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SOCIEDADE BRASILEIRA DE

ARBORIZAÇÃO URBANA
INFORMATIVO QUADRIMESTRAL EDIÇÃO Nº 30 AGOSTO 2014

Brasil
conquista
mais dois
arboristas
certificados
pela ISA
Páginas 6 e 7

Circuito Cemig é o Saiba os detalhes Conheça os


tema de artigo do dos próximos desafios para a
engenheiro agrônomo grandes eventos implementação da
Pedro Mendes Castro da Sbau nova Norma de Poda

Página 9 Páginas 5, 8 e 11 Página 3


EDITORIAL

Desafios e
Conquistas
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Fo

Quando assumimos a res- ria no final de agosto em Campi- cebemos a sociedade com 140
ponsabilidade de presidir a So- na Grande, será realizado de 12 a sócios e hoje estamos com 392
ciedade Brasileira de Arboriza- 15 de outubro. E o 1º Fórum In- sócios em dia. Ou seja, já atin-
ção Urbana (Sbau), sabíamos ternacional de Análise de Árvores gimos um terço de nossa meta
que os desafios seriam imensos. de Risco, previsto para novem- nos primeiros 7 meses à frente
Porém, talvez tenhamos subdi- bro, em Porto Alegre, ocorrerá da Sbau.
mensionado algumas questões, em março de 2015. Os detalhes Todos sabem que não é pos-
como o ano pelo qual estamos destes encontros e do XVIII Con- sível fazer uma boa gestão sem a
passando. 2014 é um período to- gresso Brasileiro de Arborização participação e ajuda de todos. Por
talmente atípico para empresas Urbana podem ser lidos nesta isso, reforço publicamente o pe-
e governos, com investimentos edição do Informativo Sbau. dido de participação mais efetiva
focados nas obras da Copa do Se há dificuldades de um das diretorias regionais na divul-
Mundo (muitas delas inacaba- lado, por outro temos também gação da Sbau, na busca de no-
das) e nas eleições. Em função que comemorar o número cada vos sócios e no fomento de dis-
disso, estamos encontrando di- vez maior de seguidores na nos- cussões relevantes para a área da
ficuldades para viabilizar alguns sa página do Facebook, onde arborização urbana.
eventos da Sbau e informamos estamos com quase mil fãs. Uma boa leitura a todos e
nesta edição, em primeira mão, o Também acreditamos que nos- até breve!
adiamento de dois encontros. sa meta de fechar os três anos
O III Encontro Nordestino de de gestão com mil sócios ativos André Puente
Arborização Urbana, que ocorre- na Sbau será concretizada. Re- Presidente da Sbau

EXPEDIENTE

A SBAU busca fazer avançar a arboricultura brasileira a partir do desenvolvimento da ciência, da tecnologia, da profissionalização da atividade e da sensibilização pública.

DIRETORIA (2014-2016) VICE-DIRETORA TÉCNICO-CIENTÍFICA COLABORADORES


PRESIDENTE Bióloga Maria do Carmo Sanchotene Biólogo Sérgio Brazolin (IPT)
Biólogo André Duarte Puente sanchotene@embaubapaisagismo.com.br Engenheiro agrônomo Pedro Mendes Castro (CEMIG)
andredpuente@gmail.com Assessor jurídico Rodrigo Birkhan Puente
DIRETORES REGIONAIS Engenheiro agrônomo Ronan Pereira Machado
VICE-PRESIDENTE
Eng° agrônomo Heitor Liberato Centro-Oeste: arquiteta Eliane Guaraldo (Viveiro Trees)
hrliberato@hotmail.com Nordeste: eng° agrônomo Tadeu Viana de Pontes
Norte: engª florestal Maria Eliane Ramos Ferreira de COMITÊS
DIRETOR DE GESTÃO Sousa CBEA – Sydney Brasil
Eng° agrônomo Marcio Del Pino Sudeste: eng° agrônomo Joaquim Cavalcanti CBNC – Engenheiro Florestal Luiz Otávio Pedreira
agronomo.marcio@terra.com.br Sul: bióloga Tatiani Roland Szelest
REPORTAGEM E EDIÇÃO
VICE-DIRETOR DE GESTÃO SECRETÁRIOS Jornalista Cibele Carneiro (DRT/RS 11977)
Eng° florestal Sydney Sebastião Brasil
Centro-Oeste: arquiteta Jussara Maria Basso comunicacaosbau@gmail.com
sydney.brasil@hotmail.com
Nordeste: eng° agrônomo Alexandre Krause
DIRETOR TÉCNICO-CIENTÍFICO Norte: eng° florestal Dennis Russelakis PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Biólogo Marco Aurélio Verdade Sudeste: eng° florestal Flávio Pereira Telles Imagine Design
verdade@cpovo.net Sul: geógrafo Agnaldo Lima e Silva contato@imaginedesign.art.br

O informativo Sbau é uma publicação quadrimestral que pode ser acessado no site www.sbau.org.br. Nos siga no Twitter (@SbauArborizacao)
e no Facebook (/sociedadebrasileiradearborizacaourbana).
*As entrevistas e os artigos não refletem, necessariamente, a opinião da instituição Sbau.
ARTIGO

Avanços e desafios
da implementação
da norma de poda

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A crescente necessidade instituições de pesquisa e institui- deve se tornar obrigatório por for-
de profissionalização dos tra- ções de classe, ao longo de mais ça de algum instrumento legal ou
balhos de arboricultura no país de dois anos de trabalho e três deliberação interna das empresas
vem ao encontro da intenção da consultas públicas nacionais pela do setor. Precisamos desenvolver
Sociedade Brasileira de Arboriza- Internet, em 27 de novembro de esforços para criar uma pressão
ção Urbana (Sbau) de padronizar 2013 foi publicada a ABNT NBR junto à sociedade civil, poder pú-
procedimentos, métodos e crité- 16246-1:2013 - Florestas urbanas blico e empresas do setor, para
rios das técnicas empregadas no – Manejo de árvores, arbustos e que sejam criados os instrumen-
setor. Com esse objetivo, a Sbau outras plantas lenhosas – Parte 1: tos legais que tornem obrigató-
procurou a Associação Brasileira Poda, com validade a partir de 27 rias as orientações contidas na
de Normas Técnicas (ABNT), no de dezembro de 2013. NBR 16246-1:2013. A norma é
início de 2011, para solicitar apoio O Grupo de Trabalho de Ma- um referencial fundamental e um
ao trabalho de elaboração das nejo de Árvores e Florestas Ur- marco decisivo na profissionali-
primeiras Normas Técnicas Bra- banas definiu ao longo de suas zação dos serviços de arboricul-
sileiras para o setor. Em contato reuniões que as próximas partes tura no país.
com a Comissão de Estudo Espe- da norma técnica versarão sobre A SBAU vem fazendo a sua
cial de Manejo Florestal (ABNT/ a segurança em serviços de ar- parte, realizando treinamentos e
CEE 103), fomos convidados a boricultura e avaliação de risco cursos divulgando a nova norma.
participar de reunião em abril de de árvores, as quais já se encon- Mas entendemos que cada asso-
2011, em Brasília. A partir daí, foi tram em discussão desde o ano ciado da SBAU, que trabalhe com
criado o Grupo de Trabalho de passado, a serem seguidas por poda de árvores, deve buscar tra-
Manejo de Árvores e Florestas norma de plantio. Esta primeira balhar de acordo com a nova nor-
Urbanas, inicialmente voltado à parte da ABNT NBR 16246 esta- ma, bem como auxiliar na cons-
elaboração de uma norma sobre belece os procedimentos para a cientização da importância desse
a poda de árvores urbanas. poda de árvores, arbustos e ou- instrumento para o setor. Faça
A elaboração dessa nor- tras plantas lenhosas em áreas sua parte!
ma teve como documento base urbanas, em conformidade com
a norma técnica americana ANSI a legislação aplicável. É uma nor- Luiz Octavio de Lima Pedreira
A300-1:2008, que foi traduzida, ma orientativa e não certificatória, Engenheiro florestal da Secreta-
adaptada, teve pontos retirados e não estabelecendo pré-requisitos ria de Meio Ambienta da Cidade
outros acrescentados, tendo sido para certificação. do Rio de Janeiro, presidente do
seu conteúdo avaliado e adaptado Para a norma ser utilizada Comitê Brasileiro de Certificação
à realidade brasileira. Após inúme- na rotina de trabalhos das prefei- e Normalização (CBCN) e relator
ras reuniões presenciais e virtuais, turas, distribuidoras de energia e do Grupo de Trabalho de Manejo
com técnicos e acadêmicos liga- concessionárias em geral, bem de Árvores e Florestas Urbanas,
dos às prefeituras, distribuidoras como pelos prestadores de servi- Comissão de Estudo Especial de
de energia elétrica, universidades, ços em arboricultura, o seu texto Manejo Florestal (ABNT/CEE-103)

Para ler este artigo na íntegra, acesso o site da Sbau: www.sbau.org.br

Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana 3


ARBORISTA EM DESTAQUE

Uma vida
dedicada à
arborização
do Recife
Formado pela Universidade cidade natal.
Federal Rural de Pernambuco, o Foi respon-
engenheiro agrônomo e mem- sável, duran-
bro da Sociedade Brasileira de te pelo menos 2

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Arborização Urbana (Sbau) des- anos, pela produção ui
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Ar
de 2003, Tadeu Viana de Pontes de mudas, plantio e fi- Fo
t o:

tem uma longa história dedicada tossanidade da antiga Divi-


à arborização urbana. Autodidata são de Sementeiras da Emlurb;
na área, Tadeu começou a “tomar criador e coordenador dos pro- é de onde vem a minha fonte de
gosto pela coisa”, como gosta de gramas de Adoção de Árvores e inspiração, é onde vejo o que é
dizer, após receber um convite de Podas Corretivas; e instrutor preciso fazer na prática.”
para trabalhar na Empresa de de cursos de poda para a Con- Alguns amigos costumam
Manutenção e Limpeza Urbana cessionária de Energia de Per- dizer carinhosamente que Ta-
(Emlurb) da Prefeitura do Reci- nambuco (Celpe), terceirizadas deu é um professor nato. Talvez
fe, em 1985. “Havia estagiado da prefeitura e Secretaria de este seja um dos motivos pelos
na prefeitura por dois anos num Obras do Estado do Acre. Tam- quais é convidado com freqüên-
projeto de implantação de hor- bém foi um dos articuladores do cia a palestrar em eventos que
tas comunitárias. Após me for- Plano Piloto de Ações de Mane- tem como foco a arborização
mar, recebi este convite porque jo de Arborização e Redes Elétri- urbana. Com seu filho Leonardo
me consideravam competente cas junto à Celpe e teve atuação Pontes, hoje com 18 anos, que
e nunca tive apadrinhamento de destaque junto ao Conselho sempre o ajudou a montar as
político. Daí em diante, comecei Regional de Engenharia e Agro- apresentações, Tadeu já partici-
a tomar gosto pela coisa da ar- nomia de Pernambuco (Crea- pou de eventos em diversas re-
borização e nunca mais sai da -PE), quando por dois mandatos giões do país, muitos ligados à
Emlurb”, conta. atuou como conselheiro titular Sbau. “Sempre digo que minha
No trabalho de campo pe- e coordenador da Comissão de maior sala de aula é a rua e que é
las ruas, nos livros e na troca de Meio Ambiente da instituição, preciso juntar o lado acadêmico
experiências com outros profis- levando ao interior de Pernam- com o prático. É preciso adaptar
sionais da área, tanto do Reci- buco eventos e seminários liga- as práticas e teorias à realidade
fe quanto de outras regiões do dos à área de arborização ur- local para fazer um bom traba-
país, passou a focar todo seu bana. “A capital pernambucana lho. O resultado é esse que tenho
potencial criativo no desenvol- é uma cidade muito arborizada, vivido há quase três décadas: a
vimento e na coordenação de mas há inúmeros problemas, política muda, mas meu trabalho
ações e projetos voltados à qua- pois não houve planejamento. dedicado à arborização da cida-
lificação da arborização de sua Na rua, observando as árvores, de permanece”, finaliza.

4 Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana


EVENTOS SBAU NORDESTE

Plantio de 3.000 mudas


marca realização do
Enau em nova data
O III Encontro Nordestino
De Arborização Urbana (Enau),
que aconteceria de 17 a 20 de
agosto, foi transferido para 12
a 15 de outubro. A nova data foi
confirmada na penúltima sema-
na de julho pela coordenação do
evento a fim de atender solici-
tação da Prefeitura de Campina
Grande, onde será realizado o
encontro. O Enau será incluso na
agenda oficial de comemoração
nezes, o Enau foi inserido na área da arborização urbana brasileira;
aos 150 Anos de Emancipação
ambiental da programação oficial dos ex-presidente da Sbau, José
Política da Cidade, comemora-
do município. O plantio de mudas, Ricardo Martins da Silva e Flávio
dos em 11 de outubro. Entre as
doadas pelos viveiros da UEPB, Barcelos de Oliveira; e de profis-
vantagens do adiamento da data
ocorrerá em vários pontos da ci- sionais como Bruno Vaz Diniz, di-
está o plantio de 3.000 mudas de
dade e envolverá escolas públicas retor de Projetos da UEPB; Ander-
árvores nativas na cidade.
e a sociedade. “O adiamento não son Leite Fontes, chefe da Divisão
Conforme o presidente da
prejudicará a realização do Enau. de Arborização da Prefeitura Mu-
comissão organizadora, o geren-
Pelo contrário, pois há mais tem- nicipal de João Pessoa; Maria
te do Programa de Arborização da
po para divulgar o encontro e am- Alice de Lourdes Bueno Sousa,
Universidade Estadual da Paraíba
pliar o número de participantes. da Universidade Estadual de São
(UEPB), Arnaldo Bezerra de Me-
Estes encontros visam divulgar Paulo, entre outras autoridades.
conhecimento e à troca de expe-
riências. Portanto, quanto maior
Foto: Sergio Melo

o número de pessoas atingidas e


sensibilizadas, melhor”, disse.
Com público esperado de Para acessar a programação
400 pessoas, o encontro terá completa e realizar inscrições,
intensa programação, com acesse o site www.3enau.com.
Workshop de Escalada em Árvo- Sócios em dia com a Sbau
res, mesas redondas e diversas têm desconto. Mais informações
palestras com autoridades na- podem ser obtidas pelo e-mail
cionais da área. Estão confirma- sbau.enau@gmail.com ou pelos
das as palestras do presidente da telefones (83) 8620-7186
Sociedade Brasileira de Arboriza- e 9960-1292.
ção Urbana (Sbau), André Puen-
te, que falará sobre a situação

Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana 5


SBAU ENTREVISTA

Brasil passa a contar


com 13 arboristas
certificados pela ISA
Reconhecer a capacidade denador do processo de Manejo
de profissionais que detêm os co- de Vegetação da Cemig, Pedro
nhecimentos necessários sobre Mendes Castro. Integrante do
práticas e cuidados com árvores Board of Directors e Component
para o correto manejo da arbori- Executive da ISA, ou seja, res-
zação urbana, promovendo com- ponsável por promover no Brasil
petências técnicas e incentivando as diretrizes organizacionais e os vores; trabalhadores de compa-
a permanente capacitação. Estes procedimentos relacionados aos nhias de serviços públicos (água,
são os principais objetivos da programas da entidade, Castro luz, esgotos); trabalhadores de
Certificação de Arborista da Inter- é também especialista em Sis- viveiros; instrutores de arboricul-
national Society of Arboriculture temas Elétricos (Utility Specialist tura e horticultura; trabalhadores
(ISA), uma prova de 200 questões – exame em 2008) e Avaliador de paisagismo; horticultores e
de múltipla escolha, em que os de Riscos de Árvores Qualificado consultores de extensão; profis-
candidatos têm três horas e 30 (exame realizado em 2013). sionais de arborização de mu-
minutos para testar seus conhe- nicípios; arboristas consultores;
cimentos em temas como ma- A quais profissionais profissionais de arborização de
nejo do solo e de risco, práticas administrações estaduais; e con-
é voltada a
de segurança no trabalho, poda, sultores de controle de pragas e
biologia e proteção das árvores,
certificação? Quais doenças de árvores.
diagnóstico e tratamento, entre os pré-requisitos O requisito de elegibilidade
outros. Em maio deste ano, foi exigidos? pode também ser satisfeito com
realizada em Porto Alegre mais dois anos de formação acadêmi-
uma prova de certificação. Dos O Conselho de Certificação ca em arboricultura e dois anos
três candidatos inscritos, dois da ISA requer que o candidato de experiência prática ou quatro
foram chancelados e passaram tenha no mínimo três anos de anos de formação acadêmica
a integrar o seleto hall de profis- tempo integral de experiência em em campo relacionado e um ano
sionais certificados pela entida- arboricultura. Experiência aceitá- de experiência prática. Se você é
de. Com a aprovação de Marcelo vel inclui o uso prático de conhe- trabalhador autônomo ou dono
Cocco Urtado, empresário paulis- cimento como poda, fertilização, de companhia própria, será soli-
ta do ramo da arboricultura, e do instalação e estabelecimento, citado que submeta três letras de
engenheiro florestal gaúcho, Ger- diagnóstico e tratamento de pro- referência com sua inscrição. Re-
son Luis Mainardi, o Brasil passa blemas de árvores, cabeamento ferências podem estar em forma-
a contar com 13 arboristas certi- e reforço, escalada e outros ser- to de cópias de notas fiscais, con-
ficados pela ISA. viços que se relacionam direta- tratos e/ou licença de negócios. É
Confira abaixo a entrevis- mente com arboricultura. Exem- preciso contatar a ISA para outras
ta de um dos mais conhecidos plos de fontes de experiência formas de verificação possíveis.
arboristas certificados do Brasil, incluem, mas não estão limitados Submetendo sua inscrição, você
o engenheiro agrônomo e coor- a empresas de cuidados com ár- autoriza a equipe de certificação

6 Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana


SBAU ENTREVISTA

técnicos, elaboração de material conhecimentos que adquiri por


educativo e de profissionaliza- meio da Certificação de Arborista
ção (livros, apostilas, revistas, e da participação nos programas
DVD, centro de educação on line, educacionais da ISA.
etc),   atuação político-institu-
cional junto a órgãos públicos e Que dicas daria
iniciativa privada, dentre outras
para profissionais
iniciativas.
A ISA oferece inúmeras
que querem buscar
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oportunidades de crescimento a Certificação de
Arborista?
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rq e desenvolvimento profissional,
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fundamentais para melhor ser-
virmos as comunidades onde Para aqueles profissionais
da ISA a contatar a referência de atuamos, além da possibilidade interessados em se certificar,
experiência prática listada em de intercâmbio com profissio- sugiro que se filiem à Sbau e à
sua inscrição para substanciar nais altamente capacitados de ISA, obtenham material de es-
sua elegibilidade. muitos países. É impressionan- tudo relacionado aos diversos
O Programa de Certificação te a quantidade de professores, domínios de conhecimento do
da ISA não discrimina, ao deter- doutores e outros pesquisadores exame e estudem bastante. A
minar a elegibilidade, em relação presentes nos encontros anu- recompensa virá na forma de
a raça, cor, religião, gênero, na- ais da ISA, além de profissionais aprimoramento profissional e
cionalidade, idade, deficiência ou que exercem em outros países as melhor preparo para enfrentar
outra característica protegida por mesmas atividades que realiza- as demandas que a vida profis-
lei. Importante frisar que, mais mos no Brasil. Portanto, a possi- sional apresenta diariamente.
que um certificado, a Certificação bilidade de troca de conhecimen- Ainda não temos nenhum pro-
requer que o profissional busque tos, experiências e de amizades fissional arborista certificado
conhecimento nas diferentes áre- é muito grande. Pessoalmente, Especialista em Árvores Munici-
as afetas à arboricultura, e essa confesso que meu envolvimento pais, e seria interessante que al-
busca permite seu crescimento e com a ISA me permitiu um apri- guns desses já certificados bus-
aprimoramento profissional.  moramento profissional enorme, cassem essa especialização, a
e que minha situação profissional fim de difundir mais as práticas
Por que se associar atual decorre, em boa parte, aos de gestão de árvores públicas.
à ISA?

A ISA é a maior organiza- Distribuição dos arboristas brasileiros


ção de arboricultura do mundo, certificados pela ISA
contando com mais de 20.000
sócios distribuídos em todos os
continentes. Sua missão é, “por Minas Gerais: 2
meio da pesquisa, da tecnologia
e da educação, promover a prá-
tica profissional de arboricultura
São Paulo: 8
e fomentar uma conscientização
mundial do benefício das árvo- Rio de Janeiro: 2
res”. Dela decorre todo o planeja-
mento de atividades e programas
para buscar o aperfeiçoamento Rio Grande do Sul: 1
profissional de seus associados,
através do Programa de Certi-
ficação, realização de eventos

Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana 7


EVENTOS SBAU SUDESTE

XVIII Cbau já

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tem 78 inscritos

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O XVIII Congresso Brasilei- des Castro, especialista em Arbo- nológica da educação ambiental e
ro de Arborização Urbana (Cbau), ricultura da Cemig; Paul Johnson, boas práticas. A sócia fundadora e
maior evento da Sociedade Bra- coordenador do Programa de Flo- primeira presidente da Sbau, Ma-
sileira de Arborização Urbana restas Urbanas e Comunitárias do ria do Carmo Sanchotene, tratará
(Sbau), já conta com 78 inscrições Serviço Florestal do Texas; e Cecil de indicadores de sustentabilidade
e 2 trabalhos científicos cadastra- Konijnendijk van den Bosch, pro- em serviços de arborização e áre-
dos. O encontro, que ocorrerá de fessor da Universidade de Cope- as verdes urbanas. Entre outras
8 a 12 de novembro, no Clube de nhagen e chefe do Departamento questões, abordará a importân-
Engenharia (Av. Rio Branco, 124) de Arquitetura, Planejamento e cia da tecnologia na prevenção do
do Rio de Janeiro, terá intensa Administração da Paisagem da verde urbano e da segurança do
programação, mini-cursos e Cam- Universidade Sueca de Ciências ambiente. No mini-curso do pes-
peonato de Escalada em Árvores Agrárias. No site, www.cbau2014. quisador científico e diretor téc-
com.br há descontos para sócios nico da Unidade Laboratorial em
(Cbea). A prova do Cbea ocorrerá
da Sbau e da Associação Profis- Pragas Urbanas do Instituto Bioló-
nos dias 8 e 9 de novembro, no
sional dos Engenheiros Florestais gico da Secretaria de Agricultura e
Parque Quinta da Boa Vista (Av.
do Estado do Rio de Janeiro (Ape- Abastecimento do Estado de São
Pedro II, sem número, no bairro
ferj), além de preços diferenciados Paulo, Francisco José Zorzenon, o
São Cristóvão).
para quem realizar a inscrição até grupo vai aprender o manejo das
O presidente do Cbau, enge-
o dia 30 de outubro. principais pragas da arborização
nheiro florestal Flávio Telles, des-
urbana, que são os cupins, as bro-
tacou que entre os especialistas
cas e as formigas.
nacionais e internacionais confir- Mini-cursos
mados o professor Demóstenes
Ferreira da Silva Filho, da Escola Três biólogos darão mini-cur-
Superior de Agricultura Luiz de sos no dia 8 de novembro. Marco
Queiroz da Universidade de São Aurélio Locateli Verdade, atual di-
Paulo; a arquiteta Eliane Guaraldo, retor técnico-científico da Sbau,
coordenadora do curso de Arquite- falará sobre a arborização urbana
tura e Urbanismo da Universidade como ferramenta de sensibiliza-
Federal do Mato Grosso do Sul; o ção e educação ambiental, com
engenheiro agrônomo Pedro Men- referenciais teóricos, história cro-

Programação
Pré-evento:
Campeonato de Escalada XVIII CBAU Assembléia SBAU
  Mini-cursos / Passeios técnicos
8 de nov 9 de nov 10 de nov 11 de nov 12 de nov
CBEA
CBEA Conferência/ Conferência/ Palestras/
MANHÃ Passeios
Mini-cursos Palestras Comunicação Oral Comunicação Oral
técnicos
Comunicação Oral/
Comunicação Oral/
CBEA Passeios Comunicação Oral/ Conferência magistral
TARDE Conferência/
Mini-cursos técnicos Palestras Fechamento XVIII
Assembléia SBAU CBAU
Abertura XVIII
NOITE Atividade cultural Atividade cultural Atividade cultural Atividade cultural
CBAU

8 Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana


ARTIGO

Circuito Cemig
de Arborização
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vo
al Urbana
Há cerca de 15 anos, a meio de boas práticas e de bons nidades educacionais e intercâm-
Companhia Energética de Minas profissionais da arboricultura, po- bio de conhecimento.
Gerais (Cemig) realiza eventos deremos aperfeiçoar a convivên- Buscamos também apre-
técnicos de manejo de arbori- cia entre esses dois serviços de sentar experiências e procedi-
zação urbana, como parte de utilidade pública: as árvores e as mentos de sucesso por parte das
seu programa de trabalho em redes de distribuição. administrações municipais, prin-
manejo de vegetação em siste- A evolução desses even- cipalmente aquelas de resultado
mas elétricos. O objetivo é dis- tos, inicialmente realizados em operacional de grande impacto
seminar e discutir boas práticas Belo Horizonte e com duração no trato das árvores e de custo
de planejamento, implantação e de dois a três dias, culminou acessível de implantação. Esse
manutenção de árvores urbanas em 2011 em um formato des- aspecto é de grande importân-
nos municípios de nossa área de centralizado e de carga horária cia, pois ressalta um aspecto da
concessão. O desenvolvimento mais reduzida, geralmente de arborização urbana muito difun-
de parcerias nesse campo de ati- oito horas. Essa adequação de- dido em nossa sociedade: o de
vidade é de extrema importância correu de demandas da equipe que não há recursos para bons
para os dois principais responsá- de Gestão Ambiental da Empre- trabalhos e para a condução de
veis por intervenções nas árvores sa. O novo formato se espelhou nosso patrimônio verde.
comunitárias: a administração em eventos largamente realiza- Entre 2011 e 2013, realiza-
municipal e a concessionária. dos nos Estados Unidos (Socie- mos 19 Circuitos, com a partici-
Além disso, ambos realizam es- ty of Municipal Arborists; Utility pação de cerca de 2.000 pessoas
sas intervenções para atender Arborist Association) e também e 90% de satisfação do público.
às necessidades da sociedade, no Fórum Gaúcho de Arboriza- Nos mantemos em permanente
representada simultaneamente ção Urbana. busca de melhorias de conteúdo
pelos cidadãos e consumidores. Outro norteador da estrutura e de formato do Circuito, a fim
As administrações munici- do evento está relacionado ao pu- de alcançarmos nossos objeti-
pais precisam saber que é tarefa blico preferencial. Apesar de ser vos educacionais, aprimorarmos
de difícil concretização a substi- um evento aberto à participação nossa profissão e a qualidade de
tuição de todas as redes aéreas de todos, procuramos incentivar o vida dos brasileiros desta e das
de distribuição de eletricidade maior envolvimento de técnicos e gerações que nos sucederão, e
por redes subterrâneas. Por outro outras categorias funcionais das de tornar o mundo um lugar me-
lado, as concessionárias devem administrações municipais, legal- lhor. Uma árvore de cada vez.
ter ciência que é inadmissível e mente responsáveis pelos cuida-
inviável a remoção de todas as dos com as árvores públicas. São Pedro Mendes Castro
árvores junto aos sistemas elétri- estes os profissionais que mais Engenheiro agrônomo e coorde-
cos. Diante dessa questão, temos demandam conhecimentos téc- nador do processo de Manejo de
a convicção de que, somente por nicos e o Circuito oferece oportu- Vegetação da Cemig.

Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana 9


ARTIGO

Novo registro estende a


distribuição da Schefflera
morototoni para Porto Alegre
Mais conhecida por caixeta rada por Brack (1998), revisada
no Rio Grande do Sul, por ter seu e modificada por Poester e Bra-
uso principal no passado asso- ck (2008), ambas não publi-
ciado à confecção de caixas, tam- cadas, esta também não
bém é chamada de pau-mandio- consta como ocorrente.
ca e morototó em outros estados A metodologia de
brasileiros e tem nomenclatura coleta apresenta fre-
científica atual de Schefflera mo- quência semanal em
rototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. expedições em áre-
& Frodin. Antes chamada Didymo- as de baixo impacto
panax morototoni, é uma espécie antrópico, sendo co-
arbórea pioneira comum na vege- mumente necessá-
tação secundária. Apresenta-se rios procedimentos de
com ampla distribuição geográfi- escalada (arborismo).
ca natural nas Américas Central e A descoberta do espéci-

e
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do Sul. No Rio Grande do Sul, sua me se deu durante uma das

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P

nd
ocorrência natural apresenta am- campanhas de coleta de se- to s:
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pla dispersão (Reitz, 1988). mentes com fins a manter Banco
Para o sul do Estado, se es- de Germoplasma, salvaguardan-
tende da Serra do Sudeste até do a perpetuação das caracterís- Aqui apresentamos regis-
Pelotas, onde parece ser neste ticas e capacidades adaptativas tro feito no dia 19 de dezembro
local o limite austral da espécie. destas populações nativas para de 2013 correspondente a um
Segundo bibliografia consulta- uso em futuras recuperações e exemplar de grande porte de
da, não há registro de ocorrên- recomposições de ambientes Schefflera morototoni, que foi
cia para Porto Alegre. Na lista degradados na Capital, assim observado e identificado em uma
de Espécies Arbóreas Nativas do como para arborização de logra- mata de formação secundária,
Município de Porto Alegre elabo- douros públicos. higrófila, localizada na zona sul
da cidade. O exemplar foi foto-
grafado e seus dados dendromé-
tricos registrados.

André Duarte Puente


Biólogo, gerente técnico do Vi-
veiro Municipal de Porto Alegre e
presidente da Sbau

Eduardo Delgado Olabarriaga


Biólogo do Banco de Sementes do
Viveiro Municipal de Porto Alegre

10 Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana


EVENTOS SBAU SUL

Porto Alegre sedia em


março Fórum Internacional
de Árvores de Risco
Autoridades nacionais e in-
Fotos: Cibele Carneiro

ternacionais em avaliação de ár-


vores de risco estarão reunidas
nos dia 23 e 24 de março, em
Porto Alegre, no Rio Grande do
Sul, para tratar de tema ampla-
mente discutido na Europa e nos
Estados Unidos. O 1º Fórum In-
ternacional de Avaliação de Árvo-
res de Risco, anteriormente pre-
visto para ocorrer em novembro
deste ano, visa ampliar o debate
nacional sobre o tema, qualificar
o manejo da arborização urbana
nas cidades brasileiras e reduzir
os riscos de acidentes.
Conforme o presidente da fomentar a troca de experiências nejo integrado de árvores, pal-
Sociedade Brasileira de Arboriza- com autoridades no assunto e meiras e áreas verdes). Também
ção Urbana (Sbau), biólogo André promover mini-curso para capa- está prevista a vinda do america-
Puente, Porto Alegre foi escolhida citar quem trabalha no manejo da no Mark Duntemann, considera-
como sede do evento em função arborização. A Prefeitura apoiou e do uma das maiores autoridades
de acidente ocorrido, em agosto incentivou a realização do encon- internacionais em avaliação de
de 2013, no parque mais tradicio- tro”, destacou. árvores de risco.
nal da cidade: a Redenção. À épo- Entre os palestrantes con-
ca, um eucalipto aparentemente firmados estão Sérgio Brazolin
saudável caiu em um dia de sol, (biólogo e chefe do Laboratório Inscrições
causando a morte de um juiz de Árvores, Madeiras e Móveis As inscrições devem ser
e ferimentos graves em outras (LAMM) do IPT); Pedro Mendes feitas pelo e-mail avaliacaode-
duas pessoas. Após o incidente, Castro (engenheiro agrônomo risco@gmail.com. É necessário
a Prefeitura contratou o Institu- e coordenador do processo de enviar nome completo, CPF, RG,
to de Pesquisas Tecnológicas de Manejo de Vegetação da Cemig); telefone de contato, cidade, Esta-
São Paulo (IPT) para avaliar in- Francisco José Zorzenon (biólo- do e país, comprovante de depó-
ternamente 150 árvores de idade go e diretor técnico da Unidade sito bancário (Caixa Econômica
avançada e grande porte, loca- Laboratorial de Referência em Federal - AG 1592 - C/C 1084-4)
lizadas em áreas com alto fluxo Pragas Urbanas da Secretaria de e comprovante de matrícula (para
de pedestres. “Procuramos o se- Agricultura e Abastecimento do estudantes). Os descontos para
cretário municipal de Meio Am- Estado de São Paulo); e Joaquim integrantes da Sbau só são vá-
biente, Claudio Dilda, para sugerir Teotonio Cavalcanti (engenheiro lidos para sócios com anuidade
a realização do Fórum, a fim de agrônomo especializado em ma- em dia.

Informativo quadrimestral da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana 11


ARTIGO

O Direito Ambiental
e a tutela das áreas
s so
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verdes urbanas
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O Direito Ambiental carac- do de forma efetiva no que se sáveis pela administração do


teriza-se como a ciência que refere às áreas verdes urbanas, espaço público da cidade - bem
estuda as questões ambientais considerando que estas são in- como pelas pessoas físicas e
e suas relações com o homem, dispensáveis para a qualidade jurídicas do setor privado – que
objetivando a proteção do meio de vida coletiva, por seu papel também são responsáveis pela
ambiente para a melhoria da notadamente ecológico, social defesa e preservação do meio
qualidade de vida dos indivídu- e econômico. Nos centros ur- ambiente ecologicamente equili-
os. No Brasil, esta é uma disci- banos brasileiros, a degradação brado, no real interesse das pre-
plina relativamente recente se ambiental assume proporções sentes e futuras gerações, con-
comparada há outros ramos preocupantes em virtude da su- forme estabelece o artigo 225 da
do Direito. Contudo, obteve-se pressão descontrolada das áre- Constituição Federal.
maior destaque com a Políti- as verdes, ocasionando danos A partir disso, destaca-se a
ca Nacional do Meio Ambiente contra a saúde, a segurança, o necessidade de haver um maior
(Lei Federal n. 6.938/1981) e a sossego, o lazer, a cultura e o e melhor direcionamento dos
Constituição Federal de 1988 e, bem-estar da população. estudos do Direito Ambiental e
assim, passou a ter maior apli- Deste modo, as violações da legislação para a arborização
cabilidade no direito pátrio. dos direitos fundamentais do ser urbana, a fim de garantir e me-
A disciplina abrange, entre humano, em relação à degrada- lhorar a vida nas cidades, bem
outras questões, a proteção da ção do meio ambiente em espa- como proteger o meio ambiente
flora – a qual sempre foi tute- ços urbanos, carecem por solu- como um todo.
lada por normas de distintas ções urgentes e efetivas tanto
formas como, por exemplo, leis por parte das pessoas jurídicas Rodrigo Birkhan Puente 
e resoluções. Entretanto, o Di- de direito público – em especial Especialista em Direito Ambiental
reito Ambiental não vem atuan- os municípios, que são respon- e Assessor Jurídico da Sbau

REMETENTE: SOCIEDADE BRASILEIRA DE ARBORIZAÇÃO URBANA


RUA ARTIGAS 379 / AP 12, BAIRRO PETRÓPOLIS - PORTO ALEGRE / RS - CEP: 90670-120

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