazo:
__________________________
_____________________________________________________
.................................................. 26
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2ª Fase: ENTREGA
O vendedor envia as mercadorias, dando assim execução a encomenda (ou pedido) feita pelo comprador.
Guia de Remessa – este documento acompanha as mercadorias e serve para o comprador proceder a conferência dos artigos
recebidos.
Talão de Recepção – é devolvido pelo comprador ao vendedor apôs recepção das mercadorias, confirma as mercadorias
recebidas.
Remetem___ a __ Ilmo __ Sr
______________________
______________________________________________
..................................................
Obs.: O Talão de Recepção é o documento que vem por baixo da Guia de Remessa, abaixo da parte picotada.
3ª Fase: LIQUIDAÇÃO
O vendedor indica ao comprador o montante em divida, tendo em conta que: “Total em divida = valor das mercadorias –
descontos + despesas de compra + o IVA”.
Factura – é o documento mais importante do contrato de compra e venda, é este o comprovante oficial da compra. A factura
pode ser emitida até ao 5º dia após realização da operação, por isso pode ou não acompanhar as mercadorias.
As facturas podem classificar-se em:
O EXPEDIDOR:
▪ Factura de Praça – o vendedor e o comprador são da mesma praça;
27
_____________________________
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FACTURA N.º
ORIGINAL
NUIT: NUIT:
........................ ........................
....................................................... .............. de ............................................................. de
...... 20.........
Nota de Débito – é o documento que rectifica positivamente o valor da factura, quando o vendedor por lapso, se esqueceu
de mencionar alguma despesa por conta do comprador ou errou algum cálculo. Este documento indica que o remetente
lançou uma operação positiva (a seu favor) na conta corrente.
Nota de Crédito – é o documento que rectifica negativamente o valor da factura ou da divida, pelo que indica que o
remetente lançou uma operação negativa (a favor de outrém) na conta corrente.
Comunica___ a __ Ilmo __ Sr
_____________________
28
NUIT:...............................
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
NUIT:...............................
4ª Fase: PAGAMENTO
O Pagamento encerra o contrato de compra e venda e consiste na entrega do comprador ao vendedor do valor em divida. O
pagamento de uma divida pode ser:
_____
..................................................,
......MT 29
______________________________________________
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Como Recibo, poderá ser usada a própria factura, que com o carimbo de “PAGO” OU “RECEBIDO” passa a chamar-se de
Factura-recibo.
Obs.: Quando as fases de liquidação e pagamento se processam em simultâneo poderá ser emitido um documento designado por
Venda a Dinheiro (V/D), que funcionara como um recibo, dispensando-se a emissão da factura.
Características
Transmissibilidade - Os títulos de crédito são transmissíveis, o que permite em alguns casos, o recebimento do seu valor antes da
data do vencimento.
Classificação
• Títulos representativos de moeda - Dão ao seu proprietário o direito de receber moeda em troca do titulo. Por ex: cheque,
letra, livrança, etc.
• Títulos representativos de mercadorias – Dão ao seu proprietário o direito de receber mercadorias em troca do título. Ex:
conhecimento de embarque, etc.
• Títulos de participações de capital - Títulos que concedem poderes de características especiais. Ex: acções, etc.
• Títulos representativos de serviços - Dão direito a beneficiar-se da prestação de serviços. Ex: bilhetes de cinema e de
passagem, etc.
2 - Quanto a natureza dos intervenientes:
• Títulos nominativos - indicam o nome do credor originário e só podem ser transmitidos através de uma declaração escrita
da qual conste o nome do novo possuidor. Ex: Acções, obrigações de tesouro, etc.;
• Títulos a ordem – transmissíveis por endosso (ordem dada pelo vendedor para pagar a uma terceira pessoa). Ex: letra,
cheque, etc;
• Títulos ao portador – Não indicam o nome do credor originário e transmitem-se pela sua entrega real. Ex: cheque, bilhete
de lotaria premiado, etc.
4 - Quanto ao vencimento:
• A vista - pagos no momento em que se apresentam ao devedor (vales de correio, cheques, etc.)
• A prazo - pagos após um certo prazo. Ex.: letras
1 - A LETRA
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Legenda:
1) Local de emissão;
2) Data de emissão;
3) Valor Nominal da letra por algarismos;
4) Vencimento da letra;
5) Ordem de pagamento;
6) O beneficiário da letra;
7) Quantia da letra por extenso;
8) Origem da letra;
9) Nome e residência do sacado (quem deve pagar a letra);
10) Local de pagamento da letra;
11) Assinatura do sacador.
OS INTERVENIENTES DA LETRA:
• À vista – A letra é pagável no dia da sua apresentação. O pagamento deve ser efectuado quando for apresentada a letra;
• A prazo (ou termo) de vista (d/v)- Pagável no prazo indicado, contando-o a partir da data do aceite.
• A prazo (ou termo) de data (d/d) - A letra vence-se decorrido o prazo nele fixado, que se calcula a partir da data do saque;
• Em data fixa - A letra vence-se numa data marcada (data fixa).
O pagamento da letra deve fazer-se no dia do seu vencimento ou num dos dois dias úteis seguintes.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
2- O ACEITE - É o acto pelo qual o sacado se obriga a pagar a letra na data do vencimento. Até a data de vencimento, a letra
pode ser apresentada pelo portador para aceite no domicílio do sacado. É o acto de assumir o compromisso de pagar o valor
da letra.
Tipos de aceite:
• Completo;
• Incompleto ou branco.
4- O PROTESTO - É o acto de o portador lavrar junto do notário (ou qualquer autoridade jurídica) uma reclamação por falta
de pagamento ou mesmo por falta de aceite. Consiste, pois em comprovar essa recusa para que possa exercer os seus direitos
de acção contra todos intervenientes (sacador, aceitante, avalista).
5- ENDOSSO - É a transferencia de todos direitos dela emergente, isto é a transmissão da propriedade da letra.
6- DESCONTO BANCÁRIO – É a operação pela qual o beneficiário endossa a letra a um banco, antes do vencimento da
letra, recebendo o valor líquido, isto é, o valor nominal da letra deduzido de juros e de mais despesas bancárias.
As despesas bancárias mais usuais no desconto bancário são:
• O juro, comissão ou prémio de desconto (percentagem calculada com base no valor nominal, dependendo, se o ano
considerado para efeitos de cálculo é comercial ou civil);
• Prémio de transferencia (quando letras de outras praças, percentagem sobre o valor nominal);
• Imposto (percentagem sobre o valor de juros ou comissão e o prémio de transferencia);
• Portes (importância variável, dependendo dos gastos postais, telefonemas, impressos, etc.)
7- COBRANÇA BANCÁRIA - É a operação que se assemelha ao desconto; diferindo pelo facto de endossar-se ao banco
depois de vencida a letra. Normalmente, quando o aceitante for de praça diferente.
8- REFORMA DA LETRA- consiste na substituição da letra por uma letra (ou letras) com vencimento posterior.
A reforma pode ser total, quando substitui-se na totalidade do valor e parcial, quando ha um pagamento de uma parte,
substituindo-se o restante.
2- O CHEQUE
❖ Cheque - É uma ordem de pagamento a vista dada pelo depositante – sacador - ao seu banqueiro - depositário ou sacado -
para que lhe pague a si ou a sua ordem – uma determinada quantia que pode ir até ao montante do deposito.
_________________,___
Pague por este cheque
_________________,___ SÉRIE XKL
..................................,...
_________________,___ CHEQUE Nº ______________
MT
ASSINATURAS
_________________,___
Local de emissão
_________________,___
à ordem de
______________________________________________________
a quantia de _____________________________________________________
__________________________________________________________
FORMAS DE EMISSÃO DE CHEQUES:
_____
➢ Cheque nominativo - quando vem o nome da pessoa a quem deve ser pago;
➢ Cheque ao portador - o cheque pode ser pago a qualquer pessoa que o apresentar;
➢ Cheque cruzado - só pode ser pago ao banco (banqueiro) ou a um cliente do banco e tem por objectivos reduzir os riscos de
extravio, roubo ou falsificação. Obrigatoriamente este cheque deverá ser depositado.
Este pode ser geral - quando duas rectas paralelas- e especial - quando vem expresso no meio das duas rectas o beneficiário.
❖ Livrança - É um documento pelo qual um devedor se compromete a pagar a ordem do seu credor uma importância determinada
numa época fixa. É um documento semelhante a letra.
Exemplo: Em quinze de Maio do corrente ano Fernando João, situado na Rua número 7 - Maputo, vende a A. Loureiro,
mercadorias no valor de 54.000.000,00 MT, pagáveis em 31 de Outubro próximo. Para liquidação A. Loureiro subscreve no próprio
dia da venda uma livrança a ordem do seu fornecedor.
EXEMPLO
A “COMÉRCIOS LIMPOPO, Lda”, com sede na Av. 24 de Julho, n.º 1247, em Maputo, com o NUIT – 10065892, solicitou
em 8/03/03 através do documento n.º 364 à “NISSOMÉ COMÉRCIOS, Lda” da cidade de Nampula, com o NUIT – 4006235614”,
sediada na Rua das Flores, n.º 647, para que em 30 dias e em Maputo lhe forneça as seguintes mercadorias:
Em 10/04/03, o vendedor envia o documento n.º 366/03 para efeitos de liquidação, tendo em conta as seguintes informações:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Em 24 do mesmo mês, o vendedor envia o documento n.º 16/03, concedendo um desconto de 5% sobre os produtos
tributáveis.
O comprador envia o cheque n.º 456892/BIM em 06/05/03 pela metade do valor em divida, tendo o vendedor emitido em
12/05/03 o documento n.º 898/03, dando quitação o pagamento.
Em 20 de Maio, o vendedor sacou a letra n.º 99/03, a 60 d/d, a favor do seu fornecedor Abdul Gulamo, avalizada por Abdul
Sacur em 21/05/03 e que foi aceite pelo comprador 6 dias depois. O beneficiário endossou a letra em 28 do mesmo mês à Gani
Comercial de Nampula.
Pretende-se:
RESOLUÇÃO:
1- Os documentos sublinhados são:
- Documento n.º 364 – Nota de encomenda;
- Documento n.º 160/03 – Guia de remessa;
- Documento n.º 635 – Talão de recepção;
- Documento n.º 366/03 – Factura;
- Documento n.º 23/03 – Nota de débito;
- Documento n.º 16/03 – Nota de crédito;
- Documento n.º 898/03 – Recibo.
2-
34
12.300 kg Amendoim HP-37 8.000,00
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
MAPUTO
382.000.000,00
ticais. ----------------------------------------------
O EXPEDIDOR:
35 (Assinatura e carimbo)
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
FACTURA N.º
NISSOMÉ COMÉRCIOS, Lda Exmos. Srs.: COMÉRCIOS
366/03
LIMPOPO, Lda
Rua das Flores, n.º 647
Av. 24 de Julho, n.º 1247
NAMPULA
MAPUTO ORIGINAL
NUIT: 10065892
NUIT: 4006235614
382.000.000,00
Despesas:
Descontos:
202.118.320,00MT
NUIT: 4006235614 M A P U T O.
Sub-total 3.375.100,00
IVA (17%) 573.767,00
TOTAL 3.948.867,00
São: Três milhões, novecentos e quarenta e
(Assinatura e carimbo) .
37
(NISSOMÉ COMÉRCIOS, Lda)
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
NUIT: 4006235614 M A P U T O.
NUIT:...............................
Desconto de 5% produtos tributáveis
(197.200.000,00*5%) 9.860.000,00
TOTAL 11.536.200,00
(Assinatura e carimbo) .
ASSINATURAS
NAMPULA
Nampula, 21/05/03
A quantia de Duzentos e dois milhões, duzentos e oitenta mil, novecentos
606,842,30 e noventa meticais, e setenta centavos.
No verso da letra:
valor de transacções comerciais, factura n.º 366/03
No verso da letra:
39
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
404.561.981,40MT
4- a)
FACTURA N.º
NISSOMÉ COMÉRCIOS, Lda Exmos. Srs.: COMÉRCIOS
LIMPOPO, Lda
Rua das Flores, n.º 647 366/03
Av. 24 de Julho, n.º 1247
NAMPULA
MAPUTO ORIGINAL
NUIT: 10065892
NUIT: 4006235614
40
QUANT. DESCRIÇÃO REFª PREÇO UNIT. VALOR TOTAL
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
FACTURA N.º
NISSOMÉ COMÉRCIOS, Lda Exmos. Srs.: COMÉRCIOS
LIMPOPO, Lda
Rua das Flores, n.º 647
366/03
Av. 24 de Julho, n.º 1247
NAMPULA
MAPUTO
ORIGINAL
NUIT: 10065892
NUIT: 4006235614
QUANT. DESCRIÇÃO 41
REFª PREÇO UNIT. VALOR TOTAL
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
224.354.920,00MT
42
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Em 2/07/03, o vendedor enviou o documento n.º 1.166 para a liquidação da divida. Relativamente a esta operação há a
destacar as seguintes condições:
Em 20 do mesmo mês, o vendedor envia o documento n.º 416, fazendo referencia a 1.620 embalagens não devolvíveis a
7.800,00MT @ e 16 sacos de farinha de trigo “Rosa” remetidos e não incluídos na facturação.
Em 21/07/03, o vendedor recebeu 830kgs de arroz “NRAMA-12” e 82 sacos de açúcar “Xinavane” devolvidos por se
encontrarem em más condições para o consumo, tendo emitido o documento n.º 411.
Em 28 de Julho, o vendedor sacou o documento n.º 199, a 90 d/d, que inclui juros à taxa anual de 18,25% (ano civil) e
despesas com a selagem, avalizada por Otília Sabela em 05/08/03 e que foi aceite pelo comprador 3 dias depois à data da emissão.
Em 30 de Agosto, o comprador emitiu e enviou o documento n.º 456879/B.A. para pagamento de 60% do montante da
divida, tendo recebido o documento n.º 2892 de 05/09/03, como confirmação da operação.
Como consequência da operação anterior, o vendedor emitiu em 08/09/03 o documento n.º 486, anunciando o desconto de
4,75% por antecipação de pagamento.
Em 20 de Novembro, o vendedor recebeu Nota de Crédito n.º 789635/BIM referente a transferencia feita pelo comprador
pelo montante em divida, cancelando-se o documento n.º 199. Nesta data, o vendedor emite o documento n.º 3196 dando por
encerrado a operação.
Pretende-se:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
b. FOB-Maputo
c. CIF
Patrimônio
Patrimônio, tanto no âmbito legal quanto econômico, se refere ao conjunto de bens, direitos e obrigações que tem algum
valor financeiro, seja para pessoas físicas, seja para empresas. Em outras palavras, é tudo o que alguém possui e deve.
Basicamente, o patrimônio é composto por duas partes: ativos e passivos. Os ativos dizem respeito ao que uma pessoa ou entidade
tem em valores positivos (bens e direitos). Já os passivos representam a parte negativa (obrigações).
Ao contrário do que muitos pensam, o patrimônio é indivisível. Ou seja, você não pode ter mais de um. Por exemplo, se alguém
conta com uma casa própria e um carro, eles não correspondem a dois patrimônios, mas sim a dois bens. No decorrer deste artigo,
essas relações ficarão mais claras.
Quais são os principais tipos de patrimônio?
Patrimônio bruto é um sinônimo de ativo. Ou seja, é um cálculo que só leva em conta as partes positivas (bens e direitos),
desconsiderando a parcela negativa, composta pelas obrigações.
Patrimônio líquido
Já o patrimônio líquido é o valor real, uma vez que, além de considerar os ativos, ele leva em conta os passivos (obrigações). A esse
cálculo de subtração (ativos menos passivos) damos o nome de equação patrimonial.
Patrimônio de afetação
É uma modalidade existente aqui no Brasil, mas que é de uso exclusivo das construtoras. Esse mecanismo é utilizado para que um
empreendimento esteja totalmente separado dos bens e das dívidas da empresa que o está construindo.
É tudo aquilo que tem algum valor econômico e que, de alguma maneira, pode ser convertido em dinheiro. Os bens têm quatro
subcategorias: tangíveis, intangíveis, móveis e imóveis.
Bens tangíveis
Também chamados de materiais, eles se referem a todos aqueles bens que podem ser tocados. Imóveis, veículos, terrenos e o
próprio dinheiro são exemplos desse grupo.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Bens intangíveis
Ao contrário da modalidade anterior, os bens intangíveis ou imateriais são aqueles que não podem ser tocados, mas que, ainda assim,
podem ser convertidos em dinheiro, como marcas, franquias, patentes, tecnologia, entre outros.
Bens móveis
Se refere a bens tangíveis que podem ser mudados de lugar sem comprometer qualquer tipo de estrutura. Ou seja, são ativos que não
estão presos ao solo, como máquinas, equipamentos, dinheiro etc.
Bens imóveis
Equivale ao oposto dos bens móveis. Eles não podem ser trocados de local sem causar prejuízos ao solo. É o caso de construções
e terrenos, por exemplo.
Direitos
São ativos que não são bens de nenhuma natureza, mas que, de forma indireta, podem render dinheiro para o indivíduo ou empresa.
Por exemplo, ao fazer uma venda a prazo a um cliente, a organização não recebe o valor da negociação na hora, mas tem o direito
de fazer a cobrança e ser gratificada no futuro.
Obrigações
Nem só de ativos se faz um patrimônio. As obrigações são todos aqueles compromissos que empresas e pessoas precisam arcar,
como taxas, salários e bônus aos funcionários.
Como aumentar o patrimônio?
Depois de ter os conceitos bem definidos, que tal conferir algumas dicas para aumentar o seu patrimônio? Reunimos três conselhos
valiosos para ajudar você nessa missão. Acompanhe!
Planeje o seu futuro
Para começar, esqueça o imediatismo. Tenha consciência de que escolhas feitas hoje vão impactar no seu amanhã. Pense nos
investimentos como um exemplo: para alcançar a melhor rentabilidade, muitos deles exigem aplicações que se estendem ao longo
de anos.
Invista
Tenha atenção à sua renda passiva. Afinal, o seu patrimônio pode aumentar também com investimentos bem pensados e que vão ao
encontro dos seus objetivos. Nesse sentido, montar uma carteira diversificada pode ser o primeiro passo.
Corra riscos
Acumular riqueza exige empenho e uma boa dose de riscos. É difícil conhecer alguém que aumentou o seu patrimônio sem fazer
esforço algum. Por isso, busque boas oportunidades de investimento. Normalmente, as modalidades que oferecem a maior
rentabilidade também exigem um perfil mais ousado.
2.2 Componentes patrimoniais:
Ativo
O Ativo compreende os bens e os direitos controlados pela entidade e expresso em moeda e possuem a característica de gerar
benefícios de fluxos de Caixa futuros para a entidade.
Exemplos de bens e direitos registrados no Ativo: Caixa, bancos, clientes, contas a receber, Estoque, empréstimos concedidos a
terceiros, imóveis, veículos, máquinas e equipamentos, entre outros.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Os componentes do Ativo, por convenção, são registrados no lado esquerdo do Balanço Patrimonial.
Passivo
Basicamente, são todas as obrigações a pagar que a empresa possui, ou seja, são compromissos para com terceiros devido ao consumo
de recursos.
Exemplos de compromissos registrados no Passivo: fornecedores, contas a pagar, empréstimos a pagar, financiamentos a pagar,
salários a pagar, entre outros.
Os elementos do Passivo, por convenção, são registrados no lado direito do Balanço Patrimonial.
Exemplo: se uma empresa possuir um Ativo (bens + direitos) no valor de 50.000 Mts e um Passivo (obrigações) no valor de 30.000
Mts, então, tem-se um Patrimônio Líquido de 20.000 Mts
A – P = PL
Os elementos do Patrimônio Líquido, por convenção, são registrados no lado direito do Balanço Patrimonial.
O Patrimônio Líquido pode ser constituído pelas fontes de recursos provenientes de: ɵ investimentos dos sócios realizados através
das compras de ações, quotas ou outras participações; ɵ lucros auferidos nos períodos e que não são distribuídos aos sócios
Fatos Contábeis
Fatos contábeis (ou fatos administrativos) são ocorrências que têm por efeito a alteração da composição do Patrimônio, seja em seu
aspecto qualitativo ou em seu aspecto quantitativo.
São todos os eventos que ocorrem na empresa, passíveis de se determinar um valor monetário. O registro de um fato contábil pode
ou não alterar o valor do Patrimônio Líquido da empresa. Classificam-se em três grupos: Fatos contábeis permutativos (qualitativos
ou compensativos), Fatos contábeis modificativos (ou quantitativos) e Fatos contábeis mistos (ou compostos).
São fatos que acarretam uma troca (permuta) entre elementos do ativo, do passivo, ou de ambos, porém sem provocar alteração no
Patrimônio Líquido, alterando apenas a composição qualitativa dos elementos pertencentes ao Patrimônio. Ex.: compra de uma
máquina à vista - ocorre a permuta de um bem (dinheiro) por outro bem (máquina), ambos elementos do ativo.
Débito Crédito
A A
46
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
P P
A P
P A
PL PL
Modificativos ou Quantitativos
São fatos que alteram a composição do Patrimônio e modificam para mais (modificativos aumentativos) ou para menos
(modificativos diminutivos) a situação líquida da empresa.
Modificativos aumentativos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de receita, aumentando o Patrimônio Líquido (PL). Ex.:
Receita de vendas, receita de aluguel, etc.
Débito Crédito
A PL/R
P PL/R
Modificativos diminutivos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de despesa, diminuindo o Patrimônio Líquido (PL). Ex.:
pagamento de despesas em geral, etc.
Débito Crédito
PL/D A
PL/D P
Mistos ou Compostos
São os que envolvem simultaneamente um fato permutativo (qualitativo) e um fato modificativo (quantitativo), alterando o
Patrimônio Líquido (PL), ou seja, a troca de elemento patrimonial com lucro ou prejuízo.
Mistos aumentativos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de receita (venda com lucro, aumenta PL).
Ex.: recebimento de duplicatas com juros, pagamento de duplicatas com desconto, reforma de dívida com desconto, vendas com
lucro, pagamentos de obrigações com desconto, etc.
Débito Crédito
A P/PL/R
A/P A/R
Mistos diminutivos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de despesa (venda com prejuízo, diminui
PL). Ex.: recebimento de duplicatas com desconto, pagamentos de duplicatas com juros, reforma de dívida com juros, etc.
Débito Crédito
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
PL PL/P
A/P/D A
Os fatos contábeis alteram o Patrimônio sob seus dois aspectos básicos: o qualitativo e o quantitativo. Ao analisar os fatos
permutativos, observa-se que estes provocam variações estritamente qualitativas, isto é, modifica-se apenas a natureza dos elementos
patrimoniais envolvidos. Já os fatos modificativos e os fatos mistos geram mudanças reais na expressão monetária da situação
líquida, ou seja, provocam variações de natureza quantitativa.
OBS.: Não confunda fato com ato administrativo. O ato administrativo, ao contrário do fato administrativo, não produz de imediato
qualquer alteração no Patrimônio e não deve ser registrado na contabilidade. Se contabilizado, é chamado de operação
extrapatrimonial (conta de compensação). Encarregar um empregado a desempenhar determinada tarefa constitui um ATO
ADMINISTRATIVO. Agora, pagar a ele o seu salário define um FATO ADMINISTRATIVO, pois estará alterando o Patrimônio
da entidade.
• Valor existente em Bancos(Millennium Bim, BCI, Standard bank e Acess banking) – 890.000,00
• INSS, Sindicato e IRPS referente ao mês Julho no valor de 25.000,00, 17.550,00 e 78.000,00 respectivamente
Pretende-se:
48
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
a) Agrupar os activos e os passivos, colocar os valores nas respectivas contas e apurar a situação
líquida, não se esquecendo de classificar em bens, direitos e obrigações.
700.000,00 B
Temos:
𝑆𝐿 = 7.465.000,00 − 4.315.550,00
𝑆𝐿 = 3.149.450,00
Aqui podemos verificar que temos uma situação líquida positiva (pois o activo é superior ao Passivo).
Uma viatura de caixa aberta (BMW) – Iva a pagar – 8.900,00 40 celulares A10 @ 10.750,00
560.000,00
35 celulares A11 @ 11.250,00
Uma viatura TOYOTA – 1.050.000,00
49
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Mobiliário de escritório – 78.000,00 Depósito a ordem o Banco único – Dívida ao Moza Banco – 1.650.000,00
86.000,00
Uma máquina de calcular – 7.500,00 Notas e moedas no cofre – 10.950,00 Empréstimos do Banco BCI –
2.500.000,00
Facturas de fornecedores – 18.900,00 Dívida á segurança social – 17.900,00 Dívida ao sindicato – 67.000,00
Pede-se:
a) Agrupar os activos e os passivos, colocar os valores nas respectivas contas e apurar a situação líquida, não se esquecendo
de classificar em bens, direitos e obrigações.
ii) A empresa ABERTA SEMPRE PARA OESSOAS BONITA, LDA tem de activo um valor estimado em 680.000.000,00MTs e de
Capital próprio 600.000.000,00MTs. Diga qual é o valor do Passivo?
iii) A loja SHOPRITE, MOÇAMBIQUE LDA, disponibilizou a seguinte informação sobre sua posição: Bens no valor de
5.790.000.000,00MTs, Direitos no valor de 1.650.250.000,00MTs e obrigações no valor de 3.750.750.000,00MTs. Qual é o valor do
Activo, Passivo e do Capital Próprio? Que situação líquida se encontra (positiva ou negativa)?
iv) A VODACOM, SARL tem os seguintes componentes patrimoniais em valores (dólares), Bens tangíveis 50.790$, Bens intangíveis
67.950,00$, Bens móveis 10.650$ e Bens imóveis 15.870$, Direitos no valor total de 97.070$ e Obrigações no valor de 125.000$. (
Considerado que o câmbio usando foi de 75MTs/$). Qual é o valor do Activo, Passivo e do capital próprio em Meticais?
iv) A empresa Well Tec, lda sediada na cidade da Beira, tem como actividade principal comercialização de artigos informáticos. No
dia 31/12/20xy o seu património era composto dos seguintes elementos:
10 impressoras em armazém a cada Dívida do cliente Delta cafés – 45.600,00 4 secretárias para o escritório @ 1.455,00
16.000,00
2.500 cabos eléctricos no valor de 130,00 Viatura ligeira de mercadorias – Dívida do empregado Rúben Amorim–
cada 150.000,00 87.000,00
20 computadores Termo a cada Dívida á Toyata(vendedor de carros) – Dívida ao banco “BCI”- 160.000,00
11.200,00 165.500,00
5 computadores Lenova cada a 7.350,00 Terreno do armazém – 92.450,00 Depósito á ordem no BCI – 67.000,00
Dívida do cliente Allan Kardec lda – Dívida a J.FIG, fornecedor de CD – Dinheiro em caixa – 45.000,00
17.900,00 7.670,00
50
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Dívida ao fornecedor cia comercial lda – Computador para uso na empresa – Imposto a pagar(IVA) – 5.750,00
18.500,00 14.800,00
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Mas como assim ? O crédito refere-se a algum valor que entrou na minha conta bancária certo? do mesmo modo o débito é
quando algum valor sai da minha conta bancária… Então como posso creditar da conta para fazer um pagamento ?
Eu sei que é confuso, estudantes de contabilidade levam um tempo para entender este conceito, mas ele não é tão complexo. O crédito
sempre será origem e o débito sempre será aplicação. O que acontece é que os registros feitos no extrato e os registros contábeis
são opostos . Veja:
Suponhamos que novamente você precisa pagar o seu fornecedor:
Registro contábil: O valor sairá da sua conta ou seja: vai creditar (origem) da sua conta e debitar (aplicação) na conta do
fornecedor.
Registro bancário: O valor sairá da sua conta ou seja: vai debitar da sua conta e creditar na conta do fornecedor.
Mas por que são opostos?
As informações são iguais a forma de escriturar é diferente! Ao emitir um extrato, você tem um relatório referente a
movimentação bancária da sua empresa sob a ótica do banco. Veja:
Quando a empresa tem um saldo credor na conta, a contabilidade precisa invertê-lo para devedor, pois este saldo é um direito que
a empresa tem, sendo assim, compõe o ativo e as contas do ativo são devedoras pois representam os bens e diretos da empresa.
Por outro lado, o banco tem uma obrigação para com o correntista, sendo assim o saldo fica credor para o banco pois compõe o
passivo (obrigações).
Como você está com um relatório cuja ótica é do banco, você vê um direito como credor, pois para o banco é uma obrigação,
entretanto, para você enquanto correntista é um direito, sendo assim, a contabilidade deve lançar o saldo como devedor.
4.1 Razão
No livro diário:
D- Veículos...........$45.000
C- Banco..............$45.000
52
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
No razonete da conta Veículos, o valor foi debitado (lado esquerdo) pois gerou um aumento no ativo (bens e direitos) da empresa.
Já no razonete da conta Bancos, o valor foi creditado (lado direito) pois gerou uma diminuição de ativo (diminuiu o valor disponível
da conta).
Exemplo 2
1)D-Estoque....$67.000
C- Caixa....... $67.000
2)D-Caixa.......$70.000
D-Banco....$30.000
C- Estoque.... $100.000
3)D-Caixa.......$35.000
C- Banco ..... $35.000
4)D-Estoque.............$10.000,00
C- Fornecedores..... $ 10.000,00
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
As contas que foram lançadas no Diário a débito, são lançadas no Razão (razonetes) no lado esquerdo e as que foram lançadas a
crédito no Diário, no lado direito. Em cada razonete é registrado todas as operações do Livro Diário referentes a conta em questão.
Apuração do Saldo do Razonete
O saldo de uma conta é o valor da diferença entre a soma dos débitos e a soma dos créditos do razonete. Somamos os valores do
lado do débito e somamos os valores do lado do crédito. Após isso, subtraimos o débito do credito ou vice-versa. O saldo será devedor
se a soma dos débitos for maior que a soma dos créditos e será credor se a soma dos créditos for maior que a soma dos débitos. No
exemplo dado acima, as contas Estoques, Caixa e Banco fecharam com saldo devedor e a conta Fornecedores fechou com saldo
credor. (Em qualquer momento pode-se apurar o saldo do razonete.)
OBS.: Apurado o saldo da conta, o próximo passo é colocar um traço horizontal logo abaixo dos lançamentos, de lado a lado, com
o qual limpamos o razonete, passando a valer apenas os valores lançados a partir do respectivo traço. Em seguida, lançamos o saldo
final (SF) no débito ou no crédito, conforme o caso.
Exercícios básicos
2. A empresa Model, Lda apresentou as seguintes situações neste mês:
A) No início do mês tinha 180.000,00Mts em espécie. No decorrer do mês ocorreram recebimentos
de clientes no valor de 50.000,00Mts e de outros devedores no valor de 25.000,00Mts e também
ocorreram pagamentos aos fornecedores no valor de 76.000,00Mts e a credores no valor de
31.250,00Mts. ( Tanto os pagamentos como os recebimentos ocorreram em numerário). Ao final
Diga qual é o saldo em espécie existente nessa empresa. E indique a conta contabilística que
melhor representa este valor.(demonstre no razão)
B) No início do mês a empresa possuía 500.000,00 de dívidas a pagar junto a terceiros por
compras(mercadorias e activos) a prazo. No decorrer do mês ocorreram pagamentos dessas
dívidas na proporção de 40% da dívida para (mercadorias) e 25% da dívida (Activos), sabendo
que do total em dívida as mercadorias são 2/3, e durante o mês foram comprados novamente a
prazo mercadorias no valor de 57.000,00 e activos no valor de 68.000,00. Diga qual o saldo das
dívidas da empresa, Ao final do mês e qual os nomes das contas contabilísticas que as
representam. (Demonstre no razão)
C) No início do mês valores a receber tinha de 850.000,00, dos quais 75% (por venda de
mercadorias) e os restantes (por adiantamento aos trabalhadores), durante o mês ocorreram
recebimentos que somaram 90.000,00 (pelo recibo) e novas vendas a prazo no valor de
100.000,00 e novamente adiantamento no valor de 75.000,00. Diga qual o saldo de valores a
54
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
receber. Ao final do mês e qual o nome das Contas contabilistas que melhor representam esses
valores.
3. A Sociedade AFRICA FERTILIZANTES LIMITADA (AFL) tem as seguintes informações:
Métodos de Escrituração
A palavra método vem do grego methodos(caminho) e se refere ao meio utilizado para chegar a um fim. É o caminho pelo qual se
atinge um objetivo. Método de Escrituração é o meio pelo qual procedemos ao registro de fatos contábeis.
Embora haja diversas maneiras diferentes de escriturar os fatos contábeis, todas elas procedem de dois métodos fundamentais: o
método das Partidas Simples e o método das Partidas Dobradas.
Este método reza que em cada lançamento, o valor total lançado nas contas a débito deve ser sempre igual ao total do valor
lançado nas contas a crédito.
Ou seja, não há devedor sem credor correspondente. A todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. Se aumentar
de um lado, deve consequentemente aumentar do outro lado também.
Como é mais comum uma transação conter somente duas entradas, sendo uma entrada de crédito em uma conta e uma entrada de
débito em outra conta, daí a origem do nome "dobrado".
55
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Exemplo 1: Se "X" tem um crédito de $200,00 contra "Y", é certo que "Y" tem um débito de $200,00 para com "X".
Em consequência do método das partidas dobradas, a soma dos saldos das contas do Ativo deve ser sempre idêntica à soma dos
saldos das contas do Passivo e Patrimônio Líquido (no Balanço Patrimonial), de tal forma que, se esses dois saldos não "baterem no
centavo", isso denuncia um erro de lançamento que precisa ser detectado e corrigido.
Em algum momento pode ocorrer uma modificação na composição quantitativa ou qualitativa do ativo, sem que ele, como um todo,
tenha sido aumentado. Nesse caso, ao aumento de um dos elementos do ativo corresponderá uma diminuição de igual valor em outro
elemento do ativo. A mesma coisa se aplica ao passivo.
Exemplo 2: A empresa XYZ possui $200.000,00 do item dinheiro no seu patrimônio. Em determinado momento, foi apurada a
necessidade de comprar um veículo para uso da empresa no valor de $40.000,00. Realizada a compra, o item veículo aumentou em
$40.000,00 e o item dinheiro foi diminuído nesse mesmo valor.
A utilização das Partidas Dobradas permite que através de um único lançamento, as duas alterações sejam anotadas:
Em termos contábeis: Debita-se a conta veículos (representando a aplicação de recurso) e credita-se a conta caixa (representando a
origem dos recursos aplicados).
Fórmulas de Lançamento
De acordo com número de contas debitadas e creditadas, podemos identificar 4 (quatro) fórmulas de lançamento, quais sejam:
Fórmulas de Lançamento
Exemplos:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
– Conta Estoque (Ativo): Crédito de R$ 400,00 – baixa de estoque no valor de custo do ativo.
Livros Contábeis
A escrituração é encontrada nos livros contábeis e fiscais. Existem 2 livros, por sinal, de são de importância ímpar na preparação
para concursos: livro diário e livro razão. Vejamos mais detalhes sobre eles.
1. Livro Diário
Como o nome indica, o livro diário é um livro que contém o registro de todo e cada lançamento em ordem cronológica, fato que
nos permite compreender a sequência de acontecimentos ocorridos na empresa.
É obrigatório para a quase que totalidade dos empresários (ressalva-se o pequeno empresário previsto na LC 123/2006).
2. Livro Razão
Já o livro razão é facultativo, principal (isto é, registram todos os fatos) e sistemático (leva em conta principalmente a organização
das informações).
Contudo, segundo a legislação do IR, os contribuintes sujeitos à apuração do lucro real devem escriturar o livro razão.
Veja um exemplo de livro razão:
57
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Balancete de Verificação
Uma vez estudado os livros contábeis, chegamos ao ponto final de nosso artigo: o balancete de verificação. Precisamos entender os
livros primeiramente, uma vez que o Balancete é extraído do Livro Razão.
O balancete de verificação é um demonstrativo de caráter auxiliar em que são relacionadas todas as contas, sejam ela patrimoniais
ou de resultado.
O objetivo desse demonstrativo é verificarmos se foi aplicado corretamente o Método das Partidas Dobradas.
Caso haja a existência de débito sem crédito correspondente, o balancete irá apresentar.
Vale ressaltar que nem todos os erros de escrituração são constatáveis no balanço patrimonial. Por exemplo: se a empresa efetuar a
venda de mercadorias a prazo e, por engano, registrar a entrada de caixa, o balancete de verificação não irá apresentar esse erro.
Abaixo encontramos um exemplo de balancete de verificação. Veja que o total de débitos iguala-se aos créditos. De uma coisa temos
certeza: o método das partidas dobradas foi obedecido. Contudo, ainda não se pode afirmar que a escrituração esteja correta:
58
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Exercícios de aplicação
1. Assinale sempre as opções corretas
B) No lançamento da 3ª fórmula, há:
I. Mais de duas contas debitadas e duas creditadas
II. Mais de uma conta debitada e uma creditada
III. Duas contas creditadas e uma debitada
IV. Duas contas debitadas e duas creditadas
C) No lançamento da 1ª fórmula, há:
I. Duas contas de activo e uma de Passivo
II. Cumprimento rigoroso de princípio das partidas dobradas
III. Duas contas a debitar e uma a creditar
IV. Exatamente uma conta a debitar e uma a creditar
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Onde:
As vendas brutas podem ser tratadas como 'receita bruta', ou 'receita bruta de vendas', e o resultado com mercadorias também é
chamado de 'resultado bruto', ou 'resultado bruto com mercadorias'. Os termos 'bruta' e 'bruto' são devidos aos seguintes fatos,
respectivamente: as vendas, até esse momento, ainda contém certos valores que serão oportunamente deduzidas de seu valor; o
resultado não leva em consideração as demais receitas e despesas da empresa, a exemplo de juros pagos ou recebidos; alugueis
salários; impostos etc.
O custo das mercadorias vendidas (CMV), integrantes do resultado, pode ser assim apurado;
CMV = EI + C – EF
Onde:
TIPOS DE INVENTÁRIO
Para se conhecer os valores dos estoques inicial e final, são realizados 'inventários'. Podem ser feitos de duas
• Inventário Periódico: Contagem física dos estoques, feita no final de cada período considerado. O estoque é representado
pelo valor total das mercadorias. Pode-se ainda adotar o valor de mercado (quanto vale atualmente) de cada mercadoria. Por
imposição legal, adota-se o menor valor dentre os apurados (custo ou mercado). Com esse procedimento estará determinado o
Estoque Final, valor a utilizar na apuração do custo das mercadorias vendidas.
• Inventário Permanente: Consiste no registro concomitante dos estoques à medida que ocorrem as operações de compra e
venda e mercadorias. Os registros são feitos em fichas próprias (ou por sistemas eletrônicos), permitindo que se obtenha o custo
das mercadorias a qualquer instante. O formulário é denominado 'ficha de controle de estoque', sendo utilizado um para cada
tipo de mercadoria.
• Podem ser adotados três métodos para avaliação dos estoques, que diferem pela ordem em que são considerados os valores
individuais das mercadorias (custos de aquisição) ou pela fama matemática de sua determinação. São eles: PEPS (o primeiro
que entra é o primeiro que sai) ou, em inglês, FIFO ('first in, first out'); UEPS (o último que entra é o primeiro que sai) ou, em
inglês, LIFO ('last in, first out'); CMP (custo médio ponderado), também denominado 'média ponderada móvel' (MPM), ou
ainda, imprecisamente, chamado de 'preço médio ponderado' (tratando-se de método para avaliação de "custo". a utilização do
termo "preço" no seu título pode gerar incompatibilidade com o próprio conceito).
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
INVENTÁRIO PERIÓDICO
Os registros contábeis vinculados a esse procedimento podem ser feitos através das contas: Conta mista de mercadorias ou
Conta desdobrada de Mercadorias.
• a conta Mercadorias (conta mista) deverá conter, inicialmente, o valor do estoque inicial, através de um débito que tem como
contra-partida um crédito na conta Mercadorias em estoque (é a transferência deste valor para a conta
Mercadorias);
• a conta Mercadorias será debitada pelos valores das compras (entradas de mercadorias) e creditada pelos valores das vendas
(saídas de mercadorias), à medida em que essas operações forem sendo realizadas;
• leva-se o valor do estoque final à crédito da conta Mercadorias. Este valor é obtido extra-contabilmente, e a operação de
creditar-se a conta Mercadorias é a contra-partida do registro dessa mesma importância a débito da conta Mercadorias em
estoque, onde ele representará adequadamente um ativo da empresa.
O saldo da conta Mercadorias, determinado após a realização das operações indicadas. será o Resultado com Mercadorias
(RCM), ou 'Lucro bruto' (designação imprópria, pois sendo negativo será um "prejuízo").
O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) pode ser determinado analiticamente, dispondo-se de RCM e do total das vendas
(V), da seguinte forma: RCM = V – CMV, donde CMV = V – RCM.
Exemplo - dados:
1) Mercadorias
1) Mercadorias em Estoque
Em razonetes:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Para o encerramento da conta mista de Mercadorias, no final do exercício, lança-se o valor correspondente a débito dessa conta e a
crédito da conta Resultado com Mercadorias. O saldo da conta Mercadorias será nulo após o encerramento.
Mercadorias
a RCM..................................... R$ 900,00
A conta Mercadorias em estoque, ou simplesmente Estoque, figurará no Balanço Patrimonial (principal demonstrativo contábil),
demonstrando apenas o valor patrimonial que abriga, ou seja. o valor das mercadorias estocadas no final do exercício. No início do
exercício seguinte, outro lançamento reverterá o saldo dessa conta para a conta mista de Mercadorias, reiniciando-se o processo
descrito.
Mercadorias
Na 1a. fase – apuração do Custo das Mercadorias Vendidas no período - adotam-se os procedimentos:
• transfere-se o valor do Estoque inicial, creditando-se a conta Mercadorias (que ficará com saldo nulo), para a conta Custo
das Mercadorias Vendidas, que será debitada em igual valor;
• encerra-se a conta Compras, que será creditada de um valor igual ao de seu saldo, anulando-o. A contrapartida será um débito
de mesmo valor na conta Custo das Mercadorias Vendidas;
• apura-se, extra-contabilmente, o valor do Estoque final, lançando-o a débito da conta Mercadorias (que passará a possuir
esse mesmo valor como saldo) e, em contrapartida, um crédito de mesmo valor na conta Custo das Mercadorias Vendidas.
O saldo da conta CMV, depois de realizadas as operações anteriores, será o próprio Custo das Mercadorias Vendidas.
Na 2a. fase – objetiva-se apurar o Resultado com Mercadorias. São feitas as seguintes operações:
• encerra-se a conta Vendas, que será debitada de um valor igual ao de seu saldo, anulando-o. A contra-partida será um crédito
de mesmo valor na conta Resultado com Mercadorias;
• encerra-se a conta Custo das Mercadorias Vendidas, que será creditada de um valor igual ao de seu saldo, anulando-o.
Em contra-partida faz.-se um débito de mesmo valor na conta Resultado com Mercadorias.
O saldo da conta RCM, depois de realizadas as operações anteriores, será o próprio Resultado com Mercadorias.
Compras: 1) Compras
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Vendas: 3) Bancos
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
4) Dupl. a Receber
Encerramento de contas e transferência de saldos, para determinação do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV):
5) transferência do valor do Estoque Inicial da conta Mercadorias para a conta CMV - $ 800,00;
6) encerramento da conta Compras, a débito da conta CMV - o saldo de $ 3.000,00;
7) transferência do valor do Estoque Final da conta Mercadorias para a conta CMV - $ 1.200,00.
Encerramento de contas para determinação do Resultado com Mercadorias (RCM):
8) encerramento da conta Vendas, a crédito da conta RCM; 9) encerramento da conta CMV, a débito do RCM.
Os razonetes a seguir demonstram a movimentação das contas envolvidas (propositadamente não são mostradas as
movimentações das contas Caixa, Bancos, Duplicatas a pagar e Duplicatas a receber).
CMV RCM
* RCM
As contas Compras, Vendas, CMV e RCM funcionam como contas de resultado. A conta Mercadorias, de onde são extraídos o
EI e o EF são contas patrimoniais (os estoques são ativos da empresa).
INVENTÁRIO PERMANENTE
Se for adotado o sistema de inventário permanente, será possível conhecer-se o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
e o Resultado com Mercadorias (RCM), a qualquer momento. As compras são registradas na conta Mercadorias, Mercadorias em
estoque ou Estoques (a critério da empresa), e lançadas também nas 'fichas' de estoque. Quando ocorrem as vendas, são feitos
dois lançamentos: um para o registro da venda pelo seu valor real (e futura apuração da receita de vendas) e outro, na ficha de
estoque, para o registro da venda (ou saída de estoque) pelo valor de custo da mercadoria. Nas fichas de estoque, as compras
são representadas pelas 'entradas' e as vendas pelas 'saídas'.
Exemplo de lançamentos de diário (partidas de diário) e registros correspondentes nas fichas de estoque das
seguintes operações:
2) venda, em 27.06.96, de 300 unidades da mesma mercadoria, por um valor total de $ 18.000,00.
Partidas de Diário:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
2) Venda:
2a) Bancos
(1) 7.500 (2b) (5) 18.000 (2A) saldo 25.000 (1) (2) 7.500 7.500 (4) (4) 7.500 25.000 18.000 (5)
18.000
(2a) 18.000
10.500
As operações 4 e 5 são relacionadas a operações de encerramento das contas CMV e Vendas, respectivamente. O lucro bruto apurado
no exemplo será de $ 10.500,00.
Representação dos registros na ficha de estoque correspondente à mercadoria transacionada.
1) O valor expresso na coluna Custo Total, no grupo das saídas, representa o Custo das Mercadorias Vendidas (*1). O
Estoque Final da mercadoria (*2) pode ser obtido na coluna Custo Total, do grupo saldo.
2) Conhecendo-se o valor das Vendas (no caso, $ 18.000,00), pode-se determinar RCM, tal como foi feito através
dos razonetes, porém utilizando a expressão apropriada: RCM = V – CMV = 18.000 - 7.500 = $ 10.500,00.
3) O custo unitário das mercadorias para venda (*3), nos casos em que existam registros de mais de uma compra da mesma
mercadoria, deverá ser determinado por um dos métodos - PEPS, UEPS e CMP - que serão oportunamente detalhados.
Este valor será considerado para determinação do lucro da empresa pela revenda dessas mesmas mercadorias.
Naturalmente, para fins tributários, é de grande importância que essa determinação seja feita da maneira mais realista possível.
Não interessa ao empresário ter custos sub-avaliados. que resultarão em lucros irreais e excessivos, indevidamente tributados. Por
outro lado, ao Governo não interessa que esse custo seja incorreto por superavaliação, o que provocará redução do tributo devido.
Há 3 métodos para a avaliação de estoques, com vantagens e desvantagens que podem ser notadas em cada situação de
aplicação. É preciso lembrar que os procedimentos devem ser adotados para cada tipo de mercadoria ou produto com que a
empresa opera. São eles:
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PEPS (OU FIFO)
Deriva da expressão - "Primeiro que Entra, Primeiro que Sai" (ou, em inglês, "Fist In, First Out"). O valor
utilizado para baixar as mercadorias do estoque, pela venda, é o do custo mais antigo
Exemplo numérico:
$ 2.000.00 – Estoque Inicial, em 01.01.96 (não é uma entrada, vai diretamente para o saldo);
(+) $ 7.200,00 – Compras do período (somatório da coluna Custo total do grupo das Entradas);
(-) $ 6.960,00 – Estoque Final (soma dos valores da última data da coluna Custo total do grupo dos Saldos);
(=) $ 2.240,00 – CMV (somatório da coluna Custo total do grupo dos Saídas)
Com os dados do exemplo, e dispondo-se do valor total das Vendas (receita de vendas), determina~se o Resultado com Mercadorias
(RCM), também chamado de Resultado Bruto e, numa linguagem mais comercial, Lucro Bruto (LB).
Com os dados do exemplo numérico anterior, pode-se determinar as mesmas variáveis, de acordo com o método de avaliação
'UEPS', para efeitos comparativos:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MÉTODO UEPS
$ 2.000.00 – Estoque Inicial, em 01.01.96 (não é uma entrada, vai diretamente para o saldo);
(+) $ 7.200,00 – Compras do período (somatório da coluna Custo total do grupo das Entradas);
(-) $ 4.450,00 – Estoque Final (soma dos valores da última data da coluna Custo total do grupo dos Saldos);
(=) $ 4.750,00 – CMV (somatório da coluna Custo total do grupo dos Saídas).
Com os dados do exemplo, e dispondo-se do valor total das vendas (receita de vendas). determina-se:
Por redução injustificada do lucro bruto, o método é proibido, segundo a legislação fiscal (imposto de renda)
Visando permitir a comparação dos elementos de destaque na determinação do custo unitário das mercadorias em
estoque, o exemplo numérico anterior será novamente utilizado, agora para o método do Custo Médio Ponderado:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
$ 2.000.00 – Estoque Inicial, em 01.01.96 (não é uma entrada, vai diretamente para o saldo);
(+) $ 7.200,00 – Compras do período (somatório da coluna Custo total do grupo das Entradas);
(-) $ 5.944,44 – Estoque Final (valor total do saldo resultante das várias determinações anteriores);
(=) $ 3.255,56 – CMV (somatório da coluna Custo total do grupo dos Saídas).
Com os dados do exemplo, e dispondo-se do valor total das vendas (receita de vendas). determina-se:
Obs.: O Resultado com Mercadorias (ou lucro bruto), obtido por este método, situa-se no intervalo de valores (não é a média)
dos resultados determinados pelos modelos anteriores.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
FATOS QUE MODIFICAM AS COMPRAS
Da existência de fatos que modificam as compras surgem as noções de compras brutas (valor das operações de compra
propriamente ditas) e compras 'líquidas' *. Estas últimas são obtidas acrescentando-se ou deduzindo-se certos valores
diretamente incidentes sobre as operações de compra (cujos valores são as próprias compras brutas). .
Compras brutas
São representadas pelos valores pagos nas respectivas Notas Fiscais ou Faturas de compra.
Compras líquidas
São os valores das respectivas compras brutas com os acréscimos e deduções pertinentes.
Os valores a acrescentar podem ser provenientes de: fretes; seguros; impostos não recuperáveis e diretamente incidentes sobre as
mercadorias; outros valores diretamente relacionados às mercadorias para que possam ser consideradas disponíveis para as operações
do comprador.
Os valores a deduzir podem ser decorrentes de: devoluções de compras aos fornecedores, impostos recuperáveis e
diretamente incidentes sobre as operações (ICMS e o IPI, quando recuperáveis), abatimentos (ou descontos) obtidos. Os
descontos concedidos pelos fornecedores no ato da compra são consignados na própria nota fiscal, fatura ou documento hábil.
São também chamados de descontos incondicionais ou comerciais. Não incluem os descontos ditos 'condicionais' que são,
essencialmente, financeiros e concedidos pelo fornecedor em determinadas situações (quitação da fatura até certa data ou outras
condições eventualmente estabelecidas).
1) o objeto das operações de compra ora estudadas podem ser provenientes do exterior, incidindo sobre ele imposto de
importação e taxas aduaneiras. Os valores correspondentes deverão ser acrescidos ao custo das respectivas mercadorias - foram
aqui designados "impostos não recuperáveis";
2) Os impostos recuperáveis são os que recebem tratamento contábil diferenciado, de acordo com a legislação tributária.
Esse tratamento é dado ao ICMS e o IPI, dependendo da natureza da operação e do objeto social da empresa beneficiada.
A relação entre as compras brutas e as compras líquidas pode, então, ser expressa por:
onde:
Cl = Cb + (F + S + Inr) - (D + A + Ir)
Cl - compras líquidas
Cb - compras brutas
Ir - impostos recuperáveis
Os fatos que modificam compras refletem-se no modo de determinação do custo das mercadorias vendidas, que passará a ser
feito com base nas compras líquidas e não nas compras, simplesmente.
CMV = EI + Cl - EF
Onde Cl será o valor das compras líquidas.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
necessidade de qualquer ajuste, bastando lançar o valor total da compra na conta Compras ou Mercadorias.
Se a empresa desejar realizar o controle dos fretes, seguros e impostos não recuperáveis cobrados à parte, deverá registrá-
los separadamente das compras. Ambos os custos receberão idêntico tratamento contábil, porém a incidência mais freqüente é de
fretes e seguros. No final do período, serão encerradas as contas de Fretes e de Seguros, transferindo-se seus saldos para a conta
Compras (ou Mercadorias), como no exemplo a seguir.
Pelo registro dos pagamentos de fretes, seguros e impostos não recuperáveis (à vista e em dinheiro):
Fretes s/ compras
a Diversos ...................................................................
Obs.: 1) Os valores relativos a fretes, seguros e impostos não recuperáveis serão acrescidos ao valor de aquisição das mercadorias
(Compras Brutas) para determinação das Compras Liquidas:
2) O IPI (imposto sobre produtos industrializados), incidente sobre mercadorias compradas por empresas não industriais, é
considerado 'custo', e, como tal, seu valor deverá ser acrescido ao valor de compra. Nestes casos, o IPI é não recuperável.
Os registros contábeis, nos casos de devolução de mercadorias, sobre as quais foram pagos pelo comprador fretes e seguros, são
feitos contabilizando-se esses valores como despesas operacionais. Utilizando-se um exemplo: se fossem devolvidos $ 400,00 de
mercadorias compradas com incidência, em separado, de fretes e seguros, estes avaliados em $ 60,00, os lançamentos seriam
feitos como a seguir:
Pela devolução de mercadorias, com recebimento do respectivo valor pago (à vista e em dinheiro):
Caixa
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
a Mercadorias (ou Compras) ............................................. $ 400,00
O segundo lançamento, ao mesmo tempo em que baixa dos estoques (deduz do seu valor) o valor relativo aos fretes e seguros
anteriormente adicionados ao custo de aquisição, contabiliza-os como despesa. Trata-se de valores pagos que não mais poderão
ser recuperados pela empresa, razão pela qual constituem 'perda'.
No ato da compra
São reduções de valor, ajustadas entre o comprador e o fornecedor, no ato da compra (ou ‘pedido’). Geralmente estão
relacionados às quantidades compradas, a descontos promocionais ou a condições negociais ajustadas previamente pelas partes
(caso típico de desconto comercial).
Exemplo de lançamento, para uma compra de $ 5.000,00 com desconto de 10% (supondo pagamento à vista e em
dinheiro).
• depois de paga a mercadoria, à vista: nesse caso a empresa receberá de volta o numerário despendido e, nesta
oportunidade, fará o seguinte lançamento:
Caixa (ou Bancos)
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
a Diversos
Partidas de Diário
Compras ................................................. $ 5.000,00
a Diversos
Razonetes
CAIXA Desc COMPRA Obtidos
....... 4.400 (3) ......... .......
5.000 600
(1)
(2)
Na conta Caixa registra-se o valor efetivamente desembolsado pela empresa; na conta Descontos obtidos, a redução devida do
valor das compras. O valor real da compra - que é de $ 4.400,00 - entraria na ficha de controle de estoque.
Em 17.02.x6, após o recebimento das mercadorias, foram observados defeitos em parte do lote. Foi devolvida a parte
defeituosa das mercadorias, com conseqüente abatimento proporcional, feito à mesma taxa que foi concedida no ato da compra.
O valor da devolução, devidamente apurado, foi devolvido pelo vendedor, em dinheiro.
Inverte-se o lançamento anterior (por ocasião da compra), pelo valor da devolução. O lote defeituoso - de 10% do total - importou
em $ 440,00 (valor líquido), ou $ 500,00 (valor bruto), sendo a diferença de $ 60,00 provenientes do abatimento obtido.
Lançamento contábil da devolução
Diversos
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
a Compras ....................................................................... $ 500,00(4) Descontos obtidos
......................................... $ 60,00 (5)
Devoluções são registradas, com sinal invertido, nas próprias colunas de entradas.
INTRODUÇÃO
São fatos modificadores das vendas:
incidência de impostos sobre vendas; abatimentos ou descontos incondicionais concedidos ao comprador; devolução de
mercadorias vendidas, pelo comprador ou a anulação ou cancelamento de operações de venda realizadas.
Deverão ser consideradas as diferenças entre as ‘vendas brutas’ e as ‘vendas líquidas’, decorrentes desses fatos
modificadores. As vendas líquidas, também chamadas de receita operacional líquida, equivalem ao total de vendas realizadas
(vendas brutas ou receita operacional bruta) deduzidas dos valores relativos àqueles fatos.
Vendas líquidas
A relação entre as vendas brutas e as vendas líquidas é representada pela expressão:
Vl = Vb – (I + A + D)
Vl - vendas líquidas
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
RCM = Vl – CVM
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
São de valor proporcional ao da respectiva venda e apurados pela aplicação de uma taxa (alíquota) percentual sobre o montante
vendido. São excluídos das vendas brutas para determinação das vendas líquidas e também pela conveniência de receberem um
tratamento à parte, pelas questões tributárias envolvidas.
O lançamento contábil que considera a devida exclusão das vendas será:
Obs.: Os impostos recuperáveis (ICMS e IPI), para os quais a legislação pertinente prevê tratamento especial, serão estudados
mais detalhadamente em unidade específica.
lançamento do tipo:
Ocorrerá anulação, ou cancelamento, da venda quando os valores do estorno e da venda original forem iguais. Valores
a estornar inferiores aos valores originais das vendas correspondentes configuram devoluções de vendas.
Obs.: Anulações de vendas ocorridas em exercícios anteriores, serão consideradas ‘despesas operacionais’ do exercício em
que for efetivada a anulação (despesas de vendas do exercício).
Nesses casos são adotados dois procedimentos: um para baixa nos estoques dos itens devolvidos (aumentando as
quantidades em estoque), ao valores de custo; outro para registro do valor real efetivamente devolvido ao comprador.
anterior
Despesas de Vendas
a Caixa
Exemplo: Feita uma venda, em 15.02.96, de 40 unidades ao custo de $ 25,00 cada, 10 unidades foram devolvidas,
dois dias depois, pelo comprador. O registro a fazer na ficha de estoque do item devolvido será:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
13.02 100 25,00 2.500,00 100 25,00 2.500,00
15.02 40 25.00 1.000,00 60 25,00 1.500,00
17.02 (10) (25,00) (250,00) 70 25,00 1.750,00
Fretes e seguros pagos pelo vendedor e descontos financeiros concedidos devem ser tratados como 'despesas
operacionais' (despesas de vendas) sem influenciar o valor das vendas propriamente ditas,
As fichas de estoque operam somente com valores de custo das mercadorias. Fatos que alteram o preço de
venda (e não o custo) das mercadorias não devem ser registrados nas fichas de estoque.
Despesas com vendas, tais como os fretes pagos pelo vendedor, comissões de vendedores c todos os demais encargos
suportados pela empresa para colocar a mercadoria à disposição do comprador não devem ser consideradas na
determinação do custo das mercadorias disponíveis para venda, Assim não influenciarão diretamente o Resultado bruto
com mercadorias. Como despesas operacionais (extra-venda) só serão abatidas quando da apuração do resultado líquido.
IMPOSTOS - PARTE I
Nas operações de compra e venda os tributos diretos incidentes sobre as mercadorias são tratados em separado
(contas separadas) dada a importância de sua contabilização para fins tributários .
Os impostos incidentes sobre as operações são determinados com a aplicação de alíquotas, estabelecidas em lei,
sobre o “valor tributável”. São, portanto, proporcionais ao valor das operações. Os de maior importância são o ICMS e
o IPI, por serem recuperáveis em certas situações. Podem ser citados outros, como: ISS (para serviços prestados), COFINS
(arrecadado para custeio da seguridade social), PIS (para financiamento de programas sociais) e outros. Nas operações de
compra e venda internacionais incidem os impostos de Importação e Exportação, respectivamente, além de taxas relacionadas
ao despacho aduaneiro.
Isso explica o conceito de “impostos recuperáveis”, que podem ser desdobrados em dois tipos, conforme o objeto
da comercialização:
• empresas comerciais deduzem os valores dos impostos pagos, na aquisição de mercadorias, dos valores a pagar
desse mesmo imposto pela revenda das mesmas. É o caso típico do ICMS;
• empresas industriais retiram os valores de impostos pagos, na compra de matérias-primas, dos valores a pagar
desse mesmo imposto pela venda de produto industrializado onde aquelas foram empregadas. É o caso típico do IPI.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
CONTABILIZAÇÃO DO ICMS E DO IPI ICMS recuperável
O ICMS vem destacado nas notas fiscais por mera exigência legal, pois o valor do imposto já faz parte (ou está
incluso) no valor da mercadoria que é pago pelo comprador. Por essa razão é um imposto dito “por dentro”, pois integra a
própria base de cálculo sobre a qual é determinado.
Quando forem obtidos pelo comprador abatimentos incondicionais antes da emissão das respectivas notas fiscais, o
ICMS será calculado apenas sobre os valores líquidos das operações, após as deduções daqueles abatimentos. Os
abatimentos deverão estar expressos nas próprias notas fiscais.
Há duas formas de contabilização desses fatos nas operações de compra e venda. A seguir, são apresentados os
lançamentos típicos, através de exemplos:
a Diversos a Diversos
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Os razonetes levantados após a contabilização das operações de compra e venda conterão, além das contas usuais
já estudadas, as contas relacionadas ao imposto incidente, o ICMS.
(3a) 18.000
ICMS a recolh Vendas ICMS s/ vendas
3.060 20.000 (3a) 3.000
ICMS a recup.
(1) 1.700 (3b) (3b)
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
xxxxxx 10.000 (2) 3.000 (2) 2.000 11.300
(2) (4a)
(4a) 18.000
Vendas ICMS s/ vendas
20.000 3.000
C/C ICMS
(1) 1.700 3.060 (4b) (4a) (4b)
Para determinação do lucro bruto (RCM): (utilizados saldos dos razonetes anteriores, estoques inicial e final nulos)
Utilizando-se os mesmos dados do exemplo anterior (supondo-se alíquota do IPI de 20%), aplicados agora a
transações realizadas entre empresas industriais, serão apresentados os dois métodos contábeis aplicáveis para contabilização
do IPI:
a Diversos a Diversos
a Diversos a Diversos
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
xxxxx 12.600 (1) (1) 11.300 20.000 (3a) 3.000 2.000
(3a) 22.000
ICMS a recuperar ICMS a Recolher ICMS s/ Vendas IPI a Recuperar IPI a Recolher
1.700 3.060 3.060 2.600 4.000
(1)
(3a)
xxxxx 12.600 (2) 11.300 20.000 (4a) 3.000 (2) (2) 2.000
22.000
(4a)
(4a) ICMS s/ Vendas C/C de IPI
3.060 2.600 4.000
C/C de ICMS
Com base nos dados dos exemplos anteriores (com exceção daqueles relacionados a descontos e a ICMS), pode-se
Partidas de diário:
A conta ‘IPI s/futuramente bruto’ será encerrada, transferindo-se o seu saldo para a conta ‘Faturamento bruto’,
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Razonetes:
IPI s/ faturamento bruto Faturamento bruto Caixa IPI a recolher
(b) 4.000,00 4.000,00 (c) (c) 4.000,00 24.000,00 (a) (a) 4.000,00 (b)
24,000,00
………… …………
20.000,00
VB
IMPOSTOS – PARTE II
As empresas industriais, mesmo as contribuintes do IPI, também não podem recuperar impostos pagos nas
compras de matérias-primas que não se destinarem à processo industrial de transformação para obtenção de produtos
de sua fabricação.
Em qualquer desses casos, os tributos incidentes na compra são considerados "custos" da mercadoria ou matéria-
prima compradas, inclusive quando se destinam a estoque.
Exemplo de uma empresa comercial que comprou produto industrializado para revenda, por $ 10.000,00 pagos com
cheque:
O valor das mercadorias e conseqüentemente dos estoques, será o total da nota fiscal de compra, excluído apenas o
valor do ICMS. O IPI representará um custo adicional. Na revenda, a empresa, por ser comercial, não incluirá o IPI na nota
fiscal de venda.
Exemplo de empresa industrial que comprou máquinas para uso próprio, no valor bruto de $ 10.000,00 pagos com
cheque e IPI adicional de 20%:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
• Efetua-se o estorno. do valor correspondente, diretamente na conta 'ICMS a recuperar’, ou ‘IPI a recuperar’, através
de um lançamento invertido. A conta estornada, de natureza devedora (representa um "direito" da empresa), será
creditada do valor correspondente.
A desvantagem desse, método é que "créditos" nesta conta não são adotados normalmente. Só ocorrem quando houver erros
de lançamento ou devoluções de compras, o que não será possível distinguir apenas pela análise dos valores.
• Em outro método de contabilização, creditam-se as contas ‘ICMS a recolher’ ou ‘IPI a recolher’ dos valores dos
impostos pagos. As contas creditadas, de natureza credora (são obrigações da empresa), terão seus saldos aumentados
dos valores correspondentes. O objetivo do lançamento é, também, reduzir o direito da empresa de recuperar os
impostos, proporcionalmente aos itens devolvidos. Isso efetivamente ocorrerá por ocasião do encerramento das contas
‘impostos a recuperar’ e ‘impostos a recolher’, cuja diferença de saldos representará o imposto a pagar.
• Se os valores pagos na compra tiverem sido lançados em contas-correntes dos Impostos (C/C de ICMS e C/C de IPI),
os lançamentos serão a crédito destas contas. O efeito desses lançamentos também será a redução dos direitos “a
recuperar” proporcionalmente aos impostos pagos pelos itens devolvidos.
Em qualquer caso as devoluções de compras são interpretadas como ‘saídas’ de mercadorias ou produtos da empresa
compradora. São, inclusive, registradas no “Registro de saídas”, como ocorre nas vendas normais.
Exemplo de devolução total de mercadorias compradas, a prazo, por $ 5.000.00 e com incidência de IPI de 20% e ICMS
de 18%:
Na compra
Diversos
a Compras $ 4.100,00
a IPI a recolher (ou C/C de IPI) $ 1.000,00
a ICMS a recolher (ou C/C de ICMS) $ 900,00
O mesmo efeito teria o lançamento a débito das contas-correntes de impostos (C/C de ICMS e C/C de IPI),
quando ocorreria a recuperação do direito de compensar os impostos pagos por ocasião das vendas originais, quando do
encerramento das respectivas contas para apuração dos impostos a pagar.
Utilizando-se um exemplo de venda à vista, no valor de $ 5.000,00 (incidência de IPI de 20% e ICMS de 18%)
que foi recebido em cheque e posteriormente devolvido pelo comprador pelo valor original, os lançamentos seriam:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Pela venda original Devolução - com recuperação do valor do imposto
Outro procedimento a adotar, seria o lançamento dos valores a débito das contas ‘ICMS a recolher’' e ‘IPI a recolher’,
retirando dos valores destas obrigações da empresa, aqueles correspondentes às devoluções feitas.
Não se trata de um simples estorno, que se faria pela simples inversão dos lançamentos efetuados na venda
correspondente. Se fosse feito o estorno, os valores das contas estornadas influenciariam o resultado, no seu encerramento.
Porém, as devoluções não devem influir no RCM. Por isso cria-se a conta “perdas com devolução de vendas de exercícios
anteriores”, que é uma conta de ‘despesa de venda’ (uma despesa operacional), que não é considerada na apuração do
resultado com mercadorias (RCM).
Através de um exemplo, de operações realizadas por empresa que adota o regime de ‘inventário permanente’,
podem ser percebidos os reflexos contábeis das devoluções nos exercícios em que efetivamente ocorreram. Os valores das
operações e das mercadorias em estoque são apresentados nos próprios lançamentos,
CMV Estoque
a Estoques $ 3.000,00 a Perdas c/ devolução vendas exercícios anteriores $ 3.000,00
Empresas que operam no regime de ‘inventário periódico’ não devem efetuar o lançamento pelo registro da entrada de
mercadorias, para evitar dupla contagem. No final do período haverá a contagem física dos estoques, e o resultado já conterá
as mercadorias recebidas em devolução.
Exercícios Propostos
1 Sociedade Empresária Well Tec, realizou uma venda de mercadoria à vista, no valor de 320.000,00Mts, com incidência de
ICMS à alíquota de 18%. O Custo da Mercadoria Vendida foi de 192.000,00Mts
O Lucro Bruto dessa única transação de venda realizada pela Sociedade Empresária é de:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
• A.70.400,00Mts
• B.104.960,00Mts
• C.128.000,00.Mts
• D.185.600,00Mts
2 A tabela a seguir representa algumas das receitas e das despesas da empresa Armil, Lda durante o exercício de 2017.
Com base nas informações apresentadas, o resultado bruto será um prejuízo inferior a R$ 4.000,00.
• C.Certo
• E.Errado
3 A CASA ARCO-IRIS apresentava, em 31/12/2018, as seguintes informações sobre algumas de suas contas de receitas e
despesas acumuladas no ano de 2018, com os valores expressos em reais:
O valor do Lucro Bruto apurado pela Cia. Tudo Azul em 2018, em reais, foi de
• A.450.000,00.
• B.460.000,00.
• C.430.000,00.
• D.435.000,00.
• E.427.000,00
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
A tabela anterior contém informações sobre as demonstrações contábeis de uma empresa comercial, referentes ao ano de 2018
A tabela a seguir apresenta informações referentes aos saldos de contas do mês de julho de 2019
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Pretende-se:
a) Elaboração da ficha de controle de estoque usando o método de avaliação Custo Médio Ponderado (CMP);
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
b) Elaboração da ficha de controle de estoque usando um dos seguintes critérios: FIFO ou LIFO.
c) Informar o custo dos produtos vendidos, nas hipóteses a) e b).
d) Calcular o valor do lucro bruto (LB), nas hipóteses a) e b).
7. A Têxtil de Púngue, revendedora de material mineiro, informou sobre a movimentação do seu stock, num dado
mês do ano N. As informações foram:
• Dia 01: Existência de 5 toneladas, ao custo de 5,25mt/kg;
• Dia 04: Venda de 3.500kg, ao preço de 10,00mt/kg, ao cliente Industrial Sumol.
• Dia 06: Compra de 6 toneladas, ao preço de 5,75mt/kg, do fornecedor Têxtafrica do Chimoio, tendo pago
10.000,00mt (transporte e seguro);
• Dia 09: Compra de 7,6 toneladas, ao preço de 5,95mt/kg, do fornecedor Defronte de Tete, tendo pago
12.500,00mt (transporte e seguro);
• Dia 14: Devolução de compra do dia 06, 1.800kg;
• Dia 15: Venda de 16,6 toneladas, ao preço de 10,50mt/kg, ao cliente GUBO Lda.;
• Dia 18, Compra de 2,8 toneladas, ao preço de 5,87mt/kg, do fornecedor Têxtafrica de Chimoio, tendo pago
4.200,00mt (transporte e seguro);
• Dia 23: Devolução de venda do dia 15, 6.600kg;
• Dia 25: Venda de 7 toneladas, ao preço de 11,00mt/kg, ao cliente WINDO Búzi, Lda.
• Dia 28: Venda de 3/5 do restante em stock, no preço de 11,50mt/kg, ao cliente WARU, SARL;
• Dia 29: Venda de 500kg, ao preço de 12,00mt/kg, ao cliente VISON, SC;
• Dia 31: Compra ao preço de 5,98mt/kg, do fornecedor Defronte de Tete, sabendo que a empresa pretende ter
a mesma existência final em relação ao mês passado.(tendo pago 7.980,00 de transporte e seguro).
Pretende-se:
I. Caixa
Caixa Debitada
Clientes Creditada
Caixa Debitada
Vendas Creditada
Caixa Debitada
Caixa Creditada
Fornecedores Debitada
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Caixa Creditada
Mercadorias Debitada
Caixa Creditada
Caixa Creditada
8. Pagamento de despesas diversas como fornecimento e serviço prestado por terceiro, impostos, juros
F.S.E Debitada
Impostos Debitada
C.P.F Debitada
Caixa Creditada
9. Disponibilidade em moeda estrangeira: devem expressar, no final do exercício, ao câmbio que está em vigor nessa data,
o respectivo contravalor em Kz
Se, no final do exercício, o valor em moeda estrangeira for superior ao valor pelo qual essa quantia estava debitada na conta
Caixa, verifica-se uma ganho para a empresa
Caixa Debitada
P.G.F Creditada
Se, no final do exercício, o valor em moeda estrangeira for inferior ao valor que estava debitada na conta Caixa, verifica-se uma
perda para a empresa.
C.P.F Debitada
Caixa Credresum
Na caixa de Sede
Caixa Creditada
Na caixa de filial
Caixa Debitada
Em resumo
D Caixa C
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Diferenças de câmbio positivas Diferenças de câmbio negativas
1. Depósitos bancários:
Caixa Creditada
Clientes Creditada
3. Lucros de depósitos
P.G.F Creditada
Caixa Debitada
Fornecedores Debitada
E.O.E.P Debitada
Mercadorias Debitada
9. Pagamento de despesas de consumo diversas, por cheque, ou transferência bancária, como fornecimento e serviço
prestado por terceiro, impostos, juros
F.S.E Debitada
Impostos Debitada
C.P.F Debitada
Em resumo
D Depósito à ordem C
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Saldo inicial Levantamento para reforça de caixa
Caixa Creditada
Caixa/D.O Debitada
C.P.F Debitada
Caixa/D.O Debitada
P.G.F Creditada
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Diário de Caixa
Livro caixa
Um livro caixa é um documento que pode ser utilizado nas atividades de uma empresa, de qualquer porte, em que se efetuam
os registros de entradas e saídas de dinheiro, e que proporciona um auxílio na escrituração contábil.
Com o livro caixa ficam registrados os recebimentos e pagamentos de um período diário, mensal ou anual, como os pagamentos
a fornecedores, por exemplo.
As empresas optantes pelo Simples Nacional são obrigadas por lei a declararem os valores do fluxo de caixa. Por isso, é
importante que os fluxos de entrada e saída estejam bem organizados.
Este documento contribui para o controle do fluxo monetário de um negócio, mas também pode ser utilizado em finanças pessoais
ou familiares.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Como fazer um livro caixa
Para montar um livro de registro de caixa, é possível utilizar planilhas em papel ou em Excel, exibindo as informações que
identificam este documento.
• Data: É preciso identificar as datas para o melhor controle do fluxo de caixa da empresa. Além disso, é possível separar
em diferentes planilhas diárias caso o fluxo diário seja muito intenso.
• Histórico: O histórico é um espaço reservado para que sejam identificados os motivos da transação, como exemplos:
"Pagamento ao fornecedor A" ou "Recebimento do cliente B".
• Entradas: Os fluxos de entradas identificam os recebimentos que a empresa possui no período, em dinheiro ou a débito
em conta.
• Saídas: Os fluxos de saídas identificam os valores que são pagos por parte da empresa no período indicado, em dinheiro
ou a crédito em conta.
• Saldo final: É importante identificar o saldo que indica a diferença entre as entradas e as saídas. Este resultado é o
quanto a empresa tem em caixa no momento.
O saldo do período anterior deve ser considerado na primeiro registro. Este valor pode ser do dia, mês ou ano anterior, conforme
utilizado pela empresa e a quantidade de fluxo que o negócio apresenta.
Com o livro caixa montado, o preenchimento é feito de forma cronológica por cada transação, e para que este documento possa
ser utilizado para acompanhar os valores em caixa.
Ao indicar no livro uma entrada de dinheiro, não se deve indicar, ao mesmo tempo, uma saída. Cada operação segue uma linha,
mesmo que sejam de mesmos clientes ou fornecedores.
Além disso, um livro caixa apenas representam fluxos monetários, e não devem indicar compras pagas com cheques pré-datados,
ou vendas a clientes que devem pagar depois de um tempo. Estes registros se efetivam na data em que ocorrerem as entradas e
saídas de dinheiro do negócio.
Para entender melhor a utilização do livro caixa, apresentamos um modelo que serve de exemplo para este documento.
Saldo do mês R$
01/03/2018
anterior 2.380,00
Recebimento da
R$ R$
02/03/2018 fatura nº 439 de
950,00 3.330,00
02/2018
Compra de materiais R$
05/03/2018 R$ 45,00
para escritório 3.285,00
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Data Histórico Entrada Saída Saldo
Combustível para R$ R$
13/03/2018
carro da empresa 120,00 3.165,00
Pagamento ao
R$ R$
19/03/2018 fornecedor de Nota
2.895,00 270,00
Fiscal nº 0448
Recebimento da
R$ R$
26/03/2018 fatura nº 450 de
6.780,00 7.050,00
01/2018
Saldo do R$
mês 4.670,00
Saldo R$
final 7.050,00
O livro se inicia com o saldo do período anterior, já que este documento se refere a um período que pode ser definido. Sendo
assim, o livro caixa do próximo mês se inicia com o saldo em R$ 7.050,00.
O saldo do mês representa o valor em fluxo durante o período, representado pela subtração do último saldo e o saldo inicial.
A Reconciliação Bancária é um processo em que se compara os extratos bancários com a contabilidade interna da
empresa. Este procedimento de controlo interno deve ser realizado periodicamente, pois permite detetar possíveis erros de
tesouraria.
Diariamente, as empresas efetuam diversas transações financeiras (pagamentos, transferências, recebimentos, investimentos,
etc). Para assegurar que essas mesmas transações estão devidamente registadas, é necessário proceder à conciliação de contas:
comparando as entradas e saídas e as transações efetuadas pela empresa. O resultado da conciliação bancária deve ser um relatório
claro e objetivo, no qual é possível identificar as diferenças encontradas entre os extratos bancários e o saldo interno da empresa.
1. Identificação das contas bancárias: as empresas podem ter várias, para fins distintos, mas todas devem ser conciliadas;
2. Lançamento diário de todos os movimentos financeiros realizados: as entradas e saídas devem ser minuciosamente
registadas (pagamentos a fornecedores, pagamentos de empréstimos bancários, pagamentos de salários, impostos,
recebimentos de clientes, etc). Pode ser utilizado uma folha de cálculo ou um software certificado para efetuar os
registos;
3. Confirmação do saldo bancário: com todas as transações devidamente lançadas, é possível conferir o saldo bancário
e financeiro. Devem ser comparados e confirmados todos os valores e datas dos movimentos e assinalados o que estão
devidamente corretos;
4. Tratamento e correção das divergências: os movimentos financeiros irregulares (extrato bancário e registos que não
coincidem) devem ser analisados. Pesquisar a origem e o motivo da irregularidade é importante para proceder à
correção;
5. Reconciliação bancária: o objetivo é obter o saldo contabilístico partindo do saldo bancário, justificando a possível
diferença (por exemplo, cheques emitidos, mas ainda não descontados no banco;
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Exercícios Propostos
1)No dia 31 de Dezembro do ano XY, o saldo da conta de depósitos á ordem no Banco X, da sociedade ARMIL, LDA era de
1.343,00 MT, enquanto o saldo apresentado pelo extracto bancário era de 1.721,00 M. Após algum trabalho de reconciliação,
detectou-se o seguinte:
E da empresa era:
Débito. Crédito
17/03/2018 Depósito em 49.500,00 49.500,00 D
espécie
19/03/2018 Livros de cheques 10.000,00 39.500,00 C
21/03/2018 Depósito em 70.000,00 109.500,00 D
espécie
23/03/2018 POS 64.500,00 174.000,00 D
25/03/2018 Transferência a 100.000,00 74.000,00 C
ARMIL
28/03/2018 Cheque n° 01 25.000,00 49.000,00 C
29/03/2018 Cheque n°896 268.755,00 317.755,00 D
31/03/2018 Pag. de salário 156.000,00 161.755,00 C
01/04/2018 Cheque a BDG 56.000,00 105.755,00 C
02/04/2018 Transferência a 61.800,00 43.955,00 C
AFT
04/04/2018 Cheque a DAF 6.655,00 37.300,00 C
“IRPS”
05/04/2018 INSS 2.245,00 35.055,00 C
06/04/2018 Cheque n° 6789 59.800,00 94.855,00 D
11/04/2018 Cheque de BHX 86.000,00 180.855,00 D
'devedor'
A transportar 598.555,00 417.700,00 180.855,00 D
3)No mês de Maio de 2019 na empresa BDC, consultores e vencedores Lda, sabendo que possuía em espécie nessa data
100.000,00 e que realizou os seguintes movimentos::
Dia 6 – Recebe do Cliente, Mussa, Recibo 23, no valor de 75.000,00MT, via Transferência nr. 42;
Dia 7 – Compra a prazo 2 máquinas fotocopiadoras, factura nr. 487, da Sofala New Vision, SA no valor de
26.000,00MT cada;
Dia 10 – Paga ordenados no valor de 52.000,00MT, via transferência bancaria nr. 45U364.
Tarefas:
Dia 5 – A. Ferreira enviou um cheque de 300,00MT e aceitou uma letra pelo restante em divida;
Dia 6 – A. Ferreira paga 400,00MT no valor do saque e informa que se encontra em dificuldades financeiras para
pagar o restante.
Dia 7 – Receberam uma carta de A. Ferreira acompanhada de cheque de 200,00MT bem como a fotocópia de
Declaração de falência pelo que se vai considerar incobrável.
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Exercício 3. No dia 1 de Janeiro de 2020, para além do seu capital a Carpintaria Sozinho, SA, apresentava os
seguintes dados contabilísticos: Valores em Caixa 75.000,00MT; Mercadorias 175.000,00MT; Fornecedores
1.250.000,00MT, Credor-Estado 3.000,00MT; Empréstimos Bancários 4.000.000,00MT, Bancos 475.000,00MT,
Activos intangíveis 900.000,00MT, Matérias-primas 250.000,00MT; Construções 500.000,00MT, Investimentos em
Curso 1.560.000,00MT, Activos biológicos 350.000,00MT; Devedor Estado 365.000,00MT; Clientes 800.000,00MT;
Edifício 1.550.000,00MT; Viaturas 2.000.000,00MT; Equipamento Básico 1.000.000,00MT; Outros devedores
4.650.000,00MT. E no mês efectuou as seguintes operações:
Dia 5 – Vendeu seus activos Biológicos por 400.000,00MT tendo sido pago em numerário;
Dia 17 – Vendeu 50% do seu equipamento básico tendo obtido uma margem comercial de 10%. O pagamento foi
mediante uma transferência bancária;
Dia 20 – Usou a totalidade da conta Caixa e Bancos para pagar parte dos empréstimos bancários;
Dia 25 – Os clientes e Devedor Estado pagaram as suas dívidas 80% nas modalidades seguintes: 70% transferência
conta a conta e o restante em numerário;
Dia 31 – Fez empréstimo Bancário para de 2.000.000,00MT para os fins seguintes: 50.000,00MT para reforço da
conta caixa, 300.000,00MT para liquidar uma parte da divida do dia 3; 950.000,00MT para aquisição de uma viatura
de carga, 180.000,00MT para o pagamento de salários em atraso e o restante para apetrechamento dos seus
escritórios em computadores e impressoras.
4)A Empresa TCM Ltda, decidiu através do conselho administrativo, criar uma nova empresa que vai se dedicar a compra e
venda de mercadorias (alimentares), isso foi acordado no mês de Fevereiro de 20xy. Criou-se então a empresa, e no primeiro
mês registou-se os seguintes factos:
01/03/20xy: Constituição da empresa COLCA Sociedade unipessoal Ltda., com capital inicial de 750.000,00, sendo 50% em
numerário, 1/4 em estabelecimento operativo e o restante em mercadorias P/revenda;
02/03/20xy: Despesas com contrato de água e energia no valor de 10.000,00 e 14.000,00 respetivamente;
03/03/20xy: Compra de um veículo no valor de 115.000,00. 50% a vista e o restante com vencimento em 30, 60 e 90 dias;
04/03/20xy: Compra a prazo de 75.000,00 de mercadorias para revenda conforme factura n°354 de José Silva e CIA S/A;
05/03/20xy: Venda de 50% do estoque de mercadorias para revenda no valor de 310.000,00, sendo 50% a vista e o restante para
recebimento em um e dois meses(Cliente BBB Ltda);
15/03/20xy: Recebimento de cliente(BBB Ltda) de 30% do saldo a receber com desconto de 15%;
19/03/20xy: Compra de Celulares e Telefax para uso nos escritórios no valor de 37.500,00;
20/03/20xy: VD n° 02 ao cliente BBB Ltda, pela venda de 85% das mercadorias existente no estoque de revenda;
24/03/20xy: Compra a pronto de mercadorias para revenda no valor de 24.500,00 conforme VD n° 128 de José Silva e CIA S/A;
25/03/20xy: Empréstimo bancário no Banco oportunidade, no valor de 450.000,00 (amortizável mensalmente em 2 anos), sendo
que o valor ficou disponível na conta á ordem imediatamente;
26/03/20xy: Uso de 25% do valor que emprestou para aquisição de um outro estabelecimento operativo (P/revenda);
27/03/20xy: Compra por meio de cheque (Banco oportunidade) de um camião para transporte das mercadorias no valor de
150.000,00. O preço real do carro é de 155.000,00, a diferença diz respeito a desconto de pronto pagamento;
28/03/20xy: VD n° 4 ao Cliente ABC Ltda, pela compra de mercadorias no valor 30.000,00, sendo que foram diminuídas 25%
das mercadorias p/revenda restantes em estoque;
29/03/20xy: Compra de 3 computadores cada 35.000,00, 2 secretarias cada 15.000,00 e uma impressora no valor de 27.500,00,
para o uso no escritório, toda a compra foi feita na MINERVA, Ltda.;
31/03/20xy: Pagamento de salários e ordenados do mês de Março do ano 20xy, no valor de 45.000,00, 50% pagou por
transferência bancária, Banco oportunidade e o restante pagou em mão aos funcionários sem conta bancária;
Pretende-se:
5)Foi criada a empresa DISNEY SHOPPING, na cidade de Maputo, com NUIT n° 123456789, que vai se dedicar a venda de
roupas diversificadas. E apresentou os seguintes factos no primeiro mês de sua existência (mês de Abril de 2018):
Dia 01: Constituição da empresa no valor de 2.000.000,00, sendo que 25% em numerário, 25% em banco(BCI), 25%
estabelecimento para armazenamento e comercialização e 25% em Mercadorias, que foram adquiridas na ZARA PORTUGAL;
Dia 02: Despesas de abertura de contas bancárias no Banco espírito Santo e Banco oportunidade no valor de 15.000,00;
Dia 02: Venda de ao cliente PEP Ltda, 25% das mercadorias existente, no valor de 156.250,00 (Considerar o custo de
mercadorias);
100
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Dia 03: Compra de 10 fardos de roupa no valor de 7.500,00. VD n° 35 do fornecedor BelfLtda.
Dia 4: Requisição a caixa pela saída de 18.000,00 para compra de livros, facturas, recibos e outros documentos, na empresa
Digital designs;
Dia 5: Contrato de água e energia elétrica da empresa custou 8.000,00 e 12.000,00 respetivamente;
Dia 07: Venda a prazo de 4 fardos cada a 12.500,00 ao cliente VULVUSHOPING ( Estes fardos haviam custado 7.500,00
cada);
Dia 10: Transferência bancária no Banco Espírito Santo, 12,5% do valor existente em cofre(caixa);
Dia 12: Compra de uma viatura BMW, no valor de 400.000,00, tendo recebido desconto e pago 375.000,00( 55% pago por via
de cheque do BCI, 45% em numerário);
Dia 14: Compra a prazo de 50 fardos, factura n° 002 da ZARA PORTUGAL, cada fardo custa 10.560,00;
Dia 16: Venda a pronto pagamento de 25 fardos, ao cliente Loja das damas, preço de venda de cada fardo 14.750,00(
considerar que os fardos foram adquiridas cada 10.560,00);
Dia 17: Pagamento de água e luz no valor de 17.500,00 e 22.500,00 respetivamente, sendo que água foi pago por transferência
bancária do banco espírito Santo e luz em numerário;
Dia 19: Compra de uma antena da ZAP para o escritório do diretor no valor de 2.750,00
Dia 20: Venda a pronto pagamento de 15 fardos adquiridos no dia 14, ao cliente Intermoda, a 14.780,00 cada fardo( Considerar
o custo de cada fardo no valor de 10.560,00);
Dia 21: Requisição de caixa para compra de telefones e telefax para empresa, tendo pago somente 89.500,00, e o desconto
dado foi de 10,5% pela SAMSUNG;
Dia 23: Venda dos restantes fardos adquiridos no dia 14, a 15.000,00 cada, ao cliente SHOPPING CENTER.(Considerar custo
de cada fardo foi de 10.560,00);
Dia 24: Compra de 3 computadores na MINERVA, cada 45.500,00, com desconto de 9,85% por conta do pronto pagamento;
Dia 25: Entrada de mais dois sócios a empresa, sendo que um entrou com 525.000,00 em dinheiro e o outro com dois meios de
transporte avaliado em 125.000,00 e 175.000,00;
Dia 26: Venda no valor de 100.850,00 ao cliente Beira Boladas (mercadorias do dia 01). Tendo o cliente pago 100.000,00 por
dinheiro, e o restante recebeu de bônus por ter comprado pela primeira vez;
Dia 27: Venda no valor de 134.000,00 a praia cliente PEP( mercadorias do dia 01);
Dia 28: Recebimento do Cliente VULVUSHOPING, respetivo a divida do dia 07, pagou com um acréscimo de 15,5% pelo
atraso;
Dia 29: Compra a prazo de 50 fardos, factura n° 111 da empresa ZARA PORTUGAL, cada fardo ao mesmo preço do dia 02;
Dia 29: Depósito no valor de 70.000,00 no BCI, 50.000,00 no M-PESA, 35.000,00 no MKESH e 45.000,00 no Banco Espírito
Santo;
Dia 30: Crédito no banco espírito Santo no valor de 2.500,00 por conta da emissão do cheque do dia 12 e outros serviços;
Dia 30: Venda de 40 fardos @ 15.000,00, ao cliente Lojas das damas por meio de um cheque n° 345 do BCI(considerar que os
fardos custaram 10.560,00 cada);
Dia 30: Venda de 8 fardos a um novo cliente a 14.750,00, cheque n° 678 do Banco Espírito Santo (Considerar que estes fardos
custaram 10.560,00 cada);
101
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Dia 30: Pagamento de salário dos funcionários no valor de 250.000,00 por transferência bancária no BCI(55%), no Banco
Espírito Santo (35%) e o restante por M-PESA;
Pretende-se:
5) empresa HULF, SARL, dedica-se a venda a grosso e retalho de diversas mercadorias em determinado apresentava como saldo
o seguinte:
Dia 05: Compra de uma viatura no valor de 150.000,00, tendo pago 75% por meio do cheque n° 34577/BCI e o restante a prazo;
Dia 06: VD n°100 a BULIR, SARL, de mercadorias no valor de 85.000,00, valor sujeito ao IVA de 17%;
Dia 09: Factura-recibo n°55 da SIC, Lda. relativa a mercadorias no valor 117.000,00(IVA incluso);
Dia 14: Transferência bancária ref. 345685/BCI ao fornecedor para liquidação de 30% da nossa dívida;
Dia 20: Factura n°45, referente a venda de mercadorias a FL Bild, EI, no valor de 60.000,00, valor sujeito ao IVA de 17%;
Dia 25: Abertura de conta bancária no Millennium Bim, tendo depositado 10.000,00 e arcado com despesas no valor de
500,00(serviços bancários);
Dia 27:Pagamento de salários aos 4 funcionários, cada um com um salário de 6.200,00,(pagamento efetuado mediante BCI);
Pretende-se:
102
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Juros simples e juros composto
Nos juros simples, o juros é cobrado apenas em cima do montante que foi emprestado, ou seja, do capital inicial. Já no juros
composto, os juros são calculados sobre o montante emprestado somado aos juros acumulados em cada período, ou seja, um
juros sobre juros.
Fórmula J = C. i. t M = C (1+i)ᵑ
103
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Definição de Juros Simples
Juros Simples são os juros cobrados como uma percentagem do montante original emprestado (ou capital inicial), durante todo
o período do empréstimo. O valor da taxa de juros deve ser acordada entre as partes.
Um exemplo comum de uso de juros simples acontece no empréstimo em financiamentos, em que os juros devem ser pagos
apenas sobre o valor original que foi pego de empréstimo.
Juros Simples = C × i × t
i = Taxa de juros
t = Tempo
Se você pegar emprestado R$ 1000 de seu amigo, com uma taxa de juros de 10% ao ano, num tempo de 3 anos, o valor de juros
cobrado será de R$ 300.
J=C×i×t
J = 1000 x 0,10 x 3
J = 300
Nesse caso, R$ 1000 é o valor do Capital Inicial e R$ 300 é o valor que você pagará de juros, por ter ficado com esse dinheiro
por 3 anos. O valor que você deverá devolver ao seu amigo ao final do 3º ano é chamado de Montante, que é a soma do Capital
Inicial mais os Juros. Nesse caso, o montante será de R$ 1300.
Juros compostos são os juros calculados como uma porcentagem do capital original mais os juros acumulados de períodos
anteriores.
Nesse método, somamos os juros ganhos nos anos anteriores ao capital inicial, aumentando assim o valor desse capital principal.
Os juros dos próximos períodos então serão cobrados em cima desse novo valor. Assim, os juros vão crescendo de forma
exponencial.
O intervalo de tempo entre dois períodos de pagamento de juros é conhecido como período de conversão, e no final de cada
período de conversão, o juros são recalculados. Normalmente, os bancos calculam os juros semestralmente, enquanto as
instituições financeiras têm a política de calcular juros trimestralmente.
104
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
M = C (1+i)ᵑ
M = Montante
C = Capital Inicial
Nesse caso, os juros serão calculados sobre o capital inicial mais os juros acumulados. Calculando separadamente a cada ano, o
cálculo seria o seguinte:
Após o primeiro ano, os juros a pagar seriam de R$ 25.000 (R$ 500.000 x 5% x 1).
Após o segundo ano, os juros a pagar seriam de R$ 26.250 (R$ 525.000 (principal do empréstimo + juros do primeiro ano) x 5%
x 1).
Após o terceiro ano, os juros a pagar seriam de R$ 27.562,50 (R$ 551.250 (principal do empréstimo + juros do primeiro e
segundo ano) x 5% x 1).
Então, os juros a pagar após os 3 anos seriam de R$ 78.812,50 (R$ 25.000 + R$ 26.250 + R$ 27.562,50), enquanto o Montante
final seria de R$ 578.812,50.
Mas ao invés de calcular os juros em cada ano separadamente, pode-se calcular facilmente o total de juros a pagar usando a
fórmula de juros compostos:
M = C (1+i)ᵑ
M = R$ 500.000 (1 + 0,05) ³
M = R$ 500.000 [1.157625 - 1]
M = R$ 78.812,50
Exercícios propostos:
1) A Dona Martinha Luís de Azevedo necessitava de um empréstimo bancário no valor de 500.000,00MTS, no
entanto foi aos seguintes bancos consultar:
➢ Millennium Bom, que aplica uma taxa simples de 3,25% ao mês por um período de 15 meses;
105
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
➢ Banco Comercial de Moçambique, que aplica uma taxa simples de 4,5% ao trimestre por um período de 4
bimestres;
➢ Moza Banco, que aplica uma taxa simples de 5% ao semestre por um período de 2 anos
➢ African Banking Corporation, que aplica uma taxa simples de 10% ao ano, durante 5 anos
➢ Standard Bank, que aplica uma taxa de 0,1% ao dia durante 18 meses.
Diga você qual é a melhor alternativa para Dona Martinha Luís de Azevedo?
2) Senhor Luís Fernando Coelho Miguel quer mobilar a sua casa para tal procura uma casa de venda de imóveis
a prazo, tendo em conta que ele precisa de comprar bens equivalentes a 750.000,00 MT. E que foi aos seguintes
lugares consultar:
➢ OK Mobiliária, que aplica uma taxa composta de 0,5% á semana, por um período de 5 trimestre
➢ Uzeir Trade Center que aplica uma taxa composta de 13% ao ano, por um período de 5 quadrimestrres
➢ Barceltecnica, que aplica uma taxa composta de 9% ao Semestre por uma período de 9 meses
➢ Carpintaria Mutende, que aplica uma taxa composta de 3% ao mês por um período de 7 meses.
Diga você qual a melhor alternativa para o senhor Luís Fernando Coelho Miguel?
D = Cn*t*i
Desconto Bancário
Tal como no desconto comercial, o desconto bancário visa também a redução do valor real, ou mesmo abatimento
sobre o valor de face, as empresas e os indivíduos ao descontarem nos bancos comerciais as letras de que são
106
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
portadoras vão suportar os encargos da operação que serão deduzidos ao valor nominal no acto de desconto (encargos
de desconto).
Estes são normalmente constituídos pelos seguintes componentes prémio de desconto, comissão de cobrança,
comissão de aceite, prémio de transferência, impostos, portes, despesas administrativas, diversos.
Alguns conceitos
Letra – é um título de crédito emitido pelo sacador para que o sacado liquide a sua dívida dentro dos prazos
acordados.
Livrança – é um título de crédito emitido pelo sacador em ele promete pagar a dívida ao sacado.
Simbologia:
Fórmulas:
𝐷𝐵 = 𝐶𝑛 (𝑑 × 𝑡 + 𝑃𝑇)(1 + 𝑤) + 𝐷
𝐸 = 𝐽 + 𝐶𝑐 + 𝐼 + 𝐷
Exercícios Resolvidos
1. Uma letra cujo valor nominal era de 2.750,00 encontra – se datada para 30 de agosto de 2019. Qual teria sido
o montante creditado na conta do cliente sabendo que a mesma foi apresentada a desconto em 22 de Junho
de 2019 e as condições usadas pela instituição bancária foram as seguintes: taxa de desconto de 12%a.a;
comissão de cobrança de 1%, imposto de 4% e portes de 2,00.
𝐶𝑛− 𝑡 = 𝐶𝑛 [1 − (𝑑 × 𝑡 + 𝑃𝑇)(1 + 𝑤) − 𝐷
71
𝐶𝑛− 𝑡 = 2.750 [1 − (0,12 × + 0,01) (1 + 0,04)] − 2
360
𝐶𝑛− 𝑡 = 2.653,71 − 2
𝐶𝑛− 𝑡 = 2.651,71
107
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Resposta: O montante creditado nessas circunstâncias seria de 2.651,71.
2. Uma letra de valor nominal igual a 60.000,00 foi descontado nesta data tendo o portador recebido o produto
líquido de 57.555,00. Sabendo que as condições de desconto foram: taxa de desconto de 12%a.a; prêmio de
transferência de 6/1000; imposto de selo de 9%; portes de 500,00. Determine a data de vencimento da letra.
Resolução:
𝐶𝑛− 𝑡 = 𝐶𝑛[1 − (𝑑 × 𝑡 + 𝑃𝑇)(1 + 𝑤)] − 𝐷
𝑡+2
57.555 = 60.000 [1 − (0,12 × + 0,006) (1 + 0,09)] − 500
360
58.055 = 60.000 − 60.000[, 000363333(𝑡 + 2) + 0,00654]
−1.945 = −21,8(𝑡 + 2) − 392,40
1.552,6
(−1) − 1.552,6 = −21,8(𝑡 + 2) → 𝑡 + 2 = → 𝑡 + 2 = 71
21,8
𝑡 = 71 − 2 → 𝑡 = 69𝑑𝑖𝑎𝑠
R: O tempo necessário para que está operação se concretize é de 69 dias
3. Um comerciante submeteu hoje (23 de Janeiro) a desconto no banco uma letra de 100.000,00, com
vencimento em 3 de Abril. Calcule o desconto bancário á taxa anual de 5% e 3,00 de portes.
𝐷𝐵 = 𝐶𝑛[(𝑑 × 𝑡 + 𝑃𝑇)(1 + 𝑊) + 𝐷
73
𝐷𝐵 = 100.000 [(0,05 × ) (1,03)] + 3
365
4. Uma empresa industrial compra uma máquina. O preço a pronto pagamento é de 100 contos, mas pretende
pagar a 98 dias, pelo que está na disposição de aceitar uma letra. Pretende-se saber qual deve ser o valor
nominal da letra, de forma que, negociado – a imediatamente no banco, o vendedor receberá 100 contos.
As condições praticadas pelo banco são as seguintes:
Taxa de desconto: 3,65%
Comissão 1%
Imposto de selo 3%
Resolução: PPP = 100.000,00; t = 100dias; Cn =?; d = 3,65%a.a; C= 1%; W = 3%
100
100.000 = 𝐶𝑛 [1 − (0,0365 × + 0,01) (1 + 0,03)]
365
100.000
100.000 = 0,9794𝐶𝑛 → 𝐶𝑛 =
0,9794
𝐶𝑛 = 102.103,33
5. A companhia Textáfrica, empresa industrial têxtil, com sede no Chimoio, pretende importar determinada
quantidade de algodão no valor de 940.000,00 que terá que pagar a pronto. Não desejando afectar o fundo
de maneio da empresa, recorre ao crédito junto ao Banco Austral, por aceite banco a 120 dias.
Supondo que foi estabelecido uma taxa anual de desconto de 5,5% e uma comissão de aceite de 1,5% ao
ano, determine o valor nominal da letra de modo que o produto líquido seja igual ao pagamento a efectuar
(considere também o custo da letra que é de 0,5/1000, desprezando os 20,00 do impresso.
Resolução: PPP = 940.000,00; t = 120 dias; d = 5,5%a.a; Ca = 1,5%a.a; Cn =?; PPP = Cn-t
108
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
𝐶𝑛− 𝑡 = 𝐶𝑛[1 − (𝑑 × 𝑡 + 𝑃𝑇)(1 + 𝑤)] − 𝐷
120
940.000 = 𝐶𝑛 [1 − ((0,055 + 0,015) × ) (1 + 0,03)] − 0,00005
360
6. O portador de uma letra de valor nominal igual a 12.000,00 descontou – a quando faltavam 100 dias para o
seu vencimento tendo recebido o produto líquido de desconto de 11.059,35 sabendo que as condições
incluíram, para além da taxa de desconto, PT = 3/1000; W = 9%; D = 12,40.
a) Calcular a taxa de desconto convencida.
b) A taxa efectiva da operação
Resolução:
102
11.059,35 = 12.000 [1 − (𝑑 × + 0,003) (1 + 0,09)] − 12,40
365
Determine:
Resolução:
133
𝑎) 𝑃𝐿𝐷1 = 1.500 [1 − ( × 0,1 + 0,02) (1,04)] − 1 = 1.410,17
360
156
𝑃𝐿𝐷2 = 2.000[1 − ( × 0,1 + 0,02) (1,04) − 1 = 1.867,27
360
109
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
𝑖𝑎 = 18,16% (𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑒𝑛𝑡𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎)
8. Uma pessoa solicitou a um banco um financiamento para fazer obras em sua casa no montante de 30.000,00.
O banco anuiu ao financiamento pelo prazo de 180 dias, mediante a subscrição de uma livrança e os seguintes
encargos: taxa de juros – 10%; W = 9%; Portes = 300,00. Pretende-se:
a) Calcular o valor a pagar no fim do prazo, considerando que os juros foram pagos postecipadamente.
b) Calcular o valor líquido de desconto na data do empréstimo, considerando que os juros são pagos
antecipadamente.
c) Calcular a taxa efectiva na questão a.
Resolução:
182
𝑃𝐿𝐷 = 30.000 [1 − ( × 0,1) (1,09)] − 300 → 𝑃𝐿𝐷 = 28.069,48
365
b) Cn = 30.000,00
9. Uma entidade tinha em carteiras as seguintes letras que nesta data, resolveu descontar:
✓ Uma letra de 7.500,00 com vencimento daqui a 30 dias
✓ Uma letra de 4.000,00 com vencimento daqui a 45 dias
✓ Uma letra de 8.000,00 com vencimento daqui a 90 dias
As condições de desconto foram as seguintes: taxa – 13%; cc = 6/1000; Imposto = 9% e portes = 500,00. Pretende-
se calcular o PLD do conjunto de letras.
Resolução:
32
𝑃𝐿𝐷1 = 7.500 [1 − ( × 0,13 + 0,006) (1,09)] − 500 → 6.857,78
365
47
𝑃𝐿𝐷2 = 4.000 [1 − ( × 0,13 + 0,006) (1,09)] − 500 → 3.400,85
365
92
𝑃𝐿𝐷3 = 8.000 [1 − ( × 0,13 + 0,006) (1,09)] − 500 → 7.161,95
365
10. O Banco Central europeu recebeu uma duplicata com 10.000,00 no valor de face, para efectuar o desconto
bancário, tendo em conta uma taxa de juros nominal anual de 11%, por um período 88 dias, o cliente
suportará despesas no valor de 6.00,00 e pagará uma comissão bancária de 5/1000, depois de efetuado o
desconto constatou-se que o desconto foi de 940,51. Qual foi a taxa do imposto nesta operação?
Resolução:
90
940,51 = 10.000 (0,11 × + 0,005) (1 + 𝑊 ) + 600
365
340,51 = 321,2328767(1 + 𝑊)
110
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
19,27712329 = 321,2328767𝑊 → 𝑊 = 0,06 × 100 = 6%
Exercícios Propostos
1. Um comerciante apresentou a desconto, 40 dias antes do seu vencimento, uma letra de 18.250,00
sobre outro comerciante da mesma praça, sendo a taxa de desconto e os encargos bancários as
seguintes: taxa de desconto de 18,25%; prêmio de transferência de 0,5%, imposto de 3% e portes de
15,00. Pretende-se:
a) O total de desconto e os respectivos encargos bancários.
b) O valor actual desta letra. (desconto por fora, ano civil)
40
Resolução: 𝐽 = 𝐶𝑛 × 𝑡 × 𝑖 = 18.250 × 0,1825 × 365 = 365,00
2. Um comerciante descontou uma letra sobre outro comerciante da mesma praça. 200 dias antes do
seu vencimento, tendo o desconto e os seguintes encargos: taxa de desconto de 20%; Imposto 3%;
portes de 20,00. O Produto líquido de desconto foi de 64.740,00. Qual é o valor nominal da letra
(ano civil, desconto por fora).
Resolução: 𝑃𝐿𝐷 = 𝐶𝑛 − 𝐷𝐵
202
64.740 = 𝐶𝑛 − [𝐶𝑛 (0,2 × ) (1,03)] + 20
365
3. No âmbito de uma transição comercial, o comprador aceitou uma letra no valor de 5.000,00. Passado
10 dias da data do negócio, o vendedor descontou esta letra, junto de uma instituição bancária, nas
seguintes condições (encargos por conta do vendedor): taxa de desconto (anual) – 8%; taxa de
comissão de cobrança – 5%; taxa de imposto de selo: 4%; portes de 2,00. Sabendo que foi creditado
na conta bancária do vendedor (cliente da instituição bancária acima referida) o valor líquido de
4.906,14, resultante do desconto da letra, determine o seu prazo de pagamento.
4. Calcule o valor líquido obtido pelo desconto de uma letra, com valor nominal de 4.500,00, á taxa
(anual) de 12%, considerando uma comissão de cobrança calculada a taxa de 1,75%, e uma taxa de
5% para o cálculo do imposto de selo, quando faltarem 22 dias para seu vencimento sabendo que
foram cobrados ainda 3,00 de portes.
5. Um comerciante tem em uma posse uma letra de valor nominal igual a 2.000,00 e vencimento em
19 de outubro (sexta-feira). Hoje dia 2 de Julho, vai proceder ao desconto da letra nas seguintes
condições:
✓ Taxa de juro anual nominal: 10%
✓ Comissão bancária: 0,3%
✓ Imposto de selo: 4%
✓ Portes: 1,00/letra
a)Determine o produto líquido de desconto
b)Calcule a taxa anual efetivamente suportada com as operações de desconto.
111
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
6. Um comerciante tem em carteira duas letras de valor nominal igual a 500,00 e 1.000,00 com
vencimento em 29 de Julho (quinta-feira) e 29 de Setembro (quarta-feira) respectivamente. Hoje,
29 de Junho (terça-feira) procedeu ao desconto bancário das duas letras tendo recebido do banco a
quantia de 1.441,15. Tendo em conta que a operação de desconto bancário foram considerados os
seguintes encargos para além de juros:
✓ Comissão bancária: 2%
✓ Imposto de selo: 4%
✓ Portes: 1,00/letra.
Determine:
7. Na data de vencimento de uma letra de 798,100 contos recebeu-se o valor de 680 contos referente ao
produto líquido. Na operação de desconto bancário da letra incluiu-se os seguintes encargos: juros a taxa
de 26%, comissão 6/1000, experientes e portes 100,00 e imposto de selo 9%. Determine o prazo de
vencimento da letra.
Reforma de letra
Nem sempre o tomador de uma dívida tem em disposição no tempo certo do total do valor pagar, quando isso acontece
recorre-se a reforma, que é uma forma de adiar o pagamento da obrigação vencida para uma data previamente
combinada entre as partes. Podemos encontrar as seguintes reformas: Reforma parcial e a Reforma total.
Reforma parcial
Amortiza uma parte da obrigação e aceita outra letra com valor restante, podendo ou não incluir os encargos e juros.
Fórmulas:
Reforma total
A letra vencida é substituída por outra ou outras na sua totalidade, podendo ou não incluir os encargos e juros.
Fórmulas:
𝐶𝑛 = 𝐶𝑛+𝑡 − 𝐷𝐵
NB: O pagamento ou reforma parcial dá mais vantagens em relação a reforma total, pois no parcial somente forma
os juros ou seja, pagam encargos o valor remanescente e não o total como se verifica na reforma total.
112
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
Exercícios Resolvidos
1. O sacado de uma letra de valor nominal de 5.000,00, cujo vencimento ocorreu hoje verificou não dispor de
meios financeiros para considerar uma liquidação. Solicitou então liquidação integral por um período de 45
dias, sabendo que: taxa de desconto é de 8%; comissão de cobrança é de 2,25%, imposto de selo de 4% e
portes de 2,00. Determine:
a) O valor da nova letra integral.
b) Atentando que na data do vencimento, o sacado pague 40% da dívida qual será o valor da nova letra.
47
Resolução: 𝑎) 𝐶𝑛 = 𝐶𝑛+𝑡 − 𝐷𝐵 → 5.000 = 𝐶𝑛+𝑡 [1 − (0,08 × 360 + 0,0025) (1,04) + 2] → 𝐶𝑛+𝑡 = 5.179,46
𝑏) 𝐶𝑛 − 𝑃𝑃 = 𝐶𝑛+𝑡 − 𝐷𝐵 →
47
5.000 − 0,4 × 5.000 = 𝐶𝑛+𝑡 [1 − ( × 0,08 + 0,0025) (1,04) + 2] →
360
𝐶𝑛+𝑡 = 3.108,50
2. Na data do vencimento de uma letra de 6.000,00, procedeu-se á reforma nas seguintes condições:
✓ Devedor pagou uma amortização de 30% e,
✓ Aceitou uma nova letra de 4.555,00 vencível ao fim de 90 dias, sabendo que os encargos foram
calculados de acordo com o desconto bancário de que a nova letra foi seguinte: comissão de cobrança
= 6/1000; portes = 100,00 e imposto de selo de 9%.
a) Calcule a taxa de desconto utilizada pela entidade bancária
Resolução: 𝐶𝑛 − 𝑃𝑃 = 𝐶𝑛+𝑡 − 𝐷𝐵 →
92
6.000 − 1.800 = 4.555 [1 − ( × 𝑑 + 0,006) (1,09) + 100] →
360
225,2103
𝑑= = 17,75% 𝑎. 𝑎
1.268,820556
3. A Minerva Solicitou a reforma do seu aceite vencível aproximadamente e com o valor nominal de 200.000,00
nas seguintes condições:
✓ Amortização de 20%;
✓ Aceite de nova letra a 60 dias pelo restante;
✓ Pagamento imediato de encargos de uma possível negociação bancária com a nova letra.
✓ Juros á taxa anual de 20,5%;
✓ Comissão de 0,5%; imposto de selo de 9% e despesas diversas de 100,00. Pretende-se:
a) O valor total de desconto e os encargos bancários;(ano civil)
b) O valor da nova letra
62
𝐽 = 𝑉𝑡 × 𝑟 × 𝑡 = 160.000 × 0,205 × = 5.571,5
365
4. Uma letra de 5.000 contos foi reformada na data de vencimento nas seguintes condições:
✓ Pagamento de 30%(sobre o valor nominal);
113
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
✓ Aceite de uma nova letra com vencimento a 3 meses e cujo valor nominal incluirá juros á taxa
anual de 16%, imposto de selo de 4%e portes de 2.445,58. Pretende-se:
Resolução: 𝐶𝑛 − 𝑃𝑃 = 𝐶𝑛+𝑡 − 𝐷𝐵 →
92
5.000.000 − 1.500.000 = 𝐶𝑛+𝑡 [1 − (0,16 × ) (1,04) + 2.445,58] → 𝐶𝑛+𝑡 = 3.658.000,00
360
5. Na data de vencimento de uma letra procedeu-se á sua reforma por uma outra de valor nominal igual a
7.724,18 e vencimento a 200 dias. A reforma foi efectuada de acordo com as seguintes condições de desconto
bancário de nova letra:
✓ Amortização de 30% na data da reforma;
✓ A letra substituída incluirá os juros cobrados á taxa de 16% e os seguintes encargos adicionais:
comissão de cobrança 3%, imposto de selo de 9%. Determine:
a) O valor nominal da letra reformada.
Resolução: 𝐶𝑛 − 𝑃𝑃 = 𝐶𝑛+𝑡 − 𝐷𝐵 →
202
𝐶𝑛 − 0,3𝐶𝑛 = 7.724,18[1 − (0,16 × + 0,003) (1,09) →
360
6. Na data de vencimento de uma letra de 1.200 contos procedeu-se a sua reforma nas seguintes condições:
✓ Amortização de 25%
✓ Aceita-se uma letra nova no valor de 1.056.272,00, incluirá os seguintes encargos inerentes á
operação de desconto bancário a que será substituída a nova letra: juros a taxa se 26%, cc = 0,6%,
portes = 100,00 e imposto de selo de 9%.
− 149.263,9812 = −820,1297191(𝑡 + 2)
7. Hoje (18/04/2005), uma determinada empresa industrial pagou por um escritório cerca de 40.000,00, tendo
pago 40% a pronto pagamento e o restante através do aceite de duas letras e respectivos encargos com
vencimento em 18/07/2005(segunda-feira) e 18/10/2005 (terça-feira), respectivamente. A segunda letra
possuí um valor nominal superior em 50% relativamente á primeira letra.
a) Determine o valor nominal das duas letras, considerado o seu imediato desconto no banco
(Barclays), que apresenta as seguintes condições de desconto:
✓ Taxa de juros anual nominal: 12%
✓ Comissão bancária: 0,5%
✓ Imposto de selo: 4%
✓ Portes: 0,50/letra
b) Determine a taxa de custo anual efetiva da operação em causa.
Cn1 = 1,5Cn2
114
Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
93
𝑎)𝑃𝐿𝐷1 = 𝐶𝑛1 [1 − (0,12 × + 0,005) (1,04)] − 0,5 → 𝑃𝐿𝐷1 = 0,96256𝐶𝑛1 − 0,5
360
1,5𝐶𝑛1 185
𝑃𝐿𝐷2 = [1 − (0,12 × + 0,005) (1,04)] − 0,5 → 𝑃𝐿𝐷2 = 1,396𝐶𝑛1 − 0,5
𝐶𝑛1 360
𝑖𝑎 = 15,71%(𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑒𝑛𝑡𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎)
Exercícios Propostos
1. Hoje 9 de Abril (sexta-feira, data de vencimento de uma letra de 7.500,00, o aceitante contactou o sacador
ao sentido de reformar a referida letra por duas novas de igual valor nominal com vencimento a 9 de maio
(domingo) e 9 de junho (quarta-feira), respectivamente. O sacador aceitou a proposta tendo imposto que as
novas letras incluíram os seguintes encargos com o desconto bancário, na data de reforma:
✓ Taxa de juro anual nominal: 15%
✓ Comissão bancária: 0,5%
✓ Imposto de selo: 4%
✓ Portes: 2,50/letra
2. Para aquisição de um bem de consumo de preço igual a X foi aceite em 1 de Março (quarta-feira) uma letra
com data de vencimento a 30 de Maio (terça-feira) incluindo juros á taxa anual de 15% sobre o seu valor
nominal.
Na data de vencimento dessa letra, o devedor propõe e obteve a renegociação do processo de liquidação da
dívida, ficando estipulado:
✓ O pagamento imediato de 659,45
✓ O aceite de duas novas letras nominal de 1.813,46 cada, a primeira das quais vencendo-se a 30 de
Junho (segunda-feira).
Foi tido em devida conta os encargos e prazos decorrentes de eventual desconto bancário na data de reforma:
3. Em 03/04/2003 (quinta-feira), o BEFORD vendeu um automóvel de marca BMW nas seguintes condições
de pagamento:
✓ Pagamento imediato de 60% do valor de venda do automóvel
✓ O restante será liquidado através do aceite de uma letra com vencimento em 02/07/2003 (quinta-
feira). O valor nominal da letra é de 10.322,28 e incluirá os seguintes encargos:
✓ Taxa de juro anual nominal: 10%
✓ Comissão bancária: 0,4%
✓ Imposto de selo: 4%
✓ Portes: 5,00/letra
Sabendo que no dia da venda do automóvel o BEFORD procedeu de imediato ao desconto da letra numa instituição
bancária que prática as condições acima indicada, determine:
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Material elaborado por Alexandre Amaral Bila (AABILA)
a) O produto líquido de desconto da letra
b) O valor de venda do automóvel.
4. Considere uma letra de 30.000 contos, hoje vencida, é reformada por inteiro a 90 dias; no cálculo do valor
nominal da nova letra, presume-se a negociação bancária imediata; a selagem (2/1000) paga pelo portador,
deve ser repercutida sobre o sacado. Qual é o valor nominal da nova letra?
Condições de desconto: taxa 2,18%; prémio de transferência 1% e imposto de selo de 3%
5. O preço a pronto pagamento de uma máquina industrial é 1.000 contos. Se a venda se fizer a prazo de 180
dias, com saque de uma letra, qual há-de ser o valor nominal sob presunção de imediato desconto? A selagem
é paga pelo sacador (taxa de 2/1000 de imposto de selo), mas deve ser repercutida sobre o sacado através do
valor nominal.
Condições de desconto bancário: taxa de desconto 3,65%; prêmio de transferência 1/1000 e portes
desprezíveis.
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