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Relato Técnico1

Caso: Empresa Romana

Elaborado por:

Aloma Aline Teixeira

Camila Atadeu Souza

Gabriela Lacerda Lamas

Giovana Bruna de Souza

Samuel Henrique Rodrigues Coelho

Advertência: para uso e finalidade exclusivamente acadêmicos, no contexto da disciplina conduzida


pelo Prof. Poueri C. Mário, no curso de Controladoria & Finanças da FACE/UFMG. Fora deste
contexto e ambiente, seu uso não poderá ser feito como meio e/ou finalidade de avaliação e/ou tomada
de decisão, para quaisquer fins.

Belo Horizonte, 01 de Maio de 2022.

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Modelo embasado em: VASCONCELOS, Fernanda Carla Wasner (Org.). Produtos técnicos como instrumentos
de divulgação científica. Curitiba: Appris, 2020.
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SUMÁRIO

MAPA CONCEITUAL 3
1. Introdução 4
2. Fundamentos e análises das perguntas do caso 4
3. Conclusões gerais 10
4. Referências 10

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MAPA CONCEITUAL

3/10
1. Introdução

Estudo de caso - ROMANA

O presente estudo de caso busca analisar como a administração da indústria Romana


S/A fará a substituição do liquidificador Roma pelo modelo Veneza. O departamento de
marketing já realizou um estudo de mercado e notou que existe demanda dos consumidores
pelo novo produto. Eles também notaram que beleza, velocidade, vedação, durabilidade e
facilidade de limpeza e manuseio são fatores essenciais para quem busca o produto.

Com posse dessas informações, além dos custos concedidos no exercício, o grupo
desenvolveu uma análise do custo alvo da produção (Target Costing) do novo modelo do
liquidificador Veneza elaborando propostas de ações.

2. Fundamentos e análises das perguntas do caso

Como fundamentos, foram utilizados os dados fornecidos de preço do produto, demanda,


dados dos vendedores do produto (gastos fixos das lojas e margem de lucro esperado) e dados
do fabricante (margem de lucro, preferências dos consumidores, custos fixos e variáveis).

O estudo foi dividido em 5 etapas, e para responder cada questão, foram utilizadas as
tabelas disponibilizadas.

2.1. Questão 1

Para a primeira questão, pediu-se o custo admissível:

Tabela 1 – VAREJISTA
Total ($) Unitário %
Preço de Venda 800.000,00 80 100,00%
(-) Lucro do Varejista 80.000,00 8 10,00%
Custo do Varejista 720.000,00 72,00 90,00%
(-) Despesas com Distribuição 50.000,00 5 6,25%
CUSTO ADMISSÍVEL DO
670.000,00 67,00 83,75%
VAREJISTA

Tabela 2 - ROMANA
Preço de Venda 670.000,00 67,00 83,75%
(-) Lucro da Romana 134.000,00 13,40 16,75%

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Tabela 1 – VAREJISTA
Total ($) Unitário %
Preço de Venda 800.000,00 80 100,00%
CUSTO ADMISSÍVEL DA
536.000,00 53,60 67,00%
ROMANA

Tabela 3 – CADEIA DE VALOR


Preço de Venda 800.000,00 80,00 100,00%
(-) Lucro do Varejista 80.000,00 8,00 10,00%
(-) Lucro da Romana 134.000,00 13,40 16,75%
CUSTO ADMISSÍVEL 586.000,00 58,60 73,25%

2.2. Questão 2

Posteriormente, foi calculado o custo estimado total:

Tabela 4
MEMÓRIA CÁLCULO
COMPONENTES C.UNIT.$ CR%
(CUSTO TOTAL)
Base 80.000,00 8 14,68%

Copo (inquebrável) 80.000,00 8 14,68%

Tampa do Copo 38.000,00 3,8 6,97%

Sobre-Tampa 12.000,00 1,2 2,20%

Tecla de ligar/desligar 45.000,00 4,5 8,26%

Tampa do painel 25.000,00 2,5 4,59%

Luz do sist. De segurança 30.000,00 3 5,50%

Porta fio 20.000,00 2 3,67%

Motor 120.000,00 12 22,02%

Conjunto de facas 50.000,00 5 9,17%

Anel de Vedação 45.000,00 4,5 8,26%

C.TOTAL ESTIMADO 545.000,00 54,5 100,00%

Tabela 5 – CUSTOS FIXOS TOTAIS


ESTIMADOS
CUSTOS C.TOTAIS $ CR% C.UNIT

5/10
$
Projetos 27.000,00 20,45% 2,70

Controle 20.000,00 15,15% 2,00

Inspeção 10.000,00 7,58% 1,00

Mão-de-Obra 30.000,00 22,73% 3,00

Overhead 8.000,00 6,06% 0,80

Vendas 20.000,00 15,15% 2,00

Administração 10.000,00 7,58% 1,00

Acompanhamento a Cliente 7.000,00 5,30% 0,70

TOTAL 132.000,00 1,00 13,20

Tabela 6
Custo Estimado de ROMANA: Nº TABELA CUSTOS($)
Custo dos Componentes (variável) 4 54,50

(+) Custo Fixo Unitário 5 13,20

CUSTO ESTIMADO TOTAL 67,70

Tabela 7
Custo Estimado da Cadeia de Valor Nº TABELA CUSTOS($)
Custo dos Componentes (variável) 4 54,50

(+) Custo Fixo Unitário 5 13,20

(+) Custo Fixo Unitário do Varejista 1 5

CUSTO ESTIMADO TOTAL 72,70

2.3. Questão 3

Na terceira parte, foi obtido o custo-alvo do produto:

Tabela 8 - ROMANA

6/10
DISCRIMINAÇÃO TABELA VALOR($)
Custo Estimado 6 67,70

(-) Custo Admissível 2 53,60

CUSTO-ALVO 14,10

CUSTO-ALVO (em %) 20,83%

Tabela 9 – CADEIA DE VALOR


DISCRIMINAÇÃO TABELA VALOR($)
Custo Estimado 7 72,70

(-) Custo Admissível 3 58,60

CUSTO-ALVO 14,10

CUSTO-ALVO (em %) 19,39%

2.4. Questão 4

Após a identificação do custo-alvo, e utilizando da engenharia de valor, foram


identificados quais componentes dos custos fixos poderiam ter seus custos reduzidos, ou
acrescidos, para atingir a meta de rentabilidade desejada. Para isso, foi utilizado como
principal critério de decisão o índice de valor (IV), e de acordo com este, as ações foram
classificadas em A, B e C:

Tabela 10 – Composição de Custos Fixos


Totais em Função do novo projeto
RECURSOS CUSTOS $ CR% GI IR% IV AÇÕES
20,45
Projetos 27.000,00 5 16,13% 0,79 C
%
15,15
Controle 20.000,00 4 12,90% 0,85 B
%
Inspeção 10.000,00 7,58% 4 12,90% 1,70 A
22,73
Mão-de-Obra 30.000,00 5 16,13% 0,71 C
%
Overhead 8.000,00 6,06% 3 9,68% 1,60 A
15,15
Vendas 20.000,00 5 16,13% 1,06 B
%
Administração 10.000,00 7,58% 3 9,68% 1,28 A

Acomp.de Clientes 7.000,00 5,30% 2 6,45% 1,22 A

TOTAL 132.000,00 1,00 31,00 1,00

7/10
Ao avaliar os resultados da Tabela 10, nota-se que Projetos e Mão-de-Obra possuem
um custo muito alto em relação ao seu grau de importância, uma vez que obtiveram índice de
ações C. Para reduzir estes custos pode-se considerar terceirizar a mão-de-obra necessária,
dado que a legislação permite que a atividade-fim seja terceirizada. Com isso, abriria caminho
para enxugar o quadro de pessoal da administração que controlava as questões relacionadas
aos funcionários de chão de fábrica. Ainda é possível analisar se não há excesso de pessoal na
instituição como um todo, e a partir de então fazer cortes para operar no mínimo viável de
pessoal. Outra hipótese, caso a empresa pratique mais que o piso salarial, vem da demissão de
empregados que recebem mais que o piso salarial e contratar outros dispostos a receber o
piso. Haverá um custo de treinamento no início, porém ainda no curto prazo os custos seriam
reduzidos. Em relação aos Projetos, pode-se analisar a viabilidade de terceirizar o mesmo
optando por opções com menores custos, ademais, pode-se também pensar em um método de
"projetos continuados", ou seja, ao invés de começar do zero partir de projetos pré-existentes
para idealizar novos, podendo ser uma outra forma de reduzir custos.

2.5. Questão 5

Por fim, foram mapeados por recursos, de acordo com o grau de importância dos
componentes, qual o índice relativo de cada um deles. E assim como para os custos fixos,
calculados os índices de valor, de maneira a propor ações com base nestes resultados:

Tabela 11 -Mapeamento na
relação Função para o
Liquidificador da ROMANA
RECURSOS GI. DOS COMPONENTES % DE CONTRIB.
Beleza/Design 5 50% IR
Base 20% 10%
Copo (inquebr.) 25% 13%
Tampa do copo 20% 10%
Sobre Tampa 4% 2%
Tecla p/Ligar/Desl 15% 8%
Tampa do Painel 4% 2%
Luz Sist.Segurança 10% 5%
Porta Fio 2% 1%
100% 50%
Utilidades 3 30%
Velocidade
Auto-Limpante.
Durabilidade

8/10
100% 30%
Componentes Internos 2 20%
Motor 40% 8%
Conjunto de Facas 40% 8%
Anel de Vedação 20% 4%
100% 20%

Tabela 12 – Estimativa de
Custos de Componentes para
o Liquidificador da ROMANA
COMPONENTES C.UNIT $ IR% CR% IV AÇÕES
Base 8,00 10% 14,68% 0,68 C

Copo (inquebr) 8,00 13% 14,68% 0,85 B

Tampa do copo 3,80 10% 6,97% 1,43 A

Sobre Tampa 1,20 2% 2,20% 0,91 B

Tecla p/Ligar/Desl 4,50 8% 8,26% 0,91 B

Tampa do Painel 2,50 2% 4,59% 0,44 C

Luz Sist.Segurança 3,00 5% 5,50% 0,91 B

Porta Fio 2,00 1% 3,67% 0,27 C

Motor 12,00 8% 22,02% 0,36 C

Conjunto de Facas 5,00 8% 9,17% 0,87 B

Anel de Vedação 4,50 4% 8,26% 0,48 C

SOMA 54,50 100,00% 8,12

Ao avaliar os resultados da Tabela 12, nota-se que os componentes Base, Tampa do


Painel, Porta Fio, Motor e Anel de Vedação, possuem um custo muito alto em relação ao seu
grau de importância, uma vez que obtiveram índice de ações C. Para reduzir estes custos,
considerando que a romana já é uma SA, é plausível acreditar que ela tenha algum poder de
barganha com seus fornecedores. Sob esta hipótese, uma possibilidade seria negociar os
preços com seus fornecedores. Além disso, pode-se fazer uma pesquisa de mercado a fim de
mudar de fornecedores que possuam valores mais acessíveis, ou substituir por peças similares
de custo inferior.

3. Conclusões gerais

9/10
A construção do presente caso, possibilitou delinear acerca do conceito de “custo
admissível”, assim como trabalhar sobre uma cadeia de valor com mais agentes, (Lojas
Varejistas) e (Fabricante Romana). Ademais, a análise do Índice de Valor (IV) tanto para o
contexto da fabricante, no processo de custo fixo atrelado ao grau de importância, quanto para
a linha do consumidor relacionada aos tributos, permitiu ao grupo aprofundar nas decisões
tomando como critério o IV.

Enfatiza-se que, para melhor contextualização e construção de cenários justificáveis


para a redução dos custos, mais informações poderiam dar sustentação à lógica tomada pelo
grupo. Contudo, tal exercício permitiu alcançar o objetivo de entender o processo do Target
Cost, assim como a engenharia de valor.

4. Referências

Cruz, C. V. O. A., & Rocha, W. (2008). Custeio-alvo: reflexões sobre definições, finalidades e
procedimentos. Revista Contemporânea de Contabilidade, 5(10), 31-51.

10/10

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