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SUMÁRIO

SUMÁRIO.................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO ..................................................... 3
Segurança X Relações Sócio – Econômicas ........................................................... 4
BREVE HISTÓRICO .................................................................................................. 5
CIPA/SUL FABRIL ...................................................................................................... 6
AONDE A PREVENÇÃO SEMPRE EXISTIU .............................................................. 6
HISTÓRICO ............................................................................................................. 6
NR-05 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA (205.000-
5) ................................................................................................................................. 7
DO OBJETIVO......................................................................................................... 7
DA CONSTITUIÇÃO ................................................................................................ 7
DA ORGANIZAÇÃO ................................................................................................ 7
DAS ATRIBUIÇÕES ................................................................................................ 8
DO FUNCIONAMENTO ......................................................................................... 10
DO TREINAMENTO .............................................................................................. 11
DO PROCESSO ELEITORAL ............................................................................... 12
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS .......................................................... 13
DISPOSIÇÕES FINAIS.......................................................................................... 14
OBJETIVO DO TREINAMENTO .......................................................................... 14
RISCOS AMBIENTAIS .............................................................................................. 14
AGENTES QUÍMICOS........................................................................................... 14
AGENTES FÍSICOS ............................................................................................. 15
AGENTES BIOLÓGICOS ...................................................................................... 15
AGENTES ERGONÔMICOS ................................................................................ 16
RISCOS DE ACIDENTES...................................................................................... 16
NR - 06 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL........................................... 20
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR ..................................................................... 21
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO ........................................................................ 21
OBRIGAÇÕES DO FABRICANTE E DO EMPREGADOR .................................... 21
PROTEÇÃO DA CABEÇA ..................................................................................... 21
PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES .............................................. 22
PROTEÇÃO PARA MEMBROS INFERIORES ...................................................... 22
PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL .......................... 22
PROTEÇÃO AUDITIVA ......................................................................................... 22
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA ............................................................................... 22
PROTEÇÃO DO TRONCO .................................................................................... 23
PROTEÇÃO DA PELE........................................................................................... 23
ACIDENTE TRABALHO ............................................................................................ 24
CONCEITO LEGAL ............................................................................................... 24
CONCEITO PREVENCIONISTA ........................................................................... 24
CAUSAS DE ACIDENTES TRABALHO ............................................................. 25
IMPRUDÊNCIA / NEGLIGÊNCIA / IMPERÍCIA (ATOS INSEGUROS) ................ 25
CONDIÇÕES INSEGURAS ................................................................................... 25
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES ................................................... 25
AGENTE DA LESÃO ............................................................................................. 26
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA ................................................................................ 29
OBJETIVOS DAS INSPEÇÕES ............................................................................ 29
ETAPAS DA INSPEÇÃO ....................................................................................... 29
ESPÉCIES DE INSPEÇÕES ................................................................................. 29
MAPA DE RISCOS ................................................................................................. 32

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ETAPAS DA ELABORAÇÃO ................................................................................. 32
PRIMEIROS SOCORROS ........................................................................................ 36
AÇÕES DO SOCORRISTA ................................................................................... 36
INSOLAÇÃO .......................................................................................................... 36
DESMAIO .............................................................................................................. 36
CRISE CONVULSIVA ............................................................................................ 36
FERIMENTOS - TIPOS ......................................................................................... 37
Contusões e Hematomas. ..................................................................................... 37
Perfuro cortantes e Escoriações. .......................................................................... 37
HEMORRAGIAS .................................................................................................... 37
FRATURAS ........................................................................................................... 38
TRANSPORTES DE PESSOAS ACIDENTADAS ................................................. 38
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA ...................................................................... 38
Parada Cardíaca ................................................................................................... 38
Parada Respiratória .............................................................................................. 38
MORDEDURAS E PICADAS ................................................................................. 38
PICADAS DE COBRAS ......................................................................................... 38
PICADAS DE ARANHAS ....................................................................................... 39
ARANHAS ............................................................................................................. 39
QUEIMADURAS .................................................................................................... 39
Queimadura de 1° grau ......................................................................................... 39
Queimadura 2° Grau ............................................................................................. 40
Queimadura 3° Grau ............................................................................................. 40
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS ................. 40
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO FOGO ....................................................................... 40
TRIÂNGULO DO FOGO ........................................................................................ 40
COMBUSTÍVEL ..................................................................................................... 40
CALOR .................................................................................................................. 40
COMBURENTE (OXIGÊNIO) ................................................................................ 41
MÉTODOS DE EXTINÇÃO ................................................................................. 41
CLASSES DE INCÊNDIO ................................................................................... 41
PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ...................................................................... 42
EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO ................................................... 42
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS CONTRA INCÊNDIO .......................................... 42
EXTINTOR DE ÁGUA – GÁS ................................................................................ 43
EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA ............................................................... 43
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO ..................................................................... 43
APARELHO PRESSURIZADO (PÓ QUÍMICO) ..................................................... 44
EXTINTORES DE GÁS CARBÔNICO (CO2) ........................................................ 44
CAMPANHAS DE SEGURANÇA .............................................................................. 44
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – AIDS .................................... 46
O Que Ocorre Quando o HIV Entra no Organismo ............................................... 46
Meios de Transmissão .......................................................................................... 46
Formas de Transmissão ....................................................................................... 47
Como Prevenir ...................................................................................................... 47
ESTENDA A MÃO AO SEU AMIGO HIV POSITIVO ......................................... 47
REUNIÃO DA CIPA ............................................................................................... 48
PLANO DE AÇÃO ............................................................................................... 49

INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO

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Segurança X Relações Sócio – Econômicas
O homem passou a conhecer “segurança”, a partir do momento que sentiu a
necessidade que seu trabalho precisava ser organizado, de modo que permitisse
chegar a um determinado produto X, permanecendo com sua saúde física e mental
em condições satisfatórias.
Assim, em 15/01/1919, pelo decreto legislativo N.º 3.724 era aprovada a primeira lei
de acidentes do trabalho no Brasil.
Em 10/07/1934, pelo decreto N.º 24.637 promulgava-se a Segunda lei de acidentes
do trabalho.
O decreto lei N.º 7. 036 de 10/11/44, em seu artigo 82, obrigava a todo empregador
com mais de cem empregados a possuir comissões internas, com representantes
dos empregados, para o fim de estimular o interesse pela prevenção de acidentes,
nascendo assim a primeira CIPA.
O Capítulo V da CLT, decreto lei N.º 5.452 de 01/05/43, foi alterado com nova
redação pela lei N.º 6.514 de 22/12/77, que cria as 2* NRs da portaria 3214 de
08/06/78, relativas à segurança e medicina do trabalho.

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BREVE HISTÓRICO
Apesar de a CIPA já existir em muitos países desde 1921, somente em 1944 é que
foi legalmente implantada em nosso país. Nessa época a Organização Internacional
do Trabalho – OIT, recomendava a todos países membros , que organizassem
essas comissões. Alguns países antecederam o Brasil nesse particular, como
simples decorrência de seu maior desenvolvimento econômico e de seu grau de
industrialização, não só mais elevado como também mais antigo.

Durante os anos se seguiam no Brasil, a CIPA foi sofrendo alterações com objetivos
de atender ás necessidades resultantes do nosso desenvolvimento industrial e,
também, á crescente proteção do trabalhador, inserida na legislação trabalhista.

Em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho expediu a Portaria 3214 composta


de 28 Normas Regulamentados, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

O assunto que nos prende no momento, é especificamente organização e


funcionamento da “Comissão Interna de Prevenção de Acidentes”, e dentre as NRs,
a de número 05 refere-se a esta Comissão.

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CIPA/SUL FABRIL
AONDE A PREVENÇÃO SEMPRE EXISTIU
HISTÓRICO
A FUNDAÇÃO – a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – C.I.P.A., foi
instituída no Brasil através do Art. 82, do decreto-lei N.º 7.036 de 10/11/44 e da
Portaria N.º 229, de 19/06/45. Reorganizada pela Portaria N.º 155 de 27/11/53. A
SUL FABRIL foi fundada em janeiro de 1947, e desde aquela data sempre houve
uma grande preocupação com a prevenção de acidentes, conforme testemunhou o
Sr. Eliazibe Zeferino Costa, admitido na empresa em 1947. A nossa CIPA é
portadora do número de registro 007- , junto a Delegacia do Trabalho em
Florianópolis. A portadora do número 001, é a empresa Móveis Cimo, já extinta.
Atualmente existem apenas duas CIPAs mais antigas que a nossa, em atividade: Cia
de Cigarros Souza Cruz de Blumenau – número 002 e Cia Catarinense de Cimento
Portland de itajaí – número 006, respectivamente fundadas em31/03/51 e 15/07/55.
Assim sendo, a nossa CIPA é a mais antiga no Estado no ramo têxtil.

A CIPA da SUL FABRIL foi instalada em 19/09/55 com a presença dos Srs. Paulo
Fritzsche (diretor Superintendente) e Milton Clemente Guerner (Encarregado de
Recursos Humanos). Na oportunidade foi empossada a Sra. Leonidia Fermina da
Silva (falecida), a primeira Presidente da CIPA, sendo empossados também, três
representantes do empregador, três representantes dos empregados e um
secretário, sendo que esta gestão perdurou até setembro de 1956. Na época da
instalação da CIPA, a empresa era constituída por 256 funcionários. Nesse período,
a iniciativa privada enfrentava diversas barreiras para desenvolver suas atividades,
entre elas, uma de grande destaque, a escassez de energia elétrica, que na época,
era distribuída para a população, através da “Força e Luz”. Em algumas horas a
empresa recebia luz, mas não recebia força, acarretando possibilidade de diversos
acidentes de trabalho oriundos destas fontes. O que movimentava a fábrica, era um
gerador e um dínamo. A CIPA, sempre adotou medidas preventivas, no sentido de
evitar acidentes com choques elétricos. Uma das situações que sempre foi
detectada pelos membros da CIPA, era sugerir a instalação de proteção para as
correias dos geradores.

Iluminar pontos escuros da fábrica, foi outra preocupação latente dos primeiros
membros da CIPA. A partir da Gestão 57/58, presidida pelo Sr. Leopoldo Uessler
(falecido), implantou-se o uso de tamanco de madeira e da luva de borracha, para
proteção dos tintureiros. O Sr. Eliazibe Zeferino Costa, citou que durante a sua
Gestão (58/59), destacou-se a atuação na prevenção de acidentes com manuseio e
madeiras (lenha), para utilização da caldeira. Orisco era elevado, em face da serra-
circular.

Em agosto de 1958, foi admitido o Sr. Waldir Estevão, que assumiu o cargo do Sr.
Milton Clemente Guerner, passando a intensificar as atividades de treinamento, que
por sinal é um grande meio de prevenção de acidentes. Conforme declarações do
Sr. Waldir, o Empreendimento que mais contribuiu para a prevenção nas Gestões
de 59/60 (Sr. Walfrid Otte) e 60/61 (Haroldo Uessler), foi a implantação do
treinamento para costureiras; as mesmas durante a administração, participavam de
palestras, abordando temas prevencionistas.

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NR-05 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES – CIPA (205.000-5)
DO OBJETIVO
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção
da saúde do trabalhador.

DA CONSTITUIÇÃO
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular
funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista,
órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações
recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores
como empregados. (205.001-3/ I4)

5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores


avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições
estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos específicos.
(205.002-1/ I4)

5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos,


deverá garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o
objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho.

5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através


de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de
promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar com a
participação da administração do mesmo.

DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de
acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.
(205.004-8/ I2)

5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles


designados.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em


escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados. (205.005-6/ I4)

5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem


decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I
desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de setores
econômicos específicos. (205.006-4/ I2)

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5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa
designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser
adotados mecanismos de participação dos empregados, através de negociação
coletiva. (205.007-2/ I2)

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida
uma reeleição. (205.008-0/ I2)

5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. (205.009-9/ I4)

5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem
suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro
estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro
e segundo do artigo 469, da CLT. (205.010-2/ I4)

5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação


necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de
segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA. (205.011-0/ I2)

5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os


representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
(205.012-9/ I1)

5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia


útil após o término do mandato anterior. (205.013-7/ I2)

5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e


seu substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso
necessária a concordância do empregador. (205.014-5/ I1)

5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez


dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de
eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias. (205.015-3/ I2)

5.15 Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e


Emprego, a CIPA não poderá Ter seu número de representantes reduzido, bem
como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de
seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa,
exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento. (205.016-1/ I4)

DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;

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c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais
de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e
saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde
dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e
saúde no trabalho;
k) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;
l) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
m) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
o) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de
Prevenção da AIDS.

5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários


ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização
das tarefas constantes do plano de trabalho. (205.017-0/ I2)

5.18 Cabe aos empregados:


a) participar da eleição de seus representantes;
b) colaborar com a gestão da CIPA;
c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar
sugestões para melhoria das condições de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:


a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;
b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,
quando houver, as decisões da comissão;
c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:

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a) executar atribuições que lhe forem delegadas;
b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus
afastamentos temporários;

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes


atribuições:
a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o
desenvolvimento de seus trabalhos;
b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos
propostos sejam alcançados;
c) delegar atribuições aos membros da CIPA;
d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g) constituir a comissão eleitoral.

5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:


a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para
aprovação e assinatura dos membros presentes;
b) preparar as correspondências; e
c) outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.

5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal


da empresa e em local apropriado. (205.019-6/ I2)

5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com


encaminhamento de cópias para todos os membros. (205.020-0/ I1)

5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do


Trabalho - AIT. (205.021-8/ I1)

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:


a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação
de medidas corretivas de emergência; (205.022-6/ I4)
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; (205.023-4/ I4)
c) houver solicitação expressa de uma das representações. (205.024-2/ I4)

5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.

5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou


com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na
ata da reunião.

5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante


requerimento justificado.

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5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião
ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar
os encaminhamentos necessários.

5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando
faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa. (205.025-0/ I2)
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por
suplente, obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição,
devendo o empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do
Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos. (205.026-9/ I2)

5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o


substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
(205.027-7/ I2)

5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da


representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em
dois dias úteis.

DO TREINAMENTO

5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e


suplentes, antes da posse. (205.028-5/ I4)

5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo


de trinta dias, contados a partir da data da posse. (205.029-3/ I4)

5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente


treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.
(205.030-7/ I4)

5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:


a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados
do processo produtivo; (205.031-5/ I2)
b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do
trabalho;(205.032-3/I2)
c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos
riscos existentes na empresa; (205.033-1/ I2)
d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de
prevenção; (205.034-0/I2)
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e
saúde no trabalho; (205.035-8/ I2)
f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
(205.036-6/ I2)
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições
da Comissão. (205.037-4 / I2)

5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito
horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa. (205.038-2/
I2)

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5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade
patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos
sobre os temas ministrados.

5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata,
cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o
treinamento.(205.039-0/I2)

5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao


treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no
prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a
decisão.

DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes
dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término
do mandato em curso. (205.040-4/ I4)

5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo


eleitoral ao sindicato da categoria profissional. (205.041-2/ I2)

5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros,


no prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em
curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será a responsável pela organização e
acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.(205.042-0/ I2)

5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:


a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no
prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
(205.043-9/ I3)
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de
quinze dias; (205.044-7/ I3)
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante; (205.045-5/ I3)
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; (205.046-3/ I3)
e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do
mandato da CIPA, quando houver; (205.047-1/ I3)
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos
e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados. (205.048-0/
I3)
g) voto secreto; (205.049-8/ I3)
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela
comissão eleitoral; (205.050-1/ I3)
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;( 205.051-0/ I3)

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j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um
período mínimo de cinco anos. (205.052-8/ I3)

5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na


votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar
outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias. (205.053-6/ I2)

5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade


descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos membros
da CIPA.

5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,


confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou
proceder a anulação quando for o caso.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco
dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores. (205.054-4/ I4)

5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral. (205.055-2/ I4)

5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais


votados. (205.056-0/ I4)

5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento. (205.057-9/ I4)

5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e


apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em
caso de vacância de suplentes. (205.058-7/ I2)

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS


5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços,
considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus
empregados estiverem exercendo suas atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento,


a CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das
contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e de
participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes
no estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento,


deverão implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo
nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do
estabelecimento. (205.059-5/I4)

5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas


contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele

13
estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes
de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas. (205.060-9/ I4)

5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar


o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das
medidas de segurança e saúde no trabalho.

DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de
portaria específica.

OBJETIVO DO TREINAMENTO
Apresentar conceitos e práticas que possibilitem aos participantes da CIPA:
* Observar e relatar condições de riscos nos ambientes de trabalho.
* Solicitar medidas para reduzir, até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizá-
los.
* Discutir os acidentes ocorridos e solicitar medidas que previnam acidentes
semelhantes.
* Orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes.

RISCOS AMBIENTAIS
Riscos Ambientais estão presentes nos locais de trabalho e em todas as demais
atividades humanas, comprometendo a segurança e a saúde das pessoas e a
produtividade da empresa.
Esses riscos podem afetar o trabalhador a curto, médio e longo prazos, provocando
acidentes com lesões imediatas ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho,
que se equipararam a acidente do trabalho.

Consideram-se Riscos Ambientais

AGENTES: QUÍMICO
FÍSICO
BIOLÓGICO
ERGONÔMICO
RISCOS DE ACIDENTES

AGENTES QUÍMICOS

Fazem parte deste grupo: Poeira, Névoa, Vapores, Gases e Produtos Químicos em
geral.

POEIRAS: São formadas quando um material sólido é quebrado, moído e triturado,


nos processos de moagem, raspagem, esmerilhamento e detonação. Ex.: pedras,
carvão, grãos, minérios e metais.

FUMOS: São pequenas partículas formadas quando um metal ou plástico é


aquecido, vaporizando e resfriado rapidamente. Ex.: solda e fusão de metais.

14
NÉVOA: São originados quando líquidos são pulverizados ou remexidos. Ex.:
pinturas em Spray.

GASES: Os gases são dispersões de moléculas que se misturam como o ar. Ex.:
GLP- GÁS liqüefeito de petróleo, monóxido de carbono, nitrogênio.

VAPORES: São formados através de evaporação de líquidos ou sólidos. Ex.:


querosene, solvente de tintas e gasolina.

AGENTES FÍSICOS
Fazem parte deste grupo: Ruído, Vibrações, Temperaturas Extremas (calor, frio),
Radiações Ionizante, Radiações não Ionizante e Umidade.

RUÍDO: As máquinas e equipamentos, ou operações produzem um ruído que podem


atingir níveis excessivos, provocando em princípio irritabilidade ou uma sensação de
ouvir o ruído mesmo estando em casa.
VIBRAÇÕES: Na industria é comum o uso de máquinas e equipamentos que
produzem vibrações, as quais podem ser prejudicadas para o trabalhador, as
vibrações podem ser localizadas ou generalizadas. Localizadas são causadas por
ferramentas manuais, elétrica ou pneumáticas. As generalizadas atingem quase o
corpo todo (motorista de ônibus, caminhões e tratores).

CALOR: Altas temperaturas são nocivas à saúde do trabalhador, estas altas


temperaturas podem ser devido as condições climáticas de determinadas regiões
bem como proveniente de fontes radiantes como caldeiras, fornos, etc...

FRIO: Os casos que se mais destacam pela ação do frio predominam em empresas
tais como: Industrialização de pescados, frigoríficos e indústrias de alimentos
congelados.

RADIAÇÕES: As radiações são determinadas por radiações ionizantes (materiais


radioativos) e radiações não ionizantes (Presentes em operações de fornos e soldas,
ultravioleta produzida por solda elétrica).

UMIDADE: São atividades ou operações executadas em locais alagados ou


encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos
trabalhadores.

AGENTES BIOLÓGICOS

Fazem parte deste grupo: Bactérias, Bacilos, Fungos, Parasitas, Vírus e


Protozoários.
Os riscos biológicos surgem do contato de certos micróbios e animais com o homem
no ambiente de trabalho.

BACTÉRIAS: Leptospirose, rato silvestre. Ex.: veterinários, construção de canais e


esgotos, locais onde há ratos.

15
BACILO: Cólera Ex.: água não tratada, esgotos ou qualquer local sem as mínimas
condições de higiene.

FUNGOS: Pé de atleta, micose entre os dedos dos pés. Ex.: Carpetes, ambientes
úmidos sem ventilação.

PARASITAS: Escabiose (sarna), Pediculose (piolho) Ex.: qualquer funcionários pode


contrair.

VÍRUS: Raiva, Gripe, Hepatite. Ex.: Local de trabalhos de veterinários, ambulatórios.

PROTOZOÁRIOS: Tripanossomíase (chagas) Ex.: contaminação é feita através da


picada do barbeiro.

AGENTES ERGONÔMICOS
A ergonomia é uma ciência é uma ciência que estuda entre o homem e seu
ambiente de trabalho ou melhor a adaptação do homem com a máquina e vice-
versa.

Ex.: Trabalho físico pesado, posições incomodas, ritmos excessivos, monotonia,


trabalhos em turnos, jornada prolongadas, conflitos, responsabilidades, posturas
incorretas, etc...
RISCOS DE ACIDENTES
Estão muitos diversificados e podem estar presentes em vários locais do ambiente
de trabalho os mais comuns dizem respeito a:
* Arranjo físico inadequado;
* Máquina e equipamento sem proteção;
* Ferramentas inadequadas ou defeituosas;
* Iluminação inadequada;
* Eletricidade;
* Probalidade de incêndio ou explosão;
* Armazenamento inadequado;
* Animais peçonhentos;
* Outras situações de riscos que podem contribuir para ocorrência de acidentes.
É muito importante saber que a presença de produto ou agentes no local de trabalho
não quer dizer que, obrigatoriamente existe perigo para a saúde. Isto depende da
combinação de tais condições, como natureza do produto, tempo de exposição,
concentração que se encontra o agente, susceptibilidade do indivíduo.

16
Risco Químico (Fumos Metálicos) Risco Biológico (Bactérias, Vírus...)
Risco Físico (Radiação Não Ionizante) Risco de Acidente (Queda/Cortes)

Risco de Acidente (Queda, Choque Elétrico) Risco Físico (Vibração, Ruído)


Risco Ergonômico (Posição das Pernas) Risco Químico (Poeiras)
Risco Ergonômico (Postura de Trabalho)

Risco Físico (Radiação Ionizante) Risco Químico (Agrotóxicos)


Risco Ergonômico (Transporte Inadequado)
Risco Acidente (Queda)

As demais situações apresentadas logo a seguir se enquadram no Risco


Ergonômico.

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18
19
NR - 06 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Para os itens de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR, considera-se
Equipamento de proteção individual – E.P.I. todo dispositivo de uso individual, de
fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador.
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
- Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis
ou não ofereceram completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e ou
doenças profissionais e do trabalho;
- Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

20
- Para atender as situações de emergências.
A recomendação ao empregador, quando ao EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade, é de competência:
- Do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho – SESMT.
- Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, nas empresas
desobrigadas de manter o SESMT.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR
Obriga-se o Empregador, quando ao EPI, a:
* Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
* Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Mtb e de empresas
cadastradas no DNSS/Mtb;
* Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
* Tornar obrigatório o seu uso;
* Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
* Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
* Comunicar-se ao Mtb qualquer irregularidade observada no EPI.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

Obriga-se o empregado, quando ao EPI, a:


* Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
* Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
* Comunicar-se ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.

OBRIGAÇÕES DO FABRICANTE E DO EMPREGADOR


O fabricante nacional ou importador obrigam-se, quando ao EPI, a:

* Comercializar ou colocar à venda somente o equipamento de proteção individual


– EPI, portador de C.A.;
* Renovar o C.A. o Certificado de registro de fabricante – CRF e o certificado de
registro do importador – CRI, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo
Mtb;
* Requerer novo C.A., quando houver alteração das especificações do
equipamento aprovado;
* Responsabilizar-se pela manutenção da mesma qualidade do EPI padrão que
deu origem ao Certificado de Aprovação –CA;
* Cadastra-se junto ao Mtb, através do DNSST.

Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e respeitando-se o


disposto no item 2, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os seguintes EPI:

PROTEÇÃO DA CABEÇA
Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões
ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos e radiações luminosas.

21
Óculos de Segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação
nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e metais em
fusão.

PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES


Luva ou mangas de proteção ou cremes protetores devem ser usados em trabalhos
que haja perigo de lesão provocada por:
* Radiações perigosas;
* Agentes biológicos;
* Frio;
* Materiais ou objetos com escoriações, cortantes ou perfurantes;.
* Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos,
solventes orgânicos e derivados de petróleo.

PROTEÇÃO PARA MEMBROS INFERIORES


Calçados de proteção contra riscos de origem mecânica;
Calçados de proteção contra radiações perigosas;
Perneiras de proteção contra riscos de origem mecânica;
Perneiras de proteção contra radiações perigosas.

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL


Cinto de segurança para trabalho em altura superior a 2(dois) metros em que haja
risco de queda;
Cadeira suspensa para trabalhos em alturas em que haja necessidade de
deslocamento vertical, quando a natureza do trabalho assim indicar;
Trava - queda de segurança acoplado ao cinto de segurança ligado a um cabo de
segurança independente, para os trabalhos realizados com movimentação vertical
em andaimes suspensos de qualquer tipo.

PROTEÇÃO AUDITIVA
Protetores auriculares, para trabalhos realizados em locais em que o nível de ruído
seja superior ao estabelecimento na NR-15, Anexos I e II.

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Para exposições aos agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do
trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR-15.

* Respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem em produção de


poeiras;
* Máscaras para trabalhos de limpeza por abrasão, através de jateamento de
areia;
* Respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos
prejudiciais à saúde.

22
PROTEÇÃO DO TRONCO
Aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos
em que haja perigo de lesões provocadas por:
* Riscos de origem térmica;
* Riscos de origem radioativa;
* Riscos de origem mecânica;
* Agentes químico;

PROTEÇÃO DA PELE
Creme protetores da pele para trabalhos que causem algum tipo de dermatite na
pele.

Na Norma Regulamentadora NR 06, no item 6.3.1 está escrito:


O EMPREGADO DEVE TRABALHAR CALÇADO, FICANDO PROIBIDO O USO
DE TAMANCOS, SANDÁLIAS E CHINELOS.

Em casos especiais, poderá a autoridade regional do MTB permitir o uso de


sandálias, desde que a atividade desenvolvida não ofereça riscos à integridade
física do trabalhador.

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ACIDENTE TRABALHO
CONCEITO LEGAL
Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou
perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Equiparam-se ao acidente do trabalho:


A doença profissional ou do trabalho, assim entendida a inerente ou peculiar a
determinado ramo de atividade e constante de relação organizada pelo ministério da
Previdência e Assistência Social (MPAS).

Acidente que, ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente: para morte, ou perda, ou redução da capacidade para o
trabalho.

O acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, em


conseqüência de:

* Ato de sabotagem ou terrorismo praticado por terceiros, inclusive companheiro


de trabalho;
* Ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa
relacionada com o trabalho;
* Desabamento, inundação ou incêndio;
* A doença proveniente, da contaminação acidental de pessoas de área médica,
no exercício de sua atividade.

O acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de


trabalho:

* Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da


empresa;
* Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito;
* Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do empregado;
* No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela.
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião de satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado
será considerado no exercício do trabalho.

CONCEITO PREVENCIONISTA
Acidentes do trabalho são todas as ocorrências não programadas, estranhas
ao andamento normal do trabalho, dos quais poderão resultar danos físicos ou
funcionários, ou morte ao trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa.

24
CAUSAS DE ACIDENTES TRABALHO
As causas dos acidentes são ações e fatores humanos ou condições
materiais e ambientais que, combinada ou não, procedem ou desencadeiam os
acidentes.

Assim, pode-se afirmar que a quase totalidade dos acidentes são evitáveis ou
previsíveis.
Sendo os acidentes decorrentes de fatores e ações humanos ou influência do meio
onde o homem desenvolve suas atividades, geram falhas que dão origem ao ATO
INSEGURO, CONDIÇÃO INSEGURA.

IMPRUDÊNCIA / NEGLIGÊNCIA / IMPERÍCIA (ATOS INSEGUROS)


São tipos de comportamentos ou atitudes que levam as pessoas a criar condições
tais, que os riscos de acidentes se transformam em acidentes reais. Exemplos:
* Uso incorreto de ferramentas;
* Brincadeiras no trabalho;
* Exibicionismo;
* Reencapar Agulhas;
* Fumar em locais proibidos;
* Não utilizar Equipamentos Proteção Individual;
* Não respeitar os procedimentos operacionais e as normas de segurança.

CONDIÇÕES INSEGURAS
São deficiências, defeitos, irregularidades técnicas que constituem riscos à
integridade física do trabalhador, para que sua saúde e para os bens materiais da
empresa. Exemplos:
* Falta de arrumação e limpeza;
* Piso escorregadio;
* Empilhamento inseguro;
* Ferramentas defeituosas.
* Maquinas e equipamentos sem proteção;
* Falta de Equipamento de Proteção Individual e/ou Coletiva.

INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES


A investigação e análise de acidentes tem por objetivo:
* Descobrir as causas de um acidente.
* Estudar e propor medidas que eliminem a causa do acidente investigado,
evitando sua repetição.

Todo e qualquer acidente deve ser investigado, mesmo aquele que não causou
lesão ou afastamento do trabalhador, ou que não originou perda material. Porque
atrás deste sempre pode vir outro acidente.

25
Os resultados encontrados devem ser estudados e analisados. Objetivando chegar-
se a conclusão do “porque” ocorreu o acidente e daí, partir para a eliminação das
causas, a fim de evitar a sua repetição.

AGENTE DA LESÃO
Agente da lesão, é aquilo que, em contato com o trabalhador, determina a lesão.
São agentes da Lesão: o equipamento, a ferramenta utilizada, a matéria prima
empregada, etc...

Alguns agentes podem ter características agressivas, tais como: os ácidos, materiais
incandescentes, a corrente elétrica, etc... Basta um leve contato para ocorrer a
lesão.

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FICHA DE ANÁLISE DE ACIDENTES
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
CIPAACIDENTES

Empresa...................................................................................................................
Endereço.............................................................................................. Nº..............
Complemento.............................................. Data......../........./.......... Hora.............
Nome do Acidentado..............................................................................................
Idade.................. Função.........................................................................................
Setor em que Trabalha.................................................Local..................................
Descrição do Acidente.................................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
Parte do Corpo Atingida .........................................................................................
.................................................................................................................................
Informação da Supervisão............................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
........................................................................
Supervisão

INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE
Como ocorreu..........................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
Causa apurada.........................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.........................................................................
Membro da Comissão

CONCLUSÕES DA COMISSÃO
Medidas propostas.....................................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
................................ ..................................... .....................................
Secretário Supervisão * Presidente

* Fica uma cópia para a Supervisão, onde as medidas adotadas devem ser registradas no verso.

Medidas Adotadas

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.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
.................................................................................................................................
........................................................................................................

Data: ......../......../..........
......................................................
Supervisor

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INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
A inspeção de segurança consiste na observação cuidadosa dos ambientes e
condições de trabalho, objetivando descobrir e identificar os riscos de acidentes ou
doenças do trabalho, possibilitando, assim, determinar os cuidados necessários para
eliminação desses riscos.
A importância da inspeção nos programas de segurança é primordial, pois tendo
como finalidade principal prevenir, a descoberta e identificação antecipada dos
riscos em potencial, evitam a ocorrência de acidentes.

OBJETIVOS DAS INSPEÇÕES


As inspeções quando bem planejadas e programadas possibilitam:
* Determinar os meios preventivos antes da ocorrência dos acidentes;
* Ajudar a fixar nos trabalhadores a mentalidade de segurança e higiene;
* Encorajar os trabalhadores a agirem como inspetores de segurança em seus
serviços;
* Melhorar o entrelaçamento entre o serviço de segurança e os demais setores da
empresa;
* Divulgar e consolidar, nos empregados, o interesse da empresa pela segurança.

ETAPAS DA INSPEÇÃO

Observação: tudo deve ser observado tanto pelo lado humano e pelo lado
material.
Informação: a irregularidade deve ser discutida na hora para que a solução do
problema aconteça antes de qualquer problema desagradável.
Registro: Os itens levantados devem ser registrados em formulários, parra que
fique claro o que é observado, em que local, as recomendações e as sugestões ou
soluções.
Encaminhamento: Os pedidos e as recomendações devem ser enviados aos
responsáveis procurando seguir os procedimentos estipulados ou ao próprio
envolvido.
Acompanhamento: Ao se perder de vista qualquer proposta ou sugestão para
resolver os devidos problemas.
ESPÉCIES DE INSPEÇÕES

Geral: Envolve todos os setores da empresa em seus problemas relativos à


segurança e medicina do trabalho.
Parcial: Realizada em alguns setores da empresa, certos tipos de trabalho/
equipamentos/ máquinas.
De Rotina: Traduz-se pela preocupação constante de todos os trabalhadores, do
pessoal de manutenção, dos membros da CIPA e do SESMT.
Periódica: São inspeções efetuadas em intervalos regulares programadas
previamente.
Inspeções Oficiais: São realizadas por agentes dos órgãos oficiais.
Especial: É a que requer conhecimento ou aparelhos especializados (caldeiras,
elevadores, ruído, iluminação e detecção de gases).

29
30
FICHA DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

SEÇÃO: ........................................LOCAL/EQUIPAMENTO................................DATA:......./......./.........

Nome do Responsável pala Inspeção:....................................................... SIM NÃO OBSERVAÇÃO


1 O trabalhador utiliza os EPIs necessários?
2 O trabalhador que utiliza os EPIs, recebeu os treinamentos especificos?
3 Todos os trabalhadores utilizam uniformes, adequados ao trabalho?
4 Todos os trabalhadores usam Sapatos de Segurança (calçados fechados)?
5 O local de trabalho tem extintores?
6 Há extintores obstruídos?
7 O lugar do extintor está sinalizado?
8 Existe algum trabalhador com atitudes e comportamentos que compro-
meta sua segurança?
9 As portas de saída de emergência abrem para fora?
10 Existe vasos, potes, vasilhames com água depositada que possa servir
de criadouro para para mosquito da dengue?
11 Os locais de trabalho encotra-se organizado (sem acúmulo de produto,
passagem desobstruída)?
OBSERVAÇÕES (Situações não relacionadas):

RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES

DATA: ......../......../......... HORA: ............... .................................................... ...................................................


Assinatura Resp. da Inspeção Assinatura Resp. da Área
MAPA DE RISCOS
O mapa de Riscos tem como objetivo:

* Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de


segurança e saúde no trabalho na empresa.
* Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os
trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

ETAPAS DA ELABORAÇÃO

Conhecer o processo de trabalho no local analisado:

* Os trabalhadores, número de pessoas expostas ao risco;


* Os instrumentos e materiais de trabalho;
* As atividades exercidas;
* O ambiente.

Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:

* Medidas de proteção coletiva;


* Medidas de organização do trabalho;
* Medidas de proteção individual;
* Medidas de higiene e conforto, banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro,
refeitório.

Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.

Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o Lay out da empresa, indicando através de um único
círculo, tendo sub-divisões caso mais de um risco:

* Grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;


* Número de trabalhadores expostos aos riscos, a ser anotados na parte inferior do mapa;
* A especificação do agente (por exemplo: químico (sílica, hexano, ácido clorídrico) ou
Ergonômico (repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotado também na parte
inferior do mapa;
* A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve anotado
na parte inferior do mapa.

Após discutidos e aprovado pela CIPA, o Mapa de riscos, completo ou setorial, deverá ser
fixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os
trabalhadores.

Uma outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto. Neste
caso, divide-se o círculo conforme a quantidade de riscos em 2, 3, 4 e até 5 partes iguais,
cada parte com a sua respectiva cor, conforme a figura abaixo (este procedimento é
chamado de critério de incidência):
Diverso tipos de riscos num mesmo ponto

Risco Físico

Risco Químico

Risco Biológico

Risco Ergonômico

Risco de Acidentes

33
MAPA DE RISCO : PESQUISA COM RELATORIO

LOCAL:............................................................................

DATA:...../......./....... CIPEIRO................................................. CIPA GESTÃO..................................

RISCOS FÍSICOS SIM NÃO RISCO NºFUNC. FONTE GERADORA RECOMENDAÇÃO


VERDE P -M -G EXPOST.
RUÍDO s m 82 teares circulares uso de protetor auricular
VIBRAÇÕES
RADIAÇÕES IONIZANTE
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTE
FRIO
CALOR
UMIDADE
RISCOS QUÍMICOS SIM NÃO RISCO Nº FUNC. FONTE GERADORA RECOMENDAÇÃO
VERMELHO P -M -G EXPOST.
POEIRAS
FUMOS METÁLICOS
NÉVOAS
NEBLINAS
VAPORES S P 8 Limpeza de Uso de EPI adequado
máquina
GASES
PROD.QUÍMICOS EM GERAL
RISCOS BIOLÓGICOS SIM NÃO RISCO NºFUNC. LOCAL RECOMENDAÇÃO
MARROM P -M -G EXPOST.
VÍRUS
BACTÉRIAS S P 90 Sanitários Manter Higienização
PROTOZOÁRIOS
FUNGOS S P 90 Sanitários Manter Higienização
PARASITAS
BACILUS
RISCOS ERGONÔMICOS SIM NÃO RISCO NºFUNC. FUNÇÃO LOCAL RECOMENDAÇÃO
AMARELO P -M -G EXPOST.
ESFORÇO FISICO INTENSO
LEV.TRANSP.MANUAL DE PESO S M 8 Revistação Definir peso padrão
POSTURA INADEGUADA
PRODUTIVIDADE RÍGIDA
RÍTIMOS EXCESSIVOS
TRABALHOS EM TURNO E NOTURNO
JORNADA TRABALHO PROLONGADA
MONOTONIA E REPETITIVIDADE
ILUMINAÇÃO DEFICIENTE
RISCOS DE ACIDENTES SIM NÃO RISCO NºFUNC. DESCRIÇÃO RECOMENDAÇÃO
AZUL P -M -G EXPOST. PROBLEMA
ARRANJO FÍSICO INADEQUADO
MÁQ / EQUIP / SEM PROTEÇÃO S G 10 Monta Carga Proibido uso p/ Transp. de
pessoas
FERRAMENTAS INAD / DEFEITUOSAS
ILUMINAÇÃO INADEQUADA
ELETRICIDADE
INCÊNDIO EXPLOSÃO
ARMAZENAMENTO INADEQUADO
ANIMAIS PEÇONHENTOS
OUTRAS SITUAÇÕES DE RISCO

34
MAPA DE RISCOS

35
PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros socorros, são todas as medidas que devem ser tomadas de imediato para
evitar agravamento do estado de saúde ou lesão de uma pessoa antes do
atendimento médico.

AÇÕES DO SOCORRISTA

* Isolar a área, evitando o acesso de curiosos;


* Observar a vítima, verificando alterações ou ausência de respiração,
hemorragias, fraturas, colorações diferentes da pele, presença de suor intenso,
expressão de dor;
* Observar alteração da temperatura, esfriamento das mãos e/ou pés;
* Manter a calma, assumindo a liderança do atendimento;
* Procurar que haja comunicação imediata com hospitais, ambulâncias, bombeiros,
polícia se necessário.

A atitude do socorrista pode significar a vida ou a morte da pessoa


socorrida.

INSOLAÇÃO
Exposição excessiva ao calor que pode se apresentar subitamente, a vítima cai
desacordada, ou após enjôo, dor de cabeça, pele seca e quente, febre alta.

Como socorrer:
* retirar a vítima do local de exposição, colocando-a na sombra;
* colocar compressas frias sobre a cabeça;
* envolver o corpo com toalhas constantemente molhadas;
* se estiver consciente, dê-lhe água para beber.

DESMAIO
Normalmente, o desmaio não passa de um acidente leve, só se agravando quando é
causado por grandes hemorragias.

Como socorrer:
* se a pessoa estiver prestes a desmaiar, coloque-a sentada com a cabeça entre
as pernas;
* se o desmaio já ocorreu, deitar a vítima no chão, verificar respiração e palidez;
* afrouxar as roupas;
* erguer os membros inferiores;
Obs.: Se a vítima não se recuperar de 2 a 3 minutos, procurar assistência médica.

CRISE CONVULSIVA
A vítima de crise convulsiva (ataque epiléptico), fica retraída e começa a se debater
violentamente, podendo apresentar os olhos virados para cima.

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Como socorrer:
* deite a vítima no chão e afaste tudo que estiver ao seu redor que possa
machucá-la;
* retire objetos como próteses, óculos, colares, etc;
* coloque um pano ou lenço dobrado entre os dentes e desaperte a roupa da
vítima;
* não dê líquido à pessoas que estejam inconscientes;
* cessada a convulsão, deixa a vítima repousar calmamente, pois poderá dormir
por minutos ou horas;
* nunca deixa de prestar socorro à vítima de convulsão.

FERIMENTOS - TIPOS
Contusão (beliscão, batidas), hematoma (local fica roxo), perfuro cortante (ferimento
com faca prego, mordedura de animais, armas de fogo) e escoriação (ferimento
superficial, só atinge a pele). Vejamos abaixo como socorrer cada caso:

Contusões e Hematomas.
* repouso da parte contundida;
* aplicar gelo até melhorar a dor e o inchaço se estabilize;
* elevar a parte atingida.

Perfuro cortantes e Escoriações.


* lavar as mãos;
* lavar o ferimento com água e sabão;
* secar o local com gase ou pano limpo;
* se houver sangramento comprimir o local;
* fazer um curativo;
* manter o curativo limpo e seco;
* proteger o ferimento para evitar contaminação.

HEMORRAGIAS
Hemorragia é a perda de sangue que acontece quando há rompimento de veias ou
artérias, provocadas por cortes, tumores, úlceras, etc. Existem 2 tipos de
hemorragias, as externas (visíveis) que devem ser estancadas imediatamente e as
internas (não visíveis), mas que podem levar a vítima à morte.

Como socorrer:
* manter a vítima deitada com a cabeça para o lado;
* afrouxar suas roupas;
* manter a vítima agasalhada;
* procurar assistência médica imediatamente.

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FRATURAS
Como socorrer:
* manter a vítima deitada com a cabeça para o lado;
* afrouxar suas roupas;
* manter a vítima agasalhada;
* procurar assistência médica imediatamente.
* imobilização;
* movimentar o menos possível;
* colocar gelo no local de 20 a 30 minutos;
* improvisar talas;
* proteger o ferimento com gase ou pano limpo (para casos de fraturas expostas
ou abertas).

TRANSPORTES DE PESSOAS ACIDENTADAS


O transporte adequado de feridos é de suma importância. Muitas vezes, a vítima
pode ter seu quadro agravado por causa de um transporte feito de forma incorreta e
sem os cuidados necessários. Por isso é fundamental saber como transportar um
acidentado.

PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

Parada Cardíaca
É preciso estar atento quando ocorrer uma parada cardíaca, pois esta pode estar
ligada a uma parada respiratória e ambas acontecerem simultaneamente.

Parada Respiratória
É a parada da respiração por: afogamento, sufocação, aspiração excessiva de
gases venenosos, soterramento e choque.

MORDEDURAS E PICADAS

Os princípios de primeiros socorros, nos casos de mordeduras e picadas são:


* limitar a disseminação de venenos específicos;
* tratar os venenos específicos;
* controlar qualquer sangramento;
* verificar se existe choques e problemas respiratórios, tratando-os se necessário;
* evitar infecção pela limpeza da área mordida;
* procurar assistência médica.

PICADAS DE COBRAS
Existem no Brasil, 4 grupos de serpentes venenosas. As serpentes do grupo
Bothrops (jararacas) são responsáveis por 90% dos acidentes. Seus sinais e
sintomas são: dor, edema, eritema e calor local.

Como socorrer:

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* mantenha a pessoa deitada e calma;
* não use garrotes ou torniquetes, pois estes podem causar gangrena;
* não fazer incisões ou cortes, pois existe risco de hemorragia;
* limpe bem o local da picada com água;
* procure assistência médica.

PICADAS DE ARANHAS
Os acidentes causados por picadas de aranhas e escorpiões, com dor intensa,
podem ser graves em crianças e idosos.
O reconhecimento da aranha ou escorpião, pode ajudar na identificação do
tratamento.
Se possível capture o animal para que possa ser identificado.

Como socorrer:
* manter a vítima em repouso;
* providenciar assistência médica.

ARANHAS
As aranhas não são agressivas, picam apenas quando molestadas.
Armadeiras são venenosas e responsáveis pela maioria dos acidentes graves.
* Viúvas Negras, não são agressivas e, quando alguém é picado, apresenta uma
elevação avermelhada no local.
* Aranhas Marrons, não são agressivas, picam somente quando não há
possibilidade de fuga.
Em caso de acidente, seus sinais e sintomas são: dor intensa, náuseas, vômitos,
salivação, sudorese, agitação, visão turva, febre e anemia.

Como socorrer:
* Aplicar compressa no local da picada;
* Se a dor for intensa, procurar assistência médica para receber soro.

QUEIMADURAS
O contato com chamas, substâncias super-aquecidas, a exposição excessiva à luz
solar e mesmo à temperatura ambiente muito elevada, provocam reações no
organismo, que podem se limitar à pele ou afetar funções vitais.
As queimaduras podem ser de 1º grau, 2º grau e 3º grau, cada uma delas com suas
próprias características.

Queimadura de 1° grau
Causa pele avermelhada, com edema e dor intensa.

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Como socorrer:
* resfriar o local com água corrente

Queimadura 2° Grau
Causa bolhas sobre uma pele vermelha, manchada ou de coloração variável,
edema, exsudação e dor.

Como socorrer:
* esfriar o local com água corrente;
* nunca romper as bolhas;
* nunca utilizar produtos caseiros, como: pó de café, pasta de dente, etc.

Queimadura 3° Grau
Neste tipo de queimadura, a pele fica esbranquiçada ou carbonizada, quase sempre
com pouca ou nenhuma dor (aqui incluem-se todas as queimaduras elétricas).

Como socorrer:
* não usar água;
* assistência médica é essencial;
* levar imediatamente ao médico.
*

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO E COMBATE A


INCÊNDIOS
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO FOGO

O fogo é uma reação química acompanhada de luz e calor

TRIÂNGULO DO FOGO
Para que haja chamas é necessário estar presentes os três elementos básicos:
* Combustível
* Calor
* Comburente (oxigênio)
COMBUSTÍVEL
É o elemento que alimenta e serve de propagação do fogo e compreende todo tipo
de material que se possa imaginar, tais como: madeira, tecidos, óleos, carvão, etc...

CALOR
É o elemento que dá inicio a reação em cadeia, que mantém o incêndio e incentiva
sua propagação.

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COMBURENTE (OXIGÊNIO)
Está presente em todos os lugares, é o ar que respiramos, é o elemento que
alimenta e intensifica a combustão.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO
Se faltar o combustível não haverá substâncias para queimar. ISOLAMENTO

Se falta o calor não haverá combustão. RESFRIAMENTO

Se faltar comburente (oxigênio), de nada valerá os outros dois elementos, pois não
haverá fogo. ABAFAMENTO

CLASSES DE INCÊNDIO
Os incêndios são classificados em quatro tipos:

CLASSE A
Fogo em materiais combustíveis sólidos como: papel,
madeira, tecidos.

CLASSE B
Fogo em líquidos inflamáveis como: gasolina, graxa, óleo,
tinta, tinner.

CLASSE C
Fogo em equipamentos elétricos energizados como:
motores elétricos, liqüidificador, chuveiro.

CLASSE D
Fogo em metais pirofóricos, tais como: magnésio,
potássio, alumínio em pó.

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CLASSE E
Fogos em gases sob pressão GLP.

PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO


Devemos ter em mente que todos os princípios de incêndios são preveníveis,
bastando simplesmente impedir a formação do triângulo do fogo. Abaixo algumas
medidas a serem observadas e melhoradas.
* Sobrecarga nas instalações elétricas;
* Falta de manutenção e conservação nos motores elétricos e máquinas em geral;
* Falta de atenção com os aparelhos eletrodomésticos;
* Improvisações nas instalações elétricas;
* Superaquecimento de aquecedores elétricos;
* Excesso de fuligem em chaminés e incineradores de lixo;
* Fagulhas de origens diversas (solda, corte com maçarico, esmerilhamento,
aquecimento de eletrodutos com uso de liqüinho);
* Fósforos e cigarros atirados sem direção;
* Explosões de lampiões por reversão de chamas;
* Fogos de artifícios (quando praticado sem o devido cuidado);
* Extravasamento de líquidos inflamáveis;
* Lâmpadas de iluminação de quadros e outros fins;
* Vazamento de gás do botijão, no fogão ou nos aquecedores, bem como pelo uso
inadequado;
* Limpeza e arrumação;
* Armazenamento correto.

EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO

EXTINTORES: São de utilização imediata, servem para extinção de princípios de


incêndios e constituem a primeira linha de defesa contra o fogo.
EXTINTORES PORTÁTEIS: São aparelhos manuais.

EXTINTORES SEMI – PORTÁTEIS: São aparelhos sobre rodas também chamados


de carreta.

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
CONTRA INCÊNDIO
Essas instalações são constituídas para
trabalhar com água simples ou adição de
espuma e podem ser de dois tipos:

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Automáticas e sob comando. Os pontos de acoplamento das mangueiras de
incêndio são chamados de hidrantes.
O mais importante é que em cada local de trabalho ou empresa haja pessoas
treinadas para manusearem esses equipamentos. Portanto procure informar-se junto
aos seus superiores da empresa onde trabalha para que possa participar dos
treinamentos da brigada de incêndio.
Da mesma forma existe variação do sistema de funcionamento das redes de
incêndio e dependendo o tamanho e do grau de risco da empresa, outros tipos de
proteção são instalados. Ex: Sistema de espuma fixo, Sprinklers (chuveiros
automáticos), etc...

EXTINTOR DE ÁGUA – GÁS


1º Retirar o aparelho do seu suporte e transportá-lo até as
proximidades do fogo;
2º Abrir a válvula da ampola de CO2;
3º Retire a mangueira do suporte e dirigir o jato contra a
base do fogo.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS

* Não usá-los em equipamentos elétricos energizados;


* Não recolocar o aparelho no suporte sem antes
recarregá-lo;
* Não consertar defeitos no aparelho. Comunique a seção
de segurança ou responsável.

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

1º Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até


as proximidades do fogo;
2º Soltar a trava de segurança;
3º Apontar o mangotinho para a base do fogo e
apertar o gatilho localizado na válvula de saída.

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO

Aparelho de pressão injetada ou com ampola externa.

1º Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as


proximidades d fogo;
2º Abrir a válvula da ampola de pressurização;

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3º Apontar o difusor ou esguicho para a base do fogo e apertar o gatilho da válvula.
Fazer movimentos de um lado a outro para melhores o rendimento durante o
combate.

APARELHO PRESSURIZADO (PÓ QUÍMICO)


1º Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as
proximidades do fogo.
2º Soltar a trava de segurança;
3º Apontar o difusor para a base do fogo e apertar o
gatilho da válvula;
4º Fazer movimentos com o difusor para melhorar o
rendimento durante o combate.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS:

* Não tentar reparar defeitos do aparelho. Comunique o setor de segurança ou


responsável;
* Não recolocar o aparelho no local sem recarregá-lo.

EXTINTORES DE GÁS CARBÔNICO (CO2)

1º Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as


proximidades do fogo;
2º Retirar o pino de segurança;
3º Apontar o difusor para a base da chama e apertar o
gatilho. Movimentar o difusor de um lado para outro.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS:

* Não tentar reparar aparelhos defeituosos;


* Não recolocar no suporte aparelho usado, sem antes
recarregá-lo;
* Não conservá-lo em locais de elevada temperatura (acima de 40º).

CAMPANHAS DE SEGURANÇA
É muito importante o envolvimento e a participação de todos os funcionários da
empresa como fator fundamental para o despertar de uma consciência
prevencionista e o sucesso dos programas de segurança do trabalho na prevenção
de acidentes e doenças profissionais.

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As empresas de sucesso são aquelas que incorporam a segurança do trabalho no
seu objetivo social. Nos países desenvolvidos diversas propostas de trabalho com o
objetivo social. Nos países desenvolvidos a adoção de políticas de segurança do
trabalho fazem parte, há algum tempo, das prioridades da empresa.

Nos últimos anos, no Brasil foram desenvolvidos diversas propostas de trabalho com
o objetivo de auxiliar a empresa a incorporar programas de melhoria e
desenvolvimento no ambiente de trabalho. A meta é produzir sem acidentes olhando
o trabalhador como único agente capaz de criar, agir e transformar os recursos em
resultados, estabelecendo-se uma mudança positiva de relacionamento e
participação em todos os níveis de administração.

A nível governamental o Governo Federal através do Decreto 68.255 de 16 de


fevereiro de 1971 criou em caráter permanente a CAMPANHA NACIONAL DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO – CANPAT, de realização bianual
através de um congresso, e concomitantemente também campanhas setorizadas a
nível estadual pelo Ministério do Trabalho, através de suas delegacias regionais
promovendo a SEMANA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO –
SPAT.

A nível nacional também instituiu através do decreto 68.213 de 11 de fevereiro de


1971 a MEDALHA DO MÉRITO DE SEGURANÇA DO TRABALHO regulamentada
pela Portaria Mtb Nº 3.462 de 08 de outubro de 1985, para as pessoas que se
distinguirem na prevenção de acidentes do trabalho.
A nível nacional também foi tornada obrigatória através da Portaria Nº 3.195 de 10
de agosto de 1988 do Ministério do Trabalho / Ministério da Saúde a CAMPANHA
INTERNA DE PREVENÇÃO DA AIDS – CIPAS.

A CIPA, é um órgão interno formado paritariamente por representantes eleitos pelos


empregados e representantes nomeados pelo empregador, é co-responsável
juntamente com o SESMT pela promoção de eventos no âmbito da empresa, entre
eles a SIPAT – SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO
TRABALHO, que consiste numa campanha orientadora e estimuladora em
Prevenção de Acidentes de Trabalho, durante o período mínimo de um semana, com
atividades educativas diversas tais como: palestras, treinamentos, projeções de
filmes e vídeos, de slides e outros meio audio-visuais como também concursos
diversos, com o fim de divulgar, estimular e repensar a pratica de prevenção de
acidentes do trabalho. Além da SIPAT poderão ser executadas outras campanhas
no âmbito interno com objetivos específicos peculiares a cada empresa.

Através da portaria 3.214 de 08 de julho de 1978 – NR –05 foi tornada obrigatória a


realização da SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO
TRABALHO – SIPAT que deverá ser realizada anualmente.
Também a nível nacional o governo através da portaria 33.257 do MTB/MS de 22 de
setembro de 1988 criou mecanismo para CAMPANHAS RESTRITAS AO HÁBITO
DE FUMAR outras campanhas que reforçam a prevenção de acidentes poderão se
executadas dentro de um cronograma da empresa e para esclarecer os
trabalhadores dos perigos à saúde tais como: Campanhas de Prevenção Auditiva,
Campanhas contra o Alcoolismo, Campanha Anti-drogas, etc...

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Além dessas campanhas deverá haver um programa de treinamento intensivo para
esclarecer os trabalhadores dos riscos profissionais que correm, os meios para
prevenir e limitar tais riscos, as medidas adotadas pela empresa, os resultados dos
exames médicos e complementares e os resultados das avaliações ambientais
realizadas no local de trabalho, conforme preceitua a Portaria 3.214 – NR 01 item
1.7 alínea C.

Ë preciso também que todos nós estejamos em CAMPANHA PERMANENTE PARA


EVITAR OS ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS como
também se engajam os órgãos do governo estadual e municipal e a sociedade com
um todo.

Para a empresa além da vantagem de ter colaboradores satisfeitos em seu ambiente


de trabalho, melhor preparados e treinados poderão beneficiar-se economicamente
através de abatimentos no IR com despesas de treinamento e outras campanhas (lei
6297).

SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – AIDS


A AIDS acontece quando uma pessoa é infectada pelo vírus HIV e apresenta
doenças oportunistas. Este vírus ataca as células do sistema de defesa, justamente
as que protegem o corpo contra outras infeções. A pessoa fica mais vulnerável ao
ataque de outras doenças, como pneumonia, tuberculose e meningite, que são as
chamadas infeções oportunistas.

A AIDS é transmitida pela relação sexual sem camisinha, pelo sangue contaminado,
e da mãe para o filho durante a gravidez ou no parto.
Você tem de saber que a AIDS não ataca apenas homossexuais, usuários de drogas
injetáveis e pessoas que receberam transfusão de sangue, como se acreditava até
alguns anos atrás. Quem tem doença sexualmente transmissível – DST (gonorréia,
sífilis, cancro, crista-de-galo e herpes) esta mais sujeito a pegar AIDS. Estas
doenças provocam feridas nos órgãos genitais, que são uma porta aberta para a
entrada do vírus HIV. Lembre-se:

O que faz você estar sujeito a pegar AIDS é o comportamento de


risco.

O Que Ocorre Quando o HIV Entra no Organismo


Ao penetrar no corpo humano, e logo nas primeiras semanas de infecção, o HIV
aloja-se nos nódulos linfáticos, que se tornam reservatórios do vírus - 98% das
células de defesa ficam nesses nódulos e não no sangue: o intestino também é um
grande reservatório dessas células. Nos nódulos linfáticos encontram-se, no mínimo,
10 vezes mais HIV do que no sangue. Nestes nódulos, o HIV pode ficar “inativo”
durante muito tempo.

Meios de Transmissão

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Os únicos meios de transmissão do HIV são o Sangue, o Esperma, a Secreção
Vaginal e o Leite Materno.
O vírus da Aids também foi encontrado em secreções corpóreas como o suor, a
lágrima e a saliva, mas nenhuma dessas secreções contém quantidade de vírus
(carga vital) suficiente para que ocorra a infecção de outra pessoa.

Formas de Transmissão
Como sabemos que os meios de transmissão do HIV são o sangue, o esperma, a
secreção vaginal e o leite materno, as formas de transmissão são:
* Sexual - Durante a relação sexual com penetração anal, vaginal ou oral sem
camisinha, com pessoas infectadas.
* Sanguínea - Receber sangue contaminado, por meio de transfusões, usando
seringas e agulhas ou materiais perfurocortantes, inseminação artificial ou
transplante de órgãos.
* Vertical ou Perinatal - Durante a gestação, parto ou aleitamento, caso a mãe
esteja infectada.

Como Prevenir

* Usar camisinha em todas as relações sexuais:


 Usá-la do início ao fim da relação;
 Jogar fora após o uso, amarrando para não vazar secreção;
 Não usar lubrificantes oleosos tipo vaselina;
* Evitar o uso de agulhas, seringas e outros objetos cortantes ou perfurantes
usados antes por outras pessoas, e não esterilizados ou desinfetados
adequadamente;
* Oriente seu filho quanto aos riscos da utilização de drogas, e se ela já for
usuário, enquanto não conseguir abandonar o vício, que proceda conforme
indicado acima.
* Todo recém-nascido de mãe portadora do HIV deve receber AZT até seis
semanas de vida;
* Fique atento para os riscos de abuso sexual;
* Se o seu filho tiver que receber transfusões de sangue ou derivados, exija que
sejam testados previamente para o HIV;
* Oriente seu filho quanto aos cuidados durante a iniciação sexual;

ESTENDA A MÃO AO SEU AMIGO HIV POSITIVO


Você não pega AIDS pelo ar, por um aperto de mão, um abraço ou por dar atenção
para um amigo contaminado;
Também não pega AIDS usando os mesmos pratos, copos e talheres, nem usando o
mesmo banheiro que seu colega de trabalho;
A convivência com os amigos e colegas ajuda seu amigo a ter forças para enfrentar
a AIDS;
O seu colega tem o direito de continuar trabalhando;
Com o trabalho, o portador do HIV tem maiores condições psicológicas e financeiras
para enfrentar o tratamento;

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Se você descobrir um amigo ou colega de trabalho com o vírus HIV e não estiver
seguro sobre a doença, procure informar-se mais sobre o assunto. Não finja que o
caso não existe e que você não tem nada a ver com isso. A AIDS é um problema de
todos nós;
Não abandone seu amigo com AIDS. Ele precisa, mais do que nunca, da sua
amizade e da sua força. Um ombro amigo é um dos melhores tratamentos para a
AIDS.
Perder a convivência com os amigos é muito pior que perder a saúde.
Se um amigo seu pegar o vírus, não mude o jeito de tratá-lo. O Fato de ele ter
AIDS não quer dizer que ele esteja doente, nem que deixou de ser competente no
trabalho. A AIDs não o fez deixar de ser o mesmo cara legal, companheiro e gente
boa que sempre foi. Ele continua sendo seu amigo.

REUNIÃO DA CIPA

* Abertura (presidente);
* Presenças (secretário) Nº igual de representantes do empregador e dos
empregados;
* Convidados (nome, função, setor e objetivo);
* Leitura da ata da reunião anterior;
* Aprovação + Emendas + Assinatura do Presidente, Vice – Presidente e
Secretário;
* Andamento das recomendações:
 Atendidas
 Pendentes (prazo – responsabilidade e acompanhamentos)
 Novas ( dos membros da CIPA)
 Resumo – Análise dos acidentes com afastamentos.
* Análise de Acidentes:
 Representantes dos empregados
 Representantes do empregador
 Representante do SESMT
* Inspeções realizadas, recomendações, outros trabalhos de cada membro
(diálogo de segurança)
* Assuntos em geral – Palavra Livre
* Mensagem Prevencionista – Micro Palestra (15 min)
* Agradecimentos e convocação para a próxima reunião

OBS: Recomendações para o sucesso de uma reunião.


* Agenda;
* Sala preparada;
* Todos os assuntos devem ser aprovados por todos;
* Atos Inseguros – prioridade;
* Cumprir data de reuniões;
* Não modificar estrutura da NR – 05;
* Tempo de uma reunião não deve ultrapassar 1 (uma) hora.

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PLANO DE AÇÃO
Este plano tem como objetivo, fazer com que os cipeiros elaborem as atividades que
iram desenvolver durante sua gestão.

Na primeira reunião todos os cipeiros recebem o formulário para analisar os


trabalhos que iram realizar e entregar na Segunda reunião.

Cada cipeiro relata, alguns objetivos e coloca no relatório, que está em anexo.
Exemplo: Realizar uma palestra sobre Prevenção de Acidentes:

QUEM: Quem irá fazer com que esta palestra se realiza

QUANDO: A data em que irá se realizar

POR QUE: Porque é necessário esta palestra

COMO: Como esta palestra irá ser realizada, com algum profissional da
empresa ou algum profissional contratado.

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