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FUNDAMENTOS DO COOPERATIVISMO
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Pós - Graduação a Distância
FUNDAMENTOS DO COOPERATIVISMO
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Apresentação do docente
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Sumário:
Apresentação do docente
Conversa inicial
Aula 01
Fundamentos do cooperativismo
Aula 02
Noções gerais sobre forma cooperativa, aspectos sócio-históricos e
Evolução histórica da legislação cooperativista no Brasil
Aula 03
Caracterização das estruturas de representatividade dos ramos do
cooperativismo
Aula 04
Principiologia, Definição, Natureza Jurídica Das Cooperativas,
Objeto E Classificação Das Sociedades Cooperativas.
Referências
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Conversa inicial
Boa leitura!
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AULA 01
FUNDAMENTOS DO COOPERATIVISMO
Boa Aula !
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.
Objetivos de aprendizagem
Seções de estudo
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O espírito cooperativista vem em contraposição ao Espírito do
Capitalismo descrito por Marx Weber (1985). Weber explica que o espírito
do capitalismo compreende a geração de dinheiro como objetivo final, “o
homem é dominado pela geração de dinheiro, pela aquisição como propósito
final da vida” (WEBER, 1985, p. 21). Quando Weber diz que “a aquisição
econômica não mais está subordinada ao homem como um meio para a
satisfação de suas necessidades materiais” (1985, p. 21), ele quer dizer que o
homem está submetido à exploração do capital, e a necessidade de
reprodução de suas vidas não vale tanto quanto a valorização do dinheiro;
considerando que o contrário seria irracional.
Bom, sabemos que lucro é uma coisa, sobra é outra. Cooperativa não
tem lucro, tem sobra. Sobra possui um significado diferente, em que se
realiza uma remuneração proporcional ao trabalho realizado. Com isso, não
resta lucro no final das contas.
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Precisamos, ainda, fazer uma diferenciação entre espírito
cooperativista, explicado anteriormente, e os princípios cooperativistas. Em
sua definição, os princípios cooperativistas são linhas orientadoras que as
cooperativas seguem de forma a levar os seus valores à prática. Os
princípios do cooperativismo são sete:
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O espírito de cooperação e de solidariedade sempre existiu na alma
do homem. A ajuda mútua é encontrada nas diversas relações de trabalho
coletivo, em várias épocas da vida, aproximando o trabalho com o exercício
da cooperação e da solidariedade. As origens históricas do cooperativismo
moderno têm como referência a sociedade inglesa do século XIX.
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Solidariedade é a base do cooperativismo, pois empreendimentos em
comum exigem pessoas solidárias, dispostas a estabelecer vínculos entre si,
baseados no apoio mútuo, no sentido recíproco da união e de
responsabilidades. Quem pratica a solidariedade o faz como um fim e não
como um meio.
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Seção 2 – A cooperação: forma e estrutura cooperativa
Ato Cooperativo
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O exame do ato cooperativo do ramo agropecuário, saúde, crédito ou
qualquer outro, não é senão a tradução fiel e adequada da prestação de
serviços ao sócio cooperado, condição que o fez participar da sociedade.
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estar em conformidade com a lei, como nas cooperativas de
consumo abertas;
No Art. 88: participação das cooperativas em sociedades não
cooperativas, públicas ou privadas, para atendimento de
objetivos acessórios ou complementares, mediante prévia e
expressa autorização concedidas pelo respectivo órgão federal.
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Art. 4º. As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e
natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à
falência, constituídas para prestar serviços aos associados,
distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes
características: [...].
Art. 5º. As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto
qualquer gênero de serviço, operações ou atividade, assegurando -
lhes o direito exclusivo e exigindo- lhes a obrigação do uso da
expressão “cooperativa” em sua denominação. (BRASIL, 1971).
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1. um grupo de pessoas;
2. uma dificuldade econômica comum a ser vencida;
3. a solução/facilitação desta dificuldade na cooperativa.
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Este ato contribuiu com o desenvolvimento de novos segmentos
econômicos como a economia solidária, movimento social que se preocupa
também com o público a que se destina a Lei 9.867/99:
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denominação, sede, prazo de
duração, área de ação, objeto da
sociedade, fixação do exercício social
e da data do levantamento do balanço
geral; [...]. (BRASIL, 1971).
Seção 3 - A cooperativa
O associado
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A característica de sócio cooperado é provada e comprovada, sempre e
dinamicamente, a cada operação da cooperativa. É necessária a identificação
de que a razão para a prática de tal ato/operação seja o sócio cooperado. O
conceito de cooperado passa, portanto, por vários elementos caracterizadores
e confirmadores, todos imprescindíveis.
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O conceito de “objetivo social” é dado pelo sócio cooperado. Sua
amplitude obedece à necessidade econômica do grupo que constituiu e que
pertence à sociedade. Quando o grupo se reuniu no momento que antecedeu
à constituição da sociedade cooperativa, elencou quais os atos necessários
para a prestabilidade da sociedade e que imprescindivelmente deveriam ser
desenvolvidos por ela.
A sociedade só foi criada e só existe se atender as necessidades do
corpo de sócios cooperados. Este conjunto de atos e operações praticados
pela cooperativa com este escopo chama-se de objetivo social, e deve estar
descrito e contido no corpo do Estatuto Social, segundo o artigo 21, inciso I,
da Lei 5.764. (BRASIL, 1971).
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CAPÍTULO V - DOS OBJETIVOS
SOCIAIS.
Art. 1º. – O objetivo social da
cooperativa é a prestação direta de
serviços aos seus cooperados na
melhoria econômica e social, na
orientação e na organização das
atividades de prestação de serviços,
as quais serão executadas pelos seus
cooperados, buscando promover o
acesso destes ao mercado de
trabalho pela integração de suas
competências.
O objeto social
CAPÍTULO IV - DO OBJETO
SOCIAL.
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Art. 1º - A Cooperativa terá como
objeto social a:
a) realização de projetos,
espetáculos, manifestações e ações
culturais, cursos, palestras,
seminários, aulas, treinamento,
oficinas, “workshops”, “shows”
executados pelos cooperados em
caráter permanente ou temporário,
independente ou junto às
instituições públicas e/ou privadas;
b) a produção e/ou construção de
infraestrutura necessária para a
produção, criação, edição e
comercialização de obras de arte
construídas ou empreendidas pelos
cooperados.
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existir. As ações pessoais de cada associado são as ações da cooperativa,
mesmo porque servir o associado, que ao mesmo tempo é o proprietário e o
tomador de serviços da instituição, é o meio pelo qual a sociedade pode
alcançar o fim para o qual foi constituída.
Sem as ações pessoais de cada associado, a sociedade não pode prestar
os serviços para os quais foi criada.
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essenciais a conclusões racionais estão difundidas em um todo, tal como no
funcionamento de um organismo humano, em que fatores de um
determinado componente podem gerar consequências em outros e, em certos
casos, até em todo o ser vivo.
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Assim, o denominado “princípio das portas abertas” é mandamento
ideológico do livre acesso, ou seja, tanto para ingressar quanto para se
retirar. E isso é uma premissa básica do cooperativismo.
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comunicativa e a instrumental na cooperativa. Manifesta a primeira, tem
fixados os seus limites, metas e diretrizes emanadas dos órgãos societários
deliberativos, notadamente a Assembleia Geral”. (2003, p. 105).
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Enfim, tem-se que o conceito cooperativo, assim como o da
responsabilidade cooperativa, como você verá nas próximas unidades,
transcende às próprias relações cooperativistas tidas pelos associados e
respectivas cooperativas.
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Saiba mais
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AULA 02
Boa Aula
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Objetivos de aprendizagem
Seções de estudo
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O cooperativismo moderno
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primeira necessidade, transformou-se na semente do movimento
cooperativista.
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de construção de casas populares, de editores e cultura intelectual, escolares
e mistas.
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Nos idos de 1907, teve-se uma normatização mais ampla em relação
ao Cooperativismo no Brasil, ora com a publicação do Decreto-Lei 1.637,
que previu a criação de sindicatos e sociedades cooperativas.
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cooperativas várias possam, como pessoas jurídicas, formar entre si um novo
contrato de sociedade cooperativa para constituir cooperativas centrais ou
federações, nos termos do que se dispõe nos arts. 36 e 37. Art. 2º. As
sociedades cooperativas, qualquer que seja a sua natureza, civil ou mercantil,
são sociedades de pessoas e não de capitais, de forma jurídica suigeneris,
que se distinguem das demais sociedades pelos pontos característicos que se
seguem, não podendo os estatutos consignar disposições que os infrinjam:
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c) por escritura pública.
Esta lei foi marcada pela união das cooperativas brasileiras no sentido
de buscar uma representação própria para a defesa dos interesses dessas
sociedades, afora para consolidar no país a Política Nacional de
Cooperativismo.
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na Lei 5.764/1971, a qual prevê as condições essenciais para a
caracterização de uma sociedade cooperativa. A Carta Constitucional
também prevê que o Cooperativismo deverá ser apoiado e estimulado (art.
174, § 2º), além de definir que, para fins de tributação, deverá o ato
cooperativo ter tratamento adequado.
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DECRETO-LEI 8.401 de 19 de dezembro de 1945 Revoga os
decretos-lei 5.893 de 19 de outubro de 1943 e 6.274 de 14 de fevereiro de
1944, exceto disposições dos arts. 104 a 118 e seus parágrafos, revigorando
o Decreto-lei 581, de 1º de agosto de 1938 e a Lei 22.239, de 19 de
dezembro de 1932.
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Nacional, emitir títulos de dívida, que serão postos à venda no mercado. As
receitas reverterão às cooperativas e por elas serão pagas em vencimentos
apontados nos próprios títulos.
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do impacto do cooperativismo no desenvolvimento das nações, mas
encontram-se indícios de sua importância neste âmbito socioeconômico.
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enquanto beneficiam diretamente os seus membros, oferecem igualmente
externalidades positivas ao resto da sociedade e têm um impacto
transformacional sobre a economia.
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Na visão da ONU, as cooperativas são uma ótima ferramenta de
inclusão social. Elas são criadas para apoiar e organizar os trabalhadores
pertencentes da economia informal. As cooperativas de crédito ganham
importância nas comunidades de áreas rurais onde o acesso aos serviços
bancários é escasso.
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integração de cooperativas que melhorou a qualidade do café e da
comercialização no mercado internacional.
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banco cooperativo agrícola do mundo, o RABOBANK. Esta relação
compreende a colheita e o processamento da cana na fábrica do açúcar com
o apoio do Banco.
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Experiências internacionais: o caso Mondragón Corporación Cooperativa
– MCC
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sistema de governança comanda e avalia o desempenho de cada cooperativa
do grupo, centralizando as decisões estratégicas.
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e é constituído por doze membros; e o Conselho Social, que atua como
órgão assessor na representação dos sócios ante as instâncias internas do
MCC, informando, negociando e elaborando novas propostas que canalizem
iniciativas dos sócios trabalhadores.
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Aliás, a Constituição Federal do Brasil é uma das únicas no mundo
que citam o Cooperativismo, trazendo normas fundamentais para o respeito
às peculiaridades e à forma cooperativista, tal como a prescrição que remete
ao adequado tratamento tributário do ato cooperativo, ou seja, a mensagem
para que legislador não edite leis que desrespeitem o regime próprio das
sociedades cooperativas.
Saiba mais
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Sobre a legislação cooperativista, consulte os decretos-lei
citados, a Lei Cooperativista e a Constituição Federal nos sítios
de internet:
http://www.planalto.gov.br
http://www.senado.gov.br
http://www.camara.gov.br
http://www.brasilcooperativo.coop.br
http://www.brasilcooperativo.coop.br/ agendalegislativa
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AULA 03
Boa Aula !
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Objetivos de aprendizagem
Seções de estudo
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levantar todas as organizações representativas de todos os ramos do
cooperativismo. Por isso, faremos um exercício de pensar a organização dos
ramos e suas possíveis configurações representativas.
Vejamos:
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Por outro lado, as organizações de representação política não têm um
envolvimento direto no negócio das cooperativas. Sua função é de assumir
um papel de apoio aos negócios das cooperativas que fazem parte da
organização.
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Para a gestão política cotidiana, interlocução com outros movimentos
e com o governo federal, e acompanhamento da Secretaria Executiva
Nacional, há uma Coordenação Executiva Nacional, composta por 13
pessoas, sendo 7 representantes de empreendimentos (2 do norte, 2 do
nordeste, e 1 representante para cada uma das demais regiões), 5
representantes das Entidades e Redes Nacionais de promoção à
Economia Solidária, e 1 representante da Rede Nacional de Gestores
Públicos. Por fim, para dar suporte aos trabalhos do FBES, propiciar a
comunicação entre as instâncias e operacionalizar reuniões e eventos,
há a Secretaria Executiva Nacional. Existem ainda Grupos de
Trabalho (GT’s) que se conformam conforme a demanda de ações
específicas do FBES, e para o avanço na implantação da Plataforma
da ES. Os GT’s atualmente são: Mapeamento, Finanças Solidárias,
Marco Legal, Gênero, Comunicação, Políticas Públicas, Relações
Internacionais e Produção, Comercialização e Consumo.
Fonte: Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
Cooperativas de 3º grau:
Confederações.
Cooperativas de 2º grau:
Centrais e federações
Cooperativas de 1º grau:
Singuares
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singulares de uma mesma região e ramo de atuação, com o objetivo de
organizar e ganhar escala, promovendo, assim, o desenvolvimento dessas
cooperativas. As de terceiro grau são as confederações que envolvem várias
cooperativas centrais e atuam em âmbito nacional nos órgãos normativos e
governamentais. (VILELA et al., 2007).
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Neto (2008). Diferentemente do cooperativismo solidário, que buscou se
estruturar de baixo para cima. Esta diferença ocorre porque, no Brasil, as
organizações de cooperativas que compõem o Sistema OCB detêm
prerrogativa de representação política de todas as cooperativas, conforme
inclusive determinado na lei cooperativista do país (Lei 5.764/1971, artigo
105: ‘A representação do sistema cooperativista nacional cabe à
Organização
das Cooperativas Brasileiras - OCB, [...] órgão técnico-consultivo do
Governo [...]’. (BARROSO; BIALOSKORSKI NETO, 2008, p. 11).
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representação, controle, registro e cadastramento do Sistema Cooperativo
Brasileiro. Ela é formada por uma Organização das Cooperativas em cada
Estado e Distrito Federal – OCE e pelas Sociedades
Cooperativas. (2007, p. 16).
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Trabalho
Transporte
– cargas
– passageiros
Turismo e Lazer
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Agropecuário
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Consumo
Crédito
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Educacional
Especial
Habitacional
Infraestrutura
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energia pela geração própria ou repassando-a das concessionárias estatais.
Atualmente, operam com a comercialização e manutenção de equipamentos
elétricos e prestação de serviços. Com a desestatização e mudança da
política energética do país, as cooperativas foram revitalizadas, partindo,
também, para a geração própria de energia através da construção de
pequenas centrais hidrelétricas.
Mineral
Produção
Saúde
Trabalho
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próprio. As cooperativas de trabalho são constituídas por profissionais ou
trabalhadores que se unem solidariamente para oferecerem seus serviços ao
mercado de trabalho, apresentando-se como forte alternativa ao desemprego
e gerando renda. A organização dos profissionais autônomos e trabalhadores
em cooperativas de trabalho é uma forma inteligente de agrupar a oferta de
trabalho especializado, sendo, também, atrativa para os tomadores de
serviços, pois as cooperativas podem dar suporte à demanda.
Transporte
Turismo e lazer
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3.2 - União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e
Economia Solidária (UNICAFES)
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3.3 - Sistema Cooperativista dos Assentados (SCA)
Produção;
Comercialização;
Crédito; e
Prestação de Serviços.
Santa Catarina;
Rio Grande do Sul;
Paraná;
São Paulo;
Ceará;
Bahia; e
Maranhão.
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de Trabalhadores – CUT, através de sua Agência de Desenvolvimento
Solidário – ADS. A instituição tem a função de organizar, representar e
articular as cooperativas, associações e outros empreendimentos auto
gestionários da economia solidária. Os ramos que reúne atualmente são:
Confecção e têxtil;
Apicultura;
Artesanato;
Construção civil;
Metalurgia;
Reciclagem; e
Social.
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CONFESOL (Confederação das Cooperativas Centrais de Crédito Rural
com Interação Solidária).
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categorias que usamos para analisar os ramos do cooperativismo foram: o
tipo de representação, nível de organização e verticalização e abrangência
econômica.
Saiba mais
RECH, Daniel. Cooperativas: uma alternativa de organização popular. Rio
de Janeiro: DP&A, 2000.
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AULA 04
Boa Aula!
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Objetivos de aprendizagem
abordar os princípios pertinentes ao Cooperativismo.
definir a natureza das sociedades cooperativas e a forma
de definição dos ramos, a partir dos objetos econômicos
característicos de cada um.
Seções de estudo
Seção 1 Princípios universais do Cooperativismo
Seção 2 Definição e natureza jurídica das sociedades
cooperativas
Seção 3 Classificação das cooperativas
Seção 4 Ramos do Cooperativismo
Seção 5 Objeto econômico (diferenciação frente ao objetivo
social)
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1. Adesão voluntária e livre As cooperativas são organizações
voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e
assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo,
sociais, raciais, políticas e religiosas.
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6. Intercooperação- As cooperativas servem de forma mais eficaz aos
seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em
conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.
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sociedade e tomar as resoluções convenientes ao desenvolvimento e
defesa desta, e suas deliberações vinculam a todos, ainda que
ausentes ou discordantes.
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§ 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras
formas de associativismo.
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Pontes de Miranda, já nos idos de 1932 (Decreto 22.239), indicava
que devemos avaliar a profundidade da “pessoalidade da participação”, pois,
mesmo em aparente antagonismo, frente ao exercício de uma atividade
econômica (interesse da pessoa – ex. pagar menor preço – versus interesse
da sociedade – ex. ter melhor resultado), é tão inerente que proporciona a
própria essência da sociedade (cooperação/convergência de interesses).
Tem-se, portanto, o que se pode citar como uma estrutura genila, pois:
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ou, se eles assim desejarem, podem indicar outra destinação (por exemplo:
aumento do capital social);
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V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais,
federações e confederações de cooperativas, com exceção das que
exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da proporcionalidade;
VI - quorum para o funcionamento e deliberação da assembleia
geral baseado no número de associados e não no capital;
VII - retorno das sobras líquidas do exercício,
proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo
deliberação em contrário da assembleia geral;
VIII - indivisibilidade dos Fundos de Reserva e de Assistência
Técnica Educacional e Social;
IX - neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e
social;
X - prestação de assistência aos associados, e, quando previsto
nos estatutos, aos empregados da cooperativa;
XI - área de admissão de associados limitada às possibilidades
de reunião, controle, operações e prestação de serviços.
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organização, assistência, beneficiamento, logística, suprimento, escoamento,
controle ou planejamento das operações coletivas dos cooperados.
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Contudo, é imperioso ressaltar que a escolha de mais de um objeto
para a cooperativa deve atender o fim social, não podendo ser subterfúgio
para dissimular ou abusar da forma jurídica cooperativa.
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confederações de cooperativas aquelas constituídas de pelo
menos três federações de cooperativas de crédito ou cooperativas centrais de
crédito.
Em relação às funções de cada grau de cooperativa:
Cooperativas singulares
Cooperativas centrais
Coordenação geral;
supervisão;
auditagem;
monitoramento de eventos ou iminência de crise;
saneamento de singulares em crise;
correção de situações anormais ou irregulares, sob pena de
responsabilização de seus próprios administradores da cooperativa central.
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Confederações
São a reunião de cooperativas centrais (ou federações);
visam representar as respectivas associadas em questões mais
amplas.
Vale ilustrar este estudo esclarecendo que antes da Lei 5.764/71, com
a vigência do Decreto 22.239/32, existiam grandes diferenças entre
cooperativas centrais e federações de cooperativas.
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ingresso de novos associados nas cooperativas e admitiu a responsabilidade
de não deixar ultrapassar o total das cotas partes subscritas pelos associados.
O novo Código Civil consagrou novamente a responsabilidade
ampliada (artigo 1.095 – escolha em limitada ou ilimitada)
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Através de deliberações de assembleia posteriores, foram
reconhecidos três novos ramos: saúde (1996), turismo e lazer (2000) e
transporte (2002). Atualmente, os ramos do Cooperativismo brasileiro são os
seguintes:
1. agropecuário;
2. consumo;
3. crédito;
4. educacional;
5. especial;
6. habitacional;
7. infraestrutura;
8. mineral;
9. produção;
10. saúde;
11. trabalho;
12. turismo e lazer;
13. transporte.
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Durante muitas décadas, esse ramo ficou muito limitado a
funcionários de empresas, operando a prazo, com desconto na folha de
pagamento. No período altamente inflacionário, essas cooperativas perderam
mercado para as grandes redes de supermercados e atualmente estão se
rearticulando como cooperativas abertas a qualquer consumidor.
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realizam uma educação comprometida com o desenvolvimento endógeno da
comunidade, resgatando a cidadania em plenitude.
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Nesse ramo também estão as cooperativas constituídas por pessoas de
menor idade ou por pessoas incapazes de assumir plenamente suas
responsabilidades como cidadão.
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Os garimpeiros geralmente são pessoas que vêm de diversas regiões,
atraídas pela perspectiva de enriquecimento rápido, aglomerando-se num
local para extrair minérios, sem experiência cooperativista.
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O Ramo Trabalho é composto pelas cooperativas que se dedicam à
organização e administração dos interesses inerentes à atividade profissional
dos trabalhadores associados para prestação de serviços não identificados
com outros ramos já reconhecidos.
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organizar as comunidades para disponibilizarem o seu potencial turístico,
hospedando os turistas e prestando-lhes toda ordem de serviços, e
simultaneamente organizar também os turistas para usufruírem desse novo
paradigma de turismo, mais barato, mais prazeroso e muito mais educativo.
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Comumente há a referência aos objetivos sociais, quando se está
tratando do objeto social. Mas, é primordial que sejam diferenciados, uma
vez que os objetivos são as pretensões comuns aos associados, ou seja, os
elementos que se constituem os anseios de melhoria das respectivas
condições de vida.
Saiba mais
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Sobre os princípios do Cooperativismo, veja o site da Aliança
Cooperativa Internacional – ACI: <http://www.ica.coop/es>.
<http://www.advogado.adv.br/Artigos/2005/mariangelamonezi/espiritoc
ooperativista.htm>.
REFERÊNCIAS
97
ALIANZA COOPERATIVA INTERNACIONAL (ACI). Los princípios
cooperativos: nuevas formulaciones de la Alianza Cooperativa
Internacional. Zaragoza: Escuela de Gerentes Cooperativos, 1968.
97
<http://www.luzcom.com.br/inca/livro/html/cap09.htm>. Acesso em: 14 fev.
2018.
97
______. Tributações das Cooperativas. São Paulo: Dialética, 1988.
97
Altamira/Fundación OSDE, 2004 FASE. Solidariedade e Educação, 2008.
Disponível em: <http://www.fase. org.br/v2/>. Acesso em: 3 fevereiro 2018.
97
MENEZES, Antônio. Nos rumos da cooperativa e do cooperativismo.
Brasília: CONFEBRAS, 2005.
97
SCHNEIDER, Johann Wolfgang. Pesquisa mundial de comércio justo.
Brasília: Sebrae, 2007.
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