Você está na página 1de 33

CINE LÍBERO LUXARDO – 36 ANOS

Em 2022, ano em que o Cine Líbero Luxardo comemora 36 anos de existência, uma
programação especial será realizada entre os dias 07 e 13 de julho, celebrando também o
audiovisual paraense com uma mostra do que vem sendo produzido em nosso estado e do que
foi exibido na sala mais charmosa de Belém. Desde a retomada de suas atividades presenciais,
em agosto do ano passado até aqui, após um período de mais de um ano e meio de portas
fechadas por conta da pandemia de Covid-19, o cinema do Centur, como é carinhosamente
chamado pelos seus frequentadores, foi um dos importantes canais de divulgação do que
nossos produtores, diretores e artistas ligados ao audiovisual vieram produzindo ao longo
desse período, impulsionados, sobretudo, por recursos provenientes de leis emergenciais de
incentivo à cultura, como a lei federal Aldir Blanc.

Criado no contexto da crise sanitária, muito desse material foi pensado para ser exibido na
internet, por meio de sites, das redes sociais e de plataformas de streaming, mas, na medida
em que as restrições sociais foram afrouxadas, e conforme o número de pessoas vacinadas
contra Covid-19 ganhava coro, as sessões de cinema presenciais tiveram a oportunidade de ser
realizadas, e o Cine Líbero pôde, desde então, através de seu Projeto Janelas, ajudar a dar
visibilidade à parte desse material, formando um conjunto bem representativo das tantas
questões que vem norteando a vida de nossa gente, de nosso lugar em tempos tão difíceis e
incertos.

Com edições de lançamentos ocorrendo, na maioria das vezes, em dias de segundas-feiras, o


Projeto Janelas se tornou um ponto de encontro dos fazedores do audiovisual paraense,
profissionais que procuraram espontaneamente nosso cinema e que foram acolhidos com
dedicação por nossa equipe de servidores. O Projeto Janelas também se arvorou em outras
possibilidades, como na realização de mostras, como a da Semana de Arte Muralismo, evento
que tomou diversos setores do prédio da Fundação Cultural do Pará (onde o Cine Líbero
Luxardo está inserido) e o Cuíra em Cenas - Festival de Videodanças da Amazônia, além do III
Festival do Filme Etnográfico do Pará, ações desenvolvidas em parcerias com a sociedade civil
e que ajudaram a dar vazão à parte dessa produção, embora saibamos que ainda há muito a
ser exibido, e que uma de nossas missões é justamente essa: Conferir visibilidade ao que é
produzido em nosso estado, além de oferecer ao nosso público acesso a filmes atuais, com
uma curadoria atenta e em sincronia com os principais lançamentos nacionais de empresas
distribuidoras parceiras e que caminham ao nosso lado na afã de oferecer o que há de melhor
ao nosso público.

É com o intento de fazer um resumo dessas ações que marcaram sobremodo nosso retorno às
atividades presenciais, bem como com o intuito de promover o lançamento de algumas
produções inéditas, além de reexibir filmes de longa metragens importantes e que marcaram a
história de nosso cinema e de nossa cinematografia que a programação do 36º aniversário do
Cine Líbero Luxardo foi carinhosamente pensada.

Será uma Cine-Semana com programação totalmente gratuita, com a exibição de filmes de
curta, média e longa-metragens, além da realização de diversas mesas, com a participação de
convidados mais que especiais, resultando numa circunstância de nos vermos projetados na
tela, de vermos e ouvirmos alguns de nossos diversos jeitos de falar, de enxergar e de
conceber a nossa própria realidade, ocasião de exaltar nossos mestres e fazedores de cultura,
de conceber um pequeno espelho, caleidoscópico, de parte do que somos ou do que
queremos ser. Vida longa ao Cine Líbero Luxardo! Vida longa ao cinema paraense!
CINE LÍBERO LUXARDO – 36 ANOS
De 07 a 13 de julho de 2022

Programação | Entrada franca


QUINTA – DIA 07/07

15h30 –
BRUTOS INOCENTES (1974 | Brasil | Líbero Luxardo| Drama | 90’ | 18 anos)
Filme dividido em dois episódios. O primeiro narra a história
do Seringueiro Inácio, um seringueiro que tenta se livrar do
regime de semiescravidão na vila onde mora que é
comandada por João, um homem sem piedade, que não
hesita em humilhar seus subordinados. O segundo episódio,
gira em torno de uma promessa feita por um casal à Virgem
de Nazaré. Este casal tem um problema: apesar de serem
brancos, o único filho deles nasceu negro, sendo que os vizinhos insistem em dizer que tudo
foi culpa da mãe da criança, que olhou um eclipse da lua, quando estava grávida.

17h10 –
O FILHO DO HOMEM (2019 | Brasil | Fillipe Rodrigues | Drama | 11’ | 12 anos)

Um homem e um velho vivem juntos em uma antiga casa.


Ambos são partes opostas que se sucedem enquanto o fogo
renova continuamente a natureza.

A BESTA POP (2018 | Brasil | Artur Tadaiesky, Fillipe Rodrigues e Rafael B Silva|
Drama, Ficção Científica | 100’ | 12 anos)
A festa "Besta Pop" é o lugar no qual três histórias diferentes
se entrelaçam. Esse encontro acontece em meio a um
cenário do futuro um tanto quanto distópico: um governo
totalitarista está tomando conta de todo o ocidente.
Enquanto alguns creem estarem passando pelo fim dos
tempos, beirando o apocalipse, a festa se mostra uma
espécie de representação de resistência diante desse
momento caótico.

19h10 –
PARA TER ONDE IR (2018 | Brasil | Jorane Castro | Drama | 100’ | 12 anos)

Três mulheres com diferentes visões sobre a vida seguem


juntas em uma viagem. No caminho, os acontecimentos
vividos, separadamente, pelas três revelam as incertezas e os
diferentes sentidos daquela viagem para cada uma delas.

Mesa: A Produção de Longas-metragens no Pará | Convidados: Jorane Castro e Fillipe


Rodrigues
SEXTA – DIA 08/07

14h –
MÓBILE LUNAR: SONHOS (2021 | Brasil | Laércio Esteves | Documentário | 76’ |
Livre)
Paisagens idílicas, ritos e narrativas do cotidiano urbano
amazônico, viagens espaciais, são alguns elementos que o
documentário musical “Móbile Lunar – Sonhos” apresenta
em meio a uma viagem pela paisagem poética, visual e
sonora da Amazônia que os inspirou a compor o álbum de
estreia.
15h30 –
XIRLEY Gaby Amarantos (2011 | Brasil | Priscilla Brasil | Videoclipe | 4’ | Livre)

“Xirley” é uma canção interpretada pela


cantora paraense Gaby Amarantos, contida em seu primeiro
álbum solo, “Treme”.

DEVORADOS Madame Satan (2007| Brasil | Priscilla Brasil | Videoclipe | 4’ | Livre)

Videoclipe da música “Devorados”, da banda paraense


Madame Saatan. Gravado na Vila da Barca (Belém) em julho
de 2007, é talvez o último registro do famoso bairro sobre
palafitas, que sofre um acelerado processo de reurbanização.

LEGAL E ILEGAL Felipe Cordeiro (2007| Brasil | Brunno Regis e Carolina Matos |
Videoclipe | 4’ | Livre)
Faixa presente no álbum de estreia de Felipe Cordeiro,
"Kitsch Pop Cult". O clipe conta com as participações
especiais de André Abujamra, e de diversos músicos da cena
paraense: Keila Gentil, Artur Kunz (Strobo), Dona Onete e
Manoel Cordeiro (pai e guitarrista da banda de Felipe).

NÃO PODE ESQUECER O GUANTO Leona Vingativa (2021 | Brasil | Thais Badu |
Videoclipe | 4’ | Livre)

"Não Pode Esquecer o Guanto", é a segunda faixa do EP


"Vida de Patrícia" de leona Vingativa.
HIT DE SUCESSO Layse (2021 | Brasil | Thais Badu | Videoclipe | 4’ | Livre)

Videoclipe oficial da faixa “Hit de Sucesso”, faixa integrante


do álbum “Caso Raro”, de Layse, lançado em 2021.

VERTICAL Inesita (2021 | Brasil | Léo Chermont | Videoclipe | 4’ | Livre)

Videoclipe oficial da faixa “Vertical”, projeto contemplado


pelo edital Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura FCP 2020.

CORRENTEZA | FEST-FILME FLORESTA SONORA (2021 | Brasil | Léo


Chermont e DBL | Experimental | 25’ | Livre)
O fest-filme do Floresta Sonora é uma imersão ao universo
do estúdio paraense de música, voltado para criação,
gravação, produção musical e cultural, com participação dos
artistas que por lá passaram para reapresentar seus
trabalhos num mergulho ao universo criativo de cada um
deles.

NA BATIDA DO BREGA (2021 | Brasil | Renan Mendes, Ricky Lima, João Pedro Aranha e
Mariana Almeida | Experimental | 32’ | Livre)

Dentro de um bar, ao som dos maiores sucessos do brega e


tecnomelody, tudo pode acontecer. Na Batida do Brega é o
mais novo espetáculo da Companhia Mirai de Dança, um
projeto selecionado pelo Edital de Multilinguagens – Lei
Aldir Blanc.

17h –
PROGRAMA AMPLI SESSIONS (2021 | Brasil | Joelle Mesquita | Documentários |
AmpliCriativa e Soma Música | 100’ | Livre)

Apresentação de episódios que contam com a presença de


artistas paraenses incríveis, dos mais variados estilos
musicais, além de bate-papos maravilhosos. Félix Robatto,
Inesita e Steamy Frogs compõem o programa dedicado à
AmpliSessions em nossa mostra.
18h30 – BATE-PAPO COM ADRIANNA OLIVEIRA E EQUIPE DOS FILMES
“A BATALHA DE SÃO BRÁS” E “GUETO FLOW, PRETO SHOW”

REMÉDIO PRA RACISTA É BALA Nic Dias (2021| Brasil | Vladmir Cunha |
Videoclipe | 3’ | 12 anos)
No estilo do verso "rima de preto é carnificina", é hora de
dar o troco. Minha resposta vem com arte, com atitude e
com todo o ódio que eu carrego na pele.

SÓ MAIS 5 MINUTOS Mc Super Shock, Malária (2022 | Brasil | Saturação I | Videoclipe


| 4’ | 12 anos)

Depois que o coração partiu mais alto, as coisas pararam de


fazer tanto sentido, aos poucos o vazio me preenche mais e
mais, até o momento que acabarei com tudo isso, não é uma
carta de despedida, é que todo dia eu parto, caio, morro...
Mas renascer não é opção, é necessidade e espero continuar
tentanto ser alguém melhor, circulos que não quebram,
ciclos sem fim. Quem quer morrer no quase? Essa produção faz parte do Ep "Banzo" é uma
produção da Associação Gira Mundo com produção musical e visual da Saturação.

26 Sumano (2021| Brasil | Bruno Fernandes | Videoclipe | 3’ | 12 anos)

Videoclipe oficial da faixa “26”, do rapper paraense Sumano.

A BATALHA DE SÃO BRÁS (2016 | Brasil | Adrianna Oliveira | Documentário | 26’ |


12 anos)
Documentário de Adrianna Oliveira sobre uma batalha de rap
no Mercado de São Brás - bairro tradicional de lutas sociais
em Belém do Pará.

GUETO FLOW, PRETO SHOW (2021 | Brasil | Adrianna Oliveira | Documentário | 53’
| 12 anos)
Traz à tona o repertório construído ao longo de 12 anos da
carreira do rapper paraense Pelé do Manifesto. Em um show-
documentário, somos apresentados a 10 faixas que compõem
o álbum homônimo, além de relatos poéticos sobre os
aspectos que cercaram o desenvolvimento da carreira do
rapper. Pelé rima sobre amor, experiências duras, e a
motivação para manter o sonho sempre vivo.
SÁBADO – DIA 09/07

14h –
A FESTA DA CHIQUITA (2009 | Brasil | Priscilla Brasil | Documentário | 52' | Livre)

No segundo domingo de outubro, a bicentenária procissão


do Círio de Nazaré é obrigada a conviver com a Festa da
Chiquita, o mais tradicional encontro gay da Amazônia que,
contra tudo e contra todos, ocorre no mesmo dia, na mesma
hora e na mesma rua. São dois milhões de católicos
fervorosos de um lado e alguns milhares de homossexuais do outro. Em 2004, o IPHAN incluiu
a Festa da Chiquita no processo de tombamento do Círio como patrimônio imaterial da
humanidade, dando início a uma grande polêmica: afinal, a festa da Chiquita faz parte do
Círio?

SONORO DIAMANTE NEGRO (2010 | Brasil | Suely Nascimento| Videoarte /


Experimental | 14’ | Livre)

Dezembro de 1950. Na cidade de Belém, no bairro da


Marambaia, começava a nascer São Sebastião, de
propriedade de Sebastião Nascimento. À moda da época,
sonoro tinha nome de santo. O tempo passou, a
aparelhagem aumentou e o nome foi mudado para
Diamante Negro. Aos 50 anos de existência, nos anos 2000,
era o sonoro mais antigo de Belém, em atividade. O
diferencial era a qualidade do som, apreciada nas noites do Baile da Saudade, quando casais
cativos dançavam antigas canções que falavam de dor de cotovelo, de tristeza, de amor...

15h40 –
HOJE ESTAMOS AQUI (2022 | Brasil | Darien Lamen | Documentário | 20’ | Livre)
Retrato de uma família que luta para preservar a memória
do seu pai, Milton de Almeida Nascimento, que no ano de
1955, criou o “Sonoro Conversível” e protagonizou o
surgimento do amplificador à válvula, sendo um dos
primeiros de que se tem notícia. O filme tem a finalidade de
recriar a memória de Milton Almeida a partir de sua
contribuição para a Cultura Popular Paraense diante de uma
cultura que valoriza a novidade tecnológica. Em 2022, foi Exibido no In-Edit Brasil – Festival
Internacional do Documentário Musical, em São Paulo.

BREGA S.A (2009| Brasil | Vladimir Cunha e Gustavo Godinho | Documentário | 60' |
Livre)
O documentário Brega S/A fala sobre a cena tecnobrega de
Belém do Pará. Feito por artistas pobres, gravado em
estúdios de fundo de quintal e com relações profundas com
a pirataria e a informalidade, o tecnobrega é a trilha sonora
da periferia da cidade, uma espécie de adaptação digital da
música romântica dos anos 1970 e 1980.
17h20 – SESSÃO COM BATE-PAPO: LUCIANA MEDEIROS E EQUIPE DE
REALIZAÇÃO DA SÉRIE OS DINÂMICOS

MESTRE VIERA E OS DINÂMICOS


GUITARREIRO DO MUNDO Mestre Vieira (2021 | Brasil | Afonso Gallindo / Luciana
Medeiros | Documentário | 3’ | Livre)
Guitarreiro do Mundo é a faixa título do último álbum de
Joaquim de Lima Vieira, Mestre Vieira, lançado em 2015, no
Rio de Janeiro. Gravamos o clipe em meio aos três dias de
apresentação que fizemos pelo edital Caixa Cultural, projeto
que levou junto ao show de lançamento do disco, um
workshop de Guitarrada. Vieira faleceu em 2018.

OS DINÂMICOS FALAM DA ANIMAÇÃO (2018 | Brasil | Afonso Gallindo / Luciana


Medeiros | Documentário | 3’ | Livre)
Trazendo 13 epsódios de 5 minutos cada, Os Dinâmicos traz
a sonoridade das guitarradas cantadas de Mestre Vieira, o
criador da Guitarrada, e que trazem como tema o cotidiano
amazônico, repleto de magia, lendas e ‘causos’. Na série, o
grupo Vieira e Seu Conjunto ensaia num estúdio-casa no
topo de uma Samaumeira e se apresenta em diversas
festividades na região, mas a guitarrada, além de colocar
todo mundo para dançar, tem outro super poder.

OS DINÂMICOS (2018 | Brasil | Afonso Gallindo / Luciana Medeiros | Série em animação


– 13 episódios / Aventura | Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia | 65’ | Livre)
Comédia e aventura, a série de animação “Os Dinâmicos” é
inspirada na obra musical de Joaquim de Lima Vieira, o
criador da guitarrada paraense. Pacatos, engraçados e
contadores histórias, os músicos da banda “Vieira e Seu
Conjunto” tocam um ritmo original e contagiante, alegrando
as pequenas vilas ribeirinhas. Lidando com o universo da
floresta e da fauna da região, além de animar festas, eles
também guardam um segredo. Sempre que há uma criança em perigo, a guitarra Milagrosa é
acionada e assim Mestre Vieira, Idalgino, Lauro, Dejacir, Poça e Batera se transformam em
super-heróis. Guitarreiro, Spectro, Ciclone, Alado, Trakitana e Aprendiz se envolvem em
aventuras que revelam, através do mágico universo da animação, as características, o
linguajar, costumes e lendas da Amazônia. “Os Dinâmicos” homenageia também as animações
dos anos 1970 e 1980, que traziam séries animadas com heróis e bandas musicais.

20h –
CHAMA VEREQUETE (2002 | Brasil | Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira |
Documentário | 18' | Livre)

Documentário poético sobre Mestre Verequete, personagem


fundamental da história do ritmo raiz do Pará, o Carimbó,
que legitimou e divulgou pelos quatro cantos do Brasil.
PASSE DE MESTRE - HISTÓRIAS DE MÚSICA E FUTEBOL (2021 | Brasil |
Luciana Medeiros | Documentário | 6’ | Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia |
Livre)
Mestre Vieira, guitarrista paraense considerado o criador da
guitarrada. Em vida gravou 13 LPs, 5 CDs e 1 DVD, além de
ter participado de diversos projetos musicais, entre eles Os
Mestres da Guitarrada. O que nem todo mundo sabe é que
ele também era apaixonado por futebol. Chegou a comprar
um campo com os primeiros cachês que recebeu e fundou
vários clubes de futebol em Barcarena, no interior do Pará. A
produção para este mini doc foi no estilo cinema de guerrilha, sem recursos e com equipe
reduzidíssima. Em 2016, Mestre Vieira adoentou e ficou sem tocar por mais de um ano. Em 2
de fevereiro de 2018, ele partiu para as estrelas. Calou sua guitarra. Ficou seu legado.

NO MEIO DO PITIÚ Dona Onete (2019| Brasil | Leonardo Augusto | Videoclipe | 5' |
Livre)

Videoclipe da música “No Meio do Pitiú”, que integra o disco


'Banzeiro' de Dona Onete.

AR BO ARREPIADO Dona Onete (2019| Brasil | Couple Things - Diana Boccara e Leo
Longo | Videoclipe | 3' | Livre)

Videoclipe da música “Carimbó Arrepiado”, de Dona Onete.

OS CARIMBÓS E AS GUITARRADAS DE MESTRE CURICA (2020 | Brasil |


Bruno Rabelo e Lorena Alves| Documentário | 76' | Livre)
Registro audiovisual que resgata a história de vida de Curica,
aos 72 de idade e com 56 anos de carreira artística. Em um
formato de show e bate-papo, este vídeo faz um passeio
pela diversa carreira e obra musical de Curica, transitando
entre o Carimbó e a Guitarrada. O projeto traz convidados
especiais, como o Mestre Aldo Sena e Bruno Rabelo, além de
jovens talentos da música paraense.
DOMINGO – DIA 10/07

15h10 –
PROGRAMA CUÍRA EM CENAS – FESTIVAL DE VIDEODANÇAS DA
AMAZÔNIA
Programa dedicado ao Cuíra em Cenas, Festival de
Videodanças com obras protagonizadas por artistas
paraenses, expandindo os limites da dança para além dos
palcos de teatros e intervindo nas telas de cinema e servindo
como um estímulo à cena da dança paraense, e que visa
valorizar os artistas e suas obras em diálogo com outras
linguagens artísticas, além de ampliar novas plateias e
ocupar novos espaços. Neste programa, Eduarda Falesi, coordenadora do festival, reuniu todas
as obras exibidas na edição que ocorreu no Cine Líbero Luxardo, em 2022.

INTRAVENOSA (2018 | Brasil | Tale Campos | Experimental / Videoarte | 4’ | Livre)

A experiência de quase morte do diretor do filme é retratada


em diferentes atmosferas. Perseguição, sacrifício e redenção
em meio a cenários paradisíacos do Rio de Janeiro.

LA LOBA (2019 | Brasil | Ana Flávia Mendes e Edielson Shinohara | Experimental /


Videoarte | 8’ | Livre)
LA LOBA é um experimento em vídeo que trata do arquétipo
da mulher selvagem. Inspirado no livro "Mulheres que
correm com os lobos", de Clarissa Pinkola Estes, o trabalho
aborda o conto homônimo "La Loba", de origem européia
oriental, e promove um mergulho na psiqué feminina,
imageticamente retratada como um cemitério, lugar em que
habita a morte e de onde emerge a vida, sintetizada na
figura de uma mulher transmutada.

NASCIMENTO & XAXARÁ (2021 | Brasil | Letícia Faria | Videoclipe | 8’ | Livre)


Todos os trabalhos do Bando Mastodontes tem como
premissa a arte como ferramenta para democratizar a
cultura, seja desburocratizando e ocupando espaços
públicos e privados ou ampliando a acessibilidade dos seus
projetos. Seguindo este ideal, o primeiro clipe do grupo se
tornou um projeto audiovisual inovador por priorizar a inclusão com a coreografia em Libras
do início ao fim do clipe e dançarinos com deficiência física para reverenciar a música que é um
ode ao orixá Obaluaê.

CÔNCAVO (2021 | Brasil | Eduarda Falesi e Gabriel Darwich | Videodança | 7’ | Livre)


Os reflexos do tempo e do corpo nos movimentos
performados em espaços enclausurados e reduzidos, busca
refletir o desconforto das mudanças de paradigma nas
relações sociais, onde os corpos foram forçados a conviver
cada vez menos com a presença física, durante o
distanciamento social. O tempo, antes ilusoriamente acelerado, desacelera e nos torna
côncavos para além do autocuidado e direciona o olhar para dentro de nós. Suportar ao tempo
e aos espaços reduzidos é o desafio para os corpos “ocos” da presença do outro.

AUTO DO CÍRIO (2021 | Brasil | Feliciano Marques e Cia. Moderno de Dança |


Videodança | 3’ | Livre)
Sagradas Conexões Ruas, rios, teias, raízes entrecruzadas
atravessando vidas. Em meio ao caos busca-se, por meio da
esperança e da fé, equilíbrio e força para seguir em frente. É
outubro de novo, Círio outra vez e de pé seguimos pedindo a
Nossa Senhora de Nazaré para que nos proteja, que acalente
nossos corações. A Cidade Velha, em Belém, conectada à
Tailândia do Pará numa homenagem, celebração e
agradecimento em mais um Auto do Círio.

UM TEMPO QUE REGA O REGGAE (2021 | Brasil | Vinicius Fleury | Videoclipe | 4’ |


Livre)
Nesta obra visual, a cantora Jana Coutinho, conecta sua
música à performance da bailarina Duda Falesi, levando a
uma experiência sensorial entra a chuva e as batidas do
reggae.

CAMINHADA (2019| Brasil | Companhia Moderno de Dança | Videodança | 3’ | Livre)


Fragmentos do existir urbano se retratam em alta dinâmica.
Analisando o comportamento social contemporâneo, a
videodança propõe uma poetização da vivência em
sociedade, com múltiplas visões e capturas do Ser-Habitante
da cidade.

DESARMAREAR (2021| Brasil | Juan A. Silva | Videodança | 7’ | Livre)


Uma experiência para desarmar, ou minimamente
tensionar o sistema cisheternormativo por meio da
desestabilização do próprio corpo dançante, para então se
reencontrar. Sendo assim, "Desarmarear” é arrumar as
malas e sair de casa, seja por vontade própria ou por ter
sido expulso e, por conseguinte, é também buscar uma nova
casa para si, em si. Um novo corpo. “Desarmarear” é uma
caminhada, uma travessia, uma mudança.

O SALTO (2021| Brasil | Joyce Cursino | Videodança | 5’ | Livre)

Primeiro videoclipe da artista Bah e produzido pela Negritar


Produções.
PEIXES (2017| Brasil | Vladimir Cunha Musical | 3’ | Livre)
Peixes - Belém em um prisma de descobertas de sua
pluralidade. A chegada dos peixes é um evento diário que
promove uma experiência antropológica e sensorial com
uma explosão de cores, sabores, dança e música no mercado
do Ver-o-peso. A dança é uma entidade sagrada e no filme é
representada por Claudio Baia, dançarino e coreógrafo de
grande relevância no Pará.

ENTRE OUTRAS RUAS - ATO I (2020| Brasil | Juan A. Silva e Cleyton Telles |
Videodança | 3’ | Livre)
Neste novo caminhar, Cleyton me propôs a criação de uma
poética a partir de algum atravessamento pessoal, e
mergulhado nas questões que transbordam em meu corpo,
enquanto LGBT e afroindigena, materializei um manifesto
dançante contra a mira criada nos corpos dissidentes de
gênero, raça e classe em nossa sociedade, por isso, também
a chamei de "Sujeito estatística", pois, para mim, é uma
suplica por "um bom final pra nós". - Juan A. Silva.

GIRLS X3 (2019| Brasil | Louise di Fatima | Videodança | 5’ | Livre)


A videodança reúne quatro bailarinas em um único espaço
representando diferentes gêneros da dança assim como nos
mostrando suas diferentes personalidades. A videodança é
um material adicional de um videoclipe de mesmo nome
produzido pela Infinita Produções.

VAGALUMEAR (2021| Brasil | Ercy Souza | Videodança | 8’ | Livre)


No instante apenas, uma vida inteira presente no lançar do
primeiro voo da borboleta, no mo(vi)mento do desprender-
se, na profusão de sensações lançadas no breu sob a luz dos
olhares contemplativos. Eis o passo entre a coxia e o palco
sob a energia do último pulo coletivo de um escravo de jó e
a ansiedade pós terceiro toque do sino que hoje é
compreendido como o apertar do gravando e... Nasce Etá, a
cena, a obra, o estranhamento, o olhar artístico, a questão, a Arte dançada que convoca os
presentes que ali estão à presença cênica dilatada e difundida.

ECOS DAS ENTRANHAS (2019| Brasil | Luiza Monteiro | Videodança | 6’ | Livre)

Videodança gravado no Canadá, dirigida e interpretada por


Luiza Monteiro.

EUVERSO (2021| Brasil | Victor Azevedo | Videodança | 4’ | Livre)


O vídeo "euversO" surge como reflexo do bloqueio criativo
criado pelo período da quarentena. O início da criação não
tem um objetivo ou mensagem a ser passada, apenas
permitir que haja prazer em dançar e se conectar com os vários "eus" que surgem durante o
processo. "euversO" é o caminho que, nos interiores do eu, redescubro a ação de dançar
apenas para dançar, sem a necessidade de um longo processo ou busca de um conceito
criativo como justificativa.

QUESTÃO DE TEMPO (2021| Brasil | Paola Pinheiro| Videodança | 4’ | Livre)


Tempo. Sinto que estou perdendo-o. Mas como se pode
perder algo que nunca foi seu? Só tinha uma ilusão do que
era o tempo e até isso já perdi. Vivo num conflito entre o
tempo de dentro, que tem dificuldade de acompanhar seu
entorno, e o tempo de fora, que voa sem parar. E de tanto
tentar conciliar o tempo de dentro com o de fora, me
esqueci do tempo do corpo. Qual é o meu tempo mesmo?
Tento me desapegar do tempo, mas ele gruda no meu corpo como areia, água e sal. Tentei
viver dentro do tempo, mas me perdi, e hoje tento viver em mim.

SERES DE SI (2020| Brasil | Luiza Monteiro | Videodança | 4’ | Livre)


Seres de Si nasce na encantaria do corpo da intérprete
criadora Luiza Monteiro em uma experiência de imersão
com elementos da natureza presentes na praia do Marahú,
na ilha de Mosqueiro/PA. O processo de criação permeia a
relação entre corpo, encantaria e poesia, apresentando em
formato de videodança o emergir poético do corpo
enquanto este encontra-se imerso em si, como também em águas, areias, folhas, pedras,
ares...

DAQUI ACENEI PARA VOCÊ (2020| Brasil | Eduarda Falesi | Videodança | 6’ | Livre)
“Daqui Acenei Para Você” é um projeto social que reúne em
um só vídeo, diversos bailarinos paraenses, com liberdade
ar s ca e interpreta va - o que garante a singularidade de
cada coreogra a e ajuda a expor a forma mais verdadeira da
natureza de cada ar sta envolvido. O obje vo do projeto é
conectar pessoas diferentes a uma só mensagem Não
estamos sozinhos. O vídeo tem sido u lizado como o principal meio de divulgação de uma
campanha solidária de arrecadação de fundos para compra de cestas básicas, material de
higiene e remédios para doaç es em abrigos e comunidades carentes pelo Pará.

17h –
PROGRAMA CÁSSIO TAVERNARD
A ONDA – FESTA NA POROROCA (2005 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 12’
| Livre)
Com roteiro original de Adriano Barroso, conta a história de
uma festa que os bichos organizam no fundo do rio para
esperar a passagem da Pororoca. Enquanto isso, na
superfície, dois surfistas do sul tentam a aventura de
“domar” a onda da pororoca. Estas ondas nos rios da
Amazônia são um fenômeno natural. No Pará, o principal
município atingido é de São Domingos do Capim.
O RAPTO DO PEIXE BOI (2010 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 15’ | Livre)
No fundo do igarapé, o Peixe-boi é o responsável pelo
transporte do Pipipipiramutaba, a grande aparelhagem de
som que anima as festas dos habitantes das águas.
Subitamente, o Peixe-boi desaparece, e Caranguejo,
Camarão e Candirus irão em busca do amigo mamífero.

CAMARÃO Espoleta Blues (2016 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação / Videoclipe | 3’|
Livre)

Videoclipe da música “Camarão”, interpretada pela banda


Espoleta Blues.

ALLEGRO PERO NO MUCHO (2019 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 20’ |


Livre)O filme encerra a trilogia da série “A Turma da
Pororoca e se desenvolve a partir da investigação de uma
estranha movimentação próxima ao Theatro da Paz. Na
história, descobrem que alguém esta se fazendo passar pelo
Caranguejo e sua aparelhagem, o Pi Pi Piramutaba,
organizando uma grande festa em seu nome para atrair
todos os bichos do fundo dos rios da Amazônia. Para compor o cenário do terceiro episódio da
série, cada detalhe do prédio histórico do Da Paz, sua pintura e arquitetura, foram
reproduzidos fielmente na técnica de animação.

CHICO TRIPA (DIÁRIO DE UM PALHAÇO) (2009 | Brasil | Cássio Tavernard |


Animação | 10’| Livre)
Animação de Cássio Tavernard usada em vídeo-performance
apresentada dia 16 de dezembro de 2009 no Instituto de
Artes do Pará (IAP). O vídeo é fruto do projeto “Chico Tripa –
Diário de um Palhaço”, contemplado este ano com a Bolsa
de Pesquisa e Criação do Instituto de Artes do Pará.

18h10 –
AS ICAMIABAS (2018 | Brasil | Otoniel Oliveira | Série em animação – episódios /
Aventura | 67’ | Livre)
Compilação dos interprogramas de um minuto que deram
origem a série Icamiabas na Amazônia de Pedra. As
Icamiabas, Conori, Iúna e Mahyra, são meninas guerreiras
indígenas cheias de poderes que resolvem os problemas
fanásticos na cidade de Belém, como o Boitatá na ponte de
Mosqueiro, o Caipora no Veropeso e o Viraporco nos
predios, chutando bundas e salvando o dia!
19h30 –
ADMIRIMIRITI (2005 | Brasil | Andrei Miralha | Animação | 12’| Livre)
Numa feira de brinquedos de miriti do Círio de Nazaré, os
brinquedos ganham vida e um boneco "dançarino de brega"
é abandonado por sua parceira por ser muito "presepeiro".
A partir daí, o boneco parte em busca de um novo lugar, um
novo sentido para sua existência, até obter o perdão de sua
parceira.

NOSSA SENHORA DOS MIRITIS (2011 | Brasil | Andrei Miralha | Animação | 13’|
Livre)
Às vésperas do Círio de Nazaré, uma artesã de brinquedos de
miriti, tenta terminar sua promessa de fazer sozinha uma
procissão todinha em miriti, mas cansada, ela acaba
dormindo e um milagre acontece.

VISAGEM (2006 | Brasil | Roger Elarrat | Animação / Comédia / Fantasia / Terror | 11’ |
Livre)
O filme é uma adaptação de sete contos do livro “Visagens
e Assombraç es de Belém” do escritor Walcyr Monteiro,
livro este escrito a partir de causos e lendas sobrenaturais
da cidade de Belém. Na História, dois jovens entram
clandestinamente em um antigo cemitério de Belém para
fazer uma aposta: quem teria coragem de acender uma vela
bem no centro do cemitério da Soledade, ao soar da meia-
noite? Na medida em que a madrugada avança, eles se
deparam cada vez mais com situações fantásticas e assustadoramente surreais dentro do
cemitério. Mesmo não acreditando nas antigas histórias de visagens, os jovens agora vão
protagonizar uma nova lenda urbana da cidade.

VIAGEM ASTRAL (2020 | Brasil | Otoniel Oliveira | animação | 9’ | Livre)

Viajar pelos astros pode ser uma experiência de auto-


descoberta cósmica.

MURAGENS - CRÔNICAS DE UM MURO ANDREI MIRALHA


(2018 | Brasil | Andrei Miralha| animação | 12’ | Livre)
Muragens - Crônicas de um Muro faz uma interferência
ficcional num recorte urbano real, o entorno do muro dos
fundos do cemitério da Soledade em Belém do Pará.
Apresentando situações diversas, pequenas narrativas –
crônicas - nas quais o devaneio, o Non Sense, o caráter
fictício da animação marcam a contação das mesmas.
ADÃO (2017 | Brasil | Rafaella Cândido | animação | 12’ | Livre)

Produzido em stop motion, utilizando bonecos de miriti, é


uma alegoria mitológica dos primeiros homens e seus
encontros com os males do mundo.

PEDAÇOS DE PÁSSAROS (2016 | Brasil | Andrei Miralha / Marcílio Costa | animação |


13’ | Livre)

O pássaro como metáfora das relações do homem no


mundo contemporâneo. Fragmentos, pedaços da vida
cotidiana abordados poeticamente. “Pedaços de pássaros”.

A HISTÓRIA DE ZAHY (2018 | Brasil | Otoniel Oliveira| Animação | 8’ | Livre)


O filme de animação a História de Zahy conta a história da
criação da Lua segundo a sociedade indígena brasileira
Tembé-Tenetehara, com narração na língua Tupi Tenetehara.
Zahy é um valente guerreiro enviado pelo deus indígena
Mahyra para fazer muitas coisas boas, mas pelo seu orgulho,
ele decide fazer algo proibido na aldeia. Se for descoberto,
Zahy terá de enfrentar consequências irreversíveis.
SEGUNDA – DIA 11/07

14h30 –
OS VELHOS BAIONARAS II (2021 | Brasil | Dario Jaime| Documentário | Jambu
Filmes | 80' | Livre)
O longa faz uma incursão na memória dos afetos e
expressões culturais da cidade de Baião e seus arredores. As
pessoas que aqui aparecem são pessoas simples do povo,
sem poder político e econômico, porém de extrema
importância para a construção da identidade popular e
afetiva da cidade. Tais personagens interferem ativamente
no imaginário local moldando crenças, saberes, técnicas e a vida cultural do município através
de suas histórias de vida.

17h –
MOSTRA FICCA “ AETÉ ULT” - FESTIVAL INTERNACIONAL DE
CINEMA DO CAETÉ
O FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté é uma marca já
consolidada entre os festivais de cinema brasileiros de caráter regional e
internacional. Certificado pela Escola Superior Artística do Porto e parceiro
da Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde, o festival
tem como marca a presença da cinematografia africana, lusitana,
brasileira – e amazônida. Francisco Weyl, diretor do festival, apresenta
neste programa um recorte de produções audiovisuais feitas no estado do Pará.

CABEÇA DE CACHORRO REALIZAÇÃO (2021 | Brasil | Filme coletivo |


Documentário / Experimental | 3' | Livre)
Realizado pelos estudantes da Escola Domingos de Souza
Melo, Vila do Bonifácio, praia de Ajuruteua, durante as
oficinas de Cinema de Guerrilhas ministradas por Marta
Ferreira e Mateus Moura, na Vila do Bonifácio, praia de
Ajuruteua. Quilombo do América, Bragança, Pará.

A VISITA DO PADROEIRO (2021 | Brasil | Filme coletivo | Documentário /


Experimental | 4' | Livre)
Coletiva / PA / 4 Min Filme coletivo, realizado pela
Associação de Remanescentes do Quilombo do América,
estudantes e professores da Escola Américo Pinheiro de
Brito, durante as oficinas de Cinema de Guerrilhas
ministradas por Rosilene Cordeiro e Francisco Weyl.

O QUILOMBO É MEU LUGAR, A MINHA CASA (2021 | Brasil | Filme coletivo |


Documentário / Experimental | 19' | Livre)
Documentário resultado da oficina de Cinema Acessível,
ministrada por Carol Magno e Cuité Marambaia, no
Quilombo do América, em Bragança do Pará, no âmbito do VI
FICCA - Festival Internacional de Cinema do Caeté.
CANDEIA DO MAR (2022 | Brasil | Roberta Mártires | Videopoema / Experimental | 1’ |
Livre)

O brilho da luz na água | Candeia do mar | Horizonte deserto


| Nas areias do tempo | Um lar a deriva | Água salgada |
Salgueia um corpo | em busca de Axé.

ÁGUA E SAL (2022 | Brasil | Roberta Mártires | Videopoema / Experimental | 1’ | Livre)

Vídeo vivência.

CORDÃO DE PÁSSARO TEM-TEM (2019| Brasil | José Carlos Barroso |


Documentário | 12’ | Livre)
Uma forma de resistência da comunidade da Vila dos Lucas,
área rural do município de Bragança, é a matação da
brincadeira do passarinho, uma manifestação cultural que
está desaparecendo por falta de incentivo e apoio a essa
tradição. (Utilizei um celular para as filmagens, quebrando o
paradigma de que para fazer um documentário não precisa
de aparelhos de última geração para filmagem. Através da
minha própria pesquisa narrei sobre essa manifestação cultural).

DO LUGAR DE ONDE SE VÊ (2019| Brasil | Denis Bezerra e Francisco Weyl |


Documentário | 8’ | Livre)

Documentário a partir da pesquisa autoral de Dênis Bezerra,


sobre a vida e o processo criador de Cláudio Barradas.

MEMÓRIAS DO CINE ARGUS (2017| Edvaldo Moura | Documentário | 20’ | Livre)

Prêmio Imagem-Tempo, 1º FICCA, 2014 O Cine Argus


movimentou a vida cultural da cidade de Castanhal, no
nordeste do Pará, e influenciou diversas gerações durante seu
período de funcionamento, de 1938 até seu fechamento em
1995. O filme recupera a história desse importante cinema de
rua, através do entrelaçamento de memórias de funcionários
e frequentadores.

DIA DE MANGAL (2013| Evandro Medeiros | Documentário | 15’ | Livre)


2º FICCA, 2015 Vídeo retrata um dia de trabalho de
pescadores retirando caranguejo do mangue na RESEX
Caeté-Taperaçu, no município de Bragança, Pará. Foca a
sociabilidade e estratégias de trabalho no ambiente do
mangal [mangue], apresentando narrativas dos ribeirinhos
sobre o cotidiano do trabalho no mangue, revela para além das dificuldades as descobertas e
produções criativas que tal trabalho estimula. Apresenta elementos singulares da identidade
cultural construída pelos homens na relação com o mangue enquanto lugar de trabalho e vida.

EQUIDADE RACIAL (2016| Danilo Gustavo | Documentário | 8’ | Livre)


Prêmio Juri Popular, 3º FICCA, 2016 Documentário realizado
em parceria com as comunidades negras tradicionais
remanescentes de quilombos de Tracuateua, Pará, mostra
estratégias de sobrevivência de extrativistas e agricultores
familiares e no cotidiano popular.

#FORACARGILL (2016| Francisco Weyl | Documentário | 35’ | Livre)


Tem como cenário as ilhas do município de Abaetetuba
afetadas pela construção do Terminal de Uso Privado da
empresa Norte-americana em território do Programa de
Assentamento Agro-Extrativista Santo Afonso, na Ilha do
Xingu, Município de Abaetetuba, onde vivem e trabalham
cerca de 200 famílias, numa área de 2.705,6259 hectares. O
DOC contrapõe o projeto privatista a um mundo coletivo,
ancestral, de conhecimentos e saberes próprios, ameaçado de desaparecer, bem como essas
comunidades tradicionais se organizam e como lutam para conquistar acesso e permanência à
terra, os impactos ambientais e sociais causados pela construção do porto, portanto, é através
das falas das lideranças e das pessoas da comunidade, inclusive as ameaçadas, que o narrar os
conflitos e perigos aos quais estão submetidas as comunidades locais na Amazônia Paraense.

19h20 –
MOSTRA CURTA BRAGANÇA

Compilação de curtas-metragens realizados no município de Bragança, no


Pará, organizada pelo cineasta bragantino San Marcelo. Esta mostra foi
exibida em única e concorrida sessão no Projeto Janelas do Cine Líbero
Luxardo, em 2022.

BENZEDEIRA – MARIA DO BAIRRO (2021 | Brasil | San Marcelo e Pedro Olaia |


Documentário | 15' | Livre)

Imerge no universo da benzedeira Maria do Bairro que


escolheu o silêncio para dividir a sabedoria que lhe foi
confiada. Esta ciência da natureza se esconde ao longe em
uma ilha na comunidade do Tamatateua, interior do
município de Bragança. Manoel Amorim, conhecido como
Maria do Bairro, o preto conhecedor de ervas e benzedor, se
dedica à cura do corpo e da alma de quem a procura. O saber que a habita não vem do
achismo, mas sim da vivência e resistência direta com a natureza, seus espíritos e filosofia.
BRAGANÇA: A CIDADE E O TREM (2021 | Brasil | San Marcelo | Documentário |
Sapucaia Filmes | 18' | Livre)
Não tem a pretensão de uma abordagem historiográfica da
Estrada de Ferro de Bragança-EFB (1883-1965), mas partilhar
memórias e provocar conexões em uma cidade através de
um período experimentado por três personagens: João
Santana, 79 anos, Maria Alves, 76 anos e Raimundo Rocha,
82 anos. O recorte revela como plano de fundo o espaço e o
contexto que esses personagens viveram e a relação com a EFB, além de deixar exposto que
nossas memórias estão se perdendo no tempo.

MADÁ (2021 | Brasil | San Marcelo | Drama | Sapucaia Filmes | 18' | Livre)
Madá é uma jovem, bragantina, batalhadora que é bailarina
de banda de brega a noite e vendedora de tecidos durante o
dia para sustentar a mãe e a irmã. Madá então se ver em um
dilema após ser demitida do emprego, o que a leva a escolher
entre o sonho de ser dançarina profissional em uma
companhia de dança na capital, ou ficar perto da família e
enfrentar os problemas diários agravados pelo desemprego e a nova condição física da mãe,
Rosa.

KABOKÉTICAS – CORREDORA (2021 | Brasil | Pedro Olaia | Experimental | 21' |


Livre)
Cabokètykas são artistas acabokades que des/constroem
cenas do cotidiano, propondo diálogos com corpas
dissidentes que fogem do padrão cisheteronormativo nas
Amazônias. O filme produzido pela coletiva com cenas
mágicas e cotidianas de performances construídas
coletivamente é artístico experimental ao mesmo tempo que
explica cada sigla do termo lgbtqia+ e as possíveis identidades fora dos padrões colonizatórios
que já existiram e continuam existindo nas Amazônias.

SERRA VELHA (2021 | Brasil | Renato Chalu | Documentário | Coletivo Artesãos das
Águas | 15' | Livre)
O mestre Manoel Ramos, de Ajuruteua, apresenta em forma
de poesia de cordel o folguedo da Serra Velha. Os versos do
pescador poeta são o fio condutor deste documentário,
produzido pelo coletivo Artesãos das Águas, do Labpexca. O
folguedo da Serra Velha ocorre em diferentes locais do litoral
amazônico. Na Vila dos Pescadores e na Vila do Bonifácio,
em Ajuruteua, maretório da resex Caeté-Taperaçu, esta tradição estava adormecida. O poeta
Manoel Ramos conversa com mestres e mestras da Serra Velha, mostrando os detalhes e os
sentidos desse folguedo, apresentando as histórias dos personagens e trazendo a juventude
para o debate.

MESTRES DO BEIJU (2021 | Brasil | Luís Saraiva | Documentário | 16' | Livre)


"Mestres do Beiju" é resultado de um trabalho colaborativo
com um casal de agricultores da cidade de Bragança, que
trabalham na atividade de produção do beiju há mais de 50
anos. Um filme de Jéssica Leite e Luís Saraiva, em parceria
com Elenisce Borges e Antônio Silva.
TERÇA – DIA 12/07
14h –
VHQ - UMA BREVE HISTÓRIA DO QUADRINHO PARAENSE (2015 | Brasil |
Vince souza | Documentário | 52’ | Livre)
O documentário narra os primeiros traços da produção de
quadrinhos que começou em 1972 até em 2014. Com
depoimentos de Bichara Gaby, Arnaldo Prado Junior, Branco
Medeiros, Paulo Emmanuel, Luiz Paulo Jacob (Lupa), Gian
Danton, Joe Bennett, Andrei Miralha, Alan Yango, Marcelo
Marat, Luiz Claudio Negrão, Miguel Imbiriba, Eduardo
Barbier, Emerson Coe, Emmanuel Thomaz, Rosinaldo Pinheiro, Volney Nazareno, Otoniel
Oliveira, Eliezer França Aido e Adriana Abreu. É o primeiro registro do cenário paraense.

GERAÇÃO PEIXE FRITO (2019 | Brasil | Paulo Nunes e Vânia Torres | Documentário |
26’ | Livre)
O documentário traz depoimentos dos familiares de
escritores como Bruno de Menezes, Dalcídio Jurandir, De
Campos Ribeiro, além de entrevistas com historiadores,
músicos, jornalistas e feirantes do Ver-o-Peso que atestam a
importância da Academia do Peixe Frito.

AMADOR, ZÉLIA (2021 | Brasil | Ismael Machado/Glauco Melo| Documentário | 23' |


Livre)
Narra a trajetória da educadora, artista, pensadora e ativista
Zélia Amador de Deus, respeitada professora da Universidade
Federal do Pará (UFPA). Mesclando lembranças pessoais,
imagens de arquivo, encenação e ilustrações, traz os
contextos históricos do Pará a partir, principalmente, da
eclosão dos eventos da década de 1960, com a implantação do regime militar, ascensão dos
movimentos estudantis, do teatro alternativo e do surgimento dos movimentos pelos direitos
humanos. Em todo esse cenário, Zélia, uma mulher negra, oriunda da periferia - primeiro do
interior do Marajó, depois para a periferia urbana de Belém - foi partícipe e protagonista. Zélia
é referência e este curta é uma reverência ao que ela representa na sociedade paraense e
brasileira.

15h50 –
O AJUNTADOR DE CACOS (2008 | Brasil | Paulo Miranda | Documentário | 52' |
Livre)
Obra concebida para oferecer ao Brasil e ao mundo a
oportunidade de conhecer a trajetória de Giovanni Gallo,
museólogo, ex-padre, fundador do Museu do Marajó e que
atuou por mais de trinta anos junto à população mais pobre
do Marajó, desenvolvendo ações no campo da promoção
humana, preservação da memória histórica e organização das
comunidades em Santa Cruz e Cachoeira do Arari, na Ilha do
Marajó.
IRACEMA E O BRINQUEDO DE VOAR (2020 | Brasil | Felipe Cortez | Documentário
| 48' | Livre)
Em uma proposta poética e potente, além da voz de Iracema
e de depoimentos de personalidades da cultura paraense, o
filme é atravessado por cenas em espaços simbólicos para a
cultura popular no estado do Pará, como as ruínas do Teatro
São Cristóvão, um lugar referência na apresentação de grupos
de pássaros nas décadas de 1950 a 1970, e aborda a trajetória
de Iracema Oliveira, 84, guardiã do Pássaro Junino Tucano, das Pastorinhas Filha de Sion e
coordenadora do Grupo Parafolclórico Frutos do Pará.

17h40 –
PROGRAMA FESTIVAL INTERNACIONAL DO FILME ETNOGRÁFICO DO
PARÁ
O Festival Internacional do Filme Etnográfico do Pará é uma
iniciativa do Grupo de Pesquisa em Antropologia Visual
Visagem (PPGSA/UFPA), sob coordenação geral de
Alessandro Campos e Denise Cardoso, e tem por objetivo
difundir, fomentar e premiar produções audiovisuais que
apresentem qualidade técnica reconhecida na área, além de
promover o diálogo entre produtores, cineastas, pesquisadores e público em geral. São
exibidas produções nacionais e internacionais de filmes que abordem questões socioculturais
contemporâneas sobre pessoas, grupos sociais, processos históricos de temas de interesse
antropológico e afins. Alessandro Campos apresenta neste programa um recorte de produções
audiovisuais feitas no estado do Pará.

METORO KWYRYKANGÔ (2021 | Brasil | Bepanàt Xikrin | Cinema Indígena | 8’ | Livre)


O filme mostra a beleza, cantos e danças Mebengôkrê do
Metoro (festa cultural Xikrin) realizado na aldeia Krãnh, Terra
Indígena Trincheira Bacajá, em Altamira, Pará. O
documentário mostra, a partir de imagens e entrevistas, o
preparatório da festa e sua realização na comunidade, que
contou com a presença de lideranças e anciões indígenas de
diversas aldeias.

SANGUE BOM (2021 | Brasil | Joyce Cursino | Ficção-Documentário | 8’ | Livre)


A pobreza menstrual atinge 26% das meninas entre 15 e 17
anos, que não têm condições financeiras ou acesso a
saneamento básico para garantir a gestão menstrual
correta. Esse é o tema do curta "Sangue Bom", produzido
pelo coletivo Negritar, que trouxe relatos sobre o assunto de
uma maneira bem educacional, leve e sem estigmas.
PRINCESA DO MEU LUGAR (2020 | Brasil | Pablo Monteiro | Filme
Etnográfico/documentário | 15’ | Livre)
O cruzamento da água doce com a água salgada atualiza
antigos movimentos de migração e ocupação do norte do
pais. Esse trânsito reafirma costumes e saberes que
acompanham o migrante e se ampliam através de trocas no
local de chegada. A festa grande para Caboclo Cearense e
Divino Espírito Santo em Mosqueiro (PA) é obrigação feita
por Maria de Lourdes (Codó/MA), onde caixas, tambores,
matracas e maracás se reúnem na matança do Bumba Boi de seu encantado. Este é o espaço
de festejo de Ana Guedes e a turma do Tambor de Crioula Filhos e Amigos de Cururupu (MA),
moradores dos bairros Terra Firme e Guamá, na capital paraense. “Princesa do meu lugar”
oportuniza a potência do encontro de brincadeiras que navegam nas duas águas e
desembocam em solo paraense.

A PANDEMIA E OS CONFLITOS NO TERRITÓRIO DE JAMBUAÇU (2021 |


Brasil | San Marcelo e Cícero Pedrosa Neto | Documentário | 9’ | Livre)
O Território quilombola Jambuaçu compõe 16 comunidades
no município de Moju, no nordeste do Pará. Cercado por
grandes empreendimentos da mineração e do agronegócio,
as comunidades tiveram que enfrentar o avanço da
pandemia do novo coronavírus e dos impactos
socioambientais, além de pressão territorial de suas
propriedades causada pela presença de minerodutos
subterrâneos, contra a contaminação de suas águas causadas pelo plantio extensivo de dendê
e pelo reconhecimento da identidade cultural do seu povo.

O JIRAU DA HYDRO (2019 | Brasil | Felipe Pamplona | Documentário | 5’ | Livre)


No dia 17 de fevereiro fotos registraram vazamento de
rejeitos da bacia de depósitos da mineradora Hydro
Alunorte, a empresa e o Governo do estado negaram
qualquer incidente. O Instituto Evandro Chagas divulgou um
laudo confirmando a contaminação em diversas áreas de
Barcarena. O cotidiano da população local foi diretamente
afetado por mais um desastre ambiental.

OS ESPÍRITOS SÓ ENTENDEM O NOSSO IDIOMA (2021 | Brasil | Cileuza


Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi | Cinema Indígena | 5’ | Livre)
Apenas seis anciões da população Manoki na Amazônia
brasileira ainda falam o idioma indígena, um risco iminente
de perderem o meio pelo qual se comunicam com seus
espíritos. Apesar desse ser um assunto difícil, os mais jovens
decidem narrar em imagens e palavras a sua versão dessa
longa história de relações com os não indígenas, falando
sobre as suas dores, desafios e desejos. Apesar de todas
dificuldades do contexto atual, a luta e a esperança ecoam em várias dimensões do curta-
metragem, indicando que “a língua manoki viverá!”
AQUÉM MARGENS: JUVENTUDE E EXCLUSÃO SOCIAL EM
ÁREAS DE MINERAÇÃO (2016 | Brasil | Alexandra Duarte | Documentário | 47’ |
Livre)
Cotidiano, condições de vida, conflitos e sonhos de jovens
moradores do Bairro Araguaia em Marabá, Pará, são tema do
filme Aquém Margens: Juventude e Exclusão Social em Áreas
de Mineração. Os jovens do bairro, originado de ocupação
urbana e separado do restante da cidade pela Estrada de
Ferro Carajás, ferrovia utilizada pela mineradora Vale para
escoar os minérios explorados na região, são estigmatizados
como moradores de um “lugar perigoso”. Eles e suas famílias vivem sem direitos e serviços
públicos básicos, o que contrasta com a riqueza exportada continuamente pelo trilho que
atravessa a ocupação e expõe a cidadania aquém margens do progresso.

A VACINA (2021 | Brasil | Benito Miquiles e Mauricio Torres | Cinema Indígena | 9’ |


Livre)
Benito Miquiles e um grupo de guerreiros Sateré-Mawé
participam de ritual em preparação para a ação de retomada
de uma porção do território tradicionalmente ocupado. A
área ficou fora da Terra Indígena Andirá-Marau, oficialmente
demarcada em 1986, e tem sido invadida por grileiros e
madeireiros.

UM TAMBOR PRA MATA (2021 | Brasil | Alessandro Campos | Filme


Etnográfico/documentário | 34’ | Livre)
O Filme Etnográfico/documentário passeia pelo mundo
profano e sagrado da Religião de Matriz Africana Tambor de
Mina. Tenta mostrar de forma sensível e respeitosa todo o
processo necessário para a utilização do instrumento musical
mais importante nos rituais desta religião: o tambor. No
filme, percorremos o caminho de seu nascimento desde o
mundo físico, sua fabricação numa oficina a base de ferro,
fogo, couro e plástico, até sua transformação em uma entidade viva que merece toda
reverência, num ritual elaborado e sagrado de seu batizado.

20h10
ALTERNATIVO (2019 | Brasil | Antonio Pantoja, Henry Sena e Raul Tavares |
Documentário | 6’ | Livre)
Em um período onde a arte é uma forma de resistência, é
importante valorizar quem se esforça para trazer o melhor da
cultura alternativa. E assim nos perguntamos: Quais os
Cinemas Alternativos em Belém? A obra é resultado de um
trabalho de conclusão de Curso de Publicidade e Propaganda
e campeã de sua categoria no Intercom, e busca valorizar a
importância de alguns dos maiores espaços culturais de
Belém.
OS PROJECIONISTAS (2017 | Brasil | Kemuel Carvalheira, Lucas Alcântara e Eveline
Almeida | Documentário | 45’ | Livre)
O documentário Os Projecionistas, traz os relatos de três
profissionais atuantes no circuito exibidor de cinemas local,
tanto comercial quanto alternativo, que falam sobre os vários
aspectos inerentes a profissão de projecionista
cinematográfico, o amor à sétima arte e reflexões sobre o
futuro desta profissão e do próprio cinema.

NO JARDIM DO SEU CARDOSO (2020 | Brasil | Caio Cezar Soares e Hugo Caetano|
Documentário | 50' | Livre)
Cláudio Cardoso de Andrade Costa, ou simplesmente Seu
Cardoso, já foi de tudo nessa vida, e mesmo depois de morto,
vivo continua, sendo memória naqueles que o amam e em
seu gigantesco legado na literatura paraense. Esse
documentário vem ativar essa memória na intenção de que
mais pessoas a conheçam e dessa forma fortalecer a cena
literária paraense. Como o próprio dizia “um mundo melhor é um mundo de leitores, a
literatura liberta!”. O filme retrata sua vida e obra através de conversas com pessoas
significativas em seu percurso, elucidando a representatividade de Seu Cardoso para a
publicação de literatura e cordel paraenses.

QUARTA – DIA 13/07


14h –
AÇAÍ COM JABÁ (2000 | Brasil | Alan Rodrigues, Marcos Daibes e Walério Duarte |
Comédia | 14’ | Livre)
Comédia baseada no costume do amazônida de tomar açaí.
O enredo é um inusitado duelo entre um paraense e um
turista para ver quem consegue tomar mais açaí
acompanhado de jabá.

A ENCANTADA DO BREGA (2014 | Brasil | Leo Fonseca | Comédia | 14’ | Livre)


Conheça a historia de Stephanny, uma batedora de açaí que
sonha em conhecer uma festa de aparelhagem, porém é
sempre impedida por sua madrasta e duas meia irmãs, que a
obrigam a adulterar açaí e enganar a vizinhança, até que
acontecimentos mágicos mudam o rumo da sua historia,
enchendo a sua vida de muito brilho música e magia.
Encantada do Brega te leva para uma imersão nas cores e
sons da periferia de Belém. Esse curta metragem é tão ritmado quanto as batidas das
aparelhagens de som. Sendo um recorte da cena cultural paraense atual, é o primeiro musical
de tecnomelody da história! Então, te segura porque a festa vai começar.
IARA NA TERRA DO TECNOBREGA (2013 | Brasil | Alexandra Castro | Drama | 6’ |
Livre)

"Iara na terra do tecnobrega" é a urbanização da lenda da


Iara, em que ela põe um cropped e sai à caça.

PROMESSA EM AZUL E BRANCO (2013 | Brasil | Zienhe Catro e Cláudio Barros |


Drama | 17’ | Livre)
Eneida, uma menina de 8 anos, que teme quebrar uma
promessa de família, e toma para si a responsabilidade da
felicidade de todos ao seu redor, mas para sua própria vida
prefere o conforto e a segurança dos sonhos. Um tema
singelo como Promessa em Azul e Branco arrisca-se a sair de
seu mundo de sonhos para tentar alcançar a felicidade.
Inspirado no conto de mesmo título da escritora e cronista
paraense Eneida de Moraes.

A CANÇÃO DO AMOR PERFEITO (2018 | Brasil | Fernando Segtowick | Drama | 11’


| 14 anos)
Miguel (Leoci Medeiros) é um homem da cidade, Sophia
(Rafaella Cândido), uma artista plástica que vive no interior.
Juntos, eles enfrentam as dificuldades de viver um amor
perfeito.

DORSO (2020 | Brasil | Roger Braga | Drama / Romance | 24’ | 16 anos)

Na festa de aniversário de seu namorado, Dorso começa a


notar sinais de que está sendo traído.

MONTEIRO LOPES (2022 | Brasil | Bianca d’Aquino | Drama / Romance / Comédia | 28’
| Livre)
Mariana Lopes e Júlia Monteiro são descendentes de donos
de padarias concorrentes. Enquanto Júlia foi criada com
liberdade e espírito explorador, Mariana, por outro lado, teve
uma criação rígida e um pai conservador que lhe cerceava a
todo momento. Conforme a amizade e o posterior romance
entre as duas avança, Mariana percebe sua dificuldade em
lidar com sua sexualidade e decide ir embora de Belém. Anos
mais tarde, Mariana reencontra Júlia e agora precisará lidar com os conflitos não resolvidos de
sua juventude.
RIBEIRINHOS DO ASFALTO (2011 | Brasil | Jorane Castro | Drama | 26’ | Livre)
Deisy mora na ilha do Combu, em frente a Belém, do outro
lado do rio. Ela sonha em morar na cidade, em meio às luzes
que vê de sua casa na entrada da mata. Com a ajuda da mãe,
vai tentar realizar seu desejo.

16h30 –
À ESPREITA (2022 | Brasil | Henry Sena | Suspense / Terror | 6’ | 14 anos)
Existem coisas que não devem ser vistas, e infelizmente, uma
jovem stalker percebe que toda sua curiosidade, pode ter
uma consequência, perdendo a noção do que é realidade e o
que pode ser apenas sua paranoia, afinal, o que te vigia pode
estar à sua espreita.

DAMASCENO NOVOS E USADOS (2018 | Brasil | Kemuel Carvalheira | Drama /


Terror | 24’ | 14 anos)

Larissa, uma adolescente apaixonada pela arte de desenhar,


vive uma conflituosa relação com Márcia, sua mãe. A tensão
é acentuada quando estranhos fenômenos acontecem após
a compra de uma geladeira na loja que dá titulo ao filme.

RAIMUNDO QUINTELA - O CAÇADOR DE VIRA PORCO (2018 | Brasil |


Robson Fonseca | Drama / Suspense / Terror | 15’ | 14 anos)
Raimundo Quintela é o último caçador de vira porco do Pará.
Ele foi treinado durante toda adolescência para esse ofício.
Nairton é um motorista de táxi que tem um único cliente que
é Raimundo, juntos os dois viajam pelo interior da Amazônia
resolvendo casos que ninguém consegue solucionar.

O JAMBEIRO DO DIABO PELO CORAÇÃO DE JOÃO BATISTA (2012 | Brasil


| Roger Elarrat | Drama / Terror | 22’ | 12 anos)
João Batista é um homem frio, lacônico. Ele não consegue
nem dormir nem comer direito, e principalmente demonstrar
seus sentimentos pela fotógrafa Juliana, a única pessoa que
se interessou por alguém tão estranho e misterioso. Mas
agora, João Batista acredita que perdeu sua alma em uma
brincadeira de moleque na infância e por isso está morrendo.
Assim, o casal parte em uma jornada ao interior do Pará,
durante o carnaval de boi de máscaras. Independente se as crenças de João são reais ou não,
para Juliana esta pode ser a única chance de reconciliação, enquanto que para ele a jornada
será a última oportunidade de confronto com o Diabo que espera e espreita escondido entre
as máscaras de carnaval.
MUSA PAGÃ (2019 | Brasil | Fillipe Rodrigues | Terror / Suspense | 13’ | 14 anos)

Um fotojornalista de Belém registra cenas assassinatos


diariamente. Ele vive com Doralice, em uma relação
simbiótica onde tentam suprir suas necessidades
emocionais, psicológicas e físicas.

18h –
A ILHA (2013 | Brasil | Mateus Moura | Drama / Suspense | 60’ | 14 anos)
Nazareno é mais um homem que nasceu e trabalha no
continente e, que, hoje, sobrevive na Ilha. A travessia faz
parte de sua rotina. Sob ele, todos os dias, flui o Grande Rio,
inundado de histórias mal-contadas. Sua esposa, Carline, é
dona de casa, e a monotonia faz parte de sua rotina
doméstica insulada, assim como um certo receio diante do
desconhecido. Ambos sonham com a chegada de um filho, que distraia o tédio e gere um novo
prazer pela vida. O sonho vira pesadelo quando o seu destino se cruza com a obrigação de
Silene, nativa da ilha.

MATINTA (2011 | Brasil | Fernando Segtowick | Terror / Suspense | 20’ | Livre)


Quem é daqui dos matos tem que ter muito cuidado com o
encantado. Quem quer ter paz na vida não se mete com
matinta, mesmo na morte a bicha é perigosa. Se responder o
chamado dela, não tem reza que dê jeito, tá com fardo de
virar MATINTA.

19h30 – PRÉ-ESTREIA: BATE-PAPO COM A DIRETORA ZIENHE CASTRO


E EQUIPE TÉCNICA

PRAIANO (2022 | Brasil | Zienhe Castro e Cláudio Barros | Drama | 32’ | 12 anos)
O curta-metragem “Praiano” aborda, com toda a dubiedade,
as fortes relações entre homens, muitas vezes amorosas e
eróticas ― sublimadas ou não ―, que encontram no futebol
seu núcleo de expressão social. Reflete também sobre a
hipocrisia com que se lida com essa relação quando ela desperta choques de interesses entre
família, sociedade e liberdade sexual.

CURADORIA DA MOSTRA

João Cirilo e Gabriel Leite


ATIVIDADES LIGADAS ÀS COMEMORAÇÕES DO 36º ANIVERSÁRIO
DO CINE LÍBERO LUXARDO

CINE LÍBERO VIRTUAL

A pandemia de covid-19, deflagrada em março de 2020, no seu auge, veio como um empecilho
à realização de exibições de cinema de forma presencial, obrigando o fechamento de salas
físicas pelo mundo afora, desde então. Como meio de permanecer em atividade e adaptar-se a
nova realidade mundial, o Cine Líbero Luxardo emprendeu esforços na elaboração de uma sala
virtual, resultando num ambiente que pudesse oferecer ao público amante da sétima arte uma
programação diversa, de qualidade, e que pudesse ser acessada de qualquer dispositivo ligado
à internet, por meio de streaming, e de modo gratuito. Foi assim que nasceu a ideia da
platafoma a que o público passará a ter acesso de modo oficial a partir de final de junho de
2022.

Estabelecendo parcerias com empresas distribuidoras de cinema, consulados, embaixadas,


casas de cultura, museus e instituições afins, detentoras de direitos de exibição de acervo
cinematográficos, bem como com grupos de produtores nacionais de conteúdo audiovisual, a
Sala Virtual Cine Líbero Luxardo terá um programação dinâmica, com atualização semanal,
possibilitando o acesso do público a títulos clássicos e recentes, entre curtas, médias e de
longas metragens. É o Cine Líbero Luxardo expandindo suas ações, ampliando e diversificando
seu público.

O Cine Líbero Luxardo, desde sua inauguração, em Belém, em junho de 1986, foi pensado
como um espaço multiuso que contaria com infraestrutura à realização de pequenos
espetáculos teatrais, musicais, além de palestras, workshops, etc., mas que teria na exibição
de filmes sua mais importante atuação, dispondo para isso dos mais modernos equipamentos
à época de sua criação, papel que vem desempenhando até os dias de hoje.

A sala recebeu seu nome em homenagem a Líbero Luxardo (Sorocaba, 5 de novembro de 1908
– Belém, 2 de novembro de 1980), diretor, produtor e roteirista de cinema, além de jornalista,
escritor, político e professor, que se impôs no cenário paraense como um dos pioneiros na
produção cinematográfica na região amazônica, realizando os primeiros longas metragens de
ficção, envolvendo mão de obra e elenco paraenses. Seus principais filmes são “Um dia
qualquer…” (1965), Marajó – Barreira do Mar (1967) e “Brutos inocentes” (1974). Grande
parte de sua obra se encontra atualmente no acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS –
PA), órgão ligado à Secretaria de Cultura do Estado do Pará.

Originalmente ligado à Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Fcptn), instituição que a
partir de 2015 fora renomeada como Fundação Cultural do Pará (FCP), ambas ligadas ao
governo do estado do Pará, o Cine Líbero Luxardo veio obtendo reconhecimento crescente ao
longo de sua trajetória ao longo desses 36 anos de existência, não apenas para o fiel público de
suas sessões presenciais em Belém, retomadas em agosto de 2001, após um hiato de cerca de
um ano e meio sem atividades em sua sala física, mas fazendo ecoar sua importância como
sala de cinema pública em consonância ao que se tem em outras importantes cidades
brasileiras. A despeito de suas pequenas dimensões e de sua capacidade restrita de público
por sessão (88 lugares) o Cine Líbero Luxardo vem conseguindo atender a um número cada vez
mais crescente de espectadores com sua programação, oferecendo ao público paraense o
acesso a títulos que de outra forma, jamais seriam exibidos, tudo isso com ingressos bem
acessíveis.

A mesma concepção que norteia nossas atividades como sala de cinema, incrustada na sede
da FCP, em Belém, ao longo de todos esses anos, será adotada também para executar nossas
ações no universo online, oferecendo filmes premiados, de diretores reconhecidos pela crítica
e pelo público mundo afora. São mais 40 títulos que tiveram seus direitos de exibição
adquiridos para fazer parte de nossa sala virtual, cada título ficando uma semana a disposição.
A cada semana, portanto, teremos pelo menos um lançamento, além de produções paraenses
que estarão acessíveis gratuitamente ao longo do ano. Esperamos a mesma longevidade a esta
Sala Virtual do Cine Líbero Luxardo e que nosso público faça bom uso de seus recursos, de sua
estrutura de navegabilidade, também obtendo nela informações sobre o que estamos exibindo
em nossa sala física, que permanece em plena atividade.

Sejam bem vindos ao Líbero Virtual!!

cineliberovirtual.com.br
ESPAÇO EXPOSITIVO HALL VICENTE FRANZ CECIM

O Cine Líbero Luxardo ganhará um espaço expositivo que se chamará Hall Vicente Cecim, em
homenagem ao cineasta, jornalista, cinéfilo, crítico de cinema, escritor e poeta, e que também
foi um dos ilustres frequentadores de nossa sala, falecido ano passado por conta de
complicações que também envolveram a covid. Nesse espaço, que será decorado com papel
de parede reproduzindo os cartazes de grande parte dos filmes que exibimos em nossa
programação ao longo desses 36 anos, haverá painéis expositivos que servirão para a exibição
de materiais gráficos ligados á aspectos da produção cinematográfica, de um modo geral, e
que deverá inaugurar com uma exposição sobre aspectos da vida de nosso homenageado.

O hall Vicente Cecim deve ser lançado em agosto, como parte de nossas ações em torno do
aniversário do Cine Líbero Luxardo, com a perspectiva de uma mostra de filmes de realizados
por Cecim, com curadoria de Bruno Cecim, fotógrafo, produtor de audiovisual e filho de nosso
homenageado, e Franscisco Weyl, diretor do FICCA - Festival Internacional De Cinema Do
Caeté.
AGRADECIMENTOS

Ao Museu da Imagem E do Som (Mis – Pará), Januário Guedes, Monica Luxardo, Guilherme
Relvas, Fillipe Rodrigues, Artur Tadaiesky, Fillipe Rodrigues e Rafael B Silva, Jorane Castro,
Joelle Mesquita, Priscilla Brasil, Layse, Inesita, Bruno Rabelo, Lorena Alves, Jade Jares, Mateus
Moura, Vince Souza, Kemuel Carvalhosa, Alan Rodrigues, Leonardo Fonseca, Vladmir Cunha e
Gustavo Godinho, Luiz Arnaldo campos, Francisco Weyl, Alessandro Campos, San Marcelo,
Dario Jaime, Adrianna Oliveira, Gustavo Moreira, Zienhe Castro, Maria Christina, Afonso
Gallindo, Suely Nascimento, Darien Lamen, Júnior Almeida, Luciana Medeiros, Viviane Chaves,
Eduarda Falesi, Cássio Tavernard, Andrei Miralha, Otoniel Oliveira, Roger Elarrat, Rafaella
Cândido, Nic Dias, Mc Super Shock, Sumano, Paulo Nunes e Vânia Torres, Paulo Miranda,
Antonio Pantoja, Henry Sena ,Raul Tavares, Lucas Alcântara, Eveline Almeida, Alexandra
Castro, Fernando Segtowick, Roger Braga, Bianca d’Aquino, Robson Fonseca e a toda a rede
que se constituiu a partir de uma ideia de celebração. A todos os realizadores e profissionais
do audiovisual paraense, por tornarem esta mostra possível e por tornarem sonhos em
matéria compartilhada aos olhos, aos ouvidos e às nossas mentes.
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

FUNDAÇÃO CULTURAL DO PARÁ

Presidente | Guilherme Relvas

EQUIPE CINE LÍBERO LUXARDO

Gerência | Nádia Alves

Técnico em Gestão Cultural | João Cirilo

Programação | Maurício Dias

Bilheteria | Ana Laura Ferraz e Gisele Xavier

Projeção | Eduardo Tenório e André Evandro Martins

Estagiário | Gabriel Leite

Belém - 2022

Você também pode gostar