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Treinamento

Módulo I
Conceitos de Telefonia

Digivoice Tecnologia em Eletrônica Ltda

1
• Sumário
Telefonia Convencional........................................................................................................................3
Internet..................................................................................................................................................5
VoIP......................................................................................................................................................6
Telefonia IP...........................................................................................................................................6
Call Progress.........................................................................................................................................8
Características dos tons....................................................................................................................9
Call Progress com placas Digivoice..............................................................................................10
O parâmetro BusySensibility.........................................................................................................11
O parâmetro Silence Threshold......................................................................................................11
Depurando......................................................................................................................................12
Eco ....................................................................................................................................................14
Eco uma breve descrição...............................................................................................................14
O Eco e a Telefonia........................................................................................................................14
A percepção do Eco ......................................................................................................................14
Cancelamento de Eco utilizando placas Digivoice........................................................................16
Treinamento do Cancelador de Eco ..............................................................................................17
CoDecs...........................................................................................................................................18
Eco – Analise e Solução.................................................................................................................19
R2 MFC..............................................................................................................................................19
MFC...............................................................................................................................................20
Grupo I e Grupo II....................................................................................................................21
Grupo A e Grupo B...................................................................................................................21
R2...................................................................................................................................................24
Log de Sinalização E1...............................................................................................................26
Exercício de Aprendizado:.............................................................................................................27
Sincronismo .......................................................................................................................................29
Sincronismo utilizando placas Digivoice......................................................................................29
Aterramento...................................................................................................................................30
Alarmes E1....................................................................................................................................30
Implantação de Sistemas E1..........................................................................................................31

2
Telefonia Convencional

Em meados de 1870, o telefone foi inventado com o objetivo de permitir duas pessoas
falarem à distância.

O Inventor do Telefone
Antonio Santi Giuseppe Meucci (Florença, 13 de abril de 1808 — Nova Iorque, 18 de
outubro de 1889).
Em 1856 Meucci construiu um telefone eletromagnético, denominado por ele como
"teletrofono", para conectar seu escritório com seu quarto localizado no segundo andar,
por causa do reumatismo da sua esposa.
Porém, devido a dificuldades financeiras, Meucci apenas conseguiu pagar a patente
provisória de sua invenção. Acabou vendendo o protótipo do telefone a Alexander Graham
Bell, que em 1876 patenteou a invenção como sua. Meucci o processou, mas acabou
falecendo durante o julgamento e o caso foi encerrado.
Assim, Bell foi considerado durante muitos anos como inventor do telefone, mas o
trabalho de Meucci foi reconhecido postumamente em 11 de junho de 2002 quando o
Congresso dos Estados Unidos aprovou a resolução No. 269 na qual se reconheceu que
o inventor do telefone foi, na realidade, Meucci e não Alexander Graham Bell.

Comutação por Circuito


A característica principal da forma de conexão é a alocação de um circuito que
permanece ocupado durante toda a chamada.
Temos como característica padrão da telefonia que um assinante originador de uma
chamada, conhecido também como assinante A, detém o circuito, ou seja, a chamada
somente é desfeita caso o assinante A desconecte. Este assinante é tarifado por padrão.
Em chamadas a cobrar é transferido ao assinante B (receptor da chamada) os privilégios
concedidos ao assinante A.

A B
Figura 1

3
Rede Síncrona
A rede de telefonia é altamente síncrona (não exige retransmissões e tem alta qualidade).
A voz, tanto em circuitos analógicos como digitais, sofre pouco atraso na sua transmissão
(exceção feita em transmissões via satélite cujas distâncias são altas aumentando o
tempo de propagação do sinal).
Há um padrão de qualidade de voz que permite além de voz, boa transmissão de dados
modulados por modem ou fax.

Plano de Numeração Padronizado


Há um plano de numeração padronizado no mundo todo:

Código do País + Código de Área + Número

Rotas Alternativas
O encaminhamento de chamadas sempre tem rotas principais e alternativas para atingir o
destino (rota não muda durante a chamada).

Figura 2

Redundância
Todas as centrais de comutação tem redundância nas fontes de energia e em seus
processadores.

127v 48 v
Figura 3

4
Internet

Projeto Militar
Desenvolvida para fins militares na década de 60/70 (ARPANET) como um conglomerado
de redes de computadores distribuídos que se comunicam por um protocolo comum –
Protocolo de Internet (IP).

Comutação por pacotes


A característica da forma de conexão é a transmissão por pacotes, que permitem o uso do
meio por mais de uma conexão ao mesmo tempo.

Figura 4

Retransmissão
Por ser uma transmissão por pacotes, a rede é assíncrona e permite retransmissão de
pacotes podendo operar em redes de baixa qualidade.

Rotas Alternativas
O encaminhamento de conexões tem rotas principais e alternativas, e permite mais de um
caminho para os pacotes em uma mesma conexão (isto exige análise de cada pacote
portanto mais processamento e mais atraso).

Figura 5

5
Compactação de Dados
Por ser uma rede 100% digital para aumentar o volume e dados (pacotes) num mesmo
meio é possível compactar os dados transmitidos economizando banda por conexão.

VoIP

Voice Over Internet Protocol, ou Voz sobre IP, trata-se da transmissão da voz utilizando
como meio a rede de dados disponível, por exemplo a Internet.
Com a utilização do VoIP passamos a ter vantagens como redução de custos com
ligação, mobilidade, padronização e também agregamos serviços como imagem, dados
etc.
Um dos maiores desafios é a união do VoIP com os serviços de telefonia, devido as
diferenças entre os meios de propagação dos sinais utilizados na rede de telefonia
convencional e internet como demonstrado na figura 6.
A rede da telefonia convencional utiliza uma rede síncrona, possui pouco atraso e tem alta
qualidade , enquanto a rede de dados utiliza uma rede assíncrona, transmitindo dados por
pacotes o que causa “picotes” no áudio, possui atraso na entrega destes pacotes
podendo desta forma causar eco, e por fim uma conexão de voz com qualidade depende
principalmente da qualidade da banda de dados utilizada.

Figura 6

Telefonia IP

É muito comum o VoIP ser confundido com Telefonia IP.


VoIP é a transmissão da voz em protocolos IP, enquanto Telefonia IP consiste no
fornecimento de serviços de telefonia utilizando a rede IP para o estabelecimento de
chamadas e comunicação de Voz.

6
São implementados protocolos de sinalização de chamadas e transporte de voz que
permitem a comunicação com a qualidade fornecida pela telefonia convencional. Dentre
estes protocolos podemos destacar o SIP.
A Telefonia IP tem como objetivo prover uma forma alternativa aos sistemas existentes, e
para tal deve, no mínimo, manter as mesmas funcionalidades e qualidade similar a
Telefonia Convencional.
Para que seja possível uma comunicação de forma inteligível e interativa são necessários
no mínimo:
• Transmissão de Voz em tempo real com latência (atraso) inferior a 100 ms;
• Existência de Procedimentos de Sinalização, protocolos, para o estabelecimento e
controle de chamadas, e para o fornecimento de serviços adicionais (conferência,
chamada em espera, identificador de chamadas, etc.);
• Existência de Interfaces com os sistemas públicos de telefonia comutada e móvel;

Na figura 7 temos um exemplo de interligação de duas centrais PBX-IP utilizando como


meio de interconexão a Internet, sendo possível que interajam diretamente realizando
chamadas de ramais da Sede1 para a Sede 2 sem necessidade de operadoras para que
seja feita a conexão, assim como também podem utilizar operadoras VoIP e PSTN para
realizar chamadas externas.

Figura 7

7
Call Progress

Call Progress é um termo genérico utilizado quando se usa placas conectadas à TDM,
para acompanhamento de várias etapas de uma chamada.

O acompanhamento do Call Progress depende da presença de tons, percepção de


atendimento, presença ou ausência de áudio.

• Tom de linha, também conhecido como Tom de discar (linha ou ramal), um sinal
senoidal contínuo de 425 Hz (ANATEL), que serve para informar ao usuário para
iniciar a discagem.
• Tom de ocupado, sinal senoidal intermitente de 425 Hz (ANATEL), com duração de
250ms e interrupção de 250ms sucessivamente. Informa ao usuário que originou a
ligação que o telefone do usuário para o qual a ligação se destina está ocupado.
• Tom de controle de chamada, sinal senoidal intermitente de 425Hz (ANATEL), com
duração de 1s e interrupção de 4s sucessivamente. Informa ao usuário que
originou a ligação, que o telefone do usuário para o qual a ligação foi direcionada
esta "tocando".
• Tom de FAX, tons gerados por aparelhos de transmissão de fax-símile que podem
ser compostos de freqüências determinadas e modulação de dados em áudio.
• Atendimento, evento gerado para informar ao sistema que a chamada foi
completada com sucesso.
• Silêncio, ausência de tons e/ou áudio.
• Áudio, presença de sinais dentro do espectro audível (som).

Para cada fase de uma chamada, o Call Progress pode ter demandas diferentes:
• Antes de discar:
Obtém-se um tom de linha e/ou ramal para ser possível que o usuário disque. Caso não
seja possível obter este tom não será possível que seja realizada uma ligação para a
PSTN. Em algumas centrais PABX é possível discar sem a presença do tom de linha.
• Após a discagem:
Podemos receber Tons de Controle de Chamada, Ocupado ou Atendimento, onde o
usuário poderá determinar qual ação tomará nestes casos. Em caso de Tom de Controle
de Chamada o usuário poderá aguardar um determinado número de toques até desistir de
aguardar, em caso de Ocupado o usuário desconecta a chamada iniciada e pode retornar
mais tarde, e em caso de atendimento prosseguir com a chamada.
• Após o atendimento:
Receber Tom de Ocupado ou Fax.

8
Fases de uma Chamada de saída:
1. Tomar a linha
2. Aguardar tom de discagem
3. Discar
4. Aguardar tons de chamando, ocupado ou atendimento
5. Conversação (em caso de atendimento)
6. Desligamento

Fases de uma Chamada de Entrada:


1. Recebe Ring
2. Atende
3. Conversação
4. Detecta Ocupado ou FAX
5. Desliga

Características dos tons

• Frequências
Definição: A medida do tempo em que ocorre um evento periódico. No caso da eletrônica
e das telecomunicações, refere-se ao tempo que um sinal demora a completar um ciclo
de 360°. A frequência é medida em hertz (Hz), em que 1 Hz é igual a uma ocorrência (ou
ciclo) por segundo.

As frequências de tom utilizadas pela PSTN no Brasil estão definidas por padrão em
425Hz, porém estas frequências podem ser diferentes em ramais de PABX, na figura 8
temos um exemplo destas frequências.

425Hz

640Hz + 480Hz

Figura 8

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• Cadencia
Determina o intervalo entre a presença e a ausência de tons, a figura 9 mostra uma
cadencia de um tom de ocupado com intervalos de 250ms.

250ms 250ms
Tom Silêncio

Figura 9

As cadências de tons utilizadas pela PSTN são padronizadas e definidas pela ANATEL.
Os fabricantes de PABX e outros dispositivos destinados à telefonia obedecem estes
padrões quando devem conectar-se à rede pública PSTN, porém não são obrigados a
seguir estas normas ao fornecerem dispositivos internos, como ramais, portanto as
cadências de tons encontradas em ramais podem diferir das encontradas nas linhas
telefônicas fornecidas pela PSTN. Na figura 10 temos um exemplo destas diferenças:

Figura 10

Call Progress com placas Digivoice

Quando utiliza-se placas Digivoice podemos caso necessário adequar o hadware à linha
telefônica fornecida pela PSTN ou ao ramal do PABX, dependendo do tipo de aplicação.
Estes ajustes devem ser feitos em um arquivo, chamado cp_default. que é previamente
instalado na pasta var/lib/voicerlib/firmware.

Neste arquivo, cp_default, estão definidos os valores mínimos e máximos das cadências

10
dos tons em cada fase da chamada (antes de discar, após discar, após atender), assim
como estão definidas as frequências que compõe cada tom (ocupado, controle de
chamada, linha, fax).

O parâmetro BusySensibility

Temos algumas situações em que ocorrem queda da ligação, durante a conversação, pela
detecção de tons de ocupado gerados a partir da voz. Este fenômeno ocorre porque no
espectro da voz (20Hz à 20.000Hz), esta presente a frequência utilizada como tom de
ocupado e também a cadência de tom de ocupado. Neste caso devemos primeiro ter
certeza que a queda esta ocorrendo devido a presença de tom de ocupado na
conversação e não causada por defeitos provenientes de hardware e/ou linha telefônica.
Uma vez detectada a causa da queda de ligação e comprovado que esta ocorre devido ao
exposto no parágrafo acima pode-se reduzir então a sensibilidade de detecção de tons de
ocupado no hardware. Quanto maior o valor atribuído ao parâmetro BusySensibility,
menor a chance de que o hardware detecte o tom de ocupado.
Devemos atentar para o fato de que caso este valor seja muito alto o hardware poderá
não mais detectar o tom de ocupado, causando um efeito colateral que será o de linhas
presas, pois não será possível que o hardware perceba o desligamento da chamada.

O parâmetro Silence Threshold

Este parâmetro, também conhecido como Limiar de Silêncio, é utilizado para que o
hardware, placas Digivoice, possa perceber as diferenças entre a presença de tom ou
áudio e o silêncio, desta forma podendo diferenciar entre os tipos de tons envolvidos em
uma ligação e o atendimento.
Este parâmetro pode ser configurado no arquivo digivoice.conf, que encontra-se na pasta
/etc/asterisk.
Na figura 11 podemos observar que o áudio ultrapassa a linha tracejada que define o
Limiar de Silêncio, desta forma sendo possível que o hardware perceba as diferenças e
as trate adequadamente.

Figura 11

11
Na figura 12 tem-se um exemplo de ajustes incorretos feitos no parâmetro Silence
Threshold, onde pode-se observar que o áudio encontra-se muito acima do limiar de
silêncio, ou que o limiar de silêncio encontra-se ajustado muito acima do áudio. Não
sendo possível que o hardware perceba as diferenças entre áudio e silêncio.

Limiar baixo
ex: -40dB

Limiar alto
ex: -15dB

Figura 12

Depurando

Quando utilizamos placas Digivoice podemos depurar os sinais recebidos nesta placas,
como se os tons estão na frequência e cadências corretas e se o áudio esta com
intensidade suficiente, baixo ou saturado. Ao instalarmos o driver da placa, VoicerLib, é
instalado também um aplicativo chamado vlib_diag, este aplicativo esta disponível para os
sistemas operacionais Windows e Linux.
Com o vlib_diag pode-se diagnosticar se os sinais (áudio ou tons) que as placas Digivoice
estão recebendo estão corretos, é possível testar as funcionalidades da placa, como gerar
ligações, gravar ligações, detectar tons ( DTMF, ocupado, chamando, etc).

Para diagnosticarmos se um tom fornecido pela PSTN ou por um ramal de um PABX esta
de acordo com o Call Progress configurado na placa Digivoice podemos atender ou gerar
uma ligação e gravar o tom, o aplicativo vlib_diag gera um arquivo de áudio que pode ser
depurado com o auxílio de um aplicativo editor de áudio como o Audacity.

Para depurarmos a cadência devemos selecionar a área de áudio e medir seu


comprimento em segundos, e depois selecionar a área de silêncio e medir seu
comprimento, de posse destes dois valores temos a cadência. Na figura 13 tem-se um
exemplo da medição de um intervalo de áudio.

12
Figura 13

Na figura 14 é possível determinar a frequência deste tom utilizando o recurso de Analise


de Espectro disponível no Audacity.

Figura 14

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Eco

Eco uma breve descrição

O ser humano detecta dois sons que estejam separados por 0,1 segundos, ou seja, para
a velocidade do som no ar (340 m/s), esse tempo representa 34 metros. Assim, se o
obstáculo estiver a menos de 17 metros não detectamos a diferença entre o som que
emitimos e o som que recebemos, e desse modo, o eco não acontece apesar da onda ter
sido refletida.
Em processamento de sinal de áudio e acústica, um eco é uma reflexão de som que
chega ao ouvinte pouco tempo depois do som direto. Exemplos típicos é o eco produzido
no fundo de uma escadaria, por um edifício, ou em uma sala, pelas paredes. Um eco
verdadeiro é uma única reflexão da fonte de som.
A intensidade de um eco é frequentemente medida em dB com relação à onda transmitida
diretamente.
Ecos podem ser desejáveis (como no radar ou sonar) ou indesejáveis (como nos sistemas
telefônicos).

O Eco e a Telefonia

O Eco é um problema antigo em telecomunicações, especialmente grave em


comunicações via satélite e redes digitais devido ao grande atraso envolvido nestes tipos
de serviços. Passou a ser mais percebido com o uso da Telefonia IP.
Quando tratamos de telefonia devemos ter em mente que sempre há o retorno do áudio
enviado, devido as características dos sistemas telefônicos, como visto na figura 15.

Figura 15

A percepção do Eco

A percepção do eco esta diretamente ligada a dois fatores, a intensidade do áudio que
poderá provocar um retorno do áudio com uma amplitude elevada tornando-o perceptível
e ao atraso com o qual este retorno chega à origem.

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Temos diferentes tipos de atrasos envolvidos nas diversas redes utilizadas atualmente em
telecomunicações, na figura 16 pode-se observar estas diferenças entre as redes de voz
e de dados.

Figura 16

Podemos ter como relação entre os atrasos que podem nos causar a percepção de eco
valores acima de 50ms de atraso, em um sentido, ou seja, o atraso do sinal enviado ao
destino. Desta forma quando estivermos recebendo o sinal de retorno teremos um atraso
de 100ms (0,1 segundo), suficiente para que possamos perceber o eco. Porém caso a
intensidade deste eco não seja muito alta, podemos conviver com ele desde que o seu
intervalo não supere os 200ms (ou 100ms em um único sentido), a figura 17 ilustra estes
intervalos onde de 0 a 50ms não temos a percepção do eco, limites entre 50ms e 100ms
são considerados como sendo toleráveis e atrasos superiores a 100ms são inaceitáveis.

Figura 16

15
Na figura 17 temos uma representação de uma rede de telefonia pública PSTN. Nesta
configuração temos atrasos que podem variar entre 0 a 30ms dependendo da quantidade
de entidades envolvidas para completar um circuito entre o assinante que origina a
chamada e o que a recebe.

Figura 17

Na figura 18 temos a representação de uma rede de telefonia IP. Nesta configuração


temos além dos atrasos envolvidos na rede de telefonia pública também os atrasos
relativos a rede de dados.

Figura 18

Cancelamento de Eco utilizando placas Digivoice

O cancelamento de eco que as placas Digivoice proporcionam somente tem efeito para o
lado da TDM, não tendo qualquer influência para a rede de dados interna do sistema de
telefonia IP.
As placas Digivoice podem ter seu cancelamento de eco ajustados para até 64ms (512
Taps), e estes ajustes devem ser feitos no arquivo digivoice.conf.

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Os ajustes disponíveis são:
• 4ms (32 Taps)
• 8ms (64 Taps)
• 16ms (128 Taps)
• 32ms (256 Taps)
• 64ms (512 Taps)

Treinamento do Cancelador de Eco

Outra característica muito importante existente nas placas Digivoice é o Treinamento do


Cancelador de Eco. Este treinamento permite que uma ligação que seja estabelecida não
apresente o eco, pois o hardware estará ajustado exatamente para o atraso do retorno do
áudio. Caso não existisse este treinamento a ligação seria estabelecida com eco e
durante a conversação o eco seria eliminado gradativamente.
Para que o treinamento ocorra sem problemas devemos tomar alguns cuidados durante o
estabelecimento da chamada telefônica.

• Como o áudio de uma chamada demora para ser estabelecido no circuito de


telefonia, deve-se iniciar o treinamento somente quando houver o circuito de áudio,
portanto existe um parâmetro de configuração em ms (milisegundos) para
determinar quando o treinamento deverá ocorrer.
• Para que o treinamento seja feito sucesso o mesmo deve ocorrer durante o
silêncio, ou seja no início da chamada, com o áudio entre os terminais estabelecido
e sem que haja conversação ou qualquer tipo de áudio presente.
• O tempo de treinamento, responsável por identificar a latência existente entre os
terminais, deve ser inferior ao Cancelador de Eco ajustado para a placa Digivoice,
ou seja caso a latência da rede seja da ordem de 14ms somente terão efeitos
canceladores acima de 16ms (128 Taps).

A figura 19 representa os tempos envolvidos no processo de treinamento do cancelador


de eco.

Figura 19

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Várias são as fontes de atraso de sinais em telefonia, abaixo citamos algumas:
• PSTN
• Internet/VPN/WAN
• Routers/Switches
• Gateways
• CODECs
• Transcodificação de CODECs
• IP Phones
• Soft Phones

CoDecs

Existe uma certa confusão entre codec de áudio e compressão de áudio, desta forma
temos abaixo as definições entre estes conceitos.
CoDec é o acrônimo de Codificador/Decodificador, dispositivo de hardware ou software
que codifica/decodifica sinais.
A Compressão de áudio ou Compressão sonora é o artefato utilizado para diminuir as
exigências intrínsecas à transmissão (largura de banda) ou armazenamento (espaço
físico) do som.

Em Telefonia IP, a escolha de um codec depende principalmente com a largura de banda


e latências envolvidas.
Na tabela da figura 20 temos as características de alguns codecs mais utilizados em
telefonia.

Figura 20

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Um codec do tipo G.711 possui como característica, quando transmitido por uma rede IP
utilizando um protocolo como o SIP, ocupar uma largura de banda de aproximadamente
100kbps em uma ligação, e também possuir baixa latência. Desta forma podemos concluir
que este codec pode ser utilizado sem problemas em uma rede LAN (normalmente
10/100Mbps), porém seu uso é inadequado para redes WAN.
Como as redes WAN possuem uma largura de banda muito inferiores a das redes LAN, é
recomendado o uso de codecs como o G.729, pois possui menor taxa de ocupação (em
torno de 40kbps com protocolo SIP), uma qualidade da áudio inferior ao G.711, porém
dentro das especificações exigidas em telecomunicações. Devemos atentar para o fato
deste codec possuir uma latência em torno de 10ms o que pode, dependendo da
qualidade da rede ocasionar eco.

Eco – Analise e Solução

• Conhecer a aplicação;
• Identificar possível origem de Eco, que pode estar desde a PSTN, passando pela
rede LAN até o terminal de telefone usado (aparelho IP);
• Configurar cancelamento de eco de acordo com necessidade e capacidade do
hardware;
• Testar ligações locais/interurbanas;
• Ajustar TX e RX Gain para diminuir retorno, testar;
• Ajustar tempo para treinamento, testar;

R2 MFC

A sinalização de troncos E1 mais comum no Brasil é o R2 MFC. Esta sinalização é


chamada de CAS (Channel Associated Signaling) pois o MFC está vinculado aos canais
de áudio, como veremos a seguir.

O R2 MFC está dividido em duas sinalizações distintas o R2 que é a sinalização de linha


e o MFC que é a sinalização de registro.

A sinalização de linha (R2) é responsável pela informação do estado da linha (livre,


bloqueada, chamando) e a sinalização de registro (MFC) é a informação de origem e
destino da chamada (número de A, número de B).

O R2 sempre está presente somente no canal 16 do E1(32 canais) e o MFC está


associado ao canal de áudio da ligação.

E1 é um sistema TDM (Time Division Multiplex) projetado para comportar 32 canais de 64


kbps, desta forma:

32 * 64k = 2048 kbps ou 2Mbps

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Dos 32 canais são utilizados um canal para sincronismo (canal 0), um canal para
sinalização (canal 16) e trinta canais para voz/dados (canais 1-15 e 17-31).

MFC

Os sinais multifrequenciais são divididos em sinais PARA FRENTE ( de A para B) e sinais


PARA TRÁS (de B para A).

MFC quer dizer Multifrequencial Compelida, pois a sinalização depende de uma


sequência pré-estabelecida:

1. É enviado um sinal MFC de A para B, chamado de sinal para a frente.

A B
A B
2. Quando B reconhece o sinal MFC enviado por A devolve um outro sinal MFC para ª

A B
A B
3. Quando A reconhece o sinal MFC enviado por B cancela o envio do sinal para a
frente.

A B
A B
4. B reconhece que houve a interrupção do envio do sinal para a frente e em seguida
interrompe o envio do sinal para trás.

A B
A B
Em algumas situações esta sequência pode ser interrompida após uma temporização e
envio de sinais pulsados.

20
Os sinais MFC estão divididos em dois grupos de sinais para frente Grupo I e Grupo II e
dois grupos de sinais para trás Grupo A e Grupo B.

Grupo I e Grupo II

Os grupos I e II são responsáveis pelos sinais para frente, e são compostos por 15 MFC
distintos, que possuem diferentes significados que podem ser vistos na tabela 1 da figura
21 e tabela 2 da figura 22.

Os sinais para frente do Grupo I definem principalmente os Dígitos enviados.


MFC Nome Significado
1-15 I-i Dígito i

Os sinais para frente do Grupo II definem a Categoria do assinante chamador.


MFC Nome Significado
1-15 II-i Categoria

Grupo A e Grupo B

Os grupos A e B são responsáveis pelos sinais para trás, também são compostos por 15
MFC distintos, que possuem diferentes significados que podem ser vistos na tabela 3 e
tabela 4 nas figuras 23 e 24 respectivamente.

Os sinais para trás do Grupo A representam o reconhecimento/solicitação do recebimento


do sinal para frente.
MFC Nome Significado
1-15 A-i Ack

Os sinais para trás do Grupo B representam o estado do chamado.


MFC Nome Significado
1-15 B-i Estado do Chamado

21
Tabela 1

Figura 21

Tabela 2

Figura 22

22
Tabela 3

Figura 23

Tabela 4

Figura 24

23
R2

A sinalização de linha R2 é composta pela variação de dois bits e seu significado depende
da direção e do estado da chamada.

Os bits de sinalização R2 são denominados ABCD. Os bits C e D são fixos variando


somente os bits A e B. No Brasil o mais comum é que C e D sejam 0 e 1 respectivamente.

São possíveis portanto quatro combinações destes bits:


0001
0101
1001
1101

Como existem mais de quatro variações de estados de R2 possíveis as combinações


dependem da interpretação do estado anterior, ou seja, como exemplo um canal sinaliza
atendimento pois obrigatoriamente seu estado anterior é o de confirmação de ocupação,
um canal confirma ocupação somente se seu estado anterior é de livre.
Na figura 25 temos os possíveis estados de R2.

Figura 25

Abaixo temos um exemplo de um Log de Sinalização E1-R2 que foi gerado a partir de um
sistema de telefonia IP Asterisk, plataforma Meucci – Digivoice.
Utilizando placas Digivoice e a plataforma Asterisk – Meucci é possível obter-se o log de
sinalização E1-R2 a partir do console do Asterisk (CLI>) digitando o comando:

24
dgv log r2 on

Os arquivos de log gerados estão disponíveis na pasta /var/log/voicerlib/ e estão


dispostos como debug-<ch> (onde ch é o número do canal).

A figura 26 demonstra o ambiente utilizado.

O sistema PBX-IP Meucci recebe uma ligação proveniente da PSTN para um ramal DDR,
é discado pelo assinante A (PSTN) o número 21911000. O assinante A possui seu
identificador (número de telefone) respectivamente 21916363.

O PBX-IP Meucci recebe da PSTN a MCDU (Milhar, Centena, Dezena, Unidade) que será
tratado pelo PBX-IP como um número DDR a ser encaminhado ao ramal 1000.

Figura 26

25
Log de Sinalização E1

meucci:/var/log/voicerlib # cat debug-1


<12:08:24.60642> R2(rx): <<-....1 (Ocupação)
<12:08:24.60664> R2(tx): ->>..................d (Conf. Ocupação)
<12:08:24.60717> MF(rx): <<-......1 I-1 (Algarismo 1) (MCDU 1)
<12:08:24.60718> MF(tx): ->>............1 A-1 (Enviar próximo)
<12:08:24.60845> MF(rx): <<-......a I-10 (Algarismo 0) (MCDU 10)
<12:08:24.60846> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar categoria)
<12:08:24.60973> MF(rx): <<-......1 II-1 (Assinante comum)
<12:08:24.60974> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:24.61099> MF(rx): <<-......1 I-1 (Algarismo 1) (1)
<12:08:24.61100> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:24.61229> MF(rx): <<-......1 I-1 (Algarismo 1) (11)
<12:08:24.61230> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:25.61357> MF(rx): <<-......2 I-2 (Algarismo 2) (112)
<12:08:25.61358> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:25.61493> MF(rx): <<-......1 I-1 (Algarismo 1) (1121)
<12:08:25.61493> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:25.61613> MF(rx): <<-......9 I-9 (Algarismo 9) (11219)
<12:08:25.61613> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:25.61741> MF(rx): <<-......1 I-1 (Algarismo 1) (112191)
<12:08:25.61741> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:25.61877> MF(rx): <<-......6 I-6 (Algarismo 6) (1121916)
<12:08:25.61877> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:25.61997> MF(rx): <<-......3 I-3 (Algarismo 3) (11219163)
<12:08:25.61997> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:25.62133> MF(rx): <<-......6 I-6 (Algarismo 6) (112191636)
<12:08:25.62133> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:25.62253> MF(rx): <<-......3 I-3 (Algarismo 3) (1121916363)
<12:08:25.62253> MF(tx): ->>............5 A-5 (Enviar identidade)
<12:08:26.62381> MF(rx): <<-......f I-15 (Fim de numero)
<12:08:26.62381> MF(tx): ->>............1 A-1 (Enviar próximo)
<12:08:26.62485> MF(rx): <<-......a I-10 (Algarismo 0) (MCDU 100)
<12:08:26.62485> MF(tx): ->>............1 A-1 (Enviar próximo)
<12:08:26.62613> MF(rx): <<-......a I-10 (Algarismo 0) (MCDU 1000)
<12:08:26.62613> MF(tx): ->>............3 A-3 (Prep. para Grupo B)
<12:08:26.62741> MF(rx): <<-......1 II-1 (Assinante comum)
<12:08:26.62741> MF(tx): ->>............1 B-1 (Assinante livre com tarifação)
<12:08:27.64308> MF(tx): ->>............0
<12:08:33.03852> MF(tx): ->>............0
<12:08:35.05888> R2(tx): ->>..................5 (Atendimento)
<12:08:35.05893> R2(rx): <<-....1
<12:08:35.05893> R2(tx): ->>..................5
<12:08:39.10219> R2(tx): ->>..................d (Desligar para trás)
<12:08:40.11539> R2(rx): <<-....9
<12:08:40.11539> R2(tx): ->>..................9 (Livre)

26
Exercício de Aprendizado:

1- Analise e descreva o log de sinalização abaixo:


<11:13:58.00427> R2(rx): <<-....1
<11:13:58.00454> R2(tx): ->>..................d
<11:13:59.00723> MF(rx): <<-......6
<11:13:59.00723> MF(tx): ->>............1
<11:13:59.00883> MF(rx): <<-......3
<11:13:59.00883> MF(tx): ->>............5
<11:13:59.01051> MF(rx): <<-......1
<11:13:59.01051> MF(tx): ->>............5
<11:13:59.01227> MF(rx): <<-......1
<11:13:59.01227> MF(tx): ->>............5
<11:13:59.01395> MF(rx): <<-......1
<11:13:59.01395> MF(tx): ->>............5
<11:14:00.01555> MF(rx): <<-......2
<11:14:00.01555> MF(tx): ->>............5
<11:14:00.01723> MF(rx): <<-......1
<11:14:00.01723> MF(tx): ->>............5
<11:14:00.01883> MF(rx): <<-......9
<11:14:00.01883> MF(tx): ->>............5
<11:14:00.02043> MF(rx): <<-......1
<11:14:00.02043> MF(tx): ->>............5
<11:14:00.02203> MF(rx): <<-......6
<11:14:00.02203> MF(tx): ->>............5
<11:14:00.02371> MF(rx): <<-......3
<11:14:00.02371> MF(tx): ->>............5
<11:14:01.02555> MF(rx): <<-......6
<11:14:01.02555> MF(tx): ->>............5
<11:14:01.02715> MF(rx): <<-......3
<11:14:01.02715> MF(tx): ->>............5
<11:14:01.02875> MF(rx): <<-......f
<11:14:01.02875> MF(tx): ->>............1
<11:14:01.03043> MF(rx): <<-......6
<11:14:01.03043> MF(tx): ->>............1
<11:14:01.03203> MF(rx): <<-......2
<11:14:01.03203> MF(tx): ->>............3
<11:14:01.03363> MF(rx): <<-......1
<11:14:01.03363> MF(tx): ->>............1
<11:14:03.05013> MF(tx): ->>............0
<11:14:07.08615> R2(tx): ->>..................5
<11:14:07.08620> R2(rx): <<-....1
<11:14:07.08620> R2(tx): ->>..................5
<11:14:14.16246> R2(tx): ->>..................d
<11:14:19.20961> R2(rx): <<-....9
<11:14:19.20961> R2(tx): ->>..................9

27
2- Analise e descreva o log de sinalização abaixo:
<11:34:21.43808> R2(tx): ->>..................1
<11:34:21.43813> R2(rx): <<-....9
<11:34:22.43855> R2(rx): <<-....d
<11:34:22.43857> MF(tx): ->>............2
<11:34:22.44133> MF(rx): <<-......1
<11:34:22.44221> MF(tx): ->>............1
<11:34:22.44309> MF(rx): <<-......5
<11:34:22.44373> MF(tx): ->>............1
<11:34:22.44461> MF(rx): <<-......1
<11:34:22.44525> MF(tx): ->>............9
<11:34:22.44613> MF(rx): <<-......1
<11:34:22.44701> MF(tx): ->>............1
<11:34:22.44789> MF(rx): <<-......1
<11:34:23.44861> MF(tx): ->>............6
<11:34:23.44941> MF(rx): <<-......1
<11:34:23.45005> MF(tx): ->>............3
<11:34:23.45093> MF(rx): <<-......1
<11:34:23.45181> MF(tx): ->>............6
<11:34:23.45269> MF(rx): <<-......1
<11:34:23.45341> MF(tx): ->>............a
<11:34:23.45421> MF(rx): <<-......1
<11:34:27.48958> MF(rx): <<-......3
<11:34:27.49118> MF(tx): ->>............1
<11:34:27.49198> MF(rx): <<-......1
<11:34:40.62269> R2(rx): <<-....5
<11:36:35.45970> R2(tx): ->>..................9
<11:36:35.45980> R2(rx): <<-....5
<11:36:35.46192> R2(rx): <<-....9
<11:36:35.46192> R2(tx): ->>..................9

28
Sincronismo

Quando tratamos de sinalizações do tipo E1 R2 devemos tomar alguns cuidados,


principalmente com relação ao sincronismo do link E1, uma vez que este é Síncrono, ou
seja, existe a necessidade de uma fonte geradora de clock para que seja feito o
alinhamento do link.
A fonte geradora de clock confiável em sistemas que utilizam links E1 será sempre a
operadora de telefonia pública (PSTN), a figura 27 ilustra o caminho do clock fornecido
pela PSTN.

Figura 27

Sincronismo utilizando placas Digivoice

Quando utilizamos placas Digivoice devemos configurar as mesmas para receber ou gerar
sincronismo dependendo da aplicação desejada. As placas VB3030 (um canal E1) podem receber ou
gerar sincronismo. As placas VB6060 (dois canais E1) podem receber o sinconismo em um dos
canais consequentemente repassando o sinal de clock recebido para o outro canal, assim como gerar
sincronismo nos dois canais.

Na figura 28 temos um exemplo de um sistema de interconexão de uma rede PSTN e um PABX


convencional utilizando uma plataforma Asterisk -Meucci com a função de Media Gateway Pass-
Throught, que possibilita agregar facilidades como operadoras VoIP. Neste sistema utilizamos uma
placa VB6060 (dois canais E1), sendo que o primeiro canal recebe o sincronismo da PSTN e assim
a placa pode repassar o sincronismo ao PABX automaticamente.

Figura 28

29
Aterramento

Outro fator muito importante em telecomunicações é o aterramento, e principalmente


quando falamos de sistemas que utilizem sinalização do tipo E1-R2. A falta de
aterramento ou um aterramento inadequado pode provocar desde o não funcionamento
do link E1, passando por instabilidades como queda de ligações e ruídos, até mesmo a
queima dos equipamentos envolvidos no sistema, como modems etc.
Para efeitos de teste é possível interligar todos os terras existentes entre os
equipamentos, uma vez que esta interconexão é feita e o sistema volta a funcionar
perfeitamente temos como causa um aterramento inadequado, devendo então ser
providenciado um novo aterramento para o sistema. Lembramos que não é recomendado
deixar este “jumper” entre os equipamento sem um terra adequado. A figura 29 ilustra o
jumper entre os equipamentos.

PBX-IP

PABX
Modem

Figura 29

Alarmes E1

É possível visualizarmos alguns tipos de alarmes em sistemas E. Esta visualização nos


auxilia na resolução de problemas com a interconexão.
Os modems fornecidos pelas operadoras de telefonia pública costumam possuir led's que
indicam os status de alarmes.
Nos sistemas que utilizam placas Digivoice em conjunto com plataformas Asterisk-Meucci
também é possível visualizarmos alarmes no console do Asterisk (>CLI) digitando o
comando:

dgv show alarms <canal>

30
Lista de alarmes que podem ser visualizados com o comando dgv show alarms <canal>.

• LOSS – Perda de sinal (não recebe Rx)


• SLIP – Escorregamento (erro sincronismo)
• RAI – Alarme Remoto ( não envia Tx)
• AIS – Alarm Indication Signal
• AIS16 – Alarm Indication Signal no canal 16
• SYNC – Sincronismo de quadro
• MFSYNC – Sincronismo de multi quadro

Implantação de Sistemas E1

Quando realizamos a implantação de sistemas que utilizem links E1 devemos seguir


alguns princípios básicos para evitarmos dificuldades neste processo.
• Entender a aplicação em sua totalidade;
• Sincronismo, como já vimos a fonte confiável de clock sempre será a operadora
PSTN, somente em casos onde esta não estiver presente poderemos escolher
outra fonte de clock.
• Número de dígitos enviado pelas operadoras, normalmente as operadoras PSTN
enviam quatro dígitos (MCDU) com a finalidade do PABX os tratar como DDR,
porém podemos encontrar operadoras que utilizem apenas tres dígitos (CDU) e
neste caso deve-se configurar adequadamente o sistema pois senão o PABX não
identificará o número entrante DDR e não completará a chamada recebida.
• Log de Sinalização
• Aterramento

31

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