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Mostra Cinema Periferia do Mundo reúne 28 filmes,

entre curtas, longas e média-metragens


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media-metragens

Créditos da imagem: Ricardo Laf

Todos os filmes terão exibição gratuita no Cine Santa Tereza. A mostra apresenta um
panorama da produção audiovisual das favelas e periferias de Belo Horizonte e Região
Metropolitana

Começa nesta quarta-feira (3) a 2ª Mostra Cinema Periferia do Mundo, que reúne 28
filmes, entre curtas, longas e média-metragens, e duas mesas de debate. Todos os
filmes terão exibição gratuita no Cine Santa Tereza. A mostra apresenta um panorama
da produção audiovisual das favelas e periferias de Belo Horizonte e Região
Metropolitana, no qual constam títulos em sua maioria inéditos que foram produzidos
durante a pandemia.

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A produtora mineira Filmes de Plástico abre a mostra com os curtas-metragens “Rua


Ataléia”, “Pai”, “Movimento” e “Incluindo Deus”. A sessão reúne as quatro produções que
nunca foram exibidas juntas, criando um panorama recente dos trabalhos dos diretores
André Novais Oliveira (Contagem), Gabriel Martins (BH) e Maurílio Martins (Contagem).

Segundo André Novais, que apresenta as obras “Pai” e “Rua Ataléia”, os curtas sempre
fizeram parte da trajetória da Filmes de Plástico, sendo um formato experimentado pelos
criadores em mais de 15 produções. Nesses dois trabalhos, o diretor lança um olhar para
seu ambiente familiar e cotidiano.

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“Rua Ataléia” nasceu de um material filmado há mais de 10 anos. “Eu filmei minha família
há mais de uma década, antes do ‘Ela Volta na Quinta’. E, com a morte da minha mãe,
há três anos, achei importante revisitar esse material e montar esse registro, até para ser
mais um filme com minha mãe no elenco”, conta. O mote íntimo e familiar segue em
“Pai”, segundo o cineasta, “uma maneira de entender essa relação pai e filho”, já que
Novais voltou a morar com o pai, em Belo Horizonte, durante o período pandêmico.

A programação segue com o cinema produzido no Aglomerado da Serra com as estreias


do documentário “Matriarcas da Serra” e o média-metragem de ficção científica
“Abdução”. A mostra também confirma a singular filmografia feminina com as produções
recentes das cineastas Karen Suzane (Contagem), Gabriela Matos (BH), Labibe Araújo
(MG), Simone Moura (BH), Denise dos Santos (BH) e Dea Vieira (BH). E traz ainda o
premiado “Sete Anos em Maio”, de Affonso Uchoa (SP-MG), entre outras produções.

A mostra prevê ainda a realização de duas mesas de debate com os realizadores, que
podem ser acompanhadas no YouTube da Fundação Municipal de Cultura e no site do
Circuito. No dia 3 de novembro, às 20h, acontece o debate “Das quebradas para as
telas: A produção audiovisual nas comunidades de Belo Horizonte”, com os artistas
audiovisuais Marcelo Lin (BH), Gabriela Matos (BH), Dea Vieira (BH) e o mediador
Cristiano Rato (BH). No dia 10 de novembro, será a vez de debater o tema “Imagens e
aquilombamento: formas de resistência no cinema dos quilombos e região metropolitana
de BH”, com com Danilo Candombe (Serra do Cipó), Rodrigo Zacarias (BH), Karen
Suzane (Contagem) e a mediadora Juhlia Santos (BH).

Além disso, durante todo o período da mostra fica em cartaz, no MIS Santa Tereza, a
exposição de fotografia “ Protoestrelas”, do artista Matheus Andres (BH). A exposição
objetiva identificar como podemos nos apropriar da tecnologia na produção criativa e
como ela se faz presente nas nossas vidas, além de valorizar os artistas da periferia e
entender como utilizam a linguagem tecnológica para execução de suas realizações
artísticas.

Confira a programação:

3/11, quarta, às 19h | 28/11, domingo, às 19h


Rua Ataleia - (Brasil l 2021 l André Novaes Oliveira l 12 min) - Em 2011, numa
noite sem luz em uma rua de um bairro de periferia, uma família aguarda o retorno
da energia elétrica, rodeada por velas que iluminam conversas e pensamentos.
Hoje, dez anos depois, a luz tenta impor o seu lugar perante as sombras da
memória.
Pai - (Brasil l 2021 l André Novaes Oliveira l 3 min) - A volta para casa.
Movimento - (Brasil l 2021 l Gabriel Martins l 3 min) - Tereza, nascida na pandemia
do Coronavírus em 2020, é cuidada por seus pais Rimenna e Gabriel.
Incluindo Deus - (Brasil l 2021 l Maurílio Martins l 11 min) - Aos 81 anos, minha mãe
vive sozinha. Ela tem aprendido novas formas de falar com o mundo, incluindo
Deus. Classificação indicativa da sessão: livre

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4/11, quinta, às 19h | 20/11, sábado, às 19h

Abdução - (Brasil l 2021 l Marcelo Lin l 35 min) - Vovozona suspeita de algo


estranho na favela, mas ninguém acredita. Em um final de semana, após o baile
funk, ele finalmente desvenda este mistério. Classificação indicativa: 16 anos

5/11, sexta, às 19h | 21/11, domingo, às 19h

Dois - (Brasil l 2021 l Guilherme Oliveira e Vinicius Fockiss l 10 min) - Bernardo e


Luix buscam aproximação afetiva durante o período de distanciamento social. Em
meio ao caos, tentam descobrir outras formas de amar.
Talibã - (Brasil l 2021 l Éberson Martins l 6 min) - Experimentos dramáticos, o
Talibã seus conceitos, impactos e desconstruções.
1986 - (Brasil l 2021 l Éberson Martins l 4 min) - O ateliê do artista Lorenzatto.
Como cenário para a produção do filme Pacto Macabro.
Faust in the city - (Brasil l 2021 l Éberson Martins l 12 min) - Inspirado em Fausto,
da literatura alemã, a versão ultra- contemporânea do dilema o homem , o bem e o
mal.
Quarto do desassossego - (Brasil l 2021 l Leonardo Catapreta l 1m30s) - Uma
mulher debruçada sobre a janela, um homem que circula o quarto de bicicleta.
versos sobre a solidão em par e os processos de embate entre a lucidez e a saúde
psíquica de um casal isolado.
Órbita - (Brasil l 2021 l Leonardo Catapreta l 4m51s) - É quarentena, ela em órbita,
ele em terra…
Dessa vez você não volta - (Brasil l 2021 l Breno Henrique l 13 min) - Agora só
ficou a sua ausência. Classificação indicativa: 14 anos

6/11, sábado, às 19h | 18/11, quinta, às 19h

Desabafo - (Brasil l 2021 l Karen Suzano l 2 min) - Imersa ao seu passado de 2016
a cineasta Karen Suzane motiva uma reflexão pessoal que resulta em sua
transformação em meio a Pandemia do coronavírus.
Ser - (Brasil l 2021 l Denise dos Santos l 8 min) - Iniciou-se a pandemia. Desde o
início desse novo normal, entre uma saída e outra a trabalho, imagens foram feitas
sem expectativas de que se tornasse um material só, o que resultou nesse
trabalho. SER nasce como uma experimentação de abordar diferentes contextos
pessoais e narrativas presentes em uma série de materiais de gaveta.
O que será de mim amanhã - (Brasil l 2021 l Labibe Araújo l 11 min) - Cassandra é
uma mulher que vive bem com sua solitude, mas uma memória até então
adormecida chega para confrontar sua quietude.
A morte da pomba da paz - (Brasil l 2021 l Dea Vieira l 5 min) - Após a sua morte, a
pomba da paz nos apresenta a sua visão do inferno. Uma viagem metafórica que
nos faz questionar o próprio conceito da paz e da sociedade atual.

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Desocupados - (Brasil l 2021 l Dea e Marcos Vieira l 5 min) - Gênero experimental
em forma de mocumentario. A rotina de uma comunidade periférica afetada pela
pandemia de Covid 19. A aliteração de imagens dos locais ocupados e vazios.. Da
cacofonia e do silêncio. Uma microvisão da pandemia. Classificação indicativa da
sessão: livre

7/11, domingo, às 19h | 26/11, sexta, às 19h

Sete Anos em Maio - (Brasil l 2019 l Affonso Uchoa l 42 min) - Em uma noite de
maio, sete anos atrás, Rafael chegava em casa depois do trabalho. Quando abria o
portão, alguém chamou seu nome. Ele olhou pro lado e viu pessoas que não
conhecia. Rafael saiu da sua casa carregado pelos desconhecidos e nunca mais
voltou. Desde então ele vive como se aquela noite nunca tivesse terminado.
Classificação indicativa: 14 anos

10/11, quarta, às 19h | 25/11, quinta, às 19h

Raiz - (Brasil l 2021 l Wallison Culu l 3m56s) - Meus Sentimentos no meu lugar de
nascimento, minha Quebrada, minha cultura, minha dança. Explorando minhas
emoções, prevendo minhas reações, não deixando o meu fundamento de se fazer
Dança, minha dança minha missão.
23 minutos - (Brasil l 2021 l Rodrigo Beetz l 23 min) - Um grupo de jovens amigos
encontram na música, a resistência frente ao mercado de trabalho e as
adversidades sociais.
Beagá, a Capital do Hip Hop - (Brasil l 2021 l Artur Ranne l 30 min) - Curta-
metragem documental, realizado pela Encruza Produções. O filme busca contar a
história do Hip Hop belohorizontino que é reconhecido hoje como um dos polos
nacionais da cultura Hip Hop , através das visões de artistas e produtores locais
de diferentes gerações desde 1983 ano que marca o início desta fundamental
cultura urbana até a atualidade. Classificação indicativa da sessão: 14 anos

11/11, quinta, às 19h | 19/11, sexta, às 19h

Trindade - (Brasil l 2021 l Rodrigo Meireles l 28 min) - Trindade ouve os ecos da


escravidão desde menina. Agora, é ela quem canta. Personagem que dá nome ao
filme nos revela sua história de abusos, alcoolismo, fé e poder.
4 bilhões de infinitos - (Brasil l 2021 l Marco Antônio Pereira l 14 min) - Uma família
vive com a energia de casa cortada. Enquanto a mãe trabalha, seus filhos ficam em
casa e conversam sobre ter esperança. Classificação indicativa da sessão: 12
anos

12/11, sexta, às 19h | 17/11, quarta, às 19h

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a.p.n. - (Brasil l 2021 l Desali l 9m51s) - a.p.n., aliança periférica nacional é um
grupo de eco guerrilha rural que atua no final do bairro Nacional em uma área de
mata fechada próximo de uma vila entre Ribeirão das Neves e Contagem,
propondo oficinas para crianças sobre consciência e preservação do meio
ambiental em tempos de pandemia sanitária a partir do convite do grupo de música
experimental Q.I (quarta de improviso).
Escuridão à luz - (Brasil l 2021 l P.drão l 14 min) - Mini documentário que conta um
resumo da história de 3 jovens da periferias de Belo Horizonte e região; que
estiveram no fundo do poço e conseguiram sobressair, saindo da escuridão e
encontrando a luz em suas vidas. Classificação indicativa da sessão: livre

13/11, sábado, às 19h

Barreiridades - (Brasil l 2021 l Luiz Cláudio l 42 min) - Barreiridades é um


documentário realizado pelo Instituto Macunaíma de Eultura - Escola de cidadania
que revela a rica e diversa história deste bairro que tem em seu passado uma
origem colonial e se transformou em uma macrorregião superpopulosa de Belo
Horizonte. Suas conquistas e dificuldades narradas por alguns de seus moradores
que são testemunhas das transformações ocorridas durante os anos, relatando
sobre o impacto delas em suas vidas e compartilhando suas visões para o futuro
deste local que tem vida própria nos corações e mentes de seus habitantes.
Classificação indicativa: livre

14/11, domingo, às 19h | 27/11, sábado, às 19h

Olhos de Erê - (Brasil l 2021 l Luan Manzo/Bruno Vasconcelos l 11 min) - Luan


Manzo tem seis anos e é bisneto da matriarca Mametu Muiande do Quilombo
Manzo N’gunzo Kaiango, em Belo Horizonte. Fundado em 1970 por um preto
velho, pai Benedito, ali germinam sementes e crianças, num processo educativo - a
afrobetização - que afirma a organização, o coletivo, a ancestralidade e a
circularidade do povo negro. Luan percorre aqui o espaço sagrado, descrevendo-o
a nós com segurança, conhecimento, rigor e frescor infantil. É ele quem, com um
celular em mãos, propõe este filme.
Matriarcas da Serra - (Brasil l 2021 l Simone Moura l 90 min) - Sol precisa fazer um
trabalho escolar sobre a comunidade em que mora. Na busca por informações irá
se deparar com acontecimentos e personagens que não consta nos livros sobre a
história da cidade. Além da história sobre a comunidade, Sol aos poucos irá montar
o quebra-cabeça da própria história. Classificação indicativa da sessão: livre

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