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Em 2022, ano em que o Cine Líbero Luxardo comemora 36 anos de existência, uma
programação especial será realizada entre os dias 07 e 13 de julho, celebrando também o
audiovisual paraense com uma mostra do que vem sendo produzido em nosso estado e do que
foi exibido na sala mais charmosa de Belém. Desde a retomada de suas atividades presenciais,
em agosto do ano passado até aqui, após um período de mais de um ano e meio de portas
fechadas por conta da pandemia de Covid-19, o cinema do Centur, como é carinhosamente
chamado pelos seus frequentadores, foi um dos importantes canais de divulgação do que
nossos produtores, diretores e artistas ligados ao audiovisual vieram produzindo ao longo
desse período, impulsionados, sobretudo, por recursos provenientes de leis emergenciais de
incentivo à cultura, como a lei federal Aldir Blanc.
Criado no contexto da crise sanitária, muito desse material foi pensado para ser exibido na
internet, por meio de sites, das redes sociais e de plataformas de streaming, mas, na medida
em que as restrições sociais foram afrouxadas, e conforme o número de pessoas vacinadas
contra Covid-19 ganhava coro, as sessões de cinema presenciais tiveram a oportunidade de ser
realizadas, e o Cine Líbero pôde, desde então, através de seu Projeto Janelas, ajudar a dar
visibilidade à parte desse material, formando um conjunto bem representativo das tantas
questões que vem norteando a vida de nossa gente, de nosso lugar em tempos tão difíceis e
incertos.
É com o intento de fazer um resumo dessas ações que marcaram sobremodo nosso retorno às
atividades presenciais, bem como com o intuito de promover o lançamento de algumas
produções inéditas, além de reexibir filmes de longa metragens importantes e que marcaram a
história de nosso cinema e de nossa cinematografia que a programação do 36º aniversário do
Cine Líbero Luxardo foi carinhosamente pensada.
Será uma Cine-Semana com programação totalmente gratuita, com a exibição de filmes de
curta, média e longa-metragens, além da realização de diversas mesas, com a participação de
convidados mais que especiais, resultando numa circunstância de nos vermos projetados na
tela, de vermos e ouvirmos alguns de nossos diversos jeitos de falar, de enxergar e de
conceber a nossa própria realidade, ocasião de exaltar nossos mestres e fazedores de cultura,
de conceber um pequeno espelho, caleidoscópico, de parte do que somos ou do que
queremos ser. Vida longa ao Cine Líbero Luxardo! Vida longa ao cinema paraense!
CINE LÍBERO LUXARDO – 36 ANOS
De 07 a 13 de julho de 2022
15h30 –
BRUTOS INOCENTES (1974 | Brasil | Líbero Luxardo| Drama | 90’ | 18 anos)
Filme dividido em dois episódios. O primeiro narra a história
do Seringueiro Inácio, um seringueiro que tenta se livrar do
regime de semiescravidão na vila onde mora que é
comandada por João, um homem sem piedade, que não
hesita em humilhar seus subordinados. O segundo episódio,
gira em torno de uma promessa feita por um casal à Virgem
de Nazaré. Este casal tem um problema: apesar de serem
brancos, o único filho deles nasceu negro, sendo que os vizinhos insistem em dizer que tudo
foi culpa da mãe da criança, que olhou um eclipse da lua, quando estava grávida.
17h10 –
O FILHO DO HOMEM (2019 | Brasil | Fillipe Rodrigues | Drama | 11’ | 12 anos)
A BESTA POP (2018 | Brasil | Artur Tadaiesky, Fillipe Rodrigues e Rafael B Silva|
Drama, Ficção Científica | 100’ | 12 anos)
A festa "Besta Pop" é o lugar no qual três histórias diferentes
se entrelaçam. Esse encontro acontece em meio a um
cenário do futuro um tanto quanto distópico: um governo
totalitarista está tomando conta de todo o ocidente.
Enquanto alguns creem estarem passando pelo fim dos
tempos, beirando o apocalipse, a festa se mostra uma
espécie de representação de resistência diante desse
momento caótico.
19h10 –
PARA TER ONDE IR (2018 | Brasil | Jorane Castro | Drama | 100’ | 12 anos)
14h –
MÓBILE LUNAR: SONHOS (2021 | Brasil | Laércio Esteves | Documentário | 76’ |
Livre)
Paisagens idílicas, ritos e narrativas do cotidiano urbano
amazônico, viagens espaciais, são alguns elementos que o
documentário musical “Móbile Lunar – Sonhos” apresenta
em meio a uma viagem pela paisagem poética, visual e
sonora da Amazônia que os inspirou a compor o álbum de
estreia.
15h30 –
XIRLEY Gaby Amarantos (2011 | Brasil | Priscilla Brasil | Videoclipe | 4’ | Livre)
LEGAL E ILEGAL Felipe Cordeiro (2007| Brasil | Brunno Regis e Carolina Matos |
Videoclipe | 4’ | Livre)
Faixa presente no álbum de estreia de Felipe Cordeiro,
"Kitsch Pop Cult". O clipe conta com as participações
especiais de André Abujamra, e de diversos músicos da cena
paraense: Keila Gentil, Artur Kunz (Strobo), Dona Onete e
Manoel Cordeiro (pai e guitarrista da banda de Felipe).
NÃO PODE ESQUECER O GUANTO Leona Vingativa (2021 | Brasil | Thais Badu |
Videoclipe | 4’ | Livre)
NA BATIDA DO BREGA (2021 | Brasil | Renan Mendes, Ricky Lima, João Pedro Aranha e
Mariana Almeida | Experimental | 32’ | Livre)
17h –
PROGRAMA AMPLI SESSIONS (2021 | Brasil | Joelle Mesquita | Documentários |
AmpliCriativa e Soma Música | 100’ | Livre)
REMÉDIO PRA RACISTA É BALA Nic Dias (2021| Brasil | Vladmir Cunha |
Videoclipe | 3’ | 12 anos)
No estilo do verso "rima de preto é carnificina", é hora de
dar o troco. Minha resposta vem com arte, com atitude e
com todo o ódio que eu carrego na pele.
GUETO FLOW, PRETO SHOW (2021 | Brasil | Adrianna Oliveira | Documentário | 53’
| 12 anos)
Traz à tona o repertório construído ao longo de 12 anos da
carreira do rapper paraense Pelé do Manifesto. Em um show-
documentário, somos apresentados a 10 faixas que compõem
o álbum homônimo, além de relatos poéticos sobre os
aspectos que cercaram o desenvolvimento da carreira do
rapper. Pelé rima sobre amor, experiências duras, e a
motivação para manter o sonho sempre vivo.
SÁBADO – DIA 09/07
14h –
A FESTA DA CHIQUITA (2009 | Brasil | Priscilla Brasil | Documentário | 52' | Livre)
15h40 –
HOJE ESTAMOS AQUI (2022 | Brasil | Darien Lamen | Documentário | 20’ | Livre)
Retrato de uma família que luta para preservar a memória
do seu pai, Milton de Almeida Nascimento, que no ano de
1955, criou o “Sonoro Conversível” e protagonizou o
surgimento do amplificador à válvula, sendo um dos
primeiros de que se tem notícia. O filme tem a finalidade de
recriar a memória de Milton Almeida a partir de sua
contribuição para a Cultura Popular Paraense diante de uma
cultura que valoriza a novidade tecnológica. Em 2022, foi Exibido no In-Edit Brasil – Festival
Internacional do Documentário Musical, em São Paulo.
BREGA S.A (2009| Brasil | Vladimir Cunha e Gustavo Godinho | Documentário | 60' |
Livre)
O documentário Brega S/A fala sobre a cena tecnobrega de
Belém do Pará. Feito por artistas pobres, gravado em
estúdios de fundo de quintal e com relações profundas com
a pirataria e a informalidade, o tecnobrega é a trilha sonora
da periferia da cidade, uma espécie de adaptação digital da
música romântica dos anos 1970 e 1980.
17h20 – SESSÃO COM BATE-PAPO: LUCIANA MEDEIROS E EQUIPE DE
REALIZAÇÃO DA SÉRIE OS DINÂMICOS
20h –
CHAMA VEREQUETE (2002 | Brasil | Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira |
Documentário | 18' | Livre)
NO MEIO DO PITIÚ Dona Onete (2019| Brasil | Leonardo Augusto | Videoclipe | 5' |
Livre)
AR BO ARREPIADO Dona Onete (2019| Brasil | Couple Things - Diana Boccara e Leo
Longo | Videoclipe | 3' | Livre)
15h10 –
PROGRAMA CUÍRA EM CENAS – FESTIVAL DE VIDEODANÇAS DA
AMAZÔNIA
Programa dedicado ao Cuíra em Cenas, Festival de
Videodanças com obras protagonizadas por artistas
paraenses, expandindo os limites da dança para além dos
palcos de teatros e intervindo nas telas de cinema e servindo
como um estímulo à cena da dança paraense, e que visa
valorizar os artistas e suas obras em diálogo com outras
linguagens artísticas, além de ampliar novas plateias e
ocupar novos espaços. Neste programa, Eduarda Falesi, coordenadora do festival, reuniu todas
as obras exibidas na edição que ocorreu no Cine Líbero Luxardo, em 2022.
ENTRE OUTRAS RUAS - ATO I (2020| Brasil | Juan A. Silva e Cleyton Telles |
Videodança | 3’ | Livre)
Neste novo caminhar, Cleyton me propôs a criação de uma
poética a partir de algum atravessamento pessoal, e
mergulhado nas questões que transbordam em meu corpo,
enquanto LGBT e afroindigena, materializei um manifesto
dançante contra a mira criada nos corpos dissidentes de
gênero, raça e classe em nossa sociedade, por isso, também
a chamei de "Sujeito estatística", pois, para mim, é uma
suplica por "um bom final pra nós". - Juan A. Silva.
DAQUI ACENEI PARA VOCÊ (2020| Brasil | Eduarda Falesi | Videodança | 6’ | Livre)
“Daqui Acenei Para Você” é um projeto social que reúne em
um só vídeo, diversos bailarinos paraenses, com liberdade
ar s ca e interpreta va - o que garante a singularidade de
cada coreogra a e ajuda a expor a forma mais verdadeira da
natureza de cada ar sta envolvido. O obje vo do projeto é
conectar pessoas diferentes a uma só mensagem Não
estamos sozinhos. O vídeo tem sido u lizado como o principal meio de divulgação de uma
campanha solidária de arrecadação de fundos para compra de cestas básicas, material de
higiene e remédios para doaç es em abrigos e comunidades carentes pelo Pará.
17h –
PROGRAMA CÁSSIO TAVERNARD
A ONDA – FESTA NA POROROCA (2005 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 12’
| Livre)
Com roteiro original de Adriano Barroso, conta a história de
uma festa que os bichos organizam no fundo do rio para
esperar a passagem da Pororoca. Enquanto isso, na
superfície, dois surfistas do sul tentam a aventura de
“domar” a onda da pororoca. Estas ondas nos rios da
Amazônia são um fenômeno natural. No Pará, o principal
município atingido é de São Domingos do Capim.
O RAPTO DO PEIXE BOI (2010 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 15’ | Livre)
No fundo do igarapé, o Peixe-boi é o responsável pelo
transporte do Pipipipiramutaba, a grande aparelhagem de
som que anima as festas dos habitantes das águas.
Subitamente, o Peixe-boi desaparece, e Caranguejo,
Camarão e Candirus irão em busca do amigo mamífero.
CAMARÃO Espoleta Blues (2016 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação / Videoclipe | 3’|
Livre)
18h10 –
AS ICAMIABAS (2018 | Brasil | Otoniel Oliveira | Série em animação – episódios /
Aventura | 67’ | Livre)
Compilação dos interprogramas de um minuto que deram
origem a série Icamiabas na Amazônia de Pedra. As
Icamiabas, Conori, Iúna e Mahyra, são meninas guerreiras
indígenas cheias de poderes que resolvem os problemas
fanásticos na cidade de Belém, como o Boitatá na ponte de
Mosqueiro, o Caipora no Veropeso e o Viraporco nos
predios, chutando bundas e salvando o dia!
19h30 –
ADMIRIMIRITI (2005 | Brasil | Andrei Miralha | Animação | 12’| Livre)
Numa feira de brinquedos de miriti do Círio de Nazaré, os
brinquedos ganham vida e um boneco "dançarino de brega"
é abandonado por sua parceira por ser muito "presepeiro".
A partir daí, o boneco parte em busca de um novo lugar, um
novo sentido para sua existência, até obter o perdão de sua
parceira.
NOSSA SENHORA DOS MIRITIS (2011 | Brasil | Andrei Miralha | Animação | 13’|
Livre)
Às vésperas do Círio de Nazaré, uma artesã de brinquedos de
miriti, tenta terminar sua promessa de fazer sozinha uma
procissão todinha em miriti, mas cansada, ela acaba
dormindo e um milagre acontece.
VISAGEM (2006 | Brasil | Roger Elarrat | Animação / Comédia / Fantasia / Terror | 11’ |
Livre)
O filme é uma adaptação de sete contos do livro “Visagens
e Assombraç es de Belém” do escritor Walcyr Monteiro,
livro este escrito a partir de causos e lendas sobrenaturais
da cidade de Belém. Na História, dois jovens entram
clandestinamente em um antigo cemitério de Belém para
fazer uma aposta: quem teria coragem de acender uma vela
bem no centro do cemitério da Soledade, ao soar da meia-
noite? Na medida em que a madrugada avança, eles se
deparam cada vez mais com situações fantásticas e assustadoramente surreais dentro do
cemitério. Mesmo não acreditando nas antigas histórias de visagens, os jovens agora vão
protagonizar uma nova lenda urbana da cidade.
14h30 –
OS VELHOS BAIONARAS II (2021 | Brasil | Dario Jaime| Documentário | Jambu
Filmes | 80' | Livre)
O longa faz uma incursão na memória dos afetos e
expressões culturais da cidade de Baião e seus arredores. As
pessoas que aqui aparecem são pessoas simples do povo,
sem poder político e econômico, porém de extrema
importância para a construção da identidade popular e
afetiva da cidade. Tais personagens interferem ativamente
no imaginário local moldando crenças, saberes, técnicas e a vida cultural do município através
de suas histórias de vida.
17h –
MOSTRA FICCA “ AETÉ ULT” - FESTIVAL INTERNACIONAL DE
CINEMA DO CAETÉ
O FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté é uma marca já
consolidada entre os festivais de cinema brasileiros de caráter regional e
internacional. Certificado pela Escola Superior Artística do Porto e parceiro
da Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde, o festival
tem como marca a presença da cinematografia africana, lusitana,
brasileira – e amazônida. Francisco Weyl, diretor do festival, apresenta
neste programa um recorte de produções audiovisuais feitas no estado do Pará.
Vídeo vivência.
19h20 –
MOSTRA CURTA BRAGANÇA
MADÁ (2021 | Brasil | San Marcelo | Drama | Sapucaia Filmes | 18' | Livre)
Madá é uma jovem, bragantina, batalhadora que é bailarina
de banda de brega a noite e vendedora de tecidos durante o
dia para sustentar a mãe e a irmã. Madá então se ver em um
dilema após ser demitida do emprego, o que a leva a escolher
entre o sonho de ser dançarina profissional em uma
companhia de dança na capital, ou ficar perto da família e
enfrentar os problemas diários agravados pelo desemprego e a nova condição física da mãe,
Rosa.
SERRA VELHA (2021 | Brasil | Renato Chalu | Documentário | Coletivo Artesãos das
Águas | 15' | Livre)
O mestre Manoel Ramos, de Ajuruteua, apresenta em forma
de poesia de cordel o folguedo da Serra Velha. Os versos do
pescador poeta são o fio condutor deste documentário,
produzido pelo coletivo Artesãos das Águas, do Labpexca. O
folguedo da Serra Velha ocorre em diferentes locais do litoral
amazônico. Na Vila dos Pescadores e na Vila do Bonifácio,
em Ajuruteua, maretório da resex Caeté-Taperaçu, esta tradição estava adormecida. O poeta
Manoel Ramos conversa com mestres e mestras da Serra Velha, mostrando os detalhes e os
sentidos desse folguedo, apresentando as histórias dos personagens e trazendo a juventude
para o debate.
GERAÇÃO PEIXE FRITO (2019 | Brasil | Paulo Nunes e Vânia Torres | Documentário |
26’ | Livre)
O documentário traz depoimentos dos familiares de
escritores como Bruno de Menezes, Dalcídio Jurandir, De
Campos Ribeiro, além de entrevistas com historiadores,
músicos, jornalistas e feirantes do Ver-o-Peso que atestam a
importância da Academia do Peixe Frito.
15h50 –
O AJUNTADOR DE CACOS (2008 | Brasil | Paulo Miranda | Documentário | 52' |
Livre)
Obra concebida para oferecer ao Brasil e ao mundo a
oportunidade de conhecer a trajetória de Giovanni Gallo,
museólogo, ex-padre, fundador do Museu do Marajó e que
atuou por mais de trinta anos junto à população mais pobre
do Marajó, desenvolvendo ações no campo da promoção
humana, preservação da memória histórica e organização das
comunidades em Santa Cruz e Cachoeira do Arari, na Ilha do
Marajó.
IRACEMA E O BRINQUEDO DE VOAR (2020 | Brasil | Felipe Cortez | Documentário
| 48' | Livre)
Em uma proposta poética e potente, além da voz de Iracema
e de depoimentos de personalidades da cultura paraense, o
filme é atravessado por cenas em espaços simbólicos para a
cultura popular no estado do Pará, como as ruínas do Teatro
São Cristóvão, um lugar referência na apresentação de grupos
de pássaros nas décadas de 1950 a 1970, e aborda a trajetória
de Iracema Oliveira, 84, guardiã do Pássaro Junino Tucano, das Pastorinhas Filha de Sion e
coordenadora do Grupo Parafolclórico Frutos do Pará.
17h40 –
PROGRAMA FESTIVAL INTERNACIONAL DO FILME ETNOGRÁFICO DO
PARÁ
O Festival Internacional do Filme Etnográfico do Pará é uma
iniciativa do Grupo de Pesquisa em Antropologia Visual
Visagem (PPGSA/UFPA), sob coordenação geral de
Alessandro Campos e Denise Cardoso, e tem por objetivo
difundir, fomentar e premiar produções audiovisuais que
apresentem qualidade técnica reconhecida na área, além de
promover o diálogo entre produtores, cineastas, pesquisadores e público em geral. São
exibidas produções nacionais e internacionais de filmes que abordem questões socioculturais
contemporâneas sobre pessoas, grupos sociais, processos históricos de temas de interesse
antropológico e afins. Alessandro Campos apresenta neste programa um recorte de produções
audiovisuais feitas no estado do Pará.
20h10
ALTERNATIVO (2019 | Brasil | Antonio Pantoja, Henry Sena e Raul Tavares |
Documentário | 6’ | Livre)
Em um período onde a arte é uma forma de resistência, é
importante valorizar quem se esforça para trazer o melhor da
cultura alternativa. E assim nos perguntamos: Quais os
Cinemas Alternativos em Belém? A obra é resultado de um
trabalho de conclusão de Curso de Publicidade e Propaganda
e campeã de sua categoria no Intercom, e busca valorizar a
importância de alguns dos maiores espaços culturais de
Belém.
OS PROJECIONISTAS (2017 | Brasil | Kemuel Carvalheira, Lucas Alcântara e Eveline
Almeida | Documentário | 45’ | Livre)
O documentário Os Projecionistas, traz os relatos de três
profissionais atuantes no circuito exibidor de cinemas local,
tanto comercial quanto alternativo, que falam sobre os vários
aspectos inerentes a profissão de projecionista
cinematográfico, o amor à sétima arte e reflexões sobre o
futuro desta profissão e do próprio cinema.
NO JARDIM DO SEU CARDOSO (2020 | Brasil | Caio Cezar Soares e Hugo Caetano|
Documentário | 50' | Livre)
Cláudio Cardoso de Andrade Costa, ou simplesmente Seu
Cardoso, já foi de tudo nessa vida, e mesmo depois de morto,
vivo continua, sendo memória naqueles que o amam e em
seu gigantesco legado na literatura paraense. Esse
documentário vem ativar essa memória na intenção de que
mais pessoas a conheçam e dessa forma fortalecer a cena
literária paraense. Como o próprio dizia “um mundo melhor é um mundo de leitores, a
literatura liberta!”. O filme retrata sua vida e obra através de conversas com pessoas
significativas em seu percurso, elucidando a representatividade de Seu Cardoso para a
publicação de literatura e cordel paraenses.
MONTEIRO LOPES (2022 | Brasil | Bianca d’Aquino | Drama / Romance / Comédia | 28’
| Livre)
Mariana Lopes e Júlia Monteiro são descendentes de donos
de padarias concorrentes. Enquanto Júlia foi criada com
liberdade e espírito explorador, Mariana, por outro lado, teve
uma criação rígida e um pai conservador que lhe cerceava a
todo momento. Conforme a amizade e o posterior romance
entre as duas avança, Mariana percebe sua dificuldade em
lidar com sua sexualidade e decide ir embora de Belém. Anos
mais tarde, Mariana reencontra Júlia e agora precisará lidar com os conflitos não resolvidos de
sua juventude.
RIBEIRINHOS DO ASFALTO (2011 | Brasil | Jorane Castro | Drama | 26’ | Livre)
Deisy mora na ilha do Combu, em frente a Belém, do outro
lado do rio. Ela sonha em morar na cidade, em meio às luzes
que vê de sua casa na entrada da mata. Com a ajuda da mãe,
vai tentar realizar seu desejo.
16h30 –
À ESPREITA (2022 | Brasil | Henry Sena | Suspense / Terror | 6’ | 14 anos)
Existem coisas que não devem ser vistas, e infelizmente, uma
jovem stalker percebe que toda sua curiosidade, pode ter
uma consequência, perdendo a noção do que é realidade e o
que pode ser apenas sua paranoia, afinal, o que te vigia pode
estar à sua espreita.
18h –
A ILHA (2013 | Brasil | Mateus Moura | Drama / Suspense | 60’ | 14 anos)
Nazareno é mais um homem que nasceu e trabalha no
continente e, que, hoje, sobrevive na Ilha. A travessia faz
parte de sua rotina. Sob ele, todos os dias, flui o Grande Rio,
inundado de histórias mal-contadas. Sua esposa, Carline, é
dona de casa, e a monotonia faz parte de sua rotina
doméstica insulada, assim como um certo receio diante do
desconhecido. Ambos sonham com a chegada de um filho, que distraia o tédio e gere um novo
prazer pela vida. O sonho vira pesadelo quando o seu destino se cruza com a obrigação de
Silene, nativa da ilha.
PRAIANO (2022 | Brasil | Zienhe Castro e Cláudio Barros | Drama | 32’ | 12 anos)
O curta-metragem “Praiano” aborda, com toda a dubiedade,
as fortes relações entre homens, muitas vezes amorosas e
eróticas ― sublimadas ou não ―, que encontram no futebol
seu núcleo de expressão social. Reflete também sobre a
hipocrisia com que se lida com essa relação quando ela desperta choques de interesses entre
família, sociedade e liberdade sexual.
CURADORIA DA MOSTRA
A pandemia de covid-19, deflagrada em março de 2020, no seu auge, veio como um empecilho
à realização de exibições de cinema de forma presencial, obrigando o fechamento de salas
físicas pelo mundo afora, desde então. Como meio de permanecer em atividade e adaptar-se a
nova realidade mundial, o Cine Líbero Luxardo emprendeu esforços na elaboração de uma sala
virtual, resultando num ambiente que pudesse oferecer ao público amante da sétima arte uma
programação diversa, de qualidade, e que pudesse ser acessada de qualquer dispositivo ligado
à internet, por meio de streaming, e de modo gratuito. Foi assim que nasceu a ideia da
platafoma a que o público passará a ter acesso de modo oficial a partir de final de junho de
2022.
O Cine Líbero Luxardo, desde sua inauguração, em Belém, em junho de 1986, foi pensado
como um espaço multiuso que contaria com infraestrutura à realização de pequenos
espetáculos teatrais, musicais, além de palestras, workshops, etc., mas que teria na exibição
de filmes sua mais importante atuação, dispondo para isso dos mais modernos equipamentos
à época de sua criação, papel que vem desempenhando até os dias de hoje.
A sala recebeu seu nome em homenagem a Líbero Luxardo (Sorocaba, 5 de novembro de 1908
– Belém, 2 de novembro de 1980), diretor, produtor e roteirista de cinema, além de jornalista,
escritor, político e professor, que se impôs no cenário paraense como um dos pioneiros na
produção cinematográfica na região amazônica, realizando os primeiros longas metragens de
ficção, envolvendo mão de obra e elenco paraenses. Seus principais filmes são “Um dia
qualquer…” (1965), Marajó – Barreira do Mar (1967) e “Brutos inocentes” (1974). Grande
parte de sua obra se encontra atualmente no acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS –
PA), órgão ligado à Secretaria de Cultura do Estado do Pará.
Originalmente ligado à Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Fcptn), instituição que a
partir de 2015 fora renomeada como Fundação Cultural do Pará (FCP), ambas ligadas ao
governo do estado do Pará, o Cine Líbero Luxardo veio obtendo reconhecimento crescente ao
longo de sua trajetória ao longo desses 36 anos de existência, não apenas para o fiel público de
suas sessões presenciais em Belém, retomadas em agosto de 2001, após um hiato de cerca de
um ano e meio sem atividades em sua sala física, mas fazendo ecoar sua importância como
sala de cinema pública em consonância ao que se tem em outras importantes cidades
brasileiras. A despeito de suas pequenas dimensões e de sua capacidade restrita de público
por sessão (88 lugares) o Cine Líbero Luxardo vem conseguindo atender a um número cada vez
mais crescente de espectadores com sua programação, oferecendo ao público paraense o
acesso a títulos que de outra forma, jamais seriam exibidos, tudo isso com ingressos bem
acessíveis.
A mesma concepção que norteia nossas atividades como sala de cinema, incrustada na sede
da FCP, em Belém, ao longo de todos esses anos, será adotada também para executar nossas
ações no universo online, oferecendo filmes premiados, de diretores reconhecidos pela crítica
e pelo público mundo afora. São mais 40 títulos que tiveram seus direitos de exibição
adquiridos para fazer parte de nossa sala virtual, cada título ficando uma semana a disposição.
A cada semana, portanto, teremos pelo menos um lançamento, além de produções paraenses
que estarão acessíveis gratuitamente ao longo do ano. Esperamos a mesma longevidade a esta
Sala Virtual do Cine Líbero Luxardo e que nosso público faça bom uso de seus recursos, de sua
estrutura de navegabilidade, também obtendo nela informações sobre o que estamos exibindo
em nossa sala física, que permanece em plena atividade.
cineliberovirtual.com.br
ESPAÇO EXPOSITIVO HALL VICENTE FRANZ CECIM
O Cine Líbero Luxardo ganhará um espaço expositivo que se chamará Hall Vicente Cecim, em
homenagem ao cineasta, jornalista, cinéfilo, crítico de cinema, escritor e poeta, e que também
foi um dos ilustres frequentadores de nossa sala, falecido ano passado por conta de
complicações que também envolveram a covid. Nesse espaço, que será decorado com papel
de parede reproduzindo os cartazes de grande parte dos filmes que exibimos em nossa
programação ao longo desses 36 anos, haverá painéis expositivos que servirão para a exibição
de materiais gráficos ligados á aspectos da produção cinematográfica, de um modo geral, e
que deverá inaugurar com uma exposição sobre aspectos da vida de nosso homenageado.
O hall Vicente Cecim deve ser lançado em agosto, como parte de nossas ações em torno do
aniversário do Cine Líbero Luxardo, com a perspectiva de uma mostra de filmes de realizados
por Cecim, com curadoria de Bruno Cecim, fotógrafo, produtor de audiovisual e filho de nosso
homenageado, e Franscisco Weyl, diretor do FICCA - Festival Internacional De Cinema Do
Caeté.
AGRADECIMENTOS
Ao Museu da Imagem E do Som (Mis – Pará), Januário Guedes, Monica Luxardo, Guilherme
Relvas, Fillipe Rodrigues, Artur Tadaiesky, Fillipe Rodrigues e Rafael B Silva, Jorane Castro,
Joelle Mesquita, Priscilla Brasil, Layse, Inesita, Bruno Rabelo, Lorena Alves, Jade Jares, Mateus
Moura, Vince Souza, Kemuel Carvalhosa, Alan Rodrigues, Leonardo Fonseca, Vladmir Cunha e
Gustavo Godinho, Luiz Arnaldo campos, Francisco Weyl, Alessandro Campos, San Marcelo,
Dario Jaime, Adrianna Oliveira, Gustavo Moreira, Zienhe Castro, Maria Christina, Afonso
Gallindo, Suely Nascimento, Darien Lamen, Júnior Almeida, Luciana Medeiros, Viviane Chaves,
Eduarda Falesi, Cássio Tavernard, Andrei Miralha, Otoniel Oliveira, Roger Elarrat, Rafaella
Cândido, Nic Dias, Mc Super Shock, Sumano, Paulo Nunes e Vânia Torres, Paulo Miranda,
Antonio Pantoja, Henry Sena ,Raul Tavares, Lucas Alcântara, Eveline Almeida, Alexandra
Castro, Fernando Segtowick, Roger Braga, Bianca d’Aquino, Robson Fonseca e a toda a rede
que se constituiu a partir de uma ideia de celebração. A todos os realizadores e profissionais
do audiovisual paraense, por tornarem esta mostra possível e por tornarem sonhos em
matéria compartilhada aos olhos, aos ouvidos e às nossas mentes.
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
Belém - 2022