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REDES E

COOPERATIVISMO
NO AGRONEGÓCIO
Introdução ao
cooperativismo
Cléia dos Santos Moraes

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Reconhecer a história da formação das cooperativas.


> Explicar o funcionamento de uma empresa cooperativista.
> Identificar as principais cooperativas agrícolas no Brasil.

Introdução
O movimento cooperativista é um movimento de resistência que busca a redução
das desigualdades sociais e a ampliação de oportunidades para diversos setores
da sociedade. No agronegócio, o cooperativismo tem se mostrado uma relevante
estratégia na busca pelo desenvolvimento rural sustentável.
A possibilidade proporcionada pelas cooperativas do ramo agropecuário de
inclusão social e inserção no mercado com qualidade e escala é uma situação que
promove a permanência das famílias de agricultores no meio rural com condições
de reprodução social e qualidade de vida. Portanto, conhecer o histórico do
cooperativismo no mundo e no Brasil é muito importante para o profissional do
agronegócio, que precisa compreender a lógica de inserção do cooperativismo
na sociedade, sua doutrina e o funcionamento de uma cooperativa. Reconhecer
as cooperativas que se tornaram referências no setor do agronegócio é outra
importante estratégia de atuação.
Neste capítulo, você vai reconhecer a história do surgimento do cooperativismo
no mundo e no Brasil. Além disso, vai visualizar a sistematização do funcionamento
de uma cooperativa. Por fim, vai conhecer as maiores cooperativas do ramo do
agronegócio no país.
2 Introdução ao cooperativismo

Cooperativismo na história da sociedade


O cooperativismo na sociedade é um movimento que está presente no mundo
todo e se tornou uma importante estratégia de desenvolvimento para diversos
setores da economia. Há muito tempo as pessoas se unem em torno de um
objetivo comum para alcançarem o desenvolvimento social e econômico.
Essa união basicamente tem como objetivo buscar recursos e apoio para a
sobrevivência. Afinal, no grupo, o indivíduo encontra proteção e condições
materiais de vida (ABRANTES, 2004).
O movimento cooperativista surge da crise, do processo de exclusão
social proporcionado pela Revolução Industrial, quando se inicia a doutrina
da economia liberal (FARDINI, 2017). Naquela época, a vulnerabilidade social
entre as pessoas se tornou cada vez mais comum e intensa, fazendo com que
muitos trabalhadores das indústrias estivessem completamente desassisti-
dos. O liberalismo na época já impunha às pessoas que buscassem soluções
para as situações que eram obstáculos à sua sobrevivência (FARDINI, 2017).

Pioneiros de Rochdale e outras iniciativas


Em meio ao regime de economia liberal, com trabalhadores sem qualquer
direito, cumprindo longas jornadas de trabalho e sem salários razoáveis, as
pessoas buscaram formas de superar as adversidades. No distrito de Rochdale,
condado de Manchester, na Inglaterra, em 1844, um grupo de 27 tecelões e
uma tecelã que não conseguiam comprar os alimentos básicos para suas
famílias se uniram com um objetivo comum: montar o seu próprio armazém. A
proposta do grupo era a compra de alimentos e produtos básicos em grande
quantidade, para reduzir o preço (FARDINI, 2017). Tudo o que fosse adquirido
seria dividido de forma igual para todo o grupo. Assim, surgiu a Sociedade
dos Probos Pioneiros de Rochdale (Rochdale Society of Equitable Pioneers).
Graças ao surgimento dessa sociedade, 1844 é considerado o ano que
marcou o cooperativismo mundial. A cooperativa de Rochdale foi uma coo-
perativa de consumo que visava a oferecer produtos de primeira necessidade
para seus associados, mas que depois passou também a fazer atividades de
produção (POLONIO, 2004). Os pioneiros tinham como objetivo maior a me-
lhoria da qualidade de vida dos associados por meio da compra de alimentos
e da busca de outras conquistas, como o início de atividades de produção
e comércio. O comércio no prédio alugado começou tímido, com oferta de
quantidades muito pequenas de manteiga, aveia, açúcar e farinha de trigo,
o que levou os cooperativistas a serem motivo de piada (HOLYOAKE, 2000).
Introdução ao cooperativismo 3

Holyoake (2000) comenta que, no início dessas atividades, foi difícil para
alguns sócios compreenderem que, para o comércio ter sucesso, eles deveriam
ser bons compradores e, portanto, fazer de início algum sacrifício. Além disso,
o autor aponta que nem sempre conseguiam, com pouco dinheiro, comprar
alimentos de alta qualidade. Em alguns momentos, o preço chegava a ser maior
do que em outros armazéns, mas nenhum desses pequenos contratempos era
maior do que o objetivo final da cooperativa. Apesar dos obstáculos, que são
comuns até hoje em sociedades cooperativas, a cooperativa em 1866 tinha
dado um salto de 28 para 5.300 associados (FARDINI, 2017).
Os associados aprovaram então o estatuto da cooperativa e um plano
de trabalho. Segundo Fardini (2017, p. 43), o estatuto tinha como objetivos
os seguintes.

„ Abrir um armazém para a venda de gêneros alimentícios, vestuário, etc.


„ Comprar e construir casas para os membros que quisessem se ajudar
mutuamente.
„ Fabricar artigos que os associados julgassem convenientes para a
geração de empregos aos que foram desempregados ou tiveram seus
salários reduzidos.
„ Tão logo fosse possível, organizar a produção, a distribuição e a edu-
cação no seu próprio meio e com seus próprios recursos.
„ Para garantir mais segurança e bem-estar, a cooperativa compraria
ou alugaria terra que fosse cultivada pelos membros desempregados.
„ Ajudar as demais sociedades cooperativas.

Polonio (2004) aponta que, na mesma época da formação da cooperativa


dos Pioneiros de Rochdale, na França se iniciaram experiências do movi-
mento cooperativista, com cooperativas de produção. O autor aponta que,
embora a cooperativa da França não tenha alcançado o mesmo sucesso que
a experiência da Inglaterra, ela também foi essencial para a estruturação do
movimento cooperativista no mundo. Na Alemanha, no mesmo século, Polonio
(2004) destaca a constituição de cooperativas de crédito e de consumo.
O sistema cooperativista se embasou em ideias, principalmente na cor-
rente liberal dos socialistas utópicos (JUNQUEIRA; SOUZA; JARDIM, 2008).
Era uma época de entusiasmo pela liberdade, e o ambiente reflexivo dos
socialistas estava impregnado do ideal de justiça e fraternidade. Vários foram
os intelectuais que influenciaram em maior ou menor medida o movimento
cooperativista, como Saint Simon, Charles Fourier e Robert Owen, sendo este
o primeiro pensador de que se tem registro a empregar o termo cooperativa
4 Introdução ao cooperativismo

(FARDINI, 2017). A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Serviço


Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) apontam que foi
Charles Gide, professor de economia política da Universidade de Paris, que
sistematizou a doutrina cooperativista, 42 anos depois da criação da coope-
rativa de Rochdale (FARDINI, 2017).
A partir da sistematização de sua doutrina, ficou explícito que o coope-
rativismo se pautava em valores éticos e sustentáveis de cooperação, ajuda
mútua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade, solidariedade,
honestidade, transparência, responsabilidade social e preservação ambiental.
Desses valores vêm os princípios do cooperativismo, conhecidos internacio-
nalmente. Veja a seguir.

„ Adesão voluntária e livre: as cooperativas são organizações voluntá-


rias, abertas à adesão de todas as pessoas capazes de utilizar seus
serviços e de assumir suas responsabilidades como membros, sem
discriminação de qualquer natureza.
„ Gestão democrática: as cooperativas são organizações autogestionárias
e democráticas, cujas decisões são tomadas de forma coletiva pelos
seus sócios, que participam ativamente na formulação das políticas
institucionais.
„ Participação econômica dos membros: os membros contribuem
equitativamente para o capital de suas cooperativas e o controlam
democraticamente.
„ Autonomia e independência: as cooperativas são organizações au-
tônomas de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se eles
firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições
públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições
que assegurem o controle democrático pelos membros e mantenham
a autonomia das cooperativas.
„ Educação, formação e informação: as cooperativas promovem a edu-
cação e a formação de seus membros, dos representantes eleitos e
dos trabalhadores, de forma que eles possam contribuir de forma
eficaz para o desenvolvimento de suas cooperativas. As cooperativas
informam o público em geral, principalmente os jovens e os líderes de
opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.
„ Intercooperação: as cooperativas servem de modo mais eficaz aos seus
membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando
em conjunto, por meio de estruturas locais, regionais, nacionais e
internacionais.
Introdução ao cooperativismo 5

„ Interesse pela comunidade: as cooperativas trabalham para o desen-


volvimento sustentável de suas comunidades por meio de políticas
aprovadas pelos membros.

Cooperativismo no Brasil
Oficialmente, a primeira cooperativa no Brasil foi fundada no século XIX.
Apesar disso, nossa história está repleta de iniciativas cooperativistas. É
possível citar inúmeras situações em que o cooperativismo esteve presente
na sociedade brasileira, desde o início do período de colonização (PINHO,
2004). Conforme Pinho (2004), o início formal do cooperativismo no Brasil,
de acordo com os registros existentes atualmente, foi em outubro de 1889,
em Ouro Preto (MG), quando um grupo de trabalhadores livres, logo após
o fim da escravidão, se organizaram em uma sociedade anônima para criar
uma espécie de banco que forneceria crédito para compra e construção de
casas aos associados, aos moldes do que se previu na Carta de Princípios
dos Pioneiros de Rochdale.
O Quadro 1 mostra alguns períodos e situações de pré-cooperativismo,
ou seja, de experiências que ocorreram antes da formação da cooperativa
apontada por Pinho (2004).

Quadro 1. Experiências pré-cooperativistas

Experiência pré-
Nº Período Detalhes
-cooperativa

1 1530‒1540 Movimentos Encabeçados por Gonçalo Annes


messiânicos Bandarra, sapateiro e profeta
sebastianistas, de português, com algum conteúdo
origem portuguesa de cooperativismo comunitário
integral.

2 1600‒1695 República de Envolveu escravos de grandes


Palmares engenhos de açúcar de Pernambuco
e de outras regiões, além de índios,
mamelucos, mulatos e brancos,
computando uma população
estimada entre 20 e 30 mil pessoas,
em uma área de 350 km. Praticavam
a solidariedade e a democracia. A
terra era propriedade coletiva.

(Continua)
6 Introdução ao cooperativismo

(Continuação)

Experiência pré-
Nº Período Detalhes
-cooperativa

3 1610‒1768 Experiências República Comunista Cristã


associativistas dos Guaranis, na bacia dos rios
isoladas Paraguai, Paraná e Uruguai, uma
extensa área de reduções jesuíticas
dos povos guaranis.

4 1817 Silvestre José dos Movimento messiânico brasileiro


Santos reúne fiéis que defendeu uma sociedade
para a instalação do com algumas características
paraíso terrestre, de cooperativas comunitárias
quando D. Sebastião integrais.
regressaria da ilha de
Brumas

5 1850 em Atividades Imigrantes germânicos


diante associativistas de proprietários de pequenas glebas
amparo mútuo, desenvolveram centenas de
assistência à saúde, experiências. A mais abrangente é a
esportes, música, Bauerverein.
artes, etc.

6 1874‒1876 Canudos Antônio Conselheiro construiu


uma “cidade santa” em arraial
do município de Monte Santo
(nordeste da Bahia), à margem
do rio Vasa Barris, com algumas
características de cooperativismo
comunitário integral.

7 1885 Atuação do padre Naquela época, o padre Theodor


Theodor Amstad tornou-se um importante líder
Amstad rural e cooperativista, juntamente
com João Rick e Hugo Metzler. Sua
atuação se destacou especialmente
na criação e no funcionamento
da Associação Riograndense de
Agricultores, até 1909.

8 1889 Surgimento de Com a Proclamação da República,


uniões, associações, os trabalhadores livres criaram
ligas e sindicatos instituições fundamentadas
na cooperação, como forma de
resistir à precarização do trabalho
e de superar as dificuldades
econômicas.

Fonte: Adaptado de Fardini (2017, p. 48).


Introdução ao cooperativismo 7

A OCB e o Sescoop registram o pioneirismo do cooperativismo oficial


com a criação da Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários de
Ouro Preto. No mesmo ano, em Campinas (SP), empregados da Companhia
Paulista de Estrada de Ferro fundaram uma cooperativa de consumo. Em
1891, em Limeira (SP), os funcionários da companhia telefônica criaram a
sua cooperativa de consumo. Em Pernambuco, foi criada a Cooperativa de
Consumo dos Funcionários da Fábrica de Tecidos de Camaragibe, em 1895
(FARDINI, 2017). Assim, as experiências cooperativistas foram se espalhando
e se fortalecendo no Brasil.
Em 1902, a OCB e o Sescoop registram a criação da primeira cooperativa de
crédito do país, em Nova Petrópolis (RS), a denominada Sociedade Cooperativa
Caixa de Economia e Empréstimos de Nova Petrópolis, criada por iniciativa
do padre suíço Theodor Amstad. Essa centenária instituição atua até hoje,
mas atualmente é chamada de Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de
Associados Pioneira da Serra Gaúcha (Sicredi Pioneira RS) (FARDINI, 2017).

Cooperativa: institucionalização
e funcionamento
Uma cooperativa é, segundo a Lei nº 5.764/71 (BRASIL, 1971), um conjunto
de pessoas que celebram, entre si, um contrato de sociedade cooperativa,
se obrigando a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma
atividade econômica de proveito comum e sem objetivo de lucro. Ainda, em
seu artigo 4º, a Lei do Cooperativismo define essas instituições como uma
associação de pessoas com forma e natureza jurídicas próprias e de natureza
civil (BRASIL, 1971).

A Lei nº 5.764/71 distingue as cooperativas de outras sociedades a


partir dos princípios do cooperativismo que regem as cooperativas.
Para saber mais, leia o artigo 4º da Lei nº 5.764 (BRASIL, 1971).

O Sescoop esclarece alguns critérios que são apontados pela legislação


e que tornam as instituições cooperativas singulares, como o fato de serem
instituições sem fins lucrativos, o que ocorre porque a pessoa jurídica existe
para prestar serviço aos seus associados. Outro ponto importante é que a
cooperativa é uma sociedade de pessoas, enquanto outras empresas são
sociedades de capitais. Também é importante ressaltar que a sociedade
cooperativa não é sujeita à falência. Nesse caso, a cooperativa não se bene-
8 Introdução ao cooperativismo

ficia dos institutos de recuperação judicial ou de falência que são ofertados


a outras instituições. Assim, os sócios ficam obrigados a cobrir, de forma
proporcional às suas operações, os resultados negativos que porventura
ocorram (GONÇALVES, 2020).

Funcionamento de uma cooperativa


O funcionamento da sociedade ou empresa cooperativa acontece com base em
seu máximo órgão deliberativo, a Assembleia Geral Ordinária (AGO) (Figura 1).
Essa assembleia deve ocorrer de forma ordinária uma vez ao ano, no período dos
três primeiros meses do ano, para a prestação de contas aos associados e apre-
sentação para deliberação sobre relatórios, planos de atividades, destinações
de sobras, fixação de honorários, cédula de presença, eleição dos conselhos de
administração e fiscal e qualquer outro assunto de interesse dos cooperados.

Figura 1. Modelo básico de organograma de uma sociedade cooperativa.

A assembleia também pode ocorrer de forma extraordinária (Assembleia


Geral Extraordinária — AGE) sempre que houver algum assunto de interesse a
ser tratado. É de competência exclusiva da AGE a deliberação sobre reforma
do estatuto, fusão, incorporação, desmembramento, mudança de objetivos
e dissolução voluntária.
A Assembleia Geral é o órgão supremo que tem autoridade sobre todas
as demais instâncias da cooperativa. Ela é formada por todos os associados.
O Conselho Administrativo, por sua vez, é responsável pela organização e
Introdução ao cooperativismo 9

apresentação para aprovação das contas do exercício. Considerando que o


Conselho Administrativo, assim como o Conselho Fiscal, tem interesse direto
na aprovação das contas do exercício, esse é o único momento em que os
associados componentes desses dois conselhos não têm direito ao voto na
cooperativa, embora tenham pleno direito ao debate (GONÇALVES, 2020).
O Sescoop aponta que a AGO pode optar por eleger uma diretoria que vai
exercer tanto a função estratégica quanto a função executiva, ou, ainda, optar
por um Conselho Administrativo que vai poder definir membros do conselho
para a função executiva ou deliberar pela contratação de diretores (profis-
sionais de mercado para a função executiva). Os diretores executivos são os
responsáveis pela aplicação das diretrizes estratégicas que são definidas
pelo Conselho Administrativo (GONÇALVES, 2020).
O Conselho Fiscal tem o dever de fiscalizar as ações da cooperativa. Ele
é o órgão fiscalizador, por excelência. Esse conselho responde diretamente
à Assembleia Geral e, portanto, não pode estar subordinado aos órgãos
administrativos. São atribuições do Conselho Fiscal (GONÇALVES, 2020, p. 66):

„ reunir-se periodicamente com o Conselho de Administração;


„ examinar balancetes e outros demonstrativos mensais, registrando
parecer parcial nas atas das reuniões;
„ examinar os balanços e o relatório anual do Conselho de Administração
e da Diretoria Executiva, bem como o relatório da auditoria indepen-
dente, emitindo parecer do Conselho Fiscal para a Assembleia Geral e
recomendando ou não a aprovação da prestação de contas;
„ requisitar assessoramento técnico especializado, se não houver entre
os membros alguém com as competências necessárias à boa análise
contábil, econômica e financeira, com despesas cobertas pela própria
cooperativa, depois de autorizadas pelo Conselho de Administração.

Em relação à tributação, a cooperativa paga, de forma geral, todos os


impostos que uma empresa paga. Contudo, as incidências desses impostos
variam de acordo com o ramo da cooperativa e em qual estado ela tem a sua
sede. O Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL) são cobrados das cooperativas apenas quando elas realizam o ato não
cooperado. Para o ato cooperado, não há essa tributação. Dickel (2014) alerta
sobre os resultados das operações com terceiros (ato não cooperado): além
de serem submetidos à tributação, o ganho líquido tem de ser integralmente
destinado ao Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates), um
fundo obrigatório, conforme a Lei nº 5.764/71 (BRASIL, 1971).
10 Introdução ao cooperativismo

A Lei nº 5.764/71, artigo 79, define:


Denominam-se atos cooperados os praticados entre as cooperativas e seus as-
sociados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associados,
para a consecução dos objetivos sociais. [...] O ato cooperado não implica operação
de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria (BRASIL,
1971, documento on-line).

Realizar a gestão de uma sociedade/empresa cooperativa não é uma tarefa


fácil. A complexidade jurídica e tributária própria da cooperativa exige uma
atenção especial da equipe diretiva. Para que os resultados sejam alcançados
e para que todos os associados e a própria instituição cooperativa tenham
sucesso, é necessário que a gestão tenha profissionalismo. Uma boa gover-
nança é essencial para qualquer cooperativa.

Como se constitui uma cooperativa


É importante que, ao iniciar qualquer instituição, cooperativa ou não, os
sujeitos estejam cientes de toda a legislação e dos regramentos que regem
essa instituição. Portanto, a realização de reuniões e discussões sobre as
possibilidades e os fatores limitantes para o desenvolvimento de atividades
em uma associação cooperativa é fundamental, e todos devem estar cientes
de seus direitos e deveres enquanto associados.
Nessas reuniões, precisam ser discutidos os objetivos comuns ao grupo,
o que vai servir de base para a elaboração do principal documento de uma
cooperativa: o seu estatuto social. Também é interessante que se tenha um
estudo de viabilidade da atividade econômica que será desenvolvida pela
cooperativa. Nesse caso, um estudo financeiro é uma importante ferramenta.
Segundo o artigo 6º da Lei nº 5.764/71 (BRASIL, 1971), são necessárias 20
pessoas para criar uma cooperativa. Uma exceção são as cooperativas de
trabalho, em que apenas sete pessoas já são suficientes, segundo o art. 6º
da Lei nº 12.690/12 (BRASIL, 2012).
O grupo de sócios-fundadores, ou seja, os primeiros a se reunirem para
a formação de uma cooperativa, deve definir o plano de trabalho ou o es-
tatuto social que será posteriormente aprovado em Assembleia Geral. Esse
documento deve conter as informações básicas da sociedade ou empresa
cooperativa, como endereço da sede, distribuição das cotas, política de en-
trada e saída dos cooperados, regras de eleição da diretoria, etc. (GONÇALVES,
2020). Também é possível que a cooperativa tenha um estatuto social mais
Introdução ao cooperativismo 11

geral, complementado por um regimento interno mais detalhado e de mais


fáceis alterações, desde que esse regimento respeite o estatuto social.
A constituição da cooperativa se dá a partir da realização de sua Assem-
bleia Geral de Constituição, na qual devem estar presentes todos os sócios-
-fundadores. Essa primeira assembleia vai resultar na elaboração da ata de
constituição da cooperativa, o chamado Ato Constitutivo (GONÇALVES, 2020).
Segundo o Sescoop, essa ata de constituição da cooperação é um do-
cumento que demonstra as principais informações sobre a sociedade ou
empresa cooperativa. Os seguintes itens precisam constar nesse documento
(GONÇALVES, 2020, p. 22):

„ Local, dia, hora, mês e ano de sua realização.


„ Composição da mesa: nome completo do presidente e do secretário
da assembleia.
„ Qualificação dos sócios-fundadores que vão assinar a ata, contendo
nome completo, nacionalidade, idade, estado civil, documento de
identidade com número e órgão expedidor, CPF, profissão e endereço
de residência.
„ Valor e número de cotas-partes de cada sócio-fundador, com a des-
crição da forma e do prazo de integralização do capital.
„ Descrição da aprovação do estatuto social da cooperativa.
„ Declaração de constituição da sociedade contendo a denominação da
cooperativa, sendo que esta precisa ter o termo “cooperativa”, o ende-
reço completo da sede da cooperativa e o objeto de seu funcionamento.
„ Descrição do resultado da eleição da diretoria da cooperativa contendo
a qualificação dos sócios eleitos com nome, nacionalidade, estado
civil, profissão e residência.
„ Fecho da ata com a expressão “Nada mais havendo a tratar, foi lavrada,
lida, votada e assinada por todos os sócios-fundadores da cooperativa”.
„ Assinatura identificada de todos os fundadores, abaixo do fecho da
ata, sendo que todas as folhas precisam ser rubricadas por todos os
sócios-fundadores.

Feito esse ato formal de institucionalização da cooperativa, ela está


oficialmente fundada. Contudo, a cooperativa ainda não tem o direito de
operar, uma vez que todo esse ritual ainda precisa ser registrado. Conforme
o Sescoop, o processo de registro de uma cooperativa ainda é “burocrático e
pode levar algumas semanas” (GONÇALVES, 2020, p. 23). São dois os registros
exigidos para a formalização da cooperativa: um junto à Receita Federal e um
12 Introdução ao cooperativismo

junto à Junta Comercial. Esses dois registros e a documentação subsequente


a esses registros vão permitir o funcionamento da cooperativa. Para a Junta
Comercial, devem ser levadas quatro cópias da ata de constituição da co-
operativa, ou seja, seu Ato Constitutivo, e quatro cópias do estatuto social
rubricadas em todas as páginas por todos os sócios-fundadores.

É importante que os registros sejam feitos na Junta Comercial do


estado onde está a sede geográfica da cooperativa, pois as exigências
podem variar de um estado para o outro.
A partir do registro na Junta Comercial, a cooperativa vai ter acesso ao seu
Número de Identificação de Registro de Empresa (Nire) e, com ele, vai poder
encaminhar o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), apontando quais serão
as atividades econômicas exercidas pela cooperativa. Para isso, é necessária a
identificação do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
Junto à Secretaria Estadual da Fazenda, a cooperativa vai fazer a sua Inscrição
Estadual (IE), se for exigida essa inscrição. O alvará de funcionamento será
solicitado junto à prefeitura, mediante a apresentação do CNPJ. Além disso,
é necessário que a cooperativa realize o seu cadastro, em até 30 dias após o
início de suas atividades, na Previdência Social, independentemente de ter ou
não funcionários (GONÇALVES, 2020).

Para a Receita Federal, devem ser apresentadas a ficha cadastral, a ficha


complementar (CNPJ), a lista dos associados e as cópias dos documentos
de identidade, CPF e comprovante de residência de todos os diretores da
cooperativa.
Além desses registros, as cooperativas são obrigadas a fazer a manutenção
dos seguintes livros: livro de matrícula dos associados, livro de atas das As-
sembleias Gerais, livro de presença dos cooperados nas Assembleias Gerais,
livro de atas do órgão de administração (Conselho Administrativo ou Diretoria),
livro de atas do Conselho Fiscal e outros livros contábeis e fiscais obrigatórios,
dependendo da atividade econômica desenvolvida (GONÇALVES, 2020).

Cooperativismo do ramo agrícola no Brasil


No Brasil, o cooperativismo está classificado em ramos, a fim de facilitar a
estruturação do movimento no país, pois essa classificação considera sua
legislação societária e específica, a regulação própria, o regime tributário, o
enquadramento sindical e a quantidade de cooperativas por ramo (SISTEMA
OCB, 2020). Até 2019, eram reconhecidos 13 ramos de cooperativismo no Brasil.
Atualmente, são reconhecidos sete ramos (Figura 2).
Introdução ao cooperativismo 13

Figura 2. Os sete ramos do cooperativismo no Brasil.


Fonte: Sistema OCB (2020, p. 5).

O movimento cooperativista tem uma importante expressão mundial,


com 1,2 bilhão de pessoas cooperadas, 250 milhões de colaboradores nas
cooperativas e 3 milhões de cooperativas no mundo todo (SISTEMA OCB,
2020). Segundo o Sistema OCB (2020), o cooperativismo está presente em
150 países.
Vale destacar que, segundo o levantamento da Aliança Internacional
Cooperativa (AIC), das 300 maiores cooperativas do mundo, cinco são coo-
perativas brasileiras, das quais três são do ramo agropecuário. Conforme os
dados do Sistema OCB (2020), 10% dessas 300 cooperativas apontadas como
as maiores do mundo são do ramo agropecuário.
No Brasil, de acordo com os dados do anuário de cooperativismo orga-
nizado pelo Sistema OCB (2020), 15,5 milhões de pessoas são cooperadas e
existem mais de 427.500 colaboradores, ou seja, o setor é um grande gerador
de empregos. O sistema destaca ainda que, das cooperativas brasileiras, 2.522
têm mais de 20 anos de atuação no mercado. Dentre elas, 591 têm mais de
40 anos de experiência.
No Brasil, são registradas no Sistema OCB 5.314 cooperativas, distribuídas
como mostra a Figura 3. Dessas 5.314, 1.223 são do ramo agropecuário, com um
total de 992,1 mil cooperados e mais de 207 mil empregados. As cooperativas
do ramo agropecuário são as que têm como objetivo a prestação de serviços
ligados ao setor agropecuário (SISTEMA OCB, 2020).
14 Introdução ao cooperativismo

Figura 3. Distribuição das cooperativas registradas no Sistema OCB.


Fonte: Sistema OCB (2020, p. 12).

A classificação do Sistema OCB (2020, p. 27) divide as cooperativas do


ramo agropecuário em sete seguimentos:

1. bens de fornecimento e insumos;


2. escolas técnicas de produção rural;
3. produtos industrializados de origem animal;
4. produtos industrializados de origem vegetal;
5. produtos não industrializados de origem animal;
6. produtos não industrializados de origem vegetal;
7. serviços.

O segmento mais comum de cooperativas do ramo agropecuário no Brasil


é o de bens de fornecimento e insumos, com 56,3% das cooperativas, segundo
o Sistema OCB (2020). Contudo, vale ressaltar que uma mesma cooperativa
pode atuar em mais de um segmento.
O impacto das cooperativas do ramo agropecuário é visível para o desen-
volvimento do agronegócio brasileiro. Muitos agricultores, especialmente os
agricultores familiares que conseguem inserção no mercado, estão vinculados
a alguma cooperativa para a venda de seus produtos e compra de insumos
Introdução ao cooperativismo 15

com preços mais baixos. Isoladamente, seria muito mais difícil para esses
agricultores conseguirem se colocar no mercado em condições de concor-
rência. Afinal, eles têm uma limitação de tamanho de área disponível para a
produção agropecuária.
Por fim, vale ressaltar que, segundo o Sistema OCB (2020), em 2019, as
cooperativas do ramo agropecuário recolheram, juntas, R$ 6,5 bilhões em
tributos ao Estado.

Cooperativas brasileiras do ramo agropecuário


Anualmente, a revista Forbes Brasil publica a lista das 100 empresas do
agronegócio que mais se destacaram. O Sistema OCB, analisando esses dados,
identificou que, entre essas empresas, estão 22 cooperativas brasileiras do
ramo do agronegócio.
Veja a seguir a descrição de algumas das maiores cooperativas brasileiras
do ramo do agronegócio. As informações são oriundas das próprias coopera-
tivas, da OCB e da Forbes Brasil (AS 100 maiores empresas..., 2021; CONHEÇA
as 17 maiores cooperativas..., 2019).

Coopersucar: A Cooperativa de São Paulo trabalha com a produção de bioe-


nergia, sendo a maior plataforma global de biocombustíveis, com produção
de cana-de-açúcar. Atualmente, é a maior exportadora de açúcar no Brasil.
Na safra 2020/2021, comercializou 5,4 milhões de toneladas do produto (CO-
PERSUCAR, 2021).

Coamo: a Coamo Agroindustrial Cooperativa tem sede em Campo Mourão


(PR). Ela conta com mais de 29 mil agricultores associados e emprega mais
de 7 mil colaboradores efetivos. Trabalha principalmente com a cultura da
soja, transformando-a em óleo de soja. Em 2019, foi responsável por 3,1% da
produção brasileira de grãos. Em 2020, foram processados 2,489 milhões de
toneladas de soja. A cooperativa também trabalha com as culturas de milho,
trigo e café (COAMO, 2021).

Aurora Alimentos: é resultado da união de oito cooperativas do oeste de Santa


Catarina. Trata-se, portanto, de uma central de cooperativas. É o terceiro
conglomerado industrial do setor de carnes no Brasil. São 11 cooperativas
associadas, 40 mil empregados diretos, 10 mil funcionários e 65 mil famílias
associadas (AURORA, c2021). Essa central conta com sete plantas frigoríficas de
suínos, sete plantas frigoríficas de aves e uma planta de lácteos, atuando com
mais de 800 produtos à base de carne, leite, massas e vegetais. Diariamente,
são processados 1 milhão de aves, 25 mil suínos e 1,5 milhões de litros de leite.
16 Introdução ao cooperativismo

C. Vale: cooperativa agroindustrial com atuação em Paraná, Santa Catarina,


Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. A cooperativa
agrega mais de 23 mil associados e emprega 11.800 colaboradores. Trabalha
com as culturas de soja, milho, trigo, mandioca e com produção de leite,
frango, peixe e suínos. Tem capacidade para abate de 600 mil frangos por
dia. No segmento industrial, produz amido modificado de mandioca e rações.

Lar Cooperativa Agroindustrial: com sede em Medianeira (PR), a cooperativa


atua com grãos e carnes. São mais de 11.900 associados e 22.100 trabalha-
dores (LAR COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL, c2021). A cooperativa também
conta com uma rede de supermercados e postos de combustíveis. No setor
agrícola, atua com as culturas de soja, milho e trigo, com duas plantas de
processamento de soja. No setor de pecuária, atua com aves de corte e
postura, suinocultura e leite.

Coopercitrus: criada pela fusão de outras duas cooperativas para a atuação


com citricultores e cafeicultores, atualmente também atua com grãos como o
milho e a soja, açúcar, produção de sementes, processamento, fornecimento
de insumos e máquinas agrícolas. Conta também com postos de combustíveis
e shoppings rurais. São cerca de 35 mil associados e 60 filiais da cooperativa.
Em 2020, a Coopercitrus inovou com a criação da Fundação Coopercitrus
Credicitrus, uma entidade de ensino, pesquisa, educação e difusão de novas
tecnologias

Comigo: a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste


Goiano conta com mais de 8.800 associados e mais de 2.700 colaboradores.
A estrutura da Comigo comporta 11 processadoras de óleo de soja, além de
farelo de soja, fertilizantes, rações, suplementos minerais e sementes. Além
disso, tem 20 armazéns para 1,8 milhão de toneladas de grãos e 16 lojas
agropecuárias. Ainda, tem o Instituto de Ciência e Tecnologia (ITC). Presta
serviços como assistência técnica e análises laboratoriais para o complexo
agroindustrial.

Cocamar Agroindustrial: a cooperativa conta com 16 mil associados que


produzem soja, milho, trigo, café e laranja. A Cocamar atua no Paraná, em
São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Na agroindústria, a diversificação vai do
processamento de bebidas, torrefação, envase de óleos, etanol, bioinsumos,
suplementos e ração animal até o tratamento de madeira e indústria têxtil.
A cooperativa atua com o incentivo de adoção do Sistema de Integração
Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) em 107 municípios paranaenses, que têm
3,2 milhões de hectares de solos pobres beneficiados por esse sistema pro-
Introdução ao cooperativismo 17

dutivo. O planejamento de 2020 a 2025 prevê dobrar a receita anual e chegar


a R$ 10 bilhões. Para isso, a Cocamar deve investir R$ 1 bilhão em estruturas
de armazenagem, lojas de insumos e instalações diversas.

Cooxupé: cooperativa de cafeicultores conta com 16 mil associados, sendo


que 95% deles são agricultores familiares, distribuídos em cerca de 200
municípios do sul de Minas Gerais, do cerrado mineiro e do Vale do Rio Pardo
em São Paulo. É a maior das 97 cooperativas de café que existem no país. A
Cooxupé também tem projetos como torrefação própria, auxílio na produção
e comercialização de milho, fábrica de rações, laboratórios para análise do
solo, geoprocessamento, entre outros investimentos. Em 2019, os associa-
dos produziram 5,1 milhões de sacas de café, e um número igual a esse foi
comprado no mercado.

Copacol: a Cooperativa Agroindustrial Consolata surgiu da demanda por um


serviço básico: a energia elétrica. Hoje, conta com mais de 6,9 mil cooperados e
atua em um complexo que engloba soja, milho e trigo no setor agrícola e aves,
suínos, peixes e bovinos de leite no setor pecuário. A cooperativa gera mais
de 16 mil empregos e já abateu 200,1 milhões de aves e 42,5 milhões de peixes.
Além disso, entregou à Frimesa 337,5 mil suínos e 11,5 milhões de litros de leite.
Quando vemos o quanto essas cooperativas impactam na economia do
Brasil, fica evidente a relevância do cooperativismo como uma estratégia
para o desenvolvimento rural sustentável do país. Por isso, é fundamental
conhecer o histórico do cooperativismo e ver como essas instituições se
apresentam na sociedade, estudando o funcionamento delas.

Referências
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18 Introdução ao cooperativismo

CONHEÇA as 17 maiores cooperativas agro do Brasil, segundo a Forbes. MundoCoop,


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