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O DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇAS E A

PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO SÃO


ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO E O
FUTURO DE TODA COOPERATIVA!
Petrus 22.615.847/0001-13
Criação: Darlan Leite / Everton Alves
Facilitação: Darlan Leite

CURSO BÁSICO DE COOPERATIVISMO


Ordem de serviço

Local: Recife/PE
Data: 22 de fevereiro de 2022
COOPERATIVISMO BÁSICO

CURSO:
COOPERATIVISMO Facilitador:
BÁSICO Darlan Leite
Recife/PE
22/02/2022
Curso Básico de Cooperativismo

Deseja uma versão consolidada? Quer adicionar informações?


Curso Básico de
Facilitador: Fale com a redação: (31) 3236-1469
Cooperativismo
Recife/PE Darlan Leite contato@consultoriapetrus.com.br
29/06/2021 www.consultoriapetrus.com.br

Editado e distribuído pela Petrus, para os participantes do Curso de


Cooperativismo Básico, realizado em formato virtual, promovido pelo
SESCOOP/PE.

Expediente: ®
® PETRUS, SESCOOP/PE: todos os direitos reservados.
© É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização dos
autores/editores deste material.

Este material destina-se ao uso dos participantes do Curso Básico de Cooperativismo, de realização do SESCOOP/PE, na
data de 29 de junho de 2021, na modalidade virtual por meio da Plataforma Zoom, sendo expressamente proibida sua
circulação a outros destinatários.

Este material é uma versão simplificada, utilizada para formação de participantes de diferentes “ramos” do
Cooperativismo. Portanto, é uma versão generalista, em construção, passível de alterações e complementações futuras
pelos editores.

Parte do conteúdo programático não encontra-se inserido no material, propositalmente. É parte da estratégia
metodológica, reservar parte das temáticas, para que as mesmas sejam abordadas e alinhadas conceitualmente entre
instrutor e alunos durante o curso.
Facilitador:
Darlan Leite da Silva Marques
Objetivos:
Proporcionar aos participantes, uma noção
introdutória do cooperativismo bem como
das características e particularidades das
organizações cooperativas.

Recife/PE, 22 DE FEVEREIRO DE 2022


COOPERATIVISMO: O QUE É E
COMO SURGIU?

Percurso histórico do
Cooperativismo.

Sistema de representação
cooperativista.

Princípios do
Cooperativismo.

Sociedades cooperativas.

O que é uma cooperativa?


Cooperativismo: o que é e como surgiu?

É uma filosofia, baseada em valores de ajuda mútua,


responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e
solidariedade.

É um movimento formado por pessoas,


que são guiadas por valores e princípios
próprios
Cooperativismo: o que é e como surgiu?

Surgiu em Rochdale (distrito de Lancashíre - Inglaterra), próximo a


Manchester. É a matriz do Cooperativismo de Consumo, como fruto da
iniciativa de vinte e oito tecelões, em 1843. Ops...havia uma mulher!
Eram 27 tecelões e 01 tecelã.

Em 24 de dezembro de 1844, inauguraram o armazém


cooperativo, que iniciava suas atividades com o capital de 28
libras.
Princípios do Cooperativismo

 Adesão livre e voluntária;


 Gestão Democrática pelos sócios;
 Participação econômica dos sócios;
 Autonomia e independência;
 Educação, formação e informação;
 Cooperação entre cooperativas;
 Interesse pela comunidade.
Percurso histórico do Cooperativismo

Final do séc. XIX – funcionários públicos, operários, profissionais liberais,


agricultores;
1847 – Reduções Jesuítas no oeste PR/RS/SC;
1889 – Cooperativa de Consumo em Ouro Preto/MG;
1891 – Associação Cooperativa de Limeira/SP
1902 – Cooperativas de Crédito no RS
1907 – Cooperativas agropecuárias em MG e RS
Percurso histórico do Cooperativismo

02/12/1969 – Criação da OCB


1971 – Lei do Cooperativismo (Lei nº 5.764/71 “ Define a Política Nacional de Cooperativismo,
institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências.”
1971– Criação da OCB-PE;
1988 – Constituição restringe interferência do Estado;
1995 – Reconhecimento Internacional;
1998 – Criação do SESCOOP
13

Cooperativismo no Mundo.

1,2 bilhão de cooperados.

280 milhões postos de trabalho.

3 milhões de cooperativas.

Em 150 países.
14

Cooperativismo no Brasil.

14,6 milhões de cooperados.

425,3 mil postos de trabalho.

6.828 cooperativas.

Em 27 Estados.
O que é uma Cooperativa?

É uma associação de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações


e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um
empreendimento coletivo e democraticamente gerido. ACI/Manchester, 1995

Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se


obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade
econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. Art. 3º da Lei 5.764/1971
Representação gráfica
– organograma de
uma cooperativa.
Classificação das cooperativas.
Sistema OCB

ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS – OCB


Instituída pela Lei nº 5.764/71

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS – CNCOOP


Homologada em 2005, a CNCoop é o órgão de terceiro grau de representação sindical das
cooperativas.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO – SESCOOP (sistema S do


Cooperativismo)
Instituído pela pela Medida Provisória nº 1.715/1998 e regulamentado pelo Decreto nº 3.017/1999.
Sistema de representação e desenvolvimento cooperativista
Nível Local As Cooperativas. Ex.: a UNIMED RECIFE.
OCE (Organização e sindicato estadual de cooperativas).
SESCOOP (Serviço Nacional de Aprendizagem Cooperativista)
Nível
No Estado de Sergipe, temos a Organização e Sindicato das Cooperativas do Estado de Pernambuco –
Estadual
OCB/PE, e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Pernambuco – SESCOOP
PE
Nível OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras
Nacional SESCOOP – Serviço Nacional de Aprendizagem Cooperativista

Nível ACI Américas - ACI - Aliança Cooperativa Internacional das Américas, constituída em 1990, com sede
Continental em São José (Costa Rica).

Nível
ACI - Aliança Cooperativa Internacional, criada em 1895, com sede em Genebra (Suíça).
Internacional
Novos ramos do
Cooperativismo:
ver Res. OCB nº
59/2019

Anteriormente,
as cooperativas
eram
classificadas em
13 ramos de
atividade.
ASPECTOS LEGISLATIVOS DO
COOPERATIVISMO.

Lei nº 5.764 de 1971

Constituição Federal

Lei nº 10.406 de 2002

Lei Complementar nº 130 de 2007

Lei nº 12.690 de 2012

Estatuto Social e Regimentos


Internos

Normativos complementares

Reflexões!
Cooperativismo na Constituição Federal.

Art. 5º [...]
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

Art. 21. Compete à União:


XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.

Art. 146. Cabe à lei complementar:


III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
Cooperativismo na Constituição Federal.

Art. 174.
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio
ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra
dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art.
21, XXV, na forma da lei.

Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção,
envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de
transportes, levando em conta, especialmente:
VI - o cooperativismo;
Cooperativismo na Constituição Federal.

Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir
aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por
leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
Lei nº 5.764/71

# DEFINIÇÃO DE UMA POLITICA NACIONAL DE COOPERATIVISMO;

# REGIME JURÍDICO: cooperativas enquanto sociedade de pessoas (Art. 3º e 4º)

# CLASSIFICAÇÃO DAS COOPERATIVAS: 1º, 2º e 3º grau, ou, singular, central e confederação (Art. 6º ao 9º)

# AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO (Art. 18 ao 20)

# FISCALIZAÇÃO E CONTROLE (E SUBORDINAÇÃO): os Arts. 92 ao 94 não foram recepcionados pela CR/88.

# SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO: coube à OCB, conforme os Arts. 105 ao 108


Lei Complementar nº 130 de 2007 - Dispõe sobre o Sistema Nacional de
Crédito Cooperativo

# REGULAMENTAÇÃO DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO E SISTEMA DE CRÉDITO COOPERATIVO;

# VEDAÇÃO DE CONSTITUIÇÃO DE COOPERATIVAS MISTAS (Art. 1º, § 2º)

# DIRETORIA EXECUTIVA: de forma estatutária, contratada e subordinada (Art. 5º)

# CONSELHO FISCAL: mandato de até 3 anos, sendo obrigatória renovação de 01 membro efetivo e 01 suplente (Art. 6º)

# FISCALIZAÇÃO E INTERVENÇÃO POR PARTE DO BANCO CENTRAL (Art. 12, § 2º)

# ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA: podendo ser realizada nos 04 primeiros meses do exercício social (Art. 17)
Lei nº 12.690 de 2012 - Dispõe sobre a organização e o funcionamento das
Cooperativas de Trabalho

# CARACTERIZAÇÃO DE COOPERATIVA DE TRABALHO: Arts. 2º caput e 4º

# EXCLUSÃO DA LEI: (i) as cooperativas de assistência à saúde; (ii) cooperativas que atuam no setor de transporte[...]; (iii)
cooperativas de profissionais liberais.[..]; (iv) cooperativas de médicos[...], conforme Art. 2, § único.

# POSITIVAÇÃO DE PRINCÍPIOS: gestão democrática..., participação na gestão em todos os níveis ...(Art. 3º)

# ASSEMBLEIAS GERAIS: é instituída nova modalidade, ASSEMBLEIA GERAL ESPECIAL (Art. 11)
Convocação/Quórum de instalação de Assembleias: (Arts. 12 e 11, §3º)

# ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCAL: órgão de Administração com mínimo de 03 sócios eleitos, e órgão de
Fiscalização com composição distinta da Lei nº 5.764/71 (Arts. 15 e 16).
Lei nº 10.406 de 2002 – Institui o Código Civil

# CARACTERÍSTICAS

# ASPECTOS CONSTITUTIVOS
Aspectos comparativos
Associação Cooperativa Empresa
Sociedade que tem por
Conceito Sociedade Civil sem fins econômicos Sociedade Civil com fins econômicos objetivo o exercício de
atos comerciais
- Código Civil (Art. 1093 ao 1096)
- Código Civil (Art. 53 ao 61)
Amparo - Lei 5764/1971
- Constituição Federal (artigos 5o e Código Civil
legal - Lei Comp. 130/2009
174)
- Lei 12.690/2012
- Defender os interesses dos
- Viabilizar e desenvolver atividades de
associados
Objetivos consumo, produção, prestação de O principal é o lucro
- Estimular a melhoria técnica,
serviços, crédito e comercialização
profissional e social dos associados
Aspectos comparativos
Associação Cooperativa Empresa
Número de - Mínimo de 20 pessoas (Art. 6);
pessoas para Mínimo de 2 pessoas - O necessário para administrar a Mínimo de 1 pessoas
constituição cooperativa – NCC/02
Decisões
Decisões tomadas em assembleia - Decisões tomadas em
tomadas em assembleia geral onde
geral onde cada associado tem assembleias onde cada
cada cooperado tem direito a um
direito a um voto ação representa um voto;
voto
Forma de gestão - Quórum baseado no número - Quórum baseado no
- Quórum baseado no número de
de associados capital
cooperados
- Associação de pessoas - Empresa de capital
- Sociedade de pessoas
Aspectos comparativos
Associação Cooperativa Empresa
- Não possui capital social - O capital social é formado pelas O capital social é formado
Patrimônio / - Patrimônio constituído pela quotas-partes dos cooperados (não pelas ações ou quotas-partes
Capital contribuição dos associados, podem ser repassadas a pessoas dos sócios (que podem ser
doações, etc. estranhas à cooperativa) negociadas no mercado)
Os dirigentes são os maiores
Remuneração Os dirigentes não têm Os dirigentes podem ser
quotistas e efetuam retiradas
dos dirigentes / remuneração pelo exercício de remunerados, conforme definição
mensais a título de pró
líderes suas funções. em assembleia.
labore.
Aspectos comparativos
Associação Cooperativa Empresa
Retorno dos excedentes é
proporcional à operações ou O lucro é dividido
aplicadas na própria entidade (deve- proporcionalmente ao
Sobras / Lucros Não divide excedentes
se destinar, obrigatoriamente, no número de ações de cada
mínimo 10% para o Fundo de sócio
Reserva e 5% para o FATES)
Divisão do Não é permitida a transferência das
Não existem ações nem quotas- Pode haver transferência ou
quotas-partes a terceiros, estranhos
capital partes venda das ações à terceiros
à sociedade
Estatutos Sociais e Regimentos

ESTATUTO SOCIAL: traz as diretrizes e normas constitutivas,


área e objeto de atuação, direitos, deveres, capital social,
capital a subscrever, Fundos, e outros. Art. 21 da Lei nº
5.764/71

REGIMENTO INTERNO: disciplinas temas previstos ou não


em Estatuto Social. Ex.: Eleições, Procedimentos operacionais
• Constituição da República Federativa do Brasil - CR 88
• Lei 5.764/1971; Lei Complementar 130/2009; Lei 12.690/2012;
1 •

Lei nº 10.406/2002
Demais normas infraconstitucionais.
Hierarquia Normativa.
• Estatuto Social da Cooperativa
2
• Regimento (s) Interno (s)
3 • Deliberações da AGO/AGE
► Lei nº ► LEC nº 130/09
12.690/12 ► Lei nº 5.764/71
► Lei nº 5.764/71 ► Res. Nº
4.434/15
► Lei nº 5.764/71
► Resoluções ANS: Cooperativas de Saúde
► Resoluções ANTT: Cooperativas de transportes
REFLEXÃO!

- A Lei nº 5.764/71 é geral e mais antiga...


- A Lei nº 10.406/02 é o Código Civil...
Qual legislação devemos observar?

Uma Cooperativa, é uma empresa?


Existem outros normativos para ramos específicos
(Saúde, Crédito, Transporte)? Quais são?
O COOPERADO (ASSOCIADO)

- Quem pode se associar?

- Direitos e deveres

- Saída da condição de cooperado

- Instância de reunião dos


cooperados

- Tipologia de Assembleias

Reflexões!
Quem pode se associar?

O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar os serviços prestados pela sociedade, desde
que adiram aos propósitos sociais e preencham as condições estabelecidas no estatuto (Art. 29 da Lei nº
5.764/71).

Quem não pode se associar?

Não poderão ingressar no quadro das cooperativas os agentes de comércio e empresários que operem no
mesmo campo econômico da sociedade. (Art. 29 , § 4º da Lei nº 5.764/71).
 Votar e ser votado;
 Beneficiar-se dos serviços prestados pela cooperativa;
 Receber retorno das sobras, conforme consta no estatuto;
 Examinar livros e documentos;
 Convocar a Assembleia caso seja necessário;
 Solicitar esclarecimento sobre qualquer atividade da cooperativa à
Diretoria ou ao Conselho fiscal; Arts. 29 ao 37
 Solicitar informação sobre a situação financeira da cooperativa;
 Opinar, defender idéias, e propor medidas de interessa da cooperativa;
 Debater e votar assuntos apresentados nas assembleias;
 Demitir-se da Cooperativa e receber seu capital, de acordo com o estatuto.
 Participar das Assembléias e aceitar a decisão da maioria;
 Operar com a cooperativa e cumprir fielmente com os compromissos em
relação à cooperativa;
 Integralizar as Quotas partes de capital na cooperativa;
 Votar nas eleições da cooperativa;
 Cobrir sua parte, quando forem apuradas perdas; Arts. 29 ao 37
 Denunciar à Administração/Fiscalização, a ocorrência de problemas;
 Não comentar falhas da cooperativa fora dela;
 Manter-se informado a respeito da cooperativa;
Saída da condição de cooperado.

Demissão
Demissão
A demissão do associado será unicamente
Demissão
a
seu pedido.

O processo de saída, a pedido do próprio


cooperado, chama-se, na legislação cooperativista
de “Demissão”. Art. 32 da Lei 5764/71
Saída da condição de cooperado.

Eliminação
A eliminação do associado é aplicada em virtude
de infração legal ou estatutária, ou por fato
especial previsto no estatuto.

É o processo de saída em que a Cooperativa


convida o associado a se retirar, ou seja, Elimina o
cooperado. Art. 33 da Lei 5764/71

Como ocorre o processo de Eliminação?


Saída da condição de cooperado.

A exclusão do associado será feita:


Exclusão
I - por dissolução da pessoa jurídica;
II - por morte da pessoa física;
III - por incapacidade civil não suprida;
IV - por deixar de atender aos requisitos
estatutários de ingresso ou permanência na cooperativa.

É o processo de saída no qual não há mais razão para a


permanência do cooperado na cooperativa. Art. 35 da Lei
5764/71
Saída da condição de cooperado – afastabilidade temporária/parcial.

O associado que aceitar e estabelecer relação


Exclusão
empregatícia com a cooperativa, perde o direito de votar
e ser votado, até que sejam aprovadas as contas do
exercício em que ele deixou o emprego.. Art. 31 da Lei
5764/71
Instância de reunião dos cooperados
A reunião de todos os cooperados é chamada de ASSEMBLEIA
A sociedade cooperativa, é uma GERAL.
sociedade de pessoas, e assim sendo,
tem como uma de suas principais A Assembleia Geral dos associados é o órgão supremo
Exclusão da
sociedade, dentro dos limites legais e estatutários, tendo
particularidades, estruturação de
poderes para decidir os negócios relativos ao objeto da
um espaço democrático para a sociedade [...] Art. 38 da Lei nº 5.764/71
tomada de decisões, sendo o ápice
dessa organização a própria § 3° As deliberações nas Assembléias Gerais serão tomadas por
Assembleia Geral (AG). maioria de votos dos associados presentes com direito de
votar.
Instância de reunião dos cooperados – ASSEMBLEIA

Exclusão

ESPECIAL
Instância de reunião dos cooperados – ASSEMBLEIA

A Assembleia Geral Ordinária, que se realizará anualmente nos 3


(três) primeiros meses após o término do exercício social,
deliberará sobre os seguintes assuntos que deverão constar da
ordem do dia [...] Art. 44 da Lei nº 5.764/71

A assembleia geral ordinária das cooperativas de crédito realizar-


se-á anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses do exercício
social. Art. 17 da LEC nº 130/09
Instância de reunião dos cooperados – ASSEMBLEIA

Competência privativa (Art. 44 da Lei nº 5.764/71)


I - prestação de contas dos órgãos de administração acompanhada de parecer do Conselho
Fiscal, compreendendo:
a) relatório da gestão;
b) balanço;
c) demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas... e o parecer do Conselho Fiscal;
II - destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas ... deduzindo-se, no primeiro
caso as parcelas para os Fundos Obrigatórios;
III - eleição dos componentes dos órgãos de administração, do Conselho Fiscal e de
outros, quando for o caso;
IV - quando previsto, a fixação do valor dos honorários, gratificações e cédula de
presença dos membros do Conselho de Administração ou da Diretoria e do Conselho
Fiscal;
V - quaisquer assuntos de interesse social, excluídos os enumerados no artigo 46.
Instância de reunião dos cooperados – ASSEMBLEIA

A Assembleia Geral Extraordinária realizar-se-á sempre que necessário e


poderá deliberar sobre qualquer assunto de interesse da sociedade, desde que
mencionado no edital de convocação. Art. 45 da Lei nº 5.764/71 Exclusão

Competência exclusiva (não pode ser delegada à outra Assembleia ou


instancia de gestão):
I - reforma do estatuto;
II – fusão, incorporação ou desmembramento;
III - mudança do objeto da sociedade;
IV - dissolução voluntária da sociedade e nomeação de liquidantes;
V - contas do liquidante.
Instância de reunião dos cooperados – ASSEMBLEIA

Além da realização da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária para deliberar nos termos dos e sobre os
assuntos previstos na Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e no Estatuto Social, a Cooperativa de Trabalho
deverá realizar anualmente, no mínimo, mais uma Assembleia Geral Especial[...] Art. 11 da Lei nº 12.690/12
Exclusão
Competência privativa: assuntos especificados no edital de convocação;

Competência exclusiva: gestão da cooperativa, disciplina, direitos e deveres dos


sócios, planejamento e resultado econômico dos projetos e contratos firmados e
organização do trabalho.

ESPECIAL
ASSEMBLEIAS GERAIS

Prescreve em 4 (quatro) anos, a ação para anular as deliberações da Assembléia Geral viciadas de
erro, dolo, fraude ou simulação, ou tomadas com violação da lei ou do estatuto, contado o prazo da
data em que a Assembléia foi realizada. Art. 43 da Lei nº 5.764/71 Exclusão
REFLEXÃO!

# O menor de 18 anos pode ser cooperado?

# A Cooperativa pode exigir a participação em cursos (como Cooperativismo


Básico) como pré requisito ao meu ingresso no quadro social?

# Além das Assembleias Gerais Ordinária, Extraordinária e Especial, existem


outras?
REFLEXÃO!

- As Assembleias Gerais são disciplinadas por qual Legislação?

- # As cooperativas de TRABALHO irão observar a Lei nº 5.764/71 para


verificarem as competências privativas e exclusivas de Assembleias Gerais
Ordinária e Extraordinária; e irão observar a Lei nº 12.690/12 para
procederam à Convocação e verificação de Quórum de instalação para as
Assembleias Gerais Ordinária, Extraordinária e Especial
- As cooperativas dos “DEMAIS RAMOS” irão observar a Lei nº 5.764/71 para
verificarem as competências privativas e exclusivas, Convocação e quórum de
instalação;
REFLEXÃO!

Esta é uma história sobre 4 (quatro) pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM,


QUALQUER UM e NINGUÉM.
Havia um importante trabalho há ser feito, e TODO MUNDO tinha certeza
que ALGUÉM o faria. QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM
fez. ALGUÉM zangou-se porque era um trabalho de TODO MUNDO.
TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazê-lo, mas
NINGUÉM imaginou que TODO MUNDO deixasse de fazê-lo.
No final TODO MUNDO culpou ALGUÉM porque NINGUÉM fez o que
QUALQUER UM poderia ter feito.
ORGÃOS SOCIAIS

ADMINISTRAÇÃO DA COOPERATIVA:
Conselho ou Diretoria
- Quem pode fazer parte?
- Impedimentos à participação

FISCALIZAÇÃO DA COOPERATIVA
- Conceito
- Quem pode fazer parte?
- Impedimentos à participação

RESPONSABILIDADE DOS
ADMINISTRADORES

Reflexões!
GESTÃO DA COOPERATIVA – CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO/DIRETORIA

Conceito e regra geral

A Cooperativa será administrada por uma Diretoria ou Conselho de Administração,


composto exclusivamente de cooperados eleitos pela Assembleia Geral, com mandato
nunca superior a 4 (quatro) anos, sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3
(um terço). Art. 47 da Lei nº 5.764/71
GESTÃO DA COOPERATIVA – CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO/DIRETORIA

As cooperativas de crédito com conselho de administração podem criar diretoria


executiva a ele subordinada, na qualidade de órgão estatutário composto por
pessoas físicas associadas ou não, indicadas por aquele conselho. Art. 5º da LEC nº
130/09
O Conselho de Administração será composto por, no mínimo, 3 (três) sócios, eleitos
pela Assembleia Geral, para um prazo de gestão não superior a 4 (quatro) anos,
sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 (um terço) do colegiado,
ressalvada a hipótese do art. 16 desta Lei. Art. 15 da Lei nº 12.690/12
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO/DIRETORIA – impedimentos à participação

São inelegíveis, pessoas impedidas por lei, os condenados a pena que vede,
ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; condenados por
“crimes de malversação” da coisa pública (prevaricação, peita ou suborno,
concussão, peculato), ou contra a economia popular, a fé pública ou a
propriedade.
Parágrafo único. Não podem compor uma mesma Diretoria ou Conselho de
Administração, os parentes entre si até 2º (segundo) grau, em linha reta ou
colateral. Art. 51 da Lei nº 5.764/71
FISCALIZAÇÃO DA COOPERATIVA – CONSELHO FISCAL

Conceito e regra geral

É o órgão social que fiscaliza, assídua e minuciosamente, a administração da sociedade,


sendo constituído de 3 (três) membros efetivos e 3 (três) suplentes, todos associados
eleitos anualmente pela Assembleia Geral, sendo permitida apenas a reeleição de 1/3
(um terço) dos seus componentes (Art. 56 da Lei 5.764/1971)
FISCALIZAÇÃO DA COOPERATIVA – CONSELHO FISCAL

O mandato dos membros do conselho fiscal das Cooperativas de Crédito terá


duração de até 3 (três) anos, observada a renovação de, ao menos, 2 (dois) membros
a cada eleição, sendo 1 (um) efetivo e 1 (um) suplente. Art. 6º da LEC nº 130/09

A Cooperativa de Trabalho constituída por até 19 (dezenove) sócios poderá


estabelecer, em Estatuto Social, composição para o Conselho de Administração e
para o Conselho Fiscal distinta da prevista nesta Lei e no art. 56 da Lei nº 5.764, de
16 de dezembro de 1971, assegurados, no mínimo, 3 (três) conselheiros fiscais. Art.
15 da Lei nº 12.690/12
FISCALIZAÇÃO DA COOPERATIVA – CONSELHO FISCAL

Quem pode fazer parte?

Podem fazer parte, os cooperados eleitos, adimplentes, que não estejam ocupando cargos
simultaneamente na Administração da Cooperativa.
CONSELHO FISCAL – impedimentos à participação

Não podem fazer parte, os cooperados que estejam impedidos por lei (Art. 51),
que sejam parentes dos diretores até o 2° grau, em linha reta ou colateral, bem
como os parentes entre si até esse grau (Art. 51, § 1º), além daqueles que já
estejam fazendo parte do Conselho de Administração/Diretoria.
RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES COOPERATIVISTAS

O que entendemos por Responsabilidade?


 É a situação de quem, tendo violado uma norma, fica obrigado a fazer e/ou reparar um dano.
 A responsabilidade dos administradores (voluntários) de cooperativas pode ser discutidas nos âmbitos
civil, administrativo, penal e ambiental.
“Sem prejuízo da ação que couber ao associado, a sociedade, por seus diretores, ou representada pelo
associado escolhido em Assembléia Geral, terá direito de ação contra os administradores, para promover
sua responsabilidade” (Art. 54 da Lei 5.764/1971)
RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES COOPERATIVISTAS - Civil
Responsabilidade – Cooperativa frente às ações de Diretoria ou Conselho de Administração.
[...] os administradores eleitos ou contratados não serão pessoalmente responsáveis pelas obrigações que
contraírem em nome da sociedade, mas responderão solidariamente pelos prejuízos resultantes de seus
atos, se procederem com culpa ou dolo.
Parágrafo único. A sociedade responderá pelos atos a que se refere a última parte deste artigo se os
houver ratificado ou deles logrado proveito Art. 49 da Lei nº 5.764/71
RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES COOPERATIVISTAS - Civil
Responsabilidade – Diretoria/Conselho de Administração frente à Cooperativa.
Os participantes de ato ou operação social em que se oculte a natureza da sociedade podem ser
declarados pessoalmente responsáveis pelas obrigações em nome dela contraídas[...] Art. 50 da Lei nº
5.764/71
O diretor ou associado que, em qualquer operação, tenha interesse oposto ao da sociedade, não pode
participar das deliberações referentes a essa operação. Art. 52 da Lei nº 5.764/71
RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES COOPERATIVISTAS - Civil

Os componentes da Administração e do Conselho fiscal, bem como os liquidantes, equiparam-se aos


administradores das sociedades anônimas para efeito de responsabilidade criminal. Art. 53 da Lei nº
5.764/71
RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES COOPERATIVISTAS –
Civil/Administrativa

Responsabilidade dos administradores da cooperativa nos termos da Lei nº 9.656/98


e da MP nº 2.177-44/01

[...] imediato afastamento do infrator, por decisão da ANS, sem prejuízo das sanções penais
cabíveis. Art. 24, § 1º da Lei nº 9.656/98
[...] os administradores das operadoras de planos privados de assistência à
saúde...independentemente da natureza jurídica da operadora, ficarão com todos os seus bens
indisponíveis. Art 21-A da Lei nº 9.656/98
A indisponibilidade prevista neste artigo... atinge a todos aqueles que tenham estado no
exercício das funções nos doze meses anteriores ao mesmo ato. Art 21-A, § 2º da Lei nº
9.656/98
RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES COOPERATIVISTAS - Penal

Tratando-se de cooperativas de crédito, pode o Banco Central, encaminhar ao


Ministério Público notificação para que o mesmo, apure eventuais ilícitos na esfera
penal. Vejamos a Lei nº 7.492/1986 que Define os crimes contra o sistema financeiro
nacional, e dá
outras providências:

Art. 4º Gerir fraudulentamente instituição financeira:


Pena - Reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único. Se a gestão é temerária:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
RESPONSABILIDADE DE DIRIGENTES COOPERATIVISTAS - Ambiental

Tratando-se de Cooperativas que realizam atividades de impacto ambiental, temos


que:

As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente


conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão
de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou
benefício da sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas
físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato. Art. 3º Lei nº 9.605/1998
ASPECTOS ORGANIZATIVOS, CONTÁBEIS
E ECONÔMICOS

- Livros Obrigatórios

- Regulamentação contábil

- Demonstrações contábeis

- Capital

- Ato cooperativo

- Fundos Obrigatórios: Fates e


Fundo de Reserva

-eflexões!
R
Livros Obrigatórios

Conforme o Art. 22 da Lei nº 5.764/71, a Cooperativa deve manter obrigatoriamente e


em bom estado, os seguintes livros:

a) de Matrícula;
b) de Atas das Assembleias Gerais;
c) de Atas dos Órgãos de Administração;
d) de Atas do Conselho Fiscal; e
e) de Presença dos Associados nas Assembleias Gerais.
ASPECTOS CONTÁBEIS - Normativos

As demonstrações contábeis das cooperativas deverão ser elaboradas em conformidade


com as disposições da Lei 5.764/71 e da NBC ITG 2004 (Normas Brasileiras de
Contabilidade – Interpretação Técnica Geral).

As “Demonstrações” e algumas de suas “Contas” terão classificação especificas.


Ex.: Receitas (Ingressos), Despesas (Dispêndio); Lucro (Sobras), Prejuízo (Perda)
ASPECTOS CONTÁBEIS - Normativos

Resolução n.º 920/2001 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, que


aprovou a Norma Técnica 10.8 (alterada pela ITG – 2004), diz que, as Sociedades
Cooperativas devem apresentar, em termos de demonstrações contábeis, 4
documentos (demonstrações):

 Demonstração de Sobras ou Perdas (DSP);


 Balanço Patrimonial;
 Demonstrações de Mutação de Patrimônio Líquido (DMPL);
 Demonstração de Origem e Aplicação de recursos (DOAR).
ASPECTOS CONTÁBEIS - Normativos

Parecer Normativo CST nº 73/75 e Arts. 258 e 260 do


RIR/99:
a) Livro Diário;
b) Livro Registro de Inventário;
c) Livro Registro de Entradas (Compras); e
d) Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR)

Optando pela tributação com base no Lucro Real,


deverá manter o Livro Razão (art. 259 do RIR/99).
ASPECTOS CONTÁBEIS – Relação “Cooperativa” com a “Contabilidade”

Esses documentos devem ser entregues até o 5º dia útil do mês de janeiro do ano seguinte.
Por exemplo, as demonstrações contábeis de 2021, deverão ser finalizadas até
31/12/2021 e entregues para cooperativa até o quinto dia útil de janeiro de 2022.

Relação com o profissional/assessoria contábil:


 É recomendada uma relação contratual, pactuando as entregas (datas) a serem feitas e
a “assessoria” (presencial ou remota).
ASPECTOS ECONÔMICOS – Capital

O capital social será subdividido em quotas-partes, cujo valor unitário não poderá ser
superior ao maior salário mínimo vigente no País. Art. 24 da Lei nº 5.764/71

Capital Social: é a soma das quotas partes de todos os cooperados;


Capital subscrito: é o montante total do capital compromissado por cada cooperado,
definido em Estatuto;
Capital integralizado: é o valor já pago (integralizado) até o momento pelo cooperado, e à
integralizar, refere ao montante a ser pago (integralizado).
ASPECTOS ECONÔMICOS – Capital e responsabilidade dos sócios

A responsabilidade dos cooperados perante compromissos assumidos com a Cooperativa


(Art. 11 e 12 da Lei nº 5.764/71 ):

LIMITADA – é quando essa responsabilidade limita-se ao valor do capital por ele


subscrito;

ILIMITADA – é quando essa responsabilidade for pessoal, solidária e não tiver limite.
ASPECTOS ECONÔMICOS – Atos cooperativos

Ato cooperativo é aquele praticado entre a cooperativa e seus associados, entre os associados e a cooperativa
e por cooperativas associadas entre si, com vistas ao atendimento de suas finalidades sociais.
“não implica operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou
mercadoria”. Art. 79 da Lei nº 5.764/71

A não incidência tributária, dependerá da existência de 3 elementos simultâneos configurados:


Sócio cooperado + Cooperativa + Objeto social

Ato Cooperativo típico (com cooperados) x Ato cooperativo Atípico (terceiros)


ASPECTOS ECONÔMICOS – Atos cooperativos

As cooperativas agropecuárias e de pesca poderão adquirir produtos de não associados[...] Art. 85 da Lei nº
5.764/71
As cooperativas poderão fornecer bens e serviços a não associados, desde que tal faculdade atenda aos
objetivos sociais e estejam de conformidade com a presente lei. Art. 86 da Lei nº 5.764/71

Os resultados das operações das cooperativas com não associados, mencionados nos artigos 85 e 86, serão
levados à conta do "Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social" e serão contabilizados em separado,
de molde a permitir cálculo para incidência de tributos. Art. 87 da Lei nº 5.764/71
ASPECTOS ECONÔMICOS – Atos cooperativos

Ato cooperativo ainda é um tema controverso, onde não há previsão legal da diferenciação em Ato típico e
Atípico, pois tal distinção é fruto de uma construção jurisprudencial .

Ainda aguarda-se o julgamento de Tema de Repercussão geral no âmbito do STF “Tema 536 - Incidência de
COFINS, PIS e CSLL sobre o produto de ato cooperado ou cooperativo”.

# A normatização fica a cargo dos normativos PN CST 38/80, PN CST 73/75, Lei nº 5.764/71, NBC T 10.8
e NBC T 10.21;
ASPECTOS ECONÔMICOS – Fundo Obrigatórios

As cooperativas são obrigadas a constituir:


I - Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas
atividades [10% das sobras líquidas]

II - Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, destinado a prestação de


assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos
empregados da cooperativa. [5% das sobras líquidas]
ASPECTOS ECONÔMICOS – Sobras e Perdas

Analogamente, Sobras = lucro e Perdas = prejuízos

Retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operações realizadas pelo


associado, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral. Art. 4º, VII da Lei nº
5.764/71

Os prejuízos verificados no decorrer do exercício serão cobertos com recursos


provenientes do Fundo de Reserva e, se insuficiente este, mediante rateio, entre os
associados, na razão direta dos serviços usufruídos. Art. 89 da Lei nº 5.764/71
REFLEXÃO!

- Enquanto cooperado, posso ter acesso aos Livros Obrigatórios da


Cooperativa?

- Os recursos do FATES podem custear quais ações/atividades?

- A cooperativa pode criar outros Fundos?

- Há outras esferas de responsabilização dos Administradores de


Cooperativas?
darlan@consultoriapetrus.com.br
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